PREFEITURA DO MUNICIPIO DE VALINHOS Estado de São Paulo Secretaria de Planejamento e ... ·...
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PREFEITURA DO MUNICIPIO DE VALINHOS
Estado de São Paulo
Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente
LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL
CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MOINHO DE VENTO
Condomínio residencial Moinho de Vento CPF: CNPJ 01.042.920/0001-35,
Telefone: 19- 38713490 Endereço: Estrada dos Jequitibás, 1750 – Bairro Veneza
Município: Valinhos - SP CEP: 13290-000
Responsável Técnico:
Maria Elisa Von Zuben Tassi Engª Agrônoma
CREA 5062069233 [email protected]
2012
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SUMÁRIO
1. Introdução................................................................................................... 3
2. Arborização do Sistema Viário..................................................................... 5
3. Projeto de Arborização Urbana................................................................... 5
4. Projetos de Compensação Ambiental......................................................... 6
5. Destino dos resíduos sólidos....................................................................... 7
6. Detalhamento do acompanhamento efetuado pelo profissional............... 7
7. Registro Fotográfico.................................................................................... 8
8. Considerações Finais.....................................................................................14
9. Anotação de Responsabilidade Técnica........................................................14
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1.INTRODUÇÃO
Considerando que a preservação e manutenção dos recursos naturais e biodiversidade
local é de extrema importância para a qualidade de vida, e em cumprimento com a legislação
federal (CONAMA) e municipal (Lei nº 4123 - 04/05/2007), que dispõe sobre a necessidade de
caracterização e monitoramento ambiental dos recursos naturais dos loteamentos fechados e
condomínios horizontais residenciais, e, sobre a ordenação do uso e ocupação do solo no
Município de Valinhos, respectivamente, segue abaixo o laudo técnico ambiental referente às
áreas verdes do condomínio residencial Moinho de Vento.
O condomínio residencial possui atualmente 190 casas, 14 obras e 54 lotes. Possui
área total de 484.523,65 m² e 91.000 m² de áreas denominadas “Sistemas de Lazer e Áreas
Verdes”, sendo passíveis de monitoramento e conservação incluídas nas áreas de Uso Comum
do condomínio (foto 1). Destas, 5.6000 m² são de Áreas de Preservação Permanente - APP1,
tais como a mata próximo ao mini-campo (39.000m²) e a área da lagoa (17000m²), em função
dos recursos hídricos existentes no local. Estas áreas possuem uma grande diversidade de
espécies.
A localização do condomínio é de significativa relevância, pois está situado dentro de
uma área de reconhecida importância ambiental, a Serra dos Cocais. Assim sendo, as duas
1 De acordo com o Código Florestal brasileiro (Lei 4.771 de 15/09/1965), Áreas de Preservação Permanente (APP) são áreas “...cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”. Exemplos de APP são as áreas marginais dos corpos d’água (rios, córregos, lagos, reservatórios) e nascentes; áreas de topo de morros e montanhas, áreas em encostas acentuadas, restingas e mangues, entre outras.
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nascentes e subsequentes cursos d`água ali existentes assim como a mata ciliar restante e a
formação geológica do relevo2, caracterizam-no como prioritário para a conservação.
As áreas foram subdivididas em seis, em função de sua localização:
A. ÁREA 1 (Área da Lagoa – nascente com curso d’agua aprox. 100m): Área Verde (AV)
/ Sistema de Lazer (SL) a Oeste do terreno com 17000m², acesso pelas Alamedas
Jacarandá, Jequitibá, Eucalipto e Araucária;
B. ÁREA 2 (Área do mini-campo - nascente com curso d’água aprox. 100 metros):
AV/SL ao Sul do terreno com 39000m², acesso pelas Alamedas Itaúba, Peroba,
Mogno e Cedro, Tipuana e Plátano;
C. ÁREA 3 (pequeno bosque): SL ao Sul do terreno com 1032m², acesso pela Alameda
Cedro;
D. ÁREA 4 (bancos e parquinho pq.): AV/SL a Leste do terreno com 1381m², acesso
pelas Alamedas Jataí e Grevílea;
E. ÁREA 5 (mata fechada): AV/SL a Leste do terreno com 19875m², acesso pelas
Alamedas Palmeira e Flamboyant;
F. ÁREA 6 (Área da sede/clube): SL a Leste do terreno com 13284m², acesso pela
Alameda Ipê;
Foto 1 Limites das áreas de uso comum e sistema de lazer. Áreas 1 e 2, de especial proteção ela existência de curso d’agua. Fonte: Imagem do Google 2010.
2 O terreno está compreendido dentro dos domínios dos “Mares de Morro” da Mata Atlântica paulista, sendo predominante a Floresta Estacional Semidecidual como cobertura vegetal original. Possui formação geológica como afloramentos rochosos (granito) e remanescentes de caatinga (Hauck
2, 2007).
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2. ARBORIZAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO
As árvores localizadas nas calçadas do condomínio também são vegetações
importantes. Existem alamedas bem arborizadas (foto 2) com eritrinas, quaresmeiras, ipês,
aroeiras, araucárias, bauhínias, dentre outras, incluindo remanescentes da mata natural.
Recentemente estão sendo plantadas diversas mudas para aumentar a diversidade e
quantidade de plantas próximo às alamedas.
Além destas, o condomínio possui árvores e/ou plantas situadas em locais
inadequados, plantadas sob a fiação e/ou em calçadas estreitas, como o tamboril
(Enterolobium contortisiliquum), árvore de grande porte.
Encontra-se no condomínio algumas alamedas bem arborizadas, mas também é
comum encontrar grandes espaços vazios, sem arborização (foto 10) como as alamedas:
jatobá, tipuana, cássia, cerejeira, que foram classificadas como as com maiores espaços livres.
Também foi feito um levantamento das árvores existentes nos mais de 50 lotes do
condomínio. Existem ainda, aproximadamente 20 exemplares (foto 11) passíveis de
preservação ou compensação ambiental, localizados fora das Áreas de Uso Comum.
3. PROJETO DE ARBORIZAÇÂO URBANA
Em novembro de 2011 foi encaminhada à administração do condomínio uma proposta
de projeto de arborização urbana que começou a ser executado no mês subsequente. Um
primeiro estudo (dezembro/ 2007) propôs o plantio de 622 mudas em áreas viáveis, além do
revigoramento das árvores existentes. Após uma revisão desta proposta, foi sugerido um
plantio de 300 mudas ao longo das vias, incluindo espécies de pequeno, médio e grande porte.
O condomínio já iniciou os plantios (foto 9) nas principais ruas elencadas acima, com a
compra de 90 mudas de aproximadamente 2 metros de altura, incluindo exemplares exóticos
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como: magnólia amarela (Magnolia grandiflora), alfeneiro do japão (Ligustrum lucidum),
grevílea anã (Grevillea banksii) e robusta (Grevillea robusta), astapéia (Dombeya sectabilis),
caliarpa (Callicarpa reevesii), jacarandá (Jacaranda mimosifolia), resedá (Lagerstroemia indica),
etc.
O plantio de tais mudas está previsto para ser feito, no máximo, até os meses de abril.
As mudas serão irrigadas para que não sejam perdidas em função do tempo mais seco.
4. PROJETOS DE COMPENSAÇÂO AMBIENTAL
Estão em curso atualmente cinco (5) processos de compensação ambiental em função da
remoção de árvores isoladas, além de um processo de degradação ambiental vinculado à
Secretaria do Meio Ambiente (órgão estadual) referente aos cursos d’água existentes. Cada
processo encontra-se em um estágio de desenvolvimento conforme a descrição abaixo e
relatórios encaminhados aos órgãos competentes:
I. SMA 16/2008 - Degradação Ambiental = plantio de 170 mudas nativas heterogêneas
(Área 1). Entrega de cinco relatórios de monitoramento à promotoria pública de
Valinhos (fotos 4 e 5).
II. PMV 4793/2010 - Remoção de 2 Paus-ferros = plantio de 50 mudas nativas
heterogêneas (Área 2). Entrega do terceiro relatório de monitoramento à prefeitura
municipal de Valinhos (foto 6 e 8).
III. PMV 9212/2010 – Remoção de 1 Tamboril = plantio de 25 mudas nativas
heterogêneas (Área 2). Entrega do terceiro relatório de monitoramento à prefeitura
municipal de Valinhos (foto 8).
IV. PMV 11980/2010 – Remoção de 1 Aroeira = plantio de 25 mudas nativas heterogêneas
(Área 2). Entrega do segundo relatório de monitoramento à prefeitura municipal de
Valinhos (foto 7 e 8).
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As mudas que não tiveram bom desenvolvimento estão sendo repostas conforme
orientação técnica. Sugere-se que todas as mudas, provenientes de processos de
compensação ambiental sejam identificadas com targeta com o número do processo, além de
serem obrigatoriamente estaqueadas para que recebam maior proteção.
A Prefeitura Municipal de Valinhos realizou uma última vistoria aos processos ambientais
em andamento em setembro de 2011, passando orientações técnicas a serem cumpridas.
5. DESTINO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
O destino dos resíduos mantém-se através dos serviços de coleta da prefeitura e da
cooperativa de reciclagem municipal. Já os restos vegetais orgânicos, como as aparas de
grama, são encaminhados para caçambas alugadas que ficam dispostas na parte externa do
condomínio.
Tais resíduos poderiam ser acondicionados dentro da mata e/ou compostados, assim
como os galhos maiores poderiam ser picados, diminuindo gastos com aluguel mensal de
caçamba e compra de adubos, além de destinar adequadamente os resíduos gerados no
condomínio.
Os demais resíduos oriundos das construções residenciais, tais como a terra
(terraplanagem) e pedras são encaminhadas à empresas específicas do ramo, que retiram
através do aluguel de caçambas particulares.
6. DETALHAMENTO DO ACOMPANHAMENTO EFETUADO PELO PROFISSIONAL
O profissional vem auxiliando mensalmente no monitoramento das áreas verdes do
condomínio, assim como à adequação dos projetos ambientais. Também tem passado
orientações técnicas quanto à preservação dos recursos naturais (incluindo a água) e manejo
florestal.
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7. REGISTRO FOTOGRÁFICO
Foto 2 Vista de área verde, arborizada com quaresmeiras, na Alameda Tipuana.
Foto 3 Vista de plantio de duas linhas de Cássia mimosa, ao lado da Alameda Itaúba (área 2), com
objetivo de aumentar a diversidade de plantas no condomínio.
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Foto 4 Vista de reflorestamento localizado na Área 1, completando 3 anos de plantio. Detalhe para
exemplar de paineira, à direita, com mais de 3 metros de altura. Ao fundo nota-se parte de
construção para uso comum/lazer em frente à lagoa.
Foto 5 Vista de reflorestamento feito à margem da lagoa (Área 1).
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Foto 6 Vista da Área 2, com reflorestamento (compensação ambiental) sobre o bosque já existe,
junto à cabeceira da nascente/mata ciliar.
Foto 7 Vista de talude com mudas (compensação ambiental) ao lado do campo de futebol (Área 2).
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Foto 8 Foto aérea demarcada com os locais de plantios compensatórios realizados na área 2.
Foto 9 Projeto de arborização urbana com exemplares de Magnólia amarela, Jacarandá mimoso e
Astrapéia branca plantadas recentemente na Alameda Sibipiruna.
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Foto 10 Exemplo de ruas com pouca arborização. Fotos das Alamedas Jatobá e Jequitibá.
Foto 11 Detalhe para exemplar isolado de Cedro, localizado em lote particular.
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Foto 12 Destaque para Área 6, com possibilidades de adensamento vegetal e plantio de árvores junto
às vias públicas.
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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O condomínio vem se esforçando para manejar as áreas verdes de maneira adequada
visando preservar a vegetação e fauna existentes, a fim de melhorar a diversidade e
preservação dos recursos naturais.
Também se pretende continuar o plantio de espécies ornamentais para aumentar a
quantidade de árvores nas vias do condomínio, assim como para os eventuais projetos de
compensação ambiental que se façam necessários.
Nada mais havendo a acrescentar, dou por encerrado o presente laudo, redigido em
14 folhas, seguindo esta datada e assinada para todos os fins de direito, mais anotação de
responsabilidade técnica- ART.
Valinhos, 17 de fevereiro, 2012
Maria Elisa Von Zuben Tassi Enga. Agrônoma
CREA 5062-69233