PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ · núcleos de extensão das universidades, entidades...
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PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL –
PLHIS ‐ MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PRODUTO 1 PROPOSTA METODOLÓGICA
REVISÃO 1 ‐ JULHO/2010
ii
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PREFEITO
Sílvio Magalhães Barros II
VICE‐PREFEITO
Carlos Roberto Pupin
SECRETÁRIO EXTRAORDINÁRIO DE HABITAÇÃO
Gilberto Donizetti Delgado
iii
CONSELHO MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO:
Representantes da Prefeitura Municipal de Maringá
Titular
Presidente – PMM – SEPLAN Jurandir Guatassara Boeira
PMM – SEURB Walter José Progiante
PMM – SEURB Mika Yada Noguchi
PMM – SEURB Inako Kubota
PMM – SETRAN José Gilberto Purpur
PMM – SEHAB Antônio Mário Manicardi Filho
PMM ‐ SEMMA Diniz Afonso
Suplente
Vice presidente – PMM – CODEM José Vicente Alves do Socorro
PMM ‐ SEURB Claudinei José Vechi
PMM – SEPLAN Maria Isabel Cordeiro Calvo Machado
PMM – SEURB Jocelei Terezinha Tozeto Mnon
PMM – SETRAN Vera Maria de Oliveira
PMM – SEHAB Marcia Midori Fukuyama Parra
PMM ‐ SEMMA Lidia Maria da Fonseca Maróstica
Representantes da Sociedade Civil
Titular
CODEM Pedro Granado Martinez
AEAM Hélio Moreira Júnior
COMDEMA Orlando Bruno Net
SINDUSCON Adolfo Cochia Júnior
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UEM Ana Lucia Rodrigues
FEABRAM Carlos Antônio Trentine
FEABAM Fernando Alves dos Santos
AMUSEP Anicéia Savi
CESUMAR Letícia Weiller Samuel
Suplentes
CODEM Silvio Saiti Iwata
AEAM Fernando Farinazo
COMDEMA Hermam Vargas da Silva
SINDUSCON Marcos Mauro Pena de Araújo Moreira Filho
UEM Carla C. Rodrigues de Almeida
FEABRAM Dionilson da Silva
FEABAM Wandré Fernando
AMUSEP Claudecir da Silva
CESUMAR Antônio Claret P. de Miranda
v
EQUIPE TÉCNICA MUNICIPAL
Secretaria Extraordinária de Habitação Gilberto Delgado
Secretaria Extraordinária de Habitação Sergio Bertoni
Secretaria Extraordinária de Habitação Valério Odorizzi
Secretaria Extraordinária de Habitação Márcia Midory
Secretaria Extraordinária de Habitação Márcia Amaro
Secretaria de ação Social Maria Célia de Rezende Zanata
Secretaria de Ação Social Rosa Maria Loureiro
Secretaria de Planejamento Marleidy Oliveira
Secretaria de Planejamento Jurandir Guatassara Boeira
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EQUIPE RZS ‐ CONSULTORIA E PLANEJAMENTO LTDA
Coordenação Geral – Arquiteta/ Urbanista Zulma das Graças Lucena Schussel
Coordenação do Processo Participativo
Arquiteto/ Urbanista
Tomás Moreira
Engenheiro Civil Ricardo Schussel
Advogada Jusselma Tosin Maia
Assistente Social Rúbia Stein do Nascimento
Arquiteto/Urbanista Paulo Nascimento Neto
Arquiteta/Urbanista Sílvia Lucena Schussel
Arquiteta/Urbanista Marina Alves dos Santos
vii
APRESENTAÇÃO
Este documento contém a Proposta Metodológica do Plano de Habitação de
Interesse Social e corresponde ao Produto 1 da Etapa 1 do Contrato nº 053/2010, entre a
Prefeitura Municipal de Maringá e a empresa RZS – Consultoria e Planejamento Ltda., para
elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS de Maringá, contendo
as diretrizes, metas, objetivos e instrumentos para a implementação da Política
Habitacional de Maringá, com ênfase na Habitação de Interesse Social.
Maringá, Julho de 2010.
viii
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................. vii
SUMÁRIO ........................................................................................................................................... viii
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS .................................................................................................................. 1
2. CARACTERIZAÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ ............................................................... 4
2.1. LOCALIZAÇÃO ............................................................................................................................. 4
2.2. Histórico ..................................................................................................................................... 5
2.3. Aspectos demográficos .............................................................................................................. 6
2.4. Aspectos Regionais .................................................................................................................. 10
2.5. O Planejamento Urbano de Maringá ....................................................................................... 11
3. QUESTÃO HABITACIONAL .......................................................................................................... 14
3.1. Dimensionamento Das Necessidades Habitacionais No Brasil ................................................ 14
3.2. Dimensionamento Das Necessidades Habitacionais No Paraná ............................................. 21
4. POLÍTICAS DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL NO MUNICÍPIO: .............................................. 22
4.1. Plano Diretor Municipal ........................................................................................................... 22
4.2. Programas habitacionais .......................................................................................................... 24
4.2.1. Adesão do município ao SNHIS e o Fundo Municipal de Habitação ................................ 24
5. METODOLOGIA DO TRABALHO ...................................................................................................... 25
5.1. PROCESSO PARTICIPATIVO ...................................................................................................... 25
5.2. ETAPA 1 – Proposta metodológica .......................................................................................... 28
5.2.1. Estrutura, atribuições/responsabilidades de coordenação e organização dos trabalhos
para elaboração do PLHIS (equipes: de coordenação e apoio): ................................................. 28
5.2.2. Identificação dos agentes e grupos sociais afins: ............................................................. 29
5.2.3. Estrutura, atribuições/responsabilidades da equipe Municipal de Referência ou Núcleo
de Acompanhamento e estrutura e atribuições/responsabilidades dos consultores em cada
etapa da elaboração do PLHIS .................................................................................................... 30
5.2.4. Procedimentos para execução das etapas e produtos do PLHIS, inclusas as fontes a
serem consultadas: ..................................................................................................................... 37
ix
5.3. ETAPA 2 ‐ Diagnóstico do Setor Habitacional .............................................................................. 38
5.3.1. INSERÇÃO REGIONAL E CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO: ................................................. 39
5.3.2. LEVANTAMENTO DOS ATORES SOCIAIS: ............................................................................... 39
5.3.3. NECESSIDADES HABITACIONAIS............................................................................................ 40
5.3.4. OFERTA HABITACIONAL ........................................................................................................ 42
5.3.5. IDENTIFICAÇÃO DA QUANTIDADE E LOCALIZAÇÃO DAS TERRAS PASSÍVEIS DE SEREM
DESTINADAS PARA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL .................................................................. 42
5.3.6. LEVANTAMENTO DOS MARCOS REGULATÓRIOS E LEGAIS .................................................. 43
5.3.7. CONDIÇÕES INSTITUCIONAIS E ADMINISTRATIVAS .............................................................. 44
5.3.8. PROGRAMAS E AÇÕES .......................................................................................................... 44
5.3.9. RECURSOS PARA FINANCIAMENTO ...................................................................................... 44
5.3.10. CARACTERIZAÇÃO DO QUADRO DA IRREGULARIDADE URBANÍSTICA E FUNDIÁRIA ......... 45
5.3.11. FORMATO DO DIAGNÓSTICO ............................................................................................. 45
5.3.12. OFICINAS POPULARES ......................................................................................................... 46
5.3.13. PRODUTOS DA ETAPA 2 ...................................................................................................... 46
5.4. ETAPA 3 – Estratégias de ação ..................................................................................................... 47
5.4.1. DIRETRIZES E OBJETIVOS ....................................................................................................... 47
5.4.2. PROGRAMAS E AÇÕES .......................................................................................................... 48
5.4.3. METAS, RECURSOS E FONTES DE FINANCIAMENTO ............................................................. 48
5.4.4. INDICADORES ........................................................................................................................ 49
5.4.5. PROGRAMAS E AÇÕES PRIORITÁRIOS ................................................................................... 49
5.4.6. MONITORAMENTO, AVALIAÇÃO E REVISÃO. ....................................................................... 49
5.4.7. ELABORAÇÃO DA VERSÃO PRELIMINAR DO PLANO DE AÇÃO DO PHLIS ............................. 50
5.4.8. OFICINAS POPULARES E AUDIÊNCIA PÚBLICA ...................................................................... 50
5.4.9. PRODUTOS DA ETAPA 3 ........................................................................................................ 50
6. PLANEJAMENTO DA LEITURA COMUNITÁRIA ............................................................................... 52
6.1. ETAPA 2 ‐ OFICINAS DE CAPACITAÇÃO E OFICINAS MUNICIPAIS ........................................... 52
6.1.1 Cronograma das Oficinas Populares. ................................................................................. 52
6.2. OBJETIVO DAS OFICINAS DE CAPACITAÇÃO ............................................................................ 54
6.3. METODOLOGIA ........................................................................................................................ 54
6.4. PLANEJAMENTO DAS OFICINAS populares de capacitação ..................................................... 56
6.4.1. Conteúdo: ......................................................................................................................... 56
x
6.4.2. Público Alvo: ..................................................................................................................... 56
6.4.3. Programação..................................................................................................................... 56
6.4.4. Equipe Técnica .................................................................................................................. 57
6.4.5. Sistematização .................................................................................................................. 57
6.5. OFICINAS populares para discussão das estratégias de ação ................................................. 57
6.5.1 Cronograma das Oficinas Populares. ................................................................................. 57
6.6. OBJETIVO .................................................................................................................................. 59
6.7. METODOLOGIA ........................................................................................................................ 60
6.8. PLANEJAMENTO DAS OFICINAS populares para discussão das estratégias de ação ............... 61
6.8.1. Conteúdo: ......................................................................................................................... 61
6.8.2. Público Alvo: ..................................................................................................................... 61
6.8.3. Programação..................................................................................................................... 61
6.8.4. Equipe Técnica .................................................................................................................. 62
6.8.5. Sistematização .................................................................................................................. 62
6.8.6. Formas De Divulgação DaS OficinaS POPULARES ............................................................. 62
6.8.7. Formas De Avaliação Dos Resultados Obtidos ................................................................. 62
7. CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO .............................................................................................. 64
8. REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 70
ANEXO I – ROTEIRO DA 1ª ATIVIDADE ............................................................................................... 71
ANEXO II – ROTEIRO DA 2ª ATIVIDADE .............................................................................................. 74
ANEXO III – MODELO DE CARTAZ DE DIVULGAÇÃO .......................................................................... 76
ANEXO IV – MODELO DE CONVITE PARA DIVULGAÇÃO ................................................................... 78
ANEXO V – MODELO DE OFÍCIO DE DIVULGAÇÃO ............................................................................ 80
ANEXO VI – MODELO DE FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO‐PARTICIPANTES‐ ...................................... 83
ANEXO VII – MODELO DE FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO‐EQUIPE TÉCNICA‐ .................................... 85
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1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
O Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS) será elaborado de forma
democrática e participativa, abrangendo a totalidade do município, ou seja, área urbana e
área rural, contemplando as suas particularidades e fragmentações, observando para
ambas as características intrínsecas de cada uma, visando consolidar os instrumentos de
planejamento e gestão, para viabilizar o acesso regularizado a terra, à habitação, à infra‐
estrutura, aos equipamentos e serviços urbanos, promovendo condições dignas de
moradia e o cumprimento da função social da propriedade.
O PLHIS, enfatizando a Habitação de Interesse Social, servirá para orientar as ações do
Poder Público e da iniciativa privada, propiciando acesso à moradia, num processo
integrado às demais políticas municipais, e propiciando acesso aos recursos públicos
federais destinados à habitação de interesse social, através de sua participação no Sistema
Nacional de Habitação de Interesse Social.
O PLHIS deverá estar em conformidade com as diretrizes da Constituição Federal, do
Estatuto das Cidades, das Resoluções da Conferência Nacional e do Conselho das Cidades e
das diretrizes da Política Nacional de Habitação do Ministério das Cidades.
O desenvolvimento do PLHIS será realizado em três etapas:
‐ a PRIMEIRA ETAPA corresponde à Proposta Metodológica, aqui apresentada e que
detalha o processo a ser implementado, tanto no âmbito técnico como no de participação
popular;
‐ a SEGUNDA ETAPA abrange a elaboração do Diagnóstico do Setor Habitacional, com
levantamentos e sua sistematização, a identificação e quantificação das demandas;
‐ e a TERCEIRA ETAPA trata das Estratégias de Ação, com a elaboração de cenários atual,
futuro e o desejado, considerando as estimativas e previsões da dinâmica de crescimento
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populacional, com a definição de diretrizes, objetivos, metas e instrumentos de ação,
visando o estabelecimento de uma política pública integrada para o setor, expressando as
aspirações do poder público e dos demais agentes locais.
De acordo com o Termo de Referência, o trabalho a ser desenvolvido deverá abranger a
totalidade do município, isto é, a área urbana e rural, observando as características
intrínsecas de cada uma; estar de acordo com o Plano Diretor; e atender aos critérios
abaixo:
a) Estabelecer no âmbito do “Programa Habitacional Minha Casa Minha Vida”, o
instituto da Assistência Técnica como componente estratégico para promoção de
melhoria habitacional;
b) Promover a Inserção e participação da sociedade no apoio ao Programa
Habitacional incentivando a formação de parcerias com unidades de ensino,
núcleos de extensão das universidades, entidades profissionais, empresariais,
outros entes públicos, organizações não governamentais e entidades da sociedade
civil, ampliando o desenvolvimento institucional destes entes, no programa
municipal de habitação de interesse social;
c) Fortalecer a multidisciplinaridade do serviço de assistência técnica, incluindo
mobilização, participação e desenvolvimento social das comunidades, para
ampliação do acesso a programas de desenvolvimento à produção habitacional e
regularização fundiária, além da assistência técnica para a produção e melhoria
habitacional do contexto da auto‐gestão;
d) Acompanhar o desenvolvimento e implementação do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC), da área do Santa Felicidade, de forma a alcançar seus objetivos
e promover crescimento, portanto, tornando‐se o eixo de uma política de
desenvolvimento urbano municipal com inclusão social;
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e) Promover ações que visem à sustentabilidade do ambiente construído, com
redução do desperdício, aumento da vida útil das construções, melhoria dos
padrões de conforto ambiental e melhoria da qualidade e produtividade das obras,
com participação da cadeia produtiva do setor;
f) Fomentar e apoiar à regulação, à ocupação e ao uso do solo urbano, de acordo com
os instrumentos previstos no Estatuto da Cidade, na Lei Complementar número
632/06 do Plano Diretor do Município de Maringá e no Plano Municipal de
Habitação de Interesse Social, especialmente nas Macrozonas Rurais e Transição;
g) Articular o programa habitacional de interesse social para as famílias de baixa renda,
com programas de financiamento e micro crédito desenvolvidos nas esferas federal
e estadual, destinando‐os, principalmente, para auto‐gestão coletiva ou individual;
h) Associar parâmetros de qualidade com menor custo, propiciando assim economia
de escala;
i) Atender, prioritariamente, à mulher responsável pelo domicílio, além de segmentos
sociais em situação de vulnerabilidade social (trabalhadores domésticas, catadores
de material reciclável etc.), bem como observar os mecanismos legais de cotas para
idosos e portadores de necessidades especiais;
j) Incentivar a implementação de mecanismos permanentes no Programa
Habitacional Minha Casa, de assistência técnica aos programas e ações de
habitação de interesse social, buscando integrá‐los ao plano local de habitação
constituindo uma das formas de enfrentamento ao déficit habitacional local.
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2. CARACTERIZAÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ*
2.1. LOCALIZAÇÃO
Maringá está situada no Noroeste do Estado do Paraná. Sua posição geográfica
corresponde à: altitude: 596 m; latitude 23 º 25 ' 31 '' S e longitude 51º 56 ' 19 '' W.
O município possui uma área total de 473.064.190 m² com densidade demográfica de
666,89 hab/km² (IPARDES 2006) e está situado à 434 km da capital do Estado ‐ Curitiba.
Figura 1 – Localização de Maringá
FONTE: www.maringa.com
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2.2. HISTÓRICO
O povoamento da área compreendida pelo atual Município de Maringá iniciou‐se por volta
de 1938, mas foi apenas a partir dos primeiros anos da década de 40, que começaram a ser
erguidas as primeiras edificações propriamente urbanas, na localidade conhecida mais
tarde por Maringá Velho.
Maringá, fundada pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, foi traçada
obedecendo a um plano urbanístico previamente estabelecido. Praças, ruas e avenidas
foram demarcadas, considerando ao máximo as características topográficas do sítio
escolhido e revelando preocupação lúcida no que se refere à proteção de áreas verdes e
vegetação nativa.
Com estes traços, caracteristicamente contemporâneos, nasceu Maringá, a 10 de Maio de
1947, como distrito de Mandaguari.
Foi elevada a Município pela Lei nº 790, de 14 de Fevereiro de 1951, com os distritos de
Iguatemi, Floriano e Ivatuba. A 09 de Março de 1954, foi instalada a Comarca de Maringá.
Projeta pelo Urbanista Jorge Macedo Vieira, para abrigar uma população de 200.000
habitantes num prazo de 50 anos, Maringá superou esta expectativa aos seus 50 anos de
existência, com uma população de aproximadamente 270.000 habitantes.
Desde sua fundação, foi atribuída a Maringá a função de pólo regional, como núcleo de
comercialização da produção agrícola, centro de abastecimento, negociação de terras,
prestação de serviços, entre outras. Portanto, além da imigração provocada pela nova
fronteira agrícola para o plantio e cultivo do café, atraía também população em razão de
outras atividades econômicas. Assim é que, no primeiro censo demográfico de que
participou, em 1950, somente três anos após sua fundação, já contava com 38.588
habitantes e, mesmo considerando‐se que a grande maioria, 81,2% vivia no campo, já se
formava um significativo núcleo urbano de apenas três anos e com mais de 7.000
habitantes. O rápido crescimento nas duas primeiras décadas está diretamente
relacionado à expansão da fronteira agrícola com o plantio do café, enquanto a redução da
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velocidade do crescimento populacional nos anos 60 está ligada à erradicação do cafeeiro,
o que provocou, no período, perda absoluta de 28.849 pessoas da zona rural, que
migraram para outras regiões e estados e para a própria zona urbana. Nos anos 70, ainda
como conseqüência da redução do cultivo do café e da introdução de novas culturas no
campo, menos demandadoras de mão de obra e mais intensivas de capital, a população do
campo continuou diminuindo em termos absolutos, o que indica uma intensificação do
processo de urbanização como decorrência da urbanização das atividades econômicas.
Dessa maneira, boa parte do crescimento populacional observado a partir dos anos 70,
considerada a significativa redução da taxa de fecundidade, deve ser atribuída a fluxos
migratórios do campo para a cidade, de outras cidades da região e de outras regiões para
Maringá, atraídos pelas atividades econômicas urbanas que respondem pela quase
totalidade da geração da riqueza (98,8% segundo dados de 1998).
Superado o “Ciclo do Café”, a atual diversificação da produção agrícola local e regional
(soja, milho, algodão, cana‐de‐açúcar, trigo, etc.) é responsável pelas condicionantes de
desenvolvimento dos distritos industriais.
2.3. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS
Com pouco mais de 60 anos de vida, Maringá, atualmente é a terceira maior cidade do
Paraná e o 66º município mais populoso do país, com a taxa de crescimento de 1.86% ao
ano, conforme ilustra o gráfico abaixo).
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Figura 2 – Evolução Populacional de Maringá
FONTE: IBGE 2000
O total dos domicílios recenseados em 2000 foi de 96.645, sendo 84.345 domicílios
ocupados, 12.205 domicílios não ocupados, 358 domicílios fechados, 2.123 de uso
ocasional e 9.724 vagos, enquanto a média de habitantes por domicílio era igual a 4,1.
TABELA 1 – POPULAÇÃO CENSITÁRIA, SEGUNDO TIPO DE DOMICÍLIO E SEXO – 2000
TIPO DE DOMICÍLIO MASCULINO FEMININO TOTAL
Urbano 136.107 147.871 283.978
Rural 2.407 2.268 4.675
TOTAL 138.514 150.139 288.653
FONTE: CADERNO ESTATÍSTICO DE MARINGÁ (IPARDES/2010)
O município apresentava em 2000 um Grau de Urbanização de 98,38%, e enquanto a taxa
de crescimento dos domicílios urbanos se apresentava na ordem de 2,19%, a dos
domicílios rurais se apresentava negativa (‐3,18%), conforme tabela abaixo, demonstrando
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um esvaziamento da área rural, que poderá ser conferido na realização do próximo censo
em 2010.
TABELA 2 – TAXA DE CRESCIMENTO GEOMÉTRICO SEGUNDO TIPO DE DOMICÍLIO ‐ 2000
TIPO DE DOMICÍLIO TAXA DE CRESCIMENTO (%)
Urbano 2,19
Rural ‐3,14
TOTAL 2,08
FONTE: CADERNO ESTATÍSTICO DE MARINGÁ (IPARDES/2010)
Segundo a contagem da população realizada em 2007 pelo IBGE, o total de habitantes era
de 325.968, sendo a população urbana 283.792 habitantes, totalizando 48% homens
(156.464), 52% mulheres (169.503). Ainda segundo o IBGE, a população estimada para
2010 é de 335.511 habitantes.
Com relação ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, verifica‐se que o município
encontra‐se posicionado muito bem tanto em relação aos demais municípios paranaenses
como também no contexto nacional.
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TABELA 3 – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL – IDH‐M ‐2000
INFORMAÇÃO ÍNDICE UNIDADE
Esperança de vida ao nascer 72,22 anos
Taxa de alfabetização de adultos 94,61 %
Taxa bruta de freqüência escolar 92,27 %
Renda per capita 465,37 R$ 1,00
Longevidade (IDHM‐L) 0,787
Educação (IDHM‐E) 0,938
Renda (IDHM‐R) 0,798
IDH‐M 0,841
Classificação na Unidade da Federação 6
Classificação nacional 65
FONTE: CADERNO ESTATÍSTICO DE MARINGÁ (IPARDES/2010)
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2.4. ASPECTOS REGIONAIS
Maringá se constitui o município pólo da Região Metropolitana de Maringá, que foi
oficialmente constituída no ano de 1998, tendo então oito municípios. Atualmente é
formada por treze, com população total de 570.671 habitantes.
Figura 3 – Região Metropolitana de Maringá
FONTE: . http://farm1.static.flickr.com/149/408146762_4467846bcb.jpg consultado em 20/05/2010.
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2.5. O PLANEJAMENTO URBANO DE MARINGÁ
Maringá é uma cidade cujo crescimento obedece a um plano de desenvolvimento urbano.
A CMNP – Companhia Melhoramentos Norte do Paraná contratou o arquiteto e urbanista
Jorge Macedo Vieira (1894 ‐ 1978), paulista, que já constava em seu currículo, projetos
como o do Jardim Paulista, da cidade de São Paulo e de Águas de São Pedro, no interior do
Estado de São Paulo. Este arquiteto, jamais esteve em Maringá, mas criou, no entanto, um
projeto considerado na época, l945, um dos mais arrojados e modernos. Sem conhecer a
localidade a qual planejava, seguiu apenas as orientações da Companhia que exigia largas
avenidas, muitas praças e espaços para árvores. A preocupação era elaborar um plano,
cujas praças, ruas e avenidas, fossem demarcadas considerando‐se, ao máximo, as
características topográficas da área, a proteção e preservação do verde nativo, tudo
conjugado com a organização do uso do solo.
O plano inicial obedeceu às seguintes características:
a1) Uma avenida atravessando a cidade de ponta a ponta, denominada Avenida Brasil
(7450m);
a2) Zoneamento do uso do solo por funções: zona residencial destinada às classes sociais
mais elevadas, zona residencial destinada às classes populares, zona comercial, zona
industrial, centro cívico, aeroporto, estádio municipal, núcleos sociais, áreas verdes,
parques, etc. Os quarteirões e terrenos foram planificados para atender a cada uma dessas
finalidades.
a3) Na denominada zona 1, ficam concentrados o comércio, as edificações do centro cívico
e de outros serviços públicos tais como: Prefeitura Municipal, Fórum, Câmara Municipal,
Biblioteca Municipal, Agência dos Correios e Telégrafos, Central Telefônica e Estações
Rodoviária e Ferroviária. Além desses equipamentos públicos, a zona conta também com a
Catedral, estabelecimentos bancários e hotéis.
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a4) As zonas 2 e 5 se destinariam às residências, sendo que nos limites da zona 3,
designada de Vila Operária, ficaria a zona industrial.
A preocupação ecológica da Companhia foi retratada pelo arquiteto, com o desenho de
três áreas ecológicas localizadas no perímetro urbano, duas delas propositadamente
desenhadas na forma de pulmão, que são:
• Horto Florestal Dr. Luiz Teixeira Mendes, área até hoje de propriedade da
Companhia Melhoramentos, conta com 17,5 alqueires paulistas, definidos como
área de reserva destinada também a produção e reprodução de mudas para
composição e reposição da arborização urbana;
• Bosque Tupinambá ou Bosque II, com aproximadamente 25 alqueires paulistas,
constitui‐se numa reserva de mata natural localizada no centro da cidade;
• Parque do Ingá, com 19,5 alqueires paulistas, urbanizado em 1970, tornou‐se um
dos mais conhecidos pontos turísticos e símbolo da Cidade, juntamente com a
Catedral. Conta com Jardim Zoológico, vias para passeio, lago com represa e
pedalinhos, além do Jardim Japonês, este em homenagem ao imigrante estrangeiro
de maior número populacional.
Além desses, a cidade conta com mais 14 bosques, totalizando 17 áreas que somam mais
de 100 alqueires de matas. Os bosques e as milhares de árvores distribuídas nas ruas,
avenidas e praças de Maringá proporcionam 26,65 m² de área verde por habitante.
Decorre deste fato a designação de Cidade Verde.
A arborização em Maringá teve início em 1949, logo após a fundação da cidade e a
primeira árvore plantada pode ser encontrada na esquina da Avenida Duque de Caxias com
a Rua Joubert de Carvalho, em frente ao antigo escritório da Companhia Melhoramentos.
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Figura 4 Mapa de Zoneamento do Uso e Ocupação do Solo de Maringá – 1999
FONTE: HTTP://WWW.CODEM.ORG.BR/INVESTE/IMG/MAPA5.GIF
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3. QUESTÃO HABITACIONAL
3.1. DIMENSIONAMENTO DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS NO BRASIL
Estudos da Fundação João Pinheiro e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
dimensionaram as necessidades habitacionais considerando não apenas a urgência na
oferta de novas unidades, ou seja, o déficit habitacional quantitativo, mas também a
inadequação de moradias já existentes, ou seja, o déficit habitacional qualitativo, tais como
a falta de infra‐estrutura e adensamento excessivo dos assentamentos. Ao esboçar as
diferentes carências habitacionais, estes estudos permitem ao poder público subsidiar
metas adequadas de atendimento conforme a demanda. Isto porque, junto aos programas
voltados à produção de unidades novas é preciso investir na melhoria das moradias
precárias, na urbanização de assentamentos ilegais, no combate à carência de infra‐
estrutura e em projetos de aquisição e requalificação de imóveis vagos.
Segundo dados da Fundação João Pinheiro, de 2000, estima‐se que a necessidade de novas
moradias nas áreas urbanas seja da ordem de 4,0 milhões e a necessidade de novas
moradias nas áreas rurais seja da ordem de 1,6 milhões. Calcula‐se em 5,6 milhões a
demanda nacional por novas moradias. Em números absolutos, a maior parte dessa
necessidade concentra‐se nos Estados do Sudeste (41%) e do Nordeste (31%), regiões que
também agregam a maioria da população urbana do país e dispõem da maior parte dos
domicílios urbanos duráveis (quadro 1). Em termos de necessidades locais, são os Estados
nordestinos e as áreas urbanas da região Norte as mais necessitadas.
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TABELA 4 – DÉFICIT QUANTITATIVO URBANO POR FAIXA DE RENDA. BRASIL E REGIÕES, 2000.
REGIÕES DÉFICIT ATÉ 3 SM
%
DE 3 A 5 SM
%
DE 5 A 10
SM
%
ACIMA DE
10 SM
%
TOTAL
%
Norte 411,6 84,0 7,2 6,9 1,6 100,0
Nordeste 1.729,1 91,3 5,1 2,1 0,7 100,0
Sudeste 2.257,5 77,6 11,0 7,1 3,0 100,0
Sul 589,1 80,9 9,4 6,7 2,5 100,0
Centro‐
Oeste
427,6 82,9 7,8 6,5 2,0 100,0
Brasil 5.414,9 83,2 8,4 5,4 2,0 100,0
FONTE: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2001.
Segundo o Ministério das Cidades estima‐se que em 2006 a necessidade de novas
moradias nas áreas urbanas era da ordem de 6,5 milhões e a necessidade de novas
moradias nas áreas rurais era da ordem de 1,4 milhões. Calcula‐se em quase 8,0 milhões a
demanda nacional por novas moradias. Em números absolutos, a maior parte dessa
necessidade ainda concentra‐se nos Estados do Sudeste e do Nordeste (quadro 2).
16
TABELA 5. DÉFICIT QUANTITATIVO URBANO POR FAIXA DE RENDA. BRASIL E REGIÕES, 2006.
REGIÕES DÉFICIT ATÉ 3 SM
%
DE 3 A 5 SM
%
DE 5 A 10SM
%
TOTAL
%
Norte 619.072 91,2 5,0 3,8 100,0
Nordeste 1.837.712 95,0 2,8 2,2 100,0
Sudeste 2.794.148 89,9 6,2 3,9 100,0
Sul 809.128 85,1 9,0 5,9 100,0
Centro‐Oeste 483.409 88,3 6,1 5,6 100,0
Brasil 6.543.469 90,7 5,5 3,8 100,0
FONTE: MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2006.
Agrupando‐se os dados conforme a faixa de renda, o cenário confirma a insuficiência dos
mecanismos de mercado para a solução do problema, uma vez que 90% do déficit
habitacional urbano do país está concentrado nas famílias com renda mensal de até três
salários mínimos. Em todas as regiões, o problema da falta de moradia recai sobre as faixas
de menor renda, sendo que os números mais expressivos encontram‐se no Sudeste e no
Nordeste. É importante observar o elevado aumento do déficit na faixa de renda de até
três salários mínimos de 2000 a 2006, bem como a queda brutal do déficit nas demais
faixas – e em particular no grupo com renda mensal superior a dez salários mínimos – o
que evidencia a absoluta necessidade de se encontrarem mecanismos de atendimento
dirigidos diretamente às faixas de menor renda.
Outra face do problema da moradia está na qualidade do estoque existente. É possível
notar, na análise dos dados da Tabela 4, o número expressivo de unidades habitacionais
com algum tipo de carência. A que predomina, em números absolutos, é a ausência de
infra‐estrutura. Mais da metade das unidades nas regiões Norte, Nordeste e Centro‐oeste,
17
um quarto das moradias na região Sul e quase 12% das moradias na região sudeste
convivem com esse problema. Em números absolutos, são cerca de 10,2 milhões de
moradias sem infra‐estrutura (uma em cada 3,5 unidades construídas). A carência de
esgotamento sanitário, ausente em 5,4 milhões de unidades, é o principal item que
compromete as moradias brasileiras.
Resulta claro da leitura da Tabela 4 é que a questão habitacional não pode ser equacionada
apenas com a oferta de novas unidades. A articulação com políticas públicas de
saneamento reduziria grande parte da inadequação, mas ainda não dispensaria a adoção
de medidas de controle sobre a moradia e de política urbana que intervenha no acesso à
terra. Grande parcela do estoque existente não proporciona condições de uso adequadas,
como provam cerca de 2 milhões de unidades com adensamento excessivo (mais de três
pessoas por cômodo), 1,5 milhão de moradias com problemas fundiários e quase o mesmo
número sem banheiro interno.
TABELA 6. REGIONALIZAÇÃO DO DÉFICIT QUALITATIVO. BRASIL E REGIÕES, 2000 (EM MIL
UNIDADES).
REGIÕES ESTOQUE EXISTENTE URBANO
Dom.
duráveis
Dom. com
adensamento
excessivo
Inadequação
fundiária
Carência
de infra‐
estrutura
Ausência de
unid. sanitária
em dom.
Inadequaçã
o. por
depreciação
Norte 1.955,8 184,8 56,3 1.165,6 162,8 20,1
Nordeste 7.760,3 385,9 432,3 4.010,1 714,7 195,8
Sudeste 18.361,5 1.133,6 650,4 2.155,3 315,4 505,5
Sul 5.858,2 198,1 325,9 1.469,6 179,1 100,7
Centro‐Oeste 2.710,5 122,5 43,8 1.469,4 94,6 14,5
Brasil 36.646,3 2.024,9 1.508,7 10.261,1 1.466,7 836,6
18
FONTE: FJP, 2001 ‐ TABELAS 4.11, 5.19 E 5.20. OBSERVAÇÃO: OS NÚMEROS REFERENTES A CADA CATEGORIA NÃO
PODEM SER SOMADOS, POIS ISSO PROVOCARIA DISTORÇÕES DE DUPLA CONTAGEM, JÁ QUE UMA MESMA MORADIA
PODE APRESENTAR DIFERENTES TIPOS DE DEFICIÊNCIA.
Ao associar a carência de infra‐estrutura com a renda da população, encontram‐se cerca de
6,0 milhões de unidades pertencentes a famílias com renda de até três salários mínimos
(67% das unidades com carência de infra‐estrutura são ocupadas pela camada mais pobre).
Isso mostra que essa parcela da população, quando mora, mora mal. Certamente,
concentra‐se em áreas urbanas controladas pelo mercado informal, desprovidas de
qualidade urbanística e de equipamentos, o que reafirma a importância de políticas
abrangentes e bem planejadas. Dados do Sistema Nacional de Indicadores Urbanos
mostram que décadas de crescimento acelerado levaram a um processo informal de
acesso ao solo e alavancaram o número de municípios com favelas e loteamentos
irregulares. Essa forma de uso da terra está presente na grande maioria das cidades
brasileiras, inclusive nas menores, como é possível verificar na Tabela 6.
TABELA 7. PERCENTUAL DE MUNICÍPIOS COM ASSENTAMENTOS IRREGULARES E EM AREAS DE
RISCO, SEGUNDO FAIXA DE POPULAÇÃO. BRASIL, 2000.
POPULAÇÃO
(em mil habitantes)
MUNICÍPIOS QUE
POSSUEM FAVELAS E
ASSENTAMENTOS
PRECÁRIOS (em %)
MUNICÍPIOS QUE
POSSUEM MORADIA EM
ÁREA DE RISCO (em %)
MUNICÍPIOS QUE
POSSUEM
LOTEAMENTOS
IRREGULARES (em %)
Até 20 19,5 20,5 26,5
De 20 a 100 43,8 45,9 59,8
De 100 a 500 79,8 77,7 88,1
Mais de 500 96,7 87,1 87,1
Média Brasil 27,6 28,7 43,9
FONTE: SNIU IN MINISTÉRIO DAS CIDADES. RELATÓRIO BIRD. SEGUNDA VERSÃO ‐ 25/4/2003.
19
O dimensionamento das unidades inadequadas e dos assentamentos precários e
irregulares permite inferir o tamanho do problema habitacional no país, mas não quantifica,
com razoável precisão, as moradias produzidas pelo mercado informal.
Um número cada vez mais expressivo de imóveis vazios é identificado nos centros das
cidades e nos aglomerados metropolitanos. Muitos deles podem ter sido contabilizados
como moradias inadequadas e engrossam a lista de imóveis em processo de depreciação
devido à idade: cerca de 800 mil unidades precisam ser melhoradas ou reabilitadas por
terem sido construídas há mais de 50 anos (ver Tabela 6). Outra parte, porém, pode estar
vazia por desinteresse de seus proprietários em alugá‐la, vindo a somar cerca de 6,7
milhões de imóveis, dos quais quase dois terços em áreas metropolitanas.
TABELA 8. DOMICÍLIOS VAGOS. BRASIL, 2006.
DOMICÍLIOS VAGOS, 2005 % SOBRE DOMICÍLIOS
VAGOS
% SOBRE DOMICÍLIOS
VAGOS URBANOS
Norte 423.418 312.719 110.699 83,6 10,7 5,7 82,0 13,7 4,3
Nordeste 1.827.988 1.081.999 745.989 92,1 6,3 1,6 88,8 9,8 1,4
Sudeste 3.117.713 2.661.874 455.839 88,6 9,9 1,5 87,8 11,0 1,2
Sul 876.036 640.062 235.974 91,8 7,4 0,8 90,1 9,2 0,7
Centro‐
Oeste
491.249 387.630 103.619 89,4 8,8 1,8 87,0 11,0 2,0
Brasil 6.736.404 5.084.284 1.652.120 89,7 8,6 1,7 87,9 10,7 1,4
FONTE: PNAD, 2005 E FJP, 2006.
20
Se fosse possível estabelecer um paralelo, esse número expressivo de imóveis vazios seria
suficiente para sanar 83% do déficit nacional de unidades urbanas. Sabe‐se, no entanto,
que o déficit habitacional concentra‐se nas faixas de menor renda da população, enquanto
as condições de edificação e de custo dos imóveis ociosos é, em geral, desconhecida
(tamanho, padrão de construção e preço das unidades vazias não são propriamente
compatíveis com as condições de pagamento da população necessitada).
Em resumo, o diagnóstico das condições atuais de moradia de baixa renda no Brasil
permite as seguintes conclusões:
a) Sem a permanente construção de novas moradias, o déficit brasileiro não será
vencido.
b) A amplitude do número de moradias carentes de infra‐estrutura (uma em cada
3,5 unidades no país) deixa transparecer a necessidade de se investir em
saneamento básico, sem o que não se conseguirá assegurar qualidade de vida
para a maioria das famílias.
c) Existe uma estreita associação entre moradia precária e baixa renda: 2/3 das
unidades sem infra‐estrutura são habitadas por famílias com renda de até três
salários mínimos.
d) A falta de inserção urbana – sem a qual não é possível a definição de moradia
digna – evidenciada nas carências habitacionais e no número de municípios com
mais de 100 mil habitantes com a presença de favelas, os loteamentos
irregulares e as áreas de risco ocupadas por assentamentos precários indicam a
necessidade de intervenções articuladas que visem à produção e à melhoria das
moradias, à execução da política fundiária e a investimentos crescentes em
saneamento básico.
e) As favelas, os loteamentos irregulares, a ocupação de áreas que impõem riscos
de vida e a precariedade das moradias – seja no tocante às características
construtivas ou em relação ao planejamento urbano – evidenciam a
informalidade na construção e na ocupação do território e tornam relativa a
21
participação do mercado imobiliário formal e das políticas públicas na
construção das cidades brasileiras.
f) É necessário casar a identificação de unidades vazias, em particular nos centros
urbanos bem dotados de infra‐estrutura, com programas de reinserção dessas
unidades no mercado imobiliário e de conversão para unidades a serem
ocupadas por famílias carentes, ora contabilizadas no déficit.
3.2. DIMENSIONAMENTO DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS NO PARANÁ
O Paraná, de acordo com dados do censo de 2000, tem 2.672.180 domicílios particulares
permanentes. O déficit habitacional absoluto, segundo a Fundação João Pinheiro ‐ FJP
(MG), é de 260.648 domicílios (229.069 urbanos ‐ 31.579 rurais). O déficit relativo do
estado é de 9,8%.
Participação dos componentes do déficit habitacional no Paraná
De acordo com a FJP, 53,8% do total do déficit habitacional no Estado do Paraná refere‐se
à coabitação familiar, enquanto 25,2% refere‐se ao ônus excessivo com aluguel; a
habitação precária é responsável por 19,6% do déficit e a reposição por depreciação é
responsável por 1,4%.
O déficit habitacional no Paraná, conforme a faixa de renda das famílias, apresenta maior
concentração na renda mensal de 0 a 3 salários mínimos com 85,4% do total, enquanto a
faixa de 3 a 5 s.m. responde por 8,2%; a faixa de 5 a 10 s.m. responde por 3,9% enquanto a
faixa de mais de 10 s.m. responde por apenas 1,2%.
22
4. POLÍTICAS DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL NO MUNICÍPIO:
4.1. PLANO DIRETOR MUNICIPAL
A Lei complementar nº 632 de 06 de outubro de 2006, cria o Plano Diretor do Município de
Maringá que é um instrumento de planejamento urbano, pelo qual o poder público
municipal estabelece as normas que orientam, condicionam e disciplinam o
relacionamento da população maringaense com sua cidade, no que se refere ao uso e à
ocupação do solo. O Plano Diretor permite ao Município orientar investimentos, políticas,
programas, projetos e regulamentações para o desenvolvimento sustentável da cidade, de
forma que ela cresça planejada, tanto em seus aspectos sócio‐econômicos, quanto
territoriais e ambientais. O Plano Diretor de Maringá é resultado de um esforço coletivo
que integrou a participação da população e o conhecimento técnico, que além de atender
aos objetivos e metas estabelecidos pelo Estatuto da Cidade, regulamenta os novos
instrumentos de planejamento urbano e readequa as proposições do antigo Plano Diretor
à realidade atual do Município, sob um prisma mais amplo e completo.
O Plano Diretor Municipal de Maringá propõe as seguintes diretrizes para a política de
habitação de interesse social no município:
Art. 23. A Política de Desenvolvimento Territorial e Ambiental tem como objetivos:
I – garantir o uso e a ocupação sustentável do solo;
II – promover a mobilidade do trânsito com fluidez e segurança;
III ‐ garantir a preservação, o controle e a recuperação da paisagem e dos bens
socioambientais;
IV – promover a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de
urbanização e da produção do espaço;
V – promover o acesso à habitação, priorizando a população de baixa renda.
23
Art. 24. Para a consecução dessa política devem ser observadas as seguintes
estratégias:
I ‐ definir modelo de ordenamento territorial que:
a) integre uso do solo, sistema viário e transportes;
b) facilite a diversidade de usos e atividades.
II ‐ definir diretrizes para uso e ocupação do solo que respeitem características
específicas do ambiente natural e construído;
III ‐ otimizar o funcionamento das redes de infra‐estrutura, equipamentos e serviços
públicos existentes;
IV ‐ monitorar a distribuição, capacidade e qualidade dos equipamentos de saúde,
educação, lazer e cultura;
V ‐ promover a readequação dos espaços públicos como incentivo à convivência cidadã;
VI ‐ promover a acessibilidade universal, por meio da adequação das normas
urbanísticas e de edificações para atender as pessoas com deficiência e/ou mobilidade
reduzida;
VII – elaborar e implementar um Sistema de Gestão Socioambiental Integrada e
Sustentável;
VIII ‐ monitorar o desenvolvimento urbano, definindo indicadores de qualidade de vida;
IX – redefinir critérios da política habitacional do município;
X ‐ articular a Política Habitacional de Maringá com as políticas habitacionais dos
demais municípios da região metropolitana de forma integrada e sustentável
obedecendo às normas e padrões técnicos vigentes;
XI ‐ potencializar os instrumentos do Estatuto da Cidade para os fins da política
habitacional;
XII ‐ implementar consórcios imobiliários para a construção de moradia para
população de baixa renda;
XIII ‐ criar Unidades Territoriais de Planejamento com a finalidade de possibilitar
análises comparativas e prioridade de investimentos;
24
XIV ‐ articular a política ambiental de Maringá com as políticas ambientais dos demais
municípios da Região Metropolitana de Maringá.
XV ‐ definir política municipal de habitação, com ênfase em baixa renda,
contemplando:
a) destinação de áreas para Habitação de Interesse Social;
b) criação de mecanismos de financiamento;
c) moradia rural;
d) combate à exclusão sócio‐territorial;
4.2. PROGRAMAS HABITACIONAIS
Maringá conta atualmente com 04 programas Sociais em andamento, sendo 02 específicos
para habitação de baixa renda, 01 específico para o idoso e o PAC, a saber:
OGU 1: Conjunto com 34 UR com 56% da obra executadas.
OGU 2: Conjunto com 42 UR com 13,5% da obra executadas.
OGU 3: Conjunto com 40 UR para idosos, com 85% da obra executadas.
PAC: Produção de 665 UR, recuperação de 278 UR, regularização fundiária,
obras de infraestrutura urbana, recuperação de áreas degradadas, infraestrutura social,
pavimentação e obras viárias.
O município conta com o Programa Casa Fácil. Trata‐se de um programa desenvolvido com
o CREA‐PR, e AEAM, que tem por objetivo viabilizar a elaboração de Projeto Básico (70m²)
para as famílias de baixa renda.
4.2.1. ADESÃO DO MUNICÍPIO AO SNHIS E O FUNDO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO
A adesão ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS foi feita a partir do
processo administrativo nº 80000.005545/2007‐ 26 publicado na seção 3, do Diário Oficial
da União de 22 de março de 2007.
25
O Fundo Municipal de Habitação foi criado pela Lei Municipal nº 2.593/89 de 03 de
outubro de 1989 com a finalidade de prover recursos para estudos e projetos habitacionais
de baixa renda, construção de moradias populares, infraestrutura de loteamento popular,
loteamentos populares e edificações que atendam à população de baixa renda.
Ao longo dos anos a Lei sofreu alterações e atualmente é regida pela Lei Nº 8.242 de 05 de
dezembro de 2008 de acordo o Sistema Nacional de Habitação de Interesse
5. METODOLOGIA DO TRABALHO
O detalhamento da metodologia corresponde à itemização definida pelo Termo de
Referência anexo ao Contrato n°053/2010.
De acordo com aquele documento o objetivo é “a elaboração de um documento contendo
as diretrizes, metas, objetivos e instrumentos para implementação da Política
Habitacional de Maringá com ênfase na habitação de interesse social, que expressem o
entendimento do governo local e dos agentes sociais a respeito da maneira como deve
ser orientado o planejamento local do setor habitacional, visando promover o acesso à
moradia digna, especialmente às pessoas de mais baixa renda, tendo por base o
entendimento dos principais problemas e da realidade da questão habitacional
identificados no município.”
São descritas abaixo as 3 etapas previstas no Termo de Referência, que estão estruturadas
a partir do processo participativo.
5.1. PROCESSO PARTICIPATIVO
Democratizar as decisões é fundamental para transformar o planejamento da ação
municipal em trabalho compartilhado entre os cidadãos e assumido por eles, bem como
para assegurar que todos se comprometam e se sintam responsáveis e responsabilizados
26
pelo processo de construir e implementar o Plano Local de Habitação de Interesse Social.
Portanto, o Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maringá – PLHIS_MARINGÁ
prevê a definição do processo participativo, como base estrutural de sua elaboração.
O processo de discussão pública do Plano Local de Habitação de Interesse Social de
Maringá – PLHIS_Maringá tem caráter formativo e deliberativo, visando envolver e
capacitar a comunidade continuamente. Ele propõe que a população e o Poder Público
sejam co‐partícipes na construção do planejamento da cidade, negociando pontos
polêmicos na busca de consensos progressivos em cada uma das etapas. Para tanto, serão
utilizadas pesquisas de sensibilização da sociedade, oficinas de capacitação em bairros e
com segmentos, e seminários, com o objetivo de conhecer a sua realidade, seus problemas,
potencialidades e expectativas para o futuro, além de motivá‐la a participar das etapas
posteriores.
A metodologia definida para o processo participativo deste Plano está consistida nos
seguintes itens:
I. Levantamento dos atores sociais e suas formas de atuação do setor de habitação,
tomando como base dados do Plano Diretor de Maringá e de dados da Secretaria
de Habitação do Município.
II. Levantamento da forma de ação e práticas dos programas e projetos de habitação
de interesse social no que tange o envolvimento dos atores sociais.
III. Definição das estratégias de comunicação das atividades do processo participativo:
folhetos, cartazes em ônibus, anúncios, chamadas no rádio e dinâmicas dos eventos.
Para tanto, o território municipal foi dividido em regiões conforme apresentado no mapa a
seguir, para a realização de oficinas durante as etapas do PLHIS, de forma mais próxima das
comunidades.
27
Figura 5 ‐ Mapa área urbana de Maringá:
Subdivisão do território municipal para a realização das oficinas municipais
FONTE: Prefeitura Municipal de Maringá, adaptado por RZS Consultoria e Planejamento
Ltda. 2010
Essas atividades reunirão membros do governo municipal, do Conselho Municipal de
Habitação, do Grupo Gestor do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maringá e
atores da sociedade civil, incluindo instituições e movimentos organizados da sociedade, os
atores sociais e os segmentos sociais que discutiram o Plano Diretor de Maringá:
movimentos sociais; organizações não governamentais, entidades técnicas, acadêmicas e
empresários ligados à produção da habitação de interesse social;
O objetivo das oficinas é apresentar, discutir, exercitar e detalhar os vários procedimentos
e aspectos metodológicos para a elaboração do Plano Municipal de Habitação, instrumento
da Política Nacional de Habitação (PNH), aprovada em 2004 pelos membros do Conselho
28
Nacional das Cidades, baseada nos seguintes princípios: o direito à moradia digna como
vetor de inclusão social; o cumprimento da função social da propriedade urbana; a gestão
democrática; a articulação com as políticas urbanas, sociais e ambientais.
As oficinas setoriais e territoriais trabalharão com as necessidades habitacionais
qualitativas e quantitativas, a oferta habitacional; marcos regulatórios e legais; programas
e ações; custos e formas de financiamento (em conformidade com a leitura técnica).
As oficinas apresentarão a Política, Sistema e o Plano Nacional de Habitação de Interesse
Social, bem como os objetivos do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maringá;
os componentes básicos para um Plano Municipal de Habitação; análise e quantificação
das necessidades habitacionais: Brasil, Paraná e Maringá; análise dos custos de produção
habitacional e definição de fontes de recursos para estabelecer metas de produção e
melhorias habitacionais.
O processo participativo será a base fundamental de todos os trabalhos de elaboração do
Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maringá. A realização das oficinas está
detalhada nos itens a seguir.
5.2. ETAPA 1 – PROPOSTA METODOLÓGICA
A fase inicial, estruturante das duas etapas posteriores, norteará os procedimentos a
serem adotados em cada uma delas.
A Proposta Metodológica ora apresentada deve ainda ser pactuada com Equipe Técnica
Municipal e a sociedade, além de ser revisada após o Evento de Lançamento e Divulgação
do Plano Local de Habitação de Interesse Social.
5.2.1. ESTRUTURA, ATRIBUIÇÕES/RESPONSABILIDADES DE COORDENAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS PARA ELABORAÇÃO DO PLHIS (EQUIPES: DE COORDENAÇÃO E APOIO):
A equipe municipal que coordenará os trabalhos de elaboração do plano é constituída dos
seguintes membros:
29
Coordenador Geral:
Gilberto Delgado – Secretário Extraordinário de Habitação
Demais membros:
Sergio Bertoni ‐ Secretaria Extraordinária de Habitação
Valério Odorizzi ‐ Secretaria Extraordinária de Habitação
Márcia Midory ‐ Secretaria Extraordinária de Habitação
Márcia Amaro ‐ Secretaria Extraordinária de Habitação
Maria Célia de Rezende Zanata ‐ Secretaria de ação Social
Rosa Maria Loureiro ‐ Secretaria de Ação Social
Marleidy Oliveira ‐ Secretaria de Planejamento
Jurandir Guatassara Boeira ‐ Secretaria de Planejamento
5.2.2. IDENTIFICAÇÃO DOS AGENTES E GRUPOS SOCIAIS AFINS:
Pesquisas junto à equipe técnica municipal e entrevistas abertas com agentes, segmentos
sociais e grupos por territórios representativos do município; Identificação dos Atores
Sociais e suas potencialidades
• Grupos Comunitários: Identificação das formas de organização dos diversos Grupos
Comunitários que atuam no setor habitacional e sua potencialidade de atuação:
associações, sindicatos, movimentos sociais, entidades governamentais e não‐
governamentais, universidades e entidades de ensino e pesquisa, mercado imobiliário,
setor da construção civil, segmentos da área rural, assentamentos da reforma agrária e
outros interessados em participar do processo de discussão da questão da Habitação de
Interesse Social; verificação do tipo e da capacidade de atuação de cada entidade, sua
forma de organização e seu potencial como colaborador na elaboração do PLHIS.
• Entrevistas Individuais: Identificação dos indivíduos reconhecidos na comunidade
como lideranças no encaminhamento das questões sociais e/ou habitacionais
contemplando os diversos seguimentos da sociedade tais como: movimentos sociais
30
vinculados à reforma urbana e luta pela moradia, do setor produtivo e construtivo
habitacional, mercado imobiliário, associação de moradores e/ou de bairros, conselho
regional de arquitetura e urbanismo; agricultura familiar e/ou pequenos agricultores,
assentados da reforma agrária e crédito fundiário, etnias, etc.
5.2.3. ESTRUTURA, ATRIBUIÇÕES/RESPONSABILIDADES DA EQUIPE MUNICIPAL DE REFERÊNCIA OU NÚCLEO DE ACOMPANHAMENTO E ESTRUTURA E ATRIBUIÇÕES/RESPONSABILIDADES DOS CONSULTORES EM CADA ETAPA DA ELABORAÇÃO DO PLHIS
A Tabela 9 apresenta o detalhamento das atividades e atribuições das equipes municipal e
da consultoria para elaboração do PLHIS.
31
TABELA 9 ‐ Estrutura, atribuições/responsabilidades da equipe Municipal de Referência ou Núcleo de Acompanhamento e estrutura e
atribuições/responsabilidades dos consultores em cada etapa da elaboração do PLHIS
PRODUTO ATIVIDADES PROCESSO PARTICIPATIVO
ATRIBUIÇÕES PRAZO DE
EXECUÇÃO APROVAÇÃO
EQ. MUNICIPAL CONSULTORIA
ETAP
A 1 ‐ M
ETODOLO
GIA
Reunião de apresentação da proposta
metodológica à Prefeitura Municipal de
Maringá – Secretária da Habitação (versão
preliminar)
Discussão sobre:
‐ Reconhecimento do processo participativo do
Plano Diretor de Maringá
‐ Mapeamento de atores institucionais e sociais;
‐ Definição das estratégias de comunicação:
folhetos; cartazes em ônibus; anúncios na
cidade; rádio.
‐ Preparação do Processo Participativo;
‐ Alinhamento do Processo Participativo com os
demais processos
Apoio Elaboração Equipe Municipal
(continua na prox. página)
32
(continuação da pág. anterior)
PRODUTO ATIVIDADES PROCESSO PARTICIPATIVO ATRIBUIÇÕES
PRAZO DE EXECUÇÃO APROVAÇÃO EQ. MUNICIPAL CONSULTORIA
Reunião de discussão e pactuação da proposta
metodológica entre a contratada e a equipe de
coordenação do município (relativo ao produto
2– etapa 1).
Oficina Municipal ‐
Proposta Metodológica Apoio Elaboração Equipe Municipal
Reunião de discussão e pactuação da proposta
metodológica entre a contratada, os segmentos
sociais e os demais setores envolvidos na questão
habitacional (relativo ao produto 3 – etapa 1).
Oficina Comunidade ‐
Proposta Metodológica Apoio Elaboração Sociedade Civil
Reunião de capacitação dos técnicos (relativo ao
produto 4 – etapa 1).
Oficina de capacitação dos
técnicos sobre a construção
do PLHIS.
Apoio Elaboração
Reestruturação da Proposta Metodológica em
função das oficinas municipal e comunitária
sobre a proposta metodológica.
Apoio Elaboração
Proposta Metodológica (versão final) (relativo ao
produto 1 – etapa 1). Apoio Elaboração
(continua na prox. página)
33
(continuação da pág. anterior)
PRODUTO ATIVIDADES PROCESSO PARTICIPATIVO ATRIBUIÇÕES
PRAZO DE EXECUÇÃO APROVAÇÃO EQ. MUNICIPAL CONSULTORIA
1 Proposta Metodológica pactuada com a equipe de coordenação, apoio, referência ou acompanhamento e sociedade civil.
Análise do
produto Elaboração
30 dias após a assinatura
do contrato
Equipe Municipal +
Caixa
2 Relatório demonstrativo da realização das atividades de discussão e pactuação da proposta metodológica entre a contratada e a equipe de coordenação do município.
Análise do
produto Elaboração
30 dias após a assinatura
do contrato Equipe Municipal +
Caixa
3
Relatório demonstrativo da realização das atividades – envolvendo os segmentos sociais e os demais setores envolvidos na questão habitacional – de pactuação da proposta metodológica, contendo memória e material comprobatório da participação popular com atas, listas de presença e fotos dos eventos realizados.
Análise do produto Elaboração
30 dias após a assinatura
do contrato Equipe Municipal + Caixa
4 Relatório da capacitação dos técnicos, contendo memória e material comprobatório com lista de presença, atas e fotos dos eventos realizados.
Análise do produto Elaboração
30 dias após a assinatura
do contrato Equipe Municipal + Caixa
ETAP
A 2 – DIAGNÓSTICO DO SETOR
HAB
ITAC
IONAL
Inventário da situação habitacional do Município de Maringá (relativo ao produto 5 ‐ etapa 2). Apoio Elaboração
Diagnóstico Habitacional do Município de Maringá (relativo ao produto 5 ‐ etapa 2).
Oficina Municipal – Diagnóstico Habitacional (relativo ao produto 2 ‐
etapa 2).
Apoio Elaboração
Prognóstico Habitacional para o Município de Maringá (relativo ao produto 5 ‐ etapa 2). Apoio Elaboração
(continua na prox. página)
34
(continuação da pág. anterior)
PRODUTO ATIVIDADES PROCESSO PARTICIPATIVO ATRIBUIÇÕES
PRAZO DE EXECUÇÃO APROVAÇÃO EQ. MUNICIPAL CONSULTORIA
Preparação e divulgação das oficinas populares; definição do número de oficinas, localização e dinâmica.
Apoio Elaboração
Oficinas Populares (relativo ao produto 7 ‐ etapa 2). Apoio
Apresentação e condução dos debates e produção do material de
apoio e divulgação
Preparação do Seminário de Habitação de Interesse Social de Maringá; Apoio Elaboração
Audiência de apresentação do diagnóstico da Habitação de Interesse Social de Maringá (relativo ao produto 7 – etapa 2).
Audiência do PLHIS‐Maringá:
Como anda a questão
habitacional em Maringá?
Apoio
Apresentação e condução dos debates e produção do material de
apoio e divulgação
5
Caderno do Diagnóstico Habitacional contendo textos, levantamento de dados compilados em planilhas com gráficos e mapas, pactuado com a equipe de coordenação, apoio, referência ou acompanhamento e sociedade civil
Análise do produto Elaboração 90 dias após a aprovação dos
Produtos1, 2, 3 e 4.
Equipe Municipal + Caixa
(continua na prox. página)
35
(continuação da pág. anterior)
PRODUTO ATIVIDADES PROCESSO PARTICIPATIVO
ATRIBUIÇÕES PRAZO DE EXECUÇÃO APROVAÇÃO
EQ. MUNICIPAL CONSULTORIA
6
Relatório demonstrativo da realização das atividades de discussão do Diagnóstico entre a contratada e as equipes do município de Maringá, com relatório contendo atas, listas de presença e fotos dos eventos realizados
Análise do produto Elaboração
90 dias após a
aprovação dos
Produtos1, 2, 3 e 4. Equipe Municipal +
Caixa
7
Relatório demonstrativo da realização das Oficinas Populares, atividades de participação popular e dos segmentos sociais, voltada à apresentação, discussão e apresentação dos dados do Diagnóstico, nos termos definidos pela proposta metodológica, contendo memória e material comprobatório da participação popular com atas, listas de presença e fotos dos eventos realizados.
Análise do produto Elaboração
90 dias após a
aprovação dos
Produtos1, 2, 3 e 4. Equipe Municipal + Caixa
ETAP
A 03
– ESTRA
TÉGIAS DE AÇ
ÃO
Reuniões de discussão sobre as estratégias de ação entre a contratada e a equipe de coordenação do município (relativo ao produto 9 – etapa 3).
Apoio Elaboração
Preparação e divulgação das oficinas populares. Apoio Elaboração
(continua na prox. página)
36
(continuação da pág. anterior)
PRODUTO ATIVIDADES PROCESSO PARTICIPATIVO
ATRIBUIÇÕESPRAZO DE EXECUÇÃO APROVAÇÃO
EQ. MUNICIPAL CONSULTORIA
Reuniões de discussão sobre as estratégias de ação entre a contratada e a sociedade civil (relativo ao produto 9 – etapa 3).
Oficinas Populares ‐ Estratégias de Ação Apoio
Apresentação e condução dos debates e produção do material de
apoio e divulgação
Audiência Pública
Audiência Pública de apresentação das
Estratégias de Ação do PLHIS Maringá.
Apoio
Apresentação e condução dos debates e produção do material de
apoio e divulgação
Apresentação e pactuação das estratégias de ação com a equipe municipal (relativo ao produto 10 – etapa 3).
Apoio Elaboração
8 Textos e tabelas apresentando o conteúdo das Estratégias de Ação. Análise do produto Elaboração
60 dias após a aprovação dos
Produtos 5, 6 e 7.
Equipe Municipal + Caixa
9
Relatório demonstrativo da realização das atividades de discussão do Plano de Ação entre a contratada e as equipes do município de Maringá, com relatório contendo atas, listas de presença e fotos dos eventos realizados.
Análise do produto Elaboração 60 dias após a aprovação dos
Produtos 5, 6 e 7.
Equipe Municipal + Caixa
10
Relatório demonstrativo da realização das Oficinas Populares, atividades de participação popular e dos segmentos sociais, voltada à apresentação, discussão e apresentação dos dados das estratégias de Ação, nos termos definidos pela proposta metodológica, contendo memória e material comprobatório da participação popular com atas, listas de presença e fotos dos eventos realizados.
Análise do produto Elaboração 60 dias após a aprovação dos
Produtos 5, 6 e 7.
Equipe Municipal + Caixa
11
Relatório final ou entrega do Produto Final do PHLIS, pactuada com a equipe de coordenação, apoio, referência ou acompanhamento e sociedade civil.
Análise do produto Elaboração 60 dias após a aprovação dos
Produtos 5, 6 e 7.
Equipe Municipal + Caixa
37
5.2.4. PROCEDIMENTOS PARA EXECUÇÃO DAS ETAPAS E PRODUTOS DO PLHIS, INCLUSAS AS FONTES A SEREM CONSULTADAS:
1. Reunião de apresentação da proposta metodológica à Prefeitura Municipal
de Maringá – Secretaria de Habitação (versão preliminar). Discussão sobre:
2. Mapeamento de atores institucionais e sociais;
3. Definição das estratégias de comunicação das atividades do processo
participativo: folhetos, cartazes em ônibus, anúncios, chamadas no rádio e dinâmicas
dos eventos;
4. Preparação do Processo Participativo;
5. Alinhamento do Processo Participativo com os demais processos;
6. Reunião de discussão e pactuação da proposta metodológica entre a
contratada e a equipe de coordenação do município (relativo ao produto 2 – etapa 1,
conforme tabela 6), através de uma Oficina Municipal;
7. Reunião de discussão e pactuação da proposta metodológica entre a
contratada, os segmentos sociais e os demais setores envolvidos na questão
habitacional (relativo ao produto 3 – etapa 1), através de uma Oficina com a
comunidade;
8. Reunião de capacitação dos técnicos (relativo ao produto 4 – etapa 1),
através de uma Oficina de capacitação dos técnicos sobre a construção do PLHIS;
9. Reestruturação da Proposta Metodológica em função das oficinas
municipal e comunitária sobre a proposta metodológica;
10. Proposta Metodológica (versão final relativo ao produto 1 – etapa 1);
Nesta etapa, serão concluídos e entregues os seguintes produtos:
Produto 1 – Proposta Metodológica pactuada com a equipe de coordenação,
apoio, referência ou acompanhamento e sociedade civil;
38
Produto 2 – Relatório demonstrativo da realização das atividades de discussão e
pactuação da proposta metodológica entre a contratada e a equipe de
coordenação do município;
Produto 3 – Relatório demonstrativo da realização das atividades – envolvendo
os segmentos sociais e os demais setores envolvidos na questão habitacional –
de pactuação da proposta metodológica, contendo memória e material
comprobatório da participação popular com atas, listas de presença e fotos dos
eventos realizados.
Produto 4 – Relatório da capacitação dos técnicos, contendo memória e material
comprobatório com lista de presença, atas e fotos dos eventos realizados.
Os produtos serão entregues em formato impresso e em formato PDF para o
Município, que após a emissão do Termo de Aceite contendo a assinatura de um
membro da equipe Técnica Municipal e do Prefeito Municipal, apresentará para
a Caixa Econômica Federal.
5.3. ETAPA 2 ‐ Diagnóstico do Setor Habitacional
O Diagnóstico do Setor Habitacional será elaborado a partir da coleta e sistematização
das informações existentes nas instituições técnicas municipais e do processo
participativo na elaboração do PLHIS. Consiste no levantamento e análise de dados e
informações técnicas necessárias à adequada elaboração do plano, abrangendo os
seguintes aspectos e ações:
39
5.3.1. INSERÇÃO REGIONAL E CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO:
Área, população urbana e rural, inserção micro e macro regional, relação com os
municípios ou estados vizinhos ‐ especialmente no que tange à questão fundiária ‐
principais atividades econômicas e outras informações.
Para esse item serão utilizados dados secundários coletados junto à:
• site da Prefeitura Municipal de Maringá;
• site do IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento;
• site do IBGE;‐
• site da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, em específico o Instituto de
Terras Cartografia e Geociências.
E ainda serão consultados os técnicos municipais de Maringá para coleta de
informações cartográficas do município.
5.3.2. LEVANTAMENTO DOS ATORES SOCIAIS:
Informações sobre as formas de organização dos diversos grupos sociais que atuam no
setor habitacional e sua capacidade de atuação (tais dados servirão tanto para a
promoção da participação popular quanto para o processo de implementação das
propostas do PLHIS, visto que esses atores serão afetados ou terão protagonismo
nessas propostas).
Esse item será realizado a partir de 2 levantamentos:
• Grupos Comunitários:
• Identificação das formas de organização dos diversos Grupos Comunitários que
atuam no setor habitacional e sua potencialidade de atuação: associações,
sindicatos, movimentos sociais, entidades governamentais e não‐
governamentais, universidades e entidades de ensino e pesquisa, mercado
imobiliário, setor da construção civil, segmentos da área rural, e outros
40
interessados em participar do processo de discussão da questão da Habitação
de Interesse Social.
Esse levantamento será feito a partir de dados secundários e com o auxílio da
equipe técnica municipal, para identificação dos grupos.
Entrevistas Individuais:
• Identificação dos indivíduos reconhecidos na comunidade como lideranças no
encaminhamento das questões sociais e/ou habitacionais contemplando os
diversos seguimentos da sociedade tais como: movimentos sociais vinculados à
reforma urbana e luta pela moradia, do setor produtivo e construtivo
habitacional, mercado imobiliário, associação de moradores e/ou de bairros,
conselho regional de arquitetura e urbanismo, entre outros.
Cada entrevista será previamente agendada e confirmada com os entrevistados
conforme indicação resultante do Levantamento dos grupos comunitários junto à
equipe técnica municipal. Serão elaboradas as questões das entrevistas, considerando
a melhor forma de abordagem com cada indivíduo.
Os entrevistados deverão dar sua opinião sobre os principais tipos de
precariedades habitacionais existentes nas áreas urbanas e rurais do município; as
principais demandas e conflitos habitacionais existentes.
Deverão também sugerir opções de solução dos problemas e, ainda indicar
outra(s) pessoa(s) para ser(em) entrevistada(s). Serão ser feitas novas entrevistas,
dependendo do resultado das indicações pelos entrevistados.
As respostas serão sistematizadas em relatório e servirão de subsídio para a
revisão da leitura técnica e consolidação da versão preliminar do Diagnóstico.
5.3.3. NECESSIDADES HABITACIONAIS:
Caracterização do contingente populacional que demanda investimentos habitacionais,
considerando composição familiar, gênero, idade, instrução, renda, composição do
41
domicílio, déficit habitacional quantitativo e qualitativo, caracterização de
assentamentos precários (favelas e afins), incluindo famílias conviventes e agregadas,
renda familiar e renda domiciliar, ocupação principal e secundária dos membros
maiores de idade, grau de segurança das relações de trabalho e outras (permitirá a
identificação dos programas adequados a serem ofertados).
Análise e crítica do banco de dados dos pleiteantes de Habitação de Interesse Social do
Município, apresentando soluções ou sugestões para sua implementação/melhoria.
Para esse item serão utilizados dados secundários coletados junto à:
• Site da Prefeitura Municipal de Maringá; incluindo as Secretarias municipais
vinculadas ao tema de habitação;
• Site do IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento;
• Site do IBGE;
• Site do Ministério das Cidades, em especial da Secretaria Nacional de Habitação;
• Site da Fundação João Pinheiro.
Serão utilizados também os dados fornecidos pela Secretaria Extraordinária da
Habitação de Maringá – quanto às questões habitacionais; pela Secretaria de
Planejamento – quanto às questões referentes ao Plano Diretor Municipal e à
cartografia local; pela Secretaria de Assistência Social e Cidadania – quanto ao
Cadastro Único; pela Secretaria de Controle Urbano e Obras Públicas; Urbamar e
Secretaria de Serviços Públicos – quanto à infraestrutura urbana; pela Secretaria de
Transportes – quanto às questões de mobilidade; pela Emater – quanto às questões da
área rural do município. Serão marcadas entrevistas com técnicos dessas secretarias
para solicitação de informações necessárias.
As informações relativas à situação habitacional da área urbana da Sede Municipal e
dos Distritos de Floriano e Iguatemi, assim como da área rural serão complementadas
com pesquisa de campo, quando necessário.
42
No que se refere à análise crítica do banco de dados dos pleiteantes de HIS, será feita
após a sua comparação com o CAD Único e com os levantamentos dos dados
secundários supracitados.
5.3.4. OFERTA HABITACIONAL:
Caracterização da oferta de moradias e solo urbanizado, as condições de acesso às
modalidades de intervenção e financiamento habitacional; identificar a oferta e
disponibilidade do solo urbanizado para a população de baixa renda, especialmente no
que se refere às Zonas Especiais de Interesse Social ‐ ZEIS, as diferentes modalidades
de construção ou reforma que contribuem para aumentar a oferta de habitações de
interesse social; identificar a produção de moradias realizada pela própria população.
Nesse item serão levantadas as informações junto à Secretaria Extraordinária de
Habitação sobre os programas de habitação públicos em desenvolvimento no
município.
Será feita pesquisa em jornal de circulação local sobre os empreendimentos
particulares em desenvolvimento no município. (Serão pesquisados os anúncios
imobiliáris de 2 finais de semana nos jornais locais).
Será feita pesquisa na Secretaria de Controle Urbanístico e Obras Públicas sobre o
número de alvarás expedidos para habitações até 70 m² nos últimos 6 meses.
5.3.5. IDENTIFICAÇÃO DA QUANTIDADE E LOCALIZAÇÃO DAS TERRAS PASSÍVEIS DE
SEREM DESTINADAS PARA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL.
Para estimar a necessidade de novas terras para a produção habitacional, seja para
oferta de novas unidades habitacionais ou para reassentamento de famílias residentes
em áreas inaptas à urbanização, serão identificadas as áreas passíveis de serem
delimitadas como Zonas Especiais de Interesse Social, bem como definir as áreas
43
prioritárias para que o poder público realize sua política de habitação de interesse
social.
A definição das áreas aptas para ZEIS será feita a partir do mapeamento dos terrenos
vazios no município, utilizando a cartografia disponível na Prefeitura, confrontado‐os
com as informações sobre as áreas de inundação, relevo, vegetação e zoneamento.
Os vazios urbanos existentes no município serão classificados em :
(i) Áreas com restrição a ocupação por habitação de interesse social: aquelas áreas
suscetíveis à inundações, as áreas com declividades superiores à 30% e as APPs (Áreas
de Preservação Permanente).
(ii) Áreas passíveis de ocupação por habitação de interesse social: aquelas áreas sem
restrição ambiental; e,
(iii) Áreas prioritárias para ocupação por habitação de interesse social: aquelas áreas
que, de acordo com o Zoneamento do Uso e Ocupação do Solo Municipal encontram‐
se nas zonas passíveis de adensamento.
Essa mesma metodologia será utilizada para classificar as áreas dentro dos perímetros
urbanas dos Distritos de Floriano e Iguatemi.
5.3.6. LEVANTAMENTO DOS MARCOS REGULATÓRIOS E LEGAIS
Existentes e daqueles que precisam ser modificados ou elaborados, na perspectiva do
direito à cidade e a garantia do acesso à moradia digna especialmente para a
população de baixa renda, de acordo com o Plano Diretor Participativo, normas de
zoneamento, uso e ocupação do solo, Conselho e Fundo Municipal de Habitação de
Interesse social.
Esse item terá duas etapas de trabalho:
• O levantamento da legislação municipal, estadual e federal, concernentes ao
tema;
44
• A análise da situação do município frente à legislação.
O levantamento da legislação será feito a partir do site da Prefeitura Municipal e da
Câmara Municipal de Maringá.
5.3.7. CONDIÇÕES INSTITUCIONAIS E ADMINISTRATIVAS:
Capacidade de aplicação dos recursos próprios para as melhorias das condições
habitacionais, identificação de recursos humanos e tecnicamente qualificados e
equipamentos para a realização de serviços habitacionais de infra‐estrutura urbana.
Esse item será feito a partir de questionário aplicado junto aos técnicos da Secretaria
Extraordinária de Habitação para avaliação do desempenho do setor.
5.3.8. PROGRAMAS E AÇÕES:
Identificação dos programas habitacionais financiados ou executados diretamente
pelas administrações locais, pelos demais entes federativos ou por agências bilaterais:
os benefícios já realizados e a previsão de atendimento.
Esse item será elaborado a partir dos levantamentos junto à Secretaria Extraordinária
de Habitação e da análise do PPA em vigência, para verificação dos gastos previstos e
efetivados na área de habitação no município.
Serão levantados junto ao PPA municipal vigente, os demais programas vinculados à
outras fontes de recursos. Essa informações serão coletadas na Prefeitura Municipal,
nas secretarias afins.
5.3.9. RECURSOS PARA FINANCIAMENTO:
Identificação das fontes de recursos existentes e potenciais para financiamento do
setor habitacional, dos agentes envolvidos e as responsabilidades de cada um,
identificação dos programas e ações habitacionais financiados ou executados
45
diretamente pelas administrações locais, pelos demais entes federativos ou por
agências bilaterais; dos benefícios já realizados, a previsão de atendimentos e a
identificação dos recursos para financiamento.
Esse item será elaborado a partir dos levantamentos junto aos técnicos da Secretaria
Extraordinária de Habitação e da análise do PPA em vigência, para verificação dos
gastos previstos e efetivados na área de habitação no município.
5.3.10. CARACTERIZAÇÃO DO QUADRO DA IRREGULARIDADE URBANÍSTICA E
FUNDIÁRIA:
Quantificar, qualificar e localizar os assentamentos precários e informais.
A elaboração deste item será feita a partir de levantamento de campo e de
mapeamento das irregularidades. Para isso serão utilizadas as informações disponíveis
na Prefeitura Municipal – (Secretaria Extraordinária da Habitação e Secretaria de
Controle Urbano e Obras Públicas) – além das informações obtidas nas oficinas
populares e questionários aplicados aos atores sociais.
5.3.11. FORMATO DO DIAGNÓSTICO
Dentro desse diagnóstico serão apresentadas informações em forma de tabelas e
mapas, tais como: distribuição de renda no município, distribuição da população, mapa
da densidade habitacional e populacional nas áreas ocupadas, unidades de
planejamento e equipamentos urbanos, infra‐estrutura municipal e mobilidade,
aspectos sócio‐espaciais (mapeamento das ocupações irregulares, saneamento, áreas
insalubres, ou outros), pavimentação, assentamentos precários, localização de banco
de terras e conjuntos habitacionais, etc.
Os levantamentos de informações serão efetuados com a consulta e análise da
legislação existente, bases cadastrais, base cartográfica, fotografias, mapas, pesquisas,
46
levantamentos, cadastros, relação das aplicações de recursos na área habitacional,
entre outros, que substanciarão relatórios.
5.3.12. OFICINAS POPULARES
Serão realizadas 7 Oficinas de Capacitação/nivelamento para leitura da versão
preliminar do Caderno do Diagnóstico Habitacional com a Equipe de
apoio/coordenação/de referência ou núcleo de acompanhamento, com debate e
complementação dos dados levantados.
O material a ser utilizado nas oficinas, assim como o agendamento, pauta e roteiro de
cada uma delas estão detalhados no item 6 e nos anexos deste documento.
5.3.13. PRODUTOS DA ETAPA 2
Nesta etapa, serão concluídos e entregues os seguintes produtos:
Produto 5 ‐ Caderno do Diagnóstico Habitacional contendo textos, levantamento
de dados compilados em planilhas com gráficos e mapas, pactuado com a equipe
de coordenação, apoio, referência ou acompanhamento e sociedade civil;
Produto 6 ‐ Relatório demonstrativo da realização das atividades de discussão do
Diagnóstico entre a contratada e as equipes do município de Maringá, com
relatório contendo atas, listas de presença e fotos dos eventos realizados;
Produto 7 ‐ Relatório demonstrativo da realização das Oficinas Populares,
atividades de participação popular e dos segmentos sociais, voltada à
apresentação, discussão e apresentação dos dados do Diagnóstico, nos termos
definidos pela proposta metodológica, contendo memória e material
comprobatório da participação popular com atas, listas de presença e fotos dos
eventos realizados;
47
Os produtos serão entregues em formato impresso e em formato PDF para o
Município, que após a emissão do Termo de Aceite contendo a assinatura de um
membro da equipe Técnica Municipal e do Prefeito Municipal, apresentará para
a Caixa Econômica Federal.
5.4. ETAPA 3 – Estratégias de ação
A Etapa 3 – Estratégias de Ação, consiste na definição de propostas para solução ou
minimização das deficiências identificadas no Diagnóstico, com o estabelecimento de
instrumentos e ferramentas que subsidiem a implementação do PLHIS, discutidos e
pactuados com a sociedade. Configura‐se na elaboração de um Plano de Ação, que irá
abordar os problemas identificados no Diagnóstico.
Apresentará os seguintes itens, discutidos e pactuados com a sociedade:
5.4.1. DIRETRIZES E OBJETIVOS
Serão definidas as diretrizes gerais e específicas que devem nortear o PLHIS, levando‐
se em consideração a Política Nacional de Habitação, o Plano Nacional de Habitação, a
política habitacional local, o Plano Diretor Municipal de Maringá, o Plano Estadual de
Habitação (caso esteja concluído ou em processo de elaboração), os eixos de
desenvolvimento que exercem influência no status da questão habitacional e urbana e
o princípio democrático de participação social. Serão considerados, ainda, os planos de
saneamento e mobilidade urbana, caso existam, e os eixos de desenvolvimento
previstos no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC.
Os objetivos, por sua vez, expressarão os resultados que se pretende alcançar e a
situação que deve ser modificada.
48
5.4.2. PROGRAMAS E AÇÕES
Deverão ser especificados os Programas e ações integrantes do ciclo de gestão
orçamentário‐financeira dos governos. O programa articula um conjunto de ações
orçamentárias e não orçamentárias integradas e necessárias para se enfrentar um
problema. Os programas contêm: órgão coordenador, nome, objetivo ou meta
relacionada, público alvo, horizonte temporal, estratégias de implementação,
orçamentos, e outros ítens que sejam julgados relevantes.
Entre os programas e ações a serem desenvolvidos, além do atendimento do déficit
habitacional, o PLHIS deverá apresentar soluções referentes aos temas;
• Tecnologias alternativas para produção habitacional;
• Projetos para idosos, (locação social);
• Projetos para portadores de deficiência que dependem de terceiros para suas
necessidades básicas;
• Demandas do Ministério Público para atender famílias que sofrem problemas
temporários nas suas moradias;
• Desenvolvimento de programas pós ‐ ocupação de assistência social para a
integração das famílias nos bairros;
• Avaliação da inadimplência dos mutuários.
Serão também especificadas as ações, que resultam um produto (bens ou serviços)
ofertado à sociedade e que contribui para atender ao objetivo de um programa.
5.4.3. METAS, RECURSOS E FONTES DE FINANCIAMENTO.
Serão definidas metas, especificando a quantidade de produto a ser ofertado por
programa e ação num determinado período de tempo. Constitui‐se no resultado
intermediário que contribui para o alcance dos objetivos. Os recursos necessários à
49
consecução de cada programa e ação, bem como as fontes de financiamento, levarão
em consideração a capacidade de pagamento e endividamento local.
As metas, recursos e fontes de financiamento serão expressos em quadro resumo por
programa e ação num determinado período, a ser definido em conformidade com a
capacidade de investimento local.
5.4.4. INDICADORES
Deverão ser definidos os instrumentos capazes de medir o desempenho dos
programas, passíveis de aferição e coerentes com o objetivo estabelecido, e sensíveis à
contribuição das principais ações e apuráveis em tempo oportuno. Tais indicadores
permitirão, conforme o caso, mensurar a eficácia, eficiência ou efetividade alcançada
com a execução do programa.
5.4.5. PROGRAMAS E AÇÕES PRIORITÁRIOS
Serão classificados, em ordem de importância, os programas e ações a serem
abordados no PLHIS, em discussão com a sociedade civil, tais como: produção
habitacional e de loteamentos adequados, urbanização e regularização fundiária de
assentamentos precários e informais, destinação de áreas urbanas à habitação de
interesse social e outros. A identificação das ações prioritárias será feita considerando
o porte e a complexidade das questões urbanas locais, com enfoque em ações de
caráter estruturante para a solução das questões de maior gravidade social. Será
considerado, ainda, o tempo previsto para implementação das ações previstas no
PLHIS por 20 anos, em conformidade com a capacidade de investimento no setor.
5.4.6. MONITORAMENTO, AVALIAÇÃO E REVISÃO.
O monitoramento será realizado pelo Município de maneira continua durante o
período de execução das fases de operação dos programas e ações. Para cada fase
50
será identificado o resultado obtido, o prazo, o responsável a situação e as
providências a serem tomadas. A avaliação será sistemática e periódica e apontará a
necessidade de revisão, quando for o caso.
Nessa etapa serão realizadas 7 Oficinas de Capacitação/nivelamento junto às Equipes
municipais para a elaboração do Plano de Ação do PHLIS, assim como uma Audiência
Pública.
5.4.7. ELABORAÇÃO DA VERSÃO PRELIMINAR DO PLANO DE AÇÃO DO PHLIS.
Para a realização das Estratégias de Ação serão recuperadas as informações coletadas
no Diagnóstico Habitacional e no Processo Participativo. Todo o conteúdo das
Estratégias de Ação será concretizado, em Versão Preliminar, a ser discutida com a
sociedade através de oficinas.
5.4.8. OFICINAS POPULARES E AUDIÊNCIA PÚBLICA
Serão realizadas 7 Oficinas de Capacitação para leitura da versão Preliminar do Plano
de Ação, debate e complementação e aprovação do conjunto de estratégias e ações a
serem executadas do setor habitacional, em diversas localidades e comunidades,
conforme estabelecidas neste documento.
Será estruturado o processo de mobilização da população para a Audiência Pública a
ser realizada nessa etapa. A realização da Audiência Pública permitirá a discussão das
Estratégias de Ação, consolidando e avalizando as propostas do Plano, que
fundamentará a elaboração do Relatório Final do PLHIS.
O material a ser utilizado nas oficinas, assim como o agendamento, pauta e roteiro de
cada uma delas estão detalhados no item 6 e nos anexos deste documento.
5.4.9. PRODUTOS DA ETAPA 3
51
Nesta etapa, serão concluídos e entregues os seguintes produtos:
Produto 8 ‐ Textos e tabelas apresentando o conteúdo das Estratégias de Ação.
Produto 9 – Relatório demonstrativo da realização das atividades de discussão
do Plano de Ação entre a contratada e as equipes do município de Maringá, com
relatório contendo atas, listas de presença e fotos dos eventos realizados.
Produto 10 – Relatório demonstrativo da realização das Oficinas Populares,
atividades de participação popular e dos segmentos sociais, voltada à
apresentação, discussão e apresentação dos dados das estratégias de Ação, nos
termos definidos pela proposta metodológica, contendo memória e material
comprobatório da participação popular com atas, listas de presença e fotos dos
eventos realizados.
Produto 11 – Relatório final ou entrega do Produto Final do PHLIS, pactuada com
a equipe de coordenação, apoio, referência ou acompanhamento e sociedade
civil.
Os produtos serão entregues em formato impresso e em formato PDF para o
Município, que após a emissão do Termo de Aceite contendo a assinatura de um
membro da equipe Técnica Municipal e do Prefeito Municipal, apresentará para
a Caixa Econômica Federal.
52
6. PLANEJAMENTO DA LEITURA COMUNITÁRIA
Conforme previsto no Plano de Trabalho, a leitura comunitária será realizada por
região visando facilitar a participação da população e propiciar a identificação e
espacialização das demandas e potencialidades.
6.1. ETAPA 2 ‐ OFICINAS DE CAPACITAÇÃO E OFICINAS MUNICIPAIS
As oficinas serão realizadas nas sete regiões do Município previstas com cerca de 3
horas de duração.
6.1.1 CRONOGRAMA DAS OFICINAS POPULARES.
1ª OFICINA: REGIÃO 5
Local: Escola Municipal Professora Benedita Natália Lima
Data: 16/07/2010
Horário: 19:00 hs‐21:00 hs.
Endereço: Rua Erlon Chaves – Lote 17 a 22/66‐A‐ Conjunto Santa Felicidade
2ª OFICINA: REGIÃO 4
Local: Escola Municipal Professora Agmar dos Santos
Data: 17/07/2010
Horário: 9:00 hs‐11:00 hs.
Endereço: Avenida 22 de Maio, s/n ‐ Conjunto Angelo Planas
3ª OFICINA: REGIÃO 1
Local: Escola Municipal Pioneira Jesuína de Jesus Freitas
53
Data: 17/07/2010
Horário: 13:30 hs‐16:30 hs.
Endereço: Rua Pioneira Flauzina Francisco de Souza, 290
4ª OFICINA: REGIÃO 2
Local: Escola Municipal Ariovaldo Moreno
Data: 19/07/2010
Horário: 19:00 hs‐21:00 hs.
Endereço: Rua Ivan Pavlov, s/nº ‐ Conjunto Jardim Alvorada
5ª OFICINA: REGIÃO 3
Local: Escola Municipal Olga Aiub Ferreira
Data: 20/07/2010
Horário: 19:00 hs‐21:00 hs.
Endereço: Rua Pioneiro Geraldo Portela, 141 ‐ Conjunto Habitacional Requião
6ª OFICINA: REGIÃO 6 ‐ Iguatemi
Local: Escola Municipal Dona Angelina Lonardon Meneguetti
Data: 21/07/2010
Horário: 19:00 hs‐21:00 hs.
Endereço: Rua Nossa Senhora das Graças, 51 – Q20‐D1,2,3 ‐ Conjunto Residencial
Dona Angelina – Distrito de Iguatemi
54
7ª OFICINA: REGIÃO 7 ‐ Floriano
Local: Escola Municipal Dona Lázara Ribeiro Vilella
Data: 21/07/2010
Horário: 19:00 hs‐21:00 hs.
Endereço: Rua Paiçandu, 641, Q 20 – D 1,2,3 ‐ Conjunto Habitacional João de Barro II –
Distrito de Floriano.
6.2. OBJETIVO DAS OFICINAS DE CAPACITAÇÃO
Propiciar a efetiva participação de diferentes atores no processo de diagnóstico da
questão habitacional do município, permitindo que as contribuições da sociedade de
Maringá complementem ou corrijam os levantamentos técnicos realizados.
6.3. METODOLOGIA
As Oficinas terão uma metodologia única para evitar distorções na coleta de
informações. Salienta‐se que cada oficina será adaptada considerando as questões de
gênero, de diversidade cultural, da realidade habitacional e das características
socioambientais de cada território.
Cada oficina iniciará com uma apresentação teórica em multimídia, objetivando a
contextualização e a disseminação de informações e conteúdos necessários à
compreensão dos participantes, capacitando‐os assim, para a atividade seguinte de
discussão nos subgrupos. A apresentação teórica será adaptada à realidade de cada
região, considerando os aspectos mais relevantes levantados na Leitura Técnica.
O trabalho em subgrupos será embasado na metodologia do Diagnóstico Participativo,
entendendo a Oficina como um momento de ampliação do conhecimento da
população sobre sua realidade, consistindo em uma atividade informal, sistemática e
progressiva de aprendizagem.
55
Nesta metodologia valoriza‐se o uso de algumas técnicas e/ou instrumentos. A técnica
do Mapa Falante facilita o processo de identificação e discussão dos principais
problemas, conflitos e potencialidades, do ponto de vista dos diversos segmentos
sociais. Trata‐se de um desenho representativo do espaço ou território que está sendo
objeto de reflexão.
O Mapa Falante é uma ferramenta que permite discutir diversos aspectos da realidade
de forma ampla e conseqüentemente promoverá uma efetiva contribuição e
participação da população nesta fase fundamental do PLHIS.
Após a apresentação teórica, os participantes em subgrupos (previamente divididos)
desenvolverão duas atividades.
A primeira destina‐se à elaboração do mapa falante e ao levantamento dos aspectos
positivos e negativos da realidade analisada (ANEXO II – Roteiro da 1ª Atividade).
Na plenária final, cada subgrupo apresentará os aspectos positivos e negativos e as
sugestões levantadas.
Salienta‐se que, em cada Oficina, as atividades serão adaptadas de acordo com a
dinâmica de cada subgrupo. O moderador poderá diminuir o tempo de elaboração do
mapa, ampliando o tempo de discussão verbal nos subgrupos (pontos positivos,
negativos e sugestões) caso surja alguma dificuldade na representação gráfica da
realidade.
56
6.4. PLANEJAMENTO DAS OFICINAS POPULARES DE CAPACITAÇÃO
O planejamento das sete oficinas populares de capacitação está detalhado abaixo:
6.4.1. CONTEÚDO:
O que é o Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS;
Informações básicas sobre a situação habitacional no município de Maringá.
6.4.2. PÚBLICO ALVO:
Moradores das localidades e demais atores identificados na Leitura Técnica.
6.4.3. PROGRAMAÇÃO:
2ª ETAPA
HORÁRIOS DAS
OFICINAS
1,4,5,6,E,7
HORÁRIO DA
OFICINA 2
HORÁRIO DA
OFICINA 3
ATIVIDADE
19:00 – 19:15 9:00 – 9:15 13:30 – 13:45 Inscrição dos participantes e divisão dos subgrupos
19:15 – 19:30 9:15 – 9:30 13:45 – 14:00 Abertura
19:30 – 20:00 9:30 – 10:00 14:00 – 14:30 Apresentação em multimídia sobre o PLHIS e
Realidade Habitacional de Maringá, com foco para
cada território
20:00 – 20:30 10:00 – 10:30 14:30 – 15:00 Trabalho em subgrupos: Elaboração do Mapa do
Município focando a questão habitacional e o
território (levantamento dos pontos positivos e
negativos)
20:30 – 20:50 10:30 – 10:50 15:00 – 15:20 Plenária: Apresentação dos subgrupos (pontos
positivos; pontos negativos e sugestões).
20:50 – 21:00 10:50 – 11:00 15:20 – 15:30 Avaliação do evento pelos participantes
21:00 11:00 15:30 Encerramento
57
6.4.4. EQUIPE TÉCNICA
Funções da Equipe Técnica na Oficina
Função Responsável
Coordenação / abertura Secretaria Extraordinária de Habitação
Apoio Logístico /registro fotográfico RZS Consultoria e Planejamento Ltda.
Mediação / planejamento da Oficina RZS Consultoria e Planejamento Ltda.
Secretaria / elaboração da Ata RZS Consultoria e Planejamento Ltda.
6.4.5. SISTEMATIZAÇÃO
As informações obtidas na oficina serão sistematizadas conforme os seguintes critérios:
• ‐ Por território;
• ‐ Principais demandas (aspectos negativos);
• ‐ Principais Potencialidades (aspectos positivos / sugestões);
• ‐ Mapa‐síntese dos “mapas falantes” produzidos na Oficina (01 mapa por
território).
6.5. OFICINAS POPULARES PARA DISCUSSÃO DAS ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
As oficinas serão realizadas nas sete regiões do Município previstas com cerca de 3
horas de duração.
6.5.1 CRONOGRAMA DAS OFICINAS POPULARES.
1ª OFICINA: REGIÃO 5
Local: Escola Municipal Professora Benedita Natália Lima
58
Data: 17/09/2010
Horário: 19:00 hs‐21:00 hs.
Endereço: Rua Erlon Chaves – Lote 17 a 22/66‐A‐ Conjunto Santa Felicidade
2ª OFICINA: REGIÃO 4
Local: Escola Municipal Professora Agmar dos Santos
Data: 18/09/2010
Horário: 9:00 hs‐11:00 hs.
Endereço: Avenida 22 de Maio, s/n ‐ Conjunto Angelo Planas
3ª OFICINA: REGIÃO 1
Local: Escola Municipal Pioneira Jesuína de Jesus Freitas
Data: 18/09/2010
Horário: 13:30 hs‐16:30 hs.
Endereço: Rua Pioneira Flauzina Francisco de Souza, 290
4ª OFICINA: REGIÃO 2
Local: Escola Municipal Ariovaldo Moreno
Data: 24/09/2010
Horário: 19:00 hs‐21:00 hs.
Endereço: Rua Ivan Pavlov, s/nº ‐ Conjunto Jardim Alvorada
5ª OFICINA: REGIÃO 3
59
Local: Escola Municipal Olga Aiub Ferreira
Data: 24/09/2010
Horário: 19:00 hs‐21:00 hs.
Endereço: Rua Pioneiro Geraldo Portela, 141 ‐ Conjunto Habitacional Requião
6ª OFICINA: REGIÃO 6 ‐ Iguatemi
Local: Escola Municipal Dona Angelina Lonardon Meneguetti
Data: 25/09/2010
Horário: 9:00 hs‐11:00 hs.
Endereço: Rua Nossa Senhora das Graças, 51 – Q20‐D1,2,3 ‐ Conjunto Residencial
Dona Angelina – Distrito de Iguatemi
7ª OFICINA: REGIÃO 7 ‐ Floriano
Local: Escola Municipal Dona Lázara Ribeiro Vilella
Data: 25/09/2010
Horário: 13:30 hs‐16:30 hs.
Endereço: Rua Paiçandu, 641, Q 20 – D 1,2,3 ‐ Conjunto Habitacional João de Barro II –
Distrito de Floriano.
6.6. OBJETIVO
Propiciar a efetiva participação de diferentes atores no processo de definição de
estratégias de ação para a solução da questão habitacional do município, permitindo
que as contribuições da sociedade de Maringá complementem ou corrijam as
propostas técnicas realizados.
60
6.7. METODOLOGIA
As Oficinas terão uma metodologia única para evitar distorções na coleta de
informações. Salienta‐se que cada oficina será adaptada considerando as questões de
gênero, de diversidade cultural, da realidade habitacional e das características
socioambientais de cada território.
Cada oficina iniciará com uma apresentação teórica em multimídia, objetivando a
contextualização e a disseminação de informações e conteúdos necessários à
compreensão dos participantes, capacitando‐os assim, para a atividade seguinte de
discussão nos subgrupos.
O trabalho em subgrupos consistirá em uma atividade informal, sistemática e
progressiva de aprendizagem.
Após a apresentação teórica, os participantes em subgrupos (previamente divididos)
desenvolverão duas atividades.
A primeira destina‐se à discussão das propostas apresentadas na 1ª etapa da reunião.
Na plenária final, cada subgrupo apresentará os resultados da discussão e as sugestões
levantadas.
Salienta‐se que, em cada Oficina, as atividades serão adaptadas de acordo com a
dinâmica de cada subgrupo. O moderador poderá diminuir o tempo de elaboração do
mapa, ampliando o tempo de discussão verbal nos subgrupos caso surja alguma
dificuldade na representação gráfica da realidade.
61
6.8. PLANEJAMENTO DAS OFICINAS POPULARES PARA DISCUSSÃO DAS ESTRATÉGIAS
DE AÇÃO
O planejamento das sete oficinas territoriais está detalhado abaixo:
6.8.1. CONTEÚDO:
Apresentação das Estratégias de Ação do PLHIS;
6.8.2. PÚBLICO ALVO:
Moradores das localidades e demais atores identificados na Leitura Técnica.
6.8.3. PROGRAMAÇÃO:
3ª ETAPA
HORÁRIOS DAS
OFICINAS
1,4,5,6,E,7
HORÁRIO DA
OFICINA 2
HORÁRIO DA
OFICINA 3
ATIVIDADE
19:00 – 19:15 9:00 – 9:15 13:30 – 13:45 Inscrição dos participantes e divisão dos subgrupos
19:15 – 19:30 9:15 – 9:30 13:45 – 14:00 Abertura
19:30 – 20:00 9:30 – 10:00 14:00 – 14:30 Apresentação em multimídia sobre o PLHIS e
Realidade Habitacional de Maringá, com foco para
cada território
20:00 – 20:30 10:00 – 10:30 14:30 – 15:00 Trabalho em subgrupos: Elaboração do Mapa do
Município focando a questão habitacional e o
território (levantamento dos pontos positivos e
negativos)
20:30 – 20:50 10:30 – 10:50 15:00 – 15:20 Plenária: Apresentação dos subgrupos (pontos
positivos; pontos negativos e sugestões).
20:50 – 21:00 10:50 – 11:00 15:20 – 15:30 Avaliação do evento pelos participantes
21:00 11:00 15:30 Encerramento
62
6.8.4. EQUIPE TÉCNICA
Funções da Equipe Técnica na Oficina
Função Responsável
Coordenação / abertura Secretaria Extraordinária de Habitação
Apoio Logístico /registro fotográfico RZS Consultoria e Planejamento Ltda.
Mediação / planejamento da Oficina RZS Consultoria e Planejamento Ltda.
Secretaria / elaboração da Ata RZS Consultoria e Planejamento Ltda.
6.8.5. SISTEMATIZAÇÃO
As informações obtidas na oficina serão sistematizadas conforme os seguintes critérios:
• ‐ Por território;
• ‐ Por estratégias;
6.8.6. FORMAS DE DIVULGAÇÃO DAS OFICINAS POPULARES
As oficinas serão divulgadas da seguinte forma:
• ‐ Cartazes serão fixados em locais de acesso da população local (Unidades de
Saúdes; Escolas; bares; pontos de ônibus e Igrejas). ANEXO IV – Modelo Cartaz.
• ‐ Ofícios convidando para participação na Oficina serão entregues para
autoridades;. (ANEXO VI – Modelo Ofício).
• ‐ Carro de som circulará durante 05 horas nas localidades acima mencionadas.
• ‐ Contato corpo‐a‐corpo (pessoal ou por telefone) será realizado com os atores
levantados na Leitura Técnica com algum tipo de vínculo com o território alvo.
Responsável: equipe técnica e equipe de coordenação.
6.8.7. FORMAS DE AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS
• Avaliação pelos Participantes
63
Cada participante avaliará individualmente a Oficina por meio do preenchimento de
Formulário de Avaliação (ANEXO VII ‐ Modelo de Avaliação) nos seguintes quesitos:
‐ Avaliação da Oficina.
‐ Horário de início da oficina.
‐ Dia da semana de realização da oficina
‐ Carga Horária.
‐ Palestra;‐ Atividade em grupo.
‐ Sugestões / Comentários.
• Avaliação pela equipe de Coordenação
Os membros da equipe de coordenação também avaliarão a Oficina por meio do
preenchimento de Formulário de Avaliação (ANEXO VIII – Modelo de Avaliação Equipe)
respondendo aos seguintes quesitos:
‐ Adequação da metodologia ao perfil dos participantes.
‐ Efetividade da metodologia aplicada como instrumento de identificação de
demandas e potencialidades.
‐ Efetividade da metodologia aplicada para a organização das informações.
‐ Adequação do material utilizado nas reuniões (textos e mapas) no que se refere à
compreensão de conceitos e apropriação do conhecimento.
‐ Utilização no material de apoio da oficina de informações da leitura técnica.
‐ Adequação do horário à disponibilidade de participação da população.
‐ Deficiências e potencialidades do grupo.
‐ Participação da equipe municipal e da consultoria.
‐ Participação do Núcleo de Acompanhamento.
64
7. CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO
As tabelas a seguir apresentam os prazos e custos estimados para as três etapas e
produtos do PLHIS Maringá.
Os custos estão detalhados distinguindo aqueles com a equipe técnica e os gastos com
transportes, publicidade aos eventos e impostos.
65
Tabela 4 – ETAPA 1 ‐ CUSTOS COM PESSOAL, PUBLICIDADE E TRANSPORTES ‐ PLHIS DE MARINGÁ
ETAPA 1
CUSTOS DE PESSOAL TOTAL
PESSOAL
CUSTEIO
TOTAL ARQUITETO SENIOR COORDENADOR (R$ 50,00/H)
ARQUITETO SENIOR (R$ 40,00/H)
ARQUITETO JUNIOR (R$ 15,00/H)
ASSISTENTE SOCIAL
(R$ 20,00/H)
ADVOGADO (R$ 40,00/H)
DESPESAS COM
TRANSPORTES
DESPESAS COM
PUBLICIDADE
IMPOSTOS (16,33%)
N° HORAS
TÉCNICAS
VALOR R$1,00
N° HORAS
TÉCNICAS
VALOR R$1,00
N° HORAS
TÉCNICAS
VALOR R$1,00
N° HORAS
TÉCNICAS
VALOR R$1,00
N° HORAS
TÉCNICAS
VALOR R$1,00
VALOR R$1,00 VALOR R$1,00 VALOR
R$1,00 VALOR R$1,00
VALOR R$1,00
Proposta Metodológica pactuada com a equipe de coordenação, apoio, referência ou acompanhamento e sociedade civil.
25,00 1.250,00 15,00 600,00 25,00 375,00 10,00 200,00 10,00 400,00 2.425,00 2.925,00 334,18 993,35 7077,53
Relatório demonstrativo da realização das atividades de discussão e pactuação da proposta metodológica entre a contratada e a equipe de coordenação do município.
15,00 750,00 10,00 400,00 20,00 300,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.450,00 236,53 1686,53
Relatório demonstrativo da realização das atividades – envolvendo os segmentos sociais e os demais setores envolvidos na questão habitacional – de pactuação da proposta metodológica, contendo memória e material comprobatório da participação popular com atas, listas de presença e fotos dos eventos realizados.
15,00 750,00 10,00 400,00 20,00 300,00 10,00 200,00 0,00 0,00 1.650,00 269,25 1919,25
Relatório da capacitação dos técnicos, contendo memória e material comprobatório com lista de presença, atas e fotos dos eventos realizados.
15,00 750,00 10,00 400,00 20,00 300,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.450,00 236,79 1686,79
TOTAL 70,00 3.500,00 45,00 1.800,00 85,00 1.275,00 20,00 400,00 10,00 400,00 7.375,00 2.925,00 334,18 1.682,92 12.317,10
66
Tabela 5 – ETAPA 2 ‐ CUSTOS COM PESSOAL, PUBLICIDADE E TRANSPORTES ‐ PLHIS DE MARINGÁ
ETAPA 2
CUSTOS DE PESSOAL CUSTEIO TOTAL
ARQUITETO SENIOR COORDENADOR (R$ 50,00/H)
ARQUITETO SENIOR (R$ 40,00/H)
ARQUITETO JUNIOR (R$ 15,00/H)
ASSISTENTE SOCIAL (R$ 20,00/H)
ADVOGADO (R$ 40,00/H)
TOTAL PESSOAL
DESPESAS COM
TRANSPORTES
DESPESAS COM
PUBLICIDADE
IMPOSTOS (16,33%)
N° HORAS
TÉCNICASVALOR R$1,00
N° HORAS
TÉCNICASVALOR R$1,00
N° HORAS
TÉCNICASVALOR R$1,00
N° HORAS
TÉCNICAS VALOR R$1,00
N° HORAS TÉCNICAS
VALOR R$1,00
VALOR R$1,00 VALOR R$1,00 VALOR R$1,00
VALOR R$1,00
VALOR R$1,00
Caderno do Diagnóstico Habitacional contendo textos, levantamento de dados compilados em planilhas com gráficos e mapas, pactuado com a equipe de coordenação, apoio, referência ou acompanhamento e sociedade civil
70,00 3.500,00 10,00 400,00 80,00 1.200,00 13,00 260,00 60,00 2.400,00 5.360,00 3.300,00 1.504,29 2325,47 14889,76
Relatório demonstrativo da realização das atividades de discussão do Diagnóstico entre a contratada e as equipes do município de Maringá, com relatório contendo atas, listas de presença e fotos dos eventos realizados
70,00 3.500,00 35,00 1.400,00 80,00 1.200,00 25,00 500,00 0,00 0,00 6.600,00 1351,50 7951,50
Relatório demonstrativo da realização das Oficinas Populares, atividades de participação popular e dos segmentos sociais, voltada à apresentação, discussão e apresentação dos dados do Diagnóstico, nos termos definidos pela proposta metodológica, contendo memória e material comprobatório da participação popular com atas, listas de presença e fotos dos eventos realizados.
70,00 3.500,00 35,00 1.400,00 80,00 1.200,00 25,00 500,00 0,00 0,00 6.600,00 1351,50 7951,50
TOTAL 210,00 10.500,00 80,00 3.200,00 240,00 3.600,00 63,00 1.260,00 60,00 2.400,00 20.960,00 3.300,00 1.504,29 5.028,46 30.792,75
67
Tabela 6 – ETAPA 3 ‐ CUSTOS COM PESSOAL, PUBLICIDADE E TRANSPORTES ‐ PLHIS DE MARINGÁ
ETAPA 3
CUSTOS DE PESSOAL CUSTEIO TOTAL
ARQUITETO SENIOR COORDENADOR (R$ 50,00/H)
ARQUITETO SENIOR (R$ 40,00/H)
ARQUITETO JUNIOR (R$ 15,00/H)
ASSISTENTE SOCIAL (R$ 20,00/H)
ADVOGADO (R$ 40,00/H)
TOTAL PESSOAL
DESPESAS COM
TRANSPORTES
DESPESAS COM
PUBLICIDADE
IMPOSTOS (16,33%)
N° HORAS
TÉCNICASVALOR R$1,00
N° HORAS TÉCNICAS
VALOR R$1,00
N° HORAS
TÉCNICASVALOR R$1,00
N° HORAS TÉCNICAS
VALOR R$1,00
N° HORAS
TÉCNICASVALOR R$1,00
VALOR R$1,00
VALOR R$1,00
VALOR R$1,00
VALOR R$1,00
VALOR R$1,00
Textos e tabelas apresentando o conteúdo das Estratégias de Ação. 25,00 1.250,00 15,00 600,00 40,00 600,00 0,00 0,00 10,00 400,0
0 2.850,00 3.600,00 1.518,58 1555,24 9523,82
Relatório demonstrativo da realização das atividades de discussão do Plano de Ação entre a contratada e as equipes do município de Maringá, com relatório contendo atas, listas de presença e fotos dos eventos realizados.
25,00 1.250,00 15,00 600,00 40,00 600,00 29,00 580,00 0,00 0,00 3.030,00 591,37 3621,37
Relatório demonstrativo da realização das Oficinas Populares, atividades de participação popular e dos segmentos sociais, voltada à apresentação, discussão e apresentação dos dados das estratégias de Ação, nos termos definidos pela proposta metodológica, contendo memória e material comprobatório da participação popular com atas, listas de presença e fotos dos eventos realizados.
25,00 1.250,00 10,00 400,00 20,00 300,00 28,00 560,00 0,00 0,00 2.510,00 489,88 2999,88
Relatório final ou entrega do Produto Final do PHLIS, pactuada com a equipe de coordenação, apoio, referência ou acompanhamento e sociedade civil.
25,00 1.250,00 10,00 400,00 20,00 300,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.950,00 380,58 2330,58
TOTAL 100,00 5.000,00 50,00 2.000,00 120,00 1.800,00 57,00 1.140,00 10,00 400,00 10.340,0
0 3.600,00 1.518,58 3.017,07 18.475,6
5
68
Tabela 7 – CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO ‐ PLHIS DE MARINGÁ
ETAPAS MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4 MÊS 5 MÊS 6 TOTAL
ETAPA 1 12.370,10 12.370,10 Proposta Metodológica pactuada com a equipe de coordenação, apoio, referência ou acompanhamento e sociedade civil. 7.077,53
7.077,53
Relatório demonstrativo da realização das atividades de discussão e pactuação da proposta metodológica entre a contratada e a equipe de coordenação do município.
1.686,53
1.686,53
Relatório demonstrativo da realização das atividades –envolvendo os segmentos sociais e os demais setores envolvidos na questão habitacional – de pactuação da proposta metodológica, contendo memória e material comprobatório da participação popular com atas, listas de presença e fotos dos eventos realizados.
1.919,25
1.919,25
Relatório da capacitação dos técnicos, contendo memória e material comprobatório com lista de presença, atas e fotos dos eventos realizados.
1.686,79
1.686,79
ETAPA 2 30.792,76 30.792,76 Caderno do Diagnóstico Habitacional contendo textos, levantamento de dados compilados em planilhas com gráficos e mapas, pactuado com a equipe de coordenação, apoio, referência ou acompanhamento e sociedade civil
14.889,76
14.889,76
(CONT. NA PRÓXIMA PÁGINA)
69
(CONT. DA PÁGINA ANTERIOR)
Relatório demonstrativo da realização das atividades de discussão do Diagnóstico entre a contratada e as equipes do município de Maringá, com relatório contendo atas, listas de presença e fotos dos eventos realizados
7.951,50
7.951,50
Relatório demonstrativo da realização das Oficinas Populares, atividades de participação popular e dos segmentos sociais, voltada à apresentação, discussão e apresentação dos dados do Diagnóstico, nos termos definidos pela proposta metodológica, contendo memória e material comprobatório da participação popular com atas, listas de presença e fotos dos eventos realizados.
7.951,50
7.951,50
ETAPA 3 18.475,65 18.475,65 Textos e tabelas apresentando o conteúdo das Estratégias de Ação.
9.523,82 9.523,82
Relatório demonstrativo da realização das atividades de discussão do Plano de Ação entre a contratada e as equipes do município de Maringá, com relatório contendo atas, listas de presença e fotos dos eventos realizados.
3.621,37 3.621,37
Relatório demonstrativo da realização das Oficinas Populares, atividades de participação popular e dos segmentos sociais, voltada à apresentação, discussão e apresentação dos dados das estratégias de Ação, nos termos definidos pela proposta metodológica, contendo memória e material comprobatório da participação popular com atas, listas de presença e fotos dos eventos realizados.
2.999,88 2.999,88
Relatório final ou entrega do Produto Final do PHLIS, pactuada com a equipe de coordenação, apoio, referência ou acompanhamento e sociedade civil.
2.330,58 2.330,58
TOTAL 18.475,65 61.585,50
70
8. REFERÊNCIAS
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO – FJP. Déficit Habitacional no Brasil – Municípios Selecionados e
Microrregiões Geográficas. Disponível em: http://www.cidades.gov.br/secretarias‐
nacionais/secretaria‐dehabitacao/ (consultado em: 01/04/2010).
IBGE. Censo Demográfico, 2000.
IBGE. Contagem Populacional 2007.
MINISTÉRIO DAS CIDADES. Plano Nacional de Habitação. Disponível em:
http://www.cidades.gov.br/secretarias‐nacionais/secretaria‐de‐
habitacao/politicanacional‐de‐habitacao/4PoliticaNacionalHabitacao.pdf (consultado em:
01/04/2010).
MINISTÉRIO DAS CIDADES. Sistema Nacional de Habitação. Disponível em:
http://www.cidades.gov.br/secretarias‐nacionais/secretaria‐de‐
habitacao/politicanacional‐de‐habitacao/4PoliticaNacionalHabitacao.pdf (consultado em:
01/04/2010).
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ Disponível em http://www.maringá.pr.gov.br.
(consultado em: 01/04/2010).
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ. Plano Diretor Municipal, 2006.
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ. Base de dados georreferenciados da Secretaria de
Planejamento, 2010.
IPEA / PNUD / FJP Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Disponível em
http://www.cidades.gov.br/.
(consultado em: 01/04/2010).
IPARDES. Caderno Municipal de Maringá. Disponível em: http://www.ipardes.pr.gov.br.
(consultado em: 01/04/2010).
72
PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL – PLHIS ‐ 1ª OFICINA DE DIAGNÓSTICO
REGIÃO:
1ª ATIVIDADE: MAPA FALANTE
Nesta atividade vamos procurar representar o município de Maringá, tendo como foco O SEU
TERRITÓRIO E A QUESTÃO HABITACIONAL.
COMO VAI SER:
Vamos soltar a imaginação e no traçado do município já desenhado identificar os principais
pontos de referência e etc. Lembrem‐se:
☺ A PARTICIPAÇÃO DE CADA UM É FUNDAMENTAL.
☺ TODOS DEVEM SE SENTIR A VONTADE PARA EXPOR SUAS OPINIÕES E PONTOS DE VISTA.
☺ NÃO TENHAM RECEIO DE FALAR O QUE PENSAM.
☺ NÃO SE PREOCUPEM EM DESENHAR ERRADO (É SÓ RISCAR) E DESENHAR NOVAMENTE.
☺ LEMBREM QUE A OPINIÃO DE CADA UM É IMPORTANTE. MESMO QUE SEJA DIFERENTE DA
NOSSA, VAMOS RESPEITA‐LÁ.
PASSOS
1º Coloquem o papel no meio do círculo.
2º Imaginem que vocês são pássaros e estão sobrevoando a sua região em Maringá. Vocês
vão desenhar o mapa pensando‐o de cima pra baixo.
3º Comecem marcando pontos de referência da sua região.
4º Pensem e desenhem nos bairros específicos (se houver) as habitações em áreas de risco
(inundação, desabamento, alta tensão), áreas de ocupação irregular, áreas de preservação
ambiental habitadas, e outras situações que acharem importante.
73
5º Agora vamos focar na área traçada do seu Território. Desenhem no mapa as questões
positivas e as questões negativas existentes ligadas ao tema HABITAÇÃO. Por exemplo,
pensem nas:
Habitações em áreas de risco (inundação, desabamento, alta tensão); Áreas de ocupação
irregular; Áreas de preservação ambiental habitadas; Principais equipamentos
comunitários (escola, creche, posto de saúde, área de lazer ‐ canchas, etc.); Rede de água;
Rede de esgoto; Rede de iluminação pública; Transporte coletivo; Estradas (vias de acesso).
6º Durante o desenho ou com o mapa quase concluído, uma pessoa escolhida pelo grupo
deve fazer uma relação (lista) das coisas negativas que foram desenhadas (escrever em
tópicos). Por exemplo:
1. Estrada de acesso à localidade X em péssimas condições...
2. Localidade X sem iluminação pública.
3. ....
7º Depois da lista de coisas negativas, façam uma lista das coisas positivas, das coisas boas.
VAMOS SOLTAR A IMAGINAÇÃO... E PENSAR NO QUE EXISTE NO SEU TERRITÓRIO QUE
PODE SER CONSIDERADO BOM NA QUESTÃO HABITACIONAL. Por exemplo:
1. Transporte coletivo bom, rápido e seguro...
2. ...
BOM TRABALHO
75
PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL ‐ PLHIS
1ª OFICINA DE DIAGNÓSTICO
TERRITÓRIO:
2ª ATIVIDADE: SUGESTÕES
Nesta atividade:
‐ Primeiro vamos olhar nosso Mapa e ver se precisamos alterar alguma coisa...
‐ Então, vamos para a 2ª Atividade...
COMO VAI SER:
Vamos soltar a imaginação e refletir sobre os Aspectos Negativos (PROBLEMAS) levantados
anteriormente.
Lembrem‐se:
A PARTICIPAÇÃO DE CADA UM É FUNDAMENTAL.
TODOS DEVEM SE SENTIR A VONTADE PARA EXPOR SUAS OPINIÕES E PONTOS DE VISTA.
NÃO TENHAM RECEIO DE FALAR O QUE PENSAM.
LEMBREM QUE A OPINIÃO DE CADA UM É IMPORTANTE. MESMO QUE SEJA DIFERENTE DA NOSSA,
VAMOS RESPEITA‐LÁ.
PASSOS
Uma pessoa lê novamente a Lista dos Aspectos Negativos.
Em grupo, conversem sobre esses aspectos negativos e reflitam sobre o quê poderia ser feito para
melhorá‐los.
Então levantem algumas sugestões (prioridades) para a melhoria da qualidade de vida com foco na
questão habitacional.
Listem as SUGESTÕES e escolham uma pessoa para apresentar na plenária as três listas elaboradas pelo
grupo: ASPECTOS NEGATIVOS,
ASPECTOS POSITIVOS e SUGESTÕES.
BOM TRABALHO
79
Logo da Prefeitura
Prezado(a)
A Prefeitura Municipal de Maringá e o Conselho Municipal de
Habitação de Interesse Social de Maringá convidam você a
participar da elaboração do PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE
INTERESSE SOCIAL – PLHIS.
Gostaríamos de contar com a sua presença na OFICINA (reunião)
para apresentação do plano de trabalho e levantamento dos
principais problemas habitacionais da sua região e do município
A Oficina será no dia xxxxxx, às xxxx horas.
Local:
Endereço:
VAMOS JUNTOS TRANSFORMAR A REALIDADE HABITACIONAL
DE MARINGÁ
81
Logo da Prefeitura
Prezado(a) Senhor(a)
A Prefeitura Municipal de Maringá e o Conselho Municipal de Habitação de Interesse
Social de Maringá convidam você a participar da elaboração do PLANO LOCAL DE
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL – PLHIS,
Gostaríamos de contar com a sua presença nas OFICINAS (reuniões) para apresentação
do plano de trabalho e levantamento (Diagnóstico) dos principais problemas
habitacionais do município, que serão realizadas nos seguintes dias, horários e locais:
Oficina Local Data Horário Endereço 1ª OFICINA: REGIÃO 5
Escola Municipal Professora Benedita Natália Lima
16/07/2010 19:00 hs‐21:00 hs
Rua Erlon Chaves – Lote 17 a 22/66‐A‐ Conjunto Santa Felicidade
2ª OFICINA: REGIÃO 4
Escola Municipal Professora Agmar dos Santos
17/07/2010 9:00 hs‐11:00 hs
Avenida 22 de Maio, s/n ‐ Conjunto Angelo Planas
3ª OFICINA: REGIÃO 1
Escola Municipal Pioneira Jesuína de Jesus Freitas
17/07/2010 13:30 hs‐16:30 hs
Rua Pioneira Flauzina Francisco de Souza, 290
4ª OFICINA: REGIÃO 2
Escola Municipal Ariovaldo Moreno
19/07/2010 19:00 hs‐21:00 hs
Rua Ivan Pavlov, s/nº ‐ Conjunto Jardim Alvorada
5ª OFICINA: REGIÃO 3
Escola Municipal Olga Aiub Ferreira
20/07/2010 19:00 hs‐21:00 hs
Rua Pioneiro Geraldo Portela, 141 ‐ Conjunto Habitacional Requião
6ª OFICINA: REGIÃO 6 ‐ Iguatemi
Escola Municipal Dona Angelina Lonardon Meneguetti
21/07/2010 19:00 hs‐21:00 hs
Rua Nossa Senhora das Graças, 51 – Q20‐D1,2,3 ‐ Conjunto Residencial Dona Angelina – Distrito de Iguatemi
7ª OFICINA: REGIÃO 7 ‐ Floriano
Escola Municipal Dona Lázara Ribeiro Vilella
21/07/2010 19:00 hs‐21:00 hs
19:00 hs‐21:00 hs
VAMOS JUNTOS TRANSFORMAR A REALIDADE HABITACIONAL DE MARINGÁ
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Prezado(a) Senhor(a)
A Prefeitura Municipal de Maringá e o Conselho Municipal de Habitação de Interesse
Social de Maringá convidam você a participar da elaboração do PLANO LOCAL DE
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL – PLHIS,
Gostaríamos de contar com a sua presença nas OFICINAS (reuniões) para apresentação
das Estratégias de Ação para solução dos principais problemas habitacionais do
município, que serão realizadas nos seguintes dias, horários e locais:
Oficina Local Data Horário Endereço 1ª OFICINA: REGIÃO 5
Escola Municipal Professora Benedita Natália Lima
17/09/2010 19:00 hs‐21:00 hs
Rua Erlon Chaves – Lote 17 a 22/66‐A‐ Conjunto Santa Felicidade
2ª OFICINA: REGIÃO 4
Escola Municipal Professora Agmar dos Santos
18/09/2010 9:00 hs‐11:00 hs
Avenida 22 de Maio, s/n ‐ Conjunto Angelo Planas
3ª OFICINA: REGIÃO 1
Escola Municipal Pioneira Jesuína de Jesus Freitas
18/09/2010 13:30 hs‐16:30 hs
Rua Pioneira Flauzina Francisco de Souza, 290
4ª OFICINA: REGIÃO 2
Escola Municipal Ariovaldo Moreno
24/09/2010 19:00 hs‐21:00 hs
Rua Ivan Pavlov, s/nº ‐ Conjunto Jardim Alvorada
5ª OFICINA: REGIÃO 3
Escola Municipal Olga Aiub Ferreira
24/09/2010 19:00 hs‐21:00 hs
Rua Pioneiro Geraldo Portela, 141 ‐ Conjunto Habitacional Requião
6ª OFICINA: REGIÃO 6 ‐ Iguatemi
Escola Municipal Dona Angelina Lonardon Meneguetti
25/09/2010 19:00 hs‐21:00 hs
Rua Nossa Senhora das Graças, 51 – Q20‐D1,2,3 ‐ Conjunto Residencial Dona Angelina – Distrito de Iguatemi
7ª OFICINA: REGIÃO 7 ‐ Floriano
Escola Municipal Dona Lázara Ribeiro Vilella
25/09/2010 19:00 hs‐21:00 hs
19:00 hs‐21:00 hs
VAMOS JUNTOS TRANSFORMAR A REALIDADE HABITACIONAL DE MARINGÁ
84
AVALIAÇÃO DA OFICINA
Unidade Territorial:___________________
Por favor, faça um (X) na carinha:
1. Em sua opinião a Oficina foi:
☺ ( ) ( ) ( )
2. O horário de início da oficina – 18:00hs foi:
☺ ( ) ( ) ( )
Se ruim, por favor, sugira outro: __________
3. O dia da semana de realização da oficina (6ª‐feira) foi:
☺ ( ) ( ) ( ) Se ruim, por favor, sugira outro: __________
4. A carga horária foi:
( ) muito longa ( ) muito curta
5. A palestra foi:
☺ ( ) ( ) ( )
6. A atividade de grupo foi:
☺ ( ) ( ) ( )
7. Sugestões / Comentários:
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
__________________________________________________________
Agradecemos sua participação!!!
☺☺☺
☺ conceito bom,
conceito regular
conceito ruim
86
AVALIAÇÃO
OFICINA POPULAR
Região: __________________________________________________________________________
Local: _____________________________________________________________________________
1. Avalie a metodologia do evento, quanto a:
A) Adequação da metodologia ao perfil dos participantes
Excelente Bom Regular Ruim
B) Efetividade da metodologia aplicada como instrumento de identificação de demandas e potencialidades
Excelente Bom Regular Ruim
C) Adequação do material utilizado (textos e mapas) no que se refere à compreensão de conceitos e apropriação do
conhecimento por parte da população.
Excelente Bom Regular Ruim
D) Utilização no material de apoio da oficina de informações da leitura técnica.
Excelente Bom Regular Ruim
2. Avalie a Oficina, quanto a:
A) Adequação do horário à disponibilidade de participação da população;
Excelente Bom Regular Ruim
B) Deficiências e potencialidades do grupo.
Excelente Bom Regular Ruim
C) Participação da equipe municipal e da consultoria.
Excelente Bom Regular Ruim
D) Participação do Núcleo de Acompanhamento.
Excelente Bom Regular Ruim