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Sobre o Carboncellox – A Cura do Câncer Porque o INCA deve me pagar para resgatar o modo de preparo do Carboncellox O presente documento visa demonstrar de modo categórico que há um medicamento chamado “Carboncellox” que possui a propriedade de curar o câncer. Infelizmente o modo de preparo do Carboncellox ainda não foi recuperado e é necessário que se faça uma pesquisa para resgatar a forma de se produzir este fabuloso medicamento. Daí a razão de ser deste texto: convencer o INCA a me pagar uma bolsa/ajuda de custos no valor de R$10.000 (dez mil reais) por mês para que eu venha a proceder a pesquisa para resgatar o modo de preparo do Carboncellox. Eu também me proponho a produzir o Carboncellox e a testa-lo, determinando sua taxa de cura. Também proponho que o INCA me pague um prêmio especial de R$3.000.000 (três milhões de reais) caso eu consiga estabelecer o Carboncellox como tratamento padrão contra o câncer. Informação sobre o Carboncellox aos senhores do INCA As informações prestadas nos itens de (1) até (8) abaixo podem ser confirmadas pela leitura do livro “A verdade sobre o câncer ao alcance de todos”, de autoria do médico Heyder de Siqueira Gomes em 1959. Com essa finalidade, foi transcrito um longo trecho deste importante livro que se encontra mais adiante. Pode-se optar por ler somente o trecho transcrito ou ler o livro inteiro. Uma xerox do livro pode ser obtida com Douglas Carrara, administrador da Biblioteca Chico Mendes. (1) O Carboncellox é um medicamento que cura o câncer; (2) O mecanismo por meio do qual o Carboncellox cura o câncer é desconhecido; (3) O descobridor do Carboncellox foi Sebastião Corain, que não era médico, mas engenheiro; (4) O Carboncellox é atóxico – não é tóxico; (5) Na época do descobrimento, o então Serviço Nacional do Câncer se recusou a reconhecer o Carboncellox como eficaz contra o câncer, mesmo com todas as evidências reunidas; (6) O Carboncellox foi administrado a quase três mil pacientes e cerca de duas centenas de médicos atestaram, na época, que ele era eficaz no combate ao câncer; (7) O poder econômico rejeita a existência do Carboncellox; (8) Tentar estabelecer o Carboncellox como tratamento contra o câncer significa enfrentar grandes interesses financeiros que lançam mão de artifícios ignóbeis para impedir o trabalho do pesquisador. Entre esses artifícios se encontra o internamento psiquiátrico involuntário ordenado por autoridades. Diante do que aqui se expõe, espero que fique claro para o INCA – e para todos – que o Carboncellox é um medicamento eficaz contra o câncer. O texto que se segue foi retirado de uma xerox do livro “A verdade sobre o câncer ao alcance de todos” de autoria do médico Heyder de Siqueira Gomes em 1959. Essa xerox foi obtida através de um telefonema para a Biblioteca Chico Mendes, cujo administrador é Douglas Carrara. Eric Campos Bastos Guedes 1/16

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Um pedido de bolsa ao INCA para resgatar a fórmula do Carboncellox, um medicamento com uma taxa de cura de 90% sobre o câncer. Inclui um trecho do livro "A verdade sobre o câncer ao alcance de todos" de Heyder de Siqueira Gomes

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Sobre o Carboncellox – A Cura do Câncer

Porque o INCA deve me pagar para resgatar o modo de preparo do Carboncellox

O presente documento visa demonstrar de modo categórico que há ummedicamento chamado “Carboncellox” que possui a propriedade de curar o câncer.Infelizmente o modo de preparo do Carboncellox ainda não foi recuperado e é necessárioque se faça uma pesquisa para resgatar a forma de se produzir este fabulosomedicamento. Daí a razão de ser deste texto: convencer o INCA a me pagar umabolsa/ajuda de custos no valor de R$10.000 (dez mil reais) por mês para que eu venha aproceder a pesquisa para resgatar o modo de preparo do Carboncellox. Eu também meproponho a produzir o Carboncellox e a testa-lo, determinando sua taxa de cura. Tambémproponho que o INCA me pague um prêmio especial de R$3.000.000 (três milhões dereais) caso eu consiga estabelecer o Carboncellox como tratamento padrão contra ocâncer.

Informação sobre o Carboncellox aos senhores do INCA

As informações prestadas nos itens de (1) até (8) abaixo podem ser confirmadaspela leitura do livro “A verdade sobre o câncer ao alcance de todos”, de autoria do médicoHeyder de Siqueira Gomes em 1959. Com essa finalidade, foi transcrito um longo trechodeste importante livro que se encontra mais adiante. Pode-se optar por ler somente otrecho transcrito ou ler o livro inteiro. Uma xerox do livro pode ser obtida com DouglasCarrara, administrador da Biblioteca Chico Mendes.

(1) O Carboncellox é um medicamento que cura o câncer;(2) O mecanismo por meio do qual o Carboncellox cura o câncer é

desconhecido;(3) O descobridor do Carboncellox foi Sebastião Corain, que não era médico,

mas engenheiro;(4) O Carboncellox é atóxico – não é tóxico;(5) Na época do descobrimento, o então Serviço Nacional do Câncer se

recusou a reconhecer o Carboncellox como eficaz contra o câncer, mesmocom todas as evidências reunidas;

(6) O Carboncellox foi administrado a quase três mil pacientes e cerca de duascentenas de médicos atestaram, na época, que ele era eficaz no combateao câncer;

(7) O poder econômico rejeita a existência do Carboncellox;(8) Tentar estabelecer o Carboncellox como tratamento contra o câncer significa

enfrentar grandes interesses financeiros que lançam mão de artifíciosignóbeis para impedir o trabalho do pesquisador. Entre esses artifícios seencontra o internamento psiquiátrico involuntário ordenado por autoridades.

Diante do que aqui se expõe, espero que fique claro para o INCA – e para todos –que o Carboncellox é um medicamento eficaz contra o câncer.

O texto que se segue foi retirado de uma xerox do livro “A verdade sobre o câncerao alcance de todos” de autoria do médico Heyder de Siqueira Gomes em 1959. Essaxerox foi obtida através de um telefonema para a Biblioteca Chico Mendes, cujoadministrador é Douglas Carrara.

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Sobre o Carboncellox – A Cura do Câncer

Leiam a seguir um trecho do excelente livro de Heyder de Siqueira Gomes, “AVerdade sobre o Câncer ao Alcance de Todos”

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A INQUISIÇÃO DO CÂNCER, NO BRASIL

Somos chegado ao ponto de provar nossa segunda afirmação feita ao apresentarmos EsteLivro..., de que a chamada Cancerologia Clássica se opõe irredutivelmente ao aparecimento –também aqui em nossa terra – de qualquer solução eficaz para o trágico problema do Câncer. E –acrescentamos – o faz sordidamente, sem o menor escrúpulo.

Primeira vítima (caso Corain)Laborioso engenheiro de minas – Dr. Sebastião Corain – natural do Estado de São Paulo,

afirmando ter acidentalmente descoberto – quando em pesquisas geológicas para outros fins – ummedicamento capaz de neutralizar neoplasias malígnas, há oito anos vem apelando, por todos osmeios, para que as organizações oficiais ponham a prova a ação terapêutica do seu produto, isto é:que o submetam às necessárias experimentações clínicas.

Recusas sobre recusas – algumas altamente ofensivas – eis o que vinha conseguindo, atéque, em novembro de 1954, o então presidente João Café Filho, por solicitação do general JuarezFernades Távora (Chefe de sua Casa Militar), ordenou oficialemente ao Serviço Nacional do Câncerrealizasse os testes com o medicamento descoberto.

A fidalga intervenção desse ilustre General, cuja honorabilidade e retidão moral jamais foiposta em dúvida – mesmo pelos mais ferrenhos inimigos – prende-se a uma razão objetiva: ter emsua família pessoa curada, havia três anos, pelo remédio do Engenheiro paulista.

Trata-se de uma senhora, irmão do reputado tisiólogo desta Capital. Internada no hospitaldos Servidores do Estado, foi-lhe feita laparotomia exploradora, verificando-se tratar-se decarcinoma do fígado, inoperável.

O irmão, médico, foi avisado de que nada mais era possível esperar, além de uma sobrevidade 15 a 20 dias. (Informação que nos foi prestada por esse ilustre Colega).

No momento da operação, foi feita a necessária biópsia, que confirmou o diagnóstico.Retirada do hospital, iniciou o tratamento com a medicação descoberta pelo engenheiro paulista evive ainda hoje, inteiramente curada (já se passaram 5 anos:)...

Em 1955 – em companhia do Dr. Corain – tivemos ocosião de examinar o prontuário dessaExma. Senhora, o qual nos foi gentilmente apresentado pelo então Diretor daquele modelarnosocômio, que se fazia acompanhar por alguns dos seus assistentes imediatos.

Ante a realidade, o operoso e dinâmico Cirurgião aventou a hipótese de se tratar de errodiagnóstico.

Espantado com a dúvida levantada, objetamos: - Erro diagnóstico anatomopatológico?Respondendo-nos peremptoriamente, S.S.ª afirmou serem constantes no Hospital equívocos

dessa natureza.Lembramos então que deveria estar arquivada a lâmina do exame anatomopatológico e ser

fácil portanto, a verificação, o que foi feito posteriormente, por ordem do próprio Diretor.Dessa vez, pelo menos, não havia erro. O exame da lâmina confirmava o diagnóstico

registrado no prontuário. Estava, pois, cientificamente evidenciado que a paciente era portadora deum carcinoma inoperavel do fígado e que, se estava restabelecida, devia-o à medicação descobertapelo engenheiro paulista.

Mas voltemos aos experimentos clínicos ordenados pelo Primeiro Magistrado do país,

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naquela época. Apesar das ordens claras e imperativas para serem imediatamente feitos, só mesesdepois o S.N.C. [Serviço Nacional do Câncer] deu início aos trabalhos, no respectivo Instituto. Issoem maio de 55 [1955].

Antes, porém, o referido Serviço designara uma Comissão para supervisionar as provas, soba presidência do então Diretor do Instituto e de dois médicos de seu corpo clínico, sendo umanatomopatologista e outro Chefe da Seção de Controle do S.N.C.. Acompanhamos os tentames, naqualidade de técnico do descobridor brasileiro, bem assim o Major Brigadeiro Médico Dr. JaimeVilalonga, como Assessor Técnico da Ordem dos Inventores do Brasil.

Nesse interregno, quando a Direção do S.N.C. Maliciosamente pretendeu opor o primeiroembargo, talvez para ganhar tempo e retardar os testes (e, se possível, não os realizar de todo...),sugeriu o estudo prévio do produto em questão (in corpore vili...), a resposta que recebeu no Catetefoi perentória:

“Nada de ratos! Experimentação clínica em seres humanos e desde já!”

Mas a ilustre Direção, no seu imenso arsenal de desculpas, encontrou mil-e-um subterfúgiospara procrastinar, contemporizar e fugir às determinações de urgência que lhe haviam sidoconfiadas.

Tanto mais, quanto o Gen. Távora havia deixado a Chefia da Casa Militar da Presidência daRepública. Quando, porém, esse ilustre militar se fez candidato à magistratura suprema do País (e,pois, caso fosse eleito, haveria contas a prestar-lhe...) a Diretoria do S.N.C decidiu-se a iniciar osexperimentos clínicos que lhe tinham sido ordenados. Tão logo, entretanto se soube do resultado dopleito eleitoral – desfavorável ao bravo Revolucionário – foram os trabalhos suspensos, semqualquer aviso prévio ou mesmo a explicação que a ética profissional impunha...

Assim o S.N.C. deu por encerradas as experiências clínicas ordenadas pelo ex-PresidenteCafé Filho sobre a descoberta do Dr. Corain, descendo o pano ao primeiro ato da infametragicomédia, camuflada por uma cortesia farisaica, em que se igualaram o burlesco dairresponsabilidade oficial e a crueldade de profissionais que, esquecidos do juramento solenementeprestado, assim negaram as legiões de sofredores patrícios, quiçá uma oportunidade real deesperança, que após milênios a sorte punha nas mãos de um obstinado pesquisador brasileiro!

Fizeram-no mesquinhamente, fingindo desconhecer aquela saborosa verdade de Pasteur: “nocampo das observações, o acaso só favorece os espíritos preparados”...

Início dos pseudotestes

Na sessão inicial, foram estabelecidas as seguintes diretrizes básicas para os experimentos,aqui apresentadas sem rigor textual.

1.ª Que seria o remédio aplicado em trinta pacientes facultativos, divididos em grupos de dez, à escolha do descobridor.

2.ª A parte terapêutica ficaria a nosso cargo e a clínica sob a orientação do Dr. Vilalonga:3.ª Que os teste seriam acompanhados pela Comissão.4.ª Que essa facilitaria tudo para a realização dos experimentos etc. Etc. [nota de rodapé: Detodas as reuniões havidas para os ensaios clínicos no Instituto do Câncer lavraram-se atas das quaisem 1955 requeremos ao Serviço Nacional do Câncer certidões, que nos foram negadas sob aalegação de estar o processo em vias de conclusão. E assim permanece, por não ter o honradoministério da Saúde externado sua opinião. Talvez para não compactuar com aquela farsa.]

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Na reunião seguinte foi escalado, pelo Dr. Corain, o primeiro grupo de doentes, em númerode dez.

Verificou-se, a seguir, que a enfermidade de dois dos pacientes estava por demais adiantadae que um terceiro era portador de radiodermite ulcerada (lesão produzida por excesso deradioterapia). De comum acordo, os dois primeiros foram definitivamente afastados. Quanto aoterceiron – aliás u'a mulher – foi considerado marginal, isto é: o resultado não seria computado.

Nesse ínterim, o Diretor do Instituto do Câncer afasta-se da comissão, por ter de viajar paraos E.U.A. Sendo substituido por um Radioterapeuta.

As experiências com o produto foram feitas, portanto, somente em sete enfermos, durantequinze dias, de medicação sendo inopinadamente suspensas, sem qualquer aviso ou explicação,como dissemos.

Noutras palavras: a Comissão do Instituto de Câncer entressachou ilações “sábias ehonestas” sobre testes clínicos feitos em sete doentes medicados durante u'a magra quinzena (issopara uma enfermidade como o Câncer!...), do que se depreende ser aquela junta dotada de visãocientífica extraumana, (semelhante, ou superior à do Super-Homem das histórias em quadrinhos...),Formidável!

E não se perca de vista que são precisamente eles – os próprios donatários do Câncer – quefalam na carência de um prazo de cinco anos, para se ajuizar de uma terapia na cura dessa doença!...

Nossa atitude:

Era nossa intenção perpassar mui pela rama o escabroso assunto dos experimentos clínicosrealizados no Intituto Nacional do Câncer para testar as possibilidades terapêuticas do medicamentodescoberto pelo engenheiro Sebastião Corain.

Entretanto, circunstâncias recentes nos fazem mudar esse propósito e focalizar – em todacalamitosa realidade que testemunhamos pessoalmente – fatos para nós bem desagradáveis.

Exporemos, pois, a Verdade nua, em toda sua quase inconcebível plenitude; começando pelareprodução textual das ilações a que chegaram aqueles semideuses do Serviço Nacional do Câncer(publicadas – e incontestadas – na revista O Mundo Ilustrado, dessa Capital, n.º46, de 12 dedezembro de 1955, pág. 31), comentando, ponto por ponto, o famigerado libelo.

AS CONCLUSÕES DA COMISSÃO

As conclusões da Comissão

1.º item:“Que o medicamento denominado “Carboncellox”, descoberto pelo engenheiro

Sebastião Corain e destinado ao tratamento do Câncer não possui as qualidades referidas peloautor, isto é, não é radioativo e nem é carvão superativo.”

Denuncia esse passo inicial a má-fé da Diretor do S.N.C. para com o experimento a serrealizado.

A ordem que recebera da Presidência da República havia sido de proceder a testes clínicossobre as possibilidades do remédio descoberto pelo engenheiro Corain.

Entretanto, por conta própria, e subestimando a determinação superior, mandou realizarpesquisas físicas do medicamento que deveria comprovar, baseando-se, em hipótese casualementeformulada pelo descobridor sobre a ação terapêutica do seu produto.

Fê-lo, sorrateiramente, dentro do maior sigilo, para preparar o golpe a ser dado

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posteriormente, atitude essa que não condiz com a real posição daqueles medalhões da Ciênciabrasileira, nem com sua dignidade pessoal.

Seria perfeitamente compreensível que o Diretor do S.N.C. não concordasse em mandarproceder às experimentações clínicas antes de suficientemente informado sobre a estrutura e aespécie do produto a ser aplicado. Esse direito lhe era incontestável. Mas deveria manifestar-seabertamente, junto a autoridade superior da qual promanara a ordem; e não enveredar por caminhostortuosos e servir-se de subterfúgios pueris, conforme fez. Até porque as investigações laboratoriaisque determinou realizar – conforme foram levadas a efeito – de maneira alguma poderiamesclarecer a natureza daquele produto, sob o aspecto clínico.

Prestar-se-iam, porém, (como serviram) de base os argumentos capciosos e sofísticos, quemais tarde seriam desferidos contra o valor do remédio. Golpe solerte e pouco honesto, quedemonstra exuberantemente o propósito recôndito de condenar, de qualquer forma, o produto emcausa.

A opinião arrancada ao Professor Catedrático de Química Fisiológica da Faculdade deMedicina da Universidade do Brasil foi evidentemente encomendada sob medida; ou melhor:psicologicamente preparada o que ressalta de seu texto, porquanto o que deve ter sido solicitado aesse renomado Professor foi a dosagem do poder adsorvente da descoberta. Entretanto, o relatóriodiscorre singularmente sobre outros aspectos da questão suscitada, dizendo em dois infelizes edesprimorosos itens:

1.º) “Se virtudes terapêuticas possui o Carboncellox por elas não pode serresponsável o poder adsorvente, que é menor que o do “Norit” (não sendo, pois, um carvãosuperativado), nem a radioatividade que não possui, de acordo com as análises do InstitutoNacional de Tecnologia”.

Aí deveria findar a informação do Catedrático; porém continua prolixa, desnecessária eagressiva.

“São pois falsas as afirmações sobre as citadas propriedades e tidas pelo autorcomo de fundamental importância, o que é altamente comprometedor”.

(O Professor foi chamado a opinar e arvora-se em juiz, sem qualquer razão de ser, o que –acrescentemos – é sumamente denunciador).

E em seguida continua.

2.º) “os conhecimentos do Dr. Sebastião Corain sobre os processos de oxidaçãobiológica de células normais, como cancerosas, são tão elementares e falhos, que não é possívelanalisar cientificamente o fundamento do 'novo' método terapêutico.”

Aí o Catedrático fala como um “clássico” Mestre-Escola de antanhos, querendo reprovar otrêfego menino Corain...

Consideramos esse facultativo um dos grandes expoentes da nossa Medicina e possuidor deilibado caráter. Entretanto, no caso em pauta, foi, ao que parece, enredado nas hábeis artimanhas doseu não menos ilustre colega de Congregação, o que tornou o relatório uma peça simplesmenteridícula, para não dizer coisa pior... S.Sa. Perdeu o senso do real valor próprio!...

O Mestre, exigindo que um engenheiro de minas conheça profundamente oxidaçõesbiológicas, um dos mais complexos e controvertidos assuntos de Fisiologia celular. É fenomenal!

Quanto à teoria, não é “nova”. Pasteur já dizia que as células cancerosas, em meio carente de

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oxigênio, se comportam como fermentos.Desde 1928, o grande Warburg pesquisa o tratamento do Câncer por oxigenação celular e a

esse processo o nosso inolvidável Mestre Álvaro Osório de Almeida dedicou boa parte de suamagnífica vida. Exigir de um engenheiro que determine a farmacodinâmica de um medicamento(quando 99% dos médicos são incapazes de o fazer...) é sumamente insano; máxime em se tratandode metabolismo e oxidação celular. Seria algo semelhante a Corain pretender que o Professorfizesse a prospecção científica e técnica de u'a mina...

É lastimável que aquele Catedrático, cuja vida é um exemplo magnífico de valor pessoal,caráter, talento, cultura, e operosidade, se tenha deixado envolver amistosamente nesse tramainteligentemente urdido, possibilitando seu respeitável nome servir de pedra angular a propósitosque nada tem de honestos. Comentando essas singulares ocorrências, visamos apenas a deixarretratado o ambiente adrede preparado em que se realizou a comprovação do medicamento do Dr.Corain, e mostrar que a conspiração felônicamente maquinada contra esse descobridor eintencionalmente executada foi digna, inegavelmente, do gênio de um Talleyrand...

2.º item:“Que, mesmo assim, foi permitida a sua experimentação em doentes do Instituto de

Câncer escolhidos pelo Dr. Corain, por ter a Comissão admitido a inocuidade de sua aplicação”.

A Comissão, antes dos experimentos clínicos, já afirmara a inutilidade da aplicação doremédio! Antes de ser já era...

Mesmo que o medicamento não possuisse o poder de adsorção e a radioatividade que odescobridor mencionara, a Comissão, ao asseverar a inutilidade do produto sem lhe conhecer aestrutura química, exarou um temerário e esdrúxulo palpite!

Até porque, posteriormente, o Instituto Adolfo Lutz órgão oficial do governo de São Paulodeterminou a composição: Silício, Potássio, Estanho, Titânio, Magnésio, Cobre, Bário, Alumínio eFerro!...

Porque não admitir que a ação terapêutica seja estruturada num ou mais desses corposquímicos ou por ação catalítica?... Joseph'Leriche, em seu tratado já por nós referido, mencionamuitos deles (e ainda outros) como tendo ação terapêutica sobre o Câncer.

3.º item:“Que o prazo de quinze dias para a observação de possíveis melhoras após o início

do tratamento de cada caso, fundado nas próprias normas do autor e estabelecido de comumacordo entre a Comissão e o dr. Corain não viria a constituir atraso desvantajoso para o início deoutros recursos terapêuticos.”

Examinando-se à luz dos fatos os dizeres desse item, se é surpreendido pela pueriljustificativa e, mais ainda, por partir ela de homens que se revestem de roupagens de cientistas.

“Que o prazo de 15 dias para observações de possíveis melhoras após o início dotratamento de cada caso...”

Quinze dias para testar os efeitos terapêuticos de um medicamento para enfermidade como oCâncer! É ingênuo, absurdo, incongruente e insensato, quando há resquícios de probidade científica.Nesse curto período, não é possível comprovar cientificamente a ação específica de nenhummedicamento; mesmo para calos...

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“...não viria a constituir atraso desvantajoso para início de outros recursosterapêuticos.”

Isso pretende significar que não deveria continuar a experimentação clínica, para que nãoretardar a submissão dos pacientes à terapia tradicional dessa doença...

Sabe-se, entretanto, que os processos clássicos de tratamento são absolutamente inoperantes,e o comprovam milhões de fracassos. Salvo se é postulado do S.N.C. iniciá-los cedo, para realizar omais depressa possível a consumação de sua desumana distanasia. A morrer o doente, que seja omais rápido possível...

… 4.º item:“Que, esgotado esse prazo, e não tendo a Comissão observado melhoras em

qualquer deles resolveu submete-los aos métodos clássicos de tratamento empregados no Institutodo Câncer, salvo um que a Comissão autorizou a continuar o tratamento pelo “Carboncellox” porser considerado irrecuperável. Neste último caso também não foi reconhecida qualquer melhora”.

Esse item é pura e simplesmente revoltante, pois ainda que os fatos tivessem ocorridoconsoante fez crer a solerte Comissão, bastaria essa tirada pusilânime do seu capcioso relato, paracaracterizar o monstruoso propósito que a animava, de tudo destruir, a qualquer preço...

Aí está patente sua dupla intenção dolosa: a má-fé contra o Pesquisador (subtraindo-lheprematuramente todas as possibilidades de experimentação, exceto uma, julgada inconquistável) econtra a própria doente (abandonada a mercê de um medicamento no qual os sabichões, nãoqueriam crer). Desonestidade e irresponsabilidade.

Acontece, porém, que felizmente as coisas não se passaram assim.As melhoras que não quis ver e constatar a Comissão do Serviço Nacional do Câncer foram

evidentes, claras, insofismáveis; espetaculares, mesmo. Pelo menos num dos pacientes medicados.É que esse doente, uma senhora apresentando metástase inoperável do pulmão (diagnóstico

oficial do S.N.C.) que foi encontrada ao iniciar-se a medicação não mais podendo se erguer do leito,sujeita a contínuas hemoptises e permanente dispnéia e em quem eram empregadas sucessivastransfusões de sangue e uso ininterrupto de Oxigênio. No 5.º dia de medicação deixou o leito e osmedicamentos de exceção, por completo. No 15.º dia, pediu alta de hospitalização, para continuar otratamento no próprio domicílio, sob nossa orientação e controle da Comissão do Serviço Nacionalde Câncer.

É a essa paciente que se refere o tópico do parecer que diz:

“...salvo um que a Comissão autorizou a continuar o tratamento pelo“Carboncellox” por ser considerado irrecuperável. Neste último caso também não foi reconhecidaqualquer melhora”.

Entretanto (quiséramos que os céticos estivessem presentes...) a enferma “classicamente”havida como irrecuperável vive ainda, mais de três anos depois (de meados de 1955 a novembro de58), para dar testemunho da Verdade e confirmar de forma irretorquível o “critério” da insuperávelComissão do Serviço Nacional do Câncer!

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Impõe-se aqui um confronto concludente: Essa doente, a senhora I.R.S. Portadora demetástase pulmonar – foi tratada com o medicamento descoberto pelo engenheiro Corain, de junho

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de 1955 a maio de 57 e vive ainda em novembro de 58 – portanto com uma sobrevida de 3 anos e 6meses.

Entretanto a estatística apresentada pelo professor norte-americano Seymour Farber, que jámencionamos no capítulo VI – tópico: Classicismo e Mortalidade sobre mortalidade por Câncer dePulmão – é elucidativo quando trata de casos exatamente iguais ao da paciente em foco –registrando;

“Grupo II Submetidos apenas a laparatomia exploradora (sem nenhuma extirpaçãodo órgão). Total 50 pacientes. - Faleceram dentro de 24 semanas: 49. Faleceu dentro de 61semanas: 1”.

A sobrevida registrada – da senhora I.R.L. Já é de 164 semanas.

* * *

Em dois outros paciente também constatamos a eficácia do medicamento;Um (mulher), com Câncer de útero, vinha tendo hemorragias sucessivas, que no oitavo dia

da medicação se atenuaram, desaparecendo por completo no 12.º.Outro (homem), portador de Câncer de lígua-superficialmente ulcerada – as lesões

regrediram visivelmente, a partir do 10º dia. Por dever de lealdade, não podemos invocar otestemunho dos que em nossa companhia constataram tais melhoras... Trata-se de médicosfuncionários do Serviço Nacional do Câncer, estranhos à referida Comissão...

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categórico o que ocorreu e é o único elemento legítimo sobre o qual se pode formular juízocientífico, quanto ao alegado valor terapêutico do Carboncellox.”

O documentário que deve estar arquivado no Serviço Nacional do Câncer, se não foicriminosamente deturpado, tem de registrar exatamente o que vimos divulgado em nossoscomentários despretenciosos, mas absolutamente verdadeiros.

Entretanto, não estranharíamos que tal acontecesse, a julgar pelas atas da Comissão do SNC,as quais – como adiante veremos no depoimento do Dr, Vilalonga – foram elaboradas de modoincompleto, omissão essa que, a medida que refletimos sobre o caso, mais se delineia em nossamente como parte de um plano de sabotagem adrede preparado.

6º ítem:“Que resolveu não apreciar os casos tratados pelo dr. Sebastião Corain fora do

Instituto do Câncer, pelas dificuldades de controlar os enfermos e pela impossibilidade de serobtida a completa documentação científica sobre os mesmos, como se pôde comprovar durante aapreciação da Comissão.”

Apresentara o engenheiro Corain dois doentes curados com seu medicamento.O 1º, um caso de Câncer do Pulmão, que trouxe radiografias e o resultado da biópsia, feita

pelo Serviço Médico do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários (IAPC) de SãoPaulo. Foi o paciente examinado demoradamente pela junta do SNC e exaustivamente interrogado;

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e a seguir fizeram-se novos exames de raios-X e um teste bacterioscópico para a pesquisa de bacilode Koch porque um dos membros da Comissão julgou ver semelhanças nas imagens radiográficascom as deixadas pela tuberculose pulmonar, verificação essa que resultou negativa.

O 2º doente não trouxe documentário clínico, por ter sido tratado no interior da Bahia.Entretanto, fez minucioso histórico de sua enfermidade, no que foi confirmado por um filho que oacompanhava. Fôra a São Paulo agradecer pessoalmente sua cura ao engenheiro.

Propôs também o descobridor do medicamento trazer para serem devidamente examinados(munidos da necessária documentação clínica) muitos outros doentes já curados pelo seumedicamento, o que, a princípio, foi aceito, porém jamais chegou a se concretizar, por terem sidosuspensas inopinadamente as experimentações do SNC.

7º ítem:“Que a Comissão não concorda com o novo prazo de noventa dias proposto pelo

engenheiro Dr. Sebastião Corain, por considerá-lo inteiramente prejudicial aos enfermos e muitomenos aceita as alegações por ele feitas em carta dirigida a V.Sª, em 30-7-1955.”

Essa ilação final é tão néscia na forma como audaciosa na inteção demolidora que ainspirou. No ítem 3º já lhe demos resposta detalhada, comprovando exuberantemente a má-fé queorientou a atitude oficial, no caso em apreço.

8º ítem:“Que não reconhece no “Carboncellox” valor terapêutico, por ser medicamento que

não possui as propriedades alegadas por seu descobridor e ser ineficaz no tratamento do Câncer,conforme se pode observar nos doentes submetidos à experimentação.”

Pudera! Ao comentarmos o 1º ítem dessa objurgatória, tivemos ensejo de transcrever ainfeliz opinião do detentor da cátedra de Química Fisiológica, na Faculdade de Medicina daUniversidade do Brasil, quando chamado a se pronunciar sobre as propriedades físicas doCarboncellox.

Não abordamos, porém, o conteúdo técnico da questão, pois pretendíamos passar – comoentramos a fazer – a palavra ao engenheiro Sebastião Corain que melhor explicará aos Leitorescomo foi analisado o seu medicamento. [nota de rodapé: Essa explicação-defesa acha-se numfolheto intitulado Odisseia de uma Descoberta Brasileira para Cobater o Câncer – Carboncelloxversus Serviço Nacional do Câncer – São Paulo, 1956, contendo páginas não numeradas, num totalde 16.]

“O professor julgou que o carvão Norit fosse um tipo de padrão universal por cujaconstituição física. Há tipos para clarificar, para desodorizar, para fins terapêuticos, para purificarágua, para instalações de ar condicionado, e assim por diante, uma infinidade deles.

O carvão Norit é utilizado na clarificação do açúcar proveniente da cana ou da beterraba,substituindo o carvão de ossos nesse mister. Distingue-se, pois, do nosso CARBONCELLOX, quealém de outras propriedades, é absorvente de gases.

Não obstante, o professor ainda imagina que todos os carvões são da mesma origem,submetidos a iguais métodos de preparo e beneficiamento, com igual superfície de absorção, comidêntica uniformidade na conformação das cavernas adsortivas, passando suas partículas em igualproporção pelas mesmas malhas de calibragem, reagindo por igual em diferentes meios químicos esob diferentes temperaturas! Por isso, na sua opinião devem ser bitolados pelas qualidades doNorit, cuja ação se limita, repetimos, a clarificar açúcar.

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Sobre o Carboncellox – A Cura do Câncer

Tomemos agora este exemplo: Os líquidos se distinguem pela densidade, pêso específico,viscosidade, ponto de ebulição etc., etc., e jamais alguém pretendeu que fossem bitolados apenaspelas características de um único deles!

Como pode, então, o professor chegar à conclusão – contrariando a lógica e bom-senso –que todos os carvões superativados para fins distintos, são absolutamente semelhantes e seenquadram rigorosamente a um único padrão?

E dizer-se que com tal desconhecimento da matéria, foi lavrado e tornado público, comdestaque invulgar, um parecer oficial!

O segundo erro, igualmente alarmante, consiste na declaração de que o CARBONCELLOX,possuindo poder adsorvente menor que o do Norit não é pois um carvão superativado”.

Evidentemente o professor não avaliou o que estava deixando escrito em papel timbrado,pois para se demonstrar o tremendo disparate, basta esta pergunta irrespondível:

– Desde quando, senhor professor, um carvão industrial se tornou padrão de aferiçãopara uma terapêutica?”

9º ítem:Que o emprego do “Carboncellox”, além de não exercer qualquer influência

benéfica no tratamento do câncer, retardará, muito desvantajosamente, a aplicação aos doentes,dos métodos clássicos de tratamento cujos resultados já mostram sua eficácia?

Essa penúltima conclusão seria uma variante insulsa dos itens 7º e 8º, se não fosse o ridículotom jatancioso com que termina.

Encerra duas inverdades clamorosas, porquanto ficou sobejamente comprovada a eficiênciado medicamento (pelo menos em um dos doentes testados nos experimentos clínicos realizados noSNC). Quanto à “eficácia dos métodos clássicos de tratamentos”, é uma heresia, pois estámundialmente demonstrada sua absoluta inoperância. Mostraram, sim, eficiência para levarem àmorte os pacientes a eles submetidos.

10º ítem:“Que também considera o “Carboncellox” ineficaz como tratamento coadjuvante

na terapêutica do câncer, assim como também desaconselha o regime dietético recomendado peloautor”.

Está nesse item o epílogo perverso da ignóbil farsa, inteligentemente planejada e executadapelo SNC para simular a verificação das possibilidades terapêuticas de um produto destinado aotratamento do câncer, mas previamente condenado, por atentar contra os mesquinhos propósitos dacancerologia clássica.

Há, em seu texto, despudor e maldade levados a extremos. Mas, pelo menos oficialmente,era necessário (imperioso mesmo) ao sindicato do câncer destruir o medicamento que ousaraameaçar a estabilidade de sua proveitosa fonte de renda. E assim foi feito!

Reboem, mais uma vez, as trombetas da fanfarra, anunciando a vitória da indústria do câncersobre a dignidade da ciência médica brasileira e bimbalhem sinos ao sacrifício de milhares dedesgraçados, vítimas da mais terrível e rendosa doença! A derrota não foi do engenheiro Corain. Foido Brasil. Do mundo!

Estamos, porém, certos de que um dia não muito distante, a Verdade flutuará e descerão asmáscaras, pondo a descoberto rostos lívidos de remorsos. Será la chute du rideau!...

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Para comprovar as alegações que acabamos de fazer em nossos comentários, a seguir

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Sobre o Carboncellox – A Cura do Câncer

transcreveremos, na íntegra, a reportagem publicada na Folha da Tarde, de São Paulo, (25-10-55),de autoria do ilustre jornalista bandeirante, Dr. Hideo Onaga, hoje secretário desse grande órgão depublicidade daquela capital.

Nela se acha registrado o depoimento do médico Dr. Jaime Vilalonga, Major-Brigadeiro daaeronáutica brsileira, cancerologista e cientista notável que, na qualidade de técnico em assuntomédico da Ordem dos Inventores do Brasil, acompanhou – já o dissemos – as experimentaçõesclínicas realizadas no Serviço Nacional do Câncer, para testar o CARBONCELLOX.

“Foi a Folha da Tarde, que, há mais de um ano, ao deparar com o medicamento doengenheiro Corain, ao qual eram atribuídos efeitos extraordinários no tratamento do câncer,solicitou das autoridades médicas do país uma experimentação oficial no sentido de comprovaraqueles efeitos. Não cabia a um jornal opinar sobre assuntocientífico, mas consideramos nossodever irrecusável solicitar o pronunciamento científico de quem tinha autoridade para assimproceder. Após meses de luta, conseguimos finalmente do Presidente da República fossedeterminada ao Serviço Nacional do Câncer a realização da solicitada experimentação. Issoaconteceu em novembro do ano passado; entretanto somente em meados do corrente ano é queuma pequena experimentação foi realizada pela comissão designada pelo Serviço Nacional doCâncer. Mas foi terminada...

- “As experiências foram apenas iniciadas, logo sem mais interrompidas e por isso nãopodem autorizar nenhuma conclusão de caráter científico”.

Essas são as palavras de dois médicos que integraram a comissão incumbida pelo ServiçoNacional do Câncer de realizar a experimentação – o brigadeiro Jaime Vilalonga e o dr. Heyder deSiqueira Gomes, o primeiro na qualidade de representante da Ordem dos Inventores do Brasil e osegundo representando o engenheiro Corain.

O SNC não confirma nem desmente.Tendo a Folha da Tarde solicitado a realização da experiência, é evidente que não poderia

ser de desinteresse nossa atitude ante as notícias acima referidas.Transportou-se o reporter ao Rio e no Serviço Nacional do Câncer foi recebido pelo dr.

Sérgio de Azevêdo que ocupava interinamente a direção do SNC na ausência do prof. HugoPinheiro Guimarães que realizava no momento uma viagem ao Rio Grande do Sul. Interrogadosobre as conclusões do relatório referido pelas notícias publicadas, declarou ao dr. Sérgio deAzevêdo que nada podia adiantar. Quanto às notícias divulgadas nem confirmá-las. “No princípioda semana o prof. Hugo Pinheiro Guimarães deverá reassumir o cargo; acredito que logo depoisfará entrega do relatório ao Ministério da Saúde e só então serão dados ao conhecimento dopúblico os termos desse relatório”.

Comissão de cinco médicos

De acordo com as informações obtidas pelo reporter, cinco médicos acompanharam asexperiências que se realizaram no Serviço Nacional do Câncer: três do Serviço e mais obrigadeiro-médico Vilalonga, cancerologista, especialista em radiologia e fisioterapia, e o Dr.Heyder de Siqueira Gomes.

Do Serviço Nacional do Câncer não pudemos obter mais informações que aquelasfornecidas pelo seu diretor interino. Procuramos o brigadeiro Vilalonga.

Eis o que nos declarou o brigadeiro médico Vilalonga:

“Não tenho conhecimento oficial do assunto. Na qualidade de acessor técnico paraassuntos médicos da Ordem dos Inventores do Brasil acompanhei, juntamente com o Dr. Heyder de

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Sobre o Carboncellox – A Cura do Câncer

Siqueira Gomes, representante do engenheiro Corain, os trabalhos da Comissão incumbida derealizar a experimentação. Tanto assim é que nossos nomes figuram nas atas lavradas duranteessas observações. Nessas circunstâncias, esperamos ser ouvidos antes de quaisquer conclusões”.

Em seguida, o entrevistado esclareceu:

- “As condições em que foram realizadas as experiências não autorizam nenhumaconclusão rigorosamente científica devido à exiguidade de tempo que duraram e ao reduzidonúmero de pacientes observados, número aliás menor que o prometido.

“Dos dez pacientes prometidos, entregaram a observação apenas oito, sendo entãoprometidos mais doze – para completar uma série de vinte – mas estes doze não foram entregues àexperiência até a presente data.

“Nessas condições não me parecem verídicas as conclusões que acabam de ser divulgadaspela imprensa e atribuidas à comissão designada pelo SNC para a realização da experimentação,pois seriam prematuras quaisquer conclusões”.

Atas também incompletas

Durante a experimentação foram elaboradas atas. Da mesma forma que a experiência,também as atas são incompletas. Eis o que a respeito declara o brigadeiro Vilalonga:

- “Nas atas deveriam figurar e não figuram – pormenorizadamente certos trâmites dasobservações ocorridas nos pacientes; por exemplo: cessação de dores e algumas regressõessintomáticas que a exiguidade do tempo de observação (já referida) impediu que fossemcaracterizadas de forma mais nítida”.

Não obstante a exiguidade de tempo da experiência (média de 15 a 20 dias para cadapaciente, de acordo com informações puderam ser observados fenômenos de cessação de dores ealgumas regressões, mas não foi só. O brigadeiro Vilalonga acrescenta:

“Entre os oito pacientes submetidos ao tratamento há a destacar o caso de uma pacienteque, sentindo-se, bem melhor, solicitou alta. A comissão examinou a paciente, constatou a melhoriae concedeu a alta, entregando-a aos cuidados do Dr. Heyder de Siqueira Gomes para acontinuação do tratamento em ambulatório, sob controle do Serviço Nacional do Câncer”.

Amanhã publicaremos o depoimento do Dr. Heyder de Siqueira Gomes que acompanhou ostrabalhos da comissão do Serviço Nacional do Câncer na qualidade de representante doengenheiro Corain”.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Houvessem as experimentações realizadas no INC sido feitas com honestidade, critério e

probidade científica, e seus resultados tivessem sido negativos, seríamos dos primeiros a aceitar aevidência dos fatos, e a ela nos render incondicionalmente.

Entretanto, ocorreu exatamente o contrário. Desde o início, perscrutamos o ambiente dedescrença por parte dos técnicos da comissão, ceticismo esse até certo ponto natural e humano.Esperávamos porém, que tal atitude se modificasse ante as comprovações obtidas no correr dasexperiências clínicas; porquanto, o mais pessimista dentre os pessimistas, não podia imaginarsequer a hipótese que médicos, que durante anos sucessivos, testemunharam, impotentes, osquadros macabros de sofrimentos que cercam as enfermidades cancerosas, pudessem, por indústria,recusar um medicamento que comprovasse sua ação, mínima que fosse, sobre a terrível doença.

As irregularidades no decorrer dos trabalhos se sucederam – e foram de relance percebidaspelo eminente Dr. Fernandes Távora, quando visitou os doentes submetidos aos testes. S. Excia.Nos transmitiu lealmente sua impressão, estranheza e desaprovação; a nós e a um ou dois membros

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da comissão, fazendo-o com a dupla autoridade de médico e de senador da república.O embuste, porém, continuou, até consumar-se a bufa representação.Daí nossa incontida revolta, nosso veemente protesto, nossa indisfarçavel ação combativa;

dizer a verdade, provar a trama da fraude perante o público.É doloroso, e também revoltante, o aspecto que se constata no setor dito clássico dessa

doença – verdadeira camorra oficializada, mancha repugnante no painel grandioso da ciênciamédica, onde sempre imperou o sacrossanto dever de solidariedade humana, inspirado nosofrimento do próximo e que faz vibrar em todos indivíduos um maior ou menor potencial dealtruismo.

A medicina é uma profissão; entretanto sua grandeza e sublimidade estruturam-se no muitoque ela tem de sacerdotal. Mecaniza-la, ou mercantiliza-la, é prostitui-la.

Pensamos que assim transmitimos ao leitor uma ideia da farsa ignóbil que constituiu o testedo referido medicamento.

Caudal de lama, fértil em indignidade moral, científica e funcional e no conspurcamento dossagrados princípios de humanidade.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Fazendo, pela imprensa, a publicidade a si conveniente de tão monstruosa degradação, o

dirigente do SNC, em estilo panfletário de baixo nível, agride ao autor da descoberta, chamando-lhecharlatão, mentiroso, etc.

Charlatão, por haver descoberto um medicamento que tem ação terapêutica evidente sobre amais tremenda das doenças, a qual vem a séculos flagelando a humanidade; e por pedir em nome demilhões de desgraçados sua comprovação à luz da verdadeira ciência!

Mentiroso quem – pleiteando tal verificação honesta – apresentou um lastro de cinco anosde sucessivas vitórias em quase três mil experimentações clínicas, mas sempre em caráter particular,testemunhadas por mais de duas centenas de médicos!

A modificação desse estado de coisas é difícil. Cabe, pois, à coletividade defender suaintegridade por todos os meios, contra a famigerada cancerologia clássica e seus desumanosasseclas.

E foi, talvez, antevendo essa justa reação, que o diretor do Serviço Nacional do Câncer,temeroso, procurou a popular revista “O Mundo Ilustrado” e, em 12 de dezembro de 1955 econcedeu aquela reportagem, que não o recomenda ao respeito nem à admiração dos seus pares.

Ele, que deveria primar pela serenidade do julgamento, olvidou sua alta investidura eenveredou pelo cipoal das paixões, chafurdando-se no lodaçal dos doestos pessoais, desferindo umatremenda diatribe contra o pesquisador patricio, brindando-o com termos pouco parlamentares...

Para S.Sª, por exemplo, parece constituir “curandeirismo” ou “charlatanice” a recuperaçãoclínica de alguém em estado “irrecuperável” (e preagônico), fora dos métodos clássicos...

E o pior é que a ação coercitiva da cancerologia prepotente não se limita à capital daRepública: estende os seus tentáculos aos demais estados. Não insistiremos, porém, em tal ponto,porque nos repugna lidar com a decomposição moral. Já nos bastam as neoplasias palpáveis que nosesforçamos por tratar sem ablações simplistas... Queremos apenas debuxar a improbidade ecovardia imperantes nas esferas oficializadas do câncer. Por isso voltaremos ao caso em apreço.

Houvesse a comição do SNC – era seu comezinho dever – relatado a verdade sobre o querealmente observara (apesar das lacunas de que propositadamente cercou a famigeradaexperimentação clínica a seu cargo), teria, sem a menor dúvida, reconhecido evidentespossibilidades terapêuticas no medicamento testado, o que traria honras e glórias para o Brasil,porquanto abriria horizonte para a solução do problema do câncer, beneficiando a milhões dedesgraçados.

Falseando, porém, a verdade, como fez, alcançou objetivos imediatistas que não merecem

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Sobre o Carboncellox – A Cura do Câncer

louvados: salvou da derrocada os processos “clássicos” e possibilitou o prosseguimento da suntuosaconstrução do Hospital do Instituto do Câncer – o maior da América do Sul –, a importação debombas de cobalto-60, a criação de vasto corpo clínico e de 47 nosocômios assossiados para acancerologia ortodoxa Brasil afora...

Mas, fazia-se necessário consolidar a iníqua vitória impedindo, de qualquer forma, que averdade flutuasse. “Os fins justificam os meios” (postulado de que se serviu o santo Loyola; e aíestava o ensinamento de Maquiavel: o afirmar com ousadia leva à vitória). E o diretor do ServiçoNacional do Câncer, Prof. Catedrático da Faculdade Nacional de Medicina do Rio de Janeiroserviu-se desse esdrúxulo conceito com rara mestria. Esquecendo as altas dignidades científicas queo revestem, degradando a si próprio, nivelando-se a inconscientes caluniadores e a mentirososvulgares – faltando aos mais comezinhos princípios da verdade, vem a público injuriar, vilipendiar avítima que ele próprio mandara imolar.

E estava salvo, por essa manobra solerte, o “critério” da ignóbil palhaçada em que setransformaram as comprovações clínicas realizadas pelo SNC.

Também não tardou (nem poderia faltar) a generosa recompensa oficial aos membros dacomissão promotora da farsa, pela inominável felonia praticada.

Um – que havia muito desempenhava função administrativa (chefe da seção de organizaçõese controle do Serviço Nacional do Câncer) e funcionara como secretário naquele tribuanl, e que, navéspera de serem inopinadamente suspensos os trabalhos experimentais, nos declarouespontaneamente que até aquele momento não tinha qualquer impressão objetiva da açãoterapêutica do produto testado, exceto sua absoluta atoxidez (para posteriormente assinar, semreservas, o laudo condenatório o que demonstra servilismo abjeto e inconsciência profissional) um –dizíamos – foi por passe de mágica transformado, graças à autopropaganda intensiva do SNC – emexpoente da cancerologia clássica, sendo hoje cognominado professor!

Vale abrir aqui um espaço para informar ao leitor que precisamente essa absoluta atoxidezdo “Carboncellox”, medicamento que chegou a realizar curas de câncer, é a virtude peregrina emvão procurada pelos medalhões oficiais que já se vão inclinando à quimioterapia.

Eis parte do que declarou o prof. Farder, da Harvard, ao encerrar-se em 12 de julho passado,o 7º Congresso Internacional do Câncer, em Londres (Correio da Manhã, 13-7-58):

“Não se poderia entrar nas minúcias de todas as substâncias químicas que até agora foramtratadas no congresso. Mais de cem medicamentos são atualmente conhecidos, empregados ouexperimentados, e dão resultados mais-ou-menos bons. No entanto, são todos limitados por aquelatoxidez de que falamos.”

O segundo componente daquele tribunal, até então apagado “radioterapista”, viu-seguindado a diretor do “Maior Hospital de Câncer da América do Sul”!... (Também já é, pelaimprensa, considerado professor...)

Quanto ao terceiro membro, filho dileto de grande mestre da ciência médica do Brasildesconhecemos o galardão a que fez jus.

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“modelar” Serviço sediado no Rio de Janeiro.Em seu Estado natal e o pesquisador ainda continua sob o guante do poderoso Sindicato do

Câncer, de São Paulo.O Departamento de Saúde Pública desse Estado, a pedido da Assossiação Paulista de

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Sobre o Carboncellox – A Cura do Câncer

Combate ao Câncer (cujo primaz foi antecessor do atual Diretor do SNC), iniciou processo contra odescobridor do medicamento por “curandeirismo” e “charlatanismo”.

Quando, porém, o acusado pleiteou um julgamento à luz de experimentações clínicas, aqueledepartamento foi procurar um professor de psiquiatria, (!) e obteve o seguinte atestado, que é oexemplo da maior monstruosidade jamais saída da pena de homem responsável por uma cátedramédica:

“Não conheço, nunca vi o autor da descoberta do medicamento para combater oCâncer. E tampouco os doentes que foram submetidos ao seu tratamento. Não obstante, considerode máxima urgência o seu internamento no hospício para livrar a sociedade de um dementeperigoso ou então sua remessa para a cadeia.” (sic!) [nota de rodapé: Eis aí, nosso estarrecidoleitor, o curioso diagnóstico – simplista e “precoce” - que ocorreu àquele “gênio” da psiquiatria (ou“telepsiquiatria”?) nacional. Veredicto insólito e mesquinho que faria rubores de inveja ao maisdesalmado inquisidor medieval. // Pena é que tamanha sordidez não possua, ao menos, o mérito daoriginalidade; há quase um século, a ignorância presunçosa – aliada à intransigência e à inveja –também remetia o húngaro Semmelweis para um asilo de alienados em Viena... Não obstante, em1894, erigiram-lhe uma estátua em Budapeste, sua terra natal... // e antes mesmo de tão iluminadoespecialista patrício surpreender simultaneamente os mundos médico e jurídico com sua... “sábia”opinião, D'Autrec, o eminente cientista e indefesso propugnador da medicina escorreita, no sinceroe corajoso livro que deixamos citado, já havia posto a descoberto a causa de certas atitudesoficiais. // “Se arrastam para o [tribunal] correcional os Blanchards, os Estripeauts, os Bernays, nãoé apenas porque eles curaram ilegalmente cancerosos; mas sobretudo porque mostraram, com fatos,a falsidade da ortodoxia oficial, arremeteram contra o dogma e comprometeram os interesses domonopólio.” (pág. 74). // Como se vê, nihil sub novum...]

Ora, em face de tão “respeitável” parecer, imediatamente o Departamento de Saúde Públicado Estado de São Paulo desvencilhou-se do compromisso assumido, desistindo da experimentação,e enviou os autos à Polícia! Vários médicos foram então depor, dando seu testemunho quanto àeficiência do medicamento em centenas de casos, inclusive um, que merece registro especial. ForaMestre do aludido “professor de psiquiatria” no Hospício Franco da Rocha; portanto sua categoriahierárquica não lhe seria inferior. Não hesitou em declarar que ele próprio, tendo sido vítima de umcâncer e não confiando no valor da terapêutica clássica, recorrera ao medicamento brasileiro, comtotal êxito e ali estava cumprindo uma obrigação frente aos seus semelhantes!!

Afinal, seguiram os autos para Fôro Criminal. O Meritíssimo Juiz da 9ª Vara tomouconhecimento de seu conteúdo, e determinou a experimentação clínica. Nomeou uma comissão demédicos e pediu cooperação ao governo do Estado. O governador interino, em exercício, dandotodo apoio ao judiciário mandou separar vinte leitos no Hospital das Clínicas, à Santa Casa deMisericórdia e ao Hospital Central A. C. Camargo, da Assossiação Paulista de Combate ao Câncer(esse último, o mesmo donde partira a denúncia).

Pois bem, esses nosocômios, desobedecendo à ordem do juiz e à solicitação do governo quetantas verbas lhes concede, RECUSARAM ENTREGAR OS DOENTES PARAEXPERIMENTAÇÃO!

É o fim dos tempos! Que se esboroe a dignidade profissional e científica, mas continue de péo apanágio ortodoxo, eis o lema dos proprietários do câncer!

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Mais de três anos são decorridos (meados de 1955 a novembro de 58) desde que os figurões

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da cancerologia clássica nacional houveram por bem – desobedecendo e prostituindo as ordens deum chefe de Estado – transformar numa abominável farsa aquilo que deveria ser uma criteriosa ehonesta experimentação científica: a comprovação terapêutica do “Carboncellox”.

Dos pacientes testados, a que continuou o tratamento por esse produto, vivia, comodissemos, ainda há pouco tempo. Entretanto, seria interessante conhecer a sorte dos seis outrosdoentes que foram recambiados pela cancerologia convencional... Cabe ao Serviço Nacional doCâncer informar. Será que o faz?... Não acreditamos...

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