PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que...

24

Transcript of PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que...

Page 1: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

PRODUCcedilAtildeO DIDAacuteTICOndashPEDAGOacuteGICA TURMA PDE-2012

Tiacutetulo Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950-1970)

Autor Sofia Terezinha Kozlinski

Escola de Implementaccedilatildeo do Projeto e sua localizaccedilatildeo

Coleacutegio Estadual Coronel Amazonas ndash Ensino Fundamental e Meacutedio ndash Rua Manoel Ribas 213 Centro Porto Amazonas-PR

DisciplinaAacuterea (ingresso no PDE)

Histoacuteria

Municiacutepio da escola Porto Amazonas - PR

Nuacutecleo Regional de Educaccedilatildeo

Ponta Grossa - PR

Professor Orientador Dra Rosangela Maria da Silva Petuba

Instituiccedilatildeo de Ensino Superior

UEPG

Relaccedilatildeo Interdisciplinar

Geografia Liacutengua Portuguesa e Arte

Resumo

O sistema ferroviaacuterio exerceu profunda influecircncia na histoacuteria de Porto Amazonas portanto haacute necessidade de problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade nos aspectos poliacutetico econocircmico e cultural despertando nos alunos um olhar criacutetico-reflexivo O objetivo seraacute problematizar e refletir os impactos do sistema ferroviaacuterio em Porto Amazonas Levar os alunos a pesquisarem em diferentes fontes documentais realizar entrevistas semi estruturadas com a comunidade em geral produzir fontes orais com depoimentos do cotidiano da eacutepoca organizar os resultados obtidos com as pesquisas e entrevistas atraveacutes de textos murais e outros materiais didaacuteticos a serem confeccionados no decorrer das atividades

Palavras-chave Porto Amazonas Ferrovia Histoacuteria local

Formato do Material Didaacutetico Caderno Pedagoacutegico

Puacuteblico Alvo

3ordm ano do ensino meacutedio

APRESENTACcedilAtildeO

Nenhum modo de produccedilatildeo e portanto nenhuma ordem social dominante e portanto nenhuma cultura dominante nunca na realidade inclui ou esgota toda a praacutetica humana toda a energia humana e toda a intenccedilatildeo humana (Raymond Willians)

O sistema ferroviaacuterio exerceu profunda influecircncia na histoacuteria de

Porto Amazonas portanto haacute necessidade de problematizar e refletir sobre os

impactos que a ferrovia trouxe para a cidade (1950ndash1970) nos aspectos poliacutetico

econocircmico e cultural despertando nos alunos um olhar criacutetico-reflexivo

Esta produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica pretende desenvolver para

aleacutem das expectativas oficiais pois atraveacutes da memoacuteria eacute que se constroacutei um

passado nas vivecircncias coletivas e individuais Dialogar com as memoacuterias de

trabalhadores anocircnimos enfim contar a histoacuteria de outras formas aleacutem da ldquomemoacuteria

oficialrdquo trabalhando as diferentes temporalidades experiecircncias compartilhadas natildeo

apenas nos locais de trabalho no cotidiano fora dele e com os demais sujeitos

histoacutericos

Embora o passado enquanto tal natildeo se modifique a construccedilatildeo

do conhecimento se modifica de acordo com o modo pelo qual o historiador se vecirc no

presente pensa o social e se insere nele enquanto sujeito social e enquanto

pesquisador Pensar o ensino como pesquisa nesse caso professor e aluno juntos

estaratildeo realizando uma reflexatildeo e produzindo saber como sujeitos no duplo sentido

sujeito social e sujeito do conhecimento (VIEIRA 2007 p 65-66)

A presente produccedilatildeo tambeacutem poderaacute ser utilizada como material

de pesquisa apoacutes a sua conclusatildeo pois os alunos ateacute o momento natildeo tiveram

acesso a esse tipo de informaccedilatildeo

Nas entrevistas seraacute mantido o cuidado com a subjetividade de

cada pessoa que narra os depoimentos fazendo uma releitura do sujeito que a

produz Analisando as vivecircncias dos trabalhadores suas relaccedilotildees com a empresa e

as maneiras para estabelecer a figura do trabalhador ferroviaacuterio ldquoidealrdquo ou seja

disciplinado para melhor atender aos interesses da empresa

Problematizar nesse caso eacute dar voz aos sujeitos histoacutericos

Nesse procedimento o pesquisador interroga os agentes sociais a partir de suas

preocupaccedilotildees e de sua postura e se deixar interrogar por esses agentes Atraveacutes

desse diaacutelogo o pesquisador vai formular ou reformular seus proacuteprios conceitos

verificar que outros agentes devem abordar e consequentemente que registro

buscar (VIEIRA 2007 p 43)

O objetivo seraacute de problematizar e refletir os impactos do sistema

ferroviaacuterio em Porto Amazonas no periacuteodo das duas deacutecadas abordadas por esse

estudo no terceiro ano do ensino meacutedio a que se destina este material didaacutetico

pedagoacutegico

Com relaccedilatildeo agrave ldquohistoacuteria oficialrdquo sabe-se que foi produzido

conhecimento sobre a cidade de Porto Amazonas e a ferrovia tanto em livros como

em sites da internet1 Segundo (FENELON 1999 p 10)

Ao propor outra abordagem buscamos refletir sobre o significado social das fontes seus limites indagando sobre as relaccedilotildees sociais poliacuteticas e ideoloacutegicas inscritas no mesmo processo de sua produccedilatildeo e preservaccedilatildeo (hellip) considerando que elas expressam sujeitos histoacutericos inseridos ativamente numa complexa rede de relaccedilotildees e acontecimentos e num intrincado jogo de pressotildees e limites que eacute preciso problematizar

1 Para maiores informaccedilotildees ver MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas 1997 p

26-27 E no site WWWportoamazonasprgovbr

PROCEDIMENTOSMATERIAL DIDAacuteTICO

Para estudar o passado de um povo de uma instituiccedilatildeo de uma classe natildeo basta aceitar ao peacute da letra tudo quanto nos deixou a simples tradiccedilatildeo escrita Eacute preciso fazer falar a multidatildeo imensa de figurantes mudos que enchem o panorama da Histoacuteria e satildeo muitas vezes mais interessantes e mais importantes do que os outros os que apenas escrevem a Histoacuteria (Seacutergio Buarque de Holanda)

O Caderno Pedagoacutegico eacute um material composto por vaacuterias

unidades com abordagens centradas em tema(s) de aacutereadisciplina especiacutefica

contendo fundamentaccedilatildeo teoacuterica com obrigatoriamente as respectivas sugestotildees

de atividades a serem desenvolvidas onde cada unidade teraacute correlaccedilatildeo com o

tema do caderno temaacutetico

UNIDADE TEMAacuteTICA 01

Roteiro de trabalho para o professor

1 - O texto base 01 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser realizada

entre o professor e os alunos

2 - Apoacutes a leitura e discussatildeo do texto a turma seraacute dividida com o objetivo de

analisar as diferentes possibilidades de trabalho com fontes

3 - Em seguida os alunos produziratildeo texto acerca do que foi analisado com as

diferentes fontes problematizadas

Texto Base n 01

COMO TRABALHAR COM AS FONTES HISTOacuteRICAS EM SUAS

ESPECIFICIDADES E A PESQUISA QUALITATIVA BUSCANDO

DIVERSAS FONTES DOCUMENTAIS

Sempre nos perguntamos como um historiador pode saber de

coisas que aconteceram em um passado muito muito distante Para saber do

passado o historiador conta com a ajuda das fontes histoacutericas Fontes histoacutericas satildeo

os documentos que permitem ao historiador recontar e interpretar os fatos passados

e reconstruir a histoacuteria

As fontes histoacutericas podem ser vestiacutegios arqueoloacutegicos como

ossos dos animais e dos homens que viveram no periacuteodo da preacute-histoacuteria Esses satildeo

exemplos de fontes materiais escritas Documentos escritos em tempos passados

mapas cartas diaacuterios pergaminhos e jornais antigos tambeacutem satildeo fontes materiais

escritas

As fontes materiais natildeo escritas satildeo objetos antigos pinturas

utensiacutelios ferramentas armas esculturas O historiador tambeacutem pode utilizar como

objeto de pesquisa as fontes natildeo materiais baseadas nas lendas e contos antigos

passados de pai para filho atraveacutes de depoimentos transmitidos atraveacutes da

oralidade ou seja da fala

Eacute por meio das relaccedilotildees entre as vaacuterias fontes histoacutericas que o

conhecimento humano sobre o passado vai sendo interpretado e reconstruiacutedo

Assim devemos lembrar que uma mesma fonte histoacuterica pode ter diversas

interpretaccedilotildees Tudo depende da forma como cada historiador trabalha sua fonte

Infelizmente muitas fontes histoacutericas se perderam com o passar do

tempo mas com a ajuda de arquivos puacuteblicos e particulares bibliotecas museus e

colecionadores outras fontes histoacutericas tecircm sido preservadas e guardadas

(Segundo Lilian Aguiar Graduada em Histoacuteria)2 Por todas essas questotildees

levantadas acreditamos que recorrer ao uso de vestiacutegios e fontes histoacutericas nas

aulas de Histoacuteria pode favorecer o pensamento histoacuterico e a iniciaccedilatildeo aos meacutetodos

de trabalho do historiador A intenccedilatildeo do trabalho com documentos em sala de aula

eacute de desenvolver a autonomia intelectual adequada que permita ao aluno realizar

anaacutelises criacuteticas da sociedade por meio de uma consciecircncia histoacuterica

(BITTENCOURT 2004)

A partir desse debate observe os documentos abaixo e

problematize

Perguntas

1 ndash Por que a ponte de ferro eacute considerada um referencial

arquitetocircnico em Porto Amazonas

2 ndash Quem construiu a ponte de ferro E em que eacutepoca

3 ndash Que outras construccedilotildees e em que regiotildees a Empresa de

Engenharia Machado da Costa realizava seus trabalhos

4 - Observando a imagem abaixo podemos nos questionar sobre

que tipo de crescimento trouxe para o Municiacutepio de Porto Amazonas e que grupos

sociais foram beneficiados

FIGURA 1 Ponte de Ferro situado em Porto Amazonas - PR3

2 Disponiacutevel em httpwwwescolakidscomas-fontes-historicashtm acessado em 18092012

3 Disponiacutevel em httpwwwportoamazonasprgovbrponteferrojpg Acesso em 12052012

FIGURA 2 Ponte dos Arcos situada entre os municiacutepios de Porto Amazonas e Balsa Nova - PR

4

Podemos verificar acima que a Ponte dos Arcos situada a 8 km

(divisa com o municiacutepio de Balsa Nova) eacute uma vista privilegiada e possui uma

arquitetura deslumbrante onde a ponte faz a ligaccedilatildeo feacuterrea entre os dois municiacutepios

localizada no Rio dos Papagaios que desaacutegua no Rio Iguaccedilu

Perguntas

1 - Existem grandes possibilidades de exploraccedilatildeo do turismo

ecoloacutegico no Municiacutepio Quais satildeo elas

2 - Existe a possibilidade de pesquisa a partir desses locais

Aleacutem das fontes imageacuteticas (fotografias) podemos problematizar

outros tipos de documentaccedilatildeo

A partir do poema ldquoSobre os trilhosrdquo de Jandir Bianco (BACH 2008

p19-20) podemos problematizar sobre o assunto que estaacute sendo retratado

4 Disponiacutevel em httpiytimgcomvi7Y2ANxK2FIc0jpg Acesso em 12052012

Os trens vinham de Satildeo Paulo

Daquelas bandas de laacute

Durante a viagem passavam

Pelo norte do Paranaacute

Passando em Ponta Grossa

Depois do Caracaraacute

Em Palmeira muitos namorados

Aguardando o trem chegar

Perguntas

1 ndash Qual era o percurso realizado pelos trens

2 ndash Por que Ponta Grossa passou a ser ponto estrateacutegico na eacutepoca

da ferrovia

3 ndash Como acontecia a socializaccedilatildeo e os possiacuteveis encontros entre as

pessoas no periacuteodo de tempo entre a saiacuteda e a chegada do trem

O trem seguindo o carril

E o maquinista imponente

Cada passagem de niacutevel

Aquele apito estridente

Pare olhe escute e passe

A placa avisando a gente

Ainda tem os distraiacutedos

Que cometem acidentes

Perguntas

1 ndash Qual era o papel do maquinista e que destaque ele tinha

2 ndash Como as pessoas se viam diante do barulho estridente do trem

3 ndash Existia sinalizaccedilatildeo na ferrovia por onde o trem passava

4 - Ocorriam acidentes durante a passagem dos trens Que riscos

isto gerava

Na viagem o guarda-freio

Vai cuidar da seguranccedila

O foguista pondo lenha

A Maria Fumaccedila avanccedila

Nos cruzamentos um apito

Eacute fogo na vizinhanccedila

Pois ela jogava brasas

Muitos metros de distacircncia

Perguntas

1 - Pode-se indagar sobre a seguranccedila no transporte ferroviaacuterio Por

quecirc

2 ndash Qual era a fonte de energia utilizada para impulsionar os trens

3 ndash Por que existiam muitos cruzamentos na malha ferroviaacuteria

4 ndash Existia a possibilidade de incecircndios que seriam provocados pela

passagem dos trens

Dentre outras podemos problematizar

1 ndash Qual eacute o contexto histoacuterico que estaacute apresentado neste poema

2ndash Quais as diferentes atividades desenvolvidas pelos trabalhadores

ferroviaacuterios

3 ndash Existia hierarquia entre os ferroviaacuterios Que profissotildees podem

ser verificadas

4 ndash Como eram as suas vestimentas

5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte

ferroviaacuterio

6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos

ferroviaacuterios

7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da

populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico

UNIDADE TEMAacuteTICA 02

Roteiro de Trabalho para o professor

1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos

2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em

grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a

pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do

projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash

1970)

4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos

alunos seratildeo apresentadas

Texto Base n02

COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS

FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA

Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de

formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a

uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios

documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos

familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5

O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a

cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na

comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de

utilizar este material

Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material

existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas

discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe

uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e

acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que

serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar

a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses

elementos progressivamente

A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria

e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute

5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012

algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento

Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute

entender o mundo em que se vive

Dicas para as entrevistas

Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de

algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando

outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute

importante observar alguns procedimentos

Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees

Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou

indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de

suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em

equipes de no maacuteximo trecircs alunos)

Para isso seraacute necessaacuterio

bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias

documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto

bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com

antecedecircncia e marcando a entrevista

bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do

presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo

para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)

bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver

abaixo

bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da

pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos

bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da

linguagem cacoetes intervalos etc

bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas

informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o

sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser

identificada)

Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral

e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo

histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar

em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se

de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6

P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais

antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes

para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da

documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes

orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva

histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos

Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute

portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a

vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas

proacuteprias palavras

As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em

sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees

que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos

documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um

indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas

pesquisas que realizamos

6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-

uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012

As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)

A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e

consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo

relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica

ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie

de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees

convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das

sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito

porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida

por um grupo

O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de

argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da

informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria

de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase

ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na

percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos

As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que

propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode

estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria

oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos

orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e

por isso mesmo parcial e interessada

Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa

histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave

incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem

como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia

das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e

teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas

interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o

diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando

finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de

julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7

Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as

seguintes questotildees

1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela

atraiu mais pessoas mais emprego

2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois

3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no

municiacutepio

4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece

ser destacado

5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo

esquece

6 ndash O que vinha pelo trem

7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio

8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio

9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra

7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-

debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012

10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia

privilegiado por ser ferroviaacuterio

11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio

12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio

13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio

14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como

funcionaacuterio

15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como

ferroviaacuterio

16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo

17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio

18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio

19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca

Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da

proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso

que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar

ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS

Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s

seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32

horas durante o primeiro semestre de 2013

Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe

pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e

posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para

apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em

equipes

A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema

produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e

como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes

documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as

diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como

problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com

as diferentes fontes problematizadas

Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma

seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e

outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes

documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre

outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem

versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados

Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para

analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto

Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos

Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem

histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria

individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros

sujeitos

As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida

pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida

dentro e fora de seu local de trabalho

8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de

totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse

A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute

registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma

Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada

pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o

entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas

Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem

sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem

como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de

divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da

presente produccedilatildeo

No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios

avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e

reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo

nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos

dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural

Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e

possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na

cidade de Porto Amazonas

REFEREcircNCIAS

BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008

BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola

Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004

BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994

HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 2: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

APRESENTACcedilAtildeO

Nenhum modo de produccedilatildeo e portanto nenhuma ordem social dominante e portanto nenhuma cultura dominante nunca na realidade inclui ou esgota toda a praacutetica humana toda a energia humana e toda a intenccedilatildeo humana (Raymond Willians)

O sistema ferroviaacuterio exerceu profunda influecircncia na histoacuteria de

Porto Amazonas portanto haacute necessidade de problematizar e refletir sobre os

impactos que a ferrovia trouxe para a cidade (1950ndash1970) nos aspectos poliacutetico

econocircmico e cultural despertando nos alunos um olhar criacutetico-reflexivo

Esta produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica pretende desenvolver para

aleacutem das expectativas oficiais pois atraveacutes da memoacuteria eacute que se constroacutei um

passado nas vivecircncias coletivas e individuais Dialogar com as memoacuterias de

trabalhadores anocircnimos enfim contar a histoacuteria de outras formas aleacutem da ldquomemoacuteria

oficialrdquo trabalhando as diferentes temporalidades experiecircncias compartilhadas natildeo

apenas nos locais de trabalho no cotidiano fora dele e com os demais sujeitos

histoacutericos

Embora o passado enquanto tal natildeo se modifique a construccedilatildeo

do conhecimento se modifica de acordo com o modo pelo qual o historiador se vecirc no

presente pensa o social e se insere nele enquanto sujeito social e enquanto

pesquisador Pensar o ensino como pesquisa nesse caso professor e aluno juntos

estaratildeo realizando uma reflexatildeo e produzindo saber como sujeitos no duplo sentido

sujeito social e sujeito do conhecimento (VIEIRA 2007 p 65-66)

A presente produccedilatildeo tambeacutem poderaacute ser utilizada como material

de pesquisa apoacutes a sua conclusatildeo pois os alunos ateacute o momento natildeo tiveram

acesso a esse tipo de informaccedilatildeo

Nas entrevistas seraacute mantido o cuidado com a subjetividade de

cada pessoa que narra os depoimentos fazendo uma releitura do sujeito que a

produz Analisando as vivecircncias dos trabalhadores suas relaccedilotildees com a empresa e

as maneiras para estabelecer a figura do trabalhador ferroviaacuterio ldquoidealrdquo ou seja

disciplinado para melhor atender aos interesses da empresa

Problematizar nesse caso eacute dar voz aos sujeitos histoacutericos

Nesse procedimento o pesquisador interroga os agentes sociais a partir de suas

preocupaccedilotildees e de sua postura e se deixar interrogar por esses agentes Atraveacutes

desse diaacutelogo o pesquisador vai formular ou reformular seus proacuteprios conceitos

verificar que outros agentes devem abordar e consequentemente que registro

buscar (VIEIRA 2007 p 43)

O objetivo seraacute de problematizar e refletir os impactos do sistema

ferroviaacuterio em Porto Amazonas no periacuteodo das duas deacutecadas abordadas por esse

estudo no terceiro ano do ensino meacutedio a que se destina este material didaacutetico

pedagoacutegico

Com relaccedilatildeo agrave ldquohistoacuteria oficialrdquo sabe-se que foi produzido

conhecimento sobre a cidade de Porto Amazonas e a ferrovia tanto em livros como

em sites da internet1 Segundo (FENELON 1999 p 10)

Ao propor outra abordagem buscamos refletir sobre o significado social das fontes seus limites indagando sobre as relaccedilotildees sociais poliacuteticas e ideoloacutegicas inscritas no mesmo processo de sua produccedilatildeo e preservaccedilatildeo (hellip) considerando que elas expressam sujeitos histoacutericos inseridos ativamente numa complexa rede de relaccedilotildees e acontecimentos e num intrincado jogo de pressotildees e limites que eacute preciso problematizar

1 Para maiores informaccedilotildees ver MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas 1997 p

26-27 E no site WWWportoamazonasprgovbr

PROCEDIMENTOSMATERIAL DIDAacuteTICO

Para estudar o passado de um povo de uma instituiccedilatildeo de uma classe natildeo basta aceitar ao peacute da letra tudo quanto nos deixou a simples tradiccedilatildeo escrita Eacute preciso fazer falar a multidatildeo imensa de figurantes mudos que enchem o panorama da Histoacuteria e satildeo muitas vezes mais interessantes e mais importantes do que os outros os que apenas escrevem a Histoacuteria (Seacutergio Buarque de Holanda)

O Caderno Pedagoacutegico eacute um material composto por vaacuterias

unidades com abordagens centradas em tema(s) de aacutereadisciplina especiacutefica

contendo fundamentaccedilatildeo teoacuterica com obrigatoriamente as respectivas sugestotildees

de atividades a serem desenvolvidas onde cada unidade teraacute correlaccedilatildeo com o

tema do caderno temaacutetico

UNIDADE TEMAacuteTICA 01

Roteiro de trabalho para o professor

1 - O texto base 01 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser realizada

entre o professor e os alunos

2 - Apoacutes a leitura e discussatildeo do texto a turma seraacute dividida com o objetivo de

analisar as diferentes possibilidades de trabalho com fontes

3 - Em seguida os alunos produziratildeo texto acerca do que foi analisado com as

diferentes fontes problematizadas

Texto Base n 01

COMO TRABALHAR COM AS FONTES HISTOacuteRICAS EM SUAS

ESPECIFICIDADES E A PESQUISA QUALITATIVA BUSCANDO

DIVERSAS FONTES DOCUMENTAIS

Sempre nos perguntamos como um historiador pode saber de

coisas que aconteceram em um passado muito muito distante Para saber do

passado o historiador conta com a ajuda das fontes histoacutericas Fontes histoacutericas satildeo

os documentos que permitem ao historiador recontar e interpretar os fatos passados

e reconstruir a histoacuteria

As fontes histoacutericas podem ser vestiacutegios arqueoloacutegicos como

ossos dos animais e dos homens que viveram no periacuteodo da preacute-histoacuteria Esses satildeo

exemplos de fontes materiais escritas Documentos escritos em tempos passados

mapas cartas diaacuterios pergaminhos e jornais antigos tambeacutem satildeo fontes materiais

escritas

As fontes materiais natildeo escritas satildeo objetos antigos pinturas

utensiacutelios ferramentas armas esculturas O historiador tambeacutem pode utilizar como

objeto de pesquisa as fontes natildeo materiais baseadas nas lendas e contos antigos

passados de pai para filho atraveacutes de depoimentos transmitidos atraveacutes da

oralidade ou seja da fala

Eacute por meio das relaccedilotildees entre as vaacuterias fontes histoacutericas que o

conhecimento humano sobre o passado vai sendo interpretado e reconstruiacutedo

Assim devemos lembrar que uma mesma fonte histoacuterica pode ter diversas

interpretaccedilotildees Tudo depende da forma como cada historiador trabalha sua fonte

Infelizmente muitas fontes histoacutericas se perderam com o passar do

tempo mas com a ajuda de arquivos puacuteblicos e particulares bibliotecas museus e

colecionadores outras fontes histoacutericas tecircm sido preservadas e guardadas

(Segundo Lilian Aguiar Graduada em Histoacuteria)2 Por todas essas questotildees

levantadas acreditamos que recorrer ao uso de vestiacutegios e fontes histoacutericas nas

aulas de Histoacuteria pode favorecer o pensamento histoacuterico e a iniciaccedilatildeo aos meacutetodos

de trabalho do historiador A intenccedilatildeo do trabalho com documentos em sala de aula

eacute de desenvolver a autonomia intelectual adequada que permita ao aluno realizar

anaacutelises criacuteticas da sociedade por meio de uma consciecircncia histoacuterica

(BITTENCOURT 2004)

A partir desse debate observe os documentos abaixo e

problematize

Perguntas

1 ndash Por que a ponte de ferro eacute considerada um referencial

arquitetocircnico em Porto Amazonas

2 ndash Quem construiu a ponte de ferro E em que eacutepoca

3 ndash Que outras construccedilotildees e em que regiotildees a Empresa de

Engenharia Machado da Costa realizava seus trabalhos

4 - Observando a imagem abaixo podemos nos questionar sobre

que tipo de crescimento trouxe para o Municiacutepio de Porto Amazonas e que grupos

sociais foram beneficiados

FIGURA 1 Ponte de Ferro situado em Porto Amazonas - PR3

2 Disponiacutevel em httpwwwescolakidscomas-fontes-historicashtm acessado em 18092012

3 Disponiacutevel em httpwwwportoamazonasprgovbrponteferrojpg Acesso em 12052012

FIGURA 2 Ponte dos Arcos situada entre os municiacutepios de Porto Amazonas e Balsa Nova - PR

4

Podemos verificar acima que a Ponte dos Arcos situada a 8 km

(divisa com o municiacutepio de Balsa Nova) eacute uma vista privilegiada e possui uma

arquitetura deslumbrante onde a ponte faz a ligaccedilatildeo feacuterrea entre os dois municiacutepios

localizada no Rio dos Papagaios que desaacutegua no Rio Iguaccedilu

Perguntas

1 - Existem grandes possibilidades de exploraccedilatildeo do turismo

ecoloacutegico no Municiacutepio Quais satildeo elas

2 - Existe a possibilidade de pesquisa a partir desses locais

Aleacutem das fontes imageacuteticas (fotografias) podemos problematizar

outros tipos de documentaccedilatildeo

A partir do poema ldquoSobre os trilhosrdquo de Jandir Bianco (BACH 2008

p19-20) podemos problematizar sobre o assunto que estaacute sendo retratado

4 Disponiacutevel em httpiytimgcomvi7Y2ANxK2FIc0jpg Acesso em 12052012

Os trens vinham de Satildeo Paulo

Daquelas bandas de laacute

Durante a viagem passavam

Pelo norte do Paranaacute

Passando em Ponta Grossa

Depois do Caracaraacute

Em Palmeira muitos namorados

Aguardando o trem chegar

Perguntas

1 ndash Qual era o percurso realizado pelos trens

2 ndash Por que Ponta Grossa passou a ser ponto estrateacutegico na eacutepoca

da ferrovia

3 ndash Como acontecia a socializaccedilatildeo e os possiacuteveis encontros entre as

pessoas no periacuteodo de tempo entre a saiacuteda e a chegada do trem

O trem seguindo o carril

E o maquinista imponente

Cada passagem de niacutevel

Aquele apito estridente

Pare olhe escute e passe

A placa avisando a gente

Ainda tem os distraiacutedos

Que cometem acidentes

Perguntas

1 ndash Qual era o papel do maquinista e que destaque ele tinha

2 ndash Como as pessoas se viam diante do barulho estridente do trem

3 ndash Existia sinalizaccedilatildeo na ferrovia por onde o trem passava

4 - Ocorriam acidentes durante a passagem dos trens Que riscos

isto gerava

Na viagem o guarda-freio

Vai cuidar da seguranccedila

O foguista pondo lenha

A Maria Fumaccedila avanccedila

Nos cruzamentos um apito

Eacute fogo na vizinhanccedila

Pois ela jogava brasas

Muitos metros de distacircncia

Perguntas

1 - Pode-se indagar sobre a seguranccedila no transporte ferroviaacuterio Por

quecirc

2 ndash Qual era a fonte de energia utilizada para impulsionar os trens

3 ndash Por que existiam muitos cruzamentos na malha ferroviaacuteria

4 ndash Existia a possibilidade de incecircndios que seriam provocados pela

passagem dos trens

Dentre outras podemos problematizar

1 ndash Qual eacute o contexto histoacuterico que estaacute apresentado neste poema

2ndash Quais as diferentes atividades desenvolvidas pelos trabalhadores

ferroviaacuterios

3 ndash Existia hierarquia entre os ferroviaacuterios Que profissotildees podem

ser verificadas

4 ndash Como eram as suas vestimentas

5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte

ferroviaacuterio

6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos

ferroviaacuterios

7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da

populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico

UNIDADE TEMAacuteTICA 02

Roteiro de Trabalho para o professor

1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos

2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em

grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a

pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do

projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash

1970)

4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos

alunos seratildeo apresentadas

Texto Base n02

COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS

FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA

Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de

formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a

uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios

documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos

familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5

O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a

cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na

comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de

utilizar este material

Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material

existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas

discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe

uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e

acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que

serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar

a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses

elementos progressivamente

A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria

e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute

5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012

algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento

Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute

entender o mundo em que se vive

Dicas para as entrevistas

Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de

algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando

outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute

importante observar alguns procedimentos

Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees

Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou

indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de

suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em

equipes de no maacuteximo trecircs alunos)

Para isso seraacute necessaacuterio

bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias

documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto

bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com

antecedecircncia e marcando a entrevista

bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do

presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo

para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)

bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver

abaixo

bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da

pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos

bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da

linguagem cacoetes intervalos etc

bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas

informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o

sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser

identificada)

Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral

e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo

histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar

em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se

de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6

P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais

antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes

para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da

documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes

orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva

histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos

Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute

portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a

vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas

proacuteprias palavras

As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em

sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees

que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos

documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um

indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas

pesquisas que realizamos

6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-

uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012

As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)

A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e

consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo

relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica

ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie

de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees

convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das

sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito

porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida

por um grupo

O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de

argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da

informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria

de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase

ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na

percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos

As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que

propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode

estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria

oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos

orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e

por isso mesmo parcial e interessada

Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa

histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave

incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem

como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia

das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e

teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas

interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o

diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando

finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de

julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7

Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as

seguintes questotildees

1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela

atraiu mais pessoas mais emprego

2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois

3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no

municiacutepio

4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece

ser destacado

5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo

esquece

6 ndash O que vinha pelo trem

7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio

8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio

9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra

7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-

debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012

10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia

privilegiado por ser ferroviaacuterio

11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio

12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio

13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio

14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como

funcionaacuterio

15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como

ferroviaacuterio

16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo

17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio

18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio

19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca

Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da

proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso

que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar

ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS

Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s

seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32

horas durante o primeiro semestre de 2013

Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe

pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e

posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para

apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em

equipes

A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema

produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e

como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes

documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as

diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como

problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com

as diferentes fontes problematizadas

Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma

seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e

outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes

documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre

outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem

versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados

Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para

analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto

Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos

Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem

histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria

individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros

sujeitos

As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida

pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida

dentro e fora de seu local de trabalho

8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de

totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse

A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute

registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma

Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada

pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o

entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas

Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem

sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem

como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de

divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da

presente produccedilatildeo

No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios

avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e

reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo

nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos

dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural

Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e

possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na

cidade de Porto Amazonas

REFEREcircNCIAS

BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008

BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola

Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004

BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994

HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 3: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

as maneiras para estabelecer a figura do trabalhador ferroviaacuterio ldquoidealrdquo ou seja

disciplinado para melhor atender aos interesses da empresa

Problematizar nesse caso eacute dar voz aos sujeitos histoacutericos

Nesse procedimento o pesquisador interroga os agentes sociais a partir de suas

preocupaccedilotildees e de sua postura e se deixar interrogar por esses agentes Atraveacutes

desse diaacutelogo o pesquisador vai formular ou reformular seus proacuteprios conceitos

verificar que outros agentes devem abordar e consequentemente que registro

buscar (VIEIRA 2007 p 43)

O objetivo seraacute de problematizar e refletir os impactos do sistema

ferroviaacuterio em Porto Amazonas no periacuteodo das duas deacutecadas abordadas por esse

estudo no terceiro ano do ensino meacutedio a que se destina este material didaacutetico

pedagoacutegico

Com relaccedilatildeo agrave ldquohistoacuteria oficialrdquo sabe-se que foi produzido

conhecimento sobre a cidade de Porto Amazonas e a ferrovia tanto em livros como

em sites da internet1 Segundo (FENELON 1999 p 10)

Ao propor outra abordagem buscamos refletir sobre o significado social das fontes seus limites indagando sobre as relaccedilotildees sociais poliacuteticas e ideoloacutegicas inscritas no mesmo processo de sua produccedilatildeo e preservaccedilatildeo (hellip) considerando que elas expressam sujeitos histoacutericos inseridos ativamente numa complexa rede de relaccedilotildees e acontecimentos e num intrincado jogo de pressotildees e limites que eacute preciso problematizar

1 Para maiores informaccedilotildees ver MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas 1997 p

26-27 E no site WWWportoamazonasprgovbr

PROCEDIMENTOSMATERIAL DIDAacuteTICO

Para estudar o passado de um povo de uma instituiccedilatildeo de uma classe natildeo basta aceitar ao peacute da letra tudo quanto nos deixou a simples tradiccedilatildeo escrita Eacute preciso fazer falar a multidatildeo imensa de figurantes mudos que enchem o panorama da Histoacuteria e satildeo muitas vezes mais interessantes e mais importantes do que os outros os que apenas escrevem a Histoacuteria (Seacutergio Buarque de Holanda)

O Caderno Pedagoacutegico eacute um material composto por vaacuterias

unidades com abordagens centradas em tema(s) de aacutereadisciplina especiacutefica

contendo fundamentaccedilatildeo teoacuterica com obrigatoriamente as respectivas sugestotildees

de atividades a serem desenvolvidas onde cada unidade teraacute correlaccedilatildeo com o

tema do caderno temaacutetico

UNIDADE TEMAacuteTICA 01

Roteiro de trabalho para o professor

1 - O texto base 01 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser realizada

entre o professor e os alunos

2 - Apoacutes a leitura e discussatildeo do texto a turma seraacute dividida com o objetivo de

analisar as diferentes possibilidades de trabalho com fontes

3 - Em seguida os alunos produziratildeo texto acerca do que foi analisado com as

diferentes fontes problematizadas

Texto Base n 01

COMO TRABALHAR COM AS FONTES HISTOacuteRICAS EM SUAS

ESPECIFICIDADES E A PESQUISA QUALITATIVA BUSCANDO

DIVERSAS FONTES DOCUMENTAIS

Sempre nos perguntamos como um historiador pode saber de

coisas que aconteceram em um passado muito muito distante Para saber do

passado o historiador conta com a ajuda das fontes histoacutericas Fontes histoacutericas satildeo

os documentos que permitem ao historiador recontar e interpretar os fatos passados

e reconstruir a histoacuteria

As fontes histoacutericas podem ser vestiacutegios arqueoloacutegicos como

ossos dos animais e dos homens que viveram no periacuteodo da preacute-histoacuteria Esses satildeo

exemplos de fontes materiais escritas Documentos escritos em tempos passados

mapas cartas diaacuterios pergaminhos e jornais antigos tambeacutem satildeo fontes materiais

escritas

As fontes materiais natildeo escritas satildeo objetos antigos pinturas

utensiacutelios ferramentas armas esculturas O historiador tambeacutem pode utilizar como

objeto de pesquisa as fontes natildeo materiais baseadas nas lendas e contos antigos

passados de pai para filho atraveacutes de depoimentos transmitidos atraveacutes da

oralidade ou seja da fala

Eacute por meio das relaccedilotildees entre as vaacuterias fontes histoacutericas que o

conhecimento humano sobre o passado vai sendo interpretado e reconstruiacutedo

Assim devemos lembrar que uma mesma fonte histoacuterica pode ter diversas

interpretaccedilotildees Tudo depende da forma como cada historiador trabalha sua fonte

Infelizmente muitas fontes histoacutericas se perderam com o passar do

tempo mas com a ajuda de arquivos puacuteblicos e particulares bibliotecas museus e

colecionadores outras fontes histoacutericas tecircm sido preservadas e guardadas

(Segundo Lilian Aguiar Graduada em Histoacuteria)2 Por todas essas questotildees

levantadas acreditamos que recorrer ao uso de vestiacutegios e fontes histoacutericas nas

aulas de Histoacuteria pode favorecer o pensamento histoacuterico e a iniciaccedilatildeo aos meacutetodos

de trabalho do historiador A intenccedilatildeo do trabalho com documentos em sala de aula

eacute de desenvolver a autonomia intelectual adequada que permita ao aluno realizar

anaacutelises criacuteticas da sociedade por meio de uma consciecircncia histoacuterica

(BITTENCOURT 2004)

A partir desse debate observe os documentos abaixo e

problematize

Perguntas

1 ndash Por que a ponte de ferro eacute considerada um referencial

arquitetocircnico em Porto Amazonas

2 ndash Quem construiu a ponte de ferro E em que eacutepoca

3 ndash Que outras construccedilotildees e em que regiotildees a Empresa de

Engenharia Machado da Costa realizava seus trabalhos

4 - Observando a imagem abaixo podemos nos questionar sobre

que tipo de crescimento trouxe para o Municiacutepio de Porto Amazonas e que grupos

sociais foram beneficiados

FIGURA 1 Ponte de Ferro situado em Porto Amazonas - PR3

2 Disponiacutevel em httpwwwescolakidscomas-fontes-historicashtm acessado em 18092012

3 Disponiacutevel em httpwwwportoamazonasprgovbrponteferrojpg Acesso em 12052012

FIGURA 2 Ponte dos Arcos situada entre os municiacutepios de Porto Amazonas e Balsa Nova - PR

4

Podemos verificar acima que a Ponte dos Arcos situada a 8 km

(divisa com o municiacutepio de Balsa Nova) eacute uma vista privilegiada e possui uma

arquitetura deslumbrante onde a ponte faz a ligaccedilatildeo feacuterrea entre os dois municiacutepios

localizada no Rio dos Papagaios que desaacutegua no Rio Iguaccedilu

Perguntas

1 - Existem grandes possibilidades de exploraccedilatildeo do turismo

ecoloacutegico no Municiacutepio Quais satildeo elas

2 - Existe a possibilidade de pesquisa a partir desses locais

Aleacutem das fontes imageacuteticas (fotografias) podemos problematizar

outros tipos de documentaccedilatildeo

A partir do poema ldquoSobre os trilhosrdquo de Jandir Bianco (BACH 2008

p19-20) podemos problematizar sobre o assunto que estaacute sendo retratado

4 Disponiacutevel em httpiytimgcomvi7Y2ANxK2FIc0jpg Acesso em 12052012

Os trens vinham de Satildeo Paulo

Daquelas bandas de laacute

Durante a viagem passavam

Pelo norte do Paranaacute

Passando em Ponta Grossa

Depois do Caracaraacute

Em Palmeira muitos namorados

Aguardando o trem chegar

Perguntas

1 ndash Qual era o percurso realizado pelos trens

2 ndash Por que Ponta Grossa passou a ser ponto estrateacutegico na eacutepoca

da ferrovia

3 ndash Como acontecia a socializaccedilatildeo e os possiacuteveis encontros entre as

pessoas no periacuteodo de tempo entre a saiacuteda e a chegada do trem

O trem seguindo o carril

E o maquinista imponente

Cada passagem de niacutevel

Aquele apito estridente

Pare olhe escute e passe

A placa avisando a gente

Ainda tem os distraiacutedos

Que cometem acidentes

Perguntas

1 ndash Qual era o papel do maquinista e que destaque ele tinha

2 ndash Como as pessoas se viam diante do barulho estridente do trem

3 ndash Existia sinalizaccedilatildeo na ferrovia por onde o trem passava

4 - Ocorriam acidentes durante a passagem dos trens Que riscos

isto gerava

Na viagem o guarda-freio

Vai cuidar da seguranccedila

O foguista pondo lenha

A Maria Fumaccedila avanccedila

Nos cruzamentos um apito

Eacute fogo na vizinhanccedila

Pois ela jogava brasas

Muitos metros de distacircncia

Perguntas

1 - Pode-se indagar sobre a seguranccedila no transporte ferroviaacuterio Por

quecirc

2 ndash Qual era a fonte de energia utilizada para impulsionar os trens

3 ndash Por que existiam muitos cruzamentos na malha ferroviaacuteria

4 ndash Existia a possibilidade de incecircndios que seriam provocados pela

passagem dos trens

Dentre outras podemos problematizar

1 ndash Qual eacute o contexto histoacuterico que estaacute apresentado neste poema

2ndash Quais as diferentes atividades desenvolvidas pelos trabalhadores

ferroviaacuterios

3 ndash Existia hierarquia entre os ferroviaacuterios Que profissotildees podem

ser verificadas

4 ndash Como eram as suas vestimentas

5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte

ferroviaacuterio

6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos

ferroviaacuterios

7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da

populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico

UNIDADE TEMAacuteTICA 02

Roteiro de Trabalho para o professor

1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos

2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em

grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a

pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do

projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash

1970)

4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos

alunos seratildeo apresentadas

Texto Base n02

COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS

FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA

Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de

formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a

uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios

documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos

familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5

O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a

cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na

comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de

utilizar este material

Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material

existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas

discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe

uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e

acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que

serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar

a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses

elementos progressivamente

A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria

e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute

5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012

algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento

Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute

entender o mundo em que se vive

Dicas para as entrevistas

Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de

algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando

outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute

importante observar alguns procedimentos

Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees

Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou

indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de

suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em

equipes de no maacuteximo trecircs alunos)

Para isso seraacute necessaacuterio

bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias

documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto

bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com

antecedecircncia e marcando a entrevista

bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do

presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo

para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)

bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver

abaixo

bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da

pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos

bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da

linguagem cacoetes intervalos etc

bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas

informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o

sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser

identificada)

Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral

e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo

histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar

em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se

de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6

P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais

antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes

para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da

documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes

orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva

histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos

Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute

portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a

vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas

proacuteprias palavras

As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em

sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees

que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos

documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um

indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas

pesquisas que realizamos

6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-

uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012

As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)

A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e

consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo

relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica

ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie

de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees

convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das

sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito

porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida

por um grupo

O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de

argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da

informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria

de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase

ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na

percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos

As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que

propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode

estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria

oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos

orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e

por isso mesmo parcial e interessada

Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa

histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave

incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem

como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia

das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e

teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas

interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o

diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando

finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de

julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7

Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as

seguintes questotildees

1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela

atraiu mais pessoas mais emprego

2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois

3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no

municiacutepio

4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece

ser destacado

5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo

esquece

6 ndash O que vinha pelo trem

7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio

8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio

9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra

7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-

debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012

10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia

privilegiado por ser ferroviaacuterio

11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio

12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio

13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio

14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como

funcionaacuterio

15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como

ferroviaacuterio

16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo

17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio

18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio

19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca

Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da

proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso

que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar

ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS

Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s

seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32

horas durante o primeiro semestre de 2013

Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe

pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e

posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para

apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em

equipes

A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema

produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e

como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes

documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as

diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como

problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com

as diferentes fontes problematizadas

Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma

seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e

outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes

documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre

outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem

versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados

Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para

analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto

Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos

Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem

histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria

individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros

sujeitos

As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida

pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida

dentro e fora de seu local de trabalho

8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de

totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse

A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute

registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma

Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada

pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o

entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas

Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem

sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem

como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de

divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da

presente produccedilatildeo

No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios

avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e

reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo

nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos

dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural

Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e

possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na

cidade de Porto Amazonas

REFEREcircNCIAS

BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008

BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola

Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004

BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994

HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 4: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

PROCEDIMENTOSMATERIAL DIDAacuteTICO

Para estudar o passado de um povo de uma instituiccedilatildeo de uma classe natildeo basta aceitar ao peacute da letra tudo quanto nos deixou a simples tradiccedilatildeo escrita Eacute preciso fazer falar a multidatildeo imensa de figurantes mudos que enchem o panorama da Histoacuteria e satildeo muitas vezes mais interessantes e mais importantes do que os outros os que apenas escrevem a Histoacuteria (Seacutergio Buarque de Holanda)

O Caderno Pedagoacutegico eacute um material composto por vaacuterias

unidades com abordagens centradas em tema(s) de aacutereadisciplina especiacutefica

contendo fundamentaccedilatildeo teoacuterica com obrigatoriamente as respectivas sugestotildees

de atividades a serem desenvolvidas onde cada unidade teraacute correlaccedilatildeo com o

tema do caderno temaacutetico

UNIDADE TEMAacuteTICA 01

Roteiro de trabalho para o professor

1 - O texto base 01 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser realizada

entre o professor e os alunos

2 - Apoacutes a leitura e discussatildeo do texto a turma seraacute dividida com o objetivo de

analisar as diferentes possibilidades de trabalho com fontes

3 - Em seguida os alunos produziratildeo texto acerca do que foi analisado com as

diferentes fontes problematizadas

Texto Base n 01

COMO TRABALHAR COM AS FONTES HISTOacuteRICAS EM SUAS

ESPECIFICIDADES E A PESQUISA QUALITATIVA BUSCANDO

DIVERSAS FONTES DOCUMENTAIS

Sempre nos perguntamos como um historiador pode saber de

coisas que aconteceram em um passado muito muito distante Para saber do

passado o historiador conta com a ajuda das fontes histoacutericas Fontes histoacutericas satildeo

os documentos que permitem ao historiador recontar e interpretar os fatos passados

e reconstruir a histoacuteria

As fontes histoacutericas podem ser vestiacutegios arqueoloacutegicos como

ossos dos animais e dos homens que viveram no periacuteodo da preacute-histoacuteria Esses satildeo

exemplos de fontes materiais escritas Documentos escritos em tempos passados

mapas cartas diaacuterios pergaminhos e jornais antigos tambeacutem satildeo fontes materiais

escritas

As fontes materiais natildeo escritas satildeo objetos antigos pinturas

utensiacutelios ferramentas armas esculturas O historiador tambeacutem pode utilizar como

objeto de pesquisa as fontes natildeo materiais baseadas nas lendas e contos antigos

passados de pai para filho atraveacutes de depoimentos transmitidos atraveacutes da

oralidade ou seja da fala

Eacute por meio das relaccedilotildees entre as vaacuterias fontes histoacutericas que o

conhecimento humano sobre o passado vai sendo interpretado e reconstruiacutedo

Assim devemos lembrar que uma mesma fonte histoacuterica pode ter diversas

interpretaccedilotildees Tudo depende da forma como cada historiador trabalha sua fonte

Infelizmente muitas fontes histoacutericas se perderam com o passar do

tempo mas com a ajuda de arquivos puacuteblicos e particulares bibliotecas museus e

colecionadores outras fontes histoacutericas tecircm sido preservadas e guardadas

(Segundo Lilian Aguiar Graduada em Histoacuteria)2 Por todas essas questotildees

levantadas acreditamos que recorrer ao uso de vestiacutegios e fontes histoacutericas nas

aulas de Histoacuteria pode favorecer o pensamento histoacuterico e a iniciaccedilatildeo aos meacutetodos

de trabalho do historiador A intenccedilatildeo do trabalho com documentos em sala de aula

eacute de desenvolver a autonomia intelectual adequada que permita ao aluno realizar

anaacutelises criacuteticas da sociedade por meio de uma consciecircncia histoacuterica

(BITTENCOURT 2004)

A partir desse debate observe os documentos abaixo e

problematize

Perguntas

1 ndash Por que a ponte de ferro eacute considerada um referencial

arquitetocircnico em Porto Amazonas

2 ndash Quem construiu a ponte de ferro E em que eacutepoca

3 ndash Que outras construccedilotildees e em que regiotildees a Empresa de

Engenharia Machado da Costa realizava seus trabalhos

4 - Observando a imagem abaixo podemos nos questionar sobre

que tipo de crescimento trouxe para o Municiacutepio de Porto Amazonas e que grupos

sociais foram beneficiados

FIGURA 1 Ponte de Ferro situado em Porto Amazonas - PR3

2 Disponiacutevel em httpwwwescolakidscomas-fontes-historicashtm acessado em 18092012

3 Disponiacutevel em httpwwwportoamazonasprgovbrponteferrojpg Acesso em 12052012

FIGURA 2 Ponte dos Arcos situada entre os municiacutepios de Porto Amazonas e Balsa Nova - PR

4

Podemos verificar acima que a Ponte dos Arcos situada a 8 km

(divisa com o municiacutepio de Balsa Nova) eacute uma vista privilegiada e possui uma

arquitetura deslumbrante onde a ponte faz a ligaccedilatildeo feacuterrea entre os dois municiacutepios

localizada no Rio dos Papagaios que desaacutegua no Rio Iguaccedilu

Perguntas

1 - Existem grandes possibilidades de exploraccedilatildeo do turismo

ecoloacutegico no Municiacutepio Quais satildeo elas

2 - Existe a possibilidade de pesquisa a partir desses locais

Aleacutem das fontes imageacuteticas (fotografias) podemos problematizar

outros tipos de documentaccedilatildeo

A partir do poema ldquoSobre os trilhosrdquo de Jandir Bianco (BACH 2008

p19-20) podemos problematizar sobre o assunto que estaacute sendo retratado

4 Disponiacutevel em httpiytimgcomvi7Y2ANxK2FIc0jpg Acesso em 12052012

Os trens vinham de Satildeo Paulo

Daquelas bandas de laacute

Durante a viagem passavam

Pelo norte do Paranaacute

Passando em Ponta Grossa

Depois do Caracaraacute

Em Palmeira muitos namorados

Aguardando o trem chegar

Perguntas

1 ndash Qual era o percurso realizado pelos trens

2 ndash Por que Ponta Grossa passou a ser ponto estrateacutegico na eacutepoca

da ferrovia

3 ndash Como acontecia a socializaccedilatildeo e os possiacuteveis encontros entre as

pessoas no periacuteodo de tempo entre a saiacuteda e a chegada do trem

O trem seguindo o carril

E o maquinista imponente

Cada passagem de niacutevel

Aquele apito estridente

Pare olhe escute e passe

A placa avisando a gente

Ainda tem os distraiacutedos

Que cometem acidentes

Perguntas

1 ndash Qual era o papel do maquinista e que destaque ele tinha

2 ndash Como as pessoas se viam diante do barulho estridente do trem

3 ndash Existia sinalizaccedilatildeo na ferrovia por onde o trem passava

4 - Ocorriam acidentes durante a passagem dos trens Que riscos

isto gerava

Na viagem o guarda-freio

Vai cuidar da seguranccedila

O foguista pondo lenha

A Maria Fumaccedila avanccedila

Nos cruzamentos um apito

Eacute fogo na vizinhanccedila

Pois ela jogava brasas

Muitos metros de distacircncia

Perguntas

1 - Pode-se indagar sobre a seguranccedila no transporte ferroviaacuterio Por

quecirc

2 ndash Qual era a fonte de energia utilizada para impulsionar os trens

3 ndash Por que existiam muitos cruzamentos na malha ferroviaacuteria

4 ndash Existia a possibilidade de incecircndios que seriam provocados pela

passagem dos trens

Dentre outras podemos problematizar

1 ndash Qual eacute o contexto histoacuterico que estaacute apresentado neste poema

2ndash Quais as diferentes atividades desenvolvidas pelos trabalhadores

ferroviaacuterios

3 ndash Existia hierarquia entre os ferroviaacuterios Que profissotildees podem

ser verificadas

4 ndash Como eram as suas vestimentas

5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte

ferroviaacuterio

6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos

ferroviaacuterios

7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da

populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico

UNIDADE TEMAacuteTICA 02

Roteiro de Trabalho para o professor

1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos

2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em

grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a

pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do

projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash

1970)

4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos

alunos seratildeo apresentadas

Texto Base n02

COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS

FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA

Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de

formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a

uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios

documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos

familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5

O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a

cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na

comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de

utilizar este material

Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material

existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas

discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe

uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e

acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que

serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar

a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses

elementos progressivamente

A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria

e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute

5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012

algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento

Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute

entender o mundo em que se vive

Dicas para as entrevistas

Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de

algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando

outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute

importante observar alguns procedimentos

Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees

Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou

indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de

suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em

equipes de no maacuteximo trecircs alunos)

Para isso seraacute necessaacuterio

bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias

documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto

bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com

antecedecircncia e marcando a entrevista

bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do

presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo

para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)

bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver

abaixo

bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da

pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos

bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da

linguagem cacoetes intervalos etc

bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas

informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o

sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser

identificada)

Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral

e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo

histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar

em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se

de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6

P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais

antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes

para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da

documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes

orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva

histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos

Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute

portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a

vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas

proacuteprias palavras

As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em

sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees

que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos

documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um

indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas

pesquisas que realizamos

6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-

uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012

As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)

A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e

consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo

relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica

ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie

de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees

convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das

sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito

porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida

por um grupo

O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de

argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da

informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria

de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase

ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na

percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos

As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que

propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode

estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria

oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos

orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e

por isso mesmo parcial e interessada

Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa

histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave

incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem

como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia

das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e

teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas

interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o

diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando

finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de

julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7

Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as

seguintes questotildees

1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela

atraiu mais pessoas mais emprego

2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois

3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no

municiacutepio

4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece

ser destacado

5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo

esquece

6 ndash O que vinha pelo trem

7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio

8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio

9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra

7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-

debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012

10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia

privilegiado por ser ferroviaacuterio

11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio

12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio

13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio

14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como

funcionaacuterio

15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como

ferroviaacuterio

16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo

17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio

18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio

19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca

Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da

proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso

que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar

ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS

Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s

seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32

horas durante o primeiro semestre de 2013

Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe

pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e

posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para

apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em

equipes

A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema

produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e

como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes

documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as

diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como

problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com

as diferentes fontes problematizadas

Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma

seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e

outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes

documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre

outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem

versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados

Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para

analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto

Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos

Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem

histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria

individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros

sujeitos

As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida

pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida

dentro e fora de seu local de trabalho

8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de

totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse

A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute

registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma

Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada

pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o

entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas

Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem

sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem

como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de

divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da

presente produccedilatildeo

No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios

avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e

reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo

nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos

dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural

Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e

possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na

cidade de Porto Amazonas

REFEREcircNCIAS

BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008

BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola

Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004

BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994

HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 5: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

Texto Base n 01

COMO TRABALHAR COM AS FONTES HISTOacuteRICAS EM SUAS

ESPECIFICIDADES E A PESQUISA QUALITATIVA BUSCANDO

DIVERSAS FONTES DOCUMENTAIS

Sempre nos perguntamos como um historiador pode saber de

coisas que aconteceram em um passado muito muito distante Para saber do

passado o historiador conta com a ajuda das fontes histoacutericas Fontes histoacutericas satildeo

os documentos que permitem ao historiador recontar e interpretar os fatos passados

e reconstruir a histoacuteria

As fontes histoacutericas podem ser vestiacutegios arqueoloacutegicos como

ossos dos animais e dos homens que viveram no periacuteodo da preacute-histoacuteria Esses satildeo

exemplos de fontes materiais escritas Documentos escritos em tempos passados

mapas cartas diaacuterios pergaminhos e jornais antigos tambeacutem satildeo fontes materiais

escritas

As fontes materiais natildeo escritas satildeo objetos antigos pinturas

utensiacutelios ferramentas armas esculturas O historiador tambeacutem pode utilizar como

objeto de pesquisa as fontes natildeo materiais baseadas nas lendas e contos antigos

passados de pai para filho atraveacutes de depoimentos transmitidos atraveacutes da

oralidade ou seja da fala

Eacute por meio das relaccedilotildees entre as vaacuterias fontes histoacutericas que o

conhecimento humano sobre o passado vai sendo interpretado e reconstruiacutedo

Assim devemos lembrar que uma mesma fonte histoacuterica pode ter diversas

interpretaccedilotildees Tudo depende da forma como cada historiador trabalha sua fonte

Infelizmente muitas fontes histoacutericas se perderam com o passar do

tempo mas com a ajuda de arquivos puacuteblicos e particulares bibliotecas museus e

colecionadores outras fontes histoacutericas tecircm sido preservadas e guardadas

(Segundo Lilian Aguiar Graduada em Histoacuteria)2 Por todas essas questotildees

levantadas acreditamos que recorrer ao uso de vestiacutegios e fontes histoacutericas nas

aulas de Histoacuteria pode favorecer o pensamento histoacuterico e a iniciaccedilatildeo aos meacutetodos

de trabalho do historiador A intenccedilatildeo do trabalho com documentos em sala de aula

eacute de desenvolver a autonomia intelectual adequada que permita ao aluno realizar

anaacutelises criacuteticas da sociedade por meio de uma consciecircncia histoacuterica

(BITTENCOURT 2004)

A partir desse debate observe os documentos abaixo e

problematize

Perguntas

1 ndash Por que a ponte de ferro eacute considerada um referencial

arquitetocircnico em Porto Amazonas

2 ndash Quem construiu a ponte de ferro E em que eacutepoca

3 ndash Que outras construccedilotildees e em que regiotildees a Empresa de

Engenharia Machado da Costa realizava seus trabalhos

4 - Observando a imagem abaixo podemos nos questionar sobre

que tipo de crescimento trouxe para o Municiacutepio de Porto Amazonas e que grupos

sociais foram beneficiados

FIGURA 1 Ponte de Ferro situado em Porto Amazonas - PR3

2 Disponiacutevel em httpwwwescolakidscomas-fontes-historicashtm acessado em 18092012

3 Disponiacutevel em httpwwwportoamazonasprgovbrponteferrojpg Acesso em 12052012

FIGURA 2 Ponte dos Arcos situada entre os municiacutepios de Porto Amazonas e Balsa Nova - PR

4

Podemos verificar acima que a Ponte dos Arcos situada a 8 km

(divisa com o municiacutepio de Balsa Nova) eacute uma vista privilegiada e possui uma

arquitetura deslumbrante onde a ponte faz a ligaccedilatildeo feacuterrea entre os dois municiacutepios

localizada no Rio dos Papagaios que desaacutegua no Rio Iguaccedilu

Perguntas

1 - Existem grandes possibilidades de exploraccedilatildeo do turismo

ecoloacutegico no Municiacutepio Quais satildeo elas

2 - Existe a possibilidade de pesquisa a partir desses locais

Aleacutem das fontes imageacuteticas (fotografias) podemos problematizar

outros tipos de documentaccedilatildeo

A partir do poema ldquoSobre os trilhosrdquo de Jandir Bianco (BACH 2008

p19-20) podemos problematizar sobre o assunto que estaacute sendo retratado

4 Disponiacutevel em httpiytimgcomvi7Y2ANxK2FIc0jpg Acesso em 12052012

Os trens vinham de Satildeo Paulo

Daquelas bandas de laacute

Durante a viagem passavam

Pelo norte do Paranaacute

Passando em Ponta Grossa

Depois do Caracaraacute

Em Palmeira muitos namorados

Aguardando o trem chegar

Perguntas

1 ndash Qual era o percurso realizado pelos trens

2 ndash Por que Ponta Grossa passou a ser ponto estrateacutegico na eacutepoca

da ferrovia

3 ndash Como acontecia a socializaccedilatildeo e os possiacuteveis encontros entre as

pessoas no periacuteodo de tempo entre a saiacuteda e a chegada do trem

O trem seguindo o carril

E o maquinista imponente

Cada passagem de niacutevel

Aquele apito estridente

Pare olhe escute e passe

A placa avisando a gente

Ainda tem os distraiacutedos

Que cometem acidentes

Perguntas

1 ndash Qual era o papel do maquinista e que destaque ele tinha

2 ndash Como as pessoas se viam diante do barulho estridente do trem

3 ndash Existia sinalizaccedilatildeo na ferrovia por onde o trem passava

4 - Ocorriam acidentes durante a passagem dos trens Que riscos

isto gerava

Na viagem o guarda-freio

Vai cuidar da seguranccedila

O foguista pondo lenha

A Maria Fumaccedila avanccedila

Nos cruzamentos um apito

Eacute fogo na vizinhanccedila

Pois ela jogava brasas

Muitos metros de distacircncia

Perguntas

1 - Pode-se indagar sobre a seguranccedila no transporte ferroviaacuterio Por

quecirc

2 ndash Qual era a fonte de energia utilizada para impulsionar os trens

3 ndash Por que existiam muitos cruzamentos na malha ferroviaacuteria

4 ndash Existia a possibilidade de incecircndios que seriam provocados pela

passagem dos trens

Dentre outras podemos problematizar

1 ndash Qual eacute o contexto histoacuterico que estaacute apresentado neste poema

2ndash Quais as diferentes atividades desenvolvidas pelos trabalhadores

ferroviaacuterios

3 ndash Existia hierarquia entre os ferroviaacuterios Que profissotildees podem

ser verificadas

4 ndash Como eram as suas vestimentas

5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte

ferroviaacuterio

6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos

ferroviaacuterios

7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da

populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico

UNIDADE TEMAacuteTICA 02

Roteiro de Trabalho para o professor

1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos

2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em

grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a

pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do

projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash

1970)

4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos

alunos seratildeo apresentadas

Texto Base n02

COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS

FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA

Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de

formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a

uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios

documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos

familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5

O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a

cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na

comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de

utilizar este material

Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material

existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas

discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe

uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e

acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que

serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar

a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses

elementos progressivamente

A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria

e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute

5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012

algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento

Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute

entender o mundo em que se vive

Dicas para as entrevistas

Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de

algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando

outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute

importante observar alguns procedimentos

Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees

Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou

indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de

suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em

equipes de no maacuteximo trecircs alunos)

Para isso seraacute necessaacuterio

bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias

documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto

bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com

antecedecircncia e marcando a entrevista

bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do

presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo

para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)

bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver

abaixo

bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da

pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos

bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da

linguagem cacoetes intervalos etc

bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas

informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o

sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser

identificada)

Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral

e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo

histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar

em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se

de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6

P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais

antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes

para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da

documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes

orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva

histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos

Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute

portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a

vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas

proacuteprias palavras

As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em

sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees

que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos

documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um

indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas

pesquisas que realizamos

6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-

uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012

As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)

A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e

consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo

relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica

ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie

de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees

convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das

sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito

porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida

por um grupo

O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de

argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da

informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria

de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase

ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na

percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos

As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que

propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode

estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria

oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos

orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e

por isso mesmo parcial e interessada

Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa

histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave

incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem

como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia

das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e

teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas

interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o

diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando

finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de

julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7

Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as

seguintes questotildees

1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela

atraiu mais pessoas mais emprego

2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois

3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no

municiacutepio

4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece

ser destacado

5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo

esquece

6 ndash O que vinha pelo trem

7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio

8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio

9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra

7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-

debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012

10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia

privilegiado por ser ferroviaacuterio

11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio

12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio

13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio

14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como

funcionaacuterio

15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como

ferroviaacuterio

16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo

17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio

18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio

19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca

Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da

proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso

que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar

ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS

Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s

seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32

horas durante o primeiro semestre de 2013

Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe

pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e

posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para

apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em

equipes

A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema

produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e

como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes

documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as

diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como

problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com

as diferentes fontes problematizadas

Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma

seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e

outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes

documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre

outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem

versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados

Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para

analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto

Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos

Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem

histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria

individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros

sujeitos

As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida

pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida

dentro e fora de seu local de trabalho

8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de

totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse

A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute

registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma

Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada

pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o

entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas

Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem

sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem

como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de

divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da

presente produccedilatildeo

No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios

avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e

reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo

nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos

dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural

Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e

possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na

cidade de Porto Amazonas

REFEREcircNCIAS

BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008

BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola

Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004

BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994

HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 6: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

(Segundo Lilian Aguiar Graduada em Histoacuteria)2 Por todas essas questotildees

levantadas acreditamos que recorrer ao uso de vestiacutegios e fontes histoacutericas nas

aulas de Histoacuteria pode favorecer o pensamento histoacuterico e a iniciaccedilatildeo aos meacutetodos

de trabalho do historiador A intenccedilatildeo do trabalho com documentos em sala de aula

eacute de desenvolver a autonomia intelectual adequada que permita ao aluno realizar

anaacutelises criacuteticas da sociedade por meio de uma consciecircncia histoacuterica

(BITTENCOURT 2004)

A partir desse debate observe os documentos abaixo e

problematize

Perguntas

1 ndash Por que a ponte de ferro eacute considerada um referencial

arquitetocircnico em Porto Amazonas

2 ndash Quem construiu a ponte de ferro E em que eacutepoca

3 ndash Que outras construccedilotildees e em que regiotildees a Empresa de

Engenharia Machado da Costa realizava seus trabalhos

4 - Observando a imagem abaixo podemos nos questionar sobre

que tipo de crescimento trouxe para o Municiacutepio de Porto Amazonas e que grupos

sociais foram beneficiados

FIGURA 1 Ponte de Ferro situado em Porto Amazonas - PR3

2 Disponiacutevel em httpwwwescolakidscomas-fontes-historicashtm acessado em 18092012

3 Disponiacutevel em httpwwwportoamazonasprgovbrponteferrojpg Acesso em 12052012

FIGURA 2 Ponte dos Arcos situada entre os municiacutepios de Porto Amazonas e Balsa Nova - PR

4

Podemos verificar acima que a Ponte dos Arcos situada a 8 km

(divisa com o municiacutepio de Balsa Nova) eacute uma vista privilegiada e possui uma

arquitetura deslumbrante onde a ponte faz a ligaccedilatildeo feacuterrea entre os dois municiacutepios

localizada no Rio dos Papagaios que desaacutegua no Rio Iguaccedilu

Perguntas

1 - Existem grandes possibilidades de exploraccedilatildeo do turismo

ecoloacutegico no Municiacutepio Quais satildeo elas

2 - Existe a possibilidade de pesquisa a partir desses locais

Aleacutem das fontes imageacuteticas (fotografias) podemos problematizar

outros tipos de documentaccedilatildeo

A partir do poema ldquoSobre os trilhosrdquo de Jandir Bianco (BACH 2008

p19-20) podemos problematizar sobre o assunto que estaacute sendo retratado

4 Disponiacutevel em httpiytimgcomvi7Y2ANxK2FIc0jpg Acesso em 12052012

Os trens vinham de Satildeo Paulo

Daquelas bandas de laacute

Durante a viagem passavam

Pelo norte do Paranaacute

Passando em Ponta Grossa

Depois do Caracaraacute

Em Palmeira muitos namorados

Aguardando o trem chegar

Perguntas

1 ndash Qual era o percurso realizado pelos trens

2 ndash Por que Ponta Grossa passou a ser ponto estrateacutegico na eacutepoca

da ferrovia

3 ndash Como acontecia a socializaccedilatildeo e os possiacuteveis encontros entre as

pessoas no periacuteodo de tempo entre a saiacuteda e a chegada do trem

O trem seguindo o carril

E o maquinista imponente

Cada passagem de niacutevel

Aquele apito estridente

Pare olhe escute e passe

A placa avisando a gente

Ainda tem os distraiacutedos

Que cometem acidentes

Perguntas

1 ndash Qual era o papel do maquinista e que destaque ele tinha

2 ndash Como as pessoas se viam diante do barulho estridente do trem

3 ndash Existia sinalizaccedilatildeo na ferrovia por onde o trem passava

4 - Ocorriam acidentes durante a passagem dos trens Que riscos

isto gerava

Na viagem o guarda-freio

Vai cuidar da seguranccedila

O foguista pondo lenha

A Maria Fumaccedila avanccedila

Nos cruzamentos um apito

Eacute fogo na vizinhanccedila

Pois ela jogava brasas

Muitos metros de distacircncia

Perguntas

1 - Pode-se indagar sobre a seguranccedila no transporte ferroviaacuterio Por

quecirc

2 ndash Qual era a fonte de energia utilizada para impulsionar os trens

3 ndash Por que existiam muitos cruzamentos na malha ferroviaacuteria

4 ndash Existia a possibilidade de incecircndios que seriam provocados pela

passagem dos trens

Dentre outras podemos problematizar

1 ndash Qual eacute o contexto histoacuterico que estaacute apresentado neste poema

2ndash Quais as diferentes atividades desenvolvidas pelos trabalhadores

ferroviaacuterios

3 ndash Existia hierarquia entre os ferroviaacuterios Que profissotildees podem

ser verificadas

4 ndash Como eram as suas vestimentas

5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte

ferroviaacuterio

6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos

ferroviaacuterios

7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da

populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico

UNIDADE TEMAacuteTICA 02

Roteiro de Trabalho para o professor

1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos

2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em

grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a

pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do

projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash

1970)

4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos

alunos seratildeo apresentadas

Texto Base n02

COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS

FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA

Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de

formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a

uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios

documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos

familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5

O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a

cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na

comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de

utilizar este material

Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material

existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas

discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe

uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e

acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que

serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar

a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses

elementos progressivamente

A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria

e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute

5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012

algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento

Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute

entender o mundo em que se vive

Dicas para as entrevistas

Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de

algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando

outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute

importante observar alguns procedimentos

Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees

Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou

indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de

suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em

equipes de no maacuteximo trecircs alunos)

Para isso seraacute necessaacuterio

bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias

documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto

bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com

antecedecircncia e marcando a entrevista

bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do

presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo

para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)

bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver

abaixo

bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da

pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos

bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da

linguagem cacoetes intervalos etc

bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas

informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o

sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser

identificada)

Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral

e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo

histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar

em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se

de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6

P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais

antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes

para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da

documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes

orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva

histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos

Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute

portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a

vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas

proacuteprias palavras

As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em

sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees

que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos

documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um

indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas

pesquisas que realizamos

6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-

uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012

As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)

A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e

consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo

relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica

ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie

de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees

convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das

sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito

porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida

por um grupo

O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de

argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da

informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria

de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase

ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na

percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos

As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que

propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode

estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria

oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos

orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e

por isso mesmo parcial e interessada

Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa

histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave

incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem

como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia

das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e

teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas

interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o

diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando

finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de

julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7

Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as

seguintes questotildees

1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela

atraiu mais pessoas mais emprego

2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois

3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no

municiacutepio

4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece

ser destacado

5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo

esquece

6 ndash O que vinha pelo trem

7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio

8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio

9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra

7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-

debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012

10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia

privilegiado por ser ferroviaacuterio

11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio

12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio

13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio

14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como

funcionaacuterio

15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como

ferroviaacuterio

16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo

17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio

18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio

19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca

Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da

proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso

que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar

ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS

Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s

seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32

horas durante o primeiro semestre de 2013

Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe

pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e

posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para

apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em

equipes

A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema

produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e

como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes

documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as

diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como

problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com

as diferentes fontes problematizadas

Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma

seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e

outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes

documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre

outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem

versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados

Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para

analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto

Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos

Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem

histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria

individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros

sujeitos

As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida

pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida

dentro e fora de seu local de trabalho

8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de

totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse

A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute

registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma

Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada

pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o

entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas

Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem

sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem

como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de

divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da

presente produccedilatildeo

No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios

avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e

reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo

nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos

dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural

Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e

possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na

cidade de Porto Amazonas

REFEREcircNCIAS

BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008

BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola

Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004

BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994

HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 7: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

FIGURA 2 Ponte dos Arcos situada entre os municiacutepios de Porto Amazonas e Balsa Nova - PR

4

Podemos verificar acima que a Ponte dos Arcos situada a 8 km

(divisa com o municiacutepio de Balsa Nova) eacute uma vista privilegiada e possui uma

arquitetura deslumbrante onde a ponte faz a ligaccedilatildeo feacuterrea entre os dois municiacutepios

localizada no Rio dos Papagaios que desaacutegua no Rio Iguaccedilu

Perguntas

1 - Existem grandes possibilidades de exploraccedilatildeo do turismo

ecoloacutegico no Municiacutepio Quais satildeo elas

2 - Existe a possibilidade de pesquisa a partir desses locais

Aleacutem das fontes imageacuteticas (fotografias) podemos problematizar

outros tipos de documentaccedilatildeo

A partir do poema ldquoSobre os trilhosrdquo de Jandir Bianco (BACH 2008

p19-20) podemos problematizar sobre o assunto que estaacute sendo retratado

4 Disponiacutevel em httpiytimgcomvi7Y2ANxK2FIc0jpg Acesso em 12052012

Os trens vinham de Satildeo Paulo

Daquelas bandas de laacute

Durante a viagem passavam

Pelo norte do Paranaacute

Passando em Ponta Grossa

Depois do Caracaraacute

Em Palmeira muitos namorados

Aguardando o trem chegar

Perguntas

1 ndash Qual era o percurso realizado pelos trens

2 ndash Por que Ponta Grossa passou a ser ponto estrateacutegico na eacutepoca

da ferrovia

3 ndash Como acontecia a socializaccedilatildeo e os possiacuteveis encontros entre as

pessoas no periacuteodo de tempo entre a saiacuteda e a chegada do trem

O trem seguindo o carril

E o maquinista imponente

Cada passagem de niacutevel

Aquele apito estridente

Pare olhe escute e passe

A placa avisando a gente

Ainda tem os distraiacutedos

Que cometem acidentes

Perguntas

1 ndash Qual era o papel do maquinista e que destaque ele tinha

2 ndash Como as pessoas se viam diante do barulho estridente do trem

3 ndash Existia sinalizaccedilatildeo na ferrovia por onde o trem passava

4 - Ocorriam acidentes durante a passagem dos trens Que riscos

isto gerava

Na viagem o guarda-freio

Vai cuidar da seguranccedila

O foguista pondo lenha

A Maria Fumaccedila avanccedila

Nos cruzamentos um apito

Eacute fogo na vizinhanccedila

Pois ela jogava brasas

Muitos metros de distacircncia

Perguntas

1 - Pode-se indagar sobre a seguranccedila no transporte ferroviaacuterio Por

quecirc

2 ndash Qual era a fonte de energia utilizada para impulsionar os trens

3 ndash Por que existiam muitos cruzamentos na malha ferroviaacuteria

4 ndash Existia a possibilidade de incecircndios que seriam provocados pela

passagem dos trens

Dentre outras podemos problematizar

1 ndash Qual eacute o contexto histoacuterico que estaacute apresentado neste poema

2ndash Quais as diferentes atividades desenvolvidas pelos trabalhadores

ferroviaacuterios

3 ndash Existia hierarquia entre os ferroviaacuterios Que profissotildees podem

ser verificadas

4 ndash Como eram as suas vestimentas

5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte

ferroviaacuterio

6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos

ferroviaacuterios

7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da

populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico

UNIDADE TEMAacuteTICA 02

Roteiro de Trabalho para o professor

1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos

2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em

grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a

pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do

projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash

1970)

4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos

alunos seratildeo apresentadas

Texto Base n02

COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS

FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA

Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de

formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a

uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios

documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos

familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5

O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a

cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na

comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de

utilizar este material

Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material

existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas

discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe

uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e

acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que

serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar

a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses

elementos progressivamente

A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria

e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute

5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012

algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento

Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute

entender o mundo em que se vive

Dicas para as entrevistas

Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de

algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando

outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute

importante observar alguns procedimentos

Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees

Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou

indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de

suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em

equipes de no maacuteximo trecircs alunos)

Para isso seraacute necessaacuterio

bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias

documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto

bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com

antecedecircncia e marcando a entrevista

bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do

presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo

para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)

bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver

abaixo

bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da

pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos

bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da

linguagem cacoetes intervalos etc

bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas

informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o

sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser

identificada)

Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral

e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo

histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar

em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se

de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6

P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais

antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes

para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da

documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes

orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva

histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos

Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute

portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a

vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas

proacuteprias palavras

As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em

sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees

que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos

documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um

indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas

pesquisas que realizamos

6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-

uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012

As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)

A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e

consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo

relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica

ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie

de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees

convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das

sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito

porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida

por um grupo

O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de

argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da

informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria

de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase

ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na

percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos

As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que

propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode

estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria

oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos

orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e

por isso mesmo parcial e interessada

Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa

histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave

incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem

como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia

das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e

teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas

interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o

diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando

finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de

julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7

Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as

seguintes questotildees

1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela

atraiu mais pessoas mais emprego

2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois

3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no

municiacutepio

4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece

ser destacado

5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo

esquece

6 ndash O que vinha pelo trem

7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio

8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio

9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra

7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-

debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012

10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia

privilegiado por ser ferroviaacuterio

11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio

12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio

13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio

14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como

funcionaacuterio

15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como

ferroviaacuterio

16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo

17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio

18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio

19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca

Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da

proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso

que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar

ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS

Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s

seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32

horas durante o primeiro semestre de 2013

Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe

pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e

posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para

apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em

equipes

A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema

produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e

como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes

documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as

diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como

problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com

as diferentes fontes problematizadas

Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma

seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e

outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes

documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre

outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem

versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados

Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para

analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto

Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos

Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem

histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria

individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros

sujeitos

As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida

pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida

dentro e fora de seu local de trabalho

8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de

totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse

A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute

registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma

Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada

pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o

entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas

Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem

sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem

como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de

divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da

presente produccedilatildeo

No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios

avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e

reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo

nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos

dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural

Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e

possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na

cidade de Porto Amazonas

REFEREcircNCIAS

BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008

BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola

Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004

BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994

HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 8: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

Os trens vinham de Satildeo Paulo

Daquelas bandas de laacute

Durante a viagem passavam

Pelo norte do Paranaacute

Passando em Ponta Grossa

Depois do Caracaraacute

Em Palmeira muitos namorados

Aguardando o trem chegar

Perguntas

1 ndash Qual era o percurso realizado pelos trens

2 ndash Por que Ponta Grossa passou a ser ponto estrateacutegico na eacutepoca

da ferrovia

3 ndash Como acontecia a socializaccedilatildeo e os possiacuteveis encontros entre as

pessoas no periacuteodo de tempo entre a saiacuteda e a chegada do trem

O trem seguindo o carril

E o maquinista imponente

Cada passagem de niacutevel

Aquele apito estridente

Pare olhe escute e passe

A placa avisando a gente

Ainda tem os distraiacutedos

Que cometem acidentes

Perguntas

1 ndash Qual era o papel do maquinista e que destaque ele tinha

2 ndash Como as pessoas se viam diante do barulho estridente do trem

3 ndash Existia sinalizaccedilatildeo na ferrovia por onde o trem passava

4 - Ocorriam acidentes durante a passagem dos trens Que riscos

isto gerava

Na viagem o guarda-freio

Vai cuidar da seguranccedila

O foguista pondo lenha

A Maria Fumaccedila avanccedila

Nos cruzamentos um apito

Eacute fogo na vizinhanccedila

Pois ela jogava brasas

Muitos metros de distacircncia

Perguntas

1 - Pode-se indagar sobre a seguranccedila no transporte ferroviaacuterio Por

quecirc

2 ndash Qual era a fonte de energia utilizada para impulsionar os trens

3 ndash Por que existiam muitos cruzamentos na malha ferroviaacuteria

4 ndash Existia a possibilidade de incecircndios que seriam provocados pela

passagem dos trens

Dentre outras podemos problematizar

1 ndash Qual eacute o contexto histoacuterico que estaacute apresentado neste poema

2ndash Quais as diferentes atividades desenvolvidas pelos trabalhadores

ferroviaacuterios

3 ndash Existia hierarquia entre os ferroviaacuterios Que profissotildees podem

ser verificadas

4 ndash Como eram as suas vestimentas

5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte

ferroviaacuterio

6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos

ferroviaacuterios

7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da

populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico

UNIDADE TEMAacuteTICA 02

Roteiro de Trabalho para o professor

1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos

2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em

grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a

pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do

projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash

1970)

4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos

alunos seratildeo apresentadas

Texto Base n02

COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS

FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA

Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de

formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a

uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios

documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos

familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5

O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a

cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na

comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de

utilizar este material

Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material

existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas

discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe

uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e

acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que

serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar

a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses

elementos progressivamente

A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria

e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute

5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012

algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento

Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute

entender o mundo em que se vive

Dicas para as entrevistas

Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de

algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando

outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute

importante observar alguns procedimentos

Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees

Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou

indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de

suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em

equipes de no maacuteximo trecircs alunos)

Para isso seraacute necessaacuterio

bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias

documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto

bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com

antecedecircncia e marcando a entrevista

bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do

presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo

para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)

bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver

abaixo

bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da

pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos

bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da

linguagem cacoetes intervalos etc

bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas

informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o

sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser

identificada)

Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral

e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo

histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar

em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se

de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6

P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais

antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes

para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da

documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes

orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva

histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos

Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute

portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a

vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas

proacuteprias palavras

As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em

sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees

que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos

documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um

indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas

pesquisas que realizamos

6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-

uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012

As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)

A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e

consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo

relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica

ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie

de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees

convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das

sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito

porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida

por um grupo

O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de

argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da

informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria

de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase

ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na

percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos

As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que

propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode

estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria

oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos

orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e

por isso mesmo parcial e interessada

Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa

histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave

incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem

como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia

das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e

teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas

interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o

diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando

finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de

julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7

Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as

seguintes questotildees

1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela

atraiu mais pessoas mais emprego

2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois

3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no

municiacutepio

4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece

ser destacado

5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo

esquece

6 ndash O que vinha pelo trem

7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio

8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio

9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra

7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-

debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012

10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia

privilegiado por ser ferroviaacuterio

11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio

12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio

13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio

14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como

funcionaacuterio

15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como

ferroviaacuterio

16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo

17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio

18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio

19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca

Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da

proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso

que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar

ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS

Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s

seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32

horas durante o primeiro semestre de 2013

Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe

pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e

posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para

apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em

equipes

A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema

produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e

como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes

documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as

diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como

problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com

as diferentes fontes problematizadas

Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma

seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e

outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes

documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre

outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem

versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados

Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para

analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto

Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos

Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem

histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria

individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros

sujeitos

As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida

pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida

dentro e fora de seu local de trabalho

8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de

totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse

A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute

registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma

Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada

pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o

entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas

Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem

sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem

como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de

divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da

presente produccedilatildeo

No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios

avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e

reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo

nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos

dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural

Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e

possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na

cidade de Porto Amazonas

REFEREcircNCIAS

BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008

BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola

Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004

BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994

HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 9: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

2 ndash Como as pessoas se viam diante do barulho estridente do trem

3 ndash Existia sinalizaccedilatildeo na ferrovia por onde o trem passava

4 - Ocorriam acidentes durante a passagem dos trens Que riscos

isto gerava

Na viagem o guarda-freio

Vai cuidar da seguranccedila

O foguista pondo lenha

A Maria Fumaccedila avanccedila

Nos cruzamentos um apito

Eacute fogo na vizinhanccedila

Pois ela jogava brasas

Muitos metros de distacircncia

Perguntas

1 - Pode-se indagar sobre a seguranccedila no transporte ferroviaacuterio Por

quecirc

2 ndash Qual era a fonte de energia utilizada para impulsionar os trens

3 ndash Por que existiam muitos cruzamentos na malha ferroviaacuteria

4 ndash Existia a possibilidade de incecircndios que seriam provocados pela

passagem dos trens

Dentre outras podemos problematizar

1 ndash Qual eacute o contexto histoacuterico que estaacute apresentado neste poema

2ndash Quais as diferentes atividades desenvolvidas pelos trabalhadores

ferroviaacuterios

3 ndash Existia hierarquia entre os ferroviaacuterios Que profissotildees podem

ser verificadas

4 ndash Como eram as suas vestimentas

5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte

ferroviaacuterio

6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos

ferroviaacuterios

7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da

populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico

UNIDADE TEMAacuteTICA 02

Roteiro de Trabalho para o professor

1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos

2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em

grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a

pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do

projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash

1970)

4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos

alunos seratildeo apresentadas

Texto Base n02

COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS

FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA

Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de

formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a

uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios

documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos

familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5

O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a

cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na

comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de

utilizar este material

Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material

existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas

discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe

uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e

acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que

serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar

a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses

elementos progressivamente

A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria

e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute

5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012

algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento

Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute

entender o mundo em que se vive

Dicas para as entrevistas

Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de

algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando

outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute

importante observar alguns procedimentos

Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees

Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou

indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de

suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em

equipes de no maacuteximo trecircs alunos)

Para isso seraacute necessaacuterio

bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias

documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto

bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com

antecedecircncia e marcando a entrevista

bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do

presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo

para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)

bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver

abaixo

bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da

pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos

bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da

linguagem cacoetes intervalos etc

bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas

informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o

sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser

identificada)

Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral

e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo

histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar

em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se

de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6

P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais

antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes

para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da

documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes

orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva

histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos

Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute

portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a

vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas

proacuteprias palavras

As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em

sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees

que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos

documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um

indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas

pesquisas que realizamos

6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-

uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012

As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)

A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e

consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo

relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica

ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie

de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees

convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das

sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito

porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida

por um grupo

O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de

argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da

informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria

de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase

ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na

percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos

As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que

propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode

estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria

oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos

orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e

por isso mesmo parcial e interessada

Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa

histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave

incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem

como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia

das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e

teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas

interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o

diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando

finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de

julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7

Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as

seguintes questotildees

1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela

atraiu mais pessoas mais emprego

2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois

3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no

municiacutepio

4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece

ser destacado

5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo

esquece

6 ndash O que vinha pelo trem

7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio

8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio

9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra

7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-

debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012

10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia

privilegiado por ser ferroviaacuterio

11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio

12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio

13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio

14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como

funcionaacuterio

15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como

ferroviaacuterio

16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo

17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio

18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio

19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca

Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da

proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso

que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar

ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS

Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s

seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32

horas durante o primeiro semestre de 2013

Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe

pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e

posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para

apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em

equipes

A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema

produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e

como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes

documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as

diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como

problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com

as diferentes fontes problematizadas

Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma

seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e

outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes

documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre

outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem

versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados

Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para

analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto

Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos

Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem

histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria

individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros

sujeitos

As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida

pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida

dentro e fora de seu local de trabalho

8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de

totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse

A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute

registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma

Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada

pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o

entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas

Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem

sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem

como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de

divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da

presente produccedilatildeo

No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios

avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e

reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo

nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos

dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural

Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e

possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na

cidade de Porto Amazonas

REFEREcircNCIAS

BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008

BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola

Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004

BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994

HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 10: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

4 ndash Como eram as suas vestimentas

5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte

ferroviaacuterio

6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos

ferroviaacuterios

7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da

populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico

UNIDADE TEMAacuteTICA 02

Roteiro de Trabalho para o professor

1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos

2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em

grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a

pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do

projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash

1970)

4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos

alunos seratildeo apresentadas

Texto Base n02

COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS

FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA

Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de

formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a

uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios

documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos

familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5

O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a

cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na

comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de

utilizar este material

Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material

existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas

discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe

uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e

acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que

serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar

a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses

elementos progressivamente

A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria

e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute

5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012

algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento

Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute

entender o mundo em que se vive

Dicas para as entrevistas

Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de

algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando

outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute

importante observar alguns procedimentos

Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees

Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou

indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de

suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em

equipes de no maacuteximo trecircs alunos)

Para isso seraacute necessaacuterio

bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias

documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto

bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com

antecedecircncia e marcando a entrevista

bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do

presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo

para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)

bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver

abaixo

bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da

pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos

bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da

linguagem cacoetes intervalos etc

bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas

informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o

sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser

identificada)

Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral

e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo

histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar

em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se

de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6

P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais

antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes

para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da

documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes

orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva

histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos

Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute

portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a

vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas

proacuteprias palavras

As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em

sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees

que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos

documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um

indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas

pesquisas que realizamos

6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-

uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012

As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)

A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e

consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo

relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica

ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie

de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees

convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das

sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito

porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida

por um grupo

O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de

argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da

informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria

de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase

ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na

percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos

As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que

propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode

estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria

oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos

orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e

por isso mesmo parcial e interessada

Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa

histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave

incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem

como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia

das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e

teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas

interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o

diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando

finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de

julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7

Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as

seguintes questotildees

1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela

atraiu mais pessoas mais emprego

2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois

3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no

municiacutepio

4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece

ser destacado

5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo

esquece

6 ndash O que vinha pelo trem

7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio

8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio

9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra

7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-

debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012

10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia

privilegiado por ser ferroviaacuterio

11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio

12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio

13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio

14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como

funcionaacuterio

15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como

ferroviaacuterio

16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo

17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio

18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio

19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca

Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da

proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso

que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar

ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS

Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s

seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32

horas durante o primeiro semestre de 2013

Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe

pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e

posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para

apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em

equipes

A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema

produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e

como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes

documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as

diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como

problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com

as diferentes fontes problematizadas

Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma

seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e

outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes

documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre

outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem

versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados

Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para

analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto

Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos

Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem

histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria

individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros

sujeitos

As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida

pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida

dentro e fora de seu local de trabalho

8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de

totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse

A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute

registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma

Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada

pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o

entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas

Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem

sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem

como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de

divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da

presente produccedilatildeo

No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios

avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e

reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo

nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos

dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural

Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e

possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na

cidade de Porto Amazonas

REFEREcircNCIAS

BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008

BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola

Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004

BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994

HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 11: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

Texto Base n02

COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS

FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA

Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de

formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a

uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios

documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos

familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5

O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a

cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na

comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de

utilizar este material

Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material

existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas

discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe

uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e

acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que

serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar

a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses

elementos progressivamente

A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria

e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute

5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012

algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento

Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute

entender o mundo em que se vive

Dicas para as entrevistas

Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de

algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando

outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute

importante observar alguns procedimentos

Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees

Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou

indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de

suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em

equipes de no maacuteximo trecircs alunos)

Para isso seraacute necessaacuterio

bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias

documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto

bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com

antecedecircncia e marcando a entrevista

bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do

presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo

para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)

bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver

abaixo

bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da

pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos

bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da

linguagem cacoetes intervalos etc

bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas

informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o

sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser

identificada)

Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral

e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo

histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar

em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se

de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6

P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais

antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes

para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da

documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes

orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva

histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos

Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute

portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a

vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas

proacuteprias palavras

As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em

sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees

que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos

documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um

indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas

pesquisas que realizamos

6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-

uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012

As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)

A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e

consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo

relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica

ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie

de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees

convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das

sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito

porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida

por um grupo

O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de

argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da

informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria

de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase

ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na

percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos

As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que

propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode

estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria

oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos

orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e

por isso mesmo parcial e interessada

Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa

histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave

incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem

como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia

das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e

teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas

interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o

diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando

finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de

julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7

Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as

seguintes questotildees

1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela

atraiu mais pessoas mais emprego

2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois

3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no

municiacutepio

4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece

ser destacado

5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo

esquece

6 ndash O que vinha pelo trem

7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio

8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio

9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra

7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-

debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012

10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia

privilegiado por ser ferroviaacuterio

11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio

12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio

13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio

14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como

funcionaacuterio

15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como

ferroviaacuterio

16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo

17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio

18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio

19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca

Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da

proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso

que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar

ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS

Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s

seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32

horas durante o primeiro semestre de 2013

Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe

pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e

posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para

apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em

equipes

A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema

produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e

como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes

documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as

diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como

problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com

as diferentes fontes problematizadas

Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma

seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e

outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes

documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre

outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem

versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados

Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para

analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto

Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos

Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem

histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria

individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros

sujeitos

As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida

pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida

dentro e fora de seu local de trabalho

8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de

totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse

A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute

registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma

Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada

pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o

entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas

Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem

sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem

como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de

divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da

presente produccedilatildeo

No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios

avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e

reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo

nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos

dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural

Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e

possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na

cidade de Porto Amazonas

REFEREcircNCIAS

BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008

BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola

Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004

BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994

HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 12: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento

Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute

entender o mundo em que se vive

Dicas para as entrevistas

Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de

algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando

outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute

importante observar alguns procedimentos

Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees

Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou

indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de

suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em

equipes de no maacuteximo trecircs alunos)

Para isso seraacute necessaacuterio

bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias

documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto

bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com

antecedecircncia e marcando a entrevista

bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do

presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo

para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)

bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver

abaixo

bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da

pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos

bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da

linguagem cacoetes intervalos etc

bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas

informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o

sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser

identificada)

Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral

e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo

histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar

em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se

de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6

P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais

antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes

para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da

documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes

orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva

histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos

Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute

portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a

vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas

proacuteprias palavras

As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em

sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees

que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos

documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um

indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas

pesquisas que realizamos

6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-

uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012

As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)

A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e

consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo

relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica

ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie

de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees

convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das

sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito

porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida

por um grupo

O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de

argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da

informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria

de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase

ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na

percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos

As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que

propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode

estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria

oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos

orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e

por isso mesmo parcial e interessada

Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa

histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave

incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem

como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia

das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e

teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas

interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o

diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando

finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de

julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7

Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as

seguintes questotildees

1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela

atraiu mais pessoas mais emprego

2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois

3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no

municiacutepio

4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece

ser destacado

5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo

esquece

6 ndash O que vinha pelo trem

7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio

8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio

9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra

7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-

debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012

10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia

privilegiado por ser ferroviaacuterio

11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio

12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio

13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio

14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como

funcionaacuterio

15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como

ferroviaacuterio

16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo

17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio

18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio

19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca

Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da

proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso

que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar

ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS

Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s

seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32

horas durante o primeiro semestre de 2013

Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe

pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e

posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para

apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em

equipes

A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema

produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e

como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes

documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as

diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como

problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com

as diferentes fontes problematizadas

Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma

seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e

outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes

documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre

outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem

versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados

Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para

analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto

Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos

Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem

histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria

individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros

sujeitos

As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida

pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida

dentro e fora de seu local de trabalho

8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de

totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse

A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute

registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma

Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada

pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o

entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas

Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem

sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem

como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de

divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da

presente produccedilatildeo

No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios

avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e

reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo

nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos

dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural

Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e

possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na

cidade de Porto Amazonas

REFEREcircNCIAS

BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008

BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola

Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004

BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994

HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 13: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas

informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o

sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser

identificada)

Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral

e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo

histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar

em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se

de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6

P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais

antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes

para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da

documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes

orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva

histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos

Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute

portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a

vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas

proacuteprias palavras

As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em

sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees

que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos

documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um

indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas

pesquisas que realizamos

6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-

uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012

As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)

A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e

consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo

relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica

ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie

de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees

convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das

sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito

porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida

por um grupo

O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de

argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da

informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria

de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase

ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na

percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos

As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que

propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode

estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria

oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos

orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e

por isso mesmo parcial e interessada

Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa

histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave

incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem

como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia

das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e

teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas

interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o

diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando

finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de

julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7

Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as

seguintes questotildees

1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela

atraiu mais pessoas mais emprego

2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois

3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no

municiacutepio

4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece

ser destacado

5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo

esquece

6 ndash O que vinha pelo trem

7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio

8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio

9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra

7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-

debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012

10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia

privilegiado por ser ferroviaacuterio

11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio

12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio

13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio

14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como

funcionaacuterio

15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como

ferroviaacuterio

16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo

17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio

18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio

19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca

Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da

proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso

que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar

ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS

Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s

seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32

horas durante o primeiro semestre de 2013

Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe

pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e

posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para

apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em

equipes

A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema

produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e

como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes

documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as

diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como

problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com

as diferentes fontes problematizadas

Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma

seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e

outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes

documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre

outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem

versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados

Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para

analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto

Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos

Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem

histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria

individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros

sujeitos

As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida

pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida

dentro e fora de seu local de trabalho

8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de

totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse

A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute

registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma

Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada

pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o

entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas

Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem

sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem

como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de

divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da

presente produccedilatildeo

No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios

avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e

reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo

nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos

dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural

Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e

possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na

cidade de Porto Amazonas

REFEREcircNCIAS

BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008

BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola

Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004

BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994

HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 14: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)

A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e

consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo

relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica

ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie

de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees

convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das

sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito

porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida

por um grupo

O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de

argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da

informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria

de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase

ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na

percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos

As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que

propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode

estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria

oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos

orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e

por isso mesmo parcial e interessada

Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa

histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave

incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem

como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia

das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e

teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas

interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o

diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando

finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de

julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7

Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as

seguintes questotildees

1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela

atraiu mais pessoas mais emprego

2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois

3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no

municiacutepio

4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece

ser destacado

5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo

esquece

6 ndash O que vinha pelo trem

7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio

8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio

9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra

7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-

debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012

10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia

privilegiado por ser ferroviaacuterio

11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio

12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio

13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio

14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como

funcionaacuterio

15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como

ferroviaacuterio

16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo

17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio

18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio

19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca

Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da

proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso

que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar

ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS

Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s

seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32

horas durante o primeiro semestre de 2013

Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe

pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e

posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para

apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em

equipes

A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema

produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e

como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes

documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as

diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como

problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com

as diferentes fontes problematizadas

Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma

seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e

outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes

documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre

outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem

versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados

Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para

analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto

Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos

Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem

histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria

individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros

sujeitos

As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida

pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida

dentro e fora de seu local de trabalho

8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de

totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse

A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute

registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma

Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada

pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o

entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas

Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem

sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem

como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de

divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da

presente produccedilatildeo

No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios

avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e

reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo

nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos

dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural

Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e

possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na

cidade de Porto Amazonas

REFEREcircNCIAS

BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008

BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola

Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004

BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994

HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 15: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e

teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas

interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o

diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando

finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de

julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7

Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as

seguintes questotildees

1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela

atraiu mais pessoas mais emprego

2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois

3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no

municiacutepio

4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece

ser destacado

5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo

esquece

6 ndash O que vinha pelo trem

7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio

8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio

9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra

7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-

debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012

10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia

privilegiado por ser ferroviaacuterio

11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio

12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio

13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio

14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como

funcionaacuterio

15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como

ferroviaacuterio

16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo

17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio

18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio

19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca

Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da

proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso

que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar

ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS

Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s

seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32

horas durante o primeiro semestre de 2013

Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe

pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e

posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para

apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em

equipes

A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema

produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e

como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes

documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as

diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como

problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com

as diferentes fontes problematizadas

Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma

seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e

outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes

documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre

outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem

versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados

Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para

analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto

Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos

Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem

histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria

individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros

sujeitos

As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida

pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida

dentro e fora de seu local de trabalho

8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de

totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse

A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute

registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma

Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada

pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o

entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas

Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem

sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem

como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de

divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da

presente produccedilatildeo

No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios

avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e

reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo

nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos

dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural

Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e

possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na

cidade de Porto Amazonas

REFEREcircNCIAS

BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008

BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola

Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004

BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994

HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 16: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia

privilegiado por ser ferroviaacuterio

11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio

12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio

13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio

14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como

funcionaacuterio

15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como

ferroviaacuterio

16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo

17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio

18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio

19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca

Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da

proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso

que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar

ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS

Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s

seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32

horas durante o primeiro semestre de 2013

Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe

pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e

posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para

apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em

equipes

A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema

produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e

como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes

documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as

diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como

problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com

as diferentes fontes problematizadas

Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma

seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e

outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes

documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre

outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem

versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados

Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para

analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto

Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos

Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem

histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria

individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros

sujeitos

As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida

pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida

dentro e fora de seu local de trabalho

8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de

totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse

A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute

registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma

Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada

pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o

entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas

Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem

sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem

como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de

divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da

presente produccedilatildeo

No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios

avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e

reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo

nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos

dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural

Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e

possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na

cidade de Porto Amazonas

REFEREcircNCIAS

BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008

BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola

Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004

BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994

HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 17: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e

posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para

apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em

equipes

A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema

produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e

como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes

documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as

diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como

problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com

as diferentes fontes problematizadas

Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser

realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma

seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e

outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes

Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes

documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre

outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem

versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados

Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para

analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto

Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos

Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem

histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria

individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros

sujeitos

As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida

pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida

dentro e fora de seu local de trabalho

8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de

totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse

A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute

registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma

Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada

pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o

entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas

Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem

sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem

como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de

divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da

presente produccedilatildeo

No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios

avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e

reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo

nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos

dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural

Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e

possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na

cidade de Porto Amazonas

REFEREcircNCIAS

BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008

BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola

Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004

BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994

HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 18: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute

registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma

Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada

pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o

entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas

Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem

sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem

como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de

divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da

presente produccedilatildeo

No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios

avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e

reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo

nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos

dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural

Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e

possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na

cidade de Porto Amazonas

REFEREcircNCIAS

BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008

BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola

Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004

BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994

HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 19: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994

HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 20: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 21: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 22: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,

Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007

Page 23: PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade, nos aspectos político, econômico e cultural,