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ÀS SEXTAS EM CONJUNTO COM O PÚBLICO POR 1,60 PUB ALGARVE APOSTA NO MAR 3 O MAR NA DIETA PORTUGUESA 4 CRISE E OPORTUNIDADE: AGORA E JÁ 8 A VIABILIDADE DOS PORTOS COMERCIAIS NO ALGARVE 9 PORTOS DE PESCA LANÇAM GRANDES DESAFIOS 10 MARINAS NOVAS SÓ EM FERRAGUDO 10 REGIÃO 12 CLASSIFICADOS 14 PUB Um disparo acidental do próprio militar ditou a morte de um GNR do posto daquela força policial em Mon- chique. Aos 27 anos o ferimento na cabeça ditou o fim da carreira do jovem guarda republicano > 13 ACIDENTE POSTO DA GNR DE MONCHIQUE PERDE GUARDA COM DISPARO ACIDENTAL D.R. Depois de vinte e quatro anos sem vencer, as águias regressaram de Tavira a casa com a Taça de Portugal em Andebol nas mãos. O treinador dedica a vitória à direcção do clube da Luz > 12 ANDEBOL BENFICA LEVA TAÇA DE PORTUGAL DA MODALIDADE PARA A LUZ CA CLUBE ASSOCIADOS Veja anúncio na pág. 11 Algarve: O mar como futuro D.R. www.xlconta.com As ideias, projectos e obra na visão dos especialistas dos sectores ligados ao mar na região: Brandão Pires, Castelão Rodrigues e José Gonçalves Viana Especial Junho Director Henrique Dias Freire • Ano XXIII • Edição 1036 • Semanário à quinta-feira • 2 de Junho de 2011 • Preço 1

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Algarve:o mar como futuro em edicão especial com 10 páginas, com as ideias, projectos e obra na visão dos especialistas dos sectores ligados ao mar na região: Brandão Pires, Castelão Rodrigues e José Gonçalves Viana » ANDEBOL BENFICA LEVA TAÇA DE PORTUGAL NA FINAL EM TAVIRA » POSTO DA GNR DE MONCHIQUE PERDE GUARDA COM DISPARO ACIDENTAL

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às sextas em conjunto com o Público Por €1,60

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AlgArve ApostA no mAr 3 o mAr nA dietA portuguesA 4 Crise e oportunidAde: AgorA e JÁ 8 A viABilidAde dos portos ComerCiAis no AlgArve 9

portos de pesCA lAnÇAm grAndes desAFios 10 mArinAs novAs sÓ em FerrAgudo 10 regiÃo 12 ClAssiFiCAdos 14

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Um disparo acidental do próprio militar ditou a morte de um GNR do posto daquela força policial em Mon-chique. Aos 27 anos o ferimento na cabeça ditou o fim da carreira do jovem guarda republicano > 13

aCIDENTE pOSTO Da gNr DE mONCHIQUE pErDEgUarDa COm DISparO aCIDENTaL

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depois de vinte e quatro anos sem vencer, as águias regressaram de Tavira a casa com a Taça de Portugal em Andebol nas mãos. O treinador dedica a vitória à direcção do clube da Luz > 12

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CAClubeAssoCiAdosVeja anúncio na pág. 11

Algarve:o mar como futuro

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www.xlconta.com

as ideias, projectos e obra na visão dos especialistas dos sectores ligados ao mar na região: Brandão pires,Castelão rodrigues e José gonçalves Viana

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director Henrique dias Freire • Ano XXIII • Edição 1036 • Semanário à quinta-feira • 2 de Junho de 2011 • Preço € 1

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especial junho economia do mar

2 de Junho de 2011 | �

O próximO dia 20 marca o Dia Europeu do Mar e a temática, que diz tanto sobre o Algarve e Portugal e sobre os portugue-ses e a sua história, foi o mote para a edição especial do mês de Junho dedicada à realida-de actual desta que é uma das maiores riquezas nacionais e regionais.

O POSTAL foi saber como está a situação das infra-estru-turas ligadas ao sector portu-ário e das pescas e passa em

revisão o filme do presente e futuro das obras nestas áreas, em particular no que respeita a portos comerciais, de recreio e marinas.

Ouvimos as ideias e propos-tas e as resenhas do trabalho realizado para a área da náu-tica de recreio e das pescas, veiculadas por especialistas e por quem faz do mar e dos sectores associados o seu tra-balho diário.

Mas o mar é muito mais

do que economia e por isso o POSTAL traz-lhe uma visão do mar à mesa. A importância dos alimentos originários do meio marinho na dieta portuguesa e na promoção da saúde, é outra das perspectivas que a edição especial de Junho quer levar até si.

Mostramos uma parte do muito que foi feito nos últimos anos pelo chamado cluster do mar e o muito que há por fa-zer para que o Algarve venha

a ter a nível nacional e interna-cional a posição que lhe cabe como terra berço de marinhei-ros e descobertas e para que a nível da própria região este seja um sector alavanca para uma economia eternamen-te dependente de um sector único, o turismo.

A expressão o mar aqui tão perto e tão longe, pode aplicar-se à região algarvia que pese embora os esforços se mantém ainda muito de costas voltadas

à sua fronteira líquida. Uma costa imensa, áreas marinhas de enorme relevo e fluviais às quais se pode dar outra digni-

dade e futuro, são o panorama de uma região que tarda em perceber que o futuro, ontem como hoje, passa pelo mar.

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www.drapalg.min-agricultura.pt

Estamos consigoem terra e no mar!

Apoiamos o seu InvestimentoPromar 2007/2010:400 Projectos aprovados45 Milhões de euros investidosna produção, transformação ecomercialização do nosso pescado

M i n i s t é r i o d aA g r i c u l t u r ado DesenvolvimentoRural e das Pescas

,DRAP AlgarveDirecção Regionalde Agricultura e Pescasdo Algarve

COMUNIDADE EUROPEIA

FUNDO EUROPEU DAS PESCAS

AM À DAV OS VI

Algarve aposta no marUma das maiores riquezas regionais pode ser alavanca da economia regional

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especial junho ı economia do mar

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Salmão(Salmo salar)

Habitat: Mares e riosÁguas: Doces e salgadas frias

Classificação:Filo: ChordataClasse: ActinopterygiiOrdem: SalmoniformesFamília: Salmonidae

Considerado por muitos uma excelência no que toca a peixes, é um grande peixe da família Salmonidae, que tam-bém inclui as trutas.

O salmão é alimento de se-res humanos, focas, ursos, tu-barões, baleias e a cor rosada tão apreciada da carne resulta de um pigmento, a astaxanti-na. A pigmentação dá-se pela ingestão de camarões que têm na sua cadeia alimentar algas

e dos organismos unicelulares produtores do pigmento, que uma vez comido pelo salmão se acumula nos tecidos adipo-sos. Como a dieta do salmão é muito variada, o salmão natu-ral toma uma enorme varieda-de de cores, desde branco ou um cor-de-rosa suave a um vermelho vivo.

O salmão do Oceano Atlân-tico volta do mar à água doce para se reproduzir, quase sem-pre ao mesmo rio em que nas-ceu. À medida que se aproxima a época da procriação, a cabe-ça do macho muda de forma,

alongando e curvando a man-díbula inferior em forma de gancho e a carne ganha uma coloração esbranquiçada.

Enquanto o salmão do Oceano Pacífico morre após a reprodução, o do Atlântico reproduz-se mais de uma vez, em ambos os casos o peixe permanece na água doce nos dois ou três primeiros anos de vida antes de ir para o mar.

Polvo(octopus vulgaris)

Habitat: Oceanos e mares Águas: Águas temperadas, subtropicais e tropicais

Classificação:Filo: MolluscaClasse: Cephalopoda Ordem: Octopoda

Os polvos possuem oito for-tes braços com ventosas dis-postos à volta da boca. Como o resto dos cefalópodes, o polvo tem um corpo mole mas não tem esqueleto interno, como as lulas possuem, nem externo, como o nautilus. Como meios de defesa, o polvo possui a ca-pacidade de largar tinta, e de camuflagem, conseguida atra-vés dos cromatóforos que lhe permitem até a deformação da pele criando rugosidades. Este animal de extraordinária inteligência possui ainda auto-nomia isto é a capacidade de para defesa deixar um ou mais dos seus oito braços para esca-par ao predador.

Os polvos não possuem ten-táculos, mas sim oito braços, ao contrário das lulas e sépias que, além dos oito braços, pos-suem dois tentáculos, que ac-

tuam durante a reprodução.Como os membros são usa-

dos na locomoção, também é possível classificar os polvos como octópodes.

Todos os polvos são preda-dores e alimentam-se de pei-xes, crustáceos e invertebra-dos, que caçam com os braços e matam com o bico quitinoso de que dispõem no centro dos braços. Para auxiliar à caça, os polvos desenvolveram visão binocular e olhos com estru-tura semelhante à do órgão de visão do ser humano, que têm percepção de cor.

Um problema que actual-mente afecta a captura dos polvos no Algarve como na re-gião, ao que o POSTAL apurou junto dos pescadores, prende-se com o facto de a nova legis-lação permitir a captura deste

molusco com covos iscados com caranguejo, o que per-mitiu aos grandes armadores manterem as artes mais tempo no mar, dada a sobrevivência deste tipo de isco face aos is-cos típicos.

Esta situação aliada ao facto d as fêmeas de polvo em ges-tação preferirem o caranguejo como alimento levou a que as polvo gestantes fossem cap-turadas em massa e não che-gassem assim a deixar descen-dência.

Um quadro que parece es-tar a afectar seriamente a po-pulação de polvos na região e que dá sinais de alarme, em particular nas comunidades piscatórias tradicionais que detectam já uma significativa quebra das capturas.

Peixe-eSPada (branco / preto)(Trichiurus lepturus / aphanopus carbo)

Habitat: Oceano e mares abertosÁguas: Salgadas tropicais e temperadas / Salgadas frias

Classificação:Filo: ChordataClasse: Actinopterygii / Ostei-chethyesOrdem: PerciformesFamília: Trichiuridae

O peixe-espada é um pei-

xe das regiões tropicais e temperadas dos oceanos que atinge 3,5 metros de comprimento, possuindo corpo alongado com a ca-beça cónica e a cauda pon-tiaguda (semelhante a uma espada), boca prognata com exposição dos dentes), nadadeira dorsal inteiriça e traseira com espinhos.

O peixe-espada é um dos vários peixes gordos, que possuem maior quantida-de de gordura ômega-3 e selénio do que a os peixes brancos.

O peixe-espada preto é

um peixe muito apreciado na Região Autónoma da Madeira, onde é capturado e abundantemente consu-mido, mas apresenta já em Portugal continental um forte consumo.

São vários os pratos tra-dicionais madeirenses que têm como ingrediente este peixe, sendo famoso o pei-xe-espada acompanhado por banana.

Este género de peixe-espa-da existe essencialmente nas águas frias no oceano atlân-tico e apresenta um corpo extremamente alongado.

o mar na dieta portuguesaMuito mais do que saúde económica, o consumo de produ-tos alimentares oriundos do mar representa um aspecto fundamental da saúde humana

A dietA é hoje confirmada-mente uma das principais medidas de doenças e deter-mina igualmente, em grande medida, a condição física geral e qualidade de vida.

Uma dieta alimentar deve ser sempre variada, incluir ali-

mentos de todo o espectro da roda alimentar dos hortícolas à carne e dos lacticínios às gor-duras e óleos. Lugar também para os cereais e derivados, frutas, leguminosas e ovos.

O pescado enquadra-se tam-bém nesta panóplia do bem comer e da quantidade total de carne, pescado e ovos in-geridos deve representar uma porção importante dadas as suas características nutricio-nais.

O peixe é considerado um alimento de fácil digestão e rico nutricionalmente, por ser fonte de proteínas de ele-vado valor biológico, e rico em vitaminas do complexo B, de-

terminantes no metabolismo das células. Além destes cons-tituintes o pescado apresenta minerais como o iodo, fósforo, sódio, potássio, ferro e cálcio e a gordura que dele se obtém é considerada de melhor quali-dade do que a da carne, por ser rica em ácidos gordos insatu-rados e conter baixa proporção de ácidos gordos saturados.

os ‘peixes gordos’ Alguns peixes, vulgarmente denomi-nados peixes gordos - sardi-nha, salmão, garoupa, peixe-espada preto e atum, entre outros - são extremamente ricos em gordura polinsatura-da, especialmente em ácidos gordos ómega 3.

Os ómega 3 são essenciais ao nosso organismo e devem ser componentes fundamentais na nossa alimentação. Estudos comprovam o papel protector do ómega 3 sobre o sistema cardiovascular e cerebrovas-cular e o seu papel preventivo sobre doenças como cancro, aterosclerose e Alzheimer.

No que respeita ao coleste-

Percentagens de alimentos que deve incluir uma dieta saudável:Cereais e derivados, tubérculos – 28%

Hortícolas – 23%

Fruta – 20%

lacticínios – 18%

Carne, pescado e ovos – 5%

leguminosas – 4%

Gorduras e óleos – 2%

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Sardinha(Sardina pilchardus)

Habitat: Oceano e mares aber-tosÁguas: Salgadas temperadas e frias

Classificação:Filo: ChordataClasse: ActinopterygiiOrdem: Clupeidae Família: Sardina, Dussumeria, Escualosa, Sardinella e Sardi-nops

A sardinha é geralmente de pequenas dimensões, 10-15 cm de comprimento, podendo atingir cerca de 30 cm, e possui uma característica cor pratea-da intensa com tons azulados ao nível do dorso. As sardinhas maiores, colhidas nas nossas águas, são provenientes do Porto Santo, atingindo dimen-sões de 20 cm.

Forma frequentemente grandes cardumes e alimen-ta-se de plâncton, mantendo-se entre os 25 e os 30 m de

profundidade durante o dia e entre os 15 e os 35 m durante a noite.

As sardinhas assadas são um dos pratos tradicionais na cozinha portuguesa e consti-tuem um dos tipos de peixe de maior consumo no país.

O Marine Stewardship Cou-ncil (MSC) atribuiu à pesca da sardinha pela arte do cerco em Portugal a certificação de sus-tentabilidade e boa gestão da actividade piscatória, esta é a primeira pescaria portuguesa

Carapau(Trachurus trachurus)

Habitat: Oceano e mares aber-tos Águas: Salgadas temperadas e frias

Classificação:Filo: ChordataClasse: ActinopterygiiOrdem: PerciformesFamília: Scombridae e Caran-gidae

O carapau é um dos peixes de consumo tradicional mais apreciados em Portugal, po-

dendo atingir entre 26 e 50 centímetros.

De corpo fusiforme, bastan-te musculado e com barbata-nas fortes, o carapau pode na-dar rápida e constantemente. Os adultos formam cardumes, que passam o Inverno afasta-dos da costa e só se aproxi-mam na Primavera e Verão, para desovarem. Noctívago quanto à alimentação o cara-pau refugia-se junto ao fundo durante o dia e alimenta-se à noite, próximo da superfície.

Os juvenis, conhecidos como “jaquinzinhos”, abrigam-se en-tre os tentáculos de medusas,

onde também obtêm restos das suas presas.

Quanto às zonas que habi-tam dividem-se em dois gru-pos, os da zona Oeste e os da zona do mar do norte. Os pri-meiros procriam desde a Baía da Biscaia até a Irlanda, en-quanto os do Mar do Norte, o fazem na zona sul desta imen-sa massa de água do Atlântico norte.

As fêmeas podem ter 140 mil ovas e constituem um prato especialmente aprecia-do em algumas culturas gas-tronómicas.

O focinho é largo com fortes dentes longos e afia-dos, semelhantes a presas.

Apresenta uma pele de coloração preta acobreada iridescente.

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rol, que actualmente é motivo de grande preocupação, os ní-veis encontrados no peixe são baixos, cerca de 30 mg/100 g, enquanto que nos crustáceos podem atingir 80 mg/100 g.

O peixe na alimentaçãO pOr-tuguesa O consumo de pro-dutos da pesca e aquacultura - peixe fresco, peixe congela-do, conservas e bacalhau - em Portugal é um dos mais eleva-dos da Europa, situando-se em mais de 55 kg por ano e por habitante.

O número de espécies de-sembarcadas nos portos na-

cionais ultrapassa as três centenas, com a sardinha, o carapau, o polvo, a pescada e o peixe-espada no topo da tabela.

De entre as espécies de aquacultura destaque para a truta, dourada, robalo, prega-do, linguado, enguia, sargos e amêijoas, como preferências dos portugueses.

Bacalhau, salmão e crustá-ceos integram a lista dos mais consumidos na qualidade de produtos alimentares mari-nhos importados.

Razões de sobra para consi-derar seriamente o peixe como

um dos elementos essenciais da alimentação e que mais be-nefícios traz à saúde e ao bem-estar, ainda mais quando se vive num país que disponibi-liza pescado fresco em quanti-dade e qualidade e no caso do Algarve quando se habita uma região com uma arreigada tra-dição de pesca e de culinária baseada no pescado.

Boa saúde e desenvolvimen-to económico num único acto, comer alimentos com origem no mar. Porque o mar

é muito mais do que um cluster económico e de desen-volvimento.

O pescado representa uma fatia importante na alimentação dos portugueses

fotos: dr

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COMISSÃO EUROPEIA

Fundo Europeu das Pescas

Projectos aprovados nas Regiões do Algarve e AlentejoProjectos aprovados nas Regiões do Algarve e Alentejo

Despesa Pública aprovada por Eixo na Região do AlgarveDespesa Pública aprovada por Eixo na Região do Algarve (34 Milhões de Euros)(34 Milhões de Euros)

Despesa Pública aprovada por Eixo na Região do AlentejoDespesa Pública aprovada por Eixo na Região do Alentejo (7,9 Milhões de Euros)(7,9 Milhões de Euros)

EncontramEncontram--se abertas candidaturas a investimentos produtivos na aquicultura, transformação e comercialização de se abertas candidaturas a investimentos produtivos na aquicultura, transformação e comercialização de

produtos da pesca, acções colectivas, pequena pesca costeira e promoção de produtos da pesca.produtos da pesca, acções colectivas, pequena pesca costeira e promoção de produtos da pesca.

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especial junho ı economia do mar

O país tem investidO significativamente nOs sectOres ligadOs aO mar na regiãO

O tempo de afirmação para as pescas no Algarve Desde tempos imemoriais

que o Algarve tem nas pescas uma das primeiras activida-des económicas de relevo. A pesca é indissociável da nos-sa tradição marítima tão em-blematicamente corporizada por Sagres, naquela que foi a primeira aventura global da Humanidade: a Epopeia dos Descobrimentos Portugueses.

Em alturas de conjuntura económico-financeira adversa como a que actualmente atra-vessamos, mais do que nunca, impõe-se combater as visões desprovidas de ambição que transmitem ad nauseam uma imagem redutora do nosso País e do Algarve em que so-mos pequenos, cada vez mais periféricos e com escassos pontos fortes onde alicerçar os nossos factores de compe-titividade futura.

Como podemos ser peque-nos, quando dispomos de uma das maiores Zonas Económi-cas Exclusivas do mundo, com perspectivas de vir a duplicar por via dos trabalhos da Estru-tura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental?

Como podemos ser geogra-ficamente excêntricos, quando detemos uma posição geoes-tratégica de excelência no Atlântico Médio, hub privile-giado no cruzamento das rotas marítimas internacionais nor-te-sul e oriente-ocidente?

É crucial recuperarmos esta centralidade atlântica “esqueci-da” e uma vez mais reencontrar-

mos no Mar e nos seus imensos recursos um desígnio nacional. Neste contexto, as pescas e a aquicultura são elementos in-contornáveis desta nova visão que se impõe, porque apesar dos vaticínios sobre o desapa-recimento/condenação à extin-ção deste ou daquele sector, o Algarve continua a ter nas suas pescas não só um importante sector de actividade económi-ca, com uma expressão social ainda muito significativa, prin-cipalmente ao nível dos seus nú-cleos e comunidades litorâneas, mas sobretudo uma via crucial para a construção de uma nova competitividade.

O Algarve, que tem na qua-lidade do seu peixe fresco, o

“melhor do mundo”, segun-do a opinião imparcial da es-magadora maioria dos turistas que nos visitam, dispõe actual-mente de uma oportunidade única para o repensar da sua estratégia de desenvolvimen-to futuro, num quadro que se quer territorialmente coeso e socio-economicamente mais equilibrado. Nesse sentido, não nos podemos esquecer que Portugal, país onde se re-gista o terceiro maior consu-mo mundial per capita de pes-cado, é deficitário ao nível da balança comercial dos produ-tos da pesca; que as perspec-tivas mundiais apontam para um crescimento exponencial no consumo destes produtos;

que o Algarve dispõe de con-dições naturais ímpares para a prática do cultivo aquícola em offshore; e que apesar da conjuntura económica adver-sa, os empresários continuam a investir neste sector.

A atestá-lo, as mais de 360 candidaturas da Região aprova-das ao abrigo do Programa Ope-racional das Pescas (PROMAR) 2007-2013, representando um investimento total de cerca de 45 milhões de euros, em que se destacam a instalação dos pri-meiros quatro lotes (para pro-dução de peixes e bivalves) na Área Piloto de Produção Aquí-cola em offshore da Armona e para duas novas armações para captura e engorda de atuns e

corvina, localizadas nas zonas do Barril (Tavira) e em Santa Maria (Faro) e os sete projectos para construção/moderniza-ção de unidades industriais de transformação e congelação de pescado e bivalves, importan-do em 9,2 milhões de euros de investimento, que possibilitam um aumento global da capaci-dade de processamento indus-trial sediada na região em mais 15 mil toneladas por dia.

Na importante área da qua-lidade, higiene e segurança no trabalho foram até ao mo-mento modernizadas 150 em-barcações de pesca, sendo que todos os pescadores algarvios têm já aprovadas ou em fase final de aprovação candidatu-

ras para a aquisição de coletes de salvação e de transmissores de localização usados em situ-ações de emergência (EPIRBS). Ao nível das intervenções nos Portos de Pesca e Locais de Abrigo, destacam-se a conclu-são das novas lotas de Albufei-ra e Quarteira e a remodelação da lota do Porto da Baleeira (Sagres), a remodelação e re-equipamento da lota de Por-timão e sua adequação para a venda electrónica de pescado, bem como a construção dos apoios à actividade piscatória nos portos de Cabanas, Sta. Lu-zia e Tavira, totalizando mais de seis milhões de euros em despesa pública.

Por tudo o atrás exposto, não só estamos absolutamente con-victos ser a pesca uma actividade com futuro, mas que é a mesma um dos factores críticos para o sucesso de qualquer estratégia integrada de desenvolvimen-to regional, desde que para tal consigamos ultrapassar, de uma vez por todas, alguns poderosos estrangulamentos que têm obs-taculizado à indispensável afir-mação deste sector e de entre os quais nomeamos: a crónica falta de organização, a subvalorização dos produtos da pesca e a pro-funda iniquidade que subsiste nos circuitos de comercialização, os deficits na formação e capa-citação de activos e a deficiente adequação às exigências associa-das à gestão dos recursos.

Castelão RodriguesPedro Monteiro

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a aquicultura tem sido uma das áreas de forte investimento com Olhão em destaque

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especial junho i economia do mar

IdeIas para o sector do mar

Crise e oportunidade: agora e já

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Mais uma vez estamos em crise, desta feita caracteri-zada pela excessiva despesa do Estado e da população e pela necessidade de investi-mento privado e não pelo seu endividamento em des-pesas não produtivas, o que vai obrigar a grandes redu-ções da primeira e aumen-tos do segundo.

Um dos sectores do Esta-do que mais cresceu nestes últimos anos foram as Au-tarquias, que criaram estru-turas muito alargadas sem cuidarem da sua capacidade de gerar riqueza sustentável: temos mais de 300 municí-pios em que nenhum tem dimensão suficiente para poder realizar um Plano Di-

rector Municipal (PDM) em condições nem autonomia financeira que lhe permita

viver sem transferências do Orçamento de Estado (OE).

Imaginemos que de agora

em diante acabam as trans-ferências do OE que não cor-respondam a serviços pres-tados e que portanto cada autarquia tem que ser sus-tentada por si própria: isto significará a diminuição dos seus quadros até atingir o li-mite imposto pelas receitas

provenientes das actividades que as possam gerar que em muitos casos certamente re-presentará elevado número de demissões e portanto de mais desempregados.

Haverá municípios com enormes dificuldades em ul-trapassar este problema mas também há alguns em que as potencialidades de desenvol-vimento são suficientes para permitir encontrar soluções sem necessidade de recorrer a auxílio externo

É o caso do Sotavento Al-garvio, onde os quatro mu-nicípios Castro Marim, Vila Real de Sto António, Tavira e Olhão podem desenvolver actividades náuticas que ab-sorvam todos os excedentes de funcionários resultantes da indispensável reorgani-zação que vai acontecer em breve e que nada poderá ou deverá atrasar se quisermos recuperar o nível de vida

que desejamos ter.Mas isto implica desde já a

tomada de consciência pelos autarcas actuais de que têm imediatamente de desen-volver modos de actuação que conduzam à criação de empreendimentos auto-su-ficientes e sustentados que permitam a existência de postos de trabalho para to-dos os que não podem conti-nuar a depender do OE.

Acontece que em todos es-tes municípios há projectos potenciais de empreendi-mentos náuticos que podem satisfazer estas necessida-des, bastando a vontade dos seus autarcas em realizá-los, o que até agora ainda não aconteceu, excepto num dos concelhos onde já foi inicia-do mas onde ainda há muito mais para ser feito.

José Carlos Gonçalves VianaEx- secretário de Estado

das Pescas

CÂMARA MUNICIPAL DE TAVIRAEDITAL Nº. 36/2011

Jorge Manuel do Nascimento Botelho, Presidente da Câmara Municipal de Tavira

TORNA PÚBLICO, que em reunião de Câmara Municipal, realizada no dia 25 de Maio de 2011, foram tomadas as seguintes deliberações:

1. Aprovada por maioria a proposta número 129/2011/CM, referente à 8ª. Alteração às Grandes Opções do Plano e 9ª. Alteração ao Orçamento;

2. Aprovada por unanimidade proposta número 130/2011/CM, referente à atribuição de apoios a entidades desportivas ao abrigo do RMAAD - Clube de Vela de Tavira e Clube de Ciclismo de Tavira;

3. Aprovada por unanimidade a proposta número 131/2011/CM, referente à atribuição de apoio à Casa do Povo de Con-ceição de Tavira;

4. Aprovada por unanimidade a proposta número 132/2011/CM, referente à atribuição de Subsídio em Espécie à Ordem Terceira da Nossa Senhora do Monte do Carmo;

5. Aprovada por unanimidade a proposta número 133/2011/CM, referente ao acordo de colaboração no âmbito da Educação pré-escolar - ano lectivo 2010/2011;

6. Aprovada por unanimidade a proposta número 134/2011/CM, referente à doação de Bens Informáticos ao Município de Tavira - Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento Vertical de Escolas D. Manuel I de Tavira;

7. Aprovada por unanimidade a proposta número 135/2011/CM, referente à anulação de dívida em execução fiscal Publi-cidade colocada na E.N. 125, Km135 - FILNETO II, Investimentos Imobiliários Unipessoal, Lda.;

8. Aprovada por unanimidade a proposta número 136/2011/CM, referente à programação Cultural em Rede - Algarve Central - Prestação de Serviços na Área da Produção Artística - Aprovação de Minuta de Contrato;

9. Aprovada por unanimidade a proposta número 137/2011/CM, referente ao Fornecimento de Refeições Escolares ao abrigo do Acordo Quadro nº AQ15 – RC da ANCP - Agência Nacional de Compras Públicas (Refeições Confeccionadas/Lote 5) - Relatório Preliminar;

10. Aprovada por unanimidade a proposta número 138/2011/CM, referente à alteração ao artigo 21.º do Regulamento do Terminal Rodoviário de Tavira;

11. Aprovada por unanimidade a proposta número 139/2011/CM, referente à E02/11/CP - Empreitada de Conservação e Restauro da Igreja de S. Pedro Gonçalves Telmo (Nossa Senhora das Ondas) - Análise de erros e omissões de projecto e prorrogação de prazo.

Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume.

Paços do Concelho, 25 de Maio do ano 2011

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL,

Jorge Manuel Nascimento Botelho

(POSTAL do ALGARVE, nº 1036, de 2 de Junho de 2011)

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MINISTÉRIO DAS FINANÇASDIRECÇÃO GERAL DOS IMPOSTOS - DGCIJUSTIÇA TRIBUTÁRIA

Serviço de Finanças de TAVIRA-1139

2ª Publicação

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 1139.2011.64 - Fracção autónoma designada pela letra AV, destinada a habitação, tipo T2, no Edifício B, piso quatro, correspon-dente ao 4B do Edifício B, composto de sala, dois quartos, dois hall’s, uma cozinha e dois quartos de banho completos, com entrada pelo acesso ao edifiício B, no arruamento a norte e ainda com um lugar de garagem, identificado com o n.º 31, no piso menos um, com entrada pela porta identificada como porta A, no piso menos um, do parque de estacionamento subterrâneo construído sob o arruamento a norte,do prédio urbano constituído em propriedade horizontal, sito em Orada, Alameda do Convento, Lote 1, Freguesia de Albufeira, Concelho de Albufeira, inscrito na respectiva matriz sob o artigo n.º 20.119-AV, e descrito na Conservatória do Registo Predial de 12167/20010611-AV

Teor do Edital:Maria Suzel Gonçalves Nobre Andrez, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças TAVIRA-1139, sito em RUA AMALIA RODRIGUES 4, TAVIRA, faz saber que irá proceder à venda por meio de propostas em carta fechada, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal.

É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) ROBERT SABARI DEL AMO, residente em LAGOA, que deverá mostrar aquele bem a qualquer potencial interessa-do (249.º/6 CPPT), entre as 10:00 horas do dia 2011-05-23 e as 16:00 horas do dia 2011-09-12

O valor base da venda (250.º CPPT) é de m 146.956,7.

As propostas deverão ser enviadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados” ou entregues neste Serviço de Finanças, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço de Finanças, mencionando o número da venda no envelope e na respectiva proposta, indicando nesta ultima, nome, morada e número de identificação fiscal do proponente. O prazo para recepção de propostas termina às 11:00 horas do dia 2011-09-14 procedendo-se à sua abertura pelas 11:00 horas do dia 2011-09-14, na presença do Chefe do Serviço de Finanças (253.º/a CPPT). Não serão consideradas as propostas de valor inferior ao valor base da venda (250.º/c CPPT).

Se o preço mais elevado, com o limite mínimo do valor base para venda, for oferecido por mais de um proponente, abre-se licitação entre eles, salvo se declararem que pretendem adquirir o(s) bem(ns) em compropriedade (253.º/b CPPT).

Estando presente só um dos proponentes do maior preço, pode esse cobrir a proposta dos outros, caso contrário proceder-se-á a sorteio (253.º/c CPPT).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fiscal, sob pena das sanções previstas na lei do processo civil (256.º/e CPPT e 898.º Código de Processo Civil - CPC).

No caso do montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas a uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/f CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal Sobre as Transmis-sões Onerosas de Imóveis, o Imposto do Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239º/2 e 242º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).

Identificação do Executado:N.º de Processo de Execução Fiscal: 1139200901032410

NIF/NIPC: 254139949

Nome: ROBERT SABARI DEL AMO

Morada: PQ EMPRESARIAL DO ALGARVE BL 8 21 - LAGOA – LAGOA

O Chefe de Finanças:

Maria Suzel Gonçalves Nobre Andrez

2011-05-19

(POSTAL do ALGARVE, nº 1036, de 2 de Junho de 2011)

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os portos de recreio são uma das infra-estruturas náuticas que podem ajudar a economia

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2 de Junho de 2011 | �

especial junho ı economia do mar

A viabilidade dos portos comerciais no AlgarveConheça os problemas e as soluções para as bases operacionais do tráfego marítimo da região

Os pOrtOs cOmerciais do Algarve, Faro e Portimão, têm um aproveitamento reduzido, em particular no que respeita à sua utilização para o trân-sito de mercadorias. Uma re-alidade que se agudizou nos últimos anos e que só recen-temente teve alguma alteração no porto de Portimão através do tráfego associado aos cru-zeiros e à ligação Portimão-Funchal-Canárias.

A aposta da Delegação Sul do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, lide-rada por Brandão Pires, é a de levar os portos comerciais do Algarve a um novo pata-mar em que estas infra-estru-turas passem a significar para o Estado resultados positivos do ponto de vista financeiro e em que a sua reorganização e reaproveitamento permitam um novo enquadramento das frentes ribeirinhas que lhes es-tão destinadas.

O POrtO de FarO A situação mais aguda do ponto de vista dos portos comerciais é a do porto de Faro, que apresenta um elevado grau de abandono e cuja recuperação apresenta desafios de maior dimensão.

As duas mercadorias que durante os anos mantiveram activa a infra-estrutura, com-bustíveis e areias, representam hoje um fraco volume de ne-gócios.

No caso dos combustíveis, a obrigação de transporte em barcos de duplo casco, que pelas suas dimensões não po-dem aceder ao Porto de Faro, põe de parte esta funcionali-dade do porto - mesmo que se equacionassem soluções como a de utilizar uma bóia exterior para a bombagem de combustível para terra através de pipeline - a que acrescem as dificuldades inerentes ao perigo de transportar estas mercadorias por qualquer meio através de uma zona am-bientalmente sensível como a Ria Formosa.

No âmbito da extracção de areias, os movimentos deste inerte naquele porto têm hoje uma expressão muito mais fra-ca do que anteriormente e por si só não garantem a viabilida-de da infra-estrutura.

Acrescem a estas limitações outras contingências ao desen-volvimento do porto, como a distância a que se encontra da costa, a profundidade do canal de acesso desde a barra e a necessidade de dragagens regulares do mesmo e, ainda, com o facto de estar situado dentro da Ria Formosa, uma área protegida.

Situações que representam dificuldades mas também e simultaneamente desafios no aproveitamento daquela estrutura.

Mas como refere Brandão Pires, “a principal questão dos portos de mercadoria no que toca à sua viabilidade prende-se com a organização da ca-deia de logística”, que no caso da região algarvia tem sempre privilegiado o transporte ro-doviário em detrimento do marítimo e mesmo do ferro-viário. “A logística no Algarve não está pensada para o trans-porte por mar embora fosse possível”, diz o responsável

pelo IPTM.

O casO de POrtimãO A sair de uma longa situação de fraca utilização está o porto comer-cial de Portimão. A contribuir para este feito está o crescen-te número de cruzeiros que anualmente escolhem a cida-de como destino e a ligação às ilhas atlânticas da Madeira e Canárias.

No caso dos cruzeiros, os números não param de au-mentar e estão previstas entrar na foz do Arade este ano cerca de 60 embarcações, um caso de sucesso no Algarve e mes-mo no país.

“Portimão tem a vantagem de não concorrer com o Porto de Lisboa nesta matéria e ser antes complementar da escala na capital, porque está a uma noite de viagem de Lisboa, o que é ideal para os cruzeiros”, diz Brandão Pires, que vê gran-de potencial de crescimento nesta área de aproveitamento do equipamento de Portimão.

A aposta nas ligações regu-lares representa um posiciona-mento estratégico que constitui hoje uma mais-valia fundamen-tal para os portos do Algarve.

“A ligação à Madeira, além de ter um importante tráfego

de passageiros e automóveis, que apresenta um crescimen-to constante, é hoje o principal canal de abastecimento das grandes superfícies da área alimentar da ilha”, destaca Brandão Pires.

O sucesso desta operação garantiu já a chegada a Por-timão de um novo navio do armador Armas, responsável pela linha marítima, que as-segurará maior capacidade de transporte de mercadorias e automóveis e mais conforto para os passageiros.

O porto do Arade é assim responsável por milhares de passageiros vindos e destina-dos à Madeira e por alimen-tar, no sentido mais estrito da palavra, os supermercados da ilha, onde o ganho de uma noite de viagem face a uma partida de Lisboa é determi-nante em partícula para os produtos perecíveis.

Mas nem tudo são rosas em Portimão e muito há a fazer para garantir a sustentabilida-de a longo prazo dos sucessos alcançados com a administra-ção do IPTM, o POSTAL foi co-nhecer as soluções e os projec-tos para os portos comerciais e desenha o futuro do Algarve nesta matéria (ver caixas).

Brandão Pires responsável pela Delegação Sul do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos

ricardo claro

Faro aguarda há muito a requalificação do porto comercial e o projecto do piloto português Carlos Sousa parece ser a respos-ta.Em fase de editais pú-blicos para averiguação de novos concorrentes, o projecto de mais de trin-ta milhões de euros de in-vestimento prevê instalar ali uma dupla valência de estaleiro para mega iates e de escola de tripulações em parceria com uma es-cola da área náutica ingle-sa.Dentro do projecto está a requalificação total do cais comercial, que man-terá ainda as valências co-merciais de mercadorias e passageiros.

A aposta está em que Faro receba cruzeiros de menores dimensões do que Portimão, dadas as dificul-dades do canal de acesso, e possa dar escoamento a mercadorias com uma nova abordagem à rede logística da região.

Estruturas como o Merca-do Abastecedor da Região de Faro e outros parceiros para escoamento de merca-dorias podem ser a resposta para que os navios que po-dem trazer carros e outros bens para a região possam partir de Faro cheios. É esta saída em vazio que põe ac-tualmente em causa a viabi-lidade do porto no comér-cio de mercadorias.

Projecto de trinta milhões para Farod.r.

Apesar do crescimen-to exponencial do tráfe-go no porto comercial de Portimão, o equipamento necessita de ser adaptado às necessidades actuais de procura e o projecto está na calha com prazo definido para terminar, 2014.

Enquadrado na grande requalificação urbana que reconverterá a zona entre o centro de Portimão e a ma-rina da cidade, o projecto para o Porto de Portimão passa pela remodelação da gare de passageiros e pela extensão do cais em 400 metros, o que permitirá receber vários navios em simultâneo.

As obras, essas, estão por conta das contrapartidas da construção da Marina de Ferragudo.

No âmbito da navegabi-lidade, as dragagens terão de ser feitas para permitir a entrada de navios de maior calado, um processo que se encontra em fase de es-tudo.

No âmbito da requalifica-ção agendada pela Câmara de Portimão para a zona, a criação do Centro de Mar de Portimão desenvolverá um conjunto de edificações que determinação a existências das mais variadas valências para as actividades náuticas e para os passageiros.

Portimão cresce em infra-estruturasd.r.

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especial junho i economia do mar

10    |  2 de Junho de 2011

Portos de pesca lançam grandes desafiosA pesca é hoje um sector diferente de outros tempos e os portos evoluíram pouco face à realidade

Muito se teM feito nos por-tos de pesca do Algarve, nome-adamente nos mais pequenos e na criação de estruturas de apoio à actividade, mas se esta é uma verdade, não menos o é que os maiores portos da re-gião têm grandes deficiências e que não respondem às actu-ais necessidades do sector.

Um desafio de grandes di-mensões quando, “há uma certa falta de paternidade dos portos de pesca”, reconhece o responsável pelos portos na região.

Há espaço a mais para as pescas nas áreas portuárias, numa comparação feita en-tre os custos da sua existên-cia e manutenção e o seu rendimento, mas estas con-tas não podem deixar de ter em consideração a impor-tância do sector no plano social, em particular no que respeita às populações cujos rendimentos dependem da pesca tradicional.

“O futuro dos principais portos de pesca passa, do nos-so ponto de vista, pelo reapro-veitamento do espaço, organi-zando-o e libertando áreas que permitam pela sua utilização

por privados arrecadar receitas para o Estado e verbas para a requalificação destes portos e dos de menores dimensões que não permitem aproveitamento de espaços nesta lógica”, afir-ma Brandão Pires, responsá-vel pelo Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos no Algarve (IPTM), em entrevista ao POSTAL.

OlhãO O grande pOrtO Em Olhão surgiram recentemente novas fábricas de transforma-ção de pescado que significam um novo aproveitamento da área portuária e trouxeram uma nova dinâmica ao porto. “De resto, em breve será lança-do um novo projecto que une a área da logística e estaleiros”, diz Brandão Pires.

O IPTM faz anualmente in-tervenções de manutenção na área que está sob sua gestão di-recta – existe uma importante fatia do porto sob a alçada da Docapesca - mas o responsável reconhece, “ o porto continua a precisar de intervenções de requalificação de que estamos a tratar no âmbito da questão do reordenamento das áreas

portuárias”.

nOvO pólO das pescas em vila real Em Vila Real de Santo António, “um porto de grande dimensão em termos de volume de valor transac-cionado”, refere Brandão Pi-res, está prevista uma grande intervenção com a criação de um pólo industrial que inclui a libertação de infra-estruturas associadas à pesca situadas na Ponta da Areia, transferindo-as com outras novas para a área portuária.

Para a Ponta da Areia está prevista, em substituição do que for transferido para o porto, a intervenção urbanís-tica projectada pelo arquitecto catalão Ricardo Bofil, que in-clui a construção de um hotel de grandes dimensões.

tavira O próximO grande prOjectO Para Tavira há boas notícias no IPTM. Recebidas há cerca de duas semanas, são 14 as propostas para a construção do novo porto de pesca dentro do limite orçamentado de dez milhões de euros.

A intenção do IPTM é a de adjudicar o mais rapidamen-

te possível as obras e, se tudo correr como agendado - es-tamos a analisar as propos-tas – deverá ver-se o trabalho avançar nos últimos meses deste ano.

Os pequenOs pOrtOs Houve várias intervenções em Ca-banas de Tavira, Santa Luzia, Quarteira e Albufeira e um pouco por todos os portos de pesca do sudoeste algarvio”, relembra Brandão Pires no que diz respeito aos portos mais pequenos.

Trata-se de portos mais di-fíceis de viabilizar devido ao pouco espaço que disponi-bilizam para a instalação de estruturas associadas à cadeia económica da pesca, mas que importa ter em conta, dada a sua enorme importância social e, neste âmbito, estão previs-tas para breve intervenções na zona de Sagres conciliadas com o Programa Polis Litoral Sudoeste e no porto de Lagos no âmbito da requalificação da Marina.

Muito por fazer numa área que caminha para novas rea-lidades, porque a pesca já não é o que era.

Aposta nos portos de pesca está atrasada face a outras áreas na região

Náutica de recreio

Marinas novas só em Ferragudosó ferragudo terá, em 2014, uma nova marina com mais de 300 postes de amarração e este será o próximo gran-de investimento da região a abrir portas ao mar na área das marinas, dando ao Arade mais uma infra-estrutura do género na margem poente.

Lagos prepara, entretan-to, as obras de requalifica-ção da marina e de toda a sua envolvente. Uma obra que, garante Brandão Pires, “avançará em breve” e que com base no Plano Sectorial de Lagos fará o equipamen-to ganhar um novo hotel e dará lugar a uma recompo-sição do porto de pesca e da lota, além de um reposicio-namento da zona do clube de vela.

FarO cOm prOjectO na calhaNa área dos portos de re-

creio, Faro vai acolher o por-to de recreio exterior junto à doca. “Há um projecto de base para este porto que foi alarga-do em termos de dimensão - quer na parte marítima, quer na componente terrestre e cuja viabilidade está estabele-cida entre o IPTM, a Câmara de Faro, a ARH e o Parque Natu-ral da Ria Formosa – e abran-ge toda a área da actual doca e envolventes, a zona do Hotel Eva e respectivas envolventes até à Estação da CP, uma zona de armazéns nas traseiras da estação e, ainda, uma zona a aterrar para lá da actual linha de caminho de ferro”, esclare-ce o responsável algarvio do IPTM.

O projecto, avança Bran-dão Pires, tem condições de viabilidade ambiental, mas a viabilidade no que respei-ta a financiamento depende dos privados se juntarem aos dois milhões de euros com-participados pelo PO Algarve e aos dois milhões adicionais que serão financiados pelo PI-DDAC/IPTM.

“Os financiamentos priva-dos resultarão de um concur-so público cujo caderno de encargos está a ser elaborado e que colocará no mercado es-tes terrenos, o porto interior e o porto exterior para encon-trar as parcerias privadas que permitam o desenvolvimento do projecto sem mais encar-gos para os cofres do Estado do que os quatro milhões de

euros já previstos”, revela o titular da delegação sul do instituto.

O concurso será lançado ainda este ano e há vários pri-vados interessados no projec-to que permite a construção de um hotel de cinco estrelas no seguimento do Hotel Eva, adiantou Brandão Pires ao POSTAL.

Relativamente aos restantes portos de recreio do Algarve, a intenção do IPTM é a de ce-lebrar com os clubes náuticos locais contratos programa que lhes permitam gerir as respectivas infra-estruturas e que regulem os termos em que a actual utilização destes portos é feita.

No caso de Olhão, o porto de recreio vai ser concessio-

nado, num processo em que só falta homologar a decisão do júri de concurso.

A ideia é aproximar as es-truturas de gestão dos utili-

zadores e deixar ao IPTM o papel de regulador da activi-dade e gestor das infra-estru-turas do ponto de vista geral e da articulação.

Mariana de Lagos entra brevemente em requalificação

d.r.

d.r.

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Sexta-feira (dia 3)Nestor e Nuno 17.30 horasLuís Guilherme 21.30 horas

Sábado (dia 4)Nestor e Nuno 17.30 horasTradicional Lavada 18 horasEzequiel Tomás 21.30 horas

Domingo (dia 5)Nestor e Nuno 17.30 horasChico Barata 21.30 horas

QuarteiraPraça do Mar

DiadoPescador

3, 4 e 5 de Junho (17.30 às 23 horas)

Design: POSTAL

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região

12    |  2 de Junho de 2011

Benfica arrebata Taça de AndebolVinte e quatro anos depois o troféu regressou à LuzGeraldo de [email protected]

Foi na época de 1986/87 que o Benfica ganhou pela última vez a Taça de Portugal.

Desta feita em Tavira, no jogo das meias-finais, com o F. C. Porto, a dez minutos do final perdia por 27 – 21. Con-seguiu recuperar, acabando por vencer por 30-29. Na ou-tra meia-final, a equipa da Ma-deira SAD, também ganhou à do Belenenses, pela diferença mínima, 26 – 25.

Na final, a equipa da Ilha da Madeira esteve melhor na primeira parte que aca-bou a vencer por 14 – 12. No início da segunda parte houve equilíbrio e emoção. Aos vinte e cinco minutos o Benfica, a recuperar, estava à frente do marcador, por duas bolas que veio aumen-tar para 29 – 24, sagrando-se assim vencedor da Taça de Portugal, vinte e quatro anos depois.

No final, José Silva, treinador do Benfica dedicou a vitória à direcção do clube “que sempre nos acompanhou. Aos meus jogadores pelo empenho e ao corpo técnico. Dar os parabéns ao Madeira SAD pela excelente época que fizeram”.

Harleys aquecem a cidade Na tarde do dia sexta-feira, mais de um milhar de motos mar-ca Harley-Davidson, come-çou a concentrar-se na Praça da República e permaneceu em Tavira, nos dois dias ime-diatos, naquela que foi a II Concentração Internacional de motos da mítica marca americana.

Com um vasto programa que incluiu jogos nas águas do Rio Gilão, acrobacias aéreas,

Bike Show, desfile nocturno e música ao vivo com as bandas Guanipera Blues Band, Spott Band, Teddy Boys e Re-cover Band.

Os concertos tiveram lugar na discoteca UBI e o momen-to alto foi o striptease. Na pe-numbra, as quatro bailarinas fizeram parar as conversas.

A organização contou com o apoio da Câmara Municipal de Tavira, da H-D Algarve e do Algarve Chapter.

Educação

Albufeira recebe reunião dos alunos PIEFTeve lugar nos dias 17 e 18 de Maio, no auditório da Câ-mara Municipal de Albufeira, o III Encontro Cultural e Cur-ricular dos alunos das Turmas PIEF - Plano Integrado de Edu-cação e Formação do Algarve.

Organizado pelo Pro-grama para a Inclusão e

Cidadania, marcaram pre-sença as turmas PIEF da re-gião, bem como os técnicos de intervenção local e profes-sores e representantes de um Agrupamento de Escolas e da Direcção Regional de Educa-ção do Algarve.

Esta actividade realizada

pela 3ª vez na região algarvia teve como objectivo partilhar de experiências, permitir aos jovens contactar com outras realidades e formas de estar e a vivência do espírito de partilha e de pertença, além de promo-ver a auto-estima e valorização pessoal, o desenvolvimento do

sentido de responsabilidade e respeito e promover a cidada-nia e a integração e divulgar os trabalhos dos jovens.

A abertura foi feita pelo Re-presentante da Estrutura de Coordenação Regional do PIEC, Rui Jerónimo e foram apresen-tados pelas turmas PIEF do Al-

garve, filmes sobre os projectos desenvolvidos, música com per-cursão, didgeridoo, hip-hop, um workshop de máscaras e um levantamento de ideias sobre actividades de interesse social e comunitário, desenvol-vidas no âmbito do Ano Euro-peu do Voluntariado.

A Taça de Portugal partiu de Tavira rumo à Luz

luís forra

Taça dos clubEs campEõEs EuropEus Em aTlETismo

Obikwelu perde 200 metros para cubanoas equipas feminina e mas-culina do Sporting foram, res-petivamente, terceira e quarta classificadas na Taça dos Clu-bes Campeões Europeus de atletismo, que terminou no passado domingo, em Vila Real de Santo António, com novas vitórias da formação russa do Luch de Moscovo.

Depois de ter sido quarta em 2002, 2003 e 2009, a equipa fe-minina do Sporting subiu pela primeira vez ao pódio da com-petição, excedendo as expec-tativas.

No domingo, Vânia Silva, vencedora do martelo com novo recorde nacional (69,55 metros), e Naide Gomes, pri-meira no comprimento (6,74 metros), deram o sinal e, ao fim de mais sete provas, o Sporting somava 74 pontos, mais dois do que a equipa espanhola do Valencia Terra y Mar, vice-cam-peã nas últimas épocas, e qua-tro que a formação italiana do ES Esercito.

A equipa russa do Luch, cam-peã pela 14ª vez, somou 99 pon-tos, contra 82 da formação tur-ca do Enke, bem reforçada com duas atletas estrangeiras.

Vânia Silva, que também con-seguiu mínimos para os Mun-diais de Daegu, Coreia do Sul, e Naide Gomes foram as vedetas da equipa portuguesa.

No sector masculino, o Spor-

ting, desfalcado de alguns atle-tas, ficou aquém das expecta-tivas, falhando o pódio pela segunda vez nos últimos oito anos.

O Luch somou 134 pontos para mais uma clara vitória (a 13.ª em 15 anos), desta vez à frente da formação espanhola do Playas de Castellón, surpre-endente segunda com 113.

A equipa italiana do Fiam-me Gialle garantiu o terceiro lugar com 105 pontos, apenas mais três que o Sporting e qua-tro que a equipa britânica do Newham, que não contou com o seu saltador com vara.

Na jornada de domingo, Rui Silva, vencedor de uma cerra-da corrida de três mil metros, somou nova vitória, enquan-to Francis Obikwelu perdeu os 200 metros face ao cubano Yunier Perez, da formação es-panhola, e Edi Maia conseguiu um bom segundo lugar na vara, com 5,40 metros. ARC

Consultóriodo Consumidor

Campos de férias“Tenho filhos e, infelizmente, muitas vezes não consigo conciliar as minhas férias com as deles. Ouvi falar sobre campos de férias, mas não sei como funcionam”.

A DECO responde...

O Decreto-Lei n.º 163/2009, de 22 de Junho define “campos de férias” como iniciativas destina-das exclusivamente a grupos de crianças e jovens, com idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos, cuja finalidade compre-enda a realização de um progra-ma organizado de carácter edu-cativo, cultural, desportivo ou recreativo.Neste sentido, a actividade or-ganizadora de campos de férias só pode ser exercida por quem se encontrar licenciado para o efeito. Assim, as entidades or-ganizadoras deverão estar cla-ramente identificadas e ter um regulamento interno com as regras a observar por todos os elementos que integram o campo de férias, bem como ter um plano anual de actividades e um projecto pedagógico.Os campos de férias podem ser abertos – no caso em que a rea-lização do programa não impli-que o alojamento fora da resi-d ê n c i a h a b i t u a l d o s participantes –, ou fechados, nos restantes casos. Em todo o caso, os participantes devem ser per-manentemente acompanhados p elo p essoa l té c n ico do campo.A realização de um campo de férias deve compreender, no mí-nimo, a existência de um coor-denador, responsável pelo fun-cionamento do campo, e de um ou mais monitores, dependendo do número de participantes e sua idade.Na inscrição, os participantes devem ser informados, detalha-damente, da promoção e orga-nização do campo de férias, contendo um exemplar do re-gulamento interno, plano de actividades, preço da inscrição, da existência do seguro e iden-tificação da entidade promoto-ra.Refira-se que as entidades orga-nizadoras devem celebrar um seguro que cubra acidentes pes-soais dos participantes e que devem possuir livro de reclama-ções.

dr

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região

2 de Junho de 2011 | 13

GNR morto em MonchiqueDisparo acidental com arma de serviço sob investigação

Um militar da Guarda Nacio-nal Republicana (GNR) morreu na noite do passado domingo no posto de Monchique, na se-quência de um disparo aciden-tal com a arma de serviço, disse à Lusa fonte daquela força.

De acordo com o tenente-coronel Luís Sequeira, o aci-dente ocorreu cerca das 23:55 de domingo, quando o militar, que se preparava para entrar ao serviço, “manuseava a arma de fogo, e esta se disparou aci-dentalmente”.

Segundo a mesma fonte, o militar encontrava-se no inte-rior do posto acompanhado por outros elementos da GNR, onde chegou a ser assistido

por uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Mé-dica (INEM).

Fonte do INEM disse à Lusa que chegou a ser accionado um helicóptero, mas apesar dos esforços da equipa médica, a vítima acabou por falecer no local “com um ferimento na cabeça, aparentemente pro-vocado por arma de fogo”.

O militar, de 27 anos, per-tencia ao efectivo da GNR daquele posto algarvio, onde prestava serviço desde 2009.

O tenente-coronel Luís Se-queira acrescentou que foi aberto um inquérito pela GNR para apurar as causas do aci-dente. JPC

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O militar de 27 anos pertencia à GNR de Monchique

Tribunal de Vila real de SanTo anTónio

Caso de Cacela dá prisão preventiva ao atiradorO hOmem suspeito de ter co-metido um duplo homicídio na madrugada de terça-fei-ra da passada semana, numa casa de alterne em Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, está a aguardar julgamento em pri-são preventiva.

O homem, de 47 anos, é sus-peito de ter matado a tiro de espingarda a proprietária e o segurança do estabelecimento “Hospedaria Rita”.

O suspeito foi ouvido na quarta-feira da passada sema-na ao final da tarde pelo Tribu-nal de Faro, que decretou prisão preventiva como medida de co-acção, de acordo com a Polícia

Judiciária (PJ).A GNR registou na madruga-

da de terça-feira um duplo ho-micídio numa casa de alterne no centro de Vila Nova de Cace-la, onde morreu uma mulher, a proprietária do estabelecimen-to, e um homem, “barman” e “segurança”.

Os corpos foram removidos da “Hospedaria Rita”, numa operação que levou ao isola-mento do local do crime e ao corte do trânsito na rua princi-pal da Vila Nova de Cacela.

O crime, registado entre as 3 e as 4 horas de terça-feira, fi-cou sob investigação da Polícia Judiciária.

CCM

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SERVIÇOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS

ALAGOAA G Ê N C I A F U N E R Á R I A

281 322 652968 700 767918 530 058 / 966 088 [email protected]

Trav. Zacarias Guerreiro nº 2(Largo de S. Francisco)(Centro de Tavira)8800 – 740 Tavira

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Sempre a seu ladonos momentos difíceis da vida...

Então, esqueceu a sua velha amiga?Aquela que trata bem. Antiga Agência Puga

trata o seu ente querido como ninguém,

temos um serviço personalizado.

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Contactar: 918 296 436

TAVIRA

VIRGINIA MARIA LOURENÇO

96 ANOS

aGraDeciMeNTO e Missa De 7º Dia

Suaqueridafamíliacumpreodolorosodeverdeagrade-cerreconhecidamenteatodasaspessoasqueassistiramaofuneraldasuaentequerida,realizadonodia 30 de Maio,para o Cemitério de Tavira,bemcomoatodososamigosquemanifestaramoseupesaresolidariedade.InformamqueaMissa do 7º Dia,peloseueternodescanso,serácelebradadia03 de Junho, sexta-feira,pelas18,00 horas,naIgreja de São Paulo em Tavira

“Paz à sua Alma”

“ServiçosFúnebresefectuadospelaAgênciaFuneráriaPedro&Viegas,Ldª”

Tavira•Luz•V.R.StºAntónioTelm.964006390-965040428

Page 15: Postal2Jun1036

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Tel. / Fax: 281 323 205 / 281 325 197 - 965 484 819 / 962 604 552

Artigos Funerários e Religiosos / Catálogo de Lápides e Campas

AGÊNCIA FUNERÁRIA

TAVIRA

FERNANDO MANUEL SILVA DE SOUSA

63 ANOS

AGRADECIMENTOSua querida família cumpre o doloroso dever de agradecer reconhecidamente a todas as pessoas que assistiram ao funeral do seu ente querido, re-alizado no dia 1 de Junho, para o Cemitério de Tavira, bem como a todos os amigos que manifestaram o seu pesar e solidariedade.

“Paz à sua Alma”

“Serviços Fúnebres efectuados pela Agência Funerária Pedro & Viegas, Ldª”

Tavira • Luz • V.R.Stº AntónioTelm. 964 006 390 - 965 040 428

GUARDA - LISBOA - TAVIRA

GERMANO MARTINS

77 ANOS

AGRADECIMENTO E MISSA DE 7º DIA

Sua querida família cumpre o doloroso dever de agrade-cer reconhecidamente a todas as pessoas que assistiram ao funeral do seu ente querido, realizado no dia 30 de Maio, para o Cemitério de Tavira, bem como a todos os amigos que manifestaram o seu pesar e solidariedade. Informam que a Missa do 7º Dia, pelo seu eterno descanso, será celebrada dia 03 de Junho, sexta-feira, pelas 18,00 horas, na Igreja de São Paulo em Tavira

“Paz à sua Alma”

“Serviços Fúnebres efectuados pela Agência Funerária Pedro & Viegas, Ldª”

Tavira • Luz • V.R.Stº AntónioTelm. 964 006 390 - 965 040 428

Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia

publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. C.L.

AO DIVINO ESPÍRITO SANTO AO MENINO JESUS DE PRAGAAO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

NOVENA INFALÍVEL

Ó Jesus, que disseste: “Pede e receberás, procura e acharás. Bate e a porta se abrirá”. Por intermédio de Maria Vossa Mãe Santíssima, eu bato, procuro e Vos rogo que minha prece seja atendida.

(Menciona-se o pedido).Ó Jesus, que disseste: “Tudo que pedires ao Pai em meu nome, Ele atenderá”.

Com Maria, Vossa Santa Mãe, humildemente rogo ao Pai em vosso nome que minha prece seja ouvida.(Menciona-se o pedido).

Ó Jesus que disseste: “- O Céu e a terra passarão, mas a minha palavra não passará”.Com Maria, Vossa Mãe Bendita, eu confio que a minha oração seja ouvida.

(Menciona-se o pedido).Rezar 3 ave-marias e uma salve-rainha.

Em casos urgentes, esta novena deverá ser feita em 9 horas.Mando publicar por ter alcançado

uma grande graça. Agradece. O.S.

Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia

publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. E.V.

Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia

publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. T.P

FUNERAIS | CREMAÇÕES | TRASLADAÇÕES ARTIGOS RELIGIOSOS

MANUTENÇÃO DE CAMPAS E JAZIGOS FLORES

Funerárias:Sítio da PalmeiraLUZ DE TAVIRATel. /Fax: 281 961 170

Av. Maria LizardaMONCARAPACHOTel: 289 798 380

Rua Soledade 19OLHÃOTel. 289 713 534

Tlms: 966 019 297 (Carlos Palma) 963 907 469 (Gonçalo Correia) [email protected] - www.funeraria correia.pt

SERVIÇO PERMANENTE 24h

CONCEIÇÃO - TAVIRACABANAS DE TAVIRA - TAVIRA

JOSÉ AMARO VIDAL

03-08-1928 / 27-05-2011

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer for-ma, lhes manifestaram o seu pesar.

SANTIAGO – TAVIRASANTA MARIA - TAVIRA

HENRIQUE PATRÍCIO VIEGAS CAVACO

17-03-1923 / 28-05-2011

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer for-ma, lhes manifestaram o seu pesar.

CONCEIÇÃO - TAVIRA CABANAS DE TAVIRA - TAVIRA

LÚCIO POSSIDÓNIO BAPTISTA VICENTE

18-08-1932 / 30-05-2011

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes ma-nifestaram o seu sentimento e amizade.

CORUCHESANTA MARIA - TAVIRA

RODRIGO JOAQUIM DA SILVA TELES

16-02-1930 / 30-05-2011

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes ma-nifestaram o seu sentimento e amizade.

Page 16: Postal2Jun1036

ficha técnica

Sede: Rua Dr. Silvestre Falcão, n.º 13 C - 8800-412 Tavira - Algarve Tel: 281 320 900 | Fax: 281 320 909 E-mail: [email protected]

Director: Henrique Dias(CP 3259).

Director Comercial: Basílio Pires Editor: Ricardo Claro (CP 9238). Redacção: Cristina Mendonça (CP 3258), Geraldo de Jesus (CO 630), Helga Simão. Design: Pro-fissional Gráfica. Colaboradores fotográficos: José A. N. Encar-nação “MIRA” Colaboradores: Beja Santos (defesa do consumidor), Nelson Pires (CO76). Departamento Comercial, Publicidade e Assinaturas: Anabela Gonçalves, José Francisco. Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire, inscrito sob o nº 211 612 no Registo das Empresas Jornalísticas. Edição: Postal do Algarve - Publicações e Editores, Lda. Contribuinte nº 502 597 917. Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do Título (dgcs): nº 111 613. Impressão: Coraze - Olivei-ra de Azeméis Distribuição: Ban-ca - Logista, à sexta-feira com o Público/VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT.

Membro: APCT - Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação; API - Associação Portuguesa de Imprensa.

Tiragem desta edição:10.064 exemplares

O postal alterou o e-mail

da redacção:[email protected]

Esta é uma iniciativa das Bibliotecas Paula Nogueira do Agrupamento de Escolas Professor Paula Nogueira (Olhão) em parceria com a Casa da Juventude de Olhão e o POSTAL, que semanalmente divulga os problemas e as soluções deste jogo. Várias escolas do Algarve já aderiram à iniciativa: AE Professor Paula Nogueira (Olhão) / AE da Sé (Faro) / AE D. Afonso III (Faro) / AE Dr. Alberto Iria (Olhão) / Colégio Bernardete (Olhão) / AE Dr. João Lúcio (Fuseta) / AE de Estoi (Faro) / AE Joaquim Magalhães (Faro) / AE do Mon-tenegro (Faro) / AE de Castro Marim ( Vila Real de St. António) / AE Professora Diamantina Negrão / (Albufeira) / Agrupamento de Escolas José Belchior Viegas (Mega Agrupamento de São Brás de Alportel) / Escola Secundária João de Deus (Faro) / Casa da Juventude (Olhão). Convidamos todas as escolas e bibliotecas, interessadas em aderir ao Jogo da Língua Portuguesa e receber os materiais para o mesmo, a contactar: [email protected] ou [email protected]@gmail.com.

No Veram o meu mês preferido é o mês de Agosto.

No Verão o meu mês preferido é o mês de Agosto.

No verão o meu mês preferido é o mês de agosto.

No Verão o meu mês preferido é o mês de Augosto.

>> SoLução da semana passada>> ASSInALE A fRASE CoRRETAA Seleção Nacional de Futebol é espetacular.A Selecção Nacional de Futebol é espectacular.A Seleção Nacional de Futebol é espectacular.A Selessão Nacional de Futebol é espetacular.

A frase correta é: A Seleção Nacional de Futebol é espetacular.

Uma das principais alterações do Novo Acordo Ortográfico consiste na supressão das consoantes mudas. Assim, a consoante “C” quando não é pronunciada deixa de ser grafadas.

Segundo o novo acordo ortográfico deve escrever-se:

Segundo o novo acordo ortográfico deve escrever-se:

Pina quer reforço policialReacção à criminalidade deve determinar mais meios e efectivos presentes na região todo o ano

RefoRço policial todo o ano e colocação de câma-ras de videovigilância nas zonas comerciais, bares e calçadões das cidades são soluções para prevenir a criminalidade defendidas na passada terça-feira pelo presidente da Região de Tu-rismo do Algarve.

“Não podemos ter um po-lícia atrás de cada turista, mas pode haver um reforço policial ao longo de todo o ano e não apenas no Verão”, defendeu António Pina, em declarações à Lusa.

Accionar os mecanismos de câmaras de videovigi-lância nas cidades mais fre-quentadas do Algarve, no-meadamente nas zonas de bares nocturnos, comércio tradicional e calçadões é outra das soluções defen-didas pelo presidente do Turismo do Algarve para combater a insegurança na região algarvia.

“Esse mecanismo [videovi-gilância] é civilizado e tem bons resultados, nomeada-mente em países como a Holanda e Bruxelas”, justifi-ca, referindo que a privaci-dade das pessoas é para ser preservada em casa e que o que está em causa nas ruas é a “segurança” e não a in-vasão da privacidade.

Morte de turista teM sus-citado reacções A morte de um turista de 50 anos dez dias depois de ter sido atacado na rua por um gan-gue a 15 de Maio, em Albu-feira, tem suscitado reacções de vários organismos locais e regionais.

Apesar disso, a embaixa-da do Reino Unido em Lis-boa está preocupada com as agressões a turistas no Algarve mas, para já, não considera necessário refor-çar os alertas de segurança naquela região.

“Temos um processo per-manente em curso de conse-lhos ao viajante através do nosso site. É uma prática de vários anos. O Foreign Offi-ce (Ministério dos Negócios Estrangeiros) não alerta os conselhos globais para um

país perante um caso espe-cífico”, disse à Lusa fonte do gabinete de imprensa da embaixada.

Este último episódio é um “caso isolado de violência”, mas a “marca de seguran-ça no Algarve mantém-se”,

refere António Pina, admi-tindo, todavia, que a morte de um turista é sempre de “lamentar” e que vai afectar o turismo algarvio nem que seja apenas nos próximos dias.

CCM

António Pina

dr

última

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Paula Cristina Baptista ValentimEXTRACTO PARA PUBLICAÇÃO

Nos termos do artigo 100º, nºs. 1 e 2, do Código do Notariado, CERTIFICO:

Que, no dia treze de Maio de dois mil e onze, a folhas 69 do Livro de notas 154, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, na qual, a) José Gonçalves Martins, NIF 104.782.986, casado com Maria Celestina Lopes Mendonça Martins sob o regime da co-munhão de adquiridos, natural de Ameixial, Loulé, residente na Urbanização Quinta do Romão, Lote 3 C4, 3.º dt.º, Quarteira, Loulé.

b) Maria João Martins Gonçalves, NIF 108.432.262, casada com Eurico dos Santos Martins Murta sob o regime da comunhão de adquiridos, natural de Ameixial, Loulé, residente na Rua de 1.º Dezembro, n.º 30, Loulé (S. Clemente), Loulé, declaram:

Que são donos e legítimos possuidores, na proporção de dois terços indivisos para o identifi-cado na alínea a) e do restante terço indiviso para a identificada na alínea b), com exclusão de outrem, do prédio rústico, sito em Estragamantens, freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, composto por terra de cultura e pastagem com sobreiros, com a área de quinhentos e quatro mil e novecentos metros quadrados, que confronta do norte com Manuel António, do sul com Maria João Martins Gonçalves e José Reis, do nascente com Ribeira da Foupana e do po-ente com Manuel Mateus Pires e Outro, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 17.608, sem proveniência de outro artigo, com valor patrimonial tributário de 184,75m, que lhe atribuem.

Que este prédio, com a indicada composição, veio à sua posse por volta do ano de mil nove-centos e setenta e sete, a primeira outorgante, à data, no estado de solteira, em dia e mês que não podem precisar por partilha verbal feita com os demais interessados por óbito de seu pai, Francisco Gonçalves, casado com Maria Teresa, que também usava e era conhecida por Maria Teresa Martins, residente que foi em Figueirinha, Ameixial, Loulé, não tendo, porém, sido reduzida a escritura pública esta partilha.

Que desde aquela data em que se operou a tradição material do prédio, passaram a cultivá-lo, a pastorear nele os animais, a tratar dos sobreiros, a extrair a cortiça, a usufruir de todos os seus frutos e rendimentos e a suportar os seus encargos na proporção das respectivas quotas, agindo com a convicção de serem comproprietários daquele imóvel e como tal sempre por todos foram reputados.

Que nos termos expostos, vêm exercendo a composse sobre o mencionado prédio, com a indicada composição, ostensivamente, à vista de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja, em paz, continuamente, há mais de trinta e três anos, pelo que a propriedade do mesmo, foi por eles adquirida por usucapião, nas referidas proporções.

Está conforme o original.

Cartório Notarial de Loulé a cargo da notária Paula Cristina Baptista Valentim, treze de Maio de dois mil e onze.

A Colaboradora com autorização concedida nos termos do art.º 8.º do Decreto-Lei n.º 26/2004 de 04 de Fevereiro, na redacção que lhe foi dada pelo DL 15/2011 de 25 de Janeiro de 2011, publicada no sítio da ordem dos notários em 31 de Janeiro de 2011.

Maria Eugénia Silva Guerreiro

(n.º de inscrição na Ordem dos Notários 103/1)

Conta registada sob o nº PB 821 / 2011

(POSTAL do ALGARVE, nº 1036, de 2 de Junho de 2011)

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