Primeiro Relato rio: Interca mbio de Longa Duraça o Joao... · não consegui assimilar mais nada,...

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Primeiro Relatorio: Intercambio de Longa Duraçao João Alexandre Cardoso Vieira – Rio de Janeiro (RJ) – Bangu Rotary Clube Bangu Macomb (Illinois) – Estados Unidos Lembro como se você hoje... Meus últimos dias no Brasil. Eu mal conseguia pensar direito, estava sorridente por fora, mas por dentro, sentia uma sensação triste, uma sensação que me inquietava. Não eram coisas como, “será que eles vão gostar de mim”, “será que eu vou aprender a língua”, não, não era nada disso. Minhas inquietudes vinham de um amor gigantesco pela minha família e minha namorada, eu não conseguia pensar em ficar longe dessas duas coisas, eu nunca tinha viajado pra nenhum lugar fora do Rio de Janeiro antes, eu nunca tinha encarado a distância frente a frente, imaginar que eu ia ter que ficar um ano longe disso era meio que impossível pra mim. Meu penúltimo dia foi dedicado totalmente a minha namorada, fizemos bastantes coisas legais como o cinema, e jantar juntos, essas coisas sabe, mas dali... Dali já começava o desespero na minha mente do “e se tudo der errado.” Eu não queria deixar ela, não queria soltar a mão dela mesmo sabendo que não era um adeus, e sim um até logo. O ultimo dia foi terrível, foi o típico dia que você necessita que tenha o dobro do seu horário natural (48hrs) para as coisas saírem perfeitas e sem o stress. Entretanto como a natureza prospera, tivemos um dia “natural” com 24 horas, com muito stress e correria. Já estava arrumadinho, cheiroso, e cabelinho cortado. Sentia-me estranho, nunca gostei do meu cabelo pequeno, ressalta meu dente que é, vamos dizer assim, charmoso. Não me sentia confortável com a ausência do meu par de Chuck Taylor, e minha calça rasgada. Já era hora e tinha que ir, demorou um pouco até chegarmos ao aeroporto, meu meio de transporte foi diferente do da minha família. Assim que pisei lá dentro e os vi, meus parentes, Cíntia, foi o momento em que não consegui assimilar mais nada, como em um filme sabe, tudo em slowmotion. Fiz o Check-in e tudo mais. E finalmente foi a hora, me despedi de todo mundo, e o momento mais difícil, que é até emocionante e complicado para minha pessoa falar sobre nesse relatório, foi quando dei um ultimo beijo na Cíntia, olhei para seu rosto e a vi chorando, assim como meus familiares também, e... entrei por um corredor que se fechou com uma espécie de parede, depois daquilo não conseguia mas vê-los, e também não conseguia parar de chorar.

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Primeiro Relato rio: Interca mbio de Longa Duraça o

João Alexandre Cardoso Vieira – Rio de Janeiro (RJ) – Bangu

Rotary Clube Bangu

Macomb (Illinois) – Estados Unidos

Lembro como se você hoje... Meus últimos dias no Brasil. Eu mal conseguia pensar direito,

estava sorridente por fora, mas por dentro, sentia uma sensação triste, uma sensação que me

inquietava. Não eram coisas como, “será que eles vão gostar de mim”, “será que eu vou

aprender a língua”, não, não era nada disso. Minhas inquietudes vinham de um amor

gigantesco pela minha família e minha namorada, eu não conseguia pensar em ficar longe

dessas duas coisas, eu nunca tinha viajado pra nenhum lugar fora do Rio de Janeiro antes, eu

nunca tinha encarado a distância frente a frente, imaginar que eu ia ter que ficar um ano longe

disso era meio que impossível pra mim. Meu penúltimo dia foi dedicado totalmente a minha

namorada, fizemos bastantes coisas legais como o cinema, e jantar juntos, essas coisas sabe,

mas dali... Dali já começava o desespero na minha mente do “e se tudo der errado.” Eu não

queria deixar ela, não queria soltar a mão dela mesmo sabendo que não era um adeus, e sim

um até logo.

O ultimo dia foi terrível, foi o típico dia que você necessita que tenha o dobro do seu horário

natural (48hrs) para as coisas saírem perfeitas e sem o stress. Entretanto como a natureza

prospera, tivemos um dia “natural” com 24 horas, com muito stress e correria. Já estava

arrumadinho, cheiroso, e cabelinho cortado. Sentia-me estranho, nunca gostei do meu cabelo

pequeno, ressalta meu dente que é, vamos dizer assim, charmoso. Não me sentia confortável

com a ausência do meu par de Chuck Taylor, e minha calça rasgada. Já era hora e tinha que ir,

demorou um pouco até chegarmos ao aeroporto, meu meio de transporte foi diferente do da

minha família. Assim que pisei lá dentro e os vi, meus parentes, Cíntia, foi o momento em que

não consegui assimilar mais nada, como em um filme sabe, tudo em slowmotion.

Fiz o Check-in e tudo mais. E finalmente foi a hora, me despedi de todo mundo, e o momento

mais difícil, que é até emocionante e complicado para minha pessoa falar sobre nesse relatório,

foi quando dei um ultimo beijo na Cíntia, olhei para seu rosto e a vi chorando, assim como

meus familiares também, e... entrei por um corredor que se fechou com uma espécie de

parede, depois daquilo não conseguia mas vê-los, e também não conseguia parar de chorar.

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No aeroporto Internacional do Rio de janeiro (Galeão). Minha mãe, minha avó, e a cíntia.

Meu voo teve uma duração total de 10 horas até eu poder pisar na terra do Obama, mas que

já foi de George Washington, Thomas Jefferson, e do meu favorito, Abraham Lincoln o 16°

presidente dos Estados Unidos. Entrei naquele avião só com o verbo To Be (ser/estar) na

cabeça, e nem preciso falar do sotaque carioca , aquele que você reconhece de longe e ainda

diz “é de Bangu.” Meu acento foi exatamente no meio entre duas poltronas, porém não havia

ninguém ao meu lado direito e, foi quando um senhor aparentemente com seus quarenta e

poucos anos me perguntou em português com um sotaque robotizado, se eu gostaria de

trocar de poltrona com a sua esposa e filho, que estavam exatamente nos acentos ao lado da

janela da ala esquerda do avião. Logo pensei, Deus o senhor é Pai. Logo em seguida retruquei

numa reação rápida, ”mas é claro, porque não ?” Então dali a coisa começou a ficar boa. Após

isso lembro-me que a comissária de bordo indagou-me se eu gostaria de algo para beber, só

que a pergunta foi diretamente em inglês, e eu sem ação fingindo que ela estava admirada

com a minha beleza, que obviamente é incomparável haha, cai na risada. Foi ai que eu

comecei a fazer amizade no avião, uma garota simpática sentada atrás da família simpática,

começou a me ajudar e então não passei fome.

Uma parte engraçada do voo foi quando eu tive que ir ao banheiro. A comissária olhou para

meu rosto e disse “push” (empurre) e meu cérebro assimilando em português falou pra eu

puxar, e não empurrar. O som da palavra “Push” é muito similar ao som da palavra “Puxe”, e

eu fiquei naquela ali puxando até ela se locomover do seu acento e empurrar pra mim.

Como o meu voo foi de conexão, obviamente eu não fui diretamente para meu destino final.

As 5:00 da matina eu estava em Dallas (Texas). Sim isso mesmo, era verão e o calor estava com

a potência do satanás e seu maçarico com energia de dois sóis queimando a minha cabeça.

Não tinha a mínima ideia do que eu tinha que fazer, passar pela alfândega? Quê??? Foi ai que

o casal simpático lá do avião começou a me ajudar de novo. Descobri que ela era brasileira, e

ele canadense, só que havia morado no Brasil por seis anos. Moravam no Canadá, e vinham

visitar a família dela no Brasil. O filho deles de dezessete não falava português, eu achei

engraçado porque a família da parte dela como, avós, tios, tias, primos, deveria ter um

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problemão pra se comunicar com ele. Acabei que conheci uma intercâmbista do Rotary que

estava viajando no mesmo dia que eu, e advinha? Odiava inglês, e não sacava muito da língua

assim como eu. Apresentei-a ao pessoal que estava me ajudando, e assim ela teve ajuda

também. Graças ao nosso bom Deus, deu tudo certo, peguei meu segundo voo as nove e vinte

e cinco. Relaxado e completamente cansado, queria conhecer minha família logo, estava

querendo acabar com aquele suspense e tudo mais, porém estava pensando em casa, na

minha família, na Cíntia, o que é inevitável pra minha pessoa, não pensar nisso todos os dias...

Essa foi a galera me ajudou bastante no avião e no aeroporto. Nunca mais tive contato com

eles, porém, pedi uma foto afirmando que teria que fazer um relatório de intercâmbio. A

intercâmbista que ficou com agente nesse aeroporto, bom o nome dela é Eduarda Silvino, de

Minas Gerais. Ela não está na foto porque foi ela quem bateu a foto, e falando nela vou

adiciona-la aqui agora no facebok.

Como o planejado, peguei meu segundo voo. Deu tudo certo graças ao bom Deus, tive duas

horas até chegar ao aeroporto de Peoria (IL). No desembarque peguei minha mochila e

caminhei para a saída do avião, foi inevitável esbarrar com a comissária americana que me

desejou um ótimo dia, eu bobo sem entender aquilo olhei para seu rosto e abri um sorriso.

Caminhei por pouquíssimo tempo dentro daquele aeroporto, era muito pequeno em

comparação ao de Dallas, o que pra mim era ótimo. Os vi sentado com uma folha de papel

ofício branco escrito meu nome. Logo abri um sorriso imenso e, apesar do meu cansaço eu

disse “Oooi Mãe”.

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Receberam-me com muita alegria, eu estava com muita fome, cansado, mas mesmo assim não

consegui esconder a alegria de ver minha nova familia. Estava lá minha nova mãe, meu novo

pai, e meu novo irmão. Afirmaram que iriam me levar pra comer um hambúrguer do bom no

Mcdonalds, e isso me deixou mais alegre ainda.

A cidade onde eu iria passar um ano da minha vida é nomeada Macomb, e ficava há uma hora

dali. No Mcdonalds tive meu primeiro contato com a Coca-Cola americana, e sim o gosto é

diferente. Uma coisa engraçada pra mim foi o fato de você poder encher o seu próprio copo

com o refrigerante que você preferir, e quantas vezes você quiser, eles chamam isso de Reffil.

Mais tarde descobri que isso acontecia em todos os restaurantes e lanchonetes dos Estados

Unidos.

Chegando em casa finalmente, fiquei admirado. Eu sou louco pela arquitetura americana, as

casas de madeira, aquele cheiro diferente, tudo diferente. Após conhecer todos os cômodos,

fui para o meu quarto onde comecei a desfazer as malas. Não tive descanso não, fomos para

uma festa de aniversário na casa de uma família muito amiga deles. Lá tive meu primeiro

contato com a civilização americana, e também fizemos marshmallows na fogueira, uma coisa

que eu só via em filmes.

Meu inglês era péssimo, alias era o meu primeiro dia, eles achavam engraçado o fato de eu

usar meu google tradutor pra quase tudo, eles o apelidaram de “Best Friend”. Voltei pra casa,

eu estava tão cansado que não cheguei nem a ligar meu computador, pois acreditem isso é

uma coisa rara. Caí na cama e assim começava a aventura mais louca da minha vida.

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No dia seguinte eles me levaram pra conhecer a cidade, a minha escola, os pontos legais.

Fomos pro meu primeiro jogo de Baseball, o qual eu consegui pegar uma bola. Outra coisa

superinteressante que eu fiz, foi aprender a atirar (aqui nos estados unidos eles caçam muitos

animais, então é muito comum você ter uma espingarda, pistolas, revolveres, etc..) e também

pescar por diversão em um lago da família. (sempre fui contra a violência com os animais, ou

simplesmente não gosto de ver ou causar um animal sofrimento, segundo eles o peixe não

sente dor na lateral da boca, então quando eu acabava de pescar, eu o colocava de volta no

lago).

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As aulas haviam começado e, realmente, completamente diferente. O Rotary Club iria começar

assim que começassem as minhas aulas, porém há dois clubes de Rotary na minha cidade,

sendo que um deles era oficialmente o que eu havia sido designado, eu não cheguei a

conhecer nenhum intercâmbista que tinha dois clubes.

As manhãs de todas quintas feiras desde que estou aqui são realizadas as reuniões no

Macomb Morning Club, que é o Rotary Club que oficialmente eu fui designado, e sim é de

manhã, começa antes da escola as 6:30 da manhã. Todas as terças são realizadas as reuniões

no Macomb Rotary Club, que é um clube de Rotary realizado as tardes, na hora do almoço.

Senti uma grande diferença no clube comparado com o Brasil, uma delas é você comer

durante a reunião, ninguém come antes ou depois, e sim no meio. Outra delas é o horário,

porque nós do Bangu começamos as 8:00pm, todos os rotarianos usam um tipo de

identificação com seus nomes, em que eles trabalham e sua função no Rotary.

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Esse aqui é o clube da tarde.

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Esse é o meu conselheiro aqui, John Maguire, uma pessoa incrível.

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Minha escola é bastante diferente, é enorme, e é exatamente como nos filmes. Assim eu

particularmente não me sinto tão bem na escola, é muito complicado de fazer amigos e eu

passo oito horas por dia lá, então sacomé né. Mas é bem interessante o estilo de educação e o

quão grande são as escolas aqui. Esse ai é meu armário, e o ginásio da escola.

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O clima quando eu cheguei na cidade era muito seco, muito quente, aliás, era verão. Isso

acabou com meu cabelo, então tive que cortar e começar a cuidar dele.

Primeiro corte de cabelo, depois dessa só aparei um pouco as pontas, têm que ver como está

agora haha.

Tive a primeira reunião com todos os intercâmbistas do distrito, contando comigo são oito,

porém atualmente temos os outbounds que preenchem o grupo com treze. Foi bastante legal,

e fizemos bastantes coisas legais também como, ir para uma fazenda e ter jogos e estórias

contadas por rotarianos que hospedam intercâmbistas por muitos anos. Sentamos todos ao

redor de uma fogueira igual aos filmes, fizemos marshmallows. Dormimos todos juntos no

YMCA que é um tipo de clube onde você paga mensalmente para frequentar e fazer atividades

como no meu caso jogar basquete, praticar natação, corrida, musculação, entre outros. Os

YMCA’s geralmente são enormes, então foi bem divertido porque ficamos acordados até de

manhã fazendo diversas atividades.

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Uma coisa legal também que eu fiz foi andar nas montanhas dos EUA de JEEP que é aquele

carrinho legal que sobe qualquer coisa. Isso eu fiz com um rotariano super legal chamado John

que também me levou pra um evento de werestling muito famoso aqui nos Estados Unidos

chamado TNA IMPACT WERESTLING. Eu adoro de coração, e nunca achei que iria a um evento

da TNA, então foi bastante marcante ver artistas que admiro como Sting, Jeff Hardy, o próprio

Hulk Hogan em pessoa.

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Eles transmitiram esse programa uma semana depois na televisão, como acontece toda quinta,

e eu pude me ver na televisão haha.

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Fiz bastante coisa, bastante mesma com os Smiths, não tem como citar tudo aqui então

tentarei pelo menos mostrar mais ou menos o que aconteceu.

Fui ao museu de Abraham Lincoln na cidade de Springfield, o que pra mim foi emocionante. O

museu é totalmente interativo e me deixou boquiaberto, não pude tirar fotos dento do museu,

mas tirei foto em frente à tumba de Lincoln.

Fui a um gigantesco e famoso parque de diversões chamado Six Flags, e olha vou falar, depois

daquele dia eu não tenho medo de mais nada. Minha primeira montanha russa foi na cidade

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de Gotham City (onde se passa as aventuras do Batman) e sim, se vocês estão se perguntando

se o parque é temático, o parque é totalmente temático, com diferentes tipos de brinquedos

relacionados a super-heróis.

Tive o Homecoming, que é um tipo de baile da escola, mas que não chega a ser aquilo tudo

porque na verdade é só um baile de outono pros calouros e sophtmores. O baile mesmo ainda

não aconteceu, só acontece no ultimo mês de aula, e é como nos filmes.

Não levei ninguém, e não foi por falta de oportunidades, algumas garotas me perguntaram ta

bom haha.

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Eu estava muito bonito, podem falar ;)

.

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Fui para jogos de Futebol americano, time da casa, do colegial, bastante divertido.

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Umas coisas muito importantes, americanas adoram um gringo com um sotaque Ahahahahaha

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O irmão da minha host mãe é Criador Chefe da empresa High Voltage, qual produz diversos

jogos de vídeo games para todas as plataformas. Ele e sua família são pessoas incríveis, me

hospedaram em sua casa por dois dias na cidade de Rockford. Erick é uma pessoa bastante

generosa, e sabendo que eu desenho, e faço algumas artes gráficas, ele me deu uma mesa

digitalizadora a qual eu não podia comprar. Isso foi demais.

Ele também me deu o casaco dele com controles de vídeo game. Segundo ele, meu casaco não

era legal pra uma pessoa que joga bastante vídeo game.

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Esse ai é o casaco, e óbivo minha linda camisa do Pink Floyd, a qual não poderia faltar neste

tipo de foto.

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Os dias passaram e tudo mais, e veio em fim a neve. A primeira vez que vi neve na minha vida,

foi muito engraçado, então tinha que fazer coisas retardadas.

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Deixei os Smiths uma semana antes do dia de ação de graças. Meus três meses com eles foram

incríveis, será uma das coisas que levarei para o resto de minha vida.

Há algumas coisas a mais que gostaria de falar aqui neste primeiro relatório.

Considero meu programa de intercâmbio um pouco diferente do normal. Eu sou patrocinado

pelo Rotary Bangu, com a maior ajuda da dona Cláudia Reis, oficial de intercâmbio do clube.

Isso quer dizer que aquelas pessoas pagaram pra eu estar aqui fazendo o que estou fazendo,

eu acho que isso é o Rotary, as pessoas que dão de si, sem pensar em si.

Eu nunca havia entendido o porquê, e o porquê eu. Eu realmente tinha muito medo de vir, eu

não queria sair do lado da minha família e namorada. Eu tinha tanto medo disso que acabei

perdendo ela. Eu e a Cíntia nos separamos há alguns meses, e isso foi o que mais me abalou

em todo o intercâmbio, não foi uma separação simples, e eu não soube lidar com. Imaturidade

e um monte de outras coisas impediram de ser uma coisa menos difícil. Tive vontade de voltar

pra casa e tudo mais. Hoje após alguns meses, estamos nos dando bastante bem, eu consegui

recuperar o meu eu perdido, o João que havia contribuído para essa separação, o João que eu

me transformei foi embora, e graças a esse intercâmbio a essa oportunidade. Eu havia parado

de tocar guitarra, de desenhar, de ler, de fazer tudo o que eu gostava e acabei virando uma

coisa nada haver. Hoje estou aqui a quase seis meses e, graças a esse local, a essas pessoas, eu

pude me recuperar. Não posso afirmar que vamos ficar juntos de novo mas, sabe uma coisa

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que eu li uma vez; “O intercâmbio é como uma montanha russa, é cheio de altos e baixos ...”

então sabe, eu tive meus baixos aqui e ninguém, ninguém me abandonou. Tive todo suporte

das minhas famílias, apesar de não serem seus parentes de sangue, você tem o mesmo carinho

e a mesma preocupação.

Graças a esse intercâmbio aprendi tanto gente, tanto, e se eu tivesse a oportunidade de

escolher de novo, em dizer sim ou não para isso, mesmo sabendo do que ia acontecer comigo

eu não recusaria. Eu cresci, e me considero uma pessoa muito melhor do que eu era.