PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO SECRETARIA MUNICIPAL DE ... · Projeto Nós do Centro conta...
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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO
SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL
PRÊMIO SÃO PAULO CIDADE
PROJETO INCLUSÃO SOCIAL URBANA
NÓS DO CENTRO
Nome dos Integrantes:
Antonio Augusto Telles Machado
Responsáveis:
Dr. Sante Fazanelli Filho
Dr. Evandro Fabiani Capano
Outubro/2008
PRÊMIO SÃO PAULO CIDADE
Projeto Inclusão Social Urbana - Nós do Centro
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1. CIDADÃOS E SOCIEDADE:
Conhecimento das necessidades dos usuários, dos cidadãos e da sociedade:
O Projeto Inclusão Social Urbana – Nós do Centro é uma iniciativa da Prefeitura de
São Paulo com a União Européia e busca fortalecer o modelo de gestão de
programas de inclusão social em larga escala nos bairros centrais da cidade.
Estudos e levantamentos mostram que, quando implantado localmente e de forma
intersetorial, os programas de desenvolvimento e reestruturação social são mais
eficientes. Por esse motivo, o Projeto Nós do Centro tem delimitados, como sua área
de atuação, o centro expandido da cidade de São Paulo. Com 12 distritos: Mooca,
Bela Vista, Santa Cecília, República, Bom Retiro, Pari, Brás, Cambuci, Belém,
Liberdade, Consolação e Sé. Esses distritos, que fazem parte das Subprefeituras Sé
e Mooca, possuem população em situação de vulnerabilidade social e grande
concentração de famílias – aproximadamente 25.000 que vivem em habitações
coletivas e multifamiliares (cortiços).
Coordenado pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), o
Projeto Nós do Centro conta ainda com a parceria da Secretaria Municipal de
Cultura, da Secretaria Municipal do Trabalho, da Secretaria Municipal de
Participação e Parceria e da Secretaria Municipal de Relações Internacionais, além
do apoio das Subprefeituras da Sé e Mooca e diversos parceiros governamentais e
não governamentais na implantação de suas ações.
O Projeto Inclusão Social Urbana - Nós do Centro é resultado de uma parceria entre
a Prefeitura Municipal de São Paulo e a União Européia. Ele visa aplicar recursos
específicos destas instituições para solucionar os graves problemas sociais na
região central do município e, de forma mais focada, na população residente em
Habitação Coletiva Multifamiliar (Cortiços).
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Em linhas gerais, as ações do projeto são:
a) O estabelecimento de 10 Escritórios de Inclusão Social (EIS);
b) Elaboração de 10 Planos de Desenvolvimento Local de forma participativa para
cada distrito de atuação;
c) Desenvolvimento de oficinas profissionalizantes e de Geração de Renda de
interesse da comunidade e integradas ao Núcleo de Fomento à Inserção
Produtiva;
d) Capacitação de 4.900 jovens;
e) Formação de 420 agentes multiplicadoras de equidade de gênero
f) Implantação de Programa de micro crédito para população de baixa renda;
g) Implantação de 3 Centros de Capacitação para Jovens:
- Centro de Formação Profissional e Educação Ambiental
- Teatro Escola
- Capacitação de Jovens no CAT Luz
h) Implantação do Centro de Referência da Mulher
i) Implantação do Centro de Referência da Diversidade
j) Desenvolvimento de modelo de Gestão Intersetorial e de Inclusão Social para
grandes centros urbanos.
O Projeto Inclusão Social Urbana - Nós do Centro - tem a duração de 4 anos (2006-
2009). Um objetivo importante almejado pela União Européia é que as ações
planejadas para este período se transformem em atividades de longa duração,
garantindo sustentabilidade às intervenções previstas. Por este motivo a
municipalidade considera importante que o projeto seja a experiência piloto que pode
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resultar no Programa Nós do Centro, uma ação integrada de combate à pobreza das
diversas Secretarias Municipais.
Justificativa
A cidade de São Paulo, assim como outros grandes centros urbanos, enfrenta
problemas complexos em diferentes áreas. Um deles é a questão da revitalização de
seus bairros centrais. Ao longo dos anos, partes destas áreas perderam suas
características originais e tornaram-se núcleos de marginalização e desigualdade
social. Para reverter esse quadro por meio de inclusão cultural, social e econômica
dos grupos mais vulneráveis, a Prefeitura da Cidade de São Paulo em parceria com
a União Européia implantou em 2006 o Projeto Inclusão Social Urbana - Nós do
Centro. O principal objetivo do Projeto Nós do Centro é aumentar o nível de renda,
elevar o padrão de vida e melhorar a situação social dos grupos mais vulneráveis do
Centro de São Paulo, com foco no desenvolvimento pessoal em ação auto-
sustentável a médio e longo prazo.
1.1. Conhecimento das necessidades dos usuários, dos cidadãos e da
sociedade
Os índices sócio-econômicos levantados pelos diversos organismos especializados
em pesquisas e dados contribuíram muito no desenvolvimento da proposta. O Índice
Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) e o Índice de Vulnerabilidade Juvenil (IVJ),
cuja função central é auxiliar na escolha de áreas de intervenção, ou, no presente
caso, os 96 distritos administrativos do município. Ambos da Fundação SEADE, os
dados extraídos do Plano de Atuação em Cortiços da Secretaria Municipal de
Habitação foram as principais referências para subsidiar a seleção do público alvo
do Projeto Inclusão Social Urbana.
1.2. Identificação dos serviços prestados
A população socialmente excluída é identificada e cadastrada pelos Agentes de
Proteção Social (APS) dos Escritórios de Inclusão Social para ampliar o acesso aos
programas e serviços governamentais e não governamentais existentes na região
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central, como, por exemplo, programas para a emancipação das famílias. O Projeto
busca por meio da criação de oportunidades de desenvolvimento econômico de
geração de renda suprir as principais carências dessa população, além de fortalecer
o micro empreendimento de economia solidária por meio dos cursos de capacitação
aos moradores que vivem em situação de risco e vulnerabilidade nesta localidade.
Nesse aspecto, por exemplo, para combater o alto índice de desemprego entre os
jovens o projeto direciona os cursos às áreas de expansão no mercado de trabalho,
que possibilite o emprego formal e a geração de renda.
1.3. Canais de relacionamento com os usuários
O Projeto Inclusão Social Urbana – Nós do Centro busca promover o
desenvolvimento local das regiões em que possui atuação direta. Dessa forma, o
Projeto fomenta a população a se organizar em fóruns de desenvolvimento local,
nos quais são discutidas as principais questões do bairro.
O Projeto atua em duas principais frentes:
1 - Na implantação de 10 Escritórios de Inclusão Social, de 2 Centros de Referência
(da Mulher e da Diversidade), de 3 Centros de Capacitação de Jovens e na
qualificação de 4.900 Jovens. Todas estas ações irão atender, até o final do Projeto
(2009), aproximadamente 50 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social do
centro de São Paulo, visando a sua emancipação. Atualmente, já foram implantados
5 EIS, 2 Centros de Referência, além da capacitação de mais de 1.200 jovens. Está
em fase de implantação: 2 EIS e 2 Centros de Capacitação de Jovens além de
diferentes Editais em curso;
2 – Nos processos de desenvolvimento comunitário que estão sendo implantados
por meio dos Fóruns de Desenvolvimento Local e que fortalecem a cultura
participativa, promovem parcerias e co-responsabilidade dos diferentes atores
envolvidos. Os Escritórios de Inclusão Social (EIS) visam ampliar o acesso da
população vulnerável aos serviços governamentais e não governamentais, à
oportunidades de geração de renda e desenvolvimento econômico, ao atendimento
social, psicológico e jurídico, aos grupos sócio-educativos, às qualificações
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profissionais, e outras ações para o empoderamento de mulheres, jovens, adultos e
famílias no centro de São Paulo.
Os Fóruns de Desenvolvimento Local são processos participativos promovidos pelos
Escritórios de Inclusão Social que fortalecem as comunidades locais integrando
pessoas em situação de risco, lideranças locais, comerciantes, empresários,
representantes de ONGs, agentes públicos das diferentes Secretarias e profissionais
do Projeto na resolução de seus principais problemas e na melhoria da qualidade de
vida das pessoas. Profissionais qualificados dos diferentes Escritórios e Centros de
Referência atuam em conjunto com agentes de desenvolvimento local como
fomentadores das redes promovendo encontros comunitários, parcerias diversas
para fortalecer e dinamizar as redes sociais locais dando sustentabilidade às ações
e promovendo mudanças duradouras. O Projeto articula a boa convivência dos
moradores da região central por meio de diferentes ações:
Os Escritórios de Inclusão Social, com o envolvimento das comunidades por meio
dos Fóruns de Desenvolvimento Local, promovem diferentes iniciativas visando a
melhoria das condições de vida de cada território promovendo ações de
conscientização e limpeza do bairro, fortalecimento dos catadores de materiais
recicláveis e coleta seletiva, eventos em praças públicas com diferentes ações
culturais, sociais, saúde e práticas educativas.
A equipe da Unidade Gestora do Projeto é multiprofissional, por meio de visita e
participação nos encontros comunitários, é realizado um canal aberto com as
famílias permitindo a troca de informações. Para facilitar ainda mais, o Projeto está
em processo de reestruturação de seu site divulgando as ações do Projeto. Além
disso, nos Escritórios do Projeto, que trabalham de portas abertas disponibilizamos
de material impresso para explicar as principais atividades e o público alvo do
projeto.
Os espaços degradados da região central como galpões, garagens, cinemas antigos
e fábricas (antes em estado de abandono), estão sendo revitalizados em diferentes
distritos administrativos para a implantação dos Escritórios de Inclusão Social, dos
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Centros de Capacitação para Jovens e dos Centros de Referência que passam a
oferecer suas atividades para as pessoas da região, ampliando a apropriação destes
equipamentos públicos pela população em situação de exclusão social.
1.4. Métodos para avaliar a satisfação dos usuários, dos cidadãos e da
sociedade
Os colaboradores do Projeto realizam constantemente visitas técnicas nos
Escritórios de Inclusão Social e nos Centros de Referências para uma comunicação
direta com os usuários. Dessa forma, a resposta é imediata e torna-se mais ágil
atender a demanda daquele território.
Os Escritórios de Inclusão Social têm ainda a incumbência de cadastrar e monitorar
as famílias que dele participem, além de avaliar os impactos dos serviços na vida
dos usuários do Projeto. Em uma perspectiva macro, o Projeto possui um
Componente que dentre suas tarefas têm a responsabilidade de avaliar os impactos
do Projeto. Medimos a satisfação dos usuários através de monitorias da União
Européia que também possuem esse caráter.
1.5. Promoção da transparência e do controle social
Para a transparência e efetividade do controle social, o Projeto Inclusão Social
Urbana – Nós do Centro utiliza como mecanismo atuante nos Escritórios de
Inclusão Social os Fóruns de Desenvolvimento Social. Eles funcionam como
espaços de participação da comunidade que pode propor e realizar ações de
melhoria do bairro, além do acompanhamento dos serviços oferecidos, alinhando o
Projeto com as necessidades da população de cada território.
Para disseminar ainda mais a prática do controle social, o Projeto conta ainda com a
participação ativa de três Conselhos relacionados diretamente com a sua gestão:
Executivo: É o conselho administrativo, composto pelos Secretários e Subprefeitos
responsáveis pelo Projeto.
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Intersecretarias: conta com a participação de técnicos das diversas pastas
municipais para avançar em parcerias intersetoriais.
Conselho Consultivo: Sua principal diretriz é acolher as diversas propostas de
intervenção do Projeto e compreender as demandas mais urgentes da população do
centro de São Paulo. Este conselho tem caráter recomendatório e suas reuniões
ocorrem bimestralmente. Além desse envolvimento, envolvimento, o Projeto sofre
auditorias financeiras e físicas anuais, e os resultados são disponibilizados para todo
o público. A prestação de contas e o controle social serão disponibilizados no site do
Projeto Inclusão Social Urbana, além de publicá-lo em um boletim informativo no
final do ano fiscal para a publicização da informação.
As reuniões dos conselhos tem acontecido de forma temática e descentralizada,
para resolver assuntos pertinentes a cada eixo de ação, como a articulação com a
Secretaria da Saúde para realização de trabalho junto aos APS’s, articulação da
Secretaria de Habitação para viabilizar o acompanhamento das famílias, articulação
com a Subprefeitura Mooca, para viabilizar a parceria para implantação do Centro de
Educação Ambiental, articulação com a Secretaria da Cultura para viabilizar a
inserção de jovens capacitados no mercado de trabalho e outras ações definidas
com os demais setores, sendo assim, a forma mais ágil para implementar essas
ações. Os Conselhos Consultivos Locais ocorreram por meio dos Fóruns de
Desenvolvimento Local descentralizados.
2. PESSOAS
2.1. Formas de avaliação do desempenho, reconhecimento e incentivo para
atingir resultados
Por meio de uma equipe multiprofissional, o Projeto busca a interdisciplinaridade e a
contribuição individual de cada colaborador de acordo com as experiências
adquiridas em gestão de políticas públicas. Para melhor avaliar a equipe é produzido
Plano Orçamentário Global (POG) e Plano Orçamentário Anual (POA) validados e
acompanhados pela União Européia. Esses indicadores mostram a eficácia do
projeto e com isso avaliam o desempenho da equipe de trabalho. Podemos ainda
considerar que a aproximação das secretarias junto a Unidade Gestora do Projeto
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beneficia os servidores no acesso as melhores formas de mudar a situação de risco
em que vive boa parte dos moradores do centro da cidade de São Paulo.
2.2. Capacitação e desenvolvimento dos servidores para executar os serviços
Todos os colaboradores do Projeto possuem uma vasta experiência na gestão de
projetos ligados a inclusão social. Para a compreensão dos tramites da União
Européia, a própria organização, disponibilizou um Consultor Técnico Internacional
para assessorar os profissionais do Projeto. Além disso, foi realizado um Seminário
de Gestão com a temática Revitalização do Centro de São Paulo: Desenvolvimento
Social e Urbano. O Projeto também prevê e tem realizado viagens de intercâmbio a
outras experiências de revitalização de grandes centros urbanos para troca de
experiências, além de permitir maior visibilidade do Projeto Nós do Centro.
Capacitação continuada dos profissionais das Ong’s parceiras que implantam os EIS
em sistema de co-gestão com a Unidade Gestora do Projeto.
2.3. Organização dos trabalhos e da equipe para estimular o melhor
desempenho
Para estimular o desempenho dos colaboradores do projeto considerou-se a
premissa: o trabalho em equipe, gestão compartilhada e a interdisciplinaridade.
Esse trabalho é estimulado pela realização de reuniões constantes entre os
servidores, onde todos os membros expõem seus pontos de vistas e participam da
gestão do projeto como um todo.
A gestão compartilhada integra a Secretaria Municipal de Assistência e
Desenvolvimento Social (SMADS) à Unidade Gestora do Projeto e às organizações
conveniadas para a execução das ações próprias do Projeto. A questão da
interdisciplinaridade auxilia nesse processo, já que cada membro da equipe possui
uma área de formação e konw how especifico que permite alcançar uma visão e
discussão mais completa dos possíveis enfoques do Projeto.
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O Projeto Nós do Centro conta com um Conselho Administrativo composto pelas
Secretarias Municipais de Cultura, do Trabalho, de Participação e Parceria,
Relações Internacionais e coordenação da Secretaria Municipal de Assistência e
Desenvolvimento Social (SMADS), com o apoio das Subprefeituras Sé e Mooca.
A gestão do Projeto é, no aspecto operacional, compartilhada entre a SMADS e a
Unidade Gestora do Projeto.
Para o desenvolvimento das ações sob a responsabilidade da SMADS, a
Coordenadoria de Proteção Social Básica, por meio de sua coordenadora, de uma
técnica e da equipe do Programa Ação Família-viver em comunidade, realiza
interface com a Unidade Gestora do Projeto e com o Escritório de Inclusão Social.
A Unidade Gestora do Projeto é composta por 1 Diretor Nacional, 4 Coordenadores
(um por componente), 2 assessores, assistentes técnicos, 1 estagiário e 1 Consultor
Técnico Internacional.
As ações locais são executadas com base nas diretrizes do Projeto e em parceria
com organizações não governamentais conveniadas. Os Escritórios são pólos de
serviços e programas governamentais e não governamentais para o atendimento
qualificado da população.
Os Escritórios de Inclusão Social, conveniados com organizações não
governamentais contam cada um com cerca de 17 profissionais: um coordenador,
assistente social, psicólogos, agente de proteção social, agentes de
desenvolvimento local e instrutores para os cursos de geração de renda. São
realizadas reuniões sistemáticas entre os servidores da SMADS, Unidade Gestora,
os EIS e Centros para alinhamento de conceitos e de propósitos. Além da
participação permanente do Diretor Nacional do Projeto na reunião de dirigentes da
Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, criando unidade
entre o Projeto e o conjunto das ações da Secretaria.
2.4. Fatores que afetam a motivação, a satisfação, a valorização e o bem-estar
dos servidores
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A busca de resultados positivos para o projeto gera uma grande demanda. Porém, o
Projeto busca identificar no processo seletivo profissionais competentes, atentos e
sensíveis com o combate à pobreza na cidade de São Paulo. Busca semanalmente,
em reunião, debater conceitos e maneiras de organização, eficiência, prática e
resultado, além de proporcionar que os debates gerem novas frentes de atuação
para o Projeto Inclusão Social Urbana Nós do Centro.
Com uma forte liderança é feita a construção de um time que permite diariamente
crescer as relações e os vínculos sociais para a valorização e admiração crescente
entre os membros da equipe e os demais servidores da Secretaria. Isso só é
possível devido ao respeito entre os membros da equipe e os demais parceiros da
gestão do Projeto.
2.5. Mecanismos para incentivar a participação e o envolvimento dos
servidores
O Projeto Inclusão Social Urbana – Nós do Centro, por sua definição, já consegue
estimular os servidores a participarem da sua gestão. É realizada pela direção do
projeto, uma gestão transparente e recíproca das ações, desde sua gênese,
implantação e implementação. Dessa forma, os colaboradores se sentem
prestigiados e realizados com o trabalho destinado a população. Com isso, cria-se o
envolvimento da equipe em auxiliar a melhoria das condições sociais da cidade, já
que eles se sentem representantes da municipalidade. Outro mecanismo utilizado
para incentivar a participação de servidores que não participam diretamente do
projeto foi a implantação do Conselho Intersecretarial que é aberto a todos os
servidores de outras secretariais que estejam interessados no Projeto. As reuniões
acontecem uma vez por mês e são abertas aos servidores.
3. PROCESSOS
3.1. Identificação dos principais processos e de seus objetivos
O Projeto Nós do Centro é fracionado em quatro componentes. Cada coordenador
se responsabiliza pela demanda e fluxo de encaminhamentos para o desempenho
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de suas atividades, além do acompanhamento e busca dos resultados.
• C1 – Inclusão Social de grupos vulneráveis
• C2 – Capacitação Profissional para promover a inclusão econômica
• C3 – Equidade de gênero
• C4 – Coordenação, gestão, monitoramento e produção de metodologias
Para a melhor gestão dos processos foram definidos quatro componentes que
permitirão, por área de atuação, a construção de processos específicos. São eles:
Componente 1: Inclusão Social de grupos vulneráveis
• Implantação de 10 Escritórios de Inclusão Social
• Elaboração de 10 Planos de Desenvolvimento Local
• Implantação do Centro de Referência da Diversidade
• Mapeamento, cadastramento e atendimento de 10.500 famílias do centro.
Componente 2: Capacitação Profissional e Fomento ao empreendedorismo
• Capacitação de 4.900 jovens moradores da região central por meio da
realização de cursos profissionalizantes.
• Realização de atividades de geração de renda e disponibilização de
microcrédito para novos empreendimentos.
• Implantação de 3 Centros de Capacitação para Jovens
Componente 3: Equidade de gênero
• Realização de atendimento à mulheres moradoras do centro e cursos de
fortalecimento, desenvolvimento e cidadania para 420 mulheres e 100
servidores públicos que trabalham diretamente com gênero.
• Criação de um Centro de Referência da Mulher
Componente 4: Coordenação, gestão, monitoramento e produção de
metodologias
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• Construção de uma metodologia de gestão intersecretarial,
• Gerenciamento administrativo financeiro I
• Implantação de um modelo de monitoramento dos processos de trabalho.
• Desenvolvimento do Modelo de Gestão Intersetorial para Centros Urbanos de
grande escala
3.2. Mecanismos de controle e medição do desempenho dos resultados dos
processos
O Projeto Inclusão Social Urbana vem desenvolvendo um Sistema de Gestão
Integrada de Informação para a otimização dos recursos e dos resultados
pretendidos pelo projeto. Até o final de 2008, esse sistema será implantado
possibilitando um controle efetivo das ações e dos impactos das mesmas junto a
comunidade.
Até o presente momento, o monitoramento do projeto é realizado por meio do
cadastramento da população atendida em suas atividades, sendo concentrado esse
cadastramento nos Escritórios de Inclusão Social, para dessa forma criar uma
vinculação da população atendida junto ao Escritório próximo ao seu domicilio
permitindo que conheça todos os serviços disponibilizados pelo projeto.
A implantação do Sistema de Gestão, Monitoramento e Avaliação do Projeto ocorreu
durante o 2º trimestre do ano em vigência, sendo que os instrumentais de avaliação
foram concluídos no final do mês de agosto. Este sistema está sendo implantado por
meio de testes-pilotos junto aos Escritórios de Inclusão Social, com sucessivos
ajustes nos instrumentais visando atender as necessidades dos profissionais que
atendem o público-alvo, mapear a evolução dos indicadores do Projeto e tornar mais
eficiente a sua aplicação.
3.3 . Desenvolvimento de parcerias
O Projeto Inclusão Social Urbana - Nós do Centro visa ampliar o acesso da
população considerada vulnerável, aos serviços públicos e não públicos, além de
oferecer serviços e projetos que fortaleçam a geração de renda, o desenvolvimento
comunitário, o atendimento social, o empoderamento de mulheres e a emancipação
de famílias no centro de São Paulo.
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Para isso, as parcerias são permanentes em vários setores e em diferentes
instituições, empresas privadas, entidades governamentais e não governamentais
onde destacamos: Fundação Orsa, Idort, Associação Novolhar, Associação Lar São
Pedro Apóstolo, SESC (Serviço Social do Comércio), SESI (Serviço Social da
Indústria) IBEC (Instituto Brasileiro de Educação Cultura e Turismo), CIEDS (Centro
Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável), ESSOR
(Association de Solidarite Internationale) e Reciclázaro. O Projeto Inclusão Social
Urbana – Nós do Centro nasce com a proposta de intersetorialidade envolvendo
parcerias com atores locais, empresas, governo e sociedade civil.
É importante ressaltar que o Projeto Inclusão Social Urbana – Nós do Centro firmou
uma parceria com a Secretaria Municipal da Saúde que integrou as ações dos
Agentes de Proteção Social dos EIS e os Agentes Comunitários de Saúde (ACS).
As visitas foram realizadas de acordo com a disponibilidade dos ACS já que foi
acordado entre as representantes da Supervisão da Atenção Básica da Saúde Sé,
SMADS e Projeto Nós do Centro que a primeira visita deveria ser acompanhada
pelos Agentes Comunitários de Saúde.
Foi firmada ainda uma parceria com a ESPRO para capacitação de 60 jovens no
curso de Gestão Empresarial, para a efetivação do curso foi disponibilizado um
espaço no Escritório de Inclusão Social da Bela Vista. Uma parceria com a AFRAS
(Associação Franquias Solidárias) para possibilitar a inserção de jovens no mercado
profissional. Essa parceria prevê um estudo de mercado para conhecer quais são as
áreas onde há necessidade de profissionalização. A partir destes estudos serão
oferecidos cursos para os jovens em alinhamento com as vagas disponibilizadas a
fim de atender as organizações filiadas.
Está sendo firmada uma parceria com a Secretaria Municipal de Habitação para
complementaridade do trabalho desenvolvido com as famílias do centro que habitam
os cortiços e que poderão ser inseridas nos programas desta Secretaria. Todos os
Editais elaborados pelo Projeto (que definem com serão implementadas as ações)
foram definidos em conjunto com todas as Secretarias parcerias (Trabalho, Cultura,
Participação e Parceria e SMADS), além das Subprefeituras Sé e Mooca.
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Para atingir ainda mais um número mais qualitativo e quantitativo de parcerias, o
Projeto trabalha junto à sua principal parceira que é a União Européia que faz um
custeio de 50% do recurso destinado a execução das ações do projeto e a prefeitura
que realiza o complemento. Após a iniciativa da Prefeitura de São Paulo e a União
Européia criou-se uma estrutura que permite durante todas as etapas do projeto a
aplicação do conceito de intersetorialidade que pode ser comprovada na construção
de seu organograma:
O Conselho Administrativo, gerenciado pela Secretaria Municipal de Assistência e
Desenvolvimento Social (SMADS), busca alcançar uma aliança entre os serviços já
desenvolvidos por cada secretaria, apropriando-se do know how de cada uma,
como a parte de capacitação sendo responsabilidade das SMtrab e SMC; a questão
do gênero, pela Secretaria Municipal de Participação e Parceria representada pela
Coordenadoria da Mulher; a atuação no território com a Subprefeitura Mooca e
Subprefeitura Sé; a Secretaria de Relações Internacionais é responsável pelas
relações institucionais com a União Européia, bem como, o uso de toda experiência
de SMADS para lidar com a inclusão social de famílias em situação de
vulnerabilidade.
CONSELHO ADMINISTRATIVO Secretários Municipais da Assistência e
Desenvolvimento Social (Gestor), doTrabalho, da Cultura, de Relações
Internacionais, de Participação e Parceria e Subprefeitos da Sé e Mooca.
UNIDADE GESTORA DO PROJETO
COMISSÃO EUROPÉIA
CONSELHO INTERSECRETARIAL
CONSELHO CONSULTIVO DA SOCIEDADE CIVIL
COMPONENTE 1 SMADS
COMPONENTE 3 SMADS / SMPP
COMPONENTE 4 SMADS
COMPONENTE 2 SMADS/SMTRAB/
SMC
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O Conselho intersecretarial, por sua vez, busca a participação das outras
Secretarias Municipais que não fazem parte oficialmente do projeto, como o caso da
Secretaria de Educação, Saúde, Planejamento, Habitação, Meio Ambiente, entre
outras.
O Conselho Consultivo busca uma aproximação com entidades que representam a
sociedade civil e que já atuam na região central, tais como: Associação Viva o
Centro, Centro Vivo, Movimento Nacional dos Catadores de Recicláveis, Movimento
Nacional da População de Ruas, Fórum dos Cortiços, Fundação Dom Bosco,
Sindicato dos Panificadores do Centro de São Paulo, além do empresariado sediado
em cada região. Assim, os laços entre o Projeto e membros da sociedade se
fortalecem, facilitando a participação e a legitimação da sociedade civil junto às
atividades do Projeto.
Para a inserção dos jovens no mercado de trabalho, são realizadas diferentes
parcerias com empresas nas áreas de capacitação. Muitos dos jovens capacitados
já estão inseridos no mercado de trabalho. Considerando que todas as atividades
são oferecidas gratuitamente aos moradores em situação de risco na região central.
3.4. Uso eficiente dos recursos disponíveis, incluindo o orçamentário.
Os recursos disponibilizados pelo Projeto, tanto pela Prefeitura Municipal de São
Paulo (PMSP) quanto pela União Européia, são controlados com critérios bastante
rigorosos, seguindo o controle e acompanhamento da prestação de contas pela
Prefeitura de São Paulo e da União Européia. Por meio do Sistema de Gestão
integrada de informação todas as despesas do projeto serão controladas e avaliadas
para saber qual o impacto das atividades pelo custo ocorrido, dessa forma é
perceptível o investimento utilizado para a execução do projeto.
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4. RESULTADOS
4.1. Resultados dos principais indicadores de desempenho e uso de
informações comparativas:
O incentivo e motivação das equipes envolvidas no projeto são avaliados pelo
resultado das ações realizadas nos distritos administrativos que já contam com os
serviços implantados. Dentre eles:
1. Implantação de 7 Escritórios de Inclusão Social – Glicério, Bela Vista, Pari,
Bom Retiro, Sé, Santa Cecília, Mooca;
2. Cadastramento dos dados de 10 mil famílias vulneráveis;
3. 5.000 famílias/pessoas vulneráveis ou em situação de risco social inseridas
nos programas do projeto e em outros, e monitoradas nos EIS;
4. Planos de Desenvolvimento Locais sendo elaborados e implantados em
conjunto com a população (No Glicério e Bela Vista estão sendo implantados)
5. Metodologia de trabalho dos profissionais dos EIS desenvolvida;
6. Profissionais dos 07 EIS capacitados na primeira fase;
7. Serviços e programas Governamentais com Não Governamentais da região
do Glicério Identificados.
8. Capacitação de 1200 Jovens em diferentes áreas do mercado de trabalho
9. Implantada Agência de Microcrédito – CAT LUZ
10. Instalação do Centro de Referência da Mulher
11. Instalação do Centro de Referência da Diversidade
12. Implantação de um Centro de Formação Ambiental
13. Realização de 1 Seminário de Gestão
14. Disponibilização de 24 Bolsas de Estudos
15. Capacitação de 200 mulheres em equidade de gênero
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Ações Alcançados Metas para 2009
Implantação de Escritórios de Inclusão
Social
7 EIS (Glicério, Bela Vista e Pari, Sé,
Santa Cecília, Mooca e Bom Retiro )
Lançado em setembro o edital para
mais 3 EIS
10 EIS
Capacitação de Jovens 1200 capacitados 4900
Centro de Formação Centros de Capacitação de Jovens 2 Centros de Capacitação de Jovens
Curso para Mulheres sobre Formação,
Desenvolvimento e Cidadania 200 420
Instalação do Centro de Referência da
Mulher
Instalação de Centro de Referência da
Diversidade
Instalação da Agência de
Microcrédito-CAT LUZ
Setembro/2007
Março/2008
Agosto/2008
Realização de Seminário de Gestão 1 Seminário em Junho 3
Disponibilização de Bolsas de Estudos 24 bolsas anuais 24 bolsas anuais
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Um Exemplo:
PROJETO NÓS DO CENTRO RESTAURA GALPÃO ABANDONADO QUE É
READEQUADO PARA FUNCIONAMENTO DO EIS GLICÉRIO
EIS Glicério antes da reforma
EIS Glicério após a reforma
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4.2. Identificação de melhorias nas práticas de gestão e disseminação do
conhecimento
A Direção Nacional do Projeto busca realizar constantemente a capacitação das
equipes dos Escritórios de Inclusão Social (EIS) e Centros de Referência da Mulher,
da Diversidade e Formação Ambiental. Esse aprimoramento tem o objetivo de
permitir que as equipes dos Escritórios de Inclusão Social e Centros conheçam o
funcionamento do Projeto, de seus Escritórios, e as formas de atendimento das
famílias, o planejamento estratégico, a metodologia para elaboração de planos de
desenvolvimento local e econômico.
O Projeto compreendeu ainda a necessidade da criação de um componente
especializado na gestão, monitoramento e avaliação mostrando a preocupação em
proporcionar efetivamente um modelo de gestão intersetorial que tem como
pressupostos a territorialidade e a participação de todos os atores envolvidos nas
ações.
Na área do desenvolvimento econômico os participantes do Projeto são capacitados
em diferentes Oficinas de Geração de Renda em parceria com artesãos locais e
com Instituições como o Sesi, que exemplificando, ministra Oficinas de Cozinha
Pedagógica no EIS Glicério, em empreendedorismo (Sebrae) para a participação
em grandes feiras e eventos com empresas privadas; A última participação para
exposição e venda de produtos desenvolvidos nos EIS e nos Centros de Referência
foi realizada na 20ª Bienal do Livro de 2008.
Há também a necessidade de realizar intercâmbios para o conhecimento de ações
de combate à pobreza e disseminação do conhecimento que estão ocorrendo em
outras cidades do Brasil e do Mundo para troca de experiências.
Ainda em 2008, o Projeto Inclusão Social Urbana – Nós do Centro desenvolverá e
publicará dois volumes do Caderno Nós do Centro com informações do projeto
sobre a sua estrutura e metodologia desenvolvida, além da divulgação das ações,
dos equipamentos e atividades que serão implementados no Centro de São Paulo.