Presença Africana

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POLÍTICAS DE AÇÃO AFIRMATIVAS – COTAS NAS UNIVERSIDADES Johnnifer Angelo Montanher ([email protected]) Este texto tem por objetivo analisar as políticas de ação afirmativa, especificamente, as cotas raciais nas universidades. Essas políticas, são medidas que visam amparar grupos e indivíduos que foram vitimados e sofrem com a exclusão social devido a um contexto histórico do passado ou do presente. Após 388 anos de escravidão, em 13 de maio de 1888 foi assinada a Lei Áurea que pôs fim oficialmente a escravidão no Brasil. Embora o trabalho escravo dali em diante tenha sido considerado ilegal, não houve amparo do Estado aos ex-escravos, que foram “abandonados a própria sorte”. A necessidade de o estado agir positivamente para com a sociedade, fomentou a aprovação da Lei nº 12.771, em 28 de dezembro de 2012, conhecida como Lei das Cotas. Ela tornou obrigatória a reserva de vagas para pretos, pardos, indígenas, alunos de escola pública e de baixa renda nas instituições federais de ensino superior e técnico. Embora tenha gerado um desacordo de opiniões, as cotas foram consideradas, por unanimidade, constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Essa política de ação afirmativa pode ser considerada um significativo avanço social, à medida que busca eliminar as sequelas da abolição da escravatura bem como

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Trabalho a respeito da presença africana no Brasil

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POLÍTICAS DE AÇÃO AFIRMATIVAS – COTAS NAS UNIVERSIDADES

Johnnifer Angelo Montanher ([email protected])

Este texto tem por objetivo analisar as políticas de ação afirmativa,

especificamente, as cotas raciais nas universidades. Essas políticas, são

medidas que visam amparar grupos e indivíduos que foram vitimados e sofrem

com a exclusão social devido a um contexto histórico do passado ou do

presente.

Após 388 anos de escravidão, em 13 de maio de 1888 foi assinada a

Lei Áurea que pôs fim oficialmente a escravidão no Brasil. Embora o trabalho

escravo dali em diante tenha sido considerado ilegal, não houve amparo do

Estado aos ex-escravos, que foram “abandonados a própria sorte”.

A necessidade de o estado agir positivamente para com a sociedade,

fomentou a aprovação da Lei nº 12.771, em 28 de dezembro de 2012,

conhecida como Lei das Cotas. Ela tornou obrigatória a reserva de vagas para

pretos, pardos, indígenas, alunos de escola pública e de baixa renda nas

instituições federais de ensino superior e técnico. Embora tenha gerado um

desacordo de opiniões, as cotas foram consideradas, por unanimidade,

constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Essa política de ação afirmativa pode ser considerada um significativo

avanço social, à medida que busca eliminar as sequelas da abolição da

escravatura bem como desigualdades existentes nos dias de hoje, dando a

oportunidade de acesso à educação e garantia de um futuro melhor a grupos

desfavorecidos.

Com aproximadamente 4 anos de sua implementação, a Lei nº 12.771,

tinha como diretriz a reserva até 30 de agosto deste ano de 50% das vagas

para cotistas, o que já é uma realidade. Isso mostra a importância dada pelo

Governo nessa eficaz ferramenta de combate à desigualdade social, a medida

que já foram garantidas mais de 150 mil vagas para cotistas no Ensino

Superior, segundo dados do G1.