Presidente da LBP elogia processo de fusão · Bombeiro perde a vida a prestar socorro Média de...

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Outubro de 2015 Edição: 349 Ano: XXXII 1,25€ Director: Rui Rama da Silva Página 22 Página 21 Presidente da LBP elogia processo de fusão Presidente da LBP elogia processo de fusão Espinho Louvor público aos bombeiros BOMBEIRAS DÃO CARTAS A NÍVEL NACIONAL BOMBEIRAS DÃO CARTAS A NÍVEL NACIONAL DECIF Fornos de Algodres Póvoa de Lanhoso Póvoa de Lanhoso Bombeiro perde a vida a prestar socorro Média de 2005 / 2014 cai 38 por cento em 2015 Página 32 Página 16 Página 5

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Presidente da LBPelogia processo de fusãoPresidente da LBPelogia processo de fusão

Espinho

Louvor público aos bombeiros

BOMBEIRAS DÃO CARTAS A NÍVEL NACIONALBOMBEIRAS DÃO CARTAS A NÍVEL NACIONALDECIFFornos de Algodres

Póvoa de LanhosoPóvoa de Lanhoso

Bombeiroperde a vidaa prestar socorro

Média de 2005 / 2014cai 38 por cento em 2015

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2 OUTUBRO 2015

O culto da memóriaA fita do tempo da vida

das nossas associações e corpos de bombeiros é

um contínuo onde cada um de nós, todos, em cada época, vai entrando, participando, fazen-do, agindo e saindo. Trata-se de um processo em marcha, umas vezes lenta, outras ve-zes acelerada, em função dos desafios, das oportunidades mas também das dificuldades e constrangimentos que vão surgindo. E cada um, indepen-dentemente do tempo e traba-lho que tenha dado em prol da respetiva associação, fica a fa-zer sempre parte da sua histó-ria. E, naturalmente, ficará re-gistado e devidamente docu-mentado o “capital” com que cada um entrou nesse desafio que é participar, seja na ges-tão associativa, na condução de bombeiros ou no simples funcionamento do próprio cor-po de bombeiros. À parte os postos, os títulos, os apelidos, todos fazem parte dessa histó-ria construída 24 horas. Em

muitos casos, em sucessivas gerações, há mais de cem anos.

Cada ano que passa, como acontece em todas as associa-ções e corpos de bombeiros portugueses, é comum incluir no programa comemorativo de cada aniversário a tradicional romagem aos cemitérios e aos respetivos talhões.

É um momento do progra-ma particularmente sensível onde se chocam memórias, muitas e variadas, respeitan-tes a todos aqueles que ali se encontram depositados. Uns poderão dizer-nos mais do que outros mas, em síntese, todos eles têm em comum connosco a participação na história da respetiva associação.

Quando participo na roma-gem ao talhão da Associação de que faço parte, existente no Cemitério da Guia, em Cas-cais, invariavelmente, o meu olhar passa por todos os no-mes reproduzidos nas placas dos ossários e das campas ra-

sas ali existentes. Lembro-me de cada um deles, uns mais do que outros, mas de todos te-mos sempre memória. Muitos deles privaram comigo e com outros durante muito tempo. Outros nem tanto. Mas cada um tem sempre uma história, um percurso, um registo em que cada um de nós entrou de

uma maneira ou outra e que nunca nos deixa indiferentes. Curiosamente, quando isto ocorre, nunca me assalta qual-quer sentimento de morbidez mas, pelo contrário, até satis-fação pelas lembranças que eles nos suscitam e pelo senti-mento do dever cumprido por ali estarmos, não só a lembrá-

-los, mas também a tributar--lhes o nosso respeito pelo que fizeram, pelo que construíram, antes de nós ou ainda connos-co.

Esta fita do tempo é impos-sível de interromper. É isso que nos faz ir aos cemitérios, para homenagear os nossos maiores que ali se encontram

e para testemunhar à comuni-dade que é uma honra para nós prosseguir essa marcha, escrever essa história. Só com essa determinação e força aní-mica, que nos dita e contagia a memória dos nossos bombei-ros e dirigentes mortos, por-ventura, tem sido possível conseguir ultrapassar em cada época todas as adversidades que assaltam as nossas insti-tuições.

Por estes dias passa mais um Dia de Finados e um Dia de Todos os Santos. Os bombei-ros poderão não ser mais do que todos os que, como eles, já partiram. Mas, não tenho qualquer dúvida, assim o sin-to, serão sempre diferentes. E cultivar a sua memória, como fazemos cada ano ao rumar às suas campas, por certo, pode-rá contribuir para que também o tentemos ser. É esse o seu legado. Saibamos merecê-lo e transmiti-lo.

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

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Os delegados do CTIF pre-sentes na 95.º Reunião de

Trabalho da Comissão de Ju-ventude, realizada em Sintra, tiveram a oportunidade de visi-tar o quartel dos Bombeiros Vo-luntários de S. Pedro de Sintra, onde foram recebidos pelo co-mandante do corpo de bombei-ros, Pedro Ernesto, e por uma formatura de operacionais, ca-

detes e infantes. Entre eles en-contravam-se vários elementos fluentes em inglês e alemão que permitiram enriquecer a vi-sita e o debate que inevitavel-mente se desenrolou durante a mesma, quer no contacto com as instalações, quer com as via-turas e respetivas guarnições presentes e devidamente equi-padas.

S. PEDRO DE SINTRA

Delegados CTIFvisitam quartel

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Ao longo dos últimos anos, as associações humanitárias e os

corpos de bombeiros têm chamado a si responsabilidades várias, substituindo-se, muitas vezes, às entidades que as deveriam assu-mir ou, em alternativa, custeá-las.

Um pouco à semelhança das au-tarquias, que ao abrigo de um mal--amanhado ou conveniente pro-cesso de descentralização vão so-mando poderes desorçamentados, os bombeiros, com propósito maior de servir cada vez melhor as suas comunidades, acumulam missões, fazem investimentos, ainda que sem garantias de qualquer tipo de apoio ou financiamento

Basta um périplo pelos quartéis para perceber que, no conceito de socorro, cabe quase tudo e, assim, sendo que os bombeiros, numa versão minimalista, “salvam vidas das pessoa e preservam os seus bens”, mas na realidade res-gatam animais, abrem portas, limpam e desobstruem vias, ga-rantem o abastecimento de água e até entram no combate à vespa asiática, uma praga que aumenta de norte a sul do Pais e muito trabalho tem dado aos operacionais.

Por outro lado, os territórios crescem, desenvolvem-se, aco-lhem polos turísticos, unidades de apoio à saúde, equipamen-tos vocacionados para a terceira idade, parques industriais, aterros ou barragens e, raramente, os bombeiros são chama-dos a avaliar riscos, a participar na realização de planos de segurança ou de emergência ou tão pouco a testá-los.

A título de exemplo, os Voluntários de Amarante e de Ponte

de Lima não têm sossego com a proliferação da malfadada velutina ou “vespa assassina” e, não ha-vendo nem outros meios nem re-cursos humanos, tiveram que se preparar para, em segurança, res-ponder às solicitações das popula-ções.

Nos territórios que o Alqueva in-vadiu, nomeadamente Mourão, embora não haja qualquer apoio, os bombeiros assumem como prio-ritário o investimento em meios de regaste aquático, bem como for-mação dos operacionais, para que, em caso de acidente, a falta de re-cursos, não inviabilize o socorro.

Na Chamusca as preocupações prendem-se com a instalação de um parque industrial, onde “nin-guém sabe muito bem o que para lá está”, como revelam os voluntá-rios locais, que defendem a aquisi-

ção de um veículo especial com capacidade para atalhar qual-quer problema que surja naquela infraestrutura, e que só não está já à disposição do concelho, porque a associação não dis-põe de recursos para tão grande investimento, que afinal deve-ria ser assumido pelas empresas que ali estão instaladas. Mas se algo de grave acontecer, ainda que sem meios apropriados, certamente os Bombeiros da Chamusca vão arriscar a sua vida para salvar outras e preservar bens que não são seus.

Ironicamente, resta às direções, comandos e corpos ativos pagar o socorro que eles próprios asseguram voluntariamente, de forma abnegada.

Sofia Ribeiro

JORNAL@LBP

Atribuições, muitas…proventos, poucos

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3OUTUBRO 2015

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O recurso aos fundos comunitá-rios tornou-se em Portugal um meio importante para o de-

senvolvimento de vários setores de atividade, educação, transportes, in-dústria e comércio, intervenção so-cial e outras infraestruturas diversas de âmbito nacional e municipal. Mais recentemente, isso aconteceu atra-vés do chamado Quadro de Referên-cia Estratégico Nacional (QREN).

As Associações Humanitárias de Bombeiros e a própria Administra-ção Central e Local, também no âm-bito da proteção civil, têm consegui-do ver financiados por essa via in-vestimentos dificilmente exequíveis sem esse suporte.

Muitos investimentos feitos pela Administração Central e Local, que antes eram oriundos do Orçamento de Estado, passaram também a contar de modo crescente com a componente comunitária.

Nos últimos anos, as infraestrutu-ras da proteção civil a nível Nacional e Local contaram cada vez mais com esse suporte, seja nos apoios dire-tos para os bombeiros, através de candidaturas próprias ou via Autori-dade Nacional da Proteção Civil.

A correlação de forças entre os montantes em causa nesses dois vetores tem suscitado fundamenta-da preocupação nas Associações de Bombeiros, baseada no receio de que o Estado no contexto negocial não contemple os valores corres-pondentes à participação dos Bom-beiros na Área da Proteção Civil. Essa preocupação assenta na con-vicção de que o resultado final de tudo isso deveria garantir discrimi-nação positiva, objetivamente favo-rável às Associações Humanitárias de Bombeiros. De facto, sem mar-gem para dúvidas, o principal agen-te no domínio da Proteção Civil em Portugal são os bombeiros. É natu-ral que os investimentos e os apoios a eles garantidos devam, por isso, refletir essa realidade.

Seja no combate a incêndios, no pré-hospitalar, no socorro rodoviá-

rio, e em tantos outros domínios, o papel dos bombeiros é altamente relevante, quer no número de inter-venções realizadas, quer nos custos a ele associadas, que nem sempre, ficam integralmente (nem pouco mais ou menos) cobertos pelos apoios recebidos, seja do Estado (ANPC, INEM, hospitais e adminis-trações regionais de saúde), das au-tarquias, das seguradoras e da pró-pria Sociedade Civil.

A possibilidade de recorrerem aos fundos comunitários tem permitido também às associações de bombei-ros colmatar algumas falhas ou as insuficiências dos poucos apoios re-cebidos de outras entidades, algu-mas delas utilizadores primeiros e privilegiados dos serviços dos bom-

beiros. Apesar da insuficiência das verbas mas com o esforço financeiro das Associações tem sido possível investir na reposição ou substituição de viaturas, na aquisição de equipa-mentos de proteção individual e, ainda, na construção, remodelação ou requalificação de quartéis.

Essa possibilidade, porém, tem vindo a ser mitigada. Situação para que a Liga dos Bombeiros Portugue-ses tem chamado a atenção de for-ma muito incisiva, reivindicando que os fundos comunitários, como temos provado, devem, não só manter-se, mas sim aumentadas exponencialmente.

Perante o novo quadro comunitá-rio, designado por Portugal 2020, essa preocupação avoluma-se,

como tenho testemunhado e reivin-dicado ao longo dos tempos.

Como sustentação dos nossos pontos de vista sobra a matéria per-mitimo-nos exemplificar com o re-cente concurso para obras de recu-peração nos quartéis de bombeiros. Foram apresentados 92 projetos que contratualizavam no total cerca de 30 milhões. De todos eles foram aprovados 46 cujo valor correspon-dia a 15 milhões de euros, havendo apenas disponíveis 3 milhões.

Petrante este cenário que não queremos ver repetida exige-se uma análise imediata e profunda que coloque a tónica em matéria tão importante como são as infraestru-turas básicas no âmbito da Proteção Civil.

Ainda por cima, está comprovado que, na aplicação dos fundos comu-nitários, os bombeiros encontram-se nos primeiros lugares da execução efetivaefectiva de obras, logo, no ex-poente do sucesso da aplicação cor-retacorrecta dessas mesmas verbas.

Estaremos atentos à situação. Não deixaremos de continuar a cha-mar a atenção para a exiguidade dos meios previstos e continuarmos a pugnar para que sejam garantidas verbas minimamente suficientes para obras, equipamentos e renova-ção dos nossos parques de viaturas.

Uma coisa é certa. Os bombeiros e as suas associações não podem con-tinuar a ser penalizados no acesso aos fundos comunitários ou tratados como parentes pobres do Sistema.

Bombeiros não podem ser penalizados

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4 OUTUBRO 2015

O boletim da “Yasaki” de outubro faz referência à atribuição do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) àque-

la empresa por ocasião do Dia do Bombeiro Português comemora-do em Bragança em maio último.

Ao atribuir aquele galardão a LBP pretendeu homenagear a res-ponsabilidade social demonstrado pela empresa para com um dos seus funcionários, Armando Sousa, oficial bombeiro de 2.ª dos Bombeiros Voluntários de Lourosa, vítima de grave acidente em setembro de 2012 quando se dirigia numa viatura de comando para o combate a um incêndio. O “BP” teve a oportunidade de acompanhar a situação, testemunhando os momentos difíceis vivi-dos pelo Armando durante os 26 meses de tratamentos e cirurgias, durante os quais a empresa não deixou de acompanhar e apoiar.

CRACHÁ DE OURO DA LBP

“Yasaki” divulgadistinção recebida

Nem a chuva retira alegria às comemorações da Re-viver Mais. Foi com esta

Frase que José Manuel Loureço Batista, presidente da assem-bleia geral da Reviver Mais, se dirigiu aos convidados presen-tes na sessão solene realizada nos Bombeiros Voluntários de Sintra num sábado de autênti-co dilúvio naquele concelho. Sublinhando os valores da “so-lidariedade social”, “trave mes-tra” do papel da associação no apoio aos bombeiros portugue-ses, Lourenço Batista referiu que a Reviver Mais, que elegeu os novos órgãos sociais no iní-

cio do ano, já está a trabalhar na garantia de um futuro liga-do à “inovação”. “Apostámos

REVIVER MAIS ASSINALA 13.º ANIVERSÁRIO

Projeto da Casa do Bombeiro vai ser reformulado

O mau tempo, que assolou Sintra e outras zonas do país em 17 de Outubro último, obrigou ao cancelamento da

mostra de veículos clássicos de bombeiros com que a Revi-ver Mais pretendia realizar na zona fronteira ao Palácio Na-cional de Sintra, integrada nas comemorações do seu 13º aniversário.

A esse propósito, em comunicado, o conselho de adminis-tração executivo da Reviver manifestou “o mais profundo agradecimento aos corpo de bombeiros que, apesar da com-plexidade do momento, não regatearam esforços no sentido de garantirem a sua participação na iniciativa, rumando a Sintra”.

As associações e corpos de bombeiros voluntários em cau-sa são os seguintes: Algueirão-Mem Martins, Almoçageme, Barcarena, Dafundo, Belas, Ericeira, Montelavar, Parede, Queluz e Sintra.

Mau tempo não deixaver clássicos

O futuro dos bombeiros as-senta na lógica do “sangue

novo” e na “modernidade”, de-fendeu Jaime Marta Soares, o presidente da Liga dos Bombei-ros Portugueses (LBP), na ceri-mónia que marcou o arranque da 95ª Reunião de Trabalho da Comissão de Juventude do Co-mité Técnico Internacional do Fogo (CTIF).

O encontro internacional, que reúne 23 delegados de 12 paí-ses, aconteceu na sede da Esco-la Nacional de Bombeiros, em Sintra e contou ainda com as presenças do presidente da ins-tituição, José Ferreira, e do Di-retor Nacional de Bombeiros da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Pedro Lopes.

A delegação portuguesa nes-ta estrutura do CTIF, é compos-ta por Susana Spitzer, delegada da LBP, e Paulo Ferro, presiden-te da Comissão Coordenadora Nacional da Juvebombeiro. O encontro serviu para um debate largado de todas as problemáti-cas que envolvem os bombeiros e os jovens nos dias de hoje e as dinâmicas, que em cada país, têm vindo a ser desenvolvidas para acolher e inserir os jovens no universo dos bombeiros.

Estiveram presentes represen-

tantes da Áustria, Croácia, Repú-blica Checa, Finlândia, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo, Polónia, Eslovénia e Reino Unido. A LBP foi uma das entidades fun-

dadoras do CTIF e nele tem-se feito representar nas diversas comissões, que versam os domí-nios específicos da ação dos bombeiros, contribuindo para

muitas das alterações adminis-trativas, técnicas e operacionais, desenvolvimentos que têm ocor-rido nesse universo.

PC

CTIF

Comissão de Juventude reunida

em sangue novo como lógica de modernidade de forma a responder aos novos cenários do associativismo”, sublinhou o dirigente e fundador.

De seguida, Luís Miguel Ba-tista, presidente do conselho de administração executivo da Reviver Mais, deu a conhecer alguns dos objetivos de curto e médio prazo. Sobre o projeto da tão desejada Casa do Bom-beiro, com terreno cedido pela autarquia de Almada, na zona da Marissol, Luís Miguel Batista referiu que após sucessivos adiamentos, devido aos cons-trangimentos orçamentais dos últimos anos, está na altura de “reformular todo o projeto”, dando-lhe um nova lógica, de forma a torna-lo exequível e respondendo assim a um dos grandes objetivos da associa-ção. O responsável fez ainda um ponto de situação sobre os

protocolos celebrados, recen-temente, com várias institui-ções, prometendo para breve novidades nesta área.

Perante a presença na mesa do vereador da Ação Social da autarquia de Sintra, em repre-sentação do presidente Basílio Horta, Luís Miguel Batista lan-çou o desafio: Porque a memó-ria dos que serviram a causa dos bombeiros é um fator de orgulho, a Reviver Mais propôs ao autarca “apoiar as comemo-rações do 50,º aniversário do grande incêndio da Serra de Sintra que se assinalam para o ano”.

Na sessão solene do aniver-sário da Reviver Mais espaço

ainda para outra efeméride – os 10 anos de existência da NABUL (Associação de Bom-beiros Ultramarinos). Para as-sinalar a data, o presidente, comandante Manuel Correia,

distinguiu com o diploma de sócio honorário a Liga dos Bombeiros Portugueses, e Jai-me Marta Soares e Luís Miguel Batista, a título individual.

Patrícia Cerdeira

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5OUTUBRO 2015

Luís Meira, o responsável pelo departamento de formação em emergência do INEM, já assumiu

interinamente as funções de presidente do Insti-tuto, enquanto decorre o processo disciplinar ins-taurado pelo ministro da Saúde ao Major Paulo Campos que foi suspenso temporariamente de funções. Paulo Macedo, o ministro da Saúde se-guiu as recomendações da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), que sugeriu a aber-tura de um processo disciplinar a Paulo Campos, por ter concluído que a sua atuação foi ilegal, contrariando as regras do interesse público no caso do acionamento de um helicóptero para transporte de uma doente do hospital de Cascais para o de Abrantes, em Janeiro deste ano. Luís

Meira é funcionário do INEM há vários anos. O médico de carreira já dirigiu a delegação regional do Norte do instituto, bem como, o CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes).

PAULO CAMPOS SUSPENSO

Luís Meira assume interinamentea presidência

A base de dados nacional de incêndios florestais regis-

tou, no período entre 1 de ja-neiro e 15 de outubro de 2015, um total de 16090 ocorrências (3 288 incêndios florestais e 12820 fogachos) dos quais re-sultaram 62401 hectares de área ardida, entre povoamen-tos e matos. Comparando os valores deste ano com o histó-rico dos últimos 10 (2005-2014), destaca-se que se re-gistaram menos 18 por cento de ocorrências relativamente à média verificada no decénio 2005-2014 e ardeu menos 38 por cento do que o valor médio de área ardida para o mesmo período. Ainda de acordo com os dados do Instituto de Con-servação da Natureza e Flores-tas (ICNF), em 2015, e até ao dia 15 de outubro, a área ardi-da em povoamento é cerca de metade da média respetiva área ardida média. Outro dado

importante: até 15 de outubro foram registados 1 201 reacen-dimentos, menos 248 do que a média do período 2005-2014.

Perante um verão caracteri-zado por tempo quente e seco, o balanço acaba por ser “posi-tivo”. É pelo menos esta a opi-nião de José Manuel Moura, o Comandante Operacional Na-cional (CONAC) que no início deste mês apresentou publica-mente o balanço da fase mais crítica, a Charlie. José Manuel Moura, considerou que 2015 foi um ano “bem conseguido” apesar dos valores da área ar-dida representarem quase o triplo quando comparados com o ano “atípico” de 2014.

Do total de ignições regista-das este ano, 79 por cento re-sultaram em menos de um hectare de área ardida e 56 por cento foram registadas du-rante a Fase Charlie. José Ma-nuel Moura atribuiu os resulta-

dos deste ano às alterações introduzidas no dispositivo de combate a incêndios, entre as quais a “grande musculação na primeira intervenção” e na uti-lização de meios aéreos no combate inicial a incêndios. José Manuel Moura considera pouco correto comparar os da-dos dos incêndios deste ano com os registados em 2014, por este ter sido o melhor ano da década.

Este ano, foram registados cinco incêndios com uma dura-ção superior a 24 horas, todos eles ocorridos no mês de agos-to: Terras de Bouro, Vila Nova de Cerveira, Monção, Gouveia e Sabugal. Relativamente às ignições por distrito, Castelo Branco, Portalegre, Santarém e Setúbal registaram valores “ligeiramente” acima da média dos últimos 10 anos, enquanto que, em matéria de área ardi-da, os distritos de Beja, Guar-

2015 CORREU BEM

Arderam 62 mil hectares

da e Viana do Castelo apresen-taram valores acima da média do decénio.

Relativamente aos 10 conce-lhos com maior número de ocorrências, seis integram o distrito do Porto (Penafiel, Pa-redes, Gondomar, Amarante, Felgueiras e Vila Nova de Gaia). Os restantes são Montalegre (Vila Real), Cinfães (Viseu), Ar-cos de Valdevez (Viana do Cas-telo) e Guimarães (Braga).

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6 OUTUBRO 2015

O período subsequente à fundação da LBP é mar-cado por enorme espírito

de iniciativa e solidariedade para que a instituição se consiga afirmar.

A nova organização não pode agir na clandestinidade. Por isso, uma das primeiras preocu-pações dos fundadores vai no sentido de estabelecer uma mo-rada certa.

Durante a fase de organiza-ção e dada a inexistência de re-cursos financeiros para a manu-tenção de instalações próprias, a Liga conta com a boa vontade dos Bombeiros Voluntários dos Estoris, que acolhem, no res-pectivo quartel, a sua primeira sede provisória. A solução en-contrada tem a ver com a reali-zação do Congresso, no Estoril, a par do facto do comandante Joaquim do Nascimento Gouri-nho, dos Bombeiros Voluntários dos Estoris, ser um dos funda-dores da Confederação e mem-bro da respectiva Comissão Executiva.

Depois do Estoril, é a vez de Lisboa, por imperativos dos ter-mos estatutários, que estabele-cem a localização da sede na capital. Porque continua a não haver condições para arrenda-mento de espaço, a Liga apro-veita as facilidades concedidas pela revista “O Fogo”, instalan-do-se no local onde funcionam a Redacção e Administração da-quele órgão, especializado em assuntos de segurança e assis-tência pública. A sede da passa a funcionar na Rua dos Correei-ros, 60 – 1.º. Mais uma vez, so-bressai a influência de Joaquim do Nascimento Gourinho, que era Administrador da revista, e de José Luiz Ricardo, director, também ele membro da Comis-são Executiva da Liga e coman-dante dos Bombeiros Voluntá-rios da Parede.

Em 1933, no seguimento da extinção da revista “O Fogo”, que passa a dar lugar à publica-ção do Boletim da LBP, a firma Jaime Firme Rocha, Limitada, entidade proprietária do desa-parecido título, cede uma sala nas suas instalações, sitas na Rua do Jardim do Regedor, 24 – 2.º, para funcionamento da se-cretaria da Confederação.

Só em 1935, no dia 16 de Ju-nho, a Liga inaugura as suas pri-meiras instalações próprias, si-tuadas na Rua de S. Paulo, 9 – 1.º. O melhoramento, além de satisfazer uma velha aspiração, confere uma nova dimensão à estrutura funcional da LBP, fa-zendo-se incidir no apoio dis-pensado às associações e cor-pos de bombeiros com quem mantém relação filiar. Nesse

pressuposto, em Dezembro de 1937, o Boletim institucional dá conta da seguinte informação:

“A partir do dia 1 de Janeiro, a Secretaria da Liga, na Rua de S. Paulo, n.º 9 – 1.º (Telefone 26192) encontrar-se-á aberta todos os dias úteis, das 17 às 19 horas. As reuniões do Conselho Administrativo e Técnico conti-nuam a ser todas as primeiras e terceiras segundas-feiras de cada mês.”

Quatro anos depois, em 1939, é a vez de nova fixação, na Rua Barata Salgueiro, 29 – 2.º Esq., num edifício proprieda-de do comandante Abel Gomes Pólvora, dos Bombeiros Volun-tários de Sesimbra, ao tempo presidente do CAT. O melhora-mento traduz uma nova fase do desenvolvimento repentino da acção institucional:

“Trata-se de uma sede bas-tante modesta, mas com um aspecto aceitável, com boa lo-calização e onde os nossos ser-viços se dispõem mais larga-mente e com as exigências que dentro dessa modéstia, se po-deriam verificar. A nova sede, que começou a funcionar no dia 1 de Maio de 1939, comporta actualmente uma Secretaria, um gabinete para a Presidên-cia, outro para o Secretário Ge-ral e Tesouraria, uma Saleta de visitas ou de espera, uma Sala para as reuniões do Conselho Administrativo, uma Sala para Museu, uma ampla Sala para

sessões plenárias, uma casa de arquivo, uma divisão reservada a corredor de acesso aos referi-dos compartimentos, todos eles independentes e sofrivel-mente mobilados, excepto a Sala de sessões, cujo mobiliá-rio não poude ainda ser adqui-rido por falta dos necessários recursos.”

Por se revelarem acanhadas e pouco eficientes, as mesmas instalações sofrem obras de am-pliação em 1964. Só a generosi-dade do comandante Abel Go-mes Pólvora, na qualidade de senhorio, permite a ocupação do andar contíguo. Os serviços alargam-se a todo o piso, depois de realizadas obras de adapta-ção, inauguradas por ocasião do 32.º aniversário da LBP. O acto inaugural é presidido pelo mi-nistro do Interior, Alfredo dos Santos Júnior, que faz o corte da fita simbólica, depois de recebi-do por uma guarda de honra dos seis corpos de bombeiros volun-tários da cidade de Lisboa, per-filada ao longo da Rua Barata Salgueiro.

Na parte nova do andar, si-tuam-se os serviços de secreta-ria, gabinetes do secretário e tesoureiro, arquivos, sala de lei-tura e redacção do Boletim. Quanto à área já ocupada, mas também ela devidamente remo-delada, permanece o Museu Jú-lio Cardoso (ampliado com mais duas salas), os gabinetes do presidente e do conservador, as

“Casas” da LigaPesquisa/Texto:

Luís Miguel Baptista

Fotos:

Arquivo LBP/NHPM

salas de honra, da direcção e das sessões.

As obras de ampliação cum-prem a sua função durante mais de 20 anos. Mas durante esse período, em 1968, a Liga corre o grave risco de ficar sem a sua sede. Por morte do co-mandante Abel Gomes Pólvora, proprietário das instalações, os seus herdeiros invocam o direi-to de actualização do arrenda-mento, fixando-o num valor di-fícil de suportar. Inesperada-mente, uma renda que era de 1.500$00 passa para 4.500$00. A Confederação subsiste, em exclusivo, da receita da quoti-zação das suas filiadas. O au-mento de 3.000$00 mensais contraria todas as possibilida-des financeiras. Temporaria-mente, o CAT vê-se obrigado a recorrer a “um malabarismo administrativo”. Face ao acon-tecido, propõe ao Congresso o aumento de quota a fim de do-tar o orçamento da verba ne-cessária à manutenção da sede social, argumentando:

“Só V. Excelências poderão decidir, aquilatando o trabalho realizado e não esquecendo que a nossa sede, é o espelho de toda a nossa organização e que tem de ter a dignidade suficien-

te para receber condignamente, todos os que nos visitam, não só nacionais como estrangei-ros.”

O problema do arrendamento é solucionado, a contento das várias partes envolvidas no pro-cesso. Passados menos de 18 anos sobre o acontecido, isto é, já na década de 80, tanto a di-mensão do espaço como toda a ambiência não se compadecem com a grandeza da actividade da Confederação, por força do seu crescente protagonismo, no âmbito do novo enquadramento social das estruturas dos bom-beiros portugueses. O estado do edifício apresenta-se visivel-mente degradado, facto que nem ao ministro da Administra-ção Interna, Eduardo Pereira, passa despercebido, aquando da visita de trabalho efectuada à LBP, no dia 11 de Agosto de 1983, manifestando-se impres-sionado com o envelhecimento das instalações.

Ao longo dos anos, desenvol-vem-se estudos e tentativas para construção de um edifício--sede, mas não são conseguidas condições que habilitem a evo-lução do respectivo processo.

Apenas em 1991, na presi-dência de José Manuel Lourenço

Baptista, a Liga adquire, com capitais próprios, uma moradia sita na Rua Eduardo de Noro-nha, 5 e 7, tendente à instala-ção parcial dos serviços admi-nistrativos, o que veio a aconte-cer no início do ano de 1993.

Sem perder de vista a cons-trução de uma sede de raiz, em consequência de tentativas pas-sadas, os responsáveis da Liga, depois de encetadas várias dili-gências, obtêm, da parte da Câ-mara e da Assembleia Municipal de Lisboa, em Dezembro de 1992, o direito de superfície de um terreno constituído por 1 854 m2, situado na Rua de Campolide, à Avenida José Ma-lhoa.

O segundo andar do número 29 da Rua Barata Salgueiro sub-siste, no entanto, como sede da Confederação, até 1999, ano em que é totalmente desocupa-do, no seguimento de um pro-cesso de negociação com o res-pectivo proprietário. A partir desta data, a sede passa, em definitivo, para as instalações da Rua Eduardo de Noronha.

Artigo escrito de acordocom a antiga ortografia

Site do NHPM da LBP:www.lbpmemoria.wix.com/

nucleomuseologico

Primeira sede própria, na Rua de S. Paulo Sede na Rua Barata Salgueiro

Actual edifício-sede da LBP

Cerimónia no interior do edifício da Rua Barata Salgueiro

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7OUTUBRO 2015

Em Portugal existem 7454 bombeiros integrados no

Quadro de Honra (QH) das as-sociações e corpos de bombei-ros do Continente. Os números atualizados referem-se ao Re-censeamento Nacional de Bom-beiros Portugueses (RNBP) da Autoridade Nacional de Prote-ção Civil. Olhando para os da-dos disponibilizados ao ‘Bom-beiros de Portugal’, conclui-se que é no distrito de Lisboa que o número de elementos no QH é superior, com cerca de 1400 bombeiros. Pelo inverso, o dis-trito de Bragança conta com o menor número, 121 elementos. (ver tabela)

O ‘BP’ tentou fazer uma ca-racterização mais aprofundada do Quadro de Honra dos nos bombeiros portugueses - faixa etária, postos, entre outros ele-mentos, mas segundo fonte da ANPC o sistema informático não permite uma leitura rápida dos número por incapacidade técni-ca do mesmo.

É sabido que muitos elemen-tos do QH, não obstante esta-rem afastados de atividades operacionais, continuam a de-sempenhar funções importan-tes nas associações e corpos de bombeiros de origem. Desde

funções protocolares, apoio ad-ministrativo, reforço das estru-turas de formação interna, in-

cluindo, nalguns casos, o pró-prio acompanhamento das es-colas de infantes e cadetes.

Desse modo, apesar de afasta-dos das missões operacionais, os bombeiros do QH continuam

devotados no desenvolvimento das atividades das associações e dão um testemunho vivo do

ditado que diz que “velhos são os trapos”.

Patrícia Cerdeira

N.º de elementos no QH(por distrito)

DISTRITO N.º elementos Q. HonraAVEIRO 578BEJA 143BRAGA 489BRAGANÇA 121CASTELO BRANCO 263COIMBRA 311ÉVORA 259FARO 175GUARDA 379LEIRIA 402LISBOA 1377PORTALEGRE 185PORTO 1030SANTARÉM 450SETÚBAL 397VIANA DO CASTELO 167VILA REAL 270VISEU 458Total 7454

Fonte: RNBPData: 14/10/2015

RECENSEAMENTO NACIONAL BOMBEIROS

QH representa cerca de 20 por cento

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8 OUTUBRO 2015

Na sequência do definido no regulamento, termi-

nou no dia 30 de setembro de 2015 o período de candi-daturas ao PRÉMIO BOAS PRÁTICAS ANPC 2015 – Se-gurança e Saúde Ocupacio-nal nos Corpos de Bombei-ros.

Ao todo foram efetuadas 41 candidaturas de Boas Práticas em Segurança e Saúde Ocu-pacional, provenientes de 12 Corpos de Bom-beiros, distribuídas pelas seguintes áreas te-máticas: Urbanos e Industriais (2), Transporte de Doentes (3), Intervenção Pré-Hospitalar (5), Segurança Rodoviária (9), Incêndios Flo-restais (10) e Instalações de Corpos de Bom-beiros (12).

O júri que vai analisar as candidaturas é composto pelos seguintes elementos:

a) Diretor Nacional de Bombeiros da ANPC;b) Representante da Liga dos Bombeiros

Portugueses;c) Representante da Escola Nacional de

Bombeiros;d) Representante da Autoridade para as

Condições do Trabalho

e) Prof. Doutor Paulo Marques da Universi-dade Europeia, doutorado em Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho.

As próximas fases do Prémio são as seguin-tes:

• Análise das candidaturas pelo Júri com base no formulário de candidatura e respetiva documentação de apoio remetida;

• Seleção das 3 candidaturas finalistas;• Visita de avaliação aos Corpos de Bom-

beiros das 3 candidaturas finalistas, para re-colha de informação adicional e validação da Boa Prática submetida.

Para mais informações ou esclarecimentos, contate a Divisão de Segurança, Saúde e Es-tatuto Social da Direção Nacional de Bombei-ros (ANPC), através do telefone 214 247 100 ou do endereço eletrónico [email protected].

Prémio de Boas Práticas 2015 – seminário técnico

ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇAAUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL

A Rip Curl Europe ofereceu, à Escola Nacional de Bombei-

ros (ENB), 32 equipamentos de neoprene, vulgarmente desig-nados por fatos de surf.

A oferta foi formalizada no dia 16 de outubro em Peniche, na sede da empresa, por José Farinha o representante da co-nhecida marca em Portugal,

Este equipamento, que tem um valor de mercado na ordem dos 5000 euros, será utilizado pelos formandos dos diversos módulos que a ENB ministra na área do salvamento náutico.

ENB

Rip Curl apoia formação de bombeiros

A Câmara Municipal de Pa-redes decidiu recente-

mente atribuir 532 mil euros de subsídio às cinco associa-ções de bombeiros e às duas delegações da Cruz Vermelha Portuguesa do concelho até ao final do mandato do atual executivo, em 2017. Cada associação de bombeiros vai receber 101.600 euros, en-quanto as duas delegações da Cruz Vermelha, das fre-guesias de Sobreira e de Vile-la, recebem 12 mil euros cada.

O apoio atribuído pela Autarquia de Paredes tem duas vertentes, de subsídio ordinário de sub-sídio ao pagamento dos prémios de seguro das viaturas.

“Apesar das fortes restrições orçamentais a que a autarquia tem vindo a ser sujeita devido à

contínua diminuição das receitas municipais, é com grande satisfação que fazemos este esforço de apoio de mais de meio milhão de euros a ins-tituições tão importantes para a sociedade como os bombeiros voluntários e a Cruz Vermelha Por-tuguesa”, salientou Celso Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Paredes.

PAREDES

Mais de 500 mil euros em subsídios

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A Câmara Municipal de Palme-la procedeu à atribuição,

pela primeira vez, da medalha municipal de comportamento exemplar a bombeiros das três associações humanitárias do concelho, após a conclusão do processo participado de elabo-ração do respetivo regulamen-to.

O presidente da Autarquia, Álvaro Amaro, presidiu à ceri-mónia de entrega de medalhas de 15, 20 e 25 anos de serviço aos bombeiros que se tenham distinguido também pelo zelo, dedicação e exemplar compor-tamento no exercício da fun-ção.

A medalha municipal grau ouro (25 anos) foi atribuída aos bombeiros, António Pereira, An-tónio Serrano Pereira, Orlando Felício, Paulo Silva e Sérgio Ro-

cha (Bombeiros Mistos Águas de Moura), Emília Carvalho, Jorge Carvalho, Manuela Rodri-gues, Paulo Amaral e coman-dante Raul Prazeres (Pinhal

PALMELA

Autarquia distingue voluntários

Novo) e, Afonso Ferreira, Álvaro Pires, António Canato, Eduardo Martins, Fernando Rego, Fran-cisco Jones, João Pila, José Sil-va, Manuel Batista, Mário André e Paulo Santos (Palmela).

A medalha de prata (20 anos) foi entregue a Edgar Jorge, Ma-ria Benvinda Felício e coman-dante Rui Laranjeira (Águas de Moura) e João António Costa (Pinhal Novo).

Com a medalha de grau co-bre (15 anos) foram distingui-dos, os bombeiros Carlos Lou-

reiro (Pinhal Novo) e Joaquim Grandão e Rafael Ferreira (Pal-mela).

A cerimónia, realizada no ci-ne-teatro S. João, em Palmela, contou também com as presen-ças, da presidente da Assem-bleia Municipal, Ana Teresa Vi-cente, dos representantes da Liga dos Bombeiros Portugue-ses e da Federação de Bombei-ros do Distrito de Setúbal, Rui Rama da Silva e comandante Paulo Vieira, os comandantes de Agrupamento Centro/Sul e

distrital de Setúbal da ANPC, Elísio Oliveira e Patrícia Gaspar, vereadores presidentes de jun-ta e dirigentes e elementos de comando das três associações de bombeiros do concelho.

Antes da entrega das meda-lhas, as três associações, a Au-tarquia e a Associação de Estu-dos de Economia Solidária do Atlântico (ACEESA) assinaram um protocolo no âmbito do de-senvolvimento do projeto EQUO – Igualdade de Género na Eco-nomia Social e Solidária.

Um empresário da área da restauração de Cascais,

José Alexandre Ramos, to-mou a iniciativa de oferecer à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cascais um conjunto de equipamentos para utilizar na prestação do socorro pré--hospitalar que ultrapassa o valor de cinco mil euros.

A oferta agora concretiza-da vai permitir reforçar o nú-mero de equipamentos já existentes nas ambulâncias de socorro como também renovar os existentes, no-meadamente, colares cervi-cais e planos duros. Por outro lado, possibilita também a normalização do acervo de equipa-mentos em todas as ambulâncias de socorro garantindo assim que todas passem a dispor indistintamente dos mesmos equipamentos.

Segundo fonte da Associação, “há muito que se desejava proceder a estas mudanças e substituições mas só agora, com esteve do-nativo, elas se tornaram possíveis na totali-dade”.

CASCAIS

Doado equipamento pré-hospitalar

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9OUTUBRO 2015

Mais de uma dezena de operacionais dos Bombeiros de Portimão frequentaram, em

formação Unidade Local de Formação de Vila Real Santo António, o Curso de Combate a In-cêndios Urbanos e Industriais (nível 1).

Esta ação formativa, que reuniu para além dos 11 elementos dos Bombeiros de Portimão,

três dos Municipais de Tavira e dois dos Volun-tários de Albufeira, foi ministrada pelos For-madores externos da Escola Nacional de Bom-beiros, Valter Raimundo, João Horta e António Águas, que desafiaram as competências des-tes 16 operacionais numa área de fulcral im-portância.

PORTIMÃO

Bombeiros em cursode incêndios urbanos e industriais

O Secretário Regional da Saú-de dos Açores defendeu,

em Angra do Heroísmo, a im-portância da certificação a nível nacional do Centro de Forma-ção do Serviço Regional de Pro-teção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), na ilha Ter-ceira, considerando que irá “im-pulsionar” a formação dos bom-beiros da região.

Luís Cabral, que falava à margem de uma visita aos cur-sos de controlo de ‘Flashover’ e ‘Flashfire’ minis-trados neste centro pelo Regimento de Sapado-res Bombeiros de Lisboa, salientou que a forma-ção de formadores locais e a certificação “vão permitir dar autonomia” ao SRPCBA para minis-trar estes cursos.

“As formações em ‘flashover’ e ‘flashfire’ têm como objetivo principal certificar os cenários do

Centro de Formação do SRPCBA o que permite replicar estes cursos a todos os bombeiros dos Açores”, frisou.

Luís Cabral destacou o, recente, investimento de cerca de 70 mil euros na requalificação e re-modelação do centro de formação, de forma a garantir não só a certificação, mas também a se-gurança dos bombeiros.

AÇORES

Centro regional tem certificação nacional

A Escola Nacional de Bombeiros (ENB) lan-çou no passado dia 6 de outubro, cinco

concursos para recrutamento de 628 forma-dores externos nas áreas de Condução Fora de Estrada (152 vagas), Combate a Incêndios Urbanos e Industriais (138 vagas), Salvamen-to e Desencarceramento (211 vagas), Lide-rança e Motivação Humana (38 vagas) e Ope-radores de Telecomunicações (89 vagas).

As candidaturas foram, entretanto, analisa-das e as provas de seleção deverão ter início ainda em novembros.

O mês de outubro marcou também o reto-

mar das auditorias à formação ministrada pela ENB nos corpos de bombeiros e nas Unidades Locais de Formação. Depois das 14 auditorias tutoradas que se realizaram, nos meses de ju-nho e julho, os auditores técnicos vão voltar ao terreno para efetuar uma nova série de au-ditorias. Conforme explícito no website da ENB, as auditorias à formação têm como prin-cipais objetivos dar cumprimento às obriga-ções de entidade formadora certificada e cer-tificadora e garantir a uniformização do pro-cesso de formativo dos bombeiros portugue-ses.

ENB

Processo de formação externa consolidado

A Escola Nacional de Bombeiros (ENB) foi refe-renciada num artigo da Hemmingfire, o web-

site da editora de várias publicações do setor da proteção e socorro entre as quais as revistas “In-dustrial Fire Journal” e a “Fire&Rescue”.

Com o título “Tackling the challenge of wildfire

training with virtual reality”, o texto aborda a in-trodução da simulação e realidade virtual na for-mação de combate a incêndios florestais em qua-tro países: França, Portugal, Estados Unidos da América e Austrália.

É possível aceder ao artigo no site da ENB.

SIMULADORES E REALIDADE VIRTUAL

Portugal entre os primeiros

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10 OUTUBRO 2015

É com um misto de vaidade e de bairrismo que o presi-dente da Real Associação

Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima, João Pedro Saraiva, escancara as portas desta respeitável ins-tituição do distrito de Viana do Castelo, que a assinalar 128 anos de existência não acusa o desgaste do passar do tempo e até se afirma e distingue pela forma aguerrida como constrói o presente e projeta o futuro.

João pedro Saraiva é um cice-rone que se distingue pela for-ma (quase) eloquente como conduz os forasteiros numa visi-ta a uma enorme casa que fervi-lha de atividade, tanto a nível associativo, como operacional.

Cerca de 130 bombeiros, dois quartéis devidamente equipados e exigentes padrões qualidade são os recursos colo-cados 24 horas por dia ao ser-viço dos 42 mil habitantes des-te concelho minhoto. Este dis-positivo é ainda reforçado por duas Equipas de Intervenção Permanente (EIP), uma na sede e outra na secção desta-cada do Freixo, uma situação única no Pais, justificada pela dimensão e as características do território.

Para complementar esta am-pla oferta, a associação tem ainda um posto clínico que fun-ciona 24 horas por dia, com duas enfermeiras em perma-nência, sendo que uma integra sempre a tripulação dos servi-ços de emergência pré-hospita-lar, uma prática antiga que, se-gundo revela o presidente, terá “inspirado” ou estado na géne-se da criação da viatura Supor-te Imediato de Vida (SIV) do INEM.

Registe-se que a vasta ativi-dade da associação inclui, tam-bém, o transporte de crianças com necessidades especiais, no âmbito de um protocolo estabe-lecido Ministério da Educação.

Num território exigente im-porta não apenas garantir os meios – nos quartéis de Ponte de Lima, nada falta - mas, tam-bém a segurança dos bombei-ros nos diferentes teatros de operações. Neste âmbito, o co-mandante Carlos Lima faz questão de evidenciar o esforço da direção que muito tem in-vestido em Equipamentos de Proteção Individual, em espe-cial para combate a incêndios urbanos, uma área que apre-sentava algumas lacunas, até porque dada as características

do território os fogos florestais são a grande e maior preocupa-ção.

“Eu tenho que ter a certeza que o número de elementos que sai do quartel para uma qualquer ocorrência é mesmo que regressa”, assinala o presi-dente, garantindo que as ver-bas aplicadas nos equipamen-tos dos operacionais não en-tram na rubrica da despesa, mas sim na do investimento.

Nesta linha não é de estra-nhar que a formação seja uma área de intervenção prioritá-rias, como aliás refere o co-mandante, salientando a pre-paração dos efetivos nas valên-cias de socorros a náufragos, resgate em grande ângulo e espaços confinados e mais re-centemente em incêndios ur-banos.

“Temos aproveitado toda a oferta da Escola Nacional de Bombeiros”, sublinha o respon-sável operacional, alertando que “desconhecimento pode estar na origem de acidentes que ponham em causa a segu-rança dos bombeiros”.

E porque o concelho de Pon-te de Lima cresceu e desenvol-veu-se, apresentado novos de-safios aos bombeiros, nomea-

PONTE DE LIMA

Associação investe na valorizaçãoda “marca bombeiro”

A Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima apresenta-se como instituição voltada para o exterior, que procura projetar-se pela qualidade do serviço

prestado às populações deste concelho minhoto, com o firme propósito de valorizar a “marca bombeiro”.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

damente com a instalação de vários parques industriais, a associação aguarda uma opor-tunidade para formar operacio-nais em “incêndios industriais e matérias perigosas”.

Inaugurado em 2012, o quar-tel sede, revela-se um espaço amplo e operacional aliás proje-tado à escala e às necessidades deste corpo de bombeiros, con-forme declara João Pedro Sarai-va. O complexo alberga ainda a Base de Apoio Logístico do dis-trito de Viana do Castelo. Para breve, esta prevista a constru-ção de um campo de treinos, uma estrutura considerada “fundamental” para a prepara-ção dos operacionais

Situado a cerca de 25 quiló-metros da sede do município, o Destacamento do Freixo foi criado há 13 anos, com o intuito de acrescentar prontidão ao so-corro. Atualmente são 30 os elementos que integram esta

seção avançada, contudo a in-tenção é “duplicar o efetivo”, diz o comandante. Para tal, o pe-queno e improvisado quartel receberá obras de ampliação e requalificação. A empreitada, que deverá ter início “ainda este ano”, orçada em cerca de 380 mil euros, prevê a constru-ção de um parque de viaturas, bem como de camaratas e bal-neários, e visa assegurar “todas as condições de operacionalida-de e de comodidade aos ho-mens e mulheres, que servem nesta área do concelho.

A Câmara Municipal de Ponte de Lima tem-se revelado “uma excelente parceira” da associa-ção envolvida e comprometida com a causa, patrocinando muitos dos projetos dos seus bombeiros. Da mesma forma, também as 39 juntas de fre-guesia estão sempre “disponí-veis” para colaborar com a ins-tituição.

O presidente regista com agrado uma enorme proximi-dade com a comunidade, uma conquista desta equipa, que se traduz em apoios vários não só da população que participa nas ações promovidas pela associa-ção, mas também de vários be-neméritos e da comunidade emigrante.

“Voltámo-nos para o exte-rior, mostramos o nosso traba-lho, damos a conhecer os pro-jetos e os contributos vão che-gando”, refere João Pedro Sa-raiva

Nesta casa, garantem dire-ção e comando, “o sucesso ad-vém do trabalho”, que impõe a todos disponibilidade e, muitas vezes, alguns sacrifícios. Esta entrega incondicional à causa é contudo compensada pela crescente “valorização da mar-ca bombeiro”, conforme faz questão de salientar João Pedro Saraiva.

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11OUTUBRO 2015

Se juntarmos vários respon-sáveis operacionais e asso-ciativos para debater o

funcionamento do SGTD, fica claro que o transporte de doen-tes não urgentes não funciona de igual forma em todo o país, contrariamente ao que foi dito pelo Ministério da Saúde (MS) a quando da sua implementação. Questionado pelo ‘BP’, o ministé-rio, através do departamento de Serviços Partilhados, garante que os critérios de atribuição de agrupamentos no SGTD, “são

geridos de igual forma para to-das as ARS”

Em resposta enviada ao nosso o jornal, o MS diz mesmo: “Não existe qualquer opção sistémica em priorizar uma dada Entidade Transportadora em detrimento de outra, nem existe opção de atribuir à Entidade Transportado-ra mais próxima”. Mais à frente, a tutela acrescenta que o siste-ma só tem um critério: o critério de distribuição equitativa dos agrupamentos às entidades transportadoras que atuam na

SISTEMA DE GESTÃO DE TRANSPORTE DE DOENTES

Áreas de atuação não são respeitadas

O Sistema de Gestão de Transporte de Doentes (SGTD), sistema informático que suporta a gestão integrada do transporte de doentes não urgentes, foi apresentado aos bombeiros e outros prestadores como

sendo a solução para uniformizar todo o processo com ganhos para o Estado e

também para os bombeiros. Na verdade, não é assim que as associações e corpos de bombeiros encaram o SGTD. Os bombeiros

queixam-se de tratamento “desigual”. Mais, denunciam que as áreas administrativas e

operacionais “não estão a ser respeitadas”.

Texto: Patrícia Cerdeira

Fotos: Marques Valentim

mesma área de residência dos utentes agrupados. “Esta distri-buição é feita de forma a que o valor resultante desses agrupa-mentos seja o mais próximo pos-sível para as várias entidades transportadoras que atuam na mesma área”.

A questão levanta-se quanto se analisa o SGTD num critério mais fino. É que o transporte é feito com base em agrupamen-tos de transporte e estes são de-finidos pelos Agrupamentos dos Centro de Saúde (ACES). É á ACES que o MS delega a função de compor os grupos de utentes a transportar pelos bombeiros ou pela Cruz Vermelha. E na respos-ta que o ministério dá ao ‘BP’, fica claro que é neste ponto que estão as situações que os bom-beiros contestam. Na nota envia-da à nossa redação pelos Siste-mas Partilhados do Ministério da Saúde pode ler-se: “No caso das fidelizações, se, por algum moti-vo, a ARS definir que o utente A só pode ser transportado pela entidade transportadora X, todos os agrupamentos onde esse utente conste, serão atribuídos à Entidade Transportadora fideliza-da. Relativamente à forma como as Entidades Supervisoras deci-dem as fidelizações - e aí sim, pode haver diferenças no critério aplicado, é uma questão que de-

verá ser colocada aos mesmos, não está relacionada com o me-canismo de atribuição automáti-co do SGTD”.

E o ministério até dá um exemplo: “Usando o Concelho de Beja como exemplo, é mais van-tajoso para uma entidade trans-portadora que efetue apenas um agrupamento com destino a Lis-boa, que outra que tenha três agrupamentos com destino em Beja no mesmo período de tem-po. É este tipo de situações que o mecanismo de distribuição equi-tativa tenta acautelar”.

À Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP) têm chegado várias queixas sobre a forma como está a ser gerido o transporte de doentes pelas ARS, um pouco por todo o país.

No distrito de Porto os critérios são diferentes, por exemplo, dos aplicados em Viseu, e, mais a sul, em Beja, os bombeiros até dizem que os privados levam vantagem com esta formula. So-bre isto, Rodeia Machado, vice--presidente da LBP lembra: “Ti-vemos sempre a garantia de que os bombeiros seriam a primeira opção”. Mais, lembra o responsá-vel, a Assembleia da República chegou mesmo a aprovar uma resolução na qual ficou definido que em meteria de transporte de doentes não urgentes, “a priori-

dade do transporte era dos bom-beiros”.

Confrontado com a posição do MS, Rodeia Machado admite que o problema não está no sistema em si, mas antes, no “processo de fidelização os doentes/uten-tes com as entidades transpor-tadoras”, da responsabilidade das ARS. E Rodeia Machado dá como exemplo a sua associação, os Bombeiros Voluntários de Beja: “Somos muitas vezes pre-teridos no circuito. O sistema envia primeiro o pedido para o Agrupamento da Cruz Vermelha (CV), e, só em último, para a as-sociação de Beja, não se poden-do alterar na plataforma ou re-cusar o pedido de transporte”, acrescenta o dirigente. “Os ser-viços feitos em Beja (cidade e periferia) são realizados, maiori-tariamente, pela associação, já que a CVP só realiza transportes de longo curso – transferências para Lisboa. Só para se ter uma ideia, as viaturas de Beja fazem 400 quilómetros por dia, com serviços pagos a 7.50 euros para o primeiro doente e 1,5 euro para os seguintes. Não é compa-rável com os valores dos trans-portes de longo curso realizados pela CV”, conclui.

Rodeia Machado lembra ainda que a Liga tem feito várias dili-gências junto das diferentes ARS

para inverter esta situação, e este é um processo que a Confe-deração vai continuar a manter na lista de questões a apresentar ao futuro governo.

Os bombeiros estão a encobrir o sistema

José Requeijo, comandante dos Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira, distrito de Viseu, é outro dos críticos do modelo que decorre da aplica-ção do SGTD. O também diri-gente da Liga não tem dúvidas, se a “divisão administrativa” do país fosse levada em conta, o sistema teria de aplicar as “zo-nas operacionais” e não tería-mos as associações a serem tratadas de forma “desigual”. “Tal como está, só as associa-ções que ficam mais longe das unidades centrais de saúde são beneficiadas. Lembro que não foi nada disto que ficou defini-do, a ideia era aplicar um mo-delo de proximidade e o que está a acontecer é o seu contrá-rio”, denuncia José Requeijo que conclui: “Não sei qual a melhor forma de dar a volta mas, é preciso que os bombei-ros tomem posição porque des-ta forma estamos a encobrir um sistema que não trata todos por igual”.

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Ponta Delga-da, nos Açores, recebeu, durante verão, a visita de mais de quatro

centenas crianças e jovens dos unidade de ATL e creches do concelho.“Todas as visitas foram diferentes, estimulantes e instrutivas. Os

jovens visitantes tiveram a oportunidade de, através de atividades lúdico pedagógicas, conhecer a “Missão Bombeiro”, de visitar as insta-lações, manusear alguns equipamentos usados pelos operacionais e, até, aprender “Ordem Unida””, refere a bombeira de 3.ª Maria do Car-mo Costa, Gestora e Coordenadora do Centro de Formação e Treino da associação e responsável por este projeto..

Paralelamente a associação promoveu também várias ações de sen-sibilização destinadas aos mais novos mas também a educadores e familiares.

Desta forma, os Bombeiros de Ponta Delgada reforçam a aposta no ”empreendedorismo social como ferramenta de desenvolvimento do “espírito de entreajuda, camaradagem e disciplina”.

PONTA DELGADA

Mais de 400 crianças no Centro de Formação e Treino

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12 OUTUBRO 2015

“Esta casa tem um his-torial marcado pela boa gestão, pela or-

ganização e pela estabilidade financeira”, garante ao jornal Bombeiros de Portugal, Artur Granja, atual presidente da di-reção da Associação Humanitá-ria dos Bombeiros Voluntários de Vieira de Leira, dando conta de um auspicioso legado dos antecessores, que permitiu a esta nova equipa, sem sobres-saltos, “honrar os fundadores”, contribuindo para o engrande-cimento do projeto lançado, em janeiro de 1947.

Desde logo, a grande preo-cupação da direção foi uma ampla e transversal moderni-zação da instituição, tanto a ní-vel associativo, como operacio-nal. Artur Granja dá conta dos investimentos em ferramentas informáticas, mas também em equipamentos para os opera-cionais e ainda na requalifica-ção do quartel.

“Era importante valorizar e dar ânimo, motivar os nossos bombeiros que estavam aqui um pouco presos à rotina. Sen-timos a necessidade de respon-

der às suas exigências e espec-tativas, nomeadamente em matéria de formação”, revela o dirigente associativo, dando, assim, conta de um multiface-tado plano de ação, que obri-gou a equipa a trabalhar em várias frentes.

“Longe vão uns tempos em que qualquer um era bombeiro. Os operacionais de hoje têm que ter formação, preparação, instrução, até porque os desa-fios são cada vez maiores”, sa-lienta o presidente, que diz ab-dicar de uma “gestão perfeita”, em prol do investimento na qualidade e segurança dos bombeiros.

O quadro ativo conta agora com mais de meia centena de operacionais, mas o coman-dante Rui Silva revela preocu-pações, pois o elevado grau de exigência a que estão sujeitos, esbarra na diminuída disponibi-lidade dos voluntários, com au-mentadas obrigações profissio-nais e familiares.

Ainda assim, o comandante fala com orgulho do seu efetivo sempre pronto a colaborar com a instituição, a suprir as lacu-

VEIRA DE LEIRIA

Acrescentar valor para “honrar os fundadores”Na sexagenária Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vieira de

Leira imperam dinamismo e determinação, fatores que, desde sempre, têm preservado

a estabilidade financeira e fomentado o crescimento.

Ontem, tal como hoje, muito trabalho e algum arrojo, continuam a assegurar a

projetar esta instituição do concelho da Marinha Grande, que se afirma, também,

pelo exemplo.Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

nas e a complementar a ativi-dade dos 14 profissionais, que estão na primeira linha, dentro ou fora do quartel, no serviço prestado aos cerca de 8 mil ha-bitantes desta freguesia da Ma-rinha Grande.

Uma escola com 18 infantes e cadetes surge como uma aposta, que direção e comando dizem ganha, no reforço ou pelo na renovação do contin-gente.

Para além de toda atividade operacional de qualquer outro quartel, os Voluntários de Viei-ra de Leiria garantem, durante o verão, “há mais 20 anos” o apoio à praia, um serviço que este ano sofreu um “upgrade”, com reforço de meios com mo-tas de água e quatro elementos em permanência no areal e uma ambulância e respetiva tripulação de prevenção no quartel. Refira-se que o, re-cém-criado, Núcleo de Resgate Aquático é, também, uma com-ponente importante desta va-lência do socorro.

Numa outra vertente, os

Bombeiros da Vieira assinam, também o projeto “Quartel So-lidário”, uma ideia da oficial Bombeira Ana Botas, licenciada em Ação Social, que visa ga-rantir apoio, orientação e acon-selhamento nas mais variadas áreas, não só aos bombeiros, mas toda a comunidade.

Direção e comando, frisam o apoio que a Câmara Municipal da Marinha Grande concede aos Voluntários da Viera, ainda que o considerem “muito aquém do que seria justo tendo o seu papel no concelho e a qualidade do serviço prestado á comunidade”. Ainda que com parcos recursos, a Junta de fre-guesia de Vieira de Leiria assu-me as suas responsabilidades em matéria de proteção civil, com a atribuição de um subsí-dio, que este ano “até foi refor-çado”, segundo sublinha Artur Granja.

“Sabemos que os subsídios são sempre insuficientes, mas até podiam ser desnecessários, bastava que para tal existisse uma adequada lei de financia-

mento dos corpos de bombei-ros”, defende o dirigente, ao mesmo tempo que exige “rega-lias que fixem os operacionais nos quarteis, pois só dessa for-ma é possível fazer mais servi-ços e dessa forma garantir o desejável autofinanciamento destas associações”.

Logo que assumiu funções o grupo encabeçado por Artur Granja apostou na criação de um gabinete de comunicação e imagem, com o intuito de dar a conhecer a instituição e o tra-balho ali desenvolvido. A publi-cação de uma revista revelou--se desde logo uma estratégia bem-sucedida de divulgação, que serviu também para envol-ver o comércio local, que, des-de a primeira hora, se associou ao projeto, “com pequenos do-nativos”. A mobilização das empresas de maior envergadu-ra fica reservada para o patro-cínio de “as grandes iniciati-vas”.

“A população está sempre disponível para colaborar com os seus bombeiros”, afiança o

dirigente. A associação conta o inestimável apoio do Grupo Pró--Bombeiro, que promove várias iniciativas que visam angariar receita para a compra de equi-pamentos. A boa vontade deste movimento solidário permitiu, o ano passado, adquirir uma via-tura de transportes de doente e para 2015 está prometida uma nova ambulância de socorro.

O quartel, inaugurado em 1994, também mereceu a atenção desta equipa, pois “era necessário dar melhores condi-ções aos bombeiros”. Neste sentido, para além da reorgani-zação do espaço tendo em vis-ta a separação das áreas admi-nistrativas das operacionais, foram requalificadas várias áreas do quartel, nomeada-mente as camaratas.

A meio do primeiro mandato Artur Granja, faz um balanço positivo do trabalho desenvol-vido, muito embora assegure que muito continua por fazer em prol da dignificação desta instituição.

“Estamos a dar continuidade ao rigor e à seriedade que ca-racterizaram as administrações anteriores… Os nossos ante-cessores tudo o que compra-ram, pagaram. O nosso maior desejo é deixar trabalho feito para os que nos sucederem”, compromissos que Artur Gran-ja e a sua equipa, assumem com o firme propósito de acres-centar valor ao legado.

“Queremos deixar esta casa melhor que a encontrámos”, assume o dirigente.

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13OUTUBRO 2015

Os Bombeiros do Estoril par-ticiparam no evento Firefi-

ghter Combat Challenge em Matosinhos. Esta participação teve como principal objetivo promover o espírito de equipa e alertar para a importância da aptidão física nos bombeiros. A única equipa mista do evento concretizou os seus objetivos obtendo o 4.º lugar da classifi-cação geral por equipas, o 1.º lugar individual feminino e o 3.º lugar individual masculino.

ESTORIL

Participação no Firefigther Combat

O Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa ven-ceu a 17.ª edição do

World Rescue Challenge, que se realizou no Parque das Nações, em Lisboa, de 14 a 18 de outu-bro. Numa prova em que os bombeiros portugueses estive-ram em clara evidência, desta-que ainda para o 3.º lugar al-cançado pelos Voluntários da Parede, na vertente de Trauma.

Nesta edição do considerado “maior Campeonato de Trauma e Salvamento do Mundo”, que põe à prova as melhores e mais avançadas técnicas de socorro, salvamento e desencarcera-mento, os Sapadores de Lisboa conquistaram cinco primeiros lugares: classificação geral; área técnica; área médica; lide-rança; manobra rápida, além de um segundo lugar em manobra complexa e um terceiro em ma-nobra standard.

Assim, feitas as contas dos nove pódios possíveis Portugal subiu a oito.

Neste intenso desafio, que teve como cenário o pavilhão de Portugal, participaram 33 equipas de desencarceramento e 34 de trauma oriundas da África do Sul, Alemanha, Brasil, Canada, Escócia, Espanha, Es-tados Unidos da América, Fran-ça, Holanda, Inglaterra, Irlan-da, Itália, Luxemburgo, Para-guai, República Checa, Romé-nia, Suécia, Suíça e Portugal. O país anfitrião fez-se representar neste campeonato com equipas dos bombeiros Sapadores do Porto, os Municipais da Figueira da Foz e os voluntários de Caci-lhas, Aguda, Parede e Sul e Su-doeste do Barreiro.

Ao longo de quatro dias, cer-ca de 500 bombeiros, mostra-ram aptidões, perante uma vas-ta plateia, em provas de desen-carceramento e trauma, num desafio exigente em matéria de emergência que testa procedi-mentos e técnicas no salva-mento de vidas, simulando ce-nários reais com que os bom-beiros se confrontam no seu dia-a-dia.

Os Sapadores de Lisboa, que em 2014 viram reconhecida “a

maior evolução a nível mun-dial”, alcançam, assim, um re-sultado histórico na capital, onde brilharam os bombeiros Miguel Duarte, Rui Oliveira, Fer-nando Mafra, Vítor Gomes, Ri-cardo Couto Rui Mexia e Diogo Lourenço.

Com a vitória no Campeonato Nacional de Trauma, a equipa dos Bombeiros de Parede teve acesso direto a esta competição e Sebastião Esquível e Mariana Campilho, não deixaram os seus créditos por mãos alheias, um honroso 3.º lugar que “tra-

duz o esforço árduo de uma equipa que é composta por muitos mais elementos que se dedicam diariamente a treinar para serem melhores profissio-nais, melhores prestadores de cuidados à população todos os dias, 24h por dia, 7 dias por se-mana”, como salienta, orgulho-so o comandante Pedro Araújo.

O corpo de bombeiros de Pa-rede iniciou este projeto, em dezembro 2013, com a criação da denominada Parede Trauma Team que, desde então, tem participado em várias iniciativas

WORLD RESCUE CHALLENGE

Bombeiros portugueses brilham em campeonato do mundo

e conquistado a necessária pro-jeção agora confirmada “com um importante resultado a nível mundial”

A edição nacional do World Rescue Challenge cuja “exce-

lência da organização” foi reco-nhecida pela World Rescue Or-ganization (WRO), teve organi-zação da Câmara Municipal de

Lisboa e da Associação Nacional de Salvamento e Desencarcera-mento (ANSD), representante exclusiva da WRO em Portugal.

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14 OUTUBRO 2015

António Rocha Nunes, pre-sidente da direção da As-sociação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários de Morei-ra da Maia, assume, orgulhoso, o papel de cicerone numa visita à reputada instituição que, hoje, com 89 anos de existência, transpira estabilidade e vitalida-de.

“Graças a Deus vivemos, no presente, uma situação saudá-vel”, diz-nos o dirigente, em iní-cio de conversa, reconhecendo, contudo, que em 2012 os Volun-tários da Maia enfrentaram “mo-mentos difíceis”, quando surgiu, mesmo, a necessidade de “dis-pensar 12 pessoas”. Fala dos cortes, das poupanças de novas regras de gestão que permitiram inverter o ciclo.

“Depois de muito trabalho, critério e rigor, estão criadas as condições para entrarmos em velocidade de cruzeiro. Em suma esta associação está estável preparada para enfrentar o futu-ro”, clarifica.

Atualmente, a associação afir-ma-se como uma importante entidade empregadora com um total de 102 colaboradores que garantem a qualidade do serviço prestado tanto no quartel-sede, como nas seções de Nogueira e de Águas Santas e ainda no ae-roporto de Pedras Rubras.

O comandante Manuel Carva-lho explica que os 83 km2 da área de intervenção própria, que albergam cerca de 105 mil habi-tantes, ditam exigências enor-mes, tanto mais, como especifi-

ca, porque este corpo de bom-beiros, no distrito do Porto, as-sume o topo da tabela na prestação de serviços emergên-cia, “cerca de oito mil por ano”, como sublinha o comandante.

Neste âmbito, o comandante anuncia o projeto de criação de um novo posto avançado na fre-guesia de Castêlo, um complexo que congregará também meios da Policia Municipal e da Prote-ção Civil e onde, aliás, já está instalada a Guarda Nacional Re-publicana.

O quartel sede, erguido no fi-nal da década de 80 do século passado, apresenta-se, hoje, exíguo, mas por aqui pouco ou nada falta, ainda assim, o esfor-ço de investimento, na Maia e nas duas seções de proximida-

MOREIRA

Ambição maiata

Grande a atividade, tal como a estrutura que sustenta e coloca a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Moreira da

Maia em “velocidade de cruzeiro”.A renovação do parque de viaturas está em marcha, mas outros

projetos estão na forja, nomeadamente, as obras de requalificação do quartel-sede, uma necessidade há muito identificada, mas

protelada pela falta de financiamento. Atentos às oportunidades oferecidas pelos programas comunitários direção, comando e

corpo ativo não abandonam o sonho, até porque a perseverança e ambição são imagem de marca desta venerada instituição maiata.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Anadia está candidata a fundos comunitários para a realização de obras de remodelação e am-pliação da componente opera-cional do seu quartel. As obras, calculadas em 718 mil euros, são candidatas ao quadro co-munitário Portugal 2020, ca-bendo à Associação suportar 87 mil euros.

A urgência das obras em cau-sa tem a ver com a necessidade de melhorar toda a parte operacional, com me-lhores condições para os bombeiros, e adequadas às exigências atuais.

A obra não contempla a parte administrativa e social, ficando a componente operacional total-mente remodelada e ampliada.

A candidatura foi apresentada no passado dia 18 de setembro e, em conferência de imprensa, o presidente da direção, Mário Teixeira e o vice José Cruz, sublinharam que a candidatura foi o culmi-nar de todo um processo iniciado há cinco meses, aquando da tomada de posse da nova direção.

Conforme fizeram também questão de referir, “o projeto foi aprovado na direção e apresentado a todos os bombeiros, num processo o mais transversal possível a todos, colhendo propostas dos bombeiros, ouvindo todos”.

Mário Teixeira sublinhou também a pronta co-laboração e recetividade por parte da Câmara Municipal de Anadia e da sua presidente, Teresa Cardoso, adiantando que “foi excecional, disponi-bilizando os serviços técnicos que nos ajudaram muito.”

A realização das obras previstas, segundo o presidente da direção, vai permitir que “fiquemos com o quartel como novo”, ou seja, “com instala-ções para mais 40 anos”, assim como tem a van-tagem de “continuar no centro da cidade, próxi-mo das populações, ao mesmo tempo que se rea-bilite este enorme edifício”.

Caso a candidatura seja aprovada, as obras irão iniciar-se em dezembro próximo ou janeiro de 2016 e terá um prazo de execução de 11 me-ses.

ANADIA

Remodelação e ampliação em candidatura

No final de novembro a Escola Nacional de

Bombeiros (ENB) vai inaugurar o seu centro de documentação, um acer-vo documental nacional, das temáticas do socorro e da proteção civil.

Esta base de dados visa facilitar, em consulta presencial ou à distância, o acesso a livros, periódi-cos, audiovisuais e outro tipo de documentação, dando resposta às necessidades de informação, investigação e educação permanente dos bombeiros, formandos e formadores.

Também as instituições parceiras da ENB podem ter acesso a este arquivo, bem como parti-cipar na sua constituição. Está igualmente previsto o acesso do público em geral. Entretanto a Escola vai lançar, no seu website, o mesmo desafio a todos os autores de trabalhos de âmbito académico, de natureza técnica e científica, que incidam nas áreas de atuação dos bombeiros e demais agentes de proteção civil.

Todos os bombeiros interessados em participar na primeira fase do projeto, que termina a 15 de novembro, podem obter todos os esclarecimento junto das sua estruturas de comando, que dispõe já de toda a informações sobre o tema.

ENB

Socorro e proteção civilcom centro de documentação

A comunidade empresarial de Caneças juntou--se ao corpo ativo dos Bombeiros Voluntários

de Caneças para a realização de obras das insta-lações da associação.

Se “a união faz a força”, os operacionais de Ca-neças conseguiram demonstrar a vontade de dar uma nova vida ao quartel, pondo mãos à obra na requalificado dos balneários masculinos. No exte-rior foi, ainda, plantada uma oliveira e colocada uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, sím-bolos que perdurarão lembrando a congregação de esforços dos homens e mulheres que, volunta-riamente, prestam serviço naquela unidade.

Na presença do vereador da proteção civil da câmara municipal de Odivelas, Edgar Vales, do presidente da união de freguesias de Ramada e Caneças, Ilídio Ferreira e dos empresários e ami-gos que ajudaram a concretizar as obras, foram

descerradas várias placas de reconhecimento e agradecimento, nas quais se destaca a homena-gem prestada pelo corpo de bombeiros o coman-dante Manuel Varela.

Sérgio Santos

CANEÇAS

Comunidade unida pelos bombeiros

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15OUTUBRO 2015

DA MAIA

abre caminhos de futuro

de, não cessa, como salienta o comandante:

“Neste momento não temos uma grande necessidade de no-vos meios. Adquirimos, recente-mente, um veículo florestal de combate a incêndios (VFCI), que era realmente uma lacuna. Ago-ra, a direção está empenhada na renovação do parque, começan-do pelas viaturas de saúde. Tem havido um grande investimento nesta área. Só o ano passado, foram adquiridas seis novas am-bulâncias, duas de socorro e quatro de transporte de doen-tes”.

Ainda este ano, conforme faz questão de acrescentar o presi-dente, serão substituídas mais duas ambulâncias, em alternati-va, renovados dois veículos de combate a incendidos urbanos de pequenas dimensões, mais vocacionados para uma primeira intervenção.

Cerca de 130 bombeiros ga-rantem, para além do socorro, os designados serviços clínicos e os acordos assumidos pela asso-ciação com o IPO do Porto e o Hospital Pedro Espano. Numa outra vertente, a instituição mantém desde 2006 um proto-colo com a ANA Aeroportos ga-rantindo um efetivo de 52 ope-racionais no aeroporto Pedras Rubras.

“Começamos com cinco ele-mentos e hoje já são mais de meia centena”, diz-nos o coman-dante, salientando que esta é

“uma vertente importante da atividade da associação, de enorme responsabilidade, com um grau de exigência muito grande”, impõe operacionais muito bem preparados, com for-mação específica, na sua maio-ria feita em Inglaterra.

Num território exigente e com vários riscos a formação surge, logicamente, como enorme preocupação. Também nesta área há um vultuoso investi-mento continuo em todas as va-lências, “em nenhuma em espe-cífico, em todas, no geral”.

Apesar da propalada crise do voluntariado ou da crescente fal-ta de disponibilidade dos volun-tários, os Bombeiros de Moreira Maia, continuam a receber no-

vos bombeiros. O Carlos Carva-lho não esconde ainda assim que, nos últimos dois anos a emigração subtraiu ao contin-gente 14 operacionais, uma per-da grande só atenuada pelo su-cesso da escola de infantes que nos últimos cinco anos tem ga-rantido reforços.

Atualmente, são 70 os bom-beiros de palmo e meio que quinzenalmente levam alegria e esperança no futuro tanto à Maia, como às freguesias de No-gueira e Águas Santas. Motiva-dos, começam desde tenra idade a entregar-se à causa, passam a mensagem e contagiam colegas, amigos e primos, atraídos pela formação e por muitas outras atividades. O sucesso é tão

grande que direção e comando assumem a necessidade de limi-tar os ingressos.

“Temos que impor limites na escola de infantes, para manter a qualidade do trabalho desen-volvido. Da mesma forma que não podemos ultrapassar os 35 elementos da fanfarra”, revela o comandante.

O futuro traz novos desafios que, certamente, a perseveran-ça e a ambição de dirigentes e bombeiros serão ganhos. As obras de requalificação e am-pliação do quartel constituem uma justificada aspiração, até porque o complexo da Maia, er-guido em 1986, já não responde às exigências operacionais, não obstante as várias intervenções

de que tem sido alvo nos últimos anos. Presentemente a associa-ção investiu na total renovação dos sanitários, ao mesmo tempo que transforma uma das áreas de quartel num centro de enfer-magem e fisioterapia, um novo serviço aberto à população que garantirá cuidados domiciliários, mas que no futuro poderá ainda acolher uma valência clínica.

E apesar de existir o projeto de adaptação de um edifício con-tíguo ao quartel para instalar a secretaria e os gabinetes de co-mando, o presidente não escon-de expetativas no Programa de 2020, para poder finalmente avançar com obras de maior en-vergadura, desde logo com a substituição das coberturas em amianto.

Esta dinâmica é compensada com parcerias e apoios de peso, nomeadamente da autarquia, sempre disponível para atender às solicitações dos bombeiros, mas também de alguns benemé-ritos, nomeadamente de Luciano Alves de Sousa que, desde 2008 já ofertou aos Voluntários da Maia quatro ambulâncias - três de socorro e uma de transporte múltiplo – havendo a promessa entregar outras tantas.

Todos os agradecimentos são poucos para tamanha generosi-

dade, aliás já reconhecido pela Liga dos Bombeiros Portugueses que já este ano, no âmbito das comemorações do Dia do Bom-beiro, agraciou o benemérito com uma menção honrosa na categoria Personalidade da So-ciedade Portuguesa. da Liga dos Bombeiros Portugueses, em 2014. Esta figura impar, foi também homenageada pela as-sociação, numa peça escultória colocada à entrada do quartel.

António Nunes destaca ainda os apoios de Maria Eugénia Car-valho e também do grupo Pingo Doce, que muito têm colaborado com a instituição e assim reco-nhecendo e dignificado o traba-lho os bombeiros.

“No final deste mandato gos-taria de inaugurar uma galeria das pessoas que muito deram a esta instituição, dirigentes, co-mandantes e, obviamente os be-neméritos, que muito têm con-tribuído para que possamos ser-vir mais e melhor”, anuncia o presidente.

Fundada a 6 de fevereiro de 1926, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia, continua a res-peitar o espírito visionário dos fundadores, colocando sempre “esforço e dedicação ao serviço da comunidade maiata”.

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16 OUTUBRO 2015

Duas centenas de bombei-ras participaram no pas-sado dia 17 em Póvoa de

Lanhoso no IV Encontro Nacio-nal de Mulher Bombeiro Deste encontro ressaltou o facto de se acentuar cada vez mais a presença de elementos femini-nos nos corpos de bombeiros. Constata-se assim que as mu-lheres continuam a dar cartas refletindo, por um lado, a atual estrutura da própria sociedade e, por outro, traduzindo o em-penhamento crescente delas nesta componente específica de voluntariado, antes domínio eminentemente masculino.

A próxima edição do encon-tro, o quinto, ficou já agendada para São Brás de Alportel orga-nizado pela associação de bom-beiros local.

Sublinhe-se que as mulheres têm vindo a ocupar por mérito próprio novas posições nos bombeiros, inclusive com fun-ções de chefia e até de coman-do, dado que em momento al-gum existiram quotas ou qual-quer outra medida de descrimi-nação em seu favor.

“Hoje há já mulheres a ocu-par cargos de chefia nos corpos de bombeiros e isso deixa-me muito orgulhoso”, referiu re-centemente o presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses (LBP) quando questionado por um matutino a propósito do encontro, onde a confederação se fez representar pelo seu Provedor, Fernando Vilaça.

Segundo o comandante Jai-me Marta Soares, “os quartéis, que antes eram só para ho-

mens, começaram a criar con-dições para a integração das mulheres, o que me deixa mui-to feliz e prova que o volunta-riado no País está bem e reco-menda-se”.O presidente da Câ-mara Municipal de Póvoa de Lanhoso esteve também pre-sente referindo como impor-tante que o encontro tenha ocorrido precisamente quando se prepara localmente a inau-guração do Centro Interpretati-vo da Maria da Fonte.

A iniciativa teve como objeti-vo a troca de experiências por parte das mulheres, em núme-ro crescente, integram os qua-dros ativos de praticamente to-dos os corpos de bombeiros portugueses.

“Os corpos de bombeiros têm por norma 80 por cento de homens e 20 por cento de mu-lheres. Juntar essas mulheres é motivar outras com o nosso exemplo a fazer parte desta grande causa que é ser bom-beira voluntária” destacou a subchefe Adosinda Pereira, dos Voluntários de Póvoa de La-nhoso e um das responsáveis pela organização do encontro.

Para o comandante dos Vo-luntários de Póvoa de Lanhoso, António Lourenço, corpo ativo com 30 mulheres,” esta mu-dança de passar de um corpo de 100 por cento masculino para um corpo de bombeiros misto foi talvez o passo mais importante que nós demos na Póvoa de Lanhoso ao longo destes 22 anos em que sou co-mandante”.

Para o mesmo responsável,

a entrada das mulheres nos bombeiros “é uma forma dos bombeiros acompanharem as novas realidades do ponto de vista social, porque as mulhe-res foram e são uma mais valia dentro do corpo de bombeiros, pela sensibilidade, pela sua en-trega e pela sua forma de es-tar, influenciaram comporta-mentos essenciais para um bom ambiente, foi uma lufada de ar fresco”.

Os bombeiros do distrito de Braga estiveram representa-dos na reunião por Ana Luísa Alves, adjunta de comando dos Bombeiros Voluntários de Vize-la, que deu o seu testemunho enquanto mulher bombeiro.

A adjunta Ana Luísa Alves integra o corpo ativo há 11 anos e, conforme referiu, “a entrada nos bombeiros surgiu por uma vontade de fazer vo-luntariado, na altura em que abriu a primeira escola de mu-lheres bombeiros na sua asso-ciação”. E explicou que, “na ocasião fui falar com o coman-dante da altura e comuniquei--lhe que pretendia fazer volun-tariado, principalmente na mi-nha área, do Direito” não obs-tante, “não ter familiares nos bombeiros, não ter qualquer referência nem nenhuma liga-ção aos bombeiros”.

Em jeito de balanço relativa-mente à atualidade, Ana Luísa aponta que “a principal evolu-ção é o crescimento do número de mulheres que integram a corporação de bombeiros, tem havido um aumento de há onze anos para cá, houve tam-

PÓVOA DE LANHOSO

Mulheres dão cartas nos quartéis

bém bombeiras que suspende-ram a atividade, mas isso tam-bém acontece com os homens, por motivos profissionais, pes-soais, e cada vez mais se sente que as mulheres estão mais integradas no próprio dia a dia, no quotidiano da corporação, o que é extremamente positivo”.

Em termos nacionais, calcu-la-se que no universo de 38 mil bombeiros cerca de 10 sejam mulheres. No caso dos Volun-tários de Vizela, de acordo com Ana Luísa Alves, “no nosso cor-po de bombeiros os números são semelhantes”. Segundo a adjunta, “somos 33 mulheres bombeiras, mais seis estão no quadro de reserva, somos 27 no ativo. Do lado masculino te-mos 106 homens no ativo. Por-tanto, um quarto dos bombei-ros no ativo são mulheres. Es-

tamos dentro dessas estatísti-cas”, concluiu.

Ilda Cadilhe, comandante dos Voluntários da Póvoa de Varzim, deu também o seu tes-temunho no decorrer do en-contro salientando que “foi preciso enfrentar preconcei-tos” mas foram os próprios bombeiros a reconhecer “a competência e a dedicação”. “Somos mulheres, mães e bombeiras, e é possível conci-liar tudo isso” defendeu aquela responsável adiantando que “o papel da mulher no mundo dos bombeiros não é fácil” e que “a igualdade ganha-se com a pro--atividade”.

No final do encontro, que contou também com a presen-ça do presidente da assem-bleia-geral da associação anfi-triã, realizou-se uma sentida

homenagem ao comandante António Lourenço.

No exterior, junto do monu-mento ao bombeiro as bombei-ras presentes prestaram home-nagem à colegas falecidas em serviço nos últimos anos: Pauli-na Pereira (Municipais de Abrantes), Patrícia Abreu (Vo-luntários de Coja), Rira Pereira (Voluntários de Alcabideche) e Cátia Dias (Voluntários de Car-regal do Sal).

Na Póvoa de Lanhoso estive-ram presentes bombeiras de Caxarias, Cosntância, Vizela, Vila Franca do Campo, Terras de Bouro, Famalicão, Fafe, Via-na do Castelo, Pedrógão Gran-de, Braga, Brasfemes, Lixa, Riba de Ave, Paredes, Vieira do Minho, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Soure, Figueiró dos Vinhos e São Brás de Alportel.

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17OUTUBRO 2015

Com persistência, paciên-cia e alguma teimosia, o altruísta farmacêutico

Evaristo Faure conseguiu, a 24 de junho de 1920, lançar a pri-meira pedra da Associação Hu-manitária dos Bombeiros Volun-tários de Nelas, certo da impor-tância e da prosperidade do projeto. Volvidos 95 anos a ins-tituição, não só conserva intac-tos os pressupostos dos funda-dores, como ganhou escala e notoriedade.

O presidente da direção José Reis Costa e o comandante Gui-lherme de Almeida abrem as portas da instituição ao jornal Bombeiros de Portugal e apre-sentam uma organização ro-busta, voltada para o exterior e comprometida com o futuro.

As instalações, são por si só, um excelente cartão-de-visita. Inaugurado em 2005, o quar-tel-sede recebeu obras de am-pliação em 2014, contudo e, não obstante a operacionalida-de do moderno complexo, dire-ção, comando e corpo ativo an-seiam pelo arranque da 3.ª fase do projeto, uma intervenção or-çada em cerca de 300 mil eu-ros, que permitirá criar as “áreas mais sociais”, nomeada-mente, um auditório, mas tam-

bém oficina, lavandaria. cozi-nha e refeitório e, ainda, a casa escola que ficou de fora da 1.ª fase da empreitada .

“Este era um projeto global, mas os programas de apoio, só preveem financiamento para os quartéis, por isso houve neces-sidade de adiar o sonho”, conta o dirigente, esclarecendo que as atividades de cariz associati-vo, “eventos e cerimónias” con-tinuam a ter lugar no antigo quartel.

“Importa estabelecer priori-dades. Certo é que a formação e a segurança do corpo ativo são investimentos que não po-dem ser adiados, até porque constituem uma grande aposta do comando, que a direção apoia a cem por cento”, refere José Reis Costa.

Guilherme de Almeida dá conta de um enorme esforço da direção nesta área, traduzido em “muita formação em várias valências”, com o intuito de as-segurar uma resposta de quali-dade, aos cerca de sete mil ha-bitantes da área de intervenção deste corpo de bombeiro.

“Ainda antes do anúncio de apoios da tutela em matéria de proteção individual, já os nos-sos bombeiros abdicavam das

verbas dos serviços prestados, para que associação pudesse adquirir equipamentos para combate a incêndios florestais. Assim sendo, o mínimo que po-demos fazer por estes homens e mulheres é dar-lhes condi-ções de trabalho”, realça o diri-gente.

“A nossa missão tem sido muito intensa, mas o que im-porta é que estes cerca de 75 homens e mulheres se sintam bem, valorizados, apoiados e orientados, só assim, unidos, poderemos ser mais fortes”, refere o comandante, confi-denciando “alguns” prejuízos na vida familiar e na profissio-nal, em prol desta causa que assume a título voluntário, mas com enorme paixão.

Na senda de “dar mais e melhores os meios” aos opera-cionais que no terreno, nos mais distintos e complexos ce-nários socorrem e salvam vi-das, direção e comando reco-nhecem a necessidade de re-novação do parque de viaturas

“Temos algumas lacunas tanto a nível de transportes de doentes, como em veículos combate a incêndios flores-

NELAS

“Em permanente missão”Os recursos são poucos, os apoios

escassos, ainda assim os Voluntários de Nelas transformam as adversidades em

desafios superados, tal como o fizeram os fundadores da instituição há quase um

século.Sobram projetos, ideias e sonhos, mas, por agora, comando e direção investem tudo no

“capital humano”, nos homens e mulheres que servem que cumprem a missão de salvar vidas, na realidade, o bem mais

valioso desta associação.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

tais, mas também urbanos e industriais”, reconhece o pre-sidente.

As prioridades estão devida-mente estabelecidas. Alcança-das estas metas, podem então avançar as desejadas obras de ampliação, talvez ainda “neste mandato”, ou seja nos próxi-mos dois anos.

O presidente mostra-se es-perançado que a Câmara Mu-nicipal de Nelas assuma com a associação uma verdadeira parceria, que viabilize a reali-zação do arrojado plano de atividades e investimentos, em prol da comunidade, até porque, como defende José Reis Costa “é chegado o tempo

da autarquia reforçar o inves-timento nos seus bombeiros”.

“Estas associações não têm que andar a fazer peditórios às populações, ou mendigar apoios junto das entidades que na verdade deveriam, assumir as suas responsabilidades em matéria de proteção civil, sub-sidiando ou comparticipando o serviço prestado pelos bombei-ros”, reforça o comandante.

Com as conhecidas limita-ções, as juntas de freguesia de Nelas e de Senhorim “cum-prem a sua parte”, estão en-volvidas, contagiadas pela di-nâmica desta equipa e deter-minadas em colaborar com a associação.

“A conjuntara do nosso País tem, obviamente, reflexos nestas casas”, considera o diri-gente, aludindo à redução nos apoios, nomeadamente das empresas, embora faça ques-tão de destacar o contributo para a causa da Patinter, que, sedeada no concelho de Man-

gualde, “tem dado muito aos Voluntários de Nelas”.

“O corpo de bombeiros de Nelas ainda tem muito volunta-riado”, realça o dirigente, cor-roborado pelo comandante que dá especial enfoque ao papel dos voluntários na prontidão, que é imagem de marca deste quartel do distrito de Viseu.

E o futuro parece estar asse-gurado, pelo menos a avaliar pelo sucesso da escola de in-fantes e cadetes, “atualmente com cerca de 40 elementos, dos 6 aos 16 anos”, que certa-mente, serão os bombeiros de amanhã,

O comandante Guilherme de Almeida fala do trabalho de-senvolvido pela escola, que embora “importe intensificar”, já deu bons frutos, e “uma meia dúzia de estagiários ao corpo de bombeiros”.

O “capital humano” surge nesta casa como um valor se-guro, disso mesmo dá conta o responsável operacional, quan-do salienta “a entrega e a dis-ponibilidade” de um efetivo de exceção, norteado pelo lema “em permanente missão”, dig-no do “maior respeito, admira-ção e público reconhecimento”.

Em sintonia, a trabalhar pelo mesmo fim, direção, comando e corpo ativo honram todos os dias, nas mais variadas cir-cunstâncias, a obra dos funda-dores da Associação Humanitá-ria dos Bombeiros Voluntários de Nelas.

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18 OUTUBRO 2015

Os Bombeiros Voluntários da Merceana, com o apoio dos Bombeiros Voluntários de Torres

Vedras, protagonizaram, recentemente, uma difí-cil operação de resgate de um cavalo do fundo de um poço na localidade de Freixial de Cima, Alen-quer.

A operação bem-sucedida decorreu durante cerca quatro horas. O poço estava coberto com

uma placa de cimento. O cavalo, ao passar por cima dela, provocou a sua fratura e caiu ao poço. A primeira equipa a chegar ao local verificou que o animal estava vivo, a uma profundidade de cer-ca 7 metros de fundo, à superfície da água. A profundidade do poço era de cerca de 14 metros.

A equipa era constituída, pelo subchefe José Peixoto, os bombeiros de 1.ª, António Costa, Ní-

dia Jesus, João Marques, e o bombeiro de 3.ª An-dré Santos.

Posteriormente houve a necessidade de mais meios humanos e materiais e integraram a equi-pa, o adjunto de comando Marco Lopes e o bom-beiro de 2.ª Luís Santos.

A intervenção da equipa de resgate dos Volun-tários de Torres Vedras foi entretanto fulcral. Era

constituída pelo adjunto de comando Luís Piçarra, pelo chefe José Figueiredo, subchefes Ludgero Carlos e Ricardo Silva, o bombeiro de 1.ª Pedro Nunes, e os bombeiros de 2.ª Diogo Silva e Da-niel Barão.

Os bombeiros procederam à abertura total da entrada do poço, retiraram a água e, de seguida, realizaram o resgate do animal.

MERCEANA

Resgate de cavalo em operação conjunta

Os Bombeiros Famalicenses foram, no passado dia 6 de

outubro, acionados para socor-rer um jovem de 23 anos que sofreu um choque elétrico, quando trabalhava num poste de baixa tensão, no lugar de Brufe.

À chegada dos meios de so-corro a vítima já tinha recupe-rado os sentidos, tendo recebi-do apoio médico ainda no local, tendo depois sido encaminhado para Centro Hospitalar Médio Ave.

Esta operação mobilizou oito bombeiros apoiados por uma ambulância de socorro e o vei-culo de desencarceramento. No Local estiveram, ainda, meios da GNR e a VMER do Hospital de Famalicão.

VILA NOVA DE FAMALICÃO

Trabalhador sofre choque elétricoA Maria deveria nascer por ce-

sariana. No entanto, não quis que assim fosse e, no fim, acabou por vir ao mundo nas mãos de três elementos dos Bombeiros Voluntários da Azambuja, a bombeira de 3.ª Patrícia Bronze, o bombeiro de 3.ª Jorge Campos e o subchefe António Valada.

Eram 3h30 de uma quinta--feira quando os Bombeiros Vo-luntários de Azambuja recebe-ram o alerta para um parto. A mãe, de 35 anos, já estava na 38,ª semana de gravidez e pretendia ter a criança num hospital em Lisboa. Maria, po-rém, decidiu nascer mais cedo.

O trabalho de parto começou no parque de es-tacionamento do Centro Comercial Atrium de Azambuja, ao qual a mãe tem acesso direto, pois o prédio onde mora partilha o espaço com o esta-belecimento comercial. E foi ali mesmo que Maria nasceu.

“Quando chegámos, o pai estava aflito à porta do centro comercial. Como não conseguimos en-trar com a ambulância, levámos só a maca e todo o material necessário. Encontrámos a mãe en-costada a um carro, já com o líquido amniótico no chão”, recorda a bombeira Patrícia Bronze.

Durante o parto de Maria, Patrícia Bronze con-

tou com o apoio dos outros dois bombeiros. Ape-sar de este ter sido o segundo parto realizado pela Patrícia, a missão foi dificultada pelo facto da menina estar em posição pélvica.

No momento os bombeiros tiveram conheci-mento que a equipa médica que acompanhava a mãe já tinha planeado que o nascimento seria por cesariana. Apesar disso, os bombeiros soube-ram bem dar conta do recado.

“Estamos muito felizes por salvar duas vidas e pôr em prática tudo o que aprendemos nas for-mações, o que é uma sensação muito boa”, afir-mou a bombeira Patrícia Bronze.

Após o parto, e o apoio da VMER do INEM local, mãe e bebé foram transportadas para o Hospital de Vila Franca de Xira encontrando-se bem de saúde.

AZAMBUJA

Maria nasce às mãos dos bombeiros

O mau tempo verificado na noite de 20 de outubro na

região da Pampilhosa, no con-celho da Mealhada, deu bastan-te trabalho aos bombeiros, Se-gundo fonte dos Voluntários da Pampilhosa, “passavam qua-renta minutos das vinte e uma quando foram acionados para a queda de uma estrutura na lo-calidade de Santa Luzia, mes-mo à beira da N1-IC2”.

A estrutura de um stand de automóveis cedeu devido às fortes rajadas de vento caindo na estrada N1-IC2, colocando em perigo os utilizadores da-quela via.

Nove operacionais apoiados

por três viaturas, meios da Guarda Nacional Republicana chegaram rapidamente ao lo-cal, garantindo o sucesso das operações, que duraram cerca de três horas.

Em simultâneo, na localidade

de Barcouço, uma árvore de médio porte caiu, sendo , tam-bém solicitada a intervenção de um veículo e de quatro bom-beiros e 4 operacionais para a sua remoção e limpeza de via.

PAMPILHOSA

Mau tempo e muitas ocorrências

No passado dia 4 de outubro, os Bombeiros Famalicenses

estiveram envolvidos em ope-rações de socorro em três aci-dentes rodoviários nas fregue-sias de Lagoa e de Requião.

De um despiste, seguido de capotamento na freguesia de Lagoa, resultou um ferido ligei-ro que foi transportado à unida-de hospitalar de Famalicão.

Em Requião, o alerta para o primeiro acidente, com um feri-do, ligeiro foi dado às 15h01 e um outro às 17h19, com três feridos, dois deles, à chegada da primeira equipa, estavam encarcerados. No teatro de operações estiveram 12 bom-beiros apoiados por três ambu-lâncias de socorro e a VMER do Hospital de Famalicão.

FAMALICENSES

Acidentes mobilizam meios

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No passado dia 8 de outubro os Bombeiros de Vizela pro-

cederam ao resgate de um pe-queno gato, preso na caleira de uma habitação.

O salvamento do pequeno fe-lino envolveu três bombeiros apoiados por um Veículo de So-corro e Assistência Tático: As operações correram “muito bem”, como aliás comprovam as imagens enviadas ao jornal Bombeiros de Portugal, pelos Voluntários de Vizela.

VIZELA

Trabalho de equipa salva gatinho

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19OUTUBRO 2015

Aljustrel esteve em festa e os Bombeiros Voluntários de Aljus-trel, por maioria de razão, ainda mais. Nada mais, nada me-

nos que 12 elementos do seu corpo ativo, 8 bombeiros e 4 bom-beiras integraram os 8 casais que disseram o “sim” na igreja ma-triz local perante o capelão da Associação, padre Paulo do Carmo.

Tratou-se, de facto, de uma cerimónia inédita com tantos bombeiros como nubentes e, ainda por cima, do mesmo corpo de bombeiros. E até o S. Pedro, com algumas pingas não quis deixar de abençoar os novos casais, a quem enviamos um grande abra-ço de felicidades e já agora, se nós é permitido fazer futurologia,

desejando que no futuro próximo os jovens casais sejam aben-çoados nos rebentos e que daqui a uns anos a própria Associação seja também bafejada com novos bombeiros.

No final do casamento três centenas de convidados juntaram no salão dos bombeiros para brindar aos noivos.

ALJUSTREL

S. Pedro abençoou casais de bombeiros

Anabela Rodrigues presidiu no passado dia 25 de outubro às ce-rimónias do Dia Municipal do

Bombeiro de Cascais, naquele terá sido o último ato público da ex-minis-tra da Administração Interna, uma se-mana antes da tomada de posse do novo governo.

As comemorações, que este ano de-correram em Carcavelos debaixo de in-tensa chuva, tiveram início com a pro-moção 18 estagiários a bombeiros de 3.º, um reforço importante para os cinco quartéis do concelho de Cascais.

Em dia de homenagem aos homens e mulheres que servem o lema “vida por vida”, José Moreira, o bombeiro de Carcavelos falecido em serviço em agosto último, foi recordado numa emotiva cerimónia, durante a qual foi agraciado com a medalha de ouro da Associação Humanitária dos Bombei-ros Voluntários de Carcavelos e São

Domingos, a medalha ser serviços dis-tintos (grau ouro) da Liga dos Bombei-ros Portugueses e ainda a Medalha de Mérito e Solidariedade do município de Cascais. As distinções foram entregues à mãe de José Moreira que visivelmen-te debilitada assistiu ainda ao descer-ramento de uma placa que evoca o “voluntário que ficou a caminho da sua missão”, colocada na entrada principal do quartel, que o valoroso bombeiro serviu durante 18 anos.

Perante uma vasta plateia Anabela Rodrigues, salientou a dedicação e bra-vura dos bombeiros e, em jeito de ba-lanço, elencou algumas medidas e alte-rações legislativas assumidas pelo an-terior governo com o intuito “fortalecer a capacidade operacional dos bombei-ros e estruturas de proteção civil”. A ainda titular da pasta da Administração Interna, defendeu ainda que “as asso-ciações de bombeiros voluntários são

um pilar fundamental do sistema de proteção civil assente no voluntariado, solidariedade e profissionalismo”, dei-xando garantias que o próximo gover-no, certamente, não abandonará o que designou de “compromisso inabalável para com aqueles que defendem a po-pulação”.

Dirigindo-se aos mais de 150 bom-beiros que enchiam o parque de viatu-ras do quartel dos Voluntários de Car-cavelos e S. Domingos de Rana, o pre-

sidente da Câmara Municipal de Cas-cais disse que “este dia tem uma longa tradição no concelho, sendo um mo-mento de reconhecimento a todos ho-mens e mulheres que se entregaram à defesa do lema “Vida por Vida”. Na ce-rimónia que, este ano, teve organiza-ção conjunta da autarquia cascalense e dos Bombeiros de Carcavelos e S. Domingos de Rana, marcaram presen-ça, entre outras entidades, João Almei-da, secretário de Estado da Adminis-

tração Interna, Rui Rama da Silva, em representação da Liga dos Bombeiros Portugueses, Pedro Araújo, vice-presi-dente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa, e o comandante dis-trital Carlos Mata.

A fechar as comemorações do Dia Municipal Bombeiro um imponente desfile apeado e motorizado, envol-vendo operacionais e meios das cinco associações humanitárias do concelho de Cascais.

DIA MUNICIPAL DO BOMBEIRO

Cascais ganha 18 novos operacionais

Integram o grupo de novos bombeiros Marcos da Mota Mendes, Mónica Cardoso, Mari Rui Pereira Ventura (Carcavelos-S. Domingos de Rana) António Maria Vieira, Marta Mendonça, Filipe Vilar Silva, David Dias Ramos, José Euséquio (Cascais), Mariz Jesus (Estoril), José Miguel Branco, Tomás Chaveiro Mesquita, Diogo Luís Speda, Mariana Correria, Telma Farinha (Alcabideche), José Alexandre Rodrigues, Rafael Barata, Martim Rodrigues e Ana Laura Veiga Nunes (Parede).

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20 OUTUBRO 2015

São conhecidas as dificul-dades com que se deba-tem as associações huma-

nitárias e corpos de bombeiros do nosso País, que dirigentes e operacionais enfrentam com te-nacidade, até porque os com-promissos firmados com as po-pulações não permitem baixar os braços.

Também de vontade férrea e de muito trabalho que fazem os 75 anos de atividade da Asso-ciação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Mora, que já passou por períodos “mais complicados”, mas que hoje “goza de alguma estabilidade”, conforme revela ao Jornal Bom-beiros de Portugal Francisco José da Silva, que há cerca de um ano ocupa a cadeira da pre-sidência na direção da institui-ção, dando conta de um “traba-lho de raiz” que começou desde logo pela criteriosa escolha dos membros da equipa.

A associação tinha algumas necessidades e outras tantas lacunas pelo que a ideia foi reu-nir individualidades que lhe pu-dessem acrescentar valor.

“Tentámos colocar as pes-soas certas nos cargos certos”, diz o presidente fazendo um ba-lanço positivo destes primeiros meses de mandato, para o qual concorre também o “contributo e participação ativa”, do co-

mando, dos operacionais dos colaboradores da associação.

Francisco José da Silva fala de uma “herança pesada”, que desde logo obrigou “a cortar na despesa e a garantir poupança”, em suma estabelecer novas re-gras de gestão, salvaguardando os 20 postos de trabalho indis-pensáveis para a qualidade do serviço prestado aos cerca de cinco mil habitantes do conce-lho de Mora.

Francisco José da Silva “há uns anos já tinha passado” pela direção dos Voluntários de Mora, mas no regresso encon-trou uma realidade muito dis-tinta.

“Hoje é tudo diferente, a exi-gência é crescente. A gestão desta casa e impõe muita en-trega e disponibilidade dos diri-gentes” revela o presidente, sempre preocupado com as ne-cessidades dos 46 homens e mulheres que integram o corpo de bombeiros, que só podem socorrer se dispuserem de meios.

“O comandante é o homem do “quer”, denuncia com um sorriso o presidente, apressan-do-se a reconhecer que “só é pedido o que é realmente ne-cessário”, ainda assim muito, tendo em conta que as receitas são cada vez menores.

No rol das prioridades, o co-

MORA

Associação quer mobilizar e envolverA Associação Humanitária dos Bombeiros

de Mora está a assinalar 75 anos de serviço público, uma efeméride importante que

marca, também, um início de ciclo marcado por uma nova dinâmica e pelo estreitar de

relações com a comunidade.Os recursos são, a todos os níveis, escassos

mas direção, comando e corpo ativo unem-se no propósito de acrescentar

prestígio a esta considerada instituição do distrito de Évora.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

mandante Luís Caramujo ins-creve “a aquisição de novas ambulâncias de socorro, porque as existentes há muito que pe-dem reforma”. O responsável adianta ainda que numa segun-da fase importa acautelar a re-novação das viaturas de trans-porte de doentes, até porque, salienta “esta é uma importante fonte de receita para a institui-ção, por isso importa dar boas condições para os utentes”.

“Temos que planear o futuro, não podemos recusar serviços por não dispormos de meios”, sublinha Luís Caramujo, escla-recendo que importa não des-curar a receita que permite in-vestir no socorro, que é aliás a missão primordial dos bombei-ros.

E porque a preparação dos operacionais não pode ser dis-sociada da qualidade da respos-ta, os Bombeiros de Mora, mui-to investem em formação, uma área que durante anos foi des-curada.

“Esitem, de facto, algumas lacunas, nomeadamente a nível

do salvamento e desencarcera-mento”, refere Luís Caramujo dando ainda conta de falhas no treino e na formação contínua, que começam a ser colmata-das.

Por outro lado, defende que a preparação dos operacionais terá que obedecer às exigências e especificidades do território, dando conta do crescente inte-resse pelos desportos náuticos na região, que obriga o corpo de bombeiros a intensificar e a ampliar a formação em meio aquático. “Temos apenas cinco elementos com formação nesta área, o que é manifestamente pouco, tendo em conta desde logo a proximidade com a bar-ragem do Maranhão e diversos efluentes”, diz Luís Caramujo.

Também a segurança dos operacionais não é descurada, mas nesta vertente os Voluntá-rios de Mora têm contado com o apoio da bombeira Rita Chuço, que ainda que forçada a emi-grar para Inglaterra não esque-ce a associação, tendo no país de acolhimento reunido esfor-

ços quer permitiram enviar para o seu quartel 60 equipamentos de proteção individual comple-tos.

Neste capítulo, o comandan-te destaca também o trabalho do núcleo da Juvebombeiro de Mora, um grupo “muito ativo que tem conseguido, com a promoção de iniciativas várias, angariar verbas para equipar as ambulâncias”. O comandante valoriza o dinamismo deste grupo de jovens bombeiros que conseguiu ainda instalar um gi-násio no quartel, promovendo a

prática de exercício físico, mui-to importante para os operacio-nais.

Luís Caramujo revela ainda que a Juve recebeu a missão de recrutar novos voluntários, uma função importante mas difícil até porque “num concelho com poucos habitantes não é nada fácil assegurar a renovação de quadros”.

Atentos ao futuro, os Volun-tários de Mora criaram há cerca de um ano uma escola de infan-tes e cadetes, que “está a fun-cionar extraordinariamente

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21OUTUBRO 2015

a comunidade

bem” tendo já garantido “três ou quatro elementos para uma nova recruta”. A ideia é, segun-do o comandante, manter uma média de 20 elementos para que possa haver qualidade no acompanhamento das crianças e jovens que se reúnem no quartel às sextas à noite ou ao sábado durante o dia, consoan-te determine o plano de ativida-des dos instrutores.

Apostados em chamar mais voluntários para a causa, dire-ção e comando encontram na nova legislação, que estabelece a criação do quadro de especia-listas, uma forma de motivar pessoas “válidas e disponíveis” que podem colaborar com os bombeiros nas mais diversifica-das áreas.

Este esforço concertado de começar hoje a construir o amanhã envolve também a Câ-mara Municipal de Mora, numa parceria forte que vai muito para além do “pagamento inte-gral dos salários dos operado-res de central”, como explica o presidente da direção, revelan-

do existir “uma preocupação constante com as necessidades do corpo de bombeiros”.

Por outro lado, também as quatro juntas de freguesia do concelho, apresentam-se como agentes facilitadores na resolu-ção dos problemas “mais ime-diatos”, de situações pontuais. Os recursos não são muitos, mas sobram “amizade e enten-dimento”, como revela Francis-co José da Silva.

Neste início de ciclo importa também “mobilizar e envolver a comunidade”, até porque as gentes de Mora andavam ”mui-to afastadas dos seus bombei-ros”. Mas nesta matéria já exis-tem ganhos, pois direção e co-mando reconhecem que já são “olhados de outra forma, com muito respeito”, uma conquista que partilham com o corpo de bombeiros que tem “sabido es-palhar a mensagem, dignificar a imagem da instituição”.

Estão programadas várias ações que visam, no essencial, consolidar esta proximidade e instituir o reconhecimento pela

causa pela missão desempe-nhada por estes homens e mu-lheres que abnegadamente so-correm e salvam vidas 24 horas por dia.

Esta equipa não mede esfor-ços para garantir sustentabili-dade à instituição, uma tarefa que custa horas de sono, de la-zer e o convívio da família e amigos, mas, por agora, esses são sacrifícios menores para que nada falte à população.

Muitas vitórias foram já al-cançadas, mas o comandante não esquece a importância dos bombeiros neste processo, um grupo motivado e disponível que importa valorizar, até por-que, como faz questão de acrescentar o presidente cons-titui “o bem mais importante da instituição”.

Sobram projetos e vontade de os concretizar e, assim sen-do, é com natural entusiasmo que os Voluntários de Mora as-sinalam 75 anos de existência “uma data maravilhosa” que merece um capítulo de ouro na história da instituição.

A Associação dos Operacionais e Dirigentes dos Bombeiros Portugueses – Reviver

Mais realiza no próximo sábado, dia 7 de no-vembro, às 10h00, no auditório da Associa-ção Humanitária de Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha duas assembleias-ge-rais.

A primeira, ordinária, destina-se à aprecia-

ção, discussão e aprovação do plano de ativi-dades e da estimativa orçamental para 2016. A segunda, extraordinária, destina-se a apro-var a revisão estatutária realizada por impe-rativo legal.

No final realiza-se um convívio entre todos os presentes num restaurante das Caldas da Rainha.

REVIVER MAIS

Duas assembleias marcadas

Francisco António Pereira Martins era bombeiro de

2.ª dos Voluntários de For-nos de Algodres, Guarda, e faleceu na passada semana em serviço quando iniciava a prestação de socorro a uma criança de 10 anos que tinha sido vitima de queda grave na escola EB 2+3 de Fornos de Algodres.

A criança acabou por seR assistida pela equipa dos bombeiros, pela VMER do INEM, sendo transferida por helicóptero para Coimbra.

Apesar de prontamente assistido pelos companheiros que o acompanhavam nessa missão, Francisco Martins não recuperou, sen-do vítima de morte súbita.

O presidente da Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP), comandante Jaime Marta Soa-res, esteve presente nas cerimónias fúnebres.

O corpo do bombeiro esteve em câmara ar-

dente no quartel da Associa-ção, foi depois transferido para a igreja matriz de Fi-gueiró da Granja, de onde saiu o cortejo fúnebre para o cemitério local.

Francisco Martins tinha 38 anos de idade, era casado, pai de dois filhos menores, e não lhe eram conhecidas problemas de saúde, tendo sido sujeito a exames médi-cos recentes.

No seguimento da pro-posta da LBP de homenagem a todos os bom-beiros falecidos em serviço, em circular envia-da a todas as associações e corpos de bombei-ros, a confederação solicitou que fosse posta a bandeira a meia haste em todos eles e que, momento da descida da urna à terra, se fizes-se em todos os quartéis do país o toque de sirene num período de 30 segundos, “como afirmação do nosso respeito e solidariedade perante o companheiro Francisco Martins”.

FORNOS DE ALGODRES

Bombeiro faleceu a socorrer

Manuel António Carapinha Entradas, dos Vo-luntários de Beja, é o bombeiro ainda em

fase de convalescença na sequência do despiste, seguido de capotamento, da viatura que conduzia e onde seguia com mais 4 elementos para com-bate a um incêndio na freguesia de Pias, em apoio aos Bombeiros de Serpa.

Em consequência do acidente, Manuel Entrada fraturou o membro inferior direito e o externo, foi, entretanto, sujeito a uma intervenção cirur-gia e já teve alta hospitalar encontrando-se em convalescença a realizar sessões de fisioterapia. Os restantes elementos voluntários, que compu-nham a equipa de ECIN, sofreram hematomas e contusões várias tendo tido alta hospitalar no próprio dia e encontram-se já no desempenho das suas atividades profissionais.

O despiste da viatura de combate a incêndios florestais, já dada como perdida em função dos estragos sofridos, teve origem no rebentamento de um pneu, que originou a saída de estrada e o repetido capotamento.

Com a perda da viatura, com 10 anos de idade e danos estruturais graves que desaconselham a reparação, os Bombeiros de Beja ficam agora re-duzidos a apenas um veículo florestal com 22 anos, que já havia sido recuperado após ter ardi-do em 2003.

Ao local do acidente acorreram os Bombeiros Voluntários de Serpa e Moura, a CIV/INEM de Moura e a VMER/INEM de Beja. “A todos eles agradecemos publicamente toda a entreajuda e profissionalismo demonstrado no socorro aos nossos bombeiros” adiantou-nos o segundo co-mandante dos Voluntários de Beja, Pedro Bara-hona.

BEJA

Bombeiro ainda em recuperação

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22 OUTUBRO 2015

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários

de Setúbal assinalou, recente-mente, o 132.º aniversário, numa dupla derimónia que aconteceu no quartel sede se repetiu no destacamento de Zeitão.

Associaram-se às comemo-rações para além do coman-dante dos Voluntários de Setú-bal, João Ferreira, o anterior comandante dos Voluntários, Paulo Sedas o vice-presidente da Câmara Municipal, André Martins, e o presidente da União das Freguesias de Setú-bal, Rui Canas, entre outros re-presentantes de entidades vá-rias.

Além do apoio no combate a incêndios florestais e na res-posta a variadas ocorrências registadas na cidade, os Volun-tários setubalenses garantem também operacionalidade na área do socorro com um Posto de Emergência Médica do INEM.

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Setúbal, que con-ta, em média, com dezena e meia de operacio-nais em permanência, está apetrechada com cerca de uma dezena de meios motorizados, en-tre ambulâncias, veículos de intervenção rápida, autotanques e uma embarcação semirrígida.

Só em setembro, o corpo de voluntários conta-bilizou um total de 611 serviços, entre os quais, quatro centenas relacionados com pedidos de as-sistência e socorro a pessoas. Registaram-se tam-bém 17 ocorrências em meio urbano, dez situa-ções de risco misto e 124 ocorrências diversas.

SETÚBAL

Voluntários assinalam132.º aniversário

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A comemoração do 84.º ani-versário da Associação Hu-

manitária dos Bombeiros Volun-tários de Armamar ficou marca-da pela entrega de um conjunto significativo de distinções e pelo anúncio, pelo próprio Alberto Cochofel, da sua saída de Alber-to do comando e passagem ao Quadro de Honra (QH) até final do ano. No futuro próximo os destinos do comando do corpo de bombeiros deverão ser en-tregues, em substituição, ao adjunto de comando, Nuno Fonseca.

A sessão solene comemorati-va, que decorreu no salão no-bre dos paços do concelho, foi presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Armamar, João Paulo Fonseca, e contou com as presenças, do vogal do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, co-mandante Requeijo, do presi-dente da Federação de Bombei-ros do Distrito de Viseu, José Amaro, do segundo comandan-te distrital de Viseu da ANPC, Rui Nogueira, entre outros res-ponsáveis e entidades locais.

Na oportunidade, o presiden-te da assembleia-geral, Hernâni Almeida, o presidente da dire-ção, Fernando Branquinho, o vice Manuel Botica, o secretário José Luis Silva e o tesoureiro Joaquim Rebelo foram distingui-dos com a medalha de assidui-dade 20 da LBP. Os vogais da direção, Manuel Ferreira, Mário Marta, Merceano Fernandes e Augusto Azevedo, bem como o secretário do conselho fiscal re-ceberam a medalha de 15 anos e o vogal da direção António Rego Silva a de 10 anos.

No âmbito dos bombeiros, o chefe Manuel Fernandes, o

bombeiro de 1.ª Fernando Amaral, e os bombeiros de 2.ª, Agostinho Silva e Arnaldo Lúcio receberam a medalha de QH. A medalha de 20 anos foi entre-gue, ao subchefe Fernando

Igreja e aos bombeiros de 1.ª, Vitor Morais, Carlos Fulgêncio e Pedro Gouveia, e a medalha de 5 anos aos bombeiros de 2.ª, Edi da Silva, Vitor Morais e Fá-bio Osório.

ARMAMAR

Comandante Cochofel passa ao QH

O presidente da Liga dos Bom-beiros Portugueses (LBP)

elogiou e apontou como um bom exemplo o processo de fu-são conduzido pelas Associa-ções dos Bombeiros Voluntários de Espinho e dos Bombeiros Vo-luntários Espinhenses e aprovei-tou a presença do secretário de Estado da Administração Inter-na, João Almeida, para também elogiar a postura como aquele

governante se relacionou com os Bombeiros de Portugal.

O comandante Jaime Marta Soares falava durante a última sessão solene comemorativa do 120º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Espinho antes da conclusão da fusão.

A propósito da fusão, o presi-dente da direção, Conde Figuei-redo, considerou também que “a fusão era a opção mais viável,

quer para a redução de custos, quer para a gestão equilibrada e rentável dos equipamentos, ser-viços e pessoal” concluindo que “ “era por demais evidente que não se justificavam há muito duas associações de bombeiros voluntários num concelho de tão reduzida dimensão e cujos cus-tos de manutenção de ambas eram já uma séria ameaça à sua sustentabilidade”.

ESPINHO

Presidente da LBP elogia processo de fusão

O próprio secretário de Esta-do defendeu que “o exemplo de Espinho é para replicar” apon-tando também que o caso “me-rece a majoração do ponto de vista dos financiamentos pre-vistos e o apoio para a constru-ção do quartel” concluído a propósito que “ em Espinho tudo foi feito para que este pro-cesso fosse exemplar e se algu-ma coisa falhar é por que ao nível central não foi correspon-dido”.

No final da sua intervenção, o presidente da LBP convidou o secretário de Estado a acompa-nhá-lo na atribuição da mais alta condecoração da confede-ração, a fénix de honra, ao co-mandante do Quadro de Honra José Gomes Costa, antigo co-mandante daquele corpo de bombeiros, dirigente da mes-

ma associação, ex-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Aveiro e ex-membro dos órgãos sociais da LBP.

Na mesma ocasião, foram distinguidos pela LBP com a medalha de serviços distintos grau ouro, o presidente da dire-ção Joaquim Conde Figueiredo, o vice-presidente Jorge Ferreira Marques, o tesoureiro, José Al-fredo Oliveira e o segundo-co-mandante António Proença.

Foram também entregues medalhas de assiduidade e de-

dicação da Associação e da LBP a diretores e bombeiros. Neste caso, foram distinguidos, por 25 anos de dedicação, os bom-beiros José Manuel Ramos, Abí-lio Gomes e José Rafael dos Santos, por 20 anos, José Ma-nuel Vieira, por 15 anos, Ricar-do Oliveira, Carlos Ribeiro, Jor-ge Pereira, Adão Guimarães, António Silva e Carla Marisa Sil-va, e ainda, com as medalhas de 10 e 5 anos, respetivamen-te, 4 e 7 elementos do corpo de bombeiros.

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23OUTUBRO 2015

A presidente da assembleia geral Vanda Alcaravela e o comandante Simão Velez

assumem o papel de cicerones numa visita à Associação Huma-nitária dos Bombeiros Voluntá-rios de Ponte de Sor, dando a conhecer uma casa com várias dificuldades, que a equipa que assumiu funções em fevereiro deste ano tenta dirimir e os re-sultados começam a surgir.

Identificados os problemas, surgiu a necessidade de estabe-lecer prioridades, uma delas foi reforçar o parque de ambulân-cias, com aquisição de cinco no-vas, porque as duas existentes não davam resposta às solicita-ções do concelho. Simultanea-mente, era necessário preen-cher o lugar deixado vago, com a morte do comandante que du-rante muitos anos foi o respon-sável operacional dos Voluntá-rios de Ponte de Sor. Porque tantas mudanças podiam impli-car algum sobressalto, tornou--se imperioso encontrar “a pes-soa certa” e a escolha acabou por recair em Simão Velez, um operacional experiente que já ti-nha passado pelo quartel, que conhecia a casa, reunia consen-sos e merecia a confiança dos bombeiros.

O comandante assumiu fun-ções em maio e. de lá para cá. teve algumas conquistas sobre-tudo a nível de organização. Si-mão Velez diz ainda que encon-trou sérias lacunas a nível de formação, que estão agora, ao ritmo possível, a ser colmata-das.

“Fizemos um curso de TAT com 12 elementos e outros es-tão preparados para avançar. Existiam falhas significativas… Este foi o único corpo de bom-beiros do distrito de Portalegre que durante cinco anos não teve formação da Escola Nacio-nal de Bombeiros. O ano passa-do o anterior comandante ainda tentou ganhar algum ritmo, mas a situação era… e é compli-cada”, explica o comandante

O nosso interlocutor não es-conde o óbvio desgaste de quem é “obrigado trabalhar em várias frentes”, confidencia que ponderou abandonar o projeto, mas optou por desafiar os seus limites, até porque pode contar com o apoio dos cerca de 70 bombeiros, que integram o efe-tivo.

“Há sempre reservas, até porque o subchefe que há uns anos deixou o quartel tinha a fama de ser demasiado rigoroso e exigente, Surgiram receios neste meu regresso, mas acho que isso está ultrapassado”, confidencia o comandante, re-conhecendo que hoje “esta é casa saudável”, onde se sente “muito bem”.

“Sei que posso contar com um grupo de homens e mulhe-res muito motivados”, salienta, revelando que ao longo destes meses tem havido provas de enorme entrega, nomeadamen-te em situações mais criticas em termos operacionais, em que “nem sequer foi preciso to-car a sirene”, para solicitar apoio, os reforços chegaram de

PONTE DE SOR

Destemida equipa assume compromisso com o futuro

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Sor, assinala, no

dia 1 de novembro, 89 anos de existência, sob o espectro da mudança.

Uma nova equipa assumiu os destinos da instituição, um desafio complexo que

mobiliza dirigentes e bombeiros, decididos em abrir caminhos de futuro.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

forma espontânea, o que enche de orgulho Simão Velez.

A associação conta, atual-mente, com duas dezenas de colaboradores um encargo grande mas Vanda Alcaravela considera fundamental para ga-rantir a qualidade do serviço prestado aos cerca de 16 mil habitantes deste extenso con-celho alentejano com mais de 839 km². Assim sendo, e por-que importa manter os compro-missos assumidos, resta traba-lhar, muito.

As metas estão definidas e a ordem é para continuar avançar em várias frentes desde logo na valorização dos bombeiros, com as devidas promoções, ao mes-mo tempo abrir uma campanha de recrutamento de novos ope-racionais e em paralelo traba-lhar a imagem da instituição, projetando a atividade da asso-ciação para fora de portas, com especial enfoque para a comu-nidade que serve e, neste âm-bito. já se reconhecem mudan-ças, como sublinha o coman-dante:

“Temos um bom feedback… As pessoas reconhecem que algo está a mudar, falam de evolução, registam, elogiosa-mente a forma como se apre-

sentam, agora, os nossos bom-beiros, devidamente fardados”.

Simão Velez faz questão de salientar o importante trabalho da direção que mesmo sur-preendida por um elevado pas-sivo, não baixou os braços e está a fazer tudo o que pode para estabilizar a situação fi-nanceira, renegociando dívidas, introduzindo novas regras de gestão, sem prejudicar o inves-timento no corpo de bombeiros, porque isso seria por em causa o socorro prestado e, segundo o comandante, “importa não es-quecer” a missão primordial dos bombeiros:

“Nós estamos aqui para as pessoas, quando isso deixar de nos nortear é melhor irmos em-

bora. Temos que servir com competência”.

A presidente da assembleia geral e o comandante subli-nham, com enorme satisfação, a forma como as entidades cre-doras, nomeadamente empre-sas locais, receberam o projeto da equipa e a forma como estão a facilitar o pagamento dos montantes devidos pela asso-ciação.

A Câmara Municipal de Ponte de Sor tem-se revelado um ex-celente parceiro, sempre dispo-nível, assegurando ajudas pon-tuais e direcionadas, mas asso-ciando-se ao projeto de futuro assumido pelos novos rostos da instituição.

“A autarquia custeou uma das ambulância na integra, existindo já o compromisso para a criação de uma Equipa de Intervenção Permanente (EIP)”, salienta Simão Velez.

Também as quatro juntas de freguesia do concelho, não obs-tante grandes limitações finan-ceiras, se associaram a este es-forço de revitalização.

Numa próxima fase, Vanda Alcaravela fala na intenção de envolver neste desígnio as em-presas locais.

“Neste momento em termos

de meios, não temos grandes lacunas, a não ser a nível do salvamento aquático, pois dis-pomos de gente com formação nessa área mas falta-nos uma embarcação”, refere o coman-dante, adiantando que será ne-cessário “começar a ponderar” a renovação do parque de via-turas, que, por agora, “não é prioritária”. Mais preocupantes são as falhas na proteção indi-vidual, nomeadamente, para combate a fogos urbanos e mergulho.

Das muitas missões assumi-das pelos Voluntários de Ponte de Sor destaque, também, para o trabalho de prevenção no ae-ródromo, onde estão em per-manência, durante o dia, três operacionais. A ideia é reforçar o efetivo, até porque uma deze-na de elementos já estão habili-tadas a operar a viatura de apoio à infraestrutura, recente-mente, adquirida pela autar-quia, sendo que parte deste grupo aguarda, a necessária, formação de combate a incên-dios em aeronaves.

O quartel está a receber obras de ampliação e requalifi-cação, um projeto da direção anterior, que, como sustenta o Simão Velez, permite tornar o complexo “mais funcional”. A empreitada, orçada em mais de 400 mil, foi financiada pelo Pro-grama Operacional da Valoriza-ção do Território (POVT).

Dinamismo e espírito de mis-são norteiam este punhado de abnegados homens e mulheres no intento maior de dignificar e engrandecer esta instituição re-ferência do distrito de Portale-gre, que já no próximo dia 1 de novembro assinala 89 anos de bons serviços prestados à co-munidade.

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24 OUTUBRO 2015

Em dia de comemoração do seu 113.º aniversário, a Associação Hu-

manitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede (AHBVC) voltou a dar provas de “dinamismo e constante crescimento”, numa festa que se pre-tendia “singela”, mas que cabou por reunir mais de duzentas pessoas.

A inauguração do novo parquea-mento coberto, a bênção das 12 viatu-ras que chegaram à corporação no úl-timo ano ao quartel e a promoção de 11 novos elementos do corpo de bom-beiros, constituíram momentos impor-tantes das cerimónias a que se asso-ciam entre outras individualidades, no-meadamente o presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, João Moura; a vice-presidente, Helena Teodósio e o vereador Pedro Cardoso e ainda o co-mandante distrital de Operações de Socorro de Coimbra, Luís Carlos Tava-res. A foi representada pelo

As comemorações incluíram ainda a apresentação pública de dois murais de fotografia, perpetuando a memória de todos os comandantes e presiden-

tes da direção da instituição, bem como uma exposição de 30 imagens da autoria do Grupo de Fotógrafos Amadores de Cantanhede (Fotogra-fARTE) que antecipam o lançamento do calendário “Anjos na Terra”, previs-to para o final deste ano.

O rejuvenescimento da associação que “vai crescendo em força e dina-mismo ano após ano” foi sublinhado por Adérito Machado, que falou tam-bém do compromisso de “fazer cada vez mais e melhor”. Depois de enalte-cer o espírito de missão dos voluntá-rios que “se entregam de corpo e alma” à causa, o presidente da direção fez questão de salientar que a direção, comando e corpo ativo “mantém-se no mesmo caminho”, união fundamental para a “sustentabilidade”.

O dirigente lamentou que “os res-ponsáveis políticos de âmbito nacional não prestem o devido reconhecimento aos bombeiros”, mas valorizou o poder local, que apelidou de “parceiro ativo”, destacando “o papel das autarquias de Cantanhede na ajuda à associação”.

“O espírito de voluntariado é o orgu-lho da nossa família e da comunidade envolvente”, disse Jorge Jesus, depois de apresentar os 11 novos reforços do corpo de bombeiros. Para o coman-dante, “sem voluntariado não é possí-vel ultrapassar as labaredas”, pelo que importa que as entidades com respon-sabilidades no setor o reconheçam e valorizem os voluntários.

O presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, por sua vez, louvou o percurso notável dos Voluntários de Cantanhede na defesa de pessoas e bens. Reconhecendo a importância dos bombeiros, João Moura reiterou o compromisso da autarquia de “reforçar a parceria” e de levar “o mais longe possível a dotação financeira” a esta associação.

Com uma área de 600 metros qua-drados e capacidade para 15 viaturas de grandes dimensões (cada lugar tem 4 metros de largura por 10 de compri-mento), a novo parque coberto veio colmatar uma necessidade há muito sentida, até porque a infraestrutura

existente só tinha capacidade para 18 veículos, “menos de metade dos deti-das atualmente pela corporação”.

A Associação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Cantanhede tem vindo a empenhar-se na atualização do parque de viaturas da corporação, constituído por viaturas com uma mé-dia de idades de 20 anos. Neste senti-do, em pouco mais de um ano, foram adquiridas três ambulâncias (duas de socorro e uma de transporte múltiplo) e um Veículo Tanque Tático Urbano, in-vestimentos que resultaram de “um grande esforço financeiro”, contudo “indispensável” para que os Bombeiros de Cantanhede continuem a prestar o melhor serviço à população.

Nesta cerimónia receberam também a bênção outras oito viaturas, , no-meadamente uma carrinha adaptada para Veículo de Apoio Logístico Espe-cial, oferecido por Manuel Gonçalves da Silva, uma Viatura Ligeira de Com-bate a Incêndios, oferta da Comissão de Compartes dos Baldios da Fregue-sia da Tocha, um Jipe Tata, doada pelo

Stand Cadilac, de Cantanhede, uma Renault Express, dada por Américo Marques Veloso, uma Embarcação de Resgate, Socorro e Transporte (mota de água), dádiva de Olinda Pereira Sousa e dos seus filhos, Bárbara e Tia-go, e três motos, entregues pela Câ-mara de Cantanhede para Vigilância Florestal.

O momento mais emotivo da ceri-mónia foi, sem dúvida, a promoção dos 11 estagiários da corporação, a bombeiros de 3.ª. Com a pompa e cir-cunstância que o momento exigia, re-ceberam as insígnias Cristiana Branco Jesus Lourenço, Dina da Piedade Al-ves, Joselito Rodrigues Batista, Maria Alexandra Ferreira Rodrigues Garcia, Marlene Reis Póvoa Lourenço, Mickael Silva de Oliveira, Rui Filipe Garcia Mau-rício, Sérgio Filipe Domingues Castro, Sónia Cristina Cação de Matos, Tiago Miguel Ferreira Amaral e Wilson Ma-nuel Silva Pessoa.

O dia não terminou sem o tradicional banho da praxe, a que nem escapou o comandante Jorge Jesus.

CANTANHEDE

Associação cresce em “força e dinamismo”

A Associação de Bombeiros Vo-luntários de Queluz comemo-

rou 94 anos de história, inaugu-rando um autocarro, um motoci-clo e uma ambulância de socorro e prestando homenagem a bom-beiros, dirigentes, funcionários e associados.

O autocarro foi oferecido pela empresa Polibus e restaurado por outra, a empresa de trans-portes públicos Vimeca. O moto-ciclo foi obtido com os apoios das juntas de freguesia de Queluz e Belas e Massamá e Monte Abraão. A ambulância de socor-ro, no valor de 55 mil euros, foi custeada integralmente pela ins-tituição.

A sessão solene ficou particu-larmente marcada com a evoca-ção do antigo presidente da dire-ção da Associação e da Federa-ção de Bombeiros do Distrito de

Lisboa, Salvador da Luz, falecido recentemente.

Foram também prestadas ho-menagens de relevo a dois diri-gentes. Ao presidente da assem-bleia-geral em exercício e antigo presidente da direção, Amável Tenera, foi entregue a medalha de serviços distintos, grau ouro, da Liga dos Bombeiros Portugue-ses (LBP). Para a entrega da dis-tinção, o representante da LBP, Rama da Silva, convidou o presi-dente da direção Ramiro Ramos e o presidente da Assembleia Municipal de Sintra, Domingos Quintas, que presidiu à sessão.

O atual presidente Ramiro Ra-mos foi também distinguido com a medalha de dedicação da LBP por 25 anos de atividade asso-ciativa nos bombeiros.

A chefe da secretaria Manuela Martins foi também distinguida

na ocasião por igual número de anos de atividade administrativa em prol da instituição.

Foram ainda atribuídas inúme-ras medalhas de assiduidade da LBP e da Associação a vários bombeiros e diplomas a associa-dos.

A sessão solene contou tam-bém com as presenças, do vice--presidente da Federação de Bombeiros de Lisboa, comandan-te Pedro Ernesto, do comandante distrital da ANPC, Carlos Mata, da presidente da Junta de Fre-guesia de Queluz e Belas, Paula Alves, do secretário da Junta de Freguesia de Massamá e Monte Abraão, João Vinha, acompanha-dos pelo segundo comandante Hugo Neves, restante comando e órgãos sociais da instituição.

QUELUZ

Novos meios chegam ao quartel em dia de festa

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26 OUTUBRO 2015

Direção e comando da Asso-ciação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários de Algés apelaram à Câmara Municipal de Oeiras para os apoiar na substituição dos portões do quartel, como corolário das obras realizadas nos últimos quatro anos em toda a infraes-trutura, a expensas da institui-ção e também com a colabora-ção dos próprios bombeiros.

As obras permitiram renovar as instalações e, conforme su-blinhou o comandante Carlos Carvalho, “ melhorar as condi-ções de trabalho, faltando ape-nas intervir nos portões do par-que de viaturas”.

O presidente da direção, Abí-lio Fatela, no decurso da sessão solene comemorativa do 113º aniversário, apelou também à Autarquia para participar no pa-gamento dos seguros das viatu-ras e, à Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) para que não se deixe cair a eventual possibi-lidade de “termos combustíveis subsidiados”, dando como

exemplo o que se passa com as embarcações de recreio. Abílio Fatela lembrou também a difi-culdade em cobrar muitos dos serviços prestados na área do transporte de doentes subli-nhando que, fora dos protoco-los existentes com a ARS, me-tade dos serviços particulares ficam por cobrar, apesar da in-sistência dos bombeiros para o evitar.

O presidente da Câmara Mu-nicipal de Oeiras, Paulo Vista, prometeu debruçar-se sobre os temas versados e reforçou a necessidade da articulação já existente com o secretariado das sete associações de bom-beiros do concelho para a otimi-zação de meios, e cujo trabalho realizado enalteceu. Paulo Vis-tas defendeu a definição de uma estratégia conjunta ao ní-vel do planeamento da dotação de equipamentos, viaturas e formação, entre outras, apelan-do ao facto de que “não faz sen-tido o mesmo tipo de equipa-mento em todos os corpos de

bombeiros e que não haja defi-nida entre eles a especialização em função da sua localização e riscos próprios”.

No decorrer da sessão solene decorreu a entrega de várias medalhas de assiduidade da LBP e a promoção a chefe do bombeiro Tiago de Sousa.

Com a medalha de assiduida-de (25 anos) foram distingui-dos, o chefe António Peres, a subchefe Maria de Lurdes San-tos e o bombeiro de 1.ª José Carlos Carvalho. A medalha de 20 anos foi atribuída ao bom-beiro de 2.ª Joaquim Pernes e

ao bombeiro de 3ª José Soares, e a de 15 anos ao segundo co-mandante Luís Nunes, ao chefe Tiago Sousa, ao subchefe Marco Silva, aos bombeiros de 1.ª José António, Cármen Moreno e Sérgio Paninho, ao bombeiro de 2.ª José Pinto e aos bombeiros de 3.ª Nuno Costa e Nelson Al-ves. Com as medalhas de 10 e 5 anos de assiduidade da LBP foram distinguidos, respetiva-mente, 14 e 8 bombeiros e bombeiras

A cerimónia, presidida por Paulo Vistas, contou também com as presenças, de Rui Rama

da Silva, em representação da LBP, da vereadora Eduarda Go-dinho e outros autarcas, no-meadamente, do presidente da União de Freguesias de Algés, Linda-a-Velha, Cruz Quebrada e Dafundo, Carlos Moreira, do se-gundo comandante distrital de Lisboa da ANPC, André Fernan-des, do comandante municipal da proteção civil, intendente Fi-

lipe Palhau, dos comandantes do Quadro de Honra (QH) Fran-ça de Sousa, Matos Guerra, Francisco Barbosa e António Sousa, dirigentes e comandos de associações congéneres, acolhidos pelo presidente da assembleia-geral, José Mário, e pelos restantes elementos dos órgãos sociais e comando pre-sentes.

ALGÉS

Faltam portões para concluir renovação

“O voluntariado que é a principal força dos Bom-

beiros Portugueses é hoje sinó-nimo de conhecimento, compe-tência, organização e alto pro-fissionalismo”, defendeu Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, na sessão solene comemo-rativa do 84.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Torrejanos.

Torres Novas trajou de festa ao início da noite de 5 outubro para as comemorações que ti-veram como ponto alto a inau-guração e bênção de duas am-bulâncias, uma de socorro e a outra destinada ao transporte de doentes, numa cerimónia presidida pelo padre José Luís Borga, capelão da instituição.

As comemorações deixaram depois a avenida fronteira ao quartel e foram transferidas para o Teatro Virgínia, onde de-correu a sessão solene, marca-da pelo reconhecimento público de mais de uma centena de ho-mens e mulheres que servem o corpo de bombeiros, mas tam-bém pelo elogio ao esforço e

trabalho dos elementos dos ór-gãos sociais que tudo fazem para dar condições para que os Bombeiros Torrejanos possam servir mais e melhor, como aliás sublinhou o comandante José Carlos Sénica.

Em jeito de balanço, e dando ênfase ao trabalho do seu con-tingente, o responsável opera-cional deu conta de um verão “trabalhoso”, em matéria de fo-gos florestais, dentro e fora dos limites do concelho. Destacou, ainda, os cerca de 60 incêndios em território municipal, com a “apenas 10 hectares de área ar-dida”, uma redução face aos anos anteriores que José Carlos Sénica atribui à “rápida inter-venção” dos bombeiros, mas também à eficaz organização e articulação de meios a nível do distrito.

No último ano os Bombeiros Torrejanos deram resposta a mais de 6500 ocorrências, cum-prindo mais de um milhão de quilómetros ao serviço das po-pulações.

E porque importa garantir operacionalidade aos bombei-

ros, comando e direção so-nham com a ampliação do quartel, um projeto que há mui-to vem sendo adiado, como re-vela o presidente dos Torreja-nos, Arnaldo Santos, que a con-cretização surge agora eminen-te, até porque importa aproveitar as janelas de oportu-nidade abertas pelos progra-mas comunitários de financia-mento.

“Foi recentemente firmado um compromisso com o municí-pio que visa concretizar a am-pliação do quartel, o que acon-tecerá nos próximos dois anos”, revelou o presidente da dire-ção, um anúncio, ainda assim, cauteloso, até porque a realiza-ção desta antiga aspiração con-tinua dependente do “valor dos compromissos e da palavra dada”.

O presidente da autarquia, Pedro Ferreira, confirmou que “2016 e 2017 serão anos de de-safios para o concelho de Torres Novas e também para os seus bombeiros”, afirmando que mesmo sem os expectáveis apoios comunitários, “não po-

TORRES NOVAS

Torrejanos apostados na concretização de sonho antigo

derá ficar por realizar esta obra”, até, como explicou, a in-tervenção que permitirá dar condições de trabalho aos bom-beiros, surgirá como uma solu-ção de requalificação urbanísti-ca de uma zona “mal arruma-da” da cidade.

Jaime Marta Soares, presi-dente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, centrou a sua intervenção no valor humano, começando por enaltecer a postura, compe-tência e dignidade” dos Bom-

beiros Torrejanos, para depois ampliar o louvor a todos “os cerca de 30 mil mulheres e ho-mens que trajam de soldados da paz que são o garante da de-fesa da vida e dos haveres as populações”, disse, sublinhan-do, uma vez, mais que “os bombeiros são os principais agentes de proteção civil no nosso País”.

O comandante Jaime Soares defendeu que “os poderes insti-tuídos não podem alhear-se da realidade, para que não seja

posto em causa o futuro das as-sociações humanitárias, evitan-do, assim, que se perca um dos maiores valores da sociedade portuguesa: os nossos bombei-ros voluntários”. Dirigindo-se ao edil torrejano, Jaime Marta Soares sublinhou que “sendo as autarquias portuguesas as pri-meiras utilizadoras dos serviços prestados pelos bombeiros im-porta que estejam do seu lado, a bem do desenvolvimento dos próprios municípios”.

Na ocasião foram, também, distinguidos vários elementos do corpo de bombeiros, com as medalhas da Liga dos Bombei-ros Portugueses e agraciados os associados com mais de 50 anos de filiação, numa cerimó-nia testemunhada por inúmeras individualidades, nomeada-mente representantes das for-ças vivas do concelho e ainda de várias entidades ligadas ao setor

Sofia Ribeiro

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27OUTUBRO 2015

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) considerou as as-

sociações humanitárias de bombeiros como instituições multifunções com uma missão fundamental nos seus municí-pios e cujo papel, “não é ape-nas o de apagar fogos e pres-tar socorro em diferentes ver-tentes mas também como es-truturas importantes no social, no cultural, no fundo no inves-timento na qualidade de vida e na própria economia local”.

O comandante Jaime Marta Soares, que falava na sessão solene comemorativa do 112.º aniversário da Associação Hu-manitária de Bombeiros Volun-tários de Torres Vedras, salien-tou, a propósito, o papel de-sempenhado pelos bombeiros, pela banda e pelos próprios órgãos sociais “na construção desta casa com muito esforço nos tempos difíceis que cor-rem” e que “ muitas vezes tem

que substituir o próprio Estado social, mas garantindo que ninguém deixa de ter apoio e socorro”.

A iniciar as cerimónias co-memorativas realizou-se a bênção, pelo padre José Ma-nuel, Capelão dos Bombeiros Portugueses, e inauguração de quatro novas viaturas, uma ambulância de socorro para o quartel sede, outra ambulân-cia de socorro para a Secção da Silveira, adquirida com o apoio da Associação de Socor-ro da Silveira, um veículo ligei-ro de combate a incêndios para a Secção do Maxial, obti-da com o apoio da Associação Humanitária do Maxial, e um atrelado com moto-bomba de grande capacidade, adquirida com o apoio municipal. A pro-pósito, o comandante Fernan-do Barão lembraria que as duas ambulâncias substituem outras entretanto abatidas e

que existem ainda outras três a precisar de ser substituídas.

A sessão solene iniciou-se com a imposição dos capace-tes aos novos elementos, pro-movidos a bombeiros de 3ª: Milena Gomes, Rui Ferreira, Luís Figueiredo, Tiago Rocha, Miguel Bernardes, Hugo Fer-reira, Daniel Mendes, Maria Damil, Rita Camilo, Daniela Martins, Rafael Esteves, João Paulo Quitério, Joel Rodrigues, Daniel Mendes, Carlos Pinto, Miguel Reis, Tiago Alves e Ma-riana Reis.

Com a medalha de dedica-ção, grau ouro, da LBP (25 anos) foram contemplados, o subschefe Nuno Franco, o bombeiro de 1.ª Paulo Miran-da, os bombeiros de 2.ª Antó-nio Miranda, António Alves e Michael Santos e os bombeiros de 3.ª Frederico Alves e José Manuel Lourenço, com a me-dalha de 20 anos, o adjunto de comando Hugo Jorge, o sub-

chefe Ludgero Carlos e os bombeiros de 2.ª Diogo Silva, Álvaro Pontes e Alexandre Sil-va, além de 5 bombeiros com a medalha de assiduidade de 15 anos, 23 com a medalha de 10 anos e 5 com a de 5 anos.

No domínio das condecora-ções da associação, foram dis-tinguidos, com a medalha de grau ouro – serviços distintos, o bombeiro de 2.ª Luis António Lopes, com a medalha de ouro, o subchefe Ludgero Car-los e os bombeiros Fernando Jerónimo (3.ª) e Mário Gomes (1.ª), com a medalha de prata dourada, o subchefe Vasco Crispim e os bombeiros de 2.ª Bruno Valentim e Hugo Teodo-ro. Com a medalha de prata foram distinguidos 5 bombei-ros e com a de cobre 12.

No âmbito da banda foram também atribuídas distinções: medalha de serviços distintos – 50 anos ao músico Marcolino Ferreira, a de comportamento

exemplar-20 anos aos músicos Rodolfo Reis e Sérgio Casalei-ro, a medalha de prata ao mú-sico Fábio Silva e a de cobre aos músicos Rui Pinheiro e Ana Carmona.

Um momento alto da ceri-mónia foi também a entrega do crachá de ouro da LBP a quatro antigos dirigentes da instituição, ao ex-comandante e dirigente Guilherme Augusto Alves Ferreira, ao ex-presiden-te do conselho fiscal e clínico Francisco Xavier da Costa Bas-tos, ao vice-presidente da di-reção, João Isidro Rodrigues Martins, e ao ex-presidente da direção, José Quaresma Ra-mos. O presidente da LBP con-vidou vários dos presentes na mesa de honra para o acomp-nharem na atribuição daquela importante distinção.

A sessão solene, que en-cheu o salão da associação, foi presidida pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carlos Bernardes, e contou ainda com as presen-ças, do presidente honorário da LBP, Vitor Melícias, do re-presentante da Federação de Bombeiros do Distrito de Lis-boa, Carlos Fernandes, dos co-mandantes do Agrupamento Distrital do Agrupamento Sul e do distrito de Lisboa da ANPC, Elísio Oliveira e Carlos Mata, acolhidos pelo presidente da assembleia-geral, José Cor-reia, do presidente da direção, Gonçalo Patrocínio, e dos res-tantes elementos dos órgãos sociais e do comando, entre outros

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28 OUTUBRO 2015

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de

Praia da Vitória, Terceira – Aço-res, procedeu à mudança do comando do seu corpo de bom-beiros. Assume a função o co-mandante Alexandre Cunha e passa ao Quadro de Honra o comandante Eduardo Arruda.

Durante a sessão solene co-memorativa do 31.º aniversá-rio da instituição em que decor-reu a passagem de testemu-nho, o presidente da direção, Luís Vasco Cunha, lembrou que “hoje faz-se história nesta As-sociação ao fazer-se uma transferência de comando de uma forma consensual, em fes-ta, e com o novo comandante a ser sugerido à direção pelo co-mandante cessante” e que “o comandante Eduardo Arruda como responsável principal por este corpo de bombeiros du-rante 17 anos é de facto um exemplo a seguir”.

Luís Cunha recordou ainda

os 30 anos de bombeiro do co-mandante cessante e que “du-rante estas três décadas pou-cos foram os dias em que o Eduardo não passou por este quartel e, seguramente, não é por acaso que os seus dois fi-lhos envergam esta farda com orgulho”.

No momento da passagem do testemunho o comandante Eduardo Arruda foi distinguido pela Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP), por proposta da Associação, com a medalha de serviços distintos grau ouro, entregue pelo presidente da Federação de Bombeiros dos Açores em nome da confedera-ção. As insígnias do QH foram--lhe entregues pelo segundo comandante José Costa e pelo adjunto de comando João Cunha.

O novo comandante, Alexan-dre Cunha, por seu turno, com 24 anos de serviços prestados aos Bombeiros nos Açores e

fora da Região, foi saudado pelo presidente da direção, su-blinhando que “todos espera-mos que exista uma continui-dade no trajeto dos Bombeiros da Praia aliando um cunho pes-soal que seja o garante da na-tural inovação e desenvolvi-mento”. Alexandre Cunha é de-tentor de um assinalável currí-culo sendo de destacar, por exemplo, o facto de ter integra-do, entre 2012 e 2015 as mis-sões voluntárias de ajuda ao combate aos incêndios flores-tais no continente.

Durante a sessão solene, foi também divulgado público lou-vor ao então chefe Alexandre Cunha e aos restantes elemen-tos do corpo de bombeiros que integraram a última dessas missões, o bombeiro de 1.ª Bruno Espínola, a bombeira de 2.ª Maria Rita Costa e o bom-beiro de 3.ª Pedro Mendonça.

Do decurso da sessão foram também distinguidos vários

bombeiros. A medalha de dedi-cação, 25 anos da LBP, foi en-tregue ao bombeiro de 1.ª José Ernesto Barcelos, a de assidui-dade, 15 anos, aos bombeiros de 1.ª, Francisco Vieira e Hugo Santos, e ao bombeiro de 2.ª Vitor Drumond, e a de 5 anos, aos bombeiros de 3.ª, José Eduardo Gomes, Dina Moniz, Rui Duarte e Ricardo Rodri-gues.

Durante a sessão solene foi

ainda distinguida com o crachá de ouro da LBP, por proposta da Associação, a Fundação do Ensi-no Profissional da Praia da Vitó-ria pelo apoio reiterado à insti-tuição. Desde 2000, aquela Es-cola tem oferecido todos os anos o almoço comemorativo do aniversário dos Voluntários de Praia da Vitória com uma média de 350 pessoas e sem quaisquer custos para os bombeiros.

Foram também distinguidos

com medalhas de assiduidade da LBP, 15 anos, o presidente da direção, Luís Cunha, a se-cretária da direção, Virginia Fa-ria, o tesoureiro, Francisco Es-teves, os vogais da direção, Paulo Rocha e José Manuel Paim, e o segundo secretário da assembleia-geral, José Lu-ciano Esteves.

A cerimónia foi presidida pelo presidente do Serviço Re-gional de Proteção Civil e Bom-beiros dos Açores e contou também com as presenças, do presidente da Câmara Munici-pal de Praia da Vitória, do vice--presidente da Assembleia Mu-nicipal, do presidente da Junta de Freguesia de Santa Cruz, do presidente dos Bombeiros de Angra do Heroísmo, dos co-mandantes de Mação e Angra do Heroísmo, dos segundos co-mandantes de Proença-a-Nova e de Velas bem como de outros dirigentes, membros fundado-res e dos atuais órgãos sociais.

PRAIA DA VITÓRIA

Mudança tranquila na estrutura de comando

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Rebor-dosa conta com mais 21 bombeiros de 3.ª, cuja promoção

decorreu no âmbito das comemorações do seu 37.º aniversário, e que constituem um importante reforço da componente operacio-nal.

No decorrer das mesmas cerimónias 13 bombeiros receberam medalhas de assiduidade e dedicação, 4 por 10 anos de ativida-de, 1 por 15 anos e 8 por 25 anos.

A sessão foi presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Paredes, Celso Ferreira, e contou ainda com a presença do vogal do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, co-mandante José Morais, entre outras entidades.

Na sua intervenção, o presidente da direção dos Bombeiros de

Rebordosa, Manuel Moreira, fez um balanço pormenorizado das acções concluídas e dos anseios da instituição defendendo que “para a nossa associação, o bom não chega, tem de ser o melhor, porque afinal não vendemos nem prestamos um qualquer servi-ço, sempre que esteja em causa o socorro de pessoas e bens, nós estamos lá, melhor dizendo, vocês bombeiros estão lá para ser-vir”.

Manuel Moreira citou e agradeceu a muitos dos beneméritos individuais e empresas com que a instituição tem podido contar, lembrando os apoios conseguidos para a aquisição da antiga fá-brica de mobiliário “José Pereira”, para a obtenção do novo veícu-lo de desencarceramento, para a instalação do Posto PEM/INEM e para a própria certificação ISO 9001, já reconhecida pela APCER.

REBORDOSA

Sangue novo no corpo de bombeiros

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29OUTUBRO 2015

O presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) lamenta que os go-

vernantes não reconheçam o trabalho dos bombeiros junto do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) lembrando que “81 por cento do que é reali-zado pelo INEM, de facto, é feito pelos bombeiros e estes continuam a ser ignorados nas decisões desta entidade”.

O comandante Jaime Marta Soares falava na ses-são solene comemorativa do 138.º aniversário da Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntá-rios da Póvoa de Varzim.

Na mesma sessão, a LBP distinguiu com o crachá de ouro o bombeiro de 1.ª Diamantino Augusto Gon-çalves Ferreira.

O programa comemorativo a romagem ao cemité-rio uma missa celebrada no salão nobre, a sessão solene e a bênção e inauguração de duas novas via-turas, um veículo de combate a incêndios florestais e uma ambulância.

A presidir às comemorações, o vice-presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Luís Diaman-tino, enalteceu a dedicação de todos os que com-põem a direção, “de excelência”, bem como o profis-

sionalismo da corporação poveira, transmitindo que a “Câmara se sente muito segura com os bombeiros”.

Rui Coelho, presidente da direção, enalteceu a es-tabilidade da associação, lembrando os seus ante-cessores e os comandantes que com ele trabalha-ram.

Por sua vez, Ilda Cadilhe, comandante da corpora-ção, aproveitou a cerimónia para recordar o seu per-curso nestes três anos como líder de um grupo que considera de pessoas “extremamente dedicadas à causa da proteção e segurança”.

O aniversário foi ainda assinalado com um simula-cro e um desfile apeado e motorizado pelas ruas da cidade, ocorridos anteriormente.

PÓVOA DE VARZIM

Presidente da LBP lamenta falta de reconhecimento

Os Bombeiros Municipais de Sardoal assinala-ram, em 10 de outubro último, o seu 62.º

aniversário com uma cerimónia que decorreu no Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal.

A cerimónia contou com a presença de vários convidados, oriundos de associações e corpos de bombeiros de todo o distrito de Santarém, e com as intervenções, do comandante dos Bombeiros Municipais de Sardoal, Nuno Morgado, do presi-dente da Autarquia sardoalense, António Miguel Borges, do vice-presidente da Liga dos Bombei-ros Portugueses, Adelino Gomes, do comandan-te operacional distrital do Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém da ANPC, Mário Silvestre, e do presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Santarém, coman-dante Carlos Gonçalves.

Na oportunidade foram entregues diversas condecorações, nomeadamente medalhas de as-siduidade e dedicação, aos elementos do corpo de bombeiros que completaram 5, 10, 15, 20 e 25 anos de bom e efetivo serviço, tendo ainda sido reconhecidos dois bombeiros pelos 25 anos de serviço prestado enquanto funcionários do Município e uma bombeira em virtude da sua aposentação como bombeiro profissional.

O presidente da edilidade, António Miguel Bor-ges, salientou na ocasião que o Sardoal é um dos

municípios que mais investe na proteção civil, juntamente com as maiores cidades do país.

O comandante Nuno Morgado aproveitou o ensejo para lembrar as intervenções no concelho mas também fora dele no âmbito do DECIF nos distritos da Guarda, Castelo Branco e Portalegre. A propósito, referiu a necessidade das atuais ins-talações, com base em possíveis apoios comuni-tários, poderem necessitar de ser remodeladas e ampliadas tendo em conta a necessidade do pré posicionamento de equipas, brigadas e grupos de intervenção integrados na parceria com a ANPC.

Como prioridade elencou a aquisição de novos equipamentos de proteção individual, “tal como foi feito nestes dois últimos anos, garantindo as-sim que todas as intervenções decorrem sem co-locar em risco os nossos bombeiros.”

Nuno Morgado lembrou ainda que “irá entrar em funcionamento na próxima semana um novo sistema de informação geográfica dedicado à proteção civil municipal operado pela central de telecomunicações do corpo de bombeiros, que irá por certo facilitar a localização gestão e geor-referenciação de ocorrência de proteção civil”.

No fim da cerimónia houve um Sardoal de Honra, que juntou os convidados, os bombeiros e os seus familiares.

SARDOAL

Homenagensem dia de aniversário Rita Lourenço e Sónia Lavra-

dor receberam as divisas de subchefe durante a sessão sole-ne comemorativa do 33.º ani-versário da Associação Humani-tária dos Bombeiros Voluntários de Mira realizada na freguesia de Carapelhos.

O programa incluiu ainda a entrega de outras distinções. Com a medalha de Quadro de Honra da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) foram distin-guidos, os comandantes do QH Fernando Almeida e Manuel Evangelista Almeida, o segundo comandante QH Vitor Pontinha, o adjunto de comando QH João Oliveira, os chefes QH Carlos Marques e João Almeida, o sub-chefe QH João Almeida e o bom-beiro de 2ª José Adão.

A medalha de serviços distin-tos, grau cobre, da LBP foi atri-buída ao chefe João Canudo, ao subchefe António Jesus e ao bombeiro de 2ª Luís Pires.

A medalha de dedicação, grau ouro, foi entregue a subchefe Carlos Costa, a de 20 anos, ao

comandante Nuno Pimenta, aos subchefes Manuel Pires, Márcio Jesus e Sónia Lavrador, e aos bombeiros de 1.ª João Rodri-gues e Sérgio Pina, e a de 15 anos, à subchefe Rita Lourenço e ao bombeiro de 1.ª Pedro Viei-ra.

Por fim, com a medalha de assiduidade, 10 anos, foram distinguidos os bombeiros, Ana Pires e Diana Santos (2.ª), e de 5 anos, todos de 3.ª, Aristides Casaca, Pedro Moço, André Cae-tano, Alexandre Oliveira, Stéphan Martins e Jordan Lau.

Decorreu ainda a inauguração de duas novas viaturas, um VTTP, viatura de transporte táti-co de pessoal, e uma ABTM, am-bulância de transporte múltiplo, apadrinhadas pelos associados José Fresco e António Fresco, no primeiro caso, e Manuel Ramos e pelo bombeiro de 2.ª José João.

Durante a sessão, Vitor Ma-daíl, presidente da direção e o comandante Nuno Pimenta pro-curaram sensibilizar a Câmara

Municipal para um apoio regular à instituição. O edil, Raul Almei-da, anuiu e prometeu para mui-to breve a oferta de uma mota de água.

A sessão contou com ainda com as presenças, do vogal do conselho executivo da LBP, co-mandante José Requeijo, do presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Coim-bra, comandante António Si-mões, pelo segundo comandan-te distrital da ANPC, António Oli-veira, pelo presidente da Junta de Freguesia de Carapelhos, Ga-briel Pinho, vereadores e outros autarcas, comandos e dirigentes de 14 das 24 associações e cor-pos de bombeiros do distrito, di-rigentes e comandos dos Volun-tários de Vagos e de Ílhavo, an-tigos directores e elementos de comando da instituição, acolhi-dos pelos presidentes, da as-sembleia-geral, Manuel Montei-ro, e do conselho fiscal, Filipe Barreto, acompanhados dos res-tantes membros dos órgãos so-ciais da Associação.

MIRA

Duas bombeiraspromovidas a subchefe

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30 OUTUBRO 2015

em setembro de 1995

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Franca das Naves

evocou no passado dia 27 de setembro, o 19.º aniversário da sua fundação e os seus bombeiros, já falecidos, Miguel Madeira e António Vaz, com uma romagem ao cemité-rio local. Aproveitando esta efeméride, dire-ção e comando, demonstraram a sua grati-dão para com os seus bombeiros que, de forma abnegada e voluntária servem a co-munidade, enfrentando adversidades e co-

locando em risco a sua integridade física, entregando em cerimónia solene, medalhas de mérito, por cumprimento 5 e 10 anos de serviço prestado no seu corpo ativo.

No evento, marcaram presença, além dos bombeiros, órgãos sociais e alguns familia-res, a Junta de freguesia da Vila Franca das Naves e o presidente da Câmara Municipal de Trancoso, professor Amílcar Salvador.

Foram ainda descerradas duas placas de agradecimento em viaturas. A primeira,

numa ambulância de socorro, cujo equipa-mento foi adquirido com fundos angariados em atividades desenvolvidas pelos bombei-ros.

A outra placa foi descerrada, numa viatu-ra pesada de combate a incêndios florestais, completamente restaurada pelos bombei-ros, nos seus tempos livres, e que, dadas as dificuldades de aquisição de material novo, permitirá colmatar a sua falta em termos operacionais.

VILA FRANCA DAS NAVES

Bombeiros recuperam viatura antiga

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses (LBP), comandante Jaime Marta Soares,

enalteceu a decisão de treze elementos da Asso-ciação Humanitária dos Bombeiros de Salvaterra de Magos que pagaram dos seus parcos recursos a formação de tripulante de ambulância de socor-ro no valor de 900 euros por formando. A forma-ção é imprescindível para poderem tripular a am-bulância que o INEM colocou no Posto de Emer-gência Médica (PEM) que serve todo o concelho de Salvaterra de Magos.

A informação foi divulgada na cerimónia come-morativa dos 80 anos da associação que reuniu mais de 250 pessoas no quartel dos bombeiros, no sábado à tarde.

“Estes voluntários sacrificaram o seu orçamen-to familiar, com muita dificuldade, alguns recor-reram a ajudas para pagar a formação porque a associação não podia suportar este custo. Foi ini-ciativa deles e nós reconhecemos como um ato louvável muito importante para o bom serviço de socorro às populações”, explica o comandante Paulo Dionísio emocionado com a atitude dos seus voluntários, na maioria jovens com elevado potencial para assegurar as funções exigidas a um tripulante de ambulância INEM.

O presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares condecorou os 13 bombeiros com a me-dalha de serviços distintos Grau Cobre da Liga.

Os bombeiros homenageados são: o chefe José Narciso, o bombeiro de 1.ª Pedro Pereira e os bombeiros de 3.ª Luís Soares, Valter Almeida, Gonçalo Simões, Rui Côdea, Nélio Fonseca, Ana Cláudia Gonçalves, Simone Ribeiro, Soraia Silva, Iryna Rehan, Ana Cristina Cardoso e Joana Ma-deira.

“É uma atitude exemplar e louvável que quere-mos aqui saudar com um reconhecimento pro-

fundo a todas estas mulheres e homens que prestam um serviço único às suas comunidades”, disse o presidente da Liga.

O comandante Jaime Marta Soares elogiou também o envolvimento da população, das em-presas e das autarquias na vida do corpo de bom-beiros durante uma cerimónia que distinguiu au-tarcas, empresários e os bombeiros.

Por proposta da Associação, a LBP distinguiu também a empresa de transportes “Florêncio e Silva Lda” com a medalha de serviços distintos grau ouro.

O Chefe João Aleluia foi reconhecido por 48 anos de dedicação aos bombeiros de Salvaterra no momento mais emotivo da tarde com uma longa ovação e muita comoção entre os presen-tes. João Aleluia recebeu o crachá de ouro da LBP Os bombeiros de 2ª, António Ventura, com 36 anos dedicados aos bombeiros, e Luís Silva, com 42 anos de serviço, receberam a mesma distin-ção.

O presidente da Câmara Municipal de Salvater-ra de Magos entregou ao presidente da direção, Alírio Belchior, e a uma jovem infante com apenas 7 anos, uma peça artesanal com motivos alusivos ao concelho e ao trabalho dos bombeiros. “É um singelo reconhecimento pelos bons serviços pres-tados aos munícipes”, disse. Hélder Esménio ga-rantiu melhorar o apoio do município e contem-plar algumas das reivindicações feitas pelo co-mandante dos bombeiros que gostaria de ter apoios semelhantes aos que municípios vizinhos dão aos seus bombeiros na área da formação, apoio logístico e financeiro.

“Não iremos conseguir responder a todos os pedidos, mas iremos apoiar no que pudermos esta associação e os seus bombeiros”, concluiu o edil salvaterrense.

SALVATERRA DE MAGOS

Presidente da LBPdestaca decisão dos bombeiros

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31OUTUBRO 2015

ANIVERSÁRIOS1 de novembroBombeiros Voluntários de Ponte de Sôr. . . . .894 de novembroBombeiros Voluntários de Benedita . . . . . . .276 de novembroBombeiros Voluntários de Santa Comba Dão 10010 de novembroBombeiros Voluntários de Águeda . . . . . . . .81Bombeiros Voluntários de Miranda do Corvo .6911 de novembroBombeiros Voluntários de Palmela . . . . . . . .7813 de novembroBombeiros Voluntários de Campo de Ourique 99Bombeiros Voluntários de Agualva – Cacém .84Bombeiros Voluntários de Calheta . . . . . . . .37Bombeiros Voluntários de Monforte . . . . . . .3014 de novembroBombeiros Voluntários de Manteigas . . . . . .6115 de novembroBombeiros Voluntários de Alverca . . . . . . . .8918 de novembroBombeiros Voluntários de Portimão . . . . . . .8919 de novembroBombeiros Voluntários de Soure . . . . . . . .12520 de novembroBombeiros Voluntários da Merceana . . . . . . .35Bombeiros Voluntários de Alvalade. . . . . . . .1421 de novembroBombeiros Voluntários de Oeiras . . . . . . . .124

Bombeiros Voluntários de Sabrosa . . . . . . .124Bombeiros Voluntários de São Romão. . . . . .5722 de novembroBombeiros Voluntários de Mação . . . . . . . . .78Bombeiros Voluntários de Ferreira do Alentejo.5524 de novembroBombeiros Voluntários de Felgueiras . . . . .117Bombeiros Voluntários Madeirenses . . . . . . .89Bombeiros Voluntários de Melres . . . . . . . . .34

25 de novembroBombeiros Municipais do Cartaxo. . . . . . . . .79Bombeiros Voluntários de Proença-a-Nova . .67Bombeiros Voluntários de Mira de Aire . . . . .3326 de novembroBombeiros Voluntários de Cinfães . . . . . . . .4527 de novembroBombeiros Voluntários de Almeida . . . . . . . .8328 de novembroBombeiros Voluntários do Peso da Régua . .135Bombeiros Voluntários de Arganil. . . . . . . . .8129 de novembroBombeiros Voluntários de Barquinha . . . . . .89Bombeiros Voluntários de Pampilhosa da Serra 4630 de novembroBombeiros Voluntários de Aveiro Novos . . .107

Fonte: Base de Dados LBP

Os silêncios imperam jun-to ao memorial aos 14 bombeiros dos Voluntá-

rios de Armamar, que morre-ram no dia 8 de setembro de 1985, quando combatiam um grande incêndio na zona do Castelo, na Serra de Lumiares. José Manuel Fulgêncio, um dos dois sobreviventes, não escon-de a emoção. Cada um dos 14 capacetes trabalhados na pe-dra, têm para este homem um

rosto. Ali perdeu o filho António e o irmão Manuel de Jesus e uma dúzia de bons amigos, de camaradas de todas as horas.

Passaram 30 anos e podem passar outros tantos que José Manuel não esquece cada se-gundo daquele fatídico dia. Conta que fogo já dava traba-lho aos bombeiros há uns três e, que na ocasião, combatiam as chamas numa área de pi-nhal, quando a súbita aproxi-

mação das chamas da aldeia de Vila Nova, levou a equipa a ten-tar alcançar viatura de apoio para acudirem a povoação.

Os 16 operacionais atraves-savam o vale, quando o infor-túnio trocou-lhes as voltas. O terreno difícil impunha ao gru-po uma progressão lenta. Re-pentinamente, as chamas que “estavam lá longe”, começa-ram a avançar, rapidamente, empurradas pelo vento forte que se fazia sentir. Durante cerca de 20 minutos os opera-cionais tentaram escapar da-quele inferno, mas o fogo aca-bou por cercar e ceifar a vida dos que seguiam na frente e poupar os dois bombeiros, que, desorientados pelo inten-so fumo e o calor abrasador acabaram por ficar para trás, um deles José Manuel Fulgên-cio, que no desespero acabou por cair e ficar protegido por um muro de pedra, que o fogo já enfraquecido não conseguiu transpor.

“Já não os vi mais, só ouvia os gritos, mas não via nada”, diz-nos, enxugando uma teimo-sa lágrima. Ainda que desnor-teado, tentou “procurar os cole-gas”, mas acabou por perder as forças e tombar, e diz só se re-cordar de acordar no hospital.

Depois do trágico acidente garante que queria “largar os

ARMAMAR 30 ANOS DEPOIS

Memórias que não se apagamOs anos passam, mas em Armamar ninguém esquece o terrível incêndio do dia 8 de setembro de 1985, que roubou a vida a 14

filhos da terra, a 14 bombeiros voluntários.José Fulgêncio sobreviveu à tragédia, mas perdeu naquele pérfido campo de batalha um filho e um irmão e, foi no local do acidente,

que partilhou com o jornal Bombeiros de Portugal, as memórias de um dia triste, que lhe mudou a vida, mas que não lhe roubou o

sonho de ser bombeiro.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

bombeiros”, mas acabou por não desistir do sonho:

“Pedi a demissão, mas não foi aceite, com o argumento de que a corporação já estava de-masiado pobre. Acabei por ficar, eu e outros dois filhos, também bombeiros”, revela.

As lágrimas de José Manuel Fulgêncio são reveladoras da dor que, ainda hoje, o conso-me, mas, curiosamente, o amor aos bombeiros, a entrega causa acabaram por ajudá-lo a re-construir a vida, “a seguir em frente”, como nos faz questão de acentuar.

Como que honrando a me-mória dos que partiram, José Manuel Fulgêncio, nunca se afastou da Associação Humani-tária dos Bombeiros Voluntários de Armamar, onde ingressou em 1971, cumprindo o lema

“vida por vida”, enquanto a ida-de permitiu. Quando deixou o corpo ativo, não perdeu o “vício dos bombeiros” e, hoje, aos 76 anos faz do quartel a sua se-gunda casa e “com muito orgu-lho”, assume a responsabilidade de representar a instituição nas mais distintas cerimónias.

As memórias não se apagam, a tragédia não é esquecida. To-

dos os anos, a 8 de setembro, a comunidade une-se aos bom-beiros para assinalar a data, para prestar tributo aos 14 bra-vos soldados da paz que morre-ram a proteger a vida dos seus concidadãos, num impar ato co-ragem e abnegação que está aliás perpetuado num momento no centro da cidade e no me-morial da Serra de Lumiares.

Pereceram no incêndio de Armamar José Manuel Oliveira, Joaquim Ribeiro, Domingos Pereira Cardoso, Manuel de Jesus dos Santos, Manuel Pereira Garcia, Francisco Nunes da Silva, António Luís Nunes da Silva, António Carvalheira, José Carvalheira, Manuel Carvalheira, António Manuel Fulgêncio, António Damas, José Francisco Damas e Alípio Correia Lalim Sobreviveram à fúria das chamas José manuel Fulgêncio e Manuel Jesus dos Santos.

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32 OUTUBRO 2015

FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Patrícia Cerdeira, Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: QuarkCore.pt – Edifício Malhoa Plaza – Av.ª José Malhoa, n.º 2 – 1.º – Escr. 1.1 – 1070-325 Lisboa – Telef.: 21 825 88 21 – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal

A Crónicado bombeiro Manel

Os helicópteros do INEM andam na giraldi-nha. Transportam doentes graves como é

assim que está determinado mas também pas-sam a vida a mudar de poiso, ora Algarve, Beja, Évora.

E aqui para o norte também já se viu do mesmo em Macedo de Cavaleiros, que estava, já não estava e voltou a estar. Que diabo, antes de lá os porem não pensaram bem nisso ou é também como a história da manta curta que todos puxam para o seu lado?

Faltam carros às polícias e à GNR e os que existem li que estão “obsoletos”diz uma inspe-

ção que fizeram aí pelas esquadras e pelos postos.

Aqui no caso dos bombeiros a tal inspeção não precisa de vir visitar-nos. Nós já passa-mos a vida a dizê-lo e a avisar. Continuamos todos a dar o nosso melhor mas há sempre necessidades. As viaturas vão sofrendo des-gaste, as vermelhas de uma maneira e as brancas de outras. As vermelhas por que nos TO têm às vezes que sofrer muito a calcorrear montes. E as brancas por que já levam muitos quilómetros andados sem descanso e o dinhei-ro que se vai gastando em mantê-las só se

justifica por que também não há dinheiro para as substituir.

Lá vamos conseguindo arranjar algumas com verbas da Europa, com a ajuda dos nossos beneméritos, como o nosso próprio trabalho nos cortejos e nos peditórios. Mas depois de tudo isso mesmo assim não conseguimos acer-tar o passo para só ter viaturas até uma certa idade. Fala-se tanto em ser como na Europa mas no caso das viaturas é que não. Na Europa em muitos países ao fim de certo tempo as via-turas de bombeiros já não podem funcionar. E quem lá pôs aqueles a seguir põe lá outras.

Nós vamos lá buscar o que eles já não querem e ainda nos remediamos com elas mas tam-bém não damos o salto que falta.

[email protected]

Helis na giraldinha

A todas as bombeiras e bombeiros parteiros que, dando prova inequívoca de competência e conhecimentos, têm sabido trazer ao mundo tantas crianças nas suas ambulâncias, colma-tando as falhas, incluindo distâncias, das uni-dades de saúde locais.

Aos fundos comunitários (QREN) por, põe apenas 3 milhões de euros, não estarem a corresponder aos anseios das associações de bombeiros, e às responsabilidades do próprio Estado, na satisfação das necessidades ao ní-vel de remodelação e ampliação de quartéis.

LOUVOR/REPREENSÃO

Uma arreliadora gralha veri-ficada na última edição do

nosso jornal estabeleceu con-fusão sobre os valores pagos na actualidade aos bombeiros

sobre os turnos de 24 horas no âmbito dos ECIN/ DECIF.

Assim, como é sabido, o va-lor praticado no pagamento de ECIN é de 45 euros por 24

horas e não por 12, como er-radamente se publicou.

Sublinhe-se, contudo, que a reivindicação expressa na mesma edição pelo presidente

da Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, é para que os ECIN passem a 50 eu-ros/12 horas.

Retificação sobre valor do ECIN

O conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) decidiu alargar até 30 de novembro próximo o pra-

zo de entrega dos contributos das associações e corpos de bombeiros para a candidatura a apresentar à UNESCO sobre as viaturas antigas de bombeiros.

As viaturas antigas e outros equipamentos constituem um repositório histórico propriedade das associações e corpos de bombeiros que importa destacar e valorizar com a referi-da candidatura. Contudo, ela tem por base o levantamento de todo esse património e depende das respostas dadas para esse efeito, razão para o alargamento agora decidido.

CANDIDATURA À UNESCO

Alargado prazode respostas Louvor público

aos Bombeiros de Portugal

O Conselho Executivo da Liga dos Bom-beiros Portugueses louva todos os

Bombeiros de Portugal pela sua constante e permanente entrega na defesa das vidas e haveres de todos os portugueses, dando a sua própria vida na defesa da vida do outro Homem seu irmão. Havendo a fazer uma especial referencia a todos aqueles e aquelas mulheres e homens que fardam de Soldados da Paz, que durante o DECIF – Dispositivo Especial de Combate aos In-cêndios Florestais 2015, quiseram de for-ma altruísta, abnegada, solidária e com-petente estar ao serviço das populações, COMBATENDO O FLAGELO QUE SÃO OS INCÊNDIOS FLORESTAIS.

Esta análise baseia-se em casos con-cretos devidamente comprovados e na real expressão de que durante este perío-do e no âmbito de todos os Agentes de Proteção Civil presentes em todos os tea-tros de operações, os operacionais dos Bombeiros corresponderam a 98% das presenças.

Os Bombeiros Portugueses são, sem qualquer dúvida, os principais obreiros deste edifício que é a Proteção Civil sendo em nosso entender o maior e mais bem organizado exército de paz, que se desta-ca na guerra contra um perigoso inimigo que são os INCÊNDIOS FLORESTAIS.

Por isso, conscientes da coragem, do

querer e da total disponibilidade destas mulheres e homens que constituem os principais e decisivos meios humanos de combate aos incêndios e numa afirma-ção de justiça, o Conselho Executivo LOUVA TODOS OS BOMBEIROS PORTU-GUESES DESTACANDO OS QUE FIZERAM PARTE DO DISPOSITIVO DE COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS – DECIF 2015.

Lisboa, 28 de Outubro de 2015 A BEM DA HUMANIDADE

O Presidente do Conselho Executivo

Jaime Marta SoaresComandante