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APRESENTAÇÃO Este módulo faz parte da coleção intitulada MATERIAL MODULAR, destinada às três séries do Ensino Médio e produzida para atender às necessidades das diferentes rea- lidades brasileiras. Por meio dessa coleção, o professor pode escolher a sequência que melhor se encaixa à organização curricular de sua escola. A metodologia de trabalho dos Modulares auxilia os alunos na construção de argumen- tações; possibilita o diálogo com outras áreas de conhecimento; desenvolve as capaci- dades de raciocínio, de resolução de problemas e de comunicação, bem como o espírito crítico e a criatividade. Trabalha, também, com diferentes gêneros textuais (poemas, histórias em quadrinhos, obras de arte, gráficos, tabelas, reportagens, etc.), a fim de dinamizar o processo educativo, assim como aborda temas contemporâneos com o ob- jetivo de subsidiar e ampliar a compreensão dos assuntos mais debatidos na atualidade. As atividades propostas priorizam a análise, a avaliação e o posicionamento perante situações sistematizadas, assim como aplicam conhecimentos relativos aos conteúdos privilegiados nas unidades de trabalho. Além disso, é apresentada uma diversidade de questões relacionadas ao ENEM e aos vestibulares das principais universidades de cada região brasileira. Desejamos a você, aluno, com a utilização deste material, a aquisição de autonomia intelectual e a você, professor, sucesso nas escolhas pedagógicas para possibilitar o aprofundamento do conhecimento de forma prazerosa e eficaz. Gerente Editorial Acessórios que nunca saem de moda e a construção dos sentidos por meio da concordância e da pontuação

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APRESENTAÇÃO

Este módulo faz parte da coleção intitulada MATERIAL MODULAR, destinada às três

séries do Ensino Médio e produzida para atender às necessidades das diferentes rea-

lidades brasileiras. Por meio dessa coleção, o professor pode escolher a sequência que

melhor se encaixa à organização curricular de sua escola.

A metodologia de trabalho dos Modulares auxilia os alunos na construção de argumen-

tações; possibilita o diálogo com outras áreas de conhecimento; desenvolve as capaci-

dades de raciocínio, de resolução de problemas e de comunicação, bem como o espírito

crítico e a criatividade. Trabalha, também, com diferentes gêneros textuais (poemas,

histórias em quadrinhos, obras de arte, gráficos, tabelas, reportagens, etc.), a fim de

dinamizar o processo educativo, assim como aborda temas contemporâneos com o ob-

jetivo de subsidiar e ampliar a compreensão dos assuntos mais debatidos na atualidade.

As atividades propostas priorizam a análise, a avaliação e o posicionamento perante

situações sistematizadas, assim como aplicam conhecimentos relativos aos conteúdos

privilegiados nas unidades de trabalho. Além disso, é apresentada uma diversidade de

questões relacionadas ao ENEM e aos vestibulares das principais universidades de cada

região brasileira.

Desejamos a você, aluno, com a utilização deste material, a aquisição de autonomia

intelectual e a você, professor, sucesso nas escolhas pedagógicas para possibilitar o

aprofundamento do conhecimento de forma prazerosa e eficaz.

Gerente Editorial

Acessórios que nunca saem de moda

e a construção dos sentidos por meio

da concordância e da pontuação

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© Editora Positivo Ltda., 2013Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio, sem autorização da Editora.

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Ruben FormighieriEmerson Walter dos SantosJoseph Razouk JuniorMaria Elenice Costa DantasCláudio Espósito GodoyRobson Luiz Rodrigues de LimaRobson Luiz Rodrigues de LimFernanda Rosário de MelloAndré Maurício Corrêa / Rose Marie WünschTatiane Esmanhotto KaminskiSabrina FerreiraAngela Giseli de SouzaJosé Luis JuhasO2 ComunicaçãoBettina Toedter Pospissil / Arowak© Thinkstock/Getty Images; © Shutterstock/Valua Vitaly; © Shutterstock/Franck Boston; © Shutterstock/Slavoljub Pantelic; © Shutterstock/ajt; © Shutterstock/ilker canikligil; P. Imagens/Pith; © iStockphoto.com/Dean Mitchell PhotographyEditora Positivo Ltda.Rua Major Heitor Guimarães, 17480440-120 Curitiba – PRTel.: (0xx41) 3312-3500 Fax: (0xx41) 3312-3599Gráfica Posigraf S.A.Rua Senador Accioly Filho, 50081300-000 Curitiba – PRFax: (0xx41) 3212-5452E-mail: [email protected]@positivo.com.br

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@POR963Conceito e exemplos

sobre as funções da

linguagem

@POR963

Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)

L732 Lima, Robson Luiz Rodrigues de.Ensino médio : modular : língua portuguesa : acessórios que nunca saem de moda e a

construção dos sentidos por meio da concordância e da pontuação / Robson Luiz Rodrigues de Lima ; ilustrações José Luis Juhas. – Curitiba : Positivo, 2013.

: il.

ISBN 978-85-385-7550-4 (livro do aluno)ISBN 978-85-385-7551-1 (livro do professor)

1. Língua Portuguesa. 2. Ensino médio – Currículos. I. Juhas, José Luis. II. Título.

CDU 373.33

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SUMÁRIO

Unidade 1: Adjuntos e concordância

Adjunto adnominal 5

Adjunto adverbial 9

Aposto 12

Aposto x vocativo 13

Concordância verbal e nominal 19

Unidade 2: Pontuação

Sinais de pontuação 30

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Adjuntos e concordância1

O cinema é um modo divino de contar a vida.

Federico Fellini

Acessórios que nunca saem de moda e a construção dos sentidos

por meio da concordância e da pontuação4

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O aprendizado do cinema é um processo lento e gradual que tem no tempo o seu grande mestre. O mesmo se aplica para as demais artes, como a literatura, por exemplo. O conhecimento das obras-primas requer tempo, paciên-cia, dedicação, hábito. Para se adentrar nos universos de Machado de Assis, Dostoiévski, Thomas Mann, Gustave Flaubert, Honoré de Balzac, Eça de Queiroz, Guimarães Rosa, entre tantos outros, é necessário, e até mesmo condi-tio sine qua non, a disponibilidade temporal. O que se torna cada vez mais difícil nesta era da informação galopante, de pragmatismo absoluto, quando o excesso de informações acaba por conduzir à desinformação, considerando que o receptor delas não tem tempo para contemplá-las e, por conseguinte, para reprocessá-las e absorvê-las adequa-damente. E, neste diapasão, o jornalismo toma carona na leitura rápida, desaparecidos os antigos suplementos literários, as críticas de rodapé. Em seu lugar, o império do audiovisual.

[...] No caso do cinema, há a necessidade de se criar um repertório consistente de filmes. Ver e ver filmes, adquirindo, com isso, um hábito. A crítica é a arte da paciência. Depois da contemplação silenciosa de muitos filmes, formado o re-pertório, é que o interessado pode começar, então, a escrever sobre cinema. Daí porque é um processo lento e gradual.

os grandes estúdios de Hollywood, em fins da década de 50, o cinema americano, em crise, apostou em novos talentos (Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, Roman Polanski, Bob Rafelson, entre tantos), mas, na segunda metade da década de 70, com a aparição das guerras nas estrelas (nada contra elas, mas constatando fatos) e os espetáculos spiel-berguianos, houve uma infantilização crescente do ponto de vista temático, a ponto de atualmente ser difícil encon-trar um filme que possa ser visto no circuito comercial dos complexos. Toda regra tem exceção, é claro, e no seio da indústria também pode se encontrar bons e severos filmes. As imagens em movimento se vulgarizaram, todavia, com a possibilidade de se fazer cinema a torto e a direito, com um simples celular. E a visão de filmes numa tela de computador não é a mesma da verificada quando somente se podia ver

um espetáculo cinematográfico dentro da sala exibidora mediante o pagamento de um ingresso. [...]

Quem lê nos dias que correm uma obra fundamental como Os irmãos Karamazov? Conta-se nos dedos os estudantes de Letras que conhecem Machado de Assis. Mas estou tomando um atalho no que quero aqui colocar: o tempo como fator fundamental e imprescindível do aprendizado cinemato-gráfico. O paralelo com a literatura vem a propósito nesse sentido. Cinema, na verdade, se aprende indo ao cinema. Evidentemente com o embasamento de leituras de obras especializadas, ensaios e críticas publicadas pela imprensa, mas, sobretudo, o interesse pessoal investigativo, a atenção na visão/revisão dos filmes.

O filme não é um rato para ser destrinchado em laboratório com instrumentos precisos. A obra cinematográfica vale-se, em primeiro lugar, do engenho e da arte de um criador, da emoção de um artista e do sentimento desta emoção pelo espectador. Para se sentir e amar o cinema, é necessário vê-lo com carinho, com sensibilidade. É um hábito que se adquire, portanto, com o tempo. Infelizmente, o 'ir ao cinema' atualmente se transfor-mou num complemento do exercício do 'shoppear', um adendo quase à refeição ligeira de um 'fast food', quando não se utiliza a própria sala de exibição para a sua prática.

A minha iniciação cinematográfica se fez pela emoção. Nos já distantes anos 50, quando a imagem estava circuns-crita à tela luminosa da sala exibidora. Uma formação base-ada nos gêneros, na contemplação dos grandes westerns de John Ford, Anthony Mann, Raoul Walsh, Howard Hawks, Budd Boetticher..., nos musicais de Vincent Minnelli, George Seaton, Stanley Donen, nos épicos espetaculares como Ben Hur, Spartacus, etc., nos melodramas de Douglas Sirk, Leo McCarey, etc., etc., etc. Depois vim a descobrir que o cinema era uma arte ouvindo as palestras de Walter da Silveira e vendo, estupefato, Hiroshima, mon amour, de Alain Resnais, Acossado, de Jean-Luc Godard, A noite, de Michelangelo Antonioni, Os sete samurais, de Akira Kurosawa, Oito e meio, de Federico Fellini, Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha...

É preciso, portanto, aprender primeiro a gostar de cinema, a amar o cinema, e este amor só se consegue indo ao cinema.

Amar o cinema

SERATO, André. Amar o cinema. Disponível em: <http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5378693-EI11347,00--Amar+o+cinema.html>. Acesso em: 5 out. 2011.

Adjunto adnominal

Ensino Médio | Modular 5

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1. Qual é a tese defendida pelo texto?2. Considere o seguinte trecho do primeiro parágrafo: “Para se adentrar nos universos de Machado de Assis,

Dostoiévski, Thomas Mann, Gustave Flaubert, Honoré de Balzac, Eça de Queiroz, Guimarães Rosa, entre tantos outros, é necessário, e até mesmo conditio sine qua non, a disponibilidade temporal”. Considerando o contexto, pode-se afirmar que a expressão em itálico significa:

a) condição dispensável.

b) condição sem a qual não pode ser.

c) condicionamento cinematográfico.

d) condição facultativa.

e) condição irrelevante.3. Considerando a tese do texto, explique a seguinte afirmação: “o excesso de informações acaba por conduzir

à desinformação”.4. De acordo com o texto, em que os cursos de Letras poderiam melhorar?5. De acordo com o autor, quais os principais obstáculos para a formação de um crítico de cinema?6. De acordo com o autor do texto, quais os fatores responsáveis pela decadência da produção cinematográfica

comercial?7. Enquanto o autor apresenta os fatores que, segundo ele, contribuíram para a decadência da produção comercial

no cinema, ele faz duas ressalvas. Quais são elas? Quais as possíveis razões para essas ressalvas terem sido feitas?

8. Explique por que o autor faz um paralelo entre cinema e literatura.

Algumas estruturas complementam o sentido de verbos e de nomes, sendo chamadas de termos integrantes da oração. Além dos integrantes, há os termos acessórios, que desempenham função secundária na oração, apesar de acrescentarem informações relevantes ao que está sendo dito. Os acessórios determinam os substantivos ou conferem à ação alguma circunstância. São eles: adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto.

Adjunto adnominal é o termo que caracteriza, determina, especifica ou delimita os substantivos, ou seja, possui uma função adjetiva na oração. Ex.: “A minha iniciação cinematográfica se fez pela emoção.”

Repare que “A” é um artigo que determina o número e o gênero substantivo iniciação. Já “minha” é um pronome adjetivo que especifica o substantivo iniciação (não é qualquer iniciação; é a MINHA iniciação). E “cinematográfica” é um adjetivo que determina o substantivo iniciação (não é qualquer tipo de iniciação; é a iniciação cinematográfica).

A função de adjunto adnominal pode ser desempenhada por: adjetivos, locuções adjetivas, artigos, numerais, pronomes adjetivos e orações.

6Acessórios que nunca saem de moda e a construção dos sentidos

por meio da concordância e da pontuação

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1. A seguir, há algumas frases célebres do cinema. Leia as frases, localize os adjuntos adnominais e, considerando a definição de adjunto adnominal, explique de que forma ele está caracterizando o substantivo.

a) ''É por isso que o Super-Homem trabalha sozinho'', diz Batman (George Clooney) referindo--se ao seu parceiro Robin (Chris O'Donnel), em Batman e Robin (1997).

b) ''Houston, nós temos um problema'', anuncia o astronauta Jim (Tom Hanks) em Apollo 13 (1995), reproduzindo a frase dita na missão que aconteceu na vida real.

c) ''As pessoas vão pensar o que eu disser para elas pensarem'', afirma o poderoso magnata da imprensa Charles Foster Kane (Orson Welles) em Cidadão Kane (1941).

d) ''Que a força esteja com você'', diz Obi-Wan Kenobi (Alec Guinnes) em Guerra nas estrelas (1977).

2. No exercício anterior, analisou-se a função do adjunto adnominal nos enunciados. Mudando-se o adjunto, é possível alterar o sentido de um enunciado. Mas há situações em que você pode alterar o adjunto sem prejudicar o sentido. É o caso de substituir uma locução adjetiva por um adjetivo ou vice-versa. Substitua um pelo outro nestas construções e perceba a manutenção do sentido.

a) As aulas da tarde são mais tranquilas. b) Vou muito ao cinema nas minhas férias de verão. c) Na maioria dos cinemas, a censura de idade é levada a sério. d) Não liberar meia-entrada para os estudantes no acesso ao cinema é uma questão judicial. e) Ir ao cinema é uma prova cultural.

Tanto o complemento quanto o adjunto são termos que se relacionam a nomes nas frases, mas desempenham funções diferentes.

Cuidado para não confundir o adjunto adnominal na for-ma de locução adjetiva com o complemento nominal. Veja algumas dicas para saber diferenciar um do outro.a) Somente substantivos podem ser acompanhados por ad-

juntos adnominais. Os complementos nominais podem se ligar a advérbios, adjetivos e substantivos. Isso já ajuda na hora de diferenciar, pois, se houver alguma locução ligada a um adjetivo ou advérbio, só pode ser complemento nominal. Agora, e se estiver ligada a um substantivo, como diferenciar?

b) Substantivos concretos são determinados por adjuntos adnominais. Se o substantivo for abstrato, a determinação pode ser feita tanto por adjuntos quanto por complementos nominais. Ex.: Andreia comprou uma mesa de madeira.“mesa” é um substantivo concreto; assim, “de madeira”,

só pode ser adjunto adnominal.

Ex.: Camila terminou a leitura do texto.Note que “leitura” é um substantivo abstrato, e “do texto”

funciona como complemento nominal.Agora...

c) O complemento nominal é um termo paciente, enquanto o adjunto adnominal é agente.Ex.: Juliana tem amor ao pai. (Amor a quem? Ao pai) Note que o pai é que recebe o amor, logo “pai” é pacien-te. Sendo assim, “ao pai” funciona nessa oração como complemento nominal.

Agora...Ex.: Ele nunca teve um amor de pai. Repare que, nesse caso, é o pai quem ama, logo “pai” é agente e “de pai” funciona como adjunto adnominal.d) O adjunto adnominal pode indicar posse, já o comple-

mento nominal nunca indica posse.Ex.: Essa é a lanchonete do Lucas“do Lucas” indica posse, então: adjunto adnominal.

Adjunto adnominal × complemento nominal

Ensino Médio | Modular 7

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1. Leia as afirmativas a seguir:

I. O humor se dá pelo fato de o cliente pedir um bolinho de carne. II. O humor reside no fato de o cliente pedir para embrulhar um bolinho de carne para presente. III. O termo “de carne” completa o sentido do substantivo bolinho. IV. O termo “de carne” qualifica o substantivo bolinho.

Em relação às afirmativas, é correto afirmar que:

a) apenas I está correto. b) apenas II e IV estão corretos.c) apenas II e III estão corretos. d) apenas I e IV estão corretos.e) todas as afirmativas estão corretas.

2. Você já sabe que os termos integrantes são indispensáveis para a coerência de uma oração, por-tanto não podem ser retirados. Já os termos acessórios desempenham uma função secundária na oração. Sendo o complemento nominal um termo integrante, não pode ser retirado. O mesmo não ocorre com o adjunto adnominal que, sendo termo acessório, pode ser retirado sem grandes danos para a construção do sentido. Assinale a alternativa em que o termo destacado poderia ser retirado, sem inviabilizar a leitura da frase.

( ) A venda da rifa será destinada para a construção de um museu.( ) A doação de alimentos do exterior foi fundamental para os desabrigados.( ) Na galeria, a obra de arte foi leiloada.( ) Os uivos de cães entristeciam a paisagem.( ) A recordação da cena me traz saudade.( ) Roberto está convicto de suas ideias.( ) Bruno estava com uma fome de leão.( ) Não tenho necessidade de muito dinheiro.

CAMARGO, Francisco Pancho. Rolmops & Catchup. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/blog/rolmopsecatchup/>. Acesso em: 4 nov. 2011.

Adjunto adnominal × predicativo do objeto

Tanto o adjunto adnominal quanto o predicativo do objeto referem-se a nomes, porém há um jeito bastante prático de diferenciar um do outro.a) O adjunto adnominal é um termo acessório que delimita

ou especifica o significado do substantivo. Veja o exemplo:Joguei o violão velho. Se for substituído o termo “violão” por um pronome, o ter-mo “velho”, que qualifica o substantivo “violão”, também

será substituído pelo mesmo pronome. Repare:Ex.: Joguei-o.

b) O predicativo do objeto é um termo que expressa um atributo ou circunstância de um objeto. Veja:Ex.: Julguei sua atitude sensata. Se o termo “atitude” for substituído por um pronome, o termo “sensata”, que é um atributo do objeto direto “ati-tude”, não será substituído pelo mesmo pronome. Repare:Ex.: Julguei-a sensata.

8Acessórios que nunca saem de moda e a construção dos sentidos

por meio da concordância e da pontuação

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3. Analise os termos em destaque e marque AA para adjunto adnominal e PO para predicativo do objeto.

( ) Camila encontrou sua avó pensativa.( ) Avistei o mar azul.( ) Pedro abandonou o velho barco.( ) Ágatha achou a cena triste.( ) O cinema projeta filmes famosos.( ) A atriz encontrou o roteiro jogado.( ) Alice emprestou o dinheiro todo.( ) O diretor cortou a cena mais longa.

Acréscimo

Além de filmes, gosto de música.

Afirmação

Sim, você tem razão.

Com certeza, eu já assisti a Guerra nas estrelas.

Assunto

Conversei com o diretor sobre o meu papel no filme.

Causa

Não aprovou o roteiro por medo da repercussão do filme.

Companhia

Fui ao cinema com meu namorado.

Sempre estarei ao seu lado

Concessão

Apesar de tudo, o filme ganhou o Oscar.

Condição

Você não conseguirá o emprego sem o currículo na mão.

Sem tentativas, não há vitórias.

Conformidade

Conforme o combinado, você deve estar em casa às 22 horas.

Dúvida

Talvez, você encontre o amor da sua vida na fila da pipoca.

Porventura, você já comprou os ingressos?

Quiçá, o filme já esteja nas telas.

Fim, finalidade

Ela vive para o trabalho.

Carlos viajou a lazer.

Frequência

Sempre, vou ao shopping aos sábados.

Todos os dias, eu penso em você.

Instrumento

Amanda cortou o dedo com a faca.

Desenhava seus sonhos no papel a lápis.

Adjunto adverbial é o termo da oração que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo, de um advérbio, ou mesmo do enunciado, indicando uma circunstância (tempo, lugar, modo, finalidade, causa, etc.). O efeito modificador do adjunto adverbial é contextual.

Ex.: “'Ir ao cinema' atualmente se transformou num complemento do exercício do 'shoppear'”.Repare que o termo em destaque modifica o verbo “ir”, conferindo-lhe uma circunstância de tempo.

Assim, “atualmente” é um adjunto adverbial de tempo.O adjunto adverbial pode ser expresso por:a) um advérbio: Amanhã farei aniversário.b) uma locução adverbial: No início da madrugada, farei aniversário.c) uma oração: Quando amanhecer, farei aniversário.Para facilitar a identificação do adjunto adverbial, observe, a seguir, as várias circunstâncias que

ele pode expressar.

Adjunto adverbial

Ensino Médio | Modular 9

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O contexto é fundamental para se perceberem os sentidos em que os adjuntos adverbiais dão ao texto.Ex.: Juliana ora fervorosamente.Repare que, nesse contexto, “fervorosamente” é um adjunto adverbial que carrega tanto um valor

de intensidade quanto de modo. Essa junção acaba criando outro sentido, que é a fusão do modo com a intensidade.

Intensidade

A atriz trabalha muito.

Limite

Olhou a menina dos pés à cabeça.

Roberval conhece o Brasil do Oiapoque ao Chuí.

Lugar

Rubens mora em Curitiba.

Camila está em casa.

Matéria

Meus nervos são de aço.

A minha casa era de madeira.

Meio

Fui a Paris de avião.

Conseguiram seus bens por meio de falcatrua.

Modo

As receitas foram escolhidas criteriosamente.

Esteja à vontade para ir embora.

Negação

Não admito que me compare com ninguém.

Jamais aceitarei suborno.

Tempo

O shopping fica aberto das 11h às 23h.

A banda Pearl Jam se apresentará no Brasil em novembro.

1. Leia algumas sinopses de filmes famosos, analise os adjuntos adverbiais destacados e explique a função deles no texto.a) Sinopse do filme Casablanca.

Rick é dono de um famoso bar localizado em Casablanca, no Marrocos francês, durante a Segunda Guerra Mundial. A cidade é rota de fuga para quem deseja evitar os nazistas, onde passes livres são vendidos por um salgado preço no mercado negro. Neste caótico ambiente, Rick en-contra Ilsa, com quem tivera um amor interrompido inesperadamente há algum tempo, em Paris. Vencedor do Oscar de Melhor Filme, Diretor e Roteiro, possui ainda uma das mais belas canções já compostas para um filme, "As time goes by". SINOPSE do filme Casablanca. Disponível em: <http://www.cineplayers.com/filme.php?id=376>. Acesso em: 4 nov. 2011.

b) Sinopse do filme A onda. Rainer Wegner, professor de Ensino Médio, deve ensinar seus alunos

sobre autocracia. Devido ao desinteresse deles, propõe um experimento que explique na prática os mecanismos do fascismo e do poder. Wegner se denomina o líder daquele grupo, escolhe o lema “força pela discipli-na” e dá ao movimento o nome de A onda. Em pouco tempo, os alunos começam a propagar o poder da unidade e ameaçar os outros. Quando o jogo fica sério, Wegner decide interrompê-lo. Mas é tarde demais, e A onda já saiu de seu controle. Baseado em uma história real ocorrida na Califórnia em 1967.SINOPSE do filme A onda. Disponível em: <http://www.cineplayers.com/filme.php?id=4957>. Acesso em: 4 nov. 2011.

Cartaz do filme Casablanca, um das obras cinematográficas mais importantes de todos os tempos

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por meio da concordância e da pontuação

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c) Sinopse do filme O poderoso chefão. Em 1945, Don Corleone (Marlon Brando) é o chefe de uma mafiosa família

italiana de Nova York. Ele costuma apadrinhar várias pessoas, realizando im-portantes favores para elas, em troca de favores futuros. Com a chegada das drogas, as famílias começam uma disputa pelo promissor mercado. Quando Corleone se recusa a facilitar a entrada dos narcóticos na cidade, não ofere-cendo ajuda política e policial, sua família começa a sofrer atentados para que mudem de posição. É nessa complicada época que Michael (Al Pacino), um herói de guerra nunca envolvido nos negócios da família, vê a necessidade de proteger o seu pai e tudo o que ele construiu ao longo dos anos.SINOPSE do filme O poderoso chefão. Disponível em: <http://www.cineplayers.com/filme.php?id= 374>. Acesso em: 4 nov. 2011.

d) Sinopse do filme Blade Runner: o caçador de androides. Deckard (Harrison Ford) é um blade runner, um policial que caça e extermina

replicantes, humanos criados artificialmente. Seu desejo é sair da corporação, mas tem que adiar sua decisão quando passa a procurar quatro novos da raça, que Deckard deve procurar em um ambiente sujo e hostil. A dúvida é: quem é realmente humano e quem pode ser replicante num lugar como este?SINOPSE do filme Blade Runner. Disponível em: <http://www.cineplayers.com/filme.php?id= 596>. Acesso em: 4 nov. 2011.

e) Sinopse do filme Três homens em conflito. Três homens – o "Bom", o "Mau" e o "Feio" – estão atrás de um tesouro escondido em um cemitério. Cada

um deles conhece apenas uma parte da sua localização, o que faz com que eles tenham que se unir. O problema é que nenhum deles está disposto a dividir o que encontrarem.SINOPSE do filme Três homens em conflito. Disponível em: <http://www.cineplayers.com/filme.php?id= 513>. Acesso em: 4 nov. 2011.

Primeiro filme de Alfred Hitchcock é encontrado na Nova ZelândiaTrês rolos do filme The white shadow, rodado em 1924, foram encontrados por restauradores na Nova

Zelândia. Acredita-se que o longa-metragem seja o primeiro em que o mestre do suspense Alfred Hitchcock tenha trabalhado. As informações são do site Hollywood Reporter.

Em The white shadow, rodado na Inglaterra e distribuído nos Estados Unidos pela Lewis J. Selznick Enterprises e dirigido por Graham Cutts, Hitchcock aparece creditado como assistente de direção, diretor de arte, editor e roteirista. Ele tinha 24 anos quando trabalhou no filme, e sua estreia na direção aconteceu um ano depois, com The pleasure garden, de 1925.

O filme, que traz a atriz Betty Compson como irmãs gême-as – uma angelical e a outra malévola – foi descoberto entre negativos de filmes americanos não identificados guardados no Arquivo Cinematográfico da Nova Zelândia, na cidade de Wellington. Somente os três primeiros dos seis rolos do filme foram encontrados. Não se sabe se existe outra cópia do longa.

"Esses três primeiros rolos de The white shadow – mais da metade do filme – oferece uma rara oportunidade de estudar as ideias visuais e narrativas de Hitchcock quando elas estavam ainda ganhando forma", disse ao Hollywood Reporter David Sterritt, presidente da Sociedade Americana de Críticos de Cinema e autor do livro The films of Alfred Hitchcock.

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Cartaz do filme O poderoso chefão, com Marlon Brando no papel de Don Corleone

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O filme será restaurado pela Park Road Post Productio, na Nova Zelândia, e uma nova master, além de uma cópia para exibição, serão mandadas para os Estados Unidos para uma "reestreia", que será anunciada até o fim da semana.

O filme de Hitchcock estava entre várias produções da era do cinema mudo reunidos pelo projecio-nista e colecionador neozelandês Jack Murta gh. Depois de sua morte, em 1989, sua coleção altamente inflamável de negativos de nitrato foi enviada para o New Zealand Film Archive, sob a guarda de Tony Osborne, neto do colecionador.

PRIMEIRO filme de Alfred Hitchcock é encontrado na Nova Zelândia. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/cultura/primeiro-filme-de-alfred-hitchcock-encontrado-na-nova-zelandia-2707478>. Acesso em: 5 nov. 2011.

1. Qual é o gênero textual desse texto? Justifique sua resposta.2. Qual seu público-alvo?3. De acordo com o texto, além do valor histórico da descoberta dos rolos, qual o valor artístico de

tal descoberta?4. No texto, há uma referência a Alfred como “o mestre do suspense”. Faça uma pesquisa e encontre

a sinopse de um dos filmes de Alfred Hitchcock e, com base na leitura da sinopse, tente justificar a alcunha do diretor.

Em um texto, é possível inserir informações sobre o que se está falando, sem comprometer a sequência lógica das ideias ou ter que abrir um novo parágrafo para apresentar essa informação. Observe:

Notou que o último parágrafo quebra a sequência e o ritmo que vinha sendo desenvolvido no texto, apenas para acrescentar a informação de que Hitchcock é o mestre do suspense? Agora observe:

Hitchcock foi um dos mais brilhantes diretores de cinema de todos os tempos. Seus filmes são considerados verdadeiras obras-primas e são apreciados em todo o mundo. Por isso, vale a pena fazer uma sessão pipoca e se deixar levar pelas tramas muito bem elaboradas desse cineasta.

Alfred Hitchcock é considerado o mestre do suspense.

Hitchcock, o mestre do suspense, foi um dos mais brilhantes diretores de cinema de todos os tempos. Seus filmes são considerados verdadeiras obras-primas e são apreciados em todo o mundo. Por isso, vale a pena fazer uma sessão pipoca e se deixar levar pelas tramas muito bem elaboradas desse cineasta.

Aposto

Note que a mesma informação foi dada sem, no entanto, quebrar a ordem e o ritmo do texto. A esse recurso, chama-mos de aposto.

Aposto é mais um dos termos acessórios da oração. Ele se refere a um termo de valor substantivo, pronominal ou a uma ora-ção para explicá-los, especificá-los, resumi-los ou identificá-los.Ex.: “Três rolos do filme The white shadow, rodado em 1924, foram encontrados por restauradores na Nova Zelândia.”

Repare que o termo em destaque, entre vírgulas, espe-cifica o ano em que o filme foi rodado.

O aposto acrescenta informações na oração. Caso seja retirado, haverá menos informação, é claro, mas isso não comprometerá a leitura do período. Observe:Ex.: “Em The white shadow, rodado na Inglaterra e dis-tribuído nos Estados Unidos pela Lewis J. Selznick Enterprises e dirigido por Graham Cutts, Hitchcock apa-rece creditado como assistente de direção, diretor de arte, editor e roteirista.”

Ainda que todo esse trecho seja suprimido, a leitura do período permanece possível. O aposto geralmente vem isolado por vírgulas ou após dois pontos.

12Acessórios que nunca saem de moda e a construção dos sentidos

por meio da concordância e da pontuação

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Não confunda!Não confunda aposto com vocativo. Vocativo é o termo da oração usado para chamar ou

interpelar o nosso interlocutor.Ex.: Fernando, não saia com garotas que se deixam conquistar facilmente!Ex.: Não saia, Fernando, com garotas que se deixam conquistar facilmente!Ex.: Não saia com garotas que se deixam conquistar facilmente, Fernando!

1. De acordo com a charge de Bennet, o filme Mamma Mia é para poucos porque:

a) Poucas pessoas assistiram ao filme.

b) Há poucas pessoas felizes.

c) Há poucas pessoas inteligentes.

d) Existem poucas pessoas brilhantes como o filme.

e) Filmes inteligentes têm poucos espectadores.

2. Em relação ao desfecho da charge, ainda é possível inferir que:

a) todos os filmes com a trilha sonora do ABBA são felizes.

b) nem todo filme brilhante é inteligente.

c) há mais pessoas inteligentes do que pessoas felizes.

d) há mais pessoas felizes do que pessoas inte-ligentes.

e) pessoas felizes não gostam de filmes inteli-gentes.

3. Em relação ao primeiro quadrinho, é correto afirmar que:

I. o pronome “você” é um vocativo, porque configura um chamamento;

II. o verbo “ver” poderia ser substituído por “assistir” e a frase, respeitando a norma- -padrão da língua portuguesa, ficaria assim reescrita: “Você já assistiu Mamma Mia, fil-me com trilha sonora do ABBA?”;

III. o trecho “filme com trilha sonora do ABBA” é um aposto e especifica o substantivo Mamma Mia;

IV. o termo “do ABBA” é um adjunto adnomi-nal do adjunto adnominal “sonora”.

V. o termo “do ABBA” é um complemento no-minal do substantivo “sonora.”

A única opção que traz apenas afirmativas cor-retas é:

a) I e II b) III e V c) I, II e V

d) II e IV e) III

BENNET. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/charges/index.phtml?foffset=&offset=&ch=Benett>. Acesso em: 4 nov. 2011.

Aposto × vocativo

© B

ENN

ET

Ensino Médio | Modular 13

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ler a obra na íntegra (seja filme, livro, peça de teatro, etc.);

iniciar o texto, destacando o espaço e o tempo em que a história se desenrola;

chamar a atenção para os protagonistas, listando suas características básicas;

chamar a atenção do leitor para a trama principal;

deixar o desenrolar da trama e o final no suspense para convidar o leitor a entrar em contato com a obra.

Nesta unidade de trabalho, você pôde ler diversas sinopses de filmes, mas você sabe como se faz uma sinopse?

Sinopse é uma apresentação sintética a respeito do que trata um filme, livro, peça teatral ou programa de TV, apresentando elementos como tempo, espaço, personagens e situações-chave. A sinopse não deixa de ter um caráter publicitário, já que deve persuadir o leitor a entrar em contato com a obra. Por isso, a sinopse deve deixar o leitor curioso a respeito da obra.

Para elaborar a sinopse, deve-se:

Escolha um filme de sua preferência e elabore uma sinopse, com o objetivo de convencer seus colegas de turma de que vale a pena assistir ao filme.

(UFRJ)

4. Leia as frases a seguir. Se houver aposto, subli-nhe e explique a que ele se refere e qual é a sua função.

a) O Brasil, maior país da América Latina, pos-sui grandes jazidas de pré-sal.

b) Gertrudes levou pente, escova, chapinha e um CD do Justin Bieber para sua lua de mel.

c) Direito fundamental de todo ser humano, a liberdade de expressão deve ser exercida com bom senso.

d) Fugiu com a namorada e largou tudo: emprego, contas, cachorro e a família.

e) Clóvis, traga o meu babador, por favor.

A partir dos trechos, elabore um texto dissertativo-argumentativo em que você apresente suas reflexões sobre o cinema como prática social.

[...] o cinema é o que todo mundo acha que é... uma diversão... eu acho que não deixa de ser uma diversão... mas também é muita arte [...] porque cinema hoje em dia... pela técnica e pelo que eles levam tanto a sério... eu acho que é uma... uma ... como diz mesmo... diz uma sétima arte... entendeu?

(TRECHO de fala: NURC-RJ/Inquérito 85)

[...] a sociedade compartilha emoções através dos meios de comunicação, em especial os audiovisuais. Com a evolução tecnológica, ao longo do tempo, eles foram moldando o modo de pensar do homem,

Estrutura do

gênero textual

sinopse

@POR553

14Acessórios que nunca saem de moda e a construção dos sentidos

por meio da concordância e da pontuação

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1. (UFS-SE) Identifique a alternativa em que todos os dois termos destacados têm a função de ad-junto adnominal.

a) As funcionárias estavam absolutamente im-possibilitadas de reagir.

b) Traga-o até aqui, com todas as bagagens.

c) Belíssimas gravuras foram vendidas por eles.

d) Eles chegaram muito tarde e jantaram sozinhos.

e) Os pareceres dos técnicos lhe foram plena-mente favoráveis.

2. (UFSC) Observe os períodos e assinale a alternativa em que o lhe funciona como adjunto adnominal:

a) “… anunciou-lhe: Filho, amanhã vais comigo.”

b) O peixe cai-lhe na rede.

c) Ao traidor, não lhe perdoaremos jamais.

d) Comuniquei-lhe o fato ontem pela manhã.

e) Sim, alguém lhe propôs emprego.

3. (UNESP) “Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição da família, célula da sociedade.” O trecho destacado é:

a) complemento nominal. b) vocativo.

c) agente da passiva. d) objeto direto.

e) aposto.

4. (UEM – PR) O Brasil jovem está curtindo o vestibular.

Os termos destacados, no período acima, são respectivamente:

a) adjunto adverbial e objeto direto.

b) predicativo do sujeito e objeto direto.

c) adjunto adnominal e complemento nominal.

d) adjunto adnominal e objeto direto.

e) adjunto adverbial e predicativo do sujeito.

5. (UFSCAR – SP) Ele gostava de vinhos bons. O ter-mo destacado é:

a) objeto indireto. b) predicativo do sujeito.

c) agente da passiva. d) sujeito.

6. (UNIT – SE)

O linguista americano Noam Chomski sus-tenta que a linguagem depende apenas de regras universais incrustadas no cérebro, que não guardam relação nenhuma com as ativida-des pelas quais nos comunicamos: falar, ouvir, gesticular. Depois de quatro décadas de hege-monia, sua abordagem abstrata está cedendo lugar à outra, naturalista. A evolução da lingua-gem, tema que Chomski havia banido, é hoje uma efervescente área de estudos.

O uso da linguagem é uma das característi-cas especiais dos seres humanos. Há dois cami-nhos para explicá-la na biologia, pois se sabe hoje que o genoma humano é 98% igual ao dos chimpanzés. Uma alternativa é buscar a expli-cação para a existência da linguagem nos 2% restantes. A outra é considerar que, para serem criados, os poemas homéricos e as peças de Shakespeare dependeram tanto daquilo que é exclusivo do homem quanto daquilo que com-partilhamos com outros animais. Esse é o ca-minho adotado por cientistas como Sue Savage--Rumbaugh – que ganhou notoriedade ensinando macacos a produzir e a compreender alguns as-pectos da linguagem – e Philip Lieberman.

Uma das experiências de Lieberman, no campo da neurologia e da fisiologia, ou seja, das estruturas corporais ligadas ao fenômeno da linguagem, levou-o ao Monte Everest, para observar como os danos temporários causados pela falta de oxigênio a uma das estruturas ce-

cativando-o, seduzindo-o, fazendo-o rir, chorar, sentir medo, pavor, solidariedade com imagens fragmen-tadas, inspiradas, baseadas ou recortadas do real.SILVÉRIO, Alessandra. Filme: realidade ou ficção. Disponível em: <http://www.mnemocine.com.br/aruanda/ensaios resenhas.htm>.

Ver filmes é uma prática social tão importante, do ponto de vista da formação cultural e educacional das pessoas, quanto a leitura de obras literárias, filosóficas, sociológicas e tantas mais.DUARTE, Rosália. Cinema & educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

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rebrais (o gânglio de base, responsável por se-quenciar movimentos) afetavam a fala. A bate-ria de testes em alpinistas comprovou que a fala piorava à medida que o ar se tornava mais rare-feito, bem como diminuía o domínio da sintaxe. Em outras palavras, a linguagem humana tem raízes numa estrutura que compartilhamos com as criaturas mais primitivas. Trabalhos recentes do autor ajudam a desfazer a ideia de que a capacidade de concatenar palavras depende de um compartimento milagroso em nossas men-tes. Até mesmo o conceito de que as estruturas da linguagem estão concentradas no hemisfério esquerdo do cérebro já não se sustenta. Elas es-tão em toda parte.

Mais incipiente do que a compreensão geral da linguagem no cérebro é a tentativa de en-tender nosso hábito de criar poemas e histórias. Já existem alguns esboços. O pesquisador David Miall, do Canadá, desenvolveu um programa de computador que analisa variações métricas e fonéticas em obras literárias.

Comparou depois esses padrões com a fala de uma mãe ao seu bebê e descobriu que ela re-petia, de maneira um tanto exagerada, os mes-mos ritmos encontrados na grande arte. Como a fala da mãe também transmite emoções, cir-cuitos que relacionam a literatura à experiência emocional poderiam começar a se formar ali.

(Adaptado de Carlos Graieb. Veja. 26 set. 2007, p. 104-105)

Os segmentos grifados nas alternativas seguin-tes são complementos nominais, exceto:

a) ...que não guardam relação nenhuma com as atividades pelas quais nos comunicamos...

b) ...é buscar a explicação para a existência da lin-guagem nos 20% restantes.

c) ...que é exclusivo do homem...

d) ...estão concentrados no hemisfério esquerdo do cérebro...

e) ...a desfazer a ideia de que a capacidade de concatenar palavras...

7. (UNEAL – AL) Qual a função sintática da expressão em negrito,

no período seguinte?

“Um dos brinquedos mais antigos do mundo, o ioiô já era conhecido na China há 4 mil anos.”

a) Adjunto adverbial. b) Aposto.

c) Sujeito. d) Complemento nominal

e) Complemento verbal

8. (UEPA)

A morte cai do céu

O laboratório do horror da guerra moderna

“A noite do dia 26 de abril de 1937 marcou um ponto de ruptura na história da guerra contempo-rânea. Durante três horas a cidade de Guernica foi bombardeada ininterruptamente pelos aviões da Legião Condor. A atrocidade não era exatamente uma novidade – o bombardeio de pessoas inocen-tes era prática corrente nas colônias das potências ocidentais na época, tendo sido meticulosamente executado pelos italianos na Etiópia – e na própria Espanha, outra cidade basca, Durango, já havia sido bombardeado pelos alemães no fim de março de 1937.

Foi Guernica, porque entrou para a história como o lugar onde a nova e moderna guerra sur-giu, em parte porque, graças ao relato do jornalista sul-africano George Steer, o que aconteceu naque-la noite foi visto como a primeira vez que um bom-bardeiro aéreo destruía um alvo civil indefeso.

Correspondente do jornal botânico The Times no País Basco, Steer escreveu o texto que talvez tenha tido mais impacto político do que qual-quer artigo escrito por correspondente durante a Guerra Civil Espanhola. Foi através dele que Pablo Picasso tomou conhecimento do bombardeio da cidade basca. […] ‘Guernica, a mais antiga cidade dos bascos e o centro de sua tradição cultural, foi completamente destruída ontem por aviões bom-bardeiros insurgentes. O bombardeio desta cidade, situada atrás das linhas ocupadas, estendeu-se por precisamente três horas e quinze minutos, duran-te as quais uma poderosa frota de aviões alemães, formada por bombardeiros Junkes e Heinkel, não pararam de lançar sobre as cidades bombas pe-sando 453 kg e mais de 3 mil projéteis incendiá-rios de alumínio, aproximadamente, enquanto isso os combatentes se precipitaram sobre o centro da cidade para metralhar a população civil, que tinha se refugiado no campo. […]’ O ataque surpresa à Guernica não tem paralelo na história militar, tanto no que diz respeito à forma de execução e à escala da destruição quanto na seleção do objetivo mili-tar. Uma fábrica que produzia material de guerra ficava fora da cidade e permaneceu intocada. Assim como dois alojamentos militares a alguma distân-cia de Guernica. A cidade estava situada atrás das linhas. O objetivo do bombardeiro aparentemente foi a desmoralização da população e a destruição do berço da raça basca. [...]”

(Revista História viva. Ano IV – n. 46. São Paulo, jun. 2007.)

16Acessórios que nunca saem de moda e a construção dos sentidos

por meio da concordância e da pontuação

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No texto, no período inicial da citação de Steer (Guernica, a mais antiga cidade dos bas-cos... por aviões bombardeios insurgentes), dois recursos sintáticos, entre outros empregados pelo jornalista, contribuíram para que, em tom conti-do e nada sensacionalista, conseguisse traduzir de forma contundente, até que ponto, em escala de brutalidade, o bombardeio representou um novo modo de guerrear. Esses recursos sintáticos são:

a) o aposto que revela Guernica por sua longevi-dade e tradição cultural e a opção pelo sujeito paciente que destaca sua condição de vítima da barbárie alemã.

b) o modalizador adverbial “completamente” que, hiperbolicamente, reduz a cidade de Guernica a nada e o emprego da vírgula logo após o sujeito da oração.

c) a separação, por vírgula, do sujeito do seu res-pectivo predicado, uma transgressão à norma vigente e à concordância “Guernica/destruída”.

d) a relação espaço-temporal “Guernica/à tarde”, ora da sesta espanhola e o sintagma nominal “aviões bombardeiros insurgentes”, agente metonímico da destruição.

e) o superlativo relativo de superioridade em “a mais antiga das cidades”, destacando a im-portância de Guernica entre as cidades do país basco, e a seleção do item lexical “insurgente”, tendo em vista sua formação com prefixo e su-fixo. O sujeito paciente.

9. (ACAFE – SC)

“Dominar a norma culta de um idioma é plataforma mínima de sucesso para profissio-nais de todas as áreas. Engenheiros, médicos, economistas, contabilistas e administradores que falam e escrevem certo, com lógica e ri-queza vocabular, têm mais chance de chegar ao topo do que profissionais tão qualificados quanto eles mas sem o mesmo domínio da palavra.”

VEJA, São Paulo: Abril, ed. 2050, ano 40, n. 36, 12 set. 2007.

Os termos destacados no texto exercem, respec-tivamente, as seguintes funções sintáticas:

a) Sujeito – adjunto adnominal – objeto indireto.

b) Objeto direto – adjunto adverbial – comple-mento nominal.

c) Objeto direto – complemento nominal – obje-to indireto.

d) Aposto – complemento nominal – adjunto ad-nominal.

e) Agente da passiva – objeto indireto – objeto direto.

10. (UFRRJ) Velha roupa colorida Você não sente e não vêMas eu não posso deixar de dizer, meu amigo Que uma nova mudança, em breve, vai acontecerO que há algum tempo era novo, jovemHoje é antigoE precisamos todos rejuvenescer Nunca mais teu pai falou: “she’s leaving home”E meteu o pé na estrada like a Rolling StonesNunca mais você buscou sua menina Para correr no seu carro, loucuras, chiclete e som Nunca mais você saiu à rua em grupo ou reunidoO dedo em V, cabelo ao ventoAmor e flor que é do cartazNo presente a mente, o corpo é diferente E o passado é uma roupa que não nos serve maisComo Poe, poeta louco, americano Eu pergunto ao passarinho blackbird o que se fazE raven, raven, raven, raven, ravenBlackbird me respondeTudo já ficou pra trás

BELCHIOR, Antônio Carlos. In: Elis Regina. Falso Brilhante.

Polygram, 1976.

Das sentenças retiradas do texto, é correto afir-mar que em:

a) “Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo”, o termo destacado é o sujeito da declaração.

b) “No presente, a mente, o corpo, é diferen-te”, o termo destacado é adjunto adverbial de modo antecipado.

c) “O que há algum tempo era novo, jovem”, o termo destacado é um vocativo.

d) “Como Poe, poeta louco, americano”, o ter-mo destacado é um aposto.

e) “E o passado é uma roupa que não nos serve mais”, o termo destacado é um adjunto ad-verbial de tempo antecipado.

Ensino Médio | Modular 17

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Mais do que erros gramaticais, a má comunicação é um dos problemas mais comuns vivenciados pelos profissionais. Para o diretor do Instituto Canopus, Roberto Amado, o problema mais grave está na dificuldade de comunicação. A Canopus também realiza cursos de português com o intuito de capacitar os executivos a dominar, de maneira clara e objetiva, a arte da comunicação, apresentando os fundamentos básicos da redação, como objetividade e encadeamento das ideias.

“Oferecemos um curso maior, mais genérico, com duração de 12 horas, que abrange redação empresarial, elaboração de projetos, propostas e relatórios. É um treinamento aprofundado da comunicação escrita”, diz Amado. O instrutor já vivenciou casos em que uma empresa fechou um pacote para seus funcio-nários porque eram muitos os problemas decorrentes da falta de comunicação adequada.

Ao procurar pelo curso, o futuro aluno passa por um teste para detectar o nível de domínio e conhecimento do idioma, como ocorre nos cursos de línguas. Ao final do curso é aplicado novamente o teste para verificar o índice de aproveitamento e retenção do conteúdo apresentado. “A falta de objetividade em uma comunicação escrita é a principal dificuldade encontrada pelos alunos que nos procuram. [...]

Segundo Carla, da Holding’s, é na hora de redigir os textos – desde um formulário técnico a um e-mail –, que os empresários percebem que o português está fazendo falta. “Existe muita difi-culdade na sintetização das informações. Na comunicação escrita é mais difícil perceber erros do que quando se está falando. É na hora de falar que surgem as dúvidas, que podem comprometer seriamente o profissional em uma entrevista de emprego”.

Carla comenta, ainda, que é nesse momento que as chances de impressionar o selecionador correm riscos mais sérios. “A insegurança por não saber se está falando corretamente, empre-gando os verbos no tempo certo e respeitando concordâncias, transparece no rosto da pessoa. Geralmente isso ocorre porque a pessoa, de tanto querer rebuscar seu português, comete ainda mais erros. E aí, essa insegurança é vista pelo selecionador como falta de capacidade”.

Erros comuns, que à primeira vista podem parecer banais, como “fazem dez anos”, em vez de “faz dez anos”, podem comprometer a credibilidade do profissional e da empresa. “Por isso, o redator de documentos empresariais deve ler boa literatura, revistas especializadas e textos variados a fim de aprimorar a produção escrita”, opina a professora de português Laurinda Grion, autora do livro “400 erros que os executivos cometem ao falar e redigir" (Editora Edicta).

Em seus cursos, Laurinda aborda tópicos como uso dos por-quês, concordância, pontuação, verbos, colocação pronominal,

crase, plural de substantivos e adjetivos, regência, recursos de estilo, ambiguidade, textos empresariais, entre outros itens. E Laurinda dá algumas sugestões:

Dê preferência a frases curtas. Use a ordem direta (sujeito + verbo + complemento ver-

bal). Preste atenção no ritmo do texto e nas regras gramaticais. Tenha livros de gramática, dicionário e tira-dúvidas e os

consulte. Já em relação aos e-mails, os erros mais comuns, enumera

Laurinda, são: Mensagens prolixas. Introduções em desuso como: “Venho por meio deste”, “Visa a presente informar”, “Pelo presente informamos”, “Venho através deste informar”. Conexões defeituosas. Erros gramaticais (crase, pontuação e concordância). Descuido com a aparência do texto (uso de abreviaturas como vc, q, tbm, qndo, pq, entre outras). "Fazem" cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é im-pessoal: faz cinco anos / fazia dois séculos / fez 15 dias. "Houveram" muitos acidentes. Haver, como existir, também é invariável: havia muitas pessoas / deve haver muitos casos iguais. Para "mim" fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: para eu fazer / para eu dizer / para eu trazer. Entre "eu" e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: entre mim e você / entre eles e ti. "Há" dez anos "atrás". Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás. "Porque" você foi? Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão, use por que separado: por que (razão) você foi? / não sei por que (razão) ele faltou / explique por que razão você se atrasou. Porque é usado nas respostas: ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado. Não há regra sem "excessão". O certo é exceção. Veja outras grafias erradas e, entre parênteses, a forma correta: "paralizar" (paralisar), "beneficiente" (beneficente), "previlégio" (pri-vilégio), "cincoenta" (cinquenta), "zuar" (zoar), "frustado" (frustrado), "calcáreo" (calcário), "advinhar" (adivinhar), "benvindo" (bem-vindo), "ascenção" (ascensão), "impeci-lho" (empecilho), "envólucro" (invólucro). Nunca "lhe" vi. O pronome lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês e por isso não pode ser usado com objeto direto: nunca o vi / não o convidei / a mulher o deixou / ela o ama. Ela era "meia" louca. Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio amiga.

Má comunicação

MÁ comunicação. Disponível em: <http://www.catho.com.br/jcs/inputer_view.phtml?id=6529>.

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1. O objetivo do texto lido é:

a) explicar como se deve falar corretamente.

b) mostrar como a gramática é importante para se aprender a falar língua portuguesa.

c) divulgar cursos de língua portuguesa.

d) mostrar como a boa comunicação é importante para se conseguir um emprego.

e) provar que a gramática é mais importante que a comunicação.

2. A frase que abre o texto, “Mais do que erros gramaticais, a má comunicação é um dos problemas mais comuns vivenciados pelos profissionais.”, mostra que:

a) há mais erros gramaticais que erros de comunicação.

b) não há erros gramaticais, apenas erros de comunicação.

c) os erros de comunicação são mais numerosos que os erros gramaticais.

d) entre os profissionais, os erros de gramática são mais comuns que os erros de comunicação.

e) entre os profissionais, os erros de comunicação são mais comuns que os erros de gramática.

3. De acordo com o texto, qual é a importância da adequação linguística em uma entrevista de emprego?

4. De acordo com a professora Laurinda Grion, como devem ser os e-mails redigidos no meio corporativo?

5. Dos erros mais comuns, apresentados pela professora Laurinda Grion, quais deles você costumava cometer?

No texto anterior, você leu que uma boa comunicação pode construir uma boa imagem, principalmente no mundo do trabalho. Um dos fatores que deve ser respeitado em uma situação formal de comunicação é o uso adequado da concordância.

Concordância é o mecanismo por meio do qual as palavras alteram suas terminações para se adequarem harmonicamente umas às outras na frase. Há dois tipos de concordância:a) Concordância verbal: o verbo altera suas desinências para se ajustar em pessoa e número ao sujeito.Ex.: Aconteceram muitos eventos esportivos neste ano.

b) Concordância nominal: os nomes (adjetivos, artigos, pronomes adjetivos e numerais) alteram suas desi-nências para se ajustarem em número e gênero ao substantivo a que se referem.Ex.: As casas foram construídas mesmo sem a permissão do governo.

Observe, na tabela a seguir, as principais regras de concordância verbal e nominal.

Concordância verbal e nominal

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Tipo deconcordância

Regra Exemplo

Concordância com sujeito simples

O verbo concorda com o núcleo do sujeito em núme-ro (singular/plural) e pessoa (1ª., 2ª. e 3ª.).

“Carla comenta, ainda, que é nesse momento que as chances de impressionar o selecionador correm riscos mais sérios.”

Substantivo próprio no plural: o verbo concorda com o artigo.Sendo nome de obra artística, a concordância se aplica tanto no singular quanto no plural.

Os EUA são um país bonito.Os Sertões são/é uma obra reconhecida nacionalmen-te.

A maioria de/uma porção de + substantivo: o verbo pode ficar tanto no plural quanto no singular.

A maioria dos entrevistados (foi/foram) eliminada/dos devido à sua dificuldade em usar a concordância.

Um dos que: o verbo pode ficar tanto no plural quanto no singular.

Obs.: A alteração na concordância, nesse caso, reflete uma pequena diferença semântica na identifica-ção do elemento destacado na oração.

Carlos é um dos que mais estuda/estudam língua portuguesa.

Com o verbo no singular, o destaque se dá para Car-los; no plural, evidencia-se o grupo de pessoas.

Cerca de/mais de: o verbo deve concordar com o numeral.

Cerca de vinte pessoas estavam no local.

Pronomes interrogativos ou indefinidos, acom-panhados pelos pronomes nós ou vós: o verbo concorda com os referidos pronomes.

Obs.: Se o pronome interrogativo ou o indefinido esti-verem no singular, o verbo também se conjuga no singular.

Alguns de nós (ficaremos/ficamos) para trás.Nenhum de nós compareceu à reunião de ontem.

Que: o verbo concorda com o sujeito da oração anterior.

Fui eu que acertei todas as questões de concordância da prova.

Quem: o verbo concorda com o pronome em 3ª. pes-soa do singular ou com o sujeito da oração anterior.

Fomos nós quem entregamos a carta naquela ocasião.Fomos nós quem entregou a carta naquela ocasião.

Numeral percentual ou numeral fracionário: o verbo concorda com o numeral.

Obs.: Atualmente, há a tendência, sobretudo em textos da imprensa, de concordar o verbo com a expressão que acompanha o numeral.

85% da turma conseguiram o desconto na mensali-dade.85% da turma conseguiu o desconto na mensalidade.

Mais de um: o verbo concorda no singular.

Obs: Se a expressão estiver repetida ou se a frase indicar reciprocidade, o verbo poderá concordar no plural.

Mais de um funcionário entrou de férias esta semana.Mais de um animal brigaram pela presa.

Substantivo coletivo no singular: o verbo fica no singular.

Obs: Quando o substantivo coletivo estiver acompa-nhado por uma expressão no plural, a concordân-cia do verbo pode ser no singular ou no plural, embora a tendência mais geral é a do emprego do singular.

A população unida faz a diferença.Um grupo de funcionários fez a reivindicação por melhores salários. Um grupo de funcionários fizeram a reivindicação por melhores salários.

Concordância

com sujeito com-

posto

Quando o sujeito estiver antes do verbo: o verbo vai para o plural.

Lucas e Vanessa viajaram para o exterior.

Quando o sujeito estiver depois do verbo: o verbo concorda com o núcleo mais próximo ou, se a ideia for incluir na ação os dois núcleos que compõem o sujeito, o verbo vai para o plural.

Caíram o garfo e a colher.

20Acessórios que nunca saem de moda e a construção dos sentidos

por meio da concordância e da pontuação

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Tipo deconcordância

Regra Exemplo

Concordância

com sujeito com-

posto

Palavras que resumem, tais como nada, tudo, ninguém: o verbo se conjuga na terceira pessoa do singular.

O dia, a noite, as tardes de sábado nada tem graça sem você.

Um e outro/relação entre sinônimos: o verbo pode ficar no singular ou no plural.

Felicidade e alegria (encanta/encantam) a alma. Um e outro mudou/mudaram de setor na empresa.

Pessoas gramaticais diferentes: o verbo concor-da com a primeira pessoa do plural, se “eu” estiver incluso.

Eu, você e as crianças iremos para a praia.

Um ou outro/nem um nem outro: o verbo deve concordar no singular.

Um ou outro ganhará o prêmio.

Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por “ou”: a) Se a ideia for de exclusão, o verbo concorda com o

núcleo mais próximo.b) Se a ideia for de inclusão, o verbo vai para o plural.

a) Praia ou campo será a opção de férias. (Exclusão: ou um ou outro)

b) Praia ou campo me atraem (Inclusão: ambos atraem)

Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por “nem”: o verbo concorda com os dois núcleos, no plural.

Nem vidro nem mármore ficarão adequados para esse móvel.

Quando os núcleos do sujeitos estiverem liga-dos por “com”: o verbo fica no plural.

Obs: é possível que o verbo fique no singular caso se queira enfatizar o primeiro elemento.

O jogador com sua esposa se envolveram no acidente.O jogador, com sua esposa, envolveu-se no acidente.

Concordância dos verbos impessoais

Verbo haver:a) Com sentido de "existir": o verbo vai para o singular.b) Com o sentido de tempo passado: o verbo vai para

o singular.

a) Há muitas pessoas no corredor.b) Há quinze anos não falo com ela.

Verbo fazer:a) Com sentido de tempo passado ou decorrido: o

verbo vai para o singular.b) Com o sentido de tempo meteorológico: o verbo vai

para o singular.

a) Fazia 10 horas que eu a estava esperando.b) Fez lindos dias na semana passada.

Concordância do verbo ser

Verbo “ser” impessoal (referindo-se a tempo ou distância)/quando o sujeito for que ou quem: o verbo concorda com o predicativo.

Os mandamentos são dez.Quem eram os alunos da professora Karina?Quem é você?

Verbo “ser” referindo-se a datas: as duas concor-dâncias são admitidas.

Hoje são 19 de dezembro.Hoje é 19 de dezembro.

Quando o sujeito é uma pessoa ou um pronome pessoal do caso reto: o verbo concorda com o sujeito.

Carlos (ele) é os elogios de Fabiana.

Quando o sujeito é uma coisa: o verbo concorda, preferencialmente, com o predicativo.

A vida não são rosas.

Quando o sujeito e o predicativo forem forma-dos por pronomes pessoais do caso reto: o verbo concorda com o sujeito.

Eu não sou ele.

Concordância dos adjetivos com o substantivo

Adjetivo anteposto ao substantivo: concorda com o substantivo mais próximo.

Linda boca e olhos.

Adjetivo posposto ao substantivo: a) Se a ideia for de inclusão, o adjetivo vai para o

plural.b) Se a ideia for de exclusão, o adjetivo concorda com

o substantivo mais próximo.

a) Sorvete e bombom gostosos. (tanto o sorvete quanto o bombom são gostosos: inclusão)

b) Sorvete e bombom gostoso. (somente o bombom é gostoso: excluiu o sorvete).

Ensino Médio | Modular 21

LÍNGUA PORTUGUESA

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Tipo deconcordância

Regra Exemplo

Concordância dos adjetivos com o substantivo

Sinônimos ou sequência de ideias: o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo.

Boca, olhos, sorriso, orelha perfeita.

Concordância com palavras especiais

Palavras como: próprio, mesmo, obrigado, quite, junto, anexo e incluso: concordam com o termo ao qual se referem.

As meninas disseram obrigadas e ficaram quites com o rapaz que enviou a elas um e-mail com as fotos do passeio anexas.

Bastante/meio/muito: a) Se essas palavras funcionarem como advérbios,

ficarão invariáveis.b) Se essas palavras funcionarem como pronomes e

adjetivos (bastante/muito) ou numerais (meio), elas concordam com o substantivo ao qual se referem.Quando se referem a um substantivo, devem, ne-cessariamente, concordar com ele. Porém, quando se referem aos verbos, advérbios e adjetivos, são invariáveis.

a) As meninas estão bastante interessadas em você.As mulheres estão meio preocupadas.Os meninos da casa ao lado são muito barulhentos.

b) A Fabiana me disse bastantes verdades.Francisco conheceu muitos lugares.Jaqueline colocou meia colher de pimenta para completar a receita.

Só/sós com sentido de sozinho: é variável.Só com sentido de somente: invariável.

Eles estão se sentindo sós.Eles trabalharão só hoje.

É proibido/É bom/É necessário/É permitido, etc.: a) utilizados com elementos que modificam o nome,

variam.b) utilizados sem elementos que modificam o nome,

não variam.

a) É proibida sua passagem neste local.b) É proibido passagem neste local.

As frases a seguir apresentam algum erro de concordância. Identifique o erro, explique a regra e reescreva a frase, corrigindo-a.

1. Fazem 10 anos que não nos vemos.

2. Os EUA é um país que se endividou muito nos últimos anos.

3. A polícia militar disse que cerca de 100 pes-soas saiu do desfile.

4. Nessa disputa, um ou outro ganharão o prê-mio.

5. No passado, haviam mais espécies na ilha de Madagascar.

6. Isabela deu o troco em Karina e agora elas estão quite.

7. Eles mesmo fizeram o trabalho na casa de campo.

8. Mandaram o e-mail e se esqueceram de en-viar os documentos anexo.

9. No preço do rodízio, a sobremesa e o cafezi-nho estavam incluso.

10. Ao teu lado, o calor, o frio, a chuva, o vento, tudo ficam mais iluminados.

11. As ruas estão bastantes lotadas de carros.

12. Desde ontem eu notei que a Alice anda meia triste.

13. É proibido a sua entrada nesse local.

22Acessórios que nunca saem de moda e a construção dos sentidos

por meio da concordância e da pontuação

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Marketing pessoalConfira algumas dicas fundamentais para se tornar reconhecido e valorizado,

obtendo assim a realização profissional

Certamente isso já fez parte de sua vida ou você já presenciou situações em que, apesar de fazer tudo certo, alguém que tinha a mesma função dentro da empresa e exercia as mesmas atividades ou responsabilidades foi promovido, conseguiu aumentos salariais e frequentemente é citado como exemplo, enquanto você nem ao menos é lembrado, e às vezes sente-se desvalorizado e sem reconhecimento.

Sinto-me na obrigação de dizer que o grande culpado por isso tudo pode ser você mesmo. Exce-ções à parte, o que provavelmente esteja ocorrendo é a falta de seu marketing pessoal. E o que é isso?

Quando falamos de um produto, sabemos que existem esforços para que ele seja notado, apreciado e adquirido. São os esforços de marketing. Meios que visam potencializar as vendas dos produtos, utilizando a divulgação através da promoção, pro-paganda, embalagem etc.

O marketing pessoal é a mesma coisa, porém em benefício de sua própria carreira. É fazer-se notado! Não simplesmente ser notado, mas ser notado por suas qualidades, habilidades e competências. Não é ser o chamado “puxa-saco”.

Ser notado desnecessariamente e por suas “apa-rições” tolas é péssimo, uma vez que será lembrado, com frequência, que não é um bom profissional. Neste caso, aquele ditado: “falem mal, mas falem de mim” não é um bom lema, uma vez que falar mal significa comentar que você não é a pessoa ou o profissional ideal.

Então, o que devemos fazer para termos um bom marketing pessoal e sermos reconhecidos e valorizados, obtendo assim o sucesso e a realização profissional?Seguem algumas dicas:1. Você deve ter liderança, desenvolvendo assim

habilidades de influenciar pessoas e ser um for-mador de opinião.

2. Deve transmitir confiança aos seus chefes e com-panheiros de trabalho. Deve ser a pessoa que todos sabem que se algo precisa ser bem feito, tem que ser feito por você.

3. Precisa saber o que está fazendo e porque está fazendo. Fuja de fazer apenas algo que mandam fazer, sem saber do que se trata. Diferencie-se, torne-se um especialista em suas atividades e o motivo para a execução delas.

4. Saiba trabalhar em equipe e administrar confli-tos. Mesmo que você tenha mais habilidades em determinadas atividades, colabore para o desen-volvimento de seus colegas de trabalho. Afinal, uma equipe coesa produz mais, melhor e com maior satisfação.

5. Saiba valorizar seu trabalho e apresente bons re-sultados. Tenha uma boa visibilidade. Sempre que tiver oportunidade, além dos resultados, apresente seus projetos e ideias, mesmo que informalmente.

6. Seja uma pessoa otimista e bem-humorada. Nin-guém gosta de rabugentos, aqueles profissionais cuja presença faz murchar até o pequeno cacto ao lado da mesa. Pessoas otimistas e bem-humoradas proporcionam um ambiente agradável e irradiam bem-estar a todos à sua volta.

7. Faça um bom planejamento de aonde pretende chegar. Qual situação que almeja profissional-mente, e tenha paciência. Tudo acontecerá ao seu tempo desde que, obviamente, você direcione seus esforços para realizar-se, conforme o planejado.E lembre-se: se estiver participando de um pro-

cesso seletivo ou de seu primeiro emprego através de um estágio, saiba o que você pode oferecer para a empresa. Não vá para aprender, mas para contri-buir. A empresa quer resultados e não é uma escola. Com certeza você aprenderá muito na organização e obterá excelentes experiências, mas isso deverá ser consequência de seu trabalho e não apenas um processo de aprendizado.

Você já percebeu que, em uma entrevista de emprego, é preciso transmitir uma boa impressão para se conseguir uma vaga. Mas não basta impressionar na entrevista, pois, uma vez contratado, é preciso fazê-lo constantemente. O marketing pessoal é uma das saídas para se obter sucesso na carreira pro-fissional e na vida pessoal.

CAMPOS, Wagner. Marketing pessoal. Disponível em: <http://www.dicasprofissionais.com.br/dicas2.asp?id=26>. Acesso em: 17 nov. 2011.

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1. Qual é a finalidade do texto lido?

2. Qual é a estratégia usada pelo autor do texto para prender a atenção do leitor no primeiro parágrafo?

3. Analise o segundo parágrafo: qual é a estratégia do autor para continuar prendendo a atenção do leitor?

4. Qual é a função discursiva do terceiro e quarto parágrafos?

5. Explique o uso do ditado popular “falem mal, mas falem de mim” no quinto parágrafo.

O texto que você leu discorre a respeito da importância do marketing pessoal no trabalho. Você acha que o marketing pessoal também pode ajudar na vida amorosa ou com os amigos? Redija um e-mail para um interlocutor, fazendo seu marketing pessoal. Esse interlocutor pode ser um empregador, uma garota, um amigo, etc.

Para isso, considere quem será seu destinatário e que objetivos pretende alcançar e avalie a linguagem a ser utilizada em seu texto.

1. (UNEMAT) Leia atentamente os enunciados.

I. O juiz julgou prioritária a questão.

II. O juiz julgou a questão prioritária.

Sobre a relação de sentidos entre eles, assinale a alternativa incorreta:

a) No enunciado I, o verbo julgar tem o senti-do de “considerar”, mas no II pode significar também “pronunciar sentença judicial”.

b) A ordem (lugar) da palavra prioritária nos enun-ciados é a responsável pela alteração de sentido.

c) Nos dois enunciados, a palavra prioritária sig-nifica “mais importante”.

d) O adjetivo prioritária é usado como recurso de estilo, ou seja, exprime uma condição apenas acessória da questão.

e) Os enunciados não esclarecem de que se trata o assunto julgado pelo juiz.

2. (UFRR) Assinale a opção em que a concordância nominal está incorreta:

a) O carro tinha um dos faróis queimado.

24Acessórios que nunca saem de moda e a construção dos sentidos

por meio da concordância e da pontuação

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b) Ele trazia muito bem tratados a barba e os cabelos.

c) Nesta circunstância, Vossa Excelência está en-ganada, Doutor Juiz.

d) Há muitos anos que coleciono selos e moedas raras.

e) As matas foram bastante danificadas pelo fogo.

3. (UFRR) Assinale a alternativa que preenche correta-mente as lacunas das frases abaixo: Vão ... aos pro-cessos várias fotografias. Paisagens as mais belas ... Ela estava ... narcotizada.

a) anexo, possível, meia.

b) anexas, possível, meio.

c) anexo, possíveis, meia.

d) anexo, possível, meio.

e) anexas, possíveis, meio.

4. (UNCISAL) Assinale a alternativa em que a concor-dância verbal está correta, de acordo com a norma culta.

a) Sempre existiu cientistas preocupados com o bem-estar coletivo.

b) Contestava-se, naquele encontro, as formas de pesquisa impostas pela indústria farma-cêutica.

c) Todas as manifestações que houve durante a palestra foram de apoio.

d) Um levantamento revelou que 80% dos cien-tistas apoiava o estudo.

e) Um pequeno laboratório e um computador representa todo o material necessário para a realização da pesquisa.

5. (UFAL) Assinale a alternativa em que as regras da concordância foram obedecidas.

a) De fato, existe, atualmente, sites e blogs pou-co confiáveis na internet.

b) Atualmente, veem-se notícias que não têm nenhum fundamento, na internet.

c) O alcance das informações propagadas pela mí-dia eletrônica são incomparavelmente maiores.

d) Sem dúvida, sobra, na internet, veículos de informações pouco confiáveis.

e) Devem haver, certamente, sites de informação mais seguros do que outros.

6. (UFRGS-RS)

A importância que a rede assume para nossa população colonial prende-se, de algum modo, à própria modalidade dessa população. Em contras-

te com a cama e mesmo com o simples catre de madeira, trastes sedentários por natureza, e que simbolizam o repouso e a reclusão doméstica, ela pertence tanto ao recesso do lar quanto ao tumulto da praça pública, à morada da vila como ao sertão remoto e rude.

Móvel caseiro e, ao mesmo tempo, veículo de transporte, é em suas redes lavradas, por vezes luxu-osamente adornadas, que saem à rua as matronas paulistanas, ou viajam entre a vila e o sítio da roça. De Manuel João Branco contam que, tendo ido a Lisboa para levar a el-rei o célebre cacho de bananas de ouro, andava pelas ruas da corte em uma rede de fios de algodão e lã de várias cores, carregada por mulatos calçados que levara de São Paulo espe-cialmente para esse mister. Pedro Taques, ao referir ao episódio, acrescenta que “seria objeto de grande riso esta nova carruagem em Lisboa, e na verdade só a Providência o faria escapar às pedradas dos ra-pazes da cotovia.

Nem só as matronas, como Inês Monteiro, ou os velhos, como um Manuel João Branco – “caduco velho”, chamava-lhe o autor da nobiliarquia – ser-viam-se de semelhante veículo. Os próprios serta-nistas não desdenhavam desse meio de transporte, menos, talvez, por amor à comodidade, do que por amor à própria distinção e ao prestígio que o apa-rato impunha. O poeta José Elói Ottoni, que ainda pôde ser contemporâneo das últimas bandeiras pau-listas, fala-nos, e não sem rancor, naqueles capitães que iam pelo mato dentro carregados “em redes, aos ombros de seus semelhantes”. E já no século passado o cronista Baltasar da Silva Lisboa registra a mesma tradição. O fato é que as redes – redes de dormir ou de transportar – são peças obrigatórias em todos os antigos inventários feitos no sertão.Adaptado de: HOLANDA, Sérgio Buarque. Redes e redeiras. In:_____ . Caminhos e fronteiras. São Paulo: Companhia das Letras, 1994, p. 247.

Considere o enunciado a seguir e as quatro pro-postas para completá-lo.

No período compreendido entre as linhas 12 e 13, a substituição de as matronas paulistas por matrona paulistana tornaria obrigatória a substituição de:1 – suas redes lavradas por sua rede lavrada.2 – adornadas por adornada.3 – saem por sai.4 – viajam por viaja.

Quais propostas estão corretas?

a) Apenas 1 e 2. b) Apenas 2 e 3.

c) Apenas 3 e 4. d) Apenas 1, 2 e 3.

e) 1, 2, 3 e 4.

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7. (UNIR – RO)Mendigo

Eu estava diante de uma banca de jornais na Avenida, quando a mão do mendigo se esten-deu. Dei-lhe uma nota tão suja e tão amassada quanto ele. Guardou-a no bolso, agradeceu com um seco obrigado e começou a ler as manchetes dos vespertinos. Depois me disse: Não acredito um pingo em jornalistas. São muito mentiro-sos. Mas tá certo: mentem para ganhar a vida. O importante é o homem ganhar a vida, o resto é besteira. Calou-se e continuou a ler as notícias eleitorais: O Brasil ainda não teve um governo que prestasse. Nem rei, nem presidente. Tudo uma cambada só. Reconheceu algumas qualida-des nessa ou naquela figura (aliás, com invulgar pertinência para um mendigo), mas isso, a seu ver, não queria dizer nada: O problema é o fun-do da coisa: o caso é que o homem não presta. Ora, se o homem não presta, todos os futuros presidentes serão ruínas. A natureza humana é que é de barro ordinário. Meu pai, por exemplo, foi um homem bastante bom. Mas não deu certo ser bom durante muito tempo: então ele virou ruim. Suspeitando de que eu não estivesse con-vencido da sua teoria, passou a demonstrar para mim que também ele era um sujeito ordinário como os outros: O senhor não vê? Estou aqui pedindo esmola, quando poderia estar traba-lhando. Eu não tenho defeito físico nenhum e até que não posso me queixar da saúde. Tirei do bolso uma nota de cinquenta e lhe ofereci pela sua franqueza. Muito obrigado, moço, mas não vá pensar que eu vou tirar o senhor da minha te-oria. Vai me desculpar, mas o senhor também no fundo é igualzinho aos outros. Aliás, quer saber de uma coisa? Houve um homem de fato bom. Chamava-se Jesus Cristo. Mas o senhor viu o que fizeram com ele?

(PARA gostar de ler. Vol. 2. São Paulo: Ática, 1978.)

Em Muito obrigado, moço, a concordância é fei-ta segundo as regras da escrita padrão. Qual frase não atende às mesmas regras?

a) São estes os documentos anexos que foram devolvidos.

b) Esse contrato oferece menos garantias ao mu-tuário.

c) Meia maçã é suficiente para fazer o chá.

d) Elas própria costuravam suas roupas de festa.

e) O relógio bateu meio-dia e meia.

8. (UEPG – PR)

Os pais têm direito a dar palmadas nos filhos?

Lei aprovada no Uruguai proíbe castigo físico em crianças, mesmo dentro de casa

É proibido dar palmadas nos próprios filhos. É o que diz lei, aprovada pelos deputados do Uru-guai, que proíbe castigo físico a menores de idade. Se sancionada pelo presidente Tabaré Vasquez, o Uruguai será o primeiro país latino-americano (e o décimo sexto do mundo) a seguir recomendação da ONU sobre o tema. Questões que o debate le-vantou: dar ou não uma palmada é assunto públi-co? A palmada é uma forma de educar?

(Revista da Semana, 3/12/2007)

Assinale as alternativas em que as flexões do vocá-bulo proibido estão corretas:

(01) Proibidas palmadas nos próprios filhos?

(02) Proibido as palmadas em crianças.

(04) Os pais foram proibidos de castigar os filhos.

(08) Proibido castigar fisicamente crianças.

9. (UNIFESP)

No ensino, como em outras coisas, a liberda-de deve ser questão de grau. Há liberdades que não podem ser toleradas. Uma vez conheci uma senhora que afirmava não se dever proibir coisa alguma a uma criança, pois ela deve desenvolver sua natureza de dentro para fora. “E se a sua na-tureza a levar a engolir alfinetes?” indaguei; la-mento dizer que a resposta foi puro vitupério. No entanto, toda criança abandonada a si mesma, mais cedo ou mais tarde engolirá alfinetes, toma-rá veneno, cairá de uma janela alta ou doutra for-ma chegará a mau fim. Um pouquinho mais ve-lhos, os meninos, podendo, não se lavam, comem demais, fumam até enjoar, apanham resfriados por molhar os pés, e assim por diante — além do fato de se divertirem importunando anciãos, que nem sempre possuem a capacidade de resposta de Eliseu. Quem advoga a liberdade da educação não quer dizer que as crianças devam fazer, o dia todo, o que lhes der na veneta. Deve existir um elemento de disciplina e autoridade: a questão é até que ponto, e como deve ser exercido.

(Bertrand Russell, Ensaios céticos.)

Substituindo-se quem por as pessoas que, ob-tém-se:

26Acessórios que nunca saem de moda e a construção dos sentidos

por meio da concordância e da pontuação

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a) As pessoas que advoga a liberdade da educa-ção não querem dizer que as crianças devam fazer, o dia todo, o que lhes der na veneta.

b) As pessoas que advogam a liberdade da edu-cação não quer dizerem que as crianças devam fazer, o dia todo, o que lhes derem na veneta.

c) As pessoas que advogam a liberdade da edu-cação não quer dizer que as crianças devam fazer, o dia todo, o que lhes der na veneta.

d) As pessoas que advogam a liberdade da edu-cação não querem dizer que as crianças devam fazer, o dia todo, o que lhes der na veneta.

e) As pessoas que advogam a liberdade da educa-ção não querem dizerem que as crianças devam fazer, o dia todo, o que lhes derem na veneta.

10. (UFAM) Assinale a opção em que não há erro de concordância:

a) Para começar, é necessário que se faça gran-des investimentos.

b) Tratam-se de casos excepcionais.

c) Apesar do nevoeiro, avistava-se ao longe as torres azuis da igrejinha barroca. Atividades

d) Afixamos aqui uma placa com estes dizeres: “Aqui se vende sonhos e ilusões”.

e) Assistiu-se, durante as férias, a belos espetá-culos em nossos teatros.

11. (UFES) Considere a possibilidade de flexão ou não da palavra bastante e indique a opção inadequada.

a) Bastantes dores senti depois daquele trágico acidente na rodovia BR 101.

b) O meu médico me falou bastante sobre possí-veis dores que eu poderia ter.

c) Eu tenho motivos bastante para ser feliz.

d) Felizmente, algum tempo depois, eu encon-traria bastantes novidades para o tratamento de traumatismos.

e) Assim mesmo, passei bastantes anos experimen-tando as verdades do aviso de meu médico.

12. (UEMG) Assinale a alternativa em que a concor-dância está correta:

a) Será proibida comemoração porque jornalis-tas não comemoram.

b) Deve existir fascistas e neofascistas à espreita país afora.

c) A maior parte dos governantes age sem nenhu-ma preocupação com os interesses populares.

d) Qual de nós já experimentaram o preconceito algum dia?

13. (UNIFESP) A questão abaixo relaciona-se ao se-guinte anúncio de jornal:

LOJA DE CALÇADOS

FEMININO

Vende-se 3 lojas bem montadas tradicionais, nos melhores Pontos da Cidade. ótima Oportunidade!

F: (_____) xxx-xxxxx

(O ESTADO de S. Paulo, 15 ago. 2002)

De acordo com as normas gramaticais, particu-larmente no que se refere às regras de concor-dância, o título deste anúncio deveria ser:

a) lojas de calçado feminino, porque, na sequên-cia, o texto fala em “3 lojas”.

b) lojas de calçados femininos, porque, na sequên-cia, o texto fala em “3 lojas”.

c) loja de calçado femininos, porque o título não especifica as outras duas lojas “bem monta-das” de calçados, implicitamente, masculinos.

d) loja feminina de calçados, porque o título não relaciona com o restante do anúncio.

e) loja de calçados feminino, tal como aparece no anúncio, porque o vocabulário “feminino” apenas especifica o tipo de calçado comercia-lizado pelas lojas à venda.

14. (UFMS)

A sociedade têm clamado contra a injustiça que aos pobres se fazem de vedar-lhes o acesso às universidades públicas, por não poderem cur-sar escolas de boa qualidade e cursinhos prepa-ratórios aos vestibulares.

Esse texto contém “erros” de natureza grama-tical. Identifique, entre as alternativas que se-guem, aquela(s) em que o comentário referente ao item em destaque está incorreto:

(01) Têm = considerando seu sujeito, o verbo no presente do Indicativo apresenta concor-dância correta.

(02) Fazem = o verbo fazer, na voz passiva sinté-tica, tem como sujeito a injustiça; uma vez que o verbo deve concordar com o sujeito em número e pessoa, a forma correta é faz.

(04) Lhes = o pronome pessoal oblíquo está se referindo a pobres.

(08) Acesso = apresenta grafia correta.

(16) Às = a crase é obrigatória porque introduz palavra feminina com função de objeto in-direto.

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Pontuação2

Os erros que podem derrubar a sua nota na redação do ENEM

Aluno deve ficar atento ao uso de gírias, mas até falta de acento pode fazer a diferença

Leia o texto a seguir e veja o que pode comprometer sua nota na redação.

Mesmo para os que se consideram bons na hora da escrita, a prova de redação do ENEM pode ter suas armadilhas. Bons argumentos não garantem boas notas, avisam os especialistas, e erros de gramática, ou mesmo de pontuação podem derrubar a nota na avaliação.

Segundo a professora de redação do UP, Virgínia Albuquerque, o principal problema é a mania que os alu-nos têm de escrever como se estivessem falando. “Confundir a linguagem oral com a escrita é algo comum. Abreviações usadas na linguagem da internet também fazem a nota cair bastante”, avisa.

O problema também é um dos mais destacados no guia preparatório para a prova de redação, divulgado esta semana pelo Ministério da Educação (MEC).

Para a professora, a prática ainda é o melhor caminho para combater a mania de muitos alunos de fazer o uso de gírias. Mas ela ressalta que outros fatores também podem levar a nota lá para baixo, como erros de concordância entre sujeito e verbo, por exemplo. [...]

PontuaçãoErros na colocação da vírgula, falta de acento e uso inadequado da crase são outros vacilos comuns entre

os candidatos, na hora de escrever. “Mesmo quando o aluno defende bem sua ideia, a atribuição da nota pode cair muito”, alerta a professora.

Ela também ressalta a mudança do gênero do texto como outra grande falha. “Há quem faça versos ou narrativas para argumentar, desconhecendo as regras do exame. Quando isso acontece, o candidato leva nota zero”.

Fuga ao tema e erros na estrutura dissertativo-argumentativa são outros problemas citados pela pro-fessora de redação do Darwin, Ana Paula Gomes Oliveira. “Muita gente se confunde e não desenvolve um argumento apresentado na introdução; ou não apresenta nenhuma conclusão para o assunto”, avisa.

Acessórios que nunca saem de moda e a construção dos sentidos

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O que o aluno deve saberRedação nota 10

Competências fundamentais para uma boa prova 1.ª — Demonstrar domínio da norma-padrão da língua escrita2.ª — Aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento3.ª — Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos

em defesa de um ponto de vista4.ª — Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da

argumentação5.ª — Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado respeitando os direitos humanos[...]

As dicas do MECProblemas comuns

Erros mais cometidos nas provas— Falta de concordância do verbo com o sujeito— Falta de concordância do adjetivo com o substantivo— Regência nominal e verbal inadequada — Ausência de crase ou seu uso inadequado— Desvios em palavras de grafia complexa— Separação de sujeito, verbo, objeto direto e indireto por vírgula; e marcas da oralidade— Graves problemas de pontuação— Desvios graves de grafia e de acentuação (letra minúscula iniciando frases e nomes de pessoas

e lugares)— Presença de gíria— Períodos incompletos, truncados, que comprometem a compreensão

Nota 0Razões para a redação eliminar o candidato— Fuga total ao tema— Não obediência ao gênero dissertativo — Texto com até 7 (sete) linhas— Desrespeito aos direitos humanos— Folha de redação em branco, mesmo que tenha sido escrita no rascunho

Eles não falharam em nadaPara eles todo o preparo para a prova de redação rendeu um resultado nota mil. Literalmente.

Matheus Reisen de Albuquerque, 19, e Daniel Caiado Fraga Lavagnoli, 20, fecharam a prova na última edição.

Para o primeiro, o maior erro cometido pelo candidato é dar muita importância à forma, em detrimento do conteúdo do texto. “Muita gente se dedica muito a seguir o modelo estabelecido pelos professores, e se esquecem de rechear a redação de boas informações e opiniões”, diz Matheus, que este ano tenta novamente uma vaga no curso de Direito.

Em sua preparação, Daniel, que passou em Medicina na UFRJ, conta que procurou praticar ao máximo, assim ele adquiriu agilidade na escrita. “Fazia duas redações por semana e procurava sempre o retorno do professor”.

Ele também alerta que, antes de ir para a prova, o candidato precisa ter uma argumentação pronta sobre cada questão. “É importante ouvir a opinião de várias pessoas para que possamos usar argumentos fora do senso comum”, aconselha.

GOULART, Frederico. Os erros que podem derrubar a sua nota na redação do ENEM. Disponível em: <http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/08/noticias/a_gazeta/dia_a_dia/1335291-os-erros-que-podem-derrubar-a-sua-nota-na-redacao-do-enem.html>. Acesso em: 2 set. 2012.

Ensino Médio | Modular 29

LÍNGUA PORTUGUESA

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1. Qual é o tema do texto em questão?

2. Explique a afirmação “o principal problema é a mania que os alunos têm de escrever como se estivessem falando”.

3. Leia o trecho a seguir:

“Erros na colocação da vírgula, falta de acento e uso inadequado da crase são outros vacilos comuns entre os candidatos, na hora de escrever.”

O termo em destaque é uma gíria. O uso dessa gíria em um texto escrito que alerta justamente para não se usarem gírias em um texto escrito pode ser considerado uma incoerência?

4. Qual das dicas apresentadas no texto lhe foi mais útil? Justifique a sua resposta.

Sinais de pontuação

O texto anterior mostra como pequenos desvios podem desmerecer sua redação e interferir em sua nota. Nesse sentido, a pontuação é um aspecto muito importante, que merece atenção especial.

Os sinais de pontuação são recursos expressivos próprios da língua escrita que têm a função de assinalar pausas ou entonação da leitura, separar elementos de mesma função sintática, destacar elementos no texto e desfazer ambiguidades.

Confira, a seguir, os principais sinais de pontuação e suas finalidades.

Ponto ( . ) Usa-se o ponto para:

Separar períodos.

Exemplo: “Há quem faça versos ou narrativas para argumentar, desconhecendo as regras do exame. Quando isso acontece, o candidato leva nota zero”.

Indicar o final de uma frase declarativa.

Exemplo: “O problema também é um dos mais destacados no guia preparatório para a prova de redação, divulgado esta semana pelo Ministério da Educação (MEC).”

Nas abreviaturas.

Exemplo: Sr. / Ex.ª

Dois-pontos ( : )Usam-se dois-pontos:

Ao introduzir uma fala.Exemplo: O professor avisou:

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– Releia as regras de pontuação para que você não passe apuros na hora da redação.

Antes de apostos, orações apositivas e enumerações.Exemplos: As dúvidas mais frequentes de pontuação são: o uso da vírgula, o uso do ponto e vírgula e

o uso das aspas. Só te peço uma coisa: que você releia sua redação antes de passá-la a limpo na folha definitiva.

Antes de citação.Exemplo: Como diria Hamlet a Horácio: “Há mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe a nossa

filosofia”.

Ponto e vírgula ( ; ) Usa-se ponto e vírgula para:

Separar os itens de uma sequência.Exemplo: Os sete pecados capitais são: I – luxúria; II – avareza; III – ira; IV – soberba; V – vaidade; VI – preguiça; VII – gula.

Separar orações coordenadas muito extensas, as quais já tenham sido separadas por vírgulas.

Exemplo: Camila não disfarçava o espanto por presenciar uma cena deveras insólita para seus olhos cheios de esperança, uma cena tão grotesca, tão repugnante; um espetáculo de intolerância que pinta de perplexidade toda uma existência.

Ponto de exclamação ( ! )Usa-se o ponto de exclamação:

Depois de um vocativo.

Exemplo: Fuja, Marilene!

Depois de uma interjeição.

Exemplo: Nossa! Esqueci-me de estudar para a prova.

Depois de um imperativo.

Exemplo: Corra para o seu quarto estudar!

Após palavras ou frases de cunho emocional.

Exemplo: Um brinde à vida!

Ponto de interrogação ( ? ) Usa-se o ponto de interrogação:

Em perguntas.

Exemplo: Qual é o seu maior sonho?

Quando se quer expressar indignação ou espanto, pode-se usar o ponto de interrogação aliado ao ponto de exclamação.

Exemplo: – Você teve a coragem de me trair?!

Parênteses ( ( ) )Usam-se parênteses para isolar palavras ou frases de cunho explicativo e datas.Exemplos: O fim da escravidão (1888) infelizmente não marcou o fim do preconceito. “Desvios graves de grafia e de acentuação (letra minúscula iniciando frases e nomes de

pessoas e lugares).”Ensino Médio | Modular 31

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Travessão ( – ) Usa-se travessão:

Para marcar o início da fala de um personagem.

Exemplo: Carlos disse: – Onde está o Mário?

Para indicar alternância de interlocutores nos diálogos.Exemplo: – Você tem notícias do Carlos? – Carlos viajou às pressas.

Também pode, assim como a vírgula, isolar termos explica-tivos. Exemplo: Antenor – o pai do Bruno – saiu para morar no campo.

Reticências ( ... ) Usam-se reticências para:

Denotar dúvida ou hesitação. Exemplo: Eu só queria... Encontrar-te mais uma vez...

Pela primeira vez...

Marcar uma interrupção.Exemplo: Eu não sei onde Dom Vítor está escondido, mas,

quem sabe, se o senhor me der um dinheiro...

Para marcar a continuação de uma ideia.Exemplo: Todos os dias Carolina estuda, estuda, estuda...

Para indicar que um trecho foi suprimido de um texto.Exemplo: A bruta mina entre os cascalhos vela.

[...]Amo o teu viço agreste e o teu aroma.

Aspas ( “ ” )Usam-se aspas:

Para indicar que uma palavra ou expressão foge à norma--padrão por configurar estrangeirismo, gíria, palavrão ou neologismo. Também podem indicar que uma palavra ou expressão está sendo empregada com um sentido diferente do habitual.Exemplos: Não sou garota de ficar com qualquer “mané”.

Lúcio tem um astral meio “down”.Eu sei que ela é muito minha “amiga”.

Para indicar uma citação.Exemplo: “Segundo a professora de redação do UP, Virgínia

Albuquerque, o principal problema é a mania que os alunos têm de escrever como se estivessem falando. ‘Confundir a linguagem oral com a escrita é algo comum. Abreviações usadas na linguagem da internet também fazem a nota cair bastante’, avisa.” Obs.: Se houver a necessidade de abrir aspas den-tro da citação, estas serão simples ( ‘ ’ ).

Vírgula ( , ) É usada para marcar uma pausa e para separar termos que

estejam exercendo uma mesma função sintática na oração. Em alguns casos, é estritamente PROIBIDO utilizar a vírgula, conforme descrito a seguir.

Não se separa por vírgula:

Predicado de sujeitoExemplo: Carlos, ganhou carro novo.

Objeto de verboExemplo: Eu gosto, de passear de madrugada.

Predicativo do objeto de objetoExemplo: Junior achou Camila, bonita.

Adjunto adnominal de substantivoExemplo: Um, homem alto passou por aqui.

Complemento nominal de nomeExemplo: Faça um resumo, do texto lido.

Usos da vírgulaA vírgula deve ser utilizada entre os termos da oração

para:

Separar enumeraçõesExemplo: “Selecionar, relacionar, organizar e interpretar

informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.”

Isolar o vocativoExemplos: Patrícia, não se esqueça de estudar para o si-

mulado. Não se esqueça, Patrícia, de estudar para o si-mulado. Não se esqueça de estudar para o simulado, Patrícia.

Isolar apostosExemplo: Paulo, meu melhor amigo, foi quem me ajudou

a encontrar o caminho dos estudos.

Isolar adjunto adverbial antecipado ou intercaladoExemplos: Ontem, eu não me dediquei aos estudos o quanto

deveria.Eu não me dediquei, ontem, o quanto deveria.

Isolar expressões explicativas (ou seja, ou melhor, isto é, quer dizer, por exemplo)Exemplo: Quem pratica a escrita e reflete sobre a pontuação

tem mais facilidade na hora de pontuar, quer dizer, é praticando que se aprende.

Isolar o nome de um lugar anteposto à dataExemplo: Curitiba, 20 de setembro de 2013.

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A vírgula entre as orações

a) Empregam-se vírgulas para separar as orações coorde-nadas.Exemplo: Juliana queria muito entrar em uma universida-

de, mas não se dedicava aos estudos.

Atenção!Geralmente não se emprega vírgula para separar

orações coordenadas aditivas.Exemplo: Carla canta e dança muito bem.Só se usam vírgulas antes de “e” quando os verbos

estiverem se referindo a sujeitos diferentes ou quando a conjunção “e” for repetida várias vezes, formando um polissíndeto.

Exemplos: Paulo passou o dia pensando em Jaqueline, e Jaqueline passou o dia todo pensando em si mesma.

A festa estava tão divertida que Carlos dançava, e cantava, e ria, e pulava, e transformava alegria em suor.

b) Empregam-se vírgulas para isolar as orações subordina-das adjetivas explicativas.Exemplo: O carro, que era importado, sofreu diversas

avarias.

c) Empregam-se vírgulas para isolar as orações subordina-das adverbiais, quando:

Vierem depois da oração principal (o uso da vírgula é facultativo)

Exemplo: Eu vou te deixar em paz, quando você devolver as nossas velhas cartas.

Vierem antes da oração principal ou intercalada a ela (o uso da vírgula é obrigatório)

Exemplos: Quando você devolver as nossas velhas cartas, eu vou te deixar em paz. Eu, quando você devolver as nossas velhas cartas, vou te deixar em paz.

Forem reduzidas de gerúndio, particípio e infinitivo (o uso da vírgula é obrigatório)

Exemplo: Devolvendo nossas velhas cartas, eu vou te deixar em paz.

1. (CESGRANRIO – RJ) Identifique a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem substituir as lacunas da frase a seguir: Quando se trata de trabalho científico ... duas coisas devem ser consideradas ... uma é a contri-buição teórica que o trabalho oferece ... a outra é o valor prático que possa ter. a) dois-pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula;b) dois-pontos, vírgula, ponto e vírgula; c) vírgula, dois-pontos, ponto e vírgula; d) ponto e vírgula, dois-pontos, ponto e vírgula; e) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.

2. (UFPR) Na oração “Pássaro e lesma, o homem oscila entre o desejo de voar e o desejo de se arrastar”(Gustavo Corção) empregou-se a vírgula: a) por tratar-se de antíteses;b) para indicar a elipse de um termo;c) para separar vocativo; d) para separar uma oração adjetiva de valor restritivo; e) para separar o aposto.

3. (UEL – PR) Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta:

a) Se houver tempo cuidaremos de tudo.

b) Se, houver tempo, cuidaremos de tudo.

c) Se houver tempo, cuidaremos de tudo.

d) Se, houver tempo cuidaremos de tudo.

e) Se houver tempo cuidaremos, de tudo.

4. (UFV – MG) No texto: “Numa Copa do Mundo, que envolve interesses promocionais e comer-ciais cada vez mais gigantescos, a FIFA faz tudo para que seus árbitros só tenham uma preocu-pação quando entrarem em campo para apitar o jogo: a correta aplicação das leis.”

a) a pontuação está correta;

b) a pontuação está incorreta;

c) a segunda vírgula deve ser omitida;

d) os dois-pontos foram empregados incorreta-mente;

e) a vírgula depois da palavra preocupação é obrigatória.

Praticando a

pontuação

@POR2001

@

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LÍNGUA PORTUGUESA

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5. (UEMT) Os períodos abaixo apresentam diferen-ça de pontuação. Assinale a letra que correspon-de ao período de pontuação correta: a) O sinal, estava fechado; os carros, porém não

paravam. b) O sinal, estava fechado: os carros porém, não

paravam. c) O sinal estava fechado; os carros porém, não

paravam. d) O sinal estava fechado: os carros porém não

paravam. e) O sinal estava fechado; os carros, porém, não

paravam.

6. (UEPG – PR) A opção em que está correto o em-prego do ponto e vírgula é: a) Solteiro, foi um menino turbulento; casado,

era um moço alegre; viúvo, torna-se um ma-cambúzio.

b) Solteiro; foi um menino turbulento, casado; era um moço alegre, viúvo; torna-se um ma-cambúzio.

c) Solteiro, foi um menino; turbulento, casado; era um moço alegre viúvo, torna-se um macambúzio.

d) Solteiro foi um menino turbulento, casado era um moço alegre, viúvo; torna-se um macambúzio.

e) Solteiro, foi um menino turbulento, casado; era um moço alegre, viúvo; torna-se um ma-cambúzio.

7. A pontuação interfere diretamente na constru-ção dos sentidos de um texto, daí sua importân-cia. Leia a frase a seguir:

Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de joelhos a sua procura.

Reescreva essa frase de modo que:a) A mulher é que tenha valor.b) O homem é que tenha valor.

A pontuação também é um importante recurso estilístico. Em literatura, o uso da pontuação é feito de modo a multiplicar o potencial expressivo do texto. Na obra Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, é possível notar uma série de recursos expressivos construídos pela pontuação. Virgília, casada com Lobo Neves, encontra-se com Brás Cubas, um amor do passado e amigo de seu atual marido, no jardim da residência dela, e o que lá acontece é expresso pelo capítulo transcrito a seguir.

Capítulo LV – O Velho Diálogo de Adão e Eva

Brás Cubas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .? Virgília. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Brás Cubas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Virgília. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .! Brás Cubas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Virgília. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . .Brás Cubas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Virgília. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Brás Cubas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .! . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .!Virgília. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .? Brás Cubas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .! Virgília. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . !

ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Globo, 2008. p. 138-139.

A

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Após a leitura do texto, responda às questões a seguir.

a) Considerando o fato de que Virgília, antigo amor de Cubas, era casada com Lobo Neves, o que a conversa secreta dela com Brás Cubas no jardim poderia sugerir? Justifique sua resposta.

b) Considerando a resposta dada na questão anterior, justifique o título do capítulo.

c) Analisando o cenário, explique por que a ação ocorre em um jardim.

d) Memórias póstumas de Brás Cubas é um romance, mas, analisando o formato do capítulo LV, é possível perceber uma relação estrutural com outro gênero textual. Qual é esse gênero? Por que esse gênero foi sugerido justamente na cena em que Brás Cubas e Virgília estão sozinhos no jardim?

e) Tomando como base o título do capítulo, explique por que Brás Cubas é que inicia o diálogo e não Virgília.

f) Observando o contexto em que o diálogo ocorre, o que é possível inferir sobre a supressão das palavras e a manutenção da pontuação ao final dos períodos?

g) Analisando a pontuação expressiva e o contexto em que se dá o diálogo, explique qual a diferença entre a primeira e a segunda fala.

h) Tomando as falas 2, 3, 5, 6, 7 e 8, respectivamente, é possível afirmar que todas elas terminam com ponto final? Justifique sua resposta.

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A seguir, estão propostas duas produções textuais de gêneros que frequentemente são cobrados em vestibulares e no ENEM.

Proposta 1

Depois de tantas redações que já fez em sua carreira escolar, você se sente preparado para fazer as redações dos vestibulares e do ENEM?

O que você acha mais difícil ao elaborar uma redação?Quais são suas principais dúvidas sobre redação?Para você, qual a melhor maneira de se preparar para a prova de redação?Em sua opinião, quais são os temas que podem ser abordados pela redação dos vestibulares e do ENEM neste ano?

i) Considerando a resposta anterior, explique de que maneira esse recurso contribui para a construção dos sentidos no texto.

TPV – Tensão Pré-VestibularCuidado, descoberto um novo mal que aflige a humanidade!

Foi descoberta recentemente, por cientistas da ilha de Java, uma nova forma de agitação psi-cológica que aflige boa parte da população mundial.

Segundo dados, este mal atinge, preferencialmente, jovens na faixa que vai entre os 17 e 19 anos, matriculados em cursinhos pré-vestibulares ou alunos regulares do 3º. ano do Ensino Médio.

No início, manifesta-se de forma leve e quase imperceptível, provocando basicamente um pequeno aumento de atenção às aulas, mudanças de lugar na sala, o que cria algum problema, pois todos os portadores querem sentar na primeira fila, ou seja, se você ainda se senta na turma do fundão, respire aliviado, isto significa que ainda não foi infectado.

Neste princípio de evolução deste mal, os mais prejudicados são os pobres professores que têm de responder a perguntas do capítulo 9, quando eles ainda estão em fevereiro. Alguns, mais exaltados, adotam inclusive o hábito de assistir ao “Show do Milhão” pois pensam poder lhes ser útil em um futuro bem próximo.

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À medida que a doença avança, novos hábitos e “tiques” estranhos vão tomando conta do afetado, levando-o a se portar de maneira bastante contrária à sua vontade como, por exemplo: passar todo o recreio lendo Machado de Assis, trocar shows de axé music por uma rodada de investigações sobre geratriz, PG, República Velha, Revolução Francesa e Movimento Retilíneo Uniforme, bebendo Nescau quente na casa daquele colega “aplicadinho”.

[...]Começa então a redução do sono (pra estudar), a redução do apetite (pra estudar) a redução do

lazer (pra estudar) e a redução da alegria (pra estudar). Inicia-se aí o aparecimento de “fantasmas”. Primeiro dos familiares que sonham ver o rebento

na universidade; do vizinho, que já tem um filho que já é “dotô”; da infeliz da prima, que passou em 327 faculdades; do tio enxerido que diz que é o que é porque nunca foi muito dado a estudos [...].

Estes fantasmas aparecem, geralmente, só na cabeça do pobre coitado do doente, mas tente dizer isto pra ele!

Segundo o grande especialista javanês, Dr. Karl Mameu Filho, este mal tem nome e tem cura, foi batizado de TPV (Tensão Pré-Vestibular) e a cura não envolve medicações complicadas nem terapias freudjunguianas do ego e da alma.

A cura está, simplesmente, na crença de que, no fundo, a mamãe e o papai sonhador, o professor dedicado, a prima das 327 faculdades e até o tio [...] torcem mesmo é pela possibilidade de ver o seu filho, vizinho, primo, sobrinho e aluno, “FELIZ”, descartando, com isso, a possibilidade de que isto só aconteça com quem se transforma em “Homus Campus”.

Portanto, segundo o Dr. Karl Mameu Filho, estar relaxado, tranquilo, confiante, plugado no mundo (e pra isto é preciso sair de casa) são fatores preponderantes pra curar, de vez, a TPV.

Sabendo conciliar estudo, lazer e confiança, o vírus morre (de tédio, segundo Dr. Karl) e as pos-sibilidades aumentam, não só as de entrar na universidade, mas a de compreender que cada tempo tem seu lugar e a vinculação da felicidade com coisas externas não faz de ninguém indivíduo pleno e pronto para entender as armadilhas da vida.

Meu amigo vestibulando, exercite o seu pensar, exercite sua capacidade de crítica, exercite o hábito da leitura, o mundo é muito mais que fórmulas decoradas.

A TPV não mata, mas lhe impede de viver intensamente um dos períodos mais bonitos de sua vida.[...]

SOBRINHO, Adilson. TPV – Tensão Pré-Vestibular. Disponível em: <http://www.mundovestibular.com.br/articles/4306/1/TPV-Tensao-Pre-Vestibular/Paacutegina1.html>. Acesso em: 20 set. 2012.

Baseando-se nas reflexões suscitadas pelo texto acima, escreva um artigo, manifestando sua opinião a respeito do tema: “Tensão pré-vestibular: um sintoma que tem cura”.

Seu texto deve: seguir a estrutura do artigo de opinião; versar a respeito de estratégias para aliviar a tensão que antecede as provas; utilizar a norma-padrão da língua portuguesa; ter entre 15 e 20 linhas.

Proposta 2(UnB – DF)

Última flor do Lácio, inculta e bela,És, a um tempo, esplendor e sepultura:Ouro nativo, que na ganga imputaA bruta mina entre os cascalhos vela.[...]Amo o teu viço agreste e o teu aromaDe virgens selvas e oceano largo!Amo-te, ó rude e doloroso idioma.Olavo Bilac. Língua portuguesa.

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LÍNGUA PORTUGUESA

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O problema do abrasileiramento da linguagem literária não passa de um detalhe, mais visível, é certo, mas sempre detalhe, do problema mais vasto e mais complexo de aprofundar harmonio-samente o tipo brasileiro.Manuel Bandeira. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986. p. 608.

O principal equívoco que a escola comete com relação à variedade não padrão é encará-la como uma lista de erros ou como uma série de agressões e transgressões, pelas quais cada falante seria individualmente responsável. Importa ressaltar que essa variedade linguística não só tem uma história eminentemente coletiva, mas também é altamente estruturada e funcional. Os principais erros, quando se escreve o português brasileiro culto, são, no mais das vezes, a manifestação de tendências estruturais antigas que a variedade culta reprime e expulsa.Rodolfo Ilari e Renato Basso. O português da gente. São Paulo: Contexto, 2009. p. 240-241 (com adaptações).

[...]Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em póO que querO que pode esta língua?Vamos atentar para a sintaxe dos paulistasE o falso inglês relax dos surfistasSejamos imperialistas! Cadê? Sejamos imperialistas!Vamos na velô da dicção choo-choo de CarmemMirandaE que o Chico Buarque de Holanda nos resgateE – xeque-mate – explique-nos Luanda.Caetano Veloso. Língua.

Quem sou euTenho a mais bela maneira de expressarSou Mangueira... uma poesia singularFui ao Lácio e nos meus versos canto a última florQue espalhou por vários continentesUm manancial de amorCaravelas ao mar partiramPor destino encontraram o Brasil...Nos trazendo a maior riquezaA nossa língua portuguesaSe misturou com o tupi, tupinambrasileirouMais tarde o canto do negro ecoouE assim a língua se modificou.Samba-enredo da Mangueira, 2007. Minha pátria é minha língua, Mangueira, meu grande amor.

Considerando [...] os fragmentos de texto acima como motivadores, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema: “‘Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó’: a língua de um povo não se faz com preconceito nem com prescrição”.

Ao abordar o tema, comente as noções de “preconceito” e “prescrição” e apresente sua visão sobre a relação entre povo e língua.

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Anotações

LÍNGUA PORTUGUESA

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Anotações