PROCESSO DE FABRICAÇÃO DA CERVEJA

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SUMÁRIO 1INTRODUÇÃO _______________________________________________ 4 2MATERIA-PRIMA ____________________________________________6 2.1 MALTE DA CEVADA _________________________________________6 2.2AGUA _________________________________________________________8 2.2 LUPULO______________________________________________________8 2.3 LEVEDO _____________________________________________9 2.4 OUTROS INGREDIENTES___________________________10 3 PROCESSO DE FABRICAÇÃO_____________________________11 3.1 MALTAGEM __________________________________________________11 3.2 FERMENTAÇÃO _____________________________________________12 3.3 MATURAÇÃO _________________________________________13 3.4 FILTRAÇÃO ______________________________________________13 3.5 CARBONATAÇÃO_______________________________________13 4 ENVASE _____________________________________________13 4.1 EMBARRILAMENTO_______________________________________14 4.2 ENGARRAFAMENTO________________________________________14 4.3ENLATAMENTO __________________________________________14 4.4 PAUSTERIZAÇÃO __________________________________________15 4.5 REFERMENTAÇÃO _________________________________________15 5 VANTANGENS E DESVANTAGENS _____________________________15

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SUMÁRIO

1INTRODUÇÃO _______________________________________________ 4

2MATERIA-PRIMA ____________________________________________6

2.1 MALTE DA CEVADA _________________________________________6

2.2AGUA _________________________________________________________8

2.2 LUPULO______________________________________________________8

2.3 LEVEDO _____________________________________________9

2.4 OUTROS INGREDIENTES___________________________10

3 PROCESSO DE FABRICAÇÃO_____________________________11

3.1 MALTAGEM __________________________________________________11

3.2 FERMENTAÇÃO _____________________________________________12

3.3 MATURAÇÃO _________________________________________13

3.4 FILTRAÇÃO ______________________________________________13

3.5 CARBONATAÇÃO_______________________________________13

4 ENVASE _____________________________________________13

4.1 EMBARRILAMENTO_______________________________________14

4.2 ENGARRAFAMENTO________________________________________14

4.3ENLATAMENTO __________________________________________14

4.4 PAUSTERIZAÇÃO __________________________________________15

4.5 REFERMENTAÇÃO _________________________________________15

5 VANTANGENS E DESVANTAGENS _____________________________15

6 CONCLUSÃO _________________________________________________17

7 REFERENCIAS _________________________________________________18

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1. Introdução

Com base nos padrões das plantações dos antigos habitantes da mesopotâmia e

do crescente fértil que eles eram provavelmente produtores de uma espécie de cerveja

no ano 9000 a.c,embora a evidência direta mais recente venha dos resíduos em

fragmentos de cerâmica encontrados na província chinesa de Hunan, datados de 2 mil

anos mais tarde.

Pelo ano 300. a.c, parece-nos que os produtos egípcios haviam determinado que

a cevada era o melhor grão para produzir cerveja e desenvolveram formas grosseiras de

produzir malte. Também sabemos que os celtas produziam com cevada, trigo e aveia em

2000 a.c.

A produção de cerveja era originalmente uma busca doméstica, freqüentemente

feita por mulheres, durante a produção de pão. Mesmo as antigas cervejarias geralmente

empregavam mulheres para supervisionar as receitasse a produção.

Apraga dos antigos produtores era a oxidação. O contato com o ar rapidamente

transforma o álcool em doce, e extratos de grãos fermentados se tornam enjoativos

aldeídos e ácidos orgânicos azedos. Produtores de cerveja buscaram por séculos atrasar

esse processo usando misturas de ervas chamadas grut(ou ainda gruit e gruut).Alguns

fornecedores , tais como aqueles de Bruges nos tempos mediáveis , tornaram –se

imensamente ricos. Inclusive os que alegavam a presença de efeitos de saúde ou

afrodisíacos em suas receitas, apesar da limitada utilidade de seus produtos.

Empregados por boticários por séculos para adicionar amargor perfumado a

antigos remédios, os lúpulos podem ter sido usados também na produção de cerveja.

Como contêm antioxidantes que diminuem a acidificação e anticépticos que reduzem os

fungos e outras infecções, tornaram-se remédio ideal dos produtores, tendo seu uso

espalhado pela Europa a partir da Boêmia entre os séculos 11e 14.

Antes de serem entendidas como micro-organismos vivos, as leveduras,

capturadas em suspensão gotejante, pasta grossa ou grânulos secos, eram reverenciados

como um presente de Deus, que fazia a massa de pão crescer antes de ser assada e

transformava o ralo mingau em uma ale intoxicante.

Embora a cerveja sempre tenha apresentando variações em sua composição por

causa de circunstancias e tradições locais, a partir século 17 produtores começaram

imitar estilos e modas particulares. Os novos fornos de coque permitiram o preparo de

maltes levemente cozidos, o que propiciou a produção da pale ale.No século 18,

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Londres presenciou a criação da primeira porter e depois da stout.Em 1842, uma

cerveja clara e armazenada no gelo foi feita pela primeira vez em Pilsen, ao sul da

Boêmia.

A revolução industrial tornou possível a produção em quantidades cada vez

maiores, enquanto a era do vapor trouxe transporte mais rápido por terra e mar,

possibilitando que a mesma cerveja fosse disponibilizada em vastas áreas e, atémesmo,

em outros continentes.

Em 1862, o micro biólogo Louis Pasteure seus colegas inventaram um processo

que permitia eliminar as pequenas criaturas que tanto podiam dar sabor á cerveja como

arruinar. Isso afastou os produtores das ales vinosas envelhecidas em carvalho, e eles

então se concentraram em fazer ales mais doces e estéreis.

Nunca houve tanta atividade de produção de cerveja em todos os continentes

como existe atualmente. A produção doméstica ocorre até mesmo em estações de

pesquisa na Antártica. E nossos antepassados não testemunharam uma diversidade tão

impressionante de estilos de cerveja, depilsners a porters e ale vermelhas de arroz, a

recriações de cervejas da antiguidade, nem a facilidade de acesso a ales e lagers

sofisticados, de países distantes.

Para ilustrar como a produção de cervejas tornou-se popular, estimamos que o

século 21 ostentasse mais de 10 mil cervejarias por todo o mundo, produzindo mais de

60 mil cervejas regularmente. Esses são números impressionantes.

Como se poderia prever, essas situações resultou se em um abismo crescente

entres as grandes e pesadas cervejeiras e aquelas pequenas e ágeis. Em vez dos

interesses das grandes empresas suprimirem os das menores, descobrimos que são os

pequenos produtores de cerveja que lideram o movimento, guiando a indústria -

incluindo, em muitos casos, as multinacionais em avanços inventivos e, com freqüência,

revolucionários.

De fato, tal é o sucesso de cervejas artesanais, em pequena escala, que o mundo

da cerveja tornou- se algo sem forma, e defini-lo é uma tarefa semelhante a desenhar um

trem em alta velocidade.

Por 10 mil anos, a cerveja já foi considerada um gênero alimentício intoxicante,

promovida como protetora da saúde pública, usada como um meio de tranqüilizar os

trabalhadores, fonte lucrativa de impostos e foco de negócios globais. Apenas

recentemente, desde que quase a perdemos, devido ás guerras, á industrialização e a

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diversas formas de lei seca, a cerveja tornou-se uma bebida a ser apreciada e explorada

de sua própria maneira.

O trabalho que vai ser apresentando tem o objetivo de relatar o processo da

cerveja desde o surgimento até entrega para os consumidores, ressaltando seus

processos de forma clara e objetiva, pois a cervejas e produzidas localmente em todos

os lugares. É claro que as marcas mais comuns estarão nas prateleiras de lojas ou nas

cartas de cervejas dos bares.

Atualmente as cervejas estão presentes em praticamente todos os aspectos da

vida social, e raramente alguém bebendo uma cerveja tem o aturar o desprezo daqueles

que consomem vinho. Cervejas são atrativas, gastronômicas e sociais como sempre

foram, alem de ser um assunto no qual vale a pena conversar e a ler.

2. Matéria- prima

As bebidas alcoólicas resultantes de fermentação de açucares não originários de

grãos ou mesmo que usem cereais, mas não utilizem ao menos 20% de malte de cevada

não podem não podem ser chamadas de cerveja, ainda que apliquem o mesmo processo

bioquímico.

Pela Lei da Pureza da Cerveja Alemã, as cervejas deveriam conter apenas malte

de cevada, lúpulo, água e levedo. Mas a cerveja é uma bebida bastante versátil: permite

muitas possibilidades de variação quanto aos ingredientes utilizados, à proporção entre

eles, o grau de maltagem do cereal, o tipo de lúpulo, o tipo de fermentação, a

temperatura e a duração das etapas do processo e as formas de armazenamento e envase.

2.1 Malte de cevada

A cerveja deve ser produzida obrigatoriamente de cevada, mas às vezes, podem

ser acrescentados a ela outros cereais, como trigo, aveia, arroz, milho, embora estes

sejam bem mais difíceis de maltar.

O grão de cevada é muito parecido com o trigo. Na composição da cerveja, ele é

a principal fonte de amido, cuja estrutura é modificada durante o processo de maltagem

(conversão do cereal natural em malte). Esse amido é convertido em açúcares, tais como

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maltose e glicose, na produção do mosto, durante a primeir fase de preparo da bebida.

Mais tarde, o fermento irá converter os açúcares fermentáveis em álcool e gás

carbônico.

Maltagem

O processo de maltagem transforma o cereal em malte e é fundamental para a

qualidade e a personalidade da cerveja. A composição do mate é responsável pela cor e

pelo paladar da bebida. Também influi indiretamente na espuma e no corpo da cerveja.

Além disso, o álcool será transformado a partir dos açúcares obtidos da transformação

do malte na fabricação do mosto. Por tudo isso, é essencial que o malte tenha boa

qualidade e seja armazenado adequadamente.

Para se conseguir o malte, os grãos de cereal são umidecidos a ponto de

iniciarem a germinação. Quando o embrião começa a germinar, produz enzimas que

quebram parcialmente o amido e as proteínas. A intensidade dessa quebra é chamada

grau de modificação do malte, e é fundamental na formação do sabor e dos aromas do

malte. Nesse ponto temos, então, o malte verde, que após a secagem ou torrefação se

tornará o malte – matéria-prima tanto na fabricação de cerveja quanto na de uísque.

Genericamente, malte de cevada fermentado produz cerveja e malte de cevada destilado

produz uísque. Utilizam-se cerca de 150 gramas de malte de cevada para cada litro de

cerveja a ser fabricada e a maioria das cervejarias prefere comprá-lo de grandes

fornecedores a produzi-lo.

Existem muitos tipos de malte, e alguns deles até recebem nomes dos estilos de

cerveja em que são mais utilizados: Lager, Pale Ale, Caramelo, Chocolate, Escuro e

Cevada Torrada.

A mistura de malte de cevada com outros cereais, maltados ou não, depende da

escolha do mestre cervejeiro em função do produto final desejado ou da escassez de

matéria-prima.

De acordo com a legistação brasileira, as cervejas são classificadas, conforme a

proporção de malte de cevada, em:

Cerveja puro malte – aquela que possui cem por cento de malte de cevada, em

peso, sobre o extrato primitivo, como fonte de açúcares.

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Cerveja – aquela que possui proporção de malte de cevada maior ou igual a

cinquenta por cento, em peso, sobre o extrato primitivo, como fonte de açúcares.

Cerveja com o nome do cereal predominante – aquela que possui proporção

de malte de cevada maior do que vinte e menor que cinquenta por cento, em peso, sobre

o extrato primitivo, como fonte de açúcares. O nome da cerveja de indicar o cereal que

predomina (por exemplo: cerveja de trigo).

2.2 Água

Considerando-se que mesmo as cervejas mais fortes têm 90% de água, a água é

um ingrediente importantíssimo na qualidade final do produto. Mas mesmo sendo uma

ingrediente fundamental do processo de fabricação da cerveja, não se pode dizer, hoje

em dia, que uma cerveja seja “melhor” ou mais saborosa que outra porque sua fonte de

água é mais pura. Existem, inclusive, cervejarias que produzem excelentes cervejas

mesmo com água do mar dessalinizada.

No passado, a disponibilidade de água pode ter auxiliado na criação de

determinados estilos de cerveja em algumas regiões, mas hoje minerais podem ser

removidos ou adicionados a água, para modificá-la. A suavidade e a delicadeza das

cervejas da Boêmia e, até certo ponto, das da Baviera, são incrementadas pela adição de

uma pequena porcentagem de sais na água da região.

A tecnologia permite calibrar as propriedades da água conforme as necessidades

e/ou as receitas. Mas o fabricante não despreza a importância na hora de decidir a

localização da fábrica, que exigirá pouco ou nenhum tratamento da água local.

2.3 Lúpulo

Terceiro ingrediente na formulação da cerveja, o lúpulo é utilizado em pequena

quantidade: são necessários de 40 a 300 gramas de lúpulo para produzir 100 litros do

produto final.

Embora a lei da pureza Alemã determine que o lúpulo é obrigatório, e apesar de

a sua utilização ser praticamente universal, é correto afirmar que uma cerveja que não

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contenha lúpulo continuará sendo chamada de cerveja. Ao contrário do malte, o lúpulo

não altera o teor alcoólico nem o corpo da cerveja. Sua presença é fundamental para

conferir à bebida o amargor característico da maioria das boas cervejas, tendo também

um efeito relaxante – do que se conclui que cerveja é relaxante não apenas pelo álcool.

Algumas variedades de lúpulo são usadas na cerveja para lhe conferir o aroma;

outras para dar-lhe sabor – mais ou menos amargo. Muitas vezes são empregadas com

os dois propósitos. E cada tipo de lúpulo tem sua própria combinação dessas duas

características, permitindo ao cervejeiro determinar aquela que mais convém ao seu

paladar e as exigências de seu mercado.

Alemanha, Estados Unidos, China e República Checa produzem, mas de 80% do

lúpulo mundial, segundo a FAO (food and Agricultural Organization, da Organização

das Nações Unidas).

O lúpulo também é muito sensível a pragas. Essa fragilidade tem forçado o

emprego de fensivos agrícolas sofisticados para sua proteção, o que dificulta a produção

do lúpulo orgânico e a conseqüente produção de cervejas que possam ser classificadas

como 100% orgânicas.

2.4 Levedo

O levedo é um fungo microscópio, cujo nome botânico é Saccharomyces.

Durante o processo de fermentação, consome açucares fermentáveis, como a maltose, e

produz álcool e gás carbônico.

Embora existam centenas de tipos de levedo, a maioria deles não é apropriada

para a fabricação da bebida. À exceção de alguns raros tipos de cerveja. São usadas

asSaccharomyces cerevisiae, e variantes como carlbergensis ou uvarum.

Podemos classificá-las em:

- Leveduras de alta fermentação – utilizadas em processos fermentativos entre

15° e 25°C, durante 3 a 5 dias, produzem aromas típicos frutados e alguns casos

condimentados, ocorrendo na superfície essaS leveduras sobrenadam na cerveja, na

maioria dos casos. Tem o teor alcoólico variado entre 3 a 5,5% em volume.

- Leveduras de baixa fermentação – ativas a temperaturas mais baixas,

utilizadas na maioria dos casos entre 9° e 15°C, durante aproximadamente 6 dias, para

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produzir estilos mais neutros do ponto de vista de aromas da fermentação. O teor

alcoólico é dessas bebidas varia entre 4 e 5%. A baixa fermentação é utilizada,

sobretudo em estilos menos frutados ou condimentados, como as conhecidas cervejas

douradas, leves, brilhantes e com boa espuma, as famosas Lager.

Também existem as cervejas de fermentação espontâneas, cuja fermentação

acontece espontaneamente, a partir de leveduras e bactérias presentes no ambiente. As

leveduras normalmente se concentram na superfície, como as Ale. O processo demora

de 1 a 2 anos, em temperatura ambiente. Além dos ingredientes tradicionais, como

malte de cevada e de trigo, podem utilizar frutas para diversificar seu paladar. Seu teor

alcoólico varia de 4 a 6% em volume, e sua acidez é pronunciada.

Por ser fundamental na formação de aromas na cerveja, é de uma suma

importância que a cultura de levedura seja a mais pura possível, isto é, isentas de

leveduras mutantes e de micro-organismos contaminantes, sendo fundamental a assepsia

das cervejarias.

2.5 Outros ingredientes

Adjuntos, aditivos, ervas aromáticas e frutas são freqüentemente usados como

ingredientes na fabricação da cerveja, a fim de mudar o sabor, o aroma e a cor, criando

uma característica única.

O aditivo mais comum é o açúcar, que pode ser de cana, de beterraba ou de

milho. O açúcar fermenta facilmente e pode, portanto, aumentar o teor alcoólico sem

encorpar a bebida.

São muito comuns, e já aceitas pelo consumidor, cervejas feitas com a adição de

trigo, arroz ou milho. Também já estão no gosto popular especialmente no Brasil,

aquelas às quais se adiciona corante caramelo para torná-las escuras, como é o caso das

cervejas pretas e dos chopes escuros, e da popular Malzbier.

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3.Processo de fabricação

O processo milenar de fermentação de um mosto obtido a partir do cozimento de

cereais para a obtenção da cerveja vem sendo aprimorado ao longo do tempo. A cerveja

que conhecemos hoje é resultante de um processo que vai muito além da simples

transformação de moléculas de açúcar em etanol e CO2.

O processo completo de produção inclui uma etapa que ocorre geralmente fora

da cervejaria. Algumas grandes cervejarias abrigam o ciclo completo mas essas são

exceções.

A cerveja começa a ser produzida quando se escolhe o grão que será utilizado. A

partir daí, o cereal é preparado para ter as características desejadas pelo mestre

cervejeiro.

Etapas do processo:

3.1 Maltagem

Ocorre em três etapas: a maceração, germinação e secagem. A maceração

consiste no fornecimento de oxigênio e água ao grão, dura entre 6 a 12 horas. Na

germinação a cevada sofre modificação física e química, com formação de radículas e

da acrospira e enzimas que irão quebrar o amido e as proteínas no ponto adequado para

o início da germinação, dura de 5 a 6 dias. Na secagem as radículas são eliminadas,

ocorrendo a formação dos aromas típicos do malte, também ocorre a eliminação da

umidade diminuindo o risco de mofo tornando o malte mais leve. A cevada maltada é

passada em um funil antes de ser esmagada e moída. A mistura resultante é na maioria

das vezes chamada de grain bill.

Brassagem – também chamado de fabricação do mosto, consiste em uma

seqüência de procedimentos que transformam o amido e as proteínas contidas no malte

em uma solução de açúcares e outras substâncias chamada mosto. Os principais

processos da brassagem são:

•Moagem do malte – quebrar o grão e expor o amido contido no seu exterior.

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•Mostura – adicionar água ao malte moído submetendo a diferentes

temperaturas por períodos de tempos determinados, resultando no mosto.

•Filtração do mosto – separação do líquido do bagaço do malte, seja em placas

ou em tinas de clarificação (utilizada em cervejarias de pequeno porte).

•Fervura – nesta etapa alguns aspectos são determinantes para o resultado final

da cerveja. A fervura é intensa para esterilizar o mosto e eliminar micro-organismos, é

definida a cor e o sabor da cerveja. É na fervura que é adicionado o lúpulo.

•Separação do trub e resfriamento do mosto – parte das proteínas contidas no

mosto aglutina-se durante a fervura, formando o chamado trub. Após a fervura, o mosto

passa por um processo de separação da fase da protéica (trub), usando o método da

sedimentação. O resfriamento é necessário para que o mosto atinja a temperatura

desejada para a fermentação, utilizando trocadores de calor do tipo placa.

3.2 Fermentação

A fermentação da cerveja consiste basicamente na transformação, pela levedura,

de açúcares em dióxido de carbono CO2 e etanol. Muitos outros compostos também são

formados nesta etapa, como subprodutos do metabolismo da levedura. Alguns deles

amavam aromas agradáveis e outros nem tanto. Procura-se, então, administrar a

fermentação de modo a favorecer a produção e a manutenção dos aromas desejáveis a

eliminação dos indesejáveis. Os fatores mais importantes que concorrem para isso são: a

temperatura de fermentação, a duração, a contrapressão, a escolha adequada da levedura

e a quantidade dela a ser empregada. Entre os principais compostos formada na

fermentação da cerveja estão os alcoóis superiores e os ésteres, responsáveis pelas

características frutadas que algumas cervejas apresentarão. Durante o processo de

fermentação, uma substância exerce um papel importante na formação e eliminação de

aromas: o diacetil., que é formado pela levedura ao longo do processo revelando um

aroma que lembra manteiga rançosa, sendo absorvido pela levedura no final da

fermentação. Ao término da fermentação, a levedura flocula, sedimentando ou

flutuando, dependendo da variedade. É então recolhida, podendo ser utilizada para

fermentações posteriores, desde que mantida a qualidade microbiológica.

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3.3 Maturação

Começa após a retirada das leveduras, durante esta etapa acontecem reações

físico-químicas que transformam o aspecto visual e produzem alguns aromas e sabores,

considerada por muitos o “afinamento” da cerveja. Ao iniciar-se a maturação, a maior

parte dos açúcares já foi metabolizada e transformada em álcool etílico, dióxido de

carbono, glicerol, ácido acético, alcoóis superiores e ésteres. Os cuidados na escolha da

levedura, os parâmetros de temperatura e tempo são decisivos nessa fase, contribuindo

para melhorar a qualidade da cerveja.

3.4 Filtração

Objetivo principal é da um acabamento brilhante para a cerveja. O método mais

usado é a filtração com uso de terra diatomácea ou diatomita., um mineral de origem

sedimentar, rico em sílica, constituído essencialmente por carapaças de minúsculas

algas diatomáceas, dosada de acordo com o volume de cerveja maturada, forma uma

camada filtrante que será retirada nos suportes metálicos de filtros especiais.

3.5 Carbonatação

Concluída a maturação, a cerveja pode apresentar um conteúdo de CO2 inferior

ao desejado para o produto final, nesse caso, é possível a correção injetando-se gás

carbônico na cerveja logo após a filtração, ou nos tanques de armazenamento.

4.Envase

A Envase consiste na fase de colocação da cerveja em sua embalagem final:

barris, garrafas ou latas. Esta fase é um momento critico para o produto, pois a cerveja

sai do recipiente, no ambiente controlado onde foi gestado para um ambiente externo

que pode mudar suas características. Por isso é muito importante que a assepsia das

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instalações, dos barris, das garrafas e das latas seja bem feita para garantir a qualidade e

estabilidade da cerveja. As embalagens mais usadas são barris de 25 a 50 litros, garrafas

retornáveis 600 ml e não retornáveis 300 ml e latas de 300 ml e 500 ml.

4.1 Embarrilamento

O embarrilamento é o processo da cerveja envasada em barris e é chamado de

chope. O chope se diferencia da cerveja envasada em garrafas ou latas pela ausência de

sua pasteurização o que diminui consideravelmente sua vida util. Esse processo é feito

sob baixas temperaturas (em torno de zero grau). Os barris previamente lavados e

sanitizados são pressurizados, o enchimento é feito sob pressão que normalmente utiliza

o CO2 (Gás Carbônico)ou N2 (Nitrogênio ), e às vezes uma mistura dos dois, para

favorecer a estabilidade da espuma. Cheios e lacrados os barris normalmente são

armazenados em baixas temperaturas para preservar suas características.

4.2 Engarrafamento

O engarrafamento é o processo da cerveja envasada em garrafas. O registro mais

antigo sobre uma cerveja engarrafada é do ano de 1568, na Inglaterra, mas somente

depois da invenção da tampinha de metal, foi possível o engarrafamento em larga

escala. Hoje em dia com o desenvolvimento da pasteurização, a cerveja envasada

tornou-se mais estável, o que permiti a distribuição da cerveja para localidades distantes

de onde é fabricada.

4.3Enlatamento

O enlatamento é o processo da cerveja envasada em latas. Esse processo no

inicio enfrentou alguns problemas com o revestimento das latas, que alteravam o sabor e

o aroma da bebida. Isso foi, em parte, superado pelo desenvolvimento das latas e

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revestimentos mais eficientes. As vantagens da lata em relação a garrafa são baixo

custo, maior produtividade e facilidade no transporte.

4.4 Pasteurização

A pasteurização consiste no aquecimento da cerveja em torno de 60oC, por um

curto período. Ocorre esse processo para maior estabilidade microbiológica, onde são

eliminados micro-organismos aumentando assim a vida útil da cerveja.

4.5 Refermentação na garrafa

A refermentação consiste no processo de adicionar mais açucares a cerveja, Isso

é feito no final da maturação no momento em que a cerveja vai ser engarrafada. Na

prática isso representa uma nova dose de alimentos às leveduras, o que provoca uma

nova fermentação, que enriquece ainda mais o aroma, além de carbonatar e elevar o teor

alcoólico da cerveja. Para ocorrer esse processo a cerveja não deve ser pasteurizada.

5. Vantagens e Desvantagens do Produto

Desvantagens do Produto

Antes das justificativas favoráveis à bebida, é importante lembrar que apenas o

consumo moderado e gradual é capaz de trazer efeitos benéficos para o corpo. A cerveja

pode ter benefícios, mas também prejuízos. O primeiro é quando a pessoa combina a

bebida com a direção de qualquer veículo, desde os motorizados até a bicicleta. “E isso

vale para o consumo moderado, pois as pequenas quantidades também reduzem os

reflexos”, destacou Arthur Guerra, chefe do Grupo de Álcool e Drogas da Faculdade de

Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Outro efeito adverso é chamado de “barriga de cerveja”, pois seu consumo

aumenta as taxas de obesidade em homens.

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A bebida tem fortes estimulantes de secreção de ácido gástrico e pode causar

refluxo gastro esofágico – azia. Também pode levar a um aumento da pressão arterial,

causar desidratação, e reduzir a atividade no sistema nervoso central levando a uma

ressaca. Ela também tem muitos conhecidos efeitos negativos sobre o fígado e pode

causar cirrose hepática.

Vantagens do Produto

Pesquisadores do Centro de Estudos Nacionais de Desenvolvimento Infantil, na

Inglaterra, e do Centro Nacional Longitudinal de Estudos da Saúde Adolescente, nos

Estados Unidos, realizaram uma pesquisa na qual acompanharam um grupo de

adolescentes a partir dos 16 anos e constataram que aqueles que ingeriam cerveja

moderadamente na vida adulta eram mais espertos que os colegas abstêmios.

O estudo ainda ganhou respaldo com a pesquisa da American Journal of

Epidemiology que descobriu que a cerveja aumenta a vascularização cerebral e,

conseqüentemente, melhora a função cognitiva.

As vantagens são também para elas, pois a equipe do New England Journal of

Medicine acompanhou 11 mil mulheres por 15 anos e constataram que as que ingeriam

cerveja moderadamente corriam 20% menos riscos de ter demência e problemas de

memória, além de ter menos chances de sofrer um AVC.

Cientistas da Universidade da Califórnia descobriram, em 2010, que as cervejas

do tipo Pale Ale, geralmente ricas em malte, possuem grandes quantidades de silício,

um mineral que ajuda na produção de estrogênios no organismo feminino e que também

protege os ossos contra a temida osteoporose. Por outro lado, as light lagers, as cervejas

de trigo e aquelas sem álcool apresentam pouca quantidade do mineral.

Em novembro de 2010, uma equipe de cientistas espanhóis do Hospital-Escola

da Universidade de Barcelona, constatou, após estudar 1.249 voluntários acima dos 57

anos, que beber cerveja moderadamente - e aí tanto faz se elas são ales ou lagers - é

capaz de reduzir a pressão alta e a diabetes naqueles que associaram a bebida a uma

dieta de estilo mediterrâneo (maior consumo de azeite extra virgem, peixes, frutas e

vegetais). O estudo ainda é embasado por John Folts, da Universidade de Wisconsin

(EUA), que vem destacando, desde 2003, que as cervejas escuras são ricas em

flavonóides, que protegem o coração.

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6. Conclusão

Embora o processo fermentativo para a fabricação de cerveja tenha sido

descoberto de maneira acidental, ao longo do tempo ganhou atenção de muitos ao redor

do mundo. Estudou-se cada etapa envolvida no desenvolvimento, que compreende

desde a colheita da cevada até o engarrafamento do produto final.

Cada detalhe é complexo e importante durante a fabricação de cerveja. Uma

cerveja de qualidade exige uma manipulação rigorosa e uma ampla gama de

conhecimento, para a garantia de um produto uniforme.

Em meio a tanta tecnologia e sofisticação, os apreciadores buscam novos

sabores por meio da fabricação da cerveja artesanal. Voltado para um público elitizado e

que gosta de inovar e experimentar novos gostos, textura e aromas, isso inspirou micro

cervejarias e bares especializados a consolidar uma nova cultura de cervejarias no

pais.O consumidor está sempre apto as novidades e informações, com isso a cerveja tem

sido uma das maiores bebidas consumidas atualmente.

Esse tema tem surgido há pouco tempo e vem ganhando um espaço muito

significativo tanto para degustadores quanto para estudiosos do assunto.

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7. Referências

BELTRAELLI, Mauricio. Cervejas, Brejas e Birras – Um Guia Para Desmistificar a

Bebida Mais Popular do Mundo. Edição 1.São Paulo: Leya Brasil,2012. 320p

MORADO, Ronaldo. Larousse da Cerveja. Edição 1. Brasil: Larousse Brasil, 2009.

357p

WEBB, Tim; BEAUMONT, Stephen. O Atlas Mundial da cerveja – O guia essencial da

cerveja ao redor do mundo.Edição 1.Nova Fronteira,2012. 256p