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NOTÍCIAS

8.JAN.2013 N.594

www.aese.pt

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NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO

A ajuda ao desenvolvimento rompe a sua tendência ascendente

Os chineses já compram mais arte do que os norte-americanos

Europa: Pela primeira vez é travado o aumento da despesa na saúde

AGENDA

Almoço de Natal do Executive MBA AESE/IESE

Prof. Fátima Carioca recebe as insígnias do Doutoramento

Almoço de Natal dos participantes no 2º PAM

“Ética para dirigentes e administradores”

Dirigentes determinantes para o sucesso das empresas angolanas

O projeto Open na PT Lisboa, 17 de janeiro

TIC: Fazer melhor com menos custos Lisboa, 29 de janeiro

O dirigente como elemento diferenciador Lisboa, 23 de janeiro

Gestão Estratégica de Grandes Contas Porto, 14 e 15 de fevereiro

Dirigir a sua carreira Porto Palácio Congress Hotel, 16 de janeiro

Boletim

da Capelania

Lisboa, 11 e 12 de fevereiro

“Há que aprender com Ratam Tata” …

Direito ao trabalho

Aprender a desejar o conveniente

Cortes sanitários a favor da carteira e da saúde

GAEM _ Gestão Avançada da Economia do Mar Lisboa, 15 de fevereiro

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Culminando um trabalho docente e de investigação de vários anos, o Padre Pedro Regojo editou um li-vro, no qual concilia uma reflexão teórica aprofundada sobre a Ética empresarial, com casos reais de boas práticas.

A apresentação de “Ética para diri-gentes e administradores” decorreu no dia 19 de dezembro, numa ses-são de continuidade, organizada no âmbito da Cátedra "Ética na Em-presa e na Sociedade", promovida pela AESE e pela EDP. A sessão contou com a participação de Raul Diniz, Presidente da AESE, e Figueiredo Soares, Provedor de Ética da EDP.

A obra foi apresentada como um estímulo à excelência e ao exer-cício das virtudes humanas como fatores fundamentais para a cria-ção de um ambiente empresarial

responsável e respeitador da pes-soa, para além dos aspetos mera-mente formais relacionados com as normas e regras estabelecidas den-tro das próprias empresas. Esta visão de vanguarda, centrada na primazia das pessoas, foi o mote para um animado debate. Pedro Regojo colaborou com a AESE durante vários anos, como Professor de Contabilidade e Con-trolo de Gestão, Diretor de progra-mas e responsável pela Centro de Estudos da Empresa Familiar.

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“Ética para dirigentes e administradores”

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2 CAESE janeiro 2013

Prof. Pedro Regojo lança novo livro na AESE 19 de dezembro de 2012

Figueiredo Soares (EDP), Pedro Rego-jo e Raul Diniz (AESE), na apresen-tação da obra “Ética para dirigentes e administradores”

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A Professora Fátima Carioca rece-beu recentemente as insígnias do Doutoramento na Manchester Busi-ness School, da Manchester Uni-versity. A cerimónia realizou-se, no passado dia 11 de dezembro de 2012. Findo o seu DBA na área das boas práticas empresariais para a conci-liação do Trabalho e da Família, a Professora prossegue o seu traba-lho de docência na área de Comportamento Humano nas Orga-nizações da AESE, com especia-lidade em Relações Laborais. Fátima Carioca exerce ainda as função de membro da Direção da AESE e Diretora do Comité do Executive MBA AESE/IESE.

3 CAESE janeiro 2013

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Prof. Fátima Carioca recebe as insígnias do Doutoramento

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11de dezembro de 2012, em Manchester

Fátima Carioca doutorou-se pela Man-chester Business School

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A estratégia de internacionalização da AESE na formação de dirigentes e de executivos tem-se focado em África, especialmente em Angola. Em 2013, a ASM – Angola School of Management, instituição da qual a AESE é parceira, dará início à 5ª edição do PADE – Programa de Alta Direcção de Empresas, que se tem demonstrado ser uma aposta vencedora. “Os enormes desafios do País, a interconetividade dos aconteci-mentos mundiais, com rápidos re-flexos nas operações locais, a ex-pansão das atividades das em-presas para lá do seu espaço geo-gráfico local, desafiam constante-mente as capacidades e compe-tências dos Dirigentes Empresa-riais.” Jesus Nelson Martins, Diretor do PADE de Angola refere que simultaneamente “não é possível

(aos responsáveis das empresas) parar, porque à nossa volta estão os que aguardam pelas nossas decisões, pela nossa liderança, sensibilidade, integridade, capaci-dade de mobilização de recursos, discernimento dos problemas e orientação assertiva do caminho a seguir.” O PADE da ASM apresen-ta-se como “o caminho que permite responder de maneira muito positiva às expectativas das pes-soas exige perseverança, conhe-cimento e superação. A experiência da ASM tem demonstrado que o PADE, apoiando-se na longa ex-periência diretiva e docente dos professores da AESE e do IESE, se afirma cada vez mais como um espaço indispensável de análise de modelos de pensamento, de deci-são e de ação. Ao levá-los à prática, de forma profissional, as empresas melho-

Novas edições do PADE e PDE de Luanda arrancam em fevereiro de 2013

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Dirigentes determinantes para o sucesso das empresas angolanas

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ram, o que tem como consequên-cia, resultados mais satisfatórios de bens e serviços que beneficiam a economia do país. O PADE decorrerá de 7 de fevereiro a 6 de julho, em Luanda.

Para os dirigentes que trabalham diretamente com a direção geral das empresas, a ASM realiza o 2º PDE – Programa de Direcção de Empresas. José Maria Wanassi, Diretor do programa considera que “o posicionamento de Angola, das suas empresas, instituições e empresários a longo prazo em África e no Mundo, está dire-tamente ligado ao investimento que se fizer na formação dos seus quadros qualquer que seja o seu nível na estrutura hierárquica da empresa. Na ASM – Angola School of Management – entendemos que os Dirigentes são uma peça fundamental para o sucesso de qualquer empresa ou negócio e que cumprirão a sua função na medida em que estiverem bem formados e preparados e forem conscientes da sua responsabili-dade.

O PDE está estruturado de forma a oferecer ao gestor ferramentas que elevem a capacidade de estar à altura das suas responsabi-lidades, enfrentar os desafios que lhe são colocados e tomar as decisões que contribuam para a prosperidade da empresa.

Para esta 2ª edição do PDE, o nosso convite é dirigido aos Dire-tores-gerais de pequenas e mé-dias empresas e aos Diretores de Departamento de empresas de média e grande dimensão que tenham uma experiência mínima de 5 anos em lugares de Direção.” O PDE em Angola tem início no dia 5 de fevereiro e termina a 4 de julho de 2013.

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Lisboa, 15 de dezembro de 2012 Almoço de Natal do Executive MBA AESE/IESE foi antecedida pela missa no Oratório S. Josemaria

As leituras de hoje referem-se a dois profetas – Elias e João Baptista -, um dos quais é figura do outro. Explico-me: o Antigo Testa-mento dizia que antes de chegar o Messias viria o profeta Elias preparar a sua chegada. Por isso, os três Apóstolos que assistiram à Transfiguração de Jesus e assim se certificaram de que Ele era o Messias esperado, lembrando-se dessa antiga profecia, estranharam muito razoavelmente que afinal Elias não tivesse vindo como estava anunciado; só o viram na Transfiguração, ao lado de Jesus, juntamente com Moisés, mas desaparecera imediatamente. A verdade é que a vinda de Elias estava profetizada para o fim do mundo e o juízo final. Jesus confir-mou que nessa altura haveria de vir realmente o profeta, mas explicou que, de certo modo, ele já tinha vindo na pessoa de João Baptista:

«Elias já veio, e não o reconhe-ceram; antes fizeram dele o que quiseram. Assim também o Filho do Homem (Ele mesmo) há-de pade-cer às suas mãos». De facto, o anjo que anunciou o nascimento de João Baptista a Zacarias, seu pai, já lhe dissera que João iria diante de Deus «com o espírito e a força de Elias (…) para preparar ao Senhor um povo bem disposto» (Lc 1, 17). Que queria dizer com isso? Que cumpriria uma missão idêntica à de Elias; e essa missão era a de afastar do pecado o povo esco-lhido. Tanto Elias como João Bap-tista se empenharam em chamar o povo à penitência, isto é, à conver-são dos seus pecados.

Era uma missão importantíssima, porque a maior parte dos judeus esperava que o Messias viesse

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Missão e serviço: no natal e no quotidiano

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para salvar Israel do domínio pagão, que fosse, digamos, um Messias político, e o verdadeiro Messias, Jesus Cristo, não vinha ao mundo para isso, mas para nos salvar a todos do pecado, não do imperador. Os imperadores podem respeitar ou tirar a vida aos súb-ditos; não podem dar-lhes a vida, e menos ainda a vida eterna, que é o que mais importa. Esta vida passa e com ela todos os impé-rios; só um império não passa, que é o Reino de Deus. E João Baptista cumpriu muito bem a sua missão: vinham ter com ele grandes multidões para com-fessarem os seus pecados e bapti-zarem-se no Jordão em sinal de arrependimento, de contrição, dis-pondo-se a mudarem de vida. E assim João Baptista precedeu Jesus Cristo e preparou o terreno para que o povo pudesse reconhe-cer n’Ele o verdadeiro Messias e seguir os seus ensinamentos. Os primeiros discípulos de Jesus fo-ram precisamente alguns dos discípulos de João. E, uma vez preparado o caminho

da fé em Jesus, João disse: «É preciso que Ele cresça e eu diminua» (Jo 3, 30). Já não faço falta. Ele é que é «o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo» (Jo 1, 29). Eu não sou nada; sou apenas «uma voz do que clama no deserto» (Jo 1, 23). Eu sou a voz; Ele é a Palavra. A voz some-se; a Palavra fica. «Eu baptizo na água» (Jo 1 26), e a água some-se; «Ele vos baptizará no Espírito Santo» (Mt 3, 12), e o Espírito permanece para sempre.

E assim aconteceu: tal como tinha precedido Jesus no nascimento e na pregação, também O precedeu na morte, e morte violenta, por um capricho do rei Herodes. João era um eremita, afastado da vida comum do povo, mas uma das coisas em que João Baptista foi admirável foi como compre-endeu bem a purificação do povo na vida comum. Chamou o povo à penitência, à santidade; mas não o chamou ao deserto. Não lhe disse: - Deixai as preocupações terrenas; pensai só na vida eterna; vinde

comigo e imitai-me… Não senhor. Quando lhe per-guntavam o que deviam fazer para levarem uma vida santa, do agrado de Deus, respondia-lhes sistematicamente: vivei a caridade. «Quem tem duas túnicas dê uma ao que não tem; e quem tem que comer, faça o mesmo» (Lc 3, 11).

Toda a santidade está resumida em dois mandamentos: amar a Deus e amar o próximo por amor de Deus, isto é, não por mera simpatia, mas porque é filho de Deus e, logo, meu irmão. Não por sentimento, mas por sentido de responsabilidade: mesmo quando um irmão me aborrece, ou até me ofende, não deixa de ser meu irmão por isso, e eu devo fazer-lhe bem e tentar recuperar a sua amizade. Perdê-lo é perder-me, porque ele faz parte da minha vida. Mas em que consiste a caridade? Em serviço. E qual é o meu principal serviço? O meu trabalho, a minha profissão. Trabalhar é ser útil aos outros. S. Josemaria às vezes resumia isto em poucas

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palavras: «Para servir, servir». Para servir, servir para alguma coisa; uma pessoa que não serve para nada não serve ninguém: uma pessoa que serve para muito pode servir muitos. O nosso serviço ao próximo não se reduz à profissão, mas geral-mente é o serviço a que dedica-mos mais tempo. Logo, devemos procurar exercê-la honestamente e cada vez melhor. Ora todas as profissões levantam problemas morais. Por exemplo, a dos cobra-dores de impostos. Além de ser uma profissão sempre antipática, naquele tempo prestava-se bas-tante a abusos: o chamado «inte-resse corporativo» dos publicanos (que assim se chamavam os cobradores) levava-os com fre-quência a aumentar a parcela do que lhes tocava a eles como hono-rário ou vencimento. - «Mestre, perguntavam eles a João Baptista, que devemos fazer nós?» (Lc 3, 13) João não lhes disse: - Deixai essa profissão, porque é perigosa para a vossa alma… Disse-lhes pura e

simplesmente: - «Não exijais mais do que vos está fixado» (id. 14). Não abuseis da vossa posição.

Outra profissão difícil era a dos militares, que muitas vezes tinham de usar da força, ferir, aprisionar, e até matar. «Interrogavam-no tam-bém os soldados: - “E nós, que faremos?” Respondeu-lhes: “Não façais violência a ninguém”» (Id, 14) E eles podiam ter-lhe replica-do: - «Mas, se a nossa profissão é a violência!...» Não. O exército e a polícia não estão feitos para a violência, mas para defender o país e manter a ordem social com a menor violência possível. São os especialistas da violência contro-lada. Quando falta o exército ou a polícia, toda a sociedade se torna violenta e caótica. São profissões absolutamente necessárias e no-bilíssimas, excepto quando os tais «interesses corporativos» se com-vertem em ameaça para o Estado e eles entram pelo caminho da chantagem, exigindo sempre mais benesses e mais privilégios. Por isso, João Baptista, que os conhecia bem, acrescentou: «E contentai-vos com o vosso soldo»

com o vosso soldo» (id. Ibid.). Não há profissão honesta que não possa e não deva santificar-se.

Quem não pensa aqui na mensagem do Fundador do Opus Dei? Todas as profissões são difíceis moralmente quando se perde o sentido de serviço, o espírito de caridade, e se transformam numa exploração do próximo. Deixam mesmo de merecer o nome de «profissão», convertendo-se apenas em técnicas delituosas: de difamação, de furto, de mera especulação, e até de corrupção e morte. Mas quando há verdadeiro amor a Deus e ao próximo, todas as tarefas úteis se unem à vida de trabalho de Cristo e recebem d’Ele uma grandeza incomparável, humana e divina, desde as ocupações aparentemente mais humildes (que costumam ser as mais necessárias) até às que se consideram mais elevadas.

com o vosso soldo» (id. Ibid.). Não há profissão honesta que não possa e não deva santificar-se. Quem não pensa aqui na men-

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sagem do Fundador do Opus Dei? Todas as profissões são difíceis moralmente quando se perde o sentido de serviço, o espírito de caridade, e se transformam numa exploração do próximo. Deixam mesmo de merecer o nome de «profissão», convertendo-se ape-nas em técnicas delituosas: de difamação, de furto, de mera espe-culação, e até de corrupção e morte. Mas quando há verdadeiro amor a Deus e ao próximo, todas as tarefas úteis se unem à vida de trabalho de Cristo e recebem d’Ele uma grandeza incomparável, hu-mana e divina, desde as ocupa-ções aparentemente mais humil-des (que costumam ser as mais necessárias) até às que se consi-deram mais elevadas. Esta é uma das notas salientes dos programas da AESE: melhorar as técnicas de gestão, melhorando a ética profissional; dignificar qual-quer tarefa necessária à empresa, desde a ordem dos papéis ao lançamento de novos projetos; e

através dos números ver sempre pessoas, compreender os seus interesses, e buscar sempre o melhor modo de as servir. Quanto mais estiverdes atentos a este espírito, mais há-de valer o vosso título de MBA.

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9 CAESE janeiro 2013 Daniel Carmo, João Martins, Cristina Fronteira e Silva, Teresa Almeida, Rui Lourenço (11º Executive MBA AESE/IESE)

Paulo Marcelo e filha, Teresa Beleza, Luís Valente (12º Executive MBA AESE/IESE)

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No dia 15 de dezembro, a AESE reuniu os casais participantes no Programa Amor Matrimonial para um almoço de convívio a propósito da quadra natalícia.

"Apostamos na formação para muitas áreas da nossa vida, nomeadamente profissionais, e esquecemos o que é realmente importante”, comenta Bruno Proença, participante no Executive MBA AESE/IESE e no 2º PAM. “O principal projecto da vida deve ser a família. Assim, é essencial não deixar a formação nesta área para segundo plano. No PAM são abordados os temas fundamentais do matrimónio por oradores bem preparados e o método do caso facilita a troca de experiências entre os casais. No fim do dia, há uma aprendizagem que permite uma vivência mais rica em família".

Cátia e Pedro Albuquerque também participantes no programa referem que: “este Programa tem-nos apro-ximado pois tem permitido deixar vir “ao de cima” tantos pontos que ficam por abordar no dia-a-dia - ou porque não há tempo, ou não é oportuno, ou simplesmente porque não calha. Por outro lado, consideramos um privilégio podermos abordar as temáticas em grupo, ou seja com outros casais. Nem sempre no nosso dia-a-dia encontramos a possibilidade de conversar com outros casais sobre a vida de família, sobre o que nos preocupa, a forma como vemos temas simples. E aqui há espaço para esse diálogo. Consideramos que o facto de tomarmos juntos uma refeição, para dar início os trabalhos de cada aproxima os casais presentes e sessão -

10 CAESE janeiro 2013

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Almoço de Natal dos participantes no 2º PAM

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Participantes no programa Amor Matrimonial 15 de dezembro de 2012, em Lisboa

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algo que é parte integrante do programa do curso - motiva à partilha em grupo. Resta-nos dizer que aconselha-ríamos casais amigos a fazerem este Programa. Casais correntes, com os problemas comuns que têm aqueles que levam a sério a vida de família. Este programa não é para casais em crise. É para casais que querem viver plena-mente o seu matrimónio, na consciência de que há certamente momentos de crise mas que estes não têm a última palavra. “ Esta formação organizada pela AESE e pelo CENOFA, realiza-se no âmbito do Programa de Formação Integral que a AESE oferece aos Alumni da Escola. A 3ª edição do PAM começa a 16 de março. Para os candidatos que queiram antecipar a experiênca do programa e do método do caso, haverá uma sessão de Open House, a 16 de fevereiro. Para mais informações, contacte Lúcia Vasco

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11 CAESE janeiro 2013

Almoço de Natal do 2º PAM – Programa de Amor Matrimonial

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“Em 3 de Dezembro passado, dirigindo-se à Assembleia Plenária do Conselho Pontifício da Justiça e da Paz, o Santo Padre recordou que, «embora a defesa dos direitos tenha feito grandes progressos no nosso tempo, a cultura moderna (…) tende a desvalorizar a pessoa (…) O homem de hoje é conside-rado sobretudo (…) como “capital humano”, como um “recurso”, parte de uma engrenagem produtiva e financeira que o domina». Nessa perspectiva o desemprego pode chegar a ser considerado inclusivamente necessário para o reequilíbrio do «sistema». E nessa altura, o Estado (e, em geral, os centros decisórios da economia) limitam-se a sustentar esse «capi-tal» ou «recurso» inactivo em vista de uma futura «dinamização do mercado». Mas «o trabalho é um bem fundamental para o homem

(…) e, por isso, o objectivo do acesso ao trabalho para todos é sempre prioritário, mesmo nos períodos de recessão económica» (ibib.). Não está nas mãos do Estado criar trabalho para todos, evidentemen-te, mas tem, pelo menos, o dever de respeitar o direito de cada um a desenvolver alguma ocupação útil à sociedade, sem o sobrecarregar com tributos e exigências que a impeçam. É verdade que nenhum trabalho é sustentável fora de uma organização estadual e que esta tem o seu preço. Não nos quei-xemos, porém, de uma «economia paralela» quando a burocracia e a Justiça complicam de tal modo o exercício do trabalho, que acabam por torná-lo impraticável. Um «sistema» que não conte nem favoreça qualquer tipo de trabalho

honesto não conta com o homem nem com a sociedade real. Edições anteriores: Carta a um Amigo no Ano da Fé dezembro de 2012 O sonho de um mundo novo novembro de 2012 outubro de 2012

12 CAESE janeiro 2013

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Direito ao trabalho

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Boletim da Capelania

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Seminário Gestão Estratégica de Grandes Contas Lisboa, 11 e 12 de fevereiro Porto, 14 e 15 de fevereiro Saiba mais >

Seminários

Seminário TIC: Fazer melhor com menos custos Lisboa, 29 de janeiro Saiba mais >

Programa GAEM Lisboa, 15 de fevereiro Saiba mais >

Sessão de continuidade Dirigir a sua carreira Porto Palácio Congress Hotel, 16 de janeiro Saiba mais >

Sessão de Continuidade O dirigente como elemento diferenciador Lisboa, 23 de janeiro Saiba mais >

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AGENDA

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13 CAESE janeiro 2013

Programas

Sessão de Continuidade O projeto Open na PT Lisboa, 17 de janeiro Saiba mais >

Sessões de Continuidade

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Há que aprender com Ratam Tata 28-12-2012, in Público Lucro 26-12-2012, in Público Fármacos genéricos e saúde 17-12-2012, in Diário de Notícias A união bancária 12-12-2012, in Conselho Consultivo da Etv

AESE nos Media

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De 30 de novembro a 14 de dezembro de 2012

14 CAESE janeiro 2013

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PANORAMA

A ajuda ao desenvolvimento rompe a sua tendência ascendente O compromisso dos países ricos de aumentar a ajuda pública ao desenvolvimento (APD) enfraque-ceu com a crise. Em 2011, as contribuições líquidas de ajuda feitas pelos países do Comité de Ajuda ao Desenvolvimento (CAD) baixaram em termos reais 2,7%, segundo dados difundidos pela OCDE. É a primeira baixa desde 1997, embora se deva ter em conta que, em 2010, se alcançou a ajuda mais elevada alguma vez registada em termos reais. Em 2011, as contribuições líqui-das da APD ascenderam a 133.500 milhões de dólares,

0,31% do PIB dos países doado-res, longe dos 0,7%, habitualmen-te mencionados como objetivo. Do total da ajuda líquida, a ajuda bilateral dedicada a programas e projetos de desenvolvimento (isto é, sem incluir as dívidas perdoa-das e a ajuda humanitária) desceu 4,5%. Como exceção, a ajuda ao conti-nente africano aumentou 0,9%, até alcançar os 31.400 milhões. Isto é consequência do aumento da ajuda à África do Norte para mitigar os efeitos das revoluções nos países árabes.

Entre os países doadores, desta-cam-se pelo valor absoluto da sua ajuda os Estados Unidos, a Alemanha, a Grã-Bretanha, a França e o Japão. Em termos relativos, os que superam o obje-tivo dos 0,7% do PIB são a Holanda, a Noruega, a Suécia e o Luxemburgo. O mais sintomático é, no entanto, que 16 países reduziram a sua ajuda em consequência da crise económica. As baixas mais signifi-cativas registaram-se na Áustria (-14,3%), Bélgica (-13,3%), Grécia (-39,3%), Espanha (-32,7%) e Japão (-10,8%).

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15 CAESE jjaneiro 2013

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Que países como Grécia e Espanha não estejam em condi-ções de manter a sua ajuda compreende-se. A ajuda da Espanha foi, em 2011, de 4.264 milhões de dólares, equivalentes a 0,29% do PIB. A APD cresceu 63% desde 2000 até 2010, ano em que alcançou um recorde. Os efeitos da crise na ajuda ao desenvolvimento mani-festam-se com atraso mas, desde 2011, que vários doadores redu-ziram consideravelmente os seus orçamentos de ajuda e, nos próxi-mos anos, continuará a notar-se o efeito. Segundo o inquérito feito pelo CAD sobre previsões de gasto dos doadores, a ajuda poderá ter aumentado 6% em 2012 mas,

fundamentalmente, por emprésti-mos já atribuídos por organismos multilaterais. E, a partir de 2013, a ajuda poderia estagnar. Contudo, o desenvolvimento de regiões atrasadas não depende apenas da ajuda estrangeira. Bastaria que, em muitos destes países, os capitais se investissem lá, em vez de saírem para o exterior. Por exemplo, em África, segundo um relatório do Global Financial Integrity, 854.000 milhões de dólares saíram de forma ilegal entre os anos de 1970 e 2008. Este número é o dobro da ajuda ao desenvolvimento rece-bida nesse período. Os países com maior êxodo de capitais foram a Nigéria, o Egito, a Argélia, Marrocos e a África do Sul.

Grande parte dessas somas são fruto da corrupção, prática que começa a ser perseguida nos paí-ses recetores de capitais. A queda de ditadores árabes como Ben Ali na Tunísia, Kadafi na Líbia e Mubarak no Egito, levou a con-trolar as somas de fundos públi-cos depreciados e ocultados no estrangeiro. Em França, a justiça investiga a denúncia apresentada pela ONG Transparência Interna-cional contra três chefes de Esta-do africanos, por presumível des-vio de fundos públicos: Teodoro Obiang da Guiné Equatorial, De-nis Sassou-Nguesso do Congo e o já falecido presidente do Gabão, Omar Bongo. Como consequên-cia desta investigação, a justiça francesa apreendeu, em 2011, os bens de luxo que tinha, em Paris, o filho de Obiang, Teodoro.

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Não é que a corrupção seja algo exclusivo de África. Também exis-tem elevados níveis de corrupção em países asiáticos mas, como esses capitais se investem lá, a corrupção foi compatível com um crescimento económico notável. A diminuição da ajuda ao desenvolvimento não inquietará os que consideram que a ajuda não incentiva os governos dos países recetores a procurar vias alternativas para gerar recursos, e que cria dependência. É a tese sustentada por Dambisa Moyo, economista nascida na Zâmbia, no seu livro “Dead Aid: Why Aid is

Not Working and How There is a Better Way For Africa”. Moyo, que trabalhou no Banco Mundial, interroga-se sobre quais os moti-vos porque África não conseguiu o arranque que se produziu noutras regiões, como na Ásia, e porque razão não está a aproveitar as vantagens da globalização. A sua resposta é que o modelo baseado nas ajudas não conseguiu obter um crescimento económico sus-tentável, e que a sua aplicação provoca efeitos políticos e econó-micos adversos (corrupção, con-flitos, debilidade do capital social e da competitividade...).

Na sua opinião, haveria que se avançar a curto prazo para uma redução da ajuda concedida e implementar modelos alternativos que se mostraram eficazes nou-tras regiões. Talvez a crise económica dos países doadores fomente uma solução, não procurada, deste tipo. Eis um quadro sobre a Ajuda Pública ao Desenvolvimento, pu-blicado em “Aceprensa”:

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PANORAMA

Os chineses já compram mais arte do que os norte-americanos A quota da China no mercado global da arte aumentou de 23% em 2010, para 30% em 2011, relegando assim os Estados Unidos, com uma quota de mer-cado de 29%, para um segundo lugar. Estes dados foram apresen-tados num relatório cuja autora é Clare McAndrew, economista cul-tural, especializada no mercado de arte e fundadora da Arts Economics. A Grã-Bretanha, ultrapassada pela China em 2010, permanece em terceiro lugar com uma quota de

mercado de 22%, enquanto que a França, com uma quota de 6%, ocupa o quarto lugar a uma distância considerável. “A posição dominante do mer-cado chinês deve-se à sua rique-za em expansão, à poderosa pro-cura interna e ao impulso investi-dor dos compradores de arte chineses. Apesar da instabilidade recente na economia ter tornado mais cautelosos os compradores de arte no resto do mundo, na China não foi assim. As maiores dificuldades no mercado chinês de

valores e no imobiliário, junta-mente com a ausência de outras alternativas, levaram a uma consi-derável deslocação para a arte como bem de investimento”, se-gundo a análise de McAndrew. O mercado de leilões de arte e antiguidades na China foi o mer-cado de maior crescimento no plano mundial com um espeta-cular aumento de 177% em 2010, que se incrementou, em 2011, com mais 64%.

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A The European Fine Art Fair (TEFAF), organizada na cidade holandesa de Maastricht, é a feira mais prestigiosa do mundo de arte e antiguidades. Pela TEFAF passou já este ano, uma dele-gação de duzentos chineses, quantidade que poderia parecer modesta, mas é o dobro da de 2011. Os colecionadores chineses também estão a experimentar uma mudança. Se até agora só compravam arte do seu próprio povo, ou arte asiática quando muito, “existe um grupo de milio-nários jovens que também cole-ciona arte ocidental, embora este grupo cresça lentamente. Esta é a diferença entre o tigre asiático e os outros países de economia emergente. Na China, existe tal produção, que é incomparável em

relação aos outros”, explica a autora do relatório. O crescimento da China e um incremento das vendas de arte, Moderna e Contemporânea forta-leceram, por seu turno, o mercado mundial de arte e antiguidades, que precisou de quase uma década para recuperar da re-cessão dos anos 90, enquanto que a contração de 2009 foi relativamente efémera. Isto deve-se, em parte, ao caráter cada vez mais global desse mercado. Em 2011, o volume de vendas aumentou em 7%, alcan-çando os 46.100 milhões de euros, ainda abaixo do recorde de 48.000 milhões de euros atingido em 2007.

Os setores de arte Moderna e Contemporânea são responsáveis conjuntamente por quase 70% do mercado de Belas Artes. Ambos continuaram a desfrutar de uma forte recuperação em 2011, o que os levou a níveis superiores aos do boom de 2007-2008. “Não obstante”, vaticina Clare McAndrew, “em 2012 e nos anos posteriores, todas as regiões deverão enfrentar certos desafios: por um lado, o mercado chinês de arte deverá enfrentar um mercado reaquecido e promover um cres-cimento mais estável a longo prazo; por outro lado, a Europa deverá ver como mantém a sua competitividade perante inces-santes exigências regulamenta-res e de custos; e, por último, os

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EUA enfrentam o desafio de ter perdido no passado recente a sua supremacia como centro da oferta e da procura do mercado”. Os investidores chineses terão de mudar de costumes. São tão ansiosos na altura de recuperar o património artístico chinês disper-

so que, nos leilões, apostam muito alto, mas demoram a pagar. Segundo McAndrew, a inspeção de leilões informou que, dos pagamentos previstos para o outono de 2010, ainda estavam em falta, no mês de abril de 2011, 40% das compras acima de 10 milhões de ienes.

Fonte: O relatório de Clare McAndrew “The International Art Market in 2011: Observations on the Art Trade over 25 Years”.

C. M.

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PANORAMA

Aprender a desejar o conveniente Quanto custa às crianças escolher um brinquedo? Querem-nos a todos e… há tantos! Há tantos para escolher que não é de estranhar que os mais pequenos percam a cabeça a fazer a sua lista de presentes, a sua carta ao Pai Natal ou aos Reis magos. Por vezes, têm um presente favorito, esse pelo qual se enamoraram, mas como vivemos na era do “um é pouco”, veem-se obrigados a completar um desiderato que parece infinito. De facto, os dese-jos não têm fim, há que se lhes antepor a razão, essa dama fria e distante que nos vem estragar a festa.

Platão dizia que o objetivo da educação é ensinar a desejar o conveniente. Neste sentido, os pais têm muito que fazer. Devem restringir esse desejo impulsivo dos filhos, que tende para o infini-to, não para que não desejem, mas para que aprendam a desejar o conveniente, aquilo que os torne melhores e, eventualmente, mais felizes. Para isso, têm de se desli-gar dessa dama com quem casa-ram através das cadeias do “ape-tece-me”, do “é isso que eu quero” ou do “não gosto”. Porque ela, a razão, será a única que nos ofere-cerá critérios, não para arrefecer o desejo, mas para o dirigir.

As crianças necessitam disso mais do que ninguém. São desejo antes que razão e têm de apren-der a controlar os desejos para não virem a ser controladas por eles e, sobretudo, para virem a poder escolher livremente. Com efeito, é muito difícil tomar uma decisão quando as possibilidades são quase infinitas. Sabemos que, na escolha, a razão fica de certo modo em suspenso, como se, depois da deliberação, se espe-rasse ouvir o veredito. Porque quem a faz, bem ou mal acon-selhada, é a vontade. Como é lógico, à vontade custa- -lhe menos decidir-se se a razão »»

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fez o seu trabalho, por exemplo, reduzindo as possibilidades. Do mesmo modo, a uma criança tor-namos mais fácil escolher o con-veniente se o conveniente for colocado a jeito, não no final de uma longa lista de possibilidades, mas numa mais reduzida. Seguramente que já comprová-mos que, quando a uma criança pequena é apresentada uma mon-tra repleta de brinquedos, lhe cus-ta muito mais decidir-se por um, do que se lhe reduzirmos as opções. Inclusivamente, às vezes, tivemos de a levar para casa sem nada e com uma birra provocada

por uma paralisação da capaci-dade de escolha. Algo semelhante quis demonstrar a psicóloga Sheena Iyengar com a sua experiência da compota. Numa loja dos Estados Unidos, montaram-se duas mesas com frascos de compota. Uma com vinte e quatro tipos diferentes e outra apenas com seis. Em que mesa se comprou mais? Iyengar observou que pararam mais clientes a olhar para a mesa grande, mas, enquanto nesta fize-ram compras somente 3% dos interessados, na pequena fizeram--no 30%. A mesa quatro vezes

mais pequena teve dez vezes mais clientes. Esta experiência realça que um acréscimo de possibilidades não favorece a escolha, aumentando sim, em todo o caso, a tensão deliberativa. Por isso, para ensinar os nossos filhos a escolher o conveniente, devemos começar por favorecer a sua escolha, por exemplo, retirando da mesa os frascos de compota que não fazem falta, que só servem para enganar o paladar.

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PANORAMA

72 Horas The next three days Realizador: Paul Haggis Atores: Russell Crowe; Elizabeth Banks Música: Danny Elfman Duração: 122 min. Ano: 2010 Um filme de ação sobre a condenação de uma mulher ino-cente. O marido acredita nela e vai tentar salvá-la a todo o custo. Ao perder o caso nos tribunais, decide recorrer aos meios ilegais. Traça um plano de evasão da prisão consultando especialistas: antigos prisioneiros e criminosos evadidos. Começa a executar a

sua estratégia com precisão, cui-dando dos mais ínfimos porme-nores. No dia marcado entra na prisão, liberta a esposa e empreendem a fuga. O happy ending aproxima-se quando se dá uma reviravolta sur-preendente: a mulher recusa-se a continuar ao saber que o filho de ambos ficaria para trás. Não quer escapar a qualquer custo... Mes-mo correndo o risco de serem apanhados, prefere desistir de tu-do. Aquilo não estava planeado, pois o filho era uma parte inte-grante da fuga e de todos os pla-nos elaborados. O marido não aceita a posição dela e acelera

num automóvel a alta velocidade. A esposa tenta então atirar-se do carro. Nada faria sentido sem o que fora combinado... Subitamen-te, o marido faz o carro deter-se. Acabam-se as pressas, as metas, as estratégias… Sentam-se no chão. Calados. Dão tempo para refletir e para se ouvirem no silên-cio mútuo. Comunicam… Um ges-to suave da mão revela e esclare-ce a intenção de ambos. Reto-mam a marcha já unidos e vão buscar a criança. Redefinem os planos e adaptam-se à nova situa-ção. Os dois já estão de acordo e lutam em equipa pelo mesmo objetivo. Nada os detém, apesar das circunstâncias externas… »»

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Tópicos de análise: 1. Alterar um plano decidido em

conjunto, só é viável com o acordo de todos.

2. A comunicação não verbal

revela a intimidade da pessoa. 3. A equipa tem de se unir nos

objetivos e na estratégia para vencer.

4. Perante o imprevisto é útil

parar, repensar os planos e só depois avançar.

Paulo Miguel Martins

Professor da AESE

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DOCUMENTAÇÃO

Europa: Pela primeira vez é travado o aumento da despesa na saúde O relatório “Health at a Glance Europe 2012”, recentemente pu-blicado pela OCDE, mostra como a crise travou a tendência da maioria dos países para aumentar anualmente a despesa na saúde. O tempo atual de vacas magras foi precedido por um período de abundância no qual quase toda a Europa aumentou a despesa na saúde (pública e privada) muito acima do crescimento do seu PIB. Embora os dados da OCDE sejam de 2010 e, portanto, não incluam a incidência dos últimos cortes no setor europeu da saúde, o relató-

rio permite conhecer qual foi o comportamento de cada país des-de o ano 2000, e como reagiu cada um nos primeiros momentos da crise. Em geral, os países da UE au-mentaram todos os anos a despe-sa na saúde (em percentagem do seu PIB) até 2009. A partir daí, verificou-se uma diminuição no ritmo de crescimento e, em muitos países, uma baixa. Se, no ano 2000, dedicaram a esta parcela o equivalente a 7% do seu PIB, em 2009, essa percentagem chegava a 9%, embora em França ou na

Alemanha rondasse os 12%. No ano seguinte, a França tinha con-gelado o seu crescimento, en-quanto que a Alemanha, a Grã- -Bretanha e a maior parte do continente europeu reduziam as suas percentagens. Segundo este indicador, e tendo em conta ape-nas o financiamento público, os países que mais investiram na saúde, em 2010, foram a Holanda, a Dinamarca, a França, a Alemanha e a Áustria, todos entre os 9,5% e os 8%. Não obstante, a despesa em per-centagem do PIB absoluto fornece

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uma imagem parcial da atitude de cada país relativamente aos cortes, visto que não leva em conta o número de habitantes. O dado realmente significativo é a quantidade de dinheiro investida na saúde per capita. No ranking de países europeus de acordo com a despesa em saúde

por habitante, os primeiros lugares são para Noruega (4.156 euros), Suíça (4.056 euros), Holanda (3.890 euros) e Luxemburgo (3.607 euros). Este último país é um claro exemplo de como o dado relativo ao PIB (a sua percen-tagem fica abaixo da média da União Europeia) pode esconder um elevado gasto real por habi-

tante num país pequeno e rico. A Espanha ocupa o lugar 14 em 27, com um investimento de 2.345 euros por habitante, bastante abaixo da França ou da Alemanha, mas acima de Portugal ou da Itália. Apresentamos, em seguida, o Gráfico 1, publicado em “Aceprensa”:

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Mudança de tendência em 2010 Quanto à evolução da despesa em saúde de 2000 a 2010,

durante os nove primeiros anos, a despesa por habitante cresceu na Europa a um ritmo de 4,6%, enquanto que, de 2009 a 2010,

desceu 0,6%. Mostramos agora os dados, no gráfico 2, publicado em “Aceprensa”:

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A mudança de tendência aprecia- -se já em 2009 na maioria dos países, mas é em 2010 que a re-dução da despesa é mais signifi-cativa. Em geral, os países que mais fortemente decresceram em 2010, eram também os que cres-ciam acima da média europeia até 2009. Tal é o caso da Irlanda, da Estónia, da Grécia, da Lituânia e da República Checa. A Irlanda, um dos países mais afetados pela crise económica, crescia a um ritmo de 6,5% ao ano e, em 2010, decresceu 8%, o que constituiu o maior corte na área da saúde de toda a Europa. Outros países foram exceções a esta regra por vários motivos, como a Polónia, a Eslováquia e a Irlanda. A Alemanha é o único país que aumentou a sua despesa, em

2010, a um ritmo superior ao da média dos nove anos anteriores e é, entre as primeiras potências europeias, o que mais cresce atualmente. A França e a Itália mantiveram o crescimento, em 2010, a um ritmo menor ao dos anos de abundância, enquanto que a Grã-Bretanha se comportou de modo muito parecido com o da Espanha: um crescimento positivo (primeiro) e negativo (depois) similares aos da média europeia. Se se tiverem em conta os dados do PIB e da despesa em saúde por habitante, observamos que os países que aumentaram esta última de modo mais desequili-brado foram a Irlanda, a Holanda, a Lituânia, a Grã-Bretanha, a Dinamarca e a Espanha. Na Holanda, enquanto que o PIB per

capita cresceu, entre 2000 e 2010, a um ritmo de 1%, o desembolso do Estado na parcela de saúde aumentou 5% ao ano, uma dife-rença insustentável. Em Espanha, a diferença entre um e outro crescimento foi de três pontos percentuais (0,75% e 3,75%), e isso contando com a travagem na despesa em 2010. A despesa farmacêutica A despesa farmacêutica é a segunda parcela mais importante dentro da despesa de saúde (um em cada cinco euros), só atrás da hospitalar. A Irlanda foi o país que mais gastou por habitante: 528 euros; depois, a Alemanha (492 euros), que recentemente aprovou suprimir o copagamento, pelo que presumivelmente aumentarão os

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custos cobertos pela administra-ção pública; seguiram-se na tabe-la, a Bélgica, a França e a Eslováquia. O relatório salienta que em muitos dos países europeus, já se implementaram reformas para re-duzir estes custos, como fomentar os genéricos ou supervisionar parcialmente os preços pela administração (Alemanha e Grã- -Bretanha). Tendo em conta a data de publicação, a OCDE não inclui a influência do copagamento em Espanha, embora o faça em relação à Irlanda. Outros países fortemente afetados pela crise reduziram as suas despesas

farmacêuticas: a Islândia 6,3%, a Lituânia 4,6% e Portugal 3,3%. Não obstante, a tendência para a diminuição observa-se também em países menos afetados: entre 2000 e 2010, a Suíça, a Noruega, a Finlândia, a Áustria e a Dinamarca baixaram as suas despesas farmacêuticas, mais do que o fizeram a Espanha e a Irlanda. Investigação e desenvolvimento A despesa em I+D é associada frequentemente à parcela da saúde, mais do que a outros campos científicos. Portugal que, no ano 2000, investiu 0,73% do

PIB, em 2009 passou para 1,71%. Já em Espanha foi em 2011 de 1,31% do PIB, enquanto que a média da UE27 foi de 2,03%. Os únicos países que dedicam mais de 3% do seu PIB à I+D são a Finlândia, a Suécia e a Dinamarca (a Islândia também ultrapassava este limiar em 2009, com 3,1%, mas não existem dados poste-riores e a crise presumivelmente fez reduzir o investimento). A Alemanha e a Áustria são os países de vanguarda na Europa centra l , embora também se destaquem outros países como a França e a Eslovénia. Por outro lado, a Estónia gasta em I+D mui to mais do que os seus

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vizinhos bálticos. No caso dos Estados Unidos, do Japão ou da Coreia do Sul, os números são baseados em estimativas de

acordo com os dados de 2010 ou 2009. Não foram incluídos no gráfico os países cujos últimos dados disponíveis são anteriores.

Estes dados, no gráfico 3, foram também objeto de publicação em “Aceprensa”:

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DOCUMENTAÇÃO

Cortes sanitários a favor da carteira e da saúde Muitos receiam que qualquer corte nos gastos com a saúde se faça em detrimento da saúde dos doentes. Mas também se pode poupar gastando melhor, e tudo indica que, na despesa com a saúde, haja muito espaço para fazer um uso mais racional dos recursos. Nos Estados Unidos, nove asso-ciações médicas uniram-se numa campanha que procura convencer, médicos e doentes, de que uma enorme quantidade de dinheiro é desperdiçada anualmente na for-ma de hospitalizações e exames complementares (radiografias, eletrocardiogramas, ressonâncias

magnéticas...) os quais são des-necessários ou até prejudiciais. A campanha implementada pela ABIM Foundation (uma associa-ção que trabalha “pelo profissio-nalismo dos médicos”) e pela American Board of Internal Medi-cine Foundation, apela à prudên-cia dos doentes e ao profissio-nalismo dos médicos: “Choosing wisely” é o seu nome em inglês, “escolher com sabedoria”. As nove associações, que representam cerca de 375.000 médicos no total, asseguram que não preten-dem subtrair ao doente a decisão em última instância sobre o trata-mento a seguir – deve ter-se em

conta que uma grande percen-tagem de norte-americanos con-tratou um seguro de saúde privado –, mas advertem que, segundo as suas estimativas, quase um terço da despesa anual na saúde é medicamente impro-dutiva. Informar o doente Cada uma das associações pro-pôs cinco maneiras de reduzir o custo sem afetar a qualidade do serviço. No total, são 45 formas de racionalizar a despesa. Outros oito organismos decidiram parti-cipar na iniciativa, e estão a estudar as suas propostas.

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Este não é o primeiro programa que alerta para o dispêndio na saúde. Em 2009, uma campanha governamental recomendava às mulheres que se submetessem a menos mamografias. Além disso, têm-se vindo a proibir alguns medicamentos que durante algum tempo foram usados para tratar o cancro da mama, o que provocou certo descontentamento. Se a isto se juntar o típico receio norte- -americano do governo “meter o seu nariz” na vida privada dos cidadãos, compreende-se a resis-tência que suscitaram campanhas como “Choosing wisely” entre al-gumas pessoas. Todavia, os representantes das nove associações médicas reite-raram que se trata somente de informar o doente, de fazer com

que pense duas vezes antes de gastar o seu dinheiro, ou o de outros. Além disso, consideram que é importante que esta mensa-gem seja dada pelos médicos. Até agora, a iniciativa neste cam-po tinha sido efetuada pelas companhias de seguros. Entre outras coisas, as seguradoras tinham criticado os incentivos fiscais de que beneficiavam os médicos especialistas que faziam os exames complementares e que, logicamente, tinham muito interesse em que os doentes continuassem a fazê-los. Também denunciavam que muitos médicos ordenavam a realização dos exa-mes, simplesmente para se defen-derem de uma eventual reclama-ção por negligência. Por seu lado, os doentes argumentavam que o

dispêndio de dinheiro em exames inúteis acabaria quando desapare-cesse o receio da frivolidade no diagnóstico por parte de muitos médicos. A campanha “Choosing wisely” quer romper com este cír-culo de desconfiança entre médi-co, doente e seguradora. Por outro lado, os dados corro-boram a teoria de que esta des-confiança estava a levar a que se desperdiçasse muito dinheiro. Num inquérito de 2010 realizado pela Consumers Report (CR) – a associação de consumidores mais importante dos Estados Unidos –, 44% dos inquiridos declararam ter-se submetido a algum exame ao coração o que, segundo os especialistas consultados pela CR, envolveu mais perigos do que possíveis benefícios para a saúde

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do doente. Outro estudo, do “Archives of Internal Medicines” (setembro de 2011), concluía que 80% dos médicos inquiridos tinham prescrito algum exame, por receio de serem processados, mas sem o exame ser necessário do ponto de vista médico. Não alimentar os hipocondríacos Cada associação médica elaborou recomendações e perguntas que os doentes e os médicos deve-riam fazer-se antes de optarem por se submeter a um exame. Por exemplo, o American College of Physician interroga-se: “Será ne-cessário um TAC ou uma resso-nância magnética quando uma pessoa sofreu um desmaio?” Do seu ponto de vista, a resposta é

não: na maior parte das vezes, trata-se de uma simples síncope provocada por calor, cansaço ou outras circunstâncias exteriores; o médico conhece muitas vezes as circunstâncias e, na maior parte dos casos, pode diferenciar deter-minados casos de outros. Do mesmo modo, a associação de cardiologistas (American College of Cardiology) desaconselha que as revisões anuais dos doentes “adultos sãos e sem sintomas de doença cardíaca” incluam um eletrocardiograma por definição. Na maior parte dos casos, estes exames não são eficientes. Quan-do houver sintomas anormais é que os exames são convenientes. Os oncologistas sugerem até cor-tes do que é desnecessário. Por

um lado, podem-se reduzir despe-sas não fazendo tantos TAC aos afetados por alguns tipos de can-cro (mama e cólon, por exemplo) em fases primárias, e quando se comprovou que o cancro tem pou-cas possibilidades de se propagar. Por outro lado, em doentes termi-nais, os cuidados paliativos são mais eficazes e baratos do que a quimioterapia ou a radioterapia: melhoram a qualidade de vida do doente e costumam aumentar a sua esperança de vida comparati-vamente aos tratamentos mais agressivos. Também os nefrologistas, os aler-gistas, os médicos de família, os gastroenterologistas propõem as suas cinco ideias para poupar despesas. Podem-se consultar na página web da ABIM Foundation.

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