PORT.COM - Edição nº 3 - Dezembro de 2014

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www.revistaport.com 1 BOAS FESTAS 2014. Nº 3 . DEZEMBRO . REVISTA MENSAL . PREÇO: 2,50€ PORT .COM REVISTA DE PORTUGAL E DAS COMUNIDADES NATAL Edição especial de

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BOASFESTAS

2014. Nº 3 . DEZEMBRO . REVISTA MENSAL . PREÇO: 2,50€

PORT.COMR E V I S T A D E P O R T U G A L E D A S C O M U N I D A D E S

NATALEdição especial de

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4MENSAGEM PORT.COM

6JOSÉ CESÁRIO

MENSAGEM DE NATAL DO SECRETÁRIO DE ESTADO DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS

8NATAL DOS PORTUGUESES

3 HISTÓRIAS DE EMIGRANTES E SUAS RELAÇÕES COM O NATAL

12TRADIÇÕES NATALÍCIAS NO MUNDO PORTUGUÊS

1810 SUGESTÕES DE PRENDAS

MADE IN PORTUGAL

55PASSEIO MÁGICO À SERRA DA ESTRELA

60PELOS CAMINHOS DO NATAL

CIDADES E ALDEIAS CHEIAS DE ESPÍRITO NATALÍCIO

66DESTINO - MADEIRA NO FIM DE ANO

O MELHOR FOGO DE ARTIFÍCIO DO MUNDO

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SUMÁRIO

A AJBBNETWORK não é responsável pelo conteúdo dos anúncios nem pela

exatidão das características e proprieda-des dos produtos e/ou bens anunciados. A respetiva veracidade e conformidade com a realidade são da integral e exclu-siva responsabilidade dos anunciantes e agências ou empresas publicitárias.

Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos, fotografias ou ilustrações, - sob quaisquer meios e para quaisquer

fins, inclusive comerciais.

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Rua João de Ruão, nº 12 – 8º3000-299 Coimbra (Portugal)

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NATALEdição especial de

ESTE ENCARTE É PARTE INTEGRANTE DA REVISTA PORT.COM N.º 3 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

R E V I S T A D E P O R T U G A L E D A S C O M U N I D A D E S

NATALEdição especial de

MESA DE NATAL

A FESTA DA FAMÍLIA

NUMA MESA COM A TRADICIONAL

GASTRONOMIA PORTUGUESA

Seleção de receitas: Márcia de Oliveira

Seleção de Vinhos: Luís Moura

ESPECIAL DOCES VINHOS RECEITAS

MESADE NATAL

EDIÇÃO E PROPRIEDADE

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NIF: 510 475 353

DIREÇÃO Abílio Bebiano

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EDITORA DE CONTEÚDOS Márcia Oliveira

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REDAÇÃO Márcia Oliveira, Laura Antunes,

Filipa Marques

DESIGN E PAGINAÇÃO BDMP, LDA

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ASSINATURAS [email protected]

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EDIÇÃO PAPEL: Tiragem: 30.000 Exemplares

Impressão: StudioPrint Depósito Legal: 376930/14

Distrib. nacional e internacional: CTT

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Emigrar não é fácil. É preciso cora-gem, determinação e sobretudo um espírito aventureiro que sempre ca-raterizou os portugueses. Dos sa-crifícios e dureza da emigração dos

anos 60 e 70, temos hoje uma emigração mais sustentada por jovens que procuram novas e dife-rentes oportunidades de conhecimento e de vida.

A situação económica que o país atravessa não apresenta oportu-nidades que possam beneficiar as pessoas que trabalham, ou as que querem trabalhar, nem tão pouco as empresas, principalmente as PME que são o suporte principal do emprego em Portugal. Daí a razão do aumento da emigração acentuada de jovens recém-licen-ciados que procuram melhores condições de tra-balho e de realização profissional.

No entanto algo de bom temos e que é comum a todos os portugueses: a nossa língua, a nossa cultura, as nossas raízes, as nossas tradições, que alimentam a portugalidade que existe em cada um de nós e que sabemos transportar, com saudade e determinação, para todo o mundo.

As comunidades portuguesas têm sido um exemplo da força e coragem que, de uma forma muito corajosa, concreta, objetiva e bastante positiva, têm ajudado Portugal a ultrapassar as duras medidas impostas com que temos vivido nos últimos anos.

No entanto e apesar de todas as circunstâncias, nunca o relacionamento entre os emigrantes e o seu país foi tão significativo, sobretudo no plano económico: investimento, remessas, turismo, exportações, etc., são apenas alguns exemplos das áreas onde as comunidades mais se têm evi-denciado com um contributo muito positivo em termos de valores, o que se traduz num sinal claro

da forma como os portugueses que vivem e trabalham no es-trangeiro acreditam e confiam em Portugal.

As comunidades devem ser consideradas e entendidas como uma extensão do nosso país, que, em todo o mundo, representam uma excelente mais-valia para o engrandecimento internacional

de Portugal, no plano económico, social e cultu-ral. Esse tem sido o papel fundamental que os emigrantes têm cumprido e desempenhado, com honra e dignidade e de que todos nos de-vemos orgulhar.

A todos os que nos acompanham neste projeto PORT.COM revista de Portugal e das Comuni-dades, em Portugal e em 108 países, queremos desejar um Bom Natal e um Próspero Ano Novo com alegria, paz e saúde.

MENSAGEM PORT.COM

A equipa Port.Com

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Mensagem de Natal

JOSÉ CESÁRIO

Secretário de Estadodas Comunidades

Portuguesas

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ESPECIAL DE NATAL

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OLHAR O FUTURO COM OTIMISMO

Na quadra natalícia que se aproxima gostaria de, obedecendo a um salutar costume, dirigir algumas palavras sentidas às Comunidades Portuguesas es-palhadas pelo mundo.

No momento em que as famílias se reúnem e reen-contram, a partilha dos nossos pensamentos e sen-timentos com a parte da família portuguesa que, por diversas razões, vive fora do País, é particular-mente oportuna.

Tenho já referido no passado quão importante tem sido o papel desempenhado pelas Comunidades Por-tuguesas para ajudar Portugal a superar o momento difícil que vivemos. Felizmente, e apesar de todas as dificuldades que vivemos durante o ano que agora termina, completámos com sucesso o pro-grama de ajustamento e deixámos de estar sob intervenção externa, existindo razões para olhar o futuro com otimismo.

Durante os anos mais difíceis da crise, Portugal demonstrou ter capacidade de a superar. Acima de tudo contámos com um povo que, dentro e fora das fronteiras nacionais, demonstrou uma grande ca-pacidade de trabalho, de sacrifício e de solidariedade. Foram estas e outras qualidades dos portugueses que permitiram atenuar as consequências económicas e

sociais negativas do ajustamento e criar as condições para um futuro melhor, com um crescimento econó-mico sustentado e duradouro.

Os portugueses mostraram a sua inventividade, a sua capacidade inovadora, empresarial e empreen-dedora, que levaram a um grande aumento das ex-portações e que permitiram que tenhamos hoje uma balança comercial equilibrada.

Não escondemos que existem ainda dificuldades e

situações a melhorar. Temos trabalhado no Ministé-rio dos Negócios Estrangeiros para dotar os serviços consulares dos meios indispensáveis, humanos e téc-nicos, para prestar o atendimento moderno e eficaz que as nossas Comunidades merecem. As permanên-cias consulares são já uma realidade que expandire-mos a cada vez mais localidades, indo ao encontro dos nossos cidadãos onde eles se encontrem, e naqueles postos onde as carências de pessoal mais se fazem sentir procuraremos também encontrar soluções.

A todos os elementos da nossa Diáspora, incluin-do os que trabalham na nossa rede diplomática e consular, professores e leitores, às Comunidades Portuguesas em todo o mundo, endereço os votos sinceros de um Natal muito feliz e de um óptimo ano de 2015.

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PORT.COM REVISTA DE PORTUGAL E DAS COMUNIDADES8

Natal dos Portugueses

NATAL: A FESTA QUE VENCE

A DISTÂNCIA PELO AMOR A PORTUGAL

Uns regressam a Portugal para passarem esta época festiva em casa e outros ficam nos países de acolhimento. No Natal, o amor a Portugal é o melhor garante de que os vínculos que ligam todos os

portugueses, estejam onde estiverem, se reforçam.

Crianças e adultos anseiam pelo Natal. As luzes, os encontros, as festas, os presentes, tudo mexe com o nosso interior e por todo o lado se criam costumes, seguem-se velhas tradições, inventam-se novas formas de ce-lebrar… Falámos com três portugueses que estão a viver noutros países para perceber como mantêm as tradições natalícias portuguesas.

Por Márcia de Oliveira

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ESPECIAL DE NATAL

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ANA FERREIRASWINDON (INGLATERRA)

Ana, 30 anos, saiu de Coimbra em 2004 com o namorado, apanhou o avião para Inglaterra e, antes de estacionar em Swindon, fez uma “escala” em Carterton (a cerca de 30 quilómetros de Oxford). Hoje é mãe de duas meninas, trabalha como su-pervisora numa fábrica de bolos e está muito feliz com a decisão que tomou, quando saiu de Portugal. “Aqui é muito fácil subir na vida, basta estar atento ao que nos rodeia e tentar sempre ser melhor. Com esforço qualquer pessoa é o que quiser. O povo in-glês não é um povo esforçado, espera sempre que algo surja “vindo do céu”. É aí que nós (portugue-ses) passamos à frente deles, porque tentamos ser os melhores a fazê-lo”, destaca.

O mais difícil, diz, foi mesmo lidar com uma nova língua. E não só. “Aqui não se fala como se aprende em Portugal, a pronúncia é muito diferente. Aqui “abrem-se” as vogais e, ao início, foi complicado. A falta de alimentos frescos, a falta de sol, enfim, a falta do nosso dia-a-dia de convívio com os amigos e família (aqui só se convive ao fim de semana) torna a nossa vida mais complicada ao início”. Mas não desmotivou. Aos 24 anos já tinha um negócio – o restaurante Costa Coffee – que entretanto teve de vender, porque engravidou e precisava de mais tempo para acompanhar o crescimento da filha.

Até agora, falar com os amigos, família, e ir a al-gumas casas portuguesas que existem naquela zona, além da gastronomia portuguesa que faz questão de confecionar em casa, têm ajudado a amortecer a saudade. Coisas simples como os dias

de sol e o mar, tornam-se preciosas. A família, os amigos, a praia, o sol, o convívio, “os dias que em Portugal são enormes” – tudo faz “imensa” falta. “A nostalgia afeta as recordações” e no Natal o sen-timento cresce ainda mais. “O Natal aqui é como em Portugal, mas com mais frio e menos família. Os meus pais vieram em 2009 e o meu sobrinho há um mês, por isso vou passar com a minha família e alguns amigos”, afirma. Ana sabe como é estar sozinha num país diferente, por isso todos os anos e não apenas no Natal, sempre que alguém precisa, deixa que se sentem à mesa de sua casa e partilhem a refeição com a família. “Tive uma pessoa a comer cá em casa connosco, todos os domingos, porque não tinha família aqui. Acabámos por nos tornar a família dele, com muito gosto.”

Ana sabe como é estar sozinha num país diferente, por isso todos os anos e não apenas no Natal, sempre que alguém precisa, deixa que se sentem à mesa de sua casa.

Ana Ferreira ambiciona regressar a Portugal com a família

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As tradições natalícias de Inglaterra ainda não chegaram a casa de Ana Ferreira. Continua a fazer a ceia de Natal a 24 de dezembro (e não no dia 25 à tarde, como em Inglaterra) e o bacalhau continua a ser o rei da mesa da consoada. “Continuamos com as tradições portuguesas, principalmente as fami-liares: deixamos sempre comida no prato depois da ceia, para as alminhas, e não levantamos o prato até ao dia seguinte. Assim nunca há-de faltar que comer durante o ano.”

Tenciona voltar para Portugal? “Sim, daqui a 3 anos, quando a minha filha mais velha fizer 6 anos, porque a escola aqui deixa muito a desejar e quero que elas estudem em Portugal” .

TIAGO SILVA, BRUNOY (FRANÇA)

Tal como a maioria dos portugueses que saem do nosso país, Tiago foi em busca de melhores condições de vida. Em 2011, desempregado e com apenas 28 anos, saiu das Caldas da Rainha, a sua terra natal, rumo a Brunoy. Começou a trabalhar na construção civil e por ai continua, apesar de no início ter sido mais complicado por não falar francês.

Em três anos e sete meses conquistou a sua liberdade: “agora posso cumprir com as minhas obrigações sem passar dificuldades.” Sempre que pode vem a Portugal para visitar a família, de quem sente muitas saudades. E não abdica de passar o Natal em Portugal. “Nunca passei o Natal aqui em França. Não troco o Natal em Portugal por nada. Quero estar com a minha família, principalmente com o meu filho, mas este ano ele vai passar o Natal com a mãe e vou

sentir a falta dele”. Chegar a esta altura do ano e saber que vai estar de novo em “sua casa”, com os mais chegados, “é algo que não dá para expli-car, só sendo emigrante”, refere com emoção. O importante mesmo é passar o máximo do tempo com a família e os amigos. E as prendas? “São compradas em Portugal, claro”.

À mesa, recorda, “não faltam os doces tradicio-nais natalícios, o bacalhau e o leitão”. Pretende voltar para o seu país assim que possível, “pois é a minha pátria, o meu cantinho”, mas até lá vai continuar entre França e Portugal.

“Nunca passei o Natal aqui em França. Não troco o Natal em Portugal por nada.”

Natal dos Portugueses

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ESPECIAL DE NATAL

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ROSA SEQUEIRA, LAROCHETTE (LUXEMBURGO)

Nenhuma transportadora aérea inventou ain-da forma de transportar o que, se pudesse, Rosa Sequeira levaria de volta de cada vez que vem a Portugal: sol, as praias e o “calor humano dos com-patriotas” a que, diz, nem sempre damos valor.

Saiu de Sepins (Cantanhede) há 41 anos, “a man-do dos meus pais para trabalhar com a finalidade de ajudar a família que era muito numerosa. Somos 11 irmãos e irmãs”. Durante 34 anos viveu e traba-lhou na capital do Luxemburgo, mas há cerca de cinco anos comprou casa em Larochette, a “aldeia mais portuguesa do Luxemburgo”, e por lá se man-tém até hoje com a sua família. “A integração foi boa, nunca tive problemas nos locais de trabalho com patrões ou colegas, nunca tive problemas com amizades ou vizinhança”, explica . “Mas a minha grande conquista foi aprender quatro línguas sem estudos e, assim, entender-me sempre bem com o povo luxemburguês e de outras nacionalidades como francesa, belga, alemã, italiana, espanhola e holandesa”.

De Portugal sente falta de tudo, mas tem o essen-cial consigo: os filhos, a nora e a neta. “Para matar saudades compro produtos portug ueses, vou a festas portuguesas. Os meus dois filhos também dançam num grupo folclórico chamado ‘Rancho da Nazaré’, porque aqui existem muitos, sobretudo Minhotos”.

Talvez por ser um país com uma percentagem elevada de residentes portugueses, as tradições

não são muito diferentes das portuguesas. “Na consoada comemos bacalhau com batatas e couves cozidas e, para quem não gosta, também fazemos outros pratos como bacalhau à Brás ou à Zé do Pi-po”. As sobremesas não podem faltar: desde as ra-banadas e sonhos, às filhoses. E no dia de Natal as várias opções de comida continuam: “peru, pato ou cabrito assado, ou leitão à Bairrada, há para todos os gostos”. O salmão fumado e o fois gras, tradição mais francesa, também não faltam à mesa.

Voltar para Portugal está nos planos de Rosa, mas para já não tem data certa. Vai continuar no Lu-xemburgo, na sua casa, e a desfrutar da qualidade de vida que aquele país lhe permite ter.

Rosa Sequeira levaria de volta de cada vez que fala de Portugal: sol, as praias e o “calor humano dos compatriotas”

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Tradições

O s portugueses estão literal-mente espalhados por todo o mundo, o que constitui uma riqueza inquestionável e um trunfo cultural de grande va-

lor. Esses milhões de portugueses de várias gera-ções comemoram o Natal seguindo os costumes e tradições portuguesas, mas ainda assim já co-meçam a integrar as mais diversas tradições dos países que os acolhem.

INGLATERRA MERRY CHRISTMAS

Em terras de Sua Majestade, a tradição começa por enviar postais de Boas Festas à família e aos amigos que, depois, ficam expostos nas paredes, só sendo retirados a 6 de janeiro, Dia de Reis. Na noite de Natal as crianças andam pelas ruas, a cantar canções de Natal e, em troca, as pessoas dão-lhes pequenos presentes ou guloseimas. As crianças

penduram as enormes meias aos pés da cama, e para o Pai Natal deixam-se bolos e vinho do Porto. Na ceia de Natal há peru com castanhas e com o famoso pudding.

AUSTRÁLIA HAPPY CHRISTMAS

Os Australianos comemoram o nascimento do menino Jesus sob um calor tórrido. Tal como em Inglaterra, o prato mais popular é o peru ou ganso assado e o pudding. Eles adaptaram-se ao clima de verão e festejam o Natal na praia, fazem piqueni-ques e comem pratos tradicionais como peru frio, presunto e pudim de ameixa, e também pratos de origem aborígene, como canguru defumado, molho de brandy e merengue com nozes.

TRADIÇÕES NATALÍCIAS NO

“MUNDO” PORTUGUÊSÉ um Natal sem barreiras culturais e gastronómicas,

um pouco por todo o mundo.

Na Austrália, Natal é na praia

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ESPECIAL DE NATAL

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ITÁLIA BUON NATALE

Aqui as tradições de Natal va-riam consoante as regiões. As-

sim, as crianças italianas recebem os presentes em dias diferentes: No norte da Itália é o Pai Natal, Baboo Natale, ou o menino Jesus, Gesú Bambino, que trazem os presentes no dia 25 de de-zembro. Noutras zonas, são dados a 13 de dezembro, dia de Santa Lúcia.

Na mesa italiana natalícia não pode faltar o vitello tonnato, uma carne cozida e coberta por um molho feito de atum, o salmão fumado, panetone, pandoro, tiramisù, tortas salgadas, doces fritos, massas e carnes variadas.

ESPANHAFELIZ NAVIDAD

As crianças espanholas recebem presentes no dia 6 de janeiro, dia em que os Reis Magos põem as prendas no sapatinho. Algumas cidades organizam

o cortejo dos Reis Magos, du-rante o qual desfilam em carros luxuosamente decorados, se-guidos por numerosos cavalei-ros. Na Catalunha, os “caganeros”, bonecos de personalidades a defecar, também vi-raram uma tradição natalícia: fabricados desde o século XVIII, as figuras simbolizam prosperidade e esperança. Cristiano Ronaldo e políticos como Lula da Silva, Barack Obama e Hugo Chávez já ganharam as suas respetivas versões.

À mesa de Natal estão o presunto de pata negra, Jamón Ibérico, um Roscón de Reyes (parecido ao nos-so Bolo Rei), marisco e borrego no forno ou peru galego.

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA MERRY CHRISTMAS

O Natal americano é rico em cor e brilho. As decorações das lojas e dos centros comerciais são conhecidas em todo o mundo. Nas casas, a de-coração com lâmpadas coloridas, bonecos de neve, velas vermelhas e grinaldas feitas de plantas verdes completam o quadro natalício. Na véspera de Natal os vizinhos unem-se para cantar “Christmas Carols” (cancões de Natal), mostrando o espírito de confraternização.

ESPECIAL DE NATAL

O menino Jesus é quem traz as prendas

Ronaldo também já teve direito ao seu “caganero”

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As crianças penduram meias na lareira e na manhã do dia 25 de dezembro abrem os presentes tao dese-jados. O prato típico americano é o peru recheado acompanhado de frutas tropicais.

SUÉCIA GOD JUL

As festas de Natal começam no dia 6 de dezembro, dia de São Nicolau. Nesse dia, as

crianças escrevem cartas com pedidos, que São Nicolau troca

por um saquinho de doces ou nozes. Os presentes chegam no dia 25. Na noite de Natal, a filha mais velha veste-se de branco com uma faixa vermelha amarrada à cintura e uma grinalda de folhas verdes com sete velas acesas na cabeça. Ela leva cuidadosamente café e bolinhos ao quarto de cada membro da família.

FRANÇA JOYEUX NOËL

Os franceses comemoram o Natal e o Ano Novo repetindo a mesma festa, inclusive a troca de pre-sentes. O doce típico é o buche, feito de maçapão coberto com chocolate e em forma de tronco de árvore. A tradição também passa por deixar queimar um cepo de madeira na noite de Natal até ao dia seguinte, com o objetivo de garantir uma

boa colheita no ano seguinte. O Pai Natal francês (Père Noel) tem como ajudante o Père Fouettard, personagem encarregado de informar ao “barbu-do” quais foram as crianças que se comportaram bem durante o ano.

HOLANDA PRETTIGE KERST-

DAGEN EN EEN GE-LUKKIG NIEUWJAAR

O Natal é comemorado pe-los holandeses a 6 de dezembro, dia de São Nicolau. É nesse dia que fazem a ceia e a troca de presentes. O Pai Natal holandês chama-se Sinterklaas e chega montado num cavalo branco, acompanhado do ajudante Zwarte Pieten, respon-sável por limpar as chaminés das casas.

MÉXICO FELIZ NAVIDAD

Do dia 16 a 24 de dezembro, são realizadas as Po-sadas, procissões que simbolizam o caminho feito pelos pais de Jesus antes de o menino nascer. Os participantes vão de casa em casa a pedir abrigo até serem recebidos por alguma família. La piñata é um grande enfeite cheio de doces, em forma de

pássaro, avião ou boneca, que fica pendurado na árvore. As crianças usam uma varinha para furar a pinhata e fazer com que os doces caiam. Isso tudo com os olhos vendados.

Tradições

Père Fouettard é o ajudante do Pai Natal que o avisa quem não se portou bem

O Natal na Holanda comemora-se a 6 de Dezembro

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PORT.COM REVISTA DE PORTUGAL E DAS COMUNIDADES16

ALEMANHAFROHE WEIHNACHT

Quatro domingos antes do Natal, as famílias mantêm a tradição de fazer a Coroa do Advento, formada por quatro velas e, a cada do-mingo, uma vela é acesa. A árvore é decorada com os pfefferkuchen, bolachinhas cobertas de glacé co-lorido. As ruas enchem-se de mercadinhos natalí-cios, com destaque para o vinho quente, Glühwein, bebida típica do Natal germânico.

LUXEMBURGO SCHÉI KRËSCHTDEEG AN

Tal como na Holanda e na Bélgica, a tradição diz que o São Nicolau (Sinterklaas) vem de Espanha, de onde parte no dia 6 de Dezembro e distribui os seus presentes pelas crianças montado no seu cavalo. Há mercados de Natal um pouco por todo o país e as ruas estão todas iluminadas.

SUÍÇA JOYEUX NOËL

FROHE WEIHNACHTBUON NATALE / FELIZ NATAL

Este país, que acolhe milhares de portugueses, promove todos os anos um mergulho no lago Ge-nebra. Há também uma competição para premiar o melhor “Pai Natal” do mundo. Os candidatos participam em provas como corridas de trenós e escaladas de chaminés.

ANGOLA BOAS FESTAS

O Natal nas aldeias angolanas é muito religioso e animado, com direito a festa

tradicional. Na noite de 24 para 25 de dezembro há uma missa

e as danças folclóricas tomam conta do dia de Na-tal. Faz parte da tradição beber a típica Kissanga ou Kimbombo, que são bebidas tradicionais feitas em casa com farinha de cereais. Os adultos bebem geralmente o caporroto que é uma bebida destilada, feita com banana ou batata doce, ou ainda com farelo de cereais.

POLÓNIA WESOŁYCH ŚWIĄT

BOŻEGO NARODZENIAExiste uma tradição de Natal

muito complexa chamada Wi-gilia, que começa na véspera de Natal com um jejum de 24 horas e que termina com o aparecimento da primeira estrela da noite, símbolo da Es-trela de Belém. Dá-se então início a um autêntico banquete composto, em primeiro lugar, por oplatek (uma panqueca de arroz benzida pelo pároco local, que é partido em pedaços e distribuído por todos). Seguem-se doze pratos típicos, um por cada um dos apóstolos. O Bolo de Frutas de Natal, designado Cwibak, é in-dispensável em qualquer mesa polaca. Em todas as casas, a mesa inclui um lugar reservado para qual-quer pessoa (incluindo estranhos) que se queira sentar e comer.

TradiçõesNa Alemanha bebe-se muito vinho quente

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Por Márcia de Oliveira

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ESPECIAL DE NATAL

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NATALEdição especial de

R E V I S T A D E P O R T U G A L E D A S C O M U N I D A D E S

MESA DE NATALA FESTA DA FAMÍLIA

NUMA MESA COM A TRADICIONAL GASTRONOMIA PORTUGUESA

Seleção de receitas: Márcia de Oliveira Seleção de Vinhos: Luís Moura

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PORT.COM REVISTA DE PORTUGAL E DAS COMUNIDADES24

O QUENÃO PODE FALTAR

NA DOCE MESADE NATAL Filhoses

Coscorões

Sonhos

Broinhas Doces

O Natal é uma festa da mesa, onde os doces típicos assumem o papel principal. O

cheiro doce da canela, a textura suave do arroz doce… Tradições de sempre que vão

permanecer na memória!

É à boa mesa portuguesa da con-soada que começa o Natal. É lá que juntamos aqueles que nos são queridos, com quem par-tilhamos a nossa vida, que nos

acompanham e amparam nos bons e maus momentos. E nesta partilha tudo ganha uma importância especial. A toalha que se escolhe para a mesa, a decoração, as velas, o modo como se colocam os presentes junto à árvore de Natal e, principalmente, as recei-tas da doçaria tradicional portuguesa da noite de consoada e do dia de Natal. Quem é que resiste ao cheirinho da canela nos sonhos, sem provar na hora?

Por Márcia de Oliveira

São feitas com farinha e ovos, por vezes também com abóbora e raspa de laranja, fritas em azeite, ou outros óleos vegetais. Muitas vezes são polvilhadas de açúcar e canela. Em Portugal também são conhecidas como "velhozes".

Muito apreciados em todo o país, os coscorões são confec-cionados tradicionalmente na época do Natal, sendo a sua receita originária da região norte do Alentejo.

São bolas de massa fritas embe-bidas numa calda de açúcar ou polvilhadas com açúcar e canela. Há quem os faça de abóbora.

Feitas com abóbora que, jun-tamento com os tradicionais frutos secos, tornam estas broas de Natal deliciosas.

À Mesa

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ESPECIAL DE NATAL

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Rabanadas Arroz doce Conhecidas também como fatias douradas, as

rabanadas são um doce típico natalício em vários países. São fatias de pão mergulhadas em leite,

passadas em ovos batidos, fritas em óleo, e polvi-lhadas com açúcar e canela.

O tradicional tronco tem direito a um papel central na mesa de Natal. Simboliza a cavaca que as

pessoas queimam no dia de Natal e tem a cor da madeira, coberto de chocolate ou de creme de

café. É uma espécie de rocambole recheado com creme de manteiga e é cortado como se fosse um

tronco de madeira.

Originário da Ásia, é provavelmente o doce mais típico confecionado um pouco por todo o país. É cozido em leite e açúcar, com uma

casca de limão, e polvilhado com canela.

Tronco de Natal

Receitas de pratos, doces e sobremesas de Natal já nas próximas páginas

Bolo ReiRepresenta os presentes que os três Reis Magos deram ao Menino Jesus aquando do seu nascimento: a côdea simbo-liza o ouro; as frutas, cristalizadas e secas, representam a mirra; e o aroma do bolo assinala o incenso.

Variações: bolo Rainha, bolo Rei de chocolate, bolo escangalhado.

O melhor Bolo--Rei de Portugal

é confecionado em Leça do Balio, na

“Confeitaria 3 Condes”

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PORT.COM REVISTA DE PORTUGAL E DAS COMUNIDADES26

À Mesa

“FIEL AMIGO” DA GASTRONOMIA

PORTUGUESAÉ soberano à mesa dos portugueses e

omnipresente no receituário nacional. Numa casa portuguesa não pode faltar o rei: o bacalhau.

B acalhau para os portugueses, Co-dfish preparam os ingleses, Torsk chamam os dinamarqueses, Baccalà dizem os italianos, Bacalao para os espanhóis, Cabillaud saboreiam os

franceses. Este peixe possui um estatuto único na cozinha portuguesa, pois é ao mesmo tempo um alimento muito frequente no seu receituário e um símbolo da própria identidade nacional.

Reza a lenda que os portugueses descobriram esta iguaria na época dos descobrimentos, numa altura em que procuravam por produtos perecíveis que suportassem as longas viagens. Alguns regis-tos indicam que, em 1508, o bacalhau correspondia a cerca de 10% do pescado comercializado no nosso país. Em 1596, no reinado de D. Manuel, era cobra-do o dízimo da pescaria efetuada na Terra Nova

nos portos de Entre Douro e Minho. Nesta altura também já se pescava o bacalhau na costa africana.

O bacalhau, essencialmente na sua versão seca, passava assim a fazer parte dos hábitos alimentares portugueses, sendo ainda hoje uma das principais tradições gastronómicas do nosso país. Somos o primeiro e o maior importador do mundo de Baca-lhau da Noruega (reconhecido pela sua qualidade, textura e sabor únicos) – mais de 70 mil toneladas anualmente -, o que faz com que este peixe tenha sido apelidado por nós de “fiel amigo”. Um termo carinhoso que transmite bem a ideia do papel do bacalhau na alimentação dos portugueses.

Os especialistas dizem que o Gadus Morhua, nome científico dado ao tipo de bacalhau que comemos, tem de ter uma cor uniforme amare-lada, “louro” da cor do grão e deve ser largo e não

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ESPECIAL DE NATAL

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ESPECIAL DE NATAL

apresentar manchas de sangue. Pode ser do tipo miúdo, corrente, crescido, graúdo ou especial. Português que é português não dispensa um bom prato de bacalhau regado com bom azeite e prepa-rado com os melhores ingredientes, e são dezenas as combinações que a nossa gastronomia oferece, agradando a todos os gostos.

Vale tudo para provar esta delícia da gastrono-mia tradicional portuguesa que, principalmente na época natalícia, enche a mesa de todas as casas portuguesas.

INSPIRAÇÃO NO BACALHAU

O nosso país está tão fortemente ligado a este peixe que, até mesmo na linguagem corrente, re-corremos ao bacalhau para passar mensagens.

Quantas vezes, mesmo sem tomarmos nota disso, o “fiel amigo” é chamado à conversa? Repare:

“Apertar aí o bacalhau” ou “Dá cá um baca-lhau” Uma expressão cuja origem se baseia na analo-gia entre o bacalhau seco e espalmado e a forma da mão aberta quando iniciamos o chamado “aperto de mão”.

“Ficar em águas de bacalhau” Expressão bas-tante utilizada pelos portugueses que significa que determinado facto/acontecimento não se realizou ou ficou em nada.

“Está seco que nem um bacalhau” Expressão bastante popular entre os portugueses, utilizada para descrever uma pessoa magra.

“Arrotar postas de bacalhau” Expressão nor-malmente utilizada para caracterizar alguém que se exibe enquanto fala ou que acha que é perito em deter-minado assunto.

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À Mesa

CONFEÇÃO

1. Numa panela colocar a galinha, a cebola, a cenoura e a salsa. Cobrir com a água, temperar com sal e deixar cozinhar até a galinha estar cozida (demora cerca de uma hora).

2. Retirar a galinha e desfiar. Coar o caldo da cozedura e levar de novo ao lume, adicionando o gengibre se desejar um sabor mais forte. Deixar ferver durante 10 a 15 minutos.

3. Adicionar a massinha, os ovos (se tiver) e a galinha desfiada. Cozinhar durante 10-12 minutos, ou até a massa estar al dente. Servir com folhas de hortelã.

CANJA DE GALINHA

ENTRADAS

• 1/2 galinha, de preferência com ovinhos

• 1 cebola média, cortada em quartos• 1 cenoura, cortada em rodelas• 1 ramo de salsa

• 1.5 l água• 125g massinha (pevide, estrelinhas,

letras,...)• Sal a gosto• Folhas de hortelã para servir

INGREDIENTES

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ESPECIAL DE NATAL

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À Mesa

1. Refogar no azeite a cebola e o alho.

2. Adicionar os coentros picados e a folha de louro.

3. Juntar as natas. Temperar com sal, pimenta e noz moscada.

4. Regar com uma colher de cognac. Deixar apurar o molho e retirar do lume.

5. Se necessário, lave as vieiras para retirar alguns vestígios de areia.

Regar as vieiras com umas gotas de sumo de limão.

6. Distribuir o molho de natas e coentros pelas vieiras. Colocar uma haste de coentros em cada vieira.

7. Polvilhar as vieiras com pão rala-do.

8. Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC durante 10 minutos.

VIEIRAS GRATINADAS

ENTRADAS

• 8 vieiras com a concha• 1 cebola pequena picada• 1 dente de alho picado• 0,5dl de azeite• 1 folha de louro• 1 colher de sopa de coentros picados• 1dl de natas

• 1 colher de sopa de cognac• 8 hastes pequenas de coentros• 2 colheres de sopa de pão ralado• 1/2 limão• sal• pimenta• noz moscada

INGREDIENTES

CONFEÇÃO

SUGESTÃOCovela Edição

Nacional Avesso 2013

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ESPECIAL DE NATAL

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ESPECIAL DE NATAL

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À Mesa

CONFEÇÃO

1. Coza os legumes em água temperada com sal.

2. Quando estiverem cozidos, adicione o bacalhau já demolhado e deixe ferver até estar cozido.

3. Retifique temperos, retire e reserve. Coza os ovos.

4. Sirva o bacalhau acompanhado dos legumes, do grão e do ovo descas-cado, temperado com o alho, a cebola, o azeite e o vinagre.

BACALHAU COM TODOS

CONSOADA

• 4 postas de bacalhau • 8 batata(s) • 100 g grão de bico • 240 g couve portuguesa arranjada • 4 cenouras • 4 ovo(s)

• 1 cebola picada • 2 dentes de alho picados • qb azeite virgem extra • qb vinagre • qb sal • pimenta qb

INGREDIENTES

Cada região do país tem a sua tradição de Natal à mesa: o polvo a Norte, o bacalhau no Centro e o borrego no Alentejo são

apenas alguns costumes que aqui recuperamos.

SUGESTÃOCampolargo

Diga? Branco 2012

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ESPECIAL DE NATAL

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À Mesa

1. Com uma faca abra as postas de bacalhau, previamente demolhado, tendo em atenção para não separar as duas partes. À parte descasque e esmague os alhos com bastante pimenta pisada e o colorau. Forme uma papa e junte 2 c. (sopa) de vinho branco. Tempere as postas com esta mistura e recheie-as com as fatias de presunto. Cubra com fatias de toucinho e reserve.

2. Descasque as cebolas e corte-as às falhas muito finas. Espalhe metade numa assa-deira e disponha por cima o bacalhau. Espete cada pedaço com palitos para que não se deformem. Espalhe por cima a restante cebola e as folhas de louro.

3. Deite 1dl de vinho na assadeira e regue o bacalhau com azeite. Tape a assadeira com folha de alumínio e leve ao forno 20 minutos. Destape e vá regando o assado com o molho.

4. Entretanto, descasque as batatas e frite-as inteiras (ou fatiadas) em azeite sem as deixar alourar demasiado. Espalhe-as à volta do bacalhau e acabe de assar.

5. Distribua os pickles cortadinhos. Sirva quente com salada de tomate cherry.

BACALHAU ASSADO NO FORNO COM PRESUNTO

CONSOADA

• 6 postas de lombo de bacalhau (1,5kg) • 5 dentes de alho • Pimenta em grão • 1 c. (sobremesa) de colorau • Vinho branco • 6 fatias de presunto

• 6 fatias de toucinho • 2 cebolas brancas • 2 folhas de louro • azeite • 1kg de batatas pequenas

INGREDIENTES

CONFEÇÃO

SUGESTÃOSão Domingos Reserva

Tinto 2010

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1. Lave o polvo. Coza-o coberto de água e com 1 cebola inteira e descascada.

2. Pique a outra cebola e refogue em azeite e banha. Junte o polvo já cozido e aos pedaços. Tempere de sal e piripiri e refogue, mexendo. Junte o vinho e cozinhe até o caldo evaporar.

3. Deite 2,5 tigelas da água de cozer o polvo, coada. Quando ferver junte o arroz. Misture bem e cozinhe em lume brando, sem tampa, até o arroz abrir. Retifique o sal, retire do lume e junte salsa.

DICA: O polvo congelado fica mais macio

ARROZ DE POLVO

CONSOADA

• 1,5kg de polvo congelado • 2 cebolas • 6 c. (sopa)de azeite • 1 c. (sopa) de banha • sal e piripiri

• 2,5dl de vinho • verde tinto • 1 tigela de arroz • salsa picada

INGREDIENTES

CONFEÇÃO

SUGESTÃOQuinta de Cidrô

Chardonnay 2012

À Mesa

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ESPECIAL DE NATAL

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À Mesa

1. Corte o cabrito a meio e arranje-o. Passe-o por água e tempere com uma pasta feita de todos os ingredientes excepto o vinho, a cebola e o alho.

2. Coloque numa assadeira, junte o vinho e adicione a cebola cortada em meias luas e os alhos pisados.

3. Leve ao forno a assar, durante 10 minutos a 200 graus, baixan-do para 160º durante aproximadamente uma hora. Acompanhe com batatinhas novas assadas, com a pele e, se quiser, um pouco de arroz branco ou de miúdos.

CABRITO ASSADO NO FORNO

CONSOADA

• 1/2 cabrito • pimenta q.b. • 3 c. (sopa) de massa de pimentão • pimenta branca • 1 c. (chá) de pimentão doce

• 2 c. (sopa) de banha • sal e azeite q.b. • 1dl de vinho branco • 2 cebolas • 4 dentes de alho

INGREDIENTES

CONFEÇÃO

SUGESTÃORibeiro Santo

Vinha da Neve Tinto

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À Mesa

Preparativos Coloque-o numa bacia grande e cubra-o com água. Tempere com sal, a pimenta em grão, as rodelas de 3 laranjas e de 3 limões e o cálice de aguardente. Cubra com película aderente e guarde no frigorífico entre 24 a 48 horas.

Recheio Leve um tacho ao lume com um fio de azeite e junte o bacon cortado em pedacinhos deixando fritar e libertar a gordura. Acrescente depois a cebola picada e deixe refogar. Junte depois a carne de porco picada, o miolo das salsichas frescas, tempere de sal e pimenta e deixe cozinhar cerca de 15 minutos. Acrescente depois a salsa e os cogumelos pica-dos e tempere com sal e pimenta a gosto e a raspa do limão.

Deixe cozinhar até a mistura ter absorvido o líquido que se liberta durante a cozedura. Entretanto demolhe o pãozinho no leite morno e junte à mistura anterior, assim como o ovo batido. Retifique os temperos e deixe arrefecer um pouco.

Escorra então o peru do “banho” e seque-o bem com uma toalha de cozinha limpa. Cuidadosamente separe a pele da carne do peito do peru, através da abertura do pescoço. Encha essa cavidade com a mistura já fria do recheio, tendo o cuidado de não encher demais, pois corre o risco de, ao

assar rebentar a pele. Com ajuda de linha de cozinha e uma agulha coza a abertura, sem esticar a pele. Ate o peru com fio de cozinha, para manter a forma.

Peru Entretanto prepare o tempero para assar o peru. Num almofariz misture os dentes de alho com o azeite, sal, pimenta, piri-piri e colorau e barre todo o peru com essa mistura.

Coloque as fatias de bacon sobre o peito do peru e as pernas, para não secar e cubra com papel de alumínio.

Leve a assar em forno quente (200ºC) durante 2h30 a 3h (Espete o peru na parte entre a coxa e o peito. Se os líquidos saírem sem vestígios de sangue, o peru está cozinhado). Ao fim desse tempo retire o papel de alumínio, regue o peru com vinho branco e deixe acabar de cozinhar até ficar bem douradinho, cerca de 30 a 45 minutos.

Depois de cozinhado deverá deixar repousar fora do forno e coberto com papel de alumínio cerca de 20 minutos antes de o trinchar.

PERU RECHEADO DE NATAL

CONSOADA

1 peru com cerca de 5 quilos; 3 limões; 3 laranjas; 1 cálice de aguardente; Sal q.b.; Pimenta em grão q.b.; 6 dentes de alho; 2 colheres de sopa de colorau em pó; Piri-piri a gosto; Azeite q.b.; Pimenta q.b.; 200ml de vinho branco; Fatias de bacon

RECHEIO; 500g de carne de porco pica-da; 1 cebola; 100g de bacon; 4 salsichas frescas; 1 raminho de salsa; 1 pãozinho; 150ml de leite morno; Sal e pimenta q.b.; Azeite q.b.; 2 ovos; 100g de cogumelos brancos; 1 limão;

INGREDIENTES

CONFEÇÃO

SUGESTÃOBaton Tinto 2010

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À Mesa

1. Corte a abóbora, retire-lhe a casca e as pe-vides e coza em pouca água com sal. Depois de cozida, escorra-a num passador. Reserve a água.

2. Coloque a polpa escorrida numa taça funda. Junte-lhe a aguardente, as gemas, as claras batidas em castelo e o sumo e a raspa das laranjas. Depois de tudo mistu-rado adicione a farinha pouco a pouco até formar uma massa um pouco líquida. Junte

o fermento de padeiro. Caso a massa esteja muito espessa adicione um pouco da água da cozedura da abóbora. Amasse muito bem à mão ou com a batedeira. Tape o recipiente com um pano e deixe levedar 2 a 3 horas.

3. Com a ajuda de duas colheres, faça boli-nhos redondos e frite numa frigideira funda em óleo bem quente. Escorra o excesso de gordura e sirva as filhós frias polvilhadas com açúcar e canela.

FILHÓS DE ABÓBORA

DOCES

1,5kg abóbora; sal; 1 cálice de aguarden-te; 3 ovos separados; 2 laranjas; 1,5kg de farinha; 50g de fermento de padeiro; óleo; açúcar q.b.; canela em pó q.b.

INGREDIENTES

Não passamos um Natal sem eles. Fazem parte das nossas melhores memórias de infância, da família reunida, da mesa de

festa e adoçam os dias frios.

CONFEÇÃO

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À Mesa

1. Esfregue o grão entre as mãos e passe-o por água para perder as cascas. Escorra mui-to bem sobre um pano dobrado.

2. Ferva o açúcar com o pau de canela e 2dl de água até a calda atingir o ponto de pérola. Junte o polme anterior e a raspa do limão e da laranja. Apure bem, mexendo sempre, até o doce fazer estrada no fundo do tacho. Deixe amornar e retire o pau de canela. Incorpore as gemas batidas com o sumo da laranja. Le-ve o doce de novo ao lume mexendo sempre até levantar fervura. Mude-o para uma tigela e reserve de um dia para o outro.

3.Deite a farinha em monte sobre a pedra

mármore. Junte as gorduras levemente aque-cidas. Misture bem e adicione a aguardente. Trabalhe a mistura à mão como se fosse pão. Adicione pequenas porções de água, amasse e sove até a massa ficar tendível. Tape com um pano e deixe repousar durante 1 hora.

4. Estenda a massa com um rolo e recorte-a às rodelas. Recheie com o doce de grão e feche a massa em meias-luas. Frite as azevias em bastante óleo fervente. Escorra o excesso de gordura e polvilhe com açúcar e canela.

DICA: Estas azevias podem ser recheadas também com batata-doce.

AZEVIAS DE GRÃO

DOCES

2 tigelas de grão cozido; 400g de açúcar; 1 pau de canela; 1 limão; 1 laranja; 3 gemas; óleo para fritar;

MASSA: 500g de farinha; 1 c. (sopa) de azeite; 2 c. (sopa) de manteiga; 1 cálice de aguardente de medronho; açúcar e canela para polvilhar;

INGREDIENTES

CONFEÇÃO

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À Mesa

RABANADAS

DOCES

• 5 fatias de pão duro • 1dl de leite • 120g de açúcar

• 4 ovos • 2dl de azeite • 50g de canela em pó

INGREDIENTES

1. Corte o pão em fatias de 2cm. Aqueça o leite ligeiramente e dis-solva 20g do açúcar.

2. Demolhe as fatias de pão, 5 a 10 minutos. Escorra-as e passe por ovo batido. Frite em azeite a 170ºC até ficarem bem douradas dos dois lados. Escorra em papel absorvente e reserve.

3. Passe as rabanadas por açúcar e canela.

DICA: Use duas fatias de ananás, corte-o em triângulos e grelhe dos dois lados até obter uma boa coloração. Decore o prato com rabanadas e o ananás.

CONFEÇÃO

SUGESTÃOVinho do Porto

Graham´s Tawny 10 anos

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À Mesa

COSCORÕES TRADICIONAIS

DOCES

1 kg de farinha; 7 gemas; 7 claras ; 100 g de manteiga derretida; 80 g de banha derretida; Sumo de 4 laranjas; Raspa de 1 laranja; Raspa de 1 limão; 1 colher de sopa de aguardente; 1 colher de chá de fer-

mento em pó; 1 colher de sopa de açúcar; 1 pitada de sal; Açúcar em pó para polvi-lhar; Canela em pó para polvilhar; Óleo de amendoim (para fritar)

INGREDIENTES

1. Num recipiente largo junte a farinha, o sal, o fermento, a manteiga e a banha. Misture muito bem até tudo estar ligado e obter uma massa homogénea.

2. Em seguida, junte as gemas, o sumo das laran-jas, a aguardente e as raspas dos citrinos e ligue muito bem.

3. Entretanto, bata as claras em castelo e mistu-re-as na massa, aos poucos, até serem comple-tamente absorvidas pela mesma. Com as mãos, amasse muito bem a massa. Se estiver muito pegajosa junte um pouco mais de farinha, amas-sando muito bem até deixar de pegar. Amasse e sove a massa até esta ficar elástica e macia. Faça uma bola, coloque-a num recipiente, polvilhe com farinha, cubra com um pano e deixe descansar

30 minutos (por exemplo, dentro do microondas desligado e fechado para levedar mais depressa).

4. Após este tempo, estenda a massa numa super-fície enfarinhada, de forma a que fique com 2 a 3 mm de espessura. Corte retângulos e faça 3 cortes verticais dentro de cada um mas sem cortar as bordas (se preferir um efeito frisado use uma car-retilha para cortar a massa). Execute este proces-so até acabar toda a massa.

5. Aqueça muito bem o óleo e frite os retângulos de massa até ficarem dourados, colocando-os sobre papel absorvente à medida que os vai reti-rando do óleo.

6. Por fim, polvilhe-os com açúcar em pó e canela.

NOTA: Rende cerca de 16 coscorões.

CONFEÇÃO

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À Mesa

BOLO-REI

DOCES

• 750g de massa levedada para pão

• 4 gemas • Manteiga • 2c. (sopa) de açúcar • 1 cálice de vinho do Porto • Farinha de trigo com fermento

• Frutos secos (nozes, amendôas, pinhões)

• Abóbora e casca de laranja cris-talizada

• Cubos de açúcar mascavado • Açúcar em pó

INGREDIENTES

1. Deite a massa para pão numa tigela grande. Junte 3 gemas, 2c. (sopa) de manteiga amolecida, o açúcar e o vinho do Porto.

2. Misture tudo com um colher de pau e gradualmente junte farinha. Amasse com as mãos até obter um composto espes-so. A quantidade de farinha depende do tamanho dos ovos. Adicione alguns frutos secos e cristalizados cortados aos pedaci-nhos.

3. Molde uma argola larga e coloque-a num tabuleiro de forno barrado com man-

teiga e polvilhado com farinha. Disponha no centro um objeto refratário, cilíndrico, como por exemplo uma lata de folha.

4. Pincele toda a superfície do bolo com a restante gema batida. Decore com cubos de açúcar mascavado e pedaços de abóbo-ra e de laranja cristalizadas. Deite umas gotas de vinho do Porto sobra cada cubo de açúcar.

5. Polvilhe tudo com açúcar em pó e leve ao forno pré-aquecido até o bolo cozer e alourar. Apague o forno e retire o bolo passados 5 minutos.

CONFEÇÃO

SUGESTÃOPorto FerreiraDona Antonia

Reserva Tawny

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ESPECIAL DE NATAL

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À Mesa

TRONCO DE NATAL

DOCES

BOLOPré-aqueça o forno a 210°. Misture e bata muito bem as gemas com o açúcar até obter um creme fofo. Junte a farinha, a maisena e o cacau.Misture bem e reserve. Bata as claras em castelo e envolva-as, com suavidade, ao preparado anterior. Es-tenda a massa sobre um tabuleiro rectangular de ir ao forno, forrado com papel vegetal, e leve ao forno para dourar por uns 10 minutos. Retire a massa cozida com cuidado, transfira para um pano humedecido e enrole com cuidado. Deixe arrefecer.

CREMEBata as 6 gemas de ovos com o açúcar. Junte a maisena e deite o leite a ferver.Leve tudo ao lume até atingir o ponto de ebulição, sem deixar de mexer. Junte metade da manteiga e as frutas cristalizadas. Reserve no frigorífico e, quando estiver frio, deite a restante manteiga amolecida.

COBERTURA:Derreta o chocolate em banho-maria e depois junte a manteiga. Quando o preparado estiver bem líquido, junte as natas, já fora do lume.Mantenha no frigorífico.

TRONCO:Desenrole o bolo e retire o pano em que estava envolto. Espalhe o creme e volte a enrolar o bolo.Reserve num lugar fresco durante uma hora e de seguida cubra com o preparado de chocolate e natas, com a ajuda de uma espátula.Desenhe umas riscas com os dentes de um garfo e decore a seu gosto.

SUGESTÃO: Pode também decorar o tronco com açúcar polvilhado, que lhe confere um charmoso ar ‘nevado’.

Para o bolo: 5 ovos; 100g de açúcar; 60g de farinha; 60g de maisena; 30g de cacau

Para o creme: 6 gemas de ovo; 50g de açúcar; 30g de maisena; 25cl de leite; 150g de mantei-ga; 150g de frutas cristalizadas picadas

Para a cobertura: 250g de chocolate negro; 60g de manteiga amolecida; 20cl de natas

Para decorar: nozes; azevinho; bagas

INGREDIENTES

CONFEÇÃO

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ESPECIAL DE NATAL

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ESPECIAL DE NATAL

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ESPECIAL DE NATAL

PASSEIO MÁGICOÀ SERRA

DA ESTRELA

PASSEIO MÁGICOÀ SERRA

DA ESTRELADo divertimento à gastronomia, da

história à cultura beirã, esta relíquia de Portugal tantas vezes esquecida é uma

surpresa constante.

ESPECIAL DE NATAL

Por Laura Duarte(em estágio)

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Raízes

A região mágica e mais diversa de Portugal tem na Torre, a 2.000 metros de altitude, o ponto mais alto do território continental.

Por t u g a l é t ipica mente u m país de sol, calor e praia, mas no inverno conse-gue ser igualmente um país de neve e desportos próprios da época. Então porque não aproveitar o frio da melhor forma? Entre amadores e pro-fissionais, o maciço central enche-se, nesta al-tura do ano, de amantes da neve, que inventam formas de fazerem dela uma fonte de diversão.

Mas se usar sacos de plástico para descer a en-costa não o seduz, existem outras opções.

A estação de esqui conta com nove pistas de dificuldade variável. Localizada na Torre, está coberta de um manto branco durante 120 a 150 dias por ano, entre novembro e abril, graças a um inovador processo de neve artificial. Dis-põe de todas as infraestruturas para a prática de desportos de inverno, bem como ser viços de alug uer de material, aulas indiv iduais ou de grupo e vários tipos de forfait (passes de utilização).

SERRA DA ESTRELA

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AS ALDEIAS HISTÓRICAS, OS CASTELOS E AS LÃS

Mas a Serra da Estrela não é só neve, ao seu redor esconde muitos encantos. Envolvendo este Parque Natural, podem-se visitar as Aldeias Históricas portuguesas, os 20 Castelos e uma rota única das Antigas Judiarias Sefarditas. As fantásticas pai-sagens desta grande montanha incluem ainda o maior Vale Glaciar da Europa e as nascentes dos maiores rios portugueses, Mondego e Zêzere.

Esta é a terra que trabalha a lã há mais de mil anos e que possui um conjunto de arqueologia industrial raro à escala europeia. Junto à fronteira, a Reserva Natural da Malcata Penamacor, a famosa terra do Lince, é uma das melhores e maiores reservas biogenéticas da Europa.

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Raízes

OS SABORES DA SERRA

A Serra da Estrela possui uma arte gastronómi-ca que cativa todo o país. O Queijo da Serra da Es-trela – queijo de ovelha curado de fabrico artesa-nal, de pasta semimole, amanteigada, obtido pelo esgotamento lento da coalhada após coagulação do leite de ovelha cru, com cardo cynara caduncu-lus - e os enchidos de fumeiro são os seus maiores símbolos. Se nunca provou, não pode perder. Se já conhece, delicie-se com os melhores que aqui são produzidos.

Não deixe de experimentar o arroz de carqueja, as lampreias e o bucho de porco do Fundão, os pratos de cabrito e borrego e os enchidos que são de “comer e chorar por mais”.

Depois disto tudo, quando perceber que está na hora de ir embora, vai sentir uma imensa vontade de voltar. Na serra não faltam locais de sonho para que possa repetir este passeio.

Queijo Serra da Estrela... para muitos o melhor queijo do mundo.

Pão e enchi-dos da Serra da Estrela, uma combina-ção divina!

ONDE IR

MUSEU DOS LANIFÍCIOS (COVILHÃ) - com os seus dois polos: o da Real Fábrica de Panos e o da Real Fábrica Veiga. É uma verdadeira aula, esta visita. Nas magníficas instalações do museu ficamos a saber como se tingiam os tecidos ou como se obtinha uma cor como o anil.

ALDEIA DE UNHAIS DA SERRA - É verdadeiramente deslumbrante ver o vale glaciar que nos deixa cheios de vontade de subir ainda mais, até à Torre. E aí, se houver neve, é brincar até mais não.

MUSEU DO PÃO (SEIA) - onde os mais pequenos podem seguir todo o ciclo de produção do pão. O museu é interessante para as crianças que no final ainda podem fabricar uma bolacha com o seu nome como recordação.

MUSEU DO BRINQUEDO (SEIA) - Não há criança nem adulto que resista àquelas pequenas maravilhas. São mais de 4500 peças, de Portugal e do mundo, do passado e do presente. Até parece a casa do Pai Natal.

ONDE FICAR

VALE DE ROSSIM ECO RESORT - a proposta é dormir num yurt, uma tenda de origem mongol. Será uma verda-deira surpresa para os mais pequenos. Uma noite que vai ficar na memória de todos.

Além disso, mais de 30 UNIDADES HOTELEIRAS e cerca de 70 UNIDADES DE TURISMO RURAL fazem com que a Serra da Estrela tenha um alojamento cada vez mais de qualidade. Desde hotéis dotados de piscinas aquecidas, spas, salas de ginástica e de congressos ou unidades típi-cas de montanha até Pousadas em Conventos históricos ou anexas a fortalezas, cada vez é mais difícil escolher onde ficar.

GUIA RÁPIDO

H2Otel, Unhais da Serra

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Roteiro

PELOS CAMINHOS DO NATAL

Por Laura Duarte(em estágio)

Apesar de atribulada, a época é de festejos e nada melhor que jun-tar a família e aproveitar o tempo disponível para passear. De norte

a sul do país existem presépios vivos, aldeias e vilas decoradas a rigor, cheias de vida, de luzes e de música.

Em plena Serra da Estrela encontramos Cabeça, uma pitoresca aldeia onde predomina o casario em xisto, e que nesta quadra festiva promete um cená-rio idílico, associado a uma programação alusiva à época natalícia. “Cabeça, Aldeia Natal” convida os visitantes a descobrirem o espírito do Natal serrano, com as ruas da aldeia enfeitadas e inúmeros cenários natalícios, nomeadamente na Casa de Natal da Mon-tanha e nos presépios. Os doces não são esquecidos e os visitantes podem deliciar-se com biscoitos e filho-ses feitos na hora, chocolates de queijo da serra e de medronho, e outras delícias regionais espalhadas pelas Tasquinhas dos Sabores D’aldeia.

CABEÇA A PITORESCA ALDEIA NATAL

De 29 novembro a 4 janeiroPreço – Entrada Livre

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A histórica vila de Óbidos, no distrito de Leiria, veste-se mais uma vez a rigor para receber os visi-tantes, que terão ao seu dispor múltiplas diversões que permitirão momentos mágicos. Será possível patinar nas Pistas de Gelo, aprender truques de Magia, escorregar nas Rampas de Gelo, andar de carrossel ou de comboio e dar voltas e voltas na Mi-ni Roda Gigante… sem esquecer a obrigatória visita à Casa do Pai Natal.

Entre marionetas, dança, teatro e muita magia, a Vila Natal de Óbidos irá também receber espetácu-los alusivos à quadra festiva, que se irão desenrolar nos dois palcos existentes no recinto.

Há anos que José Cortes nutria o gosto por pre-sépios, no entanto, devido à sua vida profissional, nunca consegui dedicar a esta paixão tanto tempo quanto gostaria. Em 2011, já reformado, começou a dedicar o seu tempo a um presépio animado que ia idealizando e criando na sua garagem. Foram necessárias muitas horas à procura dos materiais, das cores e dos bonecos certos que ia pintando ou esculpindo com muito entusiasmo. Pelo quarto ano consecutivo, José Cortes abre as portas da sua ga-ragem para mostrar o resultado de tanta dedicação. São agora centenas de figuras articuladas que nos transportam para o mundo mágico do Natal.

ÓBIDOS

LAGOS

A VILA NATAL DOS NOSSOS SONHOS

PRESÉPIO ANIMADO

De 5 dezembro a 4 janeiro Preço – A partir de 4€ para crianças e 5€ para adultos

De 13 dezembro a 6 janeiroPreço – Entrada livre

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Roteiro

O Penela Presépio é uma referência no país que atrai todos os anos milhares de visitantes para proporcionar momentos especiais a toda a família. A magia do Natal é retratada num ambiente que mistura as novas tecnologias com as mais antigas tradições, onde dezenas de figuras animadas criam quadros representativos do presépio tradicional português. O programa está recheado de atividades e animação, onde podem ser encontradas pistas de comboios, mostras de artes e ofícios, oficinas de fantasia, mercadinhos de natal, teatros de rua, exposições e o Presépio ao Vivo, representativo do presépio tradicional.

PENELA A MAGIA DO PRESÉPIO VIVO

Em plena capital nasceu uma aldeia habitada por renas, romanos e reis magos. Trata-se da Aldeia Natal, localizada no Parque Eduardo VII, criada com o objetivo de encantar miúdos e graúdos nesta época natalícia. Os visitantes vão poder assistir à reconstituição do nascimento do meninos Jesus, observar a chegada dos Reis Magos, visitar a casa do Pai Natal e ver as renas. Nesta aldeia existem músicos, atores, feirantes, pinheiros que brilham e bosques encantados. O programa é variado, com destaque para teatros, ateliês de pinturas faciais, cantinho do conto, bola de neve gigante, carrossel e canhões de neve, entre muitas outras diversões.

LISBOA DE CAPITAL A ALDEIA NATAL

De 29 novembro a 6 janeiroPreço – A partir de 8€ para crianças e 10€ para adultos

De 8 dezembro a 5 janeiroPreço - A partir de 1€ para crianças e

2€ para adultos

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F U N D A Ç Ã O B I S S A Y A B A R R E T O

VISITE-NOSw w w . p o r t u g a l d o s p e q u e n i t o s . p t

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PORT.COM REVISTA DE PORTUGAL E DAS COMUNIDADES64

Discurso Direto

DESTINADO A NUNCA CHEGAR

Sou um emigrante espontâneo, estatu-to que acabo de criar. Acredito que a maioria dos portugueses que abando-nam o país tem um bom motivo para o fazer. Tenho a certeza absoluta que

o emigrante comum pensa muito antes de o ser e que quando sai sabe que não volta tão cedo. Não foi o meu caso. Não quero dizer com isto que saí sem saber, que comecei a caminhar e de repente já estava em França, que em vez da fartura me ofereceram um croissant. Mas foi quase assim. Saí para voltar e nunca mais voltei.

Achava que passar um tempo lá fora seria enri-

quecedor. Tinha vinte e nove anos e uma promis-sora carreira na Mars. O MBA do Insead, dizia-se, iria enriquecer o CV, o que serviu como excelen-te desculpa. Os dez meses de estudos transfor-maram-se em catorze anos. Tomei-lhe o gosto. Depois de França, morei em Singapura, Madrid, Cidade do México, Marbella e Miami, onde estou há mais de sete anos. A vida foi oferecendo oportu-nidades engraçadas: uma carreira na L’Oreal, um pós-graduação em Gestão Hoteleira, uma tenta-tiva abortada de abrir um hotel, postos de direção em empresas de hotelaria e bebidas e, finalmente, a primeira experiência como “entrepeneur” na Dream Football, projeto do Luís Figo na área da igualdade de oportunidades no futebol. Organi-

zo torneios no clima difícil das favelas do Rio de Janeiro. Sorrisos de crianças, mensagens de Natal dos pais, emoções fortes, experiências duras, sus-tos, desencontros, milhas aéreas, camas de hotel, novos amigos.

O mais difícil sempre foi ter a família longe, apesar de ter tido sempre a sorte de poder viajar a Portugal com frequência. A minha filha tem 23 anos e está a chegar à idade com a qual eu saí sem saber que saía. Será que ela emigra? Estará nos genes? Afinal ambos vimos de uma família de marinheiros...

Se recomendo? Claro! Graças à emigração impre-vista tenho aprendido uma coisa nova todos os dias. Sei que poderia passar a vida toda a aprender assim.

Não me interpretem mal: Amo Portugal. Adoro voltar, estar com a família e os amigos, engordar um quilo por dia, continuar na esperança que o Sporting ganhe o campeonato e discutir os mes-mos temas vezes sem conta, à volta de um bom ba-calhau regado com tinto do Douro. Ir a Monsaraz, ao Gerês, a Arrifana e à minha querida Figueira da Foz. Mas, seja por comodismo ou por acreditar que, apesar da nortada, a Figueira não sai de lá e que os meus amigos vão sempre estar à mão de semear quando eu chegar...por agora, fico por aqui. Ou por ali. Vou renovar o meu estatuto.

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ESPECIAL DE NATAL

DESTINADO A NUNCA CHEGAR

DANIEL BRÁSDREAM DIRECTOR AMÉRICAS

NA DREAM FOOTBALL

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Destino

MADEIRA PREPARA NATAL

E FIM DE ANO DE ARROMBA

Com um orçamento de 2,5 milhões de euros, o que em tempo de crise não deixa de ser generoso, a Madeira

prepara-se para celebrar mais um Natal e fim de ano de encher o olho a turistas e residentes.

Por Márcia Oliveira

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ESPECIAL DE NATAL

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PORT.COM REVISTA DE PORTUGAL E DAS COMUNIDADES68

Destino

Considerado como um dos melhores festivais de fogo-de-artifício do mundo, a baía do Funchal enche-se de gente para procurar o melhor local de visualização. Ao largo, são muitos os navios de cruzeiro que fazem escala nesta noite de festa e tradição…

Mas não é só o fogo-de-artifício que atrai mi-lhares de turistas todos os anos àquela Região Autónoma. Durante 36 dias, vários programas são criados pelo Governo Regional da Madeira e as tradições mantêm-se. Se vai passar o Natal ou fim de ano à Madeira, uma coisa é certa: o que não falta é festa!

"MISSAS DO PARTO"Os festejos iniciam-se com a inauguração da

iluminação, nos primeiros dias de dezembro, e ocorrem igualmente outras manifestações cultu-rais, religiosas e desportivas.

As "Missas do Parto" começam a partir do dia 16 de dezembro e terminam na véspera do Dia de Natal, com a missa do galo. As "Missas do Parto" - as novenas - são nove no seu total, e celebram-se de madrugada. Depois da missa, no adro da igreja os crentes reúnem-se para ouvirem os cânticos, acompanhados por grupos de cordas, acordeões e castanholas e onde não faltam os "despiques" a que se segue o "mata-bicho" com as aguarden-

tes, licores, broas e bolos. Em algumas freguesias da Madeira, como Câmara de Lobos e Camacha, mantém-se a tradição das bandas filarmónicas, acompanhadas por outros tocadores de instru-mentos, como castanholas, bombos, braguinhas ou acordeões, irem de porta em porta, numa sin-fonia alegre, despertar os habitantes e apressá-los para este ritual típico da terra.

NOITE DO MERCADOA Noite do Mercado realiza-se no dia 23 de de-

zembro, quando os madeirenses efetuam as úl-timas compras de Natal e é nesta azáfama que melhor se sente o espírito da "Festa", designação conferida pelo povo madeirense ao Natal. Os ha-bitantes deslocam-se até ao Mercado dos Lavrado-res onde as ruas circundantes, que se encontram encerradas ao trânsito, são ocupadas por diversos postos de venda abertos durante toda a noite. Es-

BAÍA DO FUNCHALO MAIOR ESPETÁCULODE FOGO DE ARTIFÍCIO DO MUNDO

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PORT.COM REVISTA DE PORTUGAL E DAS COMUNIDADES70

Destino

tes apresentam variados produtos regionais como flores, arbustos, frutas, legumes, doces, sandes de carne em vinha-de-alhos e bebidas típicas, como a poncha.

ESPETÁCULO DE TRADIÇÕESAinda no dia 23, mesmo ao cair da noite, decorre

a maior atração: um espetáculo de cânticos tradi-cionais de Natal onde os habitantes locais assu-mem o papel de verdadeiros artistas. Também a participação de bandas de música típicas e ranchos folclóricos madeirenses ajuda a manter o ambien-te de festa, de alegria e de muita animação até ao amanhecer.

VOLTA À CIDADE DO FUNCHALOrganizada pela Associação de Atletismo da Ma-

deira, a Volta à Cidade do Funchal é uma das mais antigas provas desportivas do género em Portugal e na Europa. Será a 28 de dezembro, altura em que serão já muitos os turistas instalados na região para as festividades de fim de ano. Esta competi-ção, que tem vindo a atrair para a Região inúmeros atletas do panorama nacional e internacional, enche a capital madeirense de muita adrenalina e animação.

BEM-VINDO 2015!O espetáculo de fogo-de-artifício tem uma du-

ração de cerca de oito minutos e está distribuído por diversos postos de queima de fogo localizados no anfiteatro do Funchal, na orla marítima e baixa citadina, no mar e um posto na Ilha do Porto Santo.

Este espetáculo grandioso, que é um dos mais importantes cartazes turísticos da Madeira, foi reconhecido internacionalmente pelo Livro de Re-cordes do Guiness no ano de 2006, como "O maior espetáculo de fogo-de-artifício do Mundo".

JANEIRASNa noite de 5 para 6 de janeiro cantam-se os Reis

em casa dos vizinhos, e um pouco por toda a par-te. É neste espírito que procura recriar a tradição popular dos cantares tradicionais que se faziam neste dia, porta à porta, em diversas localidades que a Associação Cultural Encontros da Eira, gru-po musical dedicado à revitalização da música de raiz tradicional madeirense, organiza e produz no auditório do Jardim Municipal do Funchal, o espe-táculo musical "Cantar os Reis", marcando assim o encerramento das festividades de fim de ano.

Se está a pensar ir passar o Natal e fim de ano à Madeira, são várias as opções de alojamento para bolsos mais ou menos

abonados. A partir de 600€, já pode passar 4 dias/3 noites, com voos a partir de Lisboa

e Porto. Mas apresse-se porque a taxa de ocupação para o Natal já ultrapassa os 60%

e para o fim de ano os 90%.

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