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PREFEITURA MUNICIPAL DE MACEIÓ

SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

COORDENAÇÃO GERAL DE GESTÃO DO TRABALHO

Plano Municipal de Educação Permanente dos Trabalhadores do SUAS de Maceió

Maceió /AL2019

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MACEIÓ

SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

COORDENAÇÃO GERAL DE GESTÃO DO TRABALHO

Prefeito do Município de Maceió Rui Soares Palmeira

Vice-PrefeitodoMunicípio de Maceió Marcelo Palmeira Cavalcante

Secretário Municipal de Assistência Social Marcelo Palmeira Cavalcante

Secretário Adjunto de Assistência Social Luiz Henrique Lima Alves Pinto

Diretora de Proteção Social Básica e Transferência de

Renda Denaide dos Santos Oliveira

Diretora de Proteção Social Especial Sheyla Alves Barros

Diretor de Planejamento, Orçamento e Finanças Talvanes Araújo Silva

Diretor de Administração

Luciano Padilha Maia Gomes

Coordenação Geral de Gestão do Trabalho Rui Miguel Lopes Machado

FICHA TÉCNICA

Coordenação Geral de Gestão do Trabalho Rui Miguel Lopes Machado

Comissão Elaboradora do Plano Alexsandra Melo de Oliveira Silva

Dinair da Costa Barros Eunice Novaes Regis de Moura Barros

Eunice Pacheco Lima Luciana Maria de Andrade Mello

Mariele dos Santos Mônica Padilha de Souza Brandão

Thaís Karina Guedes Bezerra de Melo Barbosa

Assessoria Técnica Profa. Dra. Janne Alves Rocha

Revisão Ortográfica Prof. Dr. Alexandre Melo de Oloveira

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SIGLAS

AEPETI – Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do

Trabalho Infantil

CAPACITASUAS – Programa Nacional de Capacitação do SUAS

CF/88 – Constituição Federal \1988

CMAS – Conselho Municipal de Assistência Social

CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social

CRAS – Centro de Referência de Assistência Social

CASA – Centro de Atendimento Sociassistencial

CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência

Social

DPSBTR – Diretoria de Proteção Social Básica e Transferência

de Renda

DPSE – Diretoria de Proteção Social Especial

FNAS – Fundo Nacional de Assistência Social

LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social

LA –Liberdade Assistida

MDS– Ministério da Cidadania

MEC – Ministério da Educação

NEP – Núcleo de Educação Permanente

NOB – Norma Operacional Básica

NOB/SUAS – Norma Operacional Básica do Sistema Único de

Assistência Social

NOB/RH/SUAS – Norma Operacional Básica de Recursos

Humanos do SUAS

PMEPT – Plano Municipal de Educação Permanente dos

Trabalhadores do SUAS

PNAS – Política Nacional de Assistência Social.

PNEP/SUAS – Política Nacional de Educação Permanente do

SUAS

RENEP/SUAS – Rede Nacional de Educação Permanente do

SUAS

PSB – Proteção Social Básica

PSE – Proteção Social Especial

PAIF – Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família

PAEFI – Serviço de Proteção e Atendimento Especializado à

Família e Individuos

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PSC – Prestação de Serviço a Comunidade

SEMAS – Secretaria Municipal de Assistência Social

SNAS – Secretaria Nacional de Assistência Social

SUAS – Sistema Único de Assistência Social

SCFV – Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vinculos

LISTA DE QUADROS

Quadro I – Trabalhadores de nível superior

Quadro II– Trabalhadores comissionados

Quadro III – Trabalhadores de nível médio e fundamental

Quadro IV – Demonstrativo de realização de oficinas por

território

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Estrutura organizacional da Secretaria Municipal de

Assistência Social

Figura 2 – Órgãos Colegiados

Figura 3 – Localização dos equipamentos socioassistenciais da

rede pública por território de proteção social especial (PSE)

Maceió/2019

Figura 4– Mapa institucional da rede socioassistencialPSE 1

Figura 5– Mapa institucional da rede socioassistencialPSE 2

Figura 6 – Mapa institucional da rede socioassistencialPSE3

Figura 7 – Mapa institucional da rede socioassistencialPSE 4

Figura 8– Mapa institucional da rede socioassistencial PSE 5

Figura 9 – Mapa institucional da rede socioassistencial PSE 6

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APRESENTAÇÃO

O Plano Municipal de Educação Permanente dos

Trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social do

Município de Maceió - PMEP/SUAS/Maceió constitui-se num

instrumento de planejamento das ações de capacitação e tem por

finalidade a qualificação e o fortalecimento do processo de

trabalho no âmbito da gestão, através do provimento de serviços,

programas, projetos e benefícios socioassistenciais ofertados e

do controle social no SUAS, visando o aprimoramento do corpo

técnico-administrativo no uso de habilidades e atitudes,

competências técnicas, éticas e teórico-práticas no cotidiano do

exercício do trabalho profissional no desenvolvimento das ações

socioassistenciais.

Este Plano está em consonância com a legislação federal

que vem desde a Constituição de1988, passando pela Lei

Orgânica da Assistência Social (LOAS, 1993), pela Norma

Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS (NOB RH

SUAS, 2006), Norma Operacional Básica do SUAS (NOB SUAS,

2012), até culminar na Resolução nº 04 de 13 de março de 2013

do Conselho Nacional de Assistência Social/CNAS, que institui a

Política Nacional de Educação Permanente/PNEP do SUAS,

pautada na perspectiva política, pedagógica e cultural de

Educação Permanente, que valoriza o conhecimento profissional

e a prática interdisciplinar desenvolvida no cotidiano de cada

realidade social.

Dessa forma, o PMEP/SUAS/Maceió se configura como

estratégia de qualificação da oferta dos serviços

socioassistenciais e de valorização dos trabalhadores,

respondendo às exigências postas pelas normativas, como

também à necessidade de desenvolvimento de um processo de

educação permanente que contribua para o avanço e

consolidação do SUAS no município de Maceió. Busca-se a

integração e a coordenação de um conjunto de habilidades,

conhecimentos e atitudes que na sua manifestação, produzam

uma atuação diferenciada.

Marcelo Palmeira Secretário Municipal de Assistência Social

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................... 01

I – FUNDAMENTAÇÃO DO PLANO ................................ 02

II – DIAGNÓSTICO SOCIOTERRITORIAL DO SUAS DE

MACEIÓ .............................................................................. 04

III – OBJETIVOS ................................................................. 14

1. OBJETIVO GERAL ................................................ 14

2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................... 14

IV – PÚBLICO ALVO............................................................ 14

V– PERFIL DOS TRABALHADORES DA SEMAS ............. 14

1. TRABALHADORES DE NÍVEL SUPERIOR ............. 16

2. TRABALHADORES DE NÍVEL MÉDIO E

FUNDAMENTAL .................................................... 18

VI – LEVANTAMENTO DAS DEMANDAS ......................... 20

1. DEMANDAS POR PERCURSOS

FORMATIVOS ...................................................

. 23

2. GESTÃO DO SUAS ............................................ 23

3. PROVIMENTO DE SERVIÇOS E BENEFÍCIOS. 23

4. CONTROLE SOCIAL NO SUAS ........................ 24

VII – METAS ...................................................................... 26

VIII– MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO ......................... 27

IX – FONTES DE FINANCIAMENTO ................................. 27

REFERÊNCIAS ........................................................... 28

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1

INTRODUÇÃO

O Plano Municipal de Educação Permanente dos

Trabalhadores do SUAS de Maceió - PMEPT/SUAS é um

instrumento de planejamento que estabelece as ações de

capacitação a serem executadas pelo município, em

conformidade com os princípios e diretrizes estabelecidos na

Política Nacional de Educação Permanente.

Este PMEPT/SUAS está embasado no diagnóstico

socioterritorial realizado pela equipe de Vigilância

Socioassistencial desta Secretaria.

Para o desenvolvimento das ações, a Comissão instituída

no propósito de elaborar este PMEPT/SUAS, identificou a

necessidade de capacitação visando o aprimoramento dos

conhecimentos e competências contemplando as três funções

essencias do SUAS: a Gestão, o Provimento dos Serviços,

Programas, Projetos e Benefícios e o Controle Social e

1Os Serviços, Programas, Projetos e Benefícios da Política de Assistência Social de

Maceió, encontram-se territorializados em 06 grandes áreas, denominadas de áreas de Proteção Social Especial - PSE, que serviram deparâmetro territorial desse diagnóstico, em relação às demandas potenciais e as ofertas de serviços das proteções

implementou os seguintes procedimentos metodológicos:

realização de reuniões para alinhamentos de conceitos e

conteúdos; estudos bibliográficos preliminares sobre educação

permanente no âmbito do SUAS; levantamento de dados sobre o

diagnóstico da Assistência Social de Maceió e o processo de

trabalho na SEMAS; e a operacionalização de quatro oficinas

com os trabalhadores de nível fundamental, médio e superior dos

diversos serviços executados pela SEMAS, conforme delimitação

dos Territórios da Proteção Social Especial de Maceió1, para a

construção das propostas de capacitação, identificando as

necessidades reais de cada território.

A concepção de Educação Permanente no SUAS está

norteada pela necessidade de uma formação/capacitação que

possibilite, de um lado o aprofundamento dos conhecimentos

adquiridos ao longo dos percursos acadêmicos e, de outro, a

construção de novos conhecimentos adquiridos no dia a dia

profissional, permitindo uma permanente e sistemática

qualificação dos trabalhadores.

básica e especial. Tais áreas foram definidas pela resolução do Conselho Municipal de Assistência Social nº 005, de 11 de maio de 2015.

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A exposição do conteúdo deste Plano está estruturada em

itens, dispostos da seguinte forma: I– Fundamentação Teórica; II–

Diagnóstico Socioterritorial; III– Objetivos; IV– Público Alvo a

quem se destina o processo de educação permanente; V– Perfil

dos Trabalhadores da SEMAS; VI– Levantamento das

Demandas; VII– Metas; VIII– Monitoramento e Avaliação; IX–

Fontes de Financiamentos.

I – FUNDAMENTAÇÃO DO PLANO

A partir da Constituição Federal de 1988, a Assistência

Social passou a compor o tripé da Seguridade Social, juntamente

com a saúde e a previdência social, na condição de Política

Pública, dever do Estado, constituindo um direito de cidadania, de

caráter não contributivo e destinada a quem dela necessitar,

conforme dispõe oartigo 194 e definem os artigos 203 e 204 da

mencionada Carta Magna.

Em 1993, após cinco anos da edição da Constituição

Federal, foi promulgada a Lei Orgânica da Assistência Social –

LOAS, Lei nº 8.742 de 07 de dezembro de 1993, que estabelece

normas e critérios para a organização da Política de Assistência

Social no país. Passada uma década de lutas no sentido de

materializar o conteúdo da LOAS, foi constituída a Política

Nacional de Assistência Social pela Resolução n.º 145, de 15 de

outubro de 2004/CNAS, trazendo em seu bojo a implementação

de um Sistema Único de Assistência Social – SUAS em todo o

país.

Nos anos subsequentes, foi a vez da Norma Operacional

Básica – NOB/SUAS (2005) e da Norma Operacional Básica de

Recursos Humanos do SUAS – NOB-RH/SUAS (2006).

O texto da NOB-RH/SUAS (2006) visibilizou a gestão do

trabalho e a educação permanente, tendo como um dos princípios

e diretrizes garantir a gestão participativa com controle social.

Para tal garantia, deve incorporar a ação dos profisionais

responsáveis pela execução da Política de Assistência Social,

bem como dos conselhos pertinentes à área.

Em 06 de julho de 2011 foi sancionada a Lei nº

12.435/2011 que regulamenta o SUAS. Nesta regulamentação

está colocado o desafio da profissionalização através do

reconhecimento da necessidade de implementar a Gestão do

trabalho e a educação permanente na Assistência Social.

Em março de 2013, visando concretizar as indicações e

deliberações dos trabalhadores e de suas instâncias, em defesa

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do aprimoramento e de qualificação do SUAS, foi instituída

através da resolução de nº 04 do CNAS, a Política Nacional de

Educação Permanente do SUAS – PNEP/SUAS que materializa

as deliberações das conferências sobre o tema, traz a gestão do

trabalho para o centro da agenda política das instâncias do SUAS

e estabelece os princípios e diretrizes para a instituição da

educação permanente.

Esta política, ao consolidar sua concepção de controle

social, tem como objetivo geral “institucionalizar, no âmbito do

SUAS, a perspectiva político-pedagógica e a cultura da Educação

Permanente, estabelecendo suas diretrizes e princípios e

definindo os meios, mecanismos, instrumentos e arranjos

institucionais necessários à sua operacionalização e efetivação”

(BRASIL, 2013, p.270).

A PNEP/SUAS apresenta duas dimensões: a dimensão

do trabalho, reconhecedora dos processos de trabalho que vão

dar a concretude ao ideário da própria política e, a dimensão

pedagógica dos processos continuados de capacitação e

formação, que impactam na carreira dos trabalhadores. Trata-se,

portanto, de uma política que logrará êxito concretamente ao ser

efetivada.

Neste sentido, em 2012, a Secretaria Municipal de

Assistência Social de Maceió, comprometida com a qualificação

profissional de seus trabalhadores, lança o 1º Plano Municipal de

Educação Permanente dos Trabalhadores do SUAS- PMEPT-

SUAS de Maceió, o que representou uma conquista dos

trabalhadores e um passo significativo no processo de

valorização e desenvolvimento dos recursos humanos da

SEMAS, entendendo que esse é um dos caminhos para se

alcançar a qualidade dos serviços socioassistenciais ofertados à

população usuária da Assistência Social.

Em 2018, a SEMAS assume o compromisso de elaboraro

2° Plano Municipal de Educação Permanente dos Trabalhadores

do SUAS de Maceió,e institui comissão para este objetivo, através

da Portaria nº 023 de 27de abril de 2018, sendo posteriormente

republicada para atualização dos membros, por meio da Portaria

nº 001 de 07 de fevereiro de 2019.

A instituição desta comissão caminha no sentido de se

aproximar dos anseios e necessidades advindas do conjunto dos

trabalhadores que fazem parte do quadro de servidores da

SEMAS, haja vista sua composição estar representada por

servidores lotados em diferentes setores da Secretaria. Junto a

todo corpo técnico-administrativo assume-se o desafio de

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identificar as necessidades de capacitação nos diferentes níveis

de formação e trabalhar coletivamente, visando o atendimento e

a superação das dificuldades identificadas .

Diante disto e, em consonância com o que preconiza a

PNEP-SUAS, este Plano almeja efetivar uma educação

permanente para os trabalhadores locais, que se traduza numa

mudança na forma de operacionalizar os serviços

socioassistenciais, superando o caráter focalista e fragmentado

da ação, pautado numa intervenção na perspectiva da

intersetorialidade e de construção da rede socioassistencial,

como condição imprescindível à consolidação do SUAS em

Maceió.

II – DIAGNÓSTICO SOCIOTERRITORIAL DO SUAS DE

MACEIÓ

A Secretaria Municipal de Assistência Social –SEMAS é

o órgão gestor do Sistema Único de Assistência Social – SUAS

em Maceió, sendo responsável pela operacionalização da Política

de Assistência Social.

Para o cumprimento de sua função, a SEMAS apresenta

a estrutura organizacional e regimental conforme Lei nº 6.593 de

30 de dezembro de 2016, que reorganizou a estrutura

administrativa dos órgãos e entidades da administração pública

direta e indireta, integrantes do poder executivo do município de

Maceió e Decreto nº 8.374 de 27 de janeiro de 2017 que aprovou

a estrutura regimental e quadro demonstrativo de cargos em

comissão da Secretaria Municipal de Assistência Social e deu

outras providências.

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5

FIGURA 1

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6

Como parte dessa estrutura temos os conselhos, órgãos

colegiados, permanentes e deliberativos, responsáveis pela

formulação, fiscalização, promoção e defesa das políticas

públicas. É nos espaços dos conselhos que se concretiza a

participação social.

FIGURA 2 – COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

De acordo com a Política Nacional de Assistência Social

- PNAS (2004), a proteção social no Brasil organiza-se em dois

níveis:Proteção Social Básica, destinada à prevenção de riscos

sociais e pessoais, por meio da oferta de programas, projetos,

serviços e benefícios a indivíduos e famílias em situação de

vulnerabilidade social e, a Proteção Social Especial, destinada às

famílias e indivíduos que já se encontram em situação de risco e

tiveram seus direitos violados por ocorrência de abandono, maus-

tratos, abuso sexual, uso de drogas, entre outros aspectos.

A Proteção Social Básica – PSB, em Maceió, é

operacionalizada, principalmente, através das unidades

denominadas Centros de Referência de Assistência Social –

CRAS. Estas unidades se constituem a porta de entrada para a

oferta de serviços como: O Serviço de Proteção e Atendimento

Integral à Família – PAIF, sendo este o principal serviço ofertado

pelos CRAS, bem como o Serviço de Convivência e

Fortalecimento de Vínculos - SCFV, também ofertado na rede

complementar de Assistência Social, podendo participar de suas

atividades: crianças, jovens e adultos, pessoas com deficiência,

pessoas que sofreram violência, vítimas de trabalho infantil,

jovens e crianças fora da escola, jovens que cumprem medidas

socioeducativas, pessoas idosas sem amparo da família e da

comunidade, ou sem acesso aos serviços sociais, além de outras

pessoas inseridas no Cadastro Único.

Órgãos Colegiados

Conselho Municipal da Pessoa com

Deficiência

Consleho Municipal de Promoção e Cidadania LGBT

Conselho Municipal de Assistência

Social

Cons. Mun. dos Direitos da Creiança

e do Adolescente

Conselho Municipal da Mulher

Conselho Municipal do Idoso

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Maceió possui 16 Centros de Referência de Assistência

Social - CRAS, que são coordenados pela Diretoria de Proteção

Social Básica e Transferência de Renda. São eles: Bebedouro,

Bela Vista, Bom Parto, Cacilda Sampaio, Cidade Sorriso, Clima

Bom, Denisson Menezes, Dom Adelmo Machado, Fernão Velho,

Pitanguinha, Santos Dumont, Sônia Sampaio, Terezinha

Normande, Área Lagunar, Selma Bandeira e Rio Novo.

Além destes, o município possui o Centro de Atendimento

Socioassistencial - CASA, onde são oferecidos serviços

socioassistenciais: Benefício de Prestação Continuada,

Benefícios Eventuais e Carteira do Idoso. Vale salientar que o

Cadastro Único e o Programa Bolsa Família em Maceió são

geridos pela SEMAS.

A Proteção Social Especial - PSE, é um conjunto de

serviços, programas e projetos que tem como objetivos

reconstruir vínculos familiares e comunitários, defender os

direitos, fortalecer as potencialidades e a proteção às famílias e

indivíduos para o enfrentamento das situações de violação de

direitos.

A PSE é operacionalizada através da Diretoria de

Proteção Social Especial de Média e de Alta Complexidade, por

meio dos Centros de Referência Especializados da Assistência

Social- CREAS e das Unidades de Acolhimento.

Os serviços da Proteção Social Especial de Média

Complexidade são destinados às famílias e indivíduos que

vivenciam situações de violação de direitos. O Serviço de

Proteção e Atendimento Especializado às Famílias e Indivíduos-

PAEFI é o principal serviço ofertado pelos CREAS. Os CREAS

implantados e em funcionamento são: CREAS Benedito Bentes,

CREAS Jatiúca, CREAS Poço, CREAS Orla Lagunar e CREAS

Santa Lúcia.

Outros serviços de Média Complexidade existentes em

Maceió, referenciados aos CREAS são: Serviço Especializado em

Abordagem Socia l - SEAS, Serviço de Proteção Social a

Adolescentes em Cumprimento de Medida Sócio Educativa de

Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à

Comunidade (PSC), Centro de Referência Especializado para

População em Situação de Rua – Centro POP, Serviço de

Proteção Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas

Famílias - Centro-Dia e Ações Estratégicas do Programa de

Erradicação do Trabalho Infantil – AEPETI.

De acordo com a PNAS/2004, os serviços de proteção

social de alta complexidade são aqueles que garantem proteção

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integral: moradia, alimentação, higienização e trabalho protegido

para famílias e indivíduos que se encontram sem referência e, ou,

em situação de ameaça, necessitando ser retirados de seu núcleo

familiar e, ou, comunitário. Em Maceió, este nível de proteção é

ofertado pela rede pública municipal e também pela rede

complementar por meio de entidades socioassistenciais de

caráter privado.

O Serviço de Acolhimento Institucional é ofertado em

diferentes tipos de equipamentos destinadosao atendimento

defamílias e/ou indivíduos com vínculos familiares rompidos ou

fragilizados, a fim de garantir proteção integral. A organização do

serviço deverá garantir privacidade, o respeito aos costumes, às

tradições e à diversidade de: ciclos de vida, arranjos familiares,

raça/etnia, religião, gênero e orientação sexual. O Serviço é

destinado a diversos segmentos etários - crianças e

adolescentes, jovens e adultos, pessoas idosas e mulheres em

situação de violência.

O Serviço de Acolhimento Institucional da rede pública

em Maceió é ofertado em 08 (oito) unidades, sendo assim

distribuídas: 04 (quatro) abrigos institucionais para crianças e

adolescentes, 01 (uma) casa de passagem para jovens e adultos

em situação de rua, 01 (uma) casa de passagem para famílias em

situação de rua, 01 (uma) casa abrigo para mulheres vítimas de

violência e 01 (uma) residência inclusiva para jovens e adultos

com deficiência.

Conforme definição da Resolução do Conselho Municipal

de Assistência Social (CMAS) nº 005 de 11 de maio de 2015, os

Serviços, Programas, Projetos e Benefícios da Política de

Assistência Social de Maceió são efetivados por meio das

unidades de atendimento públicas e privadas e encontram-se

territorializados em 06 grandes áreas, denominadas de áreas de

Proteção Social Especial - PSE, que serviram de parâmetro

territorial desse diagnóstico em relação às demandas potenciais

e as ofertas de serviços das proteções básica e especial, onde os

trabalhadores do SUAS desenvolvem suas ações, conforme

mapas a seguir:

FIGURA 3 – LOCALIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

SOCIOASSISTENCIAIS DA REDE PÚBLICA POR

TERRITÓRIO DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL (PSE)

MACEIÓ/2019

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FIGURA 4 – MAPA INSTITUCIONAL DA REDE SOCIOASSISTENCIAL PSE 1

Fonte:Coordenação Geral de Monitoramento e Vigilância Socioassistencial

O mapa institucional da rede socioassistencialdo território da PSE

1 indica a presença das unidades públicas:CREAS Jatiúca, CRAS

Bela Vista (com Serviço de Convivência), Centro POP e Unidade

de Acolhimento Casa Lar de Maceió. As instituições privadas

compreendem a Associação dos Amigos Pais de Pessoas

Especiais - AAPPE Jatiúca (Centro Especializado em

Reabilitação - CER III), AAPPE Jatiúca (Centro Especializado em

Reabilitação - CERA), AAPPE Escola, Fundação Casa do

Especial - FUNCAE, que se configuram como Centro dia e/ou

similares, e a Unidade de Acolhimento Lar Francisco de Assis.

FIGURA 5 – MAPA INSTITUCIONAL DA REDE SOCIOASSISTENCIAL PSE 2

Fonte:Coordenação Geral de Monitoramento e Vigilância Socioassistencial

A rede socioassistencial do território da PSE 2 é formada

pelos seguintes equipamentos: CREAS Orla lagunar, CRAS Bom

Parto (sem Serviço de Convivência), CRAS Área Lagunar, CRAS

Cacilda Sampaio, CRAS Dom Adelmo Machado e CRAS

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Pitanguinha (todos com Serviço de Convivência), Unidades de

Acolhimento Luzinete Soares, Rubens Colaço, Casa de

Passagem Familiar e Acolher, que integram a rede pública do

município. Já as entidades e organizações que compõem a rede

privada são: Associação dos Amigos e Pais das Pessoas

Especiais - AAPPE Farol, Associação dos Deficientes Físicos de

Alagoas - ADEFAL, Associação de Pais e Amigos dos

Excepcionais - APAE (Unidade Cuida), APAE Sede, Família

Alagoana Down - FANDOWN, Centro de Atendimento

Educacional Maria Aparecida do Espirito Santo, Ambulatório

Sheyla Miranda, Centro Inclusivo Genilda Porto, Associação

Pestalozzi de Maceió, Centro Especializado em Reabilitação

(CER IV), Unidade Aline de Moraes, Órtese e Prótese,

denominados de Centros dia e/ou similares; e as Unidades de

Acolhimento: São Vicente de Paulo, Rede Feminina de Combate

ao Câncer, Casa do Hemofílico e Casa do Pobre.

FIGURA 6 – MAPA INSTITUCIONAL DA REDE SOCIOASSISTENCIAL PSE 3

Fonte:Coordenação Geral de Monitoramento e Vigilância Socioassistencial

O território da PSE 3 agrega as seguintes unidades de

atendimento públicas: CREAS Santa Lúcia e CRAS Denisson

Menezes (com Serviço de Convivência), e as unidades privadas:

Centro Maria Aparecida Cavalcanti Cerqueira (Centro dia e/ou

similar) e Unidades de Acolhimento Lar Batista Marcolina

Magalhães, Lar da Menina, Associação de Pais e Amigos dos

Leucêmicos de Alagoas - APALA e Residência Inclusiva

Pestalozzi.

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FIGURA 7 – MAPA INSTITUCIONAL DA REDE SOCIOASSISTENCIAL PSE 4

Fonte: Coordenação Geral de Monitoramento e Vigilância Socioassistencial

A rede socioassistencial do território da PSE 4 é constituída

pelas unidades de atendimento públicas: CREAS Benedito

Bentes, CRAS Cidade Sorriso e CRAS Selma Bandeira (os dois

com SCFV). Na rede privada consta a Unidade de Acolhimento

Nossa Sra. Imaculada Conceição e a Unidade Jarede Viana.

FIGURA 8 – MAPA INSTITUCIONAL DA REDE SOCIOASSISTENCIAL PSE 5

Fonte: Coordenação Geral de Monitoramento e Vigilância Socioassistencial

No território da PSE 5 as unidades que fazem parte da rede

de atendimento pública são as seguintes: CREAS Poço, CRAS

Sônia Sampaio e CRAS Terezinha Normande (com SCFV) e a

Unidade de Acolhimento Casa de Passagem Prof. Manoel Coelho

Neto. As Unidades de Acolhimento Lar de Amparo à Criança para

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Adoção - LACA e o Centro Sócio Educativo Deus Proverá

constituem a rede de atendimento privada.

FIGURA 9 – MAPA INSTITUCIONAL DA REDE

SOCIOASSISTENCIAL PSE 6

Fonte:Coordenação Geral de Monitoramento e Vigilância Socioassistencial

Constituem o território da PSE 6 as unidades de

atendimento públicas: CRAS Santos Dumont, CRAS Fernão

Velho e CRAS Bebedouro (todos com SCFV), CRAS Clima Bom

e CRAS Rio Novo (sem SCFV). As instituições que compõem a

rede privada são os Centro-Dia e similares, Associação dos Pais

e Amigos dos Autistas de Alagoas - Assista e Unidade Judith

Barreto de Amaral como também a Unidade de Acolhimento

Abrigo Luiza de Marillac.

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III – OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Desenvolver ações de formação e capacitação para a

atuação nas funções essenciais do SUAS de gestão, de

provimento de serviços, programas, projetos e

benefíciose de controle social.

3.2 Objetivos Específicos

Implantar espaços de discussão sobre o processo de

trabalho para o fortalecimento profissional dos

trabalhadores do SUAS.

Capacitar os trabalhadores nos processos formativos

de gestão, provimentos de serviços e benefícios e

controle social.

Implementar ações de fortalecimento intersetorial

através de disseminação de boas práticas.

Criar espaços de divulgação de práticas no SUAS.

IV – PÚBLICO ALVO

O PMEP/SUAS Maceió destina-se aos trabalhadores do

SUAS com Ensino Fundamental, Médio e Superior que atuam na

rede socioassistencial governamental e não governamental,

assim como aos gestores e agentes de controle social no

exercício de suas competências e responsabilidades.

V– PERFIL DOS TRABALHADORES DA SEMAS

A regulamentação da Política Nacional de Assistência

Social–PNAS/2004, por meio da Lei 8.742/93, alterada pela Lei

12.435/2011, instituiu o SUAS como novo modelo de gestão da

Assistência Social e reafirma a Gestão do Trabalho e a Educação

Permanente, apontando a necessidade de “formular política para

a qualificação sistemática e continuada de recursos humanos no

campo da Assistência Social” (LOAS, 2011, p.32).

Na Política de Assistência Social, os recursos humanos

constituem parte prioritária e definidora dos padrões de qualidade

e eficácia dos serviços prestados. A diversidade, a complexidade,

o parâmetro de qualidade necessário aos atendimentos e à

integração das ações da assistência social com as demais

políticas setoriais, exigem um número de profissionais

compatíveis com a demanda e, consequentemente, a

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capacitação destes, de modo permanente e sistemático,

implicando em novas especializações profissionais.

A consolidação das políticas de proteção e promoção

social no campo das políticas públicas, demanda um processo de

capacitação que ofereça aos profissionais da área novos

conhecimentos e instrumentos que os qualifiquem para a gestão,

de acordo com as especificidades e necessidades de seus

territórios e comunidades. A qualificação de agentes públicos e

sociais é fundamental para a implementação de novos

mecanismos de aperfeiçoamento e gestão das políticas sociais,

de forma a potencializar e integrar os investimentos sociais,

otimizando recursos públicos e garantindo maior eficácia e

efetividade à execução dessas políticas.

A capacidade de resposta do poder público às

necessidades dos cidadãos é fortemente influenciada pelo

profissionalismo, competência e compromisso da equipe de

trabalhadores responsáveis pelo atendimento à população, uma

vez que, serviços como os previstos pelo Sistema Único de

Assistência Social - SUAS estão fundamentados na atenção

personalizada às famílias atendidas, na capacidade de

organizaçãodas demandas articulando as ações da rede de

serviços às vulnerabilidades identificadas e no acompanhamento

dos resultados alcançados.

Para a efetivação dos serviços, programas, projetos e

benefícios, faz-se necessária, além da qualificaçãodo corpo

técnico-administrativo, também a capacitação da equipe gestora,

cuja atuação possibilitará a efetivação das ações institucionais

desenvolvidas. Neste sentido, enquanto o profissional precisa ser

qualificado por exercer a função de mediador da oferta dos

serviços da Política de Assistência Social; o gestor público

desempenha um papel estratégico na consolidação da política de

assistência social, pelo fato de ser o principal responsável pelas

funções de execução, articulação, planejamento, coordenação,

negociação, monitoramento e avaliação dos serviços envolvidos.

Reconhece-se assim, a necessidade de quanto dos que estão

diretamente ligados à execução dos serviços, programas,

projetos e benefícios.

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5.1TRABALHADORES DE NÍVEL SUPERIOR

O Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS, por

meio da Resolução CNAS Nº 17/2011, ratifica a composição da

equipe de referência definida pela NOB-RH/SUAS/2006 e

reconhece as categorias profissionais com formação superior

completa, necessárias ao atendimento das especificidades dos

serviços socioassistenciais e das funções de gestão no âmbito do

SUAS ( PNEP, p 20).

De acordo com a Norma Operacional Básica de Recursos

Humanos do SUAS,

“Equipes de referência são aquelas constituídas por servidores efetivos responsáveis pela organização e oferta de serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e especial, levando-se em consideração o número de famílias e indivíduos referenciados, o tipo de atendimento e as aquisições que devem ser garantidas aos usuários”. (NOB-RH/SUAS 2006, p.19).

Segundo a Resolução CNASNº 17/2011, compõem

obrigatoriamente as equipes de referência os seguintes

profissionais com nível superior completo: Assistente Social,

Psicólogo e Advogado. Para compor a gestão do SUAS,

preferencialmente, definem-se as seguintes categorias

profissionais: Antropólogo, Economista, Economista Doméstico,

Pedagogo, Sociólogo, Terapeuta Ocupacional, Musicoterapeuta,

Administrador e Contador.

De acordo com os dados fornecidos pela Coordenação

Geral de Gestão do Trabalho (CGGT), a Secretaria Municipal de

Assistência Social de Maceió possui um total de 987 servidores.O

quadro a seguir apresenta a formação profissional dos servidores

denível superior da SEMAS com seus respectivos quantitativos.

Sendo 51% dos servidores efetivos e 49% na modalidade de

contratados.

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QUADRO I - TRABALHADORES DE NÍVEL SUPERIOR

CARGOS EFETIVOS CONTRATADOS

TOTAL ESTATUTÁRIO CELETISTA TEMPORÁRIOS TERCEIRIZADOS

ADVOGADO 6 6

ANALISTA ADMINISTRATIVO 42 42

ANALISTA DE SISTEMAS 1 1

ASSISTENTE JURÍDICO 4 4

ASSISTENTE SOCIAL 124 1 40 165

CONTADOR 1 1 2

EDUCADOR FÍSICO 12 12

JORNALISTA 1 1

MÉDICO 1 1

NUTRICIONISTA 5 5

PEDAGOGO 12 12

PROFESSOR 2 2

PROFESSOR DE ARTE CÊNICA 3 3

PSICÓLOGO 35 35 70

TOTAL 162 3 161 0 326

% 51% 49% 100%

QUADRO II - TRABALHADORES COMISSIONADOS

COMISSIONADOS 58 OBS: Desses comissionados, 2 (dois) são do quadro de efetivos.

Fonte: CGGT/SEMAS, 2019

Fonte: CGGT/SEMAS, 2019

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5.2 TRABALHADORES DE NÍVEL MÉDIO E FUNDAMENTAL

O CNAS, por meio da Resolução Nº 09 de 15 de abril de

2004, ratifica e reconhece as ocupações e as áreas de ocupações

profissionais de nível médio e fundamental do Sistema Único de

Assistência Social–SUAS, em consonância com a Norma

Operacional Básica de Recursos Humanos do Suas - NOB/RH-

SUAS.

As ocupações profissionais com escolaridade de nível

médio e fundamental que compõem as equipes do SUAS,

desempenham funções de apoio ao provimento dos serviços,

programas, projetos e benefícios, diretamente relacionadas às

atividades do Sistema. Estas funções são as de Cuidador Social,

Orientador Social ou Educador Social e as de cunho

administrativo; além das funções executadas nas áreas de

limpeza, de lavanderia, de serviços de cozinha, de copeiragem e

de transporte e segurança.

No quadro a seguir, conforme dados fornecidos pela

CGGT, observa-se que em Maceió a força de trabalho no SUAS

é composta majoritariamente, por trabalhadores de nível médio e

fundamental (605 servidores), correspondendo a 65% do total de

trabalhadores da SEMAS; e a denível superior corresponde a

35%. A maioria desses servidores possui vínculo empregatício

temporário e/ou terceirizado.

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QUADRO III- TRABALHADORES DE NÍVEL MÉDIO E FUNDAMENTAL

CARGOS EFETIVOS CONTRATADOS

TOTAL ESTATUTÁRIO CELETISTA TEMPORÁRIOS TERCEIRIZADOS

APOIO ADMINISTRATIVO 27 27

AUXILIAR ADMINISTRATIVO 1 28 29

CADASTRADOR 21 21

DIGITADOR 21 21

EDUCADOR SOCIAL I 30 30

EDUCADOR SOCIAL II 58 58

ELETRICISTA 2 2

ENTREVISTADOR 27 27

FACILITADOR DE ARTE E CULTURA 6 6

FACILITADOR DE ESPORTE E LAZER 5 5

MOTORISTA 4 1 11 55 71

ORIENTADOR SOCIAL 17 17

SERVIÇO OPERACIONAL 4 4

SERVIÇOS GERAIS 15 8 214 237

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS 47 47

TÉCNICO DE MANUTENÇÃO DE PC E REDE

2 2

VIGILANTE 1 1

TOTAL 97 11 228 269 605

% 18% 82% 100%

Fonte: CGGT/SEMAS, 2019

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O grande contigente dos trabalhadores de nível médio e

fundamental apontados no quadro III, torna visível a decisiva

contribuição desses trabalhadores na atenção direta aos

usuários. Essa constatação permite inferir que há uma

significativa responsabilidade desses profissionais, pois estão na

linha de frente, lidando diretamente com a população que utiliza

os serviços do SUAS. Conforme corrobora a assertiva em

destaque:

A recepção e acolhimento nos serviços, a abordagem social de rua, a realização de atividades cotidianas, programadas ou não, nos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, os cuidados nos serviços de acolhimento, o acompanhamento em atividades externas, o preenchimento do Cadastro Único, entrevista inicial das famílias para inserção em serviços, são algumas das atividades sob responsabilidade dos trabalhadores de nível médio. Poder-se-ia dizer, portanto, que a face visível do SUAS para o cidadão usuário é o trabalho realizado pelos trabalhadores de nível médio, que estão muito próximos do cidadão(TORRES, 2015, p 241/242. ).

Portanto, torna-se necessário considerar esse contingente

de trabalhadores nas diferentes estratégias de capacitação e

qualificação que, até o presente momento, estavam

prioritariamente voltadas aos profissionais de nível superior.

VI - LEVANTAMENTO DAS DEMANDAS

A Comissão para elaboração deste PMEPT/SUAS de

Maceió foi instituída em 2018, iniciando os seus trabalhos a partir

de estudos e rodas de conversa em torno dos documentos legais

que norteiam e referenciam a Política Nacional de Educação

Permanente. Destaca-se que, por entender a necessidade de

construção do Plano de forma coletiva e participativa, a Comissão

foi composta por membros representantes de todos os setores

que compõem a Política de Assistência Social em Maceió.

Os referidos estudos reiteraram o compromisso de

elaboração do Plano de forma participativa, levando em conta a

realidade dos trabalhadores da Assistência Social, dos usuários

e membros do controle social, identificando as demandas e reais

necessidades. Priorizou-se reconhecer as experiências locais,

vivências e saberes, tendo os trabalhadores sociais como sujeitos

de todo o processo.

Nessa perspectiva, a metodologia utilizada incluiu a

realização de quatro oficinas para identificação das demandas de

capacitação profissional, envolvendo os trabalhadores de forma

coletiva – unidades de serviços e programas, órgão gestor e

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controle social. As oficinas foram programadas para serem

executadas contemplando os seis territórios de PSE,

potencializando assim, maior participação dos trabalhadores,

visando a identificação e caracterização dos territórios, o

fortalecimento, o reconhecimento e articulação da rede local.

As oficinas foram viabilizadas,conforme demonstração no

quadroa seguir:

QUADRO IV- DEMONSTRATIVO DE REALIZAÇÃO DE OFICINAS POR TERRITÓRIO

OFICINA DATA TERRITÓRIO UNIDADE

01 17/09/18 PSE 01 E 03

CREAS Jatiúca CRAS Bela Vista Centro Pop Casa Lar CREAS Santa Lúcia CRAS Denisson Menezes SCFV - Novo jardim Un.de Acolhimento Inst. Acolher

02 08/10/18 PSE 02

CREAS Orla Lagunar CRAS Cacilda Sampaio CRAS D. Adelmo Machado CRAS Pitanguinha CRAS Bom Parto C.A.S.A. CMAS SCFV - Orla Lagunar Un. de Acolhim. Inst. Rubens Colaço Casa de Passagem Familiar Unidade de Acolhimento Viva Vida Unidade de Acolhimento Institucional Luzinete Soares

03 15/10/19 PSE 04 E 05

CRAS Selma Bandeira CRAS Cidade Sorriso CREAS Benedito Bentes CREAS Poço CRAS Terezinha Normande CRAS Sônia Sampaio SCFV - Lar São Domingos Casa de Passagem Profº Manoel Coelho Neto SEMAS – Sede

04 30/10/19 PSE 06

CRAS Bebedouro CRAS Fernão Velho CRAS Rio Novo CRAS Clima Bom CRAS Santos Dumont SCFV - Juvenópolis Programa Bolsa Família/Cadúnico

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O levantamento dos problemas e necessidades

colocados pelos trabalhadores no cumprimento de suas

atribuições no âmbito do SUAS, é de fundamental importância

para se identificar os desafios e dificuldades da efetividade de

uma política de educação permanente, quer seja em âmbito

nacional ou local. Para o levantamento das necessidades foi

utilizada, de forma estratégica, a atividade em grupo denominada

"Dinâmica da Árvore”. O uso da figura da árvore permitiu pensar

a Educação Permanente como algo (ser) vivo, dinâmico e em

desenvolvimento. As partes da árvore (raiz, caule e frutos) foram

utilizadas como elementos para identificação dos problemas,

possíveis causas e perspectivas de solução ou modificaçãodas

situações não desejadas, mediante propostas de capacitação.

Para a realização das oficinas foram eleitos eixos

estruturantes para direcionar as discussões. A princípio, foram

elencados sete eixos:

1. Política Nacionalde Assistência Social e o Sistema Único de

Assistência Social – SUAS

2. Planejamento e Financiamento da Política de Assistência

Social

3. Democracia, Cidadania e Participação Popular

4. Trabalho interdisciplinar, ética e relacionamentos

interpessoais

5. Trabalho social com famílias

6. Educação Permanente no SUAS

7. Técnicas e registros de informações

Após a realização da primeira oficina, observou-se que o

eixo Educação Permanente no SUAS encontrava-se contemplado

nos demais, tendo em vista que, as propostas de solução dos

problemas constituíam-se em demandas para capacitação.

Assim, no decorrer das demais oficinas, foram trabalhados

apenas os seis eixos restantes.

Cabe destacar a necessidade dos trabalhadores, gestores

e conselheiros conhecerem o SUAS em sua totalidade

eparticularidade, conforme as especificidades dos serviços

ofertados no cotidiano profissional.

Findadas as oficinas, a comissão iniciou o trabalho de

sistematização das demandas levantadas de acordo com as

modalidades, ações de formação e capacitação segundo os

percursos formativos definidos na PNEP/SUAS: Gestão do

SUAS, Provimento de Serviços e Benefícios e Controle Social.

6.1 DEMANDAS POR PERCURSOS FORMATIVOS

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O processo de reflexão sobre sua práxis conduziu os

trabalhadores do SUAS a identificarem os problemas no

cotidiano do exercício profissional e suas possíveis causas, o que

osmotivou a apontarem as demandas de capacitação, visando a

superação da realidade vivenciada no exercício profissional. Em

relação aos Percursos Formativos, foram elencadas as

demandas:

6.1.1 GESTÃO DO SUAS

Política Nacional de Assistência Social e seus blocos de

financiamento federal, estadual e municipal e formas de

utilização;

Instrumentos de Planejamento (PPA, LDO,LOA, Plano de

Programação Financeira dos Recursos Federais, Plano de

Reprogramação Financeira; Planos Operacionais dos

serviços, programas, projetos e benefícios);

Planejamento participativo, monitoramento e avaliação;

Relatório de Gestão;

Organograma da SEMAS; fluxos de processos internos e

externos;

Termo de Referência, licitação e Convênio;

Básico e avançado em informática (Word, Excel e outros);

Redação Oficial;

Recepcionista no âmbito do SUAS;

Noções BásicasdeEstatística;

Georeferenciamento e elaboração de mapas temáticos;

Pesquisa quantitativa e qualitativa (metodologias);

Éticapessoal e profissional no Serviço Público;

Relacionamento inter e intra pessoal;

6.1.2 PROVIMENTO DE SERVIÇOS E BENEFÍCIOS:

Metodologia de abordagem, atendimento e

acompanhamento de famílias na Proteção Social Básica e

Especial;

Mediação de conflitos familiares;

Fortalecimento de vínculos familiares e comunitários;

Trabalho social com famílias;

Transtornos mentais: formas e técnicas de abordagem

com pessoas com transtornos mentais, trabalho com seus

familiares, formas de encaminhamento à rede de

atendimento, às políticas públicas e ao trabalho

interdisciplinar;

Dependência química: drogas lícitas (álcool, cigarros);

drogas ilícitas (crack, maconha,cocaina), formas e técnicas

de abordagem, trabalho com o dependente químico e seus

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familiares, orientação sobre a rede de atendimento e

encaminhamento no SUAS em outras políticas públicas;

Técnicas e temáticas a serem desenvolvidas com o

público: LGBT, pessoa com deficiência, idosas, crianças e

adolescentes, mulheres, respeitando asespecificidades

de cada segmento;

Capacitação sobre operacionalização dos sistemas

eletrônicos utilizados pelo SUAS (Cadastro Único, Censo

SUAS, Relatório Mensal de Atendimento, SICON, BPC,

Prontuário Eletrônico, entre outros);

Conhecimento sobre fluxo de trabalho (funcionamento,

construção, referência e contra referência);

Trabalho interdisciplinar e interprofissional no SUAS;

Participação e mobilização popular;

Democracia e cidadania;

Associativismo e Cooperativismo.

Instrumentos técnico-operativos do Serviço Social no

SUAS (parecer social, estudo social, laudo, perícia

social, relatórios).

6.1.3 CONTROLE SOCIAL NO SUAS

Exercício do Controle Social no SUAS no enfrentamento

da questão social;

Conjuntura atual e o papel do controle social da Política

de Assistência Social;

A integração entre os conselhos de Assistência Social e a

articulação destes com os demais conselhos setoriais;

A participação da sociedade civil no Conselho Municipal

de Assistência Social;

O papel da secretaria executiva no Conselho Municipal de

Assistência Social;

Fluxos e Procedimentos para instrumentalizar os CMAS no

processo de inscrição das Entidades Socioassistencias;

Processo de Inscrição das Entidades Socioassistencias e

seus instrumentos: Construção do Plano de Ação e

Construção do Relatório anual das Ações dos

serviços/programas /projetos e benefícios e financiamento

da Assistência Social da SEMAS .

Orçamento e financiamento do SUAS na SEMAS;

Os órgãos de controle interno e externo na área da

Assistência Social;

Auditoria e fiscalização na gestão pública no SUAS.

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Com base no exposto, o atendimento das demandas para

os percursos formativos, acontecerá de acordo com os tipos de

formação e capacitação definidos na PNEP/2013 que são:

a) Capacitação Introdutória: Sob essa denominação

poderão ser concebidas, ofertadas e realizadas ações de

capacitação com carga horária entre 20 e 40 horas/aula de

duração, que tenham por finalidade promover o

nivelamento de competências basilares ao

desenvolvimento comum das três funções do trabalho no

SUAS ou ao desenvolvimento específico de cada uma

delas.

b) Capacitação de Atualização: Sob essa denominação

poderão ser concebidas, ofertadas e realizadas ações de

capacitação com carga horária entre 40 e 100 horas/aula

de duração, as quais tenham por finalidade atualizar e

manter as competências necessárias ao desenvolvimento

comum das três funções do trabalho no SUAS ou ao

desenvolvimento específico de cada uma delas.

Para efetivação deste PMEPT/SUAS a Secretaria

Municipal de Assistência Social tem como meta, a implantação

do Núcleo de Educação Permanente estabelecido no Plano

Municipal de Assistência Social do município de Maceió -

2019/2021, que deverá ser efetivado através de Portaria

Publicada no Diário Oficial do Município de Maceió com o objetivo

de efetivar as demandas e metas desse plano de forma articulada,

participativa e democrática.

De acordo com a PNEP/2013,

A importância da estruturação desses Núcleos na implementação e efetivação da Educação Permanente no SUAS é evidenciada por atividades tais como: a) a problematização do saber e da experiência, que resulta dos processos de implementação do SUAS; b) a produção de conhecimentos sobre os diferentes aspectos do trabalho e do controle social no SUAS; c) a elaboração de diagnósticos de necessidades de qualificação dos trabalhadores; d) a organização de observatórios de práticas profissionais; e) a sistematização de experiências de gestão e provimento de serviços e benefícios; f) o planejamento de ações de formação e capacitação; g) o acompanhamento das ações de formação e capacitação realizadas; h) a socialização e disseminação das informações e conhecimentos produzidos, por meio da realização de fóruns, jornadas, seminários, entre outros; i) a validação de certificados de ações de formação e capacitação adquiridos externamente aos percursos formativos estabelecidos nesta Política" ( 2012, p48).

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VII – METAS

As metas a seguir, serão materializadas através do Plano

de Ação Anual.

Nº Meta Ano

01

Realizar convênio entre a Semas e a Escola de Formação e Desenvolvimento de Pessoal por intermédio dos gestores, visando atender as demandas de capacitação da Semas.

2019/2020

02

Desenvolver articulação com instituições e/ou organizações de ensino que realizam formação continuada na perspectiva da educação permanente no SUAS.

2019/2021

03 Realizar seminário sobre os desafios que impactam no processo de trabalho dos profissionais e na efetivação do SUAS.

2019/2021

04 Fomentar ada leitura através da distribuíção de literatura acerca das práticas profissionais na perspectiva da Educação Permanente.

05 Criar no site da Semas um link denominado biblioteca virtual que disponibilize informações do SUAS.

06 Desenvolver habilidades para utilização de técnicas e dinâmicas intergeracionais.

2019/2021

07 Desenvolver habilidades para o trabalho com famílias no SUAS.

2019/2021

08 Viabilizar formação continuada sobre os instrumentos técnico-operativos utilizados no SUAS.

2019/2021

09

Promover capacitação para os trabalhadores na área de Gestão, Provimentos de Serviços e Benefícios e Controle Social de acordo com as demandas apresentadas nas oficinas.

2019/2021

10 Implantar Observatório de Boas Práticas na SEMAS.

2020

11 Disseminar práticas interdisciplinares exitosas no SUAS.

2019/2021

12 Promover ciclos de palestras sobre os desafios éticos e políticos no processo de trabalho e efetivação do SUAS.

2019/2021

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VIII – MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

A avaliação geral do PMEP/SUAS/Maceió será realizada

ao final de cada ano e poderá levar em consideração indicadores,

tais como:

Cumprimento das metas e alcance dos objetivos do plano

de capacitação;

Avanços constatados no processo de implementação do

SUAS, no que se refere aos aspectos da gestão, controle

social e financiamento da Assistência Social, mensurados

através de formulários anexados neste Plano;

Número de gestores, técnicos e conselheiros capacitados;

Recursos financeiros investidos.

IX – FONTES DE FINANCIAMENTO

Poderão ser utilizados recursos próprios e recurso federal

do Índice de Gestão Descentralizada do SUAS - IGD-SUAS.

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REFERÊNCIAS

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Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Capacita

SUAS. v.1. SUAS: Configurando os eixos de mudança. MDS; São

Paulo: IEE, 2008. 136 p.

_______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Capacita

SUAS. v. 2 Desafios da gestão do SUAS nos municípios e

estados. Brasília: MDS, São Paulo: IEE, 2008. 120 p.

_______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Capacita

SUAS. v. 3. Plano de assistência social: diretrizes para

elaboração. Brasília: MDS, São Paulo: IEE, 2008. 120 p.

_______. Constituição (1988). Constituição da República

Federativado Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988. 140 p.

_______.Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome.Secretaria Nacional de Assistência Social. Lei Orgânica da

Assistência Social – Lei 8.742/1993.Brasília: MDS,2012.

_______.Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Política

Nacional de Assistência Social – PNAS/2004. Brasília, DF:

MDS, 2005.

_______.Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Norma

Operacional Básica do SUAS – NOB/SUAS/2005. Brasília, DF:

MDS,2005.

_______.Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Norma

Operacional Básica do SUAS– NOB/SUAS/2012. Brasília,

DF:MDS,2012.

_______.Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social - SUAS: Norma

Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS - NOB-

RH/SUAS. Brasília, DF: MDS/SNAS,2006.

_______.Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Lei Orgânica

de Assistência – LOAS ANOTADA.Brasília, DF: MDS,2009.

_______.Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Protocolo de

Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e Transferências de

Renda no âmbito do Sistema Único de Assistência Social –

SUAS. Brasília, DF: MDS,2009.

_______.Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Tipificação

Nacional de Serviços Socioassistenciais , Brasília, DF: MDS,

2009.

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29

_______.Conselho Nacional de Assistência Social -CNAS.

Resolução nº 17, de 20 de junho de 2011.Ratificar a equipe de

referência definida pela Norma Operacional Básica de Recursos

Humanos do Sistema Único de Assistência Social – NOB-

RH/SUAS e Reconhecer as categorias profissionais de nível

superior para atender as especificidades dos serviços

socioassistenciais e das funções essenciais de gestão do Sistema

Único de Assistência Social – SUAS. Diário Oficial da União,

Brasília, DF: 21 de jun. de 2011.

_______. Conselho Nacional de Assistência Social–CNAS.

Resolução nº 9de 15 de abril de 2014.Ratifica e reconhece as

ocupações e as áreas de ocupações profissionais de ensino

médio e fundamental do Sistema Único de Assistência Social –

SUAS, em consonância com a Norma Operacional Básica de

Recursos Humanos do SUAS – NOB-RH/SUAS. Diário Oficial da

União, Brasília, DF: 16 de abr. de 2011.

_______.Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome.Secretaria Nacional de Assistência Social. Política

Nacional de Educação Permanente do SUAS.1ª ed. Brasília:

MDS/SNAS, 2013, 57 p.

_______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Capacitação

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