Processos Organizacionais Processos Organizacionais Unidade 2 1.
Processos..
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11/03/09
Processos de
FABRICAÇÃO I
Prof. Dr. Omar Maluf
Principais Processos de Fabricação
Fundição
Fusão do
metal
Metalurgia do Pó
Compactação e Sinterização
Usinagem
Com perda de material por usinagem
Ferramentas de corte (cavaco)
Conformação
Sem perda de material
“Conformação plástica”
Quente Frio
Soldagem
Reparo de defeitos
Manutenção
União de componentes
2
3
CONFORMAÇÃO PLÁSTICA DOS METAIS
4
CONFORMAÇÃO PLÁSTICA DOS METAIS
Processos de Conformação
Conformação de Volume
Laminação
Forjamento
Extrusão
Trefilação
Conformação de Chapas
Corte
Dobramento
Calandragem
Rebordeamento
Prensagem
5
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO
Conformação Sem perda de
material “Conformação”
Quente
Frio
6
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO
7
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
Deformação permanente sofrida pelo material;
Após o limite de deformação elástica ser alcançado;
Deslizamento de planos cristalinos uns em relação aos
outros.
8
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
Compressão direta
• Forjamento;
• Laminação.
Compressão indireta
• Trefilação;
• Extrusão;
• Estampagem;
Trativo
• Estiramento.
Dobramento
• Calandragem.
Cisalhamento (há ruptura)
• Corte.
9
A Quente
• Executado em temperaturas acima de 0,5Tf ;
A Morno
• Executado na faixa compreendida (grosseiramente) entre 0,3 e 0,5 Tf ;
A Frio
• Executado entre 0 e 0,3 Tf.
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
10
CONFORMAÇÃO PLÁSTICA A QUENTE
• Temperatura acima da recristalização, o material é continuamente recristalizado;
• Não ocorre aumento da resistência do material, podendo-se aplicar grandes níveis de deformação.
Características
11
CONFORMAÇÃO PLÁSTICA A QUENTE
12
CONFORMAÇÃO PLÁSTICA A QUENTE
• Cargas aplicadas relativamente baixas;
• Grandes níveis de deformação;
• Menor energia para deformar o metal, tensão de escoamento decresce com o aumento da temperatura;
• Aumento da capacidade do material para escoar sem se romper (ductilidade);
• Homogeneização química das estruturas brutas de fusão (por exemplo: eliminação de segregações) em virtude da rápida difusão atômica interna;
• Eliminação de bolhas e poros por caldeamento;
• Aumento da tenacidade e ductilidade do material trabalhado em relação ao bruto de fusão.
Vantagens
12
13
CONFORMAÇÃO PLÁSTICA A QUENTE
• Necessidade de equipamentos especiais (fornos, manipuladores, etc.) e gasto de energia para aquecimento das peças. Investimento (R$) fornos;
• Reações do metal com a atmosfera do forno, levando as perdas de material, por oxidação e outros problemas relacionados (ex: no caso dos aços, ocorre também descarbonetação superficial; metais reativos como o titânio ficam severamente fragilizados pelo oxigênio e tem de ser trabalhados em atmosfera inerte ou protegidos do ar por uma barreira adequada);
• Formação de óxidos, prejudiciais para o acabamento superficial;
• Desgaste das ferramentas é maior e a lubrificação é difícil;
• Necessidade de grandes tolerâncias dimensionais por causa de expansão e contração térmicas.
Desvantagens
13
14
CONFORMAÇÃO PLÁSTICA A FRIO
• Temperatura em torno da ambiente;
• Aumento da resistência mecânica do material e diminuição da ductilidade.
Características
15
CONFORMAÇÃO PLÁSTICA A FRIO
Vantagens
• Melhor acabamento e dureza superficial;
• Maior precisão dimensional.
Desvantagens
• Trabalho excessivo metal fratura antes de alcançar a forma e o tamanho desejados;
• Cargas aplicadas relativamente altas.
VARIÁVEIS QUE INFLUEM NA CONFORMABILIDADE
• Composição química
• Tamanho de grão
• Percentagem de elementos de liga
• Distribuição dos grãos
• Morfologia dos grãos
• Tamanho e natureza de precipitados
• Soluções sólidas
Relacionadas com o
material trabalhado
16
• Grau de deformação
• Taxa de deformação
• Temperatura
• Atrito
• Estado de tensão Estas variáveis determinam a microestrutura do material deformado e o modo de escoamento durante o processo.
Relacionadas ao processo de conformação
VARIÁVEIS QUE INFLUEM NA CONFORMABILIDADE
17
18
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA E DA TAXA DE DEFORMAÇÃO
19
Em ensaios com baixas taxas de deformação e temperaturas
elevadas, o deslizamento dos contornos de grão é
preponderante (fluência).
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA E DA TAXA DE DEFORMAÇÃO
20
LAMINAÇÃO
21
Introdução
Vantagens e Desvantagens
Esforços Envolvido
A Quente
A Frio
Defeitos de Laminação
Classificação dos Produtos
Alguns Cálculos
LAMINAÇÃO
22
LAMINAÇÃO
• É o processo que o material é passado por entre dois rolos de um equipamento denominado de laminador, provocando uma redução da sua espessura.
Introdução
23
LAMINAÇÃO
Ao passar entre os cilindros, o material sofre deformação plástica, tem redução da espessura e aumento na largura e no comprimento. Como a largura é limitada pelo comprimento dos cilindros, o aumento do comprimento é sempre maior.
24
LAMINAÇÃO A laminação pode ser feita a quente ou a frio:
• Grandes reduções de espessura. Ex: Para reduzir o aço, a laminação é sempre feita a quente, pois a estrutura cristalina é CFC, facilitando a laminação (forças de coesão são menores, o que facilita a deformação).
Quente
25
LAMINAÇÃO
• Na laminação primária, faz redução ou desbaste inicial dos lingotes em blocos, tarugos ou placas. Transforma seções de lingotes em outras menores de formatos diversos. Nesta etapa ocorre o refinamento da microestrutura dos lingotes e o caldeamento de bolhas e vazios;
• Uma nova etapa de laminação a quente transforma o produto em chapas grossas, tiras a quente, vergalhões, barras, tubos, trilhos ou perfis estruturais.
Quente
26
LAMINAÇÃO
• Ocorre após a laminação primária a quente, é responsável por produtos de excelente acabamento superficial, com boas propriedades mecânicas, controle dimensional preciso, microestrutura de grãos alongados no sentido da laminação anisotropia de propriedades mecânicas.
A Frio
27
LAMINAÇÃO As instalações de uma laminação são compostas por fornos de aquecimento e reaquecimento de lingotes, placas e tarugos, sistemas de roletes para deslocar os produtos, mesas de elevação e basculamento, tesouras de corte e principalmente o laminador.
28
LAMINAÇÃO Os cilindros são as peças-chave dos laminadores, porque aplicam os esforços para deformar o metal. Podem ser fundidos ou forjados, de ferro fundido ou aço especial, dependendo das condições de trabalho. Podem ser lisos, para a produção de placas e chapas, ou com canais, para a produção de perfis.
29
LAMINAÇÃO Tipos de Laminadores:
• dois cilindros de mesmo diâmetro, que giram em sentidos opostos, na mesma velocidade.
Duo
• três cilindros dispostos uns sobre os outros. Na primeira vez, passa entre o cilindro inferior e médio. No retorno, entre o médio e o superior.
Trio
30
LAMINAÇÃO
• quatro cilindros: dois internos (de trabalho) e dois externos (de apoio).
Quádruo
• quatro cilindros combinados: dois horizontais e dois verticais. É utilizado para a laminação de trilhos.
Universal
31
LAMINAÇÃO
• seis cilindros dos quais dois são de trabalho e quatro de apoio.
Sendzimir
32
• É o método mais eficiente e barato de reduzir a seção transversal de uma peça.
• Obtenção de espessuras uniformes ao longo de grandes comprimentos.
• Apresenta alta produtividade e um controle dimensional do produto acabado bastante preciso.
Vantagens
LAMINAÇÃO
• Problema de flexão dos rolos resultando na produção de chapas de espessura maior no centro do que nas bordas.
Desvantagem
33
LAMINAÇÃO Esforços Envolvidos:
Tensões
Compressivas O material é submetido a tensões
compressivas elevadas, resultantes da
ação de prensagem dos rolos.
Cisalhantes
O material é submetido a tensões
cisalhantes superficiais, resultantes do
atrito entre os rolos e o material. (As
forças de atrito são também responsáveis
pelo ato de "puxar" o metal para dentro
dos cilindros)
34
LAMINAÇÃO
Laminação
a quente
Laminação
a frio
Placas Blocos Tarugos
Chapas
Folhas
Tubos
Perfis Trilhos Barras
Barras
Trefilados
Tubos
35
LAMINAÇÃO
36
LAMINAÇÃO Defeitos em
produtos laminados
Desvios de forma
Irregularidades de superfície
trincas fissuras cascas
(carepas)
Internos
trincas escamas
37
Defeitos em produtos laminados
• Poros, inclusões, segregações devido ao processo de obtenção do lingote;
• Após a laminação existe uma melhora na homogeneidade e distribuição destes defeitos, quando se trata de inclusões estas se alinham de acordo com uma das direções principais de deformação (anisotropia).
• Como existe uma alta relação entre superfície/volume em produtos laminados, deve-se ter o cuidado com o acabamento superficial.
• Durante a laminação deve-se ter um controle da espessura da chapa que pode variar no sentido longitudinal quando se trata de material não homogêneo , ou no sentido transversal devido a flexão do cilindro.
• Muitas vezes a variação da espessura no sentido longitudinal pode ser ocasionada pela variação da velocidade de laminação ou variação na tensão de tração na chapa.
LAMINAÇÃO
38
(c) (d)
(a) (b)
(c) (d)
(a) (b)
Defeitos da laminação
inadequada e insuficiente.
Defeitos da laminação
excessiva.
LAMINAÇÃO
39
Fratura das extremidades do laminado conhecida como “boca
de jacaré” devido a presença de imperfeições metalúrgicas.
LAMINAÇÃO
40
LAMINAÇÃO
Classificação dos produtos - Planos
• Chapas grossas > 6mm de espessura.
• Chapas finas a quente – de 1,2 a 6mm.
• Chapas finas a frio – de 0,3 a 2mm.
• Chapas galvanizadas – laminadas com revestimento protetor de zinco, por imersão em zinco fundido (processo mais usado) ou por deposição eletrolítica.
• Chapas estanhadas (folha de flandres) – laminados a frio com revestimento protetor de estanho ( por imersão ou deposição eletrolítica.
41
LAMINAÇÃO
Classificação dos produtos - Não-Planos
• Diversos tipos de perfis: T, Y, V, L duplo T...
• Tarugos de seção quadrada, redonda, sextavada...
• Ferros finos de seção quadrada, redonda, chata...
• Fio máquina (materiais ferrosos de seção redonda, condicionados em bobinas)
42
Cálculos.
LAMINAÇÃO
Porcentagem de Redução de Laminação (r):
100.%0
0
h
hhr
f
h0 = Espessura inicial
hf= Espessura final
43
Cálculos
LAMINAÇÃO
0l
l f
ff
f
fff
hw
hw
l
l
hlwhlw
.
.
....
00
0
000
Coeficiente de Alongamento (δ):
l0 = Comprimento inicial da chapa
lf= Comprimento da chapa laminada
Volume Constante:
w0 = Largura inicial
wf= Largura final
44
Cálculos
LAMINAÇÃO
Velocidade de Saída do Material (vf):
O acumulo de material entre os cilindros é zero, então por unidade de tempo no
processo de laminação tem-se que todo:
“MATERIAL QUE ENTRA = MATERIAL QUE SAI”
Considerando que a largura praticamente não se altere e da condição de volume
constante, temos:
fff whvwhv .... 000
f
fh
hvv 0
0
0vv f
45
LAMINAÇÃO
46
EXERCÍCIOS - LAMINAÇÃO
.
46
1) Responda às seguintes questões.
a) O que é laminação?
b) Qual a diferença entre um produto final e um
produto intermediário?
c) Por que o aço é sempre aquecido para ser laminado?
47
EXERCÍCIOS - LAMINAÇÃO
.
47
2) Responda às seguintes questões.
a) Qual é a função do laminador?
b) Preencha os espaços em branco-
- Apresenta quatro cilindros, dois horizontais e dois
verticais: ..................
- Apresenta dois cilindros de mesmo diâmetro: ..............
- Apresenta seis cilindros, dois de trabalho e quatro de
apoio: ...............
- O material passa entre o cilindro inferior e o médio e
volta passando entre o médio e o superior: ................
- Tem quatro cilindros, dois de trabalho e dois de apoio:
.........
48
FORJAMENTO
49
• Introdução
• Vantagens e Desvantagens
• Esforços Envolvido
• A Quente
• A Frio
• Carga Mecânica
• Matriz Aberta
• Matriz Fechada
• Defeitos de Forjamento
FORJAMENTO
50
FORJAMENTO = MARTELAMENTO Introdução:
50
51
Introdução:
FORJAMENTO
O forjamento é um processo que utiliza prensas ou
martelos de impacto repetitivo para conformar uma peça.
Forging.mov
52
FORJAMENTO
• Os forjados são produzidos a partir de pré-formas simples.
• Produzem-se os componentes com tolerâncias apertadas.
• Eficiente com relação ao aproveitamento da matéria-prima e da diminuição do desperdício.
• O controle da seqüência de fabricação garante uma elevada taxa de repetibilidade das peças forjadas.
• Os custos, em geral, são baixos. (desde que se trabalhe com grandes demandas)
Vantagens
53
FORJAMENTO
• Elevado custo das matrizes que são fabricadas de aço-ferramenta.
• Não é viável para quantidades pequenas de produtos.
• Apenas pode ser aplicado em geometrias não muito complexas.
• As peças a serem forjadas necessitam de corte para ficarem do tamanho ideal (blank).
Desvantagens
54
FORJAMENTO
A quente
Permite grandes deformações.
Menores valores de carga mecânica.
Precisão dimensional não
refinada
55
FORJAMENTO • Curva típica de carga de forja. força pode
ser calculada através dos métodos da energia uniforme e divisão em elementos.
A quente
56
FORJAMENTO
A Frio
Deformações limitadas.
Maiores valores de carga
mecânica.
Excelente precisão
dimensional.
57
Carga Mecânica:
FORJAMENTO
O método de aplicação da carga mecânica poder ser
dividido em:
Por impacto;
Por pressão.
58
Carga Mecânica:
FORJAMENTO
• Método preferido para forjamento individual. Aplicação de pressão instantânea em uma área relativamente pequena. O martelo pode ser acionado por ar comprimido, hidraulicamente ou manual. Este tipo de forjamento forjamento pode produzir uma grande variedade de formas e tamanhos. A desvantagem é a necessidade de usinagem após o processo.
IMPACTO
• Processo aplica pressão continua e lenta na área a ser forjada. Pode ser realizado a quente ou a frio. PRESSÃO
59
• Toda a operação de forjamento precisa de uma matriz;
• Matriz - Fornece o formato final da peça forjada;
• Os processos de forjamento podem ser:
• Em matrizes abertas, ou forjamento livre;
• Em matrizes fechadas.
Classificação do Processo
de Forjamento
FORJAMENTO
59
60
FORJAMENTO
• Aplicação de forças de compressão ocorre em regiões localizadas da peça.
• O constrangimento lateral das matrizes é diminuto ou mesmo inexistente.
• A forma final da peça é obtida por intermédio da sua manipulação (ex: avanço, rotação...), golpes sucessivos da prensa.
Matriz Aberta
61
Matriz Aberta:
FORJAMENTO
62
Matriz
Aberta
FORJAMENTO
63
FORJAMENTO
• O material é conformado entre duas metades de matriz que possuem, gravadas em baixo-relevo, impressões com o formato que se deseja fornecer à peça.
• A deformação ocorre sob alta pressão em uma cavidade fechada ou semi-fechada, permitindo assim obter-se peças com tolerâncias dimensionais mais apertadas.
• Nos casos em que a deformação ocorre dentro de uma cavidade totalmente fechada, sem zona de escape, é fundamental a precisão na quantidade fornecida de material.
Matriz Fechada
64
FORJAMENTO
• Uma quantidade insuficiente de material implica na falta de enchimento da cavidade e falha no volume da peça.
• Um excesso de material causa sobrecarga no ferramental, com probabilidade de dano na peça e ao maquinário.
• Dada a dificuldade de dimensionar a quantidade exata fornecida de material, é mais comum empregar um pequeno excesso. As matrizes são providas de uma zona oca especial para recolher o material excedente ao término do preenchimento da cavidade principal.
• O material excedente forma uma faixa estreita (rebarba) em torno da peça forjada. A rebarba exige uma operação posterior de corte (rebarbação) para remoção.
Matriz Fechada
65
FORJAMENTO
• Peças forjadas em matriz, com peso não superior a 2 ou 3 kg, são normalmente produzidas a partir de barras laminadas; as de maior peso são forjadas a partir de tarugos ou palanquilhas, quase sempre também laminados, e cortados previamente no tamanho adequado.
• Peças delgadas, como chaves de boca, alicates, tesouras, tenazes, facas, instrumentos cirúrgicos, etc., podem ser forjadas a partir de recortes de chapas laminadas.
• o forjamento em matriz fechada pode ser classificado em: a)forjamento a partir da barra, b) a partir de tarugos e c) elementos estampados.
Matriz Fechada
66
Matriz Fechada:
FORJAMENTO
67
• Para peças não muito complexas, são aplicadas as seguintes etapas no forjamento em matriz fechada:
• Corte do blank - do pedaço de metal em barra no tamanho necessário.
• Aquecimento - realizado em fornos.
• Forjamento intermediário - realizado somente quando é difícil a conformação em uma única etapa.
• Forjamento final - feito em matriz, já com as dimensões finais da peça.
• Tratamento térmico - para a remoção das tensões, homogeneização da estrutura, melhoria da usinabilidade e das propriedades mecânicas.
Matriz Fechada
FORJAMENTO
67
68
Matriz Fechada Progressiva:
FORJAMENTO
68
69
FORJAMENTO
Peças Forjadas Típicas
70
FORJAMENTO
A dificuldade de concretizar uma operação de forjamento aumenta à medida que
o tipo de geometria da peça forjada evolui para baixo e para a direita do gráfico.
71
FORJAMENTO Peças Forjadas Típicas:
72
FORJAMENTO
• Falta de redução - caracteriza-se pela penetração incompleta do metal na cavidade da ferramenta. Isso altera o formato da peça e acontece quando são usados golpes rápidos e leves do martelo.
• Trincas superficiais - causadas por trabalho excessivo na periferia da peça em temperatura baixa, ou por alguma fragilidade a quente.
• Trincas nas rebarbas - causadas pela presença de impurezas nos metais ou porque as rebarbas são pequenas. Elas se iniciam nas rebarbas e podem penetrar na peça durante a operação de rebarbação.
• Trincas internas - originam-se no interior da peça, como consequência de tensões originadas por grandes deformações.
Defeitos dos
Produtos Forjados
72
73
FORJAMENTO
• Gotas frias - são descontinuidades originadas pela dobra de superfícies, sem a ocorrência de soldagem. Elas são causadas por fluxos anormais de material quente dentro das matrizes, incrustações de rebarbas, colocação inadequada do material na matriz.
• Incrustações de óxidos - causadas pela camada de óxidos que se formam durante o aquecimento. Essas incrustações normalmente se desprendem, mas ocasionalmente, podem ficar presas nas peças.
• Descarbonetação - caracteriza-se pela perda de carbono na superfície do aço, causada pelo aquecimento do metal.
• Queima - gases oxidantes penetram nos limites dos contornos dos grãos, formando películas de óxidos. Ela é causada pelo aquecimento próximo ao ponto de fusão.
Defeitos dos
Produtos Forjados
73
74
(a) (b) (c)
FORJAMENTO
Defeitos de Forjamento:
75
EXERCÍCIOS - FORJAMENTO
1. Relacione as características listadas com o tipo de forjamento.
Coluna A Coluna B
( ) Matrizes de geometria simples. 1- Forjamento livre.
( ) Peças de tamanho grande como 2- Forjamento/ matriz fechada.
eixos de navios.
( ) Utiliza uma matriz na qual está
esculpida a cavidade da peça.
( ) Necessita de várias matrizes com
formatos intermediários.
( ) As matrizes apresentam calhas
para conter as rebarbas.
75
76
2. Complete as definições a seguir.
• O forjamento é um processo de...............................no qual o material
é........................................
• O forjamento ................................... é feito aplicando-se golpes rápidos e
sucessivos ao metal.
• No forjamento .............................................., a força de compressão é aplicada em
baixa velocidade de forma contínua.
EXERCÍCIOS - FORJAMENTO
76
77
EXERCÍCIOS - FORJAMENTO
.
77
Exercício 3: Descreva, com suas palavras, as etapas do forjamento em matriz fechada.
Exercício 4: Uma peça forjada apresenta uma rachadura próxima à periferia da peça
na região da rebarba. Na sua opinião, qual a possível causa desse defeito?
Exercício 5: Relacione a característica com o respectivo processo de forjamento.
Coluna A Coluna B
( ) Golpes rápidos e sucessivos. 1 - Forjamento por martelamento.
( ) A deformação atinge camadas profundas 2 - Forjamento por prensagem.
do material.
( ) A deformação das fibras do material é mais regular.
( ) A pressão máxima ocorre quando a matriz toca o metal
( ) A pressão máxima é atingida pouco antes da carga ser retirada.
( ) A deformação é maior nas camadas superficiais da peça
( ) A deformação das fibras do material é irregular.
78
EXTRUSÃO
79
Introdução
Direta, Indireta, Hidráulica e Lateral
A Quente
A Frio
Efeito da Temperatura
Vantagens e Desvantagens
Cálculo da Força de Extrusão
Ferramentas de Extrusão
Equipamentos
Defeitos na Extrusão
Geometrias das Matrizes
Dispositivo de Extrusão
EXTRUSÃO
80
EXTRUSÃO
(a) (b)
Êmbolo
Êmbolo
Introdução:
A extrusão é um processo no qual o material é forçado a
escoar através de um orifício.
81
EXTRUSÃO Direta
82
EXTRUSÃO Indireta
83
EXTRUSÃO Hidráulica
84
EXTRUSÃO Lateral
85
EXTRUSÃO
Efeito da Temperatura
• A adequação do material depende da temperatura de extrusão, de sua rigidez, resistência e abrasão.
• Temperaturas muito baixas de extrusão tornam o material muito rígido.
• Temperaturas muito altas favorecem a formação de trincas.
86
EXTRUSÃO
A Quente
• Grandes reduções de seção numa só etapa;
• A maioria dos processos para se obter produtos contínuos semi-acabados (barras) e acabados (perfis e tubos);
• Desgaste excessivo da matriz;
• Esfriamento do tarugo na câmara pode gerar deformações não-uniformes;
• Tarugo aquecido é coberto por filme de óxido (exceto quando aquecido em atmosfera inerte) que afeta o comportamento do fluxo do metal por suas características de atrito e pode gerar um produto com acabamento ruim.
87
EXTRUSÃO
A Quente
• Existem basicamente três variações de extrusão em função da técnica de lubrificação usada:
• Extrusão não lubrificada
• Extrusão lubrificada
• Extrusão hidrostática
88
EXTRUSÃO
A Quente
• Extrusão a quente sem lubrificação
• Neste processo os fatores metalúrgicos e de processos interagem, afetam as propriedades mecânicas, o acabamento superficial e a resistência a corrosão do produto
• Produz formas bastantes complexas, superfícies espelhadas e tolerâncias dimensionais fechadas e utiliza matriz plana.
89
EXTRUSÃO
A Quente
• Extrusão a quente com lubrificação:
• Reduz a carga requerida, o desgaste da matriz e a necessidade de aumento de temperatura devido ao menor atrito e menor cisalhamento.
• Melhora a uniformidade das propriedades mecânicas.
90
EXTRUSÃO
A Quente
• Extrusão a quente hidrostática:
• Transmissão de pressão ao tarugo por meio de um fluido hidráulico.
• O diâmetro do tarugo é menor que o diâmetro da câmara, que é preenchida por um fluido . O fluido sob pressão empurra o tarugo pela matriz. Não há atrito nas paredes da câmara.
• Baixo atrito, pequenos ângulos de matriz e altas relações de extrusão.
91
EXTRUSÃO
A Frio
• Desenvolvida nos anos 40, combina operações de extrusão direta, indireta e forjamento.
• O processo foi aceito na indústria particularmente para ferramentas e componentes de automóveis , motocicletas, bicicletas, acessórios e equipamento agrícola.
• Pequenas reduções de seção em vários estágios.
• Obtenção de peças de precisão;
• Embora componentes extrudados a frio sejam mais leves, fabricam-se componentes de até 45 kg e com comprimentos de até 2m.
92
EXTRUSÃO
• Facilidade de produção.
• Baixo custo do ferramental.
• Bom acabamento do produto final.
• Possibilidade de intercambio com outros processos (Forjamento).
Vantagens
93
EXTRUSÃO
• Anisotropia do material na direção da extrusão.
• Temperatura e velocidade de extrusão devem ser controlados de maneira a evitar defeitos.
Desvantagens
94
EXTRUSÃO
Fig. Constante de extrusão para vários metais a deferentes
temperaturas.
Cálculo da Força de Extrusão:
95
EXTRUSÃO Curvas de Pressão
96
EXTRUSÃO
Influenciam na qualidade do produto
Ferramentas:
97
• Êmbolos, recipientes e matrizes fabricadas em aços para trabalho a quente, ligados ao Cr, V, Mo, W e Ni.
• Em aços para trabalho a frio ligados ao Cr, V, Mo e W.
• Matrizes com núcleo de metal para grandes produções.
• Matrizes com geometrias específicas para grupos de ligas metálicas extrudadas.
Ferramentas
EXTRUSÃO
98
Equipamentos de Extrusão
• Prensas hidráulicas (horizontais para extrusão a quente e verticais para extrusão a frio) com capacidade de 1000 a 8000 T.
• Ação contínua, por acionamento hidro-pneumático ou óleo-dinâmico.
• Auxiliares:
• sistemas de corte de barras.
• sistemas de retrocesso do pistão.
• fornos para aquecimento de tarugos (indutivos para maior rapidez e uniformidade de aquecimento).
• controle da atmosfera de aquecimento.
EXTRUSÃO
99
EXTRUSÃO Prensa Hidráulica:
Extrusão a Quente
100
EXTRUSÃO • Praticamente qualquer forma de seção transversal vazada ou
cheia pode ser produzida por extrusão. Como a geometria da matriz permanece inalterada, os produtos extrudados têm seção transversal constante.
Formas Resultantes
101
EXTRUSÃO Defeitos na Extrusão
1 - Deformações não homogêneas:
• Pode ocorrer que o centro do material extrudado move-se mais rapidamente que a periferia, resultando em “zonas mortas” ao longo da superfície externa do material
Anel de Oxido
• Centro do tarugo move-se mais rapidamente. Quando a maior parte do tarugo já tiver passado pela matriz, a espessura de material mais externa “desaba” e é empurrada pelo pistão. Como a superfície do que desabou continha uma película de óxidos, vão aparecer linhas centrais de óxidos no interior do produto final. Com um corte transversal pode-se observar um anel de óxido quase que destacado do material adjacente a ele.
Cavidade no centro
• Em função da diferença de velocidade entre o núcleo e a superfície do tarugo acontece a formação de uma cavidade no centro do material onde há o contato com o pistão. Esta cavidade cresce gradualmente em diâmetro e profundidade transformando aquele pedaço, de barra em tubo (rechupe).
102
EXTRUSÃO
Defeitos na Extrusão
2 - Devido a temperaturas de processo inadequadas:
Trincamento (fragilização)
• Quando a temperatura de extrusão está acima da ideal, o material pode apresentar trincas durante o resfriamento no final do processo.
Marcas de Escorregamento (arrancamento)
• Quando a temperatura do processo está abaixo da indicada, a velocidade estabelecida pode ser excessiva e ocasionar perda de material da superfície do produto (marcas).
103
EXTRUSÃO
Defeitos na Extrusão
Devido a gases
Bolhas de gás
• Produtos fabricados pelo processo de extrusão podem também bolhas de ar na superfície. Elas podem ser oriundas de um processo de fundição do lingote não adequado ou, ainda que menos provavelmente, do ar contido nas “câmaras” de extrusão
104
EXTRUSÃO Defeitos na Extrusão – como evitá-los ou minimiza-los do produto
Anel de Óxido
• Não extrudar o tarugo até o fim; aquecer o recipiente de passagem a uma temperatura 50ºC menor que a temperatura do tarugo; não deixar o diâmetro do produto extrudado ultrapassar um valor a partir do qual o anel de óxido começa a aparecer.
Cavidade no Centro
• Descartar a porção final do produto.
Trincamento
• Utilizar temperaturas de processo adequadas.
Marcas de Escorregamento (arrancamento)
• Diminuir a velocidade de extrusão e/ou adequar a temperatura da operação.
Bolhas de Gás
• Eliminar gases dissolvidos no metal líquido durante a fundição do lingote.
105
a) Al puro, AlMn, AlMgSi
b) AlCuMg, AlMg,
AlZnMg
c) MgAl, MgZnZr
d) PbCu, PbSb
e) CuZnPb
f) CuCd, CuSb
g) Ligas de Zn
h) Aços
i) Ligas de Ti
k) Ligas de Ni, Cr (altas T)
EXTRUSÃO Geometrias das Matrizes:
106
EXTRUSÃO
107
EXERCÍCIOS - EXTRUSÃO
1) Responda às seguintes questões:
- O que é extrusão?
- Que tipos de produtos são fabricados pelo processo de extrusão?
2) Escreva “C” para as afirmações corretas e “E” nas incorretas. Por que
estão erradas?
( ) Rolos de arame, cabos e fios elétricos são produtos fabricados por
extrusão.
( ) O alumínio pode ser extrudado em uma grande variedade de perfis.
( ) A temperatura de aquecimento do bloco a ser extrudado deve ser a
mais alta possível.
108
EXERCÍCIOS - EXTRUSÃO
3) Complete as definições abaixo:
- Na extrusão direta, o bloco metálico é ______________.
- Na extrusão indireta, a matriz é ___________________.
4) Como é possível evitar os seguintes defeitos?
- Cavidade no produto.
- Anel de óxido.
- Arrancamento.
- Bolhas.
109
TREFILAÇÃO
110
Introdução
Características gerais
Etapas do Processo de Fabricação
Geometria
Vantagens
Equipamentos
Produtos
TREFILAÇÃO
111
TREFILAÇÃO = PUXAMENTO
112
TREFILAÇÃO
• A trefilação é uma operação que a matéria-prima é estirada através de uma matriz em forma de canal convergente (FIEIRA ou TREFILA) por meio de uma força trativa, aplicada do lado de saída da matriz. O escoamento plástico é produzido principalmente pelas forças compressivas provenientes da reação da matriz sobre o material.
Introdução
113
Fieira
TREFILAÇÃO Introdução:
114
TREFILAÇÃO
Características gerais
• O processo de trefilação consiste em puxar o metal através de uma matriz (fieira), por meio de uma força de tração aplicada na saída da matriz.
• A maior parte do escoamento plástico é causada por esforços de compressão resultantes da reação do metal com a matriz.
• Os processos de trefilação são realizados à temperatura ambiente, usando um número de passes ou reduções através de fieiras consecutivas. Após um certo número de passes de trefilação é comum o recozimento do fio.
• Na redução sucessiva de diâmetro de uma barra metálica maciça podem resultar barras, vergalhões e arames.
• A geometria da fieira determina as dimensões finais (a área da seção transversal do produto trefilado).
115
TREFILAÇÃO
• Fio-máquina(≥5,5mm): Laminado a quente e recozido.
• Decapagem mecânica ou química que retira os óxidos presentes na superfície do fio máquina.
• Trefilação propriamente dita.
• Tratamento térmico de recozimento, quando é necessário restabelecer a ductilidade do material.
Etapas do
processo de
trefilação
116
TREFILAÇÃO
• A geometria da fieira tem grande influência sobre a força de trefilação. Para qualquer passe de redução a ser realizado no material existe uma geometria de fieira ideal que exige um menor esforço de tração para que o material atinja o limite de escoamento.
Geometria
117
TREFILAÇÃO Geometria: Representação das 4 regiões da fieira
b - Cone de Trabalho
ocorre a redução; β correto
a - Cone de Entrada
guiar o fio e lubrificante
c - Cilindro de Calibração
Hc; Ø do fio
d - Cone de Saída
saída livre
[Bresciani Filho. E et al,
1991]
118
TREFILAÇÃO Geometria: Semi-ângulos dos cones e altura e Ø do cilindro
α – semi-ângulo de
entrada
β – semi-ângulo do cone
de trabalho
γ – semi-ângulo de saída
Hc – altura (comp. )do
cilindro de calibração
Dc – diâmetro do
cilindro de calibração
- coeficiente de atrito 225,1
opt
)/ln( fi AA [Bresciani Filho. E et al, 1991]
119
TREFILAÇÃO
• Na região de deformação é aplicado o esforço de compressão (minimizando o atrito), reduzindo assim o desgaste da fieira.
• Ocorre a conformação, ocorrendo a redução da seção transversal do fio através da transformação de uma parcela da tensão de tração em tensão de compressão.
• Sofre influência do material a ser trefilado, variando o seu valor com a variação da resistência do fio.
• Quanto maior a resistência do fio menor deve ser o ângulo de redução b [EDER, 1981].
• Este valor pode variar de 6º a 30º.
Geometria (2)
120
TREFILAÇÃO
• Tem a função de calibrar ou ajustar o diâmetro do fio.
• Auxilia o ângulo 2b, mantendo a camada de lubrificante espessa na interface de deformação.
• Controla o diâmetro final do fio trefilado garantindo assim as tolerâncias geométricas (cilindricidade) e o acabamento superficial.
• O comprimento pode variar de 35% a 50% de Df.
• A escolha de um valor correto auxilia na manutenção de uma lubrificação mais eficiente, aumentando assim a vida útil da fieira [MAXWELL, 1991].
Geometria (Hc)
121
TREFILAÇÃO Geometria (Comprimento de Contato LT):
T
L
Hc rfri
Hc
rrL
fi
T
tan
122
TREFILAÇÃO
Geometria (Comprimento de
Contato LT)
• Para ângulos de redução maiores que o ideal o aumento da força de trefilação é devido ao escoamento não uniforme do material.
• Para ângulos de redução menores que o ideal o acréscimo na força de trefilação é atribuído ao atrito excessivo causado por um longo comprimento de contato LT.
123
TREFILAÇÃO Geometria (Materiais Moles):
124
TREFILAÇÃO Geometria (Materiais Duros):
125
TREFILAÇÃO
Vantagens
• O material pode ser estirado e reduzido em secção transversal mais do que com qualquer outro processo.
• A precisão dimensional obtida é maior que em qualquer outro processo exceto a laminação a frio, que não é aplicável às bitolas comuns de arames.
• A superfície produzida é uniformemente limpa e polida.
• O processo influi nas propriedades mecânicas do material, permitindo, em combinação com um tratamento térmico adequado, a obtenção de uma gama variada de propriedades com a mesma composição química.
126
TREFILAÇÃO
Materiais da Trefila: Características Necessárias
• Permitir a trefilação de grande quantidade de fios sem desgaste acentuado na fieira;
• Permitir a trefilação a altas velocidades (produtividade);
• Permitir a adoção de elevadas reduções de secção;
• Produzir fio de diâmetro constante;
• Conferir longa vida à ferramenta para evitar perdas de tempo para controle dimensional e/ou substituição da mesma;
• Permitir a obtenção de superfície lisa e brilhante no fio pelo maior tempo possível.
127
TREFILAÇÃO
Materiais para Trefila de Fios
Diamante Industrial
• Para fios de diâmetros menores ou iguais a 2mm;
Metal-duro
• Para fios de diâmetros maiores que 2mm. Comumente se emprega um material com 95% de carboneto de tungstênio e 5% de cobalto, podendo conter ainda cromo e tântalo. Núcleo de metal-duro de elevadíssima dureza em suporte de aço carbono
128
TREFILAÇÃO
Lubrificação na Trefilação
• O fenômeno do atrito é muito importante no processo de trefilação – movimento relativo fio/fieira.
• Maior atrito maior desgaste da ferramenta ® defeitos superficiais no fio, maior força de trefilação e maior temperatura.
• Ação do lubrificante – película constante entre as superfícies de contato ® temperatura na superfície do fio constante, decrescendo para o seu interior.
Características do lubrificante
• Evitar engripamento que ocorre quando filme é interrompido (solda fio e fieira ® vida do ferramental e bom acabamento do fio.
• Resistência à temperatura de trefilação.
• Resistência química à ação desagregadora de óleos minerais presentes.
• Capacidade de manter a superfície do fio isenta de resíduos carbônicos provenientes de recozimento.
129
TREFILAÇÃO
• Diâmetro escalonado, causado por partículas duras retidas na fieira, que se desprendem depois.
Defeitos Típicos
130
TREFILAÇÃO
• Fratura irregular, com estrangulamento, causada por esforço excessivo devido à lubrificação deficiente, excesso de espiras no anel tirante, anel tirante rugoso, anel tirante com diâmetro incorreto, redução excessiva.
Defeitos Típicos
131
TREFILAÇÃO
• Fratura com risco lateral, ao redor da marca de inclusão, causada por partícula dura inclusa no fio inicial proveniente da laminação ou extrusão.
Defeitos Típicos
132
• Fratura com trinca aberta em duas partes, causada por trincas de laminação.
Defeitos Típicos
TREFILAÇÃO
133
• Marcas em forma de V ou fratura em ângulo, causadas por redução grande e parte cilíndrica pequena, com inclinação do fio na saída; ruptura de parte da fieira com inclusão de partículas no contato fio-fieira; inclusão de partículas duras estranhas.
Defeitos Típicos
TREFILAÇÃO
134
TREFILAÇÃO
• Ruptura taça-cone, causada por redução pequena e ângulo de fieira muito grande, com acentuada deformação da parte central.
Defeitos Típicos
135
TREFILAÇÃO Equipamentos:
136
TREFILAÇÃO Equipamentos:
137
TREFILAÇÃO Equipamentos:
Desenroladores
Endireitadores
Compactadores
de rolo
Guia Fio
138
TREFILAÇÃO Produtos:
Não
Ferrosos
Ferrosos
139
1. Complete as seguintes frases:
a)A trefilação é o processo utilizado para a produção de .......................... ,
............................................. e ....................................................
b)Na trefilação, o material é .........................através de uma matriz e é normalmente realizada a
............................................
c)A barra a ser trefilada é chamada de.....................................
2. Em uma empresa de fios e cabos elétricos esta ocorrendo a fratura no fio de cobre durante
o processo de produção. Liste as possíveis causas e dê as soluções necessárias.
3. Descreva a função das seguintes partes da fieira: a) cone de entrada; b) cone de trabalho; c)
cilindro de calibração e d) cone de saída.
TREFILAÇÃO Exercícios:
140
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
141
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
Introdução
Classificação dos Processos
• Corte
• Dobramento
• Estampagem
• Rebordeamento
• Calandragem
142
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
• É o processo de transformação mecânica que consiste em conformar um disco plano ("blank") à forma de uma matriz, pela aplicação de esforços transmitidos através de um punção. Na operação ocorre o alongamento e a contração das dimensões de todos os elementos de volume, nas três dimensões. A chapa , originalmente plana, adquire uma nova forma geométrica.
Introdução
143
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
• A conformação de chapas metálicas finas pode ser classificada através do tipo de operação empregada.
• Assim pode-se ter: estampagem profunda, corte em prensa, estiramento, etc.
Classificação dos
Processos
144
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CORTE”
145
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CORTE”
• O corte tem por objetivo preparar o material para operações subseqüentes de conformação ou para a obtenção de uma forma geométrica específica.
Introdução
146
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CORTE”
Características
• O processo de corte de chapas metálicas é executado submetendo a mesma a tensões de cisalhamento, podendo ser realizado basicamente por:
Lâminas de Corte
• O corte é realizado por duas lâminas que se movimentam. Ex: Guilhotina.
Punção e Matriz
• O punção desce e empurra o material para dentro da abertura da matriz.
147
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CORTE”
Lâminas de Corte:
Matriz
Lâmina de
corte
Mecanismo de cisalhamento durante operação de corte.
148
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CORTE”
Lâminas de Corte
• A distância (folga) entre as duas lâminas é uma variável importante nas operações de corte.
• Caso a folga adequada, as trincas que se iniciam nas bordas das lâminas propagar-se-ão através da espessura do metal encontrando-se próximo a região central, o que garante uma superfície lisa. Mesmo com a folga adequada, ocorre distorção na aresta cortada.
• Caso a folga seja insuficiente, a superfície resultante do corte será áspera e a energia consumida na operação será maior do que se a folga fosse correta.
• Caso a folga seja excessiva, haverá uma distorção ainda maior na aresta de corte e a energia consumida na operação também será maior, pois maior quantidade de metal deverá se deformar antes de ocorrer a fratura.
149
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CORTE”
Lâminas de Corte:
Folga adequada
Folga insuficiente
Folga excessiva
150
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CORTE”
Variáveis - Lâminas de Corte
Processo de lâminas de corte
• Folga entre as lâminas
• Material da chapa
• Afiação das lâminas
151
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CORTE”
Variáveis - Lâminas de Corte:
Força de corte:
cis
cc
A
F
ciscc AF .
Onde:
Fc = Força necessária para cortar.
Acis = Área cisalhada = Comprimento de corte x espessura da chapa.
τc = Tensão de cisalhamento = Resistência do material ao cisalhamento
152
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CORTE”
• O punção é normalmente o elemento móvel. É a ferramenta convexa que se acopla com a matriz côncava.
• Como é necessário um alinhamento acurado entre a matriz e o punção, é comum manter o conjunto permanentemente montado em uma subprensa ou porta matriz.
• Para evitar a formação de rugas na chapa, usa-se elementos de fixação ou a ação de grampos para comprimir o “blank”. Este dispositivo que evita o enrugamento é chamado de anti-rugas ou prença-chapas.
• Punção e matriz definem os contornos interior do furo efetuados na chapa e exterior da peça.
Punção e
Matriz
153
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CORTE”
• A folga entre o punção e a matriz de deve estar entre 5 a 10% da espessura da chapa.
• É um processo de deformação plástica seguido de ruptura.
Punção e Matriz
154
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CORTE”
Variáveis - Punção e Matriz
Processo de Punção e Matriz
• Força do punção
• Velocidade do punção
• Lubrificação
• Condições superficiais
• Material do punção e matriz
• Folga entre punção e matriz
155
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CORTE”
Variáveis - Punção e Matriz :
Força de corte:
cis
cc
A
F
ciscc AF .
Onde:
Fc = Força necessária para cortar.
Acis = Área cisalhada = Perímetro de corte x espessura da chapa.
τc = Tensão de cisalhamento = Resistência do material ao cisalhamento
156
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CORTE”
Conformação progressiva
• Freqüentemente, matrizes e punções são projetados para permitir que os estágios sucessivos de conformação de uma peça sejam efetuados na mesma matriz, a cada golpe da prensa. Este procedimento é conhecido como conformação progressiva.
• Um exemplo é a matriz para recorte e perfuração de arruelas planas.
157
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CORTE”
Conformação progressiva:
158
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CORTE”
Produtos:
Rotor e estator de um motor
elétrico.
159
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
160
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
Introdução
• Um grande número de processos de conformação envolve alguma forma de dobramento. É um processo de simples definição, pois envolve a transformação de segmentos retos em curvos por meio da aplicação de uma força de flexão em uma das extremidades do material.
161
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
Características
• Uma característica importante do dobramento é que durante a aplicação de carga, parte da deformação é plástica, ou permanente, e outra parte é elástica, ou recuperável. Desta forma, as operações que envolvem o dobramento dos materiais devem levar em conta este efeito mola.
• O dobramento é um processo de conformação que transforma segmentos retos como chapas e placas metálicas em curvos. Isto é, no dobramento, a chapa sofre uma deformação por flexão em prensas que fornecem a energia e os movimentos necessários para realizar a operação.
162
Características
• A forma é conferida mediante o emprego de punção e matriz específicas até atingir a forma desejada. Para comprimentos de dobra considerados pequenos, utilizam-se estampos que possuem a forma a ser dobrada.
• Para fabricação de perfis dobrados ou alguns tipos de peças com comprimentos de dobras considerados grandes, utilizam-se prensas dobradeiras/viradeiras com matrizes e machos (punções) universais.
• O dobramento pode ser conseguido em uma ou mais operações, com uma ou mais peças por vez, de forma progressiva ou em operações individuais.
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
163
Características
• Os estampos de dobra, em geral, recebem peças semi processadas vindas de outros estampos de corte ou simplesmente recortadas por guilhotinas.
• Além disto o dobramento pode ser responsável por parte da deformação em muitos outros processos de conformação.
• O dobramento se caracteriza pela não uniformidade e não homogeneidade da deformação.
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
164
Equipamentos:
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
Dobramento com cutelo.
165
Equipamentos:
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
Dobramento de perfis.
166
Equipamentos:
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
Dobramento em prensas dobradeiras em várias operações.
1ªOp. 2ªOp. 3ªOp. 1ªOp. 2ªOp. 3ªOp.
167
Termos Empregados:
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
168
Termos Empregados:
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
LN: Linha neutra r: Raio de concordância
SI: Superfície interna C: Força de compressão
SE: Superfície externa T: Força de tração
169
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
• O raio de dobramento R é definido pelo raio de curvatura da superfície côncava, ou interna de dobramento.
• No caso de dobramento elástico, abaixo do limite elástico, a deformação passa por zero na metade da espessura da chapa, ou seja na linha neutra.
• No dobramento plástico, acima do limite elástico a linha neutra se aproxima da superfície interna de dobramento à medida que o processo ocorre.
• Como a deformação plástica é proporcional à distancia da linha neutra, as fibras da superfícies externa são mais deformadas do que as superfícies interna que são contraídas.
Termos Empregados
170
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
• Uma fibra que se encontre na metade da espessura estará sendo estendida e, como esta é a fibra média, deverá ocorrer uma diminuição da espessura (direção radial) na dobra para que o volume seja mantido constante.
• Quanto menor for o raio de curvatura, maior será a diminuição da espessura no dobramento, ou seja, a deformação aumenta com a diminuição do raio de curvatura.
• De acordo com a teoria do dobramento a deformação aumenta com a diminuição do raio de curvatura.
Termos Empregados
171
Deformações:
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
Se for desprezada a variação de espessura, a linha neutra
permanece constante, e a deformação trativa circunferencial
(ea) na superfície superior será igual à compressiva (eb) na
superfície inferior. A deformação que ocorre nas fibras
internas e externas é dada por:
1/2
1
hRee ba
Onde
h= espessura da chapa.
R=raio de dobramento.
172
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
Deformações
Na operação de dobramento deve-se levar em conta quatro fatores importantes:
• O raio interno mínimo da peça a ser dobrada
• A capacidade elástica do material
• O comprimento desenvolvido da peça;
• As forças que atuam na operação de dobramento
173
Trincas:
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
174
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
• O bom dobramento (Dobrabilidade) também depende da condição da borda ou canto da chapa quando está sendo dobrada. Porque a rugosidade na borda proporciona locais de concentração de tensão e a dobrabilidade diminui com aumento da rugosidade de borda. O raio mínimo pode ser diminuído, através do polimento ou esmerilhamento das bordas da chapa.
• Outro fator significante em trincamento de canto é a quantidade e a forma da inclusão na chapa metálica, pois inclusões na forma de veios afetam mais em detrimento da dobrabilidade do que a inclusão na forma globular.
Trincas
175
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
• A quantidade de trabalho a frio que a borda da chapa sofre durante o processo de corte por cisalhamento também influencia. A remoção da região trabalhada a frio por usinagem ou tratamento térmico melhora a resistência ao trincamento de borda.
• A anisotropia de chapas é também importante no processo de dobramento. A laminação a frio de chapas produz anisotropia por causa do alinhamento de impurezas, inclusões e vazios (fibramento mecânico).
• Assim a ductilidade transversal é reduzida, em dobramento de chapa. Por isso, deve-se tomar atenção no corte do “blank” na direção apropriada da laminação da chapa, embora nem sempre seja possível na prática.
Trincas
176
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
• Define-se o raio interno mínimo de dobra, como o menor valor admissível para o raio para se evitar grande variação na espessura da chapa na região dobrada.
• Quanto menor o raio de dobramento, maiores são as tensões desenvolvidas na região tracionada. Um excessivo tracionamento provocado por um pequeno raio de dobramento pode vir a romper as fibras externas da chapa dobrada.
• Este valor é função do alongamento ou estricção que o material sofre ao ser tracionado e da espessura da chapa que está sendo dobrada.
Raio Mínimo
177
Raio Mínimo:
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
178
Raio Mínimo:
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
Para a determinação do raio mínimo, costuma-se utilizar a
relação:
Onde
rmin = raio mínimo
δ = alongamento % da chapa
h = espessura da chapa
2
150min h
r
179
Raio Mínimo:
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
Por exemplo, o raio de dobramento mínimo para uma chapa de
1,5 mm de aço inox 304 com alongamento garantido de 60% é
de:
rmin = (50 x 1,5) / 60 - 1,5/2 = 0,94 mm
2
150min h
r
180
Raio Mínimo:
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
Raio Mínimo (temperatura ambiente)
Material Condição
Dúctil Dura
Ligas de alumínio 0 6h
Cobre-berilio 0 4h
latão 0 2h
Magnésio 5h 13h
aço inox austenístico 0.5h 6h
baixo carbono, 0.5h 4h
baixa liga e hsla 0.5h 4h
titânio 0.7h 3h
ligas de titânio 2.6h 4h
181
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
Recuperação Elástica (Efeito Mola)
• O dobramento é uma operação onde ocorre uma deformação por flexão. Quando um metal é dobrado, a sua superfície externa fica tracionada e a interna comprimida. Estas tensões aumentam a partir de uma linha interna neutra, chegando a valores máximos nas camadas externa e interna. Em outras palavras, em um dobramento a tensão varia de um máximo negativo na camada interna para zero na linha neutra e daí sobe a um máximo positivo na figura abaixo.
182
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
Recuperação Elástica (Efeito Mola)
• Desta forma, uma parte das tensões atuantes na seção dobrada estará abaixo do limite de escoamento (LE) e a outra parte supera a este limite, conferindo à peça uma deformação plástica permanente. Uma vez cessado o esforço de dobramento, a parte da seção que ficou submetida a tensões inferiores ao LE por ter permanecido no domínio elástico, tende a retornar à posição inicial anterior ao dobramento. Como resultado, o corpo dobrado apresenta um pequeno “retorno elástico” ou efeito mola (spring back) que deve ser compensado durante a operação de dobramento. A recuperação elástica (efeito mola) é a variação dimensional sofrida pela chapa conformada depois que pressão da ferramenta de conformação é liberada. Isto ocorre devido as variações de deformação produzidas pela recuperação elástica. Quando a carga é liberada a deformação total é reduzida devido a recuperação elástica. A recuperação elástica, será tanto maior quanto maior for o limite de escoamento, menor o módulo elástico e maior a deformação plástica.
183
Recuperação Elástica (Efeito Mola):
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
184
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
Recuperação Elástica (Efeito Mola)
• Em alguns casos, é utilizada a prática de se efetuar uma calibragem em estampo específico, já compensado o retorno elástico, para dar as dimensões finais da peça. Este procedimento é viabilizado em produção seriada onde o custo do estampo calibrador pode ser diluído no preço da unitário da peça.
185
Comprimento Desenvolvido
• Avaliação da espessura da chapa na região da dobra impede quero comprimento desenvolvido seja simplesmente a soma dos comprimentos retos e curvos da peça.
• Deve-se levar em conta esta variação de espessura da região dobrada, para se obter o exato comprimento da chapa que vai dar origem à peça.
• O comprimento desenvolvido da região dobrada é obtido pela formula:
• α = ângulo de dobramento
• R = raio de dobramento
• e = espessura
• f = fator de correção
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
20175,0
efRL
Fator de correção em função da razão do raio de dobramento e espessura da chapa.
186
Comprimento Desenvolvido (Exemplo):
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
187
Comprimento Desenvolvido (Exemplo):
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
188
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
Forças Atuantes
• As principais forças que atuam na operação de dobramento são:
• força de dobramento (Fd)
• força de prensa-chapa (Fpc)
• força lateral (Flat)
• Numa dobra simples em matriz, parte da chapa fica presa pelo prensa chapa e a outra parte permanece livre, todo o conjunto funcionando como uma viga em balanço
189
Forças Atuantes
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
190
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
Forças Atuantes
• O punção ao descer exerce a força de dobramento (Fd) sobre a parte em balanço da chapa, que começa a se deformar. Parte desta força é transferida à parede lateral da matriz à medida que a chapa se deforma. A força lateral é máxima quando a chapa atingir uma posição de 45º com a horizontal.
191
Forças Atuantes
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “DOBRAMENTO”
192
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
193
Matriz
Punção
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
• A estampagem é um processo largamente empregado na indústria, em que um punção convexo empurra a chapa contra uma matriz côncava, dando o formato desejado ao material
Introdução
194
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
Introdução
• A estampagem de chapas é o processo de conformação que consiste em converter uma chapa metálica plana em uma peça de formato desejado, sem que ocorra fratura ou afinamento localizado excessivo. Podem ser inicialmente classificados em dois grandes grupos:
• Estampagem profunda ou embutimento.
• Conformação em geral.
195
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
Introdução (Conformação Geral)
• A conformação geral é constituída de dobramento, repuxamento, flangeamento, rebordeamento, enrolamento parcial ou total, nervuramento, estanqueamento, preguiamento, abulamento, corrugamento, gravação, conformação de tubos. Nos processos classificados no grupo de conformação em geral estão sempre presentes, na zona de deformação da peça, esforços de flexão que dobram a região a ser deformada, criando tensões de tração em uma superfície e de compressão na superfície oposta.
• Material de partida na forma de tiras e esboços.
• Em vários estágios de acordo com a complexidade da geometria.
196
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
Introdução (Estampagem Profunda)
• Nesta operação associa-se os mesmos esforços da conformação em geral, mas sob a ação de um dispositivo de ferramenta denominado Prensa-Chapas, que ocasiona esforços adicionais nas operações de conformação. São de natureza complexa e variam com o decorrer da operação que se processa a frio, utilizando laminados de aços, ligas de alumínio, ligas de cobre e outros materiais.
• Em vários estágios, dependentes do coeficiente limite de embutimento.
• Material de partida na forma de discos
• Para peças pequenas: processos contínuos, com estampos progressivos.
197
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
Caracteristicas
• A estampabilidade é a capacidade de uma chapa poder ser conformada por estampagem sem se romper ou apresentar defeitos superficiais ou geométricos, e pode ser quantificada por medidas de anisotropia. Para uma boa capacidade de conformação, é desejável que a chapa apresente um alto valor de anisotropia normal, ou seja, maior resistência à deformação no sentido da sua espessura do que no plano da chapa. Adicionalmente, o material deve apresentar um baixo valor de anisotropia planar, a qual mede as diferenças de propriedades mecânicas ao longo do plano da chapa. Altos valores de anisotropia planar favorecem a formação de orelhas durante a estampagem devido à deformação preferencial em determinadas orientações
198
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
Generalidades
• Aplicações nas industrias Aeronáutica, Automobilística...etc.
• Utilizado para grandes produções devido ao alto custo do conjunto Punção-Matriz.
• Materiais mais utilizados: aços acalmados ao alumínio, aços efervescentes (não estabilizados), aços baixo carbono, aços inoxidáveis, cobre e suas ligas, alumínio e suas ligas, zinco e titânio.
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CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
Generalidades
• Bom acabamento superficial.
• Tem custo menor do que os processos alternativos (corte e soldagem, fundição..etc)
• Os melhores resultados são conseguidos com materiais recozidos.
Limitação
• Não é possível confeccionar um recipiente cujo diâmetro da “boca” é menor que o do corpo, pois não se consegue retirar o punção.
200
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
Campo de Aplicação
• Automobilística.
• Naval.
• Aeronáutica.
• Alimentícia.
• Hospitalar.
• Decorativa.
• Escritório.
• Eletrodomésticos.
• Etc...
201
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
Estampagem Profunda de “Blank” Circular
• É o processo de produção de copos, peças de automóveis (para-lamas)..etc.
X Z X Y Y
Prendedor
Anti-rugas
202
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
As Zonas do “Blank”
• Zona anelar externa X – material em contato com a matriz. Tensão circunferêncial de compressão – Efeito anti-rugas.
• Zona anelar interna Y – dobramento plástico sob tensão de tração
• Zona anelar Z – tração entre a matriz e o punção
203
Forças Durante a Estampagem:
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
COMPRESSÃO CIRCUNFERENCIAL
ATRITO
TRAÇÃO
DOBRAMENTO
DOBRAMENTO
PUNÇÃO
204
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
Fatores que Influenciam na Estampagem
Natureza Mecânica
• 1)Forma e Dimensões da Peça
• 2) Máquina de Conformação (tipo de prensa empregada)
• 3) Forma e Dimensões da Ferramenta
• Raio do perfil da matriz.
• Raio do punção: um ângulo mais agudo leva a redução da espessura localizada e
ruptura do material.
• Folga entre o punção e a matriz: engrossamento ou rugas.
205
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
Fatores que Influenciam na Estampagem
4) Pressão Anti-rugas
• Prevenir o enrugamento do “blank”.
• Pressão muito alta – operação de estiramento.
5) Taxa de Estampagem
• Razão entre o diâmetro inicial do “blank” e o diâmetro do copo estampado.
6) Lubrificação
• Diminuir o atrito e facilitar a retirada do estampado
206
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
Fatores que Influenciam na Estampagem
• 7) Propriedades do Escoamento Plástico
• 8) Propriedades Mecânicas
• 9) Propriedades Físicas
“ESTES FATORES INFLUÊNCIAM DIRETAMENTE NA DEFINIÇÃO DO ESTADO DE TENSÃO E DEFORMAÇÃO EXISTENTES A CADA INSTANTE DO PROCESSO, DISTRIBUÍDOS NAS DIVERSAS REGIÕES DA PEÇA EM FORMAÇÃO”.
207
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
Fatores que Influenciam na Estampagem
Natureza Metalúrgica
• 1) Composição Química
• 2) Estrutura do Material (processo de fabricação e processo de transformação mecânica)
• Formação de orelhas nas bordas livres devido à anisotropia planar – provoca perda de material
• DR 0 não há aparecimento de orelhas
• DR ≠ 0 aparecem as orelhas
• 3) Tratamento Térmico de Recozimento Entre Duas Etapas do Processo
208
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
Métodos de Expansão
• Uma vez que a redução máxima na estampagem profunda é da ordem de 50%, é necessário empregar operações sucessivas de estampagem caso se queira produzir peças altas e delgadas (como capas de cartucho e tubos fechados).
• A operação para transformar uma peça estampada em outra de diâmetro menor e altura maior é conhecida por expansão do copo.
209
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
Métodos de Expansão • Os dois métodos básicos de expansão são a Direta, ou regular, e a Indireta ou
invertida:
Direta
• A superfície original do copo permanece sendo a superfície externa da peça expandida.
Indireta
• O copo é estampado de maneira inversa, de modo que a superfície externa venha a ser a interna da nova peça.O dobramento é sempre na mesma direção, ao invés de ocorrer em direções opostas como na direta, acarretando menor encruamento.
210
Métodos de Expansão:
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
211
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
Anisotropia
• Em termos de estampagem é conveniente que:
• R >1 Resiste bem a redução.
• ΔR 0 Não há aparecimento de orelhas.
• A melhor maneira de se entender o papel desempenhado por R no embutimento é através de um diagrama que apresenta o lugar geométrico dos limites de escoamento.
212
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
• Os lugares preferenciais de ruptura são a parede do copo e a orla da flange
• Considerando que o diâmetro do copo é constante, na sua parede ambas as tensões são trativas e o estado de deformação é essencialmente deformação plana.
Anisotropia
213
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “ESTAMPAGEM”
• Lugar geométrico dos limites de escoamento.
• Comparação entre uma chapa isotrópica (R=1) e uma chapa de resistência aumentada por controle de textura (R>1)
Anisotropia
214
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “REBORDEAMENTO”
215
Introdução
• O rebordeamento é o mais simples dos processos de conformação de chapas empregados para a produção de peças de simetria circular (ex: antenas parabólicas, calotas, fundos de cilindros de gases ou tanques de pressão).
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “REBORDEAMENTO”
216
• Peças com seções circulares podem ser obtidas a partir de chapas metálicas, mediante um rebordeamento.
• Um “BLANK” de uma chapa metálica é preso pelo centro a um molde, que pode ser de plástico, madeira ou metal mole, que é fixado á arvore de um torno que gira a alta velocidade.
• Um bastão ou um rolete é pressionado contra a chapa, que está girando, empurrando-a contra o molde. Está pressão pode ser manual ou mecânica.
• Executando esta operação ao longo de todo o diâmetro da chapa, obtem-se uma peça com o formato do molde.
• Processo de baixa produtividade.
Características
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “REBORDEAMENTO”
217
Operação de Rebordeamento:
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “REBORDEAMENTO”
218
Operação de Rebordeamento:
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “REBORDEAMENTO”
219
Operação de Rebordeamento:
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “REBORDEAMENTO”
220
Operação de Rebordeamento:
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “REBORDEAMENTO”
221
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “REBORDEAMENTO”
• A ferramenta de rebordeamento é relativamente barato devido a sua simplicidade e composição.
• Esta simplicidade traduz-se em curtos períodos de tempo para produzir novas peças.
• Mudanças de projetos podem ser feitas com um mínimo de gastos, novamente devido a simplicidade do ferramental.
Vantagens
222
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “REBORDEAMENTO”
• Os fatores acima combinados tornam o rebordeamento o processo de conformação ideal para a produção de protótipos.
• Rebordeamento é um típico processo de conformação realizado a frio, no entanto, ele aumenta a resistência mecânica do material.
• O processo de rebordeamento pode conformar peças tão grandes (com até 3m de diâmetro), bem como peças muito finas de aços doce (12 mm)
Vantagens
223
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “REBORDEAMENTO”
• Peças com tolerâncias dimensionais muito apertadas requerem o uso de operações secundárias.
• O rebordeamento manual é mais trabalhoso do que o automático ou outros processo de conformação tais como a estampagem profunda.
• A uniformidade das peças rebordeadas manualmente estão intimamente relacionadas a habilidade do operador.
Desvantagens
224
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CALANDRAGEM”
225
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CALANDRAGEM”
• O processo de calandragem é utilizado para a confecção de filmes planos, chapas, laminados, barras, perfis ou tubos com geometrias variadas e enformar chapas que posteriormente podem termoformadas dando origem a produtos para a industria de embalagens alimentícia, farmacêutica, automobilística e outras.
Introdução
226
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CALANDRAGEM”
Características
• Este processo consiste em fazer passar o material (PVC ou metais) entre um conjunto de rolos convenientemente posicionados, formando um cordão, fita ou chapa que será depositado em um sistema de cilindros aquecidos (ou não) que formam a calandra. Dependendo da tecnologia utilizadas as calandras podem ter números diferentes de cilindros. Normalmente, a calandra tem quatro rolos de tamanhos distintos, que giram a velocidades ligeiramente diferentes para formar os filmes, chapas ou laminados. O material passa por um cabeçote tipo “flat dye”, que o distribui a um sistema de rolos conferindo espessura e aspecto final ao laminado/chapa.
227
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CALANDRAGEM”
Características
As características dos materiais obtidos pelo processo de calandragem são:
• Possibilidade de obter-se materiais planos com ou sem brilho.
• Transparentes, opacos, ou coloridos.
• Baixa permeabilidade ao vapor d'água.
• Produtos atóxicos.
• Espessura constante;.
• Obtenção de materiais rígidos ou flexíveis.
228
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CALANDRAGEM”
Aplicações
As principais aplicações em materiais rígidos são:
• Chapas para termoformagem visando aplicações tipo "blister“.
• Confecção de cartões de crédito e de uso geral.
• Rótulos.
• Reservatórios de pressão.
• Caldeiras e contentores cilíndricos.
• Virolas cilíndricas caneladas.
• etc..
229
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS “CALANDRAGEM”
Aplicações
As principais aplicações em materiais flexíveis são:
• Lonas de caminhão;.
• Laminados para "banners“.
• Laminados para toldos; guarda-sóis e coberturas.
• Laminados para confecção de bolsas de sangue e soro.
• Aplicações industriais como confecção de "big-bags", e geo-membranas entre outras.
230
USINAGEM
231
USINAGEM
• Operação que dá forma a peça, as dimensões, o acabamento, ou ainda a combinação de qualquer destes itens, produz cavacos.
Definição
232
USINAGEM
• No processo de usinagem uma quantidade de material é removido com auxílio de uma ferramenta de corte ou material abrasivo, produzindo o cavaco, obtendo uma peça com formas e dimensões desejadas.
Introdução
233
USINAGEM
• De um modo geral, as principais operações de usinagem, tradicionais, podem ser classificadas em: • Torneamento
• Aplainamento
• Fresamento
• Furação
• Brochamento
• Retificação
Introdução
234
USINAGEM
(a) (b)
(c) (d)
(e)
Alguns dos
processos de
usinagem mais
tradicionais:
(a) torneamento;
(b) fresamento;
(c) aplainamento;
(d) retificação e
(e) furação.
Introdução:
235
USINAGEM
• A matéria prima (tarugo) tem inicialmente a forma cilíndrica. A forma final é cônica ou cilíndrica. Na operação de corte a ferramenta executa movimento de translação, enquanto a peça gira em torno de seu próprio eixo.
Torneamento
236
USINAGEM
Torneamento:
Torneamento cilíndrico
interno.
Sangramento Radial
237
USINAGEM
Torneamento:
238
USINAGEM Torneamento:
Convencional
Centro de Usinagem
239
USINAGEM
• Na operação de aplainamento, o corte gera superfícies planas. O movimento da ferramenta de corte é de translação enquanto a peça permanece estática, ou vice-versa.
Aplainamento
Aplainamento de Rasgos
240
USINAGEM
Aplainamento:
Aplainamento de perfis. Aplainamento de ranhuras em
“T”.
Aplainamento de superfície
côncava. Aplainamento de guias.
241
USINAGEM
Aplainamento:
Plaina Horizontal
242
USINAGEM
Aplainamento:
Plaina Vertical
243
USINAGEM
Aplainamento:
Plaina de Mesa
244
USINAGEM
• Na operação de fresamento a ferramenta de corte possui vários gumes e executa movimento de giro, enquanto é pressionada contra a peça. A peça movimenta-se (alimentação) durante o processo.A superfície usinada resultante pode ter diferentes formas, planas e curvas. Veja as variantes do processo.
Fresamento
245
USINAGEM
Fresamento:
Fresamento tangencial Fresamento frontal angular
246
USINAGEM Fresamento:
Fresadora Horizontal e Vertical
247
USINAGEM Fresamento:
Fresamento Horizontal de Topo
248
USINAGEM
• Na furação uma ferramenta (broca) de dois gumes executa uma cavidade cilíndrica na peça. O movimento da ferramenta é uma combinação de rotação e deslocamento retilíneo (ao longo do eixo do furo)
Furação
249
USINAGEM Furação:
Furadeira de Bancada e Radial
250
USINAGEM
• Uma variante da furação é o alargamento de furos, onde uma ferramenta similar à broca, porém com múltiplos gumes, remove material de um furo, aumentando seu diâmetro, ao mesmo tempo conferindo-lhe um alto grau de acabamento.
Furação
251
USINAGEM Tipos de Furação:
252
USINAGEM Furação:
Alargamento cônico de
desbaste
Alargamento cilíndrico de
acabamento
253
USINAGEM
• A ferramenta multicortante executa movimento de translação, enquanto a peça permanece estática.
Brochamento
Brochamento Interno
254
USINAGEM
• Em alguns casos pode existir movimento rotativo relativo entre as duas (ferramenta e peça).
• A superfície usinada resultante em geral é curva.
• O processo é caro devido ao custo da ferramenta.
• O brochamento pode ser interno ou externo.
Brochamento
255
USINAGEM
• Na retificação a ferramenta remove material da peça por ação de grãos abrasivos.
• A ferramenta gira em torno de seu próprio eixo além de poder executar movimento de translação. A peça a usinar também pode movimentar-se.
• O processo é de alta precisão dimensional e proporciona grau de acabamento superior (polimento).
Retificação
256
USINAGEM Tipos de Retificação:
257
USINAGEM Tipos de Retificação:
258
USINAGEM
Retificação:
Retificação plana
259
USINAGEM
Retificação:
Retificação interna
260
USINAGEM Retificação:
Retificadora Interna e Externa.
261
USINAGEM
• Descrição Geral da Ferramenta:
• Como exemplo vamos utilizar uma ferramenta de tornear simples, de geometria definida, para facilitar o entendimento do funcionamento das demais, como brocas e fresas.
Ferramentas
262
USINAGEM FERRAMENTAS (SUPERFÍCIE)
Face
• Superfície da cunha sobre a qual o cavaco escoa.
Face Reduzida
• É uma superfície que separa a face em duas regiões - face e face reduzida - de modo que o cavaco entre em contato somente com a face reduzida.
Flanco
• Superfície da cunha voltada para a peça.
263
USINAGEM
FERRAMENTAS (SUPERFÍCIE)
Flanco Principal
• Superfície da cunha voltada para a superfície transitória da peça.
Flanco Secundário
• Superfície da cunha voltada para a superfície usinada da peça.
Quebra Cavaco
• São alterações presentes na face reduzida com o objetivo de controlar o tamanho do cavaco de modo que não ofereça risco ao operador e não obstrua o local de trabalho.
264
USINAGEM FERRAMENTAS (GUMES E QUINAS)
• Usado como referência para medir os ângulos da ferramenta.
Gume
• É o encontro da face com o flanco, destinada a operação de corte.
Gume Principal
• Interseção da face e do flanco principal.
Gume Secundário
• Interseção da face e do flanco secundário.
265
USINAGEM
FERRAMENTAS (GUMES E QUINAS)
Gume Ativo
• É a parte do gume que realmente está cortando.
Gume Principal Ativo
• É a parte do gume principal que realmente está cortando.
Gume Secundário Ativo
• É a parte do gume secundário que realmente está cortando.
Quina
• É o encontro do gume principal com o gume secundário.
266
USINAGEM
• Para definir os planos e medir os ângulos da ferramenta é preciso selecionar um ponto de referência posicionado em qualquer parte do gume principal.
Ferramentas (Sistema de
Referência de Planos)
267
USINAGEM FERRAMENTAS (SISTEMA DE REFERÊNCIA DE PLANOS)
Pr (Plano de referência da ferramenta)
• É paralelo à base da ferramenta no ponto selecionado.
Pf (Plano de trabalho convencional)
• É perpendicular ao Pr e paralelo à direção de avanço.
Pp (Plano passivo da ferramenta)
• É perpendicular ao Pr e ao Pf.
268
USINAGEM FERRAMENTAS (SISTEMA DE REFERÊNCIA DE PLANOS)
Ps (Plano do gume da ferramenta)
• É tangente ao gume no ponto selecionado e perpendicular ao Pr.
Pn (Plano normal ao gume)
• É perpendicular ao gume no ponto selecionado.
Po (Plano ortogonal da ferramenta)
• É perpendicular ao Pr e Ps no ponto selecionado.
Obs.: Os planos Pn e Po são muito
parecidos. Perceba que o plano normal é
geralmente inclinado em relação ao plano
ortogonal.
269
USINAGEM FERRAMENTAS (MOVIMENTOS DA PEÇA E DA FERRAMENTA)
Movimento de Corte
• É o movimento relativo entre a peça e a ferramenta que força o material da peça a escoar sobre a face da ferramenta, proporcionando a formação de cavaco.
Direção do movimento
270
USINAGEM
FERRAAMENTAS (MOVIMETOS DA PEÇA E DA FERRAMENTA)
Movimento de Avanço
• É o movimento relativo entre a peça e a ferramenta, combinado ao movimento de corte proporciona uma remoção contínua do cavaco e conseqüente formação de uma superfície usinada.
Movimento Resultante de Corte
• É o movimento resultante dos movimentos de corte e de avanço.
271
USINAGEM Velocidade de Corte:
272
USINAGEM Lista de Materiais para Ferramentas de Corte:
273
USINAGEM Dureza dos Materiais das Ferramentas x Temperatura:
274
USINAGEM Considerações sobre Materiais para Ferramentas de Corte:
275
USINAGEM Considerações sobre Materiais para Ferramentas de Corte:
276
USINAGEM Considerações sobre Materiais para Ferramentas de Corte:
277
USINAGEM Considerações sobre Materiais para Ferramentas de Corte:
278
USINAGEM
• É o material removido do tarugo durante o processo de usinagem, visando obter uma peça com forma e dimensões definidas.
Cavaco
279
USINAGEM
• Recalque do material, da peça contra a face da ferramenta.
• Material recalcado sofre deformação plástica que aumenta progressivamente até atingir a tensão de cisalhamento necessária ao deslizamento. Inicia-se o deslizamento do material recalcado segundo os planos de cisalhamento. Os planos instantâneos definem uma região entre a peça e o cavaco denominada região de cisalhamento.
Cavaco
280
USINAGEM
• Com a continuidade da penetração da ferramenta (movimento relativo) ocorre ruptura parcial ou completa na região de cisalhamento, dependendo das condições de usinagem e ductilidade do material
• Com a continuidade do movimento relativo (peça/ferramenta) ocorre o escorregamento da porção de material deformado e cisalhado (cavaco) sobre a face da ferramenta. O processo se repete, sucessivamente, com o material adjacente.
Cavaco
281
USINAGEM
Cavaco:
282
USINAGEM
Cavaco:
283
USINAGEM
Formas de cavaco:
284
USINAGEM Cavaco:
285
USINAGEM
Fluido de Corte:
286
USINAGEM Fluido de Corte:
287
USINAGEM
Fluido de Corte
• “Fluidos de corte são aqueles líquidos e gases aplicados na ferramenta e no material que está sendo usinado, a fim de facilitar a operação de corte.”
• Freqüentemente são chamados de lubrificantes ou refrigerantes em virtude das suas principais funções na usinagem
288
USINAGEM
Funções do Fluido de Corte
As principais funções dos fluidos de corte são:
• Refrigeração a altas velocidade.
• Lubrificação a baixas velocidades.
Outras funções
• Ajudar a retirar cavaco da zona de corte.
• Proteger a maquina-ferramenta e a peça da corrosao atmosferica.
289
USINAGEM
• Aumento da vida util da ferramenta pela lubrificação e refrigeração (diminuição da temperatura).
• Redução das forças de corte devido a lubrificação e, consequentemente, redução de potencia.
• Melhora do acabamento superficial.
• Facil remoção do cavaco da zona de corte.
• Menor distorção da peça pela ação da ferramenta (controle dimensional da peça).
Razões para Uso
do Fluido de
Corte
290
USINAGEM
Fluido de Corte
Classificação
• Ar
• Aquosos
• Água
• Emulsões
• Óleo
• Óleos minerais
• Óleos graxos
• Óleos compostos
• Óleos de extrema pressão
291
USINAGEM Fluido de Corte – Dicas Tecnológicas
Fofo cinzento
• São normalmente usinados a seco, porem um óleo emulsionável pode ser útil para ajudar a remover o cavaco que é o tipo de ruptura.
Alumínio
• Suas ligas podem ser usinados a seco. Para algumas ligas é necessário o fluido de corte, que pode ser uma emulsão com mistura de óleo mineral e graxo e a maioria das emulsões solúveis. Não requer aditivos EP e o enxofre ataca o metal instantaneamente.
Magnésio
• Suas ligas normalmente são usinados a secos e a altíssimas velocidades de corte, entretanto, um refrigerante pode ser usado. Emulsões são proibidas, pois a água reage com o cavaco para liberar hidrogênio, que apresenta riscos de ignição. O enxofre ataca o metal.
Cobre
• Suas ligas geralmente usam óleos solúveis. O enxofre causa descoloração das peças.
Cerâmicas
• Devido a sua alta fragilidade, deve-se tomar cuidado ao aplicar um refrigerante, porque os choques térmicos podem causar trincas superficiais.
292
USINAGEM
• Laser
• Química
• Eletro erosão
• Ultrasom
• Plasma
• Jato D`água
• ETC...
Processos não
Convencionais
293
EXERCÍCIOS - USINAGEM
1) Com suas palavras defina o processo de conformação por usinagem.
2) Quais os processos de usinagem mais comuns?
3) Em um processo de usinagem o que é movimento de corte?
4) Em um processo de usinagem o que é movimento de avanço?
5) Cite os 10 tipos de materiais utilizados em ferramentas de corte, do
menos duro para o mais duro.
6) Quais as funções do fluido de corte em processos de usinagem?
7) Usa-se fluido de corte para usinar ferro fundido cinzento? Por que?
8) Usinagem é um processo de conformação de chapa ou de volume? Por
que?
294
VÍDEOS - USINAGEM