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1 PRINCIPAIS FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A DESISTÊNCIA DE ATLETAS DA MODALIDADE BASQUETEBOL ENTRE 17 A 19 ANOS Josué Lima Guerra Filho, Daniela Moraes Scoss Centro Universitário Ítalo Brasileiro [email protected] RESUMO Este trabalho tem por objetivo analisar as principais causas de abandono no esporte na modalidade basquetebol na categoria Sub-17 a Sub-19. Embora existam estudos acerca da especialização e abandono precoce no esporte, ainda há uma carência na busca pelas causas do abandono especificamente do basquetebol. O presente estudo possuirá um delineamento qualitativo, de natureza retrospectiva, no qual se buscará caracterizar os motivos de abandono do Basquetebol A amostra será composta por 20 atletas da modalidade Basquetebol e que tenham entre 17 a 19 anos. Serão pesquisados 10 treinadores profissionais de Basquetebol todos formados e treinadores de equipes de Base da Federação Paulista de Basketball (FPB), Ligas e demais competições que são filiadas a entidade máxima da modalidade. Conclui-se que o trabalho de detecção de talentos e a correta utilização dos mesmos nas equipes de idade superiores, respeitando suas características e individualidades são de suma importância para o bom desenvolvimento do trabalho de base no basquete. Por falta de desenvolvimento físico, maturações biológicas e emocionais não se encontram preparados para participação em campeonatos profissionais, bem como em treinamentos especializados em clubes e precocemente abandonam a modalidade. Palavras Chave: detecção de Talentos; basquetebol; Abandono do esporte; psicologia do esporte.

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PRINCIPAIS FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A DESISTÊNCIA

DE ATLETAS DA MODALIDADE BASQUETEBOL ENTRE 17 A 19

ANOS

Josué Lima Guerra Filho, Daniela Moraes Scoss

Centro Universitário Ítalo Brasileiro

[email protected]

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo analisar as principais causas de

abandono no esporte na modalidade basquetebol na categoria Sub-17 a

Sub-19. Embora existam estudos acerca da especialização e abandono

precoce no esporte, ainda há uma carência na busca pelas causas do

abandono especificamente do basquetebol. O presente estudo possuirá

um delineamento qualitativo, de natureza retrospectiva, no qual se

buscará caracterizar os motivos de abandono do Basquetebol A amostra

será composta por 20 atletas da modalidade Basquetebol e que tenham

entre 17 a 19 anos. Serão pesquisados 10 treinadores profissionais de

Basquetebol todos formados e treinadores de equipes de Base da

Federação Paulista de Basketball (FPB), Ligas e demais competições

que são filiadas a entidade máxima da modalidade. Conclui-se que o

trabalho de detecção de talentos e a correta utilização dos mesmos nas

equipes de idade superiores, respeitando suas características e

individualidades são de suma importância para o bom desenvolvimento

do trabalho de base no basquete. Por falta de desenvolvimento físico,

maturações biológicas e emocionais não se encontram preparados para

participação em campeonatos profissionais, bem como em treinamentos

especializados em clubes e precocemente abandonam a modalidade.

Palavras Chave: detecção de Talentos; basquetebol; Abandono do

esporte; psicologia do esporte.

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ABSTRACT

This work aims to analyze the main causes of sport abandonment in

basketball in U-17 category U-19.Perhaps there are studies of

specialization and early absence in the sport , there is still a shortage in

the search for the causes of abandonment specifically in basketball

categories. This study will have a qualitative design, retrospective nature

and motive, in which they seek to characterize Basketball abandonment

reasons, in which the samples will consist of 20 basketball athletes with

age between 17 to 19 years old. It will be searched 10 Basketball

professional trainers and coaches all formed Base teams affiliated to

Paulista Federation of Basketball (FPB), leagues and other competitions

that are affiliated to the governing sport body. The talent detection work

and the correct use of them in the higher age teams, respecting their

characteristics and individuals are very important for the proper

development of basic work in basketball. For lack of physical, biological

and emotional maturation are not prepared to participate in professional

leagues, as well as specialized training in clubs and drop out mode .

Key Words: talent detection; basketball; sport dropout; sports psychology

INTRODUÇÃO

No esporte de rendimento existem variáveis a serem investigadas,

tais como romper barreiras, alcançar o impossível, treinar até a exaustão

buscando a perfeição de gesto motor. Na rotina diária dos atletas está

sempre presente a superação de limites individuais e sociais. Em uma

sociedade que valoriza o sucesso e a vitória, a prática esportiva de alto

rendimento tem como objetivo conseguir atingir os mais altos níveis de

rendimento dentro de uma competição (SILVA; RUBIO, 2003).

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Muito se discute sobre as consequências do treinamento esportivo

precoce e a formação esportiva, principalmente nas categorias de base

em diversas modalidades. O processo de iniciação esportiva de crianças

e adolescentes é uma temática de grandes discussões e

questionamentos.

Kunz (1994) define treinamento precoce como uma prática na qual

crianças são introduzidas antes da puberdade a um processo de

treinamento sistematizado, planejado e organizado em longo prazo, que

se efetiva em um mínimo de três sessões semanais, com o objetivo do

gradual aumento do rendimento, além de participação periódica em

competições esportivas (HANSEL; NEUENFELDT, 2007).

As consequências da especialização esportiva precoce podem

custar o desenvolvimento de atletas talentosos, que por serem exigidos

em demasia nas fases iniciais, desistem do processo. A iniciação

esportiva deve inicialmente ser feita por meio de atividades e exercícios

que levam a aquisição ou aprimoramento das habilidades especificas do

esporte ou atividade física. Atletas que apresentam habilidades acima

da média, em qualquer idade, são considerados talentos e

consequentemente são tratados de maneira diferenciada dos demais.

Isto pode ser um grande equívoco quando se trata de categorias de

base. Desconsiderar a maturação individual para enfrentar altas cargas

de treinamento físico, assim como não levar em conta a maturação

psicológica para enfrentar situações complexas de treinamento e de

jogo, pode levar a desmotivação e desistência do esporte (RAMOS,

NEVES, 2008).

A maturidade biológica deve servir como referencial para a

aplicação de cargas de trabalho evitando assim a ocorrência de lesões o

que de uma maneira ou de outra afastaria o indivíduo da prática, muitas

vezes definitivamente. A avaliação da maturidade pode auxiliar de modo

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eficaz na preparação de jovens atletas diminuindo o rico de lesões

(GALLAHUE, OZMUN, 2001).

Epiphanio (2002) em seu estudo buscou entender os conflitos

vivenciados por atletas na manutenção da prática esportiva de alto

rendimento, baseando-se em acompanhamento psicológico feito com

atletas praticantes de esportes individuais e coletivos, com média de

idade de 18 anos. A autora verificou que em um determinado momento

da vida, é comum ocorrerem conflitos com relação ao desejo manifesto

pelo esporte e isto pode estar relacionado à ausência de objetivos, falta

de perspectiva no esporte e afastamento do prazer inicialmente

proporcionado pelo esporte. Estes conflitos acontecem em um momento

crítico de transformações e coincide com a pressão para a efetivação da

opção pela vida de atleta.

Entre os motivos do abandono a literatura aponta a falta de tempo

para a prática do esporte escolhido, conflitos de interesses, dedicação

aos estudos, o estresse competitivo, a ausência de diversão, a falta de

sucesso ou de habilidades, problemas com colegas ou treinadores, a

monotonia dos treinamentos e as lesões (BUTCHER; LINDNER;

GOULD et al, 1996; JOHNS, 2002; MALINA, 1997; PELTLICHKOFF,

1996; SALGUERO et al, 2003).

Knijnik, Greguol e Seleno (2001) procuraram entender os motivos

do abandono precoce do esporte infanto-juvenil. Os autores citam os

seguintes fatores como os mais relevantes: falta de participação em

campeonatos, ênfase exagerada na vitória e excesso de pressões por

parte dos pais e dos técnicos.

Dentre outros fatores, os mais comuns que têm levado os jovens a

abandonarem o esporte, segundo Garcia (2000), são a pressão

competitiva, a conduta do treinador, a excessiva insistência na vitória, a

falta de diversão, a forma em que estão organizados os treinamentos e

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as competições. O autor cita também que na juventude a influência dos

pais, dos treinadores, dos companheiros e dos amigos, é importante

tanto para a motivação de início de prática como para a permanência

nela.

Estudos sobre o abandono precoce do esporte é tema de estudo

da Psicologia do Esporte. Segundo Gomez et al. (2007) grande parte

dos estudos são realizadas os Estados Unidos, Inglaterra e França. Nos

países como o Brasil e em periódicos de língua espanhola, esta

temática ocupa menos de 1% dos estudos de abandono dentro do

universo de temas da Psicologia.

Existe a necessidade de aumentar os estudos sobre o tema na

atualidade e em diferentes realidades geográficas e socioculturais. Outro

fator que justifica esta ampliação é o fato de que os interesses dos

jovens têm se alterado nos últimos anos, o que pode modificar os

motivos do abandono do esporte (BARA FILHO; GUILLÉN GARCIA,

2008).

Conhecer as principais motivações que levam os jovens a

abandonarem o esporte é importante para compreender esta dinâmica

complexa que envolve vários fatores desde pessoais a situacionais. O

abandono da prática esportiva entre jovens é frequente devido a fase da

vida que proporciona maior instabilidade física, psicológica e social

(BAKER; ROBERTSON-WILSON, 2003; WEINBERG; GOULD, 2001).

PROBLEMA DE PESQUISA

O desenvolvimento desse trabalho surge de uma inquietação em

buscar respostas para o abandono dos atletas no basquetebol tão

precocemente, principalmente atletas com grande talento e que teriam

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um futuro promissor na modalidade e que desistem completamente da

modalidade após serem preteridos das equipes.

O abandono da modalidade em atletas de 17 a 19 anos é

frequente e muitos desses que abandonam o basquetebol, sentem-se

desmotivados a procurarem por novas oportunidades evoluindo do

abandono temporário, para o permanente.

Com poucos estudos com o tema, específicos para o basquetebol,

desenvolver um trabalho com dados inerentes a modalidade ajudaria os

profissionais da área no entendimento para o desenvolvimento de

propostas para redução dos casos.

No basquetebol surgem novos adeptos que ingressam em

projetos esportivos, clubes e equipes amadoras buscando dar iniciar

uma carreira esportiva visando se espelhar nos grandes astros das

principais ligas do mundo todo. Por falta de desenvolvimento físico,

maturações biológicas e emocionais não se encontram preparados para

participação em campeonatos profissionais, bem como em treinamentos

especializados em clubes e precocemente abandonam a modalidade.

De Rose Jr (2002) advoga que cada modalidade esportiva tem

suas particularidades e exige diferentes métodos de preparação e

demandas físicas, técnicas, táticas e psicológicas, mas todas têm como

referencial a competição.

Existem estudos acerca da especialização e abandono precoce

no esporte, mas ainda há uma carência na busca pelas causas do

abandono especificamente do basquetebol.

Através desse estudo, contribuir para entender como se pode

melhorar o processo de desenvolvimento do talento esportivo na

modalidade basquetebol.

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CARACTERIZAÇÃO DO ENSINO APRENDIZAGEM NO

BASQUETEBOL

A proposta de Oliveira (2004) mostra que seguir as fases, bem

como as etapas do desenvolvimento do atleta além de ser o mais

indicado, faz com o que os resultados sejam positivos dentro de um

projeto de promoção do talento. Oliveira et al. (2004) divide em etapas o

processo de ensino-aprendizagem do basquete, considerando a idade e

o desenvolvimento motor do atleta desde a iniciação. Oliveira sugere

que: Etapa de Iniciação ao Basquetebol: Iniciação I 11 a 12 anos Pré-

mini e Mini, Iniciação II 13 a 14 anos, Mirim e Infantil e Iniciação III 15 a

16 Infantil-Infanto. Etapa de Treinamento Especializado: Treinamento

Especializado I Infanto e Cadete 15 a 17, Treinamento Especializado II

Juvenil e Sub-21, Treinamento Especializado III Acima de 20 anos,

Adultos. Etapa de Iniciação do Basquetebol:

No Basquete os treinamentos especializados são orientados de

acordo com as posições que devem ser delimitadas de acordo com cada

atleta, na fase da categoria infantil (15 anos) onde os treinadores

separam os atletas em espaços delimitados na quadra visando dar

treinos específicos para as posições respectivas às composições físicas

dos atletas (altura, força, velocidade). Já na idade que compreende 18 a

21 anos os treinos são voltados à especialização e efetivação das

características de jogo do atleta delimitando suas posições. Oliveira

(2004) caracteriza esses períodos como Fase de Treinamento

Especializado I que compreende os atletas de 15 até 17 anos e

Treinamento Especializado II que compreende atletas de 18 a 21 anos.

ESPECIALIZAÇÃO PRECOCE

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Weineck (1991) afirma que a especialização é inevitável no

esporte de alto nível, entretanto ela deveria ocorrer com base em uma

estrutura de treinamento adequada ao desenvolvimento, que leva em

consideração o desenvolvimento individual, que contém um aumento

regular de carga, nos moldes de uma formação básica múltipla e,

principalmente, que garanta movimentos coordenativos gerais, ou seja,

a aquisição das habilidades motoras especiais em um tempo certo.

Atletas que deveriam aprender e desenvolver-se de acordo com sua

categoria e aspectos físicos específicos para esta, após descobertos,

passam a ter uma carga muito maior de treinamento, logo que passam a

integrar a categoria superior.

Os treinos de base voltados para o rendimento são sistematizados

e tem como referencia os métodos e conceitos utilizados em treinos das

categorias adultas. O que difere, são as cargas e repetições que são

ministradas aos atletas. Costa (1997) sugere que durante a fase de

treinamento deve-se levar em conta que a sensibilidade do aparelho

locomotor é proporcional a velocidade de crescimento. Sendo assim

promover o atleta somente por conta de sua habilidade ou talento

excluindo tal consideração, pode causar transtornos futuros e

potencializar as causas do abandono. A especialização precoce não é

isoladamente uma das causas do abandono dos atletas das categorias

Cadete (sub-17) e Juvenil (Sub-19) e sim uma resultante de uma série

de fatores decorrentes das ações do treinador. Alguns treinadores de

basquete no momento em que promovem os talentos de suas equipes

levam em conta somente os fatores altura e habilidade em relação à

idade do atleta. Mas para esse processo, há várias vertentes que devem

ser consideradas: A fase de desenvolvimento e crescimento motor que

segundo Oliveira (2004) a preparação física de um atleta deve ter

caráter multifacetado, com uma proposta de treinamento geral,

9

desenvolvendo equilibradamente as diversas capacidades motoras,

utilizando-se de movimentos diversificados e amplos. Focando nessa

linha de raciocínio, observa-se que os atletas ao alcançarem a idade de

17 anos passam por uma mudança significativa devendo ter uma

maturação e domínio dos principais fundamentos de maneira global e

não especializada considerando as capacidades físicas equivalentes a

modalidade que são: Força, Agilidade, Velocidade, Flexibilidade,

Resistência, Coordenação Motora e Destreza. Na especialização

precoce, principalmente sem o devido monitoramento, essas etapas não

são seguidas como deveria, através da seleção do talento no basquete

baseado somente na altura e na habilidade, buscando no atleta o

complemento ou a solução para um problema na qualidade da equipe.

O ABANDONO PRECOCE

Nunes et.al (2009) afirma que o desempenho físico e técnico de

atletas de diferentes modalidades pode ser influenciado por

características antropométricas e por parâmetros funcionais/fisiológicos,

os quais podem ser utilizados como indicadores relevantes para a

seleção e detecção de possíveis talentos esportivos.

Em um estudo realizado por Moreira et. al (2008) onde o mesmo

analisou a dinâmica de variáveis morfológicas e de performance motora

de jovens jogadores de basquetebol, foram tidos como amostra 76

atletas entre 11 e 16 anos de idade em parte do estudo constatou que

apesar de todos os dados obtidos a escolha arbitrária por parte dos

profissionais não é a mais adequada.

Rose Jr. (2002) advoga que despreparo e a falta de

conhecimentos na área da pedagogia do esporte por parte de

profissionais, técnicos e professores envolvidos com a iniciação

10

esportiva também contribui no processo de evasão do esporte oficial em

uma fase posterior.

Rose Jr. (2002) expõe ainda que podem ser citados alguns

problemas na iniciação esportiva relativos à pedagogia do esporte tais

como: as práticas esportivizadas, a fragmentação de conteúdos, a

prática repetitiva de gestos técnicos e a especialização precoce.

MÉTODO

O presente estudo possuirá um delineamento qualitativo, de

natureza retrospectiva, no qual se buscará caracterizar os motivos de

abandono do Basquetebol por atletas com idades ente 17 a 19 anos.

A utilização de uma metodologia com de cunho retrospectivo é

uma boa alternativa para investigar o abandono esportivo, segundo

Butcher, Lindner e Johns (2002).

Será aplicado um questionário aberto com o objetivo de verificar os

motivos do abandono da prática do Basquetebol.

A amostra será composta por 20 atletas da modalidade

Basquetebol e que tenham entre 17 a 19 anos.

Serão pesquisados 10 treinadores profissionais de Basquetebol

todos formados e treinadores de equipes de Base da Federação

Paulista de Basketball (FPB), Ligas e demais competições que são

filiadas a entidade máxima da modalidade.

A análise dos resultados será por meio de análise de conteúdo

proposto por Minayo (1994). Este método qualitativo de análise das

respostas irá relacionar estruturas semânticas significantes com

estruturas sociológicas significados dos enunciados.

Segundo Minayo (1994 p. 21) a pesquisa qualitativa "trabalha com

o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e

11

atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações,

dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à

operacionalização de variáveis”.

Todos os entrevistados estarão cientes dos objetivos do estudo e

assinarão o TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para

participação deste e utilização dos resultados, de acordo com o Comitê

de Ética em Pesquisa (CEP – AACD) Av. Prof. Ascendino Reis, 724,

Ibirapuera, São Paulo-SP CEP 04027-000, Telefone (11) 5576-0777

órgão regulador do Centro Universitário Ítalo Brasileiro.

Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP –

AACD) sob o parecer número: 938.229.

Resultados

Análise e Discussão dos Resultados

O histórico da carreira do atleta

Para o analise e discussão no primeiro momento se refere ao

período em que se inicia na modalidade passando pelo enfrentamento

do primeiro processo seletivo e logo depois o acesso à primeira

oportunidade de disputar campeonatos que são regulados pelas

Federações. No segundo momento, através dos discursos dos atletas

saber como foi trabalhada sua formação enquanto da intervenção do

professor ou técnico de basquetebol.

Com quantos anos iniciou a prática do Basquete?

Em diversos estudos acerca do desporto e da pedagogia

esportiva, existem várias definições e sugestões de idade para o inicio

da atividade esportiva desde que se respeite alguns preceitos e

12

protocolos acerca do ensino aprendizagem das modalidades, bem como

levar em consideração a faixa etária dos iniciados.

De acordo com os entrevistados, os atletas que iniciaram as

atividades de Basquetebol com até 05 anos totalizaram 5%, entre 8 a 10

anos 20%, entre 11 e 13 anos 60% e entre 15 e 16 anos 15%.

Gráfico 1 – Idade de Inicio Aprendizagem Modalidade

Bompa (2002) sugere 7 a 9 anos a idade ideal para iniciar a prática

do esporte.

Segundo Daiuto (1991) na primeira fase, o contato com a quadra,

compreendida entre 7 e 10 anos, a criança adquire os fundamentos e se

desenvolve por meio de jogos e regras, no intuito de aspecto recreativo,

objetivando ajudá-las em seu controle motor.

Na fase de treinamento pós-iniciação na modalidade, como foi seu

primeiro processo seletivo (peneira)? Como eram selecionados os

atletas?

Os processos seletivos conhecidos vulgarmente como peneiras

vêm sendo questionados pela forma com a qual se dá o processo, onde

se busca atletas através da seleção natural e aqueles que apresentam

maiores habilidades técnicas.

Questionou-se aos atletas como foi seu primeiro processo de

seleção logo após iniciarem a prática da modalidade. A maior parte

13

dos entrevistados 55% relataram que as seleções dos processos

seletivos se davam por meio da Seleção Natural, onde os atletas eram

escolhidos por sua estatura e composição física.

35% dos entrevistados relataram que a escolha foi feita buscando

atletas que tinha melhores habilidades. Somente 10% dos entrevistados

relataram que as escolhas eram feitas através da seleção natural e

também habilidades.

Gráfico 2 – Critério de Avaliação em Processos Seletivos (Peneiras)

Em um estudo realizado por Moreira (2008) onde utilizou 76 atletas

com idade entre 11 e 16 anos, foi analisada a dinâmica de variáveis

morfológicas e de desempenho motora de jovens jogadores de

basquetebol e constatou que apesar dos dados obtidos, esses são

desconsiderados por profissionais através de suas erráticas seleções

arbitrárias.

A seguir, transcrevemos alguns depoimentos de atletas sobre o modo

como eram realizados os processos seletivos:

S1... “Participei de um treinamento diário. Um dos critérios adotados foi

por jogadores mais altos e fortes.”

S2... “Escolhas eram feitas por jogadores mais altos e com melhor

habilidade”

14

S5... “Todos os atletas da mesma categoria treinavam juntos e os que se

destacavam eram chamados. Principalmente os mais altos e fortes”.

S6... “Foi bem complicado, tinha muitos garotos e eles escolhiam os

mais técnicos e altos”.

S20... “Tivemos coletivo ai depois foram feitas as seleções pela

estatura”.

Com quantos anos iniciou sua trajetória em equipes de

rendimento?

Crianças e adolescentes ingressam em equipes formais, que são

filiadas a federações esportivas cada vez mais cedo. No Basquete, já há

competições formais, organizadas por federações, onde, a categoria

inicial é Sub12 anos e a competição já visa ter um campeão. Busca-se

então o resultado dificultando o processo de ensino aprendizagem.

Entre os entrevistados 15% iniciaram em equipes federadas entre

9 e 10 anos, 30% entre 11 e 13 anos e 55% entre 14 e 16 anos.

Gráfico 3- Idade de Inicio em Equipes Federadas

Arena e Bohme (2004) advogam que de modo genérico a faixa etária de

12-14 anos é a mais preconizada na literatura para que a criança

comece a participar de um treinamento específico de determinada

modalidade esportiva com finalidade competitiva.

15

De Rose Jr. (2002, p.35) afirma ainda que “sob o ponto de vista do

desenvolvimento, não há necessidade de envolvimento de crianças

antes dos 12anos de idade em atividades competitivas altamente

organizadas nos moldes das federações esportivas”.

Onde iniciou quantos professores/técnicos tinham nas aulas ou

treinos? Dias da semana e horários?

No quesito referente à quantidade de Profissionais, tivemos 75%

dos atletas entrevistados tiveram a presença de somente um profissional

durantes suas aulas/treinamentos e 25% dos atletas entrevistados

tiveram 2 profissionais durante sua aula e treinamento.

No que se refere à quantidade de Dias da Semana

aula/treinamento, 55% dos entrevistados tinham 2 aulas/treinamento e

45% dos entrevistados tinham 3 aulas/treinamentos por semana.

Com relação à quantidade de horas que treinavam diariamente,

tivemos 75% de atletas treinando duas horas por dia, enquanto 25%

treinavam acima de 2 horas por dia.

Gráfico 4- Quantidade de Profissionais em Aula/Treino

16

Gráfico 5 – Quantidade de dias da Semana

Gráfico 6- Quantidade de Horas Diárias

1.7- Durante o aprendizado dos fundamentos, os exercícios eram

feitos por todos os alunos/atletas ou o professor/técnico,

delimitava os exercícios de acordo com a altura?

Dos atletas entrevistados 80% tiveram os mesmos exercícios

ministrados pelos professores/treinadores durante as aulas/treinos,

enquanto 20% tiveram exercícios separados de acordo com sua

estatura.

Gráfico 6- Prática dos Exercícios

17

Valdomiro (2007) importante destacar que os aspectos

relacionados ao crescimento, maturação e experiência e o ambiente

estão intimamente ligados, sendo que sua percepção separadamente no

treinamento técnico e tático do basquetebol é praticamente impossível.

No caso do Basquetebol onde há uma diferença no tamanho dos

atletas, deve-se tomar cuidado ao sistematizar e especializar

treinamentos as crianças, pois podem ter aumento em sua estatura

durante a fase da puberdade, mas nada lhes garante que manterão o

crescimento e poderão ser pivôs em sua fase adulta (VALDOMIRO

2007).

1.8- Durante a temporada, nos treinamentos os

professores/técnicos preocupavam-se em fazê-los treinar em todas

as posições de jogo?

Nesse questionamento, 30% dos entrevistados afirmaram que

treinavam em todas as posições de jogo ao passo que 70% dos atletas

afirmaram que somente treinavam nas posições correlatas as suas

características físicas. Altura foi o item mais mencionado para

exemplificar essa afirmação.

Gráfico 7- Treinamento Especializado x Treino Global

Campbell (1998; p.33) afirma que “pensar em conceitos abstratos,

como o de jogar numa dada posição específica, é uma situação

demasiadamente avançada; o que a criança quer é estar de posse de

bola e correr a quadra toda”.

18

1.9- Seu técnico costumava promover atletas mais novos, para

treinarem/jogarem com os escalões superiores? Como eram feitas

essas seleções?

Dentre os entrevistados, 75% afirmaram que seus treinadores

fazia a promoção do talento para a categoria superior. 25% afirmou que

seus treinadores, não utilizavam essa prática.

Gráfico 8- Promoção do Talento ao Escalão Superior

1.10- Treinando com o escalão superior era estimulado a treinar de

acordo com sua posição ou tinha experiências em outras

posições?

Entre os entrevistados 75% afirmaram que treinavam somente em

sua posição enquanto faziam parte da equipe de categoria superior a

sua. Os demais 25% afirmaram que tiveram oportunidade de treinar em

outras posições além da sua original.

Gráfico 9- Treinando em Escalão Superior

19

1.11- Como eram as reações dos professores/técnicos quando

erravam os exercícios propostos? Eles tinham uma atitude

enérgica e logo em seguida explicava o exercício novamente ou

simplesmente tinha atitude energética?

Dos entrevistados 75% afirmaram que quando erravam seus

treinadores tinha uma atitude enérgica, porém logo após ensinava o

exercício novamente. 25% afirmaram que os treinadores não tinham

atitude enérgica, explicava e mandavam reiniciar o exercício.

Matveev (1980) e Gomes (2002) advogam que os métodos

demonstrativos visuais são orientados pela apresentação da atividade

motora, demonstrando o que deve ser feito, provocando a imitação.

CONCLUSÃO

Este é o extrato do referencial teórico e a pesquisa de campo ao

analisar os principais casos de abandono do Basquetebol em atletas de

17 a 19 anos, o estudo verificou na iniciação, as maiorias dos

entrevistados 85%, ingressaram na modalidade dentro da idade ideal

para o inicio do aprendizado no Basquetebol.

Constamos pelos depoimentos que a seleção natural é fator

dominante nos processos seletivos na modalidade basquetebol.

Notamos também que se selecionam aqueles atletas os quais possuem

maior habilidade desconsiderando a capacidade cognitiva, buscando

sempre o atleta pronto, mesmo que a proposta do trabalho de base seja

formação.

Quanto à idade de ingresso em equipes Federadas tivemos um

número alarmante de atletas que já iniciam em campeonatos

organizados por federações antes da idade ideal que seria entre 14 e 15

anos de idade.

20

Atletas em idade de iniciação esportiva que representam 75% dos

entrevistados, que não estavam prontos tecnicamente, taticamente,

psicologicamente e maturacionalmente, são submetidos a demandas

físicas, psicológicas, sistêmica e sistematizadas visando o desempenho

máximo para vencer jogos e conquistar títulos.

Como resultado disso, os treinadores/professores passa a lançar

mão da especialização precoce adotando critérios seletivos para a

formação de sua equipe. Evidencia-se então caça aos talentos em

detrimento do trabalho formativo na busca por sucesso precoce.

O sistema competitivo tradicional, por se assemelhar muito ao

esporte de alto nível, não seria o mais indicado no esporte para

crianças.

Exercícios específicos ministrados de acordo com as

características físicas e antropométricas fazem parte do treinamento do

basquetebol. Existem exercícios específicos para armadores, alas e

pivôs que visam melhorar o desempenho de suas habilidades adquiridas

no ensino de base.

Tal proposta de treinamentos específicos ou especializados para

as categorias de base, propostos precocemente na iniciação da

modalidade acabam que limitando o aprendizado e o desenvolvimento

de suas habilidades e capacidades técnicas.

Faz-se necessário a estruturação de um plano de treinamento que

respeite as características físicas, biológicas bem como a faixa etária

dos iniciando na modalidade.

Em um campeonato de base federado ainda que institucionalizado,

voltado para o rendimento máximo em detrimento do rendimento ótimo,

da busca pelo melhor resultado não é delimitador para a intervenção do

profissional que trabalha com categorias de base e iniciação.

21

O resultado de 70% de atletas que faziam exercícios correlatos a

sua estatura evidencia que o trabalho especializado e precoce, visando

desenvolver o atleta tecnicamente em uma determinada função em

detrimento de seu desenvolvimento global e gradual que poderia em

longo prazo ter um atleta desenvolvido em sua plenitude.

A formação de um talento se atribui o fato de se superar

constantemente. A promoção de um talento de sua categoria para uma

categoria superior e o reconhecimento de seus valores é usada nas

categorias de base.

A preocupação aumenta nesse caso, pois os cuidados e a forma

preventiva, bem como a responsabilidade do sucesso ser

majoritariamente do treinador, faz com que tal processo por vezes

resulte no resultado inverso, ou seja, a intervenção profissional é

ineficiente e o insucesso do atleta e posterior abandono da modalidade

são inevitáveis.

O resultado acima é sustentado pela afirmativa da maioria dos

entrevistados 75% que afirmaram treinar somente em sua posição de

jogo quando eram escalados a fazerem parte da categoria superior.

Nas categorias de base se faz necessário o desenvolvimento

global principalmente nas categorias iniciais. Não se pode limitar o

potencial e a oportunidade de aprendizado dos talentos quando da sua

época de formação.

Fazer um trabalho de desenvolvimento das capacidades físicas e

qualidades motoras harmonizando com as fases do desenvolvimento e

maturação e o treinamento técnico-tático adequado é de fundamental

importância para a formação do talento.

A comunicação entre os treinadores/professores e seus

alunos/atletas devem se dar num ambiente onde reforços positivos,

palavras de frases de motivação, acenos, deixam o aluno/atleta

22

enquanto iniciando, ou até mesmo nas primeiras categorias competitivas

amparado a desenvolver seu melhor dentro de suas possibilidades.

Conclui-se que ainda que existam os motivos já descobertos pela

literatura na área, falar sobre a questão da intervenção profissional e

também atribuir o abandono da modalidade a má prática dos treinadores

enquanto da formação do talento se faz necessário para a melhoria do

processo de massificação e fomento do basquetebol.

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