Pós-­‐‑Graduação  em  Gestão  e  Docência  do  Ensino  Superior

Autoridade X Autoritarismo

Daniela Franken, Karina Donata Garcia, Ilsa Andrade e Janaina Auler

AUTORIDADE    x    

AUTORITARISMO

Mahatma  Gandhi Adolf  Hitler

Autoridade  X  Autoritarismo

•  Autoridade: é uma espécie de poder continuativo no tempo, estabilizado, podendo ser caracterizado como institucionalizado, ou não, em que os subordinados prestam uma obediência incondicional, ao indivíduo ou a instituição detentores da autoridade.

•  Autoritarismo: Quando uma pessoa detentora de autoridade usa critérios baseados em abuso de autoridade e preconceitos, que acha que pode tomar decisões de autoridade sem consultar democraticamente seus subordinados. O abuso de poder é uma forma de ditadura.

Fonte: João Luis de Almeida Machado – Autoridade e Autoritarismo em Sala

de aula – Repensando a relação professor-aluno (pesquisa 23/05/11)

Abuso  do  Poder.

X

Conteúdo,  Metodologia,  comportamento  são  impostos  aos  alunos,  como  querer  que  eles  respeitem  essa  autoridade?

Paulo  Freire •  De acordo com Paulo Freire é evidente a necessidade de uma outra organização

para o funcionamento da escola, coerente com a proposta educacional libertadora, democrática e transformadora. É necessário que se faça a busca de uma novo modelo de relações entre professor e aluno, entre a equipe escolar e entre a escola e Sociedade.

•  A Educação não pode estar baseada em regras impostas, nem na burocracia, que restringe a possibilidade de decisão a uma minoria, nem em informações que se canalizam de cima para baixo, fortalecendo o autoritarismo de uns poucos e a submissão e dependência da maioria.

•  A busca constante de um entendimento do conceito disciplina passa do autoritarismo a uma participação construtiva da sociedade, onde a busca seria em torno de formar uma postura crítica e participativa do cidadão, para modificar sua realidade no contexto onde está inserido.

•  A disciplina deve ser utilizada como ferramenta para colaborar com a organização escolar e em consequência, para a apropriação do saber, deve proporcionar ao indivíduo maior autonomia, liberdade e criticidade, uma transformação que afetará também a sociedade de maneira construtiva.

•  É necessário novos paradigmas, impor a construção de uma nova metodologia de educação pública, herdeira das propostas de educação popular, mas mais ousada politicamente. Uma ousadia que parece muito distante das práticas e formulações dos educadores brasileiros.

•  Fonte: Disciplina Escola Autoridade X Autoritarismo – publicado em

02/01/2008

Como  estabelecer  o  reconhecimento  da  autoridade  em  sala  de  aula  

quando  o  professor  está  desvalorizado  socialmente?

As diversas correntes pedagógicas que se diferenciam e se entrecruzam, bem como a falta de domínio teórico e prático das mesmas, contribuíram para aumentar a crise em que se encontram os professores. Também as constantes mudanças nas políticas educacionais favoreceram essa desvalorização, pois os professores acabaram por seguir as orientações legais sem o devido conhecimento das teorias educacionais que informaram tais políticas. Não bastassem essas dificuldades no âmbito da teoria e prática da educação, as contínuas reduções salariais dificultaram ainda mais o fazer docente. Fonte: Artigo “A desvalorização do papel do professor na sociedade: Uma análise do trabalho docente e de suas condições salariais. ProfªDra. Mara Regina Martins Jacomeli Centro Universitário Salesiano-Unisal-SP

Segundo pesquisa da Profª. Drª. Mara Regina Martins Jacomeli em sua Tese a Desvalorização do Papel do Professor na Sociedade: uma análise do trabalho docente e de suas condições salariais, 83% dos professores entrevistados apontam a questão salarial como principal fator de desvalorização profissional.

O que não podemos deixar de enfatizar é o quanto se faz necessário para o professor recuperar a importância e relevância de seu papel e do trabalho que desempenha na sociedade. Para isso, deve assumir um papel atuante e participativo, bem como se envolver com as questões políticas e sociais da escola em que atua. O problema é multifacetado, mas certamente para que a gente mude a questão da aprendizagem temos que valorizar o professor. Primeiro, eles não estão capacitados dentro desafio atual da escola pública. Depois, o professor hoje ganha pouco, corre risco de vida, principalmente para quem trabalha nas periferias das grandes cidades com o problema da violência", destaca Mozart, que também é membro do Conselho Nacional de Educação (CNE).

Mesmo num ambiente liberal e democrático, a autoridade do professor continua sendo indispensável para garantir a todos o direito de aprender. A liberdade e a descontração costumam ser estímulos poderosos para a criatividade, mas não podem ser confundidas com a bagunça tolerada, porque esta atrapalha, desagrega e atrasa. (artigo retirado do Jornal Zero Hora, de 29 de maio de 2011) Seguir o caminho do “meio”, exercer a autoridade com regras, limites, no entanto sem abuso de poder, promovendo troca de conhecimento.

Equilíbrio •  “É proibido proibir”, resultou em coisas positivas, porém em alguns

desastres, como a atual crise de autoridade na família e na escola. “Tudo começa em casa”.

•  “Um não na hora certa é necessário, e mais que isso: é saudável e prepara bem mais para a realidade da vida”. Lya Luft – Educação e autoridade

•  Seguir o caminho do “meio”, exercer a autoridade com regras, limites, no entanto sem abuso de poder, promovendo troca de conhecimento.

•  Sendo um exemplo a ser seguido. " Cabe ao professor, ao organizar suas atividades, combinar regras

e normas que estabeleçam limites para todos. Fica muito mais fácil pedir silêncio quando a platéia entende que está infringindo.”

“A autoridade do professor deve derivar de sua postura profissional, da firmeza com que esclarece conceitos, dos planos de aula bem pensados e produzidos, de sua capacidade de ouvir, de seus estudos e atualização constantes e da clara consciência de que, naquele espaço sagrado chamado de sala de aula, ele deve exercer um comando que demonstre sua paciência, persistência, capacidade de argumentação e diálogo e, principalmente, expêriencia e inteligência…”