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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE FISIOTERAPIA RIO CLARO 2012 ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO DE RIO CLARO

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO

DE FISIOTERAPIA

RIO CLARO 2012

ESCOLA  SUPERIOR  DE  TECNOLOGIA  

E  EDUCAÇÃO  DE  RIO  CLARO  

1. AUTORIZAÇÃO DO CURSO

No dia 20 de agosto de 2009, a Portaria nº 1276 autorizou o

funcionamento do curso de Fisioterapia, bacharelado, com 100 (cem) vagas

anuais, nos turnos diurno e noturno. Desta forma, em fevereiro de 2010 tem

início a primeira turma do curso de Fisioterapia da Escola Superior de

Tecnologia e Educação de Rio Claro.

O curso de Fisioterapia da referida Instituição de Ensino atendendo as

Diretrizes Curriculares, publicadas na Resolução CNE/CES, de 19 de fevereiro

de 2002, oferecerá formação generalista, humanista, crítica, ética e reflexiva,

capacitando o Fisioterapeuta a atuar em todos os níveis de atenção à saúde,

com base no rigor científico e intelectual.

2. DADOS GERAIS DO CURSO

HABILITAÇÃO: Bacharelado em Fisioterapia

TEMPO DE INTEGRALIZAÇÃO: Mínimo de 05 anos

CARGA HORÁRIA TOTAL: 4.000 horas

REGIME DE MATRÍCULA: Seriado semestral

REGIME DO CURSO: Seriado semestral. Cada semestre letivo tem

duração de vinte semanas.

VAGAS ANUAIS: 100 (cem) vagas anuais.

TURNO DE FUNCIONAMENTO: Diurno (50 vagas) e noturno (50

vagas).

DIMENSÕES DAS TURMAS: As turmas possuem, no máximo, 50

alunos, nas aulas teóricas. Nas atividades práticas, as turmas são

subdivididas, segundo a metodologia adotada pelo Colegiado do Curso.

Nas aulas de Laboratório, as turmas possuirão, no máximo, 25 alunos.

3. CONCEPÇÃO, FINALIDADES E MISSÃO DO CURSO

“Fisioterapia é uma ciência da área da saúde destinada ao estudo, à prevenção e ao tratamento dos distúrbios da cinesia funcional.” (COFITTO, 1998)

O desenvolvimento da Fisioterapia como área de conhecimento

nos últimos anos, tem proporcionado expansão das possibilidades do campo

de atuação profissional, tornando o mercado de trabalho para o fisioterapeuta

vasto, mas, da mesma forma, exigente quanto à qualificação técnico-científica

e a ética do futuro profissional.

A Fisioterapia, enquanto Área de Conhecimento, partilha com

outras áreas a responsabilidade de produzir os conhecimentos necessários ao

desenvolvimento do saber relativo ao objeto de estudo denominado

"Motricidade Humana" em todos os seus aspectos, propriedades e graus, e em

todas as suas potencialidades, dinamicidade e níveis de abrangência.

No aspecto profissional, a Fisioterapia, enquanto Campo de

Atuação Profissional da Área da Saúde, vem fortalecendo e legitimando sua

autoridade para deliberar e definir os rumos de sua história, sempre de forma

coerente com o nível de seu desenvolvimento técnico-científica e as

responsabilidades decorrentes dos fatos sociais e políticos que justificaram o

seu reconhecimento pelo Estado e pela sociedade.

No aspecto social, a função da Fisioterapia é contribuir, de forma

prática e teórica, com a descoberta de novas e melhores soluções para os

problemas reais ou potenciais do movimento humano, entendendo o

movimento como um evento multivariado e multideterminado, interativo e

dinâmico.

Criado dentro desta nova perspectiva, o Curso de Graduação em

Fisioterapia da Escola Superior de Tecnologia e Educação de Rio Claro -

ESRC, tem como missão oferecer ao aluno uma formação universitária

condizente com as necessidades mercadológicas e sociais existentes tanto na

micro e macro região de Rio Claro, como no país; contribuir para o crescimento

da profissão, através do incentivo às pesquisas científicas, projetos de

extensão e a atualização dos alunos e a compreensão de que o campo da

Fisioterapia deve atuar nas diversas áreas de especialização, não somente

com processos curativos ou da reabilitação, mas com atenção especial nos

aspectos preventivos. Isso exige do professor o norteamento de seu trabalho

por princípios de humanização e socialização que possibilitem a reflexão, o

julgamento e o posicionamento dos estudantes diante dos problemas que

devem enfrentar, não descuidando obstante da importância de se incentivar a

pesquisa científica, através de projetos que possibilitem a criação de novas

técnicas e tecnologias, promovendo desta forma o crescimento da profissão.

Por se tratar de uma Ciência na área de saúde em pleno

crescimento, o respeito à divergência e à pluralidade de idéias é condição

fundamental para a formação de consciências criativas e não repetidoras de

conteúdos. O curso de Fisioterapia da ESRC prima pela reflexão e construção

de uma visão crítica e holística, de forma a estimular a transformação de

condutas fisioterapêuticas.

A filosofia educacional do curso de Fisioterapia estará, portanto,

centrada nas ações de manutenção, preservação e restabelecimento da saúde

e de prevenção de doenças, seja nas atividades de ensino, de pesquisa ou

extensão, possibilitando a construção de profissionais ajustados com as

exigências sociais.

O Curso de Graduação em Fisioterapia da Escola Superior de

Tecnologia e Educação de Rio Claro - ESRC tem uma perspectiva holística

sólida na formação do futuro profissional, preparando-o para atuar em cenários

diversos, desde os mais precários, ocupados pelos marginalizados e excluídos,

até os mais sofisticados, onde há espaço para aplicações de técnicas e

equipamentos de última geração, com utilização de tecnologias de ponta e

apoio da informática. Além disso, o curso procura iniciar seus alunos nas

atividades de pesquisa científica, fornecendo-lhes oportunidades para realizar

experimentações básicas e aplicadas que permitam uma maior compreensão

das questões que envolvem o homem, a motricidade e o ambiente.

4. OBJETIVOS

O curso de Fisioterapia tem por objetivo, formar profissionais

capazes de intervir no processo da promoção, preservação e recuperação das

disfunções do movimento; de trabalhar em equipes interprofissionais de saúde;

e de produzir conhecimentos relativos à motricidade humana de forma

científica e em equipes interdisciplinares de pesquisa.

Pretende-se formar um fisioterapeuta que após a conclusão de

seu curso de graduação, estar apto a:

• entender o ser humano como um todo: físico, psíquico e social, e

aplicar as ações de saúde em seus níveis primário (promoção, prevenção e

proteção específica), secundário (diagnóstico e tratamento físico) e terciário

(reabilitação, limitação do dano e alívio do sofrimento);

• avaliar as condições de saúde do paciente a partir do diagnóstico

clínico, planejando e estabelecendo metas para todas as etapas do tratamento;

• selecionar, quantificar e qualificar os recursos, métodos e

técnicas apropriadas a cada caso;

• tratar o paciente e reavaliar sistematicamente a sua atuação

profissional durante todo o processo terapêutico;

• utilizar, na sua prática, a cinesioterapia, a massoterapia e as

manipulações terapêuticas, além das diversas técnicas e recursos terapêuticos

físicos e naturais (água, eletricidade, calor, luz, frio, etc.);

• acompanhar a evolução, avaliar e intervir nos processos

mórbidos relacionados com a motricidade humana;

• estabelecer um relacionamento terapêutico pleno de

compreensão e solidariedade com os pacientes e seus familiares, tendo

sempre presente os preceitos da ética e da educação para a saúde integral do

ser humano;

• atuar, sempre que possível, em articulação como outros

profissionais das ciências da saúde e de outras áreas do saber, com o objetivo

de assegurar a saúde ou prevenir o aparecimento das disfunções do

movimento humano;

• ser um agente da saúde em todas as funções relacionadas ao

campo de atuação profissional;

• produzir conhecimentos, relevantes para a área da Fisioterapia

de forma sistemática e considerando as exigências do rigor científico.

O diferencial proposto pela ESRC abrange a adequação da grade

curricular, a vivência satisfatória em uma clínica de fisioterapia, a realização de

um estágio bem orientado, a utilização racional dos laboratórios, da biblioteca,

e principalmente o estímulo à execução de pesquisa e extensão, no intuito de

qualificar o graduando em Fisioterapia.

Acreditamos que a adaptação do nosso futuro profissional às

exigências do atual contexto e às tendências futuras, a médio e longo prazo,

permitirá uma atuação eficiente em sua função.

5. PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PRETENDIDO PELO CURSO

O aluno que o curso de Bacharel em Fisioterapia da ESRC almeja

formar deve apresentar competências de conhecimentos técnicos, teórico e

prático, proporcionados pelas diversas áreas de domínio da estrutura curricular

e extracurricular do curso, bem como, pelas extensões acadêmicas e demais

atividades, com visão ética e cultural em sua e nas demais áreas

interdisciplinares e afins.

Pretende-se formar um profissional capaz de desenvolver, por

meio do suporte científico, responsabilidade profissional, senso crítico,

consciência política e social, consciência de cidadania, espírito de equipe e

habilidades para:

- solidificar o conhecimento das modernas teorias empregadas na

avaliação, diagnóstico cinético-funcional, tratamento e recuperação dos

distúrbios relacionados ao movimento humano;

- atualizar freqüentemente as técnicas de tratamento, por meio de

leitura de periódicos e outras publicações, mesmo quando egresso da

instituição de ensino;

- dominar o conhecimento das ciências básicas que subsidiam a

prática fisioterápica;

- aprofundar os conhecimentos dos recursos fisioterápicos, no

âmbito de sua fundamentação, do seu manejo e emprego adequados;

- solidificar o conhecimento das disfunções orgânicas em suas

diferentes fases e níveis de interferência nos sistemas músculo-esquelético,

neuromuscular, cardiovascular e respiratório humanos;

- avaliar as disfunções orgânicas em seus diferentes níveis de

interferência sobre a funcionabilidade do indivíduo, identificando os objetivos

intermediários e finais a serem atingidos pela Fisioterapia;

- programar e executar intervenções fisioterápicas, seja com objetivo

preventivo, educativo, terapêutico ou reabilitativo, dentro de seu âmbito

profissional;

- desempenhar, com responsabilidade ética, a função social da

profissão;

- acompanhar atentamente os temas atuais, seja de natureza social,

política ou econômica, mas, principalmente, os temas relacionados à área da

Saúde Pública e Privada, engajando-se como participante ativo do processo de

tomada de decisão sobre os problemas desta área social;

- operacionalizar aparelhos de diagnóstico e softwares;

- empreender, após análise crítica e eficiente, para atender as

necessidades do paciente, antecipando e promovendo transformações;

- liderar o processo de tomada de decisão, atuando de forma

interativa em seu ambiente de trabalho;

- interagir com profissionais de outras áreas de forma interdisciplinar

e dentro das regras de conduta ética.

Durante o exercício de sua prática profissional, e com base no

diagnóstico médico, será capaz de:

- avaliar o paciente através do exame das capacidades físicas e

funcionais relativas, função muscular, amplitude articular, estágio de

desenvolvimento motor, estado da função neuromuscular e da aptidão física

para realizar as atividades de vida diária;

- planejar, supervisionar e orientar intervenções fisioterapêuticas

preventivas, mantenedoras e de reabilitação, ou de atenção primária,

secundária e terciária à saúde;

- planejar e estabelecer as etapas do tratamento fisioterápico, que

envolvem a indicação e a programação de recursos terapêuticos físicos,

métodos e técnicas apropriados a cada caso específico, considerando as

condições biopsicosócioculturais do paciente e da infra-estrutura do serviço de

saúde;

- realizar o tratamento do paciente, aplicando recursos adequados,

considerando os efeitos fisiológicos benéficos ao processo terapêutico e

tomando as devidas precauções quanto aos riscos de causar danos às

estruturas ou órgãos;

- reavaliar sistematicamente seu trabalho e acompanhar toda a

realização do programa prescrito, relatando as formas evolutivas de progresso

ao longo da realização das terapêuticas indicadas;

- utilizar, na sua prática diária, a aplicação de diversos recursos

físicos e naturais, entre os quais a água, eletricidade, calor, frio, massagem,

manipulação e a cinesioterapia;

- exercer a função de educador ao desenvolver o processo

pedagógico de transmitir informações e orientações aos pacientes, alunos e

estagiários de cursos técnicos, além de lecionar disciplinas de caráter básico

e/ou aplicado, supervisionando e orientando alunos durante a prática do

estágio de formação profissional;

- administrar instituições públicas ou particulares, realizando a

avaliação, o planejamento e a implantação de programas ligados à fisioterapia,

e à reabilitação do estado de saúde de pacientes e da comunidade.

Além desses tópicos, a ESRC preocupar-se-á em estimular o

estudante de Fisioterapia a outras capacidades e habilidades dirigidas às

relações interpessoais e às suas próprias qualificações pessoais, como:

- conhecimento humanístico, embasado nas modernas teorias das

ciências sociais, entre elas a Psicologia, para habilitá-lo a atuar nas relações

interpessoais;

- habilidade e competência na expressão oral e escrita, visando o

estabelecimento de uma comunicação precisa;

- visão administrativa ampla da composição estrutural e funcional de

uma clínica de recuperação ou ambulatório: etapas que envolvem o processo

administrativo, departamento de pessoal, recursos, etc;

- estímulo ao desenvolvimento de aspectos ligados à criatividade, à

negociação e à iniciativa, propiciando mais segurança no processo de tomada

de decisão;

- compreensão da necessidade do contínuo aperfeiçoamento

profissional;

- desenvolvimento contínuo do bom senso, da responsabilidade, e

da ética profissional e interpessoal.

Verifica-se, portanto, que a estrutura do curso de Fisioterapia da

ESRC possibilita ao acadêmico o desenvolvimento de uma visão e postura

profissional ética e interdisciplinar.

“Isto implica que o agente formador, o Fisioterapeuta Professor

e o corpo coletivo da Universidade, esteja capacitado para entender a

ampla realidade dos sujeitos que conhecem, que estão na Universidade,

para desenvolver intelecto, as habilidades, a corporeidade, o sentir, os

valores, dentre outros. Para tanto, o Docente tem que ter a Senhoridade

Científica, autonomia e meios de aperfeiçoamento de sua capacidade de

analisar e interpretar a realidade”. (CREFITO-2)

6. ÁREAS DE ATUAÇÃO

O fisioterapeuta tem um amplo campo de atuação profissional. Na

área da saúde, ele organiza e aplica programas de tratamento e trabalha na

promoção, prevenção, cura, reabilitação e na diminuição do sofrimento de

pessoas acometidas por problemas de diversas naturezas, relacionados

principalmente com as áreas de Prevenção (Fisioterapia Preventiva), Ortopedia

e Traumatologia, Pneumologia, Neurologia, Pediatria, Cardiologia, Gerontologia

e Geriatria, Reumatologia, Fisioterapia Desportiva, Ginecologia e Obstetrícia e

Dermatologia e Estética. Nos ambientes laborais e institucionais de ensino

como indústrias e escolas, o fisioterapeuta analisa e intervêm preventivamente

em relação às doenças ocupacionais, acidentes de trabalho e disfunções

posturais.

O profissional fisioterapeuta também atua em hospitais, clínicas,

domicílios, centros de reabilitação, além de, como profissional da área de

saúde, exercer o papel de agente de promoção do bem-estar físico, psíquico e

social de sua comunidade.

Sua formação básica possibilita ainda garantia de formação

continuada nos níveis de especialização, mestrado e doutorado em diversas

áreas do saber, tais como anatomia, biomecânica, fisiopatologia da

motricidade, bioengenharia, educação especial, ciências da motricidade

humana, saúde pública e ocupacional, ergonomia, neurociências,

neuropsicologia, administração em saúde e na própria área das ciências da

reabilitação em Fisioterapia.

7. ESTRUTURA DO CURSO DE FISIOTERAPIA

Por se tratar de uma Ciência na área de saúde em pleno crescimento, o

respeito à divergência e à pluralidade de idéias é condição fundamental para a

formação de consciências criativas e não repetidoras de conteúdos. O curso de

Fisioterapia da ESRC prima pela reflexão e construção de uma visão crítica e

holística, de forma a estimular a transformação de condutas fisioterapêuticas.

A estruturação e o arranjo das disciplinas e conteúdos programáticos

obedecem a uma pretensão de desenvolvimento e construção gradativos do

conhecimento, resgatando, assim, o papel do Fisioterapeuta instrumental, para

garantia da dignidade humana, através do exercício da cidadania.

A filosofia educacional do curso de Fisioterapia estará, portanto,

centrada nas ações de manutenção, preservação e restabelecimento da saúde

e de prevenção de doenças, seja nas atividades de ensino, de pesquisa ou nas

extensionistas, como momentos componentes deste processo, possibilitando a

construção de profissionais ajustados com as exigências sociais.

O Curso de Graduação em Fisioterapia da Escola Superior de

Tecnologia e Educação de Rio Claro - ESRC tem uma perspectiva holística

sólida na formação do futuro profissional, preparando-o para atuar em cenários

diversos, desde os mais precários, ocupados pelos marginalizados e excluídos,

até os mais sofisticados, onde há espaço para aplicações de técnicas e

equipamentos de última geração, com utilização de tecnologias de ponta e

apoio integral da informática. Além disso, o curso procura iniciar seus alunos

nas atividades de pesquisa científica, fornecendo-lhes oportunidades para

realizar experimentações básicas e aplicadas que permitam uma maior

compreensão das questões que envolvem o homem, a motricidade e o

ambiente.

Para garantir as concepções e objetivos traçados acima, o currículo

proposto para o curso de Fisioterapia conta com 4 linhas fundamentais:

Conhecimentos Biológicos, Conhecimentos Humanos e Sociais,

Conhecimentos Biotecnológicos e Conhecimentos Fisioterapêuticos; conforme

art. 6º das Diretrizes Curriculares.

A construção curricular a ser implantada abre perspectiva da busca de

um ensino aberto e especulativo, assegurando o sentido que deve ser dado na

seleção de conteúdos e disciplinas.

Em seu conjunto, essas 4 linhas fundamentais devem capacitar o aluno

a desenvolver conhecimentos sobre os aspectos biológicos, anatômicos,

fisiológicos e fisiopatológicos das disfunções do movimento humano e sobre o

instrumental terapêutico utilizado para tratar essas disfunções; tudo isso à luz

de uma compreensão humanística abrangente do homem - um ser carente de

atenção às suas necessidades biológicas, psíquicas e sociais, de uma

orientação profissional que enfatiza a importância da atuação em equipes

interdisciplinares de saúde e da compreensão dos determinantes históricos,

legais, sociais e institucionais que caracterizam a profissão.

8. CARGA HORÁRIA E CURRÍCULO DO CURSO DE FISIOTERAPIA

De acordo com a Resolução CNE/CES 04, de 06 de abril de 2009, o

curso de Fisioterapia tem carga horária mínima de 4.000 horas. No curso da

Escola Superior de Tecnologia e Educação de Rio Claro essas horas estão

distribuídas da seguinte forma:

3800 horas para atividades de formação

1000 horas para estágios supervisionados

610 horas para atividades complementares e integralizadoras

As atividades de formação compreendem a assistência a aulas,

realização de seminários, participação na realização de pesquisas, consultas a

bibliotecas, visitas a instituições educacionais, participação de grupos de

pesquisa. Uma parte das atividades de formação, será composta de atividade

integralizadoras, que fazem parte do currículo do curso de Fisioterapia e

totalizam 410 horas. Essas atividades são realizadas em horários diferentes

aop horários de atividades em sala de aula e são diretamente direcionadas e

orientadas pelo corpo docente.

As atividades integralizadoras são vinculadas as disciplinas do curso,

conforme observado na matriz curricular. Essas atividades funcionam como a

Prática como Componente Curricular, nas quais os discentes podem

correlacionar disciplinas entre si e também integrar e aplicar seus

conhecimentos à Fisioterapia.

A ESRC elaborou em seu projeto pedagógico do curso de Fisioterapia

as atividades integralizadoras, que podem ser desenvolvidas de várias formas

como a análise de artigos científicos e livros, produção de textos, maquetes,

fichas de avaliação, visitas técnicas, elaboração de relatórios, desenvolvimento

de projetos temáticos, análise e interpretação de casos clínicos, ou seja,

atividades que possam integrar as disciplinas e aplicar os conhecimentos

adquiridos na futura prática clínica.

A ênfase dessa prática será na observação e reflexão, visando a

atuação em situações contextualizadas, com o registro dessas observações

realizadas e a resolução de situações-problema. Esta prática transcenderá o

estágio e terá a finalidade de promover a articulação das diferentes práticas,

numa perspectiva interdisciplinar.

O estágio supervisionado, conforme a Resolução CNE/CES 4/2002,

art 7º, deverá atingir carga horária mínima de 20% da carga horária total do

curso, desta forma, o estágio supervisionado do curso de Fisioterapia da ESRC

possui carga horária de 1000 horas.

O objetivo do estágio supervisionado é assegurar aos discentes a

experiência do exercício profissional, em diferentes ambientes, como

ambulatórios, clínicas, hospitais, centros comunitários/unidade de saúde, no

qual podem desempenhar práticas de intervenções preventivas, curativas e de

reabilitação.

Essas experiências práticas permitem que os discentes ampliem e

fortaleçam atitudes éticas, conhecimentos e competências. Durante o estágio

supervisionado, o aluno deverá exercitar a habilidade de relacionar teoria e

prática, além da interdisciplinaridade e multidisciplinaridade.

Os estágios supervisionados serão realizados nos dois últimos

semestres do curso, em disciplinas específicas com supervisão direta do

docente responsável. O aluno deverá desenvolver a habilidade de relacionar a

teoria e prática. As práticas fisioterapêuticas são destacadas nas disciplinas de

Estágio e compõem um espaço de extrema importância na integralização

curricular, a fim de proporcionar ao acadêmico uma efetiva inserção nos

acontecimentos cotidianos que compõem o fenômeno de trabalho do universo

das profissões na área da saúde.

O estágio curricular é obrigatório e visa propiciar ao estudante o

reconhecimento do atual mercado de trabalho, desenvolver aprendizado

complementar à sua formação teórico-prática prévia, dando-lhe oportunidade

de usar, na resolução de problemas, os conhecimentos assimilados. Também

possibilita ao estudante novas experiências de vida, a percepção de

perspectivas de trabalho (vivenciando problemas na prática que podem ser

solucionados com sua intervenção), a convivência com a comunidade na qual

estará atuando e o contato com as dificuldades próprias da rotina de sua

profissão (buscando possíveis soluções que irão contribuir, significativamente,

para sua formação como profissional, cidadão e ser humano).

São situações reais, concretas de trabalho que se oferecem ao

acadêmico no sentido de transformação das competências virtuais – aquelas

arroladas no perfil do profissional constante do Projeto Pedagógico – em

competências efetivas – aquelas efetivamente construídas – que permitem o

êxito da ação em área de trabalho. Enfocando o Projeto Pedagógico do Curso,

temos que a competência consiste no desenvolvimento da capacidade do

aluno mobilizar os recursos pertinentes – cognitivos, afetivos e contextuais –

para enfrentar com êxito uma situação simples ou complexa. Como

complementação à formação acadêmica e treinamento profissionalizante, o

estágio curricular é obrigatório, sendo oferecido de maneira condizente com a

seqüência curricular do Curso. Constitui momento privilegiado para a

articulação dos conhecimentos, instrumentos e ferramentas assimilados ao

longo das outras etapas do Curso. É, portanto, fundamental na capacitação do

futuro profissional.

As atividades complementares constituem atividades complementares

as atividades nas quais os estudantes tem oportunidade de desenvolver outros

potenciais, tais como o da carreira docente, através das monitorias oferecidas

em determinadas disciplinas, e de pesquisador, através da iniciação científica;

também aquelas que estimulam os sentimentos de humanização e

socialização, através dos projetos de extensão à comunidade e estágios de

observação; explorar outros conhecimentos na área, através de cursos e outras

atividades extra classe, estimular liderança de grupos, através da organização

e participação de jornadas são também atividades complementares. Cada

estudante possuirá uma pasta, em que são armazenados os certificados de

todas as atividades desenvolvidas durante o curso. Estas atividades deverão

totalizar 200 horas de atividades complementares, sendo necessárias pelo

menos três diferentes tipos de atividades nesta contabilidade.

Grade  435  –  2010  

1° Período C.H. A.I. AC

Disciplina

4350101 - ANATOMIA HUMANA 80 20 -

4350102 - CITOLOGIA, HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA 80 20 -

4350103 - LÍNGUA PORTUGUESA 80 20 -

4350104 - METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 40 10 -

4350105 - HISTÓRIA DA FISIOTERAPIA 40 0 -

4350106 - SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA 40 10 -

4350107 - PSICOLOGIA 40 0 -

           

C.H. A.I. AC 2° Período

Disciplina

4350201 - ANATOMIA MÚSCULO ESQUELÉTICA 120 0 -

4350202 - ÉTICA E DEONTOLOGIA 40 0 -

4350203 - PSICOMOTRICIDADE 40 0 -

4350204 - BIOQUÍMICA 80 20 -

4350205 - GENÉTICA 40 10 -

4350206 - FÍSICA PARA FISIOTERAPIA 80 0 -

           

C.H. A.I. AC 3° Período

Disciplina

4350301 - SAÚDE PÚBLICA 40 10 -

4350302 - FISIOLOGIA 120 0 -

4350303 - RECURSOS TERAPÊUTICOS MANUAIS 80 0 -

4350304 - NEUROANATOMIA 80 0 -

4350305 - BIOMECÂNICA E CINESIOLOGIA I 80 0 -

           

C.H. A.I. AC 4° Período

Disciplina

4350401 - BASES, MÉTODOS E TÉCNICAS AV FUNCIONAL 80 0 -

4350402 - FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO 40 0 -

4350403 - FARMACOLOGIA 40 10 -

4350404 - PATOLOGIA GERAL 80 20 -

4350405 - ADMINISTRAÇÃO E MARKETING 40 10 -

4350406 - BIOMECÂNICA E CINESIOLOGIA II 80 0 -

4350407 - IMUNOLOGIA 40 10 -

           

C.H. A.I. AC 5° Período

Disciplina

4350501 - CINESIOTERAPIA 80 0 -

4350502 - RECURSOS TERAPÊUTICOS I (ELETRO, TERMO) 80 0 -

4350503 - RECURSOS TERAPÊUTICOS II (HIDRO E MECANO) 40 0 -

4350504 - RECURSOS TERAPÊUTICOS III (FOTO) 40 0 -

4350505 - PATOLOGIA E ÓRGÃOS E SISTEMAS 120 0 -

4350506 - NOÇÕES DE EMFERMAGEM 40 0 -

           

C.H. A.I. AC 6° Período

Disciplina

4350601 - FISIOTERAPIA TRAUMATO ORTOPÉDICA FUNCIONAL

120 0 -

4350602 - FISIOTERAPIA DESPORTIVA 40 0 -

4350603 - FISIOTERAPIA EM ONCOLOGIA 40 0 -

4350604 - DIAGNÓSTICO POR IMAGEM APLICADA A FISIOTERAPIA

40 0 -

4350605 - FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA 80 0 -

4350606 - FISIOTERAPIA PREVENTIVA 40 0 -

4350607 - ERGONOMIA 40 0 -

          C.H. A.I. AC 7° Período

Disciplina

4350701 - FISIOTERAPIA CARDIO FUNCIONAL 120 0 -

4350702 - FISIOTERAPIA NEURO FUNCIONAL 120 0 -

4350703 - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL 80 0 -

4350704 - TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I - TCC I 40 120 -

4350705 - BIOESTATÍSTICA 40 0 -

       8° Período

Disciplina

4350801 - FISIOTERAPIA GERIÁTRICA E GERONTOLÓGICA 40 0 -

4350802 - FISIOTERAPIA PNEUMO FUNCIONAL 120 0 -

4350803 - FISIOTERAPIA REUMATO FUNCIONAL 40 0 -

4350804 - FISITERAPIA PARA GRUPOS 80 0 -

4350805 - FISIOTERAPIA APLICADA A SAÚDE DA MULHER E DO HOMEM

80 0 -

4350806 - ELEMENTOS DE PRÓTESE E ÓRTESE 40 0 -

           

C.H. A.I. AC 9° Período

Disciplina

4350901 - PRÁTICA CLÍNICA SUPERVISIONADA EM FISIOTERAPIA EM SAÚDE COLETIVA

140 0 -

4350902 - PRÁTICA CLÍN SUP EM FIS GERIÁTRICA E GERONTOLÓGICA E FIS. REUMATO FUNC

140 0 -

4350903 - PRÁTICA CLÍNICA FISIOTERAPIA EM DERMATO FUNCIONAL E SAÚDE DA MULHER

140 0 -

4350904 - PRÁTICA CLÍNICA EM FISIOTERAPIA EM TRAUMATO, ORTOPEDIA E DESPORTIVA

200 0 -

4350905 - PSICOLOGIA RELAÇÃO TERAPEUTA/PACIENTE 40 0 -

4350906 - TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II - TCC II 40 120 -

           C.H. A.I. AC

10° Período

Disciplina

4351001 - PRÁTICA CLÍNICA FISIOTERAPIA CARDIO E PNEUMO AMBULATORIAL E HOSPITALAR

200 0 -

4351002 - PRÁTICA CLÍNICA FISIOTERAPIA EM ONCOLOGIA HOSPITALAR

100 0 -

4351003 - PRÁTICA CLÍNICA FISIOTERAPIA NEURO FUNCIONAL

140 0 -

4351004 - PRÁTICA CLÍNICA FISIOTERAPIA EM PEDIATRIA 140 0 -

4351005 - TÓPICOS ESPECIAIS 40 0 -

4351006 - DISCIPLINA OPTATIVA 40 0 -

ATIVIDADES COMPLEMENTARES -­‐   -­‐   200  

               DISCIPLINAS 3800h  

   ATIVIDADES INTEGRALIZAGORAS 410h  

   ATIVIDADES COMPLEMENTARES 200h  

   TOTAL 4410h  

   

CURRÍCULO DO CURSO DE FISIOTERAPIA

9. AVALIAÇÃO 9.1 PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÂO

Assim como os diferentes processos de ensino-aprendizagem têm

passado por reiteradas discussões e críticas cujo objetivo fundamental é o

seu aprimoramento, os sistemas de avaliação a eles inerentes também têm

sido constantemente questionados.

Por outro lado, também constitui política institucional da ESRC o

acompanhamento multidirecionado no sentido de abarcar todas as instâncias

envolvidas no processo de ensino-aprendizagem. Para o atendimento desta

diretriz, também o corpo docente, assim como o curso em sua totalidade e em

sua inserção na instituição e na comunidade, deve também ser alvo desse

processo.

O acompanhamento continuado e sistemático do trabalho docente deve

incluir, além da auto-avaliação, o compromisso com as diretrizes e propostas

do curso de Fisioterapia. Assim, são propostos como critérios referenciais de

qualidade para o professor:

• o domínio adequado dos conteúdos;

• a sua permanente atualização;

• o uso de metodologias adequadas e variadas no exercício do

magistério superior;

• a participação nas atividades acadêmicas;

• a manutenção de uma postura pedagógica do professor/orientador/

educador/pesquisador, postura essa criativa e aberta a novos e

continuados conhecimentos;

• o cumprimento dos objetivos previstos como condição mínima de

harmonização curricular;

• o cumprimento do plano de ensino;

• e o necessário comprometimento do corpo docente nas atividades

pedagógicas dos educandos.

A atenção continuada ao trabalho discente, diagnosticando as

potencialidades do aluno em âmbitos que ultrapassem o da prova escrita sem

dúvida contribui para o aprimoramento e qualificação do processo de

avaliação das condições acadêmicas do universitário, bem como oferece

melhores condições para a monitoração da progressão do perfil desejado

para o curso.

A avaliação do desempenho acadêmico do aluno é feita por disciplina,

abrangendo os aspectos de freqüência e aproveitamento. Fazem parte do

processo de avaliação: provas escritas e orais, trabalhos de pesquisa,

relatórios, elaboração de projetos, exercícios, excursões, seminários,

resenhas de textos, exposições orais e outras formas. Os instrumentos de

avaliação a serem utilizados ficarão a critério de cada professor, que deverá

utilizar no mínimo 2 (dois) instrumentos durante o semestre.

O professor deverá entregar na Secretaria Acadêmica apenas a média

das notas (nota de eficiência) atribuídas durante o semestre, na data

estabelecida no Calendário Acadêmico.

O aluno será considerado aprovado na disciplina ser obtiver nota de

eficiência igual ou superior a 6 (seis) com 75% (setenta e cinco por cento) de

freqüência.

Cabe ao docente a atribuição de notas de avaliação e a

responsabilidade pelo controle de freqüência dos alunos.

Cabe ao Coordenador de Curso controlar o cumprimento desta

obrigação, intervindo em casos de omissão.

9.2 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL O Plano de Avaliação Institucional é concebido como um instrumento de

acompanhamento e de análise do processo de implantação da Escola Superior

de Tecnologia e Educação de Rio Claro (ESRC), o tem como objetivos

fundamentais:

I - gerar subsídios e instrumentos para o aperfeiçoamento do planejamento e

da gestão do desenvolvimento institucional da ESRC;

II - permitir a identificação e análise dos pontos fortes e das deficiências

institucionais, contribuindo para a implementação das necessárias correções

de seu plano de desenvolvimento;

III - estimular e contribuir para a promoção do nível de qualidade dos serviços

educacionais oferecidos pela Instituição;

IV - desenvolver e consolidar internamente uma cultura de avaliação

permanente.

No desenvolvimento do Plano de Avaliação da ESRC o foco essencial é

a análise da congruência entre as diferentes funções, áreas e atividades

acadêmicas existentes e a missão definida pela Instituição para si própria.

O procedimento almejado não é o de realizar a avaliação a partir do

pressuposto de que a definição corrente da missão institucional é ou não

realista, é ou não completa e satisfatória, mas chegar a essa conclusão ao final

do trabalho e, dessa maneira, poder, com segurança e fundamento, ratificá-la,

propor elementos que levem a sua especificação ou, se couber, implementar

modificações.

O processo adotado para chegar a essas conclusões envolve um amplo

conjunto de estudos e um trabalho constante de discussão interna conjunta de

resultados e de tendências detectadas, conduzindo progressivamente a uma

plena autoconsciência institucional, elemento indispensável para fundamentar

qualquer propósito de mudança ou aperfeiçoamento.

A lógica deste procedimento é a de desenvolver, com os instrumentos

básicos aceitos e reconhecidos pelos mais respeitados sistemas

contemporâneos de avaliação institucional, uma análise compreensiva que,

garantindo a obtenção de resultados objetivos e comparáveis, capte os

esforços e tendências em ação na ESRC e expresse adequadamente a visão

que a instituição tem de si própria e de suas aspirações.

Para proceder à avaliação institucional da ESRC serão consideradas

duas grandes dimensões institucionais, as básicas e as estratégicas, e em

cada uma delas proceder-se-á à análise de ampla diversidade de itens.

A análise das dimensões básicas compreenderá o exame dos seguintes

pontos:

I - Cursos: currículos, administração acadêmica, corpo docente, corpo discente,

seleção e fluxo dos alunos;

II - Serviços oferecidos aos estudantes: condições de aprendizagem,

programas especiais e acompanhamento de egressos;

III - recursos humanos e gestão de pessoal;

IV - recursos e gestão financeira;

V - infra-estrutura física, instalações e gestão de serviços gerais;

VI - organização, direção e planejamento;

VII - integridade e transparência;

VIII - missão e objetivos.

A análise das dimensões estratégicas tem como foco a avaliação do

nível de integração da Instituição com seu contexto, da autoconsciência da

missão e da compatibilidade entre recursos/condições e a visão e

desenvolvimento projetados. O que se busca é a identificação e caracterização

do “ambiente externo relevante” e a identificação das oportunidades que

oferece ou pode oferecer, bem como das ameaças correntes ou em potencial.

Isso feito, tornar-se-á possível um juízo objetivo sobre a necessidade de

estabelecer ou redesenhar a rede de relações institucionais existente, para

cultivar ou monitorar o ambiente e dar conta das necessidades estratégicas de

ordem acadêmica e de planejamento. Para tanto, serão considerados e

examinados os seguintes aspectos:

I - integração com o contexto: caracterização de áreas críticas, utilização

otimizada das competências e recursos institucionais, existência e adequação

das prioridades institucionais;

II - fixação dos objetivos, estratégias e metas do desenvolvimento acadêmico e

do planejamento institucional.

É entendimento firmado que, para seu êxito, a implantação e a execução

do Plano de Avaliação Institucional da ESRC deve-se contar com a

participação ativa de todos os segmentos da comunidade acadêmica. Para

tanto, ele se reveste de características de um modelo aberto a novas

contribuições e despido de qualquer intuito punitivo, orientado exclusivamente

no sentido do contínuo aperfeiçoamento qualitativo da Instituição, o que implica

a definição e a implementação de medidas que contribuam de modo positivo

para a elevação dos níveis de realização das atividades, para o

aperfeiçoamento e capacitação permanentes dos atores institucionais e para a

identificação e superação dos obstáculos.

A implantação do Plano será de responsabilidade do Núcleo de

Avaliação Institucional, mantido pela Associação de Avaliação Institucional

subordinada à Diretoria da ESRC.

O primeiro trabalho do Núcleo será a definição e a implementação de um

processo de sensibilização da comunidade acadêmica, mediante a divulgação

intensiva do Plano e de suas finalidades e objetivos, e o incentivo para a

constituição de grupos de trabalho que se incumbirão do desenvolvimento das

atividades planejadas.

A segunda fase do trabalho será a da discussão e preparação dos

instrumentos que serão utilizados para o diagnóstico e monitoramento

institucional, a partir de uma proposta básica desenvolvida pela Comissão. O

conjunto dos instrumentos básicos a serem submetidos à discussão e à

apreciação dos agentes envolvidos na avaliação visa permitir:

I - avaliação dos planos de ensino das disciplinas pelos colegiados de cursos;

II - auto-avaliação docente;

III - avaliação dos docentes pelo alunado;

IV - avaliação discente pelos professores;

V - avaliação docente pelas coordenadorias;

VI - avaliação da administração acadêmica básica e das condições materiais

de execução das atividades de ensino pelos docentes;

VII - avaliação da administração acadêmica, das condições materiais de

desenvolvimento dos cursos e dos serviços de apoio pelos alunos;

VIII - avaliação das atividades de pesquisa e de extensão;

IX - avaliação da integração com o entorno institucional;

X - avaliação do destino e desempenho profissional dos egressos.

Os resultados obtidos a partir da aplicação de cada um desses

instrumentos serão analisados, criticados, compatibilizados e integrados em um

documento compreensivo que, uma vez discutido pelo universo dos envolvidos

no processo avaliativo, será encaminhado para conhecimento e análise da

administração superior, para ser aprovado pelos colegiados superiores da

Instituição, condição indispensável para dele fazer um privilegiado instrumento

de gestão acadêmica.

9.3 AVALIAÇÃO INTERNA O processo de auto-avaliação da ESRC segue a orientação da Lei

10.861/2004, que instituiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação

Superior – SINAES, com o objetivo de assegurar o processo nacional de

avaliação das instituições de educação superior, dos cursos de graduação e do

desempenho acadêmico de seus estudantes, definindo, no Art. 11, em que

cada instituição de ensino superior deve constituir Comissão Própria de

Avaliação (CPA).

A ESRC orientando-se pela legislação em questão, instituiu sua

Comissão Própria de Avaliação Institucional (CPA). Esta CPA tem o objetivo de

promover a avaliação institucional tendo como foco as dimensões

estabelecidas pela Lei n° 10.861/04 que garantem, simultaneamente, a unidade

do processo avaliativo em âmbito nacional e a especificidades de cada

instituição em relação:

I. A missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).

II. A política para o ensino, a pesquisa, a pós-graduação, a extensão e as

respectivas formas de operacionalização, incluídos os procedimentos para

estímulos ao desenvolvimento do ensino, à produção acadêmica e às

atividades de extensão.

III. A responsabilidade social da instituição, considerada especialmente no que

se refere à sua contribuição em relação à inclusão social, ao desenvolvimento

econômico e social, à defesa do meio ambiente, da memória cultural, da

produção artística e do patrimônio cultural.

IV. A comunicação com a sociedade.

V. As políticas de pessoal, as carreiras do corpo docente e do corpo técnico-

administrativo, seu aperfeiçoamento, desenvolvimento profissional e suas

condições de trabalho.

VI. A organização e gestão da instituição, especialmente o funcionamento e a

representatividade dos colegiados, sua independência e autonomia na relação

com a mantenedora, e a participação dos seguimentos da comunidade

acadêmica nos processos decisórios.

VII. A infra-estrutura física especialmente a de ensino e pesquisa, biblioteca,

recursos de informação e comunicação.

VIII. Ao planejamento e avaliação, especialmente dos processos, resultados e

eficácia d auto-avaliação institucional.

IX. Às políticas de atendimento aos estudantes.

X. A sustentabilidade financeira, tendo em vista o significado social da

continuidade dos compromissos na oferta da educação superior.

Cabe à Comissão Própria de Avaliação Institucional (CPA)

responsabilizar-se pela condução dos processos de avaliação interna da

ESRC, de sistematização e de prestação das informações solicitadas pelo

INEP.

A proposta de auto-avaliação da CPA da ESRC está em consonância

com a comunidade acadêmica, os conselhos superiores da Instituição e a

legislação vigente. A CPA tem, em sua composição, a representação de todos

os segmentos da comunidade acadêmica, e também, da sociedade civil

organizada. A CPA é composta por um presidente, escolhido pelo diretor da

instituição; por um membro docente; dois membros discentes; um membro da

sociedade civil organizada; dois membros do setor administrativo da instituição.

Os cursos da ESRC também são avaliados semestralmente, através de

ações de avaliação institucional realizados pelo Núcleo de Avaliação

Continuada, NAC – ASSER, mantido pela Associação das Escolas Reunidas.

Segundo este plano, elaborado nos moldes do PAIUB (Programa de Avaliação

Institucional das Universidades Brasileiras), a avaliação institucional envolve

todos os serviços prestados nas atividades-fim (ensino, pesquisa e extensão) e

nas atividades-meio (apoio técnico, operacional e administrativo). Todos os

setores são avaliados, desde a direção geral e seus integrantes até a zeladoria

e os setores de conservação, limpeza e segurança patrimonial.

Na ESRC o Programa de Avaliação Continuada tem por principais ações

a “Avaliação de Disciplinas e Desempenho Docentes” e a “Avaliação de

Qualidade do Curso de Graduação pelos Discentes”. A primeira, realizada junto

ao corpo discente do curso, busca captar a percepção dos alunos quanto a

aspectos relacionados ao desempenho docente e à disciplina que ministra. O

procedimento, realizado semestralmente através de formulários preenchidos

pelos alunos de todos os semestres dos cursos, busca levantar informações

referentes a todas as disciplinas da grade curricular, com ênfase em aspectos

didáticos (objetivos das disciplinas, conteúdos curriculares, metodologias de

ensino, carga horária, integração vertical e horizontal da grade curricular, entre

outros). Os resultados da avaliação, que são entregues aos professores e à

coordenação, oferecem um espaço para reflexão e permitem um ajuste melhor

das ações de implantação da proposta pedagógica, de modo a promover a

qualidade do ensino e conseqüentemente do curso. Esses resultados são

discutidos entre os diretores da ESRC, os coordenadores de cada curso e cada

um dos professores, visando a levantar os aspectos positivos e negativos

detectados através dos formulários. Cada docente recebe, em sua casa, pelo

correio, os resultados referentes à avaliação do próprio trabalho. Não é

propósito desta avaliação punir ou premiar os docentes responsáveis pelas

disciplinas. Identificados os pontos fortes e pontos fracos, poder-seá, isto sim,

desencadear ações conjuntas visando à melhoria efetiva das condições de

ensino-aprendizagem.

A segunda, correspondente à “Avaliação de Qualidade do Curso de

Graduação pelos Discentes”, é realizada com os alunos do último período de

cada curso com o objetivo de obter a percepção do discente em relação ao

serviço prestado pela ASSER, com vistas a propor alternativas que possibilitem

o desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão.

9.4 AVALIAÇÃO EXTERNA A Avaliação Externa tem como referência os índices de qualidade das

Comissões de Especialistas do MEC, para efeito de autorização ou

reconhecimento de cursos, processo que se constitui de visitas in loco,

elaboração de relatório contendo recomendações e acompanhamento

periódico.