PRESERVAR PARA REMEMORAR: CAPELA SANTA BÁRBARA,

PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE PONTA GROSSA.

CARRARO, Jovana1

CARVALHO, Alessandra Izabel de2

Resumo

Este artigo é o resultado final da intervenção pedagógica na escola realizada com alunos do 3º ano do Ensino Médio, Técnico em Informática Integrado, do Colégio Estadual Presidente Kennedy, Ponta Grossa, Paraná, durante a nossa permanência no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE). O objetivo foi investigar a possibilidade do estudo da história local e sua aplicabilidade no Ensino Médio a partir do patrimônio histórico, bem como despertar a consciência histórica nos alunos com relação à preservação do patrimônio local especialmente em relação à Capela Santa Bárbara, primeira Capela construída nos dos Campos Gerais. As ações da intervenção foram divididas em três momentos, o primeiro desenvolvido através de aulas teóricas, onde conceitos como patrimônio, preservação, museus, legislação foram discutidos e analisados em vários encontros. No segundo momento, foram realizadas as visitas e, no terceiro foi organizada pelos alunos uma exposição de fotos e textos sobre os locais visitados por eles. Dentre as atividades desenvolvidas durante a intervenção, destacamos a elaboração, pelos alunos, de um blog com fotos e descrições dos locais visitados e, a produção de um texto relatando as atividades desenvolvidas durante o processo intervencional. Concluiu-se que a prática pedagógica desenvolvida foi um importante recurso de aprendizagem que oportunizou ao aluno uma experiência enriquecedora como conhecer a história de sua cidade, e perceber que faz parte da sociedade em que está inserido e que dela pode participar ativamente. O tema patrimônio histórico mostrou-se possível de ser aplicado e executado em todos os níveis de ensino. Esse tipo de intervenção pedagógica favoreceu o aprendizado de maneira fácil, prazerosa e instigadora tanto para os alunos quanto para a professora PDE. Os alunos demonstraram-se interessados e atuantes no processo, o que viabiliza a melhoria da qualidade do ensino de História na escola pública paranaense. Palavras-chave: Patrimônio Histórico; consciência histórica; preservação; Campos Gerais; Capela Santa Bárbara.

1 Pós-Graduada em História em Sociedade pela Universidade UEPG, habilitada em História

pela UEPG, atua no Colégio Estadual Presidente Kennedy- Ensino Fundamental, Médio e Profissional, Ponta Grossa/Pr. 2 Doutora em História pela UNICAMP/SP e atua como professora de Ensino Superior no Departamento de História da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG/PR). Orientadora da intervenção.

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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL-PDE 2010-2012

Figura 1 - Capela Santa Bárbara. Foto: Israel Kaé, 2002.

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PRESERVAR PARA REMEMORAR: CAPELA SANTA BÁRBARA, PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE PONTA GROSSA.

Professora PDE: Jovana Carraro

Orientadora: Alessandra Izabel de Carvalho

1 INTRODUÇÃO

O Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) é um Programa

de Formação continuada diferenciado que trouxe para os professores da Rede

Pública Paranaense nova possibilidades de articular a teoria e a prática a partir

de implementações de projetos de intervenção pedagógica na escola.

Assim, propôs-se uma intervenção cujo tema de estudo esteve

centrado no Patrimônio Histórico, discussão praticamente ausente nos

currículos escolares da disciplina de História. Nesse sentido, trata-se de um

projeto inovador já que se propôs a contribuir para que o aluno conhecesse e

aprendesse a valorizar o patrimônio histórico de sua cidade. Ao mesmo tempo,

buscasse atender às novas demandas e realidades da escola e contemplasse

as Diretrizes Curriculares da Educação Básica História (2008), que apontam

para uma mudança no ensino de História Fundamental e Médio, quando

prioriza a História local, do Brasil e do Mundo.

O estudo do patrimônio histórico local foi uma opção metodológica que

enriqueceu e inovou a relação de conteúdos que foram abordados e

trabalhados. A investigação da história local se constituiu em uma possibilidade

de aprendizagem prazerosa, divertida e instigadora, cujo objetivo foi despertar

a consciência histórica nos alunos em relação à importância da preservação do

patrimônio local, valorizando assim a história que acontece próxima à realidade

do seu cotidiano.

A ideia da intervenção pedagógica foi verificar a sua aplicabilidade no

Ensino Médio, enquanto atividade instigadora e provocadora de mudanças nas

aulas de História na Escola Pública Paranaense.

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Assim sendo, a intervenção pedagógica foi elaborada com base na

necessidade de desenvolver práticas educativas voltadas para o

reconhecimento da história local. Tanto o projeto de intervenção pedagógica

quanto o material didático produzido e a forma de sua implementação na

escola foram analisados e discutidos por professores da Rede Pública de

Ensino do Paraná, por meio do Grupo de Trabalho em Rede (GTR), Programa

de Formação Continuada a Distância- EaD ofertado a todos os professores da

Rede Pública Paranaense. O GTR foi muito importante, pois possibilitou a troca

de experiências e debates sobre o tema Patrimônio Histórico, e a construção

do conhecimento de forma interativa.

A intervenção pedagógica foi desenvolvida com alunos do 3º do Ensino

Médio, Técnico em Informática Integrado do Colégio Estadual Presidente

Kennedy, em Ponta Grossa.

Para auxiliar o processo da intervenção na escola e atender as novas

demandas e a realidade da escola foi elaborado o material-didático pedagógico

“Caderno Temático Preservar para Rememorar: Capela Santa Bárbara,

patrimônio histórico de Ponta Grossa”. A intenção com essa iniciativa foi

fundamentar, orientar as ações implementadas e subsidiar o debate sobre

Patrimônio Histórico na escola, atendendo assim a proposta das Diretrizes

Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná

(História) ao ampliar as possibilidades de trabalho dos professores de História.

O Caderno Temático é composto de textos explicativos e questões

reflexivas sobre Patrimônio Histórico, Legislação, Patrimônio Histórico de Ponta

Grossa, Campos Gerais e Capela Santa Bárbara. Cada aluno participante do

projeto recebeu o caderno contendo os textos. O material tem como objetivo

problematizar com os alunos os conteúdos específicos relativos ao Patrimônio

Histórico local.

Com a realização da intervenção pedagógica foi possível perceber que

os alunos pouco sabiam sobre a história local e, ao seu término, ficou evidente

que é possível integrar o tema Patrimônio Histórico local no Ensino Médio, ou

em qualquer outra modalidade de Ensino. Tal abordagem pode contribuir em

muito para o Ensino de História, tanto na qualidade das aulas quanto na

aprendizagem dos alunos, uma vez que através das visitações aos locais

históricos da cidade eles puderam aprender de forma lúdica e instrutiva.

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Para que a intervenção pedagógica e sua implementação fosse

efetivada foi de fundamental importância à colaboração de todos ao envolvidos

no processo, inclusive a equipe do Núcleo de Educação, e dá própria

organização do PDE, da professora orientadora e da escola como um todo, a

direção, a equipe pedagógica, os professores, os funcionários de modo geral e

por último a total colaboração dos alunos envolvidos no projeto.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Como o tema Patrimônio Histórico é praticamente ausente nas escolas

como prática educativa, foi necessário recorrer às Diretrizes Curriculares

Estaduais (2008) para o Ensino de História do Paraná que, por meio da Lei nº

13381/01, torna obrigatório no Ensino Fundamental e Médio os conteúdos de

História do Paraná. Foi necessário também conhecer a Legislação Federal,

Estadual e Municipal que definem o significado de Patrimônio Histórico, suas

formas, sua importância para a sociedade brasileira e as competências para

cada estância do poder instituído. E ainda tomar ciência de autores e trabalhos

sobre o tema já desenvolvidos.

Como referencial teórico, destacam-se as abordagens pautadas em

novas possibilidades e novas correntes historiográficas. Nesse sentido,

verificou-se que a Nova História, na interpretação da Nova História Cultural e

da Nova Escola Inglesa, busca novos elementos e possibilidades de estudos

desvinculados do estudo da classe dominante, ou seja, lança outro olhar para a

História, diferente daqueles conhecidos e sistematizados pela Escola

Tradicional, agora mais próximo da realidade vivenciada pelo aluno.

Ao escrever sobre a micro história, o historiador Ginzburg (1987),

citado nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica (2008, p.52), centra a

atenção em recortes espaço-temporais que valorizem os sujeitos como

indivíduos, bem como suas famílias e suas comunidades. Segundo ele, os

eventos do cotidiano podem desenvolver uma consciência histórica que leve

em conta as diversas práticas culturais dos sujeitos envolvidos no processo.

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Fonseca (2003, p. 36), em seu texto sobre a Lei de Diretrizes e Bases

(LDB) comenta que houve uma ampliação dos objetos de estudo, dos temas,

dos problemas, das fontes utilizadas em sala de aula. Segundo a autora

devemos pensar a história com saber disciplinar que tem papel fundamental na

formação da consciência histórica do homem, sujeito de uma sociedade

marcada por diferenças e desigualdades múltiplas.

O estudo da história local foi uma opção metodológica que enriqueceu

e inovou a relação de conteúdos teóricos abordados durante o

desenvolvimento do projeto e a prática com os passeios realizados pelos

alunos.

Para trabalhar com a história local, a partir do Patrimônio Histórico foi

necessário compreender o sentido do próprio conceito, que vai além das

edificações e hoje abrange inclusive os patrimônios imateriais, intangíveis,

segundo o Decreto nº 3551/003.

O termo patrimônio cultural é hoje utilizado em substituição a

patrimônio histórico, pois abre possibilidades de novas perspectivas, novas

abordagens e novos estudos, tal como o estudo do patrimônio local. As

recentes atualizações conceituais inclusive na Constituição Brasileira de 1988,

no artigo 216, seção II- Da Cultura estabelece como conceito de patrimônio

cultural dos brasileiros os bens de natureza material e imaterial, tomadas

individualmente ou em conjunto, portadores de referencias à identidade, à

ação, à da memória dos diferentes grupos formadores de 1988 da sociedade

brasileira [...] Constituição Brasileira de 1988 (2001, p. 200).

Um dos trabalhos pesquisados de grande importância para a

intervenção pedagógica foi a cartilha “Preservação do patrimônio cultural:

nossas casas e cidades, uma herança para o futuro” (BESSA, 2004), elaborada

em Minas Gerais, cujo objetivo é despertar nos jovens estudantes a vontade e

o desejo de participar das ações de preservação do patrimônio histórico,

artístico, arquitetônicos e ambiental do lugar onde vivem bem como apresentar

novas ideias sobre preservação.

3 BRASIL, Decreto nº 3551/00. Institui o registro de bens culturais de natureza imaterial que constituem patrimônio cultural brasileiro, cria o programa nacional do patrimônio imaterial e dá outras providencias. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Caderno Pedagógico de História do Paraná. Representações, Memória, Identidades. Curitiba: SEED. 2008.

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Outra referência significativa foram os estudos de Helena Pinto (2009),

que abordam temáticas sobre o patrimônio como recurso educativo, o papel

educativo do museu, a função da escola. Nesses trabalhos a autora apresenta,

ainda, uma experiência educativa desenvolvida com crianças e adolescentes

por meio de atividades pedagógicas/ lúdicas relacionadas com o Patrimônio no

Centro Histórico da cidade de Guimarães, Portugal, estudos que subsidiaram,

nesta intervenção, as aulas teóricas sobre patrimônio.

O Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN),

disponível em: http://portal.iphan.gov.br, acesso em 07/07/2010, também serviu

de referência para a pesquisa por ser a Instituição que promove coordena o

processo de preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro para fortalecer

identidades, garantir o direito à memória e contribuir para o desenvolvimento

socioeconômico do país.

Sobre a legislação local, foi necessário pesquisar o Conselho Municipal

de Patrimônio Cultural da cidade de Ponta Grossa (COMPAC), disponível em:

www.pontagrossa.pr.gov.br/historia, acesso em 10/07/2010, em relação as

suas atribuições e quais os tombamentos realizados na cidade, tema esse que

fez parte dos estudos teóricos dos alunos.

Outro autor que utilizei foi Auguste Saint-Hilaire (1978), viajante francês

que no século XIX esteve no Brasil. Em suas andanças percorreu a região dos

Campos Gerais, onde está inserida a cidade de Ponta Grossa. A leitura de seu

texto oportunizou aos alunos a reflexão sobre como a nossa região e suas

peculiaridades têm sido descritas ao longo do tempo.

Para desenvolver a intervenção pedagógica, sob o tema Patrimônio

Histórico na escola como pratica educativa, outros trabalhos relacionados ao

tema serviram de referência, destacam-se: “Atuação do Conselho Municipal De

Patrimônio Cultural (COMPAC) na preservação do patrimônio cultural edificado

de Ponta Grossa/PR e suas possibilidades de uso didático para a história

local”, Marialva Ribas kencheski (2008) e, “Conhecimento histórico como

sustentáculo do conhecimento do Turismo Cultural”, de Sandra Aparecida

Martins (2008), disponíveis no Portal: Diaadiaeducação/PR.

Os autores acima elencados muito contribuíram, por meio de suas

práticas pedagógicas, no sentido de conceituar, refletir, de dar forma a nossa

proposta de intervenção pedagógica na escola.

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3 A INTERVENÇÃO E OS CAMINHOS PERCORRIDOS

A implementação da intervenção pedagógica foi efetivada no Colégio

Estadual Presidente Kennedy em Ponta Grossa, com os alunos do 3º ano do

Ensino Técnico em Informática Integrado, turma B.

A primeira ação desenvolvida em relação à efetivação da proposta de

intervenção foi sua apresentação à comunidade escolar, direção, equipe

pedagógica, professores, funcionários durante reunião pedagógica realizada na

escola. E em um segundo momento a apresentação aos alunos do 3º ano do

Ensino Médio Técnico em Informática, seus objetivos, sua metodologia e os

caminhos a serem percorridos por todos os envolvidos no processo ensino-

aprendizagem.

Depois foi aplicado um questionário aos alunos contendo as seguintes

questões: Gostaria de participar do projeto? O que você sabe sobre Patrimônio

Histórico? Há relevância no estudo da história local, da cidade ou região para

sua formação escolar? Na sequência foi enviado aos pais um documento

pedindo autorização para a participação de seus filhos no projeto.

O trabalho foi organizado da seguinte maneira: em um primeiro

momento trabalhou-se com a fundamentação teórica por meio de textos e

questões reflexivas sobre cada tema, contidos no Caderno Temático,

elaborado para a referida intervenção pedagógico no Ensino Médio, o qual foi

trabalhado durante os encontros e, ainda um material multimídia para cada

tema. Foi trabalhado e debatido com os alunos textos como “Patrimônio:

conceito e perspectivas” (CASTRIOTA, 2004); “O triangulo patrimônio-museu-

escola: que relação com a Educação histórica?”; “Museus, coleções e modelos

explicativos” (PINTO, 2004); “Legislação Paranaense”, disponível em:

http://www.patrimôniocultural.pr.gov.br/arquivos, acesso em: 04/07/20011. “O

IPHAN - Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional”, disponível em:

http://www.iphan.gov.br, acesso em 05/07/2011; “Descrição dos Campos

Gerais”; “Município de Ponta Grossa”; “A cidade de Castro - Fim da viagem

pelos Campos Gerais” (SAINT HILAIRE, 1978).

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A ideia principal foi mostrar aos alunos envolvidos na intervenção

pedagógica a necessidade de trabalhar a questão do Patrimônio a partir da

localidade em que vivem, relacionando a História do Brasil e do Mundo.

Em um segundo momento, os alunos escolheram os lugares para

serem visitados e que tivessem relação com os temas a bordados nas aulas

teóricas, ou seja, os edifícios e monumentos históricos da cidade, o que

contribuiu para enriquecer os conteúdos trabalhados e conscientizar o aluno do

valor do patrimônio histórico local.

Foram escolhidos por eles os seguintes locais para visitação: Museu

Campos Gerais, a Mansão Vila Hilda, o Cemitério Municipal, túmulo de Corina

Portugal, o Centro de Cultura, o Museu Época, a Estação Saudade onde hoje

se encontra a Biblioteca Pública de Ponta Grossa e por último visita a Capela

Santa Bárbara na Fazenda Pitangui, patrimônio Histórico de Ponta Grossa.

Depois de cada saída os alunos realizaram anotações em suas apostilas sobre

os locais visitados. As saídas foram realizadas com sucesso, pois todos os

edifícios e monumentos visitados localizam-se na área central da cidade com

exceção da Capela Santa Bárbara, que se encontra a seis quilômetros da

cidade de Ponta Grossa.

Figura 2 - Museu Campos Gerais, em reforma desde 2003, Ponta Grossa. Figura 3 – Casa da Memória, sede provisória do Museu Campos Gerais. Visita em 01/11/2011.

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Figura 4 - Mansão Vila Hilda, Ponta Grossa. Fotografia de Jovana Carraro. In: Caderno Temático Preservar para Rememorar: Capela Santa Bárbara, patrimônio histórico de Ponta Grossa. Visita realizada em 01/11/2011.

Figura 5- Visita ao túmulo de Corina Portugal (Cemitério Municipal de Ponta Grossa). Fotografia de Jovana Carraro. Visita em 01/11/2011.

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Figura 6 - Centro de Cultura, Ponta Grossa. Fotografia de Jovana Carraro, Visita em 01/11/2011.

Figura 7- Museu Época, Ponta Grossa. Fotografia de Jovana Carraro. Visita em 10/11/2011.

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Figura 8 - Estação Saudade, Ponta Grossa. Fotografia de Jovana Carraro. Visita em 10/11/2011.

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Figura 9 - Capela Santa Bárbara, Ponta Grossa. Fotografia de Jovana Carraro. Visita em 20/11/2011.

No terceiro momento foi organizada uma exposição de fotos na escola

sobre a intervenção pedagógica realizada\na escola, contendo fotos das aulas

expositivas, participação dos alunos, locais visitados por eles durante o

desenvolvimento da intervenção e histórico de cada local visitado. Além disso,

foi elaborada pelos alunos uma redação sobre o tema Patrimônio e a

montagem de um blog. A montagem do blog foi realizada por um grupo de

alunos, auxiliados pela professora de Informática, a qual os ajudou na

formatação e montagem do blog, este contendo várias fotos e informações

sobre os locais visitados durante o projeto de intervenção pedagógica. O blog

ainda não foi postado, aguarda autorização para ser postado no site da escola.

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Figura 10 - Apresentação do Blog elaborado pelos alunos do 3º Ano Técnico em Informática. 2011.

Figura 11 - Exposição Projeto PDE 2010, em 30/11/2011. Fotografia de Jovana Carraro.

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Figura 3 - Exposição Projeto PDE 2010, em 30/11/201. Fotografia de Jovana Carraro.

E, para finalizar, foi aplicado um questionário com as seguintes

indagações: Se os alunos gostaram de participar das atividades propostas pela

intervenção pedagógica; se o mesmo teve validade para eles enquanto forma

de aprendizagem. Todas as respostas foram afirmativas, as atividades

desenvolvidas foram significativas para o aprendizado e que através delas

puderam aprender sobre a história local.

A avaliação das atividades realizadas durante o trabalho foi realizada

por meio da observação, da participação e do entusiasmo dos alunos quando

solicitados a realizar tarefas como a saída para os passeios programados, a

montagem da exposição das fotos na escola, a elaboração do blog e a

redação.

Quanto às produções textuais dos alunos, consideramos alguns mais

significativos para a ilustração neste trabalho, visto que todos os alunos ficaram

muito interessados em saber a história dos locais visitados, como se pode

observar no relato da aluna Bianca:

“Gostei muito, pois nos ajudou a se interessar mais como matéria, não ficou apenas matéria [...] com os passeios aprendemos mais da disciplina”.

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Para a aluna Daniela foi muito interessante a visita a Mansão Vila

Hilda, segundo ela:

“Os passeios foram muito produtivos, tanto para nosso aprendizado como para diversão. O lugar mais divertido aos meus olhos foi a Mansão Vila Hilda, foi o lugar mais lindo, bem conservado [...] achei muito bonita a decoração da casa,

muitos detalhes que fizeram a diferença [...]”.

A aluna Thiciara escreveu:

“Eu achei muito interessante, pois aprendemos mais sobre patrimônio histórico e sua importância para a sociedade”.

Comentários do aluno Luis Henrique:

“Eu gostei muito dos passeios porque aprendi mais sobre a história da minha cidade, e aprendi também como é importante preservar esses patrimônios”. “Aprendemos mais sobre nossa própria história, sobre nosso passado [..]. fomos a certos lugares [...] mas o último e mais importante, Capela Santa Bárbara, fizemos uma visita no local onde a capela se encontra e descobrimos um pouco sobre sua história e que ela foi tombada”.

Sobre o projeto o aluno Johann escreveu:

“O projeto realizado pela professora Jovana, no meu ponto de vista, foi muito esclarecedor, pois me ajudou a conhecer um pouco mais dos patrimônios locais. [...] várias vezes, por falta de informação, esses pontos nos passam despercebidos, eu mesmo inúmeras vezes passei ao lado da Mansão Vila Hilda sem nem sequer saber o que era. Mas a parte mais interessante foi à

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visita a Capela Santa Bárbara. Poder visitar um local tão antigo e que permanece de pé apesar de todos os empecilhos do tempo”.

Com as atividades desenvolvidas nas aulas teóricas e nos passeios foi

possível observar que aprender dessa forma foi muito mais interessante tanto

para os alunos quanto para a professora PDE, vivenciamos na prática o que a

teoria nos ensina.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após o percurso da implementação da intervenção pedagógica na

escola, com as diversas atividades relacionadas ao Patrimônio, conclui-se que

é um importante recurso de aprendizagem, uma vez que oportuniza ao aluno

uma experiência enriquecedora como conhecer a história de sua cidade,

perceber que faz parte da sociedade em que está inserido e que dela pode

participar ativamente.

O tema Patrimônio, na escola mostrou-se possível de ser aplicado e

executado em todos os níveis de ensino desde o Ensino Fundamental até o

Médio dentro da Rede Pública de Ensino Paranaense.

E que esse tipo de intervenção pedagógica foi capaz de favorecer a

aprendizado de maneira fácil, prazerosa e instigadora. Os alunos se tornaram

interessados e atuantes no processo, o que viabiliza a melhoria na qualidade

de ensino de História.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BESSA, A. M.; RANGEL, M.. A Gestão do Patrimônio Cultural. In: Preservação do Patrimônio Cultural: nossas casas e cidades, uma herança para o futuro. Altamiro Sérgio Mol Bessa (org.). Belo Horizonte: CREA-MG, 2004. BITTENCOURT, M, C. Ensino de história: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.

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