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CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA
DIEGO AP CARRARO RICCI
MAIARA CRISTINA DA SILVA
PRESCRIÇÕES DE EXERCICIO FÍSICO PARA GESTANTES
JUNDIAÍ – SP
Novembro /2012
CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA
DIEGO AP CARRARO RICCI
MAIARA CRISTINA DA SILVA
PRESCRIÇÕES DE EXERCICIO FISICO PARA GESTANTES
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Padre Anchieta – Campus Jundiaí/SP como requisito parcial para obtenção do grau de bacharelado em Educação Física sob orientação temática do Prof. Ms. Luiz Fernando Costa de Lourdes e metodológica da Prof. Dra. Cristina Ap. Reis Figueira
JUNDIAÍ – SP
Novembro/ 2012
Folha de aprovação do Trabalho de Conclusão de Curso
PRESCRIÇÃO DE EXERCICIO FÍSICO PARA GESTANTES
Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial para a obtenção do titulo de Bacharel em Educação Física, pela seguinte banca examinadora da graduação do Centro Universitário Padre Anchieta.
____________________________________
__________________________
Nota: _____________________________
PRESCRIÇÕES DE EXERCÍCIO FÍSICO PARA GESTANTES
Diego Ap. Carraro Ricci e Maiara Cristina da Silva1
Orientador temático: Prof. Ms. Luiz Fernando Costa de Lourdes2
RESUMO
O presente estudo objetiva discutir sobre as possibilidades de o professor de Educação Física lidar, prescrever e acompanhar a prática exercícios físicos em gestantes. Trata-se de uma revisão bibliográfica que contou com levantamento, seleção, organização, e analise de artigos com abordagem em prescrição de atividade e exercício físico para gestante. A partir das evidências observadas, o artigo buscou refletir sobre a importância de o profissional de Educação Física conhecer as possibilidades de orientação de atividades físicas para gestantes. Partiu-se do pressuposto de que as gestantes que não apresentem contra indicações devem ser incentivadas a realizarem exercícios, orientadas por profissionais que lhe proporcionem uma atividade física adequada, agradável e segura. Assim, o artigo busca contribuir para o debate sobre como prescrever o exercício físico adequado para gestantes com seus devidos cuidados e com segurança.
Palavras chaves: Gravidez, exercício físico, Gestação, prescrição de exercício.
Abstract :
This study aims to discuss the possibilities of the physical education teacher deal, prescribe and monitor the practice exercise in pregnant women. This is a literature review that included survey, selection, organization, and analysis approach with articles on prescription activity and exercise for pregnant women. From the evidence observed, the article sought to reflect on the importance of the physical education professional guidance to know the possibilities of physical activities for pregnant women. We started from the assumption that pregnant women who do not have contraindications should be encouraged to conduct exercises, guided by professionals who will provide an adequate physical activity, enjoyable and secure. Thus, the paper contributes to the debate on how to prescribe exercise for pregnant women to their proper due care and safely.
Keywords: Pregnancy, exercise, pregnancy, exercise prescription.
1 Graduandos do Curso Bacharel em Educação Física Pelo Centro Universitário Padre Anchieta, Campus Jundiaí/SP.2 Professor do Curso Bacharel em Educação Física, pelo Centro Universitário Padra Anchieta, Campus Jundiaí/SP
INTRODUÇÃO
O interesse em pesquisar sobre o exercício físico na gravidez surgiu do nosso
envolvimento com as aulas do Curso Bacharelado em Educação Física e com a
reflexão sobre o conhecimento necessário ao professor de Educação para ministrar
aulas a alunas grávidas.
Por meio do levantamento de artigos produzidos na área de Educação Física sobre
essa temática foi possível constatar que a possibilidade de apresentar uma reflexão
sobre como o professor de Educação Física deve tratar alunas grávidas seria uma
contribuição para se debater essa questão.
A partir desse direcionamento este estudo tem como principal objetivo coletar
e apresentar informações sobre as condições propícias para a prescrição do
exercício físico para gestantes. Antes, porém, é importante esclarecer a diferença
entre atividade física e exercício físico, os quais são conceitos que se aproximam e
mesmo não sendo sinônimos, muitas vezes, são tratados como tal.
O conceito de atividade física é constantemente confundido com exercício
físico. Conforme RAMOS (1999), CASPERSEN et al (1985) e FAHEY et al (1999)
apontam que atividade física é considerado qualquer tipo de movimento corporal que
produz gasto energético acima dos níveis basais. É um conceito muito amplo e
representa atividades simples, que vão desde levantar da cama pela manhã,
escovar os dentes e até mesmo varrer o chão. Já o exercício físico caracteriza-se
por ter intensidade moderada ou vigorosa, duração e volume controlados por
profissional nessa área, planejado e estruturado pelo mesmo, com o objetivo de
desenvolver aptidão física e habilidades motoras sem levar a exaustão.
São poucos os estudos realizados no Brasil sobre exercício físico na gravidez
e, com isso, no senso comum, muitas vezes, não ocorre essa diferenciação.
Profissionais na área de educação física tem dificuldade para poder aplicar uma
prescrição correta para essa população, por falta de maior suporte cientifico. Assim,
o que nos levou a pesquisar essa temática foi exatamente o fato de não termos
encontrado um trabalho que tratasse com centralidade essa questão de pesquisa: o
conhecimento necessário ao professor de Educação Física para prescrever e
ministrar atividade física a gestantes.
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A presente pesquisa contou com um levantamento literário cientifico, ou seja,
material bibliográfico que discorreram direta ou indiretamente sobre o assunto de
prescrições de exercício físico para gestantes. A busca desses artigos deu ênfase
nas recomendações de exercícios a serem realizados com a maior segurança pelo
profissional de educação física em mulheres gestantes. A base para o presente
trabalho foi adquirida nas obras de BARROS (1999), ARTAL (1999) e MAUAD
(1999), bem como em publicações obtidas nos bancos de dados Pubmed, além de
consultas a outros autores de diferentes períodos, para esclarecimentos sobre
definições de atividade física, exercício físico, prescrições de exercícios durante a
gestação e recomendações.
Inicialmente o texto que segue busca informar sobre quais tipos de
recomendações de exercícios são apresentadas no período gestacional, buscando
refletir sobre a importância das prescrições de atividade física para grávidas e suas
restrições. Em seguida o texto busca refletir sobre os benefícios da atividade física
para a qualidade de vida da mulher gestante. Assim, espera-se que tais informações
possibilitem conhecer um pouco mais as peculiaridades do período gestacional
buscando-se assim contribuir com o debate sobre essa temática
Recomendações de exercícios para o período gestacional
Ainda não existem recomendações padronizadas de atividade física durante a
gestação (RODRIGUES et al, 2008). No entanto, frente à ausência de complicações
obstétricas, o American College of Obstetricians and Gynecologists(ACOG)
recomendou que a atividade física desenvolvida durante a gestação tenha por
características exercícios de intensidade regular e moderada, com o programa
voltado para o período gestacional em que se encontra a mulher, com as atividades
centradas nas condições de saúde da gestante, na experiência em praticar
exercícios físicos, a demonstração de interesse e necessidade da mesma (BATISTA
et al, 2003). No mesmo sentido, a elaboração de programas de exercícios durante a
gravidez deve especificar o tipo de atividade, sua intensidade, duração e frequência.
Dessa forma, a intensidade, duração e frequência dos exercícios praticados,
segundo ARTAL et al (1987) discute a natação é considerada como um bom
exercício aeróbio para gestantes, pois com a alteração da composição corporal a
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mãe torna-se leve, mais flutuante, tornando a natação uma atividade física mais
fácil porque não provoca impacto que é ação prejudicial para a gestante. Sobre
essa questão WEINECK (1991) acrescentou outras atividades consideradas
aconselháveis para as gestantes as modalidades como jogging e ciclismo. SALLET
(2001) acrescenta outras atividades consideradas seguras para serem praticadas
por gestantes: caminhadas; natação; bicicleta ergométrica; hidroginástica; aulas de
ginástica (Sem impacto); exercícios respiratórios em RPG (Reabilitação postural
global).
Nesse mesmo sentido BATISTA (2000) admitia alguns tipos de atividades
físicas como exercícios leves na água, caminhada e bicicleta. MATSUDO (2000)
compartilha com a opinião do referido autor, acrescentando que este tipo de
atividade pode ser recomendado inclusive para mulher grávida previamente
sedentária que deseja iniciar algum tipo de atividade física durante a gravidez,
classificando tais atividades citadas como sendo de baixo risco. A segurança da mãe
e do feto deve ser preocupação principal durante o exercício físico (ARTAL, 1987).
Na questão de atividades físicas de médio risco CHISTÓFALO (2003) nos
mostra que exercícios como ginástica aeróbia, musculação, os esportes de raquete
e esquiar ou patinar são atividades físicas que podem apresentar restrições a esses
exercícios e ainda complementa que as atividades ou esporte que haja o contato
físico e de grande possibilidade de trauma são considerados desfavoráveis; como na
prática do vôlei, basquete, esqui aquático e das atividades como ginástica de alto
impacto e o mergulho, devem ser totalmente evitados durante a gestação. Em
relação ao mergulho, ARTAL et al (1987) nos alerta que, devido a pressão e ao ar
comprimido do meio, pode ser perigoso tanto para a mãe como para o feto. A mãe
pode desenvolver síndrome de descompressão e o feto, embolia de ar intravenoso.
Os estudos sobre treinamento de força com cargas moderadas durante o
terceiro período gestacional, de acordo com nossa pesquisa bibliográfica mostram
que as cargas moderadas favorecem o fortalecimento muscular fazendo com que a
gestante suporte melhor seu peso, melhore o centro de gravidade, tenha facilidade
em realizar tarefas do dia, assim como melhor sustentabilidade de sua postura
desempenhando efeitos e benefícios na força muscular e flexibilidade (FERREIRA
apud FISHER, 2003). ARTAL (1987) nos mostra que os exercícios de força com
baixa carga e altas repetições parece serem efetivos e manter os benefícios 7
enquanto tonifica os músculos, evitando a posição supinada para a execução dos
movimentos completo.
Do mesmo modo, a intensidade, a frequência e a duração também são objeto
de divergência entre autores. Com relação à intensidade, BARROS (1999) entende
que a frequência cardíaca deve manter uma faixa média estável entre 130 a 150
batimentos por minutos. Já para ARTAL (1987) e ROBERT E ROBERGS (2002) a
frequência cardíaca não pode ultrapassar 140 batimentos por minutos. Com relação
à frequência e a duração, o American College of Obstetricians and Gynecologists
recomendou para a grávida que deseja praticar exercícios, a frequência de 3 a 4
vezes por semana, com duração de 30 minutos de exercícios de intensidade
moderada, evitando ambientes quentes para evitar problemas na formação do feto
(FERRERA, Apud VIEBING et al, 2008).
Para BARROS (1999), nas prescrições iniciais de exercício aeróbio deveriam
ser incluídas no mínimo 3 sessões semanais, com dias intercalados de exercício,
cada uma com duração de 30 a 45 min. A frequência mínima é de 3 vezes na
semana e programados em diferentes atividades, duração e intensidade, onde não
existam contato físico e queda. CONSSENZA E CARVALHO (1999) trazem outra
sugestão de aula para gestante, com duração máxima de 60 minutos, com
frequência de 3 vezes por semana para iniciantes e 4 a 5 vezes por semana para
alunas que já faziam atividade física. Por fim, CHISTÓFALO (2003) argumenta que
as gestantes devem realizar as atividades de 2 a 3 vezes por semana, no mínimo,
com duração de no máximo 90 minutos. Cada atividade deve começar com um
período de aquecimento de 10-15 minutos e encerrasse com um período de
desaquecimento de 10-15 minutos (ARTAL, 1987).
Segundo os autores SALLET (2001), ALMEIDA (2005), CHISTÓFALO (2003),
MATSUDO (2000), BATISTA (2003) e ARTAL (1987) concordam nas mesmas
recomendações. As recomendações citadas são essas:
Prescrição medica para qualquer exercício físico assim o profissional de
educação física não corre riscos desnecessários.
Atividades máximas, intensas, não devem ser mantidas por mais de 15
minutos
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Não pode realizar exercício na posição de supinação após quatro meses de
gestação, exercícios resistidos devem manter na intensidade moderada, evitar
contrações isométricas máximas devido ao aumento de pressão.
Manter-se sempre hidratada.
Evitar lugares muito quentes, pois aumenta a temperatura corporal da
gestante, temperatura corporal não pode exceder 38,5 graus.
As piscinas não podem ultrapassar de 32 graus.
Evitar altas intensidades e cargas máximas, evitar exaustão, evitar a fadiga,
evitar exercícios com saltos e balanços, evitar flexão ou extensão máxima das
articulações devido à frouxidão ligamentar.
Não devem ser estimuladas atividades competitivas, evitando assim esportes
de contato físico.
Interromper o exercício se a grávida reclamar de alguma dor ou se ter algum
sintoma de sangramento, cólica, tontura, náuseas ou vômitos, palpitações e
distúrbios visuais.
Prescrições e Restrições de exercícios físicos
A prescrição de exercícios físicos é de suma importância para qualquer tipo
de treinamento que seja realizado para um esporte ou treinamento desportivo.
Segundo o ACSM - American College of Sports Medicine-(1995) entende-se
por prescrição de exercício todo o processo através do qual as recomendações para
atividades físicas são concebidas de forma sistemática e individualizadas. Quando
há um objetivo específico, deve-se escolher qual a modalidade mais eficaz, pois
tudo depende da individualidade biológica de cada um.
Este é o caso da gestação. É de plena importância que os exercícios
escolhidos sejam específicos para cada fase da gestação, pois cada uma tem suas
peculiaridades. FERREIRA, Apud MACIEL et al (2003) informa que:
a prática do exercício físico na gravidez deve se manter em níveis moderados com a máxima segurança. O médico deverá avaliar a capacidade e a necessidade de cada paciente e auxiliar na prescrição do programa de exercício e assim acompanhando e avaliando as modificações sofridas durante os exercícios aplicados a gestante, baseado principalmente na segurança de cada
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trimestre gestacional. Em cada trimestre gestacional, as alterações no corpo e na mente da grávida vão aumentando as modificações fisiológicas, anatômicas e hormonais.
Como cita SILVA, Apud REZENDE (2004) as mudanças no corpo da grávida
são ocasionadas por necessidades funcionais e metabólicas do organismo causada
pelo período de aproximadamente 38 a 42 semanas de gestação; Esse é em
humanos, o período necessário para a formação do feto. Durante a gestação
ocorrem alterações do metabolismo proteico, lipídico e glicídios; aumento do débito
cardíaco, alterações na pressão arterial, alterações na dinâmica respiratória;
modificações do apetite, náuseas e vômitos, as quais permitem que a mulher
suporte a sobrecarga de gerar um novo organismo (SILVA, Apud REZENDE, 2004).
Todas as gestantes devem fazer um exame obstétrico e clínico no início da
gestação e antes de participar de qualquer programa de exercício físico, sendo que
as suas recomendações devem ser seguras e considerar as respostas fisiológicas
normais da gestante a vários tipos de atividades (ARTAL et al,1987), mas o tipo de
atividade física deverá ser adequado a cada paciente (MAUAD FILHO et al, 1999).
Antes de iniciar as atividades, se faz necessária à liberação médica e,
ocorrendo tal liberação, é interessante que o médico acompanhe as atividades. O
American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) descreveu algumas
restrições para não realizar exercícios, dividindo-as em absolutas e relativas.
As restrições absolutas são as que o médico não libera para a prática de
exercícios, e as restrições relativas o médico pode ou não liberar para a prática.
Os autores LIMA; OLIVEIRA (2005) citam algumas doenças como
contraindicações absolutas:
Doença cardíaca hemodinâmica significante;
Doença pulmonar restritiva; Cérvix incompetente;
Gestação múltipla (mais de três);
Risco de parto prematuro;
Sangramento persistente no segundo e terceiro trimestre;
Placenta prévia após 26 semanas de gestação;
Ruptura de membrana;
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Pré-eclâmpsia/hipertensão induzida pela gravidez.
São consideradas contraindicações relativas:
Obesidade mórbida;
Baixo peso extremo (IMC<12);
Histórico de vida extremamente sedentário;
História de 3 ou mais abortos espontâneos;
Trabalho de parto prematuro;
Limitação ortopédica;
Bronquite crônica;
Hipertensão não controlada;
Anemia severa;
Hipertiroidismo não controlado;
Diabetes tipo 1 não controlada;
Arritmia cardíaca;
Fumante inveterada;
Crescimento intra-uterino retardado.
Assim, se pode afirmar que todas as mulheres que não apresentam
contraindicações devem ser incentivadas a realizar atividades aeróbicas, de
resistência muscular e alongamento. (LIMA, 2005).
CHISTÓFALO, MARTINS E TUMELERO (2003) citando BARROS (1999)
afirmam que a única certeza que se tem é a de que nós, profissionais que vamos
trabalhar com gestantes, devemos proporcionar a elas uma atividade física
agradável e segura, respeitando a individualidade e, principalmente, obedecendo a
regras básicas de bom senso. Precisa-se ter em mente o processo que acontece
durante a gestação e que provoca profundas alterações metabólicas e hormonais,
modificando respostas às atividades físicas.
Benefícios dos exercícios
O exercício físico trás vários benefícios tanto para mãe quanto para o feto.
LIMA (2005) citando JS et al (2005), falam que mulheres sedentárias apresentam
um considerável declínio do condicionamento físico durante a gravidez. Além disto, a
falta de atividade física regular é um dos fatores associados a uma susceptibilidade
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maior a doenças durante e após a gestação. Sabendo disso a pratica de exercício
físico regularmente melhora a circulação sanguínea, proporcionando um aumento na
produção de endorfinas, que são responsáveis pelo efeito de bem-estar. (SALLET,
2001)
Para AZEVEDO et al (2011) apud ABDAL et al. (2009),
A prática de exercício físico pode trazer benefícios fisiológicos e psicológicos entre as gestantes. Possivelmente, as atividades irão proporcionar diminuição das queixas comuns da gravidez, promovendo melhor qualidade de vida e até melhora na condição física.
Os autores BATISTA et al (2003),MAUAD et al (1999) ,MATSUDO (2000)
citam alguns dos benefícios do exercício físico:
Melhorar o alinhamento postural
A manutenção do abdômen
Menor incidência lombar
Melhora o humor
A auto imagem
Melhora a dor lombar
Melhora o controle corporal
Diminuição de risco de diabetes
Melhora o peso corporal
Melhora na capacidade física
Os benefícios da atividade física ou exercício físico durante a gestação se
estendem ainda aos aspectos emocionais, contribuindo para que a gestante torne-se
mais auto-confiante e satisfeita com a aparência, eleve a auto-estima e apresente
maior satisfação na prática dos exercícios (RODRIGUES apud HARTMANN &
BUNG 1999). Concluindo a grávida terá múltiplos benefícios na parte fisiológica
quanto na emocional e em outros aspectos.
O papel do profissional na orientação da atividade física12
O profissional de educação física é a pessoa preparada para orientar e
fiscalizar a gestante nas atividades que envolvam a relação corpo e movimento. É
aquele que deve ser capaz de planejar, conduzir e avaliar atividades que promovam
benefícios para a saúde da gestante, visando sempre o acréscimo de sua qualidade
de vida e, principalmente, sem comprometer a saúde do bebê.
O papel do profissional de Educação Física é de extrema importância, tendo
em vista o conhecimento das particularidades da prescrição, organização,
sistematização e controle do exercício físico para essa população.ALMEIDA E
ALVES apud ALVES (2009), afirmam que os exercícios na gestação só irão
proporcionar benefícios se os profissionais da área respeitarem a fisiologia e a
individualidade biológica de cada gestante.
Antes de qualquer prescrição é preciso conhecer o histórico médico da
gestante, fazer uma avaliação física, realizar uma anamnese e elaborar os treinos. A
partir daí, é feito um planejamento de periodização de treinamento de acordo com a
individualidade biológica da gestante e suas limitações. É muito importante respeitar
a individualidade da gestante, limites e sobre carga de treinos, principalmente por
conta de doenças e lesões ocasionada nesse período, além, é claro, dos riscos para
a gravidez. AZEVEDO complementa que
Somente com todas as informações sobre o indivíduo e pleno conhecimento da situação, poderá o profissional adequar o exercício físico aos objetivos, características e necessidades pessoais. Para tanto, antes de começar o programa de exercícios, é necessário uma avaliação ampla e sistemática, iniciada com anamnese completa e coleta de informações relativas a testes realizados pelo indivíduo. (2010, p.27)
É necessário priorizar o descanso também, pois se a gestante não está em
condições de treinar, melhor não treinar, para não correr os riscos citados
anteriormente.
Importante salientar que, ausente à orientação do profissional de educação
física, a gestante fica exposta a prática inadequada dos exercícios, podendo trazer
inúmeros problemas para sua saúde e para o bebê.
Considerações finais
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A pretensão desse artigo foi esclarecer aos profissionais de Educação Física o
que pode ser adequado ou não para a prescrição e acompanhamento de atividade
física para gestantes, para que possam trabalhar com segurança e de forma
adequada sem correrem riscos com essa população.
O conhecimento sobre a prática de exercícios no período gestacional se faz
necessária, uma vez que a gravidez (principalmente precoce) tem aumentado
consideravelmente nos últimos anos.
Sem descartar as outras prescrições, pois cada uma apresenta uma
vantagem mais, contudo podemos verificar que os exercícios no meio liquido tem
maiores benefícios do que realizados em solo pois ajudam a mulher gestante a
controlar melhor seu sobrepeso e evita impacto para não prejudicar as articulações
que são tão afetadas nesse período.
Intensidades leves a moderadas tem mostrado melhor resultado para se
trabalhar com gestantes em seu segundo período gestacional e no terceiro havendo
uma diminuição na sobrecaga utilizada para realizar os exercícios, pois estará perto
do parto.
Tanto o exercício aeróbio como de força demonstraram benefícios durante a
gravidez para a mãe e o feto como descrito anteriormente. Devido a esses
benefícios a prática de exercícios físicos se faz necessária a mulher grávida quando
não houver contra indicações.
A partir do objetivo do estudo em analisar e verificar as prescrições e
recomendações de exercício físico para gestante chegamos as conclusões que os
exercícios físicos tendem a mostrar benefícios para gestantes, de forma adequada e
supervisionada por um profissional.
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AGRADECIMENTOS
Imensa é a veracidade dos nossos agradecimentos, pois através do presente
estudo pudemos contar com a sincera colaboração de várias pessoas.
Primeiramente agradecemos a Deus, que é nossa força maior, que nos
confortou , que nos sustentou , nos ajudou, nos deu sabedoria, inteligência,
paciência e por ter nos guiado nesse longo caminho, por nos acalmar nas horas
mais difíceis e assim não nos deixou desistir do que escolhemos para nosso futuro
e por ter proporcionado todas essas coisas maravilhosas em nossas vidas.
Agradecemos aos nossos pais, irmãos, familiares e amigos, que no decorrer
deste curso, estiveram ao nosso lado nos momentos mais difíceis, que com toda
paciência nos ouviram e nos direcionaram a tomada de decisões, que sempre nos
apoiaram e nos incentivaram a estudar, nos incentivaram a ir em frente, a continuar
mesmo em meio às lutas.
Agradecemos a todos os nossos professores do curso de educação física sem
excluir nenhum, pois todos foram fundamentais durante esses quatro anos, transmitindo
seus amplos conhecimentos, paciência, experiências. Agradeço dentre estes em
especial ao nosso orientador temático, Professor Mestre Luiz Fernando Costa de
Lourdes e nossa professora metodológica Dra. Cristina Ap. Reis Figueira que
mesmo com algumas turbulências não nos deixaram em nenhum momento desistir,
são exemplo de profissionais, por toda dedicação, carinho e confiança, por
aceitarem fazer parte desta nossa caminhada que não foi nada fácil, trazendo
contribuições para o enriquecimento deste estudo. Por todas as dicas e conselhos.
Agradecemos a todos que diretamente ou indiretamente contribuíram que
chegássemos até aqui.
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