PPC_AU_2014

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Universidade Nilton Lins PROJETOPEDAGÓGICO ManausAmazonas 2013

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  • Universidade Nilton Lins

    PROJETOPEDAGGICO

    Manaus Amazonas

    2013

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    PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    SUMRIO

    1. APRESENTAO .................................................................................................... 3 2. DADOS GERAIS DA INSTITUIO........................................................................... 3

    2.1 A Universidade Nilton Lins.................................................................................. 3 2.2 Dados socioeconmicos da regio ......................................................................... 4 2.3 Perfil e Misso da IES ......................................................................................... 6 2.4 Histrico ............................................................................................................ 8 2.5. Estrutura Organizacional ................................................................................... 11

    3. IDENTIFICAO DO CURSO .................................................................................. 18 3.1 Dados Gerais ................................................................................................ 18 3.2 Formas de Acesso ............................................................................................. 19

    4. ORGANIZAO DIDTICO-PEDAGGICA .......................................................... 19 4.1. Contexto Educacional ....................................................................................... 19 4.2 Polticas institucionais no mbito do Curso .......................................................... 22 4.3 Objetivos do Curso............................................................................................ 36 4.4 Perfil Profissional do Egresso ............................................................................ 37 4.5 Estrutura Curricular .......................................................................................... 38 4.6 Ementrio e Bibliografia .................................................................................... 45 4.7 Metodologia ..................................................................................................... 74 4.8 Estgio Curricular Supervisionando .................................................................... 76 4.9 Atividades Complementares ............................................................................... 77 4.10 Trabalho Final de Graduao TFG ................................................................. 79 4.11 Apoio ao Discente ........................................................................................... 80 4.12 Aes decorrentes dos processos de avaliao do Curso ...................................... 84 4.13 Procedimentos de avaliao do processo ensino- aprendizagem ........................... 88

    5. CORPO DOCENTE ................................................................................................... 91 5.1 O docente da Universidade Nilton Lins ............................................................... 91 5.2 Atuao do Ncleo Docente Estruturante NDE .................................................. 93 5.3 Coordenao do Curso ....................................................................................... 93 5.4 Corpo Docente .................................................................................................. 94

    6. INFRAESTRUTURA ................................................................................................. 94 6.1 Instalaes Gerais ............................................................................................. 94 6.2 Biblioteca ......................................................................................................... 95 6.3 Laboratrios especializados.............................................................................. 101

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    PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    1. APRESENTAO

    O presente documento apresenta o Projeto Pedaggico do Curso (PPC) de

    Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Nilton Lins,autorizado pela

    Portaria CUNL N 011 de 09 de novembro de 1999 e reconhecido segundo a Portaria n

    3.336 de 26 de setembro de 2005, com renovao do reconhecimento atravs da Portaria n

    290 de 02 de Fevereiro de 2011.

    2. DADOS GERAIS DA INSTITUIO

    2.1 A Universidade Nilton Lins

    A Universidade Nilton Lins pessoa jurdica de direito privado, mantida pelo Centro

    de Ensino Superior Nilton Lins, CESNL, Pessoa Jurdica de Direito Privado - sem fins

    lucrativos - Sociedade, com sede e foro na Avenida Professor Nilton Lins, 3259, Parque das

    Laranjeiras, Manaus - AM, CNPJ 04.803.904/0001-06, com registro no Cartrio de Registro

    Civil de Pessoas Jurdicas de Manaus, no. 1.385, livro A, no. 23, de 23/12/2003. A

    Universidade est situada na Av. Professor Nilton Lins, 3259, Parque das Laranjeiras,

    Manaus A. A Instituio foi recredenciada enquanto Centro Universitrio segundo a

    Portaria MEC no. 3.676, de 09 de dezembro de 2003, publicada no DOU de 10/12/2003.

    Posteriormente, mediante Portaria MEC n 3676/2003 de 09 de dezembro de 2003, a

    Instituio obteve seu recredenciamento, pelo prazo de dez anos. Em maio de 2011 houve o

    credenciamento da Universidade Nilton Lins, por transformao do Centro Universitrio, de

    acordo com a Portaria N. 575, de 13 de maio de 2011, publicada no DOU de 16 de maio de

    2011. O curso avaliado funciona no mesmo endereo.

    Esta IES assume como misso Educar a Amaznia, ofertando trinta e dois (32)

    cursos de graduao, para mais de 10.000 alunos ativos, contando com um corpo de 400

    professores, sendo que, destes, 65% mestres e doutores. Com mais de 700 funcionrios,suas

    instalaes esto distribudas em uma rea de 1.000.000 m2, tendo apenas 60% de ocupao

    predial. Entre estas, um hospital universitrio com 180 leitos, com programa de residncia

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    mdica j em funcionamento. Diversos programas de ps-graduao lato sensu; treze grupos

    de pesquisa cadastrados no CNPq com produo cientfica de alto impacto, reconhecida

    pelas comisses de avaliao da CAPES nos processos de credenciamento de seus mestrados

    e doutorado; 14 laboratrios especializados de pesquisa, dentre os quais um fragmento de

    floresta urbana e uma fazenda experimental; programas prprios de bolsas de mestrado, de

    iniciao cientfica e de produtividade para pesquisadores, como contrapartida s bolsas

    captadas na CAPES, CNPq e FAPEAM, alm de uma forte representatividade nos meios

    cientficos e empresariais locais e nacionais. Desde 2006, mantm programa prprio de

    Mestrado Acadmico e Mestrado Profissional em Biologia Urbana. Em 2009, aprovou

    Mestrado e Doutorado em Aquicultura eDoutorado em Biologia Urbana, totalizando assim

    trs (3) mestrados e dois doutorados prprios.

    2.2 Dados socioeconmicos da regio

    A Amaznia uma regio que apresenta uma grande pluralidade a comear pelas

    vrias denominaes que recebe sempre relacionada sua geopoltica e ecossistemas.

    Caracteriz-la e traduzir sua importncia exige o resgate de dados alusivos s suas diversas

    identidades:

    Amaznia Brasileira: rea que corresponde a 42,07% do territrio brasileiro

    abrangendo os estados do Amazonas Par, Rondnia, Roraima, Acre, Amap e

    Tocantins.

    Amaznia Internacional: rea pertencente a nove pases (Brasil, Bolvia Peru,

    Colmbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Equador) da qual

    63,7% pertence ao Brasil;

    Amaznia Legal: rea que abrange os estados do Amazonas, Acre, oeste do

    Maranho, Mato Grosso, Rondnia, Par, Roraima e Tocantins, compreendendo 60%

    do territrio brasileiro.

    Esta IES localiza-se em Manaus, capital do estado do Amazonas, o maior estado

    brasileiro ocupando uma rea de 1.570.946.8 km2, com uma populao de 2.812.557

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    habitantes e uma densidade demogrfica de 1,8 hab/ km2. O Estado do Amazonas, cuja

    palavra de origem indgena quer dizer rudo de guas, gua que retumba, tem geografia

    singular, formada por florestas e rios que ocupam muito de seus 1.570.745,680 km. O

    acesso regio feito principalmente por via fluvial ou area. Com mais de trs milhes de

    habitantes, o segundo estado de maior densidade demogrfica do Norte. Manaus, a capital,

    a maior e mais populosa cidade da regio amaznica.

    A unicidade da geografia do Estado acabou permitindo perodos especialmente ricos

    e promissores aos amaznidas que oportunizaram enormes avanos em relao s demais

    capitais; tendo sido aqui, no corao da Amaznia, inclusive, em 17 de janeiro de 1909,

    fundada a primeira universidade brasileira, a Escola Universitria Livre de Manas, mais

    tarde denominada Universidade de Manos, atravs da Faculdade de Cincias Jurdicas e

    Sociais, Faculdade de Medicina, Faculdade de Cincias e Letras e Faculdade de Engenharia.

    Inmeras ocorrncias, durante a fundao e ao longo dos primeiros anos, especialmente a

    decadncia econmica da regio em funo do declnio do ciclo da borracha, fragilizaram,

    desintegraram e fragmentaram a Universidade, restando o oferecimento de cursos superiores

    isolados. Somente em 12 de junho de 1962, atravs da reunificao das instituies de

    ensino superior isoladas, o Estado voltou novamente a contar com uma Universidade, agora

    denominada Universidade do Amazonas.

    Durante sua trajetria histrica o desenvolvimento do Estado esteve comprometido

    em funo da histria econmica da regio assim como das poucas iniciativas

    governamentais para promover o seu desenvolvimento, fato ocorrido somente com o

    advento do modelo Zona Franca de Manaus causador de grande impacto social e econmico.

    Assim sendo o estado apresenta um quadro incipiente no que se refere sade, habitao,

    gesto ambiental e sanitria, educao entre outros, que necessita ser revertido pela atuao

    conjunta do poder pblico, da sociedade organizada e das diferentes parcerias entre os atores

    sociais.

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    O Amazonas o segundo estado mais populoso da regio Norte, porm em

    comparao s demais Unidades da Federao de baixa densidade demogrfica. No

    interior do estado, mais da metade dos domiclios no tm gua encanada, o acesso gua

    em todo o estado de 60% e o acesso a rede de esgotos de 47% apresentando o IDH de

    0,775. Na rea de sade, a carncia de mdicos na ordem de 8,5 /10 mil habitantes ajuda a

    compor um quadro de elevada taxa de mortalidade infantil, agravadas pela insuficincia de

    leitos hospitalares cujo ndice de 1,7 por mil habitantes. Na rea da educao, ainda que

    dados sobre os ndices de matrculas na educao bsica cheguem mdia de 87,6 %, no

    ensino superior atingem apenas 51,6% na rede pblica, fato relacionado a pouca oferta de

    vagas. Quanto questo do analfabetismo o ndice de 15,3% porm o analfabetismo

    funcional atinge o ndice de 36,1%.A economia do estado encontra seu maior suporte na

    indstria (56,9%) e servios (40,4%) reservado agropecuria um tmido percentual de

    2,7%.

    Paralelamente ausncia de investimentos suficientes em infraestrutura, sade e

    educao destaca-se o Polo Industrial do Amazonas, alicerado no setor eletroeletrnico,

    responsvel por 1,3% do PIB do pas que mesmo vivendo em uma poca de crise

    responsvel pela gerao de empregos no estado. nesse contexto que est inserida a

    UNINILTONLINS cuja finalidade no se esgota com a formao de profissionais para o

    mundo do trabalho, mas volta-se principalmente para a formao de cidados crticos,

    profundos conhecedores da realidade amaznica, capazes de intervirem nessa realidade a

    fim de promover mudanas e bem-estar social alterando o quadro de desigualdades

    delineado ao longo de sua histria.

    2.3 Perfil e Misso da IES

    A definio da atuao de uma Instituio de Ensino Superior pressupe a

    responsabilidade social com o desenvolvimento global da regio, o que est caracterizado na

    sua misso institucional, Educar a Amaznia. Esta misso contempla a relao ecolgica e

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    dialgica com a sociedade, visando difuso das conquistas e benefcios resultantes da

    criao cultural e das pesquisas cientficas e tecnolgicas geradas na Instituio.

    Esta IES, no cumprimento de sua misso institucional, assume como princpios

    bsicos:

    a) Ter como base para o trabalho pedaggico, cientfico e cultural, a insero

    regional;

    b) Desenvolver a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso;

    c) Considerar o pluralismo como valor intrnseco concepo do ser universitrio.

    Como decorrncias destes princpios, so apontados como objetivos:

    a) Contribuir para o desenvolvimento da regio, articulando os programas de

    ensino, pesquisa e extenso, tendo como referencial o homem amaznico e suas

    necessidades;

    b) Ministrar o ensino superior, formando indivduos ticos capazes de exercer a

    responsabilidade social na sua prtica profissional;

    d) Promover a criao e a difuso do conhecimento por meio de uma prtica crtica-

    reflexiva;

    e) Desenvolver interao dialgica com a sociedade, potencializando a

    reconstruo e a ressignificao de saberes;

    f) Manter intercmbios e cooperao com instituies cientficas e culturais,

    nacionais e internacionais de modo a ampliar o alcance da ao institucional;

    g) Buscar nos processos de avaliao e auto-avaliao subsdios para gesto

    participativa, democrtica e autnoma.

    Por todo seu caminhar histrico, notvel que a instituio sempre direcionasse as

    atividades para a insero regional. Nesse perodo, procurando manter-se fiel sua

    identidade e sua misso, a UNINILTONLINS vem se caracterizando pela integrao do

    processo de ensino, pesquisa e extenso. Esta misso definida pelo ainda Centro

    Universitrio Nilton Lins surgiu da necessidade de melhorar, qualitativamente, o ensino na

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    Regio Norte, buscando integrar a Amaznia mediante um processo educativo global e

    articulado, capaz de atender s transformaes e desafios dos novos rumos que esto sendo

    delineados para o mundo do trabalho e para as novas relaes institucionais presentes num

    mundo a cada dia mais globalizado.

    A UNINILTONLINS, Instituio de Ensino Superior instalada na Cidade de

    Manaus, Estado do Amazonas, oferta cursos de graduao para mais de 10.000 alunos;

    contando com um corpo de professores qualificado contratados em sua ampla maioria por

    regime de tempo integral e parcial; instalaes fsicas privilegiadas, em uma rea de

    1.000.000 m2, com apenas 60% de ocupao predial, destas um hospital com 180 leitos, com

    programa de residncia mdica j em funcionamento; diversos programas de ps-graduao

    lato sensu; doze (12) grupos de pesquisa cadastrados no CNPq com produo cientfica,

    reconhecida pelas comisses de avaliao da CAPES nos processos de credenciamento de

    seus mestrados e doutorado; laboratrios especializados de pesquisa, dentre os quais um

    fragmento de floresta urbana e uma fazenda experimental; financiamento prprio para bolsas

    de mestrado e de iniciao cientfica como contrapartida s bolsas captadas na CAPES,

    CNPq e FAPEAM; em andamento o segundo mestrado interinstitucional em Cincias

    Jurdicas em convnio com a Universidade Federal da Paraba, tendo havido uma turma, j

    concluda em Psicologia Social; programa prprio de Mestrado Acadmico e Mestrado

    Profissional em Biologia Urbana, j na oferta da quarta turma; tendo credenciado programa

    prprio de Mestrado em Aquicultura e Doutorado em Biologia Urbana, totalizando assim

    trs (3) mestrados e um doutorado prprios, compreende sua importncia para o contexto

    regional; forte representatividade nos meios cientficos e empresariais locais e nacionais;

    assim enquanto reafirmamos compromisso com a Educao, confirmamos que cumprimos

    requisitos para a transformao em Universidade.

    2.4 Histrico

    A UNINILTONLINS faz parte do complexo educacional fundado em 1988, pelo

    Professor Nilton Costa Lins, administrador, advogado e ex-professor da Universidade

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    Federal do Amazonas que construiu um novo conceito na educao superior da regio

    Amaznica.

    So ofertados cursos de graduao em instalaes fsicas privilegiadas, numa rea de

    1.000.000 m2, com apenas 60% de ocupao predial e fragmento de reserva florestal

    intocvel; prdios funcionais, com mais de 600 salas de aula, laboratrios especializados de

    pesquisa, dentre os quais uma fazenda experimental, auditrios, sendo, um deles, o maior da

    cidade, com capacidade para 4000 pessoas, reas livres, complexo desportivo, bibliotecas,

    com acervo superior a 100.000 livros, hospital com 180 leitos, destes 52% destinados ao

    sistema nico de sade; com programa de residncia mdica j em funcionamento,

    encaminhou a trajetria que contempla forte engajamento com a regio em que se insere.

    A instituio instituiu diversos programas de ps-graduao lato sensu; contando

    com treze (13) grupos de pesquisa cadastrados no CNPq com produo cientfica de alto

    impacto, reconhecida pelas comisses de avaliao da CAPES nos processos de

    credenciamento de seus mestrados e doutorado; financiamento prprio para bolsas de

    mestrado e de iniciao cientfica como contrapartida s bolsas captadas na CAPES, CNPq e

    FAPEAM; em andamento o segundo mestrado interinstitucional em Cincias Jurdicas,

    com a Universidade Federal da Paraba, tendo havido uma turma, j concluda em Psicologia

    Social; programa prprio de Mestrado Acadmico e Mestrado Profissional em Biologia

    Urbana, j na oferta da quarta turma; tendo credenciado programa prprio de Mestrado e

    Doutorado em Aquicultura e Doutorado em Biologia Urbana, alm da participao do

    Doutorado em Rede de Ensino de Cincias e Matemtica, totalizando assim trs mestrados e

    trs doutorados; forte representatividade nos meios cientficos e empresariais locais e

    nacionais.

    A trajetria da Instituio, em seu nascedouro, foi ancorada na enorme experincia

    de seu fundador, Nilton Costa Lins, professor da Universidade Federal do Amazonas

    UFAM e assessor direto da reitoria daquela IFES, tendo tido desempenho decisivo na

    coordenao das diversas equipes que trabalharam poca na UFAM, formulando propostas

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    para oferta e reconhecimento de cursos de extrema importncia para a regio, a exemplo do

    curso de medicina. Visionrio, sempre compreendeu a dimenso da regio amaznica e do

    quo necessrio se fazia a formao de uma juventude pelo vis da Educao para a garantia

    da integridade regional a partir de um modelo de sustentabilidade. Iniciou e manteve Escola

    de Educao Infantil ede Ensino Fundamental e Mdio, pela certeza que sempre teve de sua

    vocao; assim em 1988 fundou o Centro de Ensino Superior da Amaznia, com oferta de

    vagas para os cursos de Administrao e Cincias Contbeis, oportunizando aos manauaras

    maiores condies de acesso ao ensino superior. A Instituio, que adotou a misso Educar

    a Amaznia, desenhou um conjunto de objetivos e metas voltadas a um trabalho engajado

    com seu entorno, em sintonia com a regio e com forte responsabilidade social.

    O amadurecimento institucional, ao longo do tempo abriu espao para a criao dos

    cursos de direito, turismo e comunicao social, nos primeiros anos. A partir de 1997, com o

    conhecimento adquirido em quase uma dcada de trabalho e em razo das problemticas

    regionais teve incio a construo de Projetos Pedaggicos para o oferecimento de cursos da

    rea da sade, inexistentes no Estado; desta forma no incio da dcada foram formados pela

    instituio os primeiros fisioterapeutas, fonoaudilogos, nutricionistas; carreiras

    responsveis por melhorar de forma significativa os indicadores de sade pblica.

    Desde a elaborao dos primeiros documentos, estatuto e regimento, pode ser

    facilmente percebido pelo corpo social da Instituio a construo de uma identidade

    responsvel com a regio, notadamente marcada pela compreenso de um modelo de

    instituio do norte do Brasil, na cidade de Manaus, com forte interao com o Polo

    Industrial, principal referncia econmica do Estado e um dos mais produtivos do Pas. H

    uma clara proximidade com os poderes pblicos estaduais e municipais a partir da

    qualificao de profissionais formados em matrizes curriculares capazes de oportunizar forte

    interferncia nas questes sociais licenciaturas, bacharelado em cincias ambientais e

    enfermagem. A partir das aulas prticas e do cumprimento das exigncias dos estgios, nos

    cursos de sade, engenharias e tecnologias, foram iniciadas diversas unidades de campo: em

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    hospitais da rede pblica, para que a compreenso do sistema nico fosse incorporada ao

    ambiente formador; em setores da prefeitura, enquanto contribuio para estudos sobre

    impacto ambiental; com as indstrias instaladas, enquanto projetos sobre resduos lquidos e

    slidos; por projetos de revitalizao de reas degradadas e abandonadas. A Instituio tem

    ntima e forte interao com o municpio de Manause sua regio metropolitana, conhecendo

    suas problemticas.

    A maturidade institucional permitiu no ano de 1999, o credenciamento em Centro

    Universitrio, que se deu a partir dos resultados alcanados na avaliao externa (Decreto n.

    204 de 22/10/1999) credenciando a Universidade Nilton Lins por perodo de cinco anos. A

    renovao do credenciamento, pedido de forma voluntria, em prazo inferior ao concedido,

    aconteceu em 2003, por dez anos. Enquanto Centro Universitrio foi-se firmando a

    excelncia no ensino, consolidada a partir de aes concretas de extenso e do desenho

    inicial de uma poltica de investimentos em pesquisa, que acabou oportunizando a instalao

    dos primeiros laboratrios e a fixao de doutores na instituio.

    A Instituio foi recredenciada enquanto Centro Universitrio segundo a Portaria

    MEC no. 3.676, de 09 de dezembro de 2003, publicada no DOU de 10/12/2003.

    Posteriormente, mediante Portaria MEC n 3676/2003 de 09 de dezembro de 2003, a

    Instituio obteve seu recredenciamento, pelo prazo de dez anos. Em maio de 2011 houve o

    credenciamento da Universidade Nilton Lins, por transformao do Centro Universitrio, de

    acordo com a Portaria N. 575, de 13 de maio de 2011, publicada no DOU de 16 de maio de

    2011.

    2.5. Estrutura Organizacional

    A Universidade Nilton Lins desenha sua estrutura organizacional na composio de

    rgos de natureza deliberativa e executiva.

    O Conselho Deliberativo rgo deliberativo e normativo, com competncia para a

    definio das diretrizes e polticas gerais da Universidade. O Conselho de Ensino, Pesquisa e

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    Extenso rgo superior de deliberao, responsvel pela formatao de todas as

    atividades de ensino, pesquisa e extenso.

    Conforme a estrutura organizacional, a Chancelaria, Reitoria, Vice-Reitoria, Pr-

    Reitoria de Administrao, Oramento e Finanas, Pr-Reitoria de Extenso, Pr-Reitoria de

    Planejamento e Avaliao, Pr-Reitoria de Pesquisa e Ps-Graduao e Pr-Reitoria de

    Ensino de Graduao so rgos da Administrao Superior de natureza deliberativa.

    Na gesto acadmica de cursos e programas, so rgos deliberativos os Colegiados

    de rea e Cursos e o Comit de tica; as Coordenaes de rea e de Cursos so rgos

    executivos.

    Esta IES dispe, entre outros, dos servios de rgos suplementares, como o de

    Registro, Convnios, Bibliotecas.

    A Estrutura Organizacional assim composta:

    rgosColegiados:

    ConselhoDeliberativo;

    Conselho de Ensino, Pesquisa e Extenso.

    rgos da Administrao Superior:

    Chancelaria;

    Reitoria;

    Vice-Reitoria;

    Pr-Reitoria de Administrao e Finanas;

    Pr-Reitoria de Extenso;

    Pr-Reitoria de Planejamento e Avaliao;

    Pr-Reitoria de Pesquisa e Ps-Graduao;

    Pr-Reitoria de Ensino de Graduao.

    rgos de Assessoria a Direo Superior:

    Gabinetes;

    Assessorias.

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    rgosIntermedirios:

    Departamento de Administrao;

    Departamento de Oramento e Finanas;

    Coordenadoria Geral de Planejamento e Avaliao;

    Coordenadoria de Planejamento;

    Coordenadoria de Avaliao e Desenvolvimento;

    Coordenadoria de AssuntosComunitrios;

    Coordenadoria de CapacitaoProfissional;

    Coordenadoria de Apoio e Desenvolvimento Pesquisa;

    Coordenadoria de Ps-Graduao;

    Coordenadorias de rea e de Cursos;

    Coordenadoria de Educao a Distncia.

    O Conselho Deliberativo composto pelo Chanceler, Reitor, como presidente, Vice-

    Reitor, representante da Mantenedora, Pr-Reitores, representantes do colegiado de

    professores, representantes discentes, representante do corpo administrativo, representante

    da comunidade e representante da Comisso Prpria de Avaliao.

    Compete, de forma primordial, ao Conselho Deliberativo definir a poltica

    educacional da IES.

    O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extenso composto pelo Chanceler, Reitor,

    como presidente, Vice-Reitor, representante da Mantenedora, Pr-Reitores, representantes

    do Colegiado de Professores, representantes discentes, representante do corpo

    administrativo, representante da comunidade e representante da CPA. A representao do

    corpo de professores, os representantes discentes e o representante do corpo administrativo

    no podem participar concomitantemente do Conselho Deliberativo, assim como seus

    suplentes.

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    PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    Compete fundamentalmente ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extenso o

    acompanhamento das aes do ensino, da pesquisa e da extenso, na construo da misso

    pela via da insero nas problemticas regionais.

    Os Conselhos so instncias finais de deliberao e homologao. Com mxima

    independnciarepresentam a construo dos interesses de todo o corpo social da IES.

    A instituio preconiza a descentralizao em todos os nveis quando compreende

    instncias de deciso de forma pontual. Das decises das Coordenadorias cabe recurso, para

    as Pr-Reitorias; das decises tomadas nas Pr-Reitorias cabe recurso encaminhado a

    Reitoria, e, desta, para os Conselhos; no havendo obrigatoriedade no cumprimento da

    sequncia em razo de situaes extraordinrias.

    A Gesto Acadmica est consubstanciada nas prticas do colegiado de

    Coordenadores e de Cursos; entendendo aqui Colegiado como todo o grupo de

    Coordenadores de rea e todo o conjunto de docentes engajados em um curso. No se trata,

    portanto, de rgos, e sim de instncias deliberativas e executivas. atribuio do

    Colegiado de Coordenadores o zelo pelo cumprimento das polticas da Instituio, pelo

    cumprimento do calendrio acadmico, pelo alinhamento das prticas nos diversos cursos

    que formam a rea, pelo zelo com as instalaes fsicas onde os cursos funcionam.

    composto por todos os Coordenadores de rea, que so indicados pela Reitora. Ao

    Colegiado de Curso, constitudo do corpo docente, gerido por um Coordenador, dentre os

    pares, indicado pela Reitoria, compete execuo das atividades acadmicas em todas as

    suas prticas. Dentre suas funes est a permanente anlise da matriz curricular, o

    estabelecimento das aes externas do curso, o exame de todos os processos de

    aproveitamento dos estudos solicitados por alunos em processo de transferncia, o exame de

    atos dos docentes que no correspondam prtica da educao preconizada na Instituio.

    A Ps-Graduao tem tambm colegiado prprio composto por representantes do

    corpo docente e administrativo da Pr-Reitoria de Pesquisa e Ps-Graduao, com as

    atribuies de elaborar os regulamentos especficos da ps-graduao, de avaliar e aprovar

  • 15

    PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    em sua instncia os programas de ps-graduao, de estabelecer diretriz quanto ao trabalho

    de concluso dos cursos e de analisar todos os processos inerentes aos discentes.

    Todos os demais rgos da instituio so, em sua essncia, de apoio s atividades

    acadmicas. Em razo do avanado estgio de informatizao em todas as rotinas da

    Instituio h setores que tem como instrumento de trabalho computadores com

    configurao adequada, garantindo a guarda dos dados e a agilidade na transmisso. O

    sistema acadmico existente contempla a interao em tempo real de professores, tcnico-

    administrativos e discentes com a IES.

    Os setores que so componentes da Biblioteca, do Registro dos assentamentos dos

    discentes, de Arquivo, garantem uma relao mais estreita com as aes dirias da produo

    do conhecimento.

    A Universidade por essncia deve permanecer sempre livre de amarras que possam

    desfigur-la. A construo de seus objetivos; o conhecer suas caractersticas, de

    regionalismo, quando for o caso, a contemplao de todas as tendncias em suas matrizes,

    contedos, linhas de pesquisa, aes de extenso, so as essncias da independncia pela

    construo do conhecimento.A Universidade Nilton Lins goza de autonomia administrativa,

    oramentrio-financeira e didtico-pedaggica em ralao Mantenedora com quem

    mantm intensa relao de comunicao e estmulo.

    Em todos os Conselhos h um (1) representante da Mantenedora, com direito a voz e

    voto, participando, portanto, de forma efetiva das polticas maiores da IES e da constituio

    das diretrizes que vo permear a existncia da instituio.

  • 16

    PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    CHANCELARIA

    PR-REITORIA DE

    EXTENSO

    PR-REITORIA DE

    PLANEJAMENTO E

    AVALIAO

    PR-REITORIA DE PESQUISA E

    PS-GRADUAO

    PR-REITORIA DE

    ENSINO DE

    GRADUAO

    PR-REITORIA DE

    ADMINISTRAO,

    ORAMENTO E

    FINANAS

    NCLEO DE

    ATENDIMENTO

    PSICOSSOCIAL

    NCLEOS DE

    CONVNIOS

    NCLEO DE REGISTRO

    E CONTROLE

    ACADMICO

    NCLEO DE APOIO AO

    DOCENTE

    BIBLIOTECA CENTRAL

    CONSELHO

    DELIBERATIVO

    CONSELHO DE ENSINO,

    PESQUISA E EXTENSO

    REITORIA

    VICE-REITORIA

    ASSESSORIA GABINETE

    COMIT DE TICA EM

    PESQUISA

    COMISSO PRPRIA DE

    AVALIAO

    Figura 1. Organograma institucional Universidade Nilton Lins

  • 17

    PR-REITORIA DE

    ENSINO DE

    GRADUAO

    ASSESSORIA

    COORDENADORIA

    DA REA DE

    CINCIAS EXATAS

    E DA TERRA

    COORDENADORIA

    DA REA DE

    ENGENHARIAS E

    TECNOLOGIAS

    COORDENADORIA

    DA REA DE

    CINCIAS

    HUMANAS E

    SOCIAIS

    COORDENADORIA

    DA REA DE

    CINCIAS SOCIAIS

    APLICADAS

    COORDENADORIA

    DE CINCIAS

    BIOLGICAS E

    SADE

    COORDENADORIA

    DA REA DE

    EDUCAO

    DISTNCIA

    COORDENADORIA

    DE

    LICENCIATURAS

    COORDENAO

    DO CURSO DE

    ARQUITETURA E

    URBANISMO

    Figura 2. Organograma institucional da Pr-Reitoria de Ensino de Graduao da UNINILTONLINS

  • PROJETO PEDAGGICO

    ARQUITETURA E URBANISMO

    3. IDENTIFICAO DO CURSO

    3.1 Dados Gerais

    a) Nome do curso:Arquitetura e Urbanismo

    b) Endereo de funcionamento do curso: Av. Professor Nilton Lins, 3259. Parque das

    Laranjeiras - CEP: 69058-030 Manaus - Amazonas

    c) Ato legal de Autorizao: Portaria CUNL N11 de 09/11/1999

    d) Nmero de vagas oferecidas: 120 vagas anuais

    e) Regime letivo: semestral

    f) Turnos de funcionamento do curso: matutino e noturno

    g) Carga horria total do curso (em horas): 4.240 h/a.

    h)Tempo de Integralizao Curricular:

    - Prazo Mnimo: 05 anos

    - Prazo Mximo: 07 anos

    i) Identificao da coordenadora do curso:

    - Ana Lucia Nascentes da Silva Abrahim, professora da instituio desde 2003, e

    coordenadora do curso a partir de julho de 2009.

    j) Perfil da coordenadora do curso: arquiteta e urbanista, graduada pela Universidade Santa

    rsula (RJ) em 1976; Mestre (2003) em Sociedade e Cultura na Amaznia, na rea de

    concentrao em Processos Socioculturais na Amaznia, pela Universidade Federal do

    Amazonas UFAM. Temps-graduao em Administrao de Projetos Culturais pela Escola

    Brasileira de Administrao Pblica da Fundao Getlio Vargas (FGV), e Metodologia e

    Projetos de Desenvolvimento Municipal e Urbano, pela Escola Nacional de Servios Urbanos

    ENSUR, Instituto Brasileiro de Administrao Municipal IBAM, sob os auspcios da

    Secretaria de Articulao com os Estados e Municpios SAREM, Secretaria dePlanejamento

    da Presidncia da Repblica.Atualmente Professora Efetivacom dedicao integral (40

    horas) e membro da diretoria da ABEA Associao Brasileira de Ensino de Arquitetura, da

    qual a UNINILTONLINS associada.

    k) Composio, titulao, regime de trabalho e permanncia sem interrupo dos integrantes

    do Ncleo Docente Estruturante NDE;

    Fazem parte do NDE os professores: Taise Costa de Farias, Ana Lcia Abrahim, Antnio

    Estanilau Sanches, Joo Tito Borges, Ana do Nascimento Guerreiro e Dario Duran Gutierrez.

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    19

    O Ncleo Docente Estruturante (NDE) do Curso de Arquitetura e Urbanismo, atende

    rigorosamente a todos os requisitos apontados no tocante titulao, formao acadmica e

    regime de contratao de trabalho, sendo constitudo por seis professores. O tempo mdio de

    permanncia do corpo docente no curso de Arquitetura e Urbanismo de aproximadamente 5

    anos e 9 meses.

    3.2 Formas de Acesso

    O aluno ingressa no curso de Arquitetura e Urbanismo por meio do processo seletivo

    ou transferncia entre instituies, mediante a realizao de uma avaliao de conhecimentos

    especficos do curso e anlise da matriz curricular. Poder tambm ingressar no curso o aluno

    graduado na rea de Cincias Exatas, mediante avaliao, dependendo da existncia de vagas.

    4. ORGANIZAO DIDTICO-PEDAGGICA

    4.1. Contexto Educacional

    O Amazonas um Estado diferenciado pela sua biodiversidade e riqueza natural. Sua

    capital, Manaus, o stimo maior municpio do Brasil de acordo com o censo populacional

    2010, abrigando na atualidade mais de 1,8 milhes de habitantes, com crescimento

    continuado. A regio encontra-se em franco desenvolvimento e crescimento, tendo no

    comrcio e negcios seu maior potencial econmico em atividade, alm de um importante

    polo industrial, um polo de produo de gs natural e petrleo, alm de mineradoras e

    atividades agroflorestais. Nos ltimos treze anos, considerando a criao de cinco cursos de

    Arquitetura em Manaus, o nmero de profissionais arquitetos e urbanistasno Amazonas

    aumentou significativamente, mas ainda de forma incompatvel ao crescimento econmico e

    populacional, sendo ainda insuficiente para atender a demanda do mercado. Segundo dados

    do novo Conselho de Arquitetura e Urbanismo CAU/Amazonas h em torno de 1.050

    arquitetos registradosnaquele conselho. Desta forma compreende-se a necessidade de

    formao de recursos humanos com habilidades essenciais para responder os desafios da

    Arquitetura e Urbanismo, capaz de identificar e resolver os desafios da transformao do

    espao em consonncia com os conhecimentos tecnolgicos e em ressonncia com as

    premissas ambientais especficos da regio amaznica, contribuindo assim para um

    desenvolvimento econmico sustentvel comprometido com as peculiaridades ambientais da

    regio.

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    20

    A concepo do curso resultou de longas conversas e reflexes do grupo de trabalho

    que o desenvolveu, com a participao direta ou indireta, de reconhecidos profissionais com

    atuao em Manaus, entre membros de diversas associaes de classe como o Instituto de

    Arquitetos do Brasil - IAB/AM, a Associao dos Engenheiros e Arquitetos do Amazonas -

    AEAA, a Unio Internacional de Arquitetos - UIA, bem como do curso de Engenharia da

    Universidade do Estado do Amazonas e do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e

    Agronomia - CREA AM/RR, que de maneira bastante representativa expressa o pensamento e

    a experincia dos profissionais que atuam em Manaus, buscando atender, na formao do

    futuro profissional, requisitos necessrios a uma atuao inclume e apropriada realidade

    regional.

    A criao do curso de Arquitetura e Urbanismo em Manaus nos moldes implantados na

    Universidade Nilton Lins, em funo da forma plural e envolvente como foi concebido e

    como tem sido vivenciado, veio no s oportunizar a realizao de uma experincia de

    formao de arquitetos capazes de entender a realidade amaznica e sobre ela atuar, mas

    tambm possibilitar a todos que participaram do processo um repensar sobre as bases de

    ensino de arquitetura e contribuir para a busca de novos e aprimorados caminhos.

    A proposta decorreu da apresentao, debates e reformulaes, das vrias hipteses de

    organizao para a matriz curricular, onde sempre permeou a livre manifestao, e a

    expresso da diversidade de formao e experincia dos arquitetos que compuseram o grupo

    de trabalho, oriundos de diferentes faculdades do Brasil e com vises diferenciadas no s do

    fenmeno arquitetnico, mas, por extenso, da formulao do ensino de arquitetura numa

    cidade como Manaus, uma metrpole no trpico mido. O foco foi conceber um curso capaz

    de proporcionar aos novos arquitetos, uma formao que os habilitasse, a partir de uma viso

    autctone, a serem teis aos desgnios futuros da sociedade Amaznica e, em particular,

    amazonense e manauara, caracterizada pela ausncia da atuao desse profissional, ao longo

    de toda sua evoluo urbana.

    Fruto de reflexo coletiva, o PPC contempla as peculiaridades institucionais e locais

    para a formao de profissionais com excelncia. Este documento considera, assim como os

    PPC dos demais cursos ofertados pela IES, as polticas de ensino, pesquisa e extenso

    definidas nos projetos oficiais da instituio, tais como o Projeto Pedaggico Institucional

    (PPI) e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), sem perder de vista o contexto

    regional onde o curso est inserido e o perfil do aluno que a instituio objetiva formar.

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    21

    O Curso de Graduao em Arquitetura e Urbanismo pretende formar profissionais

    capazes de oferecer solues competentes e eficazes aos problemas identificados em diversas

    reas como construo civil, planejamento urbano, infraestrutura urbana, bem como na rea

    de desenvolvimento urbano e regional, com a proposta de se criar duas nfases: planejamento

    urbano e sustentabilidade na arquitetura e urbanismo. Ressalta-se que o ttulo que o egresso

    recebe quando da sua colao de grau de arquiteto e urbanista, sendo que as disciplinas

    cursadas em uma das nfases escolhidas vo acrescentar conhecimento ao seu currculo, e ser

    um diferencial quando da sua atuao no mercado, especialmente na regio Norte que possui

    expressiva taxa de crescimento populacional urbano e desenvolvimento tecnolgico e

    industrial, sobre a faceta de abrigar a maior floresta tropical contnua do planeta em tempos de

    alteraes climticas e um grande potencial mercadolgico e de investimentos para esta

    regio administrativa do Brasil.

    Atualmente, o contexto de gerenciamento da sociedade em todos os setores desde o

    educacional, industrial at comrcio e rgos da administrao pblica, est voltado ao

    atendimento das normas tcnicas e regulamentos legais para observao s exigncias do

    mercado e da qualidade de vida da populao. Esse perfil da nova dinmica social declara

    crescente demanda por profissionais qualificados para criar e executar solues que tornem as

    atividades alm de sustentveis, economicamente viveis e promotoras da justia social.

    Em Manaus-AM de maneira especial, o Polo Industrial de Manaus (PIM) participa

    com a maior parte do PIB gerado no Estado, sendo esta capital a sexta economia do Pas e

    dcima unidade federativa brasileira em PIB per capita. Nessa seara vale ressaltar que alm de

    intensa e produtiva atividade industrial, o Brasil ruma na direo do crescimento continuado

    com a presena dos grandes eventos internacionais, ao mesmo tempo em que existe uma

    grande quantidade de investimento no setor de construo civil do Brasil e de programas

    habitacionais de interesse social. Quanto primeira questo, torcemos para que os maiores

    investimentos no sejam apenas feitos na reforma e na construo de novos equipamentos

    esportivos, mas tambm no aumento de aeroportos e portos, fortalecendo tambm a segurana

    pblica, melhorando o saneamento bsico e a qualidade de vida nas cidades, colocando a

    construo civil do Brasil tambm na direo do turismo sustentvel. Melhoras na mobilidade

    urbana, com investimentos em transporte e vias pblicas sero outro importante legado dos

    eventos, e a populao deve cobrar isso, se deseja ver no futuro um planejamento urbano

    realmente positivo no Brasil. O governo do Brasil deve estar presente, oferecendo

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    22

    financiamentos competitivos e programas que garantam o fluxo financeiro necessrio para um

    crescimento sustentvel das cidades no pas. O Brasil vive um perodo muito especial em sua

    histria, e um cenrio ainda mais interessante na rea da construo civil, uma das reas para

    as quais vale a pena manter os olhos abertos.

    Uma caracterstica diferenciada do curso de Graduao em Arquitetura e Urbanismo

    da Universidade Nilton Lins est no fato de que a quase totalidade dos discentes e docentes

    do curso so profissionais atuantes em reas afins. Assim sendo, a atuao na rea passa a ser

    um elo facilitador para que os alunos possam ter oportunidades de desenvolver aes

    extracurriculares junto com seus professores do curso, com caractersticas de estgios e

    trabalhos de iniciao cientfica, trabalhos de extenso, projetos e ensaios de laboratrio, bem

    como visitas tcnicas, entre outros.

    Afinada com este raciocnio, a UNINILTONLINS vem conduzindo os cursos Lato

    Sensu de Gesto Ambiental e Saneamento Ambiental e Strictu Sensu em Biologia Urbana e

    Aquicultura que so reas correlatas, no que tange a adequao socioambiental, ao curso de

    Arquitetura e Urbanismo, tendo j formado centenas de alunos especialistas e 40 mestres. A

    UNINILTONLINS busca no apenas desenvolver o seu projeto institucional e pedaggico,

    mas tambm cumprir seus objetivos sociais, visando o desenvolvimento regional. Neste

    sentido, a regio Amaznica apresenta, indiscutivelmente, caractersticas tpicas no que tange

    s suas caractersticas ambientais e culturais, com uma demanda por profissionais para

    atuarem nas reas de urbanismo e planejamento urbano, arquitetura e construo civil,

    geotecnia, transportes, recursos hdricos, saneamento bsico e meio ambiente. A

    UNINILTONLINS reconhece a importncia e a necessidade desses profissionais para a

    Regio Amaznica, em especial para o Estado do Amazonas com seus 62 municpios.

    4.2 Polticas institucionais no mbito do Curso

    O PDI, implementado a partir da solicitao de recredenciamento do Centro

    Universitrio, contm informaes pertinentes sobre a IES no que se refere a sua identidade,

    organizao, metas e cronograma de expanso, contemplando s reas do ensino, pesquisa e

    extenso. Os macro referenciais estabelecidos no PDI,para um arco temporal

    definido,constituem o balizamento para a construo permanente e para a vivncia dos PCCs,

    enquanto instrumento que norteia a busca de concretizao dos desafios e utopias que a

    instituio encontra a partir de sua misso, de seus princpios e de suas polticas. Todas as

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    23

    concepes que subjazem s polticas de ensino, da pesquisa e da extenso da questo

    acadmica esto voltadas para a soluo dos problemas amaznicos, encontrando seus

    pressupostos terico-metodolgicos nas grandes questes urbanas e ambientais amaznicas,

    em articulao com a misso institucional de "Educar a Amaznia". Este eixo garante que as

    diferentes polticas encontrem constantes e duradouros pontos de interseco e que as diversas

    aes do cotidiano sejam carregadas de significados. O PDI preocupa-se com a definio de

    polticas e de metas que encontram ressonncia no PPC do curso, que traduz em programas,

    aes e atividades concretas as definies polticas constantes no PDI. O trabalho de difuso e

    de internalizao dos documentos e de seus valores constante e abrange todas as categorias

    que compem o corpo social da instituio. Contribuem para tanto as instncias colegiadas, as

    sistemticas formais e todos os grupos e mecanismos informais que participam da vivncia

    institucional.

    A busca da coerncia entre os diversos instrumentos acadmicos e de gesto, , na

    verdade, a busca para uma insero coerente no meio em que a instituio est inserida.

    Representa, tambm, o desafio crescente de fazer com que cada aluno que participa da

    experincia educativa da IES seja um multiplicador de seus valores e de seus desafios,

    contribuindo significativamente com a melhoria da regio. Neste sentido, o agir constante e

    dirio do ensino, da pesquisa, da extenso e da gesto acadmica podero ser meios

    privilegiados da concretizao dos propsitos institucionais. Coerentemente com o PDI as

    polticas de ensino, pesquisa e extenso do curso so plenamente implementadas no mbito do

    curso a partir das seguintes manifestaes:

    Implementao das Polticas de Ensino

    Articulao entre o curso e as pr-reitorias de graduao e de planejamento e

    avaliao, buscando aperfeioar o processo seletivo, implementando sistemticas

    inovadoras e adaptando o aluno matriz curricular atravs de programas especiais de

    ambientao, acolhida e nivelamento;

    Implementao e aprimoramento dos programas de nivelamento para discentes;

    Participao intensiva do curso no Programa de Capacitao permanente do corpo

    docente;

    Estmulo da titulao do corpo docente em consonncia com as necessidades e linhas

    de atuao do curso;

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    24

    Ampliao dos espaos que possibilitem maior oferta de aulas prticas e estgios;

    Formatao, reconhecimento e aperfeioamento contnuo da matriz curricular em

    consonncia com o desenvolvimento das cincias e a misso da instituio;

    Permanente mapeamento do egresso, atravs de sistemticas que permitam seu

    acompanhamento e sua insero profissional;

    Sensibilizao permanente dos alunos com dificuldades financeiras na vida

    universitria estimulando-os a participarde programas de manuteno prprio e

    conveniados (Programas Bolsa Universidade, Programa EducamaisBrasil, Fies);

    Ampliao do intercmbio de docentes e discentes com Instituies Nacionais e

    Internacionais conveniadas;

    Incentivo aos docentes quanto realizao de Mestrados e Doutorados, visando a

    capacitao docente e o fortalecimento da pesquisa;

    Implementao das Polticas de Pesquisa

    Consolidao e ampliao do grupo de pesquisadores mestres e doutores, em

    condies de sustentar as linhas de pesquisa e da iniciao cientfica do curso;

    Estmulo ao engajamento na pesquisa de acordo com cronograma e financiamento

    prprios e de agncias de fomento;

    Intercmbios com instituies e empresas incentivadoras de pesquisa;

    Consolidao da Iniciao Cientfica, com aplicao de bolsas e estmulo de

    programas de voluntariado;

    Consolidao dos atuais grupos de pesquisa e implementao de novos grupos que

    atendam as diversas reas do conhecimento atendidas pela instituio e que respondam

    s peculiaridades regionais;

    Consolidao e ampliao dos atuais ndices de produtividade docente;

    Articulao com o Governo do Estado, em particular com a Secretaria de Cincia e

    Tecnologia e a Universidade Estadual do Amazonas, no que tange a realizao de

    programas de stricto sensu consorciados e o intercmbio e financiamento de

    pesquisas;

    Manter o compromisso da responsabilidade social em todas as aes de pesquisa do

    curso;

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    25

    Difuso do Comit de tica na Pesquisa.

    A Universidade Nilton Lins estimula a pesquisa e a produo cientfica, visando

    ampliao da produo do saber, fortemente integrada realidade local. As atividades de

    pesquisa esto estreitamente associadas s atividades de ensino de graduao, de extenso e

    de ps-graduao. Nesta perspectiva, a Instituio adota uma Poltica Institucional de

    Pesquisa, claramente explicitada em seu PDI, voltada para a soluo dos problemas

    amaznicos.

    O Programa de Iniciao Cientfica contribui para a consolidao da pesquisa no

    curso, ao mesmo tempo em que constitui uma oportunidade de qualificao acadmica dos

    alunos. Os editais de iniciao cientfica destinados aos acadmicos e oferecem bolsas no

    padro CNPq. Os alunos so selecionados atravs de editais aprovados por Instituies de

    pesquisa (INPA, UEA entre outras) e amplamente divulgados. Os alunos participantes so

    mensalmente avaliados atravs de relatrios de atividades e semestralmente nas Jornadas de

    Iniciao Cientfica.

    Os cursos stricto sensu da Universidade Nilton Lins so resultante de decises

    estratgicas traada no PDI Plano de Desenvolvimento Institucional, que induz uma Poltica

    de Pesquisa alicerada em princpios solidamente construdos: o trabalho pedaggico,

    cientfico e cultural; a insero regional; a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e

    extenso; o pluralismo como valor intrnseco concepo do Ser Universitrio. Como

    decorrncias dos princpios so apontadosobjetivos estratgicos para alcanar suas

    finalidades, destacando a contribuio para o desenvolvimento da regio, articulando os

    programas de ensino, pesquisa e extenso, tendo como referencial o homem amaznico e suas

    necessidades.

    Os resultados da pesquisa podem ser evidenciados nos cursos stricto sensu

    implementados.

    CURSO NVEL ANO DE

    IMPLANTAO

    CONCEITO

    CAPES

    Biologia Urbana Mestrado Acadmico 2006 3

    Biologia Urbana Mestrado Profissional 2006 3

    Biologia Urbana Doutorado 2010 4

    Aquicultura Mestrado 2010 4

    Aquicultura Doutorado 2010 4

    Ensino de Cincias e Matemtica-

    Rede REAMEC (Rede Amaznica

    Ensino de Cincias e Matemtica)

    Doutorado

    2010

    4

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    26

    Os primeiros passos voltados para os cursos stricto sensu foramdirecionados

    Biologia Urbana. A recomendao da CAPES menciona a inovao da proposta e sua forte

    insero regional, reconhecendo a demanda reprimida por este tipo de ao na regio. Trata-se

    da mais nova oportunidade para profissionais das cincias da vida e reas afins, de formao e

    atuao em temas relacionados Biologia especficos de ambientes urbanos.

    especialmente relevante, a enorme importncia do Programa para a regio

    amaznica, cujas preocupaes centram-se na floresta e na biodiversidade, sendo reduzida a

    ateno para o crescimento urbano desordenado que requer estudos na rea biolgica com

    urgncia. preciso ter sempre em considerao que a mesma presso que o homem exerce

    sobre a biodiversidade, esta exerce sobre o homem nas reas de transio, particularmente no

    que se refere exposio do homem s doenas tropicais. Da mesma forma, a deposio de

    lixo urbano em cidade tropical com cerca de dois milhes de pessoas gera um volume

    considervel de lixiviveis txicos que atinge os igaraps prximos a Manaus. Outra

    abordagem relevante nas dissertaes do programa relaciona-se produo e conservao

    de alimentos em clima tropical. Sem dvida, os resultados produzidos at aqui so

    importantes para a gesto pblica e avanos no manejo de reas degradadas pela ocupao

    urbana.

    Alm dos cursos prprios, houve oferta de dois mestrados interinstitucionais com a

    UFPB, valorizando e fortalecendo os vnculos das instituies do Norte-Nordeste brasileiro

    em busca da excelncia na qualificao de novos profissionais para o mercado em franca

    expanso, a saber:

    CURSO DE PS GRADUAO STRICTO SENSU CONVNIO UFPB

    Curso Nvel rea bsica Conceito

    Capes Realizao

    Psicologia Social Mestrado Acadmico Psicologia 5 2007-2008

    Cincias Jurdicas Mestrado Acadmico Direito 5 2009-2010

    A definio da atuao da Universidade pressupe a responsabilidade social com o

    desenvolvimento da regio, o que est caracterizado na sua misso institucional Educar a

    Amaznia. Esta misso contempla a relao ecolgica e dialgica com a sociedade, visando

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    27

    difuso das conquistas e benefcios resultantes da criao cultural e das pesquisas cientficas

    e tecnolgicas geradas na Instituio.

    A Poltica de Pesquisa que a instituio define para o curso em Arquitetura e

    Urbanismo encontra seus pressupostos terico-metodolgicos nas grandes questes urbanas e

    ambientais amaznicas, em articulao com sua misso institucional. As vivncias em uma

    regio peculiar, repleta de potencialidades e problemticas, conduzem a instituio a um

    engajamento que signifique capacitao de recursos humanos e melhoria da qualidade de vida

    da populao. A pesquisa encontra seus princpios, diretrizes e estratgias voltadas para a

    originalidade e caractersticas regionais.

    Na pesquisa distingue-se o ncleo de doutores dos cursos strictosensu, composto por

    pesquisadores competitivos em termos de captao de fomento e de reconhecimento em suas

    reas de atuao. Alm disso, merecem destaque: o intercmbio com instituies locais,

    visando otimizao de recursos humanos; o uso compartilhado de laboratrios de alta

    tecnologia e a realizao conjunta de projetos; o investimento necessrio para a manuteno

    da ambincia de pesquisa j instalada; a manuteno dos laboratrios equipados com

    tecnologia de ponta e os cursos de mestrado e doutorado recomendados pela CAPES.

    Os primeiros grupos de pesquisa montados em 2005, passaram de 8 para 12 em 2012.

    ANO GRUPOS LINHAS

    2005 8 26

    2008 11 32

    2012 13 45

    Quadro IV. Grupos de Pesquisa Consolidados e Cadastrados no CNPq.

    Alm dos grupos que do suporte aos mestrados e doutorados aprovados, destacamos

    os grupos nas reas de Cincias Sociais e Humanas, Engenharias e Exatas, com o objetivo de

    diversificar enfoques de pesquisa e estimular a captao de novos doutores e a formao de

    novos programas de stricto sensu:

    Os grupos so:

    1. Botnica aplicada ao desenvolvimento urbano.

    2. Educao e sustentabilidade na Amaznia.

    3. Gentica molecular e bioqumica de microrganismos amaznicos.

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    28

    4. Gentica Qumica

    5. Grupo de Estudos e Pesquisas em Biodinmica do Movimento

    6. Patrimnio Cultural e Natural.

    7. Produtos Fitoterpicos e Cosmticos da Amaznia

    8. Sade e Alimentos na Amaznia

    9. Toxicologia Ambiental.

    10. Zoologia Aplicada ao desenvolvimento urbano.

    11. Ncleo de Estudos e Pesquisas em Direito

    12. Ncleo de Pesquisas Sociais Aplicadas na Amaznia

    O Programa de Iniciao Cientfica contribui para a consolidao de linhas e de

    grupos de pesquisa da Instituio, ao mesmo tempo em que constitui uma oportunidade de

    qualificao acadmica dos alunos, que so selecionados atravs de editais aprovados pela

    reitoria e amplamente divulgados. O programa era fomentado exclusivamente com recursos

    da Instituio. Atualmente h uma distribuio entre a Instituio e a FAPEAM.

    BOLSAS DE INICIAO CIENTFICA 2007 2012

    Fomento Interno 30 40

    Fomento FAPEAM 10 20

    TOTAL 40 60

    Quadro V: Bolsas de Iniciao Cientfica por tipo de fomento 2007 -2012.

    A articulao interinstitucional nos meios cientficos e empresariais locais e nacionais

    aumenta medida que os trabalhos de pesquisa e dos cursos stricto sensu penetram na

    sociedade, a exemplo das presenas nos seguintes rgos:

    Participao da IES em programas governamentais

    rgo Programas

    BASA Prmio Samuel Benchimol 2006 e 2008

    Estado do Par Rede Genmica e Protemica do Estado do Par

    InsitutoEvandroChagas ProjetoBarcarena

    INPA - Instituto Nacional de Pesquisas do

    Amazonas

    Projetos INCT e PPG7

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    29

    CAPES Bolsas de Mestrado

    FAPEAM Bolsas de Mestrado

    CNPq Bolsas de Mestrado

    FAPEAM Cmaras de Assessoramento da FAPEAM Fundao

    de Amparo Pesquisa do Estado do Amazonas

    SEMMA Secretaria de Meio Ambiente

    do Municpio de Manaus

    Grupo de estudosambientais

    Governo do Estado do Amazonas -

    Secretaria de Desenvolvimento Sustentvel

    Conselho Estadual de Meio Ambiente

    Ministrio da Sade Comisso Nacional de tica em Pesquisa CONEP

    Ministrio da Educao Participao de docentes nas Comisses de Avaliao

    do MEC/INEP

    Ministrio da Justia Participao na RENAESP Rede Nacional de

    Segurana Pblica

    Ministrio da Justia Credenciamento para ministrar o curso de

    Especializao em segurana Pblica e Direitos

    Humanos

    UniversidadeEstadual do Amazonas REAMEC Rede Amaznica de Ensino de Cincia

    Ministrio de Cincia e Tecnologia Rede Norte de Biotecnologia

    ANPED Membros da ANPED Associao Nacional de Ps-

    Graduao em Educao

    CNPq ConsultoriaCNPq

    SociedadesCientficas SociedadeBrasileira de Gentica

    CNPq e EMBRAPA Consultoria CNPq e EMBRAPA

    (MACROPROGRAMA-1)

    Ministrio de Cincia e Tecnologia MCT/ABIN GET (grupo de especialistas tcnicos)

    para a no proliferao de armas biolgicas

    (PRONABENS).

    INPA - Instituto Nacional de Pesquisas do

    Amazonas

    GEEA - Grupo de Estudos Estratgicos Amaznicos

    RevistasCientficas Revisores de vriasrevistasindexadas de

    impactosinternacionais (EES, Journal of Fish Biology,

    Brazilian Journal of Biology, Brazilian Journal of

    Microbiology, etc.).

    Quadro VI: Representatividade nos programas governamentais.

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    30

    RGOS DE FOMENTO EDITAIS

    CNPq

    Edital Universal desde 2005

    Edital Cincias Sociais e Humanas 2006 e

    2007

    Edital C&T Amaznia 2006, 2007, 2008

    Edital PPG7 2006

    Edital Malria 2009

    Edital INCT - parceria INPA 2008

    FAPEAM Editais Pesquisa 2006, 2007, 2008 e 2009

    BASA Prmio Samuel Benchimol

    USP/ JabalpurUniversityIndia Parcerias e intercmbios em pesquisa

    Estado do Par Rede Genmica e Protemica do Estado do

    Par

    Instituto Evandro Chagas Projeto Barcarena

    Empresas Privadas Parcerias com equipamentos e laboratrios

    Quadro VII: Participao da IES em rgos de Fomento pesquisa

    A pesquisa e os cursos stricto sensu atingiram elevado grau de maturidade pelo nmero e

    nvel dos projetos financiados pelas agncias CNPq, FAPEAM, e pelos envolvimentos com os

    INCTs, Projetos Genomas, Redes de Biotecnologias, entre outros, ressaltando a excelente

    infraestrutura com equipamentos de pequeno, mdio e grande porte instalados na Unidade de

    Pesquisas da Universidade Nilton Lins. relevante a participao na Rede Norte de Biotecnologia

    (BIONORTE), recm-aprovada pelo Ministrio da Cincia e Tecnologia.

    Para que as atividades de pesquisa pudessem ter seu incio, a Fundao Nilton Lins FNL,

    atravs de um convnio com a Universidade Nilton Lins, propiciou os primeiros investimentos em

    laboratrios, equipamentos, mobilirios, materiais. A qualidade das pesquisas oportunizou a captao

    de recursos por meio do fomento de agncias nacionais e regionais.

    Os projetos aprovados junto ao CNPq representam 66% das aprovaes, com um total de 23

    projetos, seguindo o fomento da FAPEAM e de demais agncias e rgos. Resultante desses projetos

    foi a excelncia dos laboratrios de pesquisa e o retorno disso na qualidade dos alunos dos mestrados,

    oportunizado em pouco tempo o reconhecimento da comunidade acadmica que levou aprovao do

    doutorado.

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    31

    O Comit de tica em Pesquisa da Nilton Lins (CEP-UNINILTONLINS) foi criado em 7 de

    abril de 2001, atravs da Portaria n 03/2001 GR, com base na Resoluo 196/96 do Conselho

    Nacional de Sade (CNS), que estabelece as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas

    envolvendo seres humanos no Brasil. Est registrado junto Comisso Nacional de tica em Pesquisa

    do Ministrio da Sade (CONEP/MS), conforme carta n 180 CONEP/PNS/MS de 05/02/2003,

    assinado pelo Coordenador Dr. William Saad Hossne.

    Com a Resoluo 196/96 (CNS) ficou estabelecido que toda pesquisa envolvendo seres

    humanos dever ser submetida apreciao de um Comit de tica em Pesquisa (CEP) e que as

    instituies nas quais se realizem pesquisas envolvendo seres humanos devem constituir um CEP. O

    CEP um colegiado interdisciplinar e independente criado para defender os interesses dos sujeitos da

    pesquisa em sua integridade e dignidade, alm de contribuir para o desenvolvimento da pesquisa

    dentro de padres ticos.

    O CEP responsvel pela avaliao e acompanhamento dos aspectos ticos de todas as

    pesquisas envolvendo seres humanos. Este papel est bem estabelecido nas diversas diretrizes ticas

    internacionais (Declarao de Helsinque, Diretrizes Internacionais para as Pesquisas Biomdicas

    envolvendo Seres Humanos - CIOMS) e brasileiras (Res. CNS 196/96 e complementares), diretrizes

    estas que ressaltam a necessidade de reviso tica e cientfica das pesquisas envolvendo seres

    humanos, visando a salvaguardar a dignidade, os direitos, a segurana e o bem-estar do sujeito da

    pesquisa.

    A atividade principal do CEP-UNINILTONLINS tem sido a reviso de protocolos de

    pesquisa. Alm de julgar os protocolos, cabe ao CEP salvaguardar os direitos e a dignidade dos

    sujeitos da pesquisa. Contribui para a qualidade das pesquisas e para a discusso do papel da pesquisa

    no desenvolvimento institucional e no desenvolvimento social da comunidade. Valoriza tambm o

    pesquisador que recebe o reconhecimento de que sua proposta eticamente adequada.

    O CEP tambm responsvel pelo acompanhamento e andamento das pesquisas. Para isso

    fundamental que os pesquisadores enviem relatrios parciais sobre as atividades desenvolvidas at o

    final do estudo.

    Implementao das Polticas de Extenso

    Consolidao e ampliao dos programas de extenso a partir das demandas regionais;

    Envolvimento da comunidade interna e externa nas diversas etapas das aes extensionistas;

    Ampliao dos programas e projetos permanentes interdisciplinares;

    Envolvimento dos grupos de pesquisa nas atividades de extenso;

    Participao de todas as reas do conhecimento e seus respectivos cursos nas atividades de

    extenso;

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    32

    Ampliao da participao de bolsistas e voluntrios nas atividades de extenso;

    Ampliao da participao docente nas atividades de extenso e consolidao de um grupo

    permanente de trabalho;

    Avaliao e acompanhamento contnuo das atividades de extenso;

    Sistematizao e difuso de saberes gerado nas atividades extensionistas;

    Programao de atividades de formao continuada, contemplando a comunidade interna e

    externa da Instituio;

    Realizao de cursos, usando a metodologia de Educao a Distncia;

    Fortalecimento das reas temticas: educao, sade, comunicao, cultura, direitos humanos,

    meio ambiente, tecnologia e trabalho;

    Realizao de intercmbios e convnios com instituies locais, nacionais e internacionais;

    Captao de recursos que fomentem as atividades permanentes de extenso.

    Responsabilidade Social

    As polticas de ensino, pesquisa e extenso encontram sua base de sustentao na

    Responsabilidade Social. Em decorrncia desta viso de homem e educao, a instituio proclama a

    necessidade de viver e de difundir seus ideais e aes pautados na postura de responsabilidade social.

    Um dos maiores desafios do processo de globalizao econmica e tecnolgica a incorporao do

    compromisso com a responsabilidade social por parte das organizaes.

    Em virtude dessas novas expectativas, as Instituies de Ensino Superior vm reforar seu

    papel, que transcende sua natureza de produo de conhecimento e qualificao de recursos humanos e

    compreende tambm a valorizao dos aspectos sociais, ticos e ambientais. A Universidade Nilton

    Lins entende a responsabilidade social como paradigma deste sculo que se inicia com o desejo de

    construir uma sociedade mais justa, por meio da melhoria da qualidade de vida, da valorizao do

    potencial humano, do equilbrio ecolgico e da equidade social. A atuao socialmente responsvel da

    Universidade Nilton Lins baseia-se no respeito ao pluralismo cultural que leva a valorizao dos

    alunos, professores e funcionrios, por meio da concesso de bolsas de estudo, cursos de imerso e

    dequalificao, excelente ambiente de aprendizagem e trabalho, alm de justa remunerao,

    defendendo assim veementemente a incluso social.

    Nesse contexto de responsabilidade social, as polticas de ensino, pesquisa e extenso

    incorporam tais compromissos por meio de seus componentes curriculares e do desenvolvimento de

    eventos, projetos e programas que visam aprimorar os princpios ticos da comunidade e promover

    impacto social positivo no meio. O desenvolvimento da pesquisa cientfica na instituio tem como

    objetivomaior ampliar os conhecimentos e conseqentemente apontar novos caminhos para a busca de

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    33

    solues de problemas que esto intimamente ligados s questes urbanas, ambientais e sociais dos

    amaznicos.

    A Extenso Universitria tambm assume uma postura socialmente responsvel como base

    para o desenvolvimento de todas as suas aes, tendo como escopo central e urgente a questo dos

    direitos humanos em uma sociedade marcada pela excluso, conflitos e desigualdades estruturais, com

    situaes de injustia institucionalizada. Assim, a conquista dos direitos humanos est intimamente

    relacionada com o trabalho extensionista da instituio, articulada com o ensino e a pesquisa,

    superando a viso individual desses direitos e assumindo uma abrangncia social.

    universidade cabe exercer um papel de humanizao a partir da aquisio de conhecimentos

    e de valores para a conquista do exerccio pleno da cidadania o que implica no reconhecimento e na

    denncia das formas pelas quais os direitos humanos so violados na sociedade. E de

    formacontundente na apresentao de programas, projetos, propostas para que na relao de troca que

    com a sociedade estabelece fique marcada a sua contribuio.

    Atualmente, a Universidade Nilton Lins conta com duas unidades educacionais, estando o

    Campus Universitrio principal localizado no Parque das Laranjeiras, onde sediado o curso de

    Arquitetura e Urbanismo. Neste espao, a IES oferta cursos de graduao em todas as reas do

    conhecimento, realiza cursos de ps-graduao (especializao e mestrados) em diversas reas,

    dispondo de infraestrutura fsica ampla, moderna e atualizada tecnologicamente, alm de um hospital-

    escola.

    A segunda unidade se situa no bairro do Japiim, prximo ao Distrito Industrial, concentrando

    a oferta de cursos tecnolgicos que atendem demanda de formao especfica requerida pelas

    indstrias da Zona Franca de Manaus (atual Polo Industrial de Manaus - PIM).

    inegvel o fato de que a paisagem amaznica foi e continua sendo alterada rapidamente,

    tornando-se motivo de preocupao constante do governo e de organizaes ambientalistas (nacionais

    e internacionais). No mbito do Estado do Amazonas, as atividades extrativistas de fins do sculo XIX

    e incio do sculo XX cederam espao para implantao pelo Governo Federal, na dcada de 1960, da

    Zona Franca de Manaus, denominada atualmente de PIM (Polo Industrial de Manaus), segundo parque

    industrial do Brasil.

    Essas caractersticas integram um quadro de desafios que se acentua quando tais

    caractersticas so consideradas e analisadas no mbito educacional. Dentro de um contexto que

    engloba os interesses dos povos amaznidas (seringueiros, indgenas, caboclos, pescadores, pequenos

    agricultores, trabalhadores do campo e das grandes indstrias instaladas no Distrito Industrial de

    Manaus, migrantes e imigrantes, etc.), possvel perceber os conflitos potenciais que reinam sobre

    esta regio e a importncia de serem formados operadores de direito capazes de defender, de forma

    tica e crtica, os interesses de cada um dos grupos citados.

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    34

    A Educao Inclusiva parte integrante das preocupaes institucionais, balizando as

    seguintes prticas:

    Implementao de parcerias com a comunidade, ONGs, Associaes, Federaes e Sistema de

    Ensino Federal, estadual e municipal, objetivando otimizar estratgias de educao inclusiva

    no contexto universitrio.

    Sensibilizao e mobilizao da comunidade acadmica no sentido de construo uma postura

    tica, colaborativa e cooperativa diante da educao inclusiva, entendendo-a como um

    processo social, onde todas as pessoas portadoras de necessidades educacionais especiais e de

    distrbios de aprendizagem tm o direito escolarizao o mais prximo possvel do normal.

    Capacitao de docentes e outros profissionais que atuam diretamente com os portadores de

    necessidades educacionais especiais, buscando o desenvolvimento de um trabalho profissional

    especializado e no assistencialista capaz de contribuir efetivamente para a promoo das

    potencialidades individuais e coletivas.

    Fomento pesquisa, estudos e debates, no interior dos cursos de graduao e ps-graduao,

    visando ampliar a compreenso e atuao da comunidade acadmica no processo de educao

    inclusiva, fornecendo suporte de servios da rea de Educao Especial para os profissionais

    da Instituio e demais profissionais da regio amaznica.

    Investimento contnuo em melhoria da infraestrutura institucional, visando possibilitar

    melhores condies de acesso e conforto ao aluno portador de necessidades educacionais

    especiais, minimizando os agentes fsicoslimitadores da participao desse aluno em vrias

    atividades acadmicas .

    Desenvolvimento de pesquisas e investimento em novas tecnologias (equipamentos e

    servios) que capacitem professores e alunos para o desenvolvimento do processo ensino-

    aprendizagem de portadores de necessidades especiais

    Oportunidade aos profissionais portadores de necessidades especiais (professores e tcnico-

    administrativos) de desenvolver atividade remunerada na Instituio, contribuindo para a

    valorizao de recursos humanos dessa rea por meio da incluso no mercado de trabalho.

    Garantia de atendimento institucional aos portadores de necessidades educacionais especiais

    (no s as decorrentes de deficincia fsica, mental, visual, auditiva ou mltipla, como tambm

    aquelas resultantes de outras condies atpicas), em termos de estilos e habilidades de

    aprendizagem dos alunos e em todos os outros requisitos do princpio da incluso.

    Entendendo-se que a educao inclusiva no se refere apenas s pessoas com deficincia e sim

    a todas as pessoas, deficientes ou no, que tenham necessidades educacionais especiais em

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    35

    carter temporrio, intermitente ou permanente, visto que, a incluso no admite excees -

    todas as pessoas devem ser includas.

    Valorizao de prticas, mtodos e projetos institucionais onde predominam as coautorias de

    saber, a experimentao, a cooperao, protagonizadas por alunos, professores e comunidade,

    capazes de estimular a construo de personalidades humanas, autnomas, crticas e criativas.

    Construo no ambiente institucional de um clima de valorizao e respeito diferena, pela

    convivncia com os pares, pelo exemplo dos professores, pelo trabalho realizado nas salas de

    aula, pelo clima scio-afetivo das relaes estabelecidas em toda a comunidade acadmica.

    A Responsabilidade Social encontra seu alcance tambm nas questes pertinentes a Educao

    das Relaes tnico-raciais e para o Ensino de Histria e Cultura Afro-brasileira e Africana

    (Resoluo CNE/CP N 01 de 17 de junho de 2004) e a Educao Ambiental (Lei n 9.795, de 27 de

    abril de 1999 e Decreto N 4.281 de 25 de junho de 2002). Visando garantir a presena de modo

    transversal, contnuo e permanente, o curso prope e vivencia as seguintes estratgias:

    Participao nas linhas de pesquisas e programa de extenso, alusivos s temticas.

    Insero das temticas da Educao das Relaes tnico-raciais e da Educao Ambiental em

    disciplinas como Introduo Sociologia, Introduo Geografia e Estudos Ambientais e

    Introduo a Economia, discutindo permanentemente a Educao Ambiental e contribuio

    do curso para a sustentabilidade.

    Difuso nas ementas, contedos e prticas voltadas para a Educao das Relaes tnico-

    raciais, conscincia da sociedade multicultural e pluritnica do Brasil, buscando relaes

    tnico-raciais positivas, base da construo da nao democrtica, a partir dos contedos

    estudados nas disciplinas de Histria da Arquitetura e das Cidades, com nfase nas

    habitaes indgenas, desenho das aldeias e suas relaes com outras culturas.

    Ampliao da vivncia do estgio, focalizando as contribuies do profissional deArquitetura

    e Urbanismopara o desenvolvimento sustentvel enquanto construo da cidadania, justia

    social, democracia, equidade, diversidade cultural e tnica.

    A Universidade Nilton Lins destina, assim, especial ateno ao desenvolvimento de programas

    que envolvem a comunidade, buscando identificar suas potencialidades econmicas e sociais e

    direcionar seus cursos para o atendimento das vocaes regionais, em consonncia com oportunidades

    de trabalho e de investimento que valorizem o homem amaznico, sem distines e da forma mais

    includente possvel. Atualmente, a instituio gera cerca de mil empregos diretos.

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    36

    4.3 Objetivos do Curso

    Objetivo Geral

    Assegurar a formao de profissionais generalistasatravs de uma slida formao bsica,

    indispensvel ao exerccio profissional de Arquitetura e Urbanismo,aptos a compreender e traduzir as

    necessidades dos indivduos, grupos sociais e comunidade, com relao concepo, organizao e

    construo do espao exterior e interior, abrangendo o urbanismo, a edificao, o planejamento

    urbano, o paisagismo, bem como a conservao e a valorizao do patrimnio construdo, proteo do

    equilbrio do ambiente natural e a utilizao racional dos recursos disponveis.

    Objetivos Especficos

    Oportunizar um ambiente acadmico propcio ao entendimento e atuao sobre a realidade

    amaznica, no que concerne proposio da melhor concepo dos espaos construdos,

    edificados e urbanos.

    Garantir uma relao estreita e concomitante entre teoria e prtica e dotar o futuro profissional

    dos conhecimentos e habilidades requeridos para o exerccio profissional competente.

    Possibilitar a busca pelas melhores solues urbansticas para cada situao, atravs do estudo

    de estratgias de estruturao do espao das cidades apropriadas s especificidades da regio

    como resposta ao anseio por alternativas de convvio entre homem e natureza.

    Incentivar a garantia da qualidade de vida dos habitantes dos assentamentos humanos e da

    qualidade material do ambiente construdo e sua durabilidade.

    Fomentar o uso da tecnologia em respeito s necessidades sociais, culturais, estticas e

    econmicas das comunidades.

    Estimular o equilbrio ecolgico e o desenvolvimento sustentvel do ambiente natural e

    construdo.

    Incitar a valorizao e preservao da arquitetura, do urbanismo e da paisagem como

    patrimnio e responsabilidade coletiva.

    Proporcionar atravs da integrao interdisciplinar, uma viso sistmica, de modo a conferir

    bom domnio da realidade fsica, social e econmica, isto , que o profissional tenha ideia

    integrada do seu trabalho com o ambiente que o cerca;

    Buscar desenvolver seu potencial de criatividade, anlise, sntese, crtica e inovao e que este

    potencial seja aplicado na elaborao de projetos, desenvolvimento de estudos e pesquisas de

    quaisquer outras atividades da Arquitetura e do Urbanismo.

    Como amparo ao fomento do ensino de graduao, a instituio dispe no alicerce da

    graduao de perspectivas concretas de cursos de extenso universitria, cursos de ps-graduao Lato

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    37

    Sensu em Gesto e Anlise Ambiental com nfase em Auditoria e Percia. Cinco turmas j foram

    realizadas em Especializao em Gesto Ambiental (Portaria GR01/B-2003 de 25/06/2003);Stricto

    Sensu Mestrado Acadmico e o Profissional em Biologia Urbana, credenciado pela CAPES,

    homologados pela CNE (Portaria no. 670 DOU 16/03/06 Parecer 474/2005). Em 2010 inicia o

    Doutorado em Biologia Urbana e mais um Mestrado em Aquicultura em associao ampla com o

    INPA Instituto Nacional de Pesquisas da Amaznia.

    4.4 Perfil Profissional do Egresso

    Pretende-se formar arquitetos e urbanistas, aptos a engajarem em qualquer das reas de

    aplicao da Arquitetura e Urbanismo, com slida formao profissional, capazes de manter a

    aprendizagem e atualizao contnua ao longo da vida profissional, cientes dos aspectos sociais,

    econmicos e polticos envolvidos nas solues dos problemas de arquitetura e urbanismo, bem como

    das implicaes ambientais decorrentes, tais como: conceber e analisar sistemas, produtos e processos,

    utilizando modelos adequados; planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos de arquitetura;

    supervisionar a operao e manuteno de sistemas; desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e

    tcnicas; capacidade de analisar sistemas complexos de engenharia identificando os fenmenos

    bsicos que influem no comportamento geral; planejar e conduzir experimentos e interpretar seus

    resultados; atuar em equipes multidisciplinares; avaliar impactos sociais e ambientais das atividades de

    arquitetura e urbanismo e propor inovaes tecnolgicas.

    A Universidade Nilton Lins pretende formar o profissional de Arquitetura e Urbanismocapaz

    de responder aos desafios do mercado de trabalho, que seja detentor do conhecimento tcnico e

    humanstico necessrio para o bom desempenho da profisso, levando em conta a complexidade e a

    interdisciplinaridade dos problemas.

    Coerncias do currculo com o perfil desejado do egresso

    Ao final dos cinco anos de curso, o egresso estar devidamente habilitado para atuar como um

    profissional de Arquitetura e Urbanismo capaz de supervisionar, gerenciar e realizar projetos na rea

    da Arquitetura e do Urbanismo, aliando-se capacidade para enfrentar e solucionar problemas da rea

    e para buscar contnua atualizao e aperfeioamento.

    Alm das disciplinas bsicas, as especficas preparam o acadmico para o pleno exerccio

    profissional. A Matriz Curricular leva em conta que o egresso pretendido dever ter slida formao

    humanstica, tcnica e prtica. Abrangendo, nesse sentido, todas as reas de atuao deste profissional,

    que por sua natureza multidisciplinar.

  • PROJETO PEDAGGICO ARQUITETURA E URBANISMO

    38

    Coerncias do currculo em face das diretrizes curriculares nacionais

    A nova Matriz Curricular (2010) do curso foi montada respeitando-se as diretrizes curriculares

    nacionais. Foram inseridas algumas caractersticas prprias enfatizando, assim, a regionalizao.

    Foram contempladas as disciplinas bsicas, o ciclo profissional e a quantidade de horas/aulas exigidas.

    Adequao e atualizao das ementas e programas das disciplinas

    As ementas e os programas esto em consonncia com os objetivos gerais e especficos. Trata-

    se de uma metodologia que visa ensinar cada disciplina aliando teoria e prtica. A ementa resume o

    programa que por sua vez indicam os temas a serem desenvolvidos nas disciplinas. O colegiado de

    curso promove reunies com todo o corpo docente e, pelo menos, dois representantes discentes, para

    discusso e reavaliao das ementas e dos programas das disciplinas, no intuito de verificar a

    assertividade ou no que se tem obtido com o que est em vigncia. Esse trabalho tem como objetivo

    acompanhar toda e qualquer adequao ou atualizao que se fizer necessria.

    4.5 Estrutura Curricular

    A matriz curricular do Curso abrange uma sequncia de disciplinas e atividades ordenadas por

    matrculas semestrais em uma seriao aconselhada, tomando-se por base a Resoluo do CNE/CSE

    n. 11, de 11 de maro 2002. O currculo do curso, composto de disciplinas de carter obrigatrio e as

    eletivas, devem ser cumpridos integralmente pelo aluno a fim de que ele possa qualificar-se para a

    obteno do diploma. Por empregar o sistema unificado, o aluno tem possibilidade de cursar

    livremente as disciplinas de interesse, organizando o fluxo de disciplinas acadmicas junto aos outros

    cursos, o que permite ampliar o exerccio da interdisciplinaridade.

    Em todas as disciplinas em que se fizer necessrio sero ministradas aulas prticas em

    laboratrios altamente equipados, onde os alunos podero desenvolver projetos experimentais, de

    pesquisa e extenso.

    A organizao curricular do curso de Arquitetura e Urbanismo resultante da confluncia de

    dois fundamentos: concepes educacionais fundamentais e eixos terico-metodolgicos que a IES

    assume no PDI e PPI.

    Em termos conceituais, a educao entendida como capacidade de posicionamento em

    contextos problemticos complexos. A base do processo formativo implica o desenvolvimento de

    todas as suas dimenses. O processo educativo tem como finalidade superar a concepo tecnicista,

    utilitarista e unilateral da educao. O currculo a mediao que estimula o indivduo a ser criativo e

    reflexivo produtor de conhecimento e de relaes. O processo de ensino-aprendizagem implica em

    intencionalidade clara e explcita de um professor entendido como facilitador e estimulador do uso de

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    todas as habilidades presentes nos alunos. As estratgias de aprendizagem devem valorizar o desafio,

    os problemas significativos e a reconstruo da realidade.

    A instituio firma um encaminhamento de competncia entendida como capacidade,

    processo, mecanismo de enfrentar uma realidade complexa, em constante processo de mutao,

    perante a qual o sujeito chamado a escolher. Entendemos os saberes, na sua vertente de cincia e na

    sua dimenso de experincia, como sinnimos de conhecimentos e que adquirem sentido se

    mobilizados no processo sempre nico e original de construo e reconstruo de competncias. Deste

    modo, conhecimentos, habilidades e competncias se articulam em movimentos complementares e

    progressivos que atravessam os currculos dos cursos e que possibilitam aos alunos a leitura da prpria

    histria e a leitura do mundo.

    Na lgica de um currculo piramidal e linear, o termo contedo entendido como o que

    deve ser aprendido em termos cognitivos e disciplinar, relacionado ao saber enquanto cincia. Na

    lgica das competncias, o contedo da aprendizagem deve ser mobilizado para o domnio do saber,

    do sabe fazer e do saber ser, articulando dados, habilidades, atitudes, conceitos; a aprendizagem deve

    mobilizar os contedos no movimento dinmico de construo e reconstruo de conhecimentos,

    habilidades e competncias. O saber, o saber fazer e o saber ser correspondem ao contedo em suas

    dimenses conceituais, procedimentais e atitudinais. A seleo e a organizao de contedos deve

    necessariamente considerar essa articulao, estabelecer novas e mais complexas relaes de uma

    realidade nica e complexa. Os contedos devem ser relevantes, atualizados e coerentes com os

    objetivos do curso e com o perfil do egresso; verificando excelente dimensionamento da carga horria

    para o seu desenvolvimento, e complementados por atividades extraclasses definidas e articuladas com

    o processo global de formao.

    A racionalidade tcnica de um currculo linear e de uma hierarquia de conhecimentos no

    pode responder s exigncias de uma realidade complexa e exigente. A complexidade como novo

    paradigma na organizao do conhecimento abala os pilares da cincia clssica: a ordem, a

    regularidade, o determinismo, a separabilidade, o valor da prova produzida pela induo e deduo. A

    partir desta complexidade as propostas educativas que a instituio prope conduzem ao imperativo

    educacional da capacidade de contextualizar; o aprender a viver, o enfrentar a incerteza, a

    aprendizagem cidad, constituem outros imperativos que devem propiciar uma nova maneira de ver o

    mundo.

    A transdisciplinaridade apontada como a ruptura necessria com a linearidade de ler o

    mundo. O contexto da complexidade e da transdisciplinaridade deve sempre refletir e ampliar as

    discusses acerca da importncia das relaes entre os contedos de uma disciplina e de outra

    disciplina; entre as disciplinas e o curso; entre as disciplinas e a vida, visando evitar a elaborao de

    conhecimentos parcelados advindos do pensamento linear, promovendo a construo de um saber uno,

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    com viso conjunta e de um todo composto por muitos aspectos. A transdisciplinaridade considerada

    no como forma de dominao sobre as demais disciplinas, mas abertura de todas elas quilo que as

    atravessa e as ultrap