PP_1- A Mundializacao Economica

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    Unidade 2 A Globalizao e aRegionalizao Econmica do Mundo

    2.1. A Mundializao Econmica;2.1.1. Noo e evoluo;2.1.2. A acelerao da mundializao econmica apartir de 1945;

    2.2. A Globalizao do mundo atual;

    2.2.1. A mundializao e a globalizao;2.2.2. A transnacionalizao da produo;2.2.3. A globalizao financeira;2.2.4. A globalizao cultural

    2.3. A Globalizao e os pases emdesenvolvimento;

    2.4. A regionalizao econmica mundial;

    .

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    Unidade 2 A Globalizao e aRegionalizao Econmica do Mundo

    2.1.1. Noo e evoluo;A. Elementos da mundializao econmica;B. O processo de mundializao;C. A evoluo do processo de mundializao;D. A diviso internacional do trabalho (do sculo XVI ao sculo XIX);E. Os efeitos da diviso internacional do trabalho;F. A Revoluo Industrial;G. Os fatores centrais da 1 Revoluo Industrial (sculos XVIII e XIX). A

    inovao tecnolgica e os mercados;H. A conjugao dos mercados internos e externos;I. A Revoluo Industrial e a mundializao;J. A mundializao na segunda metade do sculo XIX e a 2 Revoluo

    Industrial;K. A primeira metade do sculo XX o recuo da mundializao.

    2.1.2. A acelerao da mundializao econmica a partir de1945;

    A. A 3 revoluo Industrial;

    B. A liberalizao do comrcio mundial o BIRD, a CEE/EU e o GATT;

    2.1. A Mundializao Econmica

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    2.1. A Mundializao Econmica

    2.1.1 Noo e evoluoNas sociedades atuais verifica-se um reforo das

    interdependncias entre as economias, manifestadas nosefeitos que determinados acontecimentos geram escalamundial.Exemplo: a crise financeira de 2008, iniciou nas instituies

    financeiras norte-americanas e rapidamente estendeu seconomias de outros pases e regies, afetando cotaes emBolsa, rendimentos de investidores, fundos de poupana deaforradores, etc.A crise financeira, com origem no mercado financeiro dos EUAatingiu, desta forma, uma dimenso mundial.

    O fenmeno da mundializao, introduzido recentemente nalinguagem corrente, pode ser definido com base nos seguinteselementos:- mundializao das trocas e das empresas,- globalizao financeira e

    - enfraquecimento das regulaes estatais.

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    2.1.1 Noo e evoluoA-Elementos da mundializao econmicaMundializao das trocas

    A abertura das economias aos mercados externos e o crescimentodo comrcio internacional, baseado na livre circulao de bens,servios, capitais e pessoas, uma das caractersticas destefenmeno. A expanso das trocas alcana assim, uma dimensomundial.

    Mundializao das empresas

    A definio das estratgias empresariais a nvel dos mercados edas atividades produtivas concebida escala mundial: asempresas mundializadas realizam investimentos fora do territrio dasede, implantando segmentos do processo produtivo em diferentespases, de forma a aproveitar os respetivos fatores competitivos(como a mo-de-obra e as matrias-primas), subcontratandoempresas estrangeiras, cedendo marcas, etc.

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    2.1.1 Noo e evoluoA-Elementos da mundializao econmicaGlobalizao financeiraO financiamento das empresas mundializadas e a realizao do

    I&D inerente s mesmas, traduziu-se na intensificao da livrecirculao de capitais e na criao de um mercado financeiromundial.O financiamento torna-se mais rpido e mais barato mas, emcontrapartida, os riscos aumentam.Enfraquecimento das regulaes estatais nacionaisA funo reguladora dos mercados e da atividade econmica,

    tradicionalmente atribuda aos Estados, vai sendo transferida paraentidades plurinacionais de ndole regional ou mundial, como oBanco Central Europeu (BCE) e a Organizao Mundial doComrcio (OMC).O BCE a entidade a quem cabe regular a organizao e ofuncionamento do mercado monetrio na Zona Euro, enquanto que OMC foi atribuda a regulao dos mercados de bens a nvelmundial.

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    2.1.1 Noo e evoluo

    B-O processo de mundializaoA mundializao enquanto fenmeno do mundo

    contemporneo est necessariamente ligada ao processo deevoluo tecnolgica dos meios de transporte, bemcomo das novas tecnologias de informao e

    comunicao.Este fenmeno no nasceu nos dias de hoje, remonta aosculo XVI e poca dos Descobrimentos, e que secaracteriza pelo desenvolvimento das trocas mercantis e dosmovimentos migratrios que se seguiram, atingindo as vriaspartes do mundo.

    O movimento das trocas escala mundial , posteriormente,incentivado pelas inovaes introduzidas pela RevoluoIndustrial, nas atividades produtivas e nos transportes.Podemos, assim, considerar a mundializao como umprocesso que se foi desenvolvendo e intensificando ao

    longo do tempo, associado a certos perodos histricos derutura.

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    2.1.1 Noo e evoluoB-O processo de mundializao

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    2.1.1 Noo e evoluoC-A evoluo do processo de mundializao.

    A europeizao do MundoO sculo XVI marca a expanso europeia para novos

    espaos: a economia europeia expande-se para almdo Mediterrneo, com a navegao nos oceanosAtlntico e ndico, que veio permitir integrar novasregies do mundo no sistema produtivo e de trocas da

    Europa.Novas reas de outros continentes surgem como

    centros econmicos, gerando fluxos de capitais (ouro eprata), como foi o caso da Amrica do Sul, e de

    produtos ou mo-de-obra, como foi o caso de frica.

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    2.1.1 Noo e evoluoC-A evoluo do processo de mundializao.

    A europeizao do Mundo

    O comrcio europeu e o AtlnticoEntre a Europa, frica e Amrica desenha-se um vastotringulo comercial: navios a abarrotar de lcool, dearmas e de missanga trocam a sua carga, na costaafricana, por escravos destinados s plantaes

    aucareiras da Amrica; aqui, nos pores destesmesmos barcos, a carne humana ser substituda porcana e, mais tarde, tabaco e algodo, com destino aosportos europeus.A prata da Amrica do Sul paga os produtos de que os

    colonos necessitam e inunda as praas financeiraseuro eias.

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    2.1.1 Noo e evoluoC-A evoluo do processo de mundializao.

    A europeizao do MundoA economia-mundo europeiaFruto da expanso, a Europa torna-se o centro daeconomia mundial, pois ela que domina o comrciomundial e concentra os capitais.A troca intensa de mercadorias, de capitais e de

    populaes entre frica, Amrica e Europa, tem comoconsequncia a integrao destas novas regies naeconomia-mundo europeia.O comrcio que se desenvolve entre estes trscontinentes origina formas de especializao econmica

    e de interdependncias, caractersticas da divisointernacional do trabalho.

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    2.1.1 Noo e evoluoC-A evoluo do processo de mundializao.

    A europeizao do Mundo

    A Europeizao do Mundo - No centro docomrcio est a Europa a procura europeia deprodutos e matrias-primas que est na origemdo comrcio entre as regies do mundo; a

    Europa que controla o comrcio e o impulsiona,devido aos capitais que rene (provenientes dotrfego de escravos); e a Europa que os aplicanas suas manufaturas, transformando asmatrias-primas vindas de outras regies.

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    2.1. A Mundializao Econmica

    2.1.1 Noo e evoluoD-A diviso internacional do trabalho

    (do sculo XVI ao sculo XIX)Neste perodo, a diviso internacional do trabalho

    assenta no comrcio mundial entre trs polos: frica fornecedora de mo-de-obra escrava para asplantaes na Amrica; Amrica produtora, com base no trabalho escravo,de matrias-primas, como o algodo e o acar, que

    fornece Europa; Europa possuidora de capital (proveniente docomrcio de escravos) e transformadora de matrias-primas (por exemplo, a indstria txtil), que vende para

    a Amrica e frica.

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    2.1. A Mundializao Econmica2.1.1 Noo e evoluo

    D-A diviso internacional do trabalho(do sculo XVI ao sculo XIX)

    A este processo junta-se tambm a ndia, que fornece Europa tecidos que sero depois trocados em frica porescravos.

    O trfico de escravos constitui o fator central nodesenvolvimento do comrcio mundial controlado pelaEuropa, constituindo um marco do processo demundializao.

    Os navios europeus transportam mercadorias para fricapara trocar por escravos, que so, por sua vez, levadospara a Amrica para trabalhar nas plantaes de tabaco,acar e algodo.Estes produtos so depois transportados para a Europa,

    para serem utilizados como matrias-primas na produodas manufaturas.

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    2.1. A Mundializao Econmica2.1.1 Noo e evoluo

    E- Os efeitos da diviso internacional do trabalhoa) fricaO contributo do continente africano para o desenvolvimento

    da economia europeia assentou no comrcio de

    escravos.O trfico de escravos entre a Europa, frica e a Amricarespondeu procura crescente de mo-de-obra por partedos europeus, de forma a satisfazer as necessidades daproduo agrcola nas colnias americanas (algodo,

    cana-de-acar e tabaco).frica tornou-se uma regio perifrica na economiamundial, na medida em que as suas produes eramorientadas para a satisfao das necessidades domercado externo, controlado pela Europa (centro da

    economia-mundo), e no para a satisfao dasnecessidades locais.

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    2.1. A Mundializao Econmica

    2.1.1 Noo e evoluoE- Os efeitos da diviso internacional do trabalhob) AmricaNuma primeira fase da colonizao do continente, a

    Amrica desempenhou um papel importante no

    desenvolvimento industrial europeu: oferta de matrias-primas baratas (fruto do trabalho escravo) e procura deprodutos alimentares e manufaturados europeus.

    Numa segunda fase, a colonizao dos territrios porfranceses e ingleses conduziu reorganizao daeconomia, em funo da combinao dos interesses dosmercados externo e interno.

    As colnias norte-americanas, particularmente asinglesas, procuraram, atravs de uma economia viradapara a autossuficincia, afirmar os seus interessesprprios, recusando a sujeio aos interesses das suas

    metrpoles.

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    2.1. A Mundializao Econmica2.1.1 Noo e evoluo

    E- Os efeitos da diviso internacional do trabalhoc) EuropaO trfico de mo-de-obra escrava proveniente de frica

    proporcionou elevados ganhos, estimulando odesenvolvimento das atividades bancria e industrial: aacumulao de capitais provenientes do trfico e multiplicadospela atividade bancria foram aplicados na indstria txtil, novidro, na metalurgia, na construo naval e em outrasmanufaturas.

    As matrias-primas provenientes da Amrica, para alm dosganhos gerados pelo seu comrcio, constituram outroimportante fator dinamizador da criao das indstrias

    europeias.A exportao de produtos (tecidos, armas, ferramentas e

    alimentos) da Europa para frica (em troca de escravos) e paraa Amrica, no s proporcionou ganhos diretos com ocomrcio como gerou tambm ganhos indiretos, na medidaem que estimulou a produo industrial europeia, o

    aumento do emprego e dos salrios dos trabalhadoreseuropeus, e o consequente crescimento da procura de bens.

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    2.1.1 Noo e evoluoE- Os efeitos da diviso internacional do trabalho

    O comrcio entre a Europa, frica e a Amrica contribuiude forma decisiva para o desencadear da RevoluoIndustrial, ao proporcionar as condies necessrias aodesenvolvimento industrial: acumulao de capitais,matrias-primas e mercados para colocar os produtosmanufaturados. A Inglaterra foi o pas que iniciou a RevoluoIndustrial por ter sabido utilizar melhor os mercados comofonte de escoamento dos seus produtos industriais.

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    2.1.1 Noo e evoluoF- A Revoluo Industrial

    A Revoluo Industrial assentou num conjunto detransformaes profundas a nvel da produo, ocorridas na

    Europa, no final do sculo XVIII:-aumento da produo industrial, do investimento e dapopulao,-utilizao de novas fontes de energia (com destaque parao vapor), novos meios de produo e de transporte,

    -mecanizao,-nova organizao do trabalho (j no na oficina, mas nafbrica) e-aumento dos nveis de consumo,- entre outras.

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    2.1.1 Noo e evoluoG- Os fatores centrais da 1. Revoluo Industrial(sculos XVIII e XIX). A inovao tecnolgica e os

    mercados.a) Do lado da oferta

    A inovao tecnolgica considerada um dosprincipais fatores das mudanas operadas, uma vez queproduzir com novas tcnicas permitiu aumentar aproduo. Mas, para o desenvolvimento do processo

    de inovao a nvel da produo, foi necessrioacumular capitais (largamente provenientes do trficode escravos), dispor de matrias-primas(provenientes, essencialmente, do continenteamericano) e fontes de energia, para alm de mo-de-

    obra disponvel (liberta da atividade agrcola).

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    2.1. A Mundializao Econmica2.1.1 Noo e evoluo

    G- Os fatores centrais da 1. Revoluo Industrial(sculos XVIII e XIX). A inovao tecnolgica e os

    mercados.a) Do lado da oferta

    . Fornecimento de capitais o capital acumulado pelaEuropa possibilitou o financiamento de parte importante dasinovaes tcnicas e dos investimentos industriais, inerentesao processo de industrializao.. Fornecimento de matrias-primas a obteno dematrias-primas nos mercados coloniais favoreceu odesenvolvimento das indstrias europeias. Foi o queaconteceu com o algodo vindo da Amrica, queproporcionou o desenvolvimento da indstria txtil europeia,em particular da inglesa.A oferta de fatores de produo (capitais, matrias-primase trabalho) possibilitou as inovaes tecnolgicas e a sua

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    2.1.1 Noo e evoluoG-Os fatores centrais da 1. Revoluo Industrial(sculos XVIII e XIX). A inovao tecnolgica e os

    mercados.a) Do lado da procura

    O aumento da procura, em particular da procuraexterna, estimulou a produo industrial na

    Europa, arrastando a necessidade de modernizaodo sector, especialmente do ramo txtil (algodo),que funcionou como motor de arranque para aindustrializao moderna.

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    2.1.1 Noo e evoluoG-Os fatores centrais da 1. Revoluo Industrial(sculos XVIII e XIX). A inovao tecnolgica e os

    mercados.

    O algodo primeiro produto industrial de grande consumoPela integrao a montante e pelo contgio dos sectores vizinhos(qumica, construes mecnicas), o desenvolvimento daindstria algodoeira ativou a industrializao e a revoluotcnica em geral. A indstria algodoeira a primeira a conhecer

    uma mecanizao importante, conjugada com a utilizao emmassa de mo-de-obra barata (mulheres e crianas), esimbolizou uma nova forma de sociedade (o capitalismoindustrial), fundada num novo modo de produo (a fbrica) e nadiviso entre empregadores capitalistas e operrios que apenas

    possuam a sua fora de trabalho.Philippe Norel, A Inveno do Mercado, Lisboa, Instituto Piaget.

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    2.1. A Mundializao Econmica2.1.1 Noo e evoluo

    H- A conjugao dos mercados internos e externosNo processo da Revoluo Industrial, os mercados internos eexternos tiveram um papel determinante, embora comvariantes de pas para pas:. Na Gr-Bretanha, o mercado interno foi o principalimpulsionador da Revoluo Industrial, logo seguido pelocrescimento dos mercados externos.. Em Frana, o motor da Revoluo Industrial foi acombinao do mercado externo e do mercado interno, volta de um produto txtil de elevada qualidade (a seda),

    dirigido aos mercados ingls e francs, de maior podereconmico.. Em Portugal, e em outros pequenos pases, a reduzidadimenso dos mercados internos e a incipienteindustrializao levaram explorao de reascomplementares aos grandes mercados. o caso da

    especializao em produtos agrcolas, como o vinho doPorto.

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    2.1. A Mundializao Econmica2.1.1 Noo e evoluo

    H- A conjugao dos mercados internos e externos. Na Alemanha, o fraco poder de compra da populao levouo pas a apostar na industrializao de produtos intermdios,como o ao e os qumicos, virados para as exportaes epara o mercado interno.. Nos EUA, aps a independncia, o modelo deindustrializao assentou na produo de bens para omercado interno, atendendo sua grande dimenso, emresultado do forte crescimento demogrfico e dos elevadosrendimentos provenientes de uma agricultura altamenteprodutiva. No incio do sculo XIX, os EUA afirmaram-secomo potncia industrial os capitais acumulados,provenientes das exportaes, foram investidos namecanizao das indstrias (fiao, tecelagem, siderurgia,entre outras), e a elevada procura, inicialmente satisfeita

    pelas importaes, passou a ser suprida pela produointerna.

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    2.1.1 Noo e evoluoH- A conjugao dos mercados internos e

    externos

    .

    Concluso:De uma forma geral, os mercados internos eexternos tiveram um papel importante noprocesso de industrializao, cabendo, na

    maior parte dos modelos, um papel de arranqueao mercado interno (pela via da procura),seguindo-se a insero na diviso internacionaldo trabalho atravs das exportaes.

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    I- A Revoluo Industrial e a mundializaoNo perodo da Revoluo Industrial, verificou-se umapartilha dos mercados entre a Gr-Bretanha e a Frana.Os dois pases tinham uma estrutura de comrcio externo

    prpria de um pas industrializado: importavam matrias-primas e exportam produtos manufaturados. Um dosprincipais mercados para colocao dos produtosingleses e franceses, e obteno de matrias-primas, como oalgodo, era constitudo pelas colnias europeias, mesmoaps a independncia dos EUA.

    A procura internacional e interna estimulou a produoindustrial, arrastando a mecanizao e modernizao dasatividades produtivas. Por sua vez, a modernizao, alargadaaos transportes ferrovirio e martimo,) incentivou o aumentoda procura, ao contribuir para uma maior produtividade e

    baixa de custos.

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    2.1.1 Noo e evoluo

    I- A Revoluo Industrial e a mundializao

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    2.1. A Mundializao Econmica

    2.1.1 Noo e evoluo

    I- A Revoluo Industrial e a mundializao

    A Revoluo Industrial est associada a umprocesso de mundializao econmica asmatrias-primas, os capitais, as tcnicas e osprodutos circulam no espao internacional. A

    circulao alarga-se ao trabalho: inicialmentecom o trfego dos escravos de frica e, maistarde, com as migraes.

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    2.1.1 Noo e evoluoJ- A mundializao na segunda metade do sculoXIX e a 2. Revoluo Industrial

    A revoluo nos transportes e nas comunicaes

    e a intensificao das trocas comerciaisA segunda metade do sculo XIX, marcada,essencialmente, pela introduo de uma nova fonte deenergia (a eletricidade) e de um novo material (o ao),proporcionou uma revoluo nos transportes e nascomunicaes. O desenvolvimento dos caminhos-de-ferro, da frota martima e a abertura de novas rotas,originaram uma intensificao das trocas escalamundial, para a qual tambm concorreu a integrao

    das regies perifricas no comrcio.

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    2.1.1 Noo e evoluoJ- A mundializao na segunda metade do sculo

    XIX e a 2. Revoluo IndustrialAumento dos movimentos migratrios

    Neste perodo, verificou-se igualmente um aumento dasmigraes com a sada de europeus para os EUA, Canad,frica, Brasil, Austrlia e Nova Zelndia, em consequncia dodesemprego e subemprego resultantes da modernizao dasindstrias.

    No incio do sculo XIX, a Europa enviou para os outroscontinentes cerca de 70 milhes de emigrantes, a maioriapara a Amrica do Norte, para a Amrica Latina e para aAustrlia. No final do sculo, a populao de origem europeia

    representava mais de um tero da populao do planeta.

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    2.1.1 Noo e evoluoJ- A mundializao na segunda metade do sculo

    XIX e a 2. Revoluo IndustrialAumento dos movimentos migratrios

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    2.1. A Mundializao Econmica

    2.1.1 Noo e evoluoJ- A mundializao na segunda metade do sculo

    XIX e a 2. Revoluo IndustrialSada de capitais

    A emigrao europeia foi acompanhada pela sada decapitais da Europa, que se concentraram nos pases dedestino dos europeus, localizando-se junto das fontes dematrias-primas, de forma a fazer diminuir os custos deproduo das indstrias europeias e financiando infra-

    estruturas e atividades complementares sua explorao(caminhos-de-ferro, minas, bancos).Por sua vez, estes investimentos geravam rendimentos queregressavam aos pases de origem (Gr-Bretanha, Frana eBlgica, em especial).

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    2.1.1 Noo e evoluoJ- A mundializao na segunda metade do sculo

    XIX e a 2. Revoluo IndustrialSada de capitais

    A segunda metade do sculo XIX marcadapela circulao de mercadorias, pessoas ecapitais, entre a Europa e outras regies do

    planeta, o que traduz a expanso da economiaeuropeia no mundo

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    2.1. A Mundializao Econmica2.1.1 Noo e evoluo

    J- A mundializao na segunda metade do sculo XIX e a 2.Revoluo IndustrialConsequncias da expanso da economia europeia no mundo:

    convergncia e fragmentaoPara alguns autores, a integrao das regies menos desenvolvidos noespao econmico internacional, atravs das trocas de bens e demovimentos de capitais, traduziu-se num processo de convergncia,

    tanto a nvel dos preos dos bens, como a nvel dos rendimentos. Osinvestimentos realizados em alguns destes pases conduziram aocrescimento das suas exportaes, cujas receitas reverteram a favor doseu desenvolvimento. A Argentina, o Uruguai, o Japo e a Coreia do Sulso disso exemplo.Para outros autores, a expanso da economia europeia produziu, pelo

    contrrio, uma fragmentao do mundo em centro e periferias e o

    estabelecimento de relaes de dominao e dependncia. A integraodas regies menos desenvolvidas no sistema de trocas realizou-se emfuno das necessidades do centro: as produes tradicionais dessasregies foram abandonadas, em favor de uma especializao em produtosde base para exportar em troca de produtos manufaturados. Foi o queaconteceu com o Egipto, que deixou de produzir bens alimentares paraproduzir algodo para a Gr-Bretanha, tendo, em troca, de importarcarnee trigo; passou-se o mesmo com o Lbano, que se especializou na extraomineira para exportao, atividade essa da iniciativa de empresasestran eiras.

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    2.1. A Mundializao Econmica2.1.1 Noo e evoluo

    A primeira metade do sculo o recuoXX da mundializao

    A primeira metade do sculo XX foi marcada por polticaseconmicas protecionistas das atividades agrcolas e industriais, emresultado da devastao originada pela I Guerra Mundial (1914-1918) e da recesso econmica dos anos 30 (Grande Depresso).

    O comrcio internacional neste perodo apresentou taxas decrescimento modestas, os movimentos de capitais forambloqueados e o movimento migratrio sofreu fortes restries, querpor parte dos pases de acolhimento, numa tentativa de proteger oemprego de mais baixo salrio, quer por parte dos pases deemigrao de ideologia nacionalista, casos da Itlia de Mussolini e

    da Alemanha de Hitler.A retrao do comrcio mundial, acompanhada pela crise daeconomia mundial, interrompeu a intensificao do processode mundializao registada no perodo anterior.A necessidade de crescimento foi, neste perodo, traduzida numa

    expanso territorial europeia, pela via da intensificao daexplorao e ocupao das colnias (casos da Gr-Bretanha, da

    Frana ou da Blgica) ou pela guerra, no caso da Alemanha).

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    2.1. A Mundializao Econmica

    2.1.2 A acelerao da mundializao econmica apartir de 1945A- A 3. Revoluo Industrial

    A II Guerra Mundial, com as suas necessidades a nvel dearmamento e de comunicaes, incentivou a pesquisa e oaparecimento de inovaes, como a tecnologia nuclear e

    informtica.A bomba atmica e a criao do primeiro computador constituemexemplos de inovaes desenvolvidas pelos EUA, neste perodo. Aaplicao da eletrnica e da informtica, rapidamente se alargoudas indstrias militares a outras atividades industriais (automao) eaos servios (transportes, banca, educao, informao,

    telecomunicaes, audiovisual, entre outros), contribuindo para ocrescimento da competitividade das empresas e para o processo deterciarizao da economia.

    Nos finais dos anos 70, a sociedade entrou na era da informao,baseada na eletrnica e na aplicao macia dos seus produtos nasatividades econmicas: a automao, a robotizao e astelecomunicaes.

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    2.1. A Mundializao Econmica

    2.1.2 A acelerao da mundializaoeconmica a partir de 1945

    A- A 3. Revoluo Industrial

    O desenvolvimento das novas tecnologias dainformao (TIC), consideradas como a base da 3.Revoluo Industrial e, a sua aplicao na reaeconmica (em particular nos servios financeiros), na

    comunicao e no audiovisual, contribuem para a maiorcirculao e difuso de produtos e processos escalaglobal, favorecendo o processo de mundializao.

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    2.1. A Mundializao Econmica

    2.1.2 A acelerao da mundializaoeconmica a partir de 1945

    A- A 3. Revoluo IndustrialO crescimento das exportaes

    O fim da II Guerra Mundiale a reconstruo daseconomias europeia ejaponesa criaram condiespara o renascimento docomrcio internacional,atravs de uma maiorabertura das economias aoexterior e consequente

    crescimento dasex orta es.

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    2.1. A Mundializao Econmica

    2.1.2 A acelerao da mundializao econmicaa partir de 1945A- A 3. Revoluo Industrial

    A substituio do princpio da especializao pelo princpio daconcorrncia.No processo de mundializao atual, o comrcio mundial , assim,cada vez menos baseado na troca de produtos diferentesdecorrentes da especializao, em resultado dos diferentesrecursos de cada interveniente (recursos naturais, tecnologia,especializao da mo-de-obra) e cada vez mais assente naconcorrncia, no sentido da conquista das atividades melhorremuneradas e, portanto, mais lucrativas.

    Entre os prprios pases desenvolvidos verifica-se tambm asubstituio do princpio da complementaridade pelo princpio daconcorrncia, j que a maior parte das trocas realizadas so deprodutos similares como, por exemplo, automveis.

    No contexto da atual mundializao uma parte significativadas trocas mundiais baseia-se na troca de produtos similares,o que evidencia a forte concorrncia entre pases e regies.

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    2.1. A Mundializao Econmica2.1.2 A acelerao da mundializao econmica

    a partir de 1945B- A liberalizao do comrcio mundial o BIRD,

    a CEE/UE e o GATT/OMCNa primeira metade do sculo XX, a intensificao do

    processo de mundializao foi interrompida pela grave

    crise da economia mundial, perodo conhecido porGrande Depresso, e pelas duas Guerras Mundiais quelevaram os Estados a adotar polticas protecionistas.

    Terminada a II Guerra Mundial, a consequentedevastao da Europa levou necessidade de

    reconstruo econmica dos pases afetados e dorelanamento do comrcio mundial, tendo sido criadospara o efeito organismos internacionais, como o BancoInternacional para a Reconstruo e Desenvolvimento(BIRD), o Acordo Geral sobre a Reduo das Tarifas

    Aduaneiras (GATT), e a Comunidade Econmica

    Europeia (CEE).

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    2.1. A Mundializao Econmica2.1.2 A acelerao da mundializao econmica a

    partir de 1945B- A liberalizao do comrcio mundial o BIRD, aCEE/UE e o GATT/OMC

    O Banco Internacional para a Reconstruo e Desenvolvimento(BIRD)Para a reconstruo econmica da Europa foi criado o BIRD, cuja misso

    era conceder emprstimos para financiar a reconstruo das economiasdevastadas. Esta funo foi, posteriormente, complementada pelo PlanoMarshall, que consistiu numa ajuda directa (donativos e emprstimos) dosEUA aos pases que sofreram os efeitos negativos da Guerra e queprecisavam de apoio financeiro para o relanamento das suas economias.O financiamento prestado permitiu a recuperao da economia europeia eo seu rpido crescimento.

    No processo de reconstruo e de crescimento das economias, a

    liberalizao das trocas comerciais desempenhou um papel relevante. Oprocesso de liberalizao foi iniciado pelos Estados Unidos, dentro doquadro da sua poltica de cooperao com a Europa, com o abandono doprotecionismo e a defesa da celebrao de acordos comerciais com ospases europeus para a reduo recproca das tarifas alfandegrias. Paraatingir este objetivo, era necessrio criar uma organizao para regular ocomrcio internacional.

    Os primeiros passos conduziram celebrao do Acordo Geral de Tarifas eComrcio (GATT).

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    2.1. A Mundializao Econmica2.1.2 A acelerao da mundializao

    econmica a partir de 1945B- A liberalizao do comrcio mundial o

    BIRD, a CEE/UE e o GATT/OMCO Acordo Geral sobre a Reduo das Tarifas

    Aduaneiras (GATT)Em 1947, foi lanada, no mbito da ONU, umaconferncia com vista a negociar a reduo dastarifas aduaneiras, que constituiu a base dacriao do Acordo Geral sobre a Reduo dasTarifas Aduaneiras, vulgarmente designado porGATT (General Agreement on Trade and Tariffs).Nesse acordo estiveram envolvidos cerca de 23pases alargando-se, mais tarde, a muitos outros

    (aproximadamente 120, em 1993).

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    2.1. A Mundializao Econmica2.1.2 A acelerao da mundializao econmica a partir

    de 1945B- A liberalizao do comrcio mundial o BIRD, aCEE/UE e o GATT/OMC

    A CEE e a EFTAO processo de liberalizao das trocas foi intensificado naEuropa ocidental com a criao de duas organizaes

    econmicas: a Comunidade Econmica Europeia (CEE),atual UE, em 1957, e a Associao Europeia do ComrcioLivre (EFTA European Free Trade Association), em 1960.Estas organizaes de mbito regional promoveram a livrecirculao de bens dentro do seus espaos respeivos eestabeleceram entre si acordos comerciais preferenciais,

    contribuindo, desta forma, para o crescimento das trocasdentro do espao europeu. A liberalizao beneficiouparticularmente os pases europeus pertencentes s duasorganizaes (comrcio intra-europeu), pois, relativamenteaos produtos de pases terceiros, mantiveram-se taxasaduaneiras, mecanismo protetor da economia europeia mas

    que contraria os princpios do livre-cambismo.

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    2.1.2 A acelerao da mundializao econmicaa partir de 1945B- A liberalizao do comrcio mundial o BIRD,

    a CEE/UE e o GATT/OMCA CEE e a EFTA

    A liberalizao das trocas nos anos do ps-guerraconstituiu o fator impulsionador do comrciointernacional, nomeadamente do comrciointracontinental (EUA e Europa Ocidental) e docomrcio intracomunitrio no seio da UE. A Europa e

    os EUA detinham, em 1963, mais de 50% dasexportaes mundiais.A Europa registou neste perodo um forte

    crescimento econmico e uma melhoria significativado bem-estar das suas populaes, reafirmando o seupoder no mundo.

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    A CEE e a EFTA

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    2.1.2 A acelerao da mundializaoeconmica a partir de 1945B- A liberalizao do comrcio mundial o BIRD, aCEE/UE e o GATT/OMCOrganizao Mundial do Comrcio (OMC)O crescimento das trocas mundiais foi, no entanto, acompanhadode uma concorrncia cada vez maior entre os EUA e a UE,agravada com a entrada de novos pases industrializados nocomrcio mundial. Esta situao criou dificuldades adicionais snegociaes no seio do GATT, o que conduziu sua extino esubstituio, em 1995, pela Organizao Mundial do Comrcio.A OMC constitui, numa economia mundial cada vez mais

    globalizada, o frum para a eliminao dos obstculos ao comrcio,atravs de negociaes comerciais multilaterais e para definio eaplicao de regras que permitam aos importadores e exportadoresdesenvolver a sua atividade num quadro de estabilidade esegurana.

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    2.1.2 A acelerao da mundializao econmica a partir de 1945Organizao Mundial do Comrcio (OMC)

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    2.1.2 A acelerao da mundializao econmica a partir de 1945Organizao Mundial do Comrcio (OMC)

    Organizao Mundial do ComrcioOrganizao internacional criada em1995 e constituda atualmentepor mais de 150 pases (que representam cerca de 90% do

    comrcio mundial) que negoceiam acordos que regulam ocomrcio internacional. As negociaes no seio da OMCdesignam-se por rondas e nelas procuram-se firmar acordosrelativos eliminao de taxas alfandegrias com vista maiorabertura dos mercados. A ltima ronda (de Doha, por se ter

    realizado na capital do Qatar), iniciou-se em 2001, mas ainda nofoi concluda, devido s discordncias entre pases desenvolvidose menos desenvolvidos, no que se refere aos subsdios agrcolasconcedidos pelos pases ricos aos seus produtos e manutenode barreiras s importaes de produtos vindos dos pases emdesenvolvimento. Para o presidente da OMC, o sucesso, da ronda

    beneficiaria os pases mais pobres, pois, com a eliminao das

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    2.1.2 A acelerao da mundializao econmica a partir de 1945Organizao Mundial do Comrcio (OMC)

    Princpio:da no discriminao todos os pases devero ter o mesmo regimeaduaneiro, em relao ao mesmo produto;da previsibilidade as regras do comrcio internacional devem serconhecidas de todos;da concorrncia leal para garantir um comrcio justo no se admitemprticas desleais;da proibio de restries quantitativas forma de impedir o

    protecionismo no comrcio internacional;do tratamento especial e diferenciado para os pases emdesenvolvimento - os PVD beneficiam de medidas favorveis ao seucaso especfico.

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    2.1.2 A acelerao da mundializao econmica a partir de 1945Organizao Mundial do Comrcio (OMC)

    FIM