PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS EM PROJETOS DA PAISAGEM…ªncias... · analisar dados dos ambientes...

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 Colloquium Humanarum, vol. 9, n. Especial, jul–dez, 2012 283 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS EM PROJETOS DA PAISAGEM: A REABILITAÇÃO ARQUITETÔNICA E URBANÍSTICA DO PARQUE FIGUEIRAL EM PRESIDENTE EPITÁCIO Priscila Oyan Sotto, Hélio Hirao, Neide Faccio Barrocá. Curso Arquitetura e Urbanismo / Departamento de Planejamento / Universidade Estadual Júlio Mesquita Filho, [email protected]. RESUMO A pesquisa busca elaborar um procedimento metodológico para o estudo de um projeto de paisagem. Para este, toma como referência os estudos da paisagem que a Arquiteta Rosa Kliass utilizou no Projeto de Plano da Paisagem Urbana em São LuisMaranhão. Assim, desenvolvese um novo procedimento metodológico utilizando as ferramentas da APO, o exame de Referências Projetuais e verificação do potencial do lugar, que encaminham para diretrizes projetuais. Para verificar a eficácia desse processo metodológico, o mesmo é aplicado no desenvolvimento de um projeto de reabilitação do Parque Figueiral de Presidente Epitácio, SP. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS Para a elaboração de um procedimento metodológico de análise da paisagem, utilizou como referência a Arquiteta Rosa Kliass no Projeto de Plano da Paisagem Urbana em São Luis, Maranhão. Com o objetivo do estudo da paisagem do Parque Figueiral de Presidente Epitácio, SP, baseouse nas leituras da paisagem desenvolvidas pela arquiteta e adotouse um método semelhante. A adaptação ocorreu devido à diferença de escala dos projetos, porém ambos buscam a reabilitação das áreas. Os itens estudados para o projeto do Parque Figueiral serão: primeiramente a técnica da APO (Avaliação Pós Ocupação) utilizando da aplicação de questionários e da walkthrough; em um segundo momento desenvolvese a leitura de projetos referenciais, elaborando uma matriz de referência projetual; a terceira análise estruturase no estudo da paisagem existente no parque, evidenciando seus aspectos positivos; e como quarta e última análise serão propostas as diretrizes de implantação para o desenvolvimento do projeto. Palavraschave: Procedimento Metodológico em Paisagismo, APO, ReferÊncias Projetuais, Paisagem, Paisagismo. METODOLOGIA E JUSTIFICATIVA O exame dos procedimentos metodológicos que a Arquiteta Rosa Kliass desenvolveu para realizar o Projeto de Plano da Paisagem Urbana, conforme o quadro 1, iniciou uma reflexão para pensar em um método de leitura da paisagem e seu diagnóstico como subsídios para a

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Colloquium Humanarum, vol. 9, n. Especial, jul–dez, 2012

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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS EM PROJETOS DA PAISAGEM: A REABILITAÇÃO ARQUITETÔNICA E URBANÍSTICA DO PARQUE FIGUEIRAL EM PRESIDENTE EPITÁCIO  Priscila Oyan Sotto, Hélio Hirao, Neide Faccio Barrocá.  Curso  Arquitetura  e  Urbanismo  /  Departamento  de  Planejamento  /  Universidade  Estadual  Júlio Mesquita  Filho, [email protected]

  

RESUMO A  pesquisa  busca  elaborar  um  procedimento metodológico  para  o  estudo  de  um  projeto  de paisagem. Para este,  toma como referência os estudos da paisagem que a Arquiteta Rosa Kliass utilizou no Projeto de Plano da Paisagem Urbana em São Luis‐Maranhão. Assim, desenvolve‐se um novo  procedimento metodológico  utilizando  as  ferramentas  da  APO,  o  exame  de  Referências Projetuais e verificação do potencial do  lugar, que encaminham para diretrizes projetuais. Para verificar a eficácia desse processo metodológico, o mesmo é aplicado no desenvolvimento de um projeto de reabilitação do Parque Figueiral de Presidente Epitácio, SP.  

 

 

INTRODUÇÃO E OBJETIVOS 

Para  a elaboração de um procedimento metodológico de  análise da paisagem, utilizou 

como  referência a Arquiteta Rosa Kliass no Projeto de Plano da Paisagem Urbana em São  Luis, 

Maranhão.  Com o objetivo do estudo da paisagem do Parque Figueiral de Presidente Epitácio, SP, 

baseou‐se  nas  leituras  da  paisagem  desenvolvidas  pela  arquiteta  e  adotou‐se  um  método 

semelhante.  A  adaptação  ocorreu  devido  à  diferença  de  escala  dos  projetos,  porém  ambos 

buscam a reabilitação das áreas. 

Os itens estudados para o projeto do Parque Figueiral serão: primeiramente a técnica da 

APO (Avaliação Pós Ocupação) utilizando da aplicação de questionários e da walkthrough; em um 

segundo momento  desenvolve‐se  a  leitura  de  projetos  referenciais,  elaborando  uma matriz de 

referência projetual; a terceira análise estrutura‐se no estudo da paisagem existente no parque, 

evidenciando seus aspectos positivos; e como quarta e última análise serão propostas as diretrizes 

de implantação para o desenvolvimento do projeto.  

Palavras‐chave: Procedimento Metodológico em Paisagismo, APO, ReferÊncias Projetuais, 

Paisagem, Paisagismo.  

 

METODOLOGIA E JUSTIFICATIVA 

O exame dos procedimentos metodológicos que a Arquiteta Rosa Kliass desenvolveu para 

realizar o Projeto de Plano da Paisagem Urbana, conforme o quadro 1, iniciou uma reflexão para 

pensar  em  um  método  de  leitura  da  paisagem  e    seu  diagnóstico  como  subsídios  para  a 

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elaboração de um projeto de reabilitação de uma área pouco apropriada pela população e com 

grande potencial de utilização como é o caso do Parque Figueiral em Presidente Epitácio, SP.  

Portanto,  para  a  leitura  e  levantamento  do  Parque  Figueiral,  utilizando  como  base  do 

estudo  o  procedimento metodológico  da  arquiteta  Rosa  Kliass,  resultou  no  quadro  2,  que  foi 

estruturado  respeitando  suas  proporções,  em  um  esquema  de  leitura  da  paisagem  existente, 

conduzindo as diretrizes projetuais para o desenvolvimento do projeto.  

 

Quadro 1. Análise da Arquiteta Rosa Kliass. 

QUADRO KLIASS   DEFINIÇÃO 

1. Inventário  Mapeamento e locação do existente e dos aspectos naturais da paisagem.   

2. Diagnóstico  Levantamento das atividades da área, do existente, problemas, das tendências e potencialidades constatados. 

3. Análise  Análise em diferentes fatores, suas conexões e superposições. E a análise comparativa com outros objetos no mesmo segmento. 

4. Propostas para a paisagem urbana 

Propor a revalorização do patrimônio cultural e do patrimônio ambiental, em ações de adequação, contenção, consolidação, preservação, expansão. 

5. Diretrizes  Para planos e projetos específicos, estabelecimento de prioridades em relação às atividades futuras a serem desenvolvidas. 

 

Quadro 2. Diretrizes de análise do Parque Figueiral.  

QUADRO ANÁLISE  DEFINIÇÃO 

1. APO  Desenvolve‐se os métodos da APO: a walkthrough e o questionário, para levantar e mapear o existente da área. 

2. Matriz de referências projetuais 

Baseado  na matriz  de  referências  projetuais,  pode‐se  comparar  outros projetos do mesmo segmento, buscando diretrizes para sua implantação. 

3. Estudo da paisagem  Analisa‐se a paisagem buscando valorizar e priorizar o existente.  

4. Diretrizes para implantação 

Diretrizes de implantação proposta para o projeto a ser desenvolvido. 

 

Como  o  projeto  de  São  Luis  é  estruturado  em  uma  escala  urbana,  foi‐se  adaptado  as 

análises para o estudo do Parque Figueiral, que é um parque na cidade de Presidente Epitácio, 

admitindo sua escala local, assim, adotou‐se quatro diferenciados itens para a análise: a primeira é 

a APO  (Avaliação  Pós‐Ocupação)  e  suas  ferramentas:  a Walkthrough  e  os  questionários.  Como 

segundo  item é a  releitura de dois projetos  referenciais com  temas semelhantes; o  terceiro é o 

estudo e  levantamento do potencial do  lugar, que analisados e  refletidos  serviram de  subsídios 

para  realizar um diagnóstico  síntese, como quarto e último  item,  indicando as diretrizes de um 

plano de reabilitação do Parque Figueiral. 

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A APO se equivale ao inventário e ao diagnóstico, pois ambos tratam com o existente da 

paisagem,  as  atividades, problemas,  tendências e  as potencialidades das mesmas. A  análise no 

projeto da Rosa Kliass estuda outros projetos com o mesmo segmento, que é relacionado com a 

matriz de Referências projetuais, pois utilizando de outros projetos na mesma área, se elabora um 

quadro comparativo entre os mesmos.  

Já na proposta para a paisagem urbana, Rosa evidencia e valoriza os aspectos do terreno, 

que ela divide em: patrimônio cultural, patrimônio ambiental, ações de adequações, contenção, 

preservação e expansão. Para o estudo do Parque Figueiral, elabora‐se o estudo da paisagem, de 

forma a valorizar o patrimônio natural e ambiental do parque. 

 

APO (AVALIAÇÃO PÓS‐OCUPACIONAL) DOS AMBIENTES CONSTRUÍDOS 

A APO considera a opinião do usuário, sempre procurando entender sua relação com o 

ambiente  construído.  Segundo  Rheingantz  (2009,  p.  16),  APO  é  ¨um  processo  interativo, 

sistematizado  e  rigoroso  de  avaliação  do  ambiente  construído,  passando  algum  tempo  de  sua 

construção e ocupação.¨  

Já conforme Ornstein  (1992, p. 20), ¨é ¨um mecanismo eficiente de realimentação para 

outros  projetos  semelhantes  e  do  controle  de  qualidade  global  do  ambiente  construído  no 

decorrer de sua vida útil¨. 

  Para este estudo optou‐se por realizar uma APO do tipo walkthought e com aplicação 

de questionário, pois conforme estudos e pesquisa, concluiu‐se que são os métodos mais eficazes 

para esta análise.  

 

Questionário 

O questionário é um exemplo do método quantitativo mais utilizado, segundo Lay e Reis 

(2005).  É  um  instrumento  de  coleta  de  dados,  de  forma  objetiva  e  eficaz.  Com  os  resultados 

percebe‐se  que  o  parque  é  bem  frequentado  por mulheres  e  homens,  sendo  42%  do  público 

feminino e 58% do público masculino. 

O  estado  civil  das  pessoas  é  na maioria  casada  (42%)  e  solteira  (42%). Havendo  uma 

pequena  porcentagem  de  pessoas  divorciadas  (8%)  e  uma  pessoa  viúva.  As  pessoas  que 

frequentam o Parque são de todas as faixas etárias, mas a maioria se concentra entre 20 a 30 anos 

(34%). 

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As pessoas que frequentam são de diversas profissões e que chegam de outras cidades da 

redondeza, havendo também alguns turistas do Mato Grosso do Sul. A nota média, de zero a dez, 

atribuída pelos usuários para o Parque Figueiral é de 7,6. 

Nas perguntas abertas, o ponto mais encontrado foi que faltam mais equipamentos para 

as crianças. Muitos sugeriram a melhoria dos quiosques para refeição. Os pontos positivos mais 

destacados foram a arborização do parque e as áreas de lazer. Os pontos negativos mais relatados 

foram os banheiros, que são muito pouco conservados.   Os  usuários  classificam  a maioria  dos 

equipamentos entre otimo e bom, mas quando a questão em relação a quais equipamentos que 

eles utilizam, a maioria acaba apenas utilizando aqueles que estão na orla da praia.  

 

Walktrrough 

  A walkthought é um exemplo da análise qualitativa, pois  tem o objetivo de coletar e 

analisar dados dos ambientes construídos e a utilização por seus usuários, em um período rápido 

de tempo.   Seu principal objetivo é a descrição de aspectos positivos e negativos do ambiente, a 

partir de um olhar técnico do avaliador. 

Os objetivos são identificar os espaços avaliados, as apropriações imediatas dos usuários 

do  ambiente,  as  principais  alterações  realizadas  nos  espaços  e  o  nível  de  familiarização  dos 

usuários com os espaços. 

As  observações  da  área  foram  organizadas  na  forma  do  estudo  de  walkthought, 

desenvolvida com a coleta de imagens e mapa da área, conforme a figura 1.  

 

MATRIZ DE REFERÊNCIAS PROJETUAIS 

O  objetivo  da  análise  de  outros  projetos  é  a  leitura  e  compreensão  de  projetos 

semelhantes ao desenvolvido,  servindo como  referência a  ser utilizada ou não, dependendo do 

contexto em que se  insere o projeto de requalificação do Parque Figueiral, ou seja, o  lugar e seu 

potencial  (físico,  climático,  conforto,  visuais,  ambiência),  as  características  do  público  alvo 

(hábitos, costumes, anseios, desejos, imaginários) que frequenta o lugar, por exemplo.  

Para o estudo das referências, foram escolhidos duas obras para a leitura projetual. Esta 

leitura  corresponde em uma observação, analise e  compreensão da obra escolhida,  levantando 

seus aspectos positivos e negativos, encaminhando diretrizes para o projeto a ser desenvolvido.  

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Figura 1. Análise da Walktrough. 

 

Os projetos estudados foram visitados e vivenciados, podendo haver uma grande auxílio 

para os estudos dos mesmos. O primeiro é o Camping Fuentes Blancas, na cidade de Burgos, ao 

norte da Espanha. E o segundo é o Balneário da Amizade, na cidade de Presidente Bernardes.  

Assim, nas duas primeiras colunas apresenta as características dos campings escolhidos e 

a terceira coluna são diretrizes projetuais possíveis para o projeto. As Diretrizes Projetuais, são os 

itens  positivos  que  se  deve  ser  estudado  na  reabilitação  do  Parque  Figueiral, mas  que  serão 

melhores destacadas no próximo item.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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MATRIZ DE REFERÊNCIAS PROJETUAIS REFERÊNCIAS PROJETUAIS 

PROJETOS DE REFERÊNCIA   DIRETRIZES PROJETUAIS 

Camping Fuentes Blancas  Balneário do Futuro  Projetos  de  diretrizes projetuais. 

ENTO RNO  

Entorno  composto  pela vegetação  e  um  rio  que passa  na  encosta  do camping  e  uma  praia artificial. 

No  camping  tem  vistas para  fora,  onde  o entorno  é  composto por muita vegetação. 

Busca‐se  o  descanso,  somente com  vistas  para  a  paisagem natural.  

PAISA GEM  

Não  respeita  o  existente da paisagem local. Apenas insere  o empreendimento. 

Não  respeita  o  existente da  paisagem  local. Apenas  insere  o empreendimento. 

A  Casa  da  cascata,  pois  ela propõe  uma  sutil  implantação ao  na  paisagem,  de  forma natural.  

SETORIZAÇÃO 

Atividades  de  forma setorizada.   

Atividades  de  forma setorizada 

Pretende‐se  setorizar  as atividades  propostas, relacionadas  com  suas  funções. Evitando que que se molestem.  

ASPECTOS   ARQUITETÔNICOS 

Nenhuma  característica arquitetônica  marcante.  Apenas  os  bangalôs  que são  todos  feitos  em madeira,  resultando  em uma  tendência arquitetônica.  Área totalmente adaptada para deficientes. 

Arquitetura  tradicional, sem  nenhuma  linha  ou tendência  arquitetônica. Utiliza  das  cores  como característica  marcante para o camping. 

Não  se  pretende  projetar edifícios  monumentais,  apenas utilizar da arquitetura funcional, para  melhor  desenvolver  o projeto.  

 

LEITURA DA PAISAGEM E DIAGNÓSTICO  

Esta  etapa  do  processo metodológico  faz  a  leitura  da  paisagem  existente,  com  seus 

aspectos  naturais  da  topografia,  insolação,  ventilação,  vegetação  e  a  hidrografia,  visuais 

favoráveis. Verifica assim, o potencial do  lugar a  ser  considerado na definição das diretrizes de 

projeto. 

A topografia do Parque Figueiral é consideravelmente plana, com a ressalva de algumas 

áreas que possui um declive mais acentuado, ou até alguns pontos de grandes desníveis. O parque 

possui  um  desnível  de  45m  que  divididos  ao  longo  dos  seus  851m  de  largura,  possui  uma 

inclinação média no terreno de 5,30%.  

A  insolação  incide  no  terreno  de  forma  perpendicular  ao  seu  comprimento.  Assim,  o 

nascer e o por do sol são observados no horizonte do Rio Paraná. 

Os ventos acontecem na vertical do parque e sua maior intensidade ocorre saindo do rio, 

e percorrendo ao longo do parque.  

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A  vegetação  existente  esta  espalhada  ao  longo  do  terreno,  sendo  do  tipo  rasteira  em 

todo o parque. Mas também há várias árvores, de grande, médio e pequeno porte. A vegetação 

existente deverá ser integrada na implantação do projeto arquitetônico e paisagístico. 

A hidrografia é composta pelo rio Paraná, ao  longo de toda a orla do Parque. A orla da 

praia é um atrativo natural. Assim, os quiosques, banheiros e estacionamentos que estão o redor 

da orla, também são os mais utilizados. Os outros equipamentos são muito poucos utilizados. 

Na  figura  2, observa‐se um  esquema da  insolação,  ventilação,  topografia,  vegetação  e 

hidrografia  existente  na  área.  Na  figura  3,  destacam‐se  os  caminhos  atuais  do  parque.  Os 

caminhos de cascalho são os mais utilizados e maiores. Os de pedrisco são os menos utilizados, 

sendo  em  alguns  pontos  do  parque,  praticamente  inexistentes.  O  material  construtivo  dos 

equipamentos existentes é a alvenaria aparente.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 2. Esquema de ventilação, insolação e topografia do parque. Figura 3. Mapa dos caminhos do

parque.

 

RESULTADOS 

Como resultado, apresenta‐se as diretrizes projetuais, que foram baseadas na análise de 

referências  projetuais  dispostas  na  matriz,  bem  como  no  estudo  e  compreensão  das 

características naturais e das intervenções existentes do Parque Figueiral. 

 

 

 

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DISCUSSÕES 

A  discussão  consiste  na  principal  diretriz  do  projeto  de  reabilitação  do  parque  será  a 

integração dos ambientes  construídos  com o  ambiente natural do parque,  trabalhando  com os 

caminhos, fluxos, volumetria e materialidade do objeto proposto. 

A implantação será desenvolvida a partir dos espaços cheios e vazios e de seus caminhos 

existentes. Além de  tirar partido do desnível do  terreno, para um projeto acessível, onde  todos 

seus usuários possam utilizá‐los sem nenhuma restrição. Esta implantação acontecerá na forma de 

setorização das atividades, de forma que estas atividades semelhantes estejam relacionadas com 

as  características  do  terreno  e  sua  potencialidade  a  ser  aproveitada.  Sempre  integrando‐as  e 

relacionado‐as. 

Os caminhos contemplam o visual do parque,  tomando partido para a  implantação dos 

equipamentos, que  estarão  localizados  ao  longo dos mesmos.  Estes  caminhos poderão  ser ora 

contemplativos, ora de percurso, ora de atividades de permanência e ora de flanar. As edificações 

devem se integrar ao máximo, com a natureza. 

Utilizando de materiais que integrem com o parque, as edificações não buscam o objetivo 

de serem monumentais, mas colocadas de forma a participarem da paisagem. Locadas de melhor 

forma no terreno, buscam aproveitar seus aspectos naturais, como ventilação e iluminação.  

 

CONCLUSÕES 

Com  o  procedimento  metodológico  adotado,  o  encaminhamento  projetual  da 

reabilitação  surge  naturalmente,  como  consequência,  bem  como  a  fundamentação  para 

justificativas das soluções adotadas no projeto fica clara. Desta forma o Projeto de reabilitação do 

Parque Figueiral ganha consistência e qualificação. 

Existem  diversos  outras  perspectivas  de  procedimentos metodológicos  em  projetos  da 

paisagem,  mas  este  adotado  possui  uma  condução  lógica  contemplando  os  vários  aspectos 

envolvidos no processo com um potencial de acerto de chegar a boas soluções de desígnios para a 

requalificação do Parque Figueiral.  

 

REFERÊNCIAS  

KLIASS,  R.  G.  Rosa  Klias:  desenhando  paisagens,  moldando  uma  profissão.  Texto:  Ruth  Zein. 

Editora SENAC. São Paulo. 2006.  

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Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 

Colloquium Humanarum, vol. 9, n. Especial, jul–dez, 2012

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ORNSTEIN, S. W.; ROMÉRIO, M. A. (col.) Avaliação pós ocupação (APO) do ambiente construído. 

São Paulo: Studio Nobel / Edusp, 1992. 

RHEINGANTZ, P. A.; et al. Observando a qualidade do  lugar: procedimentos para avaliação pós 

ocupação. Rio de Janeiro: PROARQ/FAU/ARQ, 2009.110p.