Presidente da LBP promete não desistir - Página Inicial · bombeiro” de cumprirem o seu...

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Novembro de 2015 Edição: 350 Ano: XXXII 1,25€ Director: Rui Rama da Silva Página 24 Taxas Moderadoras Lisboa passa ao lado dos voluntários Presidente da LBP promete não desistir TAXA P. CIVIL LOUVORES FORMAÇÃO Esquecimento dos bombeiros causa indignação Liga quer acesso facilitado e menos burocracia Páginas 10 e 11 Página 32 LBP defende Isenção do IRS para além do DECIF Página 5 Foto: Marques Valentim

Transcript of Presidente da LBP promete não desistir - Página Inicial · bombeiro” de cumprirem o seu...

N o v e m b r o   d e   2 0 1 5   Edição:  350  Ano:  XXXII  1,25€  Director:  Rui  Rama  da  Silva

Página 24

Taxas Moderadoras

Lisboa passa ao lado dos voluntários

Presidente da LBPpromete não desistir

TAXAP. CIVIL

LOUVORES

FORMAÇÃO

Esquecimento dos bombeiros causa indignação

Liga quer acesso facilitadoe menos burocracia

Páginas 10 e 11

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LBP defendeIsenção do IRS para além do DECIF

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2 NOVEMBRO 2015

O amigo de todos os diasDizem que é o melhor amigo do ho-

mem, o seu fiel amigo, e que os ho-mens, por maioria de razão, podem e

devem dizê-lo e testemunhá-lo. Mas, tam-bém como é sabido, os homens nem sempre procedem do mesmo modo. Isso acontece, contudo, com honrosas excepções, nomea-damente, no caso dos bombeiros.

Surgem nos quartéis de bombeiros por várias razões, oferecidos, recolhidos em ce-nários de fogo ou de acidente, e até resga-tados ao abandono ou aos maus-tratos.

De raça ou rafeiros, há também aqueles que pura e simplesmente aparecem, do nada, sem origem que se conheça e de for-ma muito clara demonstram que também eles decidiram adoptar os bombeiros. E fi-cam, para ficar. Para fazer parte desta famí-lia dos bombeiros, administrativamente como mascotes, na verdade, como mais uma membro dela.

Há aqueles que, na oportunidade, são os

primeiros a entrar na viatura de combate a incêndios sempre que se tratar de ir prestar socorro. Outros, limitam-se a ficar no quar-tel mas sempre de sobressalto, em desas-sossego, à espera do regresso. E, mesmo não falando, expressam-se bem, às voltas da viatura regressada ao quartel depois de cumprida a missão, para verificarem se vol-taram todos. Depois da contagem, acalmam e voltam ao remanso do seu canto à espera do próximo alerta.

Um dia, se por qualquer acaso desapare-cem ou morrem é sempre motivo de grande tristeza ou até de luto.

Podem até ser de pequena estatura, rafei-ros mesmo, mas sem sombra para dúvida são sempre grandes, grandes amigos dos bombeiros. E, também sempre reconheci-dos por eles como tal. São os amigos de to-dos os dias, nas 24 horas de um quartel.

Artigo escrito de acordocom a antiga ortografia

Trinta Bombeiros do Quadro de Honra, dos Bombeiros Voluntários de Fafe, reuniram-se

num passeio-convívio ao Alto Minho, numa co-mitiva que integrou, também, Rui Malheiro, em representação da direção e o 2.º comandante. Gilberto Gonçalves, em representação do Co-mando.

A saída foi logo pela manhã e o pequeno-al-moço tomado na capital do Alto Minho em Via-na do Castelo. De seguida, grupo partiu em di-reção a Valença, para uma visita ao Santuário de N.ª Sra. da Cabeça, depois de uma passa-

gem por Caminha. Após a visita ao monumento religioso, a paragem obrigatória no quartel dos Voluntários de Melgaço, onde os convivas fo-ram recebidos pelo comandante Gaspar Caldas.

Depois de um breve passeio por esta vila, o almoço num restaurante local e o regresso à cada dos bombeiros anfitriões com visita às instalações às instalações. Depois das despe-didas o grupo rumou à “vila mais antiga de Portugal”, Ponte de Lima, para um passeio e um retemperador lanche nas típicas “tasqui-nhas”.

FAFE

Quadro de Honra no Alto Minho

É usual o termo “grande família” quando a temática versa bombeiros, um termo que

traduz união e camaradagem entre elementos que partilham a mesma missão e similar ape-go à causa. Contudo, a realidade é que em muitos casos, um pouco por todo o País o in-gresso nos quartéis, constitui, verdadeira-mente, uma tradição familiar, mantida por vá-rias gerações, uma espécie de herança gené-tica, que continua a ser, em muitos casos, providencial não só para garantir a renovação dos recursos humanos, mas também para preservar um peculiar bairrismo que dignifica, mantém vivas e engrandece as instituições.

Exemplos não faltam desta ímpar linhagem de bombeiros que faz questão de deixar her-deiros, de manter o apelido inscrito no quadro ativo ou em muitos casos, o nome de família representado nas equipas diretivas. Curiosa-mente, quando a sucessão natural ou direta é quebrada, há sempre um sobrinho, um primo ou até um afilhado que assume como que a “obrigação moral” de abraçar a causa cativado pelas histórias ouvidas vezes sem conta, ou pelo som da sirene o aprumo da farda ou bri-lho das medalhas.

Diz quem conhece bem este meio muito particular, que estes são elementos valiosos, que sabem ao que vão, conhecem as dificul-

dades de uma carreira cumprida, na maioria dos casos, em regime de voluntariado, com prejuízos para as vidas profissional e familiar. Estes legatários do lema “Vida por Vida” hon-ram esse testemunho, mesmo conhecendo os perigos de muitas missões, nos mais difíceis teatros de operações, para onde vão sem a certeza do regresso.

Num destes dias estivemos com os Voluntá-rios do Alvito e testemunhamos o incomensu-rável orgulho do comandante António Piteira nas suas filhas, dignas seguidoras do caminho trilhado pelo pai há já trinta anos. Contou--nos, com ternura de pai nos olhos, que “as três ingressaram, ainda muito jovens, nos bombeiros”, uma por questões pessoais e pro-fissionais tomou outro rumo, mas que Veróni-ca e Patrícia, por decisão e mérito próprios, integram este contingente de paz e dedicam tempo e saber ao próximo, inspiradas, certa-mente, no percurso do progenitor.

Exemplos como os de Verónica ou de Patrí-cia são, felizmente, comuns provando que não existem imponderáveis ou indisponibilidades que impeçam os herdeiros dos “genes de bombeiro” de cumprirem o seu destino, talvez porque, nestas como noutras circunstâncias, a tradição ainda é o que era.

Sofia Ribeiro

JORNAL@LBP

Porque a tradição ainda é…

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A “Pombinha Branca”, primei-ra ambulância motorizada

de Vila Nova de Famalicão, pro-priedade dos Voluntários Fama-licenses, esteve em exposição no mês de outubro, no comple-xo da Exponor, por ocasião na 13.ª edição do AutoClássico.

O número 105 da revista Motor Clássico classificou este Citroen C4 de 1929 como “car-ro preferido da feira”, salien-tando que a “Pombinha Bran-ca, como é conhecido, conta com uma extensa folha de ser-viços, (…) sendo é daqueles ra-

ros veículos que se transfor-mou num símbolo de uma co-

munidade e fez parte indelével da sua história”.

EXPONOR

“Pombinha Branca” na Motor Clássico

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Os Bombeiros são, sem qualquer margem para dúvida, o primeiro agen-

te da Proteção Civil em Portu-gal. Estamos fartos de o dizer mas, em abono da verdade, ainda não obtivemos de forma consistente e permanente, o devido reconhecimento dessa tão nobre quão importante ati-vidade: Socorrer.

É nossa convicção, e a reali-dade do dia a dia fala por si, que os Bombeiros, apesar dos apoios que possam receber, não têm sido devidamente res-sarcidos à medida do seu tra-balho e da sua prestação de serviço permanente em prol da Sociedade Portuguesa.

Defendemos a alteração do modelo de financiamento que passou recentemente a vigo-rar. Estamos satisfeitos com esse resultado mas considera-mos que se poderia ter ido ain-da mais longe, quer relativa-mente ao entendimento que a ANMP não permitiu alcançar, quer em relação ao teor da própria Lei, que desejávamos mais profundo, também nos montantes e na correção das assimetrias ainda existentes. Por isso, no futuro continuare-mos a reivindicar valores mais justos e mais adequados à rea-lidade.

Essa alteração das regras e montantes permitiu-nos subir mais um patamar, nomeada-mente pelo facto de ser uma Lei proveniente da Assembleia da República, conquista dos Bombeiros Portugueses. Trata--se de uma etapa importante mas, tão só isso, uma simples etapa a que deverão seguir-se outras até atingirmos a meta desejada.

A meta que almejamos é a da garantia da Sustentabilida-de Duradoura e Consolidada das nossas Associações e Cor-

pos de Bombeiros para o exer-cício regular e permanente da prevenção e do socorro, em prol das populações.

Hoje em dia, apesar das difi-culdades e constrangimentos ao seu funcionamento, todos sabemos que as Associações e os seus Corpos de Bombeiros tudo fazem para que a presta-ção do socorro não seja mini-mamente beliscada. Aliás, essa capacidade de enorme esforço e abnegação que, na prática, expressa essas inquestionáveis realidades não pode ser, em nenhuma circunstância, moti-vo para que quem de direito, Poderes Públicos Instituídos e Sociedade Civil não cuide de satisfazer as principais e pre-mentes necessidades dos Bombeiros.

Os Bombeiros não podem ser vítimas da sua própria ge-nerosidade e do seu espírito de sacrifício, continuando apesar disso a responder perante to-das as insuficiências, nomea-damente financeiras.

Não me canso de dizer, por que corresponde e retrata a realidade, que os apoios facul-tados aos Bombeiros, seja do Estado, seja das Autarquias ou outras Entidades Públicas ou Privadas, constituem um ver-dadeiro investimento, facil-mente mensurável, visivel-mente reprodutivo, profissio-nalmente eficiente no âmbito da sua aplicação e eficaz nos resultados que permite alcan-çar.

Importa continuar a pugnar pelas mudanças que, entre ou-tros aspetos, ponham cobro à subsidiodependência com que muita gente continua a querer encarar os Bombeiros.

Faça-se a discussão, conti-nue a repensar-se outras for-mas de mais e melhores apoios, nomeadamente finan-

ceiros. Essa discussão e a nos-sa determinação nunca ficarão esgotadas até que se obtenha o resultado pretendido. Disso não haja qualquer dúvida!

São necessários os meios, são necessários os recursos fi-nanceiros e técnicos que ga-rantam a Sustentabilidade das nossas Associações e Corpos de Bombeiros. Estes devem definitivamente pôr fim ao su-foco com que muitos lutam no dia a dia para continuar a pres-tar um serviço solidário e de qualidade a todos os Portugue-ses, e também, garantir de for-ma continuada o acesso a no-vos meios, competências, for-mação e ferramentas adequa-das para o exercício da sua função. Há por vezes senti-mentos ilógicos que aparentam estar a fazer um favor, quando na verdade é uma inquestioná-vel obrigação para com os Bombeiros Portugueses.

Entre muitos outros aspetos, importa urgentemente refletir sobre os seguintes:

Para quando a revisão das leis Orgânicas da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)?

Para quando uma Direção Nacional de Bombeiros Inde-pendente, com Autonomia Ju-rídica, Administrativa e Orça-mento Próprio?

Para quando a integração de um Diretor não Executivo na administração do INEM, já que a nossa participação corres-ponde a mais de 80% da sua atividade?

Para quando o Comando Au-tónomo nos Bombeiros Portu-gueses?

Para quando a criação das Zonas Operacionais e Respeti-vos Comandos?

Porque razão as verbas cor-respondentes aos Bombeiros

Portugueses continuam a ser geridas pela Autoridade Nacio-nal de Proteção Civil, atenden-do a que há outras soluções menos onerosas e mais efica-zes?

Para quando a nossa presen-ça no Conselho Económico e Social?

Para quando a nossa presen-ça no Conselho Nacional de Economia Social?

Para quando o Reconheci-mento de Parceiros Sociais de Facto se já o Somos de Direito?

Para quando os Bombeiros Portugueses serem ressarcidos à dimensão da sua prestação de serviços à comunidade?

Para quando os tão reclama-

dos incentivos ao voluntariado, consubstanciado no Cartão So-cial do Bombeiro que inclua To-tal Isenção das Taxas Modera-doras e Bonificação da Conta-gem de Tempo para a Refor-ma?

Para quando está prevista a Informação sobre as Verbas Disponíveis no Portugal 2020 para os Bombeiros Portugue-ses?

Para quando a cobertura to-tal do País com equipas de In-tervenção Permanente (EIP)?

Para quando a isenção do ISV para Viaturas Dedicadas ao Transporte de Doentes?

É este debate que deve ser urgentemente realizado, alar-

gado a todos os parceiros, le-vado ao âmago das questões de forma a obter respostas concretas e objetivas às inter-rogações que aqui deixamos enunciadas e para reflexão fu-tura.

Registe-se por fim que: - Os Bombeiros Portugueses

não são da Autoridade Nacio-nal de Proteção Civil.

A Autoridade Nacional de Proteção Civil é que é dos Bombeiros Portugueses.

O Presidente do Conselho Executivoda Liga dos Bombeiros

PortuguesesJaime Marta Soares

Comandante

Modernidade, Exigência, Inovação, Futuro

4 NOVEMBRO 2015

Realizou-se, recentemente, na Faculdade de Letras da

Universidade do Porto (FLUP) o encontro Diálogos entre Ciên-cia e Utilizadores que nesta se-gunda edição, abordou a temá-tica “Os Incêndios florestais: em busca de um novo paradig-ma.”

Nesta iniciativa, marcada pelo diálogo entre investigado-res e operacionais, estiveram presentes investigadores das ciências cindínicas das Univer-sidades de Coimbra, Porto e Mi-nho e operacionais dos Bom-beiros, Guarda Nacional Repu-blicana (GIPS e SEPNA), ICNF, serviços municipais de prote-ção civil e ANPC.

O programa incluiu três pai-néis seguidos de sessões de grupo de trabalho paralelas e de posterior mesa redonda. O pri-meiro painel teve início com a comunicação de Luciano Lou-renço “Incêndios Florestais. De-gradação da paisagem ou reabi-litação após as cinzas?” onde foi realçado o trabalho de mitiga-ção dos efeitos dos incêndios

florestais que na generalidade nacional se resume a ações pontuais ou na maioria das ve-zes nem concretizadas são.

Já Adélia Nunes na sua co-municação “Tendência dos in-cêndios florestais em Portugal (1980-2014”) apresentou os resultados da análise estatísti-ca relativa à variação espacial das áreas ardidas e número de ocorrências, havendo resulta-dos díspares no panorama na-cional, quer de aumento quer de diminuição destes indicado-res que carecem de uma análi-se explicativa local para tais re-sultados. Este painel foi con-cluído com a comunicação

“As causas dos incêndios flo-restais na região Norte” profe-rida por Fantina Tedim apon-tando para 99 por cento dos incêndios com causa atribuída devido a causas antrópicas, de-vendo, por isso, a tónica da prevenção estar na mudança de comportamentos das pes-soas, nomeadamente a situa-ções de negligência e de inten-cionalidade. Estes valores colo-

cam Portugal como o país euro-peu com maior densidade de incêndios florestais. Outro re-sultado desta investigação está na configuração de três perfis motivacionais associados a ne-gligência e intencionalidade dos municípios analisados. Por fim foi apresentado o projeto FIREXTR que será desenvolvido a partir do início do próximo ano com financiamento da Fun-dação para a Ciência e Tecnolo-gia (FCT), numa parceria de in-vestigadores nacionais e es-trangeiros e que terá por obje-tivo desenvolver o conceito de Fire Smart Territory e imple-mentá-lo em Portugal. Na prá-

tica este é um projeto aberto à comunidade e aos operacionais consistindo na identificação de áreas de risco e na dotação dessas comunidades de capaci-dade para se protegerem dos efeitos dos incêndios florestais.

O segundo painel intitulado “Interação entre Académicos e Operacionais” contou com a participação do Serviço Munici-pal de Proteção Civil de Santo Tirso que apresentou o modelo implementado por este municí-pio na gestão dos incêndios na interface urbano-florestal.

De realçar ainda a comunica-ção “Os mega-incêndios em Portugal: desafios para a ges-

tão”, que alertou para a predo-minância de fenómenos de com-portamento extremo do fogo, a incapacidade de controlo e a se-veridade com elevados impac-tes nos ecossistemas, na socie-dade e no tecido económico.

O último painel teve a parti-cipação do coronel Luís Néri que abordou o tema do interfa-ce urbano-florestal na Madeira como ambiente de dificuldade extrema para a intervenção coordenada e racional dos cor-pos de bombeiros em incêndios florestais. Seguiram-se as ses-

sões em grupos de trabalho, onde os operacionais e os in-vestigadores discutiram o para-digma “Extinção e prevenção: que equilíbrio possível?” Este período foi muito participado, no entanto é de lamentar que os Bombeiros, elemento basilar nas operações de combate a in-cêndios, não se tenham feito representar em maior número. Os resultados finais deste en-contro serão publicados em li-vro, disponibilizado online à se-melhança dos resultados da primeira edição.

PORTO

FLUP acolhe encontro sobre incêndios florestais

A Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP) acaba de as-

sinar com a empresa Encostas do Alqueva um protocolo atra-vés do qual vai ser possível garantir apoios aos Bombei-ros Voluntários de Moura e de Mourão e à confederação.

Esses apoios resultam da venda dos vinhos Piteira Soli-dário e Granja-Amareleja, 15 mil garrafas de cada, a ser co-mercializados nas cadeias de hipermercados Modelo/Conti-nente e Pingo Doce.

A empresa Encostas do Al-queva, segundo o protocolo estabelecido com a LBP, “compromete-se a entregar à primeira outorgante 0,40 eu-ros, por cada garrafa de vinho vendida, até ao valor máximo

de 12 mil euros”. A repartição do apoio será feita, 40 por cento para os Bombeiros de

Moura, 40 por cento para os Bombeiros de Mourão e 20 por cento à LBP.

ENCOSTAS DO ALQUEVA

Vinho apoia os bombeiros

O portal Bombeiros.pt , no âmbito do seu 11.º aniversário, promoveu a II

Conferência Nacional de Comunicação, na sequência do êxito da primeira edição realizada no ano transacto em Gouveia.

Esta segunda edição realizou-se em Alcabideche, nas instalações dos bom-

beiros locais, igualmente parceiros na sua organização. No final do encontro fo-ram apresentados também os resultados do II Concurso Nacional de Fotografia promovido pelo portal.

A sessão de abertura contou com as presenças, do presidente da Câmara

Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, do Director Nacional de Bombeiros da ANPC, Pedro Lopes, do comandante dis-trital de Lisboa da ANPC, Carlos Mata, do representante da Liga dos Bombeiros Portugueses, Rui Rama da Silva, do ad-ministrador do portal Bombeiros.pt,

Sérgio Cipriano, do presidente da dire-ção dos Bombeiros Voluntários de Alca-bideche, José Filipe, e do comandante José Palha.

O encontro desdobrou-se em cinco painéis. O primeiro abordou “ a visão dos agentes de proteção civil”, o segundo so-

bre “a comunicação dos corpos de bom-beiros, o terceiro sobre a “imprensa e os bombeiros”, o quarto sobre “oportunida-des da comunicação na Web” e, por fim, o painel final subordinou-se ao tema “a importância da imagem na comunica-ção”.

BOMBEIROS.PT

Debater comunicação no 11.º aniversário

A empresa NSOL, detentora da marca Grab&Go, ligada à instalação e gestão de quiosques com

máquinas de bebidas e alimentos embalados, acaba de concretizar um apoio financeiro aos bombeiros portugueses, em reunião havida entre os seus representantes, Vivaldo Caseiro, admi-nistrador, e Marta Franco, assistente executiva, e o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses,

comandante Jaime Marta Soares, acompanhado do vice-presidente, Rodeia Machado.

O apoio facultado é de 300 euros e teve origem numa campanha lançada pela empresa entre os seus clientes sob o lema “Vamos ajudar os nossos Heróis.

O valor final do apoio resultou do número de gostos e partilhas que a campanha gerou.

LBP

Empresa concretiza apoio

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5NOVEMBRO 2015

A Liga dos Bombeiros Portu-gueses não gostou da for-

ma como a Câmara Municipal de Lisboa se dirigiu aos lisboe-tas para lhes explicar as razões da aplicação da nova Taxa Mu-nicipal de Proteção Civil, a qual começou a ser cobrada em no-vembro. Num desdobrável en-viado por correio a todos os ci-dadãos residentes no concelho de Lisboa, a autarquia explica de forma detalhada o papel do Regimento de Sapadores Bom-beiros (RSB), através do núme-ro anual de serviços prestados, do investimento feito em meios humanos e materiais, no fundo de toda a atividade do Serviço Municipal de Proteção Civil. Com o conteúdo deste folheto, a autarquia justifica a existên-cia da Taxa Municipal com a ne-cessidade de investimento nos

sapadores da cidade, sem que em nenhum momento seja fei-ta qualquer referência aos vo-luntários da cidade. Jaime Mar-ta Soares mostra-se “indigna-do” com esta atitude e numa carta enviada ao presidente da autarquia, Fernando Medina, o presidente da Liga diz que foi com “perplexidade” que verifi-cou que as seis associações de bombeiros voluntários de Lis-boa “estão omissas”, ou me-lhor, foram “totalmente excluí-das” de qualquer apoio finan-ceiro, recorrente das receitas a cobrar pelo município. “A nossa perplexidade assenta no facto de constatarmos essa omissão total, sem qualquer razão plau-sível que a explique”, pode ler--se na carta enviada ao Paços do Concelho.

Mais estranha a Liga esta

atitude quando a decisão é to-mada numa altura em que a Liga e a autarquia têm mantido contatos “frutuosos”, nos quais, lembra Jaime Marta Soares, se concluiu pela neces-sidade de implementação de um novo modelo de apoios,

que valorize o “importante pa-pel” dos voluntários na presta-ção do socorro aos cidadãos da cidade de Lisboa. A terminar Jaime Marta Soares, questio-na: “gostaríamos de ser infor-mados se por parte dessa Câ-mara Municipal, o novo para-

digma e apoio referidos são para levar por diante, se são para suspender ou se simples-mente ficam sem efeito”. A Liga aguarda ainda resposta a esta missiva.

19 milhões de euros por ano

A Taxa Municipal de Proteção Civil criada este ano pela Câ-mara de Lisboa já começou a ser cobrada aos proprietários. Com esta taxa, que visa finan-ciar investimentos no sector, a Câmara pretende arrecadar 18,9 milhões de euros por ano. Esta nova taxa vem substituir a taxa de conservação e manu-tenção dos esgotos, que se vai juntar à do saneamento. Se-gundo consta do orçamento municipal, a Taxa Municipal de

Proteção Civil incide sobre o “valor patrimonial tributário dos prédios urbanos ou frações e às atividades e usos de risco acrescido em edifícios, recintos ou equipamentos”, tais como as redes de distribuição de gás, de água e de eletricidade, a rede ferroviária e as infraestru-turas aeroportuárias e portuá-rias. A estas últimas entidades será aplicada uma taxa anual de 50 mil euros. No que toca aos prédios urbanos, a taxa é de 0,0375 por cento do valor patrimonial tributário, subindo para os 0,3 por cento no caso dos prédios degradados. Já os proprietários dos prédios devo-lutos ou em ruínas deverão contar, a partir do próximo ano, com uma taxa de 0,6% do va-lor patrimonial tributário.

PC

LISBOA JÁ COBRA TAXA DE PROTEÇÃO CIVIL

Esquecimento dos voluntários causa indignação

Número de socorro808 215 215

+ informações em

www.cm-lisboa.pt

“A proteção civil é a atividade

desenvolvida pelo Estado, Regiões

Autónomas e Autarquias Locais, pelos

cidadãos e por todas as entidades

públicas e privadas com a finalidade

de prevenir riscos colectivos inerentes

a situações de acidente grave ou

catástrofe, de atenuar os seus efeitos

e proteger e socorrer as pessoas

e bens em perigo quando aquelas

situações ocorram.”

Lei de Bases de Proteção Civil

Em Lisboa, a Câmara Municipal,

através do Serviço Municipal de

Proteção Civil (SMPC) e do Regimento

de Sapadores Bombeiros (RSB),

garante - todos os dias do ano, a

qualquer hora do dia - a segurança

de pessoas e bens, através de ações

de proteção e socorro.

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ÁREAS DE ATUAÇÃO

Liga exige respeitoFoto

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A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) defen-de o alargamento da isenção do IRS para os

bombeiros voluntários para além das compensa-ções obtidas no âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF). Neste momento, como é sabido, a isenção abrange uni-camente a verba atribuída nessas circunstâncias e deixa de fora outras prevenções ou compensa-ções obtidas pelos bombeiros ao longo do ano.

Em missiva enviada a todos os partidos com assento parlamentar no final de agosto último, ou seja, antes das últimas eleições legislativas de 4 de outubro, o presidente da LBP, coman-dante Jaime Marta Soares, propôs a isenção de IRS para “as compensações pagas aos bombei-ros a título de compensação por tempo perdido ou despesas efetuadas em serviço, colocadas à disposição e pagas pelas respetivas entidades detentoras de corpos de bombeiros, até ao mon-tante anual de 2350 euros”.

Esta proposta, segundo o presidente da LBP, “baseia-se na norma que se aplica aos atletas não profissionais que estão isentos de tributa-

ção, em sede de IRS, pelas verbas recebidas das federações, e que servem como incentivo às mo-dalidades amadoras”.

O comandante Jaime Marta Soares termina a carta dirigida aos partidos defendendo que “por maioria de razão, quem serve a comunidade de forma voluntária e altruísta deveria, em nosso entender, ter semelhante acolhimento da lei”.

Para a LBP, como se sabe, a disponibilidade e a intervenção dos bombeiros está muito para além do período de vigência do DECIF mesmo que, também, nesse período 95 por cento das intervenções caibam aos bombeiros. Refira-se, a título de exemplo, o facto de 80 por cento do transporte de doentes de caráter urgente e emergente seja garantido pelos bombeiros no âmbito do Sistema Integrado de Emergência Mé-dica (SIEM).

“Todos reconhecem, e as estatísticas não mentem, os bombeiros representam e são na prática o primeiro agente de proteção civil”, lem-bra o presidente da LBP na carta enviada aos partidos políticos.

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Presidente da LBP defendeisenção para além DECIFNuma altura em que já está em vigor a nova

Lei de Financiamento, a Liga dos Bombei-ros Portugueses (LBP) e a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), através da Direção Nacional de Bombeiros (DNB), têm vindo a reunir-se para fazer o levantamento e corre-ção de alguns “erros” detetados, nomeada-mente ao nível dos dados erradamente intro-duzidos no algoritmo que define os valores de financiamento a atribuir aos corpos de bom-beiros. Em causa estão questões como a reti-ficação do numero de população e áreas geo-gráficas abrangidas pelos corpos de bombei-ros. Para a retificação dos dados, foi criado um grupo de trabalho que integra a Liga dos Bom-beiros Portugueses.

No dia 30 se setembro, a DNB enviou aos corpos de bombeiros, um oficio sobre as áreas de atuação, documento no qual se informam

os diferentes passos que levarão à retificação dos dados inicialmente apurados. Informa a DNB nesta circular que os corpos de bombei-ros serão informados através de um formulá-rio a enviar pelos CDOS, o qual será também distribuído pelos presidentes de câmara.

Ora, apanhada de surpresa com o envio des-ta nota, a Liga dos Bombeiros Portugueses fez saber que “não aceita” tal procedimento já que não foi consultada sobre o mesmo. Na carta enviada aos corpos de bombeiros, Jaime Marta Soares lembra que existe um grupo de traba-lho, no qual a Liga tem “assento com base na Lei” e que discorda “veementemente” do con-teúdo da referida circular. O desagrado chegou também à ANPC, tendo a Liga exigido que a Autoridade corrigisse a informação com “cará-ter imediato”.

PC

6 NOVEMBRO 2015

A memória colectiva regista, desde sempre, uma imagem ataviada do bombeiro português, concor-

rendo para o efeito o seu vistoso farda-mento e armamento.

Todavia, tempos houve em que os elementos que se dedicavam à luta contra o fogo não dispunham de farda-mento próprio.

Foi exactamente a necessidade de distinguir esses elementos, entre a po-pulação, quando do combate aos in-cêndios, que levou à criação de farda-mentos por parte das entidades deten-toras dos corpos de bombeiros.

O uso de farda pelo pessoal do ser-viço de incêndios remonta ao século XIX.

Nos séculos anteriores, era hábito, sobre traje normal, o uso de uma bra-çadeira identificativa e, mais tarde, um fato diferente do que a restante popu-lação usava.

Inspirado, em muitos aspectos do vestuário militar, o fardamento dos bombeiros sofreu naturais alterações ao longo dos tempos, consoante a di-versidade e a especificidade verifica-das no serviço prestado, embora privi-legiando apenas, na maior parte das vezes, factores de ordem meramente estética. Em contrapartida, mantive-ram-se praticamente inalteráveis, du-rante décadas (até aos anos 80 do sé-culo passado), algumas características dos capacetes, fabricados em latão, couro e poliéster.

Mais vistoso do que funcional, o fardamento era incómodo e pouco se-guro, sobretudo, derivado aos mate-riais de confecção.

Falamos, pois, dum período em que a acção do bombeiro, vista com enor-me carga de heroicidade, parecia dis-pensar elementares meios de protec-ção da integridade física. Ou seja, como se a existência do vulgarmente designado “soldado da paz”, conside-rada sólida e intrépida, fosse uma po-tente máquina, auto-suficiente e dis-pensável de cuidados.

Ao contrário dos dias de hoje, cada corpo de bombeiros tinha total liber-dade na adopção do modelo de farda-mento, sendo por isso variáveis os cortes, os distintivos aplicados, o tipo de pano e a própria cor deste. Esta si-tuação veio a mudar depois de 1930, por intervenção da Liga dos Bombei-ros Portugueses (LBP), no âmbito das suas atribuições como entidade pro-motora da normalização do sector, a qual logo nos primeiros anos da sua existência iniciou um processo de sen-sibilização dos comandantes tendente ao estabelecimento da uniformidade, devido a muitas assimetrias, notadas especialmente quando da realização de grandes paradas e desfiles.

Data de 1937 o primeiro plano de uniformes, da responsabilidade da LBP, aplicável aos corpos de bombei-

ros que nela se haviam filiado. De resto, o mesmo serviu de base à pri-meira legislação sobre o assunto, pu-blicada anos mais tarde. Entretanto, a Confederação introduziu alterações ao plano atrás referido, ajustando-o à realidade da época, nomeadamente, a introdução do fardamento para os cadetes (fato de zuarte), cujo surgi-mento nos corpos de bombeiros se verificou a partir da segunda metade da década de 30.

Somente em 11 de Setembro de 1946 veio a ser publicado o Decreto--Lei n.º 35857 (promulgação do pri-meiro Regulamento dos Corpos de Bombeiros), que incluiu o primeiro plano oficial de uniformes e determi-nou a sua tipologia, composição e os distintivos dos postos e especialidades do pessoal dos corpos de bombeiros. A partir de então, passaram a existir legalmente os seguintes uniformes: de trabalho, de passeio e de gala.

Ao passo que o número de corpos de bombeiros e dos seus efectivos foi aumentando no país, a confecção e a venda de fardamento generalizou-se, facto documentado através de publi-cidade antiga presente em publica-ções periódicas do sector. Refira-se que para essa generalização contri-buíram, entre outros, elementos liga-dos a corpos de bombeiros, os quais aliando o conhecimento do meio à ac-tividade empresarial estabeleceram--se ao nível do comércio especializa-do.

O Núcleo de História e Património Museológico (NHPM), da Liga dos Bombeiros Portugueses dispõe, no seu acervo, de diferentes peças de fardamento onde se incluem capace-tes, quépis, barretes de bivaque, dól-mens e blusões, além de um elevado número de distintivos, constituindo preciosos testemunhos do passado

que auxiliam a compreensão do pro-cesso evolutivo da história.

De igual modo o NHPM conserva ico-nografia susceptível de suportar de-senvolvidos estudos versando o tema em presença, o qual requer, contudo, em nosso entender, um aturado traba-lho de recolha de material ao longo do país, para que a LBP possa ser futura-mente melhor e também maior deposi-tária de tudo o que diga respeito à his-tória dos bombeiros portugueses.

Torna-se interessante, nesta oportu-nidade, recordar como surgiu o modelo de fardamento que durante mais anos permaneceu ao serviço dos nossos bombeiros. Referimo-nos ao tradicio-nal dólmen e calça de cotim cinzento, tipo militar, cujo uso primeiro coube aos bombeiros de Barcarena. A sua história é relatada por Júlio Alexandre da Silva, decano dos bombeiros portu-gueses, no I Tomo da publicação de sua autoria intitulada “Elementos para a História Bombeirística de Portugal”. Nele o autor recorda que o apareci-mento daquele fardamento, nos princí-pios do século XX, gerou lamentável troça por parte dos bombeiros de Lis-boa, alcunhando os seus utilizadores de “macacos, ursos, ratos e de nomes de outros animais de pêlo de igual côr”. No entanto, refere Júlio Alexan-dre da Silva, em 1914, “quando as pri-meiras tropas embarcaram para a guerra, vestindo uniforme igual, ces-saram os dichotes aos bombeiros de Barcarena e passaram todas as corpo-rações a usar de igual uniforme”.

Como nota de curiosidade, na altura em que foi redigido o testemunho aqui citado, 5 de Agosto de 1935, o “cotim alvadio” custava quatro escudos o me-tro.

A história regista que, desde há 85 anos, a Liga dos Bombeiros Portugue-ses vem exercendo um papel determi-

nante na regulação da vida dos nossos bombeiros, pugnando pela melhoria e dignificação de tudo o que importa à sua missão. No que diz respeito ao do-mínio dos fardamentos, em todos os períodos temporais, constata-se uma clara preocupação com a uniformiza-ção dos corpos de bombeiros a nível nacional, mas também enorme empe-nho na reunião de condições para que as associações pudessem adquirir far-damento com algumas vantagens, uma vez tratando-se de acção dispen-diosa. Tudo isto pautado por um ex-pressivo sentimento de credibilidade, consubstanciado numa lição a reter e que as palavras, certo dia, escritas por alguém, assim tão bem traduzem:

“Não há dúvida de que o respeito que outros hão-de ter por nós é função daquele que tivermos por nós próprios e esse, espelha-se nas fardas que usarmos.

Se esse uso for cuidadoso, se anda-rem limpas e dentro do regulamenta-do, dão uma ideia precisa, de discipli-na, de acerto e de vontade própria.

E como dá gosto ver uma formatura impecável (…) mostrando que dentro daquelas fardas não vão manequins, mas homens que vivem e sentem o grande ideal do Bombeiro!”

Artigo escrito de acordocom a antiga ortografia

Site do NHPM da LBP:www.lbpmemoria.wix.com/

nucleomuseologico

Breves notasOs fardamentos e sua evolução

Pesquisa/Texto:

Luís Miguel Baptista

Fotos:

Arquivo LBP/NHPM

7NOVEMBRO 2015

ALGARVE

Mau tempo mobilizamuitos bombeiros

O mau tempo que se fez sentir no início de novembro no Algarve

com incidência no litoral e, em par-ticular, no concelho de Albufeira, en-volveu largas dezenas de bombeiros de associações de bombeiros volun-tários do distrito.

O enfoque mediático deu-se no centro da cidade de Albufeira, onde se viveram momentos muito preo-cupantes, e onde os bombeiros se viram na necessidade de interven-ções difíceis, mas não podem ser omitidas muitas outras ocorrências

no mesmo concelho ou em zonas próximas onde a presença dos bombeiros foi igualmente importan-te.

Não obstante as situações de cheias rápidas e caudais violentos terem provocado danos avultados, a

pronta prestação do socorro obstou, por certo, à ocorrência de vítimas mortais a lamentar, para além da registada em Boliqueime, onde um idoso se viu envolvido numa enxur-rada quando conduzia um automó-vel.

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A jurista e professora Constança Urbano de Sousa será a nova titular da pasta

da Administração Interna (MAI) do Gover-no liderado por António Costa e cujo posse está anunciada à data do fecho desta edi-ção.

A nova ministra, com 48 anos de idade, foi assessora jurídica de António Costa quando este ocupou o cargo de ministro responsável pelo MAI, é professora asso-ciada de Direito da União Europeia e dire-tora do Departamento de Direito da Uni-versidade Autónoma de Lisboa bem como professora do Instituto de Ciências Policiais e Segurança Interna.

Constança Urbano de Sousa tem estado particularmente ligada à temática da legis-lação relacionada com a imigração, do di-reito de asilo e do espaço de liberdade, se-gurança e justiça da União Europeia. Aliás, entre outros cargos, oi conselheira e coor-denadora da Unidade de Justiça e Assuntos Internos da Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia entre 206 e 2013.

MAI

Segunda mulher no cargo

8 NOVEMBRO 2015

No âmbito da candidatura ao Pré-mio Boas Práticas ANPC 2015 –

Segurança e Saúde Ocupacional nos Corpos de Bombeiros, foram selecio-nadas pelo Júri as candidaturas fina-listas, transitando para a segunda fase da avaliação, os seguintes Cor-pos de Bombeiros: CBV Alcabideche, CBV Carregal do Sal e CBV Portimão.

Candidatura finalista do corpo de bombeiros de Alcabideche

Candidatura na área temática de Incêndios Florestais que consistiu de forma sintética, na elaboração do

manual “Pratica a Segurança” espe-cificamente para o combate a incên-dios florestais, na realização de ações de formação interna para trei-no e implementação das medidas apresentadas no manual, bem como na aquisição de equipamento de pro-teção individual e coletiva, para o quadro ativo.

Candidatura finalista do corpo de bombeiros de Carregal do Sal

Candidatura na área temática de Instalações de Corpos de Bombeiros que de forma resumida apresentou

um programa de avaliação da condi-ção física dos bombeiros, através da realização de análises e consulta mé-dica, realização de rastreios de fato-res de risco, testes físicos de força, resistência e velocidade, com vista a definir um plano alimentar e de pro-moção da atividade física, para o quadro ativo.

Candidatura finalista do corpo de bombeiros de Portimão

Candidatura na área temática da Segurança Rodoviária que de um modo abreviado consiste num pro-

grama que visa qualificar e preparar os bombeiros autorizados a conduzir veículos do Corpo de Bombeiros, através da aferição de competências, avaliação semestral de conhecimen-tos teóricos e práticos, ações de sen-sibilização e formação no âmbito da mecânica e condução de veículos, e a implementação do cadastro do con-dutor, para o quadro ativo.

Deste modo, na segunda fase de avaliação o Júri do Prémio Boas Práti-cas ANPC 2015 efetuou visitas aos Corpos de Bombeiros finalistas, para validação dos dados apresentados nas candidaturas e recolha de infor-

mação adicional, com vista a selecio-nar o vencedor deste Prémio.

A divulgação do vencedor do Pré-mio de Boas Práticas ANPC 2015 - Segurança e Saúde Ocupacional nos Corpos de Bombeiros, tem lugar no seminário técnico que vai decorrer no dia 28 de novembro de 2015, no au-ditório da ANPC em Carnaxide.

Para mais informações ou esclare-cimentos, contate a Divisão de Segu-rança, Saúde e Estatuto Social da Di-reção Nacional de Bombeiros (ANPC), através do telefone 214 247 100 ou do endereço eletrónico [email protected].

Três corpos de bombeiros finalistas do prémio BOAS PRÁTICAS ANPC

ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇAAUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL

Alcabideche Carregal do Sal Portimão

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Com o objetivo de dar continuidade aos traba-lhos no âmbito da cooperação luso espanhola,

reuniram-se em Sintra os responsáveis da Escola Nacional de Bombeiros (ENB), a Direção Nacional de Bombeiros (DNB), a Escuela Nacional de Pro-tección Civil (ENPC) e a Dirección General de Pro-tección Civil y Emergências.

Este encontro permitiu definir um conjunto de procedimentos a serem observados para a utiliza-ção pelos bombeiros portugueses do campo de práticas da ENPC, em Madrid, bem como as con-

dições de utilização do Centro de Simulação e Realidade Virtual da ENB pelos bombeiros e servi-ços de proteção civil de Espanha. Foram ainda acordados os modelos que permitem o intercâm-bio de alunos em ações promovidas por ambas as escolas.

No âmbito das atividades formativas conjuntas ficou acordada a realização de exercícios conjun-tos agendados já para 1.º trimestre de 2016 e que culminarão com uma jornada técnica a realizar em território nacional no 2.º trimestre de 2016.

ENB

Cooperação com Espanhaganha novos contornos

A Escola Nacional de Bombei-ros (ENB) promoveu, re-

centemente, 23 um simulacro de acidente com matérias peri-gosas nas instalações da Com-panhia de Bombeiros Sapado-res de Coimbra, exercício que integra primeiro curso NFPA 472 Certified Hazmat Techni-cian – Matérias Perigosas –Téc-nico – ministrado em parceria com a Pratical Creative Solu-tions (PCS), com a colaboração da Universidade de Boston.

Participaram 25 bombeiros de todo o país neste curso que teve como formadores - Bob McKee (fire chief), - Mark Sa-xelby (battalion chief) e - Chris Gallager (NYPD detetive), to-dos “master instructors” certifi-cados pela National Fire Protec-tion Association (NFPA), enti-dade norte-americana de refe-rência mundial em normas e regulamentos técnicos de se-gurança.

O curso Matérias Perigosas -Técnico distingue-se pela abordagem ofensiva na resolu-ção de acidentes, sejam fugas, derrames ou a exposição a es-

ses produtos. Outra das dife-renças é a componente prática, sendo que os formandos têm a possibilidade atuar em múlti-plos cenários simulados utili-zando diversos tipos de equipa-mentos de proteção individual, habitualmente disponíveis para as equipas especializadas.

A ENB está agora a avaliar as próximas datas desta formação mas para já estão abertas as

inscrições para curso de Maté-rias Perigosas – Operações que sai pela primeira dos centros de formação da escola as instala-ções dos Bombeiros Voluntá-rios de Portimão. Registe-se que a frequência deste curso constitui pré-requisito para o acesso aos níveis seguintes da formação em Matérias Perigo-sas: Técnico e Gestão de Ope-rações.

COIMBRA

Novo curso termina com simulacro

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: ENB

9NOVEMBRO 2015

Em funções há menos ano, o presidente da Associa-ção Humanitária dos

Bombeiros de Mira, Vitor Ma-daíl mostra-se satisfeito com o trabalho já desenvolvido, mas prefere dar conta do que ainda está por fazer, dos projetos e das ideias que permitam, não só, impulsionar e levar mais longe o nome da instituição, mas, sobretudo, garantir que “nada falta aos 55 elementos do corpo de bombeiros”.

A ampliação e a requalifica-ção do quartel sede surge como uma necessidade, con-forme revela o dirigente dando conta da intenção de adaptar o complexo aos novos conceitos de operacionalidade, funciona-lidade e comodidade, o que implica aumentar as áreas de parqueamento de viaturas, a renovação de balneários e ca-maratas, a expansão da ala fe-minina, a substituição de caci-fos, entre outras intervenções de menor dimensão. Esta em-preitada, estimada em 150 mil euros, carece num entanto de financiamento, pelo que a as-sociação está atenta a even-tuais janelas de oportunidade que possam ser abertas pelos programas comunitários.

Esta é uma instituição esta-bilizada, como faz questão de salientar o presidente, reco-nhecendo o mérito de adminis-trações anteriores que se pau-taram pela transparência e o rigor.

“Quando tomamos posse encontrámos uma casa arru-mada, por isso podemos dar seguimento ao muito trabalho que estava ser desenvolvido. Resta-nos manter os critérios

MIRA

Associação pede envolvimento e compromisso à comunidadeNo início de um novo ciclo, a Associação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários de Mira exibe vitalidade e dinamismo. O elenco diretivo, em funções desde o início do ano, trabalha

afincadamente para que nada falte aos bombeiros, aos homens e mulheres que garantem o socorro ÀS populações deste

município do distrito de Coimbra, com a firme convicção que só assim é possível alcançar a excelência que é chancela desta

instituição com um currículo de mais de meio século de bons serviços prestados.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

de rigor e exigência, para con-tinuarmos a satisfazer com-promissos e encargos a cum-prir obrigações, especialmente com os 26 colaboradores desta associação, com as 26 famílias que dependem de nós”, refere o dirigente.

A receita é sempre diminuta tendo em conta o sem número de obrigações e encargos im-postos a estas associações, pelo que direção e comando apostam em parcerias com as empresas locais que permitam capitalizar envolvimento e compromisso com a causa.

Da mesma forma está aber-to o diálogo com a autarquia tendo em vista a formalização de um protocolo de coopera-ção, que “até agora nunca existiu”.

“A proteção dos 12 mil habi-tantes de Mira tem um custo, que os apoios pontuais não co-brem e o poder local não pode alhear-se desse compromisso. A nossa missão é o socorro, mas estamos sempre a ser re-quisitados seja para roturas de condutas, lavagens de pavi-mento, festas e romarias, tudo a custo zero. Julgamos que tem que haver retorno”, consi-dera o presidente, que da au-tarquia, até agora, conseguiu apenas “a promessa que a questão será analisada”.

Entretanto, já está em mar-cha uma campanha de proxi-midade com as populações que visa, no essencial, dar a conhecer atividade dos Bom-beiros de Mira, os equipamen-tos que usam nas suas mis-sões e o custo dos meios colo-cados ao serviço do município

“Organizámos em julho o Dia do Bombeiro, uma iniciati-va que correu muito bem e que pretendemos repetir em todas as quatro freguesias do concelho. As pessoas ficaram impressionadas com a diversi-dade de meios e capacidade de resposta dos Voluntários de Mira”, diz Vítor Madaíl

Esta estratégia de proximi-dade prevê ainda a promoção “de uma série de atividades culturais” e a participação em eventos de outras associações mirenses, com o propósito de dar visibilidade a uma institui-ção com mais de meio século de história, que importa dar a conhecer.

“Este é um quartel bem equipado a todos os níveis”, mercê de um continuo investi-mento em equipamentos, via-turas e, também, na seguran-ça e proteção dos operacio-nais, como salienta o coman-dante Nuno Pimenta, ainda que identifique como lacunas, “um veiculo tanque florestal, uma viatura ligeira de comba-te incêndios” e assinale a ne-cessidade de encetar o progra-ma de renovação de ambulân-cias.

Este responsável operacio-nal dá conta da exigência da área de intervenção dos Bom-beiros de Mira “um território 124 quilómetros quadrados, sendo 80 por cento área flo-restal e ainda mar e lagoas, que constituem uma preocu-pação constante”.

Para fazer face a eventuais problemas, a associação ad-quiriu recentemente uma em-barcação e investiu na forma-

ção das equipas para a operar, bem como no treino destes elementos, contudo este meio de socorro continua a aguar-dar licenciamento, como assi-nala o presidente da direção, visivelmente incomodado com as dificuldades colocadas aos bombeiros que apenas “recla-mam o estatuto de parceiros no socorro a náufragos”. Ainda assim, e enquanto o impasse subsiste a associação anuncia a intenção de adquirir uma mota de água, para apoio às operações de resgate aquático e que durante a época balnear poderá reforçar o dispositivo que este corpo de bombeiros coloca de praia

“Mira é o concelho que tem maior distância entre portos, Aveiro e Figueira da Foz, um salva vidas para chegar aqui demora no mínimo uma hora”, refere o comandante, alertan-do que a arte xávega continua a estar na origem muitos aci-dentes, que envolvem um ele-vado número de vítimas.

O número de serviços pres-tados pelos bombeiros miren-ses tem vindo a crescer, no-meadamente no que concerne à emergência pré-hospitalar, embora não existam dados que permitam explicar este aumento, certo é que “até fi-nais de setembro de 2015 fo-ram efectuados mais serviços do que durante todo o ano de 2014”, salienta o 2.º coman-dante João Maduro.

Todos os recursos parecem poucos para fazer face às solici-tações, até porque a componen-te voluntária tem uma enorme expressão neste quartel, embo-ra o recrutamento de novos ele-mentos se revele uma missão complicada.

“Nos últimos quatro anos per-demos quase duas dezenas de operacionais, uns emigraram e outros radicaram-se noutras zo-nas dos pais, e não consegui-mos repor esses recursos. A úl-tima escola começou com mais de 20 elementos e terminou com seis”, revela o comandante, evidenciando que “sem volunta-riados são seria possível garan-tir a prontidão na resposta, por-que, na verdade, os 23 profis-sionais são poucos para dar res-posta às inúmeras solicitações deste corpo de bombeiros”.

Critico, o presidente da dire-ção defende que o prolonga-mento da formação desmotiva os formandos e está na origem de muitas desistências, porque na verdade “a exigência é mui-ta, sem que existem quaisquer contrapartidas”. Vitor Madaíl

sustenta que a “descriminação positiva” poderá permitir fixar voluntários e atrair reforços para a causa.

“Importava que a autarquia de Mira, á semelhança de outras do País, criasse um pacote de incentivos para bombeiros que seria uma forma de reconhecer o trabalho destes cerca de 50 homens e mulheres que até te-ria pouco impacto no orçamento municipal”, considera o presi-dente.

E porque o futuro é já ama-nhã, comando e direção apos-tam nos mais novos para asse-gurar a renovação do corpo ati-vo, apadrinhando e patrocinan-do a escola de infantes que reúne, atualmente, cerca de 30 bombeiros de palmo e meio que, de 15 em 15 dias, vivenciam uma experiência única, que se espera seja inspiradora e culmi-ne com o seu ingresso nos Vo-luntários de Mira.

A trabalhar em várias frentes, esta equipa assume, assim, o compromisso de consolidar o presente, preparando a associa-ção para o futuro.

10 NOVEMBRO 2015

Ultrapassar os constrangi-mentos e discrepâncias no modelo de formação dos

bombeiros portugueses. Foi este o objetivo fixado em se-tembro, no final da época de in-cêndios, pela Liga, pela Escola e pela Autoridade. Nessa altura ficou definido um calendário de trabalho para que as entidades responsáveis por esta proble-mática fossem para o terreno ouvir da boca dos próprios bom-beiros e responsáveis operacio-nais o que está bem, o que pode ser melhorado e o que, definiti-vamente, não tem concerto.

As audições já terminaram e nesta altura os envolvidos estão a elaborar os relatórios finais para que se possa avançar com as retificações que se concluam por adequadas. Sem querer avançar com conclusões, Jaime Marta Soares desataca, em de-clarações ao ‘BP’ a forma “parti-cipada” e “empenhada” como decorreram os trabalhos, admi-tindo que este modelo de audi-ção direta dos envolvidos possa vir a acontecer “duas vezes por ano”. Desde logo, refere o pre-sidente da Liga, os encontros serviram para “clarificar” e “es-

LIGA QUER MELHORAR ACESSO

Levantamento das necessidadesMelhorar o acesso dos bombeiros à

formação ministrada pela Escola, reorganizar e redefinir conteúdos, repensar

as Unidades Locais de Formação (ULF) e eliminar o excesso de carga burocrática que

envolve o processo formativo dos bombeiros em Portugal. Estes são os

objetivos traçados pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), temas que estiveram em debate e analise nas reuniões com as

Comissões Distritais de Formação realizadas recentemente em Vila Real,

Viseu e Évora. Estes encontros contaram também com a participação da Escola

Nacional de Bombeiros (ENB) e Direção Nacional de Bombeiros (DNB).

Texto: Patrícia Cerdeira

Fotos: Henrique Costa

clarecer” o “importante” papel das comissões distritais de for-mação que são, sublinha o diri-gente, “coordenadas” pelo Co-mandante Operacional Distrital (CODIS) e que integram um elemento da federação distrital de bombeiros, por delegação do presidente da Liga, e um co-mandante eleito pelos seus pa-res no distrito. “E isto é bom que fique bem claro”, refere Jai-me Marta Soares para quem o modelo formativo e os seus conteúdos tem de ser “debati-do” com a Liga em todos os mo-mentos.

A Liga bate-se pelo lema “A escola aos bombeiros” e não o contrário, e é com base nesta máxima que a Confederação assenta toda a sua filosofia para a reformulação de algu-mas das realidades existentes. Jaime Marta Soares admite que, após as audições realiza-das, fica demonstrada a ne-cessidade de “reformular e avaliar a carga horária”, as

exigências de formação pre-sencial, o “excesso de conteú-dos” que, em alguns casos, “não se justificam”, necessida-des comprovadas sempre com a preocupação de manter a “qualidade da formação” que é ministrada aos bombeiros.

Para além disto, o presiden-te da Liga diz que é igualmen-te “urgente” atualizar o valor pago aos formadores externos e adequar os pedidos de for-mação à realidade dos bom-beiros em cada zona do país:

“Não podemos aceitar que um comandante peça um número infindável de cursos e que de-pois não tenha capacidade nem homens para os frequen-tar. As comissões distritais têm, também aqui, um papel muito importante e devem servir de base à estratégia na-cional de formação”, acrescen-ta.

Outro dos temas debatidos foi o papel das ULF. A Liga dis-corda da atual estratégia e Jai-me Marta Soares diz mesmo

que as ULF estão a ser consti-tuídas com base em “interes-ses” e de forma “aligeirada”.

“Para criar uma ULF é preciso ter garantias de funcionalidade e as infraestruturas necessárias para garantir a qualidade da formação. Terá uma ULF quem pode e não quem quer”, avisa o dirigente.

ULF ministraram 85 cursos este ano

Criadas a partir de 2009, as Unidades Locais de Formação (ULF) estão, segundo a Escola Nacional de Bombeiros (ENB), a “cumprir” o objetivo a que se propuseram. Inseridas numa estratégia de “proximidade”, as ULF já ministraram, só este ano, 85 cursos, num total de 1360 formandos. Este modelo de formação descentralizada “rentabiliza” a formação e “re-duz” os custos para todos os in-tervenientes envolvidos no pro-cesso. Das 35 ULF já protocola-

Provas e cursos ANPC em ULFCursos N.º Cursos

2013 PICB 152014 ANPC-3 2

ANPC-5 2PICB 26

2015 ANPC-1 1ANPC-3 2ANPC-5 1PICB 15

Atenta às exigências que se colo-cam ao desempenho da missão

do setor dos bombeiros, a Escola Na-cional de Bombeiros (ENB) elaborou um Manual de Educação Física e Des-portos dedicado aos bombeiros por-tugueses, e a outros agentes de pro-teção e socorro.

Nos últimos anos, as capacidades físicas e psicológicas de quem presta socorro têm vindo a ganhar peso nas habilitações dos bombeiros porque, como refere a ENB neste manual, “a constante exposição ao perigo, exige dos bombeiros uma boa e estável condição física, fator determinante

para diminuir ou evitar acidentes”. Neste manual, que pretende ser uma ferramenta de apoio, o sector poderá encontrar novas metodologias e con-ceitos para um melhor desempenho físico, que obviamente terá reflexos na componente psicológica. Ainda se-gundo a Escola, o treino físico quoti-diano e as respetivas avaliações físi-cas, “devem estar presentes na roti-na dos bombeiros”, uma exigência da qual depende a vida de quem salva e de quem é socorrido. O Manual será disponibilizado em suporte físico aos corpos de bombeiros depois ser lan-çado em versão digital. A apresenta-

ção deste novo material de apoio de-verá acontecer no início do próximo mês de dezembro, altura em que a Escola apresentará também, em ses-são pública, uma das grandes apos-tas deste ano – o Centro de Docu-mentação. Tal como o ‘BP’ noticiou na última edição, a Escola irá disponibili-zar um largo acervo documental so-bre o universo na proteção civil e so-corro.

O centro de documentação ENB tem como objetivo facilitar, através da consulta presencial ou a distância, o acesso a livros, periódicos, docu-mentos audiovisuais e outro tipo de

documentação, na área do socorro e da proteção civil, dando resposta às necessidades de informação, investi-gação e educação permanente dos bombeiros, formandos e formadores da ENB. As instituições parceiras da ENB terão acesso ao seu repositório e podem também participar na sua constituição, através da integração do seu arquivo na base de dados do centro de documentação. Existirá também a possibilidade de acesso por parte do público em geral, no-meadamente para desenvolver ativi-dades de investigação.

EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS

Escola lança manual de apoio

11NOVEMBRO 2015

E EXIGE MENOS BUROCRACIA

está quase concluído

das, só três ainda não entraram em funcionamento.

Os dados são da Escola Na-cional de Bombeiros. Só os dis-tritos de Beja e Viana do Caste-lo não têm ainda uma ULF. No primeiro caso, os contatos já se iniciaram. Já no distrito de Via-na do Castelo, e por se tratar de uma “construção de raiz da res-ponsabilidade da Federação Distrital”, o processo está agora a iniciar-se. Olhando para o todo nacional, existem nesta al-tura uma média de duas UFL por distrito. Segundo a ENB, a recetividade dos bombeiros a estas estruturas é “bastante grande”, já que, segundo o se-tor, conseguem assegurar a ní-vel distrital parte da formação indispensável para a progres-são de carreira, aquela que não é possível ministrar nos quar-téis, mas que também não jus-tifica uma deslocação aos polos da ENB.

Nas ULF é ministrada a for-mação obrigatória para a pro-gressão na carreira ao posto de bombeiro de 1.ª. Em causa es-tão os cursos de Incêndios Flo-restais 1, Incêndios Urbanos 1 e Liderança e Motivação. Apesar dos cursos estarem fixados, tem vindo a ser possível organi-zar outro tipo de ações, em áreas formativas mais específi-cas, com o objetivo de desen-volver a filosofia de “ULF dedi-cada”. Em declarações ao ‘Bom-beiros de Portugal’, José Ferrei-ra, o presidente da Escola, refere que esta nova realidade está vocacionada para o “aper-feiçoamento técnico muito es-pecífico”. “Estamos a falar de desencarceramento ferroviário e escoramentos, em fase de instalação e mais recentemen-te, e é assunto que teremos de ver com a Autoridade Marítima, a formação na área náutica a instalar provavelmente em Pe-niche”, explica sublinhando que o mesmo se passa na área de condução de veículos.

A constituição de grupos de bombeiros para formação nem sempre é “fácil”. Diz José Ferrei-ra que está sempre tudo muito dependente do número de bom-beiros existentes nos distritos e suas disponibilidades, bem como, da existência ou não de concursos internos de promoção a bombeiro de 1ª, “concursos

da responsabilidade dos coman-dos”. Só depois, em função do número de candidatos, é que são estruturadas as turmas, e nem sempre tudo é “conciliá-vel”. Sobre a falta de bombeiros para a constituição de grupos, José Ferreira vais mais longe: “Será importante analisar o por-quê de não estarem a ser aber-tos concursos para promoções à carreira de Chefe e Bombeiro de 1ª, na medida em que os

dados disponíveis sobre os lu-gares previstos nos quadros dos corpos de bombeiros e os efeti-vamente ocupados são muito díspares. É imprescindível a adoção de medidas que

corrijam estas assimetrias”, denuncia.

E sobre isto, diz José Ferreira, a ENB só pode formatar as tur-mas depois de concluídos os concursos internos de promo-ção. “Só depois desta fase, po-deremos saber quantos cursos, para quantos formandos e em que

distritos, estão validados pela Direção Nacional de Bombeiros. Só nesta fase começa o papel da Escola com a organização das turmas e afetação de for-madores”, explica o responsá-vel.

Sobre isto, Jaime Marta Soa-res aponta a “enorme carga bu-rocrática” como principal esta situação. “Temos de uma vez por todas eliminar o excesso de carga administrativa porque os comandantes têm coisas mais importante para fazer e não po-dem levar a vida agarrados a papeis”, acrescenta.

Na opinião do presidente da Escola, a solução passaria por fixar dois momentos no ano para a abertura de concursos de promoção, proposta que é “bem vista” pelo presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses.

Formação igual para todos

A formação nas ULF é igual para todos. O caráter de “uni-dade” e “coerência” do proces-so formativo, tem a ver com a respetiva estrutura curricular e respetivos conteúdos pro-gramáticos, e com a universa-lização dos mesmos princípios para todos os formadores, re-fere o presidente da ENB que acrescenta: “O mais importan-te, é definir para que nível de execução e funções é que se está a formar, processo hoje muito bem definido. Uma coisa é formar para funções de exe-cução de manobra, outra, bem diferente, é formar para as funções de definição de tática e estratégia, o que implica todo o sistema de gestão de operações e tomada de deci-são”.

Feitas as contas, a formação ministrada nas ULF, para além do caráter da proximidade, acumula ainda um outro fator favorável aos bombeiros e às associações, o preço. Esta for-mação tem menores custos para as entidades de onde os formandos são provenientes, que evitam essencialmente deslocações maiores e mais tempo de ausência dos seus respetivos quadros. O preço só é superior quando as ações implicam honorários de forma-dores. Nesta linha, José Fer-reira aproveita para agradecer

a “disponibilidade” dos forma-dores externos, que ministram muitas horas “sem custos”, lembrando que se assim não fosse, não era possível fazer o que tem sido feito. Cada for-

mação numa ULF tem um cus-to definido, é feita uma nota de encomenda e o valor asso-ciado a cada ação é pago às associações envolvidas. “Apro-veito também para agradecer

a todas as associações huma-nitárias e, agora também às câmaras municipais Cartaxo, Porto e Coimbra, todo o apoio que têm dado”, acrescenta o dirigente.

12 NOVEMBRO 2015

Faleceu o subchefe dos Bom-beiros Voluntários de Cascais

e crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, Firmi-no Carlos Nascimento Cândido Soares.

Firmino Soares travou duran-te mais de um ano um duro combate contra a doença pro-longada que o viria vitimar. Em junho último, apesar de fragili-zado pela doença, fez questão de receber o crachá de ouro de pé, perante a formatura, e sem recurso às canadianas de que já dependia para se deslocar.

No passado recente, com ou-tro elemento, liderou o grupo de bombeiros que chamou a si a tarefa de pintar todo o interior do quartel sem custos para a Associação.

Firmino Soares era pai de um bombeiro, João Soares, e irmão de outros dois, Eduardo José Soares, Bombeiro de Mérito da LBP de 2007 e ainda no ativo, e Fernando Soares, já falecido e Prémio Diário Notícias na déca-da de oitenta do século passa-

do. Os três fizeram também parte da comunidade piscatória de Cascais.

CASCAIS

Despedida ao subchefe Firmino Soares

TORRES NOVAS

O adeus a Manuel Correia JúniorFaleceu no passado dia 27 de

setembro o Bombeiro Manuel Correia Júnior aos 73 anos de idade.

Foi admitido nos Bombeiros Voluntários Torrejanos em 30 de setembro de 1995, como motorista auxiliar, como na al-tura se designava aquela fun-ção, e ao longo da carreira fez variada formação e estava sem-pre disponível para a condução de qualquer veículo de socorro, tendo sido louvado no aniversá-rio da associação em 5 de Outu-bro de 2005.

A 02 de outubro de 2007 passou a supranumerário como bombeiro de 3.ª, mas mesmo assim nunca deixou de ir ao

quartel e ajudar em tudo o que fosse preciso, continuando a re-ceber formação, tendo como ul-timo curso o de Técnicas de So-corrismo que frequentou com aproveitamento em novembro de 2010.

O corpo do extinto esteve em câmara ardente no quartel dos Voluntários Torrejanos, tendo o funeral seguido para o Cemité-rio de Bugalhos (Alcanena).

À família enlutada e aos Bombeiros Torrejanos, as nos-sas condolências.

CP

O comandante do Quadro de Honra dos Bombeiros Volun-

tários de Caldas da Rainha, “co-mandante dos comandantes“, faleceu naquela cidade no pas-sado dia 11 aos 88 anos de ida-de, 50 dos quais dedicados aos bombeiros.

Henrique Sales Henriques prestou um serviço ininterrupto de 50 anos com dedicação e mérito à Associação e ao seu corpo de bombeiros, para onde entrou em 1961, para vice pre-sidente da direção, e onde ocu-pava no presente o cargo de presidente da assembleia geral.

Com uma historia que o liga à fundação da Associação de bombeiros, inclusive como neto do seu fundador, iniciou naquela data as funções de vice presi-dente da direção, sendo em 1969 convidado para coman-dante do corpo de bombeiros, cargo que ocupou até 2001, com uma carreira de 32 anos de comando com zelo e dedicação.

Em 1984, o comandante Sa-les Henriques foi nomeado co-mandante da Zona Operacional Leiria Sul e foi presidente da Fe-deração dos Bombeiros do Dis-trito de Leiria.

Foi eleito vereador da Câmara

Municipal de Caldas da Rainha, onde ocupou o cargo de respon-sável pela Proteção Civil “num período em que os bombeiros de Caldas da Rainha reconhece-ram a dedicação e profissiona-lismo de um autarca atento aos problemas da segurança e pro-teção civil do seu concelho, re-fletido nas propostas que apre-sentou e defendeu em sede pró-pria” adiantou-nos António Mar-ques, vice-presidente da direção da Associação.

Sales Henriques foi depois eleito deputado municipal da Assembleia Municipal de Caldas da Rainha, “onde uma vez mais são recordadas as suas “ acesas intervenções” sempre em nome e na defesa dos bombeiros do

seu concelho e do seu distrito” adiantou-nos o mesmo dirigen-te.

O comandante Sales Henri-ques era detentor de um con-junto muito significativo de dis-tinções, nomeadamente, a me-dalha de mérito da Cidade de Caldas da Rainha Grau Ouro (2001), a medalha de serviços distintos grau prata da Liga dos Bombeiros Portugueses (1981) a medalha de serviços distintos grau ouro da Liga dos Bombei-ros Portugueses (1989), o cra-chá de ouro da Liga dos Bom-beiros Portugueses (2001)

No dia 15 de maio de 2011, a o comandante Sales Henriques recebeu a mais alta condecora-ção da Liga dos Bombeiros Por-tugueses, a fénix de honra.

Após a cerimónia, junto à en-trada do quartel, foi descerrado um busto de homenagem ao co-mandante Henrique Sales, “que perpetuará a sua memória entre nós”, sublinha António Marques.

O corpo do falecido coman-dante esteve em câmara arden-te no salão nobre da e o seu fu-neral realizou-se para o Mauso-léu dos Bombeiros, no cemitério de Santo Onofre em Caldas da Rainha.

CALDAS DA RAINHA

Associação perde “comandante dos comandantes”

No passado, dia 1 de novembro, elementos dos órgãos sociais e

do corpo ativo da Associação Huma-nitária de Bombeiros Voluntários Ar-gus de Arganil uniram-se, mais uma vez, na tradicional deslocação ao ce-mitério local com o propósito de ho-menagear os bombeiros falecidos.

A cerimónia teve início manhã cedo com o Corpo de Bombeiros a marchar pelas ruas da vila de Arganil até ao cemitério. O “Brio, aprumo, cadência e disci-plina” desta formatura permitiram dar irre-preensível dignidade à cerimónia que teve como ponto alto a colocação de uma coroa de flores junto ao epitáfio em tributo dos bombei-ros falecidos.

Neste mesmo dia, os Voluntários de Arganil mostraram á comunidade novos equipamen-

tos, nomeadamente, de combate a incêndios em espaços naturais, alguns oferecidos por várias entidades, mas os restantes fruto do esforço financeiro da associação que desta forma tenta dar o devido reconhecimento “à entrega e abnegação dos bombeiros, dos ho-mens e mulheres, que deixam as suas casas e famílias para que durante 24 horas, 365 dias por ano a comunidade esteja protegida”.

ARGANIL

Homenagem aos bombeiros falecidos

Decorreu recentemente a ce-rimónia de tomada de posse

dos novos órgãos sociais da Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vizela (RAHBVV). Na ocasião, o presi-dente da direção, João Ilídio Costa, pediu união e afirmou que “os bombeiros e os associa-dos da Real Associação estão ávidos de paz e estão cansados de influências externas”.

“A nossa instituição viveu, nos últimos dias, um tempo de encruzilhada, de vigor associati-vo, animado e vivo, um tempo de reflexão,” referiu o general Cipriano Alves, presidente da mesa da assembleia-geral. Aquele dirigente sublinhou ain-da que os órgãos sociais que to-maram posse não têm “outra intenção que não seja trabalhar para vós (bombeiros), porque sabem que todos vós, sem ex-

ceção, com a vossa dedicação, o vosso voluntariado, a vossa sempre disponibilidade são, para além de uma referência, a garantia que as gentes de Vizela têm a sua vida e os seus bens salvaguardados”.

O presidente da direção, João Ilídio Costa afirmou também que “é tempo de darmos as mãos e percorrermos unidos o mesmo caminho, é tempo dos nossos bombeiros se sentirem mais apoiados, formados e mais motivados para a prestação de um socorro de qualidade”.

“Continuaremos a ter um combate leal, pela força das ideias, dos argumentos, das ações e dos resultados, com os nossos opositores. Seremos hu-mildes, mas não deixaremos de ser firmes nas nossas decisões e nas nossas ações”, assegurou também.

Na cerimónia de tomada de posse discursou ainda o presi-dente da Federação de Bombei-ros do Distrito de Braga e Pro-vedor da Liga de Bombeiros Portugueses, Fernando Vilaça. O Comandante sublinhou a im-

portância e a necessidade de “estimar e dar condições ao corpo de bombeiros para que ele funcione e funcione bem, e se a articulação entre os órgãos sociais e os bombeiros funcio-nar nós temos os objetivos cumpridos”.

O discurso final coube ao pre-sidente da Câmara Municipal de Vizela, Dinis Costa, para refor-çar que “os Bombeiros Voluntá-rios de Vizela terão sempre todo o apoio e disponibilidade da Câ-mara Municipal, dentro da sua disponibilidade”.

VIZELA

Posse para novo mandato

A Associação Humanitá-ria dos Bombeiros Vo-

luntários de Peniche obte-ve um honroso primeiro lugar na categoria de mi-cro e pequenas empresas no Prémio “Healthy Work-places - Locais de traba-lho saudáveis”,

Este galardão, instituí-do pela Ordem dos Psicó-logos Portugueses em parceria com a ACT, European Agency for Safety and Health at Work e Locais de Trabalho Seguros e Saudá-veis, distingue as organizações portuguesas com contributos notá-veis e inovadores para a segurança, o bem-estar e a saúde física e psicológica no local de trabalho.

Esta distinção confere à associação o direito de utilizar o certifi-cado digital “Healthy Workplaces - Locais de trabalho saudáveis” em todos os seus documentos durante o período de um ano.

A cerimónia de atribuição dos prémios realizou-se no passado dia 9 de novembro no decorrer da conferência europeia “Psicologia do trabalho e das organizações”, no âmbito do European Semester, Psychology for the European Citizes.

PENICHE

Ordem dos Psicólogos distingue voluntários

13NOVEMBRO 2015

Mais de uma centena de bombeiros dizem muito da dimensão da Associa-

ção Humanitários dos Bombei-ros Voluntários de Loures, uma instituição fundada 1887, que nos primeiros anos e existência viveu períodos conturbados e que até 1925 renasceu das cin-zas “pelo menos uma quatro ve-zes”, como revela o presidente da direção Carlos Monserrate.

A instabilidade vivida até 1925 deu lugar à total estabili-dade que aliás é ainda hoje ima-gem de marca deste organizado corpo de bombeiros que em 128 anos de existência teve apenas seis comandantes, o último de-les Angelo Simões que há já uma década assume o cargo, curiosamente, substituindo Car-los Monserrate que encabeçou a estrutura entre 2001 e 2005.

A equipa do Bombeiros de Portugal foi recebida no enorme quartel por estes dois homens que já entraram, por mérito próprio, para a história da asso-ciação, não apenas pelos muitos anos de ligação à casa e à cau-sa, mas sobretudo pelo obra fei-ta, pelo entendimento perfeito que lhes tem permito, mesmo em tempos de austeridade, con-tinuar a “levar esta embarcação a bom porto”, como reconhece o presidente da direção.

Carlos Monserrate garante que “tudo se consegue com vontade, bom senso e alguma imaginação”, ainda que nos tempos que correm sejam gran-des as dificuldades em gerir “uma casa muito grande, com enormes encargos”.

“Nestes últimos anos não so-bra muito para investimento,

tornando-se cada vez mais difí-cil satisfazer todas as necessi-dades do corpo de bombeiros, tanto em equipamentos, como em viaturas”, revela Carlos Monserrate.

Sobre esta matéria o coman-dante Angelo Simões revela, que perante a atual conjuntara, a opção foi “apostar nos meios disponíveis, até porque se apre-sentam muitíssimo bem esti-mados e conservados”.

Os atuais 52 colaboradores são ainda assim poucos para responder aos inúmeros apelos de uma área de intervenção densamente povoada – “59 mil habitantes mais a população em trânsito” – e que apresenta vários riscos. Esta lacuna é, no entanto, superada com “sacrifí-cio e empenho dos funcioná-rios, que se desdobram”, cons-cientes que, por agora, não é possível aumentar quadro de pessoal. “Optámos, para equilí-brio das contas, por apostar nos meios que temos e investirmos na segurança, proteção indivi-dual e formação dos nossos operacionais. Não entrámos em loucuras, pois o pagamento dos vencimentos não pode falhar”, refere o dirigente.

Comando e direção batem-se por dar as melhores condições possíveis aos homens e mulhe-res que servem a instituição, tentando como pode corrigir in-justiças:

“A vida está complicada para os bombeiros que ainda pagam para cumprir uma missão vo-luntária. Cumprem as horas de serviço e ainda os custos das refeições e do combustível usa-do nas deslocações para o

LOURES

“Vontade bom senso e alguma imaginação”“Grande nau, grande tormenta” diz o povo

sempre sábio, um provérbio que aliás assenta bem na Associação Humanitária

dos Bombeiros Voluntários de Loures, uma enorme casa difícil de gerir em tempos de

magros recursos, mas que, ainda assim, goza da estabilidade que só que uma gestão rigorosa e criteriosa permite

assegurar.Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

quartel” denuncia o comandan-te, defendendo que urge inter-vir nesta matéria sob pena de começarem a escassear os re-cursos humanos que mantém em funcionamento os quartéis de bombeiros.

“A verdade é que é complica-do para os voluntários cumpri-rem as horas de serviço exigi-das por lei, pois muitos têm mais que um trabalho”, adianta Angelo Simões, dando conta das dificuldades em “manter de pé o corpo de bombeiros”.

Mas esta é uma equipa coe-sa, comprometida com a causa, tanto que os serviços noturnos ainda são assegurados em ex-clusivo pela estrutura voluntá-ria, que “para além da emer-gência pré hospitalar, ainda realizam serviços programados, de transporte de doentes”.

No concelho de Loures ope-ram sete corpos de bombeiros que recebem, anualmente, do município cerca de 17 milhões de euros, uma verba que se

destina a custear despesas de gestão corrente, formação e equipamentos e ainda a subsi-diar os Grupos de Intervenção Permanente (GIP), criados em 2000, e, que, atualmente con-tam com um contingente de 72 bombeiros, sendo que a equipa do quartel da cidade conta com 15 elementos.

“A Câmara Municipal de Lou-res dá muito aos seus bombei-ros, mas defendo que devia dar mais, tendo em conta que pou-pamos muitos milhares de eu-ros quer ao município quer ao País”, acentua o presidente.

A associação conta ainda com apoios de algumas empre-sas, nomeadamente da Hovio-ne e da Gelpeixe, beneficiando ainda de patrocínios pontuais, como foi o caso da Barraqueiro que “ainda há pouco tempo, aplicou cerca de 15 mil euros, na recuperação de um Unimog da frota dos Bombeiros de Lou-res”.

“Temos a felicidade de ter herdado património, que garan-

te alguns recursos financeiros, embora, neste momento, as despesas ainda sejam superio-res aos proventos”, diz o co-mandante, dando conta do di-namismo desta enorme família que organiza um conjunto de ações que visam recolher mais alguns proventos, envolvendo neste esforço, também a repu-tada banda da associação e os cerca de 50 elementos que a in-tegram. Os Voluntários de Lou-res realizam ainda muitas ativi-dades no pavilhão e promovem um conjunto de modalidades desportivas.

O quartel-sede, que começou a ser construído em 1975 e só foi inaugurado só 1983, e mes-mo assim com “falhas a nível de operacionalidade”, que têm vin-do a ser corrigidas ao longo dos anos em intervenções diversas. Carlos Monserrate revele que a empreitada original previa três fases de construção mas só uma avançou, sendo que a ala associativa nunca chegou a ser construída.

Ainda assim é na vertente operacional que o presidente considera existirem problemas a corrigir dando conta da ne-cessidade “de dotar o complexo de novas camaratas, de centra-lizar as acomodações, vestiá-rios e balneários e ainda da criação de uma sala do bom-beiro que, embora não seja uma prioridade”, constitui um aspiração de comando e dire-ção.

“Neste momento não nos falta nada, mas há de facto, necessidade de renovação e de reequipamento”, sublinha o co-mandante, que confidencia o desejo de dotar o quartel de uma nova plataforma mecânica “para substituir a velha autoes-cada, que a queluer momento pode ficar inoperacional”.

Não obstante as contingên-cias de ordem financeira, os Bombeiros de Loures não per-dem nem a ambição nem o ar-rojo e, assim sendo, surge o projeto de construção de um campo de treinos, que poderia numa segunda fase adquirir o estatuto de Unidade Local de Formação. O desafio foi lança-do á autarquia que se compro-meteu a analisar a questão.

Todo este dinamismo é po-tenciado pela vontade de cor-responder às expectativas dos operacionais, que constituem “o património mais valioso” desta associação com pergami-nhos, com história, mas, so-bretudo, com muito trabalho desenvolvido em prol do conce-lho, assente em critérios de prontidão, eficácia e qualidade.

14 NOVEMBRO 2015

A Câmara Municipal de Palme-la vai apoiar a Associação

Humanitária dos Bombeiros de Palmela com 30 mil euros, des-tinados a comparticipar investi-mento. Este apoio foi aprovado, por unanimidade, em reunião pública do executivo, e fecha, em 2015, o conjunto de apoios, de acordo com o compromisso assumido pelo município com os três corpos de bombeiros do concelho.

Os voluntários palmelenses vão utilizar a verba na transfor-mação de duas ambulâncias tipo A2 com duas macas cada,

bem como na aquisição de uma nova ambulância tipo B.

Recorde-se que, este ano, já foi atribuído um subsídio no va-lor de 112.868 euros, a cada

uma das três associações do concelho, ao abrigo do protoco-lo de funcionamento dos Gru-pos de Bombeiros Permanen-tes.

PALMELA

Câmara reforça apoio

A campanha “1L de combustí-vel = 1 cêntimo” promovida

pela loja do Intermarché de Vila Nova de Famalicão para apoiar os Voluntários Famalicenses, e que deveria ter terminado no passado dia 31 de outubro, foi prolongada até ao final do ano, segundo anunciou em confe-rencia de imprensa, Nuno Ribei-ro, responsável desta unidade comercial, dando conta do “su-cesso” da iniciativa.

Na ocasião, o gerente desta loja agradeceu a oportunidade proporcionada pelos Voluntá-rios Famalicenses em associar o nome do Intermarché a uma causa tão nobre como é a dos

bombeiros. Da mesma forma salientou a importância destes apoios que permitem colocar ao serviço da comunidade novos equipamentos operacionais.

António Meireles, presidente da direção dos Famalicenses

agradeceu o gesto de solidarie-dade do Intermarché, que per-mitiu já angariar mais de 2500 euros, frisando que “todos os donativos são bem-vindos para ajudar a colmatar todas as difi-culdades de tesouraria”.

VILA NOVA DE FAMALICÃO

Campanha prolongada

A Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários de Albufeira lança mais uma vez a

campanha anual de angariação de fundos, desta vez tendo como mote “Amigo 5 estrelas”. Esta iniciativa prevê a distribuição postal de materiais de divulgação que visam “sensibilizar a popula-ção do concelho que este apoio é fundamental para que aos Bombeiros de Albufeira possam continuar a prestar um serviço de qualidade à co-munidade.

ALGARVE

“Amigo 5 estrelas” é mote para campanha

A Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários de Cantanhede (AHBVC) estabele-

ceu, recentemente, um protocolo com as Clínicas Alba, garantindo assim um conjunto de vanta-gens a todos os bombeiros do corpo ativo, quadro de reserva, quadro de honra, órgãos sociais, fun-cionários, e associados cios com as quotas em dia e seus familiares diretos.

No âmbito deste acordo a primeira consulta é gratuita e inclui ortopantomografia (raio X) de diagnóstico e plano de tratamento, nas seguintes e nos diferentes tratamentos será aplicada a ta-bela especial. A clínica assume ainda o compro-misso de “facilitar o apoio necessário para obter financiamento até 36 meses, sem juros”.

Em Cantanhede, as Clínicas Alba encontram-se na Praça Marquês de Marialva, n.º 6, 2,º andar, sala 11 (Clínica Dr.ª Maria do Céu Pessoa).

CANTANHEDE

Associação garante vantagens

A realização do 1.º Sarau Cultural dos Bombei-ros Voluntários de Rebordosa permitiu reco-

lher fundos que possibilitaram equipar três am-bulâncias com monitores de parâmetros vitais e uma delas, também com um desfibrilhador auto-mático externo. Neste caso, graças ao apoio da Junta de Freguesia de Rebordosa que cobriu o valor em falta.

Este sarau, cujo êxito esta primeira edição per-mite já antever a realização futura de outra, per-mitiu obter apoios significativos para investir no

pré-hospitalar e, também, desenvolver uma das outras componentes sociais desenvolvidas pelas associações em prol da cultura.

O sarau contou com a participação de três tu-nas académicas, o mágico André de Castro e o apoio de cerca de 120 patrocinadores, entre o pequeno e médio comércio local.

A iniciativa partiu dos bombeiros mas, rapida-mente, foi abraçada pela direção fazendo jus à parceria que uns e outros mantém em prol da instituição

REBORDOSA

Sarau cultural gera apoios

Cerca de 600 pessoas participaram, no Pavilhão Multiusos de Fafe, numa aula solidária de Zumba,

cujos lucros reverteram para os bombeiros locais. A iniciativa contou com a colaboração de 13 moni-

tores da modalidade e de um DJ.

O movimento e a coreografia destes “zumbásti-cos”, que permitiu apoiar uma tão nobre causa, me-receu pronto agradecimento de Pedro Frazão, presi-dente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Fafe.

FAFE

Uma ajuda dinâmica

AGUDA

Bombeiros em Fátima

Os Bombeiros Voluntários da Aguda, Gaia, pelo décimo quarto ano consecutivo, efetuaram o

transporte do andor com a imagem de N.ª Sr.ª de Fátima, durante as cerimónias que decorre-ram no Santuário no passado dia 13 Outubro.

Esta Operação envolveu duas dezenas de ope-racionais, que se deslocaram propositadamente a

Fátima para o efeito. Para se deslocarem ali con-taram com um autocarro gentilmente cedido pela Junta de Freguesia de Arcozelo.

O Agrupamento de Escolas de Penacova, no âmbito do Programa de Educação para a Saú-

de, e os bombeiros locais, assinalaram o dia Mun-dial da Diabetes, que se comemora em todo o mundo em 14 de novembro, com ações de sensi-bilização nas unidades de ensino de Penacova e de S. Pedro de Alva.

As sessões foram, essencialmente dirigidas aos alunos do 9.º ano de escolaridade, tiveram o ob-jetivo de alertar para as questões relacionados com a doença, nomeadamente na vertente da prevenção.

Recorde-se que a Diabetes afeta cerca de 366 milhões de pessoas em todo o mundo e um mi-lhão em Portugal, país que assume na Europa Ocidental um preocupante lugar cimeiro na pre-

valência da doença. Registe-se que, num âmbito mais alargado, estima-se que em 2030 o número de diabéticos poderá chegar aos 552 milhões. Os dados disponíveis dão conta que a cada 7 segun-dos morre no planeta uma pessoa devido à dia-betes.

PENACOVA

AssinaladoDia Mundial da Diabetes

15NOVEMBRO 2015

Trabalho é palavra de or-dem na Associação Huma-nitária dos Bombeiros Vo-

luntários de Silves, que tenta dar a volta à crise provocada por um acentuado decréscimo do número de serviços de transporte de doentes, a princi-pal fonte de receita de uma ins-tituição que dá emprego a qua-se três dezenas de pessoas.

O comandante Luís Simões revela que a situação tem vindo a agravar-se desde 2013 quan-do o Hospital de Portimão en-tregou este serviço a privados e, não existindo forma de com-pensar tamanha perda, são enormes as dificuldades enfren-tadas pela instituição para fazer face aos encargos.

“Tem sido muito difícil satis-fazer os compromissos, nomea-damente com fornecedores, com quem nos resta tentar um acordo”, refere o presidente da direção, Hilário Mestre, dando conta do esforço que tem vindo a ser desenvolvido, nomeada-mente com a promoção de al-gumas ações que permitam as-segurar verbas para “custear a atividade regular da institui-ção”,

Direção e comando revelam que a operacionalidade do cor-po de bombeiros não se compa-dece com desinvestimento, que poderia por em causa o socorro prestado às populações, e sa-lientam que num quartel exis-tem sempre necessidades a sa-tisfazer.

“A nível de veículos não esta-mos mal”, garante Luís Simões, salvaguardando, contudo, que “a manutenção de uma frota com alguns anos, tem elevados custos”. Entretanto, a autoesca-da que esteve inoperacional du-rante algum tempo já está ao serviço do município, porque a

Câmara Municipal de Silves custeou a recuperação.

O quartel recebeu, o ano pas-sado, obras de beneficiação e ampliação. A empreitada orça-da em 400 mil euros permitiu dotar o complexo operacional de “renovadas camaratas e bal-neários requalificados, salas de formação uma nova central de comunicações”, garantindo aos bombeiros não só melhores condições de trabalho, mas também algum conforto, ainda que ninguém esqueça que o equipamento está implantado em leito de cheia e desde a sua inauguração, em 1990, já foi vezes sem conta um alvo fácil das águas do Arade.

Questionados sobre os apoios concedidos pela autarquia, os nossos interlocutores dão conta de um aumento significativo do subsídio anual, mas ainda as-sim o valor dado aos dois cor-pos de bombeiros do concelho é “inferior ao concedido por qual-quer um dos municípios algar-vios a uma só associação hu-manitária”.

São grandes as preocupações e as responsabilidades num ter-ritório “com mais 500 quilóme-tros quadrados, com grande área florestal e ainda uma con-corrida área turística com espe-cial enfoque para Armação de Pera que especialmente no ve-rão recebe muita gente”.

Mas é também em época es-tival que existem mais lacunas no corpo de bombeiros, porque as ofertas de trabalho aumen-tem e quem pode facilmente e à beira mar “ganhar 110 euros por dia não vem para o quartel onde não recebe nada”, destaca o comandante, dando conta da necessidade de manter “pes-soal assalariado 24 hora por

dia”, cabendo aos voluntários a tarefa de reforçar os piquetes.

“Já fomos 157, não há muitos anos, tínhamos três seções a de São Marcos da Serra, a do Algoz e da Alcantarilha a única que se mantém, ainda que com muita dificuldade. Hoje somos menos de 70”, diz o comandante.

Apesar da latente indisponi-bilidade dos voluntários, Luís Simões regista com agrado que “na última recruta com 19 ele-mentos, 11 ingressaram no cor-po de bombeiros, jovens com formação superior com grande interesse pelas questões do se-tor, com vontade de aprender mais, de conhecer melhor”.

Na mesma linha, o presiden-te da direção, fala com entu-siasmo do sucesso da escola de infantes e cadetes e dos 28 bombeiritos que, quinzenal-

SILVES

Bombeiros não baixam os braçosA enfrentar uma séria crise desde 2013,

quando o Hospital de Portimão colocou nas mãos de privados o serviço de transporte

de doentes, os Bombeiros de Silves não baixam os braços, tentando com muito

trabalho e uma rigorosa gestão encetar um novo ciclo de prosperidade.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

mente, durante o período leti-vo, “tomam o gosto” pela cau-sa, afeiçoam-se à farda e al-guns acabam mesmo por abra-çar a carreira de bombeiro voluntário.

Apesar “dos tempos serem outros” Luís Simões acaba por rever-se na alegria daquelas crianças, pois também ele in-

gressou nos Voluntários de Sil-ves como infante e, 38 anos de-pois, continua a viver o sonho de menino. O comandante numa breve viagem ao passado e recorda o degradado casarão onde existiam apenas “duas ambulâncias, um Land Rover com 450 com moto-bomba à frente, e um camião velho

transformado num autotan-que”,

“Hoje, felizmente, temos tudo, investimos em meios, na formação e na segurança dos operacionais”, salienta, lamen-tando que, mesmo assim, seja tão difícil recrutar voluntários para os quartéis de bombeiros.

Apesar da atual conjuntura, Hilário Mestre mostra-se con-fiante no amanhã, relembrando que em 2003 quando assumiu este projeto, a associação en-frentava uma situação ainda mais grave mas que com per-sistência, empenho e trabalho o problema foi sanado, pelo que importa “não baixar os braços” e honrar o compromisso firma-do com as populações há 89 anos pelos fundadores desta prestimosa associação de bom-beiros do distrito de Faro.

16 NOVEMBRO 2015

Uma equipa do jornal Bombeiros de Portugal esteve, recentemente,

em S, Miguel, na Região Autó-noma dos Açores, numa visita quase “relâmpago” mas que permitiu, ainda assim, conhe-cer um pouco da realidade dos corpos de bombeiros que ser-vem este pacato e magnífico pedaço de terra aos olhos dos visitantes, mas que reserva muitos desafios aos operacio-nais que, no terreno, garantem socorro não só aos mais 131 600 habitantes, mas também aos turistas que, em número crescente “invadem” este terri-tório impar.

Na ilha com 759,41 quilóme-tros quadrados - 65 de compri-mento e 16 de largura máxima - operam os corpos de bombei-ros de Ponta Delgada, Ribeira Grande, Nordeste, Povoação e Vila Franca do Campo.

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada apresenta-se como uma casa viva que para além do corpo de bombeiros assume muitas outras funções sociais que envolvem toda a

comunidade nas mais variadas atividades, sendo ainda uma importante entidade emprega-dora deste concelho, contando, atualmente, com cerca de oito dezenas de colaboradores, como faz questão de referir e destacar Vasco Garcia, presi-dente da direção desta institui-ção com 136 anos de história e outros tantos de bons serviços prestados.

Em declarações ao nosso jor-nal, o comandante Armando Amaral dá conta da exigência de uma área de intervenção que compreende os concelhos de Ponta Delgada e Lagoa que no conjunto terão cerca de 85 mil habitantes.

Mais de 130 operacionais cumprem a sua missão no grandioso quartel-sede em Pon-ta Delgada e na secção desta-cada de Ginetes, onde o contin-gente de 24 bombeiros, garante uma primeira intervenção, apoiado por “uma ambulância, um pronto-socorro e um auto-tanque”. Este corpo de bombei-ros tem ainda uma “braço ope-racional” no aeroporto, uma equipa de 30 elementos, com

S MIGUEL

Realidades distintas com propósito comumSão cerca de 330 os bombeiros que em S.

Miguel, Açores, garantem socorro aos mais de 130 mil habitantes na ilha.

A missão de salvar vidas e preservar os bens das populações é assumida pelos

cinco corpos de bombeiros que servem um território com muitos desafios, que exige

não apenas meios mas, também, a preparação e a formação dos operacionais,

premissas assumidas pelo governo regional que, nos últimos anos, muito tem investido

no setor.

Texto: Sofia Ribeiro

Foto: Marques Valentim

formação específica, devida-mente preparada e treinada, como salienta o comandante.

O major Armando Amaral já havia assumido o comando “há cerca de 14 anos” e neste re-gresso à estrutura regista “inú-meras mudanças”, sobretudo o aumento dos níveis de exigên-cia e do número de serviços prestados.

“Fazemos uma média diária de 20 emergências pré-hospi-

talares”, assinala o comandan-te o que a somar “às cerca de 70 saídas para transporte de doentes não urgentes”, dá con-ta da capacidade de resposta deste corpo de bombeiros, mas também da necessidade de “aumentar o quadro de pes-soal”.

O designado transporte pro-gramado foi assegurado por privados, mas, recentemente, passou para a esfera de com-

petências dos bombeiros aço-rianos. Armando Amaral diz que as solicitações têm vindo a crescer e que no presente os Voluntários de Ponta Delgada acompanham, diariamente, cerca de 130 pessoas a “con-sultas, fisioterapia e tratamen-tos diversos e à hemodialise”.

Na sede na cidade de Ponta Delgada nada parece faltar tanto a nível associativo como operacional, disso mesmo dá conta Vasco Garcia, numa visi-ta guiada às instalações. O complexo de piscinas, o Centro de Atividades de Tempos Livres e o Serviço de Assistência Mé-dica Noturna “que garante também apoio ao domicílio”, são somente alguns dos recur-sos colocados à disposição da comunidade, que incluem, ain-da, e numa outra vertente, for-mações nas áreas do socorris-mo, combate a incêndios e se-gurança.

Em matéria operacional, o

comandante assegura não existirem lacunas, salvaguar-dando contudo a “necessidade de reforçar a frota de viaturas de transporte múltiplo”, salien-tando que os bombeiros dis-põem de “instalações perfei-tas”, bem como de equipamen-tos e meios adequados para assegurar prontidão e qualida-de ao serviço prestado à comu-nidade.

A formação é, obviamente, uma preocupação constante partilhada com o governo da região autónoma e com o Ser-viço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPC-BA), que segundo o nosso in-terlocutor tem, nos últimos anos, efetuado um enorme es-forço e um considerável inves-timento para suprir lacunas que persistiram durante anos.

“Contamos com um grupo muito bem preparado tantos nas áreas mais comuns, como noutras mais específicas como Vila Franca do Campo

Ponta Delgada

O processo de implementação internacional do modelo de Triagem Telefónica de Manchester,

chegou há aproximadamente dois anos a Portu-gal, mais precisamente nos Açores, merece reco-nhecimento internacional, confirmando “o traba-lho de qualidade e excelência realizado no arqui-pélago”, como defende José António Oliveira Dias, presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), entidade que assegura a emergência médica na região autóno-ma.

José Dias, em declarações ao jornalistas no final da 2.ª Reunião Internacional do Grupo Português de Triagem, que se realizou, recentemente em Lis-boa, afirmou que este modelo que “veio propor-cionar cuidados certos, no momento certo e no

local certo”, deverá constituir “um motivo de orgu-lho para todos os Açorianos”.

Neste encontro o grupo de Triagem Telefónica

de Manchester dos Açores, apresentou o modelo e os princípios básicos utilizados que desde 2013, que, segundo os dados divulgados, permitiram “uma maior assertividade nos meios enviados e maior equidade no tipo de resposta à população, assim como uma melhor gestão dos recursos no sistema pré-hospitalar e hospitalar e controlo de qualidade e segurança, com ganhos comprovados no Serviço Regional de Saúde”.

Registe-se o o sistema “patenteado” pelo SRPC-BA já é seguido pela Nova Zelândia, Eslovénia, Austrália e Noruega seguido em quatro países e identificado como modelo de excelência a nível mundial.

Registe-se que, segundo o Grupo Português de Triagem este tipo de triagem inovadora a ser im-

plementado a nível nacional, teria entre outras vantagens: a utilização de um sistema validado e com possibilidade de ser auditado, a otimização dos recursos disponíveis, a padronização de fun-cionamento a nível nacional e ainda o aconselha-mento objetivo, a compatibilização com o sistema hospitalar e o encaminhamento dos utentes para corretos níveis de cuidados.

No passado dia 28 de Outubro decorreu em Lis-boa a 2ª Reunião Internacional do Grupo Portu-guês de Triagem, onde foram divulgados, pelo SRPCBA, os resultados obtidos com a implementa-ção do modelo de Triagem Telefónica de Manches-ter na RAA, tendo, na Reunião, merecido lugar destaque o trabalho desenvolvido no arquipélago nesta área.

AÇORES

Modelo excelência com reconhecimento internacional

17NOVEMBRO 2015

S MIGUEL

Realidades distintas com propósito comum

salvamento em grande ângulo ou o mergulho”, sublinha o res-ponsável operacional, assina-lando que importa continuar a investir na formação, sem es-quecer que “esta é uma região sísmica, exposta a tempesta-des tropicais”, realidades que na ótica do nosso interlocutor deveriam merecer atenção es-pecial.

Fundada a 15 abril de 1875, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Ri-beira Grande assume o estatu-to de pioneira na ilha.

Cerca de 80 operacionais as-seguram o funcionamento do quartel sede na cidade da Ri-beira Grande e de uma secção destacada na Lomba da Maia, acorrendo a “situações tão di-versas como o socorro a náu-fragos, buscas subaquáticas, combate a incêndios, serviços de saúde, acidentes, enxurra-das e calamidades, e sempre que estejam em causa a vida e bens a mais de 30200 pes-soas”, como salienta o coman-dante José Nuno Moniz.

A prontidão e a qualidade da resposta dada às populações implicam meios. Nesta matéria o comandante destaca os cerca de 24 mil euros investidos, re-centemente, na substituição dos motores da embarcação de salvamento marítimo e apoio local.

Porque, a segurança dos operacionais é uma preocupa-ção, a associação adquiriu, ulti-mamente 12 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) 25 pares de botas para o combate a incêndios industriais/estrutu-rais.

Outras das prioridades da di-reção e do comando traduz-se na “urgente conclusão da asfal-tagem da parada”.

Embora a renovação dos cor-pos de bombeiros constitua uma preocupação na Região Autónoma dos Açores, a verda-de é que na Ribeira Grande o futuro espreita auspicioso, essa é pelo menos nota de esperan-ça deixada por direção e co-mando. A dinâmica associação

consegue congregar os sonhos e as aspirações dos mais jo-vens tanto na escola de infan-tes, cadetes, como na charan-ga, a que se junta um grupo de 13 estagiários, que em breve podem reforçar o efetivo.

A aposta nas equipas de ma-nobras, tem-se revelado im-portante para atrair os mais novos para a causa. Atualmen-te, defendem as cores dos Vo-luntários da Ribeira Grande, três equipas que dão cartas tanto no Pais, como fora de portas.

Refira-se, a título de curiosi-dade que dos 83 operacionais, 39 são mulheres – cerca de 47 por cento do corpo ativo – uma “quota” muito significativa, que neste como noutros quartéis de bombeiros de Portugal não foi imposta, estabeleceu-se de forma natural. Os homens não cederam lugar às mulheres, fo-ram elas que o conquistaram por direito próprio, num pro-cesso a todos os títulos exem-plar, assente no pressuposto que o lema “Vida Por Vida” nor-teia bombeiros, sejam eles do sexo femininos ou do masculi-no. Importa assim destacar que, na ilha de S. Miguel, já são mais de 140 as operacionais.

Fundada a 15 de abril de 1875, esta instituição continua a honrar em cada missão o le-gado do pioneiro comandante Vicente Veloso, seguindo, aliás o exemplo dos homens e mu-lheres que ao longo de 140 anos dignificam a Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários da Ribeira Grande.

Mais jovem, a congénere de Vila Franca do Campo, foi fun-dada a 26 de fevereiro de 1988, com o desígnio de servir um pe-queno município, com cerca de 11 mil habitantes encaixado en-tre os concelhos da Ribeira Grande, Povoação e Lagoa.

Norteada pelo lema “Viver com Segurança, uma atitude...uma cultura”, esta instituição aposta numa estratégia de pro-ximidade com a comunidade, nomeadamente com os mais jo-vens, numa tentativa de des-

pertar o gosto pela causa e, desta forma garantir a funda-mental renovação do corpo ati-vo.

As estruturas dirigentes e operacionais não descuram a formação, a segurança e os meios que permitem aos cerca de meia centena de bombeiros, que embora se definam “humil-des no servir”, nos diferentes teatros de operações colocam profissionalismo e prontidão.

Atualmente, dão o rosto pela instituição Rui Couto, na dire-ção e Jorge Coutinho, no co-mando, mas que, obviamente, partilham com os restantes diri-gentes e bombeiros os ideais e as aspirações com que a 28 de fevereiro de 1988 a instituição se colocou ao serviço do conce-lho de Vila Franca do Campo.

Dizem as gentes do Nordeste que este será o concelho “mais encantador e florido” da ilha de São Miguel, uma convicção que denota apego à terra pontuado de bairrismo, a matéria-prima que terá, certamente, alicerça-do a fundação da Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários do Nordeste, que assi-nala este ano 35 anos de exis-tência.

Cerca de três dezenas de bombeiros, “empenhados em oferecer o melhor serviço possí-vel”, dão resposta às solicita-ções de uma população que ronda os cinco mil habitantes.

Direção e comando valorizam a dedicação e o empenho de um punhado de voluntários “pais, mães, maridos, esposas e fi-lhos, com empregos, família e

outras responsabilidades para atender, que, contudo se dife-renciam pela vontade de largar tudo para responder a um apelo de ajuda”.

Também a assinalar 35 anos de serviço público, o Corpo de Bombeiros de Povoação prepa-ra-se para encetar um novo ci-clo, num novo quartel dimen-sionado às necessidades dos cerca de 30 operacionais, como nos revelou o comandante Ru-ben Franco, durante uma visita às atuais instalações, e exíguas e pouco funcionais.

O presidente do conselho executivo da Liga dos Bombei-ros Portugueses, Jaime Marta Soares, no âmbito de uma des-locação à ilha de São Miguel, esteve no pequeno quartel inaugurado há 27 anos, mas que deixou de responder às exi-gências operacionais do conce-lho, desde logo porque foi cons-truído em leito de cheia, e por isso vulnerável às inundações, como explicou o comandante.

O presidente da Câmara Mu-nicipal de Povoação, Carlos Ávi-la fez questão de acompanhar Jaime Marta Soares nesta visita dando a conhecer o projeto do novo quartel que deverá sair do papel já este ano.

O autarca falou ao jornal Bombeiros de Portugal com en-tusiasmo do futuro complexo que resulta, disse, da reunião de vontades da associação, da autarquia e do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores.

“A câmara adquiriu os terre-nos, fez o projeto em coopera-

ção com os bombeiros e a pro-teção civil, num exemplar de trabalho de equipa. Desta for-ma será possível, em breve, garantir condições de trabalho a estes homens e mulheres, num equipamento muito mais adequado às atuais necessida-de e exigências técnicas do corpo de bombeiros”, disse o autarca, adiantando tratar-se de um investimento superior a um milhão de euros.

Em declarações aos jornalis-tas o comandante Ruben Fran-co falou da dificuldade em re-forçar o número de operacio-nais, num concelho pequeno com pouco mais de seis mil ha-bitantes, onde os mais jovens “vão para as universidades e já não voltam”, onde a emigração é a única oportunidade para garantir sustento. Ainda assim, fala com satisfação e orgulho de um grupo de operacionais que “têm demonstrado ao lon-go dos tempos disponibilidade e rigor no cumprimento da missão que está atribuída aos bombeiros, tanto em ações de prevenção, como no socorro às populações”

O responsável operacional refere que nestes quartéis “fal-ta sempre alguma coisa”, con-tudo, salvaguarda, que os Vo-luntários da Povoação “ainda assim não estão mal servidos”, que dispõem dos meios e equi-pamentos adequados para atuar neste concelho”, ainda que considerasse necessária, não prioritária, a aquisição de um veículo de desencarcera-mento, para reforçar a capaci-dade de resposta do corpo de bombeiros.

Longe dos grandes centros de decisão, nomeadamente da capital Lisboa onde tudo acon-tece, nomeadamente em ma-téria de formação a ilha de São Miguel, como toda a Região Autónoma dos Açores, vai in-vestindo em recursos próprios, em estratégias de autossufi-ciência e de algum pioneirismo que permitam relativizar dis-tâncias, controlar custos, am-pliar recursos, valorizando o

socorro prestado às popula-ções.

Assim sendo, são claras as apostas na formação em todas as valências, num processo fa-cilitado há cerca de um ano com a inauguração, a Ilha Terceira, de um centro de formação para treino de combate a situações de alto risco, num investimento de cerca de 500 mil euros, uma pequena parcela dos 32 mi-lhões de euros que o governo regional aplicou nos últimos sete anos na organização e nos meios de proteção civil, com es-pecial enfoque para a instalação de uma nova rede de telecomu-nicações de emergência, a re-qualificação ou construção de quartéis, a renovação das via-turas e o aumento do número de tripulantes de ambulância, que são atualmente 250 profis-sionais, pagos pelo governo dos Açores, o que traduz uma clara aposta na qualidade e na pron-tidão do socorro prestado, ten-do em conta que emergência pré-hospitalar representa mais de 90 por cento da atividade operacional dos 17 corpos de Bombeiros da Região Autónoma dos Açores. Refira-se, neste âmbito, que o SRPCBA tem uma parceria com as associações humanitárias dos bombeiros da região que visa assegurar o transporte terrestre de emer-gência, que envolve verbas na ordem 3,6 milhões de euros.

Numa outra vertente, o exe-cutivo açoriano congratula-se com a aprovação de um decreto legislativo regional que permitiu rever as regalias dos bombeiros na região e consagrar as dife-renças existentes em relação ao continente.

A realidade açoriana é, de facto, distinta da continental, sendo que inúmeros fatores de-terminam essa circunstância, desde logo no apoio e no reco-nhecimento dado aos corpos de bombeiros, diferenças que, contudo, se esbatem no espírito de missão, na abnegação e na entrega à causa que dão signifi-cado e conteúdo ao lema “Vida por vida”.

Povoação Nordeste

Ribeira Grande

18 NOVEMBRO 2015

No passado dia 4 de outubro, os Bombeiros Fa-malicenses estiveram envolvidos em opera-

ções de socorro em três acidentes rodoviários nas freguesias de Lagoa e de Requião.

De um despiste, seguido de capotamento na freguesia de Lagoa, resultou um ferido ligeiro que foi transportado à unidade hospitalar de Famali-cão.

Em Requião, o alerta para o primeiro acidente, com um ferido, ligeiro foi dado às 15h01 e um outro às 17h19, com três feridos, dois deles, à chegada da primeira equipa, estavam encarcera-dos. No teatro de operações estiveram 12 bom-beiros apoiados por três ambulâncias de socorro e a VMER do Hospital de Famalicão.

FAMALICENSES

Acidentes mobilizam meios

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Cerca de 300 pessoas, apoiadas por meia cen-tena de veículos, participaram, no dia 11 de

novembro, no Eco Parque Empresarial de Estar-reja, num teste ao Plano Municipal de Emergên-cia (PME) e ao Plano de Emergência Externo de Estarreja (PEEE), assentes na simulação num grave acidente de tráfego envolvendo uma situa-ção de multivítimas, num ambiente de matérias perigosas e inflamável, provocado por derrame de substância tóxica.

O simulacro mobilizou vários agentes e orga-nismos de Proteção Civil e entidades de apoio, testando a articulação dos mesmos, perante a si-mulação de um acidente que envolveu duas cis-ternas, um autocarro, uma viatura ligeira e várias vítimas, na EN224/ Variante Norte ao Eco Parque Empresarial.

Esta ação envolveu cerca de uma centena de elementos dos corpos de bombeiros de todo o distrito, Guarda nacional Republicana, empresas do Complexo Químico, INEM, Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), piquete e técnicos da Câmara Municipal que integram o Serviço Munici-pal de Proteção Civil, Escola Secundária de Estar-reja, e TJA – Transportes J. Amaral..

“Em Estarreja a segurança é acrescida, testa-mos os nossos planos para estarmos prepara-

dos”, sublinhou Diamantino Sabina, presidente da câmara municipal, no final do teste aos meios operacionais.

Refira-se que o exercício começou num pata-mar municipal, mas acabou por testar meios dis-tritais, envolvendo Comando Distrital de Opera-ções de Socorro de Aveiroe um total de 19 muni-cípios.

“Este foi um exercício extremamente ambicio-so e o primeiro que se faz nesta vertente”, consi-derou o Comandante das Operações de Socorro, José Ricardo Bismarck, e ainda que existam “pontos a melhorar, destacou esta “organização assinalável”.

“Quando chega a hora da verdade, vestimos a camisola”, disse satisfeito o comandante dos Bombeiros Voluntários de Estarreja, Ernesto Re-belo, para quem os objetivos foram cumpridos.

Já Pedro Gonçalves, secretário do PACOPAR - Painel comunitário de atuação responsável onde estão representadas as empresas químicas - fa-lou da dimensão considerável e a complexidade do exercício salientando que apesar das dificulda-des “todas as unidades conseguiram funcionar e desempenhar o seu papel”. As empresas que fa-zem simulacros com frequência foram chamadas a intervir, disponibilizando os seus meios.

EXERCÍCIO

EstarrejaSEGURA mobiliza mais de 300

A assinalar 125 anos de existência os Bombei-ros Voluntários de Famalicão, no âmbito do

programa de comemorações, promoveram seis simulacros quase em simultâneo

Os voluntários foram convocados para compa-recerem no quartel para esta iniciativa, sem sa-berem, contudo, quais os cenários, e a envolvên-cia de meios definida pela estrutura de comando.

As chamadas foram chegando ao quartel e mo-bilizando os meios para os várias “ocorrências” como se situação real se tratasse. Quatro chefes asseguraram a gestão dos “pedidos de socorro” organizando serviços, estabelecendo prioridades, providenciando reforços para os distintos teatros de operações.

Os Voluntários de Famalicão acorreram a um acidente de viação envolvendo duas viaturas com três feridos encarcerados na freguesia de Esme-ris; um incêndio industrial com queimados na fre-guesia de Calendário; o despiste de um motociclo

com um ferido na freguesia de Famalicão; um acidente com viatura de transporte matérias pe-rigosas com fuga de gás inflamável e dois feridos na freguesia de Famalicão; o desaparecimento de uma pessoa num edifício fabril em ruínas na freguesia de Calendário e ainda à colisão entre 3 viaturas com 4 feridos na freguesia de Antas.

Este mega exercício mobilizou 103 operacio-nais e 30 veículos.

Em jeito de balanço, o comando do corpo de bombeiros salienta que “são estes exercícios sem preparação prévia, que permitem testar a opera-cionalidade e retirar ilações concretas, sendo esse o objetivo principal do comando deste corpo de bombeiros quando idealizou estes cenários bem como o método de abordagem. O balanço é francamente positivo, tendo os operacionais dado uma resposta cabal de competência que muito orgulha os responsáveis desta instituição”.

VILA NOVA DE FAMALICÃO

Seis simulacros quase em simultâneo

Com o objetivo de testar o Plano de emergência do jar-

dim de Infância do Centro de Assistência Paroquial da Pampi-lhosa, realizou-se, recentemen-te, um simulacro de incêndio, com evacuação do edifício.

Segundo fonte dos Bombei-

ros da Pampilhosa, “tudo foi le-vado muito a sério tentando re-criar ao máximo um cenário real sendo o resultado final muito positivo”.

Esta ação mobilizou 13 ope-racionais, apoiados por quatro viaturas.

PAMPILHOSA

Plano testado

Onze dos 25 corpos de bom-beiros do distrito de Setú-

bal, todos voluntários, partici-param no simulacro de acidente ferroviário denominado “FER-ROEX 2015”, realizado em Alcá-cer do Sal, no passado dia 31 de Outubro que envolveu mais de uma centena de pessoas e 30 viaturas operacionais.

O exercício, organizado con-juntamente pelo gestor da in-fraestrutura ferroviária nacio-nal (IP - Infraestruturas de Portugal), por um dos opera-dores ferroviários (CP – Com-boios de Portugal) e pelo Comando Distrital de Operações de Socorro de Setúbal (CDOS Setú-bal) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), decorreu na modalidade LIVEX, envol-vendo meios de resposta reais.

Os bombeiros representaram a larga maioria dos mais dos cem elementos operacionais en-volvidos, incluindo técnicos das entidades orga-nizadoras bem como da GNR, Força Especial de Bombeiros, INEM e o serviço municipal de pro-teção civil de Alcácer do Sal.

No caso do Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste, Barreiro, estiveram envolvidos dois veí-culos operacionais (VUCI – veículo urbano de combate a incêndios e VSAT – veículo de socorro

e assistência tático) e 10 bombeiros, todos eles com formação especializada em salvamento e desencarceramento ferroviário. Integraram ain-da o exercício, o segundo comandante, como Injetor, e um dos adjuntos de comando, como Avaliador.

Os 11 corpos de bombeiros do distrito de Se-túbal participantes foram: Águas de Moura, Al-cácer do Sal, Cacilhas, Grândola, Palmela, Pi-nhal Novo, Santiago do Cacém, Santo André, Sines, Sul e Sueste, e Torrão.

O exercício permitiu treinar os procedimentos operacionais associados à intervenção operacio-nal numa situação de acidente ferroviário, com especial enfoque num cenário multivítimas.

ALCÁCER DO SAL

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19NOVEMBRO 2015

Idanha-a-Nova acolheu o 12.º Encontro Distrital de Equipas de Combate a Incêndios (ECIN),

evento dinamizado por um grupo de bombeiros locais, que teve lugar no recinto da Feira Raiana e na Praça de Toiros António Manzarra. Marcaram presença nesta reunião cerca de 150 operacio-nais de vários corpos de bombeiros do distrito de Castelo Branco, número que “superou todas as expectativas”, e que deixou muito satisfeita a or-ganização.

Este ano, para além de bombeiros de Idanha--a-Nova, associaram-se à iniciava representantes das corporações de Belmonte, Covilhã, Fundão, Penamacor, Castelo Branco, Vila Velha de Rodão, Oleiros e Vila de Rei.

Este convívio distrital de bombeiros, que in-cluiu uma série de iniciativas, contou com a pre-sença, entre outras individualidades, do Coman-

do e Direção do Corpo de Bombeiros Voluntários de Idanha-a-Nova, do Comandante Operacional Distrital, do presidente da Federação dos Bom-beiros do Distrito de Castelo Branco, de vários elementos dos corpos de bombeiros do distrito e, ainda, do presidente da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Zebreira e Segura e do vice-presidente da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Idanha-a-Nova e Alcafozes.

Recorde-se que este é um encontro anual, que assinala o fim da fase mais crítica dos incêndios florestais mobilizando os principais intervenien-tes no Dispositivo Especial de Combate a Incên-dios Florestais (DECIF), do distrito de Castelo Branco.

O testemunho foi passado, sendo que caberá aos Voluntários de Vila Velha a 13.ª edição do Encontro de ECIN.

IDANHA-A-NOVA

ECIN reunidas

Decorreu em 24 de outubro último em Vila Real, o 1.º

Encontro Distrital de Equipas de Salvamento em Alturas (SGA). O evento organizado pela Equi-pa de Salvamento em Alturas dos BV dos Bombeiros Voluntá-rios de Vila Real - Cruz Verde, realizou-se com o objetivo de fomentar a troca de experiên-cias e técnicas na área do sal-vamento em grande ângulo, vulgarmente conhecido por sal-vamento em alturas.

Conforme defende a organi-zação do encontro, “a realização destes exercí-cios conjuntos é de grande importância, porque, em situações reais a coordenação entre equipas é fundamental, para que o desempenho seja me-lhorado e o trabalho facilitado”.

O evento, que decorreu em dois locais de forte impacto da cidade de Vila Real: a ponte de metá-lico sobre o Rio Corgo e o centro comercial “Dolce Vita Douro”, contou com a participação de várias equipas de corporações do distrito de Vila Real (Cruz Verde, Cruz Branca, Mesão Frio e Salvação Pública de Chaves), bem como a equipa do Bata-lhão de Sapadores Bombeiros da cidade do Porto. Dado o sucesso desta iniciativa, facto comprova-do por participantes e população de Vila Real, adivinha-se um segundo encontro já no próximo ano.

“A organização aproveita ainda a oportunida-de, para agradecer publicamente ao Dolce Vita Douro, toda a colaboração e disponibilidade apre-sentada no decorrer deste evento”, conforme nos foi referiu a organização a propósito das facilida-des dadas para a realização do encontro.

VILA REAL

Equipas trocam experiências

A Pampilhosa acolheu nos dias 14 e 15 de novem-

bro um encontro de forma-dores externos da Escola Nacional de Bombeiros da área do Salvamento e De-sencarceramento.

Nestes encontros, os par-ticipantes realizam diversos exercícios, com o objetivo de “atualizar conhecimentos e trocar experiências”, con-forme explica, Ana Dias, bombeira de 1.ª dos Volun-tários da Pampilhosa e or-ganizadora da iniciativa.

Desta vez, cenário dos “acidentes” foi a Auto IC2, empresa sediada em Carqueijo – Casal Comba que se dedica à venda de peças de automóveis e que cedeu as viaturas para o treino destes operacionais.

Este encontro reuniu formadores dos corpos de bombeiros de Montalegre, Castro d’Aire, Proença--a-Nova, Juncal, Mira D’Aire , Póvoa de Santa Iria e Pampilhosa.

PAMPILHOSA

Formadores em encontro

O Corpo de Bombeiros de Águas de Moura rece-beu nas suas instalações, no passado dia 17

de Novembro, a reunião de avaliação do Disposi-tivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) do distrito de Setúbal em 2015.

Este encontro, crucial para um balanço da ati-

vidade desenvolvida e dos resultados, contou com a presença da Comandante Operacional Dis-trital de Setúbal, do 2.º Comandante Operacional Distrital, da Federação dos Bombeiros e dos re-presentantes das direções e comandos dos cor-pos de bombeiros do distrito.

ÁGUAS DE MOURA

DECIF avaliado

20 NOVEMBRO 2015

O comando do corpo de bom-beiros da Associação Hu-

manitária dos Bombeiros Vo-luntários de Carnaxide passa a contar com dois novos elemen-tos, cuja posse, já anunciada, ocorreu recentemente.

Manuel Fonseca, anterior se-gundo comandante, passou a ocupar o cargo de comandante

e o oficial bombeiro Reinaldo Muralha tomou posse com ad-junto de comando. O segundo comandante deverá também tomar no início do próximo ano após a conclusão da formação necessária para tal.

O anterior comandante, José Luís Gouveia, havia deixado a função durante as comemora-

ções recentes do aniversário da instituição com a passagem do estandarte ao agora empossa-do comandante Manuel Fonse-ca.

A posse decorreu numa ceri-mónia singela mas muita con-corrida e de grande significado para o corpo de bombeiros e para a associação.

No final da sessão ocorreu também a inauguração de uma nova viatura (VSAT) de socorro.

A cerimónia foi presidida pela vereadora Eduarda Godi-nho, em representação do pre-sidente da Câmara Municipal de Oeiras, Paulo Vistas, e tam-bém como presidente da as-sembleia-geral da Associação,

e contou ainda com as presen-ças, do Diretor Nacional de Bombeiros da ANPC, Pedro Lo-pes, do vogal do conselho exe-cutivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, Rama da Silva, do comandante distrital de socorro de Lisboa da ANPC, Carlos Mata, e do secretário da União de Freguesias de Carnaxide e

Queijas, Américo Duarte, do vice-presidente da ANBP, João Afonso, do presidente do SNBP, do represente do comando do RSB, chefe José Correia, entre outros, acolhidos pelo presi-dente da direção da instituição, Fernando Curto, e restantes membros dos seus órgãos so-ciais.

CARNAXIDE

Mudanças no comando

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A posse do novo comandante do corpo de bombeiros da

Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Meã coincidiu com o juramento dos elementos da 14.º recruta e respetiva promoção a bombei-ros de 3.ª.

O novo comandante dos Vo-luntários de Vila Meã é o sar-gento-mor Carvalho Ferreira. Após o seu ato de posse decor-reu então a cerimónia de jura-mento dos 14 novos bombeiros, metade dos quais mulheres e

correspondentes, curiosamen-te, à 14º recruta realizada no corpo de bombeiros.

Os novos bombeiros de 3.ª são: Milton Leonardo Silva Lo-pes, Catarina Isabel Cardoso Oliveira, Ana Catarina Ribeiro Pereira, Joana Raquel Almeida Sousa, João Soares Correia,

João Carlos Pinto Marques, Ana Cristina Silva Peixoto, Carolina Lopes Cunha, José Miguel Tei-xeira Magalhães, Cláudia Sofia da Silva Baptista, Diana Sofia Teixeira Oliveira, Carlos Cristia-no Penetro Teixeira, Pedro Gon-çalo Oliveira Lopes e Emanuel Carneiro da Silva.

VILA MEÃ

Reforços chegam ao quartel

O novo comandante do corpo de bombeiros

da Associação Humanitá-ria de Bombeiros Volun-tários de Coimbrões, Vila Nova de Gaia, tomou posse em cerimónia mui-ta concorrida realizada no salão nobre da insti-tuição.

Artur Jorge Guerra Es-teves é o novo coman-dante dos Voluntários de Coimbrões, cuja cerimó-nia de posse foi presidida pelo vereador da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, responsável pela Proteção Civil, Guilher-me Aguiar.

A cerimónia contou ainda com as presenças, do comandante José Morais, vogal do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, Joaquim Fernando Oliveira da Silva, presidente

da Federação de Bombeiros do Distrito do Porto, de Paulo Lopes, presidente da Junta de Freguesia de Santa Marinha e S. Pedro da Afurada, de Maria José Gamboa, presidente da Junta de Freguesia de Canidelo, acolhidos pelo presidente da dire-ção, António Coimbra, e pelos restantes mem-bros dos órgãos sociais

COIMBRÕES

Novo comandante toma posse

Luís Martins tomou posse como 2.º comandante dos Voluntários de Camarate, no passado dia

1, numa cerimónia que reuniu bombeiros, fami-liares e associados que puderam ainda assistir à

entrega de diplomas do curso de aperfeiçoamen-to da carreira de bombeiro voluntario.

Na ocasião, o comandante Jorge Araújo rece-beu das mãos do presidente da direção Renato

Alves as chaves de um novo veículo de comando (VCOT),.

Em breves alocuções os rostos Voluntários de Camarate revelaram-se satisfeitos com o traba-

lho de realizado e os projetos desenvolvidos que têm permitido acelerar o ritmo de crescimento da instituição, não obstante as dificuldades que o se-tor enfrenta.

CAMARATE

Estrutura renovada, com meios reforçados

21NOVEMBRO 2015

A assinalar 40 anos de exis-tência a Associação Hu-manitária dos Bombeiros

Voluntários do Cercal do Alente-jo vive momentos auspiciosos, depois de ter enfrentado uma situação financeira complicada, quem o afirma com natural sa-tisfação é João Ludovico um jo-vem presidente da direção, que em 2012 teve a ousadia de as-sumir a gestão de uma institui-ção “em dificuldades” e que em apenas três anos conseguiu não só “por as contas em ordem”, como e recuperar a “credibilida-de perdida”.

“Em 2012 encontrámos uma casa com muitas dificuldades, com um passivo na ordem dos 60 mil euros e uma despesa fixa de 25 mil”, confidencia o diri-gente, esclarecendo que coube à sua equipa renegociar a dívi-da, formalizar acordos com as entidades credoras e recorrer a um empréstimo bancário e, as-sim, “limpar o bom nome da as-sociação”.

Rigor e muito trabalho estão a permitir satisfazer todos os compromissos assumidos no-meadamente com os 17 funcio-nários da instituição, como faz questão de salientar João Ludo-vico, que já fala de “estabilida-

de”, uma nova realidade que até “permitiu adquirir uma nova viatura de transporte de doen-tes”.

“Finalmente entrámos nos ei-xos”, declara o presidente, ain-da que o futuro permita anteci-par muitos e grandes desafios, nomeadamente em matéria de investimento, indispensável para continuar a garantir a ope-racionalidade do corpo de bom-beiros.

O comandante Vítor Tomaz fala da necessidade de substi-tuir um dos veículos florestais de combate a incêndios, bem como de adquirir um autotan-que com maior capacidade e uma ambulância de socorro, meios que fazem falta, ainda que existam outras prioridades nomeadamente a proteção e se-gurança, bem como a formação dos bombeiros, áreas que aliás merecem “toda a atenção” da direção, como faz questão de frisar o responsável operacional.

“O que queremos é dar condi-ções aos nossos bombeiros” destaca João Ludovico que sa-lienta a disponibilidade da meia centena de homens e mulheres que integram o contingente, o que permite reduzir os encargos com o pessoal.

CERCAL DO ALENTEJO

Estabilidade permite encararo futuro com otimismo

Depois de um período difícil, os Bombeiros de Cercal do Alentejo enfrentam uma

situação mais auspiciosa que lhes permite encarar o futuro com otimismo.

Os tempos de estagnação e alguma insegurança ficaram para trás, disso dão

conta direção e comando, assumindo o desígnio maior de garantir aos operacionais as condições, os meios e a estabilidade que

faltaram nos últimos anos.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

Voluntários do Cercal ainda se desdobraram na promoção de iniciativas que para além de permitem angariar fundos, ain-da contribuem para reforçar la-ços com a população, qua se re-vela “sempre atenta às necessi-dades dos seus bombeiros”.

O presidente da associação destaca a cooperação com a Câ-mara Municipal de Santiago do Cacém, que “apoia, na medida do possível, os quatro corpos de bombeiros do concelho”.

Não obstante os constrangi-mentos financeiros é grande a ambição, até porque também são vastos os problemas que pedem célere resolução. O quartel inaugurado em 1999 já apresentava algumas anoma-lias, que se agravaram com o passar do tempo, “os portões do parque de viaturas não reúnem condições de segurança, o pavi-mento está degradado, existem

infiltrações no telhado”, revela João Ludovico, que analisa hipó-tese de avançar com uma candi-datura a fundos comunitários que permitam tanto a requalifi-cação como a ampliação daque-la infra-estrtura .

O projeto, orçado em 600 mil euros assente na definição e se-paração das áreas associativas e operacionais, prevê ainda a construção de um parque de viaturas, a criação de novas ca-maratas femininas, melhora-mentos nos balneários masculi-nos, e a transferência dos servi-ços administrativos para o rés--do-chão.

O futuro está contudo depen-dente dos recursos humanos que escasseiam nesta freguesia onde não há emprego. Segundo Vítor Tomaz, nos últimos anos o quartel “perdeu muitos opera-cionais”, um problema sem re-solução à vista, agravado pela

prematura partida dos jovens estudantes.

“Cada vez há mais gente a sair, em dois anos a emigração já levou daqui uma dúzia de bombeiros, que no Cercal já fo-ram mais de 70 e hoje são ape-nas 54”, revela o comandante.

Numa tentativa de criar o gosto pela causa, ainda em ten-ra idade, a associação criou há cerca de um ano uma escola de infantes e cadetes que conta atualmente com mais de duas dezenas de “instruendos”. O re-sultado deste investimento só será conhecido dentro de alguns anos, contudo o comandante mostra-se esperançado no su-cesso deste projeto.

Os Bombeiros de Cercal do Alentejo parecem, assim, con-denados à superação não obs-tante a dureza dos desafios que como assumidos alentejanos enfrentam sempre “com calma”. Refira-se, a título de curiosida-de, que esta vila pertence ao distrito de Setúbal uma realida-de geográfica que, por si só, também não facilita a ação des-ta instituição que acaba por es-tar demasiado longe dos centros de decisão, dos restantes cor-pos bombeiros, das ações de formação, mas muito perto da comunidade que servem com apertados critérios de rigor, qualidade e prontidão.

Apesar da entrega dos volun-tários, nem sempre é fácil con-seguir dar resposta às solicita-ções deste território com cerca de três mil habitantes, um pro-blema que poderia ser minimi-zado com a criação de um Equi-pa de Intervenção Permanente (EIP), uma aspiração que de-pende, contudo, de um entendi-mento entre a autarquia de Santiago do Cacém e a Autori-dade Nacional de Proteção Civil.

A proatividade de dirigentes e bombeiros potencia receita, e todas as verbas até as quase re-siduais fazem falta. Assim, para além dos serviços prestados os

22 NOVEMBRO 2015

No âmbito do programa da formação de novos Tripulantes de Ambulância de Socorro da res-

ponsabilidade do Instituto Nacional de Emergên-cia Médica (INEM uma equipa de seis elementos dos Bombeiros Voluntários da Pampilhosa reali-zou, passado dia 10 de novembro, os exercícios de extração de vitimas com técnicas normaliza-das de desencarceramento, com o apoio de um Veículo de Socorro e Assistência Tático

Os cenários foram criados na Auto IC2, em Carqueijo – Casal Comba, empresa que cedeu as viaturas para a realização destas ações de for-mação.

PAMPILHOSA

Operacionais cumprem plano de formação

Os Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal vão

assinalar em 19 de dezem-bro próximo a conclusão das obras de requalificação e ampliação do seu quartel que contou com o apoio co-munitário de meio milhão de euros, 15 por cento dos quais cobertos pelo Municí-pio, e também com a cola-boração dos próprios bom-beiros.

O quartel dos Voluntários de Carregal do Sal foi cons-truído em 1996 e, desde, então esteve sempre sujeito a melhorias pontuais. Con-tudo, segundo a direção e comando, importava agora executar al-gumas mudanças de fundo que permitis-sem adequar a mesma estrutura a novos desafios e necessidades. Assim, foram requalificados e ampliados as áreas de parqueamento de viaturas de saúde e de incêndio, incluindo novos portões e uma nova saída para tardoz da entrada prin-cipal. Foi criado um novo espaço de ca-maratas para corresponder, também, ao aumento crescente do número de bom-beiras.

Foi criada uma sala de bombeiro com equipa-mentos anexos, uma nova sala de comunicações, procedeu-se à reconversão de várias dependên-cias já existentes para novas funções.

Para futuro está ainda previsto criar um espaço nobre de memória, uma área coberta mas de grande visibilidade onde ficarão parqueadas as viaturas antigas.

CARREGAL DO SAL

Requalificação envolveu os bombeiros

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Os Bombeiros Voluntários de Cascais apresentaram o

equipamento adquirido com as verbas obtidas na festa de an-gariação de fundos realizada na parada do seu quartel em 19 de setembro último.

Duas motoserras, 10 conjun-tos de casacos e calças imper-meáveis, 80 máscaras flores-tais, 4 mochilas porta manguei-ras, 60 máscaras MSA, 5 supor-tes de rádios e diverso material de grande ângulo foram adqui-ridos com os 7861,81 euros obtidos, depois de despesas.

Na foto junto do material podemos ver os bom-beiros Idálio Simões e Nuno Santos, dinamizado-

res da equipa que organizou a festa, junto do ator e encenador Ricardo Carriço, principal apoio na captação dos inúmeros artistas e apoios que possibilitaram a concretização da festa.

CASCAIS

Voluntários prestam contas

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Os Bombeiros de Vila Nova de Poiares co-meçaram a construir o futuro com a cria-

ção da “Escolinha de Infantes e Cadetes”.No total são 35 as crianças e jovens, com

idades compreendidas entre os 5 e os 16 anos, que ao longo dos últimos meses aceita-ram o desafio dos Voluntários da Poiares e po-dem já envergar com orgulho e brio a almeja-da farda de bombeiro.

No dia de abertura oficial da escola, os en-carregados de educação foram devidamente esclarecidos sobres as aspirações e objetivo da direção e comando que há muito se empe-nhavam na concretização deste projeto. Nes-sa mesma ocasião foi distribuído o fardamen-to, os formandos de palmo e meio foram con-vidados a visitar o quartel e, no final, momen-to foi registado para a posteridade numa fotografia do grupo.

Ao longo próximos meses, os aspirantes a bombeiros vão receber conhecimentos vários

nas temáticas da proteção civil e socorro ao, mesmo tempo, que estreitam laços com a causa, para quem sabe, no futuro, possam as-segurar a renovação do corpos de bombeiros. Até lá, direção e do comando, apostam na for-mação de cidadãos responsáveis conscientes dos seus direitos e deveres comprometidos com valores como o respeito, a solidariedade e o humanismo, preparados para trabalhar em equipa e ajudar o próximo.

VILA NOVA DE POIARES

Crianças e jovens concretizam sonhoA Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários

de Cascais vai promover um dia de “quartel aberto” em 12 de dezembro próximo quando passam precisamente duas décadas sobre a data da inau-guração daquela infraestrutu-ra operacional.

O “quartel aberto”a toda à população e, em particular, a futuros candidatos a bombei-ros, vai incluir demonstrações de equipamentos de proteção individual, combate a incên-dios urbanos, salvamento em grande ângulo, veículos e equipamentos e socor-ro, incluindo de suporte básico de vida.

É a primeira vez que os Bombeiros de Cascais realizam uma iniciativa do género não obstante, quase diariamente, serem visitados por muitas crianças das escolas locais e por famílias e tam-bém promoverem com regularidade exposições estáticas, inclusive, na zona fronteira aos paços do concelho.

O quartel construído há precisamente duas décadas constituiu à data o desafio prioritário dos órgãos sociais, que ainda hoje se mantém. O projeto foi desenvolvido pelo arquiteto Gil Graça com dois objetivos amplamente conse-guidos: um quartel 99 por cento operacional e um edifí-cio funcional mas que no pla-no estético não só não cho-casse como até integrasse pormenores característicos da arquitetura de veraneio local passada.

À data da inauguração, pelo então secretário de Estado da Administração Interna, Armando Vara, o quartel encontrava-se já pago. O valor final foi de um milhão de euros, satisfeitos pelo apoio do Estado, da Câmara Municipal de Cas-cais, da Junta de Freguesia de Cascais e de um conjunto de entidades públicas e privadas evi-denciadas num painel colocado na entrada princi-pal do edifício.

20 ANOS DEPOIS DA INAUGURAÇÃO

Quartel abre portas à comunidade

Arrancou recentemente a sexta recruta conjunta dos

corpos de bombeiros do conce-lho de Oeiras e, pela primeira vez, integra formandos de to-dos eles.

A recruta conta com a partici-pação de 54 candidatos dos corpos de bombeiros voluntá-rios de Algés, Barcarena, Car-naxide, Dafundo, Linda-a-Pas-tora, Oeiras e Paço de Arcos.

O número muito significativo de elementos obrigou à consti-tuição de duas turmas, a pri-meira, composta por Algés, Carnaxide, Dafundo e Oeiras, e a segunda com Barcarena, Lin-da-a-Pastora e Barcarena.

O curso para ingresso na car-reira de bombeiro é constituído por seis módulos (introdução ao serviço dos bombeiros, equipa-

mentos, manobras e veículos, técnicas de socorrismo ou TAT, TSD, incêndios urbanos, indus-triais e florestais), compreende 350 horas de formação e um período probatório em contexto real de trabalho, treino opera-cional e exercícios práticos com

a duração mínima de três me-ses.

O curso pretende dotar os formandos de competências técnico – operacionais para a carreira de bombeiro, oficial bombeiro e bombeiro especia-lista.

OEIRAS

Formação conjunta repete sucesso

23NOVEMBRO 2015

Correm sempre tranquilos os dias no Alentejo. No pequeno concelho do Alvi-

to, apenas os veículos pesados de transporte de azeitona que-bram, momentaneamente, a pacatez de uma população en-velhecida conformada e adap-tada à calmaria, a um certo iso-lamento, que o poder local vai, como pode, combatendo com a criação de equipamentos que permitam não só fixar os mais jovens mas, também, garantir qualidade de vida aos mais ve-lhos.

Neste município residem, atualmente, pouco mais de 2500 pessoas, cerca de metade na sede deste concelho com apenas duas freguesias e os restantes distribuídos por uma área de mais de 264 quilóme-tros quadrados, é esta a reali-dade com que lidam diariamen-te, 24 horas por dia, todos os dias do ano, os Bombeiros do Alvito, determinados em honrar a obra dos fundadores desta se-xagenária instituição.

O comandante António Pitei-ra, num destes dias, recebeu a equipa do Jornal Bombeiros de Portugal no quartel onde os operacionais são muitas vezes “poucos” para responder às so-licitações, designadamente aos

serviços de transportes progra-mados de doentes, um proble-ma só ultrapassado pela dispo-nibilidade e entrega de cerca de 30 bombeiros comprometidos com a população.

“Contamos com um grupo muito esforçado, dedicado e empenhado, só assim é possí-vel continuar a assegurar a qualidade do serviço prestado à comunidade”, sublinha o co-mandante.

Inaugurada há cerca de 30 anos, a “casa” dos Voluntários do Alvito, ainda responde às necessidades operacionais, se-gundo assinala o presidente António Valério, embora reco-nheça a necessidade de “algu-mas obras de qualificação das instalações”, uma ambição que carece de verbas que, por ago-ra, escasseiam nos cofres de uma instituição “financeira-mente frágil”, como reconhece o dirigente que, coincidente-mente, é também o presidente da Câmara Municipal do Alvito, entidade que continua a ser fundamental para garantir a sustentabilidade desta associa-ção humanitária.

“Há muitos anos que a au-tarquia é um dos principais su-portes desta instituição”, ga-rante o António Valério, asse-

gurando que quando assumiu a cadeira da presidência do mu-nicípio se limitou a dar conti-nuidade a uma já antiga e fru-tuosa parceria.

O transporte de doentes não urgentes é a “base do funcio-namento desta organização”. Depois de uma “situação dra-mática”, de um decréscimo acentuado desta fonte primor-dial de receita, no último ano foi possível “recuperar algumas perdas”. Atualmente os Bom-beiros do Alvito asseguram uma média mensal de 200 ser-viços essencialmente para os hospitais de Beja e Évora, mas também para Lisboa, números que dão algum conforto à dire-ção e ao comando e que permi-tem fazer face aos encargos, nomeadamente com os 10 co-laboradores da instituição.

São escassos os apoios num concelho onde faltam grandes unidades industriais, ainda as-sim, os nossos interlocutores salientam a ligação existente com a Ucasul, uma unidade fa-bril de extração de óleo do ba-gaço de azeitona, mas também com alguns empresários do se-

tor dos vinhos e do pequeno comércio, que se revelam sem-pre solidárias com a causa.

São muitas e conhecidas as necessidades dos quartéis, desde logo em matéria de pro-teção individual, uma questão que por agora não preocupa os Bombeiros do Alvito, que têm aproveitado todas as janelas de oportunidade para equipar os operacionais “tanto para o combate a incêndios florestais como para os urbanos”. Em matéria de viaturas, o coman-dante regista com agradado a recente aquisição de um Veícu-lo de Socorro e Assistência Tá-tico (VSAT), estabelecendo, agora, como prioridade a reno-vação das ambulâncias de so-corro e de viaturas de transpor-te de doentes.

“Reconheço também ser ne-cessário dotar o quartel de um veículo tanque” regista o presi-dente, anunciando que 2016 será o ano de investimento no socorro pré-hospitalar, estando já prevista a compra de uma nova ambulância.

A formação conjunta é uma realidade no Alentejo. Neste caso os Voluntários do Alvito partilham com os de Cuba e da Vidigueira um apertado progra-ma de preparação teórica mas também prática dos operacio-nais nas mais distintas áreas. António Piteira revela ainda

que, pela proximidade geográ-fica, são, igualmente comuns, ações conjuntas com os bom-beiros do distrito de Évora, ten-do como cenário a Unidade Lo-cal de Formação (ULF) de Viana do Alentejo.

O voluntariado tem ainda uma forte expressão nesta ins-tituição, pelo que a renovação do corpo ativo surge como uma constante preocupação, até porque os mais novos come-çam a deixar o concelho logo no início do ensino secundário, depois ingressam nas universi-dades e poucos regressam à terra mãe. Os jovens conti-nuam a deixar o Alentejo e a procurar emprego e estabilida-de nos grandes centros dentro e fora do nosso País, constata o comandante. Ainda assim, co-mando e direção recusam ren-der-se às evidências e tentam inocular nos munícipes de pal-mo e meio o gosto pela causa,

numa intervenção pautada pelo sucesso, a avaliar pelo dina-mismo da escola de infantes e cadetes, atualmente com 17 “bombeiritos”, mas também pelos 12 estagiários que em breve podem vir a integrar o corpo ativo.

“Estes números são expres-sivos da dinâmica do volunta-riado tendo em conta a sua di-mensão e a realidade do conce-lho”, refere António Valério, enaltecendo o trabalho do co-mando num território onde existem outras associações e uma diversificada oferta, que “felizmente” não afastam as crianças dos bombeiros.

Em termos associativos os Voluntários do Alvito dinami-zam ainda uma banda de músi-ca e um grupo coral, dois im-portantes cartões-de-visita que muito dignificam a imagem da instituição, que assume tam-bém a organização das festivi-dades anuais da vila e um ou outro evento pontual que per-mita reforçar elos com a comu-nidade, que nutre estima e re-conhecimento por esta que será a mais emblemática insti-tuição do concelho do Alvito.

“Movidos pela vontade de prestar um serviço público”, di-reção e comando unem-se no “apoio aos bombeiros na sua importante missão”, pois só as-sim é possível colocar excelên-cia no serviço prestado à popu-lação.

ALVITO

Municípios pequenos, grandes desafiosCom o desígnio maior de servir a comunidade é fundada em 1950 a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Alvito. Década

e meia volvida, mantém-se os propósitos, mas os desafios são outros, certamente, bem

maiores e exigentes, ainda que sejam diminutos os recursos tantofinanceiros como humanos.

Sem as facilidades e os meios dos grandes centros, esta instituição de um pequeno município do distrito de Beja, supera-se

todos os dias em prolda comunidade que serve.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

24 NOVEMBRO 2015

As cerimónias alusivas ao 88.º aniversário da Associa-

ção Humanitária de Bombeiros Voluntários de São Brás de Al-portel, realizadas recentemen-te, constituíram uma oportuni-dade para fazer um balanço do trabalho realizado nos últimos quatro anos.

Após a formatura geral do corpo de bombeiros e da rece-ção aos convidados, seguiu-se a romagem de saudade ao talhão dos bombeiros no cemitério lo-cal, com colocação de uma co-roa de flores no memorial e uma breve alocução do vice-presi-dente da instituição, Amável Sousa.

De regresso ao quartel, de-correu ali a cerimónia principal, onde discursaram os compo-nentes da mesa de honra, o pre-

sidente da assembleia geral, To-más Nunes, o presidente de di-reção, Acácio Martins, o presi-dente do conselho fiscal, Armando Ventura, o comandan-te do corpo de bombeiros, Vítor Martins, o vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, Rodeia Machado, o segundo comandante distrital da ANPC, Abel Gomes, e a vice-presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, Marlene Guer-reiro, em representação do pre-sidente, Vítor Guerreiro, ausen-te em missão oficial.

Na oportunidade, o presiden-te da direção fez uma retrospe-tiva das obras realizadas no quartel nos últimos 4 anos, bem como do investimento feito

no apetrechamento de veícu-los, 1 VUCI (veiculo urbano de

combate a incêndios) e 3 novas ambulâncias, a última das quais, de emergência pré-hospi-talar, atribuída pelo INEM.

Por sua vez, o comandante Vítor Martins lembrou a necessi-dade de alargar o campo dos benefícios sociais e outros aos bombeiros, sugerindo

o estabelecimento de um protocolo entre a autarquia e a associação, e enalteceu o tra-balho desenvolvido pelos bom-beiros voluntários, e valorizan-do a extrema importância da manutenção da EIP - Equipa de Intervenção Permanente no seio do corpo de bombeiros.

A vice-presidente da autar-quia manifestou a total disponi-bilidade para dentro do possí-vel, continuar a apoiar financei-ramente e nas mais variadas

formas a funcionalidade da cor-poração.

A cerimónia prosseguiu com a leitura da ordem de serviço do comando, incluindo o ingresso no quadro ativo de 6 novos bombeiros de 3.ª, a entrega de distinções honoríficas, a atribui-ção de medalhas a alguns ele-mentos do corpo de bombeiros, entre elas, a de assiduidade, grau Ouro, por 20 anos, ao co-mandante

Vítor Martins, e a de serviços distintos - grau cobre, ao se-gundo comandante Salvador Gonçalves.

Procedeu-se ao início do pro-cesso de valorização dos Asso-ciados através da atribuição de medalhas de reconhecimento aos 25 associados com maior antiguidade

Para finalizar as comemora-ções decorreu um jantar-conví-vio, com animação musical a cargo do vocalista Valter Reis, no qual se incluiu o tradicional partir de bolo de aniversário e o cantar de parabéns à Associa-ção Humanitária de Bombeiros Voluntários de São Brás e Al-portel.

De realçar, na organização

das comemorações, a participa-ção dos dirigentes, membros do comando, bombeiros, associa-dos, algumas empresas e ou-tros amigos da

corporação, com especial destaque para o “Master Chef” Luís Correia que durante mais de 3 dias foi o impulsionador da confeção da refeição servida a todos os bombeiros e demais convidados.

“Nele a direção e comando saúdam todos aqueles que vo-luntariamente e dedicadamente colaboraram” conforme nos re-feriram.

SÃO BRÁS DE ALPORTEL

Balanço do trabalho feito

O presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses

garante que não deixará de rei-vindicar a isenção de taxas mo-deradoras para os bombeiros bem como a contagem de tem-po de serviço para efeitos de reforma que lhes foi retirado em 2009.

O comandante Jaime Marta Soares, que falava durante a sessão solene comemorativa do 125.º aniversário dos Bom-beiros Voluntários de Soure, garantiu também que “defen-dermos até à exaustão a alte-ração às leis orgânicas do INEM e da ANPC”, consagrando neste caso uma Direção Nacional de Bombeiros autónoma, inclusi-vamente financeira.

O presidente da LBP lembrou ainda que as dificuldades acrescidas neste momento sentidas nas associações de bombeiros prende-se muitas vezes com o facto de “substi-tuírem o Estado Social com res-postas que outros não mas que os bombeiros dão”.

O comandante Marta Soares sublinhou que não há qualquer

conflito com a ANPC, “há en-tendimento mas é preciso que muitas vezes relembremos o que há a relembrar”. Segundo aquele responsável, a ANPC “tem o seu papel e nada mais”, ou seja, “ como órgão de coor-denação e gestão das verbas que vêm para os bombeiros, pagas com os nossos impos-tos”. “Aquilo que queremos é que saibam distribuí-las bem, e a LBP estará atenta a isso ten-do em conta uma distribuição à dimensão das necessidades dos bombeiros portugueses”, adiantou o presidente da LBP lembrando que “ os bombeiros não são da ANPC mas que a ANPC é que é dos bombeiros”.

As comemorações do 125.º aniversário dos Voluntários de Soure ficaram assinaladas por diversos momentos, nomea-damente, a atribuição da fénix de honra pela LBP, a inaugura-ção de uma ambulância de transporte de doentes adquiri-da pela instituição, a inaugu-ração de uma viatura especial (VETA) remodelada com o apoio dos próprios bombeiros, a entrega de lembranças a en-

tidades e particulares que têm apoiado a Associação, uma homenagem póstuma ao co-mandante José Jorge, a passa-gem ao Quadro de Honra do bombeiro de 3.ª João Canelas, a entrega de condecorações e a promoção de 18 novos ele-mentos a bombeiros de 3.ª. Neste caso, foram promovi-dos, a Tânia Meireles, a An-dreia Gabriel, o Luís Silva, a

Patrícia Martins, o Pedro Le-bre, o Filipe Pereira, o Daniel Duarte, o Carlos Filipe, a Sara Almeida, o Alexandre Silva, o Tiago Nunes, a Soraia Rainho, a Filipa Pimentel, o Pedro Al-meida, o Ricardo Duarte, o Fernando Claro, o Eduardo Cardoso e o Luís Nunes.

Entre as medalhas da LBP, destaquem-se as entregues ao subchefe Jorge Carvalho (De-

dicação), ao subchefe Jorge Serrano (Assiduidade 20 anos) e ao bombeiro de 1ª Nuno Pin-to (Assiduidade 15 anos).

Durante a sessão solene foi também assinado pelas dire-ções e comandos dos Voluntá-rios de Soure e de Fafe um acordo de geminação, justifica-do pelo facto das duas entida-des terem completado 125 anos de vida e também baseado no

especial relacionamento exis-tente entre ambas.

A sessão foi presidida pelo presidente da Câmara de Sou-re, Mário Jorge Nunes, contou com as presenças, do presiden-te da LBP, do Diretor Nacional de Bombeiros da ANPC, Pedro Lopes, do CADIS, CODIS e se-gundo CODIS Coimbra, respeti-vamente, António Ribeiro, Car-los Luís Tavares e António Oli-veira, pelo presidente e pelo vice-presidente da Federação de Bombeiros de Coimbra, co-mandantes António Simões e Fernando Jorge, pelo capelão da Associação, arcipreste José Cunha, acolhidos, pelo presi-dente da assembleia-geral, João Gouveia, pelo presidente da direção, Helder Carvalho, pelo comandante João Paulo Contente, acompanhados dos restantes membros dos órgãos sociais e comando.

Destaque ainda para a pres-tação da Fanfarra dos Bombei-ros Voluntários de Soure e para o facto de, no início da sessão solene, terem tocado e contado o Hino dos Bombeiros Portu-gueses de forma exímia.

SOURE

Presidente da LBP promete não desisitir da isenção de taxas

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25NOVEMBRO 2015

26 NOVEMBRO 2015

O presidente da direção An-tónio Salema e o adjunto de comando João Paixão

assumem o papel de cicerones numa visita guiada à Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários de Torre de Moncorvo. As áreas associativas do edifício sede exibem uma profusão de imagens revelam rostos e mo-mentos importantes dos 82 anos de história, que servem, certamente, de inspiração atuais dirigentes e bombeiros, determinados em engrandecer a obra dos antepassados.

“Esta é uma casa estável, sem problemas” afiança o presi-dente, não obstante “um ou ou-tro problema” que pontualmen-te surge, mas que direção e co-mando tem conseguido dirimir. A mais recente crise provocada pela quebra do número de ser-viços de transportes de doentes, a principal fonte de receita da instituição, abanou a estrutura, impôs alguns “apertos”, mas não atirou ninguém para o de-semprego, destaca o dirigente,

dando conta que a associação “já dá emprego a cerca de 30 pessoas”.

Fala com mágoa da falta de oportunidades para os mais jo-vens, da crescente vulnerabili-dade do interior do país, cada vez mais despovoado, com claro prejuízo para as associações de bombeiros voluntários, que en-frentam crescentes dificuldades em renovar as suas fileiras, sen-do que quem fica – a população mais idosa – carece de mais cui-dados e de mais apoio.

“A emigração está a dificultar o processo de recrutamento, o que constitui uma enorme preo-cupação. Nós já perdemos uma dúzia de bombeiros com a cer-teza que não vamos conseguir preencher estas vagas”, assina-la António Salema, defendendo que a tutela e as autarquias de-viam criar linhas de incentivo, para que os bombeiros não con-tinuem a ser forçados a abando-nar os quartéis, a “partir para o estrangeiro ou para litoral” para

TORRE DE MONCORVO

Bombeiros reclamam incentivos ao voluntariadoA Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Torre de

Moncorvo apresenta-se como um projeto consolidado, blindado numa fórmula fechada que não permite erros de calculo. Rigor na

administração e cautela no investimento têm permitido a um grupo de voluntários acrescentar valor e profissionalismo ao

serviço público prestado, há mais de oito décadas, ao concelho, ao distrito de Bragança e ao País.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

procurar emprego, de meios de subsistência.

Ainda assim, o presidente sal-vaguarda “as boas relações ins-titucionais” com a Câmara Muni-cipal de Torre de Moncorvo as-sim como os apoios concedidos que não se cingem a um subsí-dio anual, incluem verbas para colmatar necessidades pon-tuais, o cofinanciamento da Equipa de Intervenção Perma-nente (EIP), o pagamento dos vencimentos de cinco operado-res de central e de um outro grupo de meia dezena de opera-cionais que de verão reforçam o contingente diário e de inverno são destacados para várias ações de prevenção.

António Salema assume que manter as “contas em ordem” sem que nada falta aos bombei-ros é tarefa complexa, que im-plica muito trabalho, entrega e tempo, afiança do alto dos seus quase 30 anos de ligação à as-sociação que começou por ser-vir como soldado da paz e onde também assumiu a estrutura de comando,

“Conheço bem esta realidade e posso afirmar que quem tiver falta de disponibilidade não pode abraçar esta causa. Com prejuízo para a minha família, esta é há já muitos anos a mi-nha segunda casa, mas só as-sim é possível, manter o equilí-brio”, afiança.

Cerca de 60 operacionais ga-rantem o socorro a pouco mais de 8500 pessoas num terreno operacionalmente exigente, como revela o adjunto de co-

mando João Paixão, dando con-ta da forte aposta na formação dos recursos humanos, como na aquisição de equipamentos de proteção e individual e de viatu-ras, investimentos que permi-tem qualificar e ampliar a capa-cidade de resposta do Corpo de Bombeiros.

O quartel inaugurado em 1980 recebeu obras de requali-ficação e ampliação em 2014, 210 mil euros, que permitiu re-novar a fachada do edifício, a construção de uma sala de for-mação, a ampliação dos par-ques de viaturas, a beneficiação das camaratas femininas e ain-da a impermeabilização de par-te do imóvel. O dirigente confi-dencia que a solução arquitetó-nica “não terá sido a mais feliz”, ainda que volvidos 35 anos o complexo se apresente ainda “funcional”.

O futuro traz preocupações, desde logo com a amplamente debatida diminuição do número dos voluntários, contudo João Paixão fala com entusiasmo da nova escola de estagiários que permitirá já no próximo ano “refrescar” o efetivo com uma dúzia de jovens bombeiros, da mesma forma que salienta os trabalho de sensibilização com as unidades locais de ensino que, acredita, permite desper-tar nas crianças o gosto pelas

coisas dos bombeiros que quem sabe os possa levar, mais tarde, a abraçar a causa.

Para complementar este “pis-car de olhos” à comunidade o presidente revela a intenção de reativar a fanfarra, que segun-do defende pode funcionar como uma espécie de antecâ-mara de entrada para o quartel, onde os mais novos possam co-meçar a sentir-se como ele-mentos desta grande família.

Diz o poeta que “o caminho faz-se caminhando”, uma frase

que poderia estar inscrita nas paredes do quartel-sede dos Voluntários de Moncorvo, por-que de alguma forma caracteri-za a imagem que passam para o exterior. Neste município do interior, da designada Terra Quente Transmontana, esta as-sociação ruma ao futuro com passos bem medidos e firmes, sem margem para retrocessos, porque só, assim, é possível responder com competência e celeridade aos apelos das popu-lações.

27NOVEMBRO 2015

“Penso que é necessário que a ANPC comece a ter mais cuidado com

algumas gorduras excedentá-rias, que emagreça e que possa vir mais para os bombeiros”, de-fendeu o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), lembrando que “não são os bombeiros que são da ANPC, é a ANPC que é dos bombeiros” e sublinhando que “não haja dúvi-das sobre esta linha de pensa-mento dos órgãos sociais da LBP.

O comandante Jaime Marta Soares sublinhou que “o papel dos bombeiros é muito impor-tante na construção de uma so-ciedade coletivaco”,não só no socorro mas também nas áreas, cultural, social, ambiental, e até “ na economia, no desenvolvi-mento económico local” perante “a garantia da qualidade de vida e de bem-estar que os bombei-ros também salvaguardam”.

O presidente da LBP falava na sessão solene comemorativa do centenário da Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários de Santa Comba Dão realizada na Casa da Cultura lo-cal.

Na oportunidade aquele diri-gente fez também referência elogiosas ao antigo comandan-te do corpo de bombeiros, Rui Santos, como “um dos nossos melhores”, também “um grande comandante de bombeiros que

conheci durante muitos anos” e “uma referência dos bombeiros do distrito de Viseu e de Portu-gal”.

Durante a sua intervenção, o presidente da direção, António Fernandes, passou em revista as diferentes etapas dos cem anos vividos na Associação e a terminar anunciou estar em curso uma candidatura a verbas comunitárias para a ampliação e adequação do quartel e ainda outra para a obtenção de uma viatura urbana de combate a in-cêndios.

Durante a sessão solene pro-cedeu-se à entrega de meda-lhas de assiduidade da LBP. No caso, de 25 anos, grau ouro, re-

ceberam, o adjunto de coman-do, Pedro Batista, o bombeiro de 2.ª, José Manuel Corveira, e o presidente do conselho fiscal, António Maria Matos, e de 20 anos, o subchefe Jorge Batista,

o bombeiro de 2ª Luis Miguel Pais, o bombeiro de 3.ª João Carlos Jesus, o presidente da direção António Fernandes, o vice Albino Pinto e o secretário do conselho fiscal João Alberto Martins.

A medalha de assiduidade re-lativa a 15 anos foi entregue aos subchefes, Manuel Morais, Pedro Louro, António Saiago, André Costa, o bombeiro de 2.ª Nuno Marques, o bombeiro de 3.ª António Manuel Cordeiro, o vice-presidente da assembleia--geral Feliciano Lima, os primei-ro e segundo secretários da di-reção, Elói Ribeiro e Sérgio Fer-reira, e o secretário da assem-bleia-geral Fernando Magueta.

Com a medalha de 10 anos foram distinguidos, o adjunto de comando Rui Pedro Morais, o subchefe Luís Filipe Pinto, os bombeiros de 2.ª, César San-tos, António Matos, Ricardo

Santos, Cláudio Zuzarte, Nuno Marques e Sérgio Cordeiro, e os bombeiros de 3ª, Carla Martins e João Manuel Soares.

A medalha de assiduidade da LBP, 5 anos, foi entregue, ao te-soureiro João Carlos Coelho, e aos bombeiros, de 2.ª, João Costa, Márcio Benedito, João Morais, Flávio Coelho, Rui Bran-quinho, Filipe Lopes, Sérgio Oli-veira, António Costa, e de 3.ª, Cristina Tomás, Sandra Santos, João Pedro Costa, Lúcia Dias, Bruno Esteves e Joaquim Ma-tos.

A sessão solene foi presidida pelo secretário de Estado da Administração Interna, João Al-meida, na presença, do presi-dente da LBP, do presidente da

Câmara Municipal de Santa Comba Dão, Leonel Gouveia, do Diretor Nacional de Bombeiros da ANPC, Pedro Lopes, dos pre-sidentes das federações distri-tais de bombeiros de Viseu e Coimbra, José Amaro e coman-dante António Simões, do presi-dente da Assembleia Municipal, Paulo Lemos, do CADIS da ANPC, António Ribeiro, do CO-DIS e segundo CODIS de Viseu da ANPC, Lúcio Campos e Rui Nogueira, acolhidos pelo presi-dente da assembleia-geral, João Couto Martins, pelo presi-dente da direção, António Fer-nandes, pelo comandante Hel-der Mota, e restantes elemen-tos dos órgãos sociais e do co-mando.

SANTA COMBA DÃO

Presidente da LBP lembra que bombeiros não são da ANPC

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O 68.º aniversário da Asso-ciação Humanitária de

Bombeiros Voluntários de Mou-ra ficou marcado por diversos actos de grande significado. Desde logo, a atribuição pelo vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Rodeia Machado, do crachá de ouro da confederação ao co-mandante do Quadro de Honra (QH), Francisco José Ferreira Oliveira dos Santos.

O programa de aniversário incluiu ainda o descerramento de duas placas toponímicas as-

sociadas aos bombeiros. A pri-meira, Rua Alfredo Raposo Mas-sapina, homenageia o primeiro presidente dos Voluntários de Moura, e a segunda, Rua João Ramos Mendes Fialho, homena-geia um bombeiro fundador.

Antes, decorreu a sessão so-

lene, durante a qual se proce-deu à entrega das medalhas de QH, ao comandante Francisco Santos, ao segundo comandan-te João Patronilho, e aos bom-beiros de 2.ª, António Ganchi-nho e Paulo Pato.

No âmbito das medalhas de

assiduidade, com a de 15 anos foram distinguidos, o adjunto de comando António Batista, o subchefe Herculano Franco e o bombeiro de 1.ª Carlos Albar-deiro, e com a de 5 anos, o bombeiro de 3.ª Luís Vidal.

A sessão contou também

com as presenças, do presiden-te da Federação de Bombeiros do Distrito de Beja, Domingos Fabela, e do comandante distri-tal de operações de socorro da ANPC, tenente-coronel Vitor Cabrita, além de autarcas, ór-gãos sociais e familiares e ami-gos dos bombeiros.

Refira-se que na cerimónia de içar das bandeiras foi tam-bém hasteada a de certificação da qualidade ISSO 9001:2008, encontrando-se a Associação também certificada com a ISSO 50001:2012.

MOURA

Crachá e toponímia no aniversário

28 NOVEMBRO 2015

O Corpo de Bombeiros Muni-cipais de Coruche comemo-

rou recentemente o seu 87.º aniversário com diversos atos, com destaque para a atribuição do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) ao chefe Manuel Luís de Maga-lhães Coelho e ao bombeiro de 1.ª Luís Miguel Cardoso Carva-lho.

As cerimónias, presididas pelo presidente da Câmara Mu-nicipal de Coruche, Francisco Oliveira, contaram ainda com as presenças, do comandante do corpo de bombeiros, Luís Fonseca, do vice-presidente da LBP, comandante Adelino Go-mes, do comandante operacio-nal distrital de Santarém da ANPC, Mário Silvestre, do presi-dente da Federação de Bombei-ros do Distrito de Santarém, co-mandante Carlos Gonçalves,

dos restantes membros do exe-cutivo municipal e outros autar-cas, do vice-presidente da ANBP, João Afonso, e do co-mandante do Destacamento da GNR, capitão Nobre.

No âmbito das promoções, a oficial bombeira estagiária Lur-des Conceição Monteiro da Fon-seca ascendeu a oficial bombei-

ra de 2.ª e foram ainda promo-vidos a bombeiros de 3.ª, Lilia-na Sofia Louro Morais, Leonardo Grangeio Muniz e Teresa Isabel Batista Rita.

Com a medalha de 30 anos de dedicação municipal, grau ouro, foi distinguido o bombeiro de 2.ª Manuel Coelho, e com as de 20 anos de assiduidade e

CORUCHE

Municipais com novos bombeiros e viaturas

serviço e bom comportamento, grau ouro, respetivamente, o chefe Manuel Magalhães Coelho e o bombeiro de 2.ª Carlos Fer-reira. Com a medalha municipal de 10 anos de assiduidade, grau prata, foram contempla-dos, o subchefe Humberto Gal-vão e o bombeiro de 3.ª Hugo Barroca.

A medalha de assiduidade da LBP relativa a 15 anos foi entre-gue aos bombeiros de 3.ª, Hel-der Malta e Octávio Carvalho, e à oficial bombeira de 2.ª Lurdes Fonseca. As medalhas de assi-duidade de 10 anos (LBP e Mu-nicípio) foram atribuídas aos bombeiros de 3ª, Rui Carvalho e Hugo Barroca e as de 5 anos

aos bombeiros de 3ª, Cármen Bacalhau, Marc Grafanhete, Mi-guel Felismino, Ana Rita Si-mões, Afonso Santos, Ruben Loureiro, André Coelho, Raul Si-mões e Sérgio Rodrigues.

O programa comemorativo incluiu ainda a inauguração de novos equipamentos: um veí-culo escada adquirido pelo Mu-nicípio, a entrega de uma nova ambulância de socorro do INEM, para substituição de ou-tra acidentada em maio último com perda total, uma nova am-bulância de transporte de doen-tes e um conjunto de bicicletas para dar cumprimento ao pa-trulhamento de proximidade, e ainda um grupo gerador rebo-cável obtido através de candi-datura a verbas comunitárias promovida por três federações distritais de bombeiros em que se incluía a de Santarém.

Um conjunto alargado de promoções marcou a come-

moração do 84º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém. Em primeiro lugar, a promoção a bombeiro de 3ª de quatro estagiárias, Rute Azevedo, Carla Coutinho, Tânia Gonçalves e Inês Costa. Depois, a promoção a bombei-ro de 2ª, de António Moreira, Nuno Duarte, Paulo Jorge San-tos, Nuno Monteiro, Marta Sil-va, Diana Sequeira, Bruno Pi-res, Vitor Almeida, Miguel Pe-reira, Diana Afonso, Paulo An-tunes, Pedro Costa, Luís Pedro,

Ana Lavrador, Ricardo Pedrosa, Dércio Santos e António Men-des, e a subchefes, a Sónia Monteiro, Ricardo Coelho, José Alves, Sandro Salvador, Isabel Ribeiro, José Peres e António Carvalho.

Entre as distinções entre-gues destaque para a medalha de 30 anos grau ouro da Câma-ra de Sintra, atribuída ao bom-beiro de 2.ª Paulo Cláudio, e ao de 3.ª Manuel Sá, para a me-dalha de 25 anos de dedicação grau ouro da Liga dos Bombei-ros Portugueses (LBP), atribuí-da ao chefe Francisco Marinhei-ro e aos bombeiros de 3.ª, José

Nunes dos Santos e João Lou-reiro e as medalhas de 20 anos da LBP, Associação e Câmara de Sintra ao bombeiro de 3.ª José António Peres.

A secção desportiva proce-deu à entrega à direção e ao co-mando de diverso material de socorro adquirido com as recei-tas obtidas em diversas ativida-des do corpo de bombeiros.

A sessão solene foi presidida pelo presidente da Assembleia Municipal de Sintra, Domingos Quintas, e contou também com as presenças, do representante da LBP, Rama da Silva, do co-mandante distrital da ANPC,

Carlos Mata, do representante da Federação de Bombeiros de Lisboa, comandante Moreira Vi-cente, do presidente da União de Freguesias de Agualva e Mira Sintra, Carlos Casimiro, em representação das juntas de freguesia da área de atua-ção dos Bombeiros de Agualva--Cacém, acolhidos pelo presi-dente da assembleia-geral, An-tónio Rodrigues, do presidente da direção, Luís Silva, da presi-dente do conselho fiscal, Rosá-rio Realinho, do comandante Luís Pimentel e restantes mem-bros dos órgãos sociais e do co-mando.

AGUALVA-CACÉM

Promoções marcam 84. º aniversário

A Secção Destacada dos Altares dos Bombeiros Voluntários de Angra do

Heroísmo (Açores), comemorou, recen-temente, 25 anos de existência.

Nas diversas festividades e ativida-des desenvolvidas para assinalara a efeméride destacam-se, a entrega de lembranças aos bombeiros pioneiros deste destacamento dos Voluntários de Angra do Heroísmos, a intervenção do presidente da direção da associação, Ál-varo Carepa, que agradeceu aos “fun-dadores” bem como aos operacionais que garantem “a eficácia e a operacio-nalidade” desta unidade destacada no serviço prestado aos “habitantes da zona norte da Ilha Terceira”, sublinhan-do, ainda “a necessidade urgente de

obras de requalificação e ampliação do quartel, que permitam garantir condi-ções de operacionalidade e de comodi-dade aos bombeiros”.

José Gabriel Meneses, presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroís-mo, na sua intervenção agradeceu o “exemplar empenho”dos elementos deste corpo de bombeiros aquando das fortes chuvadas que fustigaram a cida-de no início do passado mês de setem-bro”.

“Nunca vi atuação tão rápida, eficaz e exemplar”, disse o autarca, anunciando que “a câmara municipal já dispõe de verba para a obra de alteração e am-pliação da Secção Destacada dos Alta-res” reiterando disponibilidade para

“colmatar ou ajudar” os bombeiros a suprir as sua necessidades.

Na sua intervenção, o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, capitão José António Oliveira Dias, manifestou satis-fação e reconhecimento pelo “exemplar desempenho” dos Voluntários de Angra do Heroísmo, da mesma força que se mostrou disponível para continuar a co-laborar a associação nomeadamente na concretização do projeto de requalifica-ção da secção dos Altares.

De salientar, o trabalho desenvolvido pelos elementos da comissão das festi-vidades que promoveram algumas ati-vidades para assinalar a efeméride, no-meadamente “Jogos sem Fronteiras”

entre os corpos de bombeiros da Tercei-ra e uma vacada, iniciativas que mobili-zaram a comunidade local e as indivi-dualidades convidadas.

Registe-se que o quartel de Altares é

servido por 24 operacionais apoiados uma ambulância de socorro, uma outra de transporte múltiplo e ainda um Pron-to-Socorro Médio (PSM) e um veículo de Transporte de Pessoal Ligeiro (TPL).

ANGRA DO HEROÍSMO

Secção dos Altares assinala 25 anos de existência

29NOVEMBRO 2015

A Associação Humanitária de Bom-beiros Voluntários de Favaios, co-

memorou no passado dia 25 de outu-bro o seu primeiro centenário e acolheu também no concelho a comemoração do Dia Distrital dos Bombeiros de Vila Real.

Na ocasião, a Associação foi home-nageada tendo o seu estandarte rece-bido a fénix de honra da Liga dos Bom-beiros Portugueses (LBP), em cerimó-nia singela liderada pelo presidente da confederação, comandante Jaime Mar-ta Soares.

Associou-se à festa um conjunto sig-nificativo de entidades, acolhidas pelo presidente da direção Joaquim Barros e restantes órgãos sociais, comando e corpo de bombeiros, incluindo, o presi-dente da Câmara Municipal de Alijó,

Carlos Magalhães, o deputado à As-sembleia da República, Pedro Pimentel, o presidente da LBP já referido, o dire-tor nacional de bombeiros da ANPC, José Pedro Lopes, Álvaro Ribeiro, co-mandante distrital de Vila Real da ANPC, o comandante distrital de Bra-gança, o presidente da federação do distrito de Vila Real, José Pinheiro, e os presidentes e os comandantes das 24 associações do distrito, outras entida-des civis e militares, bombeiras e bom-beiros do distrito, associados e popula-ção.

As comemorações iniciaram-se cedo com o hastear das bandeiras, seguin-do-se a missa na igreja matriz de Fa-vaios, celebrada pelo Padre Pinto.

Seguiu-se a romagem ao cemitério local, onde foi colocada uma coroa de

flores em honra dos falecidos e uma lá-pide ao mais recente órgão social fale-cido (Tó Quim).

Entretanto, realizaram-se as promo-ções no corpo ativo dos Bombeiros de Favaios bem como a entrega de conde-corações pelas entidades presentes.

Iniciou-se depois a sessão solene co-memorativa do centenário, tendo como primeiro orador o presidente da dire-ção, que falou dos acontecimentos vivi-dos ao longo dos 100 anos da Associa-ção. Associação que, lembrou, “foi a primeira do século XX no distrito de Vila Real, sendo a sétima mais antiga do mesmo. Seguiram-se os restantes ora-dores.

Na oportunidade, além da Fénix de honra da LBP, a Associação foi também galardoada com a medalha de ouro de

proteção e socorro, grau ouro, do Mi-nistério da Administração Interna.

Após o almoço decorreu o Dia Distri-tal do Bombeiro com a presença das 24 associações do distrito formando uma moldura humana que jamais será es-quecida.

Após breves intervenções iniciou-se o desfile apeado e motorizado, ao som da Fanfarra dos Bombeiros da Cruz Branca de Vila Real.

“Foi digno de ver tanto homem e tan-ta mulher, a marcharem lado a lado de-monstrando a vontade férrea que existe nos bombeiros voluntários de mostra-rem que estão sempre unidos para aju-darem os outros” lembrou a propósito o presidente dos Voluntários de Favaios, Joaquim Barros.

Na sua intervenção aquele dirigente

sublinhou que, “nada há de mais gratifi-cante – e esperamos que isso defina também o nosso caráter – do que mirar o futuro com noção do passado e entre-ga total às difíceis tarefas do presente”, lembrando que ”a nortear o nosso pas-sado, o nosso presente e o nosso futuro – uma constante – o serviço às popula-ções – a defesa do património – a defe-sa da vida e da saúde – o exercício do socorro, a entreajuda – a convivialidade entre iguais – a festa – o bem geral”.

Lembrando a importância da data, 25 de outubro de 2015, Joaquim Barros terminou desejando que “possam os fi-lhos dos nossos filhos dizer, prosseguin-do a história, que seus pais e avós sou-beram dignificá-la, dar-lhe soluções, desatar-lhe os nós, desbravando cami-nhos novos e dos velhos cuidando”.

FAVAIOS

Fénix de honra no centenário

As comemorações do 122.º aniversário da As-sociação Humanitária de Bombeiros Voluntá-

rios de Paço de Arcos, Oeiras, foram marcadas pela posse do novo comandante do corpo de bombeiros, Ricardo Ribeiro, e pela atribuição do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugue-ses (LBP) ao segundo comandante José Luís dos Santos Pinto, ao adjunto de comando, Sérgio Lu-cas Duarte, e ao subchefe Francisco Manuel Go-mes Silva. Para a entrega desta distinção, o re-presentante da LBP convidou o comandante dis-trital de socorro de Lisboa da ANPC, Carlos Mata, e o vice-presidente da Federação de Bombeiros de Lisboa, comandante Pedro Araújo.

Antecedendo a sessão solene, procedeu-se à inauguração de duas novas ambulância de trans-porte múltiplo (ABTM) adquiridas pela institui-ção, uma mota de água, oferecida pelo benemé-rito Manuel Pereira, duas bicicletas especiais uti-lizadas no patrulhamento estival de proximidade na linha de costa entre Caxias e a Praia da Torre, comparticipadas pela União de Freguesias de Paço de Arcos, Oeiras e Caxias, e um veículo para transporte de doentes VDTD obtido através do Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Oeiras.

Durante a sessão, foram prestadas homena-gens aos associados mais antigos, ao anterior

comandante Luís Filipe, pelos 40 anos de bom-beiro e 15 dos quais no comando, ao responsável pela secção náutica, Élio Alves, e a título póstu-mo, ao vereador municipal Ricardo Pinto e ao elemento dos Voluntários de Carcavelos José Moreira, com 4 familiares bombeiros em Paço de Arcos.

No âmbito das medalhas, foram entregues as distinções de 20 anos LBP e da Associação e Câ-mara de Oeiras, ao bombeiro de 2..ª José Carlos Lisboa e, a de 15 da LBP, aos bombeiros Luís Gonçalves (2..ª) e João Carlos Vieira (3ªSN).

Por 10 anos de serviço, LBP e Associação, fo-ram distinguidos, o subchefe José Manuel Costa

Matos, o bombeiro de 2.ª Tiago Santos e os bom-beiros de 3.ª, Luísa Alves e Andreia Laurentino. As medalhas de 5 anos, LBP e Associação, foram entregues aos bombeiros, António Moreira (2.ª) e Patrícia Rodrigues e Rui Pedro Nunes (3.ª).

A sessão solene contou ainda com a presença dos deputados à Assembleia da República, Ar-mando Soares e Eurenice Pereira, do vereador da Câmara de Oeiras, Daniel Branco, do presi-dente da União de Freguesias, Nuno Campilho, acolhidos pelos presidentes, da assembleia-geral e direção, respetivamente, Angelo Pereira e Tia-go Fernandes, e restantes elementos dos órgãos sociais e do comando.

PAÇO DE ARCOS

Novo comandante e crachás de ouro

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30 NOVEMBRO 2015

em novembro de 1995

O presidente da direção da Associação Humanitária de

Bombeiros Voluntários de Ama-res, José Antunes Gonçalves, foi distinguido com o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). A entrega foi feita com a participação do vogal do conselho executivo da LBP, comandante José Morais, durante a sessão solene come-morativa do 106.º aniversário da Associação e 15.º da inaugu-ração do actual quartel.

Na mesma ocasião foram en-tregues mais dois crachás de ouro, a dois subchefes do Qua-dro Auxiliar, Alberto Manuel da Cunha Victoriano e Joaquim de Macedo.

No caso do presidente José Gonçalves, a distinção destina--se a homenagear o percurso

realizado, desde a entrada no corpo de bombeiros em 1973, a passagem para a direção em 94 como vice e, entre 98 e a actua-lidade, o desempenho como presidente da direção e todo o trabalho realizado, nomeada-mente, a inauguração do quar-tel em 2000, a modernização do parque de viaturas e a cria-ção de diversas secções espe-cializadas no corpo de bombei-ros.

Também como símbolo de todo esse percurso, os Bombei-ros de Amares apresentaram a sua primeira ambulância, “VW Pão de Forma”, totalmente re-cuperada após ano e meio de trabalho e 15 mil euros de in-vestimento nessa tarefa. Na oportunidade, o presidente agradeceu o empenhamento do

corpo de bombeiros nesse res-tauro e, em particular, ao bom-beiro Armindo Fernandes, que apontou como o verdadeiro mentor da ideia.

José Gonçalves fez o balanço de “muitos anos de sacrifício e de lutas árduas para dar mais e melhores condições à corpora-ção” e o comandante interino e segundo comandante, Jorge Silva, prestou “homenagem a todos aqueles que nunca olham para trás quando são chama-dos” e apelou “para que conti-nuem a trabalhar como têm fei-to até agora e a escrever a pá-gina dos Bombeiros com méri-to”.

O presidente da Câmara Mu-nicipal de Amares, Manuel Mo-reira, saudou a Associação “como uma instituição de refe-

AMARES

Distinções em dia festivo

rência,” lembrando que “neste percurso, onde houve com cer-teza muitas dificuldades, a ins-tituição soube superar com muita dedicação graças a mui-tas pessoas que contribuíram para a evolução desta causa”.

Durante a sessão solene fo-ram entregues várias meda-lhas, nomeadamente, a de de-dicação, 25 anos, da LBP, ao adjunto Domingos Ferreira, a de assiduidade por 20 anos, ao subchefe Adelino Pereira, ao bombeiro de 2ª, Jorge Dias, e aos bombeiros de 3ª, António Sousa, João Carneiro, José Viei-

ra, Manuel Fonseca e Armindo Fernandes.

Com a medalha de assiduida-de da LBP, 15 anos, foram dis-tinguidos, o bombeiro de 1.ª Miguel Pereira, e os bombeiros de 2.ª, Orlando Vieira, Rita Cos-teira, Paulo Tinoco e Domingos Silva, com a de 10 anos, o bom-beiro de 1.ª Nuno Barros, os bombeiros de 2.ª, Alexandra Ferreira, Pedro Lopes, Daniela Mota, José Soares, e os de 3.ª, Hortelinda Silva, Eduardo Fer-nandes e Samuel Martins.

Por fim, com a medalha de assiduidade, cobre, da LBP rela-

tiva a 5 anos, foram contempla-dos os bombeiros de 3.ª, Olga Madeira, Ana Janela, Luis Vieira Elsa Cunha e Eugénia Rodri-gues.

As comemorações contaram também com as presenças, além dos citados, do presidente da assembleia-geral, João de Barros, do comandante opera-cional distrital da ANPC, Hercílio Campos, do vice-presidente da Federação de Bombeiros de Braga, comandante Norberto Pereira, entre os restantes ór-gãos sociais, autarcas, amigos e familiares dos bombeiros.

A homenagem aos dirigentes e aos bombeiros pela assiduidade e serviços prestados à Asso-

ciação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vinhais marcou as comemorações do 80.º aniver-sário daquela instituição.

Com a medalha de assiduidade e bons e efeti-vos serviços prestados à causa dos bombeiros, grau ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), 25 anos, foram distinguidos, o presidente da assembleia-geral e também presidente da Câ-mara Municipal de Vinhais, Américo Jaime Afonso Pereira, e o secretário do mesmo órgão, António Manuel Rodrigues.

Com a medalha dos 20 anos foram contempla-dos, o presidente da direção, José Humberto Mar-tins, o vice, Luís António Gomes Alves e o secre-tário do conselho fiscal, Belmiro Evangelista Cor-reia. E, com as medalhas dos 15 e dos 10 anos, respetivamente, foram distinguidos, o tesoureiro, Manuel Isaías Santos Borges, e a vogal da dire-ção, Maria Isabel Borges Silva.

A medalha de assiduidade, grau ouro da LBP, 25

anos, foi também atribuída, ao subchefe João Claudino Alves Vaz, e aos bombeiros de 1.ª, Jorge dos Santos e Carlos Faustino Fernandes Rodrigues.

Com as medalhas de 20 e 15 anos, respetiva-mente, foram contemplados, o segundo coman-dante Valdemar José da Silva Rodrigues e a bom-beira de 2.ª Adelaide Maria Guedes Fernandes, e os bombeiros de 2.ª Nuno Miguel Pires Tavares e Nuno Miguel Guedes Gomes.

A medalha dos 10 anos de assiduidade foi en-tregue aos bombeiros de 2.ª, Ricardo Filipe Gon-çalves, Armindo Afonso, Marisa Isabel Rodrigues, Solange Guedes e Ricardo Afonso, e a de 5 anos, à bombeira de 2.ª Nádia Gomes, e aos bombeiros de 3ª, Manuel José Rodrigues, Roberto Pires, Paula Gomes, Georgeta Santos e Carlos Tavares.

Após a cerimónia de imposição das medalhas decorreu a romagem ao cemitério, a missa na Igreja de Nossa Senhora da Conceição e, no final, o jantar de confraternização.

Participaram nas cerimónias, além dos órgãos sociais, familiares e amigos dos bombeiros, o vo-gal do conselho executivo da LBP, comandante José Fernandes, o presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Bragança, Diamantino Mário Soeiro Lopes, o comandante operacional distrital da ANPC, João Noel Afonso, o vice-presi-dente da Câmara, Luís Fernandes, e o presidente da Junta de Freguesia de Vinhais, Luís Gonçalves.

VINHAIS

Homenagem a dirigentese bombeiros

31NOVEMBRO 2015

ANIVERSÁRIOS1 de dezembroBombeiros Voluntários de Sines . . . . . . . . . .72Bombeiros Voluntários de Tarouca . . . . . . . .413 de dezembroBombeiros Voluntários de Fornos de Algodres . . . . . . . . . . . . . . . .675 de dezembro Bombeiros Voluntários de Freixo de Espada à Cinta . . . . . . . . . . . .88Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Paiva . . . . . . . . . . . . . . . . .40Bombeiros Voluntários de Sendim . . . . . . . .356 de dezembroBombeiros Voluntários de Valadares . . . . . .1017 de dezembroBombeiros Voluntários de Ourique . . . . . . . .388 de dezembroBombeiros Voluntários de Rio Maior . . . . . .123Bombeiros Voluntários de Murça . . . . . . . . .8710 de dezembroBombeiros Voluntários da Batalha . . . . . . . .3811 de dezembroBombeiros Municipais de Gavião . . . . . . . . .6812 de DezembroBombeiros Voluntários Lisbonenses . . . . . .105Bombeiros Voluntários de Ribeira Brava . . . .2913 de dezembroBombeiros Voluntários de Arronches. . . . . . .3615 de dezembroBombeiros Voluntários de Vila Nova de Oliveirinha . . . . . . . . . . . . .81

16 de dezembroBombeiros Municipais de Abrantes . . . . . . .15517 de dezembroBombeiros Voluntários de Viatodos. . . . . . . .33Bombeiros Privativos do Meridien – Porto . . .2919 de dezembroBombeiros Voluntários de Figueira da Foz . .133Bombeiros Voluntários de Portalegre . . . . .117Bombeiros Voluntários de Ansião . . . . . . . . .58Bombeiros Voluntários de Portel. . . . . . . . . .3620 de dezembroBombeiros Voluntários de Anadia . . . . . . . . .82Bombeiros Voluntários de Vila Verde . . . . .10222 de dezembroBombeiros Voluntários de Alfândega da Fé. . . . . . . . . . . . . . . . . . .8225 de dezembroBombeiros Voluntários de Vila Pouca de Aguiar . . . . . . . . . . . . . . .9826 de dezembroBombeiros Voluntários de Bombarral . . . . . .9127 de dezembro Bombeiros Voluntários de Fão . . . . . . . . . . .9029 de dezembroBombeiros Voluntários de Moimenta da Beira. . . . . . . . . . . . . . . . .87Bombeiros Voluntários de Montalegre . . . . . .6630 de dezembroBombeiros Voluntários de Pedrouços . . . . . .3431 de dezembroBombeiros Voluntários Tirsenses . . . . . . . . .86

Fonte: Base de Dados LBP

O Bombeiro que adotou por lema vida por vida, vai a

qualquer hora do dia ou da noi-te, deixando o aconchego do seu lar, valer a quem carece dos seus préstimos, e sente-se con-tente e satisfeito consigo próprio quando vê o dever cumprido.

E quantos deles perdem a vida em holocausto à vida do seu semelhante, amigo ou des-conhecido, ou adquirem uma doença que os impossibilita de continuar a dar o seu esforço para conseguir a sua manuten-ção e dos seus.

O Bombeiro quando se alista voluntariamente na sua corpora-

ção, sabe de antemão os riscos que terá de suportar e, por isso mesmo mais digno é o nosso respeito e a admiração. Auxilia--lo quando ele necessita de aju-da é um dever que a nós pró-prios se impõe e que não pode-mos nem devemos regatear.

Nesta altura em que a Asso-ciação de Bombeiros da minha terra comemora mais um ani-versário da sua fundação, não podia deixar de patentear aqui a minha simpatia e a minha grati-dão para os seus abnegados sol-dados da paz, que tudo dão e nada pedem.

As minhas linhas que aqui fo-

cam podem ser pobres que o são! Mas são sinceras pois o seu propósito tem por fim prestar homenagem a quem delas é me-recedor. Parafraseando João Apóstolo, nós te saudamos Se-nhora, porque os teus filhos per-manecem firmes na fé humani-tária.

Bem haja, Póvoa de Varzim terra de Bombeiros e de Portu-gueses.

(Poema escrito por um muní-cipe poveiro a propósito do re-cente 138.º aniversário da Asso-ciação Humanitária dos Bombei-ros Voluntários de Póvoa de Var-zim)

Poema aos Bombeiros da Póvoa de Varzim

Há dias, momentos e factos que nunca se esquecem. E

os incêndios florestais que em Agosto de 1995 assolaram grande parte do Ribatejo Norte, nomeadamente os concelhos de Mação e Sardoal, mas também Abrantes, a prevenção, a estra-tégia de combate, o combate, a logística, a coordenação, fica-ram-nos para sempre na me-mória. O comandamento local esse esteve sempre bem asse-gurado e garantido, sem moti-vos para reparos.

Apesar do concelhos de Ma-ção e do Sardoal, há muito te-rem investido na prevenção dos incêndios florestais nas suas vastas áreas de pinhal, com a abertura de muitos e largos aceiros e instalação de muitos pontos de água, mesmo assim aqueles dias foram um autênti-co inferno naqueles concelhos.

Eu que nunca fui bombeiro de farda - nessa altura era Presi-dente da Direcção dos Bombei-ros Voluntários Torrejanos e si-multaneamente Vice-Presiden-te da Federação dos Bombeiros do Distrito de Santarém que era um órgão da Liga dos Bombei-ros Portugueses – também vivi de perto ali, ao vivo e a cores, a pior noite de incêndios da mi-nha vida, a noite de 14 para 15 de Agosto de 1995, apesar de anteriormente, noutros locais também já ter sentido alguns apertos especialmente quando ia ajudar a distribuir as refei-ções nas frentes de combate. Mas aquela noite nunca esque-cerei.

Ao fim da tarde do dia 14, já com o céu coberto de nuvens de fumo negro em todo este Ri-batejo Norte, estava eu ainda a trabalhar no meu emprego, no Crédito Predial Português que Deus tem, no Entroncamento, quando recebo uma chamada

do Comandante dos Bombeiros Municipais de Abrantes – Joa-quim Chambel – a pedir se eu podia arranjar latas de sumo de fruta para serem distribuídas pelos Bombeiros no terreno. Só perguntei quantos eram os Bombeiros ao que me foi res-pondido que seriam cerca de 300. Logo me dirigi a um arma-zém de mercearias para com-prar 600 latas de sumo como ele tinha pedido. Arrumei-as no meu carro, fui jantar e comecei a pensar como seria o melhor trajecto. Mas entretanto recon-siderei e entendi que as tais 600 latas seriam uma gota de água para tanta gente. Fui ao Modelo e comprei outras 600. Já era uma quantidade razoá-vel. Só que o carro é que já não aguentava tanto peso. Por isso contactei um colega da Direc-ção dos BV Torrejanos, o Gas-par, e pedi-lhe que trouxesse a sua carrinha Ford para fazer o transporte daquela mercadoria. Assim foi. E lá fizemos a viagem em companhia do Carlos Pepe e do Vitorino, todos da Direcção dos Bombeiros Torrejanos.

Quando começámos a chegar perto, as chamas eram imensas por todo o lado e o cheiro a queimado ainda pior. A certa al-tura a GNR não nos queria dei-xar passar, mas depois de expli-carmos ao que íamos, lá nos deram permissão e muitos con-selhos para fugirmos ao perigo.

A primeira paragem foi no Monte Cimeiro, concelho do Sardoal, onde estava instalado um Posto de Comando Avança-do. Estavam ali os Comandantes dos Municipais de Alcanena e do Gavião, Alberto Moiteiro e Joa-quim Pereira. Ali deixámos algu-mas paletes dos sumos e então fomos informados que o Posto de Comando estava montado em Mação junto ao Quartel dos

Bombeiros Voluntários. Lá che-gámos e verificámos que o Co-mando estava entregue ao Co-mandante Moreira Vicente de Linda – a – Pastora a quem en-treguei as restantes paletes. Perguntei pelos Comandantes de Mação e do Sardoal e foi-me dito que estavam no terreno, no combate. O calor ali era imenso. As pessoas eram muitas. Os Bombeiros que estariam em descanso, ou em reserva, amontoavam-se pelas ruas e al-guns queixavam-se de uma cer-ta desorganização acerca da ali-mentação. Ainda cheguei a tem-po de ver o Secretário de Estado Carlos Loureiro que tinha ido ao local, acompanhado pelo Ins-pector Regional Adjunto de Lis-boa e Vale do Tejo Artur Gomes e pelo Comandante dos B.M. de Abrantes. Já estava de saída.

Perguntei como é que o com-bate estava a decorrer e fui in-formado que tudo estava a cor-rer bem, que eles iriam descan-sar um pouco e que de manhã viriam os Canadairs e que com algumas descargas de água o problema ficaria resolvido. Per-guntei ainda como poderia sair dali já que a minha missão es-tava terminada. Sugeriram-me que voltasse pelo mesmo tra-jecto, pelo Monte Cimeiro e as-sim fizemos, só que dali já não pudemos sair.

Estávamos num ponto alto e o fogo via-se por todo o lado e cortava as estradas. Era uma clareira grande onde estavam aparcados, certamente por pre-caução, alguns camiões carre-gados de madeira cortada e pronta para ir para as celuloses ou para a indústria de mobiliá-rio. Mas estavam ali também Bombeiros naquele Posto de Comando avançado. Ali ao lado existia um grande tanque com alimentação local, onde os Auto

Os grandes incêndios de Mação e Sardoal de Agosto de 1995Tanques e os Pronto Socorros se iam abastecer com muita frequência.

A Câmara do Sardoal tinha por ali uma viatura com um tanque de combustível para abastecer as viaturas dos Bom-beiros, coisa rara na altura nes-ta coisa dos incêndios flores-tais. Mas foi uma ferramenta que ajudou muito e depois aca-bou por ser copiada noutros concelhos da região.

Também já ali estava o sau-doso Comandante Mário Nunes dos B.M. de Tomar a encami-nhar e a orientar as colunas que iam chegando de outros Distri-tos.

No princípio da encosta, rela-tivamente perto do tal tanque, havia uma casa de habitação e palheiros anexos, tudo dentro do pinhal cerrado e cheio de mato. Entretanto, por medida de precaução, apesar do fogo naquela altura ainda estar lon-ge, um grupo de Bombeiros pe-diu autorização ao proprietário para que fossem cortados al-guns pinheiros contíguos à sua casa. Resposta pronta: Nem pensar. Por isso os Bombeiros abandonaram o local e entre-tanto o fogo foi subindo a en-costa. Passado algum tempo era o homem que procurava os Bombeiros para então cortarem os pinheiros que quisessem, para que o fogo não lhe chegas-se a casa. E assim foi.

Mas o fogo, traiçoeiro como sempre, apesar de combatido em várias frentes, acabou por chegar perto do tal Monte Ci-meiro. Valeu o facto de um ATTT dos Bombeiros de Re-guengos de Monsaraz, que es-tava a abastecer no tal tanque e que tinha uma linha de água,

de 50mm, engatada, para de-belar o fogo que por ali estava a começar a espreitar. O AC de Alcanena, apesar de estar a tra-balhar para manter as baterias carregadas visto que tinha os rádios a funcionar, teve que ser deslocado do sítio onde estava e o motor foi abaixo e não pe-gou. Teve que ser empurrado para mais longe. Uma carrinha de caixa aberta e com toldo, este ainda foi ligeiramente cha-muscado. Mas o tal carro alen-tejano foi a salvação de tudo aquilo no momento exacto.

Do outro lado da estrada ha-via várias casas e uma tasca. Uma das habitações estava co-berta de mato e de silvas até por cima do telhado. Dizia-se que seria dum emigrante. Foi para ali uma viatura de Castelo Vide por precaução. Mas foi também outra viatura do Sar-doal que quando o fogo ali che-gou deu conta dele com o seu monitor bem direccionado.

A tasca estava fechada certa-mente por precaução. Mas de-pois do fogo ter sido ali contro-lado o estalajadeiro, já a noite ia alta, pôs tudo à disposição dos Bombeiros que por ali pas-savam ou estavam e assim al-guns tiveram possibilidade de matarem a sede e mitigarem a fome que os apoquentava.

Lá em baixo havia outro car-ro do Sardoal a proteger uma pecuária. Mas a água acabou--se-lhes e não havia hipóteses de procurarem reabastecimen-to. Ao lado havia uma horta onde o fogo dificilmente entra-ria. O Comandante José Cura-do, cá de cima, de rádio na mão, e a ver tudo, instruía o seu pessoal para fugirem e dei-xarem o carro na tal horta. E

assim fizeram depois de muito pressionados. O pessoal sal-vou-se e a viatura só sofreu al-gumas queimaduras na sua parte frontal.

Foi de facto uma noite que não consigo esquecer. Já de manhã, com o sol já alto e de-pois de muito trabalho dos Bombeiros, mesmo antes de te-rem chegado os Canadairs, já se começavam então ver bons resultados do combate persis-tente. Mas o pessoal começava a estar de rastos. Lembro-me bem da figura do saudoso Co-mandante Morga dos B. V. do Entroncamento, depois de uma noite inteira de trabalho, com o seu ar cansado mas ao mesmo tempo vitorioso porque no seu sector as coisas estavam a cor-rer bem.

Mas o fogo não acabou na-quele dia. Foram precisos vá-rios dias para que o rescaldo fosse feito e assim evitados os reacendimentos sempre perigo-sos em qualquer lugar, mas muito mais em pinhais, alguns já velhos, com muita manta morta e com declives muito acentuados.

Este fogo de 14 para 15 de Agosto de 1995 foi mais um que não ficou por apagar. Mas o es-forço dos Bombeiros foi enorme como enormes foram os prejuí-zos para a região e também para os Bombeiros que por ali também perderam material. Felizmente não houve desastres pessoais graves a lamentar, pe-sem embora os riscos corridos em muitas alturas da noite e em muitos locais.

(Escrito de acordo com a or-tografia antiga, como é meu uso e costume.)

Carlos Pinheiro

32 NOVEMBRO 2015

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A Crónicado bombeiro Manel

Amigos, andaram aí umas vozes a dizer que também eu tinha sido chamado a Belém

para supostamente ser ouvido pelo Senhor Pre-sidente da República. Por certo uns brincalhões crentes que este vosso amigo serviria de algum préstimo para aconselhar nalguma coisa.

Cada um de nós que anda pela vida é certo que vai acumulando muitos conhecimentos, vai aprendendo também muita coisa, às vezes sem grande cultura dos livros, que até não faz mal a ninguém, mas mais cultura da vida, que tam-bém faz bem, mesmo com os tropeções, com as coisas boas, também, sem esquecer os so-

nhos que todos temos e que só alguns conse-guem concretizar, se calhar por serem mais tei-mosos e persistentes.

Aqui na terra também sonhámos e consegui-mos fazer muita coisa. Muito do que temos nos bombeiros de cá nasceram de um sonho mas depois foi criado e nasceu de muito trabalho, muita vontade de fazer e de ajudar. E quando as coisas às vezes pareciam dar todas para o torto e aquilo com que tínhamos sonhado pare-ciam perdidas lá vinha uma luzinha de esperan-ça que ia aumentando também em função da-quilo em que acreditávamos, pouco a pouco,

passo a passo, tão suado como festejado no fi-nal.

Até gostaria de ter falado com o Senhor Pre-sidente da República. Teria algumas coisas para lhe dizer. Até por que, ao que sei, ele tem esti-ma pelos bombeiros.

Aproveitava para lhe falar das taxas modera-doras que nos tiraram em 2009. Alguém sabe dizer-me quem seria do Governo nessa altura em que nos tiraram isso? E a contagem de tem-po de serviço para a reforma também não nos foi tirada na mesma altura? E dizia-lhe que está na altura de nos devolverem isso. São miga-

lhas, todos sabemos, mas não deixa de ser uma prova de consideração para connosco. Pediria ao Senhor Presidente da República para lem-brar a alguém isso. Haveria outras coisas a di-zer mas se nos ajudasse nestas já era bom.

[email protected]

Afinal não falei com o PR

Às equipas que nas associações e corpos de bombeiros, todos os anos, por esta altura, cui-dam de organizar com empenho e dedicação as festas natalícias, uma oportunidade de con-vívio, de proximidade e de reforço do espírito de corpo que aquece os corações.

A quem, independentemente de tudo o que já se disse, esqueceu o louvor generalizado que, por direito e respeito, devia ter sido dado aos bombeiros, nas mesmas circunstâncias dos que encheram há dias páginas do jornal oficial.

LOUVOR/REPREENSÃO

A Liga dos Bombeiros Portu-gueses está indignada com a atitude do ministé-

rio da Administração Interna (MAI) e da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) que ao publicarem vários louvores a elementos da estrutura opera-cional se tenham “esquecido de-liberadamente” da componente voluntária do sistema de prote-ção civil. Numa carta enviada ao presidente da ANPC, General Grave Pereira, a Liga não poupa nos adjetivos para demonstrar a sua indignação. Segundo a mis-siva, ao analisar o Diário da Re-pública, a Confederação refere que se deparou com louvores despachados pelo próprio diri-gente máximo da ANPC, pela ministra da Administração In-terna, Anabela Rodrigues e pelo secretário de estado da Admi-nistração Interna, João Almeida, louvores atribuídos a vários CA-DIS e CODIS pelo “desempenho das suas funções públicas” no âmbito da atividade em Prote-ção Civil. “Lemos, e não quería-mos acreditar que fosse possí-vel, que de forma tão intermi-tente e avulsa fossem saindo Despachos atrás de Despachos,

louvando pessoas em cargos de Administração Pública, que em nosso entender, e da forma como foi feito, não prestigia a função do louvado, nem de quem lhe reconheceu o mérito”. A Liga refere-se, ao que apurá-mos, ao fato dos textos dos lou-vores atribuídos serem pratica-mente uma réplica para a maio-ria dos homenageados. Os mo-tivos que consubstanciam os louvores são, na maioria dos casos, um ‘copy past’ tanto para elementos que estão na estru-tura da ANPC há mais de cinco anos, como para aqueles que iniciaram funções mais recente-mente. Os textos sucedem-se sem que se verifique qualquer tipo de personalização do per-curso dos louvados.

Acresce que as hierarquias, denuncia a Liga, “não foram respeitadas”, o que a Confede-ração considera “grave”, no-meadamente quanto ao Louvor atribuído ao Comandante Ope-racional Nacional, José Manuel Moura, que no entender da Liga “deveria ter sido da responsabi-lidade” da ministra da Adminis-tração Interna. “Não tendo sido, é de lamentar profunda-

LOUVORES

Liga indignada com esquecimento de voluntários

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Atenta aos trágicos aconte-cimentos que fizeram es-

tremecer o coração da Cidade de Paris, na noite do passado dia 13 de novembro, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) não pode deixar de demonstrar o seu mais veemente repúdio pelos ataques criminosos con-tra cidadãos inocentes, vítimas do mais horrendo comporta-mento que um ser humano pode ter.

Os Bombeiros Portugueses associam-se, nesta hora de dor que atinge as famílias fran-cesas, portuguesas e o Mundo inteiro, aos familiares e amigos

das vítimas destes atentados terroristas.

A LBP enaltece o esforço e o profissionalismo de todos os

operacionais, nomeadamente os Bombeiros da Cidade de Pa-ris, envolvidos nas exigentes operações de socorro e salva-

mento em excepcionais condi-ções de insegurança. De rele-var a rapidez do envolvimento e a excelência da Proteção Civil na coordenação e articulação de todos os agentes no terre-no.

Em Lisboa ou em Paris, o lema Vida por Vida constrói-se na emoção do momento, cons-trói-se sem medo, constrói-se com sacrifício e abnegação.

Lisboa, 15 de novembrode 2015

Presidente do Conselho Executivo

Jaime Marta SoaresComandante

mente essa omissão”, lê-se na carta assinada por Jaime Marta Soares que se refere a um “mau estar generalizado” entre os bombeiros e cujas consequên-cias, diz, poderão levar à “per-da de confiança” por parte dos bombeiros portugueses, no pressuposto de que haverá res-ponsáveis especiais e os outros.

A Liga dos Bombeiros Portu-gueses diz que “não pode acei-tar” que tenham sido atribuí-dos tantos louvores à estrutura (não os colocando em causa) e que se tenham “esquecido de-liberadamente, ou não”, da for-ça bombeiros, estrutura opera-cional que congrega mais de 30.000 mulheres e homens e

que, de “forma voluntária, al-truísta, abnegada, corajosa e competente contribui para a defesa das vidas e haveres de todos os Portugueses”, en-quanto principal agente de Proteção Civil. “São manifesta-mente os bombeiros portugue-ses, que integrados no DECIF, ou fora dele, sempre têm sabi-

do estar nas horas mais difíceis ao serviço da nossa sociedade coletiva”. “Essa força chama-se Bombeiros, e a entidade que os representa, a Liga dos Bom-beiros Portugueses, não deixou de os louvar a todos, lamen-tando que a Autoridade Nacio-nal de Proteção Civil e o poder político, não tenham reconhe-cido esse inexcedível desem-penho, louvando-os também pela sua abnegação, coragem e competência demonstradas, no exercício da sua atividade de socorro que executaram com nobre sentido de missão e dádiva ao serviço da sua Pá-tria”.

A terminar, a Liga deixa um recado para “reflexão futura”: os Bombeiros não são da Auto-ridade Nacional de Proteção Ci-vil. A Autoridade Nacional de Proteção Civil é que é dos Bombeiros Portugueses.

PC

ATENTADOS TERRORISTAS EM PARIS

Solidariedade com as vítimas do terrorismo