Portfólio

39
Portfólio Ana Margarida Leitão Curriculum Vitae Artístico

description

Bla bla bla

Transcript of Portfólio

Page 1: Portfólio

Portfólio Ana Margarida Leitão

Curriculum Vitae Artístico

Page 2: Portfólio

BIOGRAFIA

Actriz Ana Leitão

Ana Margarida Leitão, nasceu a 22 de Julho de 1981 em Caldas da Rainha. Terminando a Licenciatura de Estudos Teatrais na ESMAE, fez também o Bacharelato de Interpretação na mesma escola (2006). Ainda frequentou o primeiro ano de Estudos Teatrais na Universidade de Évora (2001) e fez o curso de formação de Actores no Instituto das Artes do Espectáculo em Lisboa (2000). Conclui actualmente o Mestrado em Dramaturgia / Encenação na Universidade de Évora. Faz teatro desde 1997 onde se iniciou em teatro amador, no grupo Figuras do Espanto, em Torres Vedras. Frequentou, posteriormente, já durante a sua formação profissional, seminários de interpretação com Ana Tamen, Nicolau Antunes, Dennis Bernard, Andrea Gabilombo, Diogo Dória, Rogério de Carvalho, Polina Klimovitskaya, João Brites, Carlos Pessoa, Inês Vicente, frente câmara com Raquel Freire, novo circo com André Braga, entre outros. Participou em espectáculos com Paulo Lages, Anunciação a Maria; com Denis Bernard, Sonho de Uma Noite de Verão; com Pablo Rodriguez, Nunca Nada de Ninguém; performance Arte Povera, com direcção de Denis Bernard para a Fundação Serralves, entre outros. Iniciou-se na encenação com o actor Luís Félix, na peça Ninguém Pensa Isso de Ti – A Despensa de Carlos Magno, para um projecto de formação do TUM – Teatro Universitário do Minho. Participou em algumas curtas-metragens experimentais. Desenvolveu alguns trabalhos de investigação académica. Actualmente, colabora profissionalmente na companhia de teatro A Bruxa Teatro em Évora, onde fez Stabat Mater Furiosa, Só (encenação), Quatro Mulheres de Coragem e Mal me Queres com direcção de Figueira Cid. Fundou, em 2008, um projecto experimental intitulado C.A.L (Comunidade de Artistas Livres), projecto multidisciplinar que funde diversas áreas artísticas, registado em 2010 como Associação corpo na Arte, onde explora trabalho de actriz, encenadora e formadora. Colabora com a Companhia Pim Teatro, onde fez Histórias da Monarquia e O Bicho Papa Livros; e com a Companhia Baal17, onde fez Doroteia de Nelson Rodrigues

Page 3: Portfólio

Dados Pessoais Nome: Ana Margarida Leitão

Data Nascimento: 22 de Julho de 1981

Naturalidade: Caldas da Rainha/Portugal

Morada: Rua Joaquim Henriques da Fonseca, 3, r/c drt. 7000 Évora

(para envio de correspondencia)

Ou

Rua do Cunha, 132, 1º esq. 4200 Porto

Telefone: 965509113 – 266705002

B.I: 11946271

Nif: 219158959

Carta Condução: p-1344118 8

Email: [email protected]

Page 4: Portfólio

Habilitações Literárias

2011/12 Conclusão do Mestrado em Dramaturgia/Encenação na Universidade de Évora

2006/07 Licenciatura em Estudos Teatrais na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE) - Porto

2006 Bacharelato no Curso de Interpretação da Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE) – Porto

2001 1º Ano do curso de Estudos Teatrais – Universidade de Évora

2000 Curso de formação em: Formação de Actores I - Instituto de Artes do Espectáculo (IAE) – Lisboa

Page 5: Portfólio

Trabalhos de Investigação

2011 Investigação e levantamento da Obra de Anaïs Nin, concluindo na apresentação da peça 13ª Casa do Zodíaco – mestrado de Dramaturgia/Encenação

2010 Investigação, levantamento da Obra de Sergi Belbel e tradução da Carícias, concluindo na apresentação da peça Carícias – mestrado de Dramaturgia/Encenação (18 val.)

2008 Teatro do Século XX Grandes Correntes, inserido no Mestrado

Encenação/Dramaturgia, orientação professor doutor Alves Pereira (17val.)

2007 Monografia HAMLETMASCHINE A Pós-Modernidade em Heiner Müller, orientação professora doutora Eduarda Neves – para consultar, na biblioteca da ESMAE – Porto(17val.)

2002/08 Trabalhos de pesquisa aprofundando o Teatro de Samuel Beckett

Page 6: Portfólio

Outras Habilitações Literárias

2010 Workshop “corpo Multifacetado” dirigido por Ana Cristina Colla, Lume Teatro – Campinas, Brasil

2010 Workshop “Corpo Como Fronteira” dirigido por Renato Ferracini, Lume Teatro – Campinas, Brasil.

2009 Workshop “Actor Permanente” - parceria do Centro Internacional de Teatro, Escola Superior de Teatro e Cinema e o Centro de investigação da Universidade de Algarve - dirigido por Ana Tamen, Polina Klimovitskaya e Renato Ferracini.

2009 Seminário “View Points” técnica de Sanford Meisner dirigido por Nicolau Antunes

2007 Seminário de Dramaturgia de apoio ao Projecto Colectivo com o encenador João Paulo Costa

2007 Seminário Direcção de Actores com a Companhia O Bando

Formação Profissional e Paralela

Page 7: Portfólio

2007 Seminário Direcção de Actores com Rogério de Carvalho

2006 Seminário de Interpretação com Polina Klimovitskaya

2006 Seminário de Técnica de Burlesco com Denis Bernard

2006 Seminário Música / Teatro com Andy Frizzel e Lee Beagley

2006 Seminário Direcção de Actores com Diogo Dória

2006 Seminário “Frente Câmara e Texto Cinematográfico”, dirigido pela realizadora Raquel Freire

2006 Seminário de Combate de Cena pela Broken Sword Company dirigido por Benjamin Howell Marwood e Emmanuel Duarte

2005 Seminário Contador de Histórias dirigido por Cândido Pazó

2004 Seminário Danças Antigas (renascentistas) dirigido por Catarina Costa e Silva

Page 8: Portfólio

2004 Seminário Danças Antigas (renascentistas) dirigido por Catarina Costa e Silva

2004 Seminário Voz / Texto para construção de Personagem dirigido por Maria do Céu Ribeiro

2004 Seminário Corpo / Movimento dirigido por Claire Binyon

2004 Seminário Máscara Neutra dirigido por Denis Bernard

2003 Seminário de Voz / Texto dirigido por Inês Vicente

2003 Seminário de Voz / Movimento dirigido por Romi Soares

2003 Workshop de Máscara Neutra e Mímica dirigido por Luciano Amarelo

2003 Seminário de Interpretação com Ana Tamen

2003 Seminário de Voz com Movimento dirigido por Adriene Thomas

Page 9: Portfólio

2003 Seminário de Movimento – preparação física – dirigido por Claire Binyon

2003 Seminário de Novo Circo inserido no projecto Erasmo dirigido por André Braga

2002 Seminário de Caracterização dirigido por Aurora Gaia

2002 Seminário de Acrobacia dirigido por Joana Carvalho

2002 Seminário de Interpretação e Criação Artística dirigido por Carlos Pessoa

2002 Seminário de Interpretação dirigido por Nuno Meireles

1999 Formação em Caracterização no Instituto de Artes do Espectáculo – Lisboa

1998/99 Oficina de Expressão Dramática 1 e 2 na Escola Secundária Madeira Torres

Page 10: Portfólio

Participação em Espectáculos

Experiência Profissional

Page 11: Portfólio

Participação em Espectáculos

2012 O Amor, Por Definição, É Um Bocado…, criação coletiva C.A.L, com dramaturgia de Ana Leitão

2011 Mal Me Queres, de João Santos Lopes, pela companhia A Bruxa Teatro, com encenação de Figueira Cid

2010 O Bicho Papa Livros pela companhia Pim Teatro

2010 História da Monarquia pela companhia Pim Teatro

2010 Doroteia, de Nelson Rodrigues, com encenação de Eduardo Condorcet pela Companhia Baal17

2009 Reposição da peça Stabat Mater Furiosa de Jean- Pierre Siméon, pel´A Bruxa Teatro – encenação de Figueira Cid

Video / Curtas Metragens

2011 Viaja na nossa Carta Casa Cabeça, projecto experimental de vídeo, pela C.A.L, edição de David Rolo

2010 Blind Date, curta metragem de Miguel Castro, Inserida num projecto da C.A.L

2009 Interpretação na Curta-metragem O Eterno Começo de Antonio Marcelino Sabença

2003 Curta-Metragem Freiras que lavavam abóboras (…) cinco passos atrás de mim com realização de António Marcelino Sabença

2003 Curta-Metragem Entre a rua da Alegria e a rua da Desgraça, existe a rua das Flores com realização de Sofia Guerreiro

Page 12: Portfólio

Participação em Espectáculos 2008 Encenação da peça Só de Börje Lindström na Companhia Bruxa Teatro

2008 Quatro Mulheres de Coragem, de Rona Munro, pela Bruxa Teatro, com encenação de Figueira Cid

2008 Stabat Mater Furiosa de Jean-Pierre Siméon, pel´A Bruxa Teatro com encenação de Figueira Cid

2007 O Valentão do Mundo Ocidental de John Millington Synge, pelo CENDREV, encenação de José Russo

2007 Sempre as Mesmas Palavras, interpretação, encenação e dramaturgia, a partir de textos do Diário de Ultimo Ano de Florbela Espanca

2007 Reflexos, dramaturgia a partir da obra As Horas de Michael Cunningham, com encenação de João Paulo Costa.

2006 A Anunciação a Maria produção final de Bacharelato, encenada por Paulo Lages

2006 Pedaços de Vida, a partir de textos de Clarice Lispector, com encenação de Domingos Noel

2005 O Grande Peixe, encenação de Howard Gayton, Produção Esmae

2005 Sonho de uma noite de Verão, com encenação de Denis Bernard

´

Page 13: Portfólio

Participação em Espectáculos

2004 Ainda Dormes? - Projecto Independente de Criação Colectiva para Esmae

2004 Exercício de Produção Hamlet dirigido por Denis Bernard

2003 Projecto Dança Teatro A Arte do séc. XX coreografado e dirigido por Andrea Gabilondo e Tilike Coelho

2003 Assistência de cenografia e adereços na peça Terapia em Grupo com direcção de Inês Vicente

2002 Nunca Nada de Ninguém com Direcção Artística e encenação de Pablo Rodriguez

2002 Performance Arte Povera, inserida no programa "Intercâmbios" da Fundação de Serralves – ESMAE, com Direcção de Denis Bernard

2001 A Fuga de Wang Fô - produção ESMAE 1º ano, dirigido por Cláudia Marisa

2000 O Motim do Costume, (textos Woody Allen – Grupo de teatro amador “Figuras do Espanto”) com encenação de Margarida Tavares

2000 Apresentação final do Curso de Formação de Actores do Instituto de Artes do Espectáculo (IAE)

Page 14: Portfólio

Participação em Espectáculos

1999 Quotidianos (Grupo de teatro amador “Figuras do Espanto”) com encenação Margarida Tavares

1999 Trabalhos de animação de rua para Câmara Municipal do Sobral de Monte Agraço (Grupo de

teatro amador "Figuras do Espanto”)

Stabat Mater Furiosa – companhia A Bruxa Teatro (interpretação)

O Amor , Por Definição, É Um Bocado… – C.A.L (interpretação/criação)

Page 15: Portfólio

Direcções Artíticas e Dramaturgia

2012 Coordenação dos projetos de animação para Feira do Livro – Évora, e Feira de São João – Évora, pela CME

2012 Coordenação do Workshop de Improvisação – pela C.A.L – comunidade de artistas livres

2012 Coordenação do Workshop de Criação de Personagem – pela C.A.L – comunidade de artistas livres

2011 Encenação e adaptação dramaturgica do projecto 13ª Casa do Zodíaco, a partir do livro A Casa do Incesto de Anaïs Nin – projecto final de Mestrado com coordenação Ana Tamen

2010/11 Encenação da peça Errata: Onde se lê matei-a porque me pertencia. Deve ler-se: matei-a porque não me pertencia – para o grupo de Teatro Amador de Estremoz

2010 Coordenação performativa da inauguração da exposição de Daniel Figueiredo e Leopoldo Antunes, para Associação Makala - Lisboa

2010 Participação como formanda nos Encontros Novas Dramaturgias Contemporâneas

Entre outros

Page 16: Portfólio

2010 Direcção Artística da Performance Alaranja - projecto de intervenção e dinamização cultural

2010 Coordenação do workshop de Criação Livre e Abordagem Criativa, pela C.A.L – módulo II

2010 Coordenação do workshop de Criação Livre e Abordagem Criativa, pela C.A.L e Bruxa Teatro – módulo I

2009 Encenação e Dramaturgia da peça Carícias de Sergi Belbel, projecto C.A.L e Universidade de Évora

2009 Direcção Artística/Encenação da peça Rua Cheia – projecto desenvolvido pela C.A.L – comunidade de artistas livres

2009 Encenação e Dramaturgia de Quatro Horas em Chatila + Sete Crianças Judias, uma peça por Gasa, de Jean Genet e Caryl Churchil, com coordenação geral da actriz Fernanda Lapa

Page 17: Portfólio

2009 Encenação da trilogia Só Trato Loucas Normais inserido no projecto C.A.L – comunidade de artistas livres

2009 Criação do Projecto C.A.L - comunidade de artistas livres – Membro fundador (actual associação Corpo na Arte)

2008 Encenação da peça Só de Börje Lindström, pela Companhia A Bruxa Teatro

Carícias – dramaturgia, tradução e encenação

Page 18: Portfólio

Aulas e Escolas

Incluindo coordenação de Workshops

2012 Coordenação dos projetos de animação para Feira do Livro – Évora, e Feira de São João – Évora, pela CME

2012 Aulas de Expressão Dramática nas escolas de Rossio de São Brás e Bacelo – Évora

2012 Coordenação do Workshop de Improvisação – pela C.A.L – comunidade de artistas livres

2012 Coordenação do Workshop de Criação de Personagem – pela C.A.L – comunidade de artistas livres

2010/11 Aulas de Expressão Teatral em curso de formação profissional na Escola Secundária de Peniche

2010/11 Aulas de Expressão Dramática – AEC – escola do Bacelo – Évora

Page 19: Portfólio

2010 Coordenação do workshop de Criação Livre e Abordagem Criativa, pela C.A.L – módulo II

2010 Coordenação do workshop de Criação Livre e Abordagem Criativa, pela C.A.L e Bruxa Teatro – módulo I

2009 Aulas particulares de Teatro, na Associação Casa dos Bonecos, Évora

2008/09 Instrução de aulas de Expressão Dramática ao 2º ciclo – ensino especial – da escola Santa Maria – Beja

2008 Workshop de Expressão Dramática para o Museu da Luz, Actores e Actrizes numa História por Contar.

2007 Instrução de aulas de Expressão Artística ao 1º e 2º anos do 1º ciclo, na Escola Augusto Lessa – Porto.

2004 Direcção artística de Workshop de Teatro – Construção e Criação de Personagem – para a Câmara Municipal de Peniche.

Page 20: Portfólio

Criticas e notas de imprensa

“ALANDROAL RECEBEU ARREBATADOR ESPECTÁCULO DE ‘STABAT MATER FURIOSA'

ou

como cerca de noventa ‘intelectuais’ de Alandroal não saíram ao fim de 10 minutos porque não se envergonharam...

“Arrojado, arrebatador e apaixonado. Foi assim que muitos dos presentes no Fórum Cultural Transfronteiriço de Alandroal, no passado

dia 17 de Julho, classificaram o espectáculo de teatro ‘Stabat Mater Furiosa’ que a Câmara Municipal de Alandroal promoveu em conjunto

com o Ministério da Cultura e a companhia ‘A Bruxa Teatro’.

Com um texto original de Jean-Pierre Simèon, ‘Stabat Mater Furiosa’ conseguiu surpreender o público que assistia com elevada expectativa. Ao longo de uma hora e trinta minutos, a consagrada actriz Ana Leitão

foi deliciando os presentes com a sua enérgica interpretação de um texto “arrepiantemente belo”, como a própria o descreveu, onde a força

das palavras e o debate de ideias foram elementos centrais.

A peça, da autoria de Jean-Pierre Simèon, poeta, romancista e crítico,

nascido em Paris conta a história de uma mulher furiosa, que suplica a vida e recusa compreender a guerra. Uma mulher com um sonho

ingénuo e frágil, que se serve da sua voz como arma de revolta e de esperança.

O público presente deixou-se arrebatar pela energia que dominou o

espectáculo e esteve sempre em sintonia com a actriz. Ana Leitão disse mesmo que sentiu estabelecer “uma certa química com o público

alandroalense, o que a deixou mais confortável no seu papel. No final do espectáculo as expressões do público mostravam toda a sua

satisfação com o espectáculo.

Refira-se que a companhia ‘a Bruxa Teatro’ nasceu em 1991, mas apenas em 2002 chegou a Évora, segundo as palavras dos seus criadores, trata-

se de um projecto integrado de desenvolvimento cultural e social do Alentejo, mas acima de tudo de criação artística. Com trabalho

desenvolvido no campo teatral e cinematográfico, a escolha criteriosa dos textos que interpreta é uma das suas imagens de marca”.

Autor anónimo, Diário do Sul, 22 de Julho de 2010

Stabat Mater Furiosa

Page 21: Portfólio

“A peça é de uma grande e permanente intensidade comunicacional e prende-nos da primeira à última palavra que Ana Leitão arranca de dentro da sua alma Assisti, no último fim-de-semana, na Bruxa TEATRO, à peça Stabat Mater Furiosa, do poeta e romancista francês Jean-Pierre Siméon, encenada por Figueira Cid e interpretada, magistralmente, pela actriz Ana Leitão. Uma representação de uma enorme intensidade dramática, durante a qual nos chega, pelo som, pelas imagens, pelas palavras, pelas expressões, pelos silêncios e pelos sentimentos que Ana Leitão nos desperta, uma poderosa mensagem: a crueldade das guerras e a tristeza que elas nos deixam sempre. A peça é de uma grande e permanente intensidade comunicacional e prende-nos da primeira à última palavra que Ana Leitão arranca de dentro da sua alma. As palavras da actriz penetram-nos até ao mais profundo dos nossos sentimentos e à mais firme das nossas certezas. Entram para dentro de nós e ficam cá, como se reagissem com a nossa consciência. Enquanto esperava, com a minha mulher, pelo início da peça, tive o privilégio de ser recebido e de falar, durante alguns minutos, com Figueira Cid. Tive a oportunidade de conhecer um pouco da história da Bruxa TEATRO, de constatar as dificuldades com que esta iniciativa cultural se vai confrontando e o sucesso que tem conseguido, com o seu trabalho. Mas, também percebi, claramente, a alma e a força de quem acredita firmemente no que está a fazer e na importância, para a cidade e para a região, da existência de profissionais como estes. A Bruxa TEATRO transborda de ideal e de vitalidade cultural e merece que os eborenses, e suas instituições, lhe dispensem uma forte solidariedade e respeito. O primeiro passo nesse sentido é assistir às suas representações, pagando, justamente, o extraordinário serviço cultural que lhe é disponibilizado.” Deputado Bravo Nico

Page 22: Portfólio

De realçar o desempenho de Ana Leitão, em Stabat Mater Furiosa, que excedeu o plano da excelência da representação e ofereceu ao público uma nota do sublime que se pode esperar de um espectáculo. Impressões Visuais

Figueira Cid apresentou um trabalho memorável no espaço alternativo eborence da Companhia A Bruxa Teatro. A partir do texto de Jean-Pierre Siméon e da tradução de Filipa Guerreiro, Figueira Cid encenou o espectáculo Stabat Mater Furiosa, ao qual Ana Leitão facultou a sua especial interpretação. Stabat Mater Furiosa é um texto que nos fala da guerra e dos gritos que ecoam em todas as mães que perderam os seus filhos num campo de batalha, ou numa sala de tortura, ou numa invasão feita intempestivamente a sua casa. Como diz a actriz no belíssimo texto inicial, “Eu sou aquela que recusa compreender, a que não quer compreender e implora, e se eu implorar não riam, nada de encolher os ombros ou murmurar, e nada de pretextos e olhos baixos para evitar a minha voz. A minha emoção não é um cão que eu passeie, não é um cãozinho a quem faça festinhas e passeie, a minha emoção é negra e pesada tem o peso do machado e o gume do sílex. E se rezo é sem deuses, se rezo é como quando se pede por favor, é a vida que peço suplico a vida e nem sei a quê ou a quem mas sei que a oração é pesada e negra, que não evoca, não comenta, não apura contas, a minha oração ela é só um momento…”. A oração é de alguém que não se conforma com o Homem da Guerra. Que tinha uma vida pacata e feliz até ao momento em que vê a sua família despedaçada e que insiste em não compreender as razões que os grandes pensadores criam para a justificar. “Eu sou aquela que faz por não compreender, por não te entender, por não entender as tuas razões. Odeio as tuas razões, silencio as tuas razões”. Stabat Mater é o hino da mãe dolorosa junto ao corpo do seu filho morto, com a consciência de que os filhos de hoje são os guerreiros e os assassinos de amanhã: “Que mamem no seio da mãe o remorso do que ainda não fizeram, porque tão claro como duram os sois no azul eterno, as crianças de hoje são os guerreiros de amanhã, esta é a minha verdade, é mais antiga que a mais antiga estrela nascida na noite das sombras, conceber é já continuar a genealogia do assassínio. Um texto que acaba com um sonho. Um sonho onde os homens são frágeis, mais frágeis do que o junquilho, onde se pode novamente ter esperança. O texto de Jean-Pierre Siméon é uma oração que põe o dedo na ferida mas que termina com a possibilidade da mudança, se o Homem da Guerra quiser comparar-se ao junquilho. Mas o sonho permanece, porque “é a obstinação da cerejeira que faz transbordar a luz”. O espectáculo começa com a actriz encostada junto a uma parede, sentada num chão de areia. Descalça, enverga um traje vermelho com uma estola azul, lembrando a habitual veste de Maria junto à cruz, velando o seu filho morto. Quando Ana Leitão começa a falar a sala parece ganhar uma amplificação surpreendente, tal é o efeito que a voz da actriz provoca. Ana Leitão diz a oração aos filhos mortos com a dor e a sobriedade que se espera de uma figura em sofrimento. Um sofrimento que não recusa a esperança, conjugada com a força de uma cerejeira em flor. Todo o desempenho da actriz é irrepreensível. Mesmo quando é acompanhada por alguns momentos de percussão sendo a voz, naturalmente, amplificada, a postura mantém-se com a dignidade esperada. Há um momento em que a mãe dolorosa entra numa espécie de relicário, dentro do qual partilha os horrores vividos e anuncia os cenários sonhados. “Criaremos os nossos filhos, sem vós, apesar de vós e contra vós, o seu vício será a doçura, juro-vos que serão mais ingénuos do que as flores, quando encontrarem uma pedra irão procurar as cores para a pintar, quando encontrarem um pau, irão plantá-lo para que dê laranjas.” Neste cenário branco, despojado, a actriz partilha o seu sofrimento com a dor de todas as mães dolorosas e despoja-se de si, para se fundir nas imagens de dor que são projectadas dentro do relicário. Admirável. Belo como o lamentoso hino que lhe serviu de mote. Uma autêntica oração a uma deusa pagã que gerou os filhos para os ver morrer no campo de batalha. Um trabalho obrigatório a ver nos antigos celeiros da EPAC, em Évora. Neste mês de abundância teatral podemos dar-nos ao luxo de escolher. E se os programadores não primam por trazer ao Algarve este bom teatro que se faz no nosso país, o bom teatro merece que nos desloquemos cerca de 200 quilómetros para o apreciar. IMPRESSÕES VISUAIS

Page 23: Portfólio

Não tenho palavras para descrever o quanto eu gostei deste espectáculo! Continuem a tirar-nos o fôlego assim! Amei Ana Dias GOSTEI MUITO ... CONTINUEM... Jorge Fialho Fava Rica

… das coisas simples, mas verdadeiras. Simplesmente adorei, por tudo! Alberto Ferreira

O amor por definição é um bocado… E um bocado de tudo isto que acabámos de ver. A luta constante pelo equilíbrio, seja lá isso o que for! Este show, circo, trapézio da vida, foi mais uma luz da nossa C.A.L. Carla Leal (actriz)

Uma interessante reflexão sobre o amor, sobre a sua etiologia, diversidade(s), vivência(s), finalidade(s) (ou ausência dela), num texto que eleva a sua (in)compreensão e convida o espectador a mergulhar no universo das suas possibilidades. A comédia junta-se à tragédia (como é dito na ficha), mas é o drama que insidiosamente imana do circo/show (que não é circo nem show) e convida à reflexão, criando a tensão, provocando o conflito ao espectador, estimulando-o a uma procura de respostas para que não fique “tão vazio (duvidas, confusão, desassossego) quanto as ruas de Lisboa em hora de ponta (o texto bombardeia-nos com perguntas quantos carros na entrada da P25Abril às 8:15 da manhã)”. No final, não importa ter respostas sobre o que o amor é (afinal “ter é sempre tão pouco” e é um fardo!!), urge mais sermos enquanto assistimos, mas lá no fundo fundo, qualquer coisa de existencialismo a acenar, quase estoico por vezes, mascarado de comédia, terno e triste, ao mesmo tempo, enfim, como o amor… parabéns (não vos conhecia e assisti hoje, gostei) Edgar Palminhas (psicologo clinico)

Emocionante! Grande trabalho, parabéns!!! São Barradas

O Amor, Por Definição, É Um Bocado…

Page 24: Portfólio

Fotografias Processo fotográfico de teatro

Page 25: Portfólio

Peça “A 13ª Casa do Zodiaco”

Encenação: Ana Leitão

Convidados para Festival FATAL

Page 26: Portfólio

Peça “O Amor, Por Definição, É Um Bocado…”

Criação Colectiva C.A.L

Page 27: Portfólio

“O Grande Peixe” Produção ESMAE

Encenação: Howard Gayton

Page 28: Portfólio

Trilogia “Só Trato Loucas Normais”

Encenação: Ana Leitão

Page 29: Portfólio

Peça “Doroteia”

Companhia BAAL17

Encenação: Eduardo Condorcet

Page 30: Portfólio

Peça “O Valentão do Mundo Ocidental”

Cendrev

Encenação: José Russo

Page 31: Portfólio

Peça “Carícias”

Encenação: Ana Leitão

Na Universidade de Évora

Page 32: Portfólio

Peça “Quarto Mulheres de Coragem”

Bruxa Teatro

Encenação: Figueira Cid

Page 33: Portfólio

“Stabat Mater Furiosa”

Interpretação: Ana Leitão

Encenação: Figueira Cid –

A Bruxa Teatro Companhia

Page 34: Portfólio

Coordenação da Animação da Exposição de Daniel Figueiredo e Leopoldo Antunes – Associação MAKALA Lisboa

Page 35: Portfólio

Curta Metragem “O Eterno Começo” de Marcelino Sabença

Page 36: Portfólio

Peça “Rua Cheia”

Encenação: Ana Leitão

Page 37: Portfólio

Aulas Particulares de Teatro e Workshops na Associação Casa dos Bonecos

Page 38: Portfólio

Links para consulta

Page 39: Portfólio

. http://vimeo.com/26124198 (video promocional actriz Ana Leitão) . www.youtube.com/watch?v=W7Fr1Tu3Rqs (O Amor, Por Definição, É Um Bocado… - teaser) . www.comunidadedeartistaslivres.blogspot.com (blog da associação) . http://www.facebook.com/comunidadedeartistaslivres#!/comunidadedeartistaslivres/photos_albums . www.abruxateatro.blogspot.com/ (site Companhia Bruxa Teatro) . http://www.cendrev.com (site Companhia Cendrev) . www.teatroemcena.no.sapo.pt (site projecto Teatro em Cena) . http://vimeo.com/41801859 (video promocional 13ª Casa Do Zodíaco – F.A.T.A.L Lisboa) . http://pereiramiguel.multiply.com/photos/album/4/FATAL-2011 (site do fotografo Miguel Pereira – fotografias de 13ª Casa Zodíaco – festival FATAL lisboa) . http://imagensfatal2011.jimdo.com/galeria/espect%C3%A1culos/13%C2%AA-casa-do-zod%C3%ADaco/ (imagens 13ª Casa – workshop fotografia)