Pré Projeto de Pesquisa Final

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO DEPARTAMENTO DE JORNALISMO Henrique Oliveira Arcoverde Pré-Projeto de Pesquisa Cobertura política da eleição 2014: o antes e depois da morte de Eduardo Campos

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Pre projeto de pesquisa

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PONTIFCIA UNIVERSIDADE CATLICA DO RIO GRANDE DO SUL

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UNIVERSIDADE DE BRASLIAFACULDADE DE COMUNICAO DEPARTAMENTO DE JORNALISMO

Henrique Oliveira Arcoverde

Pr-Projeto de PesquisaCobertura poltica da eleio 2014: o antes e depois da morte de Eduardo Campos

Disciplina: Pr-Projeto em JornalismoDocente: Dione O. Moura

Braslia2014

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo analisar a cobertura poltica da mdia na eleio presidencial de 2014. A inteno analisar como os veculos de comunicao retrataram o ento candidato presidncia da repblica pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Eduardo Campos, antes e depois do acidente que o vitimou no dia 13 de agosto de 2014 e, posteriormente, Marina Silva, sucessora de Campos. Por meio de anlise de enquadramentos de Campos e Marina, pretendo mostrar as mudanas na forma como a mdia retratou os candidatos. Desejo tambm fazer um mapa das pesquisas eleitorais durante o perodo analisado para servir de comparativo e, por fim, tenho a inteno de entrevistar cientistas polticos com o objetivo de mostrar possveis interpretaes dos fatos.

Palavras-chave: Jornalismo, Eleies, Poltica, Mdia, Eduardo Campos

Sumrio

APRESENTAO41. OBJETIVO GERAL 42. JUSTIFICATIVA 43. REFERENCIAL TERICO 5 3.1. Anlise de enquadramento 5 3.2. Anlise de contedo6 3.3. Mdia e poltica74. INFORMAES CONTEXTUAIS 11 4.1. Biografia 11 4.2. Eleio 2014 125. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS 13 5.1. Etapas da pesquisa 14 5.2. Cronograma de pesquisa 14 5.3. Oramento 156. RESULTADOS ESPERADOS 15REFERNCIAS 15

ApresentaoNeste trabalho pretendemos tratar analisar a cobertura poltica da mdia na eleio 2014. Vamos abordar a morte do candidato presidncia da repblica Eduardo Campos. Sem esta tragdia, a possibilidade de um segundo turno na eleio era nebulosa, a partir da morte de Campos e a entrada de Marina Silva na disputa, foi possvel supor que o novo presidente s seria conhecido no dia 26 de outubro de 2014, segundo turno da eleio.A intensa cobertura que a mdia deu tragdia e ao desenrolar dos fatos aumentou a comoo que j era latente no brasileiro. Isso se refletiu nas primeiras pesquisas de inteno de voto divulgadas aps a morte de Campos. O Partido Socialista Brasileiro (PSB), de Campos e Marina saltaram do terceiro para o segundo lugar na preferencia dos brasileiros e, logo depois, para a liderana das pesquisas. Com o passar do tempo e com a tragdia cada vez menos presente nos noticirios.Pretendemos mostrar, a partir de uma anlise de enquadramentos, como a mdia mudou a forma de tratar Campos e Marina e o prprio PSB. Ao mesmo tempo relacionar esses enquadramentos com pesquisas de inteno de votos do perodo e, posteriormente, entrevistas com cientistas polticos capacitados para analisar o resultado encontrado.

1. Objetivo GeralAnalisar a cobertura poltica da mdia sobre a morte de Eduardo Campos e o desenrolar na eleio presidencial de 2014.

2. JustificativaEste ano, tivemos a oportunidade de trabalhar intensamente na cobertura das eleies, o maior evento poltico de nosso pas. Nos surpreendeu a proporo que a cobertura jornalstica ganha durante esse perodo. Por conta desse fascnio, resolvemos focar o projeto na cobertura das eleies.A escolha especfica da influncia da morte de Eduardo Campos na eleio se deu por dois motivos principais. O primeiro: um acontecimento singular, que entrar para a histria do pas. O segundo: o fato de o maior evento poltico do Brasil poder ser influenciado por um evento isolado. Esses fatores nos levaram a escolher esse enredo.Outro ponto importante que nos levou a escolher este tema foi ter vivido de perto e ter sentido a reao das pessoas ao meu redor. Nos dias seguintes a tragdia, tivemos a oportunidade de ir em eventos em homenagem a Campos, sesses do Congresso Nacional e em todos os lugares era visvel a comoo das pessoas.Por todos os motivos supracitados, decidimos aprofundar o projeto neste tema.

3. Referencial terico3.1. Anlise de enquadramentoPretendemos utilizar a anlise de enquadramento em nosso projeto. Esse tipo de anlise nos permitir mostrar como a mdia retratou Eduardo Campos e Marina Silva durante diversos momentos cruciais da campanha eleitoral de 2014.Park (2003), citado por Barbosa (2013, p. 49), por meio de uma analogia, nos d mostra mais abstrata do que o enquadramento dentro do contexto jornalstico. As pessoas apenas enxergam o mundo atravs de uma moldura de uma janela. Se a moldura da janela muito pequena, as pessoas j enxergaro uma pequena parte do mundo. Se a janela na parede voltada para o oeste, as pessoas apenas enxergaro o oeste. Em outras palavras, a mdia pode mostrar apenas uma pequena parte do mundo a partir de um particular ponto de vista. (PARK, 2003, p. 145; apud LEAL, 2007, p.2; traduo de Leal).J Etman (1994), tambm citado Barbosa (2013, p.50) nos d uma ideia mais concisa e concreta do que seria o mtodo do enquadramento. Porto (2002), citado por Barbosa (2013, p.51), se refere a definio de Etman (1994) como um conceito capaz de resumir o enquadramento e definir suas aplicaes na anlise de contedo da mdia. Portanto, nos basearemos nesse conceito.O enquadramento envolve essencialmente seleo e salincia. Enquadrar significa selecionar alguns aspectos de uma realidade percebida e faz-los mais salientes em um texto comunicativo, de forma a promover um definio particular do problema, uma interpretao causal, uma avaliao moral e/ou uma recomendao de tratamento para o item descrito (ETMAN, 1994, p. 294; itlicos no original; traduo do autor; apud PORTO, 2002, p. 7, traduo de Porto).

3.2. Anlise de contedoPretendemos fazer uma anlise de reportagens para analisar o contedo de publicaes para depois traarmos os enquadramentos abordados pelos meios de comunicao que escolheremos posteriormente. Quando falamos de anlise de contedo, um nome muito recorrente: Bardin (1977), por isso, nos basearemos em sua definio de anlise de contedo. Um conjunto de tcnicas de anlise das comunicaes visando obter por procedimentos sistemticos e objetivos de descrio do contedo das mensagens indicadores (quantitativos ou no) que permitam a inferncia de conhecimentos relativos s condies de produo/recepo (variveis inferidas) destas mensagens. (BARDIN, Laurence. Anlise de Contedo. Lisboa: Edies 70, 1977, p.44.)Ainda de acordo com Bardin (1977), citado por Barbosa (2013), a produo ilaes a partir da anlise de contedo apresenta um modo de organizao que se divide na: pr anlise; explorao do material; e tratamento dos resultados. Seguiremos este procedimento durante a realizao do nosso projeto.

3.3. Mdia, poltica e eleiesDe acordo com Rubim e Azevedo (1998), o campo de estudos entre comunicao e poltica tem seu boom inicial a partir das eleies de 89, a primeira eleio depois da redemocratizao, que protagonizou uma pica disputa entre Fernando Collor de Mello e Luiz Incio Lula da Silva.Sem dvida, a eleio presidencial de 1989, realizada depois de 29 anos sem eleies diretas para presidente, aparece como acontecimento detonador de um boom imediato e posterior de reflexes sobre o enlace mdia e poltica. Pode-se afirmar que este acontecimento eleitoral, ao fazer emergir em toda sua potncia estas novas conexes entre mdia e poltica, comea verdadeiramente a conformar um campo de estudos sobre comunicao e poltica no pas, perpassado por olhares sintonizados com esta nova circunstncia de sociabilidade acentuadamente midiatizada. (Rubim, A.A.C e Azevedo, Fernando Antnio. Midia e poltica no Brasil: textos e agenda de pesquisa. Lua Nova: Revista de Cultura e Poltica, n 43, So Paulo, 1998.)O impeachment de Collor e as eleies de 94 como dois fatores que ajudaram a consolidar os estudos e delinear o campo da comunicao e poltica. (RUBIM E AZEVEDO 1998). Em 1998, a interveno da mdia na eleio se fez em sintonia com as foras dominantes do campo poltico. (RUBIM E COLLING, 2004)ficou patente uma afinidade ideolgica entre setores dominantes na poltica e boa parcela da mdia em torno do Plano Real e das proposies neoliberais para o Brasil. Esta afinidade eletiva no derivava, entretanto, exclusivamente de uma convico ou afiliao ideolgica, mas de uma crnica dependncia da mdia ao Estado. [...] Por fim, outra interveno da mdia: o quase silenciamento acerca de um episdio to transcendente para o pas [...] Tal atitude denuncia um abandono de uma lgica produtiva jornalstica em detrimento de postura de mera adeso ao sistema poltico dominante. Alm disso, tal atitude buscou impor aos cidados uma viso de eleio j decidida e, portanto, sem atraes para ser publicizada. (RUBIM, A.A.C e Colling, Leandro. Midia e eleicoes presidenciais no Brasil pos-ditadura, Bahia, 2004)Diferente de 98, quando a cobertura da eleio foi considerada fria, em 2002 a cobertura jornalstica foi marcada pela superexposio e ampla visibilidade desde o perodo pr-eleitoral. Rubim e Colling (2004). Ainda de acordo com Rubim e Colling (2004), o Jornal Nacional, antes to criticado, mostrou preocupao em conceder o mesmo espao de tempo para todos os candidatos e juntamente com o resto da imprensa realizou a maior e melhor cobertura de todas as eleies presidenciais brasileiras at ento.Essa breve anlise das trs primeiras eleies aps a redemocratizao nos do uma ideia do poder da mdia no campo poltico, principalmente quando tratamos de eleies.Apesar de toda a influncia demonstrada no contexto poltico brasileiro, Guazina (2007) aponta que a mdia, ainda que presente em estudos de eleies, raramente levada em conta nos campos de estudo da Cincia Poltica brasileira.a mdia e suas influncias, ainda que presentes em estudos sobre eleies, por exemplo, ainda no fazem parte das principais preocupaes da Cincia Poltica brasileira. Os cientistas polticos resistem em utilizar a mdia como categoria importante em suas anlises, em parte por dificuldades tericas, em parte por problemas de ajuste metodologia tradicional. (GUAZINA, Liziane. O conceito de mdia na comunicao e na cincia poltica: desafios interdisciplinares. Revista Debates, Porto Alegre, v.1,n.1, pp.49-64, jul-dez, 2007.)As estratgias hbridas da comunicao foram constitudas a partir de Calvino (1990), citado por Weber (1999, p.8). Talvez a estratgia que melhor se encaixe no assunto estudado seja a estratgia da publicidade.resulta da juno entre a visibilidade e a opacidade permitida pelas mdias, ao propor imagens conceituais, estabelecendo a linha entre o que deve ser visto e promovido e aquilo que deve ser mantido em regime de opacidade. a estratgia mais representativa do poder miditico. Aqui reside a discusso sobre os conceitos como a verdade e realidade j que a importncia de um evento para os poderes polticos, econmicos e miditicos no ter necessariamente o mesmo grau de importncia para os participantes diretos deste evento. (Weber, Maria Helena. Hibridao de verdades polticas e miditicas. In: Revista do Mestrado da Comunicao UFRGS. N. 6 (1999).)Calvino (1990), citado por Weber (1999, p.9) tambm discorre sobre outras estratgias, como a da velocidade; densidade; organicidade; igualdade; totalidade; e a da moralidade que tambm vale ser destacada por estar bastante presente no debate de mdia e poltica.rene a tica e o cinismo, mesmo sendo a tica, o principio do exerccio miditico, este aparece maculado por estticas e interesses transformando a tica numa questo apenas individual quando as mdias tm funes publicas permanentes. (Weber, Maria Helena. Hibridao de verdades polticas e miditicas. In: Revista do Mestrado da Comunicao UFRGS. N. 6 (1999).)Outro conceito interessante a ser abordado o de Imagem Pblica. Segundo Weber (2009) a imagem pblica controlada em grande parte por quem detm poder financeiro, poltico e miditico. Para Weber (2004), a construo da Imagem Pblica proporcional a desconstruo e ambas so definidas pelo cidado, receptor, consumidor, em grupo ou individualmente.Neste sentido, a Imagem Publica ser o resultado de disputas simblicas exibidas ao imaginrio coletivo em busca de respostas. Esse texto foi construdo a partir dessas premissas que indicam a Imagem Pblica como indicador da opinio publica e a sua funcionalidade na ininterrupta disputa politica junto a sociedade e junto aos medias. (Weber, Maria Helena. O estatuto da Imagem Pblica na disputa poltica. In: Revista do programa de Ps-Graduao em Comunicao e Cultura da Escola de Comunicao da UFRJ. v.12, n. 3 (2009).)Weber (2009) afirma que a construo da imagem pblica est diretamente ligada a representao dos media. Para ela, no entanto, as aparies no ocorrem sem pactos e disputas em torno do interesse pblico e interesses privados de cada uma das instituies e sujeitos, e todos so submetidas a espaos de visibilidade pblica. Ainda de acordo com Weber (2009), cada ao poltica depende da visibilidade pblica e prev apoio, defesa, ataque. Por isso, acordos e disputas esto sempre presentes no momento de aparecer publicamente.E preciso promover, ser visto, aprovado, reconhecido como politico, primeiramente no espao partidrio e, depois, no exerccio da representao junto aos poderes Executivo, Legislativo ou Judicirio. Outro nvel de pactos e disputas da representao ocorre na intermediao dessa representao, especialmente nos media. As aes do representante politico so justificadas, contestadas ou ignoradas em instancias de produo de opinio e aes equivalentes. E o caso da base partidria, dos partidos adversrios, movimentos sociais, entidades de classe, grupos religiosos, organizaes representativas e, particularmente, os meios de comunicao de massa. (Weber, Maria Helena. O estatuto da Imagem Pblica na disputa poltica. In: Revista do programa de Ps-Graduao em Comunicao e Cultura da Escola de Comunicao da UFRJ. v.12, n. 3 (2009).)

4. Informaes contextuais4.1. BiografiasPernambuco, Eduardo nasceu em 10 de agosto de 1965. Era casado com Renata com quem teve cinco filhos. Ingressou na vida pblica em 1990 no mesmo PSB no qual foi candidato presidncia. Foi eleito trs vezes deputado federal em Pernambuco e uma vez deputado estadual. Em 2004, se tornou ministro de Cincia e Tecnologia no governo Lula e, em 2005, se torna presidente nacional do PSB. Neto de Miguel Arraes, governador de Pernambuco por trs vezes, Eduardo se tornou governador do estado em 2006. Em 2010 foi reeleito com um taxa de aprovao de quase 80%. No dia 28 de junho de 2014, o PSB anunciou a chapa que concorreria eleio presidencial pelo partido. Campos, presidente e, Marina Silva, a vice.A acreana nasceu em 1958 e em 1984, junto com o seringueiro Chico Mendes, ajudou a fundar a Central nica dos Trabalhadores (CUT) no Acre. Em 86, filiada ao PT, disputou sua primeira eleio e, apesar de ter ficado entre os cinco mais votados, Marina no foi eleita deputada federal por causa do coeficiente eleitoral. Em 88 se tornou vereadora e em 90 deputada estadual, com votao recorde em ambas as eleies. Em 94, chegou a Braslia como a senadora mais jovem da histria e foi reeleita em 2002. Defensora ferrenha de polticas sustentveis e do meio ambiente, Marina assumiu o Ministrio do Meio Ambiente no governo Lula, em 2003. Deixou o cargo em 2008 e no ano seguinte se desfiliou do PT. Em 2010, concorreu presidncia da repblica pelo Partido Verde (PV) e obteve quase 20 milhes de votos. No ano seguinte deixou o PV e em 2013 criou a Rede Sustentabilidade. Por conta de problemas no registro da sigla, a Rede no foi formalizada tempo para poder lanar candidatos para as eleies de 2014, motivo principal para Marina encampar a ideia do PSB e entrar na chapa com Campos.

4.2. Eleio 2014A eleio presidencial de 2014 foi a mais acirrada desde a redemocratizao do Brasil. Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT) foi reeleita em segundo turno com 51,64% dos votos vlidos contra 48,36% de Acio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). No incio da campanha eleitoral, contudo, a vitria de Dilma se desenhava de maneira mais tranquila. Na primeira pesquisa Data Folha aps o anncio oficial dos registros de candidatura e realizada entre 15 e 16 de julho, Dilma, com 36% dos votos totais, possua uma larga vantagem sobre os outros dois principais candidatos presidncia: Acio Neves (20%) e Eduardo Campos (8%). Nmeros que ficaram estveis at o dia 13 de agosto, data do fatdico acidente que vitimou Campos. A partir deste momento, a especulao sobre quem seria o substituto de Campos tomou conta do Brasil. Enquanto isso, a mdia dava ampla cobertura tragdia. A comoo da famlia Campos tomou conta do Brasil.Marina Silva, a vice na chapa, foi escolhida a sucessora de Campos. O deputado federal Beto Albuquerque foi escolhido para compor a chapa. Enquanto os jornais ainda estampavam a morte de Campos, o Datafolha divulgou no dia 18 de agosto, a primeira pesquisa aps a oficializao de Marina como candidata. Por ela, ficou claro que a vitria de Dilma dificilmente viria no primeiro turno. Tanto a candidata do PT, quanto Acio, mantiveram os percentuais da pesquisa anterior. Marina, no entanto, saltou para surpreendentes 21% de inteno de voto. Em um eventual segundo turno, a pesquisa mostrou Marina (47%) numericamente a frente de Dilma (43%), com um empate tcnico no limite da margem de erro de 2%.Enquanto as suspeitas e investigaes sobre a queda do jato que vitimou Eduardo Campos continuavam, o Datafolha divulgou uma nova pesquisa no dia 29 de agosto. Pela primeira vez, Dilma e Marina apareciam numericamente empatadas no primeiro turno, ambas com 34%. Acio despencava para 15%. Em um eventual segundo turno, Marina (50%) abriu 10% sobre Dilma (40%).A partir dai o tragdia de Campos aparecia cada vez menos na mdia. Os adversrios de Marina, preocupados com sua crescente, comeam a utilizar o tempo em debates e programas eleitorais gratuitos para desconstruir a imagem da peessebista. O escndalo da Petrobrs toma conta dos noticirios e o prprio Eduardo Campos, de acordo com a revista Veja, citado por Paulo Roberto Costa como um suposto beneficirio do esquema de corrupo na estatal.Os ataques a Marina continuam e um no dia 4 de outubro, vspera do primeiro turno, o Datafolha divulga pesquisa em que, depois de mais de um ms, Marina (24%) aparece atrs de Acio (26%), com Dilma (44%) apresentando larga vantagem. As pesquisas se concretizam e, no dia 5 de outubro, Marina fica fora do segundo turno das eleies. Com 21,32% dos votos vlidos votao semelhante a 2010 a acreana fica na terceira posio. Dilma (41,59%) e Acio (33,55%) foram para o segundo turno.

5. Procedimentos metodolgicosInicialmente, pretendemos concentrar os esforos na parte terica para poder ampliar o nmero de referncias sobre o tema e ento poder ter um maior entendimento sobre o tipo de anlise que realizaremos e sobre as peculiaridades envolvidas no jornalismo poltico e cobertura de eleies.Depois, dever vir a escolha de veculos e de perodo de anlise de contedo. Aps a escolha, precisaremos fazer a seleo das reportagens e em seguida uma anlise preliminar das mesmas. Em um segundo momento, vir a anlise dos enquadramentos. Por fim, viro as entrevistas com cientistas polticos com o intuito de apresentar possveis interpretaes para os resultados apresentados.

5.1. Etapas da pesquisa5.1.2. Pesquisa bibliogrficaEtapa na qual pesquisaremos autores e conceitos relacionados ao tema jornalismo e poltica, cobertura poltica e de eleies e anlise de enquadramento. 5.1.3. Veculos e perodo Etapa na qual sero definidos os veculos analisados e o perodo em que as sero escolhidas.5.1.4. Seleo das reportagensEtapa em que sero escolhidas as reportagens a serem analisadas.5.1.5. Plano GeralTraar um plano geral das matrias analisadas e as informaes nelas contidas.5.1.6. EnquadramentosNeste momento, comea a anlise da figura pblica de Eduardo Campos nas reportagens selecionadas. 5.1.7. EntrevistasEtapa em que sero realizadas entrevistas com cientistas polticos com o intuito de apresentar possveis interpretaes para os resultados apresentados.5.1.8. Concluso e defesa da monografia5.2. Cronograma de pesquisa

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Leitura

Veculos e perodo

Seleo das reportagens

Plano geral

Enquadramentos

Entrevistas

Finalizao

Entrega

5.3. OramentoO oramento ser basicamente voltado para compra de material bibliogrfico e de peridicos para anlise.

6. Resultados esperados Esperamos com este projeto aprofundar nosso conhecimento sobre jornalismo poltico e ter sucesso em estabelecer a relao proposta no estudo.

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