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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI Setembro/2012

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PROJETO

POLÍTICO-PEDAGÓGICO

INSTITUCIONAL

PPI

Setembro/2012

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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI

SUMÁRIO

1. DA APRESENTAÇÃO ............................................................................................ 4

1.1. JUSTIFICATIVA ........................................................................................ 6

1.2. OBJETIVOS DO PROJETO .......................................................................... 9

1.2.1. Geral .................................................................................................. 9

1.2.2. Específicos .......................................................................................... 9

2. DA IDENTIFICAÇÃO ........................................................................................... 10

2.1. DA MANTENEDORA ................................................................................. 10

2.1.1. Dirigente Principal da Mantenedora .......................................................10

2.1.2. Finalidade ..........................................................................................10

2.2. DA MANTIDA .......................................................................................... 10

2.2.1. Da Sede ............................................................................................10

2.2.2. Dirigentes Principais da Mantida ...........................................................11

2.2.3. Histórico ............................................................................................11

2.2.4. Área de atuação e inserção regional ......................................................12

2.2.5. Aspectos Econômicos e Sociais do RN ....................................................15

2.2.5.1. Indústria, comércio e serviços .................................................................... 16

2.2.5.2. Turismo .................................................................................................. 18

2.2.5.3. Agricultura e Agropecuária ........................................................................ 20

2.2.6. População da área de influência do UNIFACEX ........................................21

3. DO MARCO REFERENCIAL ................................................................................. 23

3.1. REFERENCIAIS EPISTEMOLÓGICOS, EDUCACIONAIS E TÉCNICOS .......... 23

4. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA .......................................................... 26

4.1. VISÃO DE FUTURO .................................................................................. 28

4.2. MISSÃO .................................................................................................. 28

4.3. PRINCÍPIOS E VALORES ......................................................................... 29

4.3.1. PRINCÍPIOS ..........................................................................................29

4.3.2. VALORES INSTITUCIONAIS .........................................................................29

4.4. OBJETIVOS ............................................................................................. 30

4.4.1. GERAL ................................................................................................30

4.4.2. ESPECÍFICOS .........................................................................................31

4.5. PROPOSTA PEDAGÓGICA ........................................................................ 32

4.6. POLÍTICAS .............................................................................................. 34

4.6.1. Conceito ............................................................................................34

4.6.2. PRESSUPOSTOS DAS POLÍTICAS INSTITUCIONAIS ..............................................36

4.6.3. POLÍTICA PARA O ENSINO ..........................................................................39

4.6.3.1. Pós-graduação ......................................................................................... 40

4.6.3.2. Graduação ............................................................................................... 41

4.6.3.3. Curso Sequencial ...................................................................................... 42

4.6.3.4. Programas Especiais de Formação Pedagógica ............................................. 42

4.6.3.5. Educação à distância (EAD) ....................................................................... 43

4.6.4. POLÍTICA PARA AS ATIVIDADES ARTICULADAS AO ENSINO ....................................43

4.6.4.1. Estágio .................................................................................................... 43

4.6.4.2. Prática profissional ................................................................................... 45

4.6.4.3. Atividades complementares ....................................................................... 46

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4.6.5. POLÍTICA PARA A EXTENSÃO .......................................................................47

4.6.6. POLÍTICA DE PESQUISA E INCIAÇÃO CIENTÍFICA ................................................48

4.6.7. POLÍTICAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL ......................................................51

4.6.7.1. Valores e transparência ............................................................................. 53

4.6.7.2. Público interno ......................................................................................... 54

4.6.7.3. Meio Ambiente ......................................................................................... 56

4.6.7.4. Fornecedores ........................................................................................... 57

4.6.7.5. Consumidores .......................................................................................... 57

4.6.7.6. Comunidade ............................................................................................ 58

4.6.7.7. Inclusão social ......................................................................................... 59

4.6.7.8. Memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural..................... 60

4.6.8. POLÍTICA DE GESTÃO ...............................................................................62

4.6.8.1. Gestão acadêmica e administrativa ............................................................. 62

4.6.8.2. Bem-estar ............................................................................................... 64

4.6.8.3. Relações Institucionais .............................................................................. 66

4.6.8.3.1. Relações da Comunidade Interna ........................................................... 66

4.6.8.3.2. Relações com a Comunidade Externa ..................................................... 67

4.6.8.3.3. Relações Mantenedora Mantida .............................................................. 68

4.6.9. POLÍTICA DE APOIO AO DISCENTE .................................................................70

4.6.9.1. Acesso, seleção e permanência .................................................................. 70

4.6.9.2. Apoio ...................................................................................................... 72

4.6.9.3. Nivelamento ............................................................................................ 72

4.6.9.4. Bolsa ...................................................................................................... 73

4.6.9.5. Apoio Pedagógico ..................................................................................... 75

4.6.9.6. Programas de estímulo à produção acadêmica ............................................. 76

4.6.9.7. Acompanhamento pedagógico aos discentes ................................................ 76

4.6.9.8. Acompanhamento ao Egresso .................................................................... 76

5. DA IMPLANTAÇÃO ............................................................................................. 78

6. DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL....................................................................... 80

7.1 Projeto de Autoavaliação da IES ...........................................................81

6.1.1. Sistemática da Auto-Avaliação da IES ...................................................83

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Todo projeto supõe rupturas com o presente e

promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um

estado confortável para arriscar-se, atravessar um período

de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função

da promessa que cada projeto contém de estado melhor que

o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como

promessa frente a determinadas rupturas. As promessas

tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo

seus atores e autores" (Moacir Gadotti).

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1. DA APRESENTAÇÃO

O Projeto Político-pedagógico Institucional - PPI do Centro Universitário

FACEX, aqui apresentado, representa mais uma importante etapa no seu processo de

evolução, projetando ações transformadoras, na busca de uma Instituição Educacional

cada vez mais compromissada com a melhoria das condições de vida da sociedade.

Pensar a educação no terceiro milênio é uma tarefa de compromisso para os

profissionais da educação, pois o cenário atual indica dois caminhos, quais sejam,

assumir um comportamento voltado para a pluralidade cultural no mundo

contemporâneo, reconhecendo que o universo cultural não é somente o capital, mas sim,

a formação de um cidadão que se integre à sociedade de forma solidária, crítica, no

sentido de transformação, ou permanecer em uma visão tradicional, mantendo a

reprodução das injustiças e desigualdades sociais em nosso país.

Este primeiro caminho implica em uma educação integral e integrada, que

pressupõe a gestão não somente como um estabelecimento de regras e limites, mas que

possibilite a convivência com respeito, num espaço onde as pessoas tenham prazer em

estar e em aprender, onde todos possam aprender juntos, e este foi o caminho escolhido

pelo UNIFACEX.

Este Projeto Político-pedagógico Institucional foi construído, alicerçado nos

princípios normativos da legislação vigente, sem esquecer o compromisso com a busca

de uma educação mais igualitária e mais justa a todos os cidadãos brasileiros.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, (LDBEN) no art. 12 indica que

os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de

ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica; Destaca

que o projeto político pedagógico da escola deve ser elaborado com a participação de

todos os seus atores. No art. 13 da LDB, encontramos que os docentes, entre outras

funções, incumbir-se-ão de participar da elaboração da proposta pedagógica do

estabelecimento de ensino.

A necessidade de um projeto político-pedagógico institucional, no entanto

antecede a qualquer decisão política ou exigência legal, já que a comunidade acadêmica

deve ter claro a que horizonte pretende chegar com os alunos, com a comunidade e com

a sociedade. Sua essência encontra-se, portanto, no campo da interação da coletividade,

e sua presença precisa ser constante e significativa para o UNIFACEX, permitindo sua

democratização e sua autonomia, permeada pela qualidade conseguida ao longo do

processo de solidificação como instituição educacional.

O UNIFACEX entende que o projeto político-pedagógico somente se constituirá em

referência para as ações educativas institucionais se os sujeitos da comunidade

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acadêmica se reconhecerem nele, para referendá-lo como tal, sendo o mesmo a

expressão da vontade explícita e compartilhada de todos os atores visando atingir os fins

a que se propõe.

Este projeto é um instrumento político, teórico e metodológico, mas, sobretudo

inovador, e norteará as ações educacionais do UNIFACEX para consecução de sua missão

e dos seus objetivos, pois como afirma A. Gramsci1 “O ambiente geral, o clima cultural,

os valores e as imagens mudaram de trinta anos para cá. Por isso a educação, a escola,

suas leituras e currículos e seus instrumentos didáticos também devem mudar, pois são

realidades concretas e não metafísicas”.

1 GRAMSCI, A., Quaderni del Carcere , a cura di V. Gerratana, Torino, _ Lettere dal Carcere, a cura di A. Santucci, Palermo, Sellerio _ Scritti Giovanili: 1914-1918,

Torino, Einaudi, 1972.

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1.1. JUSTIFICATIVA

Este Projeto Político-pedagógico Institucional traduz a filosofia organizacional e

educacional do UNIFACEX, bem como suas diretrizes e as estratégias de seu

desenvolvimento e atuação a curto, médio e longo prazo.

Constitui-se, portanto, em um instrumento balizador à gestão acadêmica, que

expressa a prática pedagógica do UNIFACEX e de seus cursos, dando direção às

atividades educacionais. Foi construído para o contexto da realidade de uma organização

institucional complexa e sua estruturação “revela as características das inter-relações

existentes na Instituição, nos cursos e entre cursos, no sistema educacional superior e no

contexto social do qual faz parte” (PEREIRA, 2002)2.

O Projeto Político-pedagógico Institucional concretiza a condição de autonomia

pedagógica do Centro Universitário UNIFACEX na sua competência para fixar os

currículos dos seus cursos e programas, estabelecer os conteúdos programáticos de suas

atividades/disciplinas – ainda que observadas as diretrizes gerais pertinentes –

estabelecer planos, programas e projetos de pesquisas científicas, produção artística e

atividades de extensão.

Com a autonomia estabelecida e a consequente eliminação de “obrigatoriedades”,

faz-se necessário rever a forma de entender e organizar currículos, concebendo uma

nova forma de construir o conhecimento e desenvolver o ensino e a aprendizagem.

O Projeto Político-pedagógico Institucional direciona a elaboração do Projeto

Pedagógico de cada curso oferecido pela Instituição. O Projeto Pedagógico do curso irá

refletir a organização curricular, conferindo organicidade para a obtenção da relevância

de suas ações. Sendo assim, definirá intencionalidades e perfis profissionais, apontará

os focos decisórios do currículo (objetivos, conteúdo, metodologia, recursos didáticos e

avaliação), permitirá a análise das condições reais e objetivas de trabalho, otimizará

recursos humanos, físicos e financeiros e, finalmente, possibilitará a definição e

administração do tempo necessário para o desenvolvimento das ações propostas.

O Projeto Político-pedagógico Institucional não fornece regras de como esse

processo de construção se dará, porém, antes, dá norte, rumo ou direção, possibilitando

que a potencialidade do Projeto Pedagógico de cada um dos cursos “seja parte de um

projeto institucional, que é parte de uma Universidade, que é parte de um sistema de

educação, que é parte de um projeto de sociedade” (VEIGA, 2000)3.

2 PEREIRA, E. M. A. Subsídios para a elaboração do projeto pedagógico . Campinas, 2001. Disponível em <http://www.prg.unicamp.br/projeto pedagógico.html> 3 VEIGA, I. P. A. Projeto político-pedagógico: continuidade ou transgressão para acertar? In: CASTANHO, S.; CASTANHO, M.

E. L. M., (Orgs.). O que há de novo na Educação Superior – do projeto pedagógico à prática transformadora. Campinas: Papirus, 2000. p. 188.

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Mediante o compromisso assumido no estabelecimento de sua missão institucional

e a observância aos aspectos objetivos que motivam a discussão do Projeto Político-

pedagógico, representados, em princípio, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional - LDB e toda a legislação a ela associada, o UNIFACEX construiu o seu Projeto

Político-pedagógico Institucional para integrar-se ao atual cenário de mudanças e

estabelecer princípios norteadores para as atividades de ensino, pesquisa e extensão,

bem como para a sua articulação.

As mudanças pedagógicas não se farão por atos institucionais. Serão processuais

e se constituirão no tempo, pela dinâmica da articulação entre a subjetividade – vontade

de mudar – e a objetividade – condições objetivas para que as mudanças ocorram. Desse

modo, o UNIFACEX entende que ao assumir o processo de mudança deve instalar um

ambiente favorável em sua comunidade acadêmica, tornando-a corresponsável e

parceira da construção desse modelo que incorpora a nova visão de futuro, pautada na

excelência do ensino, nas metodologias inovadoras e ativas e nas novas relações com a

sociedade e com o mundo do trabalho.

O ambiente favorável para a adoção do modelo proposto é essencial ao seu

sucesso e deve garantir a participação de todos os segmentos da comunidade

acadêmica: discente, docente e técnico-administrativo, assim como prover a adequação

da gestão acadêmica.

Sob a égide da autonomia acadêmica, o UNIFACEX busca na construção do seu

Projeto Político-pedagógico Institucional explicitar suas concepções de mundo – homem,

sociedade, educação, cidadão, profissional – e a partir do entendimento institucional

promover uma profunda modificação na estruturação dos projetos pedagógicos dos seus

cursos. Estes deverão estar sintonizados com uma nova visão de mundo, expressa em

novo paradigma de sociedade e de educação, garantindo a formação global e crítica para

os envolvidos no processo como forma de capacitá-los para o exercício da cidadania, bem

como torná-los sujeitos de transformação da realidade, com respostas para os problemas

contemporâneos.

Este Projeto Político-pedagógico, como um todo, deve ser compreendido numa

perspectiva dinâmica, em constante reformulação, ainda que algumas partes sejam

marcos referenciais. Mas, no seu conjunto, o Projeto Político-pedagógico é sempre uma

manifestação de sujeitos concretos sintonizados com os avanços da ciência da educação

e que, por isso, ousam reinventar as relações pedagógicas.

A construção deste Projeto Político-pedagógico não foi uma tarefa solitária, antes,

reflete um esforço conjunto dos envolvidos no processo educativo, ou seja, dirigentes,

professores, alunos, pais e funcionários/colaboradores, com base na realidade da

Instituição e seu entorno. Este documento é produto de um trabalho coletivo, cujos

atores, vivendo em um contexto em transformação, decidem unir forças no sentido de

organizar o Projeto de Instituição Educacional que todos os sujeitos envolvidos sonham e

acreditam. A diversidade de valores oriunda das práticas desenvolvidas no interior do

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UNIFACEX permitiu a reflexão do movimento cotidiano, o resgate das experiências e a

consolidação da identidade institucional, levando a uma proposta pedagógica,

administrativa e financeira.

Foi a partir do diálogo coletivo de interrogação da prática e do diagnóstico destas

experiências significativas no cotidiano acadêmico que se conseguiu iluminar as relações

pedagógicas estabelecidas neste ambiente, culminando no consenso de se construir uma

direção, um eixo norteador para o UNIFACEX.

Uma vez construído, este Projeto Político-pedagógico requer um

comprometimento coletivo e um compartilhar de responsabilidades, de maneira que esta

Centro Universitário alcance um desenvolvimento pleno em todos os aspectos humanos,

reconhecendo e valorizando o profissional e possibilitando o desenvolvimento social dos

alunos, tendo como pano de fundo o desenvolvimento educativo. O sucesso obtido na

sua implementação depende, em grande parte, do comprometimento dos sujeitos

envolvidos no processo desde a sua fase inicial. No Projeto Político-pedagógico está

previsto que por meio da ação de seus membros se concretize a previsão daquilo que se

deseja transformar, tanto no que se refere a concepções teóricas como práticas,

voltando-se para a operacionalização das grandes metas da Centro Universitário, de

modo que a mesma possa servir a sociedade, preparando o aluno para inserir-se no

mundo em que vive, interpretando e pensando a realidade como um todo, de forma

autônoma, tornando-o capaz de criticar e desenvolver expectativas e projetos em relação

ao conjunto da sociedade.

Mas, para esse alcance é preciso que a Instituição se transforme. Transformar não

é mudar. Transformar significa chegar a situações novas, novos valores, novos

princípios, novas relações. É comum transformar concepções e não transformar a prática

como tem ocorrido em algumas instituições arraigadas a teorias tradicionais, de caráter

racionalista, mais preocupadas com a transmissão de conhecimentos do que com a

construção deste pelo aluno, mediado pelo professor, o que não deverá ocorrer no

UNIFACEX.

Por ser um processo de construção coletiva, este Projeto Político-pedagógico

permite que se amplie o encontro entre todos os envolvidos e as mudanças que

urgentemente serão necessárias.

A construção coletiva do Projeto Político-pedagógico para Veiga (1996)4: “(...)

busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um

compromisso definido coletivamente. (...) o Projeto Político–pedagógico como um

processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, busca

alternativas viáveis à efetivação de sua intencionalidade, que não é descritiva ou

constatativa, mas é constitutiva”.

4 VEIGA, I. P. A. Projeto Político-Pedagógico da Escola : uma construção possível. 2. ed. Campinas: Papirus, 1996. p. 23.

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1.2. OBJETIVOS DO PROJETO

1.2.1. GERAL

O UNIFACEX, na elaboração deste Projeto, teve como objetivo: Pensar um projeto

de educação com foco na qualidade e na concepção de homem e de sociedade que se

pretende construir.

1.2.2. ESPECÍFICOS

� Assumir a função educadora, para tentar envolver e empolgar a sociedade a

lutar por uma educação mais real;

� Buscar a real qualidade de ensino, em acordo com as especificidades

presentes em cada modalidade oferecida pela Centro Universitário;

� Construir uma escola inclusiva que ouça a voz dos alunos e valorize a

experiência do professor;

� Delinear o horizonte da caminhada, estabelecendo a referência geral,

expressando o desejo e o compromisso do grupo;

� Destacar a avaliação dentro de uma visão crítica, percebendo os resultados do

trabalho pedagógico;

� Entender-se como um ambiente de construção de conceitos, transmissão dos

conhecimentos historicamente acumulados e de formação da cidadania de maneira crítica

e atuante na sociedade;

� Ser presença constante e significativa na comunidade, conservando sua

democratização e sua autonomia;

� Ter claro o horizonte que a Instituição almeja para os seus alunos, a

comunidade e a sociedade.

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2. DA IDENTIFICAÇÃO

2.1. DA MANTENEDORA

Mantenedora Centro Integrado de Formação para Executivos – CIFE

CNPJ: 08.241.911/0001-12

End.: Rua Orlando Silva nº: 2896

Bairro: Capim Macio Cidade: Natal CEP: 59080-020 UF: RN

Fone: (84) 3235-1415 Fax: (84) 3235-1433

e-mail: [email protected]

2.1.1. DIRIGENTE PRINCIPAL DA MANTENEDORA

Nome: José Maria Barreto de Figueiredo

CPF: 004.254.604-44

End.: R. Alexandre Câmara nº: 1937

Bairro: Capim Macio Cidade: Natal CEP: 59-080-020 UF: RN

Fone: (84) 3642-2158 Fax: (84) 3235-1433

E-mail: [email protected]

2.1.2. FINALIDADE

O CIFE é pessoa jurídica de direito privado constituída como uma sociedade sem

fins lucrativos e tem como finalidade promover o desenvolvimento social e cultural,

voltada para a realidade do trabalho e para o ensino, por meio do aperfeiçoamento

integral do homem, consoante o seu destino e dignidade de filho de Deus.

2.2. DA MANTIDA

2.2.1. DA SEDE

Mantida: Centro Universitário FACEX

End.: Rua Orlando Silva nº: 2896

Bairro: Capim Macio Cidade: Natal CEP: 59080-020 UF: RN

Fone: (84) 3235-1415 Fax: (84) 3235-1433

e-mail: [email protected]

Site: www.unifacex.com.br

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2.2.2. DIRIGENTES PRINCIPAIS DA MANTIDA

Cargo Reitor Nome: Raymundo Gomes Vieira

CPF: 010.813.814-34 End.: Avenida Jaguarari - Condomínio Green Woods – casa 30 nº: 5100

Bairro: Candelária Cidade: Natal CEP: 59064-500 UF: RN Fone: (84) 3206-3787 Fax: (84) 3217-8338

E-mail: [email protected]

Cargo Pró-reitorAcadêmico Nome: Ronald Fábio de Paiva Campos

CPF: 673.006.424-20 End.: Rua Pe. Estanislau, nº: 1775

Bairro: Candelária Cidade: Natal CEP: 59065-400 UF: RN Fone: (84) 3231-5331 Fax: (84) 3235-1433

E-mail: [email protected]

Cargo Pró-reitor de Administração Nome: Candysse Medeiros de Figueiredo Lira

CPF: 664.876.684-00 End.: Rua Morais Navarro, Cond. Vermont Aptº. 200 nº: 2082

Bairro: Lagoa Nova Cidade: Natal CEP: 59075-770 UF: RN Fone: (84) 3217-8348 Fax: (84) 3217-8338

E-mail: [email protected]

2.2.3. HISTÓRICO

A Faculdade de Ciências, Cultura e Extensão do Rio Grande do Norte tem os seus

primórdios em 23 de maio de 1972, quando por determinação de sua mantenedora, o

Centro Integrado para Formação de Executivos, foi implantado o curso de Secretariado

Executivo. Surgia, através desta primeira ação pedagógica da mantida, a Faculdade para

Executivos. Como tivesse sua origem em curso livre, a Faculdade pautou o seu fazer

educacional, cumprindo o currículo pleno estabelecido pelo Conselho Federal de

Educação.

Essa autonomia permitiu à mantenedora regularizar sua mantida, consoante ao

disposto na Portaria Ministerial nº 942/79, bem como autorizar o seu curso matriz. Nesse

aspecto a comissão verificadora foi incisiva no seu parecer ao pronuncia-se in verbis:

este curso oferece condições para autorização e funcionamento. Através do Parecer SESU

267/19881, ficou autorizado o Curso de Secretariado Executivo, homologado através do

Decreto nº 85.977, de 05 de maio de 1981. Estava assim a Faculdade de Ciências,

Cultura e Extensão do Rio Grande do Norte, sucedânea da Faculdade para Executivos,

devidamente legalizada, bem como suas ações pedagógicas retroagindo a 1972. Em

síntese, a FACEX conta hoje com 22 cursos superiores devidamente autorizados. Destes,

quinze já passaram pelo processo de Reconhecimento, três aguardam a designação de

Comissão para Reconhecimento e quatro ainda não atingiram o tempo mínimo necessário

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para solicitar o Reconhecimento. Os Cursos de Graduação atendem a um total de 5.000

alunos regularmente matriculados, com a qualidade e esmero que a Instituição se

empenha em oferecer.

A Faculdade possui um Corpo Docente com 180 professores qualificados:

Doutores, Mestres e Especialistas, os quais se dedicam a preparar seus discentes

cuidadosamente para construir o Brasil do futuro. Colaboradores da Central de

Atendimento, Biblioteca e Laboratórios estão sempre disponíveis para recebê-los. Ao todo

a Mantenedora tem em média 470 colaboradores diretos atendendo desde a Educação

Infantil a Pós-graduação, em um universo total de 8.000 alunos em todos os níveis de

ensino.

A instituição tem 4 Unidades construídas, com 89 salas de aulas, auditórios,

anfiteatros, laboratórios especializados, reservadas ainda as salas da Educação Infantil,

com 20000 m2 de área construída. Todas as instalações são modernas, bem equipadas,

adaptadas aos Portadores de Necessidades Especiais, permitindo o amplo funcionamento

de todas as atividades acadêmicas desenvolvidas no ensino, na pesquisa e extensão.

A FACEX já formou ao longo destes 39 anos, 5778 alunos, nos seus diversos cursos,

colocando no mercado de trabalho profissionais capacitados, com espírito inovador e

empreendedor, mudando a realidade regional e do país.

O programa da Pós-Graduação conta com 16 cursos de pós-graduação lato sensu,

com um total de 362 especialistas pós-graduados. Todos os cursos da Pós-graduação da

FACEX seguem rigorosamente a legislação pertinente e os certificados têm validade

nacional, atendendo a Resolução CNE/CES n° 1, de 8 de junho de 2007.

A instituição apresenta IGC 3, Contínuo 268 e Conceito Institucional 4. Em 4

setembro de 2012, através da Portaria MEC nº 1099/2012, transformou-se no Centro

Universitário FACEX – UNIFACEX.

2.2.4. ÁREA DE ATUAÇÃO E INSERÇÃO REGIONAL

Localizado na região Nordeste do Brasil, o estado do Rio Grande do Norte possui

uma área de 52.796,791 km² e, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística – IBGE, tem uma população estimada em 3.168.027 habitantes. A capital, Natal,

de acordo com a última atualização do Censo 2010, tem 807.739 habitantes.

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Rio Grande do Norte

Figura 1 - mapa do Rio Grande do Norte

Além de Natal, o estado tem duas outras cidades com mais de 150 mil habitantes:

Mossoró (259.815 habitantes) e Parnamirim (202.456 habitantes). Com mais de 50 mil

habitantes, temos os municípios de São Gonçalo do Amarante (87.668 habitantes), Ceará-

Mirim (68.141 habitantes), Macaíba (69.467 habitantes), Caicó (62.709 habitantes) e Assu

(53.227 habitantes).

Do ponto de vista histórico, o Rio Grande do Norte foi criado a partir da capitania do

Rio Grande, doada João de Barros, feitor das Casas de Mina e da Índia, que não conseguiu

iniciar a colonização, em virtude da resistência dos índios da região e de piratas franceses.

Na verdade, João de Barros nunca esteve em terras potiguares. Deixou a exploração para

seus filhos João e Jerônimo de Barros, que aqui comandaram expedições de conquista em

1535 e 1555, sem, contudo, garantir a posse da terra para os portugueses.

Em dezembro de 1597, uma frota comandada por Jerônimo de Albuquerque

desembarcou no rio Potengi, com a missão de fundar uma nova cidade e construir um forte

para proteger os colonos portugueses das incursões dos piratas franceses, que estavam

tentando negociar com os potiguares, índios nativos. Na mesma época, por terra, chegou à

região um grupo chefiado pelo então governante de Pernambuco, Manuel Mascarenhas

Homem. Em 6 de Janeiro de 1598, este grupo começou a construir o Forte dos Três Reis

Magos; em 25 de dezembro do mesmo ano, foi fundada uma pequena vila a pouco mais de

2 km de distância do forte; essa vila foi batizada de Natal, em referência à data de fundação.

Diferentemente de Pernambuco, o solo arenoso de Natal e de parte do Rio grande

do Norte não era adequado para o cultivo de cana-de-açúcar, o que tornou o

desenvolvimento da região inicialmente lento. Em 1633, os holandeses invadiram a cidade e

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renomearam o forte para Fort Keulen. E assim ficou até 1654, quando os portugueses o

retomaram. Os holandeses, tais quais os portugueses, não tiveram muito interesse no

desenvolvimento da região de Natal. Também preferiram se concentrar em Recife e Olinda,

cidades que receberam muitos melhoramentos dos holandeses – visíveis até a atualidade.

A cana-de-açúcar foi largamente cultivada da Bahia até a Paraíba, mas apenas uma

área do Rio Grande do Norte, correspondente aos vales dos rios Potengi, Ceará-mirim,

Trairi, Cunhaú e Curimataú mostrou-se propícia à cultura. Após o ciclo da cana, o Brasil

Colônia entrou no ciclo do ouro que, pela falta de jazidas do metal precioso, pouco

beneficiou o Rio Grande do Norte. Nos séculos XVIII e XIX, mais e mais o governo brasileiro

deslocou-se para o centro-sul do país.

Por isso, o estado do Rio Grande do Norte e, consequentemente, a cidade de Natal

não sentiram, como outras, a situação de ser colônia sujeita a uma metrópole. Este fato

provavelmente tenha contribuído para fazer de Natal uma das regiões mais liberais do

Brasil. As razões para acreditar nisso, estão no pionerismo do estado em abolir a escravidão

(dez anos antes do restante do país); e por ter tido a primeira mulher brasileira eleita

prefeita, no município de Lajes, cidade localizada a aproximadamente 130 km de Natal.

Chegado o início do século XIX, Natal era ainda uma pequena vila, dividida em duas

áreas principais: a Cidade Baixa, perto do cais do porto, que concentrava o comércio; e a

Cidade Alta, no topo dos morros ao redor do porto, onde se localizavam igrejas e prédios do

governo. Somente em 1922, no governo de Pedro Velho, é que a cidade começou a se

modernizar. Em 1930, após a vitória da Aliança Liberal (que enfrentou o domínio dos

estados de São Paulo e Minas Gerais), Natal iniciou um processo de urbanização mais

acentuado do que em décadas anteriores.

Graças a sua posição estratégica, como ponto mais próximo do continente africano,

o Rio Grande do Norte foi beneficiado com a instalação de uma base militar americana em

Parnamirim, quando da entrada do Brasil na II Grande Guerra Mundial ao lado dos Aliados.

A chegada de milhares de soldados mudou profundamente o modo de vida da cidade.

Consta que – o fato merece confirmação – Natal foi a primeira cidade do Brasil a conhecer o

refrigerante mais popular do planeta, a Coca-Cola.

Além de inserir novos produtos no cotidiano dos moradores, novos costumes foram

disseminados. Devemos aos americanos a denominação de avenidas, principalmente as do

bairro do Alecrim, com a utilização de números. Os militares dos EUA ainda deixaram

fortalecidos entre os potiguares os princípios de democracia e liberdade, que influenciam até

hoje no modo de vida de Natal.

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2.2.5. ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DO RN

Apesar de esforços despendidos, no tocante ao desenvolvimento econômico e

social, o estado, que tem cerca de 90% de seu território incluído na zona semiárida, ainda

possui o ônus de estar em uma região brasileira que historicamente guarda uma situação de

inferioridade em relação às mais desenvolvidas do sul do país.

Grandes esforços têm sido feitos para melhorar os diversos indicadores que têm

levado o estado a uma ligeira vantagem se comparado aos demais da região Nordeste. Em

2009, as Nações Unidas divulgaram o último levantamento do Índice de Desenvolvimento

Humano no Brasil, o IDH, que apontou o Rio Grande do Norte como o segundo melhor

estado do Nordeste.

Pelos dados do IBGE, o Rio Grande do Norte foi o segundo estado do país que mais

melhorou esse índice. De 2006 em relação a 1980, a expectativa de vida do potiguar

cresceu 20,5%, chegando a 70 anos e 10 meses de vida.

O mesmo levantamento também aponta que a queda na mortalidade infantil no Rio

Grande do Norte ficou acima do índice nacional, sendo o segundo melhor resultado do

Nordeste e o quarto melhor do Brasil, tendo reduzido, em pouco mais de duas décadas, a

mortalidade infantil em 67,5%.

Segundo o Ministério do Trabalho, nos últimos cinco anos o Rio Grande do Norte

bate recordes regionais e, até, nacionais na geração de empregos com carteira assinada.

Em 2004 e 2005 o RN obteve o maior crescimento do número de empregos formais do

Nordeste e, mais recentemente, obteve o quarto maior crescimento do país.

No contexto econômico, o Rio Grande do Norte tem sua economia baseada em três

pilares básicos: a produção de petróleo (o estado é um dos maiores produtores em terra e

em plataforma marítima); o turismo – a sua segunda fonte de arrecadação, sendo o RN o

terceiro destino turístico do Nordeste; e a exportação de frutas, com destaque para o melão,

a manga, o abacaxi e a banana, entre outras.

Pode-se enfatizar também, o comércio varejista, que se mostra muito dinâmico e

competitivo. Em sua formatação, revelando talvez uma fidelidade característica dos

potiguares, as redes locais e regionais conseguem sobreviver à concorrência de grandes

redes nacionais e mesmo multinacionais.

Natal conta com a presença de shoppings localizados em regiões privilegiadas,

agregando ainda mais valor ao setor econômico.

Somando-se a já tradicional exploração da pesca da lagosta, tomou corpo, na última

década, a criação de camarões em cativeiro – sendo o estado o maior produtor nacional

desta atividade. Em verdade, o estado é rico, estando na expectativa urgente de pessoas

devidamente qualificadas que saibam explorar este potencial.

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Foram evidenciados os aspectos que mais se destacam em relação às necessidades

das respectivas áreas:

2.2.5.1. Indústria, comércio e serviços

Com privilegiada localização geográfica Natal é o centro de referência para estados e

municípios que integram a região Nordeste. Possuidor de um polo em plena ascensão,

constituído por mais de 23.494 unidades empresariais entre indústrias, comércio e serviços

e agropecuária; destas, 21.855 unidades atuantes, gerando cerca de 329.500 empregos

(Dados IBGE -2010).

A principal fonte econômica está centrada no setor terciário, com seus diversos

segmentos de comércio e prestação de serviços de várias áreas, como na educação e

saúde. A renda gerada por esse setor é de aproximadamente R$ 7.498.097,00, enquanto a

indústria gera R$ 1.411.731,00 e a agropecuária R$ 15.241,00 (IBGE-2010).

No último ano pode-se observar uma crescente geração de emprego e renda nas

áreas economicamente ativas da região, exceto na área industrial de transformação, com

variação de -18,26%, responsável por geração de 5.674 empregos contra 8.288 demissões

no período. As áreas que obtiveram um maior crescimento foram, respectivamente:

Construção Civil, com variação de 8,07%, gerando 24.321 novos postos de trabalho contra

22.260 demissões, e Serviços com variação de 4,79%, gerando 43.427 novos postos de

trabalho contra 38.526 demissões.

A tabela abaixo, do Ministério do Trabalho e do Emprego – MTE, mostra a evolução

de empregos por setor de atividade no município de Natal, com dados comparativos até o

mês de agosto/2012.

Quadro 1 : Evolução do emprego por setor de atividade econômica

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Para atender as demandas do setor produtivo, foram viabilizadas algumas melhorias

estruturais como a modernização do porto de Natal, que operava com uma profundidade de

09 metros de calado e passou operar com 12,5 metros. O aumento da profundidade significa

uma elevação de 30% na eficiência e na capacidade do complexo portuário, estando apto a

receber navios de aproximadamente 75 mil toneladas quando o permitido era de apenas 35

mil toneladas.

O Porto de Natal recebeu através do PAC-Copa, investimentos para a construção de

um Terminal Marítimo de Passageiros, com vistas a melhorar as portas de entrada das

cidades sedes da Copa de 2014 e, através do PAC-2, investimentos para ampliação e a

adequação do Terminal Salineiro de Areia Branca. O objetivo é deixar o canal de acesso ao

porto-ilha com 17 metros de profundidade, o que dotará a indústria salineira do RN de infra-

estrutura para competir com os principais detentores de parcela do mercado mundial de sal.

Já o atual Aeroporto Internacional Augusto Severo dispõe de pista pavimentada para

aviões de grande porte, servindo de alternativa para vôos internacionais e vôo charter.

Conta também com terminal de cargas, destacando-se que o Rio Grande do Norte ocupa o

primeiro lugar do Nordeste em exportações de carga e o quinto em nível nacional (dados

fornecidos pela INFRAERO/RN).

Uma área de 15 milhões de metros quadrados, distante 40 km de Natal, no município

de São Gonçalo do Amarante, foi escolhida como a mais adequada para receber o futuro

sítio aeroportuário. O novo aeroporto será dotado de duas pistas de pouso/decolagens,

medindo 3.000x60m, possibilitando a operação das grandes aeronaves de passageiros e

cargas. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) espera que no primeiro ano de

operação, o novo aeroporto, com uma área construída de 40 mil metros quadrados, atenda

a três milhões de passageiros e no ano de 2038, com uma área construída de 66 mil metros

quadrados, seja capaz de atender anualmente 11 milhões de passageiros.

Outro projeto em prol do desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do

Norte que demandará profissionais de logística é a implantação de duas Zonas de

Processamento de Exportação (ZPE): a ZPE do sertão, localizada na cidade do Assú e a

ZPE de Macaíba, localizada na região metropolitana de Natal. A ZPE do Sertão prevê uma

estrutura de tecnologia da informação própria, rede elétrica-eólica e um ramal ferroviário

ligando o RN com a Ferrovia Transnordestina. Essa ferrovia partirá de Assú, passando por

Mossoró, Baraúna e Vale do Jaguaribe, alcançando a transnordestina, na região central do

Ceará, próximo a Quixadá.

A ZPE de Macaíba ganha maior notoriedade com a concessão do aeroporto de São

Gonçalo do Amarante. Pelo fato dos dois equipamentos estarem acerca de dez quilômetros

um do outro, a operação conjunta seria um grande imã de empresas interessadas em

produzir e exportar pelo estado. Com a ZPE próxima do aeroporto, logisticamente se

tornaria muito mais fácil escoar a produção para fora do país.

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Os recentes acontecimentos em relação à geração de energia no mundo - como o

acidente nuclear na usina japonesa de Fukushima - têm aumentado o interesse pela

geração de energia limpa. Neste cenário, o Rio Grande do Norte vem sendo apontado como

um dos locais com maior potencial para a geração de energia renovável em todo o mundo e

fatores como regularidade e intensidade dos ventos fazem com que o Governo do Estado

estime que serão investidos mais de R$ 6 bilhões em território potiguar, apenas em

empreendimentos e equipamentos voltados para a geração da energia limpa.

Recentemente, outra ação em nível de infraestrutura que melhorou as perspectivas

de desenvolvimento logística do estado do RN foi a duplicação da rodovia BR 101 que corta

o perímetro urbano da região metropolitana de Natal, interligando o estado, do norte, no

município de Touros, seguindo a orla marítima ligando-o a todo o Brasil até a região Sul.

Esta obra incentivou o lançamento dos primeiros condomínios logísticos na região dos

municípios de Parnamirim e São José de Mipibú.

2.2.5.2. Turismo

O potencial turístico do município de Natal e do estado é muito significativo. Existem

em Natal 3.814 empreendimentos turísticos, divididos em agências, de alimentação,

entretenimento, hospedagem e locadoras de veículos.

A capacidade de desenvolvimento dessa atividade econômica vem ganhando espaço

com a adoção de políticas públicas, fundadas na organização interna e na capacitação dos

órgãos públicos, tais como Secretarias Municipais, Secretaria Estadual de Turismo e

também nos investimentos privados, seja na montagem de estrutura de lazer para

atendimento familiar ou no atendimento à demanda coletiva e social.

O fluxo de usuários dos recursos turísticos oferecidos pela região tem aumentado,

nos últimos anos, criando assim novas oportunidades de emprego, abrindo-se perspectivas

profissionais e, com elas, novas demandas que exigem, em curto prazo, por exemplo,

opções relacionadas com o meio ambiente e com atividades empresariais.

No âmbito do turismo internacional e nacional, é possível afirmar que, mesmo após o

período de crise de 2008, o turismo ainda tem se mostrado relevante para a atividade

econômica desenvolvida no RN. Hoje, Natal é um dos principais destinos do turista nacional

e trabalha para recuperar o estrangeiro.

O Parque hoteleiro e os meios de hospedagem atendem com qualidade sua

clientela. Natal tem a segunda maior capacidade média de hospedagem por

estabelecimento do Brasil, segundo a Pesquisa Serviço de Hospedagem 2011, divulgada

em fev/2012, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados apontam

que, apesar de ser apenas a 6ª do país e a 3ª do Nordeste em número de leitos – são

19.532 no total, o índice tende a ficar mais expressivo, no que depender de investimentos

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programados pelo setor. Segundo a Associação Brasileira da Indústria dos Hotéis do Rio

Grande do Norte (ABIH/RN), a cidade vai ganhar pelo menos cinco mil novos leitos nos

próximos anos, o que renderá ao estado R$ 340 milhões em investimentos.

De acordo com o Governo do Estado do RN, em apenas cinco anos o número de

visitantes no Rio Grande do Norte praticamente dobrou – saiu de 1.423.886 em 2002, para

2.096.322 em 2007. Destes, 1.750.882 foram brasileiros, quase 500 mil a mais que em

2004. Já os turistas estrangeiros aumentaram em mais de 100% com base em dados da

secretaria de Turismo do Município. Em 2007, foram 1.578.165 desembarques de passageiros

no Estado, número que saltou para 1.894.113 em 2010.

Assim, o turismo pode ser visto como uma das atividades econômicas primordiais, já

que é a maior geradora de emprego e renda e possui outras 54 atividades atreladas direta

ou indiretamente. Destaca-se, ainda, o fato de que, em 2014, a cidade de Natal será uma

das sedes da Copa do Mundo de Futebol, considerado o maior evento esportivo da

atualidade.

De qualquer forma, o fluxo de pessoas aumenta e diversifica a necessidade dos

profissionais qualificados, bem como de agentes promotores do desenvolvimento. Com a

demanda aumentada, ano a ano, esta capacidade precisa ser gerenciada tanto

quantitativamente como na qualidade de atendimento, e a FACEX está apta a contribuir com

o desenvolvimento destes trabalhos. Como oportunidades de investimentos, destacam-se:

hotelaria, restaurantes, bares e similares, casas de espetáculos, esportes náuticos,

camping, turismo ecológico e serviços diversos, particularmente ligados à produção e

comercialização de artesanato.

Cabe ressaltar ainda que para melhor distribuir os investimentos e acompanhar o

desenvolvimento turístico, o estado está dividido em cinco polos valendo destaque para o

Polo Costa das Dunas que abrange expressiva faixa litorânea onde o fluxo turístico

concentra-se com maior relevância ao sul da capital, com presença marcante de praias,

dunas, lagoas, importantes reservas de Mata Atlântica do Estado (Baía Formosa, Natal e

Tibau do Sul) e falésias.

Na costa litorânea norte, abundam recifes de corais, compostos de crostas de algas

e esqueletos de animais que vivem em colônias, grandes dunas fixas e móveis, belas lagoas

e praias exuberantes. Este polo também concentra um grande número de atrações culturais

que contam um pouco da rica história do Rio Grande do Norte. O Polo Costa das Dunas

contempla 18 municípios, beneficiando mais de 1,1 milhão de pessoas, que correspondem à

população residente estendendo-se por cerca de 200 km, costeando o Oceano Atlântico.

Em nov/2011, o UNIFACEX que já vinha participando das discussões sobre as ações

desenvolvidas pelo Polo, fora contemplada com um assento no Conselho de Turismo do

Polo Costa das Dunas, conduzido pelo Banco do Nordeste e Secretaria Estadual de

Turismo, como membro do Terceiro Setor para o biênio 2012-2013.

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2.2.5.3. Agricultura e Agropecuária

A atividade agrícola no estado do Rio Grande do Norte possui dois modelos:

1) agricultura de sequeiro, que aproveita o período chuvoso para a produção de

alimentos nas chamadas culturas de subsistência, feijão, milho e sorgo, principalmente,

além da castanha de caju, da qual somos um dos maiores produtores do Nordeste;

2) Agricultura irrigada, com o cultivo planejado de banana, manga, melancia e,

principalmente, melão. Graças à atividade da fruticultura irrigada, com destaque para os

municípios do Vale do Açu, Mossoró e entorno, o Rio Grande do Norte é um dos maiores

exportadores de frutas do Nordeste.

Na agropecuária, merece destaque o gado de corte, leite e recria das raças

Holandesa, Girolanda, Nelore, Santa Gertrudes, Simental. Dada a sua importância,

anualmente o Associação Norte-rio-grandense de Criadores, ANORC, promove a Festa do

Boi, no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, reunindo os principais criadores do

estado, da região Nordeste e mesmo destaques nacionais, de estados onde a atividade

agropecuária, pelas condições climáticas favoráveis, é mais desenvolvida. Destaque para os

leilões de raças, que terminam por atestas a qualidade do plantel dos criadores potiguares.

Também devemos destacar a importância da agricultura familiar na geração de

renda, empregos e, principalmente, na produção de alimentos no Rio Grande do Norte.

Segundo informações do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), atualmente em

nosso país há cerca de 4,5 milhões de estabelecimentos agropecuários de caráter familiar,

correspondendo a 80% do total, responsáveis pela ocupação de cerca de 70% da mão-de-

obra na área rural dos municípios brasileiros. Tal realidade pode também ser verificada no

nosso estado.

Deve-se destacar que, apesar de todo o desenvolvimento vivenciado num período

em que as grandes economias do mundo patinavam, assim como o Brasil de forma geral, o

estado do Rio Grande do Norte foi impactado pela crise do sistema financeiro americano de

2008, tendo suas atividades econômicas reduzidas. É possível afirmar que alguns

indicadores econômicos sofreram perdas no decorrer do período, provocando um efeito de

redução de riqueza dos agentes econômicos (tanto pessoas físicas quanto jurídicas).

Todavia, sem maiores consequências, o Brasil atravessou a crise e passou a ser

visto como dono de uma posição privilegiada. Assim como o país, a atividade econômica do

RN mostra sinais sólidos de recuperação.

Neste mercado, A logística possui um papel tão ou mais importante do que em outras

atividades econômicas, pois se trata de produtos perecíveis a curto-prazo. É imprescindível

que uma empresa que atue nesta área apresente um sistema logístico eficiente, que

viabilize a distribuição e comercialização do produto em um período de tempo de modo a

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assegurar que as mercadorias não sofram danos e que sejam cumpridos os prazos exigidos

pelos clientes.

A estrutura logística também é um elemento diferencial na competitividade, pois a

fruticultura caracteriza-se por ser extremamente exigente em termos técnicos, desde o

cultivo até a pós-colheita. Os profissionais de logística são responsáveis por reduzir seus

custos e manter a qualidade dos produtos, para atender as exigências cada vez maiores do

mercado, assegurando seu lugar e eliminando naturalmente os menos competitivos.

Os dados supracitados evidenciam e corroboram o argumento de que o estado

necessita, agora mais do que nunca, de profissionais qualificados e capazes de

proporcionar condições para a transformação que se apresenta. Tal demanda representa

postos de trabalho potenciais disponíveis para absorver os egressos de cursos implantados

e a serem implantados pela Instituição de Ensino Superior (IES), como também destaca a

importância do desenvolvimento do estado através de atividades de pesquisa e de

extensão.

2.2.6. POPULAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO UNIFACEX

O UNIFACEX é uma instituição de ensino superior localizada na região

metropolitana da cidade de Natal-RN. Além da capital do Estado, o UNIFACEX atende a

outros municípios em uma região bastante povoada.

A tabela que se segue demonstra a área de atuação do UNIFACEX que, de forma

geral, atende à região metropolitana de Natal e municípios circunvizinhos, totalizando

aproximadamente 1.300.000 habitantes.

LOCAL POPULAÇÃO

ESTADO 3.168.027

Natal 803.739

Parnamirim 202.456

Ceará-Mirim 68.141

Macaíba 69.467

Extremoz 24.569

São Gonçalo do Amarante 87.668

São José de Mipibu 39.776

Monte Alegre 20.685

Nísia Floresta 23.784

Tabela 1: População de natal e municípios circunvizinhos

Fonte: IBGE (2010)

Vivemos um momento na história humana onde conhecer é empoderar-se. O

mercado busca profissionais que apresentem um currículo onde fique evidenciado seu

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interesse pelo conhecimento, pois em um mundo globalizado é exigido dos profissionais

o estabelecimento de conexões e competências que só o conhecimento é capaz de

mobilizar.

É importante destacar que a dinamicidade das mudanças de natureza social,

política, econômica, cultural e tecnológica, oriundas do reflexo da globalização,

repercute na necessidade das pessoas apropriarem-se do conhecimento sistematizado

para fazer frente às novas exigências do mundo do trabalho e da própria sociedade.

Nesse contexto, a busca da população pelo acesso à educação tornou-se um

imperativo por parte dos cidadãos, fato que tem ocasionado impactos na educação

superior, sob diversos aspectos.

Hodiernamente, o Brasil apresenta 2.377 Instituições de Ensino Superior, sendo

o estado do Rio Grande do Norte possuidor de 25 delas, estando quinze localizadas em

Natal. Dessas, vinte e uma são de natureza privada e contam com 47.238 alunos

matriculados.

A expansão do ensino superior tem sido uma realidade educacional em todo o

Brasil, pois as Instituições de Ensino Superior representam cada vez mais um segmento

importante para a sociedade brasileira.

No Rio Grande do Norte, o centro universitário FACEX desenvolve suas

atividades no município de Natal, mas os reflexos da sua ação são sentidos numa área

de abrangência formada, principalmente, por 09 municípios, conforme mostra a tabela

1.

Apesar dos avanços obtidos, nos últimos anos, com o Programa de

Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), é evidente a

importância da participação das instituições privadas para a inclusão e melhoria do

ensino superior no Brasil, devido, principalmente, à limitação que os meios públicos

demonstram de atender a demanda existente.

De forma qualitativa, o quadro educacional da sociedade brasileira, e também

norte-rio-grandense, tem mostrado avanços significativos. As instituições privadas

participam ativamente do processo de inclusão dos brasileiros que até então estavam

marginalizados e excluídos da educação superior.

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3. DO MARCO REFERENCIAL

3.1. REFERENCIAIS EPISTEMOLÓGICOS, EDUCACIONAIS E

TÉCNICOS

Baseado no Regimento do UNIFACEX, o Marco Referencial expõe os objetivos que

marcam os seus rumos e explicita também os compromissos que devem reger o

comportamento de cada um dos que integram a comunidade acadêmica.

1. Em todas as suas atividades, a Centro Universitário FACEX, pressupondo que a

facilitação e obtenção de conhecimentos justificam-se como fim em si mesmas,

valorizadas pelo compromisso com a verdade, essencial para o bem das pessoas, almeja:

� constituir-se em espaço para diálogo interdisciplinar e lugar privilegiado para a

interrogação sobre o sentido da ciência e da vida humana. Daí a valorização do diálogo

da Filosofia com outras formas de saber, que possibilita a discussão da unidade e do

sentido do conhecimento intelectual e científico e do significado da existência humana;

� definir o seu projeto acadêmico, levando em conta os desafios que lhes são

lançados pela situação sociopolítico-cultural do Brasil e do mundo;

� encarnar a opção pela pessoa humana, o que hoje implica o compromisso de

colaborar na construção de uma sociedade baseada no respeito e na promoção de todos,

de modo especial das classes menos favorecidas.

2. Pelo cultivo, no seio da comunidade acadêmica, dos valores expressos neste

Projeto Político-pedagógico Institucional, o UNIFACEX visa a promoção da cultura e do

desenvolvimento integral de pessoas que revelem:

� liderança, comprometida com a cultura;

� disponibilidade para servir;

� seriedade e competência profissional constantemente atualizada mediante a

formação permanente;

� capacidade de perceber a realidade e sensibilidade às necessidades do outro e

do bem comum;

� Compromisso de criar uma sociedade mais justa e fraterna.

3. O UNIFACEX admite em seu corpo docente, discente e administrativo, pessoas

de diferentes opções científicas, filosóficas, políticas e religiosas. A entrada e

permanência nos diversos quadros da Instituição é uma opção livre e pessoal, que

implica, como atitude de coerência, o compromisso de respeitar os princípios

orientadores do UNIFACEX e de se empenhar pela consecução de seus objetivos.

4. O UNIFACEX empenhar-se-á em garantir, na busca do conhecimento e na

expressão de juízos e valores pessoais, um clima de liberdade acadêmica, que supõe

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profunda responsabilidade e respeito integral para com os direitos do outro e as

exigências do bem comum.

5. No UNIFACEX as decisões relativas à vida acadêmica e à avaliação dos

membros da comunidade serão tomadas, exclusivamente, de acordo com critérios

estatutários, acadêmicos e ético-profissionais.

6. O UNIFACEX se empenha em oferecer um ambiente físico propício às atividades

acadêmicas e conta com a colaboração de todos para a preservação e melhoria do

mesmo. Acima de tudo, aspira criar um ambiente que seja fruto do calor das relações

humanas entre os membros da comunidade acadêmica e venha favorecer o bem-estar e

o crescimento das pessoas.

7. Consciente de sua missão educadora e da coerência consigo mesma, o

UNIFACEX procura estruturar-se com eficiência para que os próprios métodos

administrativos contenham uma dimensão pedagógica e seja alcançada a eficácia no

cumprimento de seus objetivos.

8. As diversas formas participativas na comunidade acadêmica se intensificam e

aprofundam com o diálogo em todos os níveis e pressupõem a harmonia da atividade de

cada um com os demais, a fim de que a ação comum redunde em benefício da

coletividade.

9. Todo exercício de cargos ou funções é um serviço a ser apresentado com

dedicação à comunidade acadêmica.

10. O UNIFACEX propõe a todos os membros os seguintes compromissos:

� compromisso com a verdade, pelo estudo e a atitude de busca constante da

mesma mediante a pesquisa científica, o desenvolvimento da criatividade e a análise

crítica da realidade, à luz dos seus princípios;

� compromisso de vivência profunda da fraternidade manifestada no

relacionamento interpessoal; no diálogo, como instrumento de compreensão mútua e de

superação das dificuldades; na sinceridade e simplicidade no agir; na primazia do bem

comum sobre os interesses individuais; no desenvolvimento do espírito de solidariedade

e da cooperação em lugar da competição; na sensibilidade às necessidades do outro e

pela disponibilidade para servir.

11. Ao educando, como agente e sujeito de sua própria formação, cabe uma

participação e responsabilidade insubstituível no processo de aprendizagem e de

desenvolvimento de todas as suas potencialidades. O empenho e esforço pessoal são a

garantia principal de êxito. Aos seus alunos, o UNIFACEX visa proporcionar um ensino

caracterizado pela busca da excelência e pela preocupação de assegurar a formação

completa da pessoa, inspirada numa visão de mundo marcada pelo senso de

responsabilidade e de serviço ao bem comum.

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12. O UNIFACEX interage com a sociedade, como um sistema aberto, atenta aos

anseios e necessidades da região e mundo atual. Assume, por isso, como uma de suas

finalidades essenciais, o empenho constante para que sua ação sobre alunos, professores

e funcionários/colaboradores, nas suas atividades de ensino, pesquisa e extensão,

contribua eficazmente para a transformação da sociedade brasileira, no sentido de

construir uma nação mais justa e livre, erradicando o analfabetismo, a miséria e a

injustiça social. A Instituição está consciente, porém, de que sua responsabilidade social

deve exercer-se primordialmente por meio de suas atividades de ensino e pesquisa,

colocando o seu potencial acadêmico a serviço da comunidade.

13. O UNIFACEX considera a participação política um direito e dever de cada um

dos membros de sua comunidade, aos quais se impõe, contudo, que não a envolvam,

como Instituição, em suas atuações e procurem sempre evitar cisões na convivência

comunitária. Não compete tão pouco ao UNIFACEX assumir, enquanto Instituição,

posições político-partidárias. O pronunciamento do UNIFACEX acerca de problemas

políticos só se justificaria em circunstâncias excepcionais, quando os valores humanos

que a comunidade acadêmica professa, se vissem ameaçados.

14. Coerente consigo mesma e com esses objetivos e compromissos, o Centro

Universitário procura realizar um processo de permanente auto-avaliação de seu

desempenho, em busca de seu aperfeiçoamento institucional e da realização mais

perfeita de seus objetivos.

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4. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

A Educação tem como intuito colaborar na construção de uma sociedade justa,

fraterna e disposta ao diálogo com todos os seus integrantes. Sociedade esta que busca

desenvolver a verdade, a esperança, a justiça, a fé e o amor, para que sejam respeitados

os direitos de cada indivíduo, integrando-o totalmente ao meio em que vive.

O ser humano vive das relações com o outro, e o UNIFACEX pretende, propiciar-

lhe oportunidades de vivenciar o amor na família, na comunidade e na sociedade,

revelando-o como sujeito agente da história, podendo transformá-la para que se realize

um futuro mais promissor.

A partir da premissa que o ser humano é social e histórico, por meio de sua

atividade e relação com o objeto-mundo, constrói tanto o mundo como a si próprio e,

considerando, ainda, que o conhecimento é patrimônio coletivo e, portanto, deve ser

socializado, o UNIFACEX pretende construir um espaço de socialização, sistematização e

construção de um novo saber, a partir da mediação do professor, visando sempre à

inclusão e à diminuição da evasão e repetência. Assim sendo, elegeu-se como modelo de

sociedade:

A DEMOCRACIA, com a participação igualitária de todos na produção e distribuição

do saber e da renda.

O HOMEM como sujeito, produto e produtor de sua história, crítico e detentor do

conhecimento científico.

O MUNDO histórico, em constantes movimentos e transformações, que se

modifica pela ação do homem.

A EDUCAÇÃO com relativo poder de transformação social devendo ser de boa

qualidade, instrumentalizando os alunos pelo conhecimento científico a exercer sua

cidadania.

O CURRÍCULO como algo que supere a compartimentalização, os conteúdos

fechados e que priorize a produção coletiva, ensine a ler o mundo e administre a

insegurança e a incerteza atuais.

O CONTEÚDO como algo historicamente produzido e vinculado ao processo de

construção do conhecimento.

O ENSINO como espaço onde se reelabore o conhecimento que produzirá a

transformação social, coletiva, democrática, mesmo para os que estão fora dele.

A APRENDIZAGEM a partir da concepção sociointeracionista, baseada nos

trabalhos de Lev Semionóvich Vygotsky (1896-1934), que deve ser entendida na sua

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relação com o desenvolvimento humano. Diz Vygotsky5: “A tarefa real de uma análise do

processo educativo consiste em descobrir o aparecimento e o desaparecimento destas

linhas internas de desenvolvimento, no momento em que se verificam, durante a

aprendizagem escolar. Esta hipótese pressupõe necessariamente que o processo de

desenvolvimento não coincide com o da aprendizagem; o processo de desenvolvimento

segue o da aprendizagem, que cria área de desenvolvimento potencial”.

Não há dúvida que a educação tem responsabilidade na formação do cidadão

capaz de transformar o país em busca de mais justiça social, igualdade e pleno

desenvolvimento econômico, com respeito ao Ser Humano e que por meio do Projeto

Político-pedagógico, a Instituição norteia suas práticas e visualiza seus valores

socioculturais. Se os corpos discente, docente e técnico-administrativo defendem a

solidariedade, a ética, a igualdade social, o reconhecimento das diferenças, a liberdade e

o respeito à natureza e políticas apropriadas para eles, isto significa que estes são os

valores que sustentam as suas práticas cotidianas.

Essa concepção de construção coletiva de sociedade é inerente à educação de

pessoas autônomas, críticas, com capacidade de entender e cumprir seus deveres e

reivindicar seus direitos, a par do desenvolvimento da sensibilidade para o social,

sabendo utilizar-se da tecnologia também com vistas ao bem comum e à cooperação.

É nessa vertente paradoxal, mas possível, que se quer um projeto educacional,

em que a história da construção do coletivo integre-se à história individual de cada vida

(que não pode e nem deve ser esquecida).

Para tanto, não basta tão somente adotar uma concepção de Educação

Universitária. É necessário, principalmente, pensar uma prática que seja coerente com o

discurso.

No pensamento da comunidade do UNIFACEX, há a necessidade de se adotar uma

concepção de Educação Universitária que envolva o seu papel de formadora de cidadãos-

profissionais que atuem no mercado de trabalho, construindo a sociedade que se deseja.

No entendimento da comunidade, a educação necessita levar em conta um

processo de ensino-aprendizagem baseado no diálogo professor-aluno, ser

contextualizada de forma a desenvolver a capacidade de análise das situações e a

tomada de posições quanto ao social em qualquer nível (nacional ou mundial), ser

engajada nos movimentos sociais de inclusão da população marginalizada, ter

compromisso com a produção cultural nacional e mundial, ser capaz de atender à

dualidade da preparação para a vivência social e para o ingresso no ensino superior no

que tange à apropriação do conhecimento, patrimônio da humanidade.

Enfim, a educação que se quer é de qualidade e considerará o seu fim primeiro

que é o da humanização dos envolvidos no processo, sejam eles alunos, professores ou

5 VYGOTSKY, L.S. Pensamento e linguagem . São Paulo : Martins Fontes, 1993.

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técnico-administrativos, buscando a formação de seres pensantes, inseridos na realidade

e com preparação cultural e técnica eficiente e integrada. Para tanto:

� a gestão da Instituição será democrática, com participação da comunidade

acadêmica nas decisões;

� a tecnologia será valorizada pelo que acrescenta de qualidade à vida humana;

� as atividades de ensino, pesquisa e extensão serão baseadas no princípio da

indissociabilidade;

� docentes, técnico-administrativos e alunos tratarão uns aos outros com

fraternidade, respeitando as diferenças de qualquer natureza;

� o processo educativo desenvolvido será inclusivo, ou seja, respeitará a

pluralidade própria da sociedade humana e era entendido como um ideal de

humanização, de formação de cidadãos capazes de atuar e modificar a sociedade na qual

estão inseridos;

� o respeito à natureza e a busca do equilíbrio ecológico serão práticas

permanentes no cotidiano da vida escolar, na perspectiva do desenvolvimento

sustentável;

� o trabalho educativo será construído mediante o diálogo, principalmente no

que tange ao processo ensino-aprendizagem;

� todas as ações e vivências escolares estarão imbuídas de valores como a

solidariedade e a ética;

� todos os integrantes da comunidade acadêmica serão educadores e agirão

como tal.

4.1. VISÃO DE FUTURO

Em sua visão de futuro, o Centro Universitário FACEX pretende consolidar-se

como uma das mais importantes instituições de ensino superior do estado e da região,

contribuindo com o ensino, a pesquisa e a extensão, sempre sintonizado com as

tendências e vocações do mundo do trabalho e com o desenvolvimento sustentável da

região onde está inserido.

4.2. MISSÃO

A missão do Centro Universitário FACEX, é “disseminar os saberes, entendendo o

contexto e atendendo a sociedade por meio do ensino, da pesquisa e da extensão,

comprometido com o desenvolvimento político, ético, cultural e socioambiental.

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4.3. PRINCÍPIOS E VALORES

4.3.1. PRINCÍPIOS A missão institucional demonstra que o Centro Universitário FACEX estará

comprometido com a qualidade intelectual da formação de seus alunos, com a qualidade

do atendimento às necessidades, aos anseios e às expectativas da sociedade, formando

profissionais competentes e capazes de encontrar soluções criativas para os problemas

locais, regionais e nacionais.

Este compromisso institucional está fortemente ancorado em princípios filosóficos

e crenças ético-educacionais que norteiam as suas ações, entre os quais cabe destacar:

• consciência de sua responsabilidade social, compromissada com os valores de

justiça, igualdade e fraternidade;

• atuação permanente no resgate da cidadania – na formação do cidadão, ser

ético e político, consciente de seus direitos e deveres, apto a intervir no

processo de desenvolvimento sócio-econômico da comunidade em que atua,

com uma visão integradora de sociedade e do mundo;

• ação aglutinadora, aberta a todo saber, crítica, criativa e competente, capaz de

contribuir com o desenvolvimento do Estado e da região em que está inserida.

• compromisso com resultados na busca contínua do elevado desempenho

acadêmico-científico de sua comunidade;

• disponibilidade para fazer parcerias e alianças com outras instituições,

objetivando desenvolver programas de integração com vistas à formação e ao

aperfeiçoamento dos valores humanos;

• igualdade de condições para o acesso e a permanência na Instituição;

• liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a

arte e o saber;

• pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

• respeito à liberdade e apreço à tolerância;

• garantia de padrão de qualidade e vinculação entre a formação acadêmica, o

trabalho e as práticas sociais;

4.3.2. VALORES INSTITUCIONAIS O Centro Universitário Facex tem sua filosofia institucional alicerçada nos

seguintes valores:

1. Ética;

2. Respeito;

3. Sustentabilidade;

4. Transparência;

5. Solidariedade;

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6. Responsabilidade;

7. Lealdade;

8. Cooperação;

9. Pluralidade;

10. Comprometimento;

11. Efetividade;

12. Inovação;

13. Flexibilidade;

14. Igualdade;

O UNIFACEX busca ainda destacar de forma aplicada esses e outros valores,

como:

• Na conduta pessoal: dignidade, caráter, ousadia, integridade e pró-

atividade.

• No relacionamento interpessoal: lealdade, respeito mútuo,

compreensão, honestidade e humildade.

• No exercício da atividade profissional: ética, competência, criatividade,

iniciativa, disciplina, dedicação e disposição para o trabalho voluntário.

• No processo de decisão: busca do consenso, justiça e verdade, igualdade

de oportunidades, eficiência e eficácia.

• No processo de relacionamento entre os órgãos colegiados, unidades e

departamentos: cooperação, meritocracia, espírito de equipe,

profissionalismo e comunicação adequada.

• No relacionamento com outras instituições: responsabilidade,

independência e transparência.

• No relacionamento com a comunidade: solidariedade, respeito ao

pluralismo e à diversidade, participação e co-responsabilidade e

compromisso com o meio ambiente.

4.4. OBJETIVOS

4.4.1. GERAL

O objetivo geral da Instituição é a formação profissional e o desenvolvimento de

atividades acadêmicas nas diversas áreas do conhecimento, estimulando a criação

cultural, o espírito científico e o pensamento reflexivo, bem como a formação dos valores

humanos, tendo em vista os problemas do mundo presente, de forma a contribuir o

desenvolvimento nacional e regional.

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Destaca-se que o objetivo geral será traduzido da seguinte forma:

• Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do

pensamento reflexivo, propiciando condições de educação ao homem, como

sujeito e agente de seu processo educativo e de sua história, pelo cultivo do

saber, em suas diferentes vertentes, formas e modalidades.

• Formar valores humanos nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a

inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da

sociedade brasileira.

• Incentivar e apoiar a iniciação e a investigação científicas, visando ao

desenvolvimento da ciência e da tecnologia e a criação e difusão da cultura.

• Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que

constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino,

de publicações ou de outras formas de comunicação.

• Suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e

possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que

vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do

conhecimento de cada geração.

• Estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os

nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e

estabelecer com esta uma relação de reciprocidade.

• Promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão

das conquistas e benefícios da criação cultural e da pesquisa científica e

tecnológica geradas no Centro Universitário.

• Preservar os valores éticos, morais, cívicos e cristãos, contribuindo para

aperfeiçoar a sociedade, na busca do equilíbrio e bem estar do homem.

• Ser uma instituição aberta à sociedade, contribuindo para o desenvolvimento

de todas as faculdades intelectuais, físicas e espirituais do homem. e

• Ser uma instituição compromissada com o desenvolvimento da cidade de Natal

e, em especial, do Estado do Rio Grande do Norte e com a preservação da

memória das manifestações culturais e folclóricas de seu povo.

4.4.2. ESPECÍFICOS

Para atender ao objetivo geral, foram delineados os seguintes objetivos

específicos:

• Aperfeiçoar, permanentemente, a organização administrativa com vistas à

eliminação de disfunções burocráticas e à promoção da gestão pró-ativa de

médio e longo prazo;

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• Desenvolver o corpo docente e técnico-administrativo, viabilizando a

associação entre o máximo de qualificação acadêmica com o máximo de

compromisso social da Instituição;

• Sistematizar projetos e programas para garantir o acesso, a permanência e o

desenvolvimento do corpo discente;

• Aperfeiçoar a organização didático-pedagógica de forma a garantir atividades e

serviços acadêmicos de excelência;

• Ofertar cursos de graduação e de pós-graduação nas diferentes áreas de

conhecimento e em consonância com os anseios da sociedade e,

consequentemente, com o mercado de trabalho.

• Fomentar a investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da

tecnologia, a difusão da cultura e o entendimento do homem e do meio em que

vive;

• Promover a extensão e a cultura extensionista, aberta à participação da

comunidade, visando à difusão dos resultados e benefícios da criação cultural e

da pesquisa científica e tecnológica;

• Propiciar condições e infra-estrutura compatível com a comunidade acadêmica

e com o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão

realizadas pelo Centro;

• Consolidar mecanismos de gestão financeira e orçamentária que permitam o

desenvolvimento institucional sustentável;

• Aprimorar o processo de acompanhamento e avaliação das atividades

acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão, do planejamento e da gestão

universitária.

4.5. PROPOSTA PEDAGÓGICA

O Centro Universitário FACEX, norteada pelo princípio de formar, mais do que

informar, concretiza uma filosofia humanística em toda sua trajetória histórica, desde a

época em que foi fundada sua Entidade Mantenedora, o CIFE, Centro Integrado para a

Formação de Executivos. Fundamentados em seus princípios e suas práticas

pedagógicas, seus criadores procuraram transformar a ciência educacional em uma

missão artística, convencidos de que o trabalho do educador se aproxima mais do labor

do artista do que da experiência do cientista. Acreditavam eles, que a educação deveria

ser uma obra humana, que pela dimensão informativa e formativa, operasse mudanças

comportamentais benéficas, por meio dos diversos modos de pensar, sentir e agir.

Fundamentada em uma concepção educacional que promove a formação e a

emancipação humana e profissional, a Centro Universitário tem a proposta de

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desenvolver um trabalho orientado para o pleno exercício da cidadania, com vistas à

habilitação de profissionais éticos, críticos e empreendedores, culturalmente preparados

e comprometidos com a construção de uma sociedade justa e humana. Visa à formação

de indivíduos com perfil diferenciado e alto grau de excelência e conhecimento,

priorizando três grandes eixos de atuação: a qualidade, a expansão e a inovação.

E é visando à promoção de uma formação humana e social consciente que a

Centro Universitário desenvolverá sua missão de “disseminar os saberes, entendendo o

contexto e atendendo a sociedade por meio do ensino, da pesquisa e da extensão,

comprometido com o desenvolvimento político, ético, cultural e socioambiental”.

Como elemento formador, a escola é um organismo vivo, suscetível a mutações.

Os princípios educacionais que orientam a prática em todos os segmentos que compõem

a organização, na consecução de seu Projeto Institucional, são os seguintes:

� educação como principal mecanismo de emancipação e transformação social;

� formação integral e continuada para o exercício da cidadania de forma

democrática e participativa;

� aprendizagem a partir da própria experiência, buscando alternativas de solução

para a problemática social;

� formação intelectual, ética e estética que promova o desenvolvimento de

competências e habilidades que possibilitem responder às exigências da sociedade

contemporânea;

� formação de cidadãos profissionais impregnados de uma concepção

humanística.

Com relação à formação acadêmica e ao desenvolvimento do processo educativo,

a Centro Universitário prioriza uma formação humanística, técnica, científica e

profissional.

Os cursos de graduação se caracterizam por capacitar pessoas para atuarem em

um campo profissional para o qual são necessárias competências oriundas das diferentes

áreas do conhecimento, que se constituem por processos de trabalho e instrumentos.

Para orientar a prática pedagógica nos cursos de graduação e de pós-graduação, o

UNIFACEX opta por manter um ensino que articule qualidade, criatividade, conhecimento e

inovação, evidenciado pela preocupação com a formação e a qualificação profissional e a

inserção de seus egressos nos diferentes processos produtivos da sociedade atual.

Uma formação acadêmica precisa garantir qualificação técnica, científica,

profissional, política e ética, representando o compromisso e a responsabilidade para a

solução dos problemas sociais.

Um ensino orientado pela possibilidade de qualificar para atuar, exige mais do que

um bom intelectual. Exige a formação de um empreendedor capaz de bem direcionar sua

vida pessoal e profissional.

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Assim, a qualidade passa a ser entendida como auto-avaliação permanente e

efetiva, que possibilita a manutenção da excelência na gestão dos processos pedagógicos

e administrativos da Centro Universitário.

A criatividade é entendida como condição de agir e interagir no contexto social, com

base no conhecimento construído ao longo da formação acadêmica, visando à superação da

problemática da atualidade.

O conhecimento passa a ser definido como processo de organização do

pensamento que possibilita articular teoria e prática, promovendo um agir consciente,

crítico e transformador.

A inovação é entendida como busca e introdução de novos procedimentos

didáticos e tecnológicos pertinentes às atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão.

Dessa forma, para que a Instituição concretize seu projeto educacional com

qualidade e excelência, as diretrizes pedagógicas constituem-se em orientação

fundamental para o desenvolvimento do ensino.

Acreditando que uma das finalidades dos cursos de graduação é atender às

necessidades das pessoas e da sociedade, em função das novas tendências que definem

as formas de viver e conviver no mundo, o UNIFACEX procura oferecer aos alunos

condições para prepararem-se não só para o trabalho, mas, sobretudo, para o

desenvolvimento de competências de aprendizagem, transformando informação em

conhecimento. Da mesma forma, nos cursos de pós-graduação, visa aprofundar e

aprimorar o conhecimento adquirido no ensino superior para o aperfeiçoamento da

qualificação profissional e científica.

Para promover mudanças no foco do ensino, é necessário preocupar-se com o fato

de que há uma relação dialética entre o ensino e a aprendizagem. A relação entre o que o

professor faz e a aprendizagem dos alunos é o que define o aprender a aprender, a pensar,

a conhecer, a utilizar conceitos, a integrar e relacionar diferentes concepções com precisão.

Esses são aspectos importantes e indispensáveis para uma formação em nível superior.

4.6. POLÍTICAS

4.6.1. CONCEITO

Traçar uma política implica na explicitação de princípios sobre o que é desejável e

factível realizar com relação a uma determinada questão, em determinado tempo e com

determinados recursos. Neste sentido, trata-se de um construto, uma concepção de um

“tipo-ideal” como imaginado por filósofos como Max Weber para analisar realidades

complexas capazes de serem descritas apenas de forma aproximada justamente em

função de tal complexidade.

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A política do UNIFACEX para a educação, considera, primeiramente, as diretrizes

presentes no Plano Nacional de Educação, aprovado pela Lei n. 10.172 de 9 de janeiro de

2001, das quais destacamos, a seguir, algumas colocações: Nenhum país pode aspirar a

ser desenvolvido e independente sem um forte sistema de educação superior. Em um

mundo em que o conhecimento sobrepuja os recursos materiais como fator de

desenvolvimento humano, a importância da educação superior e de suas instituições é

cada vez maior. Para que estas possam desempenhar sua missão educacional,

institucional e social, o apoio público é decisivo.

Ao elaborar suas políticas, o UNIFACEX considerou, ainda, os objetivos e metas

declarados no referido PNE, dos quais destacou:

� prover, até o final da década, a oferta de educação superior para, pelo menos,

30% da faixa etária de 18 a 24 anos de idade;

� estabelecer uma política de expansão que diminua as desigualdades de oferta

existentes entre as diferentes regiões do País;

� estabelecer um amplo sistema interativo de educação a distância, utilizando-o,

inclusive, para ampliar as possibilidades de atendimento nos cursos presenciais,

regulares ou de educação continuada;

� institucionalizar um amplo e diversificado sistema de avaliação interna e

externa que englobe os setores público e privado e promova a melhoria da qualidade do

Ensino, da Pesquisa, da Extensão e da Gestão Acadêmica;

� instituir programas de fomento para que as Instituições de Educação Superior

constituam sistemas próprios e, sempre que possível, nacionalmente articulados, de

Avaliação Institucional e de cursos capazes de possibilitar a elevação dos padrões de

qualidade do ensino, de extensão e, no caso das Universidades, também de pesquisa;

� estender, com base no sistema de avaliação, diferentes prerrogativas de

autonomia às instituições não-universitárias públicas e privadas;

� estabelecer sistema de recredenciamento periódico das instituições e

reconhecimento periódico dos cursos superiores, apoiado no sistema nacional de

avaliação;

� diversificar o sistema superior de ensino, favorecendo e valorizando

estabelecimentos não-universitários que ofereçam ensino de qualidade e que atendam

clientelas com demandas específicas de formação: tecnológica, profissional liberal, em

novas profissões, para exercício do magistério ou de formação geral;

� estabelecer, em nível nacional, diretrizes curriculares que assegurem a

necessária flexibilidade e diversidade nos programas de estudos oferecidos pelas

diferentes Instituições de Educação Superior, de forma a melhor atender às necessidades

diferenciais de suas clientelas e às peculiaridades das regiões nas quais se inserem;

� incluir nas diretrizes curriculares dos cursos de formação de docentes temas

relacionados às problemáticas tratadas nos temas transversais, especialmente no que se

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refere à abordagem tais como: gênero, educação sexual, ética (justiça, diálogo, respeito

mútuo, solidariedade e tolerância), pluralidade cultural, meio ambiente, saúde e temas

locais;

� diversificar a oferta de ensino, incentivando a criação de cursos noturnos com

propostas inovadoras, de cursos sequenciais e de cursos modulares, com a certificação,

permitindo maior flexibilidade na formação e ampliação da oferta de ensino;

� a partir de padrões mínimos fixados pelo Poder Público, exigir melhoria

progressiva da infra-estrutura de laboratórios, equipamentos e bibliotecas, como

condição para o recredenciamento das Instituições de Educação Superior e renovação do

reconhecimento de cursos;

� estimular a consolidação e o desenvolvimento da pós-graduação e da pesquisa

das Universidades, dobrando em dez anos o número de pesquisadores qualificados;

� incentivar a generalização da prática da pesquisa como elemento integrante e

modernizador dos processos de ensino-aprendizagem em toda a educação superior,

inclusive com a participação de alunos no desenvolvimento da pesquisa;

� criar políticas que facilitem às minorias, vítimas de discriminação, o acesso à

educação superior, por meio de programas de compensação de deficiências de sua

formação escolar anterior, permitindo-lhes, desta forma, competir em igualdade de

condições nos processos de seleção e admissão a esse nível de ensino;

� garantir nas Instituições de Educação Superior a oferta de cursos de extensão,

para atender as necessidades da educação continuada de adultos, com ou sem formação

superior, na perspectiva de integrar o necessário esforço nacional de resgate da dívida

social e educacional;

� garantir a criação de conselhos com a participação da comunidade e de

entidades da sociedade civil organizada para acompanhamento e controle social das

atividades acadêmicas, com o objetivo de assegurar o retorno à sociedade dos resultados

das Pesquisas, do Ensino e da Extensão;

� estimular as Instituições de Ensino Superior a identificar, na educação básica,

estudantes com altas habilidades intelectuais nos estratos de renda mais baixa, com

vistas a oferecer bolsas de estudo e apoio ao prosseguimento dos estudos;

� observar, no que diz respeito à educação superior, as metas estabelecidas nos

capítulos referentes à educação a distância, formação de professores, educação indígena,

educação especial e educação de jovens e adultos.

4.6.2. PRESSUPOSTOS DAS POLÍTICAS INSTITUCIONAIS

A LDB no inciso VI do Art. 43 estabelece como um dos objetivos do ensino

superior: “estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os

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nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com

esta uma relação de parceria”.

O conhecimento evolui a partir de uma rede cada vez mais complexa de encontros

entre o homem e o cotidiano sociocultural, invadindo as demarcações dos espaços

disciplinares, buscando tangenciamentos, relações, conexões, com táticas, maneiras e

artes de inventar o dia-a-dia, que subvertem o estabelecido: a fragmentação das

disciplinas, a ruptura da compreensão, a cisão entre o saber e o fazer.

Um novo paradigma do conhecer está surgindo das interfaces e das novas

conexões que se formam entre os saberes outrora partidos e as ações outrora isoladas.

Ele está sendo gerado do encontro entre ambos, provocado pela velocidade cada vez

maior entre as comunicações e as informações e estabelecendo, por essa proximidade,

um novo marco nas relações entre os humanos e entre estes e o mundo em que

vivemos.

A malha do saber vai invadindo e cruzando sistemas de ideias, de ações, criando

novas competências, constituindo maneiras diferentes de se organizar e de se articular

os domínios teóricos e práticos, intercomunicando-os em um diálogo aberto e promissor.

Podemos, sem dúvida, afirmar que já não se pensa e se aprende como antigamente.

A rede que integra os domínios do saber e do agir invadiu também o Ensino

Superior. Num ritmo, que ainda não é o desejado, algumas mudanças já têm ocorrido

para que as IES enfrentem a "crise do conhecimento", nas suas salas de aula. Tudo é, de

fato, muito novo. E a Instituição é velha na sua maneira de ensinar, de planejar, de

executar e de avaliar seu projeto educativo. O tradicionalismo e o ritualismo de suas

práticas cegam a grande maioria de seus professores e dos alunos, diante das

transformações, dos caminhos diferentes e não obrigatórios do aprender.

O conhecimento é fruto da coordenação das ideias e se engendra quando se

aprende fazendo, investigando, errando, acertando, experimentando, ousando,

criticando, duvidando, opinando. A origem do conhecer é, certamente, o desejo de

estabelecer e de fortalecer esses vínculos que contextualizam, humanizam e criam laços

entre o objeto e o sujeito do conhecimento.

A quebra dos muros e das paredes que impedem a integração do ambiente

acadêmico com a vida que acontece fora dele é uma tarefa que não visa demolir o Ensino

Superior, mas reconstruí-lo, a partir de seus alicerces e de muitas áreas que serão

preservadas, pois constituem o que lhe é próprio, ou seja, a sua vocação de reunir

pessoas para propiciar a cada uma e a todas um tempo de conhecimento mútuo e de

autoconhecimento, sem os quais não se aprende ou se ensina. A queda das divisórias

entre o observador e o observável é uma das marcas do avanço das ciências.

Vivemos em uma sociedade da informação, do conhecimento, da diversidade, em

que o cenário educacional é o privilegiado para promover a transição deste para um novo

tempo da humanidade. Nesse novo tempo, o que se espera do ensino superior é que

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seus planos se definam por uma educação para a cidadania global, plena, livre de

preconceitos e que se dispõe a reconhecer as diferenças, a interdependência, a

complementaridade entre as pessoas.

As Instituições de Ensino Superior (IES), no desempenho do seu papel de

geradoras e disseminadoras de conhecimento, estão comprometidas com os avanços

sociais a serem alcançados pela sociedade e, portanto, resgatam a interação social como

espaço de educação e de construção da cidadania.

O ensino superior está a serviço de uma concepção radical e universal de

cidadania. Enquanto participante do desenvolvimento tecnológico, ele será, ao mesmo

tempo, crítico do modelo econômico globalizado e parceiro do setor produtivo. Enquanto

promotor da cidadania universal, orientará parte significativa de sua produção de saber

pelos interesses sociais mais amplos da sociedade.

O que se preconiza, portanto, é a parceria com os mais amplos espectros da

sociedade, orientada por uma opção ética radical a favor da vida, onde ocorrerá, de

modo indissociável, o ensino e a pesquisa. Trata-se de um ensino impregnado pelos

parâmetros fundamentais da investigação científica e com direção política e orientação

ética. Pois, este ensino e esta pesquisa se destinam, em última instância, à sociedade

humana, não como produto imposto por especialistas a não especialistas, como um

“manto que se estende”, mas como processo de parceria cúmplice, iluminado por opções

éticas a favor da vida de todos, ou mais precisamente, iluminado por opções

democráticas radicais.

A sociedade não precisa apenas de mais uma ação assistencialista no que se

refere à comunicação. As associações de bairros, ONGs, sindicatos, cooperativas e fóruns

não querem “olhar fazer”. Querem “fazer juntos”, partilhar o conhecimento e a prática. É

uma sociedade participante que divide informação e formação e que exige assessoria.

Portanto, o UNIFACEX se propõe desenvolver uma política institucional voltada

para a interação com a comunidade, articulando interfaces da vida pessoal e no trabalho

com organizações não educacionais, porém com objetivos semelhantes, e propondo que

as interfaces incorporem uma dimensão cultural, pois as diferenças culturais imprimem

percepções diferentes para componentes das mesmas. As interfaces sociais terão como

alvo as relações e parcerias sistemáticas com outras instituições de educação superior ou

de pesquisa, com órgãos públicos federais, estaduais e municipais, com o setor

empresarial e com a comunidade (organizações não governamentais; associações

comunitárias; conselhos de políticas e de direitos; agências de fomento; empresas

públicas e privadas; fundações empresariais; federações e sindicatos).

Os pressupostos para as interfaces do UNIFACEX está assentada nas seguintes

diretrizes:

� contribuir para conferir qualidade para a atuação de organizações sociais,

consciente de que essa relação contribuirá para a qualificação do próprio meio

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acadêmico, compreendendo-se a importância pedagógica dos movimentos sociais em

relação à educação não-formal;

� reforçar a imagem do UNIFACEX em nível institucional e na sua relação com a

Sociedade;

� implementar projetos que oportunizem o treinamento prático, o

aperfeiçoamento técnico-cultural, científico e de relacionamento humano, estabelecendo

parcerias;

� fazer gestões junto aos órgãos complementares visando a alocação de recursos

para os programas sociais;

� viabilizar projetos em parceria com agências de fomento para o financiamento

das ações para viabilizar as interfaces sociais;

� buscar formas alternativas de financiamento dos programas e projetos para as

interfaces sociais;

� informar para as entidades externas e o público em geral as propostas de

atividades desenvolvidas na Instituição de caráter educacional, científico e cultural;

� dinamizar a integração do UNIFACEX com o setor público, o setor produtivo e

as organizações sociais;

� criar parcerias que potencializem as respostas aos problemas econômicos,

políticos e sócio-culturais da região de Natal;

� imprimir à tese e à prática das parcerias um caráter inovador, marcado por

processos de construção da democracia e da justiça com sentido universal;

� estabelecer relações entre a sociedade civil organizada e o meio acadêmico,

em especial, a reflexão sobre as formas de Educação Continuada;

� colaborar com a sociedade por meio de parcerias na área empresarial,

atuando com treinamento, ensino, cooperação, produção científica e pesquisas.

4.6.3. POLÍTICA PARA O ENSINO

Em todos os níveis de ensino, o UNIFACEX tem como finalidades educativas o

desenvolvimento:

� de uma atitude de curiosidade, reflexão e crítica frente ao conhecimento e à

interpretação da realidade;

� da capacidade de utilizar crítica e criativamente as diversas linguagens do

mundo contemporâneo;

� da autonomia, cooperação e sentido de co-responsabilidade nos processos de

desenvolvimento individuais e coletivos;

� de uma atitude de valorização, cuidado e responsabilidade individual e coletiva

em relação à saúde;

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� da competência para atuar no mundo do trabalho dentro de princípios de

respeito por si mesmo, pelos outros e pelos recursos da comunidade;

� do exercício da cidadania para a transformação crítica, criativa e ética das

realidades sociais;

� da motivação para dar prosseguimento à própria educação, de forma

sistemática e assistemática;

� do pleno exercício de suas funções cognitivas e sócio-afetivas;

� da capacidade de aprender com autonomia e assimilar o crescente número de

informações, adquirindo novos conhecimentos e habilidades;

� da capacidade de enfrentar situações inéditas com dinamismo, flexibilidade e

criatividade;

� da capacidade de usar o conhecimento para ser feliz, relacionar-se com a

natureza, ser gestor da própria vida e ajudar os outros.

Com base no conteúdo supracitado é que as políticas de ensino são desenvolvidas

de forma a alcançar os objetivos desejados. A seguir estão expostas as políticas de

ensino da pós-graduação e da graduação dos programas e cursos do UNIFACEX.

4.6.3.1. Pós-graduação

As Políticas de Pós-graduação estão consubstanciadas em ações que possibilitem

alcançar metas de qualidade na pesquisa, na capacitação de corpo docente e na

qualificação de cursos.

O estabelecimento das Políticas de Pós-graduação partiu de pressupostos básicos

que norteiam as ações e do diagnóstico da situação da pós-graduação do UNIFACEX. A

partir desta análise realizada na Avaliação Institucional, estabeleceu-se o planejamento

de metas e ações, cronograma e orçamento que forneçam as condições para implantação

dos Programas de Pós-Graduação. As diretrizes destas políticas são:

� participar e contribuir com o desenvolvimento local e regional na formação de

recursos humanos qualificados;

� promover o ensino pós-graduado em padrões internacionais de qualidade

internacional e de acordo com as normas estipuladas pela CAPES/MEC;

� estabelecer áreas prioritárias;

� consolidar a concepção de Programa de Pós-graduação integrando a

especialização com a graduação;

� desenvolver pesquisas em áreas consideradas prioritárias pela Centro

Universitário para a região;

� formar grupos de excelência em pesquisa científica e tecnológica.

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4.6.3.2. Graduação

A política do Centro Universitário FACEX para o Ensino de Graduação fundamenta-

se na integração do Ensino com a Pesquisa e a Extensão, objetivando formação de

qualidade acadêmica e profissional. Cultiva e promove, portanto, uma prática calcada em

princípios éticos e cristãos que possibilite a construção do conhecimento técnico-

científico, o aperfeiçoamento cultural e o desenvolvimento de um pensamento reflexivo,

crítico e responsável, que impulsione a transformação sócio-político-econômica da

sociedade.

O UNIFACEX agregará ao leque de oportunidades oferecidas aos alunos, cursos

superiores de tecnologia, conceituados como curso de graduação, porém não de

bacharelado ou licenciatura, de acordo com o Parecer do Conselho Nacional de Educação

número 436/2001. Estes obedecem às Diretrizes Curriculares Nacionais aprovadas pelo

Conselho Nacional de Educação e têm carga horária que varia de 1.600 a 2.400 horas

aula, dependendo da área profissional a que se destinam.

São diretrizes da política para as licenciaturas e bacharelados:

� cuidado e atenção às necessidades da sociedade e região no que concerne à

oferta de cursos e programas para a formação e qualificação profissional;

� flexibilização dos currículos, de forma a proporcionar ao aluno a maior medida

possível de autonomia na sua formação acadêmica;

� atualização permanente dos projetos pedagógicos, levando-se em consideração

as Diretrizes Curriculares e as demandas sócio-econômico-culturais da região em que a

Centro Universitário se insere;

� discussão permanente sobre a qualidade do ensino de graduação, por

diferentes fóruns, envolvendo diretores, coordenadores, conselhos e colegiados;

� incentivo à produção técnico-científica e didática do corpo docente;

� qualificação permanente do corpo docente, em termos de titulação acadêmica

e de competências didático-pedagógicas;

� manutenção e controle da situação legal dos cursos;

� apoio e acompanhamento da ação pedagógica no âmbito dos cursos.

São diretrizes da política para os cursos superiores de tecnologia:

� ofertar Educação Profissional, considerando o avanço do conhecimento

tecnológico e a incorporação crescente de novos métodos e processos de produção e

distribuição de bens e serviços;

� atuar prioritariamente na área tecnológica nos diversos setores da economia;

� ofertar formação especializada, levando em consideração as tendências do

setor produtivo;

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� desenvolver o processo educacional de forma a favorecer, de modo

permanente:

� a transformação do conhecimento em bens e serviços em benefício da

sociedade,

� a qualificação, requalificação e reprofissionalização do profissional,

� a formação de profissionais e especialistas na área tecnológica.

O UNIFACEX entende, por consequência, que para garantir um futuro com

dignidade para os jovens brasileiros nas próximas décadas, as autoridades devem

abraçar a causa educacional e oferecer oportunidades verdadeiras para o progresso

social da vasta maioria da população. Permanecer na política educacional do presente (e

passado) significa a rejeição de um melhor futuro para o país e o fortalecimento da

segregação social que tem caracterizado a história brasileira.

Para alterar as tendências histórico-sócio-econômicas da sociedade brasileira, é

absolutamente necessário oferecer oportunidades educacionais e treinamento de trabalho

para todas as classes sociais. Todos os recursos humanos disponíveis devem ser

mobilizados para garantir que os jovens brasileiros tenham chances adequadas de

desenvolvimento.

4.6.3.3. Curso Sequencial

Mesmo reconhecendo os cursos Sequenciais como mais um bom instrumento de

formação profissional na sua especificidade, a Instituição não pretende incluir neste

projeto a criação de tais cursos, direcionando seus recursos para a manutenção e criação

de outras modalidades.

4.6.3.4. Programas Especiais de Formação Pedagógica

O UNIFACEX preocupado com a formação pedagógica de docentes, tem como

política promover o desenvolvimento, aprimoramento e qualificação do ser humano como

agente de transformação social, contribuindo com uma alternativa de atendimento

educacional flexível e que elimine barreiras, facilitando o acesso ao conhecimento por

meio da educação a distância e presencial, atendendo, ainda, a Resolução CNE n. 2, de 7

de julho de 1997.

Esta modalidade de ensino, ao lado dos cursos regulares de licenciatura, visa

atender à necessidade de competência técnica, humana e interativa exigida pelo

mercado de trabalho, tendo como referências básicas as características do educador

preparado para atuar nos últimos anos do ensino fundamental, médio e educação

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profissional de nível médio e profissionalizante, tendo como pressuposto a análise do

fazer docente e as Diretrizes Curriculares Nacionais.

Para alcançar o seu alvo, o UNIFACEX estabeleceu as seguintes diretrizes:

� facilitar o acesso à formação pedagógica de profissionais graduados,

habilitando-os, assim, para o exercício da docência;

� possibilitar a oportunidade de inserção do profissional no magistério;

� capacitar em serviço para atender a demanda de profissionais especializados;

� contribuir para a melhoria da qualidade do ensino profissionalizante.

4.6.3.5. Educação à distância (EAD)

O UNIFACEX entende a Educação a Distância como a aprendizagem planejada que

geralmente ocorre num local diferente do ensino e, por causa disso, requer técnicas

especiais de desenho de curso, técnicas especiais de instrução, métodos especiais de

comunicação por meio da eletrônica e outras tecnologias, bem como arranjos essenciais

organizacionais e administrativos.

Assim sendo, a política para a educação a distância; apóia-se nas seguintes

diretrizes:

� ampliar as possibilidades de acesso ao conhecimento, de modo a diminuir a

exclusão social e promover o desenvolvimento pessoal de cada cidadão;

� incentivar a utilização de meios e recursos tecnológicos como ferramentas de

facilitação do processo de aprendizagem;

� incentivar e apoiar a oferta de disciplinas a distância, dentro de currículos

presenciais;

� incentivar e apoiar a oferta de cursos de educação continuada a distância;

� incentivar e apoiar a oferta de cursos de treinamentos e formação

complementar a distância;

� promover a elaboração de materiais didáticos necessários aos cursos que

esteja apoiando;

� promover articulação e parcerias com órgãos públicos, sobretudo a Secretaria

de Educação, com vistas a identificar as necessidades de formação que possam ser

supridas por esta modalidade de ensino.

4.6.4. POLÍTICA PARA AS ATIVIDADES ARTICULADAS AO ENSINO

4.6.4.1. Estágio

O Estágio Supervisionado é um componente curricular obrigatório que integra um

conjunto de atividades que o aluno desenvolve em situações reais de vida e de trabalho,

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sob a supervisão de um docente. Propicia a aproximação do futuro profissional com a

realidade em que irá atuar, permitindo-lhe aplicar, ampliar e fazer revisões nos

conhecimentos teórico-práticos adquiridos durante sua vida acadêmica, contribuindo para

sua aprendizagem profissional, social e cultural.

O Estágio deverá constituir-se em um espaço privilegiado para a integração das

atividades de ensino, pesquisa e extensão. Além disso, as experiências vivenciadas pelo

estagiário poderão se constituir em objeto de estudo, análise e reflexão, transformando-

se em temas ou problemas a serem desenvolvidos no Trabalho de Conclusão do Curso.

As diretrizes básicas da política de estágio no UNIFACEX são:

� a atividade de estágio é um fator significativo na formação do profissional, por

proporcionar a interação do aluno com a realidade da profissão e a complementação

prática do aprendizado acadêmico.

� a atividade de estágio deverá trazer uma contribuição prática e efetiva:

� para a unidade concedente de estágio, pela contribuição do aluno com o

desenvolvimento desta organização,

� para a instituição de ensino, por colaborar com a efetividade da formação

que ela oferece,

� para o aluno, pela experiência adquirida.

� o UNIFACEX deve assumir a responsabilidade de criar condições para o efetivo

aprimoramento dos alunos nos estágios, como parte da sua formação profissional;

� todo e qualquer estágio é uma atividade curricular, com caráter pedagógico,

pressupondo, portanto, sua integração ao processo curricular. Por consequência, deve

ser obrigatoriamente aprovado, mediante descrição das atividades que serão realizadas,

e acompanhado por um professor/orientador, mediante relatório de estágio, bem como

supervisionado e avaliado por um profissional da empresa concedente;

� o UNIFACEX deve ter o instrumental necessário para gerir e regulamentar

todos os processos referentes à atividade de estágio de modo a ter autonomia para

utilizar, ou não, as chamadas agências de integração:

� suporte administrativo;

� centralização das informações;

� administração, organização e controle dos relatórios e avaliações sobre

estágio;

� viabilização do relacionamento com as empresas, mediante negociação de

convênio, contrato e outras parcerias.

� a instituição de ensino deve investir em um relacionamento tal com o mercado,

que permita aos alunos o engajamento em posições nas organizações, de modo a

potencializar o seu aprendizado;

� a Regularização do Estágio curricular obrigatório será realizada por meio de:

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� Acordo de Cooperação assinado entre o UNIFACEX e a Instituição

concedente de estágio;

� Avaliação do aluno realizada pelo professor seguindo os seguintes

indicadores: efetiva dedicação de horas ao projeto, conforme definido na

Proposta de Parceria para Estágio Curricular Obrigatório; qualidade do

produto final entregue à Unidade Concedente.

� atividades desenvolvidas pelo aluno na Empresa Júnior poderão ser

reconhecidas como estágio curricular, desde que se refiram a projetos efetivamente

realizados e condizentes com o currículo escolar. Deverá seguir as mesmas orientações

do estágio curricular;

� os documentos necessários para efetivação do estágio curricular são:

� Acordo de Cooperação – Contrato que delimita as condições básicas de

parceria entre o UNIFACEX e a empresa para qualquer compromisso de

estágio futuro (este documento é necessário apenas no caso de a empresa

estar concedendo estágio a um aluno do UNIFACEX pela primeira vez e no

caso da empresa não ter acordo com agentes de integração). Documento

assinado em duas vias pelo UNIFACEX e pela empresa concedente.

� Termo de Compromisso de Estágio – contrato que regulamenta as condições

do estágio que o aluno realizará - assinado entre o aluno, a empresa e o

UNIFACEX (como interveniente).

� Relatório Final de Estágio assinado pelo professor supervisor escolhido pelo

estagiário.

� os estágios que não cumprirem com a documentação acima descrita não terão

suas horas reconhecidas, pelo UNIFACEX, para o cumprimento da carga mínima de

estágio exigida pelo MEC para cada curso.

4.6.4.2. Prática profissional

O ponto de partida para a formulação dos projetos pedagógicos dos cursos atuais

e a serem implantados é o primeiro artigo da Lei 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, LDB). Esse artigo afirma que a educação escolar deverá estar

vinculada ao trabalho e à prática social. A hipótese central do trabalho considera a

prática do aluno na intervenção em sala de aula e na área profissional em geral, como o

elemento central para inovações curriculares, o que leva ao estabelecimento da relação

entre a teoria e a prática em cada disciplina do currículo, não só nas disciplinas

tradicionalmente compreendidas como “práticas”, mas em todas elas.

As atividades permanentes de prática profissional articuladas com o ensino estão

ligadas ao conceito de laborabilidade na medida em que essas competências constituem,

na verdade, um trabalhador polivalente que pode, quando bem preparado, ser mais

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autônomo para decidir seu percurso no mercado de trabalho. Em decorrência, o

professor está hoje sendo levado a parar e entender que não é mais a única fonte

legítima de conhecimento para seu aluno. Talvez este seja mais hábil e mais rápido para

ir à Internet buscar informações. Mas, enquanto isso acontece, fortalece-se o papel que o

professor sempre teve, ou seja, de ajudar o aluno a dar sentido às informações,

avaliando, criticando, compreendendo, julgando a pertinência e aplicando-as na vida

prática.

Dentre os meios de possibilitar a prática profissional se encontram:

� as atividades complementares que possibilitam a real integração entre teoria e

prática profissional, valendo como parte de um currículo expresso, de um lado e, oculto

de outro, que não se encontra muito explicitado em estruturas curriculares regimentais;

� a adoção de linhas de pesquisa que orientem e direcionem a prática, buscando

respostas para as questões do cotidiano e a sustentação dos modelos de ensino voltados

para a prática;

� programas de ensino sustentados em concepções pedagógicas crítico-

reflexivas, com orientação teórico-metodológica que articule ensino-trabalho, integração

teoria-prática, adotando princípios da educação adequados ao "ser trabalhador" como

"ser aprendiz".

4.6.4.3. Atividades complementares

Além das disciplinas teóricas e das disciplinas práticas, ditas "laboratoriais",

formatadas em um padrão de turma/docente/horas-aula semanais, são previstas

atividades complementares para todos os cursos de graduação do UNIFACEX, visando

propiciar ao aluno a oportunidade de realizar uma trajetória autônoma e particular, no

desenvolvimento do currículo.

As atividades complementares podem ser desenvolvidas em três níveis:

� como instrumento de integração e conhecimento do aluno sobre a realidade

social, econômica e do trabalho de sua área/curso;

� como instrumento de iniciação à pesquisa e ao ensino;

� como instrumento de iniciação profissional.

Caberá aos colegiados de curso normalizar as atividades complementares ao longo

do tempo de integralização curricular, em coerência com as diretrizes estabelecidas pela

Centro Universitário FACEX e com as do MEC. As atividades complementares serão

computadas no sistema de créditos, para efeito de integralização do total previsto para o

curso (não incluídas as horas dedicadas ao Trabalho de Conclusão de Curso ou aos

Projetos Experimentais).

As atividades complementares, previstas nos Projetos Pedagógicos dos cursos, e

as modalidades admitidas devem ser tornadas públicas, pela direção ou coordenação do

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curso, de sorte a permitir a sua livre escolha pelo aluno. Serão observados os limites

estabelecidos para cada curso, em conformidade com a legislação pertinente, sendo

orientadas e avaliadas por docentes de acordo com os critérios estabelecidos pelo Projeto

Pedagógico específico.

Não será permitido ao aluno repetir atividades de uma mesma natureza por dois

semestres nem poderão ser desenvolvidas no mesmo horário destinado às disciplinas

regulares do curso.

Serão entendidas como Atividades Complementares as seguintes modalidades:

programas especiais de capacitação do estudante; atividades laboratoriais além das já

previstas no padrão turma/horas-aula; atividades de extensão; monitoria; atividades de

pesquisa; discussões temáticas; estudos complementares; atividades acadêmicas a

distância; participação em seminários, encontros, simpósios, conferências e congressos,

internos ou externos à Instituição; estudos de casos; viagens de estudos; estudos

desenvolvidos em empresas juniores; projetos de extensão; publicação de produção

científica; módulos temáticos (com ou sem avaliação); disciplinas oferecidas por outros

cursos e/ou unidades de ensino e não previstas no currículo pleno do curso; visitas

programadas e outras atividades acadêmicas e culturais; trabalhos de campo orientados;

estágios em laboratórios; cursos realizados em outras áreas afins; cursos livres (como,

por exemplo, informática e idiomas); integração com cursos sequenciais correlatos à

área; participação em eventos científicos em áreas afins; outras atividades definidas no

Projeto Pedagógico de cada curso.

4.6.5. POLÍTICA PARA A EXTENSÃO

Tem-se hoje, como princípio, que para a formação do profissional cidadão é

imprescindível sua efetiva interação com a sociedade, seja para se situar historicamente,

para se identificar culturalmente ou para referenciar sua formação com os problemas que

profissionalmente terá de enfrentar.

A extensão, entendida como prática acadêmica que interliga a Instituição

Educacional nas suas atividades de ensino e de pesquisa com as demandas da sociedade

civil, possibilita a formação do profissional cidadão e se credencia, cada vez mais, junto à

sociedade, como espaço privilegiado de produção do conhecimento significativo para a

superação dos desafios e das desigualdades sociais existentes.

É importante consolidar a prática da extensão, possibilitando a constante busca do

equilíbrio entre as demandas socialmente exigidas e as inovações que surgem do

trabalho acadêmico.

Nas atividades de extensão, os profissionais têm a oportunidade de traduzir para

o campo operativo os conhecimentos que a Instituição vem produzindo. Nesta

perspectiva, a aproximação do UNIFACEX com a sociedade deve ocorrer tendo como

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norte a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, pois a tradução do

conhecimento científico no campo operativo exige profissionais com competência para a

produção do conhecimento científico e técnico, assim como exige habilidades de

socialização desses conhecimentos com segmentos da sociedade, de forma a contribuir

para sua autonomia.

A política do UNIFACEX para a Extensão Universitária se pauta pelas seguintes

diretrizes:

• Desenvolver habilidades e competências do alunado, possibilitando condições

para que os alunos aprendam na prática os aspectos teóricos refletidos em sala

de aula;

• Ofertar atividades de extensão de diferentes modalidades balizados nos eixos

temáticos do Fórum Nacional de Extensão, bem como nas demandas da

comunidade e de forma;

• Estabelecer diretrizes de valorização da participação discente em atividades

extensionistas, promovendo sua inserção nos programas e projetos

idealizados;

• Definir e utilizar indicadores próprios de avaliação e de gestão das atividades

de extensão;

• Concretizar ações extensionistas relacionadas à responsabilidade social.

Com a extensão, o UNIFACEX, além de proporcionar melhorias a comunidade na

qual está inserido, busca também a melhoria da qualidade do ensino e da pesquisa, as

atividades extensionistas podem servir como um canal de comunicação direto de

retroalimentação para essas atividades. No UNIFACEX, as atividades de extensão são

realizadas de acordo com documento próprio da instituição, concebido em concordância

com as normas e legislação vigente se que regulamenta esse tipo de atividade.

Ademais deve-se destacar que tais políticas extensionistas devem promover o

fomento de ações institucionais com objetivo de incrementar a participação da

comunidade acadêmica neste tipo de atividade, bem como o fortalecimento de parcerias

com entidades da comunidade tendo em vista que estes são pontos frequentemente

destacados, nas avaliações da instituição.

4.6.6. POLÍTICA DE PESQUISA E INCIAÇÃO CIENTÍFICA

As políticas de Pesquisa da Instituição, entendidas como fonte do cultivo do saber

humano estão estruturadas para promover a produção de conhecimento, contribuir para

a criação cultural e fomentar o desenvolvimento do espírito crítico e do pensamento

analítico.

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As atividades de pesquisa, conforme o enunciado do Projeto Político-pedagógico

Institucional encontram na missão institucional, nos projetos pedagógicos de cursos e na

legislação, como aspectos balizadores de orientação das atividades acadêmicas.

O UNIFACEX, por ser um Centro Universitário, incentiva à investigação científica por

meio de trabalhos acadêmicos, que por sua vez, envolvem o corpo docente e discente,

porém, sempre direcionado às atividades de sua área de formação.

O UNIFACEX reconhece no desenvolvimento da investigação científica e

tecnológica um valioso instrumental pedagógico e social para a consecução de seus

objetivos educacionais. O fazer ciência, participando de atividades de pesquisa aplicada,

tem um importante papel não só para a formação do estudante universitário, mas

também na transformação da sociedade como um todo.

Na primeira situação, no UNIFACEX a pesquisa é oferecida na forma de Iniciação

Científica que tem por objetivo incentivar a pesquisa entre os alunos da instituição. Como

benefício direto, tem-se um aluno em contato com as novas tecnologias e que aprende a

buscar conhecimento por conta própria. O aluno também aprende a lidar com

cronogramas, trabalhar em equipe, melhorar seu raciocínio objetivo, buscar resultados,

além de desenvolver textos técnico-científicos e apresentar trabalhos em eventos.

Os resultados desse processo de Iniciação Científica são egressos mais bem

preparados e cidadãos mais críticos e conscientes. Os estudantes que participam de

projetos de iniciação científica têm melhores chances de criar seus próprios negócios e

são mais preparados para enfrentar o mercado de trabalho.

O espírito analítico-crítico, a inovação de soluções, a engenhosidade e o

empreendedorismo, entre outras, são qualidades importantes trabalhadas na pesquisa e

também, no processo de formação do acadêmico por desenvolver características

desejáveis como autoconfiança, liderança e versatilidade.

Na segunda perspectiva, as pesquisas desenvolvidas são capazes de dar respostas

concretas e imediatas aos problemas que surgem no cotidiano da comunidade. A

investigação do desconhecido ajuda a formar mentes organizadas no método científico,

na análise crítica frente a novos desafios e na proposição e verificação experimental de

hipóteses de trabalho a serem testadas de forma sistemática.

Assim, o desenvolvimento de projetos de pesquisa científica e tecnológica,

realizados com qualidade, atende a mais um dos objetivos do UNIFACEX que, como

Instituição inserida na comunidade, pretende concretizar os interesses coletivos da

sociedade. Estes interesses refletem uma melhoria na qualidade de vida em nível

regional, estadual e nacional à medida que a pesquisa científica avança no conhecimento

e no desenvolvimento tecnológico trazendo novas soluções.

O UNIFACEX propõe, portanto, políticas que priorizem o desenvolvimento da

pesquisa em diversas áreas de conhecimento, com vistas ao avanço do conhecimento

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científico, à inovação, ao intercâmbio e à divulgação científica e tecnológica que contribui

significativamente para a formação de recursos humanos e transforma a sociedade.

As políticas de pesquisa do UNIFACEX seguem as seguintes diretrizes:

• Produzir o conhecimento e ampliar as fronteiras científicas e tecnológicas.

• Incrementar a produção científica de forma interativa nos seus diversos cursos.

• Incrementar a participação de docentes e de discentes nas atividades de

pesquisa com ganho na qualidade dos projetos.

• Consolidar a presença do UNIFACEX nos principais eventos das áreas do

conhecimento em que atua.

• Melhorar a qualidade e produtividade da pesquisa no UNIFACEX.

• Promover o intercâmbio entre pesquisadores de diversas instituições.

• Consolidar os grupos de pesquisa na Instituição.

• Investir na infraestrutura adequada ao desenvolvimento da pesquisa.

Deve-se ressaltar que no UNIFACEX, as atividades de pesquisa são realizadas de

acordo com documento próprio da instituição intitulado “Diretrizes da Pesquisa”,

concebido,em concordância com as normas e legislação vigentes, para nortear e conduzir

as atividades de pesquisa e de iniciação científica no UNIFACEX.

Quanto à iniciação científica, deve-se destacar, neste momento, as diretrizes que

norteiam a Política para esse fim (de Iniciação Científica e Tecnológica):

• aprimorar o espírito analítico-crítico e desenvolver o espírito científico do aluno

universitário.

• incrementar a inovação de soluções por meio da participação do aluno em

Iniciação Científica e Tecnológica.

• incrementar a participação de alunos nas atividades de pesquisa.

• incentivar o aluno da Graduação a dar continuidade em seus estudos por meio

de cursos de pós-graduação: especialização, mestrado e doutorado.

• preparar o aluno para a competitividade no mercado de trabalho.

• aprimorar a formação acadêmica dos alunos contribuindo significativamente

para a produtividade das linhas e projetos de pesquisa em que participam.

• incrementar a participação de alunos de Iniciação Científica e Tecnológica em

eventos regionais, visando à qualidade dos resultados das pesquisas em que

participam.

• incentivar a produção científica discente própria ou em colaboração com seus

orientadores, visando à criatividade e à crítica.

A política para a Iniciação Científica conduz à formação da atitude científica do

estudante que se reflete no desempenho de um profissional capacitado a enfrentar os

novos desafios, que são a tônica de um mundo globalizado e competitivo. Para incentivar

o discente no processo de iniciação científica, o UNIFACEX conta com o Programa de

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Iniciação Científica (PROIC) que tem como objetivo estimular o desempenho do pensar

criativo e a formação do conhecimento prático e metodológico do aluno.

4.6.7. POLÍTICAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

Responsabilidade social tem se tornado, nos últimos anos, um assunto cada vez

mais presente no mundo das organizações, mas é um conceito ainda nebuloso, pois

muitas vezes vem associado à ideia pura e simples de filantropia, caridade ou à boa

vontade dos homens de negócios frente às mazelas do mundo. Algo como expiação

daqueles que têm em relação àqueles que nada ou muito pouco têm. Não existe ideia

mais equivocada que esta e maior distorção do conceito. Responsabilidade social não é

filantropia.

O UNIFACEX entende a responsabilidade social como: “um conjunto de valores

baseados em princípios éticos que envolvem inicialmente os produtos, evolui para a

abordagem dos processos, até chegar ao tratamento abrangente das relações

compreendidas na atividade empresarial, com os empregados, os fornecedores, os

consumidores, a comunidade, a sociedade e o meio ambiente. A busca de excelência

pelas empresas passa a ter como objetivos a qualidade nas relações e a sustentabilidade

econômica, social e ambiental”. (ETHOS, 2001)6

Uma Instituição de Ensino socialmente responsável é aquela que prevê suas ações

e as realiza da melhor forma possível, antecipando as consequências e o alcance de tais

ações para o benefício de todos os seus públicos.

Segundo Toro e Hoyos (1998)7 (apud MELO NETO e FROES, 1999): "a

responsabilidade social é o compromisso da empresa em contribuir com o

desenvolvimento, o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida dos empregados, suas

famílias e a comunidade em geral”.

A Educação está inserida em um conjunto de instituições políticas, culturais,

jurídicas, econômicas e sociais. Ela não sobrevive isoladamente. Constitui-se em um

sistema aberto, pois interage com o ambiente no qual está estabelecida, agindo e

reagindo às situações, influenciando e sendo influenciada, adaptando-se continuamente e

também provocando adaptações nesse ambiente.

A responsabilidade social é uma forma de gestão que leva em consideração,

além dos aspectos econômicos, o compromisso com as vertentes social e ambiental para

a definição do modelo de negócio a ser adotado. É uma forma de administração que deve

estar totalmente integrada às práticas da Instituição, impactando em seu planejamento

estratégico, nos seus objetivos, na sua forma de produção, nas características de seus

6 INSTITUTO ETHOS. Indicadores Ethos de Responsabilidade Social, 2000. p. 6. 7 TORO e HOYOS, 1998 apud MELO NETO, F.; FROES, C. Responsabilidade social & cidadania empresarial

- a administração do terceiro setor. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. p. 18.

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produtos e no seu relacionamento com os diversos públicos de interação. O que define

uma Instituição socialmente responsável, entre outros fatores, é a qualidade de sua

interação e a atenção que dá aos públicos com os quais interage - funcionários/

colaboradores, acionistas, fornecedores, consumidores, investidores e a própria

comunidade que a cerca.

A responsabilidade social, portanto, representa um modelo de gestão e de

relacionamento do UNIFACEX com os seus agentes sociais, baseados em princípios de

benefício comum. O objetivo é garantir a legitimidade da Instituição em um ambiente

social. Desta forma, torna-se necessário uma relação biunívoca IES/Sociedade que

contribua na discussão dos diversos interesses que possibilitem a construção de

consensos simultâneos e crescentes.

Neste âmbito, ser socialmente responsável não se restringe ao cumprimento das

obrigações legais, implicando ir mais além, mediante um maior investimento em capital

humano, no ambiente e nas relações com a comunidade em geral. Porém, a

responsabilidade social da organização moderna não deve estar voltada apenas para o

bem-estar dos seus funcionários/colaboradores (internos e externos), como também

deve integrar-se com a comunidade, proporcionando-lhe benefícios e sendo solidária com

os seus problemas. O entendimento de que as instituições públicas e privadas estão

inseridas em um ambiente complexo, interagindo com várias culturas e com vários

agentes de natureza social, econômica e ambiental no desempenho de suas atividades, e

que suas ações influenciam de forma decisiva esse ambiente, é fundamental para

compreendermos a necessidade de uma atuação responsável junto aos seus mercados e

agentes sociais, não se limitando ao cumprimento exclusivo da lei.

A política para a responsabilidade social do UNIFACEX está assentada nas

seguintes diretrizes:

� integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte da Centro

Universitário nas suas operações e na sua interação com outras partes interessadas;

� promoção de programas de incentivo, aprimoramento e qualidade de vida para

os funcionários/colaboradores, gerenciamento do uso de recursos ambientais, adoção de

uma sólida política de gestão participativa, patrocínio de iniciativas culturais e o

estabelecimento de parcerias com outras instituições;

� ênfase em assuntos sociais (educação; formação ao longo da vida; informação;

consulta; igualdade de oportunidades; integração das pessoas com deficiência;

antecipação das mudanças educacionais e das reestruturações);

� abordagem equilibrada que otimize as sinergias entre as suas vertentes

econômica, social e ambiental;

� avaliação constante dos resultados ambientais/conceito de eco-eficácia que

compara a quantidade dos bens produzidos com o impacto da sua produção no

ambiente;

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� contribuição para o desenvolvimento de uma ecotecnologia mais respeitosa do

ambiente e, em longo prazo, mais benéfica para a Instituição;

� consideração dos interesses da comunidade, que está cada vez mais sensível

às exigências ambientais e sociais;

� valorização do conceito de ética e transparência, que relaciona boas práticas à

percepção do aluno-cliente e sociedade em geral, implantando um programa, que

englobe desde a eleição dos princípios e adoção de um código interno até a luta contra os

concorrentes antiéticos;

� contribuição com a inclusão social, o desenvolvimento econômico e social, a

defesa do meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do patrimônio

cultural.

4.6.7.1. Valores e transparência

O Centro Universitário FACEX pretende formar muito mais do que o profissional

competente, estudioso, empenhado em sua atuação profissional: aspira a formação

humana. A IES compreende como humano um cidadão-ético, isto é, o ser que se espelha

no outro e em sua comunidade, toma posturas políticas, compromete-se com causas que

transcendem os meros interesses individuais.

No exercício de sua profissão, o egresso do UNIFACEX deve buscar transformar a

realidade que avaliou criticamente nos bancos do Centro Universitário; deve

compreender que os ecos de sua profissão são disseminados pelo exemplo, pois a

realidade é transfigurada pelo imperativo ético.

Para a formação do profissional ético, o Centro Universitário proporciona a

educação superior, observando os valores éticos, de cidadania e cristãos, aprimorando

cotidianamente a relação ensino-aprendizagem, a pesquisa multidisciplinar e a prestação

de serviços, por meio de uma gestão profissional eminentemente humana.

Alinhada aos novos tempos, a Centro Universitário desenvolve esforços visando o

processo de permanente atualização administrativa com uma gestão participativa,

buscando a otimização de seus processos e a consolidação de sua atuação junto à

sociedade.

A qualidade dos serviços oferecidos, o pronto atendimento à sua clientela e a

permanente busca da melhoria, são princípios que balizam as ações internas e relações

externas do Centro Universitário FACEX.

Nesse contexto, está consciente de seu papel como Instituição promotora de

mudanças, mediante a formação e qualificação do homem-cidadão que interage

ativamente junto à sociedade, promovendo o crescimento e desenvolvimento local,

regional e nacional.

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a) Auto-regulação da conduta, entendida como:

Compromissos éticos – o código de ética ou de compromisso social é um

instrumento de realização da visão e da missão do UNIFACEX, orientando suas ações e

explicitando sua postura social nos seus relacionamentos e parcerias. O

comprometimento da alta gestão com a disseminação e cumprimento da ética são bases

de sustentação uma Instituição socialmente responsável, dando suporte para uma

comunicação consistente.

Enraizamento na cultura organizacional – Crenças e valores significam

cultura, e como tal, estão incorporados pelo UNIFACEX por meio de uma difusão

sistemática. Fixar a cultura implica ainda em envolver e estimular os

funcionários/colaboradores, para que contribuam com sugestões que possam ser

incorporadas aos processos de trabalho.

b) Relações transparentes com a sociedade, entendidas como:

Diálogo com as partes interessadas – O envolvimento dos parceiros na

definição das estratégias de negócios do UNIFACEX gera compromisso mútuo com as

metas estabelecidas, sendo tanto mais eficaz quanto sejam assegurados canais de

comunicação que viabilizem o diálogo estruturado.

Relações com a concorrência – O UNIFACEX entende que deve contribuir para

a consolidação de elevados padrões de concorrência para seu segmento de negócios e

para o mercado como um todo. Desta forma, pretende difundir uma postura ética, ou

socialmente responsável.

Balanço social – O registro das ações voltadas para a responsabilidade social

permite avaliar seus resultados e direcionar os recursos para o futuro, além de ser um

importante documento de divulgação dessas ações. O monitoramento de seus resultados

por meio de indicadores pode ser complementado por auditorias feitas por entidades da

sociedade (ONGs e outras instituições), agregando uma perspectiva externa à avaliação

da própria organização (Base/Instituto Ethos).

4.6.7.2. Público interno

A responsabilidade social em relação ao público interno, implica em

desenvolvimento profissional e valorização pessoal dos alunos e funcionários/

colaboradores, bem como em melhoria nas condições de trabalho e nos relacionamentos

internos.

Para sua implantação devem ser considerados:

a) Diálogo e participação

Relações com os sindicatos – o UNIFACEX busca consolidar a prática de

interlocução transparente com essas entidades, em torno de objetivos partilhados. O que

significa um alinhamento entre seus interesses e dos funcionários/colaboradores.

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Gestão participativa – O UNIFACEX possibilitará que os funcionários/

colaboradores compartilhem seus desafios, o que também favorece o desenvolvimento

pessoal e profissional e a conquista de metas estabelecidas em conjunto.

b) Respeito ao indivíduo

Compromisso com o futuro da criança – Para ser reconhecida como

socialmente responsável, o UNIFACEX não irá utilizar-se, direta ou indiretamente, de

trabalho infantil (de menores de 14 anos de idade), conforme determina a legislação

brasileira. Por outro lado, é positiva a iniciativa de empregar menores, entre 14 e 16

anos de idade, como aprendizes. A lei de aprendizes impõe procedimentos rígidos em

relação a estes adolescentes, o que inclui a exigência de sua permanência na escola.

Valorização da diversidade – O UNIFACEX não permite qualquer tipo de

discriminação em termos de recrutamento, acesso a treinamento, remuneração,

avaliação ou promoção de seus funcionários/colaboradores. Atenção especial é dada a

membros de grupos que geralmente sofrem discriminação na sociedade, incentivando a

contratação de docentes e técnico-administrativos com necessidades especiais. Tem,

ainda, como política, a inclusão de estudantes em situação econômica desfavorecida e de

portadores de necessidades especiais.

c) Respeito ao trabalhador

Comportamento frente a demissões – Quando as demissões são inevitáveis, o

UNIFACEX as realiza com responsabilidade, estabelecendo critérios para executá-las

(funcionários/colaboradores temporários, facilidade de recolocação, idade, estado civil,

número de filhos etc.) e assegurando os benefícios que estiverem a seu alcance. Além

disso, o UNIFACEX procura utilizar sua influência e acesso a informações para auxiliar a

recolocação dos empregados demitidos.

Compromisso com o desenvolvimento profissional e a empregabilidade -

Cabe ao UNIFACEX comprometer-se com o investimento na capacitação e

desenvolvimento profissional de seus funcionários/colaboradores, oferecendo apoio a

projetos de geração de empregos e fortalecimento da empregabilidade para a

comunidade com que se relaciona.

Cuidado com a saúde, segurança e condições de trabalho – A

conscientização é a base fundamental para o desdobramento das intenções do UNIFACEX

em ações que alinhem seus interesses aos dos funcionários/colaboradores. A busca por

padrões internacionais de relações de trabalho é desejável, sendo as certificações, a

respeito do tema, ferramentas adequadas para tanto.

Preparação para aposentadoria – O UNIFACEX, socialmente responsável, tem

forte compromisso com o futuro de seus funcionários. Por isso, incentiva a inclusão de

seus colaboradores em programas privados de complementação previdenciária, visando

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reduzir o impacto da aposentadoria em nível de renda e estimular a participação dos

aposentados em seus projetos sociais.

4.6.7.3. Meio Ambiente

Como uma Instituição ambientalmente responsável, o UNIFACEX procura

minimizar os impactos negativos e amplificar os positivos. Irá, portanto, agir para a

manutenção e melhoria das condições ambientais, minimizando os processos e ações

próprias potencialmente agressivas ao meio ambiente e disseminando em outras

instituições as práticas e conhecimentos adquiridos neste sentindo.

Para sua implantação, serão considerados:

a) Gerenciamento do impacto ambiental

Conhecimento sobre o impacto no meio ambiente – A conscientização

ambiental é base para a atuação proativa na defesa do meio ambiente, que será

acompanhada pela disseminação dos conhecimentos e intenções de proteção e projetos,

envolvendo educação ambiental, o UNIFACEX, a cadeia produtiva e a comunidade. A

conscientização ambiental será balizada por padrões nacionais e internacionais de

proteção ambiental (ex.: ISO 14.000).

Minimização de entradas e saídas do processo produtivo – Uma das formas

de atuação ambientalmente responsável assumida pelo UNIFACEX é o cuidado com as

entradas de seu processo produtivo, estando entre os principais parâmetros, comuns a

todas as instituições, a utilização de energia, de água e de insumos necessários para a

produção/prestação de serviços. A redução do consumo de energia, água e insumos leva

à consequente redução do impacto ambiental necessário para obtê-los.

Responsabilidade sobre o ciclo de vida dos produtos e serviços – Entre as

principais saídas do processo produtivo estão as mercadorias, suas embalagens e os

materiais não utilizados, convertidos em potenciais agentes poluidores do ar, da água e

do solo. São aspectos importantes na redução do impacto ambiental, o desenvolvimento

e a utilização de insumos, produtos e embalagens recicláveis ou biodegradáveis e a

redução da poluição gerada. No caso desta última, também se inclui a atitude do

UNIFACEX na reciclagem dos compostos e refugos originados em suas operações.

b) Responsabilidade frente às gerações futuras

Compensação da natureza pelo uso de recursos e impactos ambientais –

O UNIFACEX desenvolverá projetos visando à compensação ambiental pelo uso de

recursos naturais e pelo impacto causado por suas atividades, aprimorando os processos

utilizados, voltando-se para a sustentabilidade ambiental.

Educação ambiental – O UNIFACEX, na condição de Instituição ambientalmente

responsável, apoiará e desenvolverá campanhas, projetos e programas educativos

voltados para seus alunos e funcionários/colaboradores, para a comunidade e para

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públicos mais amplos, além de envolver-se em iniciativas de fortalecimento da educação

ambiental no âmbito da sociedade como um todo.

4.6.7.4. Fornecedores

O UNIFACEX divulga seus valores institucionais aos participantes de sua cadeia de

fornecedores, tomando-os como orientação em casos de conflitos de interesse. A

Instituição está consciente de seu papel no fortalecimento da cadeia de fornecedores,

atuando no desenvolvimento dos elos mais fracos e na valorização da livre concorrência.

Para sua implantação devem ser considerados:

a) Seleção e Parceria com Fornecedores

Critérios de Seleção de Fornecedores – A Instituição utiliza critérios voltados à

responsabilidade social na escolha de seus fornecedores, exigindo, por exemplo, boas

relações com os trabalhadores ou com o meio ambiente.

Relações com Trabalhadores Terceirizados – O UNIFACEX evita que ocorram

terceirizações em que a redução de custos seja conseguida pela degradação das

condições de trabalho e das relações com os trabalhadores.

Apoio ao Desenvolvimento de Fornecedores – A Instituição investe no

desenvolvimento de pequenas empresas, priorizando-as na escolha de seus fornecedores

e auxiliando-as a desenvolverem seus processos produtivos e de gestão. Também podem

ser oferecidos, no ambiente do UNIFACEX, treinamentos de funcionários/colaboradores

de pequenos fornecedores, transferindo para eles seus conhecimentos técnicos e seus

valores éticos e de responsabilidade social. Para colaborar com o desenvolvimento

econômico da comunidade local, o UNIFACEX prioriza entidades da comunidade como

fornecedores.

4.6.7.5. Consumidores

A responsabilidade social em relação à categoria “consumidores” exige do

UNIFACEX o investimento permanente no desenvolvimento de serviços confiáveis, que

minimizem os riscos de danos à formação do profissional e das pessoas envolvidas.

Para sua implantação devem ser considerados:

a) Dimensão Social do Consumo

Política de Marketing e Comunicação – O UNIFACEX é um produtor de cultura

e influencia o comportamento da sociedade. Por isso, suas ações de publicidade devem

ter uma dimensão educativa, evitando criar expectativas que extrapolem os serviços que

oferece efetivamente.

Excelência do Atendimento – Cabe à Instituição, socialmente responsável,

apoiar seus alunos/clientes antes, durante e após a efetuação da “venda”, entendida

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como a formação acadêmica, prevenindo prejuízos com a atuação profissional (uso do

seu “produto”). A qualidade do serviço de atendimento ao aluno-cliente é uma referência

importante neste aspecto, indicando a permeabilidade do UNIFACEX em adaptar-se às

necessidades e demandas dos “consumidores”.

Conhecimento dos Danos Potenciais e Serviços – É tarefa do UNIFACEX

desenvolver ações de melhoria da confiabilidade, eficiência, segurança e disponibilidade

dos seus serviços. Embora os danos de uma Instituição educacional não sejam aferidos,

a Instituição está ciente dos prejuízos intelectuais, emocionais e atitudinais causados por

uma formação deficitária.

4.6.7.6. Comunidade

O respeito aos costumes e culturas locais e o empenho na educação e na

disseminação de valores sociais fazem parte da política de envolvimento comunitário do

UNIFACEX, resultado da compreensão de seu papel de agente de melhorias sociais.

Para sua implantação devem ser considerados:

a) Relações com a Comunidade Local

Gerenciamento do Impacto da Atividade Produtiva na Comunidade – A

inserção do UNIFACEX na comunidade pressupõe que ela respeite as normas e costumes

locais, tendo uma interação dinâmica e transparente com os grupos locais e seus

representantes, a fim de que possam solucionar conjuntamente problemas comunitários

ou resolver, de modo negociado, eventuais conflitos entre as partes.

Relações com Organizações Atuantes na Comunidade – O UNIFACEX,

proativa na responsabilidade social, assume como meta a contribuição para o

desenvolvimento da comunidade. Desta forma, apóia ou participa diretamente de

projetos sociais promovidos por organizações comunitárias e ONGs, contribuindo para a

disseminação de valores educativos e a melhoria das condições sociais.

b) Filantropia/Investimentos Sociais

Mecanismos de Apoio a Projetos Sociais – O UNIFACEX entende que a

destinação de verbas e recursos a instituições e projetos sociais tem resultados mais

efetivos na medida em que esteja baseada numa política estruturada com critérios

predefinidos. Um aspecto relevante é a garantia de continuidade das ações, que pode ser

reforçada pela constituição de instituto, fundação ou fundo social.

Estratégias de Atuação na Área Social – A atuação social do UNIFACEX é

potencializada pela adoção de estratégias que valorizem a qualidade dos projetos sociais

beneficiados, a multiplicação de experiências bem sucedidas, a criação de redes de

atendimento e o fortalecimento das políticas públicas da área social.

O Centro Universitário faz, regularmente:

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� doações de produtos e recursos financeiros, cedendo suas instalações,

mobilizando o trabalho voluntário de seus funcionários e desenvolvendo projetos sociais

próprios;

� doações e projetos sociais corporativos, cedendo horas de seus funcionários ou

equipamentos para atividades ligadas a esses projetos.

Além de apoio material, o Centro Universitário tem projetos estruturados cedendo

suas competências técnicas, tecnológicas e gerenciais para fortalecer os projetos sociais

(corporativos ou realizados por terceiros).

O apoio de material e aporte de competências envolve organizações e lideranças

locais no desenho e na implementação dos projetos sociais, intercedendo perante outros

organismos, públicos ou privados, pela concretização desses projetos.

Para o desenvolvimento destas ações, a Centro Universitário busca:

� utilizar os incentivos fiscais de dedução ou desconto de doações e patrocínios;

� utilizar o incentivo fiscal de 1% do Imposto de Renda devido para contribuir

com os fundos geridos pelos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente;

� possuir mecanismos para estimular fornecedores, e outras partes interessadas

a fazer doações financeiras;

� divulgar internamente os projetos que apóia e desenvolve, oferecendo

oportunidades de trabalho voluntário, estimulando a participação dos seus funcionários.

4.6.7.7. Inclusão social O UNIFACEX entende por inclusão social o seu compromisso em promover a

igualdade de acesso à formação e à orientação das pessoas desfavorecidas no mercado

de trabalho e a luta contra a discriminação.

Além do compromisso que a Centro Universitário tem de promover a inclusão

social por meio da oferta de ensino de qualidade ao maior número possível de pessoas -

o que sem dúvida alguma passa pelo aumento no número de vagas - há ainda outras

maneiras de se trabalhar junto à comunidade para que esta amplie seu conhecimento e

consiga melhores oportunidades de inserção social.

Além disso, a integração entre iniciativas é o caminho para possibilitar o fim da

atual situação de injustiça no país, e o UNIFACEX entende a necessidade de praticar

ações que criem um elo entre o setor público (governo), empresariado e terceiro setor. O

Brasil é muito grande e, portanto, precisa de propostas de grande envergadura e que

provoquem impacto para melhorar a condição social. Apesar disso, o UNIFACEX entende

que as pequenas iniciativas também são vitais e podem ser desenvolvidas pelas

Instituições de Ensino Superior.

Esta escolha como canal para a realização de projetos de responsabilidade social

pode ser justificada não só pelo fato da Instituição ter embasamento teórico, mas

também maior conhecimento da comunidade onde está inserida, pois qualquer iniciativa

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desta natureza deve ter envolvimento e estar integrada à comunidade no sentido de

contribuir com o desenvolvimento local.

A responsabilidade social, no entanto, não deve ser confundida - de forma alguma

- com filantropia. Para dar certo, um projeto tem que ser pensado a fim de que tenha

continuidade, promova a auto-sustentabilidade e desenvolva a cidadania.

Para desenvolver a inclusão social no ensino superior alguns tópicos foram

observados, pelo UNIFACEX:

� promover a ética;

� distribuir universalmente o conhecimento e o desenvolvimento;

� construir inclusão e união social;

� delinear forma eficiente de avaliação educativa, que precisa buscar a

responsabilidade social da educação superior, procurar reflexões e críticas e não apenas

chegar a meras constatações de "bom ou ruim".

A análise dos dados do perfil do ingressante do UNIFACEX, realizado

semestralmente a partir do 1º semestre de 2001, permite afirmar que a mesma

desempenha um importante papel na inclusão social em toda sua região de inserção,

principalmente nas classes e grupos economicamente menos privilegiados. Os dados

indicam que 72% dos alunos matriculados cursaram o ensino médio exclusivamente em

escolas públicas, e 60% dos alunos possuem uma renda familiar inferior a 10 salários

mínimos.

O Centro Universitário FACEX promove a inclusão social da grande maioria desses

alunos que, se não recebessem nenhuma forma de incentivo e apoio da Instituição, não

poderiam almejar o ensino superior de qualidade. O UNIFACEX está engajado junto a

empresas, prefeituras e escolas, atuando em toda região em diversas interfaces para

minimizar os efeitos do abismo socioeconômico. Dentro desse contexto, a Instituição

participa e estimula ações de âmbito federal, como o PROUNI e o FIES, também as ações

do governo estadual, como a ESCOLA DA FAMÍLIA e as ações isoladas das prefeituras

municipais de toda região que subsidiam o transporte dos alunos (30% dos alunos não

residem na cidade). O Centro Universitário, em contrapartida, oferece um amplo

Programa de Bolsas e convênios, além de um Programa de Empregabilidade e Estágios.

4.6.7.8. Memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural

A palavra 'memória' nos remete necessariamente a outra, 'passado'. Ora, tudo

que é memória o é porque está no passado. A memória é algo que se distingue do

presente, mas que, ao mesmo tempo, o compõe. Assim como a memória, também o

passado é entendido dentro do pensamento ocidental como um âmbito temporal distinto

do presente. A memória é um dos caminhos para o conhecimento do passado, ela tem

várias funções: pelas lembranças recuperamos acontecimentos anteriores, distinguimos o

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ontem de hoje e confirmamos que já vivemos um passado. Esta confirmação, por sua

vez, nos confere um sentido de identidade, pois saber o que fomos, confirma o que

somos. Ao conhecer o passado nos ligamos aos homens que viveram antes de nós,

construindo uma noção de continuidade.

Portanto, quando se preserva legalmente e na prática o patrimônio cultural,

conserva-se a memória do que fomos e do que somos: a identidade da nação.

Patrimônio, etimologicamente, significa "herança paterna" na verdade, a riqueza comum

que nós herdamos como cidadãos, e que se vai transmitindo de geração a geração.

O patrimônio cultural de um povo lhe confere identidade e orientação,

pressupostos básicos para que se reconheça como comunidade, inspirando valores

ligados à pátria, à ética e à solidariedade e estimulando o exercício da cidadania, por

meio de um profundo senso de lugar e de continuidade histórica. Os sentimentos que o

patrimônio evoca são transcendentes, ao mesmo tempo que sua materialidade povoa o

cotidiano e referencia fortemente a vida das pessoas. Patrimônio cultural é, portanto, a

soma dos bens culturais de um povo.

A memória e o patrimônio cultural de um povo, portanto designam um bem

destinado ao usufruto de uma comunidade, constituído pela acumulação contínua de uma

diversidade de objetos que se congregam por seu passado comum: obras das belas artes

e das artes aplicadas, trabalhos e produtos de todos os saberes e savoir-faire dos seres

humanos. Em uma sociedade mutante, constantemente transformada pela mobilidade, a

noção de patrimônio remete a uma Instituição e uma mentalidade. O valor cultural de

um bem reside em sua capacidade de estimular a memória das pessoas historicamente

vinculadas à comunidade, contribuindo para garantir sua identidade cultural e melhorar

sua qualidade de vida.

A política de preservação do patrimônio cultural no Brasil tem percorrido um

caminho crescentemente integrador das iniciativas públicas e particulares, diante de um

progressivo movimento de educação e de conscientização das comunidades.

A arena do patrimônio cultural no Brasil está vivendo um momento novo. Se

durante décadas predominou um tipo de atuação preservacionista, voltado

prioritariamente para o tombamento dos chamados bens de pedra e cal – igrejas, fortes,

pontes, chafarizes, prédios e conjuntos urbanos representativos de estilos arquitetônicos

específicos, a aprovação do Decreto n. 3.551, de 4 de agosto de 2000, que instituiu o

inventário e o registro do patrimônio cultural imaterial ou intangível, descortinou um

panorama que provocou a alteração radical da antiga correlação de forças.

Este Decreto resgata uma dívida histórica com os bens culturais imateriais como:

saberes, celebrações, expressões, os quais irão procurar resguardar os cantos, lendas,

hábitos, festas, rituais e outras práticas populares brasileiras. Com o advento do Decreto,

passam tais bens e valores culturais a ter proteção especial com a possibilidade de serem

tombados.

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Parece justo afirmar que uma revolução silenciosa se processa quando segmentos

da sociedade civil, detentores de saberes tradicionais e locais, associados a profissionais

no interior do aparelho de estado, detentores de saberes específicos, põem em marcha

um novo conceito de patrimônio cultural, contribuindo social e politicamente para a

construção de um acervo amplo e diversificado de expressões culturais em diferentes

áreas: línguas, festas, rituais, danças, lendas, mitos, músicas, saberes, técnicas e

fazeres diversificados. As forças desencadeadas pelo debate em torno do patrimônio

cultural intangível desenham um novo cenário.

Por acreditar que o patrimônio cultural de sua comunidade pode ser considerado a

sua carteira de identidade, o UNIFACEX propõe transformar-se em agente da

preservação cultural, garantindo assim o respeito à memória e à manutenção de

qualidade de vida, sobretudo no centro urbano em que está estabelecido.

Em termos concretos, o UNIFACEX propõe as seguintes diretrizes:

� melhorar a qualidade de vida da comunidade, o que implica em seu bem-estar

material e espiritual e na garantia do exercício da memória e da cidadania;

� dar continuidade às manifestações culturais;

� fazer da comunidade a verdadeira responsável e guardiã de seus valores

culturais, pois o patrimônio cultural lhe pertence, uma vez que ela produziu os bens

culturais que o compõem;

� conhecer o patrimônio cultural por meio de inventários e pesquisas realizadas

pelos órgãos de preservação, em conjunto com a comunidade, para, então preservá-lo;

� buscar a contribuição dos meios de comunicação e do ensino formal e informal

para a educação e informação da comunidade, visando desenvolver o sentimento de

valorização dos bens culturais e a reflexão sobre as dificuldades de sua preservação;

� desenvolver com a comunidade acadêmica o sentimento de que o seu

patrimônio cultural lhe confere identidade e orientação, pressupostos básicos para que se

reconheça como comunidade, inspirando valores ligados à pátria, à ética e à

solidariedade e estimulando o exercício da cidadania por meio de um profundo senso de

lugar e de continuidade histórica.

4.6.8. POLÍTICA DE GESTÃO

4.6.8.1. Gestão acadêmica e administrativa

As mudanças que ocorrem na sociedade e se refletem na prática organizacional

têm gerado paradigmas alternativos que buscam estabelecer novos relacionamentos,

tanto em nível interno quando externo, para as organizações. Eles trazem como

propostas, modelos nos quais a relevância social está implícita, ressaltando assim a

singularidade histórica de cada organização.

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Neste contexto, a função das organizações está sendo colocada como um desafio

que deve primar pela tentativa de identificar as aspirações individuais e coletivas, para

integrá-las aos objetivos organizacionais.

Sabe-se que no atual cenário educativo a Gestão Democrática se configura como

sendo um desafio para a consolidação de um ensino verdadeiramente de qualidade. Esta

exige, em primeiro lugar, uma mudança de mentalidade: deixar de lado o velho

preconceito de que a Instituição é apenas um aparelho burocrático e entendê-la como

uma conquista da comunidade e um bem coletivo. Assim sendo, a figura de gestores que

descentralizam as ações no âmbito acadêmico, constitui o elemento que fará a diferença

na construção de um ensino competente e inovador.

Em uma Instituição Educacional que esteja centrada numa postura democrática, a

autonomia apresenta-se como um norte a ser conquistado, pois esta vem de um

exercício de democratização no qual se delega aos agentes administrativos e

pedagógicos a possibilidade de dar respostas ao cidadão (aluno e responsável) a quem

servem. A autonomia coloca para a IES a responsabilidade de prestar contas do que faz

ou deixa de fazer, sem repassar para outro setor essa tarefa e, ao aproximar-se da

comunidade é capaz de permitir uma participação realmente efetiva da mesma, o que a

caracteriza como uma categoria eminentemente democrática.

A gestão democrática é, pois, a proposição de um novo conceito de organização

educacional que visa superar as limitações da administração, de enfoque dicotomizado,

simplificado e reduzido, e a redimensioná-la, no contexto de uma concepção de mundo e

de realidade caracterizado pela visão da sua complexidade e dinamicidade pela qual as

diferentes dimensões e dinâmicas são utilizadas como forças na construção da realidade

e de sua superação.

A gestão democrática deve estar impregnada por uma atmosfera de ampla

circulação das informações que facilitem os processos de divisão do trabalho, o

estabelecimento do calendário escolar, a distribuição das aulas, a elaboração ou criação

de novos cursos ou de novas disciplinas, a formação de grupos de trabalho, a

capacitação dos recursos humanos etc.

Há muitas razões que justificam a implantação de um processo de gestão

democrática, das quais destacamos duas:

� a Educação deve formar para a cidadania e, para isso, deve dar o exemplo,

pois a gestão democrática é um passo importante no aprendizado da democracia. A IES

não tem um fim em si mesma, ela está também a serviço da comunidade que a mantém.

� a gestão democrática pode melhorar o que é específico da Instituição: o seu

ensino. A participação na gestão dO Centro Universitário FACEX proporcionará um melhor

conhecimento do seu funcionamento e de seus atores, estreitando o contato entre

professores e alunos, o que aumentará o conhecimento mútuo e, em consequência, a

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aproximação entre as necessidades dos alunos e os conteúdos ensinados pelos

professores.

Existem, certamente, limitações e obstáculos à instauração do processo

democrático na Gestão Acadêmica e, entre eles, pode-se citar:

� a pouca experiência democrática;

� a mentalidade de que só os técnicos têm capacidade de planejar e governar e

de que a comunidade é incapaz de exercer o governo ou de participar de um

planejamento coletivo em todas as fases;

� a própria estrutura do nosso sistema educacional que é vertical;

� o autoritarismo que sempre impregnou nossa política educacional;

� o tipo de liderança que tradicionalmente domina a atividade política no campo

educacional.

A política para a organização institucional do UNIFACEX está assentada nas

seguintes diretrizes:

� estabelecer espaço e tempo para a discussão da política pedagógica, do

UNIFACEX;

� garantir o amadurecimento e a interação dos profissionais, alunos e

comunidade com vista a um planejamento participativo, determinado no calendário

escolar ou definido pela comunidade, democraticamente, garantindo o acesso aos seus

direitos, conhecimento e exercício de seus deveres, fazendo de todos co-partícipes e co-

autores no processo educacional;

� redimensionar a prática, pautando sua atuação numa gestão descentralizadora

na qual as ações coletivas estejam contempladas;

� atribuir maior autonomia e maior responsabilidade para os Colegiados de

Cursos de Graduação e às Coordenações dos Cursos de Pós-graduação lato-sensu, que

terão um papel fundamental na elaboração, execução e avaliação dos seus Projetos

Pedagógicos, articulando-os com as diretrizes já definidas pela Instituição;

� utilizar a gestão estratégica, como um processo organizacional que engloba

inovação, adaptação, sobrevivência e limites de crescimento organizacional,

caracterizando-se como uma alternativa capaz de criar identidade e estabelecer objetivos

comuns.

4.6.8.2. Bem-estar

Atualmente já existe um consenso que o fato de melhorar a qualidade de vida dos

funcionários/colaboradores e de suas famílias contribui para tornar as instituições mais

saudáveis, competitivas e produtivas.

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Passada a febre tecnológica que atingiu o mundo, as organizações perceberam

que o seu grande capital é mesmo o homem. Quanto melhor suas condições de trabalho

e de vida, quanto maior a preocupação com o bem-estar dos fatores humanos, mais

produtiva e competitiva torna-se a Instituição. Muito mais do que conhecimento técnico,

o grande diferencial, hoje, é a motivação e o comprometimento dos

funcionários/colaboradores com a qualidade e excelência do trabalho realizado. Bem-

estar interior pode ser considerado sinônimo de felicidade e qualidade de vida.

O bem-estar diz respeito a um clima organizacional agradável, no qual o

UNIFACEX procura harmonizar o seu desenvolvimento com o desenvolvimento da pessoa

humana, de modo que fiquem identificados o atendimento das finalidades organizacionais

e os objetivos individuais. Em outras palavras, a Centro Universitário entende as

necessidades particulares de cada indivíduo do seu time que, por sua vez, está ciente das

necessidades da Instituição.

Conquistar a satisfação dos clientes é, antes de tudo, conquistar as pessoas que

cuidam deles. Se os funcionários/colaboradores são importantes, automaticamente, eles

colocarão o aluno/cliente em primeiro lugar, pois isto é uma questão de causa e efeito.

A política para o bem-estar institucional do UNIFACEX está assentada nas

seguintes diretrizes:

� propiciar um bom ambiente de trabalho, o que a fará mais valorizada pelos

seus funcionários/colaboradores e clientes. Consequentemente, terá mais sucesso, além

de ter grandes possibilidades em reter seus talentos, muitos destes desenvolvidos e

capacitados pela própria Instituição;

� implementar programas de qualidade de vida por meio de ações de promoção

psicossociais, de saúde física/mental, cultural, de cidadania, ambiental, buscando a

integração de mente, corpo e espírito, num ambiente saudável e feliz de se trabalhar;

� implementar medidas de redução de fatores de estresse, de melhoria no

desempenho integral de todas as partes do processo e de preservação de um clima

organizacional saudável;

� partir da premissa segundo a qual qualidade de vida no trabalho é trabalhar

com alguém, para alguém, fazendo o que se gosta, enfrentando questões sérias e

lutando por direitos e deveres;

� manter a transparência nas relações internas, o equilíbrio econômico e a

criatividade;

� assumir que o colaborador suprido de suas necessidades básicas de bem-estar

está pronto para representar bem o UNIFACEX frente aos clientes que a buscam, e isso

significa o aluno/cliente satisfeito;

� fazer da organização do trabalho um significativo fator de influência no bem-

estar institucional;

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� ser uma Instituição que não manipula pessoas, não cria medos de dispensas

imotivadas, dá espaço para a participação de todos os seus funcionários/colaboradores e

sabe despertar neles a motivação e o comprometimento;

� estabelecer um clima de respeito e atenção entre os colegas de trabalho e com

seus superiores e subordinados, estimulando sua participação em grupos de trabalho,

investindo em alegria, bem-estar e outros sentimentos positivos entre os membros da

equipe;

� saber que o bem-estar das pessoas não só é compatível com o sucesso do

UNIFACEX, como pode ser o responsável direto por ele.

4.6.8.3. Relações Institucionais

Há duas perspectivas de abordagem das relações institucionais: o olhar interno e

o olhar externo à comunidade.

4.6.8.3.1. Relações da Comunidade Interna

O olhar interno diz respeito à apreciação das relações que se estabelecem entre os

diversos segmentos no interior da comunidade institucional, composta pelos dirigentes,

alunos, docentes, funcionários/colaboradores, estagiários, trainees e terceirizados. O

público interno em uma Instituição não é formado apenas por seus

funcionários/colaboradores, mas inclui também os familiares dos mesmos.

O público interno é, ainda, de vital importância para a Instituição, pois além de

ser responsável pelo seu desenvolvimento no mercado e de atuar como força de

trabalho, exerce também a função de agente multiplicador e formador de opinião.

Ter o olhar voltado para o público interno envolve níveis que vão além dos

estabelecidos nas legislações. Pressupõe um comportamento ético percebido na postura

do UNIFACEX ao lidar no dia-a-dia com seus recursos humanos e que engloba e

ultrapassa os limites das leis. Essas atitudes demonstram a preocupação da Centro

Universitário com seu público interno, e isso tem efeitos benéficos para a Instituição, que

são revertidos no desempenho dos funcionários/colaboradores e na sua imagem

corporativa.

De acordo com Semler (1988)8, uma das condições sine qua non para a

sobrevivência das organizações em longo prazo é “fazer a empresa funcionar através da

efetiva participação de seus funcionários/colaboradores, e ter uma linha de conduta

administrativa flexível e aberta às transformações”.

A política para as relações institucionais no interior da comunidade do centro

universitário FACEX está assentada nas seguintes diretrizes:

8 SEMLER, R. Virando a própria mesa . São Paulo: Best Seller, 1988. p. 69.

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� procurar alcançar os padrões de excelência em saúde ocupacional, seguindo

rigorosamente as normas e parâmetros fixados pela legislação;

� procurar alcançar os padrões de excelência em segurança, acompanhando

constantemente o percentual de acidentes de trabalho que resultaram em afastamento

temporário, ou danos à integridade física, com afastamento permanente do cargo e

evitar que essas situações aconteçam por meio de ações de segurança;

� valorizar a diversidade, não permitindo qualquer tipo de discriminação em

termos de recrutamento, acesso a treinamento, remuneração, avaliação ou promoção de

seus funcionários/colaboradores (atuais e futuros). As políticas de valorização e incentivo

da diversidade envolvem não os diferenciar por sexo, raça, idade, origem, orientação

sexual, religião, deficiência física, condições de saúde, entre outros e oferecer

capacitação profissional e qualificação para todos sem distinções;

� implantar a gestão participativa, delegando responsabilidades e conferindo

autoridade ao público interno, preocupando-se em tomar decisões de maneira

descentralizada e democrática. Os programas de gestão participativa incentivam o

envolvimento dos funcionários/colaboradores na solução dos problemas da Instituição,

sendo que esta deve possibilitar que os envolvidos compartilhem dos desafios,

disponibilizando informações e estimulando a participação;

� desenvolver uma política de benefícios que atenda às necessidades específicas

dos seus funcionários/colaboradores, além de oferecer um salário compatível no mercado

e promover capacitação contínua;

� criar política de equilíbrio trabalho-família que envolva plano de saúde familiar,

auxílio educação para os filhos, e creche no local de trabalho;

� implantar programas que conciliem objetivos do UNIFACEX e dos

funcionários/colaboradores, proporcionando a existência de um clima de cooperação e

incentivo;

� criar mecanismos para que o dissenso, que é a tônica da vida acadêmica, seja

trabalhado pelos diversos segmentos da comunidade.

4.6.8.3.2. Relações com a Comunidade Externa

O olhar externo à comunidade diz respeito ao exame das relações construídas

com as comunidades local e regional. Partindo de um planejamento, o UNIFACEX,

atendendo à sua missão, crenças e à demanda de necessidades da comunidade, atua nas

áreas de educação, saúde, assistência social e meio ambiente, desenvolvendo ações

institucionais, visando maior retorno publicitário e de imagem.

Como Instituição cidadã, tem no seu compromisso com a promoção da cidadania

e o desenvolvimento da comunidade externa o seu diferencial competitivo, buscando,

desta forma, ser uma organização que investe recursos financeiros, tecnológicos e mão-

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de-obra em projetos de interesse público. O UNIFACEX cria um ambiente agradável de

trabalho, valorizando seus recursos humanos, e é capaz de desenvolver um modelo de

gestão integrado no qual as pessoas têm um papel decisivo no seu compromisso com

relação à comunidade e à sociedade em geral. E ainda, se organiza e constrói maneiras

alternativas de participar, conviver e viver melhor.

A política para as relações institucionais com as comunidades local e regional do

UNIFACEX está assentada nas seguintes diretrizes:

� reconhecer a importância do investimento social, valorizá-lo, e explicitá-lo em

documentos (missão, visão, objetivos);

� praticar uma política de inclusão social e capacitação que contemple o acesso

de pessoas em situação de vulnerabilidade social ou pertencentes a grupos de minorias

sociais, a partir da concepção de que a competência profissional se sobrepõe à situação

ou ao grupo ao qual a pessoa pertence;

� adotar uma política de responsabilidade social com a comunidade, expressa em

ações contínuas e sistemáticas de desenvolvimento da comunidade por meio de

ações/projetos sociais (próprios ou em parceria), a partir de necessidades sociais

levantadas pela comunidade;

� manifestar-se, quando solicitada, por meio de doações e contribuições

eventuais, tendo relacionamento formal com a comunidade, mantendo equipes/pessoas

para trabalharem com lideranças ou outros segmentos na resolução das questões

comunitárias;

� manter programa estruturado de apoio ao voluntariado, oferecendo recursos

humanos e financeiros para seu funcionamento, levantando informações e valorizando

atividades voluntárias dos funcionários/colaboradores com ações internas, como carta de

incentivo pela diretoria, jornal interno ou premiação;

� aplicar recursos em atividades de preservação do meio ambiente, adotando

uma praça, reciclando o lixo da Instituição ou por meio da coleta seletiva.

4.6.8.3.3. Relações Mantenedora Mantida

O UNIFACEX entende que é altamente salutar que Mantenedora e Mantida

estabeleçam entre si laços interinstitucionais vigorosos, cada uma delas comportando-se

de acordo com o papel que lhes é pertinente. A concorrência feroz exige profissionalismo

de gestão de ambas: Mantenedora e Mantida.

Da harmonia entre o trabalho da Entidade Mantenedora e o trabalho desenvolvido

pela Instituição Mantida é que depende o sucesso educacional pretendido. Não há, pois,

como cogitar que a autonomia seja instrumento de desarmonia, nem como imaginar

harmonia como sinônimo de subserviência.

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Quando não fica tão claro e bem explicitado, o relacionamento entre Entidade

Mantenedora e Instituição Mantida, pode ocorrer ingerência de funções com sobrecarga

de trabalho nas mantenedoras e, outras vezes, até tumultuar o labor das instituições,

mantidas.

A respeitabilidade pela Instituição Educacional resulta em benefício concreto para

a mantenedora. Laços com a comunidade são fundamentais no tempo presente. Em vista

disto, projetos consistentes, inclusive na área cultural, resultam na caminhada para essa

mencionada respeitabilidade.

A desejável autonomia do UNIFACEX, nas suas mais variadas dimensões,

resultará de normas, diretrizes e estratégias fixadas pela Entidade Mantenedora.

É fundamental no trabalho de gestão de mantenedora e mantida criar marcas

reconhecidas na comunidade e desenvolver o carisma dos educadores que as integram.

A mantenedora e a mantida atuarão da melhor forma para atender ao seu público,

tendo como base um adequado sistema de planejamento constituído dos seguintes

instrumentos:

� Projeto Político-pedagógico Institucional, no qual está clara a missão, a

vocação, os objetivos, os princípios e as diretrizes da Instituição Educacional;

� Plano de Desenvolvimento Institucional, de duração plurianual;

� Sistema de Acompanhamento Físico e Financeiro dos Projetos aprovados nos

Planos Anuais.

O Centro Integrado de Formação para Executivos - CIFE, Entidade Mantenedora

do UNIFACEX, possui uma sólida filosofia educacional estabelecida pela unidade e

unanimidade dos associados e traduzida no Projeto Político-pedagógico Institucional. A

ela cabe dar o “tom” dos projetos educacionais do UNIFACEX, e por isso é gerida de

forma estratégica. A Entidade Mantenedora é responsável por:

� Gestão dos recursos humanos (contratação e dispensa de pessoal);

� Grandes investimentos institucionais;

� Pleitos a serem apresentados perante as instituições governamentais que são

detentoras do patrimônio institucional.

Além disso, a Entidade Mantenedora é detentora das anuidades/semestralidades

escolares e, em consequência, responsável pelo financiamento orçamentário da

Instituição Mantida.

O UNIFACEX é responsável pela oferta e qualidade dos “produtos e serviços”

destinados à sociedade na qual se insere e, para isto, dispõe de condições adequadas de

trabalho, pois conquistar e manter alunos são aspectos centrais do trabalho da

Instituição.

O Centro Universitário FACEX conta com talentos individuais e com colegiados

competentes, que constroem a história da Instituição e atuam em regime de consistente

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esforço coletivo para gerir o ensino, a pesquisa e a extensão, respondendo pelos seus

atos para com a Mantenedora.

Há quatro grandes ordens de responsabilidade do UNIFACEX. São elas:

� Institucionais;

� Gerenciais;

� Acadêmicas;

� Políticas.

Na sua estrutura organizacional, o UNIFACEX é responsável por quatro níveis de

atuação:

� os colegiados superiores, com efetiva participação da comunidade interna e

externa. Há grande ênfase nesses colegiados porque são eles que conferem legitimidade

às decisões de caráter social da Instituição;

� a administração superior, constituída pela cúpula diretiva do UNIFACEX, com

funções executivas diretas;

� a administração técnica, que respalda principalmente os aspectos pedagógicos

do UNIFACEX;

� os responsáveis pela disponibilidade e manutenção dos espaços reais e virtuais

do UNIFACEX;

4.6.9. POLÍTICA DE APOIO AO DISCENTE

O UNIFACEX tem como política garantir o apoio necessário à plena realização do

aluno como acadêmico (nos âmbitos acadêmicos, culturais, sociais e políticos), bem

como desenvolver mecanismos que promovam condições socioeconômicas que viabilizem

a permanência daqueles de baixa renda na Instituição. Para tanto estabeleceu políticas

para o acesso, seleção e permanência do estudante, nivelamento, bolsas, apoio, estágios

e intercâmbios e de acompanhamento ao egresso, abaixo descritas.

4.6.9.1. Acesso, seleção e permanência

O UNIFACEX tem como política mobilizar recursos de forma a garantir a

permanência e o percurso dos estudantes socialmente diferenciados no processo de

formação profissional. Uma vez que sua capacidade intelectual e de formação básica já

foram avaliadas e aprovadas no processo seletivo de acesso ao UNIFACEX, deixar de

apoiar os alunos com dificuldades de qualquer ordem seria uma perda irreparável.

Garantir a permanência do aluno no UNIFACEX é uma das prioridades da

administração, pois entende ser natural que os alunos não se encontrem no modelo

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institucional existente. Hoje, há profissões que podem deixar de existir ao longo do

decorrer do curso, no entanto, a evasão deve ser um fator a mais para que o UNIFACEX

repense seu papel, e a trajetória do aluno é o seu termômetro.

É fundamental para o bom desempenho estudantil que haja uma orientação

pedagógica no momento da matrícula e ao longo do semestre letivo. O estudante deve

se sentir à vontade para buscar informações sobre disciplinas junto aos professores e à

Coordenação para que o seu desenvolvimento curricular seja o mais proveitoso possível.

O UNIFACEX entende, ainda, que conhecer o perfil do aluno ingressante é

fundamental, pois a qualidade do corpo discente, informado e esclarecido, é um dos

aspectos essenciais para garantir o bom desempenho do ensino-aprendizagem.

Compreender a assistência estudantil como parte da Política Educacional significa

assegurar um componente mobilizador da educação, cujo acesso pode e deve se

estender igualmente a todos os segmentos sociais. O acolhimento e acompanhamento

são muito importantes pois a capacidade do UNIFACEX para motivar cada aluno para

investir na aprendizagem tem importância fundamental para a sua formação.

As diretrizes básicas da política de acesso, seleção e permanência do aluno no

UNIFACEX são:

� instituir um programa de acompanhamento ao corpo discente, nomeadamente

ao nível de apoio pedagógico e atendimento;

� concretizar a política de acesso e permanência de alunos provenientes de

famílias menos abastadas orientando a busca de financiamento por meio do Fundo de

Financiamento ao Estudante do Ensino Superior – FIES e outros incluindo os

provenientes da próprio UNIFACEX;

� constituir um programa de Aceleração da Aprendizagem visando assegurar a

equidade nas condições de acesso, permanência e êxito escolar do aluno;

� assegurar os direitos individuais e sociais previstos na Constituição e legislação

específica;

� viabilizar o acesso e permanência na instituição, e garantir a igualdade de

condições para o pleno desempenho acadêmico;

� otimizar o aproveitamento do corpo discente, fazendo com que todos

aproveitem ao máximo os anos que passarão como acadêmicos;

� realizar pesquisas, estudos e análises para identificar em detalhes os dados

sobre ingressantes, evasão/abandono, tempos médios de conclusão, formaturas, relação

professor/aluno para tentar reduzir ou diminuir as taxas e, também, acelerar os

processos de preenchimento das vagas, tendo em vista a melhoria das atividades

educativas;

� incentivar as relações de companheirismo entre alunos e professores, pois

estas podem ser determinantes para manter os alunos até o término do curso;

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� investir na qualidade do atendimento na secretaria, pois o estudante merece

uma representação administrativa atuante e ágil no sentido de atender os seus direitos,

prestar informações e orientações, acompanhar com atenção os trâmites burocráticos e

organizar todos os detalhes referentes ao semestre letivo.

� considerando que grande parte das evasões ocorrem no 1º ano, sendo que a

diferença da estrutura do colégio para a Centro Universitário Centro tem um peso

considerável, o UNIFACEX irá alocar professores experientes para o 1º. ano, estimulando

os alunos, a se engajarem mais nas atividades acadêmicas.

4.6.9.2. Apoio

O UNIFACEX presta apoio ao estudante por meio de ações, projetos e programas,

procurando atendê-lo em suas necessidades, para que possa desenvolver suas

atividades, visando a excelência na sua formação integral, pautada nas responsabilidades

ética e social. Seu objetivo principal é a promoção do sucesso escolar, por meio da

implementação de projetos orientados nesse sentido, tendo como prioridade o

atendimento, resposta e acompanhamento personalizados perante os questionamentos e

outras solicitações dos estudantes.

As diretrizes básicas da política de apoio ao aluno no UNIFACEX são:

� propiciar condições para que membros do corpo discente possam desenvolver

formas de pensamento e de comportamento para o trabalho intelectual independente;

� apoiar os estudantes nomeadamente no que se refere a representações no

exterior, intercâmbio de estudantes, atividades culturais, atividades desportivas;

� desenvolver novas ações, pró-ativas, com vista ao combate e à prevenção do

insucesso escolar;

� proporcionar ao estudante de graduação oportunidade de engajar-se em

projetos de iniciação científica e extensão que possibilitem o aprofundamento em

determinada área do conhecimento e o desenvolvimento de atitudes e habilidades

favoráveis à sua formação artística e profissional.

4.6.9.3. Nivelamento

A política de nivelamento como parte da política institucional visa elevar a qualidade

do desempenho de todos os alunos. Este serviço auxilia os discentes no sentido de

contribuir para a superação das lacunas da educação básica na sua formação, naquilo

que estas podem ser prejudiciais ao andamento do seu curso, criar dificuldades

acentuadas para os professores em seu trabalho e, mais grave ainda, levar os alunos

com maior nível de dificuldades ao desestímulo e à desistência do curso.

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É possível implementar uma série de ações no sentido de reduzir dificuldades

específicas dos estudantes, podendo-se pensar, apenas para citar algumas: reforço de

conceitos em cursos preparatórios, organização de material didático, orientação

acadêmica, monitoria atuante, aperfeiçoamento pedagógico dos docentes e conteúdos

programáticos etc. Os colegiados do UNIFACEX poderão aprovar a adoção de disciplinas

de nivelamento com ou sem adaptação, para o atendimento das necessidades específicas

do corpo discente ingressante.

As diretrizes básicas da política de nivelamento do aluno do UNIFACEX são:

� Atendimento extraclasse pelos professores que possuem regime de tempo

integral e parcial com horário reservado para o atendimento de alunos;

� Atendimento por alunos monitores da disciplina onde foi identificada a

defasagem;

� Atendimento por alunos de pós-graduação que estejam realizando atividades

didáticas de ensino;

� Estudo individual ou em grupo nas instalações da Biblioteca em salas

específicas para isto, com material formulado por docentes.

4.6.9.4. Bolsa

O desenvolvimento da ação social escolar nos sistemas de ensino acadêmico tem

sido reconhecido como um dos fatores críticos de sucesso das Instituições de Ensino

Superior, tendo como objetivo a concessão de auxílios econômicos, bem como a

prestação de outros serviços.

O UNIFACEX tem como política oferecer apoio social direto aos estudantes

economicamente mais carentes, cujos agregados familiares não consigam, por si só,

fazer face aos encargos inerentes à frequência nos cursos pretendidos.

O UNIFACEX tem como política oferecer apoio social direto aos estudantes

economicamente mais carentes, cujos agregados familiares não consigam, por si só,

fazer face aos encargos inerentes à frequência nos cursos pretendidos.

As bolsas, portanto, visam propiciar ao estudante condições básicas para a

continuidade do custeio da vida acadêmica. Têm como pressuposto proporcionar

experiência profissional em nível técnico e administrativo, complementando a formação

acadêmica, e sempre que possível, compatibilizando a natureza do trabalho com a área

de formação do aluno. O critério de concessão da bolsa é a análise da situação

socioeconômica e de desempenho escolar do aluno, através do programa específico –

PAE.

São objetivos principais do programa de bolsas:

� apoiar a capacitação do corpo docente e discente, para a busca da excelência

nos cursos de graduação e atendimento às disposições legais pertinentes;

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� estimular a participação discente necessária à implantação e/ou

desenvolvimento de linhas de pesquisa e extensão;

� viabilizar a implantação de programas de pós-graduação lato e stricto sensu;

� contribuir para a elevação e manutenção dos padrões institucionais de

qualidade almejados pelos processos de auto-avaliação e de avaliação externa;

� favorecer a dedicação dos discentes enquanto requisito importante para a

qualidade do ensino e da pesquisa e condição para a formação continuada.

As diretrizes básicas da política de bolsas para o aluno do UNIFACEX são:

� desenvolver os programas de bolsas e que poderão ser das seguintes

modalidades:

� Bolsa Monitoria: concedida a partir do segundo período letivo. O programa

possibilita a experiência da vida acadêmica, promovendo a integração de

alunos de séries ou períodos mais avançados com os demais, a participação

em diversas funções do UNIFACEX e o desenvolvimento das disciplinas do

curso, além de treinamento em atividades didáticas;

� Bolsa Iniciação Científica: concedida a alunos da graduação que estejam

cursando o antepenúltimo ou penúltimo ano. Para participar, o aluno deverá

procurar um professor com título mínimo de mestre, que possua

conhecimentos na área em que pretende desenvolver o projeto, e solicitar

sua orientação;

� Bolsa Ex-aluno: concedida a alunos da graduação e pós-graduação que

pretendam fazer outros cursos, para incentivar a educação continuada;

� Bolsa FIES: O Fundo de Financiamento ao Estudo do Ensino Superior - FIES

- foi criado pelo Governo Federal para financiar os estudos de alunos com

poucos recursos;

� Bolsa ProUni: Programa Universidade para Todos – Decreto nº 5.245, de 15

de outubro de 2004. Convênio firmado entre o UNIFACEX e o Governo

Federal destinado à concessão de bolsas de estudo integrais ou parciais.

� Bolsa de Extensão: concedida a alunos da graduação visando apoiar

projetos de extensão voltados para as linhas de meio ambiente, terceira

idade, educação a distância, cultura e desenvolvimento regional;

� Bolsa PIE: desconto concedido, pela IES, no pagamento da anuidade ou

mensalidade, ao aluno de curso superior. Esses descontos podem variar de

100% (bolsa de estudos integral) até descontos menores (bolsa de estudo

parcial), disponíveis ao critério da mantenedora.

� Bolsa de Trabalho: remuneração mensal conferida ao aluno de curso

superior, para que o mesmo exerça uma atividade remunerada (na própria

IES ou em outras instituições/empresas públicas ou privadas), desde que

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esteja relacionada com o seu curso. As bolsas mais conhecidas são as

denominadas bolsas de trabalho e bolsas de administração, colocadas

frequentemente como estágio remunerado.

4.6.9.5. Apoio Pedagógico

Os discentes do UNIFACEX são apoiados constantemente em várias situações.

A todos os alunos é disponibilizado um apoio pedagógico dos professores,

contratados em regime de tempo integral e parcial em função dos mesmos possuírem

horário de atendimento ao aluno. Todos os cursos possuem uma coordenação a quem

cabe orientar os alunos com relação aos problemas que enfrentam no dia-a-dia do curso.

O UNIFACEX possui uma coordenação de ensino que orienta os professores no que diz

respeito às questões pedagógicas e didáticas assim como atende os alunos quando

professores e coordenação de curso não conseguem solucionar os problemas.

O aluno tem acesso a todas as informações acadêmicas relevantes no site da

Instituição na Internet. Além disto, no primeiro dia de aula do acadêmico, ele recebe o

Manual do Aluno, com todas as informações relevantes a respeito da sua futura vida

acadêmica, além do próprio Coordenador do Curso proferir uma palestra sobre o assunto

a cada início de semestre letivo. Aos ingressantes são oportunizadas reuniões com

palestras sobre o perfil de cada curso, a missão e a filosofia institucional. Eles passam

também a conhecer as instalações básicas (biblioteca, laboratórios, central de

atendimento), bem como a rotina de procedimentos acadêmicos.

Encaminhamento profissional

Existe uma política que dá suporte ao estágio, que compõe o currículo de todos os

cursos de graduação. Todas as empresas da região, com potencial de absorção do

profissional formado são contatadas para contribuir na constituição do curso e

estabelecerem convênios pelos quais são oferecidas vagas para estágio. A instituição

conta com uma coordenação específica que dá atendimento ao estágio e

acompanhamento do egresso.

Acompanhamento psicopedagógico

O UNIFACEX mantém um sistema de acompanhamento psicopedagógico ao

alunado, com o intuito de auxiliar o estudante nas dificuldades naturais encontradas no

processo de aprendizagem e de sua adaptação às atividades de ensino, pesquisa e

extensão. Está estruturando um acompanhamento do desempenho do aluno, de forma a

possibilitar o oferecimento de medidas alternativas que favoreçam a aprendizagem

adequada. Este setor é dirigido por um profissional qualificado com experiência nesta

área.

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4.6.9.6. Programas de estímulo à produção acadêmica

O UNIFACEX se preocupa com a produção acadêmica de seus docentes e

discentes. Os primeiros são contemplados com promoções por merecimento em seu

quadro de docentes considerando a produção de cada um deles e contam ainda com

disponibilidade de horas para dedicar-se a produção científica. Os discentes dispõem de

professores orientadores para a produção de seus trabalhos. Docentes e discentes

contam com o periódico Carpe Diem, patrocinado pela instituição para publicarem o

resultado de seus estudos e pesquisas.

4.6.9.7. Acompanhamento pedagógico aos discentes

O UNIFACEX promove o permanente acompanhamento do processo de

aprendizagem, por meio de ações como:

� a avaliação dos professores por meio dos alunos e dos coordenadores;

� a verificação formal dos conteúdos dados em sala de aula, comparativamente

com os conteúdos programáticos, planos de aula e objetivos;

� a verificação de material da aprendizagem, por meio de sistema de auto-

avaliação externa e periódica de assimilação de conhecimentos;

� a promoção de cursos de férias e de extensão, destinados a suprir deficiências

constatadas nos semestres findos;

� programas de nivelamento;

� orientação individual, por meio de professores orientadores;

� incentivo aos programas de monitoria.

4.6.9.8. Acompanhamento ao Egresso

O UNIFACEX por meio do Programa de Acompanhamento ao Egresso - PAE - tem

como objetivo estreitar o relacionamento entre a Instituição e seus ex-alunos, de

graduação e pós-graduação, desencadeando ações de aproximação, contato direto e

permanente, por meio de todos as formas de comunicação possíveis e viáveis, incluindo

um espaço on-line.

O PAE expressa o compromisso do UNIFACEX com o seu egresso e a Instituição

procurará mantê-lo informado sobre notícias da sua área de formação, informações

técnico - científicas, eventos (jornadas, congressos, cursos de atualização etc.),

atividades de formação continuada, oportunidades, pós-graduação, perguntas a seu

professor, além do contato com colegas da turma.

O Programa visa ainda a organização de jornadas e congressos sobre temas atuais,

de forma a manter o ex-aluno atualizado com os progressos no seu campo de atuação.

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Por outro lado, o ex-aluno como profissional atuante no mercado, informará o

UNIFACEX sobre os resultados alcançados e dificuldades encontradas após a graduação,

bem como sugestões para melhorar e garantir a qualidade em cada área de atuação.

As diretrizes básicas da política acompanhamento do egresso no UNIFACEX são:

� promover a manutenção do intercâmbio entre o UNIFACEX e os egressos dos

seus Cursos;

� estimular e desenvolver a formação de um núcleo de profissionais recém

formados sintônicos com o ideário do UNIFACEX;

� avaliar o nível de satisfação dos egressos com a formação acadêmica

adquirida;

� avaliar a qualidade do ensino e adequação dos currículos;

� levantar e analisar trajetórias profissionais;

� levantar e avaliar situações profissionais;

� acompanhar os alunos dos cursos de Graduação da instituição que já estão

aptos e mesmo em contato e interação com o mercado de trabalho;

� saber da inserção, ou não, em programas de educação continuada (pós-

graduação, cursos sequenciais, cursos de curta duração etc).

� promover eventos destinados exclusivamente a egressos;

� instituir política de educação continuada, promovendo cursos de pós-

graduação, reservando vagas para egressos.

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5. DA IMPLANTAÇÃO

O Centro Universitário FACEX entende que o trabalho de construção do Projeto

Político-pedagógico, realizado de forma participativa e espelhando o consenso possível,

facilita sua implementação.

A implantação do Projeto Político-pedagógico pode ser considerada como um

momento importante de renovação da Instituição Educacional. Isso porque ele projeta

um futuro coletivamente desejado e, projetar significa "lançar-se para frente", antever

um futuro diferente do presente. Projeto pressupõe uma ação intencionada, com um

sentido definido, explícito, sobre o que se quer mudar. Além disso, constitui um processo

com dois momentos distintos:

1º) o momento da concepção do projeto;

2º) o momento da institucionalização e implementação do projeto.

Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Significa

intenção ou coragem para arriscar quebrar um estado confortável, atravessar um período

de instabilidade em nome de um resultado, de um estado melhor do que o presente. Um

projeto educativo é uma promessa frente a determinadas rupturas e, para ter sucesso,

suas promessas devem ser factíveis e tornar visíveis os campos de ação possíveis,

motivando seus atores e autores. Sem confiança na viabilidade do resultado e clareza em

como fazê-lo acontecer, não se consegue reunir disposição para deslanchar uma

mudança.

O êxito do projeto implica sobretudo uma noção de tempo:

� tempo político - o da oportunidade política de um determinado projeto;

� tempo institucional - cada Instituição Educacional encontra-se em um

determinado tempo de sua história. Um projeto que é inovador e contagiante para uma

Instituição de Ensino Superior pode não ser para outra;

� tempo escolar - o período do calendário da Instituição no qual o projeto é

elaborado, pode ser também decisivo para o seu sucesso;

� tempo para amadurecer as idéias - só os projetos burocráticos chegam prontos

e, por isso, se revelam ineficientes em médio prazo. Idéias novas precisam de tempo

para serem sedimentadas e amadurecidas, para serem discutidas e para persuadirem.

Como elementos facilitadores de êxito de um projeto, podemos destacar:

� comunicação eficiente: o projeto deve ser factível e seu enunciado facilmente

compreensível;

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� adesão voluntária e consciente ao projeto: a corresponsabilidade é um fator

decisivo no êxito de um projeto. Todos ou, pelo menos, uma grande maioria, precisa

estar envolvida;

� suporte institucional e financeiro: significa vontade política – todos,

principalmente os dirigentes, devem ter pleno conhecimento e os recursos financeiros

devem estar claramente definidos;

� controle, acompanhamento e avaliação: um projeto que não envolva constante

avaliação, não permite que se saiba se seus objetivos estão sendo atingidos;

� atmosfera ou ambiente favorável: não se deve desprezar o componente

mágico-simbólico, que contagia e cimenta a confiança de todos os que se envolvem no

design e concretização de um projeto;

� credibilidade: as ideias podem ser boas, mas se os que as defendem não têm

prestígio, comprovada competência e legitimidade, o projeto pode não deslanchar;

� referencial teórico: que respalde os principais conceitos e a estrutura do

projeto.

A falta desses elementos dificulta a elaboração e implantação de um projeto

político-pedagógico novo para a Instituição Educacional. O que é novo enfrenta sempre a

descrença dos que pensam que de nada adianta projetar uma boa Instituição de Ensino

se não houver vontade política dos principais dirigentes. Contudo, o pensamento e a

prática dos principais dirigentes se modifica quando existe pressão dos demais

segmentos da comunidade acadêmica. O Projeto Político-pedagógico do UNIFACEX

constitui-se em um verdadeiro processo de conscientização e de formação cívica, sendo,

ainda, um processo de recuperação da importância e da necessidade do planejamento na

educação superior.

A implementação do Projeto Político-pedagógico Institucional do UNIFACEX inclui

a participação e colaboração da comunidade acadêmica que irá resultar em uma

identificação com a Instituição. As condições para sua implementação, de possibilidades

e de seus limites, não passam por questões dos contextos externos e internos da

Instituição. Internamente, "faz-se necessário programar ações que viabilizem contatos

com a comunidade acadêmica que venham a possibilitar a formação de conceitos, o

delineamento de propostas, a retroalimentação do processo, a mudança ou reafirmação

de paradigmas, como condições de construção da situação pretendida e superação da

situação atual" (ForGRAD, 2002) 9.

9 ForGRAD. FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE GRADUAÇÃO DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS. Resgatando espaços e construindo idéias : ForGRAD 1997 a 2002. Niterói: EdUFF, 2002.

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6. DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A política adotada pela Instituição para a avaliação institucional visa assegurar

uma sistemática de avaliação interna e externa, que contemple as dimensões qualitativa

e quantitativa, vitais para o acompanhamento e o aperfeiçoamento do modelo de gestão

atual.

Para o sucesso do planejamento e da gestão organizacional, e para que os

objetivos e metas aqui definidos sejam efetivamente atingidos, é fundamental que haja

um acompanhamento efetivo de todo o processo de elaboração e implantação do PDI,

bem como, verificar se os resultados obtidos estão em consonância com os planejados. O

acompanhamento dos objetivos e das ações realizadas permite que os mesmos possam

ser revistos e alterados, ante o dinamismo do processo educacional.

Em sendo assim, seja para cuidar que as ações estejam sendo cumpridas, seja

para rever as metas inicialmente estabelecidas, o UNIFACEX faz o constante

acompanhamento do Plano de Desenvolvimento Institucional, dos objetivos traçados e

das metas estabelecidas por meio de um processo bem definido de avaliação.

Neste sentido, os objetivos e as metas que foram fruto de ampla discussão devem

ser acompanhados por toda a comunidade acadêmica.A avaliação do desenvolvimento

institucional é um processo de criação de cultura, de busca contínua de atualização e de

autossuperação pelos atores-sujeitos e de autorregulação institucional, em nível das

estruturas de poder e do sistema, assegurando, assim, sintonia com as mudanças

operadas no entorno, na economia, na ciência e na tecnologia.

Pressupõe o envolvimento e a disposição de cada ator-sujeito do processo

universitário na busca de patamares superiores de qualidade e de relevância de seu fazer

acadêmico. Trata-se de um processo de mudança e de melhoria lento, gradual, com

avanços e retrocessos, de não acomodação, de compromisso com o futuro.

A avaliação do desenvolvimento institucional é um processo contínuo de busca da

qualidade do fazer universitário e pressupõe e exige predisposição à mudança. Desta

forma, a política para a avaliação institucional está assentada nos seguintes objetivos:

• orientar a gestão institucional, em suas dimensões política, acadêmica e

administrativa, para promover os ajustes necessários à elevação do seu padrão

de desempenho, em consonância com a Lei n. 10.861, de 14 de abril de 2004.

• reformular as políticas gerais da Instituição e implementar as medidas

apontadas pelo processo avaliativo mediante o compromisso da administração.

• aprimorar o sistema de geração, captação e sistematização dos dados

acadêmicos e administrativos, permitindo assim o melhor planejamento

organizacional, bem como a avaliação continuada dos produtos e processos.

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• incrementar o Processo de Avaliação Institucional, interna e externa, realizando

estudos e diagnósticos das atividades-fim e das atividades-meio, identificando

em que medidas elas se articulam e correspondem à missão da Instituição na

formação do profissional, na produção, divulgação e aplicação do

conhecimento.

• tornar permanente a avaliação institucional das atividades acadêmicas e

administrativas como um dos pilares da melhoria da qualidade.

Assim, a avaliação do desenvolvimento institucional implica a criação de uma

metodologia de acompanhamento ordenado das ações e prioridades, analisando a

distância entre o pretendido e o realizado com a finalidade de contribuir para o

aprimoramento dos processos acadêmicos e administrativos e de sua imagem

institucional junto à sociedade, tendo como parâmetro de eficácia o alcance social das

atividades, a eficiência do funcionamento e o crescimento destas atividades.

Desde a criação da Comissão Própria de Avaliação em 2004, o acompanhamento

da operacionalização do Plano de Desenvolvimento Institucional passou a ser uma das

atribuições da CPA, tendo em vista que uma das dimensões avaliadas no processo de

autoavaliação diz respeito ao PDI e seus desdobramentos na gestão acadêmica e

administrativa do centro.

Atualmente a CPA é composta por:

• Coordenador geral;

• Um representante do corpo docente;

• Um Representante dos coordenadores de curso;

• Um representante do corpo discente;

• Um representante do corpo-técnico administrativo;

• Um representante da sociedade civil.

7.1 PROJETO DE AUTOAVALIAÇÃO DA IES

A Instituição, além de controlar sistematicamente a implantação do seu plano de

desenvolvimento institucional, através do acompanhamento de indicadores e metas

institucionais, obedece também aos princípios da democracia ouvindo alunos,

professores, funcionários e demais membros da comunidade acadêmica, de forma livre,

sem coação. A auto-reflexão e, consequentemente, um juízo de valor atribuído pelos

pares da própria comunidade acadêmica, é reconhecidamente de grande valia para

nortear as decisões, tanto da mantenedora, quanto da mantida nas áreas acadêmica e

administrativa.

Com a implantação da Comissão Própria de Avaliação (CPA), adotou-se essa

estratégia de forma que a participação da comunidade acadêmica é espontânea, natural

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e plena. O envolvimento de toda comunidade acadêmica é total tanto na execução da

avaliação, quanto na divulgação e aplicação da mesma.

Como princípios deste processode auto-avaliação devem ser destacados:

• conscientização da necessidade de avaliação por todos os segmentos

envolvidos;

• democratização, pensada e executada como projeto coletivo com o objetivo de

tornar socialmente visíveis as ações universitárias de ensino, pesquisa e

extensão, envolvendo a totalidade da comunidade acadêmica em sua

execução;

• autonomia que, a partir do autoconhecimento da realidade institucional, abarca

a possibilidade de estabelecer prioridades e gerir recursos em direção a

objetivos institucionais;

• reconhecimento da legitimidade e pertinência dos princípios norteadores e dos

critérios a serem adotados;

• auto-adesão e pelo compromisso do Centro Universitário assumir

consensualmente a possibilidade e o desafio de usar a avaliação como

instrumento de transformação da sua realidade e na persecução de seu projeto

pedagógico para o futuro.

Para tanto, se utiliza de uma gama de instrumentos de acompanhamento e

avaliação institucional que se encontra descrita no documento intitulado de “Plano de

Avaliação Institucional”. Nele, são detalhados todas as fase do processo de avaliação

interna, bem como aspectos metodológicos e epistemológicos relevantes. É importante

ressaltar que, de forma geral e independente do instrumento utilizado, a CPA entende

que as orientações do CONAES, através das 10 dimensões, norteiam as políticas

institucionais de planejamento e de avaliação, que são:

• A missão e o plano de desenvolvimento institucional;

• A política para o ensino, a pesquisa, a extensão, a pós-graduação;

• A responsabilidade social da instituição;

• A comunicação com a sociedade;

• As políticas de pessoal, as carreiras do corpo docente e do corpo técnico-

administrativo;

• Organização e gestão da instituição;

• Infraestrutura física;

• Planejamento e avaliação;

• Políticas de atendimento aos estudantes;

• Sustentabilidade financeira.

O UNIFACEX, atenta as dimensões estabelecidas pelo CONAES e aos objetivos da

autoavaliação, acredita e encampa este processo como um aliado do desenvolvimento

institucional com qualidade em todos os aspectos da vida acadêmica e administrativa.

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De forma mais pragmática e no contexto da melhoria contínua, pode-se dizer que

os resultados da avaliação institucional são considerados elementos de retroalimentação

para construção e reconstrução do próprio Plano de Desenvolvimento Institucional. Nessa

perspectiva, a avaliação Institucional (não só interna, mas também externa) permite ao

UNIFACEX detectar suas fragilidades, suas oportunidades e plenitude de acertos.

É detectando estes pontos que a Instituição procura otimizar a sua prestação de

serviço, por meio de um planejamento retroalimentado que estabeleça metas possíveis,

mas desafiadoras para seu crescimento qualitativo e quantitativo. Novos cursos, novas

instalações e uma visão de futuro cujo foco é o Ensino, a Pesquisa e a Extensão,

procurando inserir-se no contexto social como referencial de qualidade em suas ações

pedagógicas.

6.1.1. SISTEMÁTICA DA AUTO-AVALIAÇÃO DA IES

A organização do processo de autoavaliação no UNIFACEX, conduzido pela CPA,

prevê a ocorrência de três diferentes etapas:

• Preparação da avaliação;

• Desenvolvimento da avaliação;

• Consolidação da avaliação.

No Centro, procura-se envolver toda a comunidade acadêmica de forma a obter

visões heterogêneas do objeto a ser investigado, conforme as Diretrizes da Avaliação

Institucional. A autoavaliação institucional contém a seguinte sistemática:

Figura 2 – Processo de Avaliação Institucional

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É importante acrescentar que a avaliação se configura como um processo cíclico e

permanente.De forma geral, a primeira etapa da preparação para realização da

autoavaliação compreende as seguintes ações:

• definição, por parte da CPA dos objetivos, estratégias, metodologia, recursos e

calendário (cronograma) das ações (de acordo com os prazos estabelecidos na

Portaria MEC n. 2.051/2004);

• sensibilização interna com palestras e reuniões promovidas pela equipe da CPA

com o envolvimento da comunidade acadêmica;

• elaboração do questionário e roteiro de avaliação.

O processo de planejamento e preparação da avaliação institucional se dá através

de reuniões periódicas entre os membros da Comissão Própria de Avaliação do Centro.

Para contemplar uma avaliação coerente com os objetivos aqui propostos de forma geral,

tem-se um processo de autoavaliação permeado por abordagens tanto qualitativa quanto

quantitativa.

Busca-se também contemplar, de forma heterogênea, todos os segmentos que

compõem a comunidade acadêmica do UNIFACEX. Portanto, todos os membros dessa

comunidade representam o universo da avaliação. Alunos, coordenadores, professores e

técnico-administrativos, representantes da comunidade e da mantenedora são atores

corresponsáveis pela elaboração da avaliação institucional.

Para os instrumentos quantitativos, não há preocupação em se definir uma

amostra, pois a intenção é sempre realizar uma avaliação institucional censitária. É

óbvio, porém, que na coleta de dados qualitativos não se pretende compor uma pesquisa

censitária, principalmente, para o corpo discente, pois tornaria a pesquisa inexequível. O

processo se limita a seleção de uma amostra que seja compatível com os elementos

estatísticos para garantir boa representatividade.

Para coleta de dados são utilizadas diversas técnicas. Busca-se através da

triangulação de técnicas uma quantidade e heterogeneidade de dados que subsidie uma

análise mais representativa, permitindo melhor reflexão sobre os pontos analisados.

Destaca-se que seguindo recomendações do INEP, a autoavaliação foi

institucionalizada e ocorre anualmente. Todavia, técnicas qualitativas e quantitativas são

alternadas a cada ano.

Na perspectiva quantitativa, o principal instrumento utilizado é um questionário

on-line, desenvolvido pela própria CPA e implementado pela equipe de informática da

Instituição. Os questionários contêm, atualmente, um conjunto de 190 questões

configuradas e arranjadas diferentemente para cada categoria de respondentes (alunos,

116 questões. professores, 145 questões. coordenadores, 184 questões. técnico-

administrativos, 68 questões).

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Para captar a percepção dos respondentes, os questionários são montados a partir

de uma escala do tipo Likert de 5 pontos, onde o número 5 representa a concordância

total em relação ao questionamento realizado e o número 1, a total discordância.

Os questionários são aplicados ao final do segundo semestre dos anos pares

através de mecanismo digital criado pela própria instituição. Dado o tamanho do universo

consultado, o questionário é aplicado nas instalações do centro e é apoiado por uma

equipe formada por um coordenador e monitores selecionados exclusivamente para

operacionalizar o processo de autoavaliação.

Vale salientar que, independente da autoavaliação institucional supracitada, os

docentes, os coordenadores e alguns serviços essenciais são avaliados semestralmente

através da avaliação intitulada por “avaliação de docente”. Nessa avaliação, são

contemplados apenas questionamentos referentes aos aspectos pedagógicos e

administrativos de cada curso. As informações obtidas servem como instrumento

fundamental para o planejamento pedagógico realizado no início de cada semestre letivo,

bem como para subsidiar outras ações de melhoria contínua.

Para aprofundar e complementar informações obtidas quantitativamente, foi

instituído para os anos impares uma sistemática de autoavaliação qualitativa. Neste

momento, são realizadas reuniões com os diversos segmentos da instituição. Deve-se

destacar que na perspectiva qualitativa, os alunos são representados pelos líderes de

turma. Para os docentes e técnicos administrativos é selecionada uma amostra aleatória,

enquanto que os coordenadores são consultados em sua totalidade.

É importante ressaltar que, de forma geral e independente do instrumento

utilizado, a CPA entende que as orientações do CONAES, através das 10 dimensões,

norteiam não só as políticas pedagógica, social e organizacional da instituição, mas

também o seu processo de autoavaliação.

Uma vez planejado os meios de coleta de dados, deve-se vislumbrar como os

dados serão analisados. Para os dados coletados através de questionários e formulários,

a estatística descritiva é a técnica utilizada. O raciocínio de análise utilizado procura

traduzir os dados coletados em pontos fortes, regulares e fracos. São considerados

pontos fracos (média ≤ 2,5), regulares (2,5 < média ≤ 3,5) e fortes (média > 3,5). Isso

em uma escala que varia de 1 à 5. As análises dos dados são condensadas seguindo as

dimensões sugeridas. Assim, busca-se concluir e destacar quais pontos estão fortalecidos

e quais pontos precisam ser trabalhados (regular e fraco).

Busca-se, ainda, um acompanhamento longitudinal dos indicadores trabalhados

de forma que se tenha uma análise comparativa e temporal. Tal comparação permite não

só fazer um trabalho pontual, mas um monitoramento mais detalhado do

desenvolvimento dos indicadores. Desta forma, são apresentadas análises dos itens

relatados nas últimas avaliações institucionais em comparação com a sua atual situação,

buscando associações com as estratégias deliberadas pela instituição.

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Na perspectiva qualitativa, o meio de análise se dá via técnica interpretativa

denominada análise de conteúdo. Com as estratégias e os procedimentos de coleta e

análise estabelecidos, a CPA prepara e divulga material informativo para todos os

segmentos da comunidade acadêmica aptos a participarem do processo, com o intuito de

sensibilizar e proporcionar um engajamento consciente e uma participação efetiva da

comunidade nos momentos em que são convocados para dispor suas opiniões. Para cada

categoria da comunidade acadêmica, estratégias de sensibilização diferentes devem ser

utilizadas.

Em relação aos alunos, os membros da CPA se dividem em grupos para visitar

todas as turmas, esclarecendo o propósito da avaliação, bem como a importância da

participação de todos. Em relação aos docentes, aos coordenadores de cursos e aos

técnicos administrativos, a CPA, em parceria com a direção acadêmica, procura

incentivar a participação dos mesmos no processo de autoavaliação do referido centro.

Passada a fase de preparação, deve-se operacionalizar a autoavaliação. Nessa

etapa, busca-se executar o que foi até então planejado. É o momento em que ocorre a

coleta das informações nas suas mais diversas modalidades. Para tanto, a CPA busca,

como dito anteriormente, organizar uma equipe com coordenação específica para

implementação do processo de autoavaliação.

Por fim, a terceira e última etapa diz respeito a consolidação da avaliação. Esta

etapa deverá possibilitar a elaboração dos relatórios e propostas de políticas

institucionais e, ainda, de redefinição da atuação ou da missão institucional, caso

necessário.

Os relatórios do processo de autoavaliação são textos compostos pelos resultados

das discussões, da análise dos dados e da interpretação das informações. Esses

relatórios são disponibilizados aos membros da comunidade acadêmica, à CONAES, ao

MEC e à sociedade.

A CPA tem a preocupação de elaborar relatórios que sejam claros, informativos,

além de possuir caráter analítico e interpretativo dos resultados obtidos. Os resultados

gerados pelo processo de autoavaliação e disponibilizados à comunidade têm como

finalidade priorizar ações de curto, médio e longo prazo, permitindo planejar de modo

compartilhado e estabelecer etapas para alcançar metas simples ou mais complexas que

expressem o foco da Instituição para o futuro. Neste caso, os relatórios da avaliação são

importantes fontes de informações para reconstrução do PDI.

Consciente de que o processo de divulgação dos resultados chega a ser tão

importante quanto o ato de proceder a avaliação, a CPA, envolvendo a comunidade

acadêmica e tornando-a parceira do processo avaliativo,deve promover, juntamente com

a administração superior, reuniões e discussões, sugerindo a utilização dos resultados da

avaliação interna como importante subsídio para a tomada de decisões, de correções de

rumos e de investimentos acadêmico e administrativo.

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O resultado do processo de autoavaliação no UNIFACEX indica possibilidades no

estabelecimento de ações institucionais, tanto acadêmicas quanto administrativas. Além

disso, desperta interesse por novos diagnósticos, consolidando o processo de avaliação

em consonância com sua finalidade precípua, evidenciando que o trabalho não se

apresenta como conclusivo, mas como um diagnóstico que exibe tanto potencialidades

quanto limitações sobre as quais é preciso refletir quando o objetivo é a melhoria da

qualidade.

Dada sua importância, a divulgação visa oferecer a publicação dos resultados com

a utilização de diversos meios, tais como: reuniões, documentos informativos (impressos

e eletrônicos), entre outros. A divulgação tem por objetivo dar à avaliação institucional

total transparência para a comunidade interna e externa. Essa interação visa produzir um

dos insumos mais preciosos do processo avaliativo, capaz de fertilizar por meio da

autoconsciência valorativa, a capacidade da Instituição planejar-se para o futuro com

maior qualidade acadêmica e pertinência social.