PRAD – Programa de Recuperação de Áreas Degradadas

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PRAD – Programa de Recuperação de Áreas Degradadas Prof. KLEBER SOUZA DOS SANTOS Recursos Tecnológicos Aplicados ao Meio Ambiente

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PRAD – Programa de Recuperação de Áreas

Degradadas

Prof. KLEBER SOUZA DOS SANTOS

Recursos Tecnológicos Aplicados ao Meio Ambiente

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KAGEYAMA et al (1994), considera área degradada aquela que, após distúrbio, teve eliminado os seus meios de regeneração natural, não sendo, portanto, capaz de se regenerar sem a interferência antrópica. O mesmo autor diz que área perturbada é aquela que sofreu distúrbio, mas manteve meios de regeneração biótica.

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Legislação

Lei nº 6.938/81 (Política Nacional de Meio Ambiente), que adota o critério da responsabilidade objetiva em seu artigo 14º, pelo qual “... o poluidor é obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade.” Nesta teoria da responsabilidade objetiva não se cogita o elemento de culpa. O empreendedor que, ao criar e operacionalizar a sua atividade cria riscos para terceiros, fica obrigado a reparar qualquer dano àquele causado, ainda que a sua atividade e a sua atitude estejam isentas de culpa.

Decreto Nº 97.632, de 10 de abril de 1989Em seu Art. 2º, o mesmo decreto define o conceito de degradação:

(...) são considerados como degradação os processos resultantes dos danos ao meio ambiente, pelos quais se perdem ou se reduzem algumas de suas propriedades, tais como, a qualidade ou capacidade produtiva dos recursos ambientais.

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Por fim, em seu Art. 3º, o decreto estabelece a finalidade dos PRAD:

A recuperação deverá ter por objetivo o retorno do sítio degradado a uma forma de utilização, de acordo com um plano preestabelecido para o uso do solo, visando à obtenção de uma estabilidade do meio ambiente.

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• De acordo com relatório da EMBRAPA (2002) o desenvolvimento de um PRAD, basicamente, requer as seguintes atividades:

- Inspeção ambiental da área a ser reabilitada;

- Documentação fotográfica dos itens de passivo identificados;

- Identificação dos processos de transformação ambiental que deram origem aos itens de passivo identificados;

- Caracterização ambiental dos itens de passivo e de seus processos causadores;

- Hierarquização dos itens de passivo, em termos de sua representatividade, assim como de seus processos causadores;

- Estabelecimento de medidas corretivas e preventivas para cumprir com as necessidades de reabilitação ambiental da área;

- Orçamento das medidas.

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Termo de Referência para Elaboração de Plano de Recuperação de Áreas

Degradadas – Para o DF

• 1. Informações Gerais

1.1 Nome ou razão social do empreendedor

1.2 Endereço do empreendedor

1.3 Tipo de atividade

1.4 Localização geográfica da área (mapa ou croqui – c/ vias de acesso principais e secundárias)

1.5 Mapa informando a posição do empreendimento na bacia hidrográfica, mapa geológico e de solos.

1.6 Declividade do terreno

1.7 Número do processo em trâmite no AO

1.8 Caracterização específica dos equipamentos que serão utilizados nos trabalhos

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Termo de Referência para Elaboração de PRAD

2. Introdução

Discorrer sobre a necessidade de se recuperar a área utilizando um

PRAD. Esse deve contemplar os métodos utilizados para sua elaboração e os órgãos governamentais e empresas privadas envolvidas.

3. Mapa da área

Os limites e as dimensões das áreas a serem recuperadas deverão constar em mapas georreferenciados (Sistema Cartográfico do Distrito Federal) – Escala 1:10.000 para localização e 1:2000 p/ detalhamento.

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Termo de Referência para Elaboração de PRAD

• 4. Legislação pertinente

• 5. Diagnóstico Ambiental

5.1 Meio Físico- Clima: pluviometria, temperatura, umidade, ventos...- Geomorfologia: Levantamento topográfico- Solo- Recursos Hídricos: caracterização e comportamento da drenagem

superficial e subterrânea, do lençol freático, das vazões...

5.2 Meio Biótico- Levantamento da fauna e flora local e da circunvizinhança e suas

interações com meio físico e antrópico.

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Termo de Referência para Elaboração de PRAD

Meio Antrópico:

Caracterizar possíveis interesses conflitantes, histórico de ocupação, situação fundiária, uso e aproveitamento atual da área.

6. Impactos ambientais

Levantamento dos principais impactos gerados pela atividade e pela execução do PRAD.

7. Destinação futura da área

Com base na legislação, características físicas da área, necessidades locais e demais fatores relevantes.

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8. Plano de Recuperação da Área Degradada

8.1 Medidas mitigadoras dos impactos8.2 Método a ser utilizado8.3Técnicas de conservação do solo8.4 Técnicas de preparo do substrato para cobertura vegetal8.5 Recursos hídricos próximos8.6 Seleção de espécies adaptadas às condições do local, levando-se em consideração a importância da espécie,as existentes no local e o histórico vegetacional da área.

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8.7 Plano de Monitoramento, descrevendo os tratos culturais de manutenção da área recuperada8.8 Técnica de proteção e conservação da fauna, flora e recursos hídricos8.9 Outra medidas a serem adotadas que visam o sucesso da recuperação

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• 9. Cronograma executivo

• 10. Discussão e Conclusão

• 11. Representação gráfica

- Planta da área degradada: deve conter as poligonais da área degradada, indicar características físicas, enfatizando os aspectos da cobertura vegetal outrora existente, topografia e processos erosivos no local.

- Planta da área recuperada (PROJEÇÃO), demonstrando a previsão da configuração da área após a realização das atividades de recuperação, constituindo assim o modelo a ser alcançado pelo PRAD.

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12. Qualificação da equipe:

-Elaboração e Execução do PRAD deverá ser realizada por profissional graduado e devidamente registrado no órgão profissional competente (CREA, CRB, etc)-Os trabalhos deverão ser acompanhados de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). A última folhado PRAD deverá conter a assinatura o responsável técnico.

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13. Forma de Apresentação

14. Recebimento, avaliação e acompanhamento do PRAD

- Protocolado no órgão ambiental, que designará uma equipe para avaliar e acompanhar o plano.- Relatórios semestrais devem ser elaborados pelo RT

15. Referência Bibliográfica

16. ANEXOS

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MONITORAMENTO E MANUTENÇÃO

Inspeções periódicas para verificar a evolução do trabalho, a necessidade de adubações de cobertura, reposição de mudas, capinas, controle de formigas, de fogo e a vigilância ostensiva, por pelo menos dois anos, são tão importantes quanto a execução do projeto.

PRAD’s freqüentemente prevêem 24 meses de manutenção.

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pequi

paineira

espinheira santa

REVEGETAÇÃO

Necessidades básicas para uma revegetação bem sucedida:

-Começa com análise do local;-Uso de espécies nativas e exóticas •Sucessão vegetal-Legislação e outras restrições;-Preparação do local-Inspeção, monitoramento e manutenção-Revegetação de estruturas (revestimentos, muros e estruturas de contenção) apresenta problemas e necessidades especiais.

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Obstáculos à Revegetação:

•Físicos: áreas montanhosas, muito íngremes, problemas de drenagem...

•Legais: exigência de exclusividade de espécies nativas, proximidades de rios...

•Econômicos

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barbatimão

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sucupira-preta

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pau terra

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Recuperação de Áreas Urbanas Degradadas

• A cidade constitui-se como a forma que os seres humanos escolheram para viver em sociedade e prover suas necessidades. As agressões ao meio ambiente causadas pela ocupação humana sugerem a necessidade de se buscar alternativas que minimizem estas ações e promovam a integração do ser humano com a natureza.

• Segundo Anne Whiston Spirn, se os processos naturais fossem reconhecidos e aproveitados, representariam um poderoso recurso para a construção de um habitat urbano benéfico, mas, quando ignorados, ampliam os problemas que cada vez mais castigam as cidades como deslizamentos, enchentes, a poluição do ar e da água, dentre outros

• Desta forma, a expansão urbana, principalmente nos grandes centros urbanos, passa a ser um fator impactante ao meio, visto que, na maioria das vezes, o crescimento desordenado das cidades foge ao planejamento dos órgãos competentes, tornando áreas impróprias para ocupação em áreas construídas.

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• O crescimento das cidades e dos aglomerados urbanos, geralmente, reforça problemas de ordem ambiental. As agressões ao meio ambiente ocorrem devido a um somatório de fatores, ligados basicamente ao uso e ocupação desordenado do solo, ao crescimento da malha urbana sem o acompanhamento adequado de recursos de infra-estrutura e a expansão imobiliária. Assim, áreas inadequadas são ocupadas pela população carente, acarretando o comprometimento dos recursos ambientais, com prejuízo para a sociedade como um todo, especialmente os que são obrigados a conviver dia a dia em situação precária.

• A ocupação e o desenvolvimento dos espaços habitáveis sejam eles no campo ou na cidade, segundo Toshio Mukai, não podem ocorrer de forma casual, de acordo com os interesses privados e da coletividade. São necessários estudos da natureza da ocupação, sua finalidade, avaliação da geografia local, da capacidade de comportar essa utilização sem danos para o meio ambiente, de maneira a permitir boas condições de vida para as pessoas, permitindo o desenvolvimento econômico-social, harmonizando os interesses particulares e os da coletividade.

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Lagoa São Joaquim

Lagoa do Mazerine

Lagoa de Piçarreira

Do ponto de vista ambiental, as lagoas encontram-se complemente degradadas, devido à ocupação desordenada de suas orlas e por serem desembocaduras de esgotos e de lixo, reduzindo a capacidade de escoamento do sistema e transformando-as em focos de doenças e de desconforto para a população

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• A recuperação dessas áreas é de fundamental importância para a manutenção das lagoas como áreas de acumulação e amortecimento das inundações, permitindo a utilização dessas lagoas como parte importante do sistema de escoamento de águas, na época das cheias. Faz-se necessário à transferência das famílias que ocupam estas áreas de riscos para locais seguros e menos impactante ao meio ambiente. Ao mesmo tempo, é importante a adoção de medidas que impossibilite nova ocupação por outras famílias.

• É preciso organizar o espaço ambiental, no qual estão inseridas essas Lagoas, a partir do ordenamento do uso do solo, associado à preservação dos recursos naturais e do meio ambiente, de forma a imprimir uma nova dinâmica aos bairros nos quais estão localizadas as lagoas de maneira que se torne uma região ambientalmente sustentável. Nesse contexto, deve-se realizar a estruturação do sistema viário e aberturas de vias, ciclovias e espaço para pedestres, fazer a recuperação ambiental e sanitária das lagoas e áreas adjacentes, visando à proteção da saúde da população residente na área e utilização para diferentes atividades, como piscicultura, recreação, lazer dentre outras.

• Aliado a isso seria importante também à implementação de programas de educação ambiental, a ser feitos em parceria com as associações de bairros, no sentido de conscientizar a população local sobre a importância de um meio ambiente saudável.

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Como recuperar uma área urbana em tal situação?Como recuperar uma área urbana em tal situação?

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Degradação é inerente à urbanização?

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