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PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR 16.OUT.2012 N.589 www.aese.pt OPINIÃO A equação NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO Quem fala em nome das mulheres? A administração Obama não autoriza a “pílula do dia seguinte” para menores sem receita Em defesa das Parcerias Público- -Privadas (PPPs) AGENDA “El triunfo de las ciudades” Fazer melhor com menos custos Do plano de negócios à rentabilidade 3º Torneio de Golfe dos Alumni AESE e IESE A Inovação e a sua proteção Lisboa, 25 de outubro Negociar com eficácia Lisboa, 12 a 14 de novembro PDE – Programa de Direcção de Empresas Lisboa, 21 de novembro Porto, 29 de janeiro Lisboa, 30 de janeiro Construir um plano de negócios Lisboa, 4 de dezembro 12ª edição do Executive MBA AESE/IESE promete novas oportunidades Entusiasmo, persistência e compromisso: linhas mestras para o sucesso na gestão da carreira Tax free job PASSAPORTE Acionistas em ação Marketing as Strategy in Action Lisboa, 6 de novembro 3º Concurso de casos da AESE Investidores institucionais e o governo da empresa Executive LL.M Lisboa, 14 de janeiro

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NOTÍCIAS

16.OUT.2012 N.589

www.aese.pt

OPINIÃO

A equação

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NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO

Quem fala em nome das mulheres?

A administração Obama não autoriza a “pílula do dia seguinte” para menores sem receita

Em defesa das Parcerias Público- -Privadas (PPPs)

AGENDA

“El triunfo de las ciudades”

Fazer melhor com menos custos

Do plano de negócios à rentabilidade

3º Torneio de Golfe dos Alumni AESE e IESE

A Inovação e a sua proteção Lisboa, 25 de outubro

Negociar com eficácia Lisboa, 12 a 14 de novembro

PDE – Programa de Direcção de Empresas Lisboa, 21 de novembro Porto, 29 de janeiro Lisboa, 30 de janeiro

Construir um plano de negócios Lisboa, 4 de dezembro

12ª edição do Executive MBA AESE/IESE promete novas oportunidades

Entusiasmo, persistência e compromisso: linhas mestras para o sucesso na gestão da carreira

Tax free job

PASSAPORTE

Acionistas em ação Marketing as Strategy in Action Lisboa, 6 de novembro

3º Concurso de casos da AESE

Investidores institucionais e o governo da empresa

Executive LL.M Lisboa, 14 de janeiro

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“Piloting your career to land the right job” foi o tema do evento que trouxe à AESE Daniel Porot, um especialista em Career Design e Job Hunting, nos dias 6 e 8 de outubro. 1. Atualmente, quais são os fatores que permitem a um diri-gente ser bem sucedido? Diria que o primeiro fator de sucesso é o entusiasmo, o segundo é a persistência e o terceiro, o com-promisso. Estas são as três tendências necessárias em tempos de crise. E nos bastidores, a visibilidade: um profissional deve assegurar-se de que é visível e capaz de comunicar os seus resul-tados de uma maneira discreta. 2. É possível fazer-se um auto-diagnóstico para perceber se um

dirigente deve manter-se no mesmo emprego ou se deve pro-curar outra oportunidade que lhe traga maior realização? É difícil responder a esta questão, porque já houve tanta gente a tentar medir a felicidade no trabalho e sem que encontrasse um indicador. Por isso, em primeiro lugar, deve ouvir-se o coração, ou seja: é feliz? Sorri quando vai trabalhar? Esquece-se de olhar para o relógio e acaba por trabalhar longas jornadas. Em segundo lugar, deve estar sempre conectado, ou por outras palavras, não faça apenas o seu trabalho, mantenha-se conectado com o mundo. Se estiver a frequentar um MBA, relacione-se com os Alumni e participe sistematicamente em todos os eventos para debater ideias.

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Entusiasmo, persistência e compromisso: linhas mestras para o sucesso na gestão da carreira

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2 CAESE outubro 2012 »»

As sessões estiveram a cargo do especialista Daniel Porot 8 de outubro de 2012

Daniel Porot

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Em terceiro lugar, um dirigente de-ve ter sempre um emprego alter-nativo, um trabalho de recurso, no caso de acontecer algum inci-dente. A proteção e a segurança já não existem na atualidade. 3. Quais são as suas sugestões para que um desempregado desenvolva a sua autoconfian-ça? Há vida depois da morte. Um desempregado deve conversar com três a cinco pessoas que perderam o seu trabalho nos últimos três anos e encontraram um novo trabalho, para descobrir que isto acontece. Se esteve quinze anos na mesma empresa, é possível encontrar uma nova oportunidade. O segundo passo é valorizar o que se fez no passado, embora a tendência seja a oposta. Há que quantificar, fazendo uma lista de quinze ítens alcançados com provas tangíveis. O terceiro passo consiste em definir criteriosamente os job targets – dois ou três - e/ou projetos que queira concretizar.

O quarto passo é o network, ir falar com as pessoas que desempenham os cargos a que aspiram. Nesta fase, não vá à procura de emprego, vá apenas ao encontro das pessoas, faça-as falar sobre o seu trabalho e veja se as funções o/a satisfazem. E se gostar, o passo seguinte é identificar a pessoa certa a abordar, selecionar os resultados alcançados por si que possam interessar-lhe e convencê-la. Poderá encontrar tudo isto no site www.porot.com (na página inicial, no canto inferior direito, no Beep Beep Books). Depois de um dia intensivo com o 11º Executive MBA AESE/IESE, Daniel Porot reconheceu a capa-cidade de trabalho dos gestores em Portugal, apesar de se mostrar surpreendido pelo fatalismo reve-lado pelos portugueses diante das adversidades. Galeria de fotografias

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3 CAESE outubro 2012

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Luis Castañeda abriu a sessão organizada pela AESE e pela Vida Económica, de uma forma eminen-temente prática e objetiva, apoian-do-se no método do caso, e expon-do um problema claro de imple-mentação na XEROX de 1999, sob o comando de Richard C. Thoman. Categoricamente, afirmou que “a implementação representa 98% do negócio” e que “o CEO deve ser como um arquiteto que não des-cansa até ver a obra terminada”, pelo que o fracasso da XEROX de então, se deveu essencialmente a um erro crasso de execução, dado o lançamento de duas iniciativas de capital importância de uma só vez. Para o Presidente do Grupo Edito-rial Panorama, “a estratégia é a solução de um problema”, que deve ser corretamente diagnosticado, de forma a despoletar uma política

diretiva que esteja na base de um plano de ação coerente. Ora, na definição da estratégia da XEROX, houve falta de adesão à realidade, na medida em que a equipa de gestão não analisou se estavam reunidos os recursos e as condições para que a implemen-tação fosse viável e eficaz, conde-nando consequentemente as inicia-tivas estratégicas em questão ao insucesso. O autor mexicano identificou os drivers de importância crítica para uma correta implementação com uma nitidez e racionalidade invejá-veis – eficácia, eficiência, respon-sabilidade, oportunidade e renta-bilidade –, à medida que polvilhava emoção com recurso a episódios de Steve Jobs e Jack Welch como exemplos de genialidade no desen-

Com Luis Castañeda, Presidente do Grupo Editorial Panorama

4 CAESE outubro 2012

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Do plano de negócios à rentabilidade

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8 de outubro de 2012

»» Luís Castañeda, Grupo Editorial Panorama

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volvimento e gestão de talento. Luis Castañeda encerrou a análise do caso XEROX e a sua exposição, alertando os presentes: “os resulta-dos não se aguardam, supervisio-nam-se.” O plano de negócios deve sair do papel e consolidar-se na implementação com a rentabilidade esperada, para que a visão seja uma realidade e não um sonho. Artigos relacionados “A implementação representa 98% dos resultados das empresas” | Vida Económica,12 de outubro de 2012

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5 CAESE outubro 2012

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No dia 29 de setembro, realizou-se a 3ª Edição do já tradicional Torneio de Golfe Alumni da AESE Konica Minolta, no Belas Clube de Campo. Esta iniciativa é do responsável do Agrupamento de Alumni da AESE, em colaboração com os Alumni do IESE. A iniciativa alargou este ano a base de patrocinadores, incluindo a Konica Minolta, que deu nome à competição, o Barclays, a Planbe-las e a Avoguis. Aproveitando o extraordinário dia, 85 jogadores iniciaram a prova às 9.00 horas, ao mesmo tempo que dezoito futuros jogadores participa-vam numa clínica orientada por um Professor do Belas Clube de Campo, destinada à iniciação da modalidade. No final, o almoço no restaurante

do Clube, proporcionou um animado convívio entre Alumni, colaboradores e Clientes das entidades patrocinadoras. No final, foram distribuídos os prémios aos vencedores de cada troféu. Vencedores Longest Drive - Amândio Pacheco Near to the pin - Diamantino Nunes 1º Lugar gross - José Carlos Sousa 2º Lugar gross - Ricardo de Almeida 1º Lugar net e vencedor do torneio - Luís Miguel Coelho 2º Lugar net - José Pedro Costa 3º Lugar net - Manuel Cândido Oliveira Prémio especial para a senhora mais bem classificada - Margarida Peixoto Melhor Alumnus AESE – Mário Mar-ques Pinto Prémio para o aluno da Clínica de Golfe – Rui Santos

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3º Torneio de Golfe dos Alumni AESE e IESE

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6 CAESE outubro 2012

Com o patrocínio da Konica-Minolta 29 de setembro de 2012

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Após a entrega dos prémios, o Diretor-Geral da AESE agradeceu aos participantes e aos patrocina-dores, destacando a represen-

tatividade nacional dos participan-tes e congratulando-se pelo facto de o Torneio ser já uma realidade alicerçada na tradição da Escola.

Galeria de fotografias

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7 CAESE outubro 2012

Vencedores do 3º Torneio de Golfe dos Alumni da AESE Konica Minolta. No centro, Mário Marques Pinto (1º PADE) recebeu o prémio de Melhor Alumnus da AESE do Torneio.

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Cerca de trinta gestores de vinte empresas líderes nos seus seg-mentos, participaram no Seminário “TIC: Fazer melhor com menos custos”. A formação de um dia, realizou-se em Lisboa, a 9 de outubro. “Num momento em que os recursos financeiros escasseiam e as em-presas têm que reinventar-se para fazer face aos desafios da crise económica, a utilização racional das TIC pode contribuir para redu-zir custos e para inovar nos proces-sos.” Segundo Paulo Simões, Managing Partner da Cloud 365, “utilizando o método do caso, os participantes analisaram e debateram a reorga-nização dos Sistemas de Informa-ção - caso Stars Air Ambulance - , o lançamento de novos negócios na Internet utilizando recursos na

Cloud - caso Olapic – e o out-sourcing e inovação – Caso Lusa – Agência de Notícias de Portugal. O Seminário foi conduzido pelo Prof. Agostinho Abrunhosa, da AESE, e pelo Prof. Javier Zamora, do IESE, que para além da discussão de um caso, conduziu uma conferência-colóquio sobre Cloud computing.” Galeria de fotografias

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Fazer melhor com menos custos

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8 CAESE outubro 2012

Gestores de topo participam em Seminário sobre TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) na AESE 09 de outubro de 2012

Participantes no seminário

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Dirigido a professores, investiga-dores e académicos, a AESE pro-move pelo terceiro ano consecutivo a seleção do melhor caso. A utilização do método do caso na formação de dirigentes e execu-tivos, faz desta Escola de Negócios pioneira em Portugal. Por essa razão, a AESE promove o 3º concurso de escrita de casos, com o intuito de premiar a quali-dade dos trabalhos e das respe-tivas Teaching Notes, com um valor de 1000 euros para o 1º Prémio e de 500 euros para o 2º. A compe-tição visa distinguir a relevância pedagógica dos casos e a qualida-de na redação. O tema deste ano consiste em “Novos tempos, novas oportunida-des”.

Os casos podem ser submetidos até 30 de novembro de 2012. No 1º Concurso de Casos, “A Grand Entrance? Li Ning´s Emer-gence as a Global, Chinese Brand”, assinado por Johannes Meuer e Barbara Krug, da Rotterdam School of Management, e Lori Di Vito, da Manchester Business School, arre-cadou o 1º prémio. O 2º foi atribuí-do a "How to build and manage a global R&D centre. The case of General Electric (GE) in India" de Anna Dubiel, da WHU - Otto Beisheim School of Management. Na segunda edição, “H3, Hambúr-guer Gourmet: A Local Phenome-non or the ‘Not So Fast Food” Global Revolution”, da autoria de Nuno Loureiro, do Banco Santan- der Totta, foi o vencedor do concur- so, seguindo-se “Paris-Piteşti –

How the Dacia Logan is changing the innovation rules in the automo-tive industry”, dos Professores Anna Dubiel e Amit Kukreja, da WHU - Otto Beisheim School of Management. Para mais informações contate Armando Carvalho [email protected] Telefones 217221530 Inscrições online

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3º Concurso de casos da AESE

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9 CAESE outubro 2012

“Novos tempos, novas oportunidades” são o mote do Até 30 de novembro de 2012

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Quarenta participantes iniciaram a 12ª edição do Executive MBA AESE/IESE, um programa destina-do ao desenvolvimento das compe-tências pessoais e profissionais de líderes. O grupo, que se reuniu pela primei-ra vez a 4 de outubro, caracteriza- -se pela sua heterogeneidade: os formandos desempenham funções de Administração, Direção geral, Direção departamental ou de negócio, entre outros. Para além da presença de gestores e enge-nheiros, a 12ª edição conta com uma participação significativa por profissionais com formação em medicina e farmácia (15%), huma-nidades (15%), e outras. O programa, sob a direção exe-cutiva do Prof. José Miguel Pinto

dos Santos terá a duração de cinco trimestres, que incluem duas se-manas internacionais de trabalho intensivo, no IIM de Ahmedabad (Índia) e no IESE de Nova Iorque (EUA).

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12ª edição do Executive MBA AESE/IESE promete novas oportunidades

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10 CAESE outubro 2012

De 2012 a 2014

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Investigação AESE

“As críticas ao modelo de governo baseado na separação entre a propriedade e o controlo não são novas, pois de facto remontam aos anos 30 do século passado e ressurgiram em várias oportuni-dades, em geral, coincidindo com períodos de pobre performance bol-sista ou caracterizados por escân-dalos financeiros. Todavia, a profundidade da última crise, du-rante a qual várias instituições fi-nanceiras líderes desapareceram ou foram absorvidas por concor-rentes para evitar o seu desapare-cimento, levou a que este debate se tenha reaberto de um modo vigoroso, seja nos Estados Unidos, como na União Europeia.” Pela pertinência do tema, o Prof. Adrián Caldart dedicou-se recente-mente à atualização da Nota Técnica facultada aos partici-

pantes que estudam o caso “Investidores institucionais e o governo da empresa” na AESE. “Os investidores institucionais fo-ram acusados de atuar como uma espécie de ‘proprietários ausentes’ ávidos de extrair rendimentos eco-nómicos dos seus investimentos e descuidados quando tinham de exercer os seus deveres de controlo do trabalho do conselho de administração e da direção da empresa. Quando se procuraram encontrar soluções sustentáveis para o pro-blema de fortalecer o governo cor-porativo através de um controlo mais eficiente por parte dos acio-nistas, muito se escreveu em especial desde meados dos anos 90 sobre o importante papel que tinham os investidores institucio-

11 CAESE outubro 2012

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Investidores institucionais e o governo da empresa

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nais. Possuidores de participações acionistas significativas nas empre-sas em que investem (financiadas com capital próprio ou de terceiros que confiam neles a sua gestão) e de equipas profissionais que se dedicam a tempo inteiro ao acom-panhamento da evolução destes investimentos, muitos viam nos investidores institucionais a solu-ção para os problemas clássicos que derivavam da separação entre a propriedade e o controlo que caracterizou as grandes empresas norte-americanas e muitas empre-sas europeias durante o século passado e neste século em que estamos a viver. No entanto, a recente evidência da existência de um sério descontrolo na gestão de risco de muitas instituições finan-ceiras cotadas em bolsa (por exemplo, Lehman Brothers, AIG, Royal Bank of Scotland, Halifax, entre outras) que tinham entre os seus acionistas, investidores insti-tucionais de prestígio, lançou dúvi-das sobre a verdadeira eficácia da ação destes como protagonistas ativos no governo destas organi-zações. Nesta nota técnica carac-

terizamos os diversos tipos de investidores institucionais, tanto em termos de perfil investidor, como de atitude relativamente ao tema do controlo corporativo e refletimos sobre o papel que os investidores institucionais são chamados a cum-prir no governo das empresas co-tadas em bolsa.” .

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12 CAESE outubro 2012

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Programa PDE Lisboa, 21 de novembro Porto, 29 de janeiro Lisboa, 30 de janeiro Saiba mais >

Seminário Negociar com eficácia Lisboa, 12 a 14 de novembro Saiba mais >

Seminário Marketing as Strategy in Action Lisboa, 6 de novembro Saiba mais >

Seminário 15ªedição de Directions 2012: relançar o futuro CC do Estoril, 18 de outubro Saiba mais >

Sessão de continuidade A Inovação e a sua proteção Lisboa, 18 de outubro Saiba mais >

Seminários

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AGENDA

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13 CAESE outubro 2012

Programa

Programa Executive LL.M Lisboa, 14 de janeiro Saiba mais >

Sessão de Continuidade

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José Miguel Pinto dos Santos, Diretor Executivo do Executive MBA AESE/IESE e Professor de Finanças

“A equação” “Há já muitos anos que o estado português tem tido sistematicamente uma despesa superior à receita. A despesa tem sido consumida no funcionamento normal do aparelho do estado e em muitos projetos e empreendimentos meritórios e louváveis que têm ajudado o país a desenvolver-se e a tornar-se economicamente mais forte: estradas e estádios foram expandidos e (…)” Leia mais Publicado no Público, a 9 de outubro de 2012

BLOG

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Siga-nos em Blog AESE 14 CAESE outubro 2012

Beatriz Abreu, 11º PDE e Diretora do GOS

Tax free Job “Nos últimos tempos, muitos de nós acordamos a pensar por onde, nesse dia, irão tirar-nos mais dinheiro. De facto, quase todos os dias temos notícia de algum encargo mais que se é coagido a pagar, ou alguma parcela menos que deixamos de receber. (…)“ Leia mais Publicado no Blog da AESE, a 10 de outubro de 2012

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Nesta secção, pretendemos dar notícias sobre algumas trajetórias profissionais e iniciativas empresariais dos nossos Alumni. Dê-nos a conhecer ([email protected]) o seu último carimbo no passaporte.

PASSAPORTE

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15 CAESE outubro 2012

Rui Meneses Ferreira (10º Executive MBA AESE/IESE) foi nomeado Administrador da Galilei SGPS Vítor Catarino (26º PADE) foi distinguido com os Prémios “Reabilitação” e “Internacionaliza-ção”, pelo Jornal Construir.

Carla Cruz (29º PADE) foi eleita uma das senhoras mais influentes no Top 10 de Marketing Comu-nicacional da Marketeer Vasco Falcão (11º Executive MBA AESE/IESE) foi promovido a General Manager na Konica Minolta Business Solutions Portugal

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PANORAMA

Quem fala em nome das mulheres? Na convenção republicana reali-zada em Tampa (Florida), Ann Romney dirigiu-se às mães, às mulheres, às avós, às irmãs e às filhas num tom de cumplicidade. Falou “desse momento final do dia em que as mulheres suspiram algo mais que os homens”, porque tiveram “de trabalhar um pouco mais duramente para fazer tudo bem”. “Vocês são quem tem de fazer um pouco mais e sabem o que é ter de ganhar um pouco mais; ganhar o respeito que merecem no trabalho e depois chegar a casa e ajudar de modo a que a lida da casa se faça”.

Seguiram-se algumas anedotas familiares: os anos de recém- -casada com as suas dietas de massa e atum; o bom humor do seu marido Mitt; as tardes de chuva com cinco filhos a gritar ao mesmo tempo em casa; o seu sofrimento com a esclerose, o cancro da mama e um aborto espontâneo que teve há algumas décadas... Ann concluiu o seu discurso com a afirmação de que se sente “a mulher mais afortunada do mundo” e pediu o voto para o seu marido. Então Mitt apareceu em cena. Beijaram-se. Em fundo, a música de “My Girl”... Tudo muito republicano. Isso sim, nenhum

vislumbre daquilo que os demo-cratas designaram pela “guerra contra as mulheres”. Na versão democrata, esta guerra consiste na oposição que muitos republicanos – mulheres e homens – estão a fazer contra a ampliação por parte do governo de Obama dos chamados direitos reprodutivos das mulheres. Esta ação dos republicanos con-cretiza-se principalmente em três frentes: o impulso de medidas restritivas ao aborto em diversos estados; a retirada de alguns be-nefícios fiscais concedidos a organizações pró-aborto como a Planned Parenthood; e a oposição

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16 CAESE outubro 2012

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à norma do Ministério da Saúde que impõe – igualmente a institui-ções de inspiração religiosa – a obrigação de financiar anticon-cetivos, a pílula do dia seguinte e a esterilização no seguro de saúde. Para enfrentar a ofensiva republi-cana, os democratas colocaram na primeira fila da sua campanha mulheres “pró-choice”. Assim, em agosto, apresentaram dez novos rostos femininos para dar ar fresco à convenção democrata de Charlotte (Carolina do Norte). A mais conhecida é a ativista Sandra Fluke, para quem “as políticas do Partido Republicano representam um perigo para as mulheres”.

A decisão de aderir de Fluke e companhia foi muito celebrada pela velha guarda feminista. Diz Jodi Jacobson, editora de uma web sobre saúde reprodutiva, que Fluke “fala em nome de uma nova geração de mulheres jovens”. E Nancy Keenan, presidente da NARAL Pro-Choice America, não oculta a sua alegria ao ver que o partido do burro continua a contar com ela: “Estou orgulhosa de ver o Partido Democrata reafirmar o seu compromisso de proteger os direitos reprodutivos das mulheres através desta plataforma, e de escolher tantas porta-vozes ‘pró-choice’ para a sua convenção”. Falar em nome de um coletivo tem os seus riscos. Sobretudo, se esse coletivo não escolheu a pessoa como seu porta-voz.

Quando Fluke afirma que as medidas antiabortistas dos repu-blicanos são perigosas para as mulheres, em nome de que mu-lheres está a falar? “Aquelas que pretendem repre-sentar os nossos interesses nunca vieram pedir-nos autorização para nos representarem”, escreve Sheila Liaugminas em “Merca-torNet”. “Não nos conhecem, não nos entendem, não se preocupam realmente connosco. Tal como fomos utilizadas antes sem o nosso consentimento para satis-fazer os desejos sexuais de outros, continuamos a ser utiliza-das sem nossa licença para satisfazer os objetivos políticos de terceiros”.

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Enquanto algumas aspiram a converter “em nome das mu-lheres” o aborto ou a anticonceção em dogmas inquestionáveis, ou-tras preferem falar por si próprias e defender os seus próprios valores. É o que fazem as mais de 33.000 mulheres que partilham os princípios de “Women Speak For Themselves”. A história desta iniciativa é contada na “National Review Online” pelas suas autoras, Helen M. Alvare e Kim Daniels, professora de Direito na George Mason University School of Law, a primeira, e ex-advogada do Thomas More Law Center, a segunda.

Quando, em janeiro, o Ministério da Saúde dos EUA anunciou que obrigaria também as instituições de inspiração religiosa a financiar anticoncetivos, a pílula do dia seguinte e a esterilização nos seguros dos seus empregados, os bispos norte-americanos denun-ciaram o que consideravam uma violação da liberdade religiosa. Rapidamente, o Governo de Obama apressou-se a levar a polémica para o terreno dos direitos reprodutivos. Enquanto os bispos invocavam o respeito pela consciência e pela liberdade religiosa, o Governo referia a “saúde das mulheres”. Uma vez colocado o debate nestes termos, Nancy Pelosy e outras demo-cratas propuseram-se desautori-

zar a oposição dos bispos à ordem de Obama com a seguinte pergunta: “Onde estão as mu-lheres?”. Essa posição foi considerada demagógica por Alvare e Daniels. Invocar a saúde das mulheres para mandar calar todo aquele que discordasse contra os que pretendiam atentar contra as suas crenças mais profundas, era muito pouco honroso. Daí as duas juristas terem escrito uma carta aberta dirigida a Obama para lhe dizer que ninguém pode atribuir- -se o monopólio para falar em assuntos de saúde. “Não é razoável”, explica Alvare, “que alguns poucos grupos falem em nome de todas as mulheres

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em temas como a vida, a família, a sexualidade ou a religião. As mais de 31.000 mulheres [agora são mais de 34.600] que assi-naram a carta aberta, já não vão ficar sentadas em silêncio en-quanto alguns poucos políticos e seus aliados insistem em que a liberdade religiosa tem de se curvar perante a teoria – melhor, a ideologia – de que o núcleo da liberdade das mulheres é a expressão sexual sem compro-misso”. Inicialmente, fizeram circular a carta entre várias dezenas de amigas. A ela foram aderindo mulheres das mais diversas profissões. Em 72 horas, tinham conseguido cerca de 750 assina-turas, incluindo de fora dos

Estados Unidos. Ao ver o sucesso obtido, decidiram lançar uma web. Na carta, Alvare e Daniels dão o seu apoio à Igreja católica para que continue a proporcionar, num clima de liberdade, os seus ensinamentos sobre a sexua-lidade, o casamento e a família. A carta é aberta a crentes e não crentes, como também o é a democratas, republicanos e inde-pendentes. Carol, uma das subscritoras, escreve: “Sou uma mulher ‘pró- -choice’ que respeita os direitos das outras mulheres a defen-derem outros pontos de vista. Concretamente, espero que o Governo – de acordo com a Constituição – proteja qualquer

pessoa para que não se veja forçada a atuar contra a sua consciência. A ordem do Ministério da Saúde é uma violação fun-damental dos nossos direitos à liberdade de expressão e de religião”. Carol deu uma lição ao Governo de Obama. Embora ela seja “pró- -choice”, não se importa de ficar ao lado das pró-vida neste caso, de modo a defender a consciência dos que decidem pensar e viver de forma diferente. Não receia, como o faz o Partido Democrata, a diversidade de opiniões de todas as mulheres.

J. M.

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PANORAMA

A administração Obama não autoriza a “pílula do dia seguinte” para menores sem receita Numa decisão que surpreendeu defensores e oponentes, a Administração Obama recusou o pedido da FDA (Food and Drug Administration, uma agência go-vernamental) de permitir que também as menores de 17 anos possam comprar a “pílula do dia seguinte” sem necessidade de prescrição médica. Os motivos alegados para a recusa têm a ver com a saúde das potenciais compradoras, embora também tenham sido adiantados outros argumentos de índole mais socio-lógica.

Esta medida anunciada há alguns meses, tem provocado polémica desde essa altura. Os grupos autodenominados pró-choice la-mentaram a decisão, que consi-deram um passo atrás para a “saúde reprodutiva” da mulher. A própria FDA mostrou-se dece-cionada pela decisão do Departa-mento de Saúde e Serviços Sociais (HSS). Pensam ter provado de modo suficiente que a pílula é “segura e efetiva”. Segundo algumas informações, a agência admite uma proposta alternativa: o livre acesso à pílula para menores de 17 que sejam

acompanhadas por, pelo menos, um dos seus pais. Embora a partir da FDA tenham acusado Kathleen Sebelius, se-cretária do HSS, de antepor as suas crenças católicas às evidên-cias científicas, a verdade é que o próprio pedido da FDA se efetuou por solicitação de uma das marcas que fabricam a pílula. Além da indústria farmacêutica, parece haver pesado muito a pressão do lobby pró-choice, en-cabeçado pela organização Plan-ned Parenthood, que até aí se havia sentido muito bem tratada pela administração Obama.

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20 CAESE outubro 2012

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Entre os defensores da desregula-mentação total no acesso à pílula, o principal argumento é o insu-bstituível papel da pílula na “contraceção urgente”. Queixam-se de que a necessi-dade de passar pelo médico – só para menores de 17 anos – retirará grande parte da sua eficácia à pílula, visto que esta pode evitar a gravidez somente se for tomada durante as 72 horas posteriores à relação sexual, embora as probabilidades dimi-nuam consideravelmente após as primeiras 24 horas. Contudo, a eficácia global – evitar a gravidez – é um dado controverso: segun-do os fabricantes, aproxima-se de 90%, mas outros estudos baixam a média para cerca de 70%.

Além disso, o pedido da FDA afirma procurar uma descida no número de abortos. No entanto, a experiência de outros países com venda sem receita da pílula – como a Grã-Bretanha e a Espanha – provam que os abortos não se reduziram, mas sim o contrário. A publicação médica “Contra-ception” revelou no ano passado os resultados de um estudo realizado em Espanha: de 1997 a 2007, o uso de anticoncetivos nas relações sexuais passou de 49,1% para 79,9% entre as mulheres; todavia, no mesmo período, a taxa de abortos passou de 5,52 por cada 1.000 mulheres para 11,49. Muito menos na Grã- -Bretanha ou na Suécia consegui-

ram travar o aumento dos abortos, apesar das enormes somas gas-tas em educação sexual para adolescentes ou da liberalização na dispensa da pílula. Os que se opõem ao pedido da FDA de facilitar o acesso da pílula às menores, incluindo a secretária do HSS, alegam razões de peso diferente para justificar a sua posição. Algumas têm a ver com aspetos puramente científicos. Sebelius declarou que “não há dados sufi-cientes [sobre a inocuidade da pílula] para apoiar a solicitação da FDA”. Outro argumento é que, ao facili-tar mais a aquisição da pílula,

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fomenta-se a automedicação gine-cológica, o que é especialmente perigoso para menores, que ainda não conhecem bem o funcio-namento do seu corpo e podem confundir sintomas. Os fabricantes da pílula defendem-se argumen-tando que nos prospetos se indica que a pílula é potencialmente abortiva, e se avisa sobre outros possíveis efeitos secundários.

Contudo, um estudo realizado pela Family Health International, em 2003, mostrava que em grandes segmentos da sociedade havia muita desinformação: 25% desconheciam que a pílula não deve ser tomada em caso de hemorragias vaginais irregulares, e 33% não sabiam que a pílula não deve ser utilizada como substituto de outros métodos anticoncetivos (a percentagem chegava a 54% entre as mulheres

das classes sociais menos alfa-betizadas). Que a desregulamen-tação e a informação por si sós não servem, demonstra-o o facto de que metade dos casos de doenças de transmissão sexual nos Estados Unidos afetam me-nores de 25 anos, os mais informados quanto ao uso de anticoncetivos.

F. R. - B.

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PANORAMA

“El triunfo de las ciudades” “Triumph of the City” Autor: Edward Glaeser Taurus. Madrid (2011). 494 págs. Tradução (castelhano): Federico Corriente. Este livro é rigorosamente o con-trário do “menosprezo pela cidade e o louvor pela aldeia”. As cidades multiplicam as faculdades do ser humano. Embora haja megalópo-les que acumulam desequilíbrios, as cidades atuais sobreviveram ao fim da era industrial, e são mais prósperas, saudáveis e atrativas do que nunca. Esta é a tese que desenvolve Edward Glaeser, pro-

fessor de Economia em Harvard, que estudou a economia das cidades e os problemas da habi-tação. E então os bairros de miséria que rodeiam grandes cidades do Terceiro Mundo? Glaeser adverte--nos de que a pobreza das favelas do Rio de Janeiro, ou as equiva-lentes de Mumbai, devem ser comparadas com a pobreza rural, e aí compreende-se que os po-bres não se enganam quando emigram para a cidade, onde há sempre mais oportunidades labo-rais e educativas do que em zo-nas deprimidas do campo.

Como economista, Glaeser está atento aos efeitos – por vezes perversos – de políticas bem in-tencionadas. Adverte, com dados e casos, para os perigos de um excessivo protecionismo de edifí-cios e bairros, o que acarreta menos atividade na construção ci-vil, preços de habitação mais ele-vados, e áreas protegidas mais caras e exclusivas. Se uma pes-soa tem a sorte de viver numa de-las, pode pensar que é um herói defensor do património histórico; mas, na realidade, está a prejudi-car todos os que não podem pagar esses preços. A solução é procurar um equilíbrio razoável.

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Glaeser encara igualmente com simpatia os arranha-céus. E explica que uma cidade que cresce em altura mais do que em extensão e, portanto, necessi-tando menos do automóvel para as deslocações, consome menos energia, amplia o espaço no interior da urbe e pode oferecer uma vida de rua pujante. Pelo contrário, a dispersão urbana multiplica as emissões de CO2 devido ao maior uso do auto-móvel. Daí que “nada é mais verde do que o asfalto”, combinado com bons parques e jardins. Neste aspeto, o economista critica o ecologismo idílico, devido às suas consequências indesejadas; por exemplo, refere como as cres-

centes limitações à construção civil na costa da Califórnia – onde se gastaria muito menos no aquecimento e refrigeração – têm vindo a obrigar a construir em climas menos temperados, o que aumenta o consumo energético nacional. A análise de Glaeser observa que as tecnologias do transporte – desde o autocarro ao automóvel – determinaram sempre a forma das cidades. Nesse sentido, destaca- -se a sua explicação sobre como o automóvel favoreceu o tipo de habitação residencial nos EUA. Dedica cada um dos capítulos a examinar porque razão as cidades entram em decadência – o caso da Detroit industrial é típico – ou

como prosperam, seja Singapura ou Vancouver. A verdade é que embora Edward Glaeser tenha mais presente o urbanismo norte- -americano, nem por isso deixa de lado as experiências internacio-nais, e fala igualmente do boom de Bangalore, tal como das Ram-blas de Barcelona. “El triunfo de las ciudades” é o livro de um economista, e não é de estranhar que apoie as suas posições em dados deste tipo. Mas nem por isso deixa de repetir que “o mais importante das cidades são as pessoas que vivem, trabalham e pensam em conjunto”. É a interação entre elas o que potencia as faculdades humanas . Ta l vez se ja es ta também a explicação de o livro de

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Glaeser ser escrito como uma boa reportagem, com análises inter-ligadas a descrições e experiên-cias históricas.

I.A.

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DOCUMENTAÇÃO

Em defesa das Parcerias Público-Privadas (PPPs) Será supérfluo comprovar a im-portância e o efeito económico das infraestruturas num país. Olhando historicamente a evolu-ção económica da humanidade, é a posse, a existência, o aperfei-çoamento das suas infraestrutu-ras que dita, entre outros fatores, a sua evolução. E, entendemos este conjunto num sentido largo de bens, de ativos que vão desde as “portas” de um Estado (portos, aeroportos), passam pelas suas circulações internas (ferro e rodo-vias), por aquelas que garantem a distribuição de bens (redes de águas residuais, comunicações, energia,…) mas também as que garantem a evolução da qualidade de vida (escolas, hospitais,...).

Uma das formas a que ultima-mente os Estados têm recorrido para melhorar, acelerar e imple-mentar as suas infraestruturas, tem sido o recurso corrente a uma forma de parceria entre o setor público e um parceiro privado, conhecidas por Parcerias Público--Privadas (PPPs). Estas PPPs usualmente prefigu-ram para além da contratação de um bem de futura utilização públi-ca, a contratação da sua constru-ção (a prazo e preço pré-fixado), bem como a garantia do seu financiamento (de construção e operação), quer por recurso a capitais do promotor privado, quer pela garantia de financiamentos

normalmente bancários (com ga-rantias do próprio projeto), por troca de um pagamento futuro, quer pelos seus futuros utiliza-dores, quer em alternativa pelo Estado contratante, ou ainda atra-vés de um misto das duas situa-ções. Procurando aplicações deste mo-delo, encontramos exemplos da sua aplicação em todos os cinco continentes e numa grande abran-gência de áreas: estradas, pontes, túneis, ferrovias, metros, TGVs, redes infraestruturadas dos mais diversos tipos, parques escolares, hospitais, prisões, cemitérios e até parte dos serviços públicos de cidades.

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Ultimamente, no nosso país, tem- -se instalado a retórica de que as PPPs são um dos males do país e causa, em parte, da atual situação financeira. “Cada vez se gasta mais com as parcerias público- -privadas”, noticiam os órgãos de comunicação social, informando que só no primeiro trimestre de 2012, a conta aumentou para 324 milhões de euros, o que corres-ponde a um aumento de 30% face a igual período de 2011. O prin-cipal responsável por esta percen-tagem é o setor das estradas, tendo a fatura das parcerias rodo-viárias registado uma subida de 20%. Perante isto, a prudência talvez aconselhasse que não se desa-fiasse o “discurso oficial”, que não se colocasse em causa o que hoje

é politicamente correto. Não é essa, no entanto, a minha posição – apesar de considerar a prudên-cia uma qualidade essencial, mais ainda para quem assume respon-sabilidades governativas no país. O meu ponto de vista é que as parcerias público-privadas têm enormes virtudes, já comprovadas em Portugal, noutros países europeus e noutros continentes. Aquilo que sustento, e vou pro-curar demonstrar, é que as PPPs são um instrumento eficiente, desde que eficazmente usado, por quem tem a responsabilidade de defender o bem comum e promo-ver o desenvolvimento e tem, ao mesmo tempo, a obrigação de ser rigoroso e transparente. É evi-dente que as PPPs não subs-tituem uma política sensata de

Infraestruturas orientada pela qua-lidade e oportunidade do investi-mento a realizar, o que nem sem-pre foi conseguido, assim se for-mando um sentimento público ge-neralizado - injusto pela generali-zação efetuada - de que o modelo PPP é a causa de todos os males de que o nosso país hoje padece. Tudo isto é verdade, tudo isto já pesa sobre a nossa geração e pesará sobre a geração futura, mas a culpa não é das PPPs. Mas, aonde está o planeamento das infraestruturas deste país? Aonde está vertida uma previsão a vários anos das nossas infraes-truturas inversa da prática corren-te do curto prazo? Porque não conseguimos replicar o que fize-mos com a EXPO 98? Não se

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teria evitado a concentração de tantos investimentos e optado por atrasar outros, evitando assim os apertos de Tesouraria? E porque não efetuar “pactos de regime” relativamente às estratégias de desenvolvimentos setoriais? Sejamos claros e procuremos na nossa memória comum alguns exemplos bons e menos bons. Quantos anos tardou em fechar a ligação de AE entre Porto e Lisboa? E a AE de Lisboa ao Algarve? E a ligação também por AE de Lisboa a Elvas? Quanto custou o CCB? E a ponte do Mondego em Coimbra?

Porque é que a ponte Vasco da Gama ficou pronta a tempo da Expo 98? Há quantas gerações se fala da necessidade de construir o Túnel do Marão? Ou seja, temos exemplos de boas e menos boas experiências de gestão de investimentos públicos e de bons e menos bons exem-plos de parcerias públicas. Eu, no entanto, continuo a defen-der o modelo de PPPs, porque entendo que bem estruturadas, bem planeadas e bem desenvol-vidas, conduzem a uma utilização mais rápida de bens públicos e que, por isso, constituem uma forma de trazer maiores bene-fícios para o nosso país.

O primeiro axioma das PPPs é de que a vida nos prova que os privados gerem melhor do que o setor público. Não estão em causa as qualidades dos que trabalham num ou noutro setor, mas o facto de que a exigência perante os resultados é diferente. Um privado sabe que se não cumprir o plano de negócios que esteve na base do seu compromisso perante um Estado pagará por isso, pelo que fará todas as inflexões e corre-ções que forem necessárias para cumprir o que está estabelecido contratualmente. Isso, para o cidadão, constitui um conjunto de enormes vantagens: i. Os prazos de investimento dos bens públicos e da sua posterior utilização reduzem-se, podendo

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ser usufruídos mais cedo, porque a garantia de cumprimento de prazos é mais forte, dada a exis-tência de um conjunto complexo de penalidades para o promotor privado, quer por parte do Estado Concedente, quer por parte das entidades financiadoras dos proje-tos; nas PPPs não há espaço para obras como a “Duplicação da Linha do Norte”, ou como a Ponte do Mondego. ii. Retira-se incerteza aos custos associados aos riscos de investi-mento. O privado é que assume o preço e suportará os custos resul-tantes dos riscos que a sua gestão assumiu, mas que even-tualmente poderá não conseguir evitar. Não deverá haver espaço para acréscimos de custos, já que só é possível obter financiamentos

para projetos devidamente defini-dos quanto ao seu objeto e insus-cetíveis de variações consonantes com calendários eleitorais/humo-res do poder soberano do Estado (a maior parte dos casos de des-vios de valores em PPPs deve-se a imprecisões de índole ambiental ou mesmo inadaptação das Leis ambientais, ou a inoportunos exer-cícios do poder discricionário do Estado geradores de significativas variações nos aspetos fundamen-tais dos contratos de parceria). Um ótimo exemplo é o Viaduto Transmontano para proteção dos lobos da região, que originou um custo superior a muitos M€. iii. Os problemas de financiamento dos estados deixam de ser impe-ditivos para a realização de inves-timentos necessários ao aumento

da competitividade da economia portuguesa (em portos, aeropor-tos, linhas ferroviárias ou rodo-vias) pelo menor comprometimen-to de dinheiros públicos em cada momento, reduzindo-se o prazo de execução de potenciais futuros investimentos. E aqui reside talvez a maior questão das PPPs devido ao impacto futuro de muitos dos seus contratos. As Scuts e as Subconcessões seriam necessá-rias? A resposta deve ser encon-trada numa análise comparativa de custos e benefícios. A resposta possivelmente estará em que tal-vez algumas delas pudessem ter sido dimensionadas um pouco menos ambiciosamente e que, quase todas elas tivessem logo à partida sido lançadas num regime de utilizador/pagador, em que não se adivinhariam tantos encargos

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futuros para o Estado. Eventual-mente, muitas das Subconces-sões não deveriam ter sido lança-das, procurando-se outras formas expeditas de concretização (por exemplo, projetos conceção/cons-trução) ou simplesmente por via de contratos de empreitada. Mais uma vez, as PPPs não substituem uma política sensata de infraestru-turas. Esta forma de resolver os proble-mas de investimento numa altura de grande escassez de fundos públicos tem, como é evidente, vários perigos à espreita. E em Portugal o que talvez seja mais estrutural é o do sistema de justi-ça: sem um sistema judicial ágil e competente, e sem leis adequa-das à atividade económica, não haverá maneira de proporcionar a

quem investe a garantia da exis-tência de juízes independentes e processos mais ou menos rápidos para resolver os potenciais litígios que decorrem da gestão de contratos de alguma complexida-de e múltiplos intervenientes e que, ao mesmo tempo, possam impedir práticas abusivas (e tam-bém de evitar a corrupção), mas principalmente de criar e fomentar a confiança e responsabilidade nos agentes económicos. Voltando ao início: o modelo das PPPs é uma boa resposta aos desafios atuais. Os estados, atra-vés dos seus governos, sentem a necessidade de resolver os pro-blemas dos cidadãos de forma mais rápida do que seria o percurso normal do desenvolvi-mento desses países. Mas, atual-

mente, quase nenhum país do mundo tem capacidade para de-senvolver esses projetos através do investimento público direto. Ora, as PPPs permitem ultrapas-sar este bloqueio. O modelo das PPPs é um exce-lente modelo – tem é que ser bem feito e usado com racionalidade. E a pedra de toque é que os inves-timentos que forem realizados segundo este modelo têm de ser capazes de gerar riqueza ou criar condições para o desenvolvimento sustentado e equilibrado da Na-ção e da Região em que se inse-rem, para que o país ao longo dos anos do seu usufruto possa pagar os compromissos que assumiu com eles. Ou seja, o modelo das PPPs é adequado a determinados investimentos e não é adequado a

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outros. O critério é decisivo para o seu sucesso. Termino com aquilo que me pare-ce essencial nesta questão – tal como em muitas outras. É preciso rigor. Rigor em tudo: no conteúdo, na precisão das propostas dos projetos e das afirmações, na preservação dos modelos contra-tualizados, no conhecimento das matérias, na transparência das ideias e dos processos.

E é preciso austeridade. Auste-ridade na forma e no conteúdo. Temos a necessidade económica, mas também a obrigação ética, e mesmo moral, de evitar o supér-fluo nas soluções propostas. E devemos ter uma disponibilidade constante para reconhecer even-tuais erros – e corrigi-los. Só com rigor e austeridade pode-remos estar à altura dos tempos em que vivemos. E só com estes princípios poderemos deitar mão

de instrumentos, como as PPPs, as quais, sem estes princípios, rapidamente resvalam para o des-perdício e para o descontrolo. Ora, para isso, já basta o que basta.

Vítor Domingues dos Santos 27º PADE

Presidente da ASCAS, Associação das Concessionárias Scut

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DOCUMENTAÇÃO

Acionistas em ação O voto contra a proposta de remuneração dos dirigentes na assembleia-geral do Citigroup é a primeira vitória de um movimento de rebeldia entre os acionistas de grandes empresas norte-ameri-canas. Este ano, os conselhos de administração vão receber bastan-tes críticas, embora estes protes-tos não sejam totalmente novos. No ano passado, quando pela primeira vez se aplicou nos Estados Unidos a obrigação de consultar a assembleia-geral so-bre o pagamento aos dirigentes, não houve nenhum caso notório como o recente do Citigroup. Mas muitos conselhos de adminis-tração, afirma “The Economist”

(7/4/2012), suaram para obter mais de dois terços de votos a favor, e menos que isso é embara-çoso. Este ano, é muito possível que outras assembleias se revol-tem contra os salários da cúpula gestora, caso não estejam condi-cionados claramente aos resulta-dos da empresa. O gigante das telecomunicações Verizon é uma das empresas onde se discute o assunto, infor-ma “The New York Times” (22/4/2012). Uma associação de reformados da empresa, que não gere um grande pacote de títulos mas é muito numerosa (128.000 membros) e muito ativa, opõe-se a que os executivos possam ga-

nhar metade da sua remuneração variável mesmo que a empresa se classifique, pelos seus resultados, no terço mais baixo das do seu setor. Na cadeia de grandes armazéns Wal-Mart, as críticas contra a remuneração dos dirigentes vêm de um pequeno grupo de empre-gados de escalão elevado, que são também acionistas. Queixam--se de a empresa ter baixado o mínimo exigido em rentabilidade dos investimentos para que os executivos ganhem os prémios. O conselho de administração do Goldman Sachs que, em 2011, recolheu 27% de votos contrários

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à remuneração dos dirigentes, enfrentou este ano um voto de castigo proposto pelo fundo de investimentos Sequoia, que gere 0,4% das ações. O Sequoia que-ria destituir James Johnson, presi-dente do comité de remuneração dos executivos, enquanto o con-selho de administração recomen-dava a renovação da nomeação. O fundo reprova a Johnson a sua trajetória passada noutras empre-sas onde houve pagamentos de-masiado generosos em stock

options e opõe-se a que acumule a presidência do comité com um lugar no conselho de administra-ção pelo qual ganha mais de meio milhão de dólares anuais. O Goldman Sachs parou outro protesto que iria ser submetido à assembleia. O fundo de pensões

de um sindicato de empregados públicos, com um bom pacote de títulos do Goldman, apresentou uma moção para separar os cargos de presidente e adminis-trador-delegado, ambos a cargo de Lloyd Blankfein. Por fim, o conselho de administração con-venceu o fundo a retirar a propos-ta, em troca da nomeação de um administrador-adjunto de Blank-fein a quem este terá de consultar. O mesmo fundo teve iniciativas similares noutras empresas, como o JP Morgan Chase. Igualmente Rupert Murdoch enfrenta este ano uma proposta para ceder a presidência da News Corp. a uma personalidade independente. O êxito destas iniciativas não é assegurado pela porção de títulos nas mãos dos que as propõem.

Mas estão em sintonia com a sen-sibilidade de muitos outros acio-nistas que se mostram dispostos a apoiá-las. Existe uma sensação alargada de que, após quatro anos de crise, muitos gestores de empresas não aprenderam a lição e continuam a premiar-se com pagamentos excessivos. Agora, além disso, é mais fácil mobilizar os acionistas, difundindo as quei-xas e encorajando a votar, através da Internet e das redes sociais.

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33 CAESE outubro 2012

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