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Mod.For.075 .00 1/ 2 PROPOSTA DE TRABALHO Curso: Técnico Superior de Segurança no Trabalho (nível VI) – b-learning Módulo: Psicossociologia do Trabalho Acção Nº: 8 Formador: Marta Serra Data: 07/11/2013 Tema Prevenção do Stress no local de trabalho Objecti vos Saber elaborar um programa de prevenção de stress aplicado a uma situação de trabalho específica. Enunciado do Trabalho Vários estudos referem a função de motorista de autocarros urbanos como uma ocupação profissional de alto risco, no que toca ao desenvolvimento de stress. Imagine que é um Técnico de Segurança no Trabalho numa grande empresa de Transportes Públicos. No início deste ano, na Reunião Anual da Empresa, foram apresentados os resultados de um Diagnóstico Global da Empresa, respeitante ao ano de 2013, realizado por uma empresa externa. Estes resultados revelaram que os trabalhadores (essencialmente motoristas) demonstram ao nível psicológico, forte sentimento de fadiga, tensão e sobrecarga mental. Apresentam ainda perturbações do sono, que

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PROPOSTA DE TRABALHOCurso: Técnico Superior de Segurança no Trabalho (nível VI) – b-learning

Módulo: Psicossociologia do Trabalho Acção Nº: 8

Formador: Marta Serra Data: 07/11/2013

Tema

Prevenção do Stress no local de trabalho

Objectivos

Saber elaborar um programa de prevenção de stress aplicado a uma situação de trabalho específica.

Enunciado do Trabalho

Vários estudos referem a função de motorista de autocarros urbanos como uma

ocupação profissional de alto risco, no que toca ao desenvolvimento de stress.

Imagine que é um Técnico de Segurança no Trabalho numa grande empresa de

Transportes Públicos. No início deste ano, na Reunião Anual da Empresa, foram apresentados

os resultados de um Diagnóstico Global da Empresa, respeitante ao ano de 2013, realizado por

uma empresa externa. Estes resultados revelaram que os trabalhadores (essencialmente

motoristas) demonstram ao nível psicológico, forte sentimento de fadiga, tensão e sobrecarga

mental. Apresentam ainda perturbações do sono, que são particularmente referidas pelos

motoristas, de turnos que iniciam muito cedo.

Nesse sentido, foi-lhe pedido pela Direcção da empresa, o planeamento de um

Programa de Prevenção de Stress para os colaboradores desta empresa para o ano de 2014.

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Resultados:

- Sujeitos a elevadas exigências e conflitos devido ao contacto diário e constante com os

passageiros, a pressão temporal e segurança (condução segura de acordo com as regras

rodoviárias).

- Detêm baixa autonomia (poder fortemente restrito) e suporte. Trabalham isoladamente dos

colegas e superiores, e frequentemente reclamam sobre “não conhecer a gestão de topo”.

- Queixas elevadas aos fatores físicos da cabine, com a constante abertura das portas estão

sujeitos a poeiras, aragens, mudanças de temperatura, ar frio, ruído, maus cheiros, calor e ar

quente. Há, ainda, elevado nível de vibrações e forçada posição de sentado (incomodidade da

posição de sentado e postura corporal). O assento do condutor, e as outras componentes da

cabine, a grande maioria das vezes têm fraca ajustabilidade.

- Grande exposição a assaltos e violência, sobretudo durante os turnos noturnos.

- Vários problemas relacionados com os períodos de pausa: Insuficiente duração (ex. 15

minutos de pausa para almoço); São poucos (ex. um período de pausa durante um dia de

trabalho); Surgem após um longas horas de trabalho; São de baixa qualidade pois acontecem

no fim da linha do autocarro ou em locais mal definidos pela empresa.

Pontos essenciais que devem constar no vosso Programa:

- Objectivos

- Público-alvo

- Intervenção (propostas de melhoria, duração, orçamento…)

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PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE STRESS

O Programa de prevenção de Stress nos locais de trabalho destina-se não só a identificação e

correção de fontes de stress, mas a uma efetivação de medidas preventivas que possam

eliminar as procedências e comportamentos, tanto organizacionais, estruturais, como

funcionais dos postos de trabalho em causa.

Erradicando assim as raízes dos problemas de stress, definindo as melhores estratégias de

forma a promover o melhor desempenho profissional e satisfação pessoal do trabalhador no

posto de trabalho em causa.

O incremento dos custos com as medidas pode vira a ser compensado não só com o melhor

desempenho do trabalhador, diminuição de baixas médicas, acidentes de trabalho, multas, e

também imagem da empresa junto dos clientes.

Objetivos

- Erradicação das fontes de stress.

- Reformulação de políticas organizacionais instituídas pela empresa.

- Formação Profissional adequada aos Trabalhadores em causa e supervisores.

- Formação dos quadros superiores relativamente às causas e consequências do stress no

trabalho

Os objetivos visam a resolução de um problema específico no entanto existe a necessidade de

formação dos quadros superiores para os fundamentos do stresse e como lidar com esta

situação, na gestão funcional e estrutural da empresa.

Público-alvo

- Motoristas de autocarro Urbano- demonstram ao nível psicológico, forte sentimento de fadiga,

tensão e sobrecarga mental. Apresentam ainda perturbações do sono, que são particularmente

referidas pelos motoristas, de turnos que iniciam muito cedo

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Plano de Intervenção

1- Formação:

O plano de formação para motoristas:

Deve incidir sobre relações interpessoais gestão de conflitos, atendimento e

comportamento em público.

Plano de formação de mobilidade e ginástica, exercícios de mobilidade e alongamentos

de melhoramento de circulação sanguínea.

Plano de Formação para os quadros Superiores e motoristas:

Gestão de Stress esta formação deve ser conjunta para que tanto os motoristas tanto os

quadros superiores e de gestão de frota, possam compreender diretamente como lidar e

compreender as realidades distintas entre as diversas atividades, aumentar as relações

interpessoais dentro dos trabalhadores da empresa.

2- :Trabalhador – Local de trabalho – autocarro.

a. Cabines.

i. Criação de cabines de proteção de proteção com a existência de uma

janela ajustável de forma a poder assegurar a segurança dos Motoristas

principalmente nos períodos noturnos, também permitem uma maior

estabilidade das condições ambientais.

b. Assentos

i. Assentos reguláveis em posição várias posições de forma a permitir o

melhor ajuste do condutor

ii. Assentos com suspensão independente, permite a amortização de

choques mecânicos derivados da estrada, e regulável de modo que o

condutor possa escolher a melhor estabilidade do assento

iii. Assentos ergonómicos com ajuste lombar e de apoio de cabeça de

preferência eletrónicos e com memorização de várias posições.

c. Volante

i. Diâmetro inferior a 50 cm

ii. Regulável em altura, profundidade e angulo

iii. Material que permita boa adesão

d. Painel de instrumentos

i. Facilmente legíveis e visíveis com diâmetros visualmente acessíveis de

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qualquer ponto

ii. Dispostos de acordo com a utilização e com marcação visual facilmente

legível

iii. Controlo de botões de fácil acesso e entendíveis, sistemas de segurança e

emergência facilmente localizáveis e de identificação fácil.

e. Pedais

i. Facilmente calcáveis e pequenos

ii. Angulo de inclinação igual e angulo inferior a 25º

f. Menete de Mudanças

i. Ergonómica, e acessível em qualquer posição

ii. Caixa de mudança curtas e de fácil entrada, de preferência com caixa

semiautomática

g. Instalação de sistema de comunicação direta com central em sistema de mãos

livres, e de acesso direto ao supervisor

3- Horários; pausas e Turnos.

a. O Horário de trabalho diurno não deverá ser superior a 8 horas

b. O Horário semanal não deverá ultrapassar as 40 horas

c. O tempo máximo de condução contínuo deverá ser de 4 horas

d. As pausas deverão ser de 20 minutos no mínimo ao final de 2 horas de trabalho,

e o motorista deverá sair do autocarro sendo aconselhado a fazer alguns

exercícios de forma a evitar problemas de circulação

e. Pausa para almoço nunca inferior a 60 minutos

f. Um motorista não deverá fazer mais de 4 horas extraordinárias num dia de

trabalho e consecutivas, e remuneradas como tal

g. O descanso semanal deverá ser no mínimo de 24 precedidas do descanso diário.

h. Os turnos deverão ser consecutivos e em turnos de 4 horas

i. As tarefas deverão ser atribuídas de forma regular e de forma mensal

j. Os turnos deverão ser rotativos de forma sequencial

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4- Gestão organizacional

a. Supervisor fixo e com um grupo de motoristas no máximo de 20

i. Reuniões mensais com cada motorista, para conhecer a sua opinião sobre

o trabalho, satisfação estado d o veículo etc.

ii. Permitir formação e estruturar progressões de carreira

iii. Criar um sistema de medicina de trabalho adequado á especificidade da

função de motorista.

iv. Permitir aos motoristas e a qualquer funcionário da empresa, como

dependentes diretos a utilização dos serviços de forma gratuita, através da

criação de um cartão personalizado.

v. Por duas pessoas num autocarro, em vez de uma, em trajetos de elevado risco e

em turnos noturnos.

vi. Facilidade de acesso aos funcionários da empresa à direção da empresa, se

possível criação de um dia (semanal) para a receção de funcionários pela direção

da empresa,

5- Orçamentação:

Embora existam custos iniciais elevados, estes serão facilmente compensados pelo menor

numero de baixas por acidentes de trabalho, diminuição de problemas internos, diminuição

de produtividade, gastos de combustível, e principalmente satisfação dos clientes,

traduzindo uma melhor imagem da empresa, já que são os motoristas os rostos da

empresa, se a sua satisfação aumentar logicamente que os clientes serão melhor

recebidos.