PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PREFEITO EXERCÍCIO DE 2015 · O presente Relatório abrange a análise do...

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Prestação de Contas de Prefeito Município de Itapema exercício de 2015 - Reinstrução PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PREFEITO EXERCÍCIO DE 2015 Município de Itapema Data de Fundação – 21/04/1962 População: 57.089 habitantes (IBGE - 2015) PIB: 1.170,83 (em milhões) (IBGE - 2013) 550 550

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  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 1

    PRESTAO DE CONTAS DO PREFEITO

    EXERCCIO DE 2015

    Municpio de Itapema

    Data de Fundao 21/04/1962

    Populao: 57.089 habitantes (IBGE - 2015)

    PIB: 1.170,83 (em milhes)

    (IBGE - 2013)

    550550

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 2

    S U M R I O

    INTRODUO ...................................................................................................... 4

    1.1. MANIFESTAO DO PREFEITO MUNICIPAL ............................................. 5

    1.2. RESTRIES APURADAS NA ANLISE PRELIMINAR (RELATRIO N

    1738/2016) ............................................................................................................ 6

    2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO ............................................................. 14

    3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA ..................................................... 16

    3.1. Apurao do resultado oramentrio ..................................................................... 16

    3.2. Anlise do resultado oramentrio ......................................................................... 17

    3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias ...................................................... 18

    4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA ................................ 25

    4.1. Situao Patrimonial ............................................................................................... 26

    4.2. Anlise do resultado financeiro .............................................................................. 27

    4.2.1. Anlise do resultado financeiro por especificao de fontes de recursos .......... 27

    4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira ......................................................... 30

    5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES .................................................. 33

    5.1. Sade ....................................................................................................................... 33

    5.2. Ensino ...................................................................................................................... 35

    5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias ............................... 35

    5.2.2. FUNDEB............................................................................................................. 37

    5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF) ....................................................................... 40

    5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio ............................... 40

    5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Executivo ..................... 41

    5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Legislativo ................... 43

    6. CONSELHOS MUNICIPAIS ............................................................................ 44

    6.1. Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB (CACS

    FUNDEB) ..................................................................................................................... 45

    6.2. Conselho Municipal de Sade (CMS)................................................................... 47

    6.3. Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente .......................... 50

    6.4. Conselho Municipal de Assistncia Social (CMAS) .............................................. 51

    6.5. Conselho Municipal de Alimentao Escolar (CMAE) ......................................... 51

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    6.6. Conselho Municipal do Idoso (ou da Pessoa Idosa ou dos Direitos da Pessoa

    Idosa) .......................................................................................................................... 53

    7. DO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR N 131/2009 E DO

    DECRETO FEDERAL N 7.185/2010 ................................................................. 53

    8. RESTRIES APURADAS ............................................................................ 57

    9. SNTESE DO EXERCCIO DE 2015 ............................................................... 58

    CONCLUSO ..................................................................................................... 59

    ANEXO ............................................................................................................... 61

    APNDICE .......................................................................................................... 62

    552552

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    PROCESSO PCP 16/00331367

    UNIDADE Municpio de Itapema

    RESPONSVEL Sr. Rodrigo Costa - Prefeito Municipal

    ASSUNTO Prestao de Contas do Prefeito referente ao ano de 2015 -

    Reinstruo

    RELATRIO N 3041/2016

    INTRODUO

    O Tribunal de Contas de Santa Catarina, no uso de suas

    competncias para a efetivao do controle externo consoante disposto no artigo

    31, 1, da Constituio Federal e dando cumprimento s atribuies assentes

    nos artigos 113 da Constituio Estadual e 50 e 54 da Lei Complementar n

    202/2000, procedeu ao exame das Contas apresentadas pelo Municpio de

    Itapema, relativas ao exerccio de 2015.

    O presente Relatrio abrange a anlise do Balano Anual do exerccio

    financeiro de 2015 e as informaes dos registros contbeis e de execuo

    oramentria enviadas por meio eletrnico, buscando evidenciar os resultados

    alcanados pela Administrao Municipal, em atendimento s disposies dos

    artigos 20 a 26 da Resoluo n TC-16/94, alterada pela Resoluo n TC-

    77/2013, e artigo 22 da Instruo Normativa n TC-02/2001, bem como o artigo

    3, I da Instruo Normativa n TC-04/2004.

    A referida anlise deu-se basicamente na situao Patrimonial,

    Financeira e na Execuo Oramentria do Municpio, no envolvendo o exame

    de legalidade e legitimidade dos atos de gesto, o resultado de eventuais

    auditorias oriundas de denncias, representaes e outras, que devem integrar

    processos especficos, a serem submetidos apreciao deste Tribunal de

    Contas.

    No que tange a anlise da situao Patrimonial e Financeira foram

    abordados aspectos sobre a composio do Balano, apurao do resultado

    financeiro e de quocientes patrimoniais e financeiros para auxiliar a anlise dos

    resultados ao longo dos ltimos cinco exerccios.

    Registre-se que a mdia regional indicada no presente relatrio

    corresponde respectiva Associao de Municpios que abrange Itapema, sendo

    que as mdias do exerccio em anlise foram geradas em 16/11/2016 conforme

    base de dados constituda a partir das informaes bimestrais encaminhadas

    pelos municpios atravs do Sistema e-Sfinge e as mdias dos exerccios

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    anteriores a partir dos dados analisados, julgados ou apreciados por este

    Tribunal.

    Com referncia a anlise da Gesto Oramentria tomou-se por base

    os instrumentos legais do processo oramentrio, a execuo do oramento de

    forma consolidada a apurao e a evoluo do resultado oramentrio,

    atentando-se para o cumprimento dos limites constitucionais e legais

    estabelecidos no ordenamento jurdico vigente.

    1.1. MANIFESTAO DO PREFEITO MUNICIPAL

    Procedido o exame das contas do exerccio de 2015 do Municpio, foi

    emitido o Relatrio n 1.738/2016, integrante do Processo PCP 16/00331367.

    Referido Processo foi tramitado ao Exmo. Relator, que decidiu

    devolver DMU para que esta encaminhasse ao Responsvel poca, Sr.

    Rodrigo Costa - Prefeito Municipal, no sentido de manifestar-se sobre as

    restries contidas no Relatrio n 1.738/2016, em observncia ao disposto no

    art. 52 da Lei Complementar n 202/2000 e art. 57, 3 do Regimento Interno, o

    que foi efetuado atravs do Ofcio TCE/DMU n 15.829/2016, de 21/09/2016.

    Considerando que o Exmo. Relator, em seu Despacho, determinou

    que o Responsvel se manifestasse especialmente acerca das restries

    contidas nos itens 8.1.2, 8.1.3 e 8.1.4 do Captulo 8 - Restries Apuradas do

    citado Relatrio, nesta oportunidade, entretanto, sero analisadas por esta

    Instruo todas as restries, pois o Responsvel se manifestou sobre as

    demais restries.

    Conforme solicitao do Exmo. Relator, o Prefeito Municipal, pelo

    expediente s/n, datado de 17/10/2016, apresentou alegaes de defesa (assim

    como remeteu documentos) sobre as restries contidas no aludido Relatrio,

    estando anexadas s folhas 504 a 533 dos autos.

    Assim, retornaram os autos a esta Diretoria para a devida reinstruo.

    554554

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    1.2. RESTRIES APURADAS NA ANLISE PRELIMINAR

    (RELATRIO N 1738/2016)

    1.2.1 RESTRIES DE ORDEM LEGAL

    1.2.1.1 Divergncia, no valor de R$ 2.897,67 entre o Passivo

    Financeiro evidenciado no Balano Patrimonial - Anexo 14

    da Lei n 4.320/64 (saldo das contas da Classe 2 Passivo,

    com atributo F Financeiro, mais os Restos a Pagar No

    Processados a Liquidar, registrados nas contas 6.3.1.1 e

    6.3.1.7.1) e o apurado nas Obrigaes Financeiras a pagar,

    obtidas pelo saldo das contas 2.1.8.8. (Valores restituveis),

    5.3.1 (Restos a Pagar no Processados) e 5.3.2 (Restos a

    Pagar Processados), caracterizando afronta ao artigo 85 da

    referida Lei. (Itens 4.2.1, Quadro 11 A e Apndice e 8.1.1)

    (Relatrio n 1738/2016, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise

    Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    As manifestaes encontram-se juntadas s fls. 504 a 533

    dos autos.

    Consideraes da Instruo:

    O Gestor informou que a divergncia se trata da soma de

    diversos saldos de empenhos que j haviam sido liquidados

    e totalmente pagos em 2012. Entretanto, a inconsistncia

    ganhou corpo na migrao do plano de contas 2014/2015,

    com o advento do PCASP.

    Remeteu os documentos s fls. 520 a 523, relativos

    consulta formulada Diretoria de Controle dos Municpios,

    solicitando orientao para proceder a correo da

    inconsistncia, e a correspondente resposta.

    Assim, a divergncia ora apontada decorreu do lanamento

    de ajuste, com o objetivo de corrigir o saldo da conta

    2.1.8.9.1.01.03, desconsiderando-se a anotao.

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    1.2.1.2 Dficit de execuo oramentria do Municpio

    (Consolidado) da ordem de R$ 11.914.867,33,

    representando 7,19% da receita arrecadada do Municpio no

    exerccio em exame, em desacordo ao artigo 48, b da Lei

    n 4.320/64 e artigo 1, 1, da Lei Complementar n

    101/2000 (LRF), parcialmente absorvido pelo supervit

    financeiro do exerccio anterior - R$ 4.378.329,26 (itens 3.1

    e 8.1.2).

    (Relatrio n 1738/2016, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise

    Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    As manifestaes encontram-se juntadas s fls. 504 a 533

    dos autos.

    Consideraes da Instruo:

    O Responsvel no trouxe qualquer documento acerca

    deste item.

    Em sua resposta, trouxe baila as dificuldades da economia

    brasileira e os problemas da queda de arrecadao.

    Argumentou que em 2015 a administrao municipal criou o

    REFIS e decretou reduo de salrios, no intuito de

    equilibrar as receitas e despesas.

    Segundo o Gestor, houve ainda a edio do Decreto n.

    254/2015, que dispe sobre a reduo de despesas de

    custeio, e a aprovao da Lei n. 3.451/2015, que trata do

    modelo de gesto e da estrutura organizacional municipal.

    sabido da crise financeira e econmica que atinge o pas,

    conforme informaes veiculadas nos meios de

    comunicao. Contudo, o simples fato de alegar a

    ocorrncia de reduo dos repasses constitucionais da

    Unio e do Estado e a queda da arrecadao dos tributos

    municipais no o suficiente para redimir o problema. de

    suma importncia que seja demonstrado o esforo para

    reduzir as despesas em igual ou maior proporo.

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    Para subsidiar a anlise, esta Diretoria de Controle dos

    Municpios solicitou Diretoria de Planejamento deste

    Tribunal de Contas estudo acerca do assunto em tela, cujo

    resultado consta do Memorando n. 089/2016 e planilhas de

    clculos juntadas aos autos.

    Das informaes trazidas pela Diretoria de Planejamento

    pode-se concluir que no geral (sem a excluso dos Regimes

    Prprios de Previdncia e Assistncia Sade do Servidor),

    considerando apenas os dados de 2015 em relao a 2014,

    houve queda de receita da ordem de 6,0%, enquanto que a

    despesa teve uma queda de apenas 3,4%.

    Registra-se que foi utilizada como fator de atualizao para

    2015 a variao do IPCA.

    Especificamente para o Municpio de Itapema, a variao

    real (valores atualizados pelo IPCA do perodo) teve o

    seguinte comportamento:

    CRITRIO 2014/2015

    Receita Total -10,3%

    Despesa Total -7,2%

    Fonte: Estudo da Diretoria de Planejamento do TCE/SC, fls. 535 a 546.

    Portanto, analisando o exerccio de 2015 em relao ao ano

    anterior constata-se que houve queda das receitas totais em

    10,3%. Todavia, ocorreu tambm uma diminuio das

    despesas totais de 7,2%, indicando que o esforo

    despendido no foi suficiente para equilibrar as contas

    pblicas.

    Diante do acima exposto, no procedem os argumentos

    apresentados pelo Responsvel, uma vez que ficou

    evidenciado o descumprimento do artigo 9 da LRF, que

    define a limitao de empenhos quando da no realizao

    das metas de arrecadao.

    Outro aspecto suscitado pelo Responsvel, diz respeito aos

    recursos de convnios que no ingressaram nos cofres

    pblicos, ainda que as despesas tenham sido empenhadas

    no exerccio em exame, o que teria contribudo para os

    557557

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    dficits oramentrio e financeiro. Contudo, no houve a

    remessa de informaes pormenorizadas dos convnios,

    tampouco a comprovao documental.

    O Gestor ainda alega que mesmo com a crise atual, os

    investimentos em sade e educao foram devidamente

    observados mantidos os ndices acima dos limites mnimos

    constitucionais.

    Quanto aplicao em sade e educao acima dos percentuais mnimos previstos na Constituio, entende-se que obrigao do Administrador, devendo ainda se adequar s metas da LRF e adotar as medidas para a preservao do equilbrio oramentrio e financeiro.

    No que pese as medidas adotadas, aps todas as

    consideraes, permanece a restrio face apurao de

    dficit de execuo oramentria do Municpio

    (Consolidado) da ordem de R$ 11.914.867,33,

    representando 7,19% da receita arrecadada do Municpio no

    exerccio em exame, em desacordo ao artigo 48, b da Lei

    n 4.320/64 e artigo 1, 1, da Lei Complementar n

    101/2000 (LRF), parcialmente absorvido pelo supervit

    financeiro do exerccio anterior - R$ 4.378.329,26.

    1.2.1.3 Dficit financeiro do Municpio (Consolidado) da ordem de

    R$ 4.108.891,68, resultante do dficit oramentrio ocorrido

    no exerccio em exame, correspondendo a 2,48% da

    Receita Arrecadada do Municpio no exerccio em exame

    (R$ 165.705.613,30), em desacordo ao artigo 48, b da Lei

    n 4.320/64 e artigo 1 da Lei Complementar n 101/2000

    LRF (itens 4.2 e 8.1.3).

    (Relatrio n 1738/2016, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise

    Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    As manifestaes encontram-se juntadas s fls. 504 a 533

    dos autos.

    Consideraes da Instruo:

    O Responsvel no trouxe qualquer documento acerca

    558558

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 10

    deste item.

    Em sua resposta, o Gestor alega que a ausncia de

    repasses de convnios, a exigncia maior dos muncipes em

    aplicao com sade e educao e a queda na arrecadao,

    provocaram os desequilbrios oramentrio e financeiro.

    Pelas razes j expostas no item 1.2.1.2, a Instruo

    propugna pela manuteno da restrio face apurao de

    dficit financeiro do Municpio (Consolidado) da ordem de

    R$ 4.108.891,68, resultante do dficit oramentrio ocorrido

    no exerccio em exame, correspondendo a 2,48% da

    Receita Arrecadada do Municpio no exerccio em exame

    (R$ 165.705.613,30), em desacordo ao artigo 48, b da Lei

    n 4.320/64 e artigo 1 da Lei Complementar n 101/2000

    LRF.

    1.2.1.4 Despesas com pessoal do Poder Executivo no valor de R$

    93.482.598,27, representando 57,69% da Receita Corrente

    Lquida (R$ 162.033.044,28), quando o percentual legal

    mximo de 54,00% representaria gastos da ordem de R$

    87.497.843,91, configurando, portanto, gasto a maior de R$

    5.984.754,36 ou 3,69%, em descumprimento ao artigo 20,

    III, 'b' da Lei Complementar n 101/2000, ressalvado o

    disposto no artigo 23 c/c 66 da citada Lei (item 5.3.2).

    (Relatrio n 1738/2016, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise

    Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    As manifestaes encontram-se juntadas s fls. 504 a 533

    dos autos.

    Consideraes da Instruo:

    O Responsvel no trouxe qualquer documento acerca

    deste item.

    Inicialmente, se pronunciou reportando a queda de

    arrecadao real, quando a Receita Corrente Lquida

    passou de R$ 158.365.598,86 em 2014 para R$

    161.552.802,26 em 2015, ou seja, crescimento inferior a 1%.

    559559

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    Alega tambm que a folha de pagamento teve crescimento

    vegetativo, em razo do aumento do salrio mnimo, reviso

    geral anual, adicional por tempo de servio e encargos

    sociais decorrentes.

    Quanto s medidas adotadas para reduo das despesas,

    menciona o Decreto n. 254/2015, que reduziu em 15% os

    subsdios do Prefeito, Vice-Prefeito e Secretrios Municipais,

    alm de outras medidas previstas, tendentes a reduo de

    gastos de pessoal e outros.

    Houve no exerccio de 2015 a aprovao da Lei (municipal)

    n. 3.451/2015, que, segundo o Gestor, teve por objetivo a

    reduo de 15% no valor do salrio dos cargos

    comissionados.

    Para incrementar a receita, foi institudo, por meio da Lei

    (municipal) n. 3.456/2015, o programa de recuperao

    fiscal.

    No que pese as medidas adotadas, depreende-se do

    levantamento j exposto no item 1.2.1.2 que a receita caiu

    mais do que a despesa, evidenciando que os esforos no

    foram suficientes para equilibrar as finanas pblicas.

    Assim, a Instruo propugna pela manuteno da restrio,

    pela realizao de despesas com pessoal do Poder

    Executivo no valor de R$ 93.482.598,27, representando

    57,69% da Receita Corrente Lquida (R$ 162.033.044,28),

    quando o percentual legal mximo de 54,00% representaria

    gastos da ordem de R$ 87.497.843,91, configurando,

    portanto, gasto a maior de R$ 5.984.754,36 ou 3,69%, em

    descumprimento ao artigo 20, III, 'b' da Lei Complementar n

    101/2000, ressalvado o disposto no artigo 23 c/c 66 da

    citada Lei.

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    1.2.1.5 Ausncia de disponibilizao em meios eletrnicos de

    acesso pblico, no prazo estabelecido, de informaes

    pormenorizadas sobre a execuo oramentria e

    financeira, de modo a garantir a transparncia da gesto

    fiscal com os requisitos mnimos necessrios, em

    descumprimento ao estabelecido no artigo 48-A, II da Lei

    Complementar n 101/2000 alterada pela Lei Complementar

    n 131/2009 c/c o artigo 7, II do Decreto Federal n

    7.185/2010 (captulo 7, quadro 20, I - do contedo da

    receita).

    (Relatrio n 1738/2016, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise

    Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    As manifestaes encontram-se juntadas s fls. 504 a 533

    dos autos.

    Consideraes da Instruo:

    O Responsvel aduz que o acesso realizado no portal da

    transparncia do municpio se d por meio da ferramenta

    eletrnica Transparncia Fly, da empresa Betha Sistemas.

    A pgina apresentaria todas as informaes em tempo real e

    os detalhamentos poderiam ser acessadas com um clique

    sobre a descrio que se deseja.

    Alega ainda que existem relatrios bimestrais publicados no

    site do Tesouro Nacional SICONFI (Sistema de

    Informaes Contbeis e Fiscais do Setor Pblico Brasileiro)

    e do TCE/SC.

    Inicialmente, registra-se que a exigncia de cumprimento da

    Lei Complementar n. 131/2009 no pode ser transferida a

    outros rgos. Os sites do Tesouro Nacional e do Tribunal

    de Contas no so atualizados em tempo real e no tm a

    obrigao e o objetivo de substituir o Portal da

    Transparncia do Municpio.

    No captulo 7, Quadro 20, segundo consulta ao Portal de

    Transparncia nesta data (fl. 548), observa-se que o

    561561

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 13

    Municpio no disponibiliza as informaes sobre o

    lanamento da receita, em descumprimento artigo 48-A, II da

    Lei Complementar n 101/2000 alterada pela Lei

    Complementar n 131/2009 c/c o artigo 7, II do Decreto

    Federal n 7.185/2010, permanecendo a restrio.

    1.2.2 RESTRIES DE ORDEM REGULAMENTAR

    1.2.2.1 Ausncia de encaminhamento do Parecer do Conselho

    Municipal de Sade, em desatendimento ao que dispe o art.

    1, 2, "a", da Resoluo TC n 77/2013 (item 6.2).

    (Relatrio n 1738/2016, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    As manifestaes encontram-se juntadas s fls. 504 a 533

    dos autos.

    Consideraes da Instruo:

    Em resposta a este item, o Gestor encaminhou os

    documentos s fls. 525 a 533.

    Dentre os documentos remetidos, encontra-se a Ata n. 192,

    de 08/06/2016, cuja pauta, segundo a ata, a prestao de

    contas da sade.

    No consta da referida ata se as contas foram aprovadas ou

    no, apenas mencionando que foi impressa, encontra-se

    circulando entre os presentes, aps ser disponibilizada para

    os conselheiros presentes e que houve alguns

    questionamentos.

    Assim, considerando que a Ata n. 192 no foi conclusiva,

    permanece a restrio face ausncia de encaminhamento

    do Parecer do Conselho Municipal de Sade, em

    desatendimento ao que dispe o art. 1, 2, "a", da

    Resoluo TC n 77/2013.

    562562

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 14

    1.2.2.2 Ausncia de encaminhamento do Parecer do Conselho

    Municipal do Idoso, em desatendimento ao que dispe o art.

    1, 2, "e", da Resoluo TC n 77/2013 (item 6.6).

    (Relatrio n 1738/2016, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    As manifestaes encontram-se juntadas s fls. 504 a 533

    dos autos.

    Consideraes da Instruo:

    No que tange a este apontamento, o Responsvel

    encaminhou cpia da Resoluo n. 01/2016, de 30/05/2016,

    que aprova as atividades e eventos do calendrio municipal

    direcionado aos idosos, promovido pelas diversas secretarias

    do municpio de Itapema, conforme documento fl. 534.

    A Resoluo citada no permite identificar quais as polticas

    executadas em ateno aos idosos e tampouco se est

    tratando de 2015 ou 2016.

    Desta forma, mantm-se a restrio, pela ausncia de

    encaminhamento do Parecer do Conselho Municipal do Idoso,

    em desatendimento ao que dispe o art. 1, 2, "e", da

    Resoluo TC n 77/2013.

    luz das ponderaes de ordem tcnica referentes s justificativas

    apresentadas pelo responsvel, por ventura do cumprimento das disposies

    contidas no art. 52 da Lei Complementar n 202/2000 e art. 57, 3 do

    Regimento Interno, conforme consta do item 1.2, as contas relativas ao exerccio

    de 2015 passam a apresentar os seguintes dados:

    2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO

    O Municpio de Itapema tem uma populao estimada em 57.0891

    habitantes e ndice de Desenvolvimento Humano de 0,802. O Produto Interno

    Bruto alcanava o valor de R$ 1.170.826.398,003, revelando um PIB per capita

    1 IBGE - 2015 2 PNUD - 2010 3 Produto Interno Bruto dos Municpios IBGE/2013

    563563

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 15

    poca de R$ 22.123,21, considerando uma populao estimada em 2013 de

    52.923 habitantes.

    Grfico 01 Produto Interno Bruto PIB

    Fonte: IBGE 2013

    No tocante ao desenvolvimento econmico e social mensurado pelo

    IDH/PNUD/2010, o Municpio de Itapema encontra-se na seguinte situao:

    Grfico 02 ndice de Desenvolvimento Humano IDH

    Fonte: PNUD 2010

    0,00

    500.000.000,00

    1.000.000.000,00

    1.500.000.000,00

    2.000.000.000,00

    2.500.000.000,00

    Mdia AMFRI MUNICPIO

    2.438.326.739,27

    1.170.826.398,00

    PIB EM REAIS

    0,68

    0,70

    0,72

    0,74

    0,76

    0,78

    0,80

    BRASIL SANTA CATARINA Mdia AMFRI MUNICPIO

    0,727

    0,744

    0,760

    0,800

    564564

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    3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA

    A anlise da gesto oramentria envolve os seguintes aspectos:

    demonstrao da apurao do resultado oramentrio do presente exerccio,

    com a demonstrao dos valores previstos ou autorizados pelo Poder

    Legislativo; apurando-se quocientes que demonstram a evoluo relativa do

    resultado da execuo oramentria do Municpio; a demonstrao da execuo

    das receitas e despesas, cotejando-as com os valores orados, bem como a

    evoluo do esforo tributrio, IPTU per capita e o esforo de cobrana da dvida

    ativa. Por fim, apura-se o total da receita com impostos (includas as

    transferncias de impostos) e a receita corrente lquida.

    Segue abaixo os instrumentos de planejamento aplicveis ao

    exerccio em anlise, as datas das audincias pblicas realizadas e o valor da

    receita e despesa inicialmente oradas:

    Quadro 01 Leis Oramentrias

    LEIS DATA DAS AUDINCIAS RECEITA ESTIMADA

    170.045.000,00 PPA 3231/2013 No informado

    LDO 3370/2014 01/08/2014 DESPESA FIXADA

    170.045.000,00 LOA 3387/2015 27/10/2014

    3.1. Apurao do resultado oramentrio

    O confronto entre a receita arrecadada e a despesa realizada, resultou

    no Dficit de execuo oramentria da ordem de R$ 11.914.867,33,

    correspondendo a 7,19% da receita arrecadada.

    Salienta-se que o resultado consolidado, Dficit de R$ 11.914.867,33,

    composto pelo resultado do Oramento Centralizado - Prefeitura Municipal,

    Dficit de R$ 9.024.461,48 e do conjunto do Oramento das demais Unidades

    Municipais Dficit de R$ 2.890.405,85.

    Ressalta-se que o Dficit em questo foi parcialmente absorvido

    pelo supervit financeiro do exerccio anterior (R$ 4.378.329,26), conforme

    demonstrado na apurao da variao do patrimnio financeiro (item 4.2, deste

    Relatrio).

    Assim, a execuo oramentria do Municpio pode ser demonstrada,

    sinteticamente, da seguinte forma:

    565565

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 17

    Quadro 02 Demonstrao do Resultado da Execuo Oramentria (em Reais) 2015

    Descrio Previso/Autorizao Execuo % Executado

    RECEITA 170.045.000,00 165.705.613,30 97,45

    DESPESA (considerando as alteraes oramentrias)

    207.001.959,40 177.620.480,63 85,81

    Dficit de Execuo Oramentria 11.914.867,33 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    Obs.: A divergncia entre a execuo oramentria (R$ 11.914.867,33) e a variao do

    patrimnio financeiro (R$ 8.487.220,94) refere-se ao cancelamento de restos a pagar no valor de

    R$ 3.427.646,39, sendo R$ 3.359.401,20 restos a pagar no processados e R$ 68.245,19 de

    restos a pagar processados.

    Obs.: Vide restrio anotada no item 8.1.2 das Restries de Ordem Legal do captulo

    Restries Apuradas, deste Relatrio.

    3.2. Anlise do resultado oramentrio

    A anlise da evoluo do resultado oramentrio facilitada com o

    uso de quocientes, pois os resultados absolutos expressos nas demonstraes

    contbeis so relativizados, permitindo a comparao de dados entre exerccios

    e Municpios distintos.

    A seguir exibido quadro que evidencia a evoluo do Quociente de

    Resultado Oramentrio do Municpio de Itapema nos ltimos 5 anos:

    Quadro 03 Quocientes de Resultado Oramentrio 2011-2015

    ITENS / ANO 2011 2012 2013 2014 2015 1 Receita realizada 111.397.964,21 137.318.047,09 137.935.307,29 166.911.684,30 165.705.613,30

    2 Despesa executada 108.959.672,23 138.651.028,06 135.959.038,70 173.030.879,35 177.620.480,63

    QUOCIENTE 2011 2012 2013 2014 2015 Resultado Oramentrio (12) 1,02 0,99 1,01 0,96 0,93

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral Consolidado e anlise tcnica.

    O resultado oramentrio pode ser verificado por meio do quociente

    entre a receita oramentria e a despesa oramentria. Quando esse indicador

    for superior a 1,00 tem-se que o resultado oramentrio foi superavitrio

    (receitas superiores s despesas).

    566566

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 18

    Grfico 03 Evoluo dos Quocientes de Resultado Oramentrio: 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias

    Os quadros que sintetizam a execuo das receitas e despesas no

    exerccio trazem tambm os valores previstos ou autorizados pelo Legislativo

    Municipal, de forma que se possa avaliar a destinao de recursos pelo Poder

    Executivo, bem como o cumprimento de imposies constitucionais.

    No mbito do Municpio, a receita oramentria pode ser entendida

    como os recursos financeiros arrecadados para fazer frente s suas despesas.

    A receita arrecadada do exerccio em exame atingiu o montante de R$

    165.705.613,30, equivalendo a 97,45% da receita orada.

    As receitas por origem e o cotejamento entre os valores previstos e os

    arrecadados so assim demonstrados:

    Quadro 04 Comparativo da Receita Oramentria Prevista e Arrecadada (em Reais): 2015

    RECEITA POR ORIGEM PREVISO ARRECADAO %

    ARRECADADO

    Receita Tributria 72.579.587,00 68.614.934,76 94,54

    Receita de Contribuies 3.820.000,00 5.330.082,56 139,53

    1,02 0,99 1,01 0,96 0,93

    0,00

    0,20

    0,40

    0,60

    0,80

    1,00

    1,20

    1,40

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios

    567567

    mailto:c@[11571]mailto:c@[11572]

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 19

    RECEITA POR ORIGEM PREVISO ARRECADAO %

    ARRECADADO

    Receita Patrimonial 1.874.175,00 2.101.119,66 112,11

    Receita de Servios 57.750,00 602.642,19 1.043,54

    Transferncias Correntes 64.100.148,00 73.876.823,10 115,25

    Outras Receitas Correntes 13.925.340,00 11.507.442,01 82,64

    RECEITA CORRENTE 156.357.000,00 162.033.044,28 103,63

    Operaes de Crdito 5.300.000,00 1.082.000,00 20,42

    Alienao de Bens 269.000,00 201.400,00 74,87

    Transferncias de Capital 8.119.000,00 2.389.169,02 29,43

    RECEITA DE CAPITAL 13.688.000,00 3.672.569,02 26,83

    TOTAL DA RECEITA 170.045.000,00 165.705.613,30 97,45 Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano Geral

    consolidado.

    Grfico 04 Composio da Receita Oramentria Arrecadada: 2015

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    Tributria 41,41%

    Contribuies 3,22%

    Patrimonial 1,27%

    Servios 0,36%

    Transferncia Corrente44,58%

    Outras Correntes

    6,94%

    Operaes de Crdito 0,65%

    Alienao de Bens0,12%

    Transferncias de Capital 1,44%

    568568

    mailto:c@[11573]mailto:c@[11576]mailto:c@[11577]mailto:c@[11578]mailto:c@[11579]mailto:c@[11580]mailto:c@[11582]

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 20

    O grfico anterior apresenta a relao de cada receita por origem com

    o total arrecadado no exerccio. Destaca-se que parcela significativa da receita,

    44,58%, est concentrada nas transferncias correntes.

    Um aspecto importante a ser analisado na gesto da receita

    oramentria pode ser traduzido como esforo tributrio. O grfico que segue

    mostra a evoluo da receita tributria em relao ao total das receitas correntes

    do Municpio.

    Grfico 05 Evoluo do Esforo Tributrio (%): 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Relativamente s receitas arrecadadas, deve-se dar destaque s

    receitas prprias com impostos no exerccio da competncia tributria

    estabelecida constitucionalmente e exigida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

    Nesse sentido, destaca-se no grfico a seguir a evoluo do IPTU

    arrecadado per capita nos ltimos 5 (cinco) anos.

    42,68 42,6639,93 38,80

    42,35

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    40,00

    45,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios

    569569

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 21

    Grfico 06 Evoluo Comparativa do IPTU per capita (em Reais): 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados, IBGE e anlise tcnica.

    A Dvida Ativa apresentou o seguinte comportamento no exerccio em

    anlise:

    Quadro 05 Movimentao da Dvida Ativa (em Reais): 2015

    Saldo

    Anterior

    Inscrio/Transferncias/

    Atualizao Recebimento

    Transferncias/

    Outras Baixas

    Saldo

    Final

    127.169.079,

    88 19.469.950,76 9.212.050,69 7.723.447,22

    129.703.532,

    73

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados.

    Importante tambm analisar a eficincia na cobrana da dvida ativa

    ao longo dos ltimos cinco anos. O grfico seguinte mostra o percentual de

    dvida ativa recebida em relao ao saldo do exerccio anterior:

    474,30

    554,63

    461,51

    531,36

    587,86

    0,00

    100,00

    200,00

    300,00

    400,00

    500,00

    600,00

    700,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios

    570570

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 22

    Grfico 07 Evoluo do Esforo de Cobrana da Dvida Ativa (%): 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    No tocante as despesas executadas em contraposio s oradas

    (incluindo as alteraes oramentrias), segundo a classificao funcional, tem-

    se a demonstrao do prximo quadro:

    Quadro 06 Comparativo entre a Despesa por Funo de Governo Autorizada e Executada: 2015

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO

    01-Legislativa 7.280.000,00 7.141.884,87 98,10

    02-Judiciria 1.970.895,40 1.963.511,04 99,63

    04-Administrao 36.595.494,04 33.763.658,54 92,26

    06-Segurana Pblica 2.301.631,97 1.829.944,45 79,51

    08-Assistncia Social 6.374.537,01 5.981.167,78 93,83

    10-Sade 37.211.449,51 34.841.235,41 93,63

    12-Educao 67.007.947,84 58.206.237,52 86,86

    13-Cultura 1.758.668,72 1.341.542,86 76,28

    14-Direitos da Cidadania 17.148,87 15.207,38 88,68

    15-Urbanismo 30.809.388,46 21.667.053,60 70,33

    16-Habitao 146.301,34 138.867,52 94,92

    18-Gesto Ambiental 1.177.597,90 1.117.861,78 94,93

    20-Agricultura 2.176.870,37 2.119.230,92 97,35

    22-Indstria 100.000,00 - -

    23-Comrcio e Servios 4.765.090,93 2.959.110,60 62,10

    27-Desporto e Lazer 3.926.937,04 2.142.939,09 54,57

    5,83

    8,71

    6,67

    8,99

    7,24

    0,00

    2,00

    4,00

    6,00

    8,00

    10,00

    12,00

    14,00

    16,00

    18,00

    20,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios

    571571

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 23

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO

    28-Encargos Especiais 2.525.000,00 2.391.027,27 94,69

    99-Reserva de Contingncia 857.000,00 - -

    TOTAL DA DESPESA 207.001.959,40 177.620.480,63 85,81

    Fontes: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano

    Geral consolidado.

    A anlise entre despesa autorizada e executada configura-se

    importante quando se tem como objetivo subsidiar o parecer prvio, permitindo

    identificar quais funes foram priorizadas ou contingenciadas em relao

    deliberao legislativa no tocante ao oramento municipal.

    O grfico seguinte demonstra o cotejamento entre as despesas

    autorizadas e executadas segundo as funes de governo. Trata-se de uma

    representao grfica do Quadro anterior.

    Grfico 08 Despesa Oramentria por Funo de Governo Autorizada x Executada: 2015

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    A evoluo das despesas executadas por funo de governo est

    demonstrada no quadro a seguir:

    Quadro 07 Evoluo das Despesas Executadas por Funo de Governo (em Reais): 2011 2015

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    2011 2012 2013 2014 2015

    01-Legislativa 4.677.651,03 5.663.904,78 6.610.601,13 6.595.759,36 7.141.884,87

    02-Judiciria 1.260.389,69 1.482.697,39 1.462.524,78 1.825.555,68 1.963.511,04

    98,10

    99,63

    92,26

    79,51

    93,83

    93,63

    86,86

    76,28

    88,68

    70,33

    94,92

    94,93

    97,35

    0,00

    62,10

    54,57

    94,69

    0,00 20.000.000,0040.000.000,0060.000.000,0080.000.000,00

    01-Legislativa

    02-Judiciria

    04-Administrao

    06-Segurana Pblica

    08-Assistncia Social

    10-Sade

    12-Educao

    13-Cultura

    14-Direitos da Cidadania

    15-Urbanismo

    16-Habitao

    18-Gesto Ambiental

    20-Agricultura

    22-Indstria

    23-Comrcio e Servios

    27-Desporto e Lazer

    28-Encargos Especiais

    99-Reserva de Contingncia

    AUTORIZAO

    EXECUO

    572572

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    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    2011 2012 2013 2014 2015

    04-Administrao 11.655.210,93 12.998.090,06 13.580.731,47 33.880.582,96 33.763.658,54

    06-Segurana Pblica 1.192.471,13 1.841.665,86 1.848.815,24 2.485.549,03 1.829.944,45

    08-Assistncia Social 2.900.473,24 3.232.598,47 3.882.986,58 5.404.843,00 5.981.167,78

    10-Sade 19.262.656,90 24.294.508,53 25.351.737,23 31.377.263,80 34.841.235,41

    12-Educao 36.911.256,57 40.765.077,64 44.561.742,65 57.208.159,14 58.206.237,52

    13-Cultura 463.572,78 404.445,69 487.384,44 1.163.271,68 1.341.542,86

    14-Direitos da Cidadania 5.925,34 608,15 1.403,62 18.122,00 15.207,38

    15-Urbanismo 18.680.309,33 36.781.656,94 24.227.593,79 23.592.752,06 21.667.053,60

    16-Habitao 48.468,55 234.014,85 - 119.540,47 138.867,52

    18-Gesto Ambiental 884.074,09 876.247,33 916.050,82 1.099.758,31 1.117.861,78

    20-Agricultura 446.112,33 920.229,66 77.592,14 963.387,51 2.119.230,92

    22-Indstria - - - 7.800,02 -

    23-Comrcio e Servios 4.640.034,17 3.584.804,97 5.087.150,69 2.476.736,56 2.959.110,60

    26-Transporte 6.250,00 - 656.750,00 - -

    27-Desporto e Lazer 3.046.700,82 2.897.139,93 2.071.430,22 2.865.130,22 2.142.939,09

    28-Encargos Especiais 2.878.115,33 2.531.487,04 5.276.394,67 1.946.667,55 2.391.027,27

    TOTAL DA DESPESA REALIZADA 108.959.672,23 138.509.177,29 136.100.889,47 173.030.879,35 177.620.480,63

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    No quadro a seguir, demonstra-se a apurao das receitas decorrente

    de impostos, informao utilizada no clculo dos limites com sade e educao.

    Quadro 08 Apurao da Receita com Impostos: 2015

    RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)

    Valor (R$) %

    Imposto Predial e Territorial Urbano 33.560.295,03 29,82

    Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza 10.734.767,64 9,54

    Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza 4.007.001,12 3,56

    Imposto s/Transmisso Inter vivos de Bens Imveis e Direitos Reais sobre Bens Imveis

    15.395.018,02 13,68

    Cota do ICMS 10.955.422,14 9,73

    Cota-Parte do IPVA 6.643.661,52 5,90

    Cota-Parte do IPI sobre Exportao 168.500,89 0,15

    Cota-Parte do FPM 21.601.304,53 19,19

    Cota-Parte do FPM (1%, entregue no ms de dezembro) - art. 159, I, alnea d da C.F.

    1.202.865,25 1,07

    Cota do ITR 2.342,93 0,00

    Transferncias Financeiras do ICMS - Desonerao L.C. n 87/96 45.452,40 0,04

    573573

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    RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)

    Valor (R$) %

    Receita de Dvida Ativa Proveniente de Impostos 5.817.737,20 5,17

    Receita de Multas e Juros provenientes de impostos, inclusive da dvida ativa decorrente de impostos

    2.411.504,23 2,14

    TOTAL DA RECEITA COM IMPOSTOS (Base de clculo para a Educao)

    112.545.872,90 100,00

    (-) Cota-Parte do FPM (1%, entregue no ms de dezembro) - art. 159, I, alnea d da C.F.

    1.202.865,25

    TOTAL DA RECEITA COM IMPOSTOS (Base de clculo para a Sade)

    111.343.007,65 100,00

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    O ingresso de recursos provenientes de impostos tem importncia na

    gesto oramentria municipal, eis que serve como denominador dos

    percentuais mnimos de aplicao em sade e educao.

    Da mesma forma, o total da Receita Corrente Lquida (RCL),

    demonstrado no quadro seguinte, serve como parmetro para o clculo dos

    percentuais mximos das despesas de pessoal estabelecidos na Lei de

    Responsabilidade Fiscal.

    Quadro 09 Apurao da Receita Corrente Lquida: 2015

    DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LQUIDA DO MUNICPIO Valor (R$)

    Receitas Correntes Arrecadadas 169.916.378,65

    (-) Deduo das receitas para formao do FUNDEB 7.883.334,37

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 162.033.044,28

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA

    A anlise compreendida neste captulo consiste em demonstrar a

    situao patrimonial existente ao final do exerccio, em contraposio situao

    existente no final do exerccio anterior; discriminando especificamente a variao

    da situao financeira do Municpio e sua capacidade de pagamento de curto

    prazo.

    574574

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    4.1. Situao Patrimonial

    A situao patrimonial do Municpio est assim demonstrada:

    Quadro 10 Balano Patrimonial do Municpio de Itapema (em Reais): 2015

    ATIVO 2015

    PASSIVO 2015

    ATIVO CIRCULANTE 24.856.091,06

    Caixa e Equivalentes de Caixa 13.511.392,14

    Crditos a Curto Prazo 10.758.949,31

    Dvida Ativa Tributria 10.758.949,31

    Demais Crditos e Valores a Curto Prazo 532.156,24

    Variao Patrimoniais Diminutivas Pagas Antecipadamente

    53.593,37

    PASSIVO CIRCULANTE 6.767.798,79

    Obrigaes Trabalhistas, Previdencirias e Assistenciais a Pagar a Curto Prazo

    2.845.134,39

    Emprstimos e Financiamentos a Curto Prazo

    627.910,91

    Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo

    1.306.846,74

    Demais Obrigaes a Curto Prazo 1.987.906,75

    ATIVO NO CIRCULANTE 330.942.907,34

    Ativo Realizvel a Longo Prazo 120.487.484,89

    Crditos a Longo Prazo 118.944.583,42

    Dvida Ativa Tributria 118.944.583,42

    Demais Crditos e Valores Longo Prazo 1.542.901,47

    Imobilizado 210.455.422,45

    Bens Mveis 31.731.043,01

    (-) Depreciao, exausto e amortizaes acumuladas - Bens Mveis)

    -4.127.309,05

    Bens Imveis 182.851.688,49

    PASSIVO NO CIRCULANTE 7.545.825,10

    Obrigaes Trabalhistas, Previdencirias e Assistenciais a Pagar a Longo Prazo

    6.632.233,48

    Emprstimos e Financiamentos a Longo Prazo 913.591,62

    TOTAL DO PASSIVO 14.313.623,89

    PATRIMONIO LIQUIDO 341.485.374,51

    Patrimnio Social e Capital Social 319.768.069,11

    Resultados Acumulados 21.717.305,40

    Resultado do Exerccio 10.278.623,11

    Resultado de Exerccios Anteriores 11.438.682,29

    TOTAL 355.798.998,40

    TOTAL 355.798.998,40

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral Consolidado.

    4.2. Anlise do resultado financeiro

    Dentre os componentes patrimoniais relevante no processo de

    anlise das contas municipais, para fins de emisso do parecer prvio, a

    verificao da evoluo do patrimnio financeiro e, sobretudo, a apurao da

    575575

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    situao financeira no final do exerccio, eis que a existncia de passivos

    financeiros superiores a ativos financeiros revela restries na capacidade de

    pagamento do Municpio frente s suas obrigaes financeiras de curto prazo.

    O confronto entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro do

    exerccio encerrado resulta em Dficit Financeiro de R$ 4.108.891,68 e a sua

    correlao demonstra que para cada R$ 1,00 (um real) de recursos financeiros

    existentes, o Municpio possui R$ 1,30 de dvida de curto prazo.

    Em relao ao exerccio anterior, ocorreu variao negativa de R$

    8.487.220,94 passando de um Supervit de R$ 4.378.329,26 para um Dficit de

    R$ 4.108.891,68.

    Registre-se que a Prefeitura apresentou um Dficit de R$

    2.565.013,20.

    Dessa forma, a variao do patrimnio financeiro do Municpio durante

    o exerccio demonstrada no quadro seguinte:

    Quadro 11 Variao do patrimnio financeiro do Municpio (em Reais) 2014 - 2015

    Grupo Patrimonial Saldo inicial Saldo final Variao

    Ativo Financeiro 18.605.579,77 13.531.196,99 -5.074.382,78

    Passivo Financeiro 14.227.250,51 17.640.088,67 3.412.838,16

    Saldo Patrimonial Financeiro 4.378.329,26 -4.108.891,68 -8.487.220,94 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    Obs.: A divergncia entre a execuo oramentria (R$ 11.914.867,33) e a variao do

    patrimnio financeiro (R$ 8.487.220,94) refere-se ao cancelamento de restos a pagar no valor de

    R$ 3.427.646,39.

    Obs.: Vide restrio anotada no item 8.1.3 das Restries de Ordem Legal do captulo Restries

    Apuradas, deste Relatrio.

    4.2.1. Anlise do resultado financeiro por especificao de

    fontes de recursos

    A situao financeira analisada neste item tem como objetivo

    demonstrar o confronto entre os recursos financeiros e as respectivas obrigaes

    financeiras, segregadas por vnculo de recurso.

    Referida anlise atende ao que determina o artigo 8, 50, I da Lei de

    Responsabilidade Fiscal LRF, ou seja, vincular os recursos a sua

    disponibilidade especfica.

    Para o clculo utilizou-se os seguintes critrios:

    a) FR Fonte de Recursos: refere-se discriminao das

    especificaes das fontes de recursos, conforme tabela de destinao de receita

    deste Tribunal de Contas;

    576576

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    b) Disponibilidade de Caixa Bruta: constitui-se dos saldos recursos

    financeiros (caixa, bancos, aplicaes financeiras e outras disponibilidades

    financeiras) em 31/12/2015, segregados por especificaes de fontes de

    recursos;

    c) Obrigaes financeiras: representa os valores, igualmente por

    disponibilidade de fontes de recursos, dos depsitos de terceiros e resultantes de

    consignaes, caues, outros depsitos de diversas origens e dos restos a

    pagar, sendo que, este ltimo refere-se s despesas empenhadas, liquidadas ou

    no, e que esto pendentes de pagamento.

    Ressalta-se, todavia, que em razo da anlise tcnica decorrente de

    auditorias, levantamentos, ofcios circulares encaminhados aos jurisdicionados,

    entre outros instrumentos de verificaes, poder haver ajustes na

    disponibilidade de caixa e nas obrigaes financeiras apresentadas pelo ente.

    d) Disponibilidade de Caixa lquida/resultado financeiro: evidencia o

    resultado financeiro por especificaes de fontes de recursos, apurado entre o

    confronto dos recursos financeiros e as obrigaes financeiras, levando-se em

    considerao os possveis ajustes.

    No tocante ao Samae - Servio Autnomo Municipal de gua e

    Esgoto, Autarquias e Empresas Pblicas, suas disponibilidades de caixa sero

    consideradas como recursos vinculados, mesmo que registradas contabilmente

    com especificao de Fonte de Recursos 00 - recursos ordinrios. O mesmo

    procedimento ser adotado com relao s obrigaes financeiras.

    A seguir, expe-se resumo da situao constatada do Municpio de

    Itapema, sendo que no Apndice, deste Relatrio, encontra-se o clculo de

    forma detalhada.

    Quadro 11- A Demonstrativo do Resultado Financeiro por

    especificaes de Fonte de Recurso.

    FONTE DE RECURSOS

    DISPONIBILIDADE DE CAIXA LQUIDA /

    INSUFICINCIA FINANCEIRA

    Supervit / Dficit

    RECURSOS VINCULADOS 00 - Recursos Ordinrios 0,00 SUPERAVIT

    01- Receitas e Transferncias de Impostos - Educao

    0,00 SUPERAVIT

    02 - Receitas e Transferncias de Impostos - Sade 0,00 SUPERAVIT

    03 - Contribuio para Fundo Previdencirio do Regime Prprio de Previdncia Social RPPS (patronal, servidores e compensao financeira) 0,00 SUPERAVIT

    04 - Contribuio para Fundo Financeiro do Regime Prprio de Previdncia Social RPPS (patronal, servidores e compensao financeira) 0,00 SUPERAVIT

    05 - Aporte para Cobertura de Dficit Atuarial ao RPPS 0,00 SUPERAVIT

    577577

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    FONTE DE RECURSOS

    DISPONIBILIDADE DE CAIXA LQUIDA /

    INSUFICINCIA FINANCEIRA

    Supervit / Dficit

    06 - Recursos Diretamente Arrecadados pela Administrao Indireta e Fundos 0,00 SUPERAVIT

    07 - Contribuio de Interveno no Domnio Econmico - CIDE 598,00 SUPERAVIT

    08 - Contribuio para o Custeio dos Servios de Iluminao Pblica - COSIP 34.753,67 SUPERAVIT

    09 - FIA Imposto de Renda 0,00 SUPERAVIT

    10 - Convnio de Trnsito - Militar 25.690,20 SUPERAVIT

    11 - Convnio de Trnsito - Civil 507.234,36 SUPERAVIT

    12 Convnio de Trnsito - Prefeitura 63.985,86 SUPERAVIT

    18 - Transferncias do FUNDEB - (aplicao na remunerao dos profissionais do Magistrio da Educao Bsica em efetivo exerccio) - R$ 13.434,80

    13.434,80 SUPERAVIT

    19 -Transferncias do FUNDEB - (aplicao em outras despesas da Educao Bsica) - R$ 0,00

    31 - Transferncias de Convnios Unio/Assistncia Social 254.757,57 SUPERAVIT

    32 - Transferncias de Convnios Unio/Educao 23.043,98 SUPERAVIT

    33 - Transferncias de Convnios Unio/Sade -2.895,20 DFICIT

    34 - Transferncias de Convnios Unio/Outros (no relacionados educao/sade/assistncia social) 2.720.445,53 SUPERAVIT

    35 - Transferncias do Sistema nico de Assistncia Social SUAS/Unio 0,00 SUPERAVIT

    36 - Salrio-Educao 935.151,12 SUPERAVIT

    37 - Outras Transferncias do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao FNDE (no repassadas por meio de convnios) 852.296,09 SUPERAVIT

    38 - Transferncias do Sistema nico de Sade SUS/Unio 204.263,84 SUPERAVIT

    39 - Fundo Especial do Petrleo e Transferncias Decorrentes de Compensao Financeira pela Explorao de Recursos Naturais 84.387,68 SUPERAVIT

    40 - Royalties de Petrleo Educao - Lei n 12.858/2013 0,00 SUPERAVIT

    41 - Royalties de Petrleo Sade - Lei n 12.858/2013 0,00 SUPERAVIT

    42 - Outras Transferncias Legais e Constitucionais Unio 0,00 SUPERAVIT

    61 - Transferncias de Convnios Estado/Assistncia Social 568,33 SUPERAVIT

    62 - Transferncias de Convnios Estado/Educao 505.456,05 SUPERAVIT

    63 - Transferncias de Convnios Estado/Sade 25.100,00 SUPERAVIT

    64 - Transferncias de Convnios Estado/Outros (no relacionados educao/sade/assistncia social) 108.469,92 SUPERAVIT

    65 - Transferncias do Sistema nico de Assistncia Social SUAS/Estado 0,00 SUPERAVIT

    66 -Transferncias Legais e Constitucionais do Estado para o Desenvolvimento da Educao 0,00 SUPERAVIT

    67 - Transferncias do Sistema nico de Sade SUS/Estado 0,00 SUPERAVIT

    68 - Outras Transferncias Legais e Constitucionais - Estado 0,00 SUPERAVIT

    80 - Outras Especificaes 0,00 SUPERAVIT

    81 - Operaes de Crdito Internas para Programas da Educao Bsica 0,00 SUPERAVIT

    82 - Operaes de Crdito Internas para Programas de Sade 0,00 SUPERAVIT

    83 - Operaes de Credito Internas - Outros Programas 0,00 SUPERAVIT

    84 - Operaes de Crdito Externas para Programas da Educao Bsica 0,00 SUPERAVIT

    578578

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    FONTE DE RECURSOS

    DISPONIBILIDADE DE CAIXA LQUIDA /

    INSUFICINCIA FINANCEIRA

    Supervit / Dficit

    85 - Operaes de Crdito Externas para Programas de Sade 0,00 SUPERAVIT

    86 - Operaes de Crdito Externas - Outros Programas 0,00 SUPERAVIT

    87 - Alienaes de Bens destinados a Programas da Educao Bsica 0,00 SUPERAVIT

    88 - Alienaes de Bens destinados a Programas de Sade 0,00 SUPERAVIT

    89 - Alienaes de Bens destinados a Outros Programas 68.392,97 SUPERAVIT

    93 - Outras Receitas No-Primrias 0,00 SUPERAVIT

    TOTAL RECURSOS VINCULADOS 0,00

    00 - Recursos Ordinrios -5.558.196,88 DFICIT

    01- Receitas de Impostos e de Transferncia de Impostos - Educao -2.971.705,72 DFICIT

    02 - Receitas de Impostos e de Transferncia de Impostos - Sade -2.004.123,85 DFICIT

    TOTAL RECURSOS NO VINCULADOS 0,00

    Fonte: e-Sfinge

    4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira

    A presente anlise est baseada na demonstrao de quocientes e/ou

    ndices, os quais podem ser definidos como nmeros comparveis obtidos a

    partir da diviso de valores absolutos, destinados a medir componentes

    patrimoniais, financeiros e oramentrios existentes nas demonstraes

    contbeis.

    Os quocientes escolhidos para viabilizar a anlise da evoluo

    patrimonial e financeira do Municpio, nos ltimos cinco anos, esto dispostos no

    quadro a seguir, com a devida memria de clculo:

    Quadro 12 Quocientes de Situao Patrimonial e Financeira 2011 2015

    ITENS / ANO 2011 2012 2013 2014 2015

    1 Despesa Executada 108.959.672,23 138.509.177,29 136.100.889,47 173.030.879,35 177.620.480,63

    2 Restos a Pagar 13.491.608,83 8.579.726,71 11.284.861,72 13.030.648,70 15.652.181,92

    3 Ativo Financeiro Ajustado 21.029.376,57 15.977.205,27 19.769.643,43 18.605.579,77 13.531.196,99

    4 Passivo Financeiro Ajustado 14.489.786,51 9.564.466,12 12.415.639,14 14.227.250,51 17.640.088,67

    5 Ativo Real 305.796.319,95 325.145.088,51 342.621.066,37 345.411.124,58 355.798.998,40

    6 Passivo Real 28.747.603,06 23.094.848,13 24.355.148,51 25.643.055,47 26.791.681,68

    QUOCIENTES 2011 2012 2013 2014 2015

    Resultado Patrimonial (56) 10,64 14,08 14,07 13,47 13,28

    Situao Financeira (34) 1,45 1,67 1,59 1,31 0,77

    Restos a Pagar (21)*100 12,38 6,19 8,29 7,53 8,81

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    579579

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 31

    O Quociente do Resultado Patrimonial resultante da relao entre o

    Ativo Real e o Passivo Real.

    No h um parmetro mnimo definido, mas se o resultado deste

    quociente apresentar-se inferior a 1,00 ser indicativo da existncia de dvidas

    (curto e longo prazo) sem ativos suficientes para cobri-las.

    Grfico 09 Evoluo do Quociente de Resultado Patrimonial: 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Como demonstra o grfico anterior, no final do exerccio de 2015 o

    Ativo Real apresenta-se 13,28 vezes maior que o Passivo Real (dvidas).

    O Quociente da Situao Financeira resultante da relao entre o

    Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro, demonstrando a capacidade de

    pagamento de curto prazo do Municpio.

    O ideal que esse quociente apresente valor maior que 1,00, pois

    assim indicar que as obrigaes financeiras de curto prazo podem ser cobertas

    pelos ativos financeiros do Municpio.

    Grfico 10 Evoluo do Quociente da Situao Financeira: 2011 2015

    10,64

    14,08 14,0713,47 13,28

    0,00

    2,00

    4,00

    6,00

    8,00

    10,00

    12,00

    14,00

    16,00

    18,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios

    580580

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 32

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Como demonstra o grfico, a situao financeira do Municpio

    apresenta-se Deficitria, sendo que no final do exerccio de 2015 o Ativo

    Financeiro representa 0,77 vezes o valor do Passivo Financeiro.

    O Quociente de Restos a Pagar (processados e no processados)

    expressa em termos percentuais relao entre o saldo final dos restos a pagar

    e o total da Despesa Oramentria.

    Quanto menor esse quociente, menos comprometida ser a gesto

    oramentria e o fluxo financeiro do Municpio. Aumentos significativos deste

    quociente podem indicar que o Municpio no est conseguindo pagar no

    exerccio as despesas que nele empenhou.

    A situao apresentada pelo Municpio de Itapema demonstrada no

    grfico a seguir:

    Grfico 11 Evoluo do Quociente de Restos a Pagar (%): 2011 2015

    1,451,67 1,59

    1,31

    0,77

    0,00

    1,00

    2,00

    3,00

    4,00

    5,00

    6,00

    7,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios

    581581

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 33

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Verifica-se no grfico anterior que o saldo final de Restos a Pagar

    corresponde a 8,81% da despesa oramentria do exerccio.

    5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES

    O ordenamento vigente estabelece limites mnimos para aplicao de

    recursos na Educao e Sade, bem como os limites mximos para despesas

    com pessoal.

    5.1. Sade

    Limite: mnimo de 15% das receitas com impostos, inclusive

    transferncias, de aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade para o

    exerccio de 2015 artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies Constitucionais

    Transitrias - ADCT.

    Constatou-se que o Municpio aplicou o montante de R$

    23.583.438,16 em gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, o que

    corresponde a 21,18% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A

    MAIOR o valor de R$ 6.881.987,01, representando 6,18% do mesmo parmetro,

    CUMPRINDO o disposto no artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies

    Constitucionais Transitrias - ADCT.

    12,38

    6,19

    8,297,53

    8,81

    0,00

    2,00

    4,00

    6,00

    8,00

    10,00

    12,00

    14,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios

    582582

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 34

    A apurao das despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade,

    pode ser demonstrada da seguinte forma:

    Quadro 13 Apurao das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade: 2015

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    Total da Receita com Impostos 111.343.007,65 100,00

    Total das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade

    34.841.235,41 31,29

    Ateno Bsica 24.326.042,86 21,85

    Assistncia Hospitalar e Ambulatorial 8.468.214,53 7,61

    Suporte Profiltico e Teraputico 892.270,23 0,80

    Vigilncia Sanitria 702.078,90 0,63

    Vigilncia Epidemiolgica 452.628,89 0,41

    (-) Total das Dedues com Aes e Servios Pblicos de Sade*

    11.257.797,25 10,11

    Total das Despesas para Efeito do Clculo 23.583.438,16 21,18

    Valor Mnimo a ser Aplicado 16.701.451,15 15,00

    Valor Acima do Limite 6.881.987,01 6,18

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade:

    Grfico 12 Evoluo Histrica e Comparativa da Sade (%): 2011 2015

    583583

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 35

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    O grfico anterior demonstra que o Municpio de Itapema em 2015

    aumentou seus gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, em termos

    percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.

    5.2. Ensino

    5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias

    Limite: mnimo de 25% proveniente de impostos, compreendida a

    proveniente de transferncias, em gastos com Manuteno e Desenvolvimento

    do Ensino (exerccio de 2015) art. 212 da Constituio Federal.

    Apurou-se que o Municpio aplicou o montante de R$ 29.996.980,84

    em gastos com manuteno e desenvolvimento do ensino, o que corresponde a

    26,65% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A MAIOR o valor de

    R$ 1.860.512,61, representando 1,65% do mesmo parmetro, CUMPRINDO o

    disposto no artigo 212 da Constituio Federal.

    A apurao das despesas com a Manuteno e Desenvolvimento do

    Ensino, pode ser demonstrada da seguinte forma:

    Quadro 14 Apurao das Despesas com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino: 2015

    15,70 16,3017,91 18,32

    21,18

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite

    584584

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 36

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    Total da Receita com Impostos 112.545.872,90 100,00

    Valor Aplicado Educao Infantil 12.457.547,31 11,07

    Educao Infantil 12.457.547,31 11,07

    Valor Aplicado Ensino Fundamental 44.054.885,45 39,14

    Ensino Fundamental 44.054.885,45 39,14

    (-) Total das Dedues consideradas para fins de apurao do Limite Constitucional*

    26.515.451,92 23,56

    Total das Despesas para efeito de Clculo 29.996.980,84 26,65

    Valor Mnimo a ser Aplicado 28.136.468,23 25,00

    Valor Acima do Limite (25%) 1.860.512,61 1,65

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em Manuteno e Desenvolvimento do Ensino:

    Grfico 13 Evoluo Histrica e Comparativa do Ensino (%): 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    O grfico anterior demonstra que o Municpio de Itapema em 2015

    aumentou seus gastos com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino, em

    termos percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.

    28,3427,21 27,66

    25,83 26,65

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite

    585585

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 37

    5.2.2. FUNDEB

    Limite 1: mnimo de 60% dos recursos oriundos do FUNDEB na

    remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio art. 60, XII,

    do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias - ADCT c/c art. 22 da Lei n

    11.494/07.

    Verificou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 23.686.649,03,

    equivalendo a 86,43% dos recursos oriundos do FUNDEB, em gastos com a

    remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio, CUMPRINDO

    o estabelecido no artigo 60, inciso XII do Ato das Disposies Constitucionais

    Transitrias (ADCT) e artigo 22 da Lei n 11.494/2007.

    A apurao das despesas com profissionais do magistrio em efetivo

    exerccio pode ser demonstrada da seguinte forma:

    Quadro 15 Apurao das Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio

    FUNDEB: 2015

    COMPONENTE VALOR (R$)

    Transferncias do FUNDEB 27.306.926,10

    (+) Rendimentos de Aplicaes Financeiras das Contas do FUNDEB 97.314,99

    Total dos recursos oriundos do FUNDEB 27.404.241,09

    60% dos Recursos Oriundos do FUNDEB 16.442.544,65

    Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio aplicadas com Recursos do FUNDEB*

    23.686.649,03

    Valor Acima do Limite 7.244.104,38

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e da anlise tcnica.

    *Total despesas empenhadas FR 18 R$ 27.272.546,74 (-) despesas consideradas imprprias no

    valor de R$ 3.585.897,71 (fl. 382 a 392).

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio:

    586586

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 38

    Grfico 14 Evoluo Histrica e Comparativa 60% do FUNDEB (%): 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Limite 2: mnimo de 95% dos recursos oriundos do FUNDEB (no

    exerccio financeiro em que forem creditados), em despesas com Manuteno e

    Desenvolvimento da Educao Bsica art. 21 da Lei n 11.494/07.

    Constatou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 27.272.546,74,

    equivalendo a 99,52% dos recursos oriundos do FUNDEB, em despesas com

    Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica, CUMPRINDO o

    estabelecido no artigo 21 da Lei n 11.494/2007.

    A apurao das despesas com Manuteno e Desenvolvimento da

    Educao Bsica com recursos oriundos do FUNDEB pode ser demonstrada da

    seguinte forma:

    Quadro 16 Apurao das Despesas com FUNDEB: 2015

    COMPONENTE VALOR (R$)

    Total dos Recursos Oriundos do FUNDEB 27.404.241,09

    95% dos Recursos do FUNDEB 26.034.029,04

    Despesas com manuteno e desenvolvimento da educao bsica aplicadas no exerccio com recursos do FUNDEB *

    27.272.546,74

    Valor Acima do Limite 1.238.517,70

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    Obs.: * Apurao efetuada com base na execuo oramentria (despesas empenhadas, liquidadas e pagas e os restos a pagar inscritos no exerccio com disponibilidade financeira, considerando-se ainda as possveis excluses relativas s despesas imprprias, entre outras).

    96,27 97,6190,51 88,39 86,43

    0,00

    20,00

    40,00

    60,00

    80,00

    100,00

    120,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite

    587587

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 39

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica com recursos

    oriundos do FUNDEB:

    Grfico 15 Evoluo Histrica e Comparativa 95% do FUNDEB (%): 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Com relao s despesas com Manuteno e Desenvolvimento da

    Educao Bsica custeadas com recursos do FUNDEB, no exerccio em anlise,

    o Municpio de Itapema ampliou sua aplicao, quando comparado ao exerccio

    anterior.

    Limite 3: utilizao dos recursos do FUNDEB, no exerccio seguinte

    ao do recebimento e mediante abertura de crdito adicional - artigo 21, 2 da

    Lei n 11.494/2007.

    O Municpio utilizou, no 1 trimestre mediante a abertura de crdito

    adicional, parcialmente o saldo anterior dos recursos do FUNDEB no valor de R$

    1.014.008,70, quando o saldo total era de R$ 1.016.586,44, DESCUMPRINDO o

    estabelecido no artigo 21, 2 da Lei n 11.494/2007 (Obs.: Vide restrio anotada no

    item Restries de Ordem Legal).

    96,2797,61

    96,45 95,99

    99,52

    75,00

    80,00

    85,00

    90,00

    95,00

    100,00

    105,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite

    588588

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 40

    Supervit financeiro do FUNDEB em 31/12/2015: No tocante ao

    controle da utilizao dos recursos do FUNDEB para o exerccio seguinte

    apresenta-se o Quadro abaixo:

    Quadro 16A Controle da utilizao de recursos para o exerccio subsequente (art. 21, 2 da

    Lei n 11.494/2007

    COMPONENTE VALOR (R$)

    Saldo Financeiro do FUNDEB em 31/12/2015 29.668,80

    (-) Despesas inscritas em Restos a Pagar no exerccio e em exerccios anteriores pendentes de pagamento e/ou despesas registradas em DDO no exerccio, com disponibilidade dos recursos do FUNDEB

    16.234,00

    (=) Recursos do FUNDEB que no foram utilizados 13.434,80

    Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge e anlise tcnica.

    5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF)

    5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio

    Limite: 60% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal

    do Municpio art. 169 da Constituio Federal c/c o art. 19, III da Lei

    Complementar n 101/2000 (LRF).

    Quadro 17 Apurao das Despesas com Pessoal do Municpio: 2015

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 162.033.044,28 100,00

    LIMITE DE 60% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 97.219.826,57 60,00

    Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Executivo

    94.089.448,44 58,07

    Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo

    6.012.018,17 3,71

    TOTAL DA DESPESA PARA EFEITO DE CLCULO DA DESPESA COM PESSOAL DO MUNICPIO

    100.101.466,61 61,78

    Valor Acima do Limite (60%) 2.881.640,04 1,78

    Fonte: Sistema e-Sfinge/Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    Obs.: Vide restrio anotada no item Restries de Ordem Legal do captulo Restries

    Apuradas, deste Relatrio.

    No exerccio em exame, o Municpio gastou 61,78% do total da receita

    corrente lquida em despesas com pessoal, DESCUMPRINDO o limite contido no

    artigo 169 da Constituio Federal, regulamentado pela Lei Complementar n

    101/2000.

    589589

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 41

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das

    despesas com pessoal do Municpio:

    Grfico 16 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Municpio: 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    O grfico anterior mostra o crescimento dos gastos com pessoal do

    Municpio de Itapema, quando comparado ao exerccio anterior.

    5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder

    Executivo

    Limite: 54% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal

    do Poder Executivo (Prefeitura, Fundos, Fundaes, Autarquias e Empresas

    Estatais Dependentes) Artigo 20, III, 'b' da Lei Complementar n 101/2000

    (LRF).

    Quadro 18 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Executivo: 2015

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 162.033.044,28 100,00

    LIMITE DE 54% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 87.497.843,91 54,00

    Total das Despesas com Pessoal do Poder Executivo 94.720.419,78 58,46

    Pessoal e Encargos* 94.113.569,61 58,04

    50,62 50,60

    58,0056,23

    61,78

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    70,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite

    590590

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 42

    Outras Despesas de Pessoal consideradas pela Instruo

    606.850,17 0,37

    Dedues das Despesas com Pessoal do Poder Executivo**

    630.971,34 0,39

    Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Executivo

    94.089.448,44 58,07

    Valor Acima do Limite (54%) 6.591.604,53 4,07

    Fonte: * Sistema e-Sfinge/4Demonstrativos do Balano Geral consolidado. **Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio. Obs.: Vide restrio anotada no item 8.1.4 das Restries de Ordem Legal do captulo Restries

    Apuradas, deste Relatrio.

    O demonstrativo acima comprova que, no exerccio em exame, o

    Poder Executivo gastou 58,07% do total da receita corrente lquida em despesas

    com pessoal, DESCUMPRINDO a norma contida no artigo 20, III, 'b' da Lei

    Complementar n 101/2000.

    Ressalva-se que, embora o Poder Executivo tenha extrapolado o

    limite estabelecido no art. 20, III, 'b' da Lei Complementar n 101/2000, conforme

    estabelece o art. 66, os prazos definidos no Caput do art. 23 da L.C. n 101/00

    para a reconduo ao limite sero duplicados no caso de crescimento real baixo

    ou negativo do Produto Interno Bruto - PIB por perodo igual ou superior a quatro

    trimestres. A citada norma define baixo crescimento como o ndice inferior a 1%

    (um por cento) apurado pela Taxa de Crescimento Real do PIB Acumulada nos

    ltimos Quatro Trimestres (variao em volume em relao ao mesmo perodo

    do ano anterior -%), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

    IBGE. No caso em questo, verifica-se que o PIB nacional, do exerccio de

    2015, atingiu o percentual de -3,85%.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das

    despesas com pessoal do Poder Executivo:

    4 Apurao da Despesa de Pessoal: conforme orientao do Manual dos Demonstrativos Fiscais 6 edio, publicado no endereo

    http://www.stn.fazenda.gov.br/pt/web/stn/mdf

    591591

    http://www.stn.fazenda.gov.br/pt/web/stn/mdf

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 43

    Grfico 17 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Executivo: 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Da anlise do grfico, verifica-se que os gastos com pessoal do Poder

    Executivo aumentaram, quando comparado ao exerccio anterior.

    5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder

    Legislativo

    Limite: 6% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal

    do Poder Legislativo (Cmara Municipal) Artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar

    n 101/2000 (LRF).

    Quadro 19 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo: 2015

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 162.033.044,28 100,00

    LIMITE DE 6% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 9.721.982,66 6,00

    Total das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo

    6.012.018,17 3,71

    Pessoal e Encargos* 6.012.018,17 3,71

    Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo

    6.012.018,17 3,71

    Valor Abaixo do Limite (6%) 3.709.964,49 2,29 Fonte: * Sistema e-Sfinge/Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.

    47,63 47,57

    53,93 52,81

    58,07

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    70,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite

    592592

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 44

    O Poder Legislativo gastou, no exerccio em exame, 3,71% do total da

    receita corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO a norma

    contida no artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar n 101/2000.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das

    despesas com pessoal do Poder Legislativo:

    Grfico 18 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Legislativo: 2011

    2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    O estudo evolutivo dos gastos com pessoal da Cmara expe que

    houve um aumento do percentual quando comparado ao exerccio anterior.

    6. CONSELHOS MUNICIPAIS

    Os Conselhos Municipais so considerados rgos pblicos que

    contribuem de forma significativa na execuo de polticas pblicas setoriais.

    Podem ser de natureza obrigatria ou discricionria, ou seja, os de

    criao obrigatria so exigidos por leis federais, cujas funes so definidas

    2,99 3,03

    4,07

    3,413,71

    0,00

    1,00

    2,00

    3,00

    4,00

    5,00

    6,00

    7,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite

    593593

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2015 - Reinstruo 45

    como deliberativas, fiscalizadoras, assessoramento, supervisora e executiva;

    enquanto que os discricionrios so decorrentes de legislao municipal.

    O artigo 20, 2 da Resoluo n. TC 16/94, alterado pelo artigo 1

    da Resoluo n. TC 077/2013, de 29 de abril de 2013 exige a remessa dos

    pareceres dos conselhos obrigatrios, juntamente com a prestao de contas

    anual, quais sejam:

    a) Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do

    Fundeb, previsto no art. 24, da Lei Federal n. 11.494, de 20 de junho de 2007.

    b) Conselho Municipal de Sade, previsto no art. 1, caput e 2 da Lei

    Federal n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990;

    c) Conselho Municipal dos Direitos da Infncia e do Adolescente,

    previsto no art. 88, inciso II da Lei Federal n. 8.069, de 13 de junho de 1990;

    d) Conselho Municipal de Assistncia Social, previsto no art. 16, inciso

    IV, da Lei Federal n. 8.742, de 07 de dezembro de 1993;

    e) Conselho Municipal de Alimentao Escolar, previsto no art. 18 da Lei

    Federal n. 11.947, de 16 de junho de 2009;

    f) Conselho Municipal do Idoso, previsto no art. 6 da Lei Federal n.

    8.842, de 04 de janeiro de 1994.

    6.1. Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social

    do FUNDEB (CACS FUNDEB)

    O Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do

    Fundeb est previsto no artigo 24 da Lei Federal n. 44.494, de 20 de junho de

    2007.

    Referido rgo tem a funo de acompanhar a correta aplicao dos

    recursos do Fundeb e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar

    (PNATE), bem como supervisionar o censo escolar anual.

    O Conselho Municipal do Fundeb autnomo, no subordinado ao

    Poder Executivo e seus membros no so remunerados. No entanto, dever ser

    criado por lei especfica municipal, e sua composio deve obedecer ao que

    prescreve o art. 24, 1, IV e 2 da Lei n. 11.494/2007:

    594594

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    Art. 24. O acompanhamento e o controle social sobre a distribuio, a transferncia e a aplicao dos recursos dos Fundos sero exercidos, junto aos respectivos governos, no mbito da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, por conselhos institudos especificamente para esse fim.

    1o Os conselhos sero criados por legislao especfica, editada no pertinente mbito governamental, observados os seguintes critrios de composio:

    [....]

    IV - em mbito municipal, por no mnimo 9 (nove) membros, sendo:

    a) 2 (dois) representantes do Poder Executivo Municipal, dos quais pelo menos 1 (um) da Secretaria Municipal de Educao ou rgo educacional equivalente;

    b) 1 (um) representante dos professores da educao bsica pblica;

    c) 1 (um) representante dos diretores das escolas bsicas pblicas;

    d) 1 (um) representante dos servidores tcnico-administrativos das escolas bsicas pblicas;

    e) 2 (dois) representantes dos pais de alunos da educao bsica pblica;

    f) 2 (dois) representantes dos estudantes da educao bsica pblica, um dos quais indicado pela entidade de estudantes secundaristas.

    2o Integraro ainda os conselhos municipais dos Fundos, quando houver, 1 (um) representante do respectivo Conselho Municipal de Educao e 1 (um) representante do Conselho Tutelar a que se refere a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, indicados por seus pares.

    Em consulta ao processo eletrnico gerado atravs dos dados

    encaminhados pelo Municpio de Itapema, constata-se que o Parecer do

    Conselho do FUNDEB indica que as respectivas contas foram aprovadas (fls.

    271 e 272).

    595595

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm

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    6.2. Conselho Municipal de Sade (CMS)

    O Conselho Municipal de Sade CMS est previsto no art. 1, inciso

    II da Lei Federal n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990.

    Trata-se de um rgo colegiado composto por representantes do

    governo, prestadores de servio, profissionais de sade e usurios, atua na

    formao de estratgias e no controle da execuo das polt