Portugal – Séc. XIX · 3. A vida quotidiana das aldeias portuguesas do séc. XIX Atividades...
Transcript of Portugal – Séc. XIX · 3. A vida quotidiana das aldeias portuguesas do séc. XIX Atividades...
Portugal ndash Seacutec XIX Viver em Portugal no seacutec XIXhellip
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
2
Agrupamento de Escolas D Manuel Faria e Sousa
Alunos
Joatildeo Fernando nordm 12
Joatildeo Miguel Lopes nordm 13
Jorge Rodrigo Pinto nordm14
Professora da Disciplina
Luacutecia Faria
AnoTurma 6ordm A
Data de Entrega 26 de Marccedilo
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
3
Iacutendice Geral
Iacutendice Geral 3
Iacutendice de Figuras 4
1Introduccedilatildeo 5
2 Breve caraterizaccedilatildeo do Seacutec XIX 6
3 A vida quotidiana das aldeias portuguesas do seacutec XIX 7
Atividades econoacutemicas 7
Alimentaccedilatildeo 7
Vestuaacuterio 7
Divertimentos 8
4 A vida quotidiana das cidades portuguesas do seacutec XIX 9
9
Atividades econoacutemicas 9
Alimentaccedilatildeo 9
Vestuaacuterio 10
Divertimentos 10
5 Casas brasileiras ldquotorna-viagemrdquo 11
Marcas Arquitetoacutenicas do ldquoBrasileirordquo 11
Casa das Torres 12
Casa das Artes 13
6 Conclusatildeo 14
Bibliografia 15
Anexo 1 16
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
4
Iacutendice de Figuras
Ilustraccedilatildeo 1 - Emigrantes portugueses agrave espera para embarcar 6
Ilustraccedilatildeo 2 - Festas na aldeia 8
Ilustraccedilatildeo 3 - A vida nos campos no seacutec XIX 8
Ilustraccedilatildeo 4 - vestuaacuterio dos camponeses 8
Ilustraccedilatildeo 5 - Camponesa a cozinhar 8
Ilustraccedilatildeo 6 - Avenida da Liberdade no seacutec XIX 9
Ilustraccedilatildeo 7 - vestuaacuterio dos homens da nobreza e burguesia - seacutec XIX 10
Ilustraccedilatildeo 8 - vestuaacuterio das mulheres da nobreza e burguesia - seacutec XIX 10
Ilustraccedilatildeo 9 - Interior de uma casa do brasileiro 11
Ilustraccedilatildeo 10 - Torre de uma casa do brasileiro 11
Ilustraccedilatildeo 11 - Casa das Torres 12
Ilustraccedilatildeo 12 - Luiacutez Gonccedilalvez de Matos 12
Ilustraccedilatildeo 13 - Teatro Fonseca Moreira no iniacutecio do seacutec XX 13
Ilustraccedilatildeo 14 - Casa das artes - atualidade 13
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
5
1Introduccedilatildeo
O presente trabalho foi-nos proposto pela professora Luacutecia Faria no acircmbito da disciplina de
Histoacuteria e Geografia de Portugal
O tema a desenvolver relaciona-se com algumas particularidades e vivecircncias ocorridas durante
seacutec XIX em Portugal
Assim este trabalho tem como objetivos caraterizar a vida quotidiana das aldeias e das cidades
Portuguesas bem como descrever casas construiacutedas no seacutec XIX por emigrantes Portugueses no
Brasil
Por uacuteltimo concluiremos com uma breve reflexatildeo sobre as aprendizagens adquiridas e tambeacutem
algumas dificuldades que encontramos ao longo do desenvolvimento deste projeto
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
6
2 Breve caraterizaccedilatildeo do Seacutec XIX
Durante a primeira metade do seacutec XIX as invasotildees napoleoacutenicas a independecircncia do Brasil e a
guerra entre liberais e absolutistas desorganizaram e empobreceram o reino
Na segunda metade deste seacuteculo os governos liberais conseguiram finalmente que Portugal
comeccedilasse a recuperar do atraso em se encontrava em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses europeus
Para isso fizeram uma seacuterie de leis que tinham como objetivo desenvolver e modernizar a
agricultura a induacutestria os transportes e comunicaccedilotildees o ensino e a defesa dos direitos humanos
Todas as medidas aplicadas para esta modernizaccedilatildeo e desenvolvimento trouxeram alguns
benefiacutecios para a vida da populaccedilatildeo Contudo Portugal no seacuteculo XIX estava muito longe de se
poder comparar com os paiacuteses mais industrializados como a Inglaterra e a Alemanha continuando
a ser um paiacutes marcadamente rural agriacutecola e pobre
Verificou-se assim que as medidas natildeo foram suficientes pois a mecanizaccedilatildeo da agricultura veio
trazer excesso de matildeo-de-obra que conjuntamente com o aumento da populaccedilatildeo originou um
grande ecircxodo rural ou seja fuga do campo para as cidades e a emigraccedilatildeo para o Brasil
Os portugueses emigraram para o Brasil com poucos haveres de trouxa na matildeo mas muita
esperanccedila e regressaram com verdadeiras fortunas tendo como principal preocupaccedilatildeo comprar
terrenos e construir uma casa luxuosa
Assim estes ldquobrasileirosrdquo mudaram a paisagem arquitetoacutenica principalmente no norte do paiacutes com
beliacutessimos palacetes que agora tanto apreciamos
Ilustraccedilatildeo 1 - Emigrantes portugueses agrave espera para embarcar
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
7
3 A vida quotidiana das aldeias portuguesas do seacutec XIX
Atividades econoacutemicas
As principais atividades do meio rural na segunda metade do seacuteculo XIX eram a agricultura a
criaccedilatildeo de gado e a pesca nas zonas do litoral
Na sua maioria os camponeses natildeo eram donos das terras em que trabalhavam As terras
pertenciam sobretudo agrave antiga nobreza proprietaacuterios burgueses e a alguns lavradores mais
abastados
O trabalho no campo era muito duro e os rendimentos eram poucos por isso os camponeses
viviam muito pobremente
Com a introduccedilatildeo da maacutequina na agricultura aumentou-se o desemprego por jaacute natildeo ser precisa
tanta matildeo-de-obra dificultando ainda mais a vida dos homens do campo
Alimentaccedilatildeo
Os camponeses alimentavam-se sobretudo do que cultivavam Dos produtos que mais consumiam
destacavam-se a batata patildeo de centeio ou de milho sopas de legumes e sardinhas A carne
mais cara e de difiacutecil conservaccedilatildeo era apenas consumida em dias de festa
Vestuaacuterio
O vestuaacuterio dos camponeses variava de regiatildeo para regiatildeo de acordo com o clima e com as
atividades predominantes
No interior era frequente os homens usarem calccedilas compridas coletes ou jaquetas e calccedilavam
botas ou tamancos de madeira As mulheres vestiam saias compridas e usavam lenccedilos coloridos na
cabeccedila
No litoral os homens usavam calccedilas curtas ou arregaccediladas e geralmente andavam descalccedilos tal
como as mulheres que vestiam saias mais curtas do que as do interior devido agraves suas atividades
relacionadas com o mar
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
8
Divertimentos
Os divertimentos das pessoas do campo estavam associados especialmente agraves atividades do
campo (vindimas e desfolhadas) e agrave religiatildeo (feiras romarias e festas religiosas)
Ilustraccedilatildeo 3 - A vida nos campos no seacutec XIX
Ilustraccedilatildeo 2 - Festas na aldeia
Ilustraccedilatildeo 5 - Camponesa a cozinhar
Ilustraccedilatildeo 4 - vestuaacuterio dos camponeses
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
9
4 A vida quotidiana das cidades portuguesas do seacutec XIX
Atividades econoacutemicas
A modernizaccedilatildeo do paiacutes influenciou mais a vida quotidiana das pessoas que viviam nas cidades
O grupo social dominante era a burguesia constituiacutedo por comerciantes banqueiros industriais
meacutedicos advogados professores oficiais do exeacutercito e funcionaacuterios puacuteblicos
No entanto a maior parte da populaccedilatildeo pertencia a grupos de menores recursos As pessoas do
povo trabalhavam sobretudo como vendedores ambulantes empregados de balcatildeo ou criados nas
casas de pessoas ricas
Com o desenvolvimento da induacutestria formou-se um novo grupo social o operariado Os operaacuterios
eram homens mulheres e ateacute crianccedilas que trabalhavam duramente nas faacutebricas muitas horas a
troco de pouco dinheiro Em caso de acidente natildeo tinham qualquer proteccedilatildeo Eram despedidos
sem qualquer indemnizaccedilatildeo
Alimentaccedilatildeo
A burguesia e a nobreza tinham uma alimentaccedilatildeo abundante e variada Faziam quatro refeiccedilotildees
por dia pequeno-almoccedilo almoccedilo jantar e ceia Comiam carne peixe legumes cereais frutas e
doces Surgiram neste periacuteodo vaacuterios restaurantes que trouxeram do estrangeiro novas receitas
como o pudim a omelete o pureacute o bife e o souffleacute
Ilustraccedilatildeo 6 - Avenida da Liberdade no seacutec XIX
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
10
As pessoas das classes menos privilegiadas alimentavam-se sobretudo de patildeo legumes toucinho
e sardinhas
Vestuaacuterio
As pessoas mais ricas das cidades vestiam-se de acordo com a moda francesa As mulheres
vestiam saias ateacute ao chatildeo com roda com uma armaccedilatildeo de lacircminas de accedilo e batanas ndash a crinolina
Passou tambeacutem a usar a tournure uma espeacutecie de almofada sobre os rins que levantava a saia
atraacutes Os homens vestiam calccedilas camisa colete casaca e chapeacuteu
As pessoas mais pobres vestiam roupas bastante simples adaptadas agraves tarefas que
desempenhavam
Divertimentos
Os nobres e os burgueses frequentavam os grandes jardins onde passeavam conversavam e
ouviam a muacutesica tocada nos coretos Reuniam-se tambeacutem nos cafeacutes e clubes jantares festas e
bailes iam agrave oacutepera ao teatro e ao circo
Os divertimentos dos populares eram semelhantes aos do campo feiras festas religiosas e
passeios ao campo domingo agrave tarde
Ilustraccedilatildeo 7 - vestuaacuterio dos homens da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Ilustraccedilatildeo 8 - vestuaacuterio das mulheres da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
11
5 Casas brasileiras ldquotorna-viagemrdquo
Marcas Arquitetoacutenicas do ldquoBrasileirordquo
O Minho eacute o lugar das evidecircncias do retorno do ldquoBrasileirordquo observando-se as representaccedilotildees
desse tempo particularmente nas casas dado que com os primeiros lucros do Brasil o emigrante
ldquocorre veloz ao lar amado a erguer as paredes do paacutetrio casebre e a continuar aqui a vida
laboriosa que nas terras do brasil foi a sua gloacuteriardquo
As representaccedilotildees feitas atraveacutes da localizaccedilatildeo e da decoraccedilatildeo das fachadas de casas
constituem alguns dos elementos que configuraram a personagem do ldquoBrasileirosrdquo e a teatralidade
do seu tempo Estas casas apresentam-se rebocadas e caiadas ou cobertas com azulejos
estando presentes as cores do Brasil com beirais de faianccedila varandas estreitas com guardas
de ferro forjado ou fundido platibandas decoradas lanternins claraboias e estatuetas aacutetrios
decorados com azulejo escadarias de madeiras preciosas tetos de estuque portas e janelas
altas encimadas por bandeiras com vitrais coloridos lustres de cristal e delicados moacuteveis e
porcelanas
Em Felgueiras na segunda metade do seacutec XIX e primeira metade do seacutec XX os emigrantes
Brasileiros tambeacutem construiacuteram as suas habitaccedilotildees com uma arquitetura original e jaacute acima
referida
Nesta eacutepoca a vila era considerada uma das mais bonitas do paiacutes ver anexo 1
Ilustraccedilatildeo 9 - Interior de uma casa do brasileiro
Ilustraccedilatildeo 10 - Torre de uma casa do brasileiro
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
12
Casa das Torres
Esta Casa emblemaacutetica do Concelho de
Felgueiras de arquitetura chamada
brasileira remonta agrave deacutecada anterior
aos anos 20 sensivelmente pelos anos de
1915 ateacute 191718 e foi mandada
construir por um emigrante felgueirense
no Brasil o Sr Joseacute Joaquim Oliveira da Fonseca
Estes portugueses regressados agrave paacutetria eram conhecidos por brasileiros (ou ldquobrasileiros de
torna-viagemrdquo) em virtude de terem amealhado a sua riqueza no Brasil tornando-se por isso na
altura construtores deste tipo de palacetes no paiacutes
Mas quem a desenhou e projetou foi o Sr Luiacutez Gonccedilalvez de Matos conforme era referido na
eacutepoca natural do concelho de Felgueiras Longra
Este foi autor de outras casas no concelho nomeadamente na
Longra casa de Montebelo Casa Africana e o atual edifiacutecio da
Casa do Povo da Longra
A origem do nome deve-se ao palacete ser constituiacutedo por trecircs
pisos no qual se encontram as duas ldquotorresrdquo que datildeo nome agrave
Casa
As carateriacutesticas desta casa satildeo
Casa verticalizada
Janelas com caixilhos muito variados revestidos com ferro forjado muito trabalhado
Caramanchatildeo com jardim e lago
Esta foi recentemente recuperada e inaugurada a 30 de Novembro de 2012 Atualmente acolhe
no 2ordm piso a sede do Conselho Empresarial do Tacircmega e Sousa e no piso 0 a Loja Interativa de
Turismo de Felgueiras sendo um polo impulsionador do empreendedorismo e do desenvolvimento
regional
Ilustraccedilatildeo 11 - Casa das Torres
Ilustraccedilatildeo 12 - Luiacutez Gonccedilalvez de Matos
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
13
Casa das Artes
Fonseca Moreira era filho de Joseacute Antoacutenio da Fonseca e de D Joaquina Rosa Moreira de Sendim
de Felgueiras onde nasceu em 23 de Julho de 1848 e foi para o Rio de Janeiro num navio de vela
aos 14 anos de idade laacute se fez homem laacute agrave custa de grande forccedila de vontade conseguiu fortuna
que lhe permitiu viajar por todo o mundo e dedicar-se agraves letras e agrave escrita Amante do teatro
escreveu e publicou enumeras peccedilas que levou agrave cena no Brasil e em Portugal
Em Felgueiras o seu nome ficaraacute eternamente associado ao teatro que fundou as instituiccedilotildees
que apoiou e agraves obras que erigiu
O edifiacutecio do Teatro Fonseca Moreira construiacutedo na segunda deacutecada do seacutec XX com o
patrociacutenio de Fonseca Moreira eacute inaugurado oficialmente com a presenccedila do seu fundador a 20
de novembro de 1921
Carateriacutesticas deste edifiacutecio
Portas e janelas altas
Varandas com sacadas em ferro forjado
Estatuetas
Ilustraccedilatildeo 13 - Teatro Fonseca Moreira no iniacutecio do seacutec XX
Ilustraccedilatildeo 14 - Casa das artes - atualidade
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
14
6 Conclusatildeo
A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi uma experiecircncia bastante enriquecedora e importante para a
nossa aprendizagem pela informaccedilatildeo e conhecimentos adquiridos
Assim foi possiacutevel obter uma visatildeo mais ampla e completa sobre Portugal no seacutec XIX e ainda
mais relevante ficamos a perceber a origem de parte da arquitetura das casas por onde
passamos todos os dias e que antes pouca atenccedilatildeo lhes prestaacutevamos Mais ainda conseguimos
ver uma beleza que antes natildeo captaacutevamos
Com certeza tambeacutem tivemos dificuldades mas que conseguimos superar pois tivemos o
acompanhamento das nossas matildees
Sinceramente esperamos que a professora tenha gostado do nosso trabalhohellippois gostamos muito
da disciplina E como ningueacutem nos estaacute a ldquoouvirrdquohellip podemos tambeacutem dizer hellip ldquogostamos da
professorardquo
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
15
Bibliografia
Manual da disciplina
Caderno diaacuterio
Informaccedilatildeo da loja interativa do turismo
Livro de Armando Pinto - Biblioteca
Internet
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
16
Anexo 1
In ilustraccedilatildeo Portuguesa de 02-06-1919
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
2
Agrupamento de Escolas D Manuel Faria e Sousa
Alunos
Joatildeo Fernando nordm 12
Joatildeo Miguel Lopes nordm 13
Jorge Rodrigo Pinto nordm14
Professora da Disciplina
Luacutecia Faria
AnoTurma 6ordm A
Data de Entrega 26 de Marccedilo
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
3
Iacutendice Geral
Iacutendice Geral 3
Iacutendice de Figuras 4
1Introduccedilatildeo 5
2 Breve caraterizaccedilatildeo do Seacutec XIX 6
3 A vida quotidiana das aldeias portuguesas do seacutec XIX 7
Atividades econoacutemicas 7
Alimentaccedilatildeo 7
Vestuaacuterio 7
Divertimentos 8
4 A vida quotidiana das cidades portuguesas do seacutec XIX 9
9
Atividades econoacutemicas 9
Alimentaccedilatildeo 9
Vestuaacuterio 10
Divertimentos 10
5 Casas brasileiras ldquotorna-viagemrdquo 11
Marcas Arquitetoacutenicas do ldquoBrasileirordquo 11
Casa das Torres 12
Casa das Artes 13
6 Conclusatildeo 14
Bibliografia 15
Anexo 1 16
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
4
Iacutendice de Figuras
Ilustraccedilatildeo 1 - Emigrantes portugueses agrave espera para embarcar 6
Ilustraccedilatildeo 2 - Festas na aldeia 8
Ilustraccedilatildeo 3 - A vida nos campos no seacutec XIX 8
Ilustraccedilatildeo 4 - vestuaacuterio dos camponeses 8
Ilustraccedilatildeo 5 - Camponesa a cozinhar 8
Ilustraccedilatildeo 6 - Avenida da Liberdade no seacutec XIX 9
Ilustraccedilatildeo 7 - vestuaacuterio dos homens da nobreza e burguesia - seacutec XIX 10
Ilustraccedilatildeo 8 - vestuaacuterio das mulheres da nobreza e burguesia - seacutec XIX 10
Ilustraccedilatildeo 9 - Interior de uma casa do brasileiro 11
Ilustraccedilatildeo 10 - Torre de uma casa do brasileiro 11
Ilustraccedilatildeo 11 - Casa das Torres 12
Ilustraccedilatildeo 12 - Luiacutez Gonccedilalvez de Matos 12
Ilustraccedilatildeo 13 - Teatro Fonseca Moreira no iniacutecio do seacutec XX 13
Ilustraccedilatildeo 14 - Casa das artes - atualidade 13
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
5
1Introduccedilatildeo
O presente trabalho foi-nos proposto pela professora Luacutecia Faria no acircmbito da disciplina de
Histoacuteria e Geografia de Portugal
O tema a desenvolver relaciona-se com algumas particularidades e vivecircncias ocorridas durante
seacutec XIX em Portugal
Assim este trabalho tem como objetivos caraterizar a vida quotidiana das aldeias e das cidades
Portuguesas bem como descrever casas construiacutedas no seacutec XIX por emigrantes Portugueses no
Brasil
Por uacuteltimo concluiremos com uma breve reflexatildeo sobre as aprendizagens adquiridas e tambeacutem
algumas dificuldades que encontramos ao longo do desenvolvimento deste projeto
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
6
2 Breve caraterizaccedilatildeo do Seacutec XIX
Durante a primeira metade do seacutec XIX as invasotildees napoleoacutenicas a independecircncia do Brasil e a
guerra entre liberais e absolutistas desorganizaram e empobreceram o reino
Na segunda metade deste seacuteculo os governos liberais conseguiram finalmente que Portugal
comeccedilasse a recuperar do atraso em se encontrava em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses europeus
Para isso fizeram uma seacuterie de leis que tinham como objetivo desenvolver e modernizar a
agricultura a induacutestria os transportes e comunicaccedilotildees o ensino e a defesa dos direitos humanos
Todas as medidas aplicadas para esta modernizaccedilatildeo e desenvolvimento trouxeram alguns
benefiacutecios para a vida da populaccedilatildeo Contudo Portugal no seacuteculo XIX estava muito longe de se
poder comparar com os paiacuteses mais industrializados como a Inglaterra e a Alemanha continuando
a ser um paiacutes marcadamente rural agriacutecola e pobre
Verificou-se assim que as medidas natildeo foram suficientes pois a mecanizaccedilatildeo da agricultura veio
trazer excesso de matildeo-de-obra que conjuntamente com o aumento da populaccedilatildeo originou um
grande ecircxodo rural ou seja fuga do campo para as cidades e a emigraccedilatildeo para o Brasil
Os portugueses emigraram para o Brasil com poucos haveres de trouxa na matildeo mas muita
esperanccedila e regressaram com verdadeiras fortunas tendo como principal preocupaccedilatildeo comprar
terrenos e construir uma casa luxuosa
Assim estes ldquobrasileirosrdquo mudaram a paisagem arquitetoacutenica principalmente no norte do paiacutes com
beliacutessimos palacetes que agora tanto apreciamos
Ilustraccedilatildeo 1 - Emigrantes portugueses agrave espera para embarcar
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
7
3 A vida quotidiana das aldeias portuguesas do seacutec XIX
Atividades econoacutemicas
As principais atividades do meio rural na segunda metade do seacuteculo XIX eram a agricultura a
criaccedilatildeo de gado e a pesca nas zonas do litoral
Na sua maioria os camponeses natildeo eram donos das terras em que trabalhavam As terras
pertenciam sobretudo agrave antiga nobreza proprietaacuterios burgueses e a alguns lavradores mais
abastados
O trabalho no campo era muito duro e os rendimentos eram poucos por isso os camponeses
viviam muito pobremente
Com a introduccedilatildeo da maacutequina na agricultura aumentou-se o desemprego por jaacute natildeo ser precisa
tanta matildeo-de-obra dificultando ainda mais a vida dos homens do campo
Alimentaccedilatildeo
Os camponeses alimentavam-se sobretudo do que cultivavam Dos produtos que mais consumiam
destacavam-se a batata patildeo de centeio ou de milho sopas de legumes e sardinhas A carne
mais cara e de difiacutecil conservaccedilatildeo era apenas consumida em dias de festa
Vestuaacuterio
O vestuaacuterio dos camponeses variava de regiatildeo para regiatildeo de acordo com o clima e com as
atividades predominantes
No interior era frequente os homens usarem calccedilas compridas coletes ou jaquetas e calccedilavam
botas ou tamancos de madeira As mulheres vestiam saias compridas e usavam lenccedilos coloridos na
cabeccedila
No litoral os homens usavam calccedilas curtas ou arregaccediladas e geralmente andavam descalccedilos tal
como as mulheres que vestiam saias mais curtas do que as do interior devido agraves suas atividades
relacionadas com o mar
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
8
Divertimentos
Os divertimentos das pessoas do campo estavam associados especialmente agraves atividades do
campo (vindimas e desfolhadas) e agrave religiatildeo (feiras romarias e festas religiosas)
Ilustraccedilatildeo 3 - A vida nos campos no seacutec XIX
Ilustraccedilatildeo 2 - Festas na aldeia
Ilustraccedilatildeo 5 - Camponesa a cozinhar
Ilustraccedilatildeo 4 - vestuaacuterio dos camponeses
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
9
4 A vida quotidiana das cidades portuguesas do seacutec XIX
Atividades econoacutemicas
A modernizaccedilatildeo do paiacutes influenciou mais a vida quotidiana das pessoas que viviam nas cidades
O grupo social dominante era a burguesia constituiacutedo por comerciantes banqueiros industriais
meacutedicos advogados professores oficiais do exeacutercito e funcionaacuterios puacuteblicos
No entanto a maior parte da populaccedilatildeo pertencia a grupos de menores recursos As pessoas do
povo trabalhavam sobretudo como vendedores ambulantes empregados de balcatildeo ou criados nas
casas de pessoas ricas
Com o desenvolvimento da induacutestria formou-se um novo grupo social o operariado Os operaacuterios
eram homens mulheres e ateacute crianccedilas que trabalhavam duramente nas faacutebricas muitas horas a
troco de pouco dinheiro Em caso de acidente natildeo tinham qualquer proteccedilatildeo Eram despedidos
sem qualquer indemnizaccedilatildeo
Alimentaccedilatildeo
A burguesia e a nobreza tinham uma alimentaccedilatildeo abundante e variada Faziam quatro refeiccedilotildees
por dia pequeno-almoccedilo almoccedilo jantar e ceia Comiam carne peixe legumes cereais frutas e
doces Surgiram neste periacuteodo vaacuterios restaurantes que trouxeram do estrangeiro novas receitas
como o pudim a omelete o pureacute o bife e o souffleacute
Ilustraccedilatildeo 6 - Avenida da Liberdade no seacutec XIX
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
10
As pessoas das classes menos privilegiadas alimentavam-se sobretudo de patildeo legumes toucinho
e sardinhas
Vestuaacuterio
As pessoas mais ricas das cidades vestiam-se de acordo com a moda francesa As mulheres
vestiam saias ateacute ao chatildeo com roda com uma armaccedilatildeo de lacircminas de accedilo e batanas ndash a crinolina
Passou tambeacutem a usar a tournure uma espeacutecie de almofada sobre os rins que levantava a saia
atraacutes Os homens vestiam calccedilas camisa colete casaca e chapeacuteu
As pessoas mais pobres vestiam roupas bastante simples adaptadas agraves tarefas que
desempenhavam
Divertimentos
Os nobres e os burgueses frequentavam os grandes jardins onde passeavam conversavam e
ouviam a muacutesica tocada nos coretos Reuniam-se tambeacutem nos cafeacutes e clubes jantares festas e
bailes iam agrave oacutepera ao teatro e ao circo
Os divertimentos dos populares eram semelhantes aos do campo feiras festas religiosas e
passeios ao campo domingo agrave tarde
Ilustraccedilatildeo 7 - vestuaacuterio dos homens da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Ilustraccedilatildeo 8 - vestuaacuterio das mulheres da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
11
5 Casas brasileiras ldquotorna-viagemrdquo
Marcas Arquitetoacutenicas do ldquoBrasileirordquo
O Minho eacute o lugar das evidecircncias do retorno do ldquoBrasileirordquo observando-se as representaccedilotildees
desse tempo particularmente nas casas dado que com os primeiros lucros do Brasil o emigrante
ldquocorre veloz ao lar amado a erguer as paredes do paacutetrio casebre e a continuar aqui a vida
laboriosa que nas terras do brasil foi a sua gloacuteriardquo
As representaccedilotildees feitas atraveacutes da localizaccedilatildeo e da decoraccedilatildeo das fachadas de casas
constituem alguns dos elementos que configuraram a personagem do ldquoBrasileirosrdquo e a teatralidade
do seu tempo Estas casas apresentam-se rebocadas e caiadas ou cobertas com azulejos
estando presentes as cores do Brasil com beirais de faianccedila varandas estreitas com guardas
de ferro forjado ou fundido platibandas decoradas lanternins claraboias e estatuetas aacutetrios
decorados com azulejo escadarias de madeiras preciosas tetos de estuque portas e janelas
altas encimadas por bandeiras com vitrais coloridos lustres de cristal e delicados moacuteveis e
porcelanas
Em Felgueiras na segunda metade do seacutec XIX e primeira metade do seacutec XX os emigrantes
Brasileiros tambeacutem construiacuteram as suas habitaccedilotildees com uma arquitetura original e jaacute acima
referida
Nesta eacutepoca a vila era considerada uma das mais bonitas do paiacutes ver anexo 1
Ilustraccedilatildeo 9 - Interior de uma casa do brasileiro
Ilustraccedilatildeo 10 - Torre de uma casa do brasileiro
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
12
Casa das Torres
Esta Casa emblemaacutetica do Concelho de
Felgueiras de arquitetura chamada
brasileira remonta agrave deacutecada anterior
aos anos 20 sensivelmente pelos anos de
1915 ateacute 191718 e foi mandada
construir por um emigrante felgueirense
no Brasil o Sr Joseacute Joaquim Oliveira da Fonseca
Estes portugueses regressados agrave paacutetria eram conhecidos por brasileiros (ou ldquobrasileiros de
torna-viagemrdquo) em virtude de terem amealhado a sua riqueza no Brasil tornando-se por isso na
altura construtores deste tipo de palacetes no paiacutes
Mas quem a desenhou e projetou foi o Sr Luiacutez Gonccedilalvez de Matos conforme era referido na
eacutepoca natural do concelho de Felgueiras Longra
Este foi autor de outras casas no concelho nomeadamente na
Longra casa de Montebelo Casa Africana e o atual edifiacutecio da
Casa do Povo da Longra
A origem do nome deve-se ao palacete ser constituiacutedo por trecircs
pisos no qual se encontram as duas ldquotorresrdquo que datildeo nome agrave
Casa
As carateriacutesticas desta casa satildeo
Casa verticalizada
Janelas com caixilhos muito variados revestidos com ferro forjado muito trabalhado
Caramanchatildeo com jardim e lago
Esta foi recentemente recuperada e inaugurada a 30 de Novembro de 2012 Atualmente acolhe
no 2ordm piso a sede do Conselho Empresarial do Tacircmega e Sousa e no piso 0 a Loja Interativa de
Turismo de Felgueiras sendo um polo impulsionador do empreendedorismo e do desenvolvimento
regional
Ilustraccedilatildeo 11 - Casa das Torres
Ilustraccedilatildeo 12 - Luiacutez Gonccedilalvez de Matos
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
13
Casa das Artes
Fonseca Moreira era filho de Joseacute Antoacutenio da Fonseca e de D Joaquina Rosa Moreira de Sendim
de Felgueiras onde nasceu em 23 de Julho de 1848 e foi para o Rio de Janeiro num navio de vela
aos 14 anos de idade laacute se fez homem laacute agrave custa de grande forccedila de vontade conseguiu fortuna
que lhe permitiu viajar por todo o mundo e dedicar-se agraves letras e agrave escrita Amante do teatro
escreveu e publicou enumeras peccedilas que levou agrave cena no Brasil e em Portugal
Em Felgueiras o seu nome ficaraacute eternamente associado ao teatro que fundou as instituiccedilotildees
que apoiou e agraves obras que erigiu
O edifiacutecio do Teatro Fonseca Moreira construiacutedo na segunda deacutecada do seacutec XX com o
patrociacutenio de Fonseca Moreira eacute inaugurado oficialmente com a presenccedila do seu fundador a 20
de novembro de 1921
Carateriacutesticas deste edifiacutecio
Portas e janelas altas
Varandas com sacadas em ferro forjado
Estatuetas
Ilustraccedilatildeo 13 - Teatro Fonseca Moreira no iniacutecio do seacutec XX
Ilustraccedilatildeo 14 - Casa das artes - atualidade
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
14
6 Conclusatildeo
A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi uma experiecircncia bastante enriquecedora e importante para a
nossa aprendizagem pela informaccedilatildeo e conhecimentos adquiridos
Assim foi possiacutevel obter uma visatildeo mais ampla e completa sobre Portugal no seacutec XIX e ainda
mais relevante ficamos a perceber a origem de parte da arquitetura das casas por onde
passamos todos os dias e que antes pouca atenccedilatildeo lhes prestaacutevamos Mais ainda conseguimos
ver uma beleza que antes natildeo captaacutevamos
Com certeza tambeacutem tivemos dificuldades mas que conseguimos superar pois tivemos o
acompanhamento das nossas matildees
Sinceramente esperamos que a professora tenha gostado do nosso trabalhohellippois gostamos muito
da disciplina E como ningueacutem nos estaacute a ldquoouvirrdquohellip podemos tambeacutem dizer hellip ldquogostamos da
professorardquo
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
15
Bibliografia
Manual da disciplina
Caderno diaacuterio
Informaccedilatildeo da loja interativa do turismo
Livro de Armando Pinto - Biblioteca
Internet
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
16
Anexo 1
In ilustraccedilatildeo Portuguesa de 02-06-1919
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
3
Iacutendice Geral
Iacutendice Geral 3
Iacutendice de Figuras 4
1Introduccedilatildeo 5
2 Breve caraterizaccedilatildeo do Seacutec XIX 6
3 A vida quotidiana das aldeias portuguesas do seacutec XIX 7
Atividades econoacutemicas 7
Alimentaccedilatildeo 7
Vestuaacuterio 7
Divertimentos 8
4 A vida quotidiana das cidades portuguesas do seacutec XIX 9
9
Atividades econoacutemicas 9
Alimentaccedilatildeo 9
Vestuaacuterio 10
Divertimentos 10
5 Casas brasileiras ldquotorna-viagemrdquo 11
Marcas Arquitetoacutenicas do ldquoBrasileirordquo 11
Casa das Torres 12
Casa das Artes 13
6 Conclusatildeo 14
Bibliografia 15
Anexo 1 16
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
4
Iacutendice de Figuras
Ilustraccedilatildeo 1 - Emigrantes portugueses agrave espera para embarcar 6
Ilustraccedilatildeo 2 - Festas na aldeia 8
Ilustraccedilatildeo 3 - A vida nos campos no seacutec XIX 8
Ilustraccedilatildeo 4 - vestuaacuterio dos camponeses 8
Ilustraccedilatildeo 5 - Camponesa a cozinhar 8
Ilustraccedilatildeo 6 - Avenida da Liberdade no seacutec XIX 9
Ilustraccedilatildeo 7 - vestuaacuterio dos homens da nobreza e burguesia - seacutec XIX 10
Ilustraccedilatildeo 8 - vestuaacuterio das mulheres da nobreza e burguesia - seacutec XIX 10
Ilustraccedilatildeo 9 - Interior de uma casa do brasileiro 11
Ilustraccedilatildeo 10 - Torre de uma casa do brasileiro 11
Ilustraccedilatildeo 11 - Casa das Torres 12
Ilustraccedilatildeo 12 - Luiacutez Gonccedilalvez de Matos 12
Ilustraccedilatildeo 13 - Teatro Fonseca Moreira no iniacutecio do seacutec XX 13
Ilustraccedilatildeo 14 - Casa das artes - atualidade 13
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
5
1Introduccedilatildeo
O presente trabalho foi-nos proposto pela professora Luacutecia Faria no acircmbito da disciplina de
Histoacuteria e Geografia de Portugal
O tema a desenvolver relaciona-se com algumas particularidades e vivecircncias ocorridas durante
seacutec XIX em Portugal
Assim este trabalho tem como objetivos caraterizar a vida quotidiana das aldeias e das cidades
Portuguesas bem como descrever casas construiacutedas no seacutec XIX por emigrantes Portugueses no
Brasil
Por uacuteltimo concluiremos com uma breve reflexatildeo sobre as aprendizagens adquiridas e tambeacutem
algumas dificuldades que encontramos ao longo do desenvolvimento deste projeto
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
6
2 Breve caraterizaccedilatildeo do Seacutec XIX
Durante a primeira metade do seacutec XIX as invasotildees napoleoacutenicas a independecircncia do Brasil e a
guerra entre liberais e absolutistas desorganizaram e empobreceram o reino
Na segunda metade deste seacuteculo os governos liberais conseguiram finalmente que Portugal
comeccedilasse a recuperar do atraso em se encontrava em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses europeus
Para isso fizeram uma seacuterie de leis que tinham como objetivo desenvolver e modernizar a
agricultura a induacutestria os transportes e comunicaccedilotildees o ensino e a defesa dos direitos humanos
Todas as medidas aplicadas para esta modernizaccedilatildeo e desenvolvimento trouxeram alguns
benefiacutecios para a vida da populaccedilatildeo Contudo Portugal no seacuteculo XIX estava muito longe de se
poder comparar com os paiacuteses mais industrializados como a Inglaterra e a Alemanha continuando
a ser um paiacutes marcadamente rural agriacutecola e pobre
Verificou-se assim que as medidas natildeo foram suficientes pois a mecanizaccedilatildeo da agricultura veio
trazer excesso de matildeo-de-obra que conjuntamente com o aumento da populaccedilatildeo originou um
grande ecircxodo rural ou seja fuga do campo para as cidades e a emigraccedilatildeo para o Brasil
Os portugueses emigraram para o Brasil com poucos haveres de trouxa na matildeo mas muita
esperanccedila e regressaram com verdadeiras fortunas tendo como principal preocupaccedilatildeo comprar
terrenos e construir uma casa luxuosa
Assim estes ldquobrasileirosrdquo mudaram a paisagem arquitetoacutenica principalmente no norte do paiacutes com
beliacutessimos palacetes que agora tanto apreciamos
Ilustraccedilatildeo 1 - Emigrantes portugueses agrave espera para embarcar
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
7
3 A vida quotidiana das aldeias portuguesas do seacutec XIX
Atividades econoacutemicas
As principais atividades do meio rural na segunda metade do seacuteculo XIX eram a agricultura a
criaccedilatildeo de gado e a pesca nas zonas do litoral
Na sua maioria os camponeses natildeo eram donos das terras em que trabalhavam As terras
pertenciam sobretudo agrave antiga nobreza proprietaacuterios burgueses e a alguns lavradores mais
abastados
O trabalho no campo era muito duro e os rendimentos eram poucos por isso os camponeses
viviam muito pobremente
Com a introduccedilatildeo da maacutequina na agricultura aumentou-se o desemprego por jaacute natildeo ser precisa
tanta matildeo-de-obra dificultando ainda mais a vida dos homens do campo
Alimentaccedilatildeo
Os camponeses alimentavam-se sobretudo do que cultivavam Dos produtos que mais consumiam
destacavam-se a batata patildeo de centeio ou de milho sopas de legumes e sardinhas A carne
mais cara e de difiacutecil conservaccedilatildeo era apenas consumida em dias de festa
Vestuaacuterio
O vestuaacuterio dos camponeses variava de regiatildeo para regiatildeo de acordo com o clima e com as
atividades predominantes
No interior era frequente os homens usarem calccedilas compridas coletes ou jaquetas e calccedilavam
botas ou tamancos de madeira As mulheres vestiam saias compridas e usavam lenccedilos coloridos na
cabeccedila
No litoral os homens usavam calccedilas curtas ou arregaccediladas e geralmente andavam descalccedilos tal
como as mulheres que vestiam saias mais curtas do que as do interior devido agraves suas atividades
relacionadas com o mar
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
8
Divertimentos
Os divertimentos das pessoas do campo estavam associados especialmente agraves atividades do
campo (vindimas e desfolhadas) e agrave religiatildeo (feiras romarias e festas religiosas)
Ilustraccedilatildeo 3 - A vida nos campos no seacutec XIX
Ilustraccedilatildeo 2 - Festas na aldeia
Ilustraccedilatildeo 5 - Camponesa a cozinhar
Ilustraccedilatildeo 4 - vestuaacuterio dos camponeses
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
9
4 A vida quotidiana das cidades portuguesas do seacutec XIX
Atividades econoacutemicas
A modernizaccedilatildeo do paiacutes influenciou mais a vida quotidiana das pessoas que viviam nas cidades
O grupo social dominante era a burguesia constituiacutedo por comerciantes banqueiros industriais
meacutedicos advogados professores oficiais do exeacutercito e funcionaacuterios puacuteblicos
No entanto a maior parte da populaccedilatildeo pertencia a grupos de menores recursos As pessoas do
povo trabalhavam sobretudo como vendedores ambulantes empregados de balcatildeo ou criados nas
casas de pessoas ricas
Com o desenvolvimento da induacutestria formou-se um novo grupo social o operariado Os operaacuterios
eram homens mulheres e ateacute crianccedilas que trabalhavam duramente nas faacutebricas muitas horas a
troco de pouco dinheiro Em caso de acidente natildeo tinham qualquer proteccedilatildeo Eram despedidos
sem qualquer indemnizaccedilatildeo
Alimentaccedilatildeo
A burguesia e a nobreza tinham uma alimentaccedilatildeo abundante e variada Faziam quatro refeiccedilotildees
por dia pequeno-almoccedilo almoccedilo jantar e ceia Comiam carne peixe legumes cereais frutas e
doces Surgiram neste periacuteodo vaacuterios restaurantes que trouxeram do estrangeiro novas receitas
como o pudim a omelete o pureacute o bife e o souffleacute
Ilustraccedilatildeo 6 - Avenida da Liberdade no seacutec XIX
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
10
As pessoas das classes menos privilegiadas alimentavam-se sobretudo de patildeo legumes toucinho
e sardinhas
Vestuaacuterio
As pessoas mais ricas das cidades vestiam-se de acordo com a moda francesa As mulheres
vestiam saias ateacute ao chatildeo com roda com uma armaccedilatildeo de lacircminas de accedilo e batanas ndash a crinolina
Passou tambeacutem a usar a tournure uma espeacutecie de almofada sobre os rins que levantava a saia
atraacutes Os homens vestiam calccedilas camisa colete casaca e chapeacuteu
As pessoas mais pobres vestiam roupas bastante simples adaptadas agraves tarefas que
desempenhavam
Divertimentos
Os nobres e os burgueses frequentavam os grandes jardins onde passeavam conversavam e
ouviam a muacutesica tocada nos coretos Reuniam-se tambeacutem nos cafeacutes e clubes jantares festas e
bailes iam agrave oacutepera ao teatro e ao circo
Os divertimentos dos populares eram semelhantes aos do campo feiras festas religiosas e
passeios ao campo domingo agrave tarde
Ilustraccedilatildeo 7 - vestuaacuterio dos homens da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Ilustraccedilatildeo 8 - vestuaacuterio das mulheres da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
11
5 Casas brasileiras ldquotorna-viagemrdquo
Marcas Arquitetoacutenicas do ldquoBrasileirordquo
O Minho eacute o lugar das evidecircncias do retorno do ldquoBrasileirordquo observando-se as representaccedilotildees
desse tempo particularmente nas casas dado que com os primeiros lucros do Brasil o emigrante
ldquocorre veloz ao lar amado a erguer as paredes do paacutetrio casebre e a continuar aqui a vida
laboriosa que nas terras do brasil foi a sua gloacuteriardquo
As representaccedilotildees feitas atraveacutes da localizaccedilatildeo e da decoraccedilatildeo das fachadas de casas
constituem alguns dos elementos que configuraram a personagem do ldquoBrasileirosrdquo e a teatralidade
do seu tempo Estas casas apresentam-se rebocadas e caiadas ou cobertas com azulejos
estando presentes as cores do Brasil com beirais de faianccedila varandas estreitas com guardas
de ferro forjado ou fundido platibandas decoradas lanternins claraboias e estatuetas aacutetrios
decorados com azulejo escadarias de madeiras preciosas tetos de estuque portas e janelas
altas encimadas por bandeiras com vitrais coloridos lustres de cristal e delicados moacuteveis e
porcelanas
Em Felgueiras na segunda metade do seacutec XIX e primeira metade do seacutec XX os emigrantes
Brasileiros tambeacutem construiacuteram as suas habitaccedilotildees com uma arquitetura original e jaacute acima
referida
Nesta eacutepoca a vila era considerada uma das mais bonitas do paiacutes ver anexo 1
Ilustraccedilatildeo 9 - Interior de uma casa do brasileiro
Ilustraccedilatildeo 10 - Torre de uma casa do brasileiro
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
12
Casa das Torres
Esta Casa emblemaacutetica do Concelho de
Felgueiras de arquitetura chamada
brasileira remonta agrave deacutecada anterior
aos anos 20 sensivelmente pelos anos de
1915 ateacute 191718 e foi mandada
construir por um emigrante felgueirense
no Brasil o Sr Joseacute Joaquim Oliveira da Fonseca
Estes portugueses regressados agrave paacutetria eram conhecidos por brasileiros (ou ldquobrasileiros de
torna-viagemrdquo) em virtude de terem amealhado a sua riqueza no Brasil tornando-se por isso na
altura construtores deste tipo de palacetes no paiacutes
Mas quem a desenhou e projetou foi o Sr Luiacutez Gonccedilalvez de Matos conforme era referido na
eacutepoca natural do concelho de Felgueiras Longra
Este foi autor de outras casas no concelho nomeadamente na
Longra casa de Montebelo Casa Africana e o atual edifiacutecio da
Casa do Povo da Longra
A origem do nome deve-se ao palacete ser constituiacutedo por trecircs
pisos no qual se encontram as duas ldquotorresrdquo que datildeo nome agrave
Casa
As carateriacutesticas desta casa satildeo
Casa verticalizada
Janelas com caixilhos muito variados revestidos com ferro forjado muito trabalhado
Caramanchatildeo com jardim e lago
Esta foi recentemente recuperada e inaugurada a 30 de Novembro de 2012 Atualmente acolhe
no 2ordm piso a sede do Conselho Empresarial do Tacircmega e Sousa e no piso 0 a Loja Interativa de
Turismo de Felgueiras sendo um polo impulsionador do empreendedorismo e do desenvolvimento
regional
Ilustraccedilatildeo 11 - Casa das Torres
Ilustraccedilatildeo 12 - Luiacutez Gonccedilalvez de Matos
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
13
Casa das Artes
Fonseca Moreira era filho de Joseacute Antoacutenio da Fonseca e de D Joaquina Rosa Moreira de Sendim
de Felgueiras onde nasceu em 23 de Julho de 1848 e foi para o Rio de Janeiro num navio de vela
aos 14 anos de idade laacute se fez homem laacute agrave custa de grande forccedila de vontade conseguiu fortuna
que lhe permitiu viajar por todo o mundo e dedicar-se agraves letras e agrave escrita Amante do teatro
escreveu e publicou enumeras peccedilas que levou agrave cena no Brasil e em Portugal
Em Felgueiras o seu nome ficaraacute eternamente associado ao teatro que fundou as instituiccedilotildees
que apoiou e agraves obras que erigiu
O edifiacutecio do Teatro Fonseca Moreira construiacutedo na segunda deacutecada do seacutec XX com o
patrociacutenio de Fonseca Moreira eacute inaugurado oficialmente com a presenccedila do seu fundador a 20
de novembro de 1921
Carateriacutesticas deste edifiacutecio
Portas e janelas altas
Varandas com sacadas em ferro forjado
Estatuetas
Ilustraccedilatildeo 13 - Teatro Fonseca Moreira no iniacutecio do seacutec XX
Ilustraccedilatildeo 14 - Casa das artes - atualidade
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
14
6 Conclusatildeo
A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi uma experiecircncia bastante enriquecedora e importante para a
nossa aprendizagem pela informaccedilatildeo e conhecimentos adquiridos
Assim foi possiacutevel obter uma visatildeo mais ampla e completa sobre Portugal no seacutec XIX e ainda
mais relevante ficamos a perceber a origem de parte da arquitetura das casas por onde
passamos todos os dias e que antes pouca atenccedilatildeo lhes prestaacutevamos Mais ainda conseguimos
ver uma beleza que antes natildeo captaacutevamos
Com certeza tambeacutem tivemos dificuldades mas que conseguimos superar pois tivemos o
acompanhamento das nossas matildees
Sinceramente esperamos que a professora tenha gostado do nosso trabalhohellippois gostamos muito
da disciplina E como ningueacutem nos estaacute a ldquoouvirrdquohellip podemos tambeacutem dizer hellip ldquogostamos da
professorardquo
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
15
Bibliografia
Manual da disciplina
Caderno diaacuterio
Informaccedilatildeo da loja interativa do turismo
Livro de Armando Pinto - Biblioteca
Internet
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
16
Anexo 1
In ilustraccedilatildeo Portuguesa de 02-06-1919
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
4
Iacutendice de Figuras
Ilustraccedilatildeo 1 - Emigrantes portugueses agrave espera para embarcar 6
Ilustraccedilatildeo 2 - Festas na aldeia 8
Ilustraccedilatildeo 3 - A vida nos campos no seacutec XIX 8
Ilustraccedilatildeo 4 - vestuaacuterio dos camponeses 8
Ilustraccedilatildeo 5 - Camponesa a cozinhar 8
Ilustraccedilatildeo 6 - Avenida da Liberdade no seacutec XIX 9
Ilustraccedilatildeo 7 - vestuaacuterio dos homens da nobreza e burguesia - seacutec XIX 10
Ilustraccedilatildeo 8 - vestuaacuterio das mulheres da nobreza e burguesia - seacutec XIX 10
Ilustraccedilatildeo 9 - Interior de uma casa do brasileiro 11
Ilustraccedilatildeo 10 - Torre de uma casa do brasileiro 11
Ilustraccedilatildeo 11 - Casa das Torres 12
Ilustraccedilatildeo 12 - Luiacutez Gonccedilalvez de Matos 12
Ilustraccedilatildeo 13 - Teatro Fonseca Moreira no iniacutecio do seacutec XX 13
Ilustraccedilatildeo 14 - Casa das artes - atualidade 13
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
5
1Introduccedilatildeo
O presente trabalho foi-nos proposto pela professora Luacutecia Faria no acircmbito da disciplina de
Histoacuteria e Geografia de Portugal
O tema a desenvolver relaciona-se com algumas particularidades e vivecircncias ocorridas durante
seacutec XIX em Portugal
Assim este trabalho tem como objetivos caraterizar a vida quotidiana das aldeias e das cidades
Portuguesas bem como descrever casas construiacutedas no seacutec XIX por emigrantes Portugueses no
Brasil
Por uacuteltimo concluiremos com uma breve reflexatildeo sobre as aprendizagens adquiridas e tambeacutem
algumas dificuldades que encontramos ao longo do desenvolvimento deste projeto
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
6
2 Breve caraterizaccedilatildeo do Seacutec XIX
Durante a primeira metade do seacutec XIX as invasotildees napoleoacutenicas a independecircncia do Brasil e a
guerra entre liberais e absolutistas desorganizaram e empobreceram o reino
Na segunda metade deste seacuteculo os governos liberais conseguiram finalmente que Portugal
comeccedilasse a recuperar do atraso em se encontrava em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses europeus
Para isso fizeram uma seacuterie de leis que tinham como objetivo desenvolver e modernizar a
agricultura a induacutestria os transportes e comunicaccedilotildees o ensino e a defesa dos direitos humanos
Todas as medidas aplicadas para esta modernizaccedilatildeo e desenvolvimento trouxeram alguns
benefiacutecios para a vida da populaccedilatildeo Contudo Portugal no seacuteculo XIX estava muito longe de se
poder comparar com os paiacuteses mais industrializados como a Inglaterra e a Alemanha continuando
a ser um paiacutes marcadamente rural agriacutecola e pobre
Verificou-se assim que as medidas natildeo foram suficientes pois a mecanizaccedilatildeo da agricultura veio
trazer excesso de matildeo-de-obra que conjuntamente com o aumento da populaccedilatildeo originou um
grande ecircxodo rural ou seja fuga do campo para as cidades e a emigraccedilatildeo para o Brasil
Os portugueses emigraram para o Brasil com poucos haveres de trouxa na matildeo mas muita
esperanccedila e regressaram com verdadeiras fortunas tendo como principal preocupaccedilatildeo comprar
terrenos e construir uma casa luxuosa
Assim estes ldquobrasileirosrdquo mudaram a paisagem arquitetoacutenica principalmente no norte do paiacutes com
beliacutessimos palacetes que agora tanto apreciamos
Ilustraccedilatildeo 1 - Emigrantes portugueses agrave espera para embarcar
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
7
3 A vida quotidiana das aldeias portuguesas do seacutec XIX
Atividades econoacutemicas
As principais atividades do meio rural na segunda metade do seacuteculo XIX eram a agricultura a
criaccedilatildeo de gado e a pesca nas zonas do litoral
Na sua maioria os camponeses natildeo eram donos das terras em que trabalhavam As terras
pertenciam sobretudo agrave antiga nobreza proprietaacuterios burgueses e a alguns lavradores mais
abastados
O trabalho no campo era muito duro e os rendimentos eram poucos por isso os camponeses
viviam muito pobremente
Com a introduccedilatildeo da maacutequina na agricultura aumentou-se o desemprego por jaacute natildeo ser precisa
tanta matildeo-de-obra dificultando ainda mais a vida dos homens do campo
Alimentaccedilatildeo
Os camponeses alimentavam-se sobretudo do que cultivavam Dos produtos que mais consumiam
destacavam-se a batata patildeo de centeio ou de milho sopas de legumes e sardinhas A carne
mais cara e de difiacutecil conservaccedilatildeo era apenas consumida em dias de festa
Vestuaacuterio
O vestuaacuterio dos camponeses variava de regiatildeo para regiatildeo de acordo com o clima e com as
atividades predominantes
No interior era frequente os homens usarem calccedilas compridas coletes ou jaquetas e calccedilavam
botas ou tamancos de madeira As mulheres vestiam saias compridas e usavam lenccedilos coloridos na
cabeccedila
No litoral os homens usavam calccedilas curtas ou arregaccediladas e geralmente andavam descalccedilos tal
como as mulheres que vestiam saias mais curtas do que as do interior devido agraves suas atividades
relacionadas com o mar
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
8
Divertimentos
Os divertimentos das pessoas do campo estavam associados especialmente agraves atividades do
campo (vindimas e desfolhadas) e agrave religiatildeo (feiras romarias e festas religiosas)
Ilustraccedilatildeo 3 - A vida nos campos no seacutec XIX
Ilustraccedilatildeo 2 - Festas na aldeia
Ilustraccedilatildeo 5 - Camponesa a cozinhar
Ilustraccedilatildeo 4 - vestuaacuterio dos camponeses
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
9
4 A vida quotidiana das cidades portuguesas do seacutec XIX
Atividades econoacutemicas
A modernizaccedilatildeo do paiacutes influenciou mais a vida quotidiana das pessoas que viviam nas cidades
O grupo social dominante era a burguesia constituiacutedo por comerciantes banqueiros industriais
meacutedicos advogados professores oficiais do exeacutercito e funcionaacuterios puacuteblicos
No entanto a maior parte da populaccedilatildeo pertencia a grupos de menores recursos As pessoas do
povo trabalhavam sobretudo como vendedores ambulantes empregados de balcatildeo ou criados nas
casas de pessoas ricas
Com o desenvolvimento da induacutestria formou-se um novo grupo social o operariado Os operaacuterios
eram homens mulheres e ateacute crianccedilas que trabalhavam duramente nas faacutebricas muitas horas a
troco de pouco dinheiro Em caso de acidente natildeo tinham qualquer proteccedilatildeo Eram despedidos
sem qualquer indemnizaccedilatildeo
Alimentaccedilatildeo
A burguesia e a nobreza tinham uma alimentaccedilatildeo abundante e variada Faziam quatro refeiccedilotildees
por dia pequeno-almoccedilo almoccedilo jantar e ceia Comiam carne peixe legumes cereais frutas e
doces Surgiram neste periacuteodo vaacuterios restaurantes que trouxeram do estrangeiro novas receitas
como o pudim a omelete o pureacute o bife e o souffleacute
Ilustraccedilatildeo 6 - Avenida da Liberdade no seacutec XIX
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
10
As pessoas das classes menos privilegiadas alimentavam-se sobretudo de patildeo legumes toucinho
e sardinhas
Vestuaacuterio
As pessoas mais ricas das cidades vestiam-se de acordo com a moda francesa As mulheres
vestiam saias ateacute ao chatildeo com roda com uma armaccedilatildeo de lacircminas de accedilo e batanas ndash a crinolina
Passou tambeacutem a usar a tournure uma espeacutecie de almofada sobre os rins que levantava a saia
atraacutes Os homens vestiam calccedilas camisa colete casaca e chapeacuteu
As pessoas mais pobres vestiam roupas bastante simples adaptadas agraves tarefas que
desempenhavam
Divertimentos
Os nobres e os burgueses frequentavam os grandes jardins onde passeavam conversavam e
ouviam a muacutesica tocada nos coretos Reuniam-se tambeacutem nos cafeacutes e clubes jantares festas e
bailes iam agrave oacutepera ao teatro e ao circo
Os divertimentos dos populares eram semelhantes aos do campo feiras festas religiosas e
passeios ao campo domingo agrave tarde
Ilustraccedilatildeo 7 - vestuaacuterio dos homens da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Ilustraccedilatildeo 8 - vestuaacuterio das mulheres da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
11
5 Casas brasileiras ldquotorna-viagemrdquo
Marcas Arquitetoacutenicas do ldquoBrasileirordquo
O Minho eacute o lugar das evidecircncias do retorno do ldquoBrasileirordquo observando-se as representaccedilotildees
desse tempo particularmente nas casas dado que com os primeiros lucros do Brasil o emigrante
ldquocorre veloz ao lar amado a erguer as paredes do paacutetrio casebre e a continuar aqui a vida
laboriosa que nas terras do brasil foi a sua gloacuteriardquo
As representaccedilotildees feitas atraveacutes da localizaccedilatildeo e da decoraccedilatildeo das fachadas de casas
constituem alguns dos elementos que configuraram a personagem do ldquoBrasileirosrdquo e a teatralidade
do seu tempo Estas casas apresentam-se rebocadas e caiadas ou cobertas com azulejos
estando presentes as cores do Brasil com beirais de faianccedila varandas estreitas com guardas
de ferro forjado ou fundido platibandas decoradas lanternins claraboias e estatuetas aacutetrios
decorados com azulejo escadarias de madeiras preciosas tetos de estuque portas e janelas
altas encimadas por bandeiras com vitrais coloridos lustres de cristal e delicados moacuteveis e
porcelanas
Em Felgueiras na segunda metade do seacutec XIX e primeira metade do seacutec XX os emigrantes
Brasileiros tambeacutem construiacuteram as suas habitaccedilotildees com uma arquitetura original e jaacute acima
referida
Nesta eacutepoca a vila era considerada uma das mais bonitas do paiacutes ver anexo 1
Ilustraccedilatildeo 9 - Interior de uma casa do brasileiro
Ilustraccedilatildeo 10 - Torre de uma casa do brasileiro
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
12
Casa das Torres
Esta Casa emblemaacutetica do Concelho de
Felgueiras de arquitetura chamada
brasileira remonta agrave deacutecada anterior
aos anos 20 sensivelmente pelos anos de
1915 ateacute 191718 e foi mandada
construir por um emigrante felgueirense
no Brasil o Sr Joseacute Joaquim Oliveira da Fonseca
Estes portugueses regressados agrave paacutetria eram conhecidos por brasileiros (ou ldquobrasileiros de
torna-viagemrdquo) em virtude de terem amealhado a sua riqueza no Brasil tornando-se por isso na
altura construtores deste tipo de palacetes no paiacutes
Mas quem a desenhou e projetou foi o Sr Luiacutez Gonccedilalvez de Matos conforme era referido na
eacutepoca natural do concelho de Felgueiras Longra
Este foi autor de outras casas no concelho nomeadamente na
Longra casa de Montebelo Casa Africana e o atual edifiacutecio da
Casa do Povo da Longra
A origem do nome deve-se ao palacete ser constituiacutedo por trecircs
pisos no qual se encontram as duas ldquotorresrdquo que datildeo nome agrave
Casa
As carateriacutesticas desta casa satildeo
Casa verticalizada
Janelas com caixilhos muito variados revestidos com ferro forjado muito trabalhado
Caramanchatildeo com jardim e lago
Esta foi recentemente recuperada e inaugurada a 30 de Novembro de 2012 Atualmente acolhe
no 2ordm piso a sede do Conselho Empresarial do Tacircmega e Sousa e no piso 0 a Loja Interativa de
Turismo de Felgueiras sendo um polo impulsionador do empreendedorismo e do desenvolvimento
regional
Ilustraccedilatildeo 11 - Casa das Torres
Ilustraccedilatildeo 12 - Luiacutez Gonccedilalvez de Matos
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
13
Casa das Artes
Fonseca Moreira era filho de Joseacute Antoacutenio da Fonseca e de D Joaquina Rosa Moreira de Sendim
de Felgueiras onde nasceu em 23 de Julho de 1848 e foi para o Rio de Janeiro num navio de vela
aos 14 anos de idade laacute se fez homem laacute agrave custa de grande forccedila de vontade conseguiu fortuna
que lhe permitiu viajar por todo o mundo e dedicar-se agraves letras e agrave escrita Amante do teatro
escreveu e publicou enumeras peccedilas que levou agrave cena no Brasil e em Portugal
Em Felgueiras o seu nome ficaraacute eternamente associado ao teatro que fundou as instituiccedilotildees
que apoiou e agraves obras que erigiu
O edifiacutecio do Teatro Fonseca Moreira construiacutedo na segunda deacutecada do seacutec XX com o
patrociacutenio de Fonseca Moreira eacute inaugurado oficialmente com a presenccedila do seu fundador a 20
de novembro de 1921
Carateriacutesticas deste edifiacutecio
Portas e janelas altas
Varandas com sacadas em ferro forjado
Estatuetas
Ilustraccedilatildeo 13 - Teatro Fonseca Moreira no iniacutecio do seacutec XX
Ilustraccedilatildeo 14 - Casa das artes - atualidade
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
14
6 Conclusatildeo
A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi uma experiecircncia bastante enriquecedora e importante para a
nossa aprendizagem pela informaccedilatildeo e conhecimentos adquiridos
Assim foi possiacutevel obter uma visatildeo mais ampla e completa sobre Portugal no seacutec XIX e ainda
mais relevante ficamos a perceber a origem de parte da arquitetura das casas por onde
passamos todos os dias e que antes pouca atenccedilatildeo lhes prestaacutevamos Mais ainda conseguimos
ver uma beleza que antes natildeo captaacutevamos
Com certeza tambeacutem tivemos dificuldades mas que conseguimos superar pois tivemos o
acompanhamento das nossas matildees
Sinceramente esperamos que a professora tenha gostado do nosso trabalhohellippois gostamos muito
da disciplina E como ningueacutem nos estaacute a ldquoouvirrdquohellip podemos tambeacutem dizer hellip ldquogostamos da
professorardquo
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
15
Bibliografia
Manual da disciplina
Caderno diaacuterio
Informaccedilatildeo da loja interativa do turismo
Livro de Armando Pinto - Biblioteca
Internet
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
16
Anexo 1
In ilustraccedilatildeo Portuguesa de 02-06-1919
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
5
1Introduccedilatildeo
O presente trabalho foi-nos proposto pela professora Luacutecia Faria no acircmbito da disciplina de
Histoacuteria e Geografia de Portugal
O tema a desenvolver relaciona-se com algumas particularidades e vivecircncias ocorridas durante
seacutec XIX em Portugal
Assim este trabalho tem como objetivos caraterizar a vida quotidiana das aldeias e das cidades
Portuguesas bem como descrever casas construiacutedas no seacutec XIX por emigrantes Portugueses no
Brasil
Por uacuteltimo concluiremos com uma breve reflexatildeo sobre as aprendizagens adquiridas e tambeacutem
algumas dificuldades que encontramos ao longo do desenvolvimento deste projeto
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
6
2 Breve caraterizaccedilatildeo do Seacutec XIX
Durante a primeira metade do seacutec XIX as invasotildees napoleoacutenicas a independecircncia do Brasil e a
guerra entre liberais e absolutistas desorganizaram e empobreceram o reino
Na segunda metade deste seacuteculo os governos liberais conseguiram finalmente que Portugal
comeccedilasse a recuperar do atraso em se encontrava em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses europeus
Para isso fizeram uma seacuterie de leis que tinham como objetivo desenvolver e modernizar a
agricultura a induacutestria os transportes e comunicaccedilotildees o ensino e a defesa dos direitos humanos
Todas as medidas aplicadas para esta modernizaccedilatildeo e desenvolvimento trouxeram alguns
benefiacutecios para a vida da populaccedilatildeo Contudo Portugal no seacuteculo XIX estava muito longe de se
poder comparar com os paiacuteses mais industrializados como a Inglaterra e a Alemanha continuando
a ser um paiacutes marcadamente rural agriacutecola e pobre
Verificou-se assim que as medidas natildeo foram suficientes pois a mecanizaccedilatildeo da agricultura veio
trazer excesso de matildeo-de-obra que conjuntamente com o aumento da populaccedilatildeo originou um
grande ecircxodo rural ou seja fuga do campo para as cidades e a emigraccedilatildeo para o Brasil
Os portugueses emigraram para o Brasil com poucos haveres de trouxa na matildeo mas muita
esperanccedila e regressaram com verdadeiras fortunas tendo como principal preocupaccedilatildeo comprar
terrenos e construir uma casa luxuosa
Assim estes ldquobrasileirosrdquo mudaram a paisagem arquitetoacutenica principalmente no norte do paiacutes com
beliacutessimos palacetes que agora tanto apreciamos
Ilustraccedilatildeo 1 - Emigrantes portugueses agrave espera para embarcar
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
7
3 A vida quotidiana das aldeias portuguesas do seacutec XIX
Atividades econoacutemicas
As principais atividades do meio rural na segunda metade do seacuteculo XIX eram a agricultura a
criaccedilatildeo de gado e a pesca nas zonas do litoral
Na sua maioria os camponeses natildeo eram donos das terras em que trabalhavam As terras
pertenciam sobretudo agrave antiga nobreza proprietaacuterios burgueses e a alguns lavradores mais
abastados
O trabalho no campo era muito duro e os rendimentos eram poucos por isso os camponeses
viviam muito pobremente
Com a introduccedilatildeo da maacutequina na agricultura aumentou-se o desemprego por jaacute natildeo ser precisa
tanta matildeo-de-obra dificultando ainda mais a vida dos homens do campo
Alimentaccedilatildeo
Os camponeses alimentavam-se sobretudo do que cultivavam Dos produtos que mais consumiam
destacavam-se a batata patildeo de centeio ou de milho sopas de legumes e sardinhas A carne
mais cara e de difiacutecil conservaccedilatildeo era apenas consumida em dias de festa
Vestuaacuterio
O vestuaacuterio dos camponeses variava de regiatildeo para regiatildeo de acordo com o clima e com as
atividades predominantes
No interior era frequente os homens usarem calccedilas compridas coletes ou jaquetas e calccedilavam
botas ou tamancos de madeira As mulheres vestiam saias compridas e usavam lenccedilos coloridos na
cabeccedila
No litoral os homens usavam calccedilas curtas ou arregaccediladas e geralmente andavam descalccedilos tal
como as mulheres que vestiam saias mais curtas do que as do interior devido agraves suas atividades
relacionadas com o mar
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
8
Divertimentos
Os divertimentos das pessoas do campo estavam associados especialmente agraves atividades do
campo (vindimas e desfolhadas) e agrave religiatildeo (feiras romarias e festas religiosas)
Ilustraccedilatildeo 3 - A vida nos campos no seacutec XIX
Ilustraccedilatildeo 2 - Festas na aldeia
Ilustraccedilatildeo 5 - Camponesa a cozinhar
Ilustraccedilatildeo 4 - vestuaacuterio dos camponeses
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
9
4 A vida quotidiana das cidades portuguesas do seacutec XIX
Atividades econoacutemicas
A modernizaccedilatildeo do paiacutes influenciou mais a vida quotidiana das pessoas que viviam nas cidades
O grupo social dominante era a burguesia constituiacutedo por comerciantes banqueiros industriais
meacutedicos advogados professores oficiais do exeacutercito e funcionaacuterios puacuteblicos
No entanto a maior parte da populaccedilatildeo pertencia a grupos de menores recursos As pessoas do
povo trabalhavam sobretudo como vendedores ambulantes empregados de balcatildeo ou criados nas
casas de pessoas ricas
Com o desenvolvimento da induacutestria formou-se um novo grupo social o operariado Os operaacuterios
eram homens mulheres e ateacute crianccedilas que trabalhavam duramente nas faacutebricas muitas horas a
troco de pouco dinheiro Em caso de acidente natildeo tinham qualquer proteccedilatildeo Eram despedidos
sem qualquer indemnizaccedilatildeo
Alimentaccedilatildeo
A burguesia e a nobreza tinham uma alimentaccedilatildeo abundante e variada Faziam quatro refeiccedilotildees
por dia pequeno-almoccedilo almoccedilo jantar e ceia Comiam carne peixe legumes cereais frutas e
doces Surgiram neste periacuteodo vaacuterios restaurantes que trouxeram do estrangeiro novas receitas
como o pudim a omelete o pureacute o bife e o souffleacute
Ilustraccedilatildeo 6 - Avenida da Liberdade no seacutec XIX
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
10
As pessoas das classes menos privilegiadas alimentavam-se sobretudo de patildeo legumes toucinho
e sardinhas
Vestuaacuterio
As pessoas mais ricas das cidades vestiam-se de acordo com a moda francesa As mulheres
vestiam saias ateacute ao chatildeo com roda com uma armaccedilatildeo de lacircminas de accedilo e batanas ndash a crinolina
Passou tambeacutem a usar a tournure uma espeacutecie de almofada sobre os rins que levantava a saia
atraacutes Os homens vestiam calccedilas camisa colete casaca e chapeacuteu
As pessoas mais pobres vestiam roupas bastante simples adaptadas agraves tarefas que
desempenhavam
Divertimentos
Os nobres e os burgueses frequentavam os grandes jardins onde passeavam conversavam e
ouviam a muacutesica tocada nos coretos Reuniam-se tambeacutem nos cafeacutes e clubes jantares festas e
bailes iam agrave oacutepera ao teatro e ao circo
Os divertimentos dos populares eram semelhantes aos do campo feiras festas religiosas e
passeios ao campo domingo agrave tarde
Ilustraccedilatildeo 7 - vestuaacuterio dos homens da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Ilustraccedilatildeo 8 - vestuaacuterio das mulheres da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
11
5 Casas brasileiras ldquotorna-viagemrdquo
Marcas Arquitetoacutenicas do ldquoBrasileirordquo
O Minho eacute o lugar das evidecircncias do retorno do ldquoBrasileirordquo observando-se as representaccedilotildees
desse tempo particularmente nas casas dado que com os primeiros lucros do Brasil o emigrante
ldquocorre veloz ao lar amado a erguer as paredes do paacutetrio casebre e a continuar aqui a vida
laboriosa que nas terras do brasil foi a sua gloacuteriardquo
As representaccedilotildees feitas atraveacutes da localizaccedilatildeo e da decoraccedilatildeo das fachadas de casas
constituem alguns dos elementos que configuraram a personagem do ldquoBrasileirosrdquo e a teatralidade
do seu tempo Estas casas apresentam-se rebocadas e caiadas ou cobertas com azulejos
estando presentes as cores do Brasil com beirais de faianccedila varandas estreitas com guardas
de ferro forjado ou fundido platibandas decoradas lanternins claraboias e estatuetas aacutetrios
decorados com azulejo escadarias de madeiras preciosas tetos de estuque portas e janelas
altas encimadas por bandeiras com vitrais coloridos lustres de cristal e delicados moacuteveis e
porcelanas
Em Felgueiras na segunda metade do seacutec XIX e primeira metade do seacutec XX os emigrantes
Brasileiros tambeacutem construiacuteram as suas habitaccedilotildees com uma arquitetura original e jaacute acima
referida
Nesta eacutepoca a vila era considerada uma das mais bonitas do paiacutes ver anexo 1
Ilustraccedilatildeo 9 - Interior de uma casa do brasileiro
Ilustraccedilatildeo 10 - Torre de uma casa do brasileiro
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
12
Casa das Torres
Esta Casa emblemaacutetica do Concelho de
Felgueiras de arquitetura chamada
brasileira remonta agrave deacutecada anterior
aos anos 20 sensivelmente pelos anos de
1915 ateacute 191718 e foi mandada
construir por um emigrante felgueirense
no Brasil o Sr Joseacute Joaquim Oliveira da Fonseca
Estes portugueses regressados agrave paacutetria eram conhecidos por brasileiros (ou ldquobrasileiros de
torna-viagemrdquo) em virtude de terem amealhado a sua riqueza no Brasil tornando-se por isso na
altura construtores deste tipo de palacetes no paiacutes
Mas quem a desenhou e projetou foi o Sr Luiacutez Gonccedilalvez de Matos conforme era referido na
eacutepoca natural do concelho de Felgueiras Longra
Este foi autor de outras casas no concelho nomeadamente na
Longra casa de Montebelo Casa Africana e o atual edifiacutecio da
Casa do Povo da Longra
A origem do nome deve-se ao palacete ser constituiacutedo por trecircs
pisos no qual se encontram as duas ldquotorresrdquo que datildeo nome agrave
Casa
As carateriacutesticas desta casa satildeo
Casa verticalizada
Janelas com caixilhos muito variados revestidos com ferro forjado muito trabalhado
Caramanchatildeo com jardim e lago
Esta foi recentemente recuperada e inaugurada a 30 de Novembro de 2012 Atualmente acolhe
no 2ordm piso a sede do Conselho Empresarial do Tacircmega e Sousa e no piso 0 a Loja Interativa de
Turismo de Felgueiras sendo um polo impulsionador do empreendedorismo e do desenvolvimento
regional
Ilustraccedilatildeo 11 - Casa das Torres
Ilustraccedilatildeo 12 - Luiacutez Gonccedilalvez de Matos
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
13
Casa das Artes
Fonseca Moreira era filho de Joseacute Antoacutenio da Fonseca e de D Joaquina Rosa Moreira de Sendim
de Felgueiras onde nasceu em 23 de Julho de 1848 e foi para o Rio de Janeiro num navio de vela
aos 14 anos de idade laacute se fez homem laacute agrave custa de grande forccedila de vontade conseguiu fortuna
que lhe permitiu viajar por todo o mundo e dedicar-se agraves letras e agrave escrita Amante do teatro
escreveu e publicou enumeras peccedilas que levou agrave cena no Brasil e em Portugal
Em Felgueiras o seu nome ficaraacute eternamente associado ao teatro que fundou as instituiccedilotildees
que apoiou e agraves obras que erigiu
O edifiacutecio do Teatro Fonseca Moreira construiacutedo na segunda deacutecada do seacutec XX com o
patrociacutenio de Fonseca Moreira eacute inaugurado oficialmente com a presenccedila do seu fundador a 20
de novembro de 1921
Carateriacutesticas deste edifiacutecio
Portas e janelas altas
Varandas com sacadas em ferro forjado
Estatuetas
Ilustraccedilatildeo 13 - Teatro Fonseca Moreira no iniacutecio do seacutec XX
Ilustraccedilatildeo 14 - Casa das artes - atualidade
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
14
6 Conclusatildeo
A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi uma experiecircncia bastante enriquecedora e importante para a
nossa aprendizagem pela informaccedilatildeo e conhecimentos adquiridos
Assim foi possiacutevel obter uma visatildeo mais ampla e completa sobre Portugal no seacutec XIX e ainda
mais relevante ficamos a perceber a origem de parte da arquitetura das casas por onde
passamos todos os dias e que antes pouca atenccedilatildeo lhes prestaacutevamos Mais ainda conseguimos
ver uma beleza que antes natildeo captaacutevamos
Com certeza tambeacutem tivemos dificuldades mas que conseguimos superar pois tivemos o
acompanhamento das nossas matildees
Sinceramente esperamos que a professora tenha gostado do nosso trabalhohellippois gostamos muito
da disciplina E como ningueacutem nos estaacute a ldquoouvirrdquohellip podemos tambeacutem dizer hellip ldquogostamos da
professorardquo
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
15
Bibliografia
Manual da disciplina
Caderno diaacuterio
Informaccedilatildeo da loja interativa do turismo
Livro de Armando Pinto - Biblioteca
Internet
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
16
Anexo 1
In ilustraccedilatildeo Portuguesa de 02-06-1919
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
6
2 Breve caraterizaccedilatildeo do Seacutec XIX
Durante a primeira metade do seacutec XIX as invasotildees napoleoacutenicas a independecircncia do Brasil e a
guerra entre liberais e absolutistas desorganizaram e empobreceram o reino
Na segunda metade deste seacuteculo os governos liberais conseguiram finalmente que Portugal
comeccedilasse a recuperar do atraso em se encontrava em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses europeus
Para isso fizeram uma seacuterie de leis que tinham como objetivo desenvolver e modernizar a
agricultura a induacutestria os transportes e comunicaccedilotildees o ensino e a defesa dos direitos humanos
Todas as medidas aplicadas para esta modernizaccedilatildeo e desenvolvimento trouxeram alguns
benefiacutecios para a vida da populaccedilatildeo Contudo Portugal no seacuteculo XIX estava muito longe de se
poder comparar com os paiacuteses mais industrializados como a Inglaterra e a Alemanha continuando
a ser um paiacutes marcadamente rural agriacutecola e pobre
Verificou-se assim que as medidas natildeo foram suficientes pois a mecanizaccedilatildeo da agricultura veio
trazer excesso de matildeo-de-obra que conjuntamente com o aumento da populaccedilatildeo originou um
grande ecircxodo rural ou seja fuga do campo para as cidades e a emigraccedilatildeo para o Brasil
Os portugueses emigraram para o Brasil com poucos haveres de trouxa na matildeo mas muita
esperanccedila e regressaram com verdadeiras fortunas tendo como principal preocupaccedilatildeo comprar
terrenos e construir uma casa luxuosa
Assim estes ldquobrasileirosrdquo mudaram a paisagem arquitetoacutenica principalmente no norte do paiacutes com
beliacutessimos palacetes que agora tanto apreciamos
Ilustraccedilatildeo 1 - Emigrantes portugueses agrave espera para embarcar
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
7
3 A vida quotidiana das aldeias portuguesas do seacutec XIX
Atividades econoacutemicas
As principais atividades do meio rural na segunda metade do seacuteculo XIX eram a agricultura a
criaccedilatildeo de gado e a pesca nas zonas do litoral
Na sua maioria os camponeses natildeo eram donos das terras em que trabalhavam As terras
pertenciam sobretudo agrave antiga nobreza proprietaacuterios burgueses e a alguns lavradores mais
abastados
O trabalho no campo era muito duro e os rendimentos eram poucos por isso os camponeses
viviam muito pobremente
Com a introduccedilatildeo da maacutequina na agricultura aumentou-se o desemprego por jaacute natildeo ser precisa
tanta matildeo-de-obra dificultando ainda mais a vida dos homens do campo
Alimentaccedilatildeo
Os camponeses alimentavam-se sobretudo do que cultivavam Dos produtos que mais consumiam
destacavam-se a batata patildeo de centeio ou de milho sopas de legumes e sardinhas A carne
mais cara e de difiacutecil conservaccedilatildeo era apenas consumida em dias de festa
Vestuaacuterio
O vestuaacuterio dos camponeses variava de regiatildeo para regiatildeo de acordo com o clima e com as
atividades predominantes
No interior era frequente os homens usarem calccedilas compridas coletes ou jaquetas e calccedilavam
botas ou tamancos de madeira As mulheres vestiam saias compridas e usavam lenccedilos coloridos na
cabeccedila
No litoral os homens usavam calccedilas curtas ou arregaccediladas e geralmente andavam descalccedilos tal
como as mulheres que vestiam saias mais curtas do que as do interior devido agraves suas atividades
relacionadas com o mar
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
8
Divertimentos
Os divertimentos das pessoas do campo estavam associados especialmente agraves atividades do
campo (vindimas e desfolhadas) e agrave religiatildeo (feiras romarias e festas religiosas)
Ilustraccedilatildeo 3 - A vida nos campos no seacutec XIX
Ilustraccedilatildeo 2 - Festas na aldeia
Ilustraccedilatildeo 5 - Camponesa a cozinhar
Ilustraccedilatildeo 4 - vestuaacuterio dos camponeses
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
9
4 A vida quotidiana das cidades portuguesas do seacutec XIX
Atividades econoacutemicas
A modernizaccedilatildeo do paiacutes influenciou mais a vida quotidiana das pessoas que viviam nas cidades
O grupo social dominante era a burguesia constituiacutedo por comerciantes banqueiros industriais
meacutedicos advogados professores oficiais do exeacutercito e funcionaacuterios puacuteblicos
No entanto a maior parte da populaccedilatildeo pertencia a grupos de menores recursos As pessoas do
povo trabalhavam sobretudo como vendedores ambulantes empregados de balcatildeo ou criados nas
casas de pessoas ricas
Com o desenvolvimento da induacutestria formou-se um novo grupo social o operariado Os operaacuterios
eram homens mulheres e ateacute crianccedilas que trabalhavam duramente nas faacutebricas muitas horas a
troco de pouco dinheiro Em caso de acidente natildeo tinham qualquer proteccedilatildeo Eram despedidos
sem qualquer indemnizaccedilatildeo
Alimentaccedilatildeo
A burguesia e a nobreza tinham uma alimentaccedilatildeo abundante e variada Faziam quatro refeiccedilotildees
por dia pequeno-almoccedilo almoccedilo jantar e ceia Comiam carne peixe legumes cereais frutas e
doces Surgiram neste periacuteodo vaacuterios restaurantes que trouxeram do estrangeiro novas receitas
como o pudim a omelete o pureacute o bife e o souffleacute
Ilustraccedilatildeo 6 - Avenida da Liberdade no seacutec XIX
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
10
As pessoas das classes menos privilegiadas alimentavam-se sobretudo de patildeo legumes toucinho
e sardinhas
Vestuaacuterio
As pessoas mais ricas das cidades vestiam-se de acordo com a moda francesa As mulheres
vestiam saias ateacute ao chatildeo com roda com uma armaccedilatildeo de lacircminas de accedilo e batanas ndash a crinolina
Passou tambeacutem a usar a tournure uma espeacutecie de almofada sobre os rins que levantava a saia
atraacutes Os homens vestiam calccedilas camisa colete casaca e chapeacuteu
As pessoas mais pobres vestiam roupas bastante simples adaptadas agraves tarefas que
desempenhavam
Divertimentos
Os nobres e os burgueses frequentavam os grandes jardins onde passeavam conversavam e
ouviam a muacutesica tocada nos coretos Reuniam-se tambeacutem nos cafeacutes e clubes jantares festas e
bailes iam agrave oacutepera ao teatro e ao circo
Os divertimentos dos populares eram semelhantes aos do campo feiras festas religiosas e
passeios ao campo domingo agrave tarde
Ilustraccedilatildeo 7 - vestuaacuterio dos homens da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Ilustraccedilatildeo 8 - vestuaacuterio das mulheres da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
11
5 Casas brasileiras ldquotorna-viagemrdquo
Marcas Arquitetoacutenicas do ldquoBrasileirordquo
O Minho eacute o lugar das evidecircncias do retorno do ldquoBrasileirordquo observando-se as representaccedilotildees
desse tempo particularmente nas casas dado que com os primeiros lucros do Brasil o emigrante
ldquocorre veloz ao lar amado a erguer as paredes do paacutetrio casebre e a continuar aqui a vida
laboriosa que nas terras do brasil foi a sua gloacuteriardquo
As representaccedilotildees feitas atraveacutes da localizaccedilatildeo e da decoraccedilatildeo das fachadas de casas
constituem alguns dos elementos que configuraram a personagem do ldquoBrasileirosrdquo e a teatralidade
do seu tempo Estas casas apresentam-se rebocadas e caiadas ou cobertas com azulejos
estando presentes as cores do Brasil com beirais de faianccedila varandas estreitas com guardas
de ferro forjado ou fundido platibandas decoradas lanternins claraboias e estatuetas aacutetrios
decorados com azulejo escadarias de madeiras preciosas tetos de estuque portas e janelas
altas encimadas por bandeiras com vitrais coloridos lustres de cristal e delicados moacuteveis e
porcelanas
Em Felgueiras na segunda metade do seacutec XIX e primeira metade do seacutec XX os emigrantes
Brasileiros tambeacutem construiacuteram as suas habitaccedilotildees com uma arquitetura original e jaacute acima
referida
Nesta eacutepoca a vila era considerada uma das mais bonitas do paiacutes ver anexo 1
Ilustraccedilatildeo 9 - Interior de uma casa do brasileiro
Ilustraccedilatildeo 10 - Torre de uma casa do brasileiro
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
12
Casa das Torres
Esta Casa emblemaacutetica do Concelho de
Felgueiras de arquitetura chamada
brasileira remonta agrave deacutecada anterior
aos anos 20 sensivelmente pelos anos de
1915 ateacute 191718 e foi mandada
construir por um emigrante felgueirense
no Brasil o Sr Joseacute Joaquim Oliveira da Fonseca
Estes portugueses regressados agrave paacutetria eram conhecidos por brasileiros (ou ldquobrasileiros de
torna-viagemrdquo) em virtude de terem amealhado a sua riqueza no Brasil tornando-se por isso na
altura construtores deste tipo de palacetes no paiacutes
Mas quem a desenhou e projetou foi o Sr Luiacutez Gonccedilalvez de Matos conforme era referido na
eacutepoca natural do concelho de Felgueiras Longra
Este foi autor de outras casas no concelho nomeadamente na
Longra casa de Montebelo Casa Africana e o atual edifiacutecio da
Casa do Povo da Longra
A origem do nome deve-se ao palacete ser constituiacutedo por trecircs
pisos no qual se encontram as duas ldquotorresrdquo que datildeo nome agrave
Casa
As carateriacutesticas desta casa satildeo
Casa verticalizada
Janelas com caixilhos muito variados revestidos com ferro forjado muito trabalhado
Caramanchatildeo com jardim e lago
Esta foi recentemente recuperada e inaugurada a 30 de Novembro de 2012 Atualmente acolhe
no 2ordm piso a sede do Conselho Empresarial do Tacircmega e Sousa e no piso 0 a Loja Interativa de
Turismo de Felgueiras sendo um polo impulsionador do empreendedorismo e do desenvolvimento
regional
Ilustraccedilatildeo 11 - Casa das Torres
Ilustraccedilatildeo 12 - Luiacutez Gonccedilalvez de Matos
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
13
Casa das Artes
Fonseca Moreira era filho de Joseacute Antoacutenio da Fonseca e de D Joaquina Rosa Moreira de Sendim
de Felgueiras onde nasceu em 23 de Julho de 1848 e foi para o Rio de Janeiro num navio de vela
aos 14 anos de idade laacute se fez homem laacute agrave custa de grande forccedila de vontade conseguiu fortuna
que lhe permitiu viajar por todo o mundo e dedicar-se agraves letras e agrave escrita Amante do teatro
escreveu e publicou enumeras peccedilas que levou agrave cena no Brasil e em Portugal
Em Felgueiras o seu nome ficaraacute eternamente associado ao teatro que fundou as instituiccedilotildees
que apoiou e agraves obras que erigiu
O edifiacutecio do Teatro Fonseca Moreira construiacutedo na segunda deacutecada do seacutec XX com o
patrociacutenio de Fonseca Moreira eacute inaugurado oficialmente com a presenccedila do seu fundador a 20
de novembro de 1921
Carateriacutesticas deste edifiacutecio
Portas e janelas altas
Varandas com sacadas em ferro forjado
Estatuetas
Ilustraccedilatildeo 13 - Teatro Fonseca Moreira no iniacutecio do seacutec XX
Ilustraccedilatildeo 14 - Casa das artes - atualidade
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
14
6 Conclusatildeo
A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi uma experiecircncia bastante enriquecedora e importante para a
nossa aprendizagem pela informaccedilatildeo e conhecimentos adquiridos
Assim foi possiacutevel obter uma visatildeo mais ampla e completa sobre Portugal no seacutec XIX e ainda
mais relevante ficamos a perceber a origem de parte da arquitetura das casas por onde
passamos todos os dias e que antes pouca atenccedilatildeo lhes prestaacutevamos Mais ainda conseguimos
ver uma beleza que antes natildeo captaacutevamos
Com certeza tambeacutem tivemos dificuldades mas que conseguimos superar pois tivemos o
acompanhamento das nossas matildees
Sinceramente esperamos que a professora tenha gostado do nosso trabalhohellippois gostamos muito
da disciplina E como ningueacutem nos estaacute a ldquoouvirrdquohellip podemos tambeacutem dizer hellip ldquogostamos da
professorardquo
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
15
Bibliografia
Manual da disciplina
Caderno diaacuterio
Informaccedilatildeo da loja interativa do turismo
Livro de Armando Pinto - Biblioteca
Internet
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
16
Anexo 1
In ilustraccedilatildeo Portuguesa de 02-06-1919
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
7
3 A vida quotidiana das aldeias portuguesas do seacutec XIX
Atividades econoacutemicas
As principais atividades do meio rural na segunda metade do seacuteculo XIX eram a agricultura a
criaccedilatildeo de gado e a pesca nas zonas do litoral
Na sua maioria os camponeses natildeo eram donos das terras em que trabalhavam As terras
pertenciam sobretudo agrave antiga nobreza proprietaacuterios burgueses e a alguns lavradores mais
abastados
O trabalho no campo era muito duro e os rendimentos eram poucos por isso os camponeses
viviam muito pobremente
Com a introduccedilatildeo da maacutequina na agricultura aumentou-se o desemprego por jaacute natildeo ser precisa
tanta matildeo-de-obra dificultando ainda mais a vida dos homens do campo
Alimentaccedilatildeo
Os camponeses alimentavam-se sobretudo do que cultivavam Dos produtos que mais consumiam
destacavam-se a batata patildeo de centeio ou de milho sopas de legumes e sardinhas A carne
mais cara e de difiacutecil conservaccedilatildeo era apenas consumida em dias de festa
Vestuaacuterio
O vestuaacuterio dos camponeses variava de regiatildeo para regiatildeo de acordo com o clima e com as
atividades predominantes
No interior era frequente os homens usarem calccedilas compridas coletes ou jaquetas e calccedilavam
botas ou tamancos de madeira As mulheres vestiam saias compridas e usavam lenccedilos coloridos na
cabeccedila
No litoral os homens usavam calccedilas curtas ou arregaccediladas e geralmente andavam descalccedilos tal
como as mulheres que vestiam saias mais curtas do que as do interior devido agraves suas atividades
relacionadas com o mar
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
8
Divertimentos
Os divertimentos das pessoas do campo estavam associados especialmente agraves atividades do
campo (vindimas e desfolhadas) e agrave religiatildeo (feiras romarias e festas religiosas)
Ilustraccedilatildeo 3 - A vida nos campos no seacutec XIX
Ilustraccedilatildeo 2 - Festas na aldeia
Ilustraccedilatildeo 5 - Camponesa a cozinhar
Ilustraccedilatildeo 4 - vestuaacuterio dos camponeses
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
9
4 A vida quotidiana das cidades portuguesas do seacutec XIX
Atividades econoacutemicas
A modernizaccedilatildeo do paiacutes influenciou mais a vida quotidiana das pessoas que viviam nas cidades
O grupo social dominante era a burguesia constituiacutedo por comerciantes banqueiros industriais
meacutedicos advogados professores oficiais do exeacutercito e funcionaacuterios puacuteblicos
No entanto a maior parte da populaccedilatildeo pertencia a grupos de menores recursos As pessoas do
povo trabalhavam sobretudo como vendedores ambulantes empregados de balcatildeo ou criados nas
casas de pessoas ricas
Com o desenvolvimento da induacutestria formou-se um novo grupo social o operariado Os operaacuterios
eram homens mulheres e ateacute crianccedilas que trabalhavam duramente nas faacutebricas muitas horas a
troco de pouco dinheiro Em caso de acidente natildeo tinham qualquer proteccedilatildeo Eram despedidos
sem qualquer indemnizaccedilatildeo
Alimentaccedilatildeo
A burguesia e a nobreza tinham uma alimentaccedilatildeo abundante e variada Faziam quatro refeiccedilotildees
por dia pequeno-almoccedilo almoccedilo jantar e ceia Comiam carne peixe legumes cereais frutas e
doces Surgiram neste periacuteodo vaacuterios restaurantes que trouxeram do estrangeiro novas receitas
como o pudim a omelete o pureacute o bife e o souffleacute
Ilustraccedilatildeo 6 - Avenida da Liberdade no seacutec XIX
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
10
As pessoas das classes menos privilegiadas alimentavam-se sobretudo de patildeo legumes toucinho
e sardinhas
Vestuaacuterio
As pessoas mais ricas das cidades vestiam-se de acordo com a moda francesa As mulheres
vestiam saias ateacute ao chatildeo com roda com uma armaccedilatildeo de lacircminas de accedilo e batanas ndash a crinolina
Passou tambeacutem a usar a tournure uma espeacutecie de almofada sobre os rins que levantava a saia
atraacutes Os homens vestiam calccedilas camisa colete casaca e chapeacuteu
As pessoas mais pobres vestiam roupas bastante simples adaptadas agraves tarefas que
desempenhavam
Divertimentos
Os nobres e os burgueses frequentavam os grandes jardins onde passeavam conversavam e
ouviam a muacutesica tocada nos coretos Reuniam-se tambeacutem nos cafeacutes e clubes jantares festas e
bailes iam agrave oacutepera ao teatro e ao circo
Os divertimentos dos populares eram semelhantes aos do campo feiras festas religiosas e
passeios ao campo domingo agrave tarde
Ilustraccedilatildeo 7 - vestuaacuterio dos homens da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Ilustraccedilatildeo 8 - vestuaacuterio das mulheres da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
11
5 Casas brasileiras ldquotorna-viagemrdquo
Marcas Arquitetoacutenicas do ldquoBrasileirordquo
O Minho eacute o lugar das evidecircncias do retorno do ldquoBrasileirordquo observando-se as representaccedilotildees
desse tempo particularmente nas casas dado que com os primeiros lucros do Brasil o emigrante
ldquocorre veloz ao lar amado a erguer as paredes do paacutetrio casebre e a continuar aqui a vida
laboriosa que nas terras do brasil foi a sua gloacuteriardquo
As representaccedilotildees feitas atraveacutes da localizaccedilatildeo e da decoraccedilatildeo das fachadas de casas
constituem alguns dos elementos que configuraram a personagem do ldquoBrasileirosrdquo e a teatralidade
do seu tempo Estas casas apresentam-se rebocadas e caiadas ou cobertas com azulejos
estando presentes as cores do Brasil com beirais de faianccedila varandas estreitas com guardas
de ferro forjado ou fundido platibandas decoradas lanternins claraboias e estatuetas aacutetrios
decorados com azulejo escadarias de madeiras preciosas tetos de estuque portas e janelas
altas encimadas por bandeiras com vitrais coloridos lustres de cristal e delicados moacuteveis e
porcelanas
Em Felgueiras na segunda metade do seacutec XIX e primeira metade do seacutec XX os emigrantes
Brasileiros tambeacutem construiacuteram as suas habitaccedilotildees com uma arquitetura original e jaacute acima
referida
Nesta eacutepoca a vila era considerada uma das mais bonitas do paiacutes ver anexo 1
Ilustraccedilatildeo 9 - Interior de uma casa do brasileiro
Ilustraccedilatildeo 10 - Torre de uma casa do brasileiro
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
12
Casa das Torres
Esta Casa emblemaacutetica do Concelho de
Felgueiras de arquitetura chamada
brasileira remonta agrave deacutecada anterior
aos anos 20 sensivelmente pelos anos de
1915 ateacute 191718 e foi mandada
construir por um emigrante felgueirense
no Brasil o Sr Joseacute Joaquim Oliveira da Fonseca
Estes portugueses regressados agrave paacutetria eram conhecidos por brasileiros (ou ldquobrasileiros de
torna-viagemrdquo) em virtude de terem amealhado a sua riqueza no Brasil tornando-se por isso na
altura construtores deste tipo de palacetes no paiacutes
Mas quem a desenhou e projetou foi o Sr Luiacutez Gonccedilalvez de Matos conforme era referido na
eacutepoca natural do concelho de Felgueiras Longra
Este foi autor de outras casas no concelho nomeadamente na
Longra casa de Montebelo Casa Africana e o atual edifiacutecio da
Casa do Povo da Longra
A origem do nome deve-se ao palacete ser constituiacutedo por trecircs
pisos no qual se encontram as duas ldquotorresrdquo que datildeo nome agrave
Casa
As carateriacutesticas desta casa satildeo
Casa verticalizada
Janelas com caixilhos muito variados revestidos com ferro forjado muito trabalhado
Caramanchatildeo com jardim e lago
Esta foi recentemente recuperada e inaugurada a 30 de Novembro de 2012 Atualmente acolhe
no 2ordm piso a sede do Conselho Empresarial do Tacircmega e Sousa e no piso 0 a Loja Interativa de
Turismo de Felgueiras sendo um polo impulsionador do empreendedorismo e do desenvolvimento
regional
Ilustraccedilatildeo 11 - Casa das Torres
Ilustraccedilatildeo 12 - Luiacutez Gonccedilalvez de Matos
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
13
Casa das Artes
Fonseca Moreira era filho de Joseacute Antoacutenio da Fonseca e de D Joaquina Rosa Moreira de Sendim
de Felgueiras onde nasceu em 23 de Julho de 1848 e foi para o Rio de Janeiro num navio de vela
aos 14 anos de idade laacute se fez homem laacute agrave custa de grande forccedila de vontade conseguiu fortuna
que lhe permitiu viajar por todo o mundo e dedicar-se agraves letras e agrave escrita Amante do teatro
escreveu e publicou enumeras peccedilas que levou agrave cena no Brasil e em Portugal
Em Felgueiras o seu nome ficaraacute eternamente associado ao teatro que fundou as instituiccedilotildees
que apoiou e agraves obras que erigiu
O edifiacutecio do Teatro Fonseca Moreira construiacutedo na segunda deacutecada do seacutec XX com o
patrociacutenio de Fonseca Moreira eacute inaugurado oficialmente com a presenccedila do seu fundador a 20
de novembro de 1921
Carateriacutesticas deste edifiacutecio
Portas e janelas altas
Varandas com sacadas em ferro forjado
Estatuetas
Ilustraccedilatildeo 13 - Teatro Fonseca Moreira no iniacutecio do seacutec XX
Ilustraccedilatildeo 14 - Casa das artes - atualidade
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
14
6 Conclusatildeo
A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi uma experiecircncia bastante enriquecedora e importante para a
nossa aprendizagem pela informaccedilatildeo e conhecimentos adquiridos
Assim foi possiacutevel obter uma visatildeo mais ampla e completa sobre Portugal no seacutec XIX e ainda
mais relevante ficamos a perceber a origem de parte da arquitetura das casas por onde
passamos todos os dias e que antes pouca atenccedilatildeo lhes prestaacutevamos Mais ainda conseguimos
ver uma beleza que antes natildeo captaacutevamos
Com certeza tambeacutem tivemos dificuldades mas que conseguimos superar pois tivemos o
acompanhamento das nossas matildees
Sinceramente esperamos que a professora tenha gostado do nosso trabalhohellippois gostamos muito
da disciplina E como ningueacutem nos estaacute a ldquoouvirrdquohellip podemos tambeacutem dizer hellip ldquogostamos da
professorardquo
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
15
Bibliografia
Manual da disciplina
Caderno diaacuterio
Informaccedilatildeo da loja interativa do turismo
Livro de Armando Pinto - Biblioteca
Internet
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
16
Anexo 1
In ilustraccedilatildeo Portuguesa de 02-06-1919
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
8
Divertimentos
Os divertimentos das pessoas do campo estavam associados especialmente agraves atividades do
campo (vindimas e desfolhadas) e agrave religiatildeo (feiras romarias e festas religiosas)
Ilustraccedilatildeo 3 - A vida nos campos no seacutec XIX
Ilustraccedilatildeo 2 - Festas na aldeia
Ilustraccedilatildeo 5 - Camponesa a cozinhar
Ilustraccedilatildeo 4 - vestuaacuterio dos camponeses
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
9
4 A vida quotidiana das cidades portuguesas do seacutec XIX
Atividades econoacutemicas
A modernizaccedilatildeo do paiacutes influenciou mais a vida quotidiana das pessoas que viviam nas cidades
O grupo social dominante era a burguesia constituiacutedo por comerciantes banqueiros industriais
meacutedicos advogados professores oficiais do exeacutercito e funcionaacuterios puacuteblicos
No entanto a maior parte da populaccedilatildeo pertencia a grupos de menores recursos As pessoas do
povo trabalhavam sobretudo como vendedores ambulantes empregados de balcatildeo ou criados nas
casas de pessoas ricas
Com o desenvolvimento da induacutestria formou-se um novo grupo social o operariado Os operaacuterios
eram homens mulheres e ateacute crianccedilas que trabalhavam duramente nas faacutebricas muitas horas a
troco de pouco dinheiro Em caso de acidente natildeo tinham qualquer proteccedilatildeo Eram despedidos
sem qualquer indemnizaccedilatildeo
Alimentaccedilatildeo
A burguesia e a nobreza tinham uma alimentaccedilatildeo abundante e variada Faziam quatro refeiccedilotildees
por dia pequeno-almoccedilo almoccedilo jantar e ceia Comiam carne peixe legumes cereais frutas e
doces Surgiram neste periacuteodo vaacuterios restaurantes que trouxeram do estrangeiro novas receitas
como o pudim a omelete o pureacute o bife e o souffleacute
Ilustraccedilatildeo 6 - Avenida da Liberdade no seacutec XIX
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
10
As pessoas das classes menos privilegiadas alimentavam-se sobretudo de patildeo legumes toucinho
e sardinhas
Vestuaacuterio
As pessoas mais ricas das cidades vestiam-se de acordo com a moda francesa As mulheres
vestiam saias ateacute ao chatildeo com roda com uma armaccedilatildeo de lacircminas de accedilo e batanas ndash a crinolina
Passou tambeacutem a usar a tournure uma espeacutecie de almofada sobre os rins que levantava a saia
atraacutes Os homens vestiam calccedilas camisa colete casaca e chapeacuteu
As pessoas mais pobres vestiam roupas bastante simples adaptadas agraves tarefas que
desempenhavam
Divertimentos
Os nobres e os burgueses frequentavam os grandes jardins onde passeavam conversavam e
ouviam a muacutesica tocada nos coretos Reuniam-se tambeacutem nos cafeacutes e clubes jantares festas e
bailes iam agrave oacutepera ao teatro e ao circo
Os divertimentos dos populares eram semelhantes aos do campo feiras festas religiosas e
passeios ao campo domingo agrave tarde
Ilustraccedilatildeo 7 - vestuaacuterio dos homens da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Ilustraccedilatildeo 8 - vestuaacuterio das mulheres da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
11
5 Casas brasileiras ldquotorna-viagemrdquo
Marcas Arquitetoacutenicas do ldquoBrasileirordquo
O Minho eacute o lugar das evidecircncias do retorno do ldquoBrasileirordquo observando-se as representaccedilotildees
desse tempo particularmente nas casas dado que com os primeiros lucros do Brasil o emigrante
ldquocorre veloz ao lar amado a erguer as paredes do paacutetrio casebre e a continuar aqui a vida
laboriosa que nas terras do brasil foi a sua gloacuteriardquo
As representaccedilotildees feitas atraveacutes da localizaccedilatildeo e da decoraccedilatildeo das fachadas de casas
constituem alguns dos elementos que configuraram a personagem do ldquoBrasileirosrdquo e a teatralidade
do seu tempo Estas casas apresentam-se rebocadas e caiadas ou cobertas com azulejos
estando presentes as cores do Brasil com beirais de faianccedila varandas estreitas com guardas
de ferro forjado ou fundido platibandas decoradas lanternins claraboias e estatuetas aacutetrios
decorados com azulejo escadarias de madeiras preciosas tetos de estuque portas e janelas
altas encimadas por bandeiras com vitrais coloridos lustres de cristal e delicados moacuteveis e
porcelanas
Em Felgueiras na segunda metade do seacutec XIX e primeira metade do seacutec XX os emigrantes
Brasileiros tambeacutem construiacuteram as suas habitaccedilotildees com uma arquitetura original e jaacute acima
referida
Nesta eacutepoca a vila era considerada uma das mais bonitas do paiacutes ver anexo 1
Ilustraccedilatildeo 9 - Interior de uma casa do brasileiro
Ilustraccedilatildeo 10 - Torre de uma casa do brasileiro
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
12
Casa das Torres
Esta Casa emblemaacutetica do Concelho de
Felgueiras de arquitetura chamada
brasileira remonta agrave deacutecada anterior
aos anos 20 sensivelmente pelos anos de
1915 ateacute 191718 e foi mandada
construir por um emigrante felgueirense
no Brasil o Sr Joseacute Joaquim Oliveira da Fonseca
Estes portugueses regressados agrave paacutetria eram conhecidos por brasileiros (ou ldquobrasileiros de
torna-viagemrdquo) em virtude de terem amealhado a sua riqueza no Brasil tornando-se por isso na
altura construtores deste tipo de palacetes no paiacutes
Mas quem a desenhou e projetou foi o Sr Luiacutez Gonccedilalvez de Matos conforme era referido na
eacutepoca natural do concelho de Felgueiras Longra
Este foi autor de outras casas no concelho nomeadamente na
Longra casa de Montebelo Casa Africana e o atual edifiacutecio da
Casa do Povo da Longra
A origem do nome deve-se ao palacete ser constituiacutedo por trecircs
pisos no qual se encontram as duas ldquotorresrdquo que datildeo nome agrave
Casa
As carateriacutesticas desta casa satildeo
Casa verticalizada
Janelas com caixilhos muito variados revestidos com ferro forjado muito trabalhado
Caramanchatildeo com jardim e lago
Esta foi recentemente recuperada e inaugurada a 30 de Novembro de 2012 Atualmente acolhe
no 2ordm piso a sede do Conselho Empresarial do Tacircmega e Sousa e no piso 0 a Loja Interativa de
Turismo de Felgueiras sendo um polo impulsionador do empreendedorismo e do desenvolvimento
regional
Ilustraccedilatildeo 11 - Casa das Torres
Ilustraccedilatildeo 12 - Luiacutez Gonccedilalvez de Matos
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
13
Casa das Artes
Fonseca Moreira era filho de Joseacute Antoacutenio da Fonseca e de D Joaquina Rosa Moreira de Sendim
de Felgueiras onde nasceu em 23 de Julho de 1848 e foi para o Rio de Janeiro num navio de vela
aos 14 anos de idade laacute se fez homem laacute agrave custa de grande forccedila de vontade conseguiu fortuna
que lhe permitiu viajar por todo o mundo e dedicar-se agraves letras e agrave escrita Amante do teatro
escreveu e publicou enumeras peccedilas que levou agrave cena no Brasil e em Portugal
Em Felgueiras o seu nome ficaraacute eternamente associado ao teatro que fundou as instituiccedilotildees
que apoiou e agraves obras que erigiu
O edifiacutecio do Teatro Fonseca Moreira construiacutedo na segunda deacutecada do seacutec XX com o
patrociacutenio de Fonseca Moreira eacute inaugurado oficialmente com a presenccedila do seu fundador a 20
de novembro de 1921
Carateriacutesticas deste edifiacutecio
Portas e janelas altas
Varandas com sacadas em ferro forjado
Estatuetas
Ilustraccedilatildeo 13 - Teatro Fonseca Moreira no iniacutecio do seacutec XX
Ilustraccedilatildeo 14 - Casa das artes - atualidade
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
14
6 Conclusatildeo
A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi uma experiecircncia bastante enriquecedora e importante para a
nossa aprendizagem pela informaccedilatildeo e conhecimentos adquiridos
Assim foi possiacutevel obter uma visatildeo mais ampla e completa sobre Portugal no seacutec XIX e ainda
mais relevante ficamos a perceber a origem de parte da arquitetura das casas por onde
passamos todos os dias e que antes pouca atenccedilatildeo lhes prestaacutevamos Mais ainda conseguimos
ver uma beleza que antes natildeo captaacutevamos
Com certeza tambeacutem tivemos dificuldades mas que conseguimos superar pois tivemos o
acompanhamento das nossas matildees
Sinceramente esperamos que a professora tenha gostado do nosso trabalhohellippois gostamos muito
da disciplina E como ningueacutem nos estaacute a ldquoouvirrdquohellip podemos tambeacutem dizer hellip ldquogostamos da
professorardquo
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
15
Bibliografia
Manual da disciplina
Caderno diaacuterio
Informaccedilatildeo da loja interativa do turismo
Livro de Armando Pinto - Biblioteca
Internet
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
16
Anexo 1
In ilustraccedilatildeo Portuguesa de 02-06-1919
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
9
4 A vida quotidiana das cidades portuguesas do seacutec XIX
Atividades econoacutemicas
A modernizaccedilatildeo do paiacutes influenciou mais a vida quotidiana das pessoas que viviam nas cidades
O grupo social dominante era a burguesia constituiacutedo por comerciantes banqueiros industriais
meacutedicos advogados professores oficiais do exeacutercito e funcionaacuterios puacuteblicos
No entanto a maior parte da populaccedilatildeo pertencia a grupos de menores recursos As pessoas do
povo trabalhavam sobretudo como vendedores ambulantes empregados de balcatildeo ou criados nas
casas de pessoas ricas
Com o desenvolvimento da induacutestria formou-se um novo grupo social o operariado Os operaacuterios
eram homens mulheres e ateacute crianccedilas que trabalhavam duramente nas faacutebricas muitas horas a
troco de pouco dinheiro Em caso de acidente natildeo tinham qualquer proteccedilatildeo Eram despedidos
sem qualquer indemnizaccedilatildeo
Alimentaccedilatildeo
A burguesia e a nobreza tinham uma alimentaccedilatildeo abundante e variada Faziam quatro refeiccedilotildees
por dia pequeno-almoccedilo almoccedilo jantar e ceia Comiam carne peixe legumes cereais frutas e
doces Surgiram neste periacuteodo vaacuterios restaurantes que trouxeram do estrangeiro novas receitas
como o pudim a omelete o pureacute o bife e o souffleacute
Ilustraccedilatildeo 6 - Avenida da Liberdade no seacutec XIX
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
10
As pessoas das classes menos privilegiadas alimentavam-se sobretudo de patildeo legumes toucinho
e sardinhas
Vestuaacuterio
As pessoas mais ricas das cidades vestiam-se de acordo com a moda francesa As mulheres
vestiam saias ateacute ao chatildeo com roda com uma armaccedilatildeo de lacircminas de accedilo e batanas ndash a crinolina
Passou tambeacutem a usar a tournure uma espeacutecie de almofada sobre os rins que levantava a saia
atraacutes Os homens vestiam calccedilas camisa colete casaca e chapeacuteu
As pessoas mais pobres vestiam roupas bastante simples adaptadas agraves tarefas que
desempenhavam
Divertimentos
Os nobres e os burgueses frequentavam os grandes jardins onde passeavam conversavam e
ouviam a muacutesica tocada nos coretos Reuniam-se tambeacutem nos cafeacutes e clubes jantares festas e
bailes iam agrave oacutepera ao teatro e ao circo
Os divertimentos dos populares eram semelhantes aos do campo feiras festas religiosas e
passeios ao campo domingo agrave tarde
Ilustraccedilatildeo 7 - vestuaacuterio dos homens da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Ilustraccedilatildeo 8 - vestuaacuterio das mulheres da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
11
5 Casas brasileiras ldquotorna-viagemrdquo
Marcas Arquitetoacutenicas do ldquoBrasileirordquo
O Minho eacute o lugar das evidecircncias do retorno do ldquoBrasileirordquo observando-se as representaccedilotildees
desse tempo particularmente nas casas dado que com os primeiros lucros do Brasil o emigrante
ldquocorre veloz ao lar amado a erguer as paredes do paacutetrio casebre e a continuar aqui a vida
laboriosa que nas terras do brasil foi a sua gloacuteriardquo
As representaccedilotildees feitas atraveacutes da localizaccedilatildeo e da decoraccedilatildeo das fachadas de casas
constituem alguns dos elementos que configuraram a personagem do ldquoBrasileirosrdquo e a teatralidade
do seu tempo Estas casas apresentam-se rebocadas e caiadas ou cobertas com azulejos
estando presentes as cores do Brasil com beirais de faianccedila varandas estreitas com guardas
de ferro forjado ou fundido platibandas decoradas lanternins claraboias e estatuetas aacutetrios
decorados com azulejo escadarias de madeiras preciosas tetos de estuque portas e janelas
altas encimadas por bandeiras com vitrais coloridos lustres de cristal e delicados moacuteveis e
porcelanas
Em Felgueiras na segunda metade do seacutec XIX e primeira metade do seacutec XX os emigrantes
Brasileiros tambeacutem construiacuteram as suas habitaccedilotildees com uma arquitetura original e jaacute acima
referida
Nesta eacutepoca a vila era considerada uma das mais bonitas do paiacutes ver anexo 1
Ilustraccedilatildeo 9 - Interior de uma casa do brasileiro
Ilustraccedilatildeo 10 - Torre de uma casa do brasileiro
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
12
Casa das Torres
Esta Casa emblemaacutetica do Concelho de
Felgueiras de arquitetura chamada
brasileira remonta agrave deacutecada anterior
aos anos 20 sensivelmente pelos anos de
1915 ateacute 191718 e foi mandada
construir por um emigrante felgueirense
no Brasil o Sr Joseacute Joaquim Oliveira da Fonseca
Estes portugueses regressados agrave paacutetria eram conhecidos por brasileiros (ou ldquobrasileiros de
torna-viagemrdquo) em virtude de terem amealhado a sua riqueza no Brasil tornando-se por isso na
altura construtores deste tipo de palacetes no paiacutes
Mas quem a desenhou e projetou foi o Sr Luiacutez Gonccedilalvez de Matos conforme era referido na
eacutepoca natural do concelho de Felgueiras Longra
Este foi autor de outras casas no concelho nomeadamente na
Longra casa de Montebelo Casa Africana e o atual edifiacutecio da
Casa do Povo da Longra
A origem do nome deve-se ao palacete ser constituiacutedo por trecircs
pisos no qual se encontram as duas ldquotorresrdquo que datildeo nome agrave
Casa
As carateriacutesticas desta casa satildeo
Casa verticalizada
Janelas com caixilhos muito variados revestidos com ferro forjado muito trabalhado
Caramanchatildeo com jardim e lago
Esta foi recentemente recuperada e inaugurada a 30 de Novembro de 2012 Atualmente acolhe
no 2ordm piso a sede do Conselho Empresarial do Tacircmega e Sousa e no piso 0 a Loja Interativa de
Turismo de Felgueiras sendo um polo impulsionador do empreendedorismo e do desenvolvimento
regional
Ilustraccedilatildeo 11 - Casa das Torres
Ilustraccedilatildeo 12 - Luiacutez Gonccedilalvez de Matos
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
13
Casa das Artes
Fonseca Moreira era filho de Joseacute Antoacutenio da Fonseca e de D Joaquina Rosa Moreira de Sendim
de Felgueiras onde nasceu em 23 de Julho de 1848 e foi para o Rio de Janeiro num navio de vela
aos 14 anos de idade laacute se fez homem laacute agrave custa de grande forccedila de vontade conseguiu fortuna
que lhe permitiu viajar por todo o mundo e dedicar-se agraves letras e agrave escrita Amante do teatro
escreveu e publicou enumeras peccedilas que levou agrave cena no Brasil e em Portugal
Em Felgueiras o seu nome ficaraacute eternamente associado ao teatro que fundou as instituiccedilotildees
que apoiou e agraves obras que erigiu
O edifiacutecio do Teatro Fonseca Moreira construiacutedo na segunda deacutecada do seacutec XX com o
patrociacutenio de Fonseca Moreira eacute inaugurado oficialmente com a presenccedila do seu fundador a 20
de novembro de 1921
Carateriacutesticas deste edifiacutecio
Portas e janelas altas
Varandas com sacadas em ferro forjado
Estatuetas
Ilustraccedilatildeo 13 - Teatro Fonseca Moreira no iniacutecio do seacutec XX
Ilustraccedilatildeo 14 - Casa das artes - atualidade
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
14
6 Conclusatildeo
A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi uma experiecircncia bastante enriquecedora e importante para a
nossa aprendizagem pela informaccedilatildeo e conhecimentos adquiridos
Assim foi possiacutevel obter uma visatildeo mais ampla e completa sobre Portugal no seacutec XIX e ainda
mais relevante ficamos a perceber a origem de parte da arquitetura das casas por onde
passamos todos os dias e que antes pouca atenccedilatildeo lhes prestaacutevamos Mais ainda conseguimos
ver uma beleza que antes natildeo captaacutevamos
Com certeza tambeacutem tivemos dificuldades mas que conseguimos superar pois tivemos o
acompanhamento das nossas matildees
Sinceramente esperamos que a professora tenha gostado do nosso trabalhohellippois gostamos muito
da disciplina E como ningueacutem nos estaacute a ldquoouvirrdquohellip podemos tambeacutem dizer hellip ldquogostamos da
professorardquo
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
15
Bibliografia
Manual da disciplina
Caderno diaacuterio
Informaccedilatildeo da loja interativa do turismo
Livro de Armando Pinto - Biblioteca
Internet
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
16
Anexo 1
In ilustraccedilatildeo Portuguesa de 02-06-1919
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
10
As pessoas das classes menos privilegiadas alimentavam-se sobretudo de patildeo legumes toucinho
e sardinhas
Vestuaacuterio
As pessoas mais ricas das cidades vestiam-se de acordo com a moda francesa As mulheres
vestiam saias ateacute ao chatildeo com roda com uma armaccedilatildeo de lacircminas de accedilo e batanas ndash a crinolina
Passou tambeacutem a usar a tournure uma espeacutecie de almofada sobre os rins que levantava a saia
atraacutes Os homens vestiam calccedilas camisa colete casaca e chapeacuteu
As pessoas mais pobres vestiam roupas bastante simples adaptadas agraves tarefas que
desempenhavam
Divertimentos
Os nobres e os burgueses frequentavam os grandes jardins onde passeavam conversavam e
ouviam a muacutesica tocada nos coretos Reuniam-se tambeacutem nos cafeacutes e clubes jantares festas e
bailes iam agrave oacutepera ao teatro e ao circo
Os divertimentos dos populares eram semelhantes aos do campo feiras festas religiosas e
passeios ao campo domingo agrave tarde
Ilustraccedilatildeo 7 - vestuaacuterio dos homens da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Ilustraccedilatildeo 8 - vestuaacuterio das mulheres da nobreza e burguesia - seacutec XIX
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
11
5 Casas brasileiras ldquotorna-viagemrdquo
Marcas Arquitetoacutenicas do ldquoBrasileirordquo
O Minho eacute o lugar das evidecircncias do retorno do ldquoBrasileirordquo observando-se as representaccedilotildees
desse tempo particularmente nas casas dado que com os primeiros lucros do Brasil o emigrante
ldquocorre veloz ao lar amado a erguer as paredes do paacutetrio casebre e a continuar aqui a vida
laboriosa que nas terras do brasil foi a sua gloacuteriardquo
As representaccedilotildees feitas atraveacutes da localizaccedilatildeo e da decoraccedilatildeo das fachadas de casas
constituem alguns dos elementos que configuraram a personagem do ldquoBrasileirosrdquo e a teatralidade
do seu tempo Estas casas apresentam-se rebocadas e caiadas ou cobertas com azulejos
estando presentes as cores do Brasil com beirais de faianccedila varandas estreitas com guardas
de ferro forjado ou fundido platibandas decoradas lanternins claraboias e estatuetas aacutetrios
decorados com azulejo escadarias de madeiras preciosas tetos de estuque portas e janelas
altas encimadas por bandeiras com vitrais coloridos lustres de cristal e delicados moacuteveis e
porcelanas
Em Felgueiras na segunda metade do seacutec XIX e primeira metade do seacutec XX os emigrantes
Brasileiros tambeacutem construiacuteram as suas habitaccedilotildees com uma arquitetura original e jaacute acima
referida
Nesta eacutepoca a vila era considerada uma das mais bonitas do paiacutes ver anexo 1
Ilustraccedilatildeo 9 - Interior de uma casa do brasileiro
Ilustraccedilatildeo 10 - Torre de uma casa do brasileiro
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
12
Casa das Torres
Esta Casa emblemaacutetica do Concelho de
Felgueiras de arquitetura chamada
brasileira remonta agrave deacutecada anterior
aos anos 20 sensivelmente pelos anos de
1915 ateacute 191718 e foi mandada
construir por um emigrante felgueirense
no Brasil o Sr Joseacute Joaquim Oliveira da Fonseca
Estes portugueses regressados agrave paacutetria eram conhecidos por brasileiros (ou ldquobrasileiros de
torna-viagemrdquo) em virtude de terem amealhado a sua riqueza no Brasil tornando-se por isso na
altura construtores deste tipo de palacetes no paiacutes
Mas quem a desenhou e projetou foi o Sr Luiacutez Gonccedilalvez de Matos conforme era referido na
eacutepoca natural do concelho de Felgueiras Longra
Este foi autor de outras casas no concelho nomeadamente na
Longra casa de Montebelo Casa Africana e o atual edifiacutecio da
Casa do Povo da Longra
A origem do nome deve-se ao palacete ser constituiacutedo por trecircs
pisos no qual se encontram as duas ldquotorresrdquo que datildeo nome agrave
Casa
As carateriacutesticas desta casa satildeo
Casa verticalizada
Janelas com caixilhos muito variados revestidos com ferro forjado muito trabalhado
Caramanchatildeo com jardim e lago
Esta foi recentemente recuperada e inaugurada a 30 de Novembro de 2012 Atualmente acolhe
no 2ordm piso a sede do Conselho Empresarial do Tacircmega e Sousa e no piso 0 a Loja Interativa de
Turismo de Felgueiras sendo um polo impulsionador do empreendedorismo e do desenvolvimento
regional
Ilustraccedilatildeo 11 - Casa das Torres
Ilustraccedilatildeo 12 - Luiacutez Gonccedilalvez de Matos
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
13
Casa das Artes
Fonseca Moreira era filho de Joseacute Antoacutenio da Fonseca e de D Joaquina Rosa Moreira de Sendim
de Felgueiras onde nasceu em 23 de Julho de 1848 e foi para o Rio de Janeiro num navio de vela
aos 14 anos de idade laacute se fez homem laacute agrave custa de grande forccedila de vontade conseguiu fortuna
que lhe permitiu viajar por todo o mundo e dedicar-se agraves letras e agrave escrita Amante do teatro
escreveu e publicou enumeras peccedilas que levou agrave cena no Brasil e em Portugal
Em Felgueiras o seu nome ficaraacute eternamente associado ao teatro que fundou as instituiccedilotildees
que apoiou e agraves obras que erigiu
O edifiacutecio do Teatro Fonseca Moreira construiacutedo na segunda deacutecada do seacutec XX com o
patrociacutenio de Fonseca Moreira eacute inaugurado oficialmente com a presenccedila do seu fundador a 20
de novembro de 1921
Carateriacutesticas deste edifiacutecio
Portas e janelas altas
Varandas com sacadas em ferro forjado
Estatuetas
Ilustraccedilatildeo 13 - Teatro Fonseca Moreira no iniacutecio do seacutec XX
Ilustraccedilatildeo 14 - Casa das artes - atualidade
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
14
6 Conclusatildeo
A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi uma experiecircncia bastante enriquecedora e importante para a
nossa aprendizagem pela informaccedilatildeo e conhecimentos adquiridos
Assim foi possiacutevel obter uma visatildeo mais ampla e completa sobre Portugal no seacutec XIX e ainda
mais relevante ficamos a perceber a origem de parte da arquitetura das casas por onde
passamos todos os dias e que antes pouca atenccedilatildeo lhes prestaacutevamos Mais ainda conseguimos
ver uma beleza que antes natildeo captaacutevamos
Com certeza tambeacutem tivemos dificuldades mas que conseguimos superar pois tivemos o
acompanhamento das nossas matildees
Sinceramente esperamos que a professora tenha gostado do nosso trabalhohellippois gostamos muito
da disciplina E como ningueacutem nos estaacute a ldquoouvirrdquohellip podemos tambeacutem dizer hellip ldquogostamos da
professorardquo
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
15
Bibliografia
Manual da disciplina
Caderno diaacuterio
Informaccedilatildeo da loja interativa do turismo
Livro de Armando Pinto - Biblioteca
Internet
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
16
Anexo 1
In ilustraccedilatildeo Portuguesa de 02-06-1919
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
11
5 Casas brasileiras ldquotorna-viagemrdquo
Marcas Arquitetoacutenicas do ldquoBrasileirordquo
O Minho eacute o lugar das evidecircncias do retorno do ldquoBrasileirordquo observando-se as representaccedilotildees
desse tempo particularmente nas casas dado que com os primeiros lucros do Brasil o emigrante
ldquocorre veloz ao lar amado a erguer as paredes do paacutetrio casebre e a continuar aqui a vida
laboriosa que nas terras do brasil foi a sua gloacuteriardquo
As representaccedilotildees feitas atraveacutes da localizaccedilatildeo e da decoraccedilatildeo das fachadas de casas
constituem alguns dos elementos que configuraram a personagem do ldquoBrasileirosrdquo e a teatralidade
do seu tempo Estas casas apresentam-se rebocadas e caiadas ou cobertas com azulejos
estando presentes as cores do Brasil com beirais de faianccedila varandas estreitas com guardas
de ferro forjado ou fundido platibandas decoradas lanternins claraboias e estatuetas aacutetrios
decorados com azulejo escadarias de madeiras preciosas tetos de estuque portas e janelas
altas encimadas por bandeiras com vitrais coloridos lustres de cristal e delicados moacuteveis e
porcelanas
Em Felgueiras na segunda metade do seacutec XIX e primeira metade do seacutec XX os emigrantes
Brasileiros tambeacutem construiacuteram as suas habitaccedilotildees com uma arquitetura original e jaacute acima
referida
Nesta eacutepoca a vila era considerada uma das mais bonitas do paiacutes ver anexo 1
Ilustraccedilatildeo 9 - Interior de uma casa do brasileiro
Ilustraccedilatildeo 10 - Torre de uma casa do brasileiro
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
12
Casa das Torres
Esta Casa emblemaacutetica do Concelho de
Felgueiras de arquitetura chamada
brasileira remonta agrave deacutecada anterior
aos anos 20 sensivelmente pelos anos de
1915 ateacute 191718 e foi mandada
construir por um emigrante felgueirense
no Brasil o Sr Joseacute Joaquim Oliveira da Fonseca
Estes portugueses regressados agrave paacutetria eram conhecidos por brasileiros (ou ldquobrasileiros de
torna-viagemrdquo) em virtude de terem amealhado a sua riqueza no Brasil tornando-se por isso na
altura construtores deste tipo de palacetes no paiacutes
Mas quem a desenhou e projetou foi o Sr Luiacutez Gonccedilalvez de Matos conforme era referido na
eacutepoca natural do concelho de Felgueiras Longra
Este foi autor de outras casas no concelho nomeadamente na
Longra casa de Montebelo Casa Africana e o atual edifiacutecio da
Casa do Povo da Longra
A origem do nome deve-se ao palacete ser constituiacutedo por trecircs
pisos no qual se encontram as duas ldquotorresrdquo que datildeo nome agrave
Casa
As carateriacutesticas desta casa satildeo
Casa verticalizada
Janelas com caixilhos muito variados revestidos com ferro forjado muito trabalhado
Caramanchatildeo com jardim e lago
Esta foi recentemente recuperada e inaugurada a 30 de Novembro de 2012 Atualmente acolhe
no 2ordm piso a sede do Conselho Empresarial do Tacircmega e Sousa e no piso 0 a Loja Interativa de
Turismo de Felgueiras sendo um polo impulsionador do empreendedorismo e do desenvolvimento
regional
Ilustraccedilatildeo 11 - Casa das Torres
Ilustraccedilatildeo 12 - Luiacutez Gonccedilalvez de Matos
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
13
Casa das Artes
Fonseca Moreira era filho de Joseacute Antoacutenio da Fonseca e de D Joaquina Rosa Moreira de Sendim
de Felgueiras onde nasceu em 23 de Julho de 1848 e foi para o Rio de Janeiro num navio de vela
aos 14 anos de idade laacute se fez homem laacute agrave custa de grande forccedila de vontade conseguiu fortuna
que lhe permitiu viajar por todo o mundo e dedicar-se agraves letras e agrave escrita Amante do teatro
escreveu e publicou enumeras peccedilas que levou agrave cena no Brasil e em Portugal
Em Felgueiras o seu nome ficaraacute eternamente associado ao teatro que fundou as instituiccedilotildees
que apoiou e agraves obras que erigiu
O edifiacutecio do Teatro Fonseca Moreira construiacutedo na segunda deacutecada do seacutec XX com o
patrociacutenio de Fonseca Moreira eacute inaugurado oficialmente com a presenccedila do seu fundador a 20
de novembro de 1921
Carateriacutesticas deste edifiacutecio
Portas e janelas altas
Varandas com sacadas em ferro forjado
Estatuetas
Ilustraccedilatildeo 13 - Teatro Fonseca Moreira no iniacutecio do seacutec XX
Ilustraccedilatildeo 14 - Casa das artes - atualidade
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
14
6 Conclusatildeo
A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi uma experiecircncia bastante enriquecedora e importante para a
nossa aprendizagem pela informaccedilatildeo e conhecimentos adquiridos
Assim foi possiacutevel obter uma visatildeo mais ampla e completa sobre Portugal no seacutec XIX e ainda
mais relevante ficamos a perceber a origem de parte da arquitetura das casas por onde
passamos todos os dias e que antes pouca atenccedilatildeo lhes prestaacutevamos Mais ainda conseguimos
ver uma beleza que antes natildeo captaacutevamos
Com certeza tambeacutem tivemos dificuldades mas que conseguimos superar pois tivemos o
acompanhamento das nossas matildees
Sinceramente esperamos que a professora tenha gostado do nosso trabalhohellippois gostamos muito
da disciplina E como ningueacutem nos estaacute a ldquoouvirrdquohellip podemos tambeacutem dizer hellip ldquogostamos da
professorardquo
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
15
Bibliografia
Manual da disciplina
Caderno diaacuterio
Informaccedilatildeo da loja interativa do turismo
Livro de Armando Pinto - Biblioteca
Internet
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
16
Anexo 1
In ilustraccedilatildeo Portuguesa de 02-06-1919
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
12
Casa das Torres
Esta Casa emblemaacutetica do Concelho de
Felgueiras de arquitetura chamada
brasileira remonta agrave deacutecada anterior
aos anos 20 sensivelmente pelos anos de
1915 ateacute 191718 e foi mandada
construir por um emigrante felgueirense
no Brasil o Sr Joseacute Joaquim Oliveira da Fonseca
Estes portugueses regressados agrave paacutetria eram conhecidos por brasileiros (ou ldquobrasileiros de
torna-viagemrdquo) em virtude de terem amealhado a sua riqueza no Brasil tornando-se por isso na
altura construtores deste tipo de palacetes no paiacutes
Mas quem a desenhou e projetou foi o Sr Luiacutez Gonccedilalvez de Matos conforme era referido na
eacutepoca natural do concelho de Felgueiras Longra
Este foi autor de outras casas no concelho nomeadamente na
Longra casa de Montebelo Casa Africana e o atual edifiacutecio da
Casa do Povo da Longra
A origem do nome deve-se ao palacete ser constituiacutedo por trecircs
pisos no qual se encontram as duas ldquotorresrdquo que datildeo nome agrave
Casa
As carateriacutesticas desta casa satildeo
Casa verticalizada
Janelas com caixilhos muito variados revestidos com ferro forjado muito trabalhado
Caramanchatildeo com jardim e lago
Esta foi recentemente recuperada e inaugurada a 30 de Novembro de 2012 Atualmente acolhe
no 2ordm piso a sede do Conselho Empresarial do Tacircmega e Sousa e no piso 0 a Loja Interativa de
Turismo de Felgueiras sendo um polo impulsionador do empreendedorismo e do desenvolvimento
regional
Ilustraccedilatildeo 11 - Casa das Torres
Ilustraccedilatildeo 12 - Luiacutez Gonccedilalvez de Matos
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
13
Casa das Artes
Fonseca Moreira era filho de Joseacute Antoacutenio da Fonseca e de D Joaquina Rosa Moreira de Sendim
de Felgueiras onde nasceu em 23 de Julho de 1848 e foi para o Rio de Janeiro num navio de vela
aos 14 anos de idade laacute se fez homem laacute agrave custa de grande forccedila de vontade conseguiu fortuna
que lhe permitiu viajar por todo o mundo e dedicar-se agraves letras e agrave escrita Amante do teatro
escreveu e publicou enumeras peccedilas que levou agrave cena no Brasil e em Portugal
Em Felgueiras o seu nome ficaraacute eternamente associado ao teatro que fundou as instituiccedilotildees
que apoiou e agraves obras que erigiu
O edifiacutecio do Teatro Fonseca Moreira construiacutedo na segunda deacutecada do seacutec XX com o
patrociacutenio de Fonseca Moreira eacute inaugurado oficialmente com a presenccedila do seu fundador a 20
de novembro de 1921
Carateriacutesticas deste edifiacutecio
Portas e janelas altas
Varandas com sacadas em ferro forjado
Estatuetas
Ilustraccedilatildeo 13 - Teatro Fonseca Moreira no iniacutecio do seacutec XX
Ilustraccedilatildeo 14 - Casa das artes - atualidade
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
14
6 Conclusatildeo
A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi uma experiecircncia bastante enriquecedora e importante para a
nossa aprendizagem pela informaccedilatildeo e conhecimentos adquiridos
Assim foi possiacutevel obter uma visatildeo mais ampla e completa sobre Portugal no seacutec XIX e ainda
mais relevante ficamos a perceber a origem de parte da arquitetura das casas por onde
passamos todos os dias e que antes pouca atenccedilatildeo lhes prestaacutevamos Mais ainda conseguimos
ver uma beleza que antes natildeo captaacutevamos
Com certeza tambeacutem tivemos dificuldades mas que conseguimos superar pois tivemos o
acompanhamento das nossas matildees
Sinceramente esperamos que a professora tenha gostado do nosso trabalhohellippois gostamos muito
da disciplina E como ningueacutem nos estaacute a ldquoouvirrdquohellip podemos tambeacutem dizer hellip ldquogostamos da
professorardquo
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
15
Bibliografia
Manual da disciplina
Caderno diaacuterio
Informaccedilatildeo da loja interativa do turismo
Livro de Armando Pinto - Biblioteca
Internet
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
16
Anexo 1
In ilustraccedilatildeo Portuguesa de 02-06-1919
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
13
Casa das Artes
Fonseca Moreira era filho de Joseacute Antoacutenio da Fonseca e de D Joaquina Rosa Moreira de Sendim
de Felgueiras onde nasceu em 23 de Julho de 1848 e foi para o Rio de Janeiro num navio de vela
aos 14 anos de idade laacute se fez homem laacute agrave custa de grande forccedila de vontade conseguiu fortuna
que lhe permitiu viajar por todo o mundo e dedicar-se agraves letras e agrave escrita Amante do teatro
escreveu e publicou enumeras peccedilas que levou agrave cena no Brasil e em Portugal
Em Felgueiras o seu nome ficaraacute eternamente associado ao teatro que fundou as instituiccedilotildees
que apoiou e agraves obras que erigiu
O edifiacutecio do Teatro Fonseca Moreira construiacutedo na segunda deacutecada do seacutec XX com o
patrociacutenio de Fonseca Moreira eacute inaugurado oficialmente com a presenccedila do seu fundador a 20
de novembro de 1921
Carateriacutesticas deste edifiacutecio
Portas e janelas altas
Varandas com sacadas em ferro forjado
Estatuetas
Ilustraccedilatildeo 13 - Teatro Fonseca Moreira no iniacutecio do seacutec XX
Ilustraccedilatildeo 14 - Casa das artes - atualidade
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
14
6 Conclusatildeo
A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi uma experiecircncia bastante enriquecedora e importante para a
nossa aprendizagem pela informaccedilatildeo e conhecimentos adquiridos
Assim foi possiacutevel obter uma visatildeo mais ampla e completa sobre Portugal no seacutec XIX e ainda
mais relevante ficamos a perceber a origem de parte da arquitetura das casas por onde
passamos todos os dias e que antes pouca atenccedilatildeo lhes prestaacutevamos Mais ainda conseguimos
ver uma beleza que antes natildeo captaacutevamos
Com certeza tambeacutem tivemos dificuldades mas que conseguimos superar pois tivemos o
acompanhamento das nossas matildees
Sinceramente esperamos que a professora tenha gostado do nosso trabalhohellippois gostamos muito
da disciplina E como ningueacutem nos estaacute a ldquoouvirrdquohellip podemos tambeacutem dizer hellip ldquogostamos da
professorardquo
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
15
Bibliografia
Manual da disciplina
Caderno diaacuterio
Informaccedilatildeo da loja interativa do turismo
Livro de Armando Pinto - Biblioteca
Internet
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
16
Anexo 1
In ilustraccedilatildeo Portuguesa de 02-06-1919
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
14
6 Conclusatildeo
A elaboraccedilatildeo deste trabalho foi uma experiecircncia bastante enriquecedora e importante para a
nossa aprendizagem pela informaccedilatildeo e conhecimentos adquiridos
Assim foi possiacutevel obter uma visatildeo mais ampla e completa sobre Portugal no seacutec XIX e ainda
mais relevante ficamos a perceber a origem de parte da arquitetura das casas por onde
passamos todos os dias e que antes pouca atenccedilatildeo lhes prestaacutevamos Mais ainda conseguimos
ver uma beleza que antes natildeo captaacutevamos
Com certeza tambeacutem tivemos dificuldades mas que conseguimos superar pois tivemos o
acompanhamento das nossas matildees
Sinceramente esperamos que a professora tenha gostado do nosso trabalhohellippois gostamos muito
da disciplina E como ningueacutem nos estaacute a ldquoouvirrdquohellip podemos tambeacutem dizer hellip ldquogostamos da
professorardquo
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
15
Bibliografia
Manual da disciplina
Caderno diaacuterio
Informaccedilatildeo da loja interativa do turismo
Livro de Armando Pinto - Biblioteca
Internet
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
16
Anexo 1
In ilustraccedilatildeo Portuguesa de 02-06-1919
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
15
Bibliografia
Manual da disciplina
Caderno diaacuterio
Informaccedilatildeo da loja interativa do turismo
Livro de Armando Pinto - Biblioteca
Internet
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
16
Anexo 1
In ilustraccedilatildeo Portuguesa de 02-06-1919
Portugal ndash Seacutec XIX
Joatildeo Fernando Joatildeo Miguel
Rodrigo Pinto
16
Anexo 1
In ilustraccedilatildeo Portuguesa de 02-06-1919