PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que...
Transcript of PRODUÇÃO DIDÁTICO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · problematizar e refletir sobre os impactos que...
PRODUCcedilAtildeO DIDAacuteTICOndashPEDAGOacuteGICA TURMA PDE-2012
Tiacutetulo Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950-1970)
Autor Sofia Terezinha Kozlinski
Escola de Implementaccedilatildeo do Projeto e sua localizaccedilatildeo
Coleacutegio Estadual Coronel Amazonas ndash Ensino Fundamental e Meacutedio ndash Rua Manoel Ribas 213 Centro Porto Amazonas-PR
DisciplinaAacuterea (ingresso no PDE)
Histoacuteria
Municiacutepio da escola Porto Amazonas - PR
Nuacutecleo Regional de Educaccedilatildeo
Ponta Grossa - PR
Professor Orientador Dra Rosangela Maria da Silva Petuba
Instituiccedilatildeo de Ensino Superior
UEPG
Relaccedilatildeo Interdisciplinar
Geografia Liacutengua Portuguesa e Arte
Resumo
O sistema ferroviaacuterio exerceu profunda influecircncia na histoacuteria de Porto Amazonas portanto haacute necessidade de problematizar e refletir sobre os impactos que a ferrovia trouxe para a cidade nos aspectos poliacutetico econocircmico e cultural despertando nos alunos um olhar criacutetico-reflexivo O objetivo seraacute problematizar e refletir os impactos do sistema ferroviaacuterio em Porto Amazonas Levar os alunos a pesquisarem em diferentes fontes documentais realizar entrevistas semi estruturadas com a comunidade em geral produzir fontes orais com depoimentos do cotidiano da eacutepoca organizar os resultados obtidos com as pesquisas e entrevistas atraveacutes de textos murais e outros materiais didaacuteticos a serem confeccionados no decorrer das atividades
Palavras-chave Porto Amazonas Ferrovia Histoacuteria local
Formato do Material Didaacutetico Caderno Pedagoacutegico
Puacuteblico Alvo
3ordm ano do ensino meacutedio
APRESENTACcedilAtildeO
Nenhum modo de produccedilatildeo e portanto nenhuma ordem social dominante e portanto nenhuma cultura dominante nunca na realidade inclui ou esgota toda a praacutetica humana toda a energia humana e toda a intenccedilatildeo humana (Raymond Willians)
O sistema ferroviaacuterio exerceu profunda influecircncia na histoacuteria de
Porto Amazonas portanto haacute necessidade de problematizar e refletir sobre os
impactos que a ferrovia trouxe para a cidade (1950ndash1970) nos aspectos poliacutetico
econocircmico e cultural despertando nos alunos um olhar criacutetico-reflexivo
Esta produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica pretende desenvolver para
aleacutem das expectativas oficiais pois atraveacutes da memoacuteria eacute que se constroacutei um
passado nas vivecircncias coletivas e individuais Dialogar com as memoacuterias de
trabalhadores anocircnimos enfim contar a histoacuteria de outras formas aleacutem da ldquomemoacuteria
oficialrdquo trabalhando as diferentes temporalidades experiecircncias compartilhadas natildeo
apenas nos locais de trabalho no cotidiano fora dele e com os demais sujeitos
histoacutericos
Embora o passado enquanto tal natildeo se modifique a construccedilatildeo
do conhecimento se modifica de acordo com o modo pelo qual o historiador se vecirc no
presente pensa o social e se insere nele enquanto sujeito social e enquanto
pesquisador Pensar o ensino como pesquisa nesse caso professor e aluno juntos
estaratildeo realizando uma reflexatildeo e produzindo saber como sujeitos no duplo sentido
sujeito social e sujeito do conhecimento (VIEIRA 2007 p 65-66)
A presente produccedilatildeo tambeacutem poderaacute ser utilizada como material
de pesquisa apoacutes a sua conclusatildeo pois os alunos ateacute o momento natildeo tiveram
acesso a esse tipo de informaccedilatildeo
Nas entrevistas seraacute mantido o cuidado com a subjetividade de
cada pessoa que narra os depoimentos fazendo uma releitura do sujeito que a
produz Analisando as vivecircncias dos trabalhadores suas relaccedilotildees com a empresa e
as maneiras para estabelecer a figura do trabalhador ferroviaacuterio ldquoidealrdquo ou seja
disciplinado para melhor atender aos interesses da empresa
Problematizar nesse caso eacute dar voz aos sujeitos histoacutericos
Nesse procedimento o pesquisador interroga os agentes sociais a partir de suas
preocupaccedilotildees e de sua postura e se deixar interrogar por esses agentes Atraveacutes
desse diaacutelogo o pesquisador vai formular ou reformular seus proacuteprios conceitos
verificar que outros agentes devem abordar e consequentemente que registro
buscar (VIEIRA 2007 p 43)
O objetivo seraacute de problematizar e refletir os impactos do sistema
ferroviaacuterio em Porto Amazonas no periacuteodo das duas deacutecadas abordadas por esse
estudo no terceiro ano do ensino meacutedio a que se destina este material didaacutetico
pedagoacutegico
Com relaccedilatildeo agrave ldquohistoacuteria oficialrdquo sabe-se que foi produzido
conhecimento sobre a cidade de Porto Amazonas e a ferrovia tanto em livros como
em sites da internet1 Segundo (FENELON 1999 p 10)
Ao propor outra abordagem buscamos refletir sobre o significado social das fontes seus limites indagando sobre as relaccedilotildees sociais poliacuteticas e ideoloacutegicas inscritas no mesmo processo de sua produccedilatildeo e preservaccedilatildeo (hellip) considerando que elas expressam sujeitos histoacutericos inseridos ativamente numa complexa rede de relaccedilotildees e acontecimentos e num intrincado jogo de pressotildees e limites que eacute preciso problematizar
1 Para maiores informaccedilotildees ver MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas 1997 p
26-27 E no site WWWportoamazonasprgovbr
PROCEDIMENTOSMATERIAL DIDAacuteTICO
Para estudar o passado de um povo de uma instituiccedilatildeo de uma classe natildeo basta aceitar ao peacute da letra tudo quanto nos deixou a simples tradiccedilatildeo escrita Eacute preciso fazer falar a multidatildeo imensa de figurantes mudos que enchem o panorama da Histoacuteria e satildeo muitas vezes mais interessantes e mais importantes do que os outros os que apenas escrevem a Histoacuteria (Seacutergio Buarque de Holanda)
O Caderno Pedagoacutegico eacute um material composto por vaacuterias
unidades com abordagens centradas em tema(s) de aacutereadisciplina especiacutefica
contendo fundamentaccedilatildeo teoacuterica com obrigatoriamente as respectivas sugestotildees
de atividades a serem desenvolvidas onde cada unidade teraacute correlaccedilatildeo com o
tema do caderno temaacutetico
UNIDADE TEMAacuteTICA 01
Roteiro de trabalho para o professor
1 - O texto base 01 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser realizada
entre o professor e os alunos
2 - Apoacutes a leitura e discussatildeo do texto a turma seraacute dividida com o objetivo de
analisar as diferentes possibilidades de trabalho com fontes
3 - Em seguida os alunos produziratildeo texto acerca do que foi analisado com as
diferentes fontes problematizadas
Texto Base n 01
COMO TRABALHAR COM AS FONTES HISTOacuteRICAS EM SUAS
ESPECIFICIDADES E A PESQUISA QUALITATIVA BUSCANDO
DIVERSAS FONTES DOCUMENTAIS
Sempre nos perguntamos como um historiador pode saber de
coisas que aconteceram em um passado muito muito distante Para saber do
passado o historiador conta com a ajuda das fontes histoacutericas Fontes histoacutericas satildeo
os documentos que permitem ao historiador recontar e interpretar os fatos passados
e reconstruir a histoacuteria
As fontes histoacutericas podem ser vestiacutegios arqueoloacutegicos como
ossos dos animais e dos homens que viveram no periacuteodo da preacute-histoacuteria Esses satildeo
exemplos de fontes materiais escritas Documentos escritos em tempos passados
mapas cartas diaacuterios pergaminhos e jornais antigos tambeacutem satildeo fontes materiais
escritas
As fontes materiais natildeo escritas satildeo objetos antigos pinturas
utensiacutelios ferramentas armas esculturas O historiador tambeacutem pode utilizar como
objeto de pesquisa as fontes natildeo materiais baseadas nas lendas e contos antigos
passados de pai para filho atraveacutes de depoimentos transmitidos atraveacutes da
oralidade ou seja da fala
Eacute por meio das relaccedilotildees entre as vaacuterias fontes histoacutericas que o
conhecimento humano sobre o passado vai sendo interpretado e reconstruiacutedo
Assim devemos lembrar que uma mesma fonte histoacuterica pode ter diversas
interpretaccedilotildees Tudo depende da forma como cada historiador trabalha sua fonte
Infelizmente muitas fontes histoacutericas se perderam com o passar do
tempo mas com a ajuda de arquivos puacuteblicos e particulares bibliotecas museus e
colecionadores outras fontes histoacutericas tecircm sido preservadas e guardadas
(Segundo Lilian Aguiar Graduada em Histoacuteria)2 Por todas essas questotildees
levantadas acreditamos que recorrer ao uso de vestiacutegios e fontes histoacutericas nas
aulas de Histoacuteria pode favorecer o pensamento histoacuterico e a iniciaccedilatildeo aos meacutetodos
de trabalho do historiador A intenccedilatildeo do trabalho com documentos em sala de aula
eacute de desenvolver a autonomia intelectual adequada que permita ao aluno realizar
anaacutelises criacuteticas da sociedade por meio de uma consciecircncia histoacuterica
(BITTENCOURT 2004)
A partir desse debate observe os documentos abaixo e
problematize
Perguntas
1 ndash Por que a ponte de ferro eacute considerada um referencial
arquitetocircnico em Porto Amazonas
2 ndash Quem construiu a ponte de ferro E em que eacutepoca
3 ndash Que outras construccedilotildees e em que regiotildees a Empresa de
Engenharia Machado da Costa realizava seus trabalhos
4 - Observando a imagem abaixo podemos nos questionar sobre
que tipo de crescimento trouxe para o Municiacutepio de Porto Amazonas e que grupos
sociais foram beneficiados
FIGURA 1 Ponte de Ferro situado em Porto Amazonas - PR3
2 Disponiacutevel em httpwwwescolakidscomas-fontes-historicashtm acessado em 18092012
3 Disponiacutevel em httpwwwportoamazonasprgovbrponteferrojpg Acesso em 12052012
FIGURA 2 Ponte dos Arcos situada entre os municiacutepios de Porto Amazonas e Balsa Nova - PR
4
Podemos verificar acima que a Ponte dos Arcos situada a 8 km
(divisa com o municiacutepio de Balsa Nova) eacute uma vista privilegiada e possui uma
arquitetura deslumbrante onde a ponte faz a ligaccedilatildeo feacuterrea entre os dois municiacutepios
localizada no Rio dos Papagaios que desaacutegua no Rio Iguaccedilu
Perguntas
1 - Existem grandes possibilidades de exploraccedilatildeo do turismo
ecoloacutegico no Municiacutepio Quais satildeo elas
2 - Existe a possibilidade de pesquisa a partir desses locais
Aleacutem das fontes imageacuteticas (fotografias) podemos problematizar
outros tipos de documentaccedilatildeo
A partir do poema ldquoSobre os trilhosrdquo de Jandir Bianco (BACH 2008
p19-20) podemos problematizar sobre o assunto que estaacute sendo retratado
4 Disponiacutevel em httpiytimgcomvi7Y2ANxK2FIc0jpg Acesso em 12052012
Os trens vinham de Satildeo Paulo
Daquelas bandas de laacute
Durante a viagem passavam
Pelo norte do Paranaacute
Passando em Ponta Grossa
Depois do Caracaraacute
Em Palmeira muitos namorados
Aguardando o trem chegar
Perguntas
1 ndash Qual era o percurso realizado pelos trens
2 ndash Por que Ponta Grossa passou a ser ponto estrateacutegico na eacutepoca
da ferrovia
3 ndash Como acontecia a socializaccedilatildeo e os possiacuteveis encontros entre as
pessoas no periacuteodo de tempo entre a saiacuteda e a chegada do trem
O trem seguindo o carril
E o maquinista imponente
Cada passagem de niacutevel
Aquele apito estridente
Pare olhe escute e passe
A placa avisando a gente
Ainda tem os distraiacutedos
Que cometem acidentes
Perguntas
1 ndash Qual era o papel do maquinista e que destaque ele tinha
2 ndash Como as pessoas se viam diante do barulho estridente do trem
3 ndash Existia sinalizaccedilatildeo na ferrovia por onde o trem passava
4 - Ocorriam acidentes durante a passagem dos trens Que riscos
isto gerava
Na viagem o guarda-freio
Vai cuidar da seguranccedila
O foguista pondo lenha
A Maria Fumaccedila avanccedila
Nos cruzamentos um apito
Eacute fogo na vizinhanccedila
Pois ela jogava brasas
Muitos metros de distacircncia
Perguntas
1 - Pode-se indagar sobre a seguranccedila no transporte ferroviaacuterio Por
quecirc
2 ndash Qual era a fonte de energia utilizada para impulsionar os trens
3 ndash Por que existiam muitos cruzamentos na malha ferroviaacuteria
4 ndash Existia a possibilidade de incecircndios que seriam provocados pela
passagem dos trens
Dentre outras podemos problematizar
1 ndash Qual eacute o contexto histoacuterico que estaacute apresentado neste poema
2ndash Quais as diferentes atividades desenvolvidas pelos trabalhadores
ferroviaacuterios
3 ndash Existia hierarquia entre os ferroviaacuterios Que profissotildees podem
ser verificadas
4 ndash Como eram as suas vestimentas
5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte
ferroviaacuterio
6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos
ferroviaacuterios
7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da
populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico
UNIDADE TEMAacuteTICA 02
Roteiro de Trabalho para o professor
1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos
2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em
grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a
pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do
projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash
1970)
4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos
alunos seratildeo apresentadas
Texto Base n02
COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS
FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA
Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de
formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a
uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios
documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos
familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5
O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a
cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na
comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de
utilizar este material
Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material
existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas
discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe
uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e
acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que
serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar
a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses
elementos progressivamente
A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria
e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute
5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012
algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento
Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute
entender o mundo em que se vive
Dicas para as entrevistas
Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de
algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando
outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute
importante observar alguns procedimentos
Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees
Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou
indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de
suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em
equipes de no maacuteximo trecircs alunos)
Para isso seraacute necessaacuterio
bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias
documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto
bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com
antecedecircncia e marcando a entrevista
bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do
presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo
para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)
bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver
abaixo
bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da
pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos
bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da
linguagem cacoetes intervalos etc
bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas
informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o
sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser
identificada)
Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral
e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo
histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar
em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se
de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6
P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais
antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes
para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da
documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes
orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva
histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos
Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute
portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a
vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas
proacuteprias palavras
As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em
sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees
que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos
documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um
indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas
pesquisas que realizamos
6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-
uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012
As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)
A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e
consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo
relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica
ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie
de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees
convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das
sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito
porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida
por um grupo
O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de
argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da
informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria
de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase
ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na
percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos
As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que
propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode
estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria
oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos
orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e
por isso mesmo parcial e interessada
Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa
histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave
incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem
como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia
das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e
teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas
interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o
diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando
finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de
julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7
Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as
seguintes questotildees
1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela
atraiu mais pessoas mais emprego
2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois
3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no
municiacutepio
4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece
ser destacado
5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo
esquece
6 ndash O que vinha pelo trem
7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio
8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio
9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra
7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-
debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012
10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia
privilegiado por ser ferroviaacuterio
11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio
12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio
13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio
14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como
funcionaacuterio
15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como
ferroviaacuterio
16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo
17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio
18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio
19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca
Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da
proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso
que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar
ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos
ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS
Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s
seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32
horas durante o primeiro semestre de 2013
Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe
pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e
posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para
apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em
equipes
A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema
produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e
como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes
documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as
diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como
problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com
as diferentes fontes problematizadas
Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma
seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e
outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes
documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre
outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem
versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados
Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para
analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto
Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos
Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem
histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria
individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros
sujeitos
As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida
pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida
dentro e fora de seu local de trabalho
8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de
totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse
A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute
registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma
Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada
pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o
entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas
Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem
sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem
como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de
divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da
presente produccedilatildeo
No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios
avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e
reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo
nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos
dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural
Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e
possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na
cidade de Porto Amazonas
REFEREcircNCIAS
BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008
BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola
Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004
BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994
HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
APRESENTACcedilAtildeO
Nenhum modo de produccedilatildeo e portanto nenhuma ordem social dominante e portanto nenhuma cultura dominante nunca na realidade inclui ou esgota toda a praacutetica humana toda a energia humana e toda a intenccedilatildeo humana (Raymond Willians)
O sistema ferroviaacuterio exerceu profunda influecircncia na histoacuteria de
Porto Amazonas portanto haacute necessidade de problematizar e refletir sobre os
impactos que a ferrovia trouxe para a cidade (1950ndash1970) nos aspectos poliacutetico
econocircmico e cultural despertando nos alunos um olhar criacutetico-reflexivo
Esta produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica pretende desenvolver para
aleacutem das expectativas oficiais pois atraveacutes da memoacuteria eacute que se constroacutei um
passado nas vivecircncias coletivas e individuais Dialogar com as memoacuterias de
trabalhadores anocircnimos enfim contar a histoacuteria de outras formas aleacutem da ldquomemoacuteria
oficialrdquo trabalhando as diferentes temporalidades experiecircncias compartilhadas natildeo
apenas nos locais de trabalho no cotidiano fora dele e com os demais sujeitos
histoacutericos
Embora o passado enquanto tal natildeo se modifique a construccedilatildeo
do conhecimento se modifica de acordo com o modo pelo qual o historiador se vecirc no
presente pensa o social e se insere nele enquanto sujeito social e enquanto
pesquisador Pensar o ensino como pesquisa nesse caso professor e aluno juntos
estaratildeo realizando uma reflexatildeo e produzindo saber como sujeitos no duplo sentido
sujeito social e sujeito do conhecimento (VIEIRA 2007 p 65-66)
A presente produccedilatildeo tambeacutem poderaacute ser utilizada como material
de pesquisa apoacutes a sua conclusatildeo pois os alunos ateacute o momento natildeo tiveram
acesso a esse tipo de informaccedilatildeo
Nas entrevistas seraacute mantido o cuidado com a subjetividade de
cada pessoa que narra os depoimentos fazendo uma releitura do sujeito que a
produz Analisando as vivecircncias dos trabalhadores suas relaccedilotildees com a empresa e
as maneiras para estabelecer a figura do trabalhador ferroviaacuterio ldquoidealrdquo ou seja
disciplinado para melhor atender aos interesses da empresa
Problematizar nesse caso eacute dar voz aos sujeitos histoacutericos
Nesse procedimento o pesquisador interroga os agentes sociais a partir de suas
preocupaccedilotildees e de sua postura e se deixar interrogar por esses agentes Atraveacutes
desse diaacutelogo o pesquisador vai formular ou reformular seus proacuteprios conceitos
verificar que outros agentes devem abordar e consequentemente que registro
buscar (VIEIRA 2007 p 43)
O objetivo seraacute de problematizar e refletir os impactos do sistema
ferroviaacuterio em Porto Amazonas no periacuteodo das duas deacutecadas abordadas por esse
estudo no terceiro ano do ensino meacutedio a que se destina este material didaacutetico
pedagoacutegico
Com relaccedilatildeo agrave ldquohistoacuteria oficialrdquo sabe-se que foi produzido
conhecimento sobre a cidade de Porto Amazonas e a ferrovia tanto em livros como
em sites da internet1 Segundo (FENELON 1999 p 10)
Ao propor outra abordagem buscamos refletir sobre o significado social das fontes seus limites indagando sobre as relaccedilotildees sociais poliacuteticas e ideoloacutegicas inscritas no mesmo processo de sua produccedilatildeo e preservaccedilatildeo (hellip) considerando que elas expressam sujeitos histoacutericos inseridos ativamente numa complexa rede de relaccedilotildees e acontecimentos e num intrincado jogo de pressotildees e limites que eacute preciso problematizar
1 Para maiores informaccedilotildees ver MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas 1997 p
26-27 E no site WWWportoamazonasprgovbr
PROCEDIMENTOSMATERIAL DIDAacuteTICO
Para estudar o passado de um povo de uma instituiccedilatildeo de uma classe natildeo basta aceitar ao peacute da letra tudo quanto nos deixou a simples tradiccedilatildeo escrita Eacute preciso fazer falar a multidatildeo imensa de figurantes mudos que enchem o panorama da Histoacuteria e satildeo muitas vezes mais interessantes e mais importantes do que os outros os que apenas escrevem a Histoacuteria (Seacutergio Buarque de Holanda)
O Caderno Pedagoacutegico eacute um material composto por vaacuterias
unidades com abordagens centradas em tema(s) de aacutereadisciplina especiacutefica
contendo fundamentaccedilatildeo teoacuterica com obrigatoriamente as respectivas sugestotildees
de atividades a serem desenvolvidas onde cada unidade teraacute correlaccedilatildeo com o
tema do caderno temaacutetico
UNIDADE TEMAacuteTICA 01
Roteiro de trabalho para o professor
1 - O texto base 01 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser realizada
entre o professor e os alunos
2 - Apoacutes a leitura e discussatildeo do texto a turma seraacute dividida com o objetivo de
analisar as diferentes possibilidades de trabalho com fontes
3 - Em seguida os alunos produziratildeo texto acerca do que foi analisado com as
diferentes fontes problematizadas
Texto Base n 01
COMO TRABALHAR COM AS FONTES HISTOacuteRICAS EM SUAS
ESPECIFICIDADES E A PESQUISA QUALITATIVA BUSCANDO
DIVERSAS FONTES DOCUMENTAIS
Sempre nos perguntamos como um historiador pode saber de
coisas que aconteceram em um passado muito muito distante Para saber do
passado o historiador conta com a ajuda das fontes histoacutericas Fontes histoacutericas satildeo
os documentos que permitem ao historiador recontar e interpretar os fatos passados
e reconstruir a histoacuteria
As fontes histoacutericas podem ser vestiacutegios arqueoloacutegicos como
ossos dos animais e dos homens que viveram no periacuteodo da preacute-histoacuteria Esses satildeo
exemplos de fontes materiais escritas Documentos escritos em tempos passados
mapas cartas diaacuterios pergaminhos e jornais antigos tambeacutem satildeo fontes materiais
escritas
As fontes materiais natildeo escritas satildeo objetos antigos pinturas
utensiacutelios ferramentas armas esculturas O historiador tambeacutem pode utilizar como
objeto de pesquisa as fontes natildeo materiais baseadas nas lendas e contos antigos
passados de pai para filho atraveacutes de depoimentos transmitidos atraveacutes da
oralidade ou seja da fala
Eacute por meio das relaccedilotildees entre as vaacuterias fontes histoacutericas que o
conhecimento humano sobre o passado vai sendo interpretado e reconstruiacutedo
Assim devemos lembrar que uma mesma fonte histoacuterica pode ter diversas
interpretaccedilotildees Tudo depende da forma como cada historiador trabalha sua fonte
Infelizmente muitas fontes histoacutericas se perderam com o passar do
tempo mas com a ajuda de arquivos puacuteblicos e particulares bibliotecas museus e
colecionadores outras fontes histoacutericas tecircm sido preservadas e guardadas
(Segundo Lilian Aguiar Graduada em Histoacuteria)2 Por todas essas questotildees
levantadas acreditamos que recorrer ao uso de vestiacutegios e fontes histoacutericas nas
aulas de Histoacuteria pode favorecer o pensamento histoacuterico e a iniciaccedilatildeo aos meacutetodos
de trabalho do historiador A intenccedilatildeo do trabalho com documentos em sala de aula
eacute de desenvolver a autonomia intelectual adequada que permita ao aluno realizar
anaacutelises criacuteticas da sociedade por meio de uma consciecircncia histoacuterica
(BITTENCOURT 2004)
A partir desse debate observe os documentos abaixo e
problematize
Perguntas
1 ndash Por que a ponte de ferro eacute considerada um referencial
arquitetocircnico em Porto Amazonas
2 ndash Quem construiu a ponte de ferro E em que eacutepoca
3 ndash Que outras construccedilotildees e em que regiotildees a Empresa de
Engenharia Machado da Costa realizava seus trabalhos
4 - Observando a imagem abaixo podemos nos questionar sobre
que tipo de crescimento trouxe para o Municiacutepio de Porto Amazonas e que grupos
sociais foram beneficiados
FIGURA 1 Ponte de Ferro situado em Porto Amazonas - PR3
2 Disponiacutevel em httpwwwescolakidscomas-fontes-historicashtm acessado em 18092012
3 Disponiacutevel em httpwwwportoamazonasprgovbrponteferrojpg Acesso em 12052012
FIGURA 2 Ponte dos Arcos situada entre os municiacutepios de Porto Amazonas e Balsa Nova - PR
4
Podemos verificar acima que a Ponte dos Arcos situada a 8 km
(divisa com o municiacutepio de Balsa Nova) eacute uma vista privilegiada e possui uma
arquitetura deslumbrante onde a ponte faz a ligaccedilatildeo feacuterrea entre os dois municiacutepios
localizada no Rio dos Papagaios que desaacutegua no Rio Iguaccedilu
Perguntas
1 - Existem grandes possibilidades de exploraccedilatildeo do turismo
ecoloacutegico no Municiacutepio Quais satildeo elas
2 - Existe a possibilidade de pesquisa a partir desses locais
Aleacutem das fontes imageacuteticas (fotografias) podemos problematizar
outros tipos de documentaccedilatildeo
A partir do poema ldquoSobre os trilhosrdquo de Jandir Bianco (BACH 2008
p19-20) podemos problematizar sobre o assunto que estaacute sendo retratado
4 Disponiacutevel em httpiytimgcomvi7Y2ANxK2FIc0jpg Acesso em 12052012
Os trens vinham de Satildeo Paulo
Daquelas bandas de laacute
Durante a viagem passavam
Pelo norte do Paranaacute
Passando em Ponta Grossa
Depois do Caracaraacute
Em Palmeira muitos namorados
Aguardando o trem chegar
Perguntas
1 ndash Qual era o percurso realizado pelos trens
2 ndash Por que Ponta Grossa passou a ser ponto estrateacutegico na eacutepoca
da ferrovia
3 ndash Como acontecia a socializaccedilatildeo e os possiacuteveis encontros entre as
pessoas no periacuteodo de tempo entre a saiacuteda e a chegada do trem
O trem seguindo o carril
E o maquinista imponente
Cada passagem de niacutevel
Aquele apito estridente
Pare olhe escute e passe
A placa avisando a gente
Ainda tem os distraiacutedos
Que cometem acidentes
Perguntas
1 ndash Qual era o papel do maquinista e que destaque ele tinha
2 ndash Como as pessoas se viam diante do barulho estridente do trem
3 ndash Existia sinalizaccedilatildeo na ferrovia por onde o trem passava
4 - Ocorriam acidentes durante a passagem dos trens Que riscos
isto gerava
Na viagem o guarda-freio
Vai cuidar da seguranccedila
O foguista pondo lenha
A Maria Fumaccedila avanccedila
Nos cruzamentos um apito
Eacute fogo na vizinhanccedila
Pois ela jogava brasas
Muitos metros de distacircncia
Perguntas
1 - Pode-se indagar sobre a seguranccedila no transporte ferroviaacuterio Por
quecirc
2 ndash Qual era a fonte de energia utilizada para impulsionar os trens
3 ndash Por que existiam muitos cruzamentos na malha ferroviaacuteria
4 ndash Existia a possibilidade de incecircndios que seriam provocados pela
passagem dos trens
Dentre outras podemos problematizar
1 ndash Qual eacute o contexto histoacuterico que estaacute apresentado neste poema
2ndash Quais as diferentes atividades desenvolvidas pelos trabalhadores
ferroviaacuterios
3 ndash Existia hierarquia entre os ferroviaacuterios Que profissotildees podem
ser verificadas
4 ndash Como eram as suas vestimentas
5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte
ferroviaacuterio
6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos
ferroviaacuterios
7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da
populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico
UNIDADE TEMAacuteTICA 02
Roteiro de Trabalho para o professor
1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos
2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em
grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a
pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do
projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash
1970)
4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos
alunos seratildeo apresentadas
Texto Base n02
COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS
FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA
Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de
formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a
uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios
documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos
familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5
O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a
cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na
comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de
utilizar este material
Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material
existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas
discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe
uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e
acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que
serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar
a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses
elementos progressivamente
A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria
e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute
5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012
algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento
Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute
entender o mundo em que se vive
Dicas para as entrevistas
Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de
algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando
outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute
importante observar alguns procedimentos
Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees
Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou
indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de
suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em
equipes de no maacuteximo trecircs alunos)
Para isso seraacute necessaacuterio
bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias
documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto
bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com
antecedecircncia e marcando a entrevista
bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do
presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo
para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)
bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver
abaixo
bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da
pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos
bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da
linguagem cacoetes intervalos etc
bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas
informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o
sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser
identificada)
Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral
e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo
histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar
em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se
de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6
P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais
antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes
para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da
documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes
orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva
histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos
Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute
portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a
vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas
proacuteprias palavras
As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em
sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees
que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos
documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um
indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas
pesquisas que realizamos
6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-
uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012
As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)
A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e
consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo
relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica
ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie
de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees
convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das
sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito
porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida
por um grupo
O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de
argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da
informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria
de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase
ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na
percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos
As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que
propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode
estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria
oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos
orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e
por isso mesmo parcial e interessada
Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa
histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave
incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem
como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia
das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e
teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas
interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o
diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando
finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de
julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7
Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as
seguintes questotildees
1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela
atraiu mais pessoas mais emprego
2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois
3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no
municiacutepio
4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece
ser destacado
5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo
esquece
6 ndash O que vinha pelo trem
7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio
8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio
9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra
7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-
debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012
10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia
privilegiado por ser ferroviaacuterio
11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio
12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio
13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio
14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como
funcionaacuterio
15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como
ferroviaacuterio
16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo
17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio
18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio
19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca
Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da
proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso
que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar
ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos
ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS
Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s
seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32
horas durante o primeiro semestre de 2013
Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe
pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e
posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para
apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em
equipes
A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema
produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e
como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes
documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as
diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como
problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com
as diferentes fontes problematizadas
Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma
seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e
outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes
documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre
outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem
versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados
Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para
analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto
Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos
Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem
histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria
individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros
sujeitos
As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida
pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida
dentro e fora de seu local de trabalho
8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de
totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse
A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute
registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma
Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada
pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o
entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas
Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem
sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem
como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de
divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da
presente produccedilatildeo
No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios
avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e
reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo
nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos
dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural
Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e
possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na
cidade de Porto Amazonas
REFEREcircNCIAS
BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008
BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola
Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004
BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994
HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
as maneiras para estabelecer a figura do trabalhador ferroviaacuterio ldquoidealrdquo ou seja
disciplinado para melhor atender aos interesses da empresa
Problematizar nesse caso eacute dar voz aos sujeitos histoacutericos
Nesse procedimento o pesquisador interroga os agentes sociais a partir de suas
preocupaccedilotildees e de sua postura e se deixar interrogar por esses agentes Atraveacutes
desse diaacutelogo o pesquisador vai formular ou reformular seus proacuteprios conceitos
verificar que outros agentes devem abordar e consequentemente que registro
buscar (VIEIRA 2007 p 43)
O objetivo seraacute de problematizar e refletir os impactos do sistema
ferroviaacuterio em Porto Amazonas no periacuteodo das duas deacutecadas abordadas por esse
estudo no terceiro ano do ensino meacutedio a que se destina este material didaacutetico
pedagoacutegico
Com relaccedilatildeo agrave ldquohistoacuteria oficialrdquo sabe-se que foi produzido
conhecimento sobre a cidade de Porto Amazonas e a ferrovia tanto em livros como
em sites da internet1 Segundo (FENELON 1999 p 10)
Ao propor outra abordagem buscamos refletir sobre o significado social das fontes seus limites indagando sobre as relaccedilotildees sociais poliacuteticas e ideoloacutegicas inscritas no mesmo processo de sua produccedilatildeo e preservaccedilatildeo (hellip) considerando que elas expressam sujeitos histoacutericos inseridos ativamente numa complexa rede de relaccedilotildees e acontecimentos e num intrincado jogo de pressotildees e limites que eacute preciso problematizar
1 Para maiores informaccedilotildees ver MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas 1997 p
26-27 E no site WWWportoamazonasprgovbr
PROCEDIMENTOSMATERIAL DIDAacuteTICO
Para estudar o passado de um povo de uma instituiccedilatildeo de uma classe natildeo basta aceitar ao peacute da letra tudo quanto nos deixou a simples tradiccedilatildeo escrita Eacute preciso fazer falar a multidatildeo imensa de figurantes mudos que enchem o panorama da Histoacuteria e satildeo muitas vezes mais interessantes e mais importantes do que os outros os que apenas escrevem a Histoacuteria (Seacutergio Buarque de Holanda)
O Caderno Pedagoacutegico eacute um material composto por vaacuterias
unidades com abordagens centradas em tema(s) de aacutereadisciplina especiacutefica
contendo fundamentaccedilatildeo teoacuterica com obrigatoriamente as respectivas sugestotildees
de atividades a serem desenvolvidas onde cada unidade teraacute correlaccedilatildeo com o
tema do caderno temaacutetico
UNIDADE TEMAacuteTICA 01
Roteiro de trabalho para o professor
1 - O texto base 01 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser realizada
entre o professor e os alunos
2 - Apoacutes a leitura e discussatildeo do texto a turma seraacute dividida com o objetivo de
analisar as diferentes possibilidades de trabalho com fontes
3 - Em seguida os alunos produziratildeo texto acerca do que foi analisado com as
diferentes fontes problematizadas
Texto Base n 01
COMO TRABALHAR COM AS FONTES HISTOacuteRICAS EM SUAS
ESPECIFICIDADES E A PESQUISA QUALITATIVA BUSCANDO
DIVERSAS FONTES DOCUMENTAIS
Sempre nos perguntamos como um historiador pode saber de
coisas que aconteceram em um passado muito muito distante Para saber do
passado o historiador conta com a ajuda das fontes histoacutericas Fontes histoacutericas satildeo
os documentos que permitem ao historiador recontar e interpretar os fatos passados
e reconstruir a histoacuteria
As fontes histoacutericas podem ser vestiacutegios arqueoloacutegicos como
ossos dos animais e dos homens que viveram no periacuteodo da preacute-histoacuteria Esses satildeo
exemplos de fontes materiais escritas Documentos escritos em tempos passados
mapas cartas diaacuterios pergaminhos e jornais antigos tambeacutem satildeo fontes materiais
escritas
As fontes materiais natildeo escritas satildeo objetos antigos pinturas
utensiacutelios ferramentas armas esculturas O historiador tambeacutem pode utilizar como
objeto de pesquisa as fontes natildeo materiais baseadas nas lendas e contos antigos
passados de pai para filho atraveacutes de depoimentos transmitidos atraveacutes da
oralidade ou seja da fala
Eacute por meio das relaccedilotildees entre as vaacuterias fontes histoacutericas que o
conhecimento humano sobre o passado vai sendo interpretado e reconstruiacutedo
Assim devemos lembrar que uma mesma fonte histoacuterica pode ter diversas
interpretaccedilotildees Tudo depende da forma como cada historiador trabalha sua fonte
Infelizmente muitas fontes histoacutericas se perderam com o passar do
tempo mas com a ajuda de arquivos puacuteblicos e particulares bibliotecas museus e
colecionadores outras fontes histoacutericas tecircm sido preservadas e guardadas
(Segundo Lilian Aguiar Graduada em Histoacuteria)2 Por todas essas questotildees
levantadas acreditamos que recorrer ao uso de vestiacutegios e fontes histoacutericas nas
aulas de Histoacuteria pode favorecer o pensamento histoacuterico e a iniciaccedilatildeo aos meacutetodos
de trabalho do historiador A intenccedilatildeo do trabalho com documentos em sala de aula
eacute de desenvolver a autonomia intelectual adequada que permita ao aluno realizar
anaacutelises criacuteticas da sociedade por meio de uma consciecircncia histoacuterica
(BITTENCOURT 2004)
A partir desse debate observe os documentos abaixo e
problematize
Perguntas
1 ndash Por que a ponte de ferro eacute considerada um referencial
arquitetocircnico em Porto Amazonas
2 ndash Quem construiu a ponte de ferro E em que eacutepoca
3 ndash Que outras construccedilotildees e em que regiotildees a Empresa de
Engenharia Machado da Costa realizava seus trabalhos
4 - Observando a imagem abaixo podemos nos questionar sobre
que tipo de crescimento trouxe para o Municiacutepio de Porto Amazonas e que grupos
sociais foram beneficiados
FIGURA 1 Ponte de Ferro situado em Porto Amazonas - PR3
2 Disponiacutevel em httpwwwescolakidscomas-fontes-historicashtm acessado em 18092012
3 Disponiacutevel em httpwwwportoamazonasprgovbrponteferrojpg Acesso em 12052012
FIGURA 2 Ponte dos Arcos situada entre os municiacutepios de Porto Amazonas e Balsa Nova - PR
4
Podemos verificar acima que a Ponte dos Arcos situada a 8 km
(divisa com o municiacutepio de Balsa Nova) eacute uma vista privilegiada e possui uma
arquitetura deslumbrante onde a ponte faz a ligaccedilatildeo feacuterrea entre os dois municiacutepios
localizada no Rio dos Papagaios que desaacutegua no Rio Iguaccedilu
Perguntas
1 - Existem grandes possibilidades de exploraccedilatildeo do turismo
ecoloacutegico no Municiacutepio Quais satildeo elas
2 - Existe a possibilidade de pesquisa a partir desses locais
Aleacutem das fontes imageacuteticas (fotografias) podemos problematizar
outros tipos de documentaccedilatildeo
A partir do poema ldquoSobre os trilhosrdquo de Jandir Bianco (BACH 2008
p19-20) podemos problematizar sobre o assunto que estaacute sendo retratado
4 Disponiacutevel em httpiytimgcomvi7Y2ANxK2FIc0jpg Acesso em 12052012
Os trens vinham de Satildeo Paulo
Daquelas bandas de laacute
Durante a viagem passavam
Pelo norte do Paranaacute
Passando em Ponta Grossa
Depois do Caracaraacute
Em Palmeira muitos namorados
Aguardando o trem chegar
Perguntas
1 ndash Qual era o percurso realizado pelos trens
2 ndash Por que Ponta Grossa passou a ser ponto estrateacutegico na eacutepoca
da ferrovia
3 ndash Como acontecia a socializaccedilatildeo e os possiacuteveis encontros entre as
pessoas no periacuteodo de tempo entre a saiacuteda e a chegada do trem
O trem seguindo o carril
E o maquinista imponente
Cada passagem de niacutevel
Aquele apito estridente
Pare olhe escute e passe
A placa avisando a gente
Ainda tem os distraiacutedos
Que cometem acidentes
Perguntas
1 ndash Qual era o papel do maquinista e que destaque ele tinha
2 ndash Como as pessoas se viam diante do barulho estridente do trem
3 ndash Existia sinalizaccedilatildeo na ferrovia por onde o trem passava
4 - Ocorriam acidentes durante a passagem dos trens Que riscos
isto gerava
Na viagem o guarda-freio
Vai cuidar da seguranccedila
O foguista pondo lenha
A Maria Fumaccedila avanccedila
Nos cruzamentos um apito
Eacute fogo na vizinhanccedila
Pois ela jogava brasas
Muitos metros de distacircncia
Perguntas
1 - Pode-se indagar sobre a seguranccedila no transporte ferroviaacuterio Por
quecirc
2 ndash Qual era a fonte de energia utilizada para impulsionar os trens
3 ndash Por que existiam muitos cruzamentos na malha ferroviaacuteria
4 ndash Existia a possibilidade de incecircndios que seriam provocados pela
passagem dos trens
Dentre outras podemos problematizar
1 ndash Qual eacute o contexto histoacuterico que estaacute apresentado neste poema
2ndash Quais as diferentes atividades desenvolvidas pelos trabalhadores
ferroviaacuterios
3 ndash Existia hierarquia entre os ferroviaacuterios Que profissotildees podem
ser verificadas
4 ndash Como eram as suas vestimentas
5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte
ferroviaacuterio
6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos
ferroviaacuterios
7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da
populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico
UNIDADE TEMAacuteTICA 02
Roteiro de Trabalho para o professor
1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos
2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em
grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a
pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do
projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash
1970)
4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos
alunos seratildeo apresentadas
Texto Base n02
COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS
FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA
Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de
formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a
uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios
documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos
familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5
O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a
cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na
comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de
utilizar este material
Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material
existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas
discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe
uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e
acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que
serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar
a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses
elementos progressivamente
A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria
e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute
5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012
algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento
Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute
entender o mundo em que se vive
Dicas para as entrevistas
Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de
algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando
outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute
importante observar alguns procedimentos
Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees
Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou
indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de
suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em
equipes de no maacuteximo trecircs alunos)
Para isso seraacute necessaacuterio
bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias
documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto
bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com
antecedecircncia e marcando a entrevista
bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do
presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo
para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)
bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver
abaixo
bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da
pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos
bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da
linguagem cacoetes intervalos etc
bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas
informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o
sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser
identificada)
Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral
e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo
histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar
em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se
de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6
P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais
antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes
para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da
documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes
orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva
histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos
Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute
portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a
vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas
proacuteprias palavras
As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em
sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees
que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos
documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um
indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas
pesquisas que realizamos
6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-
uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012
As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)
A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e
consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo
relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica
ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie
de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees
convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das
sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito
porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida
por um grupo
O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de
argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da
informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria
de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase
ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na
percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos
As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que
propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode
estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria
oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos
orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e
por isso mesmo parcial e interessada
Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa
histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave
incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem
como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia
das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e
teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas
interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o
diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando
finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de
julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7
Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as
seguintes questotildees
1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela
atraiu mais pessoas mais emprego
2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois
3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no
municiacutepio
4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece
ser destacado
5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo
esquece
6 ndash O que vinha pelo trem
7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio
8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio
9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra
7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-
debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012
10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia
privilegiado por ser ferroviaacuterio
11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio
12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio
13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio
14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como
funcionaacuterio
15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como
ferroviaacuterio
16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo
17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio
18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio
19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca
Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da
proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso
que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar
ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos
ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS
Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s
seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32
horas durante o primeiro semestre de 2013
Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe
pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e
posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para
apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em
equipes
A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema
produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e
como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes
documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as
diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como
problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com
as diferentes fontes problematizadas
Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma
seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e
outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes
documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre
outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem
versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados
Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para
analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto
Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos
Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem
histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria
individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros
sujeitos
As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida
pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida
dentro e fora de seu local de trabalho
8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de
totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse
A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute
registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma
Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada
pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o
entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas
Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem
sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem
como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de
divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da
presente produccedilatildeo
No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios
avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e
reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo
nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos
dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural
Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e
possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na
cidade de Porto Amazonas
REFEREcircNCIAS
BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008
BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola
Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004
BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994
HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
PROCEDIMENTOSMATERIAL DIDAacuteTICO
Para estudar o passado de um povo de uma instituiccedilatildeo de uma classe natildeo basta aceitar ao peacute da letra tudo quanto nos deixou a simples tradiccedilatildeo escrita Eacute preciso fazer falar a multidatildeo imensa de figurantes mudos que enchem o panorama da Histoacuteria e satildeo muitas vezes mais interessantes e mais importantes do que os outros os que apenas escrevem a Histoacuteria (Seacutergio Buarque de Holanda)
O Caderno Pedagoacutegico eacute um material composto por vaacuterias
unidades com abordagens centradas em tema(s) de aacutereadisciplina especiacutefica
contendo fundamentaccedilatildeo teoacuterica com obrigatoriamente as respectivas sugestotildees
de atividades a serem desenvolvidas onde cada unidade teraacute correlaccedilatildeo com o
tema do caderno temaacutetico
UNIDADE TEMAacuteTICA 01
Roteiro de trabalho para o professor
1 - O texto base 01 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser realizada
entre o professor e os alunos
2 - Apoacutes a leitura e discussatildeo do texto a turma seraacute dividida com o objetivo de
analisar as diferentes possibilidades de trabalho com fontes
3 - Em seguida os alunos produziratildeo texto acerca do que foi analisado com as
diferentes fontes problematizadas
Texto Base n 01
COMO TRABALHAR COM AS FONTES HISTOacuteRICAS EM SUAS
ESPECIFICIDADES E A PESQUISA QUALITATIVA BUSCANDO
DIVERSAS FONTES DOCUMENTAIS
Sempre nos perguntamos como um historiador pode saber de
coisas que aconteceram em um passado muito muito distante Para saber do
passado o historiador conta com a ajuda das fontes histoacutericas Fontes histoacutericas satildeo
os documentos que permitem ao historiador recontar e interpretar os fatos passados
e reconstruir a histoacuteria
As fontes histoacutericas podem ser vestiacutegios arqueoloacutegicos como
ossos dos animais e dos homens que viveram no periacuteodo da preacute-histoacuteria Esses satildeo
exemplos de fontes materiais escritas Documentos escritos em tempos passados
mapas cartas diaacuterios pergaminhos e jornais antigos tambeacutem satildeo fontes materiais
escritas
As fontes materiais natildeo escritas satildeo objetos antigos pinturas
utensiacutelios ferramentas armas esculturas O historiador tambeacutem pode utilizar como
objeto de pesquisa as fontes natildeo materiais baseadas nas lendas e contos antigos
passados de pai para filho atraveacutes de depoimentos transmitidos atraveacutes da
oralidade ou seja da fala
Eacute por meio das relaccedilotildees entre as vaacuterias fontes histoacutericas que o
conhecimento humano sobre o passado vai sendo interpretado e reconstruiacutedo
Assim devemos lembrar que uma mesma fonte histoacuterica pode ter diversas
interpretaccedilotildees Tudo depende da forma como cada historiador trabalha sua fonte
Infelizmente muitas fontes histoacutericas se perderam com o passar do
tempo mas com a ajuda de arquivos puacuteblicos e particulares bibliotecas museus e
colecionadores outras fontes histoacutericas tecircm sido preservadas e guardadas
(Segundo Lilian Aguiar Graduada em Histoacuteria)2 Por todas essas questotildees
levantadas acreditamos que recorrer ao uso de vestiacutegios e fontes histoacutericas nas
aulas de Histoacuteria pode favorecer o pensamento histoacuterico e a iniciaccedilatildeo aos meacutetodos
de trabalho do historiador A intenccedilatildeo do trabalho com documentos em sala de aula
eacute de desenvolver a autonomia intelectual adequada que permita ao aluno realizar
anaacutelises criacuteticas da sociedade por meio de uma consciecircncia histoacuterica
(BITTENCOURT 2004)
A partir desse debate observe os documentos abaixo e
problematize
Perguntas
1 ndash Por que a ponte de ferro eacute considerada um referencial
arquitetocircnico em Porto Amazonas
2 ndash Quem construiu a ponte de ferro E em que eacutepoca
3 ndash Que outras construccedilotildees e em que regiotildees a Empresa de
Engenharia Machado da Costa realizava seus trabalhos
4 - Observando a imagem abaixo podemos nos questionar sobre
que tipo de crescimento trouxe para o Municiacutepio de Porto Amazonas e que grupos
sociais foram beneficiados
FIGURA 1 Ponte de Ferro situado em Porto Amazonas - PR3
2 Disponiacutevel em httpwwwescolakidscomas-fontes-historicashtm acessado em 18092012
3 Disponiacutevel em httpwwwportoamazonasprgovbrponteferrojpg Acesso em 12052012
FIGURA 2 Ponte dos Arcos situada entre os municiacutepios de Porto Amazonas e Balsa Nova - PR
4
Podemos verificar acima que a Ponte dos Arcos situada a 8 km
(divisa com o municiacutepio de Balsa Nova) eacute uma vista privilegiada e possui uma
arquitetura deslumbrante onde a ponte faz a ligaccedilatildeo feacuterrea entre os dois municiacutepios
localizada no Rio dos Papagaios que desaacutegua no Rio Iguaccedilu
Perguntas
1 - Existem grandes possibilidades de exploraccedilatildeo do turismo
ecoloacutegico no Municiacutepio Quais satildeo elas
2 - Existe a possibilidade de pesquisa a partir desses locais
Aleacutem das fontes imageacuteticas (fotografias) podemos problematizar
outros tipos de documentaccedilatildeo
A partir do poema ldquoSobre os trilhosrdquo de Jandir Bianco (BACH 2008
p19-20) podemos problematizar sobre o assunto que estaacute sendo retratado
4 Disponiacutevel em httpiytimgcomvi7Y2ANxK2FIc0jpg Acesso em 12052012
Os trens vinham de Satildeo Paulo
Daquelas bandas de laacute
Durante a viagem passavam
Pelo norte do Paranaacute
Passando em Ponta Grossa
Depois do Caracaraacute
Em Palmeira muitos namorados
Aguardando o trem chegar
Perguntas
1 ndash Qual era o percurso realizado pelos trens
2 ndash Por que Ponta Grossa passou a ser ponto estrateacutegico na eacutepoca
da ferrovia
3 ndash Como acontecia a socializaccedilatildeo e os possiacuteveis encontros entre as
pessoas no periacuteodo de tempo entre a saiacuteda e a chegada do trem
O trem seguindo o carril
E o maquinista imponente
Cada passagem de niacutevel
Aquele apito estridente
Pare olhe escute e passe
A placa avisando a gente
Ainda tem os distraiacutedos
Que cometem acidentes
Perguntas
1 ndash Qual era o papel do maquinista e que destaque ele tinha
2 ndash Como as pessoas se viam diante do barulho estridente do trem
3 ndash Existia sinalizaccedilatildeo na ferrovia por onde o trem passava
4 - Ocorriam acidentes durante a passagem dos trens Que riscos
isto gerava
Na viagem o guarda-freio
Vai cuidar da seguranccedila
O foguista pondo lenha
A Maria Fumaccedila avanccedila
Nos cruzamentos um apito
Eacute fogo na vizinhanccedila
Pois ela jogava brasas
Muitos metros de distacircncia
Perguntas
1 - Pode-se indagar sobre a seguranccedila no transporte ferroviaacuterio Por
quecirc
2 ndash Qual era a fonte de energia utilizada para impulsionar os trens
3 ndash Por que existiam muitos cruzamentos na malha ferroviaacuteria
4 ndash Existia a possibilidade de incecircndios que seriam provocados pela
passagem dos trens
Dentre outras podemos problematizar
1 ndash Qual eacute o contexto histoacuterico que estaacute apresentado neste poema
2ndash Quais as diferentes atividades desenvolvidas pelos trabalhadores
ferroviaacuterios
3 ndash Existia hierarquia entre os ferroviaacuterios Que profissotildees podem
ser verificadas
4 ndash Como eram as suas vestimentas
5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte
ferroviaacuterio
6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos
ferroviaacuterios
7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da
populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico
UNIDADE TEMAacuteTICA 02
Roteiro de Trabalho para o professor
1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos
2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em
grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a
pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do
projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash
1970)
4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos
alunos seratildeo apresentadas
Texto Base n02
COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS
FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA
Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de
formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a
uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios
documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos
familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5
O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a
cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na
comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de
utilizar este material
Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material
existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas
discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe
uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e
acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que
serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar
a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses
elementos progressivamente
A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria
e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute
5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012
algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento
Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute
entender o mundo em que se vive
Dicas para as entrevistas
Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de
algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando
outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute
importante observar alguns procedimentos
Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees
Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou
indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de
suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em
equipes de no maacuteximo trecircs alunos)
Para isso seraacute necessaacuterio
bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias
documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto
bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com
antecedecircncia e marcando a entrevista
bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do
presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo
para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)
bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver
abaixo
bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da
pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos
bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da
linguagem cacoetes intervalos etc
bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas
informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o
sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser
identificada)
Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral
e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo
histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar
em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se
de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6
P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais
antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes
para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da
documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes
orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva
histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos
Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute
portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a
vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas
proacuteprias palavras
As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em
sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees
que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos
documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um
indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas
pesquisas que realizamos
6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-
uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012
As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)
A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e
consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo
relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica
ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie
de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees
convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das
sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito
porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida
por um grupo
O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de
argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da
informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria
de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase
ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na
percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos
As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que
propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode
estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria
oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos
orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e
por isso mesmo parcial e interessada
Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa
histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave
incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem
como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia
das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e
teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas
interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o
diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando
finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de
julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7
Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as
seguintes questotildees
1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela
atraiu mais pessoas mais emprego
2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois
3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no
municiacutepio
4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece
ser destacado
5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo
esquece
6 ndash O que vinha pelo trem
7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio
8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio
9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra
7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-
debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012
10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia
privilegiado por ser ferroviaacuterio
11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio
12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio
13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio
14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como
funcionaacuterio
15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como
ferroviaacuterio
16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo
17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio
18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio
19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca
Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da
proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso
que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar
ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos
ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS
Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s
seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32
horas durante o primeiro semestre de 2013
Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe
pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e
posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para
apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em
equipes
A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema
produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e
como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes
documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as
diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como
problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com
as diferentes fontes problematizadas
Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma
seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e
outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes
documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre
outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem
versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados
Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para
analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto
Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos
Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem
histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria
individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros
sujeitos
As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida
pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida
dentro e fora de seu local de trabalho
8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de
totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse
A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute
registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma
Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada
pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o
entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas
Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem
sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem
como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de
divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da
presente produccedilatildeo
No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios
avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e
reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo
nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos
dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural
Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e
possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na
cidade de Porto Amazonas
REFEREcircNCIAS
BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008
BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola
Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004
BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994
HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
Texto Base n 01
COMO TRABALHAR COM AS FONTES HISTOacuteRICAS EM SUAS
ESPECIFICIDADES E A PESQUISA QUALITATIVA BUSCANDO
DIVERSAS FONTES DOCUMENTAIS
Sempre nos perguntamos como um historiador pode saber de
coisas que aconteceram em um passado muito muito distante Para saber do
passado o historiador conta com a ajuda das fontes histoacutericas Fontes histoacutericas satildeo
os documentos que permitem ao historiador recontar e interpretar os fatos passados
e reconstruir a histoacuteria
As fontes histoacutericas podem ser vestiacutegios arqueoloacutegicos como
ossos dos animais e dos homens que viveram no periacuteodo da preacute-histoacuteria Esses satildeo
exemplos de fontes materiais escritas Documentos escritos em tempos passados
mapas cartas diaacuterios pergaminhos e jornais antigos tambeacutem satildeo fontes materiais
escritas
As fontes materiais natildeo escritas satildeo objetos antigos pinturas
utensiacutelios ferramentas armas esculturas O historiador tambeacutem pode utilizar como
objeto de pesquisa as fontes natildeo materiais baseadas nas lendas e contos antigos
passados de pai para filho atraveacutes de depoimentos transmitidos atraveacutes da
oralidade ou seja da fala
Eacute por meio das relaccedilotildees entre as vaacuterias fontes histoacutericas que o
conhecimento humano sobre o passado vai sendo interpretado e reconstruiacutedo
Assim devemos lembrar que uma mesma fonte histoacuterica pode ter diversas
interpretaccedilotildees Tudo depende da forma como cada historiador trabalha sua fonte
Infelizmente muitas fontes histoacutericas se perderam com o passar do
tempo mas com a ajuda de arquivos puacuteblicos e particulares bibliotecas museus e
colecionadores outras fontes histoacutericas tecircm sido preservadas e guardadas
(Segundo Lilian Aguiar Graduada em Histoacuteria)2 Por todas essas questotildees
levantadas acreditamos que recorrer ao uso de vestiacutegios e fontes histoacutericas nas
aulas de Histoacuteria pode favorecer o pensamento histoacuterico e a iniciaccedilatildeo aos meacutetodos
de trabalho do historiador A intenccedilatildeo do trabalho com documentos em sala de aula
eacute de desenvolver a autonomia intelectual adequada que permita ao aluno realizar
anaacutelises criacuteticas da sociedade por meio de uma consciecircncia histoacuterica
(BITTENCOURT 2004)
A partir desse debate observe os documentos abaixo e
problematize
Perguntas
1 ndash Por que a ponte de ferro eacute considerada um referencial
arquitetocircnico em Porto Amazonas
2 ndash Quem construiu a ponte de ferro E em que eacutepoca
3 ndash Que outras construccedilotildees e em que regiotildees a Empresa de
Engenharia Machado da Costa realizava seus trabalhos
4 - Observando a imagem abaixo podemos nos questionar sobre
que tipo de crescimento trouxe para o Municiacutepio de Porto Amazonas e que grupos
sociais foram beneficiados
FIGURA 1 Ponte de Ferro situado em Porto Amazonas - PR3
2 Disponiacutevel em httpwwwescolakidscomas-fontes-historicashtm acessado em 18092012
3 Disponiacutevel em httpwwwportoamazonasprgovbrponteferrojpg Acesso em 12052012
FIGURA 2 Ponte dos Arcos situada entre os municiacutepios de Porto Amazonas e Balsa Nova - PR
4
Podemos verificar acima que a Ponte dos Arcos situada a 8 km
(divisa com o municiacutepio de Balsa Nova) eacute uma vista privilegiada e possui uma
arquitetura deslumbrante onde a ponte faz a ligaccedilatildeo feacuterrea entre os dois municiacutepios
localizada no Rio dos Papagaios que desaacutegua no Rio Iguaccedilu
Perguntas
1 - Existem grandes possibilidades de exploraccedilatildeo do turismo
ecoloacutegico no Municiacutepio Quais satildeo elas
2 - Existe a possibilidade de pesquisa a partir desses locais
Aleacutem das fontes imageacuteticas (fotografias) podemos problematizar
outros tipos de documentaccedilatildeo
A partir do poema ldquoSobre os trilhosrdquo de Jandir Bianco (BACH 2008
p19-20) podemos problematizar sobre o assunto que estaacute sendo retratado
4 Disponiacutevel em httpiytimgcomvi7Y2ANxK2FIc0jpg Acesso em 12052012
Os trens vinham de Satildeo Paulo
Daquelas bandas de laacute
Durante a viagem passavam
Pelo norte do Paranaacute
Passando em Ponta Grossa
Depois do Caracaraacute
Em Palmeira muitos namorados
Aguardando o trem chegar
Perguntas
1 ndash Qual era o percurso realizado pelos trens
2 ndash Por que Ponta Grossa passou a ser ponto estrateacutegico na eacutepoca
da ferrovia
3 ndash Como acontecia a socializaccedilatildeo e os possiacuteveis encontros entre as
pessoas no periacuteodo de tempo entre a saiacuteda e a chegada do trem
O trem seguindo o carril
E o maquinista imponente
Cada passagem de niacutevel
Aquele apito estridente
Pare olhe escute e passe
A placa avisando a gente
Ainda tem os distraiacutedos
Que cometem acidentes
Perguntas
1 ndash Qual era o papel do maquinista e que destaque ele tinha
2 ndash Como as pessoas se viam diante do barulho estridente do trem
3 ndash Existia sinalizaccedilatildeo na ferrovia por onde o trem passava
4 - Ocorriam acidentes durante a passagem dos trens Que riscos
isto gerava
Na viagem o guarda-freio
Vai cuidar da seguranccedila
O foguista pondo lenha
A Maria Fumaccedila avanccedila
Nos cruzamentos um apito
Eacute fogo na vizinhanccedila
Pois ela jogava brasas
Muitos metros de distacircncia
Perguntas
1 - Pode-se indagar sobre a seguranccedila no transporte ferroviaacuterio Por
quecirc
2 ndash Qual era a fonte de energia utilizada para impulsionar os trens
3 ndash Por que existiam muitos cruzamentos na malha ferroviaacuteria
4 ndash Existia a possibilidade de incecircndios que seriam provocados pela
passagem dos trens
Dentre outras podemos problematizar
1 ndash Qual eacute o contexto histoacuterico que estaacute apresentado neste poema
2ndash Quais as diferentes atividades desenvolvidas pelos trabalhadores
ferroviaacuterios
3 ndash Existia hierarquia entre os ferroviaacuterios Que profissotildees podem
ser verificadas
4 ndash Como eram as suas vestimentas
5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte
ferroviaacuterio
6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos
ferroviaacuterios
7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da
populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico
UNIDADE TEMAacuteTICA 02
Roteiro de Trabalho para o professor
1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos
2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em
grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a
pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do
projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash
1970)
4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos
alunos seratildeo apresentadas
Texto Base n02
COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS
FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA
Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de
formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a
uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios
documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos
familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5
O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a
cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na
comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de
utilizar este material
Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material
existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas
discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe
uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e
acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que
serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar
a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses
elementos progressivamente
A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria
e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute
5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012
algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento
Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute
entender o mundo em que se vive
Dicas para as entrevistas
Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de
algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando
outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute
importante observar alguns procedimentos
Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees
Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou
indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de
suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em
equipes de no maacuteximo trecircs alunos)
Para isso seraacute necessaacuterio
bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias
documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto
bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com
antecedecircncia e marcando a entrevista
bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do
presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo
para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)
bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver
abaixo
bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da
pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos
bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da
linguagem cacoetes intervalos etc
bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas
informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o
sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser
identificada)
Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral
e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo
histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar
em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se
de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6
P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais
antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes
para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da
documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes
orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva
histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos
Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute
portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a
vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas
proacuteprias palavras
As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em
sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees
que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos
documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um
indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas
pesquisas que realizamos
6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-
uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012
As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)
A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e
consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo
relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica
ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie
de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees
convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das
sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito
porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida
por um grupo
O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de
argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da
informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria
de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase
ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na
percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos
As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que
propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode
estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria
oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos
orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e
por isso mesmo parcial e interessada
Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa
histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave
incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem
como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia
das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e
teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas
interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o
diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando
finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de
julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7
Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as
seguintes questotildees
1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela
atraiu mais pessoas mais emprego
2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois
3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no
municiacutepio
4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece
ser destacado
5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo
esquece
6 ndash O que vinha pelo trem
7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio
8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio
9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra
7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-
debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012
10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia
privilegiado por ser ferroviaacuterio
11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio
12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio
13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio
14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como
funcionaacuterio
15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como
ferroviaacuterio
16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo
17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio
18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio
19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca
Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da
proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso
que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar
ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos
ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS
Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s
seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32
horas durante o primeiro semestre de 2013
Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe
pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e
posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para
apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em
equipes
A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema
produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e
como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes
documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as
diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como
problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com
as diferentes fontes problematizadas
Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma
seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e
outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes
documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre
outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem
versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados
Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para
analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto
Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos
Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem
histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria
individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros
sujeitos
As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida
pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida
dentro e fora de seu local de trabalho
8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de
totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse
A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute
registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma
Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada
pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o
entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas
Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem
sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem
como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de
divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da
presente produccedilatildeo
No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios
avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e
reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo
nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos
dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural
Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e
possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na
cidade de Porto Amazonas
REFEREcircNCIAS
BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008
BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola
Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004
BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994
HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
(Segundo Lilian Aguiar Graduada em Histoacuteria)2 Por todas essas questotildees
levantadas acreditamos que recorrer ao uso de vestiacutegios e fontes histoacutericas nas
aulas de Histoacuteria pode favorecer o pensamento histoacuterico e a iniciaccedilatildeo aos meacutetodos
de trabalho do historiador A intenccedilatildeo do trabalho com documentos em sala de aula
eacute de desenvolver a autonomia intelectual adequada que permita ao aluno realizar
anaacutelises criacuteticas da sociedade por meio de uma consciecircncia histoacuterica
(BITTENCOURT 2004)
A partir desse debate observe os documentos abaixo e
problematize
Perguntas
1 ndash Por que a ponte de ferro eacute considerada um referencial
arquitetocircnico em Porto Amazonas
2 ndash Quem construiu a ponte de ferro E em que eacutepoca
3 ndash Que outras construccedilotildees e em que regiotildees a Empresa de
Engenharia Machado da Costa realizava seus trabalhos
4 - Observando a imagem abaixo podemos nos questionar sobre
que tipo de crescimento trouxe para o Municiacutepio de Porto Amazonas e que grupos
sociais foram beneficiados
FIGURA 1 Ponte de Ferro situado em Porto Amazonas - PR3
2 Disponiacutevel em httpwwwescolakidscomas-fontes-historicashtm acessado em 18092012
3 Disponiacutevel em httpwwwportoamazonasprgovbrponteferrojpg Acesso em 12052012
FIGURA 2 Ponte dos Arcos situada entre os municiacutepios de Porto Amazonas e Balsa Nova - PR
4
Podemos verificar acima que a Ponte dos Arcos situada a 8 km
(divisa com o municiacutepio de Balsa Nova) eacute uma vista privilegiada e possui uma
arquitetura deslumbrante onde a ponte faz a ligaccedilatildeo feacuterrea entre os dois municiacutepios
localizada no Rio dos Papagaios que desaacutegua no Rio Iguaccedilu
Perguntas
1 - Existem grandes possibilidades de exploraccedilatildeo do turismo
ecoloacutegico no Municiacutepio Quais satildeo elas
2 - Existe a possibilidade de pesquisa a partir desses locais
Aleacutem das fontes imageacuteticas (fotografias) podemos problematizar
outros tipos de documentaccedilatildeo
A partir do poema ldquoSobre os trilhosrdquo de Jandir Bianco (BACH 2008
p19-20) podemos problematizar sobre o assunto que estaacute sendo retratado
4 Disponiacutevel em httpiytimgcomvi7Y2ANxK2FIc0jpg Acesso em 12052012
Os trens vinham de Satildeo Paulo
Daquelas bandas de laacute
Durante a viagem passavam
Pelo norte do Paranaacute
Passando em Ponta Grossa
Depois do Caracaraacute
Em Palmeira muitos namorados
Aguardando o trem chegar
Perguntas
1 ndash Qual era o percurso realizado pelos trens
2 ndash Por que Ponta Grossa passou a ser ponto estrateacutegico na eacutepoca
da ferrovia
3 ndash Como acontecia a socializaccedilatildeo e os possiacuteveis encontros entre as
pessoas no periacuteodo de tempo entre a saiacuteda e a chegada do trem
O trem seguindo o carril
E o maquinista imponente
Cada passagem de niacutevel
Aquele apito estridente
Pare olhe escute e passe
A placa avisando a gente
Ainda tem os distraiacutedos
Que cometem acidentes
Perguntas
1 ndash Qual era o papel do maquinista e que destaque ele tinha
2 ndash Como as pessoas se viam diante do barulho estridente do trem
3 ndash Existia sinalizaccedilatildeo na ferrovia por onde o trem passava
4 - Ocorriam acidentes durante a passagem dos trens Que riscos
isto gerava
Na viagem o guarda-freio
Vai cuidar da seguranccedila
O foguista pondo lenha
A Maria Fumaccedila avanccedila
Nos cruzamentos um apito
Eacute fogo na vizinhanccedila
Pois ela jogava brasas
Muitos metros de distacircncia
Perguntas
1 - Pode-se indagar sobre a seguranccedila no transporte ferroviaacuterio Por
quecirc
2 ndash Qual era a fonte de energia utilizada para impulsionar os trens
3 ndash Por que existiam muitos cruzamentos na malha ferroviaacuteria
4 ndash Existia a possibilidade de incecircndios que seriam provocados pela
passagem dos trens
Dentre outras podemos problematizar
1 ndash Qual eacute o contexto histoacuterico que estaacute apresentado neste poema
2ndash Quais as diferentes atividades desenvolvidas pelos trabalhadores
ferroviaacuterios
3 ndash Existia hierarquia entre os ferroviaacuterios Que profissotildees podem
ser verificadas
4 ndash Como eram as suas vestimentas
5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte
ferroviaacuterio
6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos
ferroviaacuterios
7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da
populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico
UNIDADE TEMAacuteTICA 02
Roteiro de Trabalho para o professor
1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos
2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em
grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a
pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do
projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash
1970)
4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos
alunos seratildeo apresentadas
Texto Base n02
COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS
FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA
Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de
formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a
uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios
documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos
familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5
O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a
cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na
comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de
utilizar este material
Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material
existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas
discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe
uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e
acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que
serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar
a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses
elementos progressivamente
A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria
e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute
5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012
algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento
Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute
entender o mundo em que se vive
Dicas para as entrevistas
Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de
algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando
outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute
importante observar alguns procedimentos
Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees
Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou
indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de
suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em
equipes de no maacuteximo trecircs alunos)
Para isso seraacute necessaacuterio
bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias
documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto
bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com
antecedecircncia e marcando a entrevista
bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do
presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo
para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)
bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver
abaixo
bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da
pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos
bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da
linguagem cacoetes intervalos etc
bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas
informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o
sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser
identificada)
Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral
e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo
histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar
em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se
de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6
P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais
antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes
para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da
documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes
orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva
histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos
Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute
portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a
vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas
proacuteprias palavras
As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em
sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees
que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos
documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um
indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas
pesquisas que realizamos
6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-
uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012
As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)
A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e
consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo
relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica
ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie
de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees
convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das
sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito
porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida
por um grupo
O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de
argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da
informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria
de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase
ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na
percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos
As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que
propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode
estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria
oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos
orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e
por isso mesmo parcial e interessada
Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa
histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave
incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem
como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia
das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e
teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas
interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o
diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando
finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de
julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7
Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as
seguintes questotildees
1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela
atraiu mais pessoas mais emprego
2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois
3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no
municiacutepio
4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece
ser destacado
5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo
esquece
6 ndash O que vinha pelo trem
7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio
8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio
9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra
7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-
debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012
10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia
privilegiado por ser ferroviaacuterio
11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio
12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio
13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio
14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como
funcionaacuterio
15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como
ferroviaacuterio
16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo
17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio
18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio
19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca
Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da
proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso
que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar
ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos
ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS
Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s
seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32
horas durante o primeiro semestre de 2013
Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe
pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e
posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para
apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em
equipes
A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema
produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e
como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes
documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as
diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como
problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com
as diferentes fontes problematizadas
Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma
seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e
outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes
documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre
outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem
versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados
Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para
analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto
Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos
Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem
histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria
individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros
sujeitos
As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida
pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida
dentro e fora de seu local de trabalho
8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de
totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse
A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute
registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma
Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada
pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o
entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas
Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem
sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem
como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de
divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da
presente produccedilatildeo
No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios
avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e
reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo
nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos
dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural
Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e
possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na
cidade de Porto Amazonas
REFEREcircNCIAS
BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008
BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola
Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004
BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994
HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
FIGURA 2 Ponte dos Arcos situada entre os municiacutepios de Porto Amazonas e Balsa Nova - PR
4
Podemos verificar acima que a Ponte dos Arcos situada a 8 km
(divisa com o municiacutepio de Balsa Nova) eacute uma vista privilegiada e possui uma
arquitetura deslumbrante onde a ponte faz a ligaccedilatildeo feacuterrea entre os dois municiacutepios
localizada no Rio dos Papagaios que desaacutegua no Rio Iguaccedilu
Perguntas
1 - Existem grandes possibilidades de exploraccedilatildeo do turismo
ecoloacutegico no Municiacutepio Quais satildeo elas
2 - Existe a possibilidade de pesquisa a partir desses locais
Aleacutem das fontes imageacuteticas (fotografias) podemos problematizar
outros tipos de documentaccedilatildeo
A partir do poema ldquoSobre os trilhosrdquo de Jandir Bianco (BACH 2008
p19-20) podemos problematizar sobre o assunto que estaacute sendo retratado
4 Disponiacutevel em httpiytimgcomvi7Y2ANxK2FIc0jpg Acesso em 12052012
Os trens vinham de Satildeo Paulo
Daquelas bandas de laacute
Durante a viagem passavam
Pelo norte do Paranaacute
Passando em Ponta Grossa
Depois do Caracaraacute
Em Palmeira muitos namorados
Aguardando o trem chegar
Perguntas
1 ndash Qual era o percurso realizado pelos trens
2 ndash Por que Ponta Grossa passou a ser ponto estrateacutegico na eacutepoca
da ferrovia
3 ndash Como acontecia a socializaccedilatildeo e os possiacuteveis encontros entre as
pessoas no periacuteodo de tempo entre a saiacuteda e a chegada do trem
O trem seguindo o carril
E o maquinista imponente
Cada passagem de niacutevel
Aquele apito estridente
Pare olhe escute e passe
A placa avisando a gente
Ainda tem os distraiacutedos
Que cometem acidentes
Perguntas
1 ndash Qual era o papel do maquinista e que destaque ele tinha
2 ndash Como as pessoas se viam diante do barulho estridente do trem
3 ndash Existia sinalizaccedilatildeo na ferrovia por onde o trem passava
4 - Ocorriam acidentes durante a passagem dos trens Que riscos
isto gerava
Na viagem o guarda-freio
Vai cuidar da seguranccedila
O foguista pondo lenha
A Maria Fumaccedila avanccedila
Nos cruzamentos um apito
Eacute fogo na vizinhanccedila
Pois ela jogava brasas
Muitos metros de distacircncia
Perguntas
1 - Pode-se indagar sobre a seguranccedila no transporte ferroviaacuterio Por
quecirc
2 ndash Qual era a fonte de energia utilizada para impulsionar os trens
3 ndash Por que existiam muitos cruzamentos na malha ferroviaacuteria
4 ndash Existia a possibilidade de incecircndios que seriam provocados pela
passagem dos trens
Dentre outras podemos problematizar
1 ndash Qual eacute o contexto histoacuterico que estaacute apresentado neste poema
2ndash Quais as diferentes atividades desenvolvidas pelos trabalhadores
ferroviaacuterios
3 ndash Existia hierarquia entre os ferroviaacuterios Que profissotildees podem
ser verificadas
4 ndash Como eram as suas vestimentas
5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte
ferroviaacuterio
6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos
ferroviaacuterios
7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da
populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico
UNIDADE TEMAacuteTICA 02
Roteiro de Trabalho para o professor
1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos
2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em
grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a
pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do
projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash
1970)
4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos
alunos seratildeo apresentadas
Texto Base n02
COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS
FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA
Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de
formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a
uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios
documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos
familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5
O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a
cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na
comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de
utilizar este material
Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material
existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas
discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe
uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e
acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que
serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar
a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses
elementos progressivamente
A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria
e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute
5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012
algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento
Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute
entender o mundo em que se vive
Dicas para as entrevistas
Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de
algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando
outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute
importante observar alguns procedimentos
Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees
Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou
indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de
suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em
equipes de no maacuteximo trecircs alunos)
Para isso seraacute necessaacuterio
bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias
documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto
bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com
antecedecircncia e marcando a entrevista
bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do
presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo
para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)
bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver
abaixo
bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da
pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos
bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da
linguagem cacoetes intervalos etc
bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas
informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o
sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser
identificada)
Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral
e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo
histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar
em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se
de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6
P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais
antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes
para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da
documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes
orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva
histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos
Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute
portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a
vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas
proacuteprias palavras
As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em
sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees
que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos
documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um
indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas
pesquisas que realizamos
6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-
uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012
As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)
A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e
consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo
relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica
ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie
de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees
convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das
sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito
porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida
por um grupo
O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de
argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da
informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria
de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase
ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na
percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos
As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que
propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode
estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria
oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos
orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e
por isso mesmo parcial e interessada
Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa
histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave
incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem
como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia
das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e
teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas
interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o
diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando
finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de
julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7
Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as
seguintes questotildees
1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela
atraiu mais pessoas mais emprego
2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois
3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no
municiacutepio
4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece
ser destacado
5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo
esquece
6 ndash O que vinha pelo trem
7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio
8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio
9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra
7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-
debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012
10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia
privilegiado por ser ferroviaacuterio
11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio
12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio
13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio
14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como
funcionaacuterio
15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como
ferroviaacuterio
16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo
17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio
18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio
19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca
Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da
proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso
que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar
ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos
ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS
Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s
seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32
horas durante o primeiro semestre de 2013
Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe
pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e
posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para
apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em
equipes
A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema
produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e
como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes
documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as
diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como
problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com
as diferentes fontes problematizadas
Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma
seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e
outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes
documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre
outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem
versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados
Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para
analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto
Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos
Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem
histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria
individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros
sujeitos
As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida
pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida
dentro e fora de seu local de trabalho
8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de
totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse
A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute
registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma
Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada
pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o
entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas
Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem
sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem
como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de
divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da
presente produccedilatildeo
No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios
avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e
reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo
nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos
dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural
Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e
possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na
cidade de Porto Amazonas
REFEREcircNCIAS
BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008
BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola
Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004
BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994
HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
Os trens vinham de Satildeo Paulo
Daquelas bandas de laacute
Durante a viagem passavam
Pelo norte do Paranaacute
Passando em Ponta Grossa
Depois do Caracaraacute
Em Palmeira muitos namorados
Aguardando o trem chegar
Perguntas
1 ndash Qual era o percurso realizado pelos trens
2 ndash Por que Ponta Grossa passou a ser ponto estrateacutegico na eacutepoca
da ferrovia
3 ndash Como acontecia a socializaccedilatildeo e os possiacuteveis encontros entre as
pessoas no periacuteodo de tempo entre a saiacuteda e a chegada do trem
O trem seguindo o carril
E o maquinista imponente
Cada passagem de niacutevel
Aquele apito estridente
Pare olhe escute e passe
A placa avisando a gente
Ainda tem os distraiacutedos
Que cometem acidentes
Perguntas
1 ndash Qual era o papel do maquinista e que destaque ele tinha
2 ndash Como as pessoas se viam diante do barulho estridente do trem
3 ndash Existia sinalizaccedilatildeo na ferrovia por onde o trem passava
4 - Ocorriam acidentes durante a passagem dos trens Que riscos
isto gerava
Na viagem o guarda-freio
Vai cuidar da seguranccedila
O foguista pondo lenha
A Maria Fumaccedila avanccedila
Nos cruzamentos um apito
Eacute fogo na vizinhanccedila
Pois ela jogava brasas
Muitos metros de distacircncia
Perguntas
1 - Pode-se indagar sobre a seguranccedila no transporte ferroviaacuterio Por
quecirc
2 ndash Qual era a fonte de energia utilizada para impulsionar os trens
3 ndash Por que existiam muitos cruzamentos na malha ferroviaacuteria
4 ndash Existia a possibilidade de incecircndios que seriam provocados pela
passagem dos trens
Dentre outras podemos problematizar
1 ndash Qual eacute o contexto histoacuterico que estaacute apresentado neste poema
2ndash Quais as diferentes atividades desenvolvidas pelos trabalhadores
ferroviaacuterios
3 ndash Existia hierarquia entre os ferroviaacuterios Que profissotildees podem
ser verificadas
4 ndash Como eram as suas vestimentas
5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte
ferroviaacuterio
6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos
ferroviaacuterios
7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da
populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico
UNIDADE TEMAacuteTICA 02
Roteiro de Trabalho para o professor
1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos
2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em
grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a
pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do
projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash
1970)
4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos
alunos seratildeo apresentadas
Texto Base n02
COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS
FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA
Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de
formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a
uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios
documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos
familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5
O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a
cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na
comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de
utilizar este material
Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material
existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas
discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe
uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e
acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que
serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar
a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses
elementos progressivamente
A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria
e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute
5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012
algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento
Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute
entender o mundo em que se vive
Dicas para as entrevistas
Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de
algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando
outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute
importante observar alguns procedimentos
Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees
Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou
indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de
suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em
equipes de no maacuteximo trecircs alunos)
Para isso seraacute necessaacuterio
bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias
documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto
bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com
antecedecircncia e marcando a entrevista
bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do
presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo
para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)
bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver
abaixo
bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da
pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos
bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da
linguagem cacoetes intervalos etc
bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas
informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o
sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser
identificada)
Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral
e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo
histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar
em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se
de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6
P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais
antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes
para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da
documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes
orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva
histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos
Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute
portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a
vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas
proacuteprias palavras
As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em
sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees
que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos
documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um
indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas
pesquisas que realizamos
6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-
uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012
As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)
A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e
consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo
relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica
ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie
de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees
convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das
sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito
porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida
por um grupo
O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de
argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da
informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria
de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase
ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na
percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos
As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que
propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode
estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria
oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos
orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e
por isso mesmo parcial e interessada
Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa
histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave
incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem
como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia
das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e
teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas
interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o
diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando
finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de
julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7
Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as
seguintes questotildees
1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela
atraiu mais pessoas mais emprego
2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois
3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no
municiacutepio
4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece
ser destacado
5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo
esquece
6 ndash O que vinha pelo trem
7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio
8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio
9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra
7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-
debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012
10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia
privilegiado por ser ferroviaacuterio
11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio
12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio
13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio
14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como
funcionaacuterio
15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como
ferroviaacuterio
16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo
17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio
18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio
19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca
Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da
proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso
que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar
ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos
ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS
Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s
seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32
horas durante o primeiro semestre de 2013
Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe
pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e
posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para
apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em
equipes
A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema
produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e
como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes
documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as
diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como
problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com
as diferentes fontes problematizadas
Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma
seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e
outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes
documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre
outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem
versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados
Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para
analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto
Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos
Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem
histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria
individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros
sujeitos
As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida
pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida
dentro e fora de seu local de trabalho
8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de
totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse
A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute
registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma
Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada
pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o
entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas
Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem
sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem
como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de
divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da
presente produccedilatildeo
No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios
avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e
reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo
nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos
dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural
Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e
possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na
cidade de Porto Amazonas
REFEREcircNCIAS
BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008
BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola
Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004
BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994
HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
2 ndash Como as pessoas se viam diante do barulho estridente do trem
3 ndash Existia sinalizaccedilatildeo na ferrovia por onde o trem passava
4 - Ocorriam acidentes durante a passagem dos trens Que riscos
isto gerava
Na viagem o guarda-freio
Vai cuidar da seguranccedila
O foguista pondo lenha
A Maria Fumaccedila avanccedila
Nos cruzamentos um apito
Eacute fogo na vizinhanccedila
Pois ela jogava brasas
Muitos metros de distacircncia
Perguntas
1 - Pode-se indagar sobre a seguranccedila no transporte ferroviaacuterio Por
quecirc
2 ndash Qual era a fonte de energia utilizada para impulsionar os trens
3 ndash Por que existiam muitos cruzamentos na malha ferroviaacuteria
4 ndash Existia a possibilidade de incecircndios que seriam provocados pela
passagem dos trens
Dentre outras podemos problematizar
1 ndash Qual eacute o contexto histoacuterico que estaacute apresentado neste poema
2ndash Quais as diferentes atividades desenvolvidas pelos trabalhadores
ferroviaacuterios
3 ndash Existia hierarquia entre os ferroviaacuterios Que profissotildees podem
ser verificadas
4 ndash Como eram as suas vestimentas
5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte
ferroviaacuterio
6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos
ferroviaacuterios
7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da
populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico
UNIDADE TEMAacuteTICA 02
Roteiro de Trabalho para o professor
1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos
2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em
grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a
pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do
projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash
1970)
4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos
alunos seratildeo apresentadas
Texto Base n02
COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS
FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA
Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de
formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a
uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios
documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos
familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5
O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a
cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na
comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de
utilizar este material
Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material
existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas
discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe
uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e
acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que
serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar
a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses
elementos progressivamente
A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria
e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute
5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012
algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento
Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute
entender o mundo em que se vive
Dicas para as entrevistas
Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de
algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando
outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute
importante observar alguns procedimentos
Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees
Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou
indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de
suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em
equipes de no maacuteximo trecircs alunos)
Para isso seraacute necessaacuterio
bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias
documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto
bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com
antecedecircncia e marcando a entrevista
bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do
presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo
para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)
bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver
abaixo
bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da
pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos
bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da
linguagem cacoetes intervalos etc
bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas
informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o
sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser
identificada)
Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral
e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo
histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar
em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se
de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6
P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais
antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes
para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da
documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes
orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva
histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos
Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute
portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a
vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas
proacuteprias palavras
As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em
sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees
que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos
documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um
indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas
pesquisas que realizamos
6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-
uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012
As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)
A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e
consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo
relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica
ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie
de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees
convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das
sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito
porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida
por um grupo
O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de
argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da
informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria
de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase
ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na
percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos
As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que
propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode
estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria
oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos
orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e
por isso mesmo parcial e interessada
Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa
histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave
incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem
como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia
das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e
teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas
interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o
diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando
finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de
julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7
Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as
seguintes questotildees
1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela
atraiu mais pessoas mais emprego
2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois
3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no
municiacutepio
4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece
ser destacado
5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo
esquece
6 ndash O que vinha pelo trem
7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio
8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio
9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra
7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-
debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012
10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia
privilegiado por ser ferroviaacuterio
11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio
12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio
13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio
14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como
funcionaacuterio
15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como
ferroviaacuterio
16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo
17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio
18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio
19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca
Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da
proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso
que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar
ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos
ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS
Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s
seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32
horas durante o primeiro semestre de 2013
Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe
pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e
posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para
apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em
equipes
A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema
produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e
como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes
documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as
diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como
problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com
as diferentes fontes problematizadas
Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma
seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e
outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes
documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre
outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem
versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados
Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para
analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto
Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos
Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem
histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria
individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros
sujeitos
As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida
pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida
dentro e fora de seu local de trabalho
8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de
totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse
A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute
registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma
Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada
pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o
entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas
Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem
sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem
como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de
divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da
presente produccedilatildeo
No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios
avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e
reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo
nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos
dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural
Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e
possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na
cidade de Porto Amazonas
REFEREcircNCIAS
BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008
BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola
Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004
BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994
HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
4 ndash Como eram as suas vestimentas
5 ndash Como a comunicaccedilatildeo era realizada antes e durante o transporte
ferroviaacuterio
6 ndash Existiam trabalhos perigosos que eram realizados pelos
ferroviaacuterios
7 ndash Quais as condiccedilotildees sociais econocircmicas e culturais da
populaccedilatildeo neste contexto histoacuterico
UNIDADE TEMAacuteTICA 02
Roteiro de Trabalho para o professor
1 - O texto base 02 foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos
2 - Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma seraacute dividida em
grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e outros com a
pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
3 ndash Os alunos realizaratildeo produccedilatildeo de texto final com tiacutetulo do
projeto Outras (As Muitas) Histoacuterias sobre a Ferrovia em Porto Amazonas (1950ndash
1970)
4 - Confecccedilatildeo de mural onde todas as atividades realizadas pelos
alunos seratildeo apresentadas
Texto Base n02
COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS
FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA
Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de
formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a
uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios
documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos
familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5
O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a
cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na
comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de
utilizar este material
Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material
existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas
discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe
uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e
acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que
serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar
a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses
elementos progressivamente
A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria
e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute
5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012
algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento
Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute
entender o mundo em que se vive
Dicas para as entrevistas
Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de
algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando
outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute
importante observar alguns procedimentos
Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees
Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou
indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de
suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em
equipes de no maacuteximo trecircs alunos)
Para isso seraacute necessaacuterio
bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias
documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto
bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com
antecedecircncia e marcando a entrevista
bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do
presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo
para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)
bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver
abaixo
bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da
pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos
bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da
linguagem cacoetes intervalos etc
bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas
informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o
sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser
identificada)
Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral
e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo
histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar
em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se
de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6
P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais
antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes
para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da
documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes
orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva
histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos
Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute
portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a
vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas
proacuteprias palavras
As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em
sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees
que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos
documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um
indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas
pesquisas que realizamos
6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-
uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012
As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)
A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e
consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo
relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica
ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie
de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees
convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das
sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito
porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida
por um grupo
O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de
argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da
informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria
de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase
ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na
percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos
As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que
propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode
estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria
oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos
orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e
por isso mesmo parcial e interessada
Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa
histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave
incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem
como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia
das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e
teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas
interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o
diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando
finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de
julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7
Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as
seguintes questotildees
1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela
atraiu mais pessoas mais emprego
2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois
3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no
municiacutepio
4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece
ser destacado
5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo
esquece
6 ndash O que vinha pelo trem
7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio
8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio
9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra
7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-
debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012
10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia
privilegiado por ser ferroviaacuterio
11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio
12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio
13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio
14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como
funcionaacuterio
15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como
ferroviaacuterio
16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo
17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio
18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio
19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca
Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da
proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso
que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar
ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos
ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS
Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s
seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32
horas durante o primeiro semestre de 2013
Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe
pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e
posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para
apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em
equipes
A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema
produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e
como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes
documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as
diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como
problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com
as diferentes fontes problematizadas
Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma
seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e
outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes
documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre
outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem
versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados
Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para
analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto
Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos
Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem
histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria
individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros
sujeitos
As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida
pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida
dentro e fora de seu local de trabalho
8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de
totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse
A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute
registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma
Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada
pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o
entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas
Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem
sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem
como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de
divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da
presente produccedilatildeo
No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios
avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e
reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo
nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos
dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural
Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e
possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na
cidade de Porto Amazonas
REFEREcircNCIAS
BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008
BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola
Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004
BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994
HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
Texto Base n02
COMO TRABALHAR ENTREVISTAS COM OS ALUNOS E AS
FONTES ORAIS NA PESQUISA HISTOacuteRICA
Segundo Raquel Glezer o ensino de histoacuteria nos anos iniciais de
formaccedilatildeo tem a finalidade de criar a noccedilatildeo de individualidade e de pertencimento a
uma comunidade Na praacutetica os professores podem trabalhar com os proacuteprios
documentos que o aluno tem certidotildees de nascimento certificado de vacina fotos
familiares histoacuterias de famiacutelia que eles podem coletar e editar 5
O material para trabalhar com histoacuteria estaacute na sociedade Cabe a
cada professor selecionar de acordo com a sua turma com a sua escola na
comunidade em que atua o material possiacutevel de ser utilizado e a melhor maneira de
utilizar este material
Em uma aula de histoacuteria pode utilizar todo e qualquer material
existente na sociedade Uma aula expositiva pode esclarecer algumas duacutevidas
discutir de forma mais analiacutetica o que vai ser ou o que jaacute foi realizado Mas cabe
uma atividade empiacuterica com os alunos de coleta de material de organizaccedilatildeo e
acima de tudo de anaacutelise para dar significado ao trabalho de material coletado que
serve para que o aluno possa entender o espaccedilo em que ele vive o espaccedilo escolar
a relaccedilatildeo familiar a comunidade em que ela estaacute inserida e ir ampliando esses
elementos progressivamente
A pesquisa pode ser feita de forma adaptada em qualquer faixa etaacuteria
e eacute fundamental que seja possibilitado ao aluno percepccedilatildeo de que conhecimento eacute
5 Disponiacutevel em httpportaldoprofessormecgovbrnoticiashtml acesso em 18092012
algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento
Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute
entender o mundo em que se vive
Dicas para as entrevistas
Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de
algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando
outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute
importante observar alguns procedimentos
Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees
Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou
indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de
suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em
equipes de no maacuteximo trecircs alunos)
Para isso seraacute necessaacuterio
bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias
documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto
bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com
antecedecircncia e marcando a entrevista
bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do
presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo
para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)
bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver
abaixo
bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da
pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos
bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da
linguagem cacoetes intervalos etc
bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas
informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o
sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser
identificada)
Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral
e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo
histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar
em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se
de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6
P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais
antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes
para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da
documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes
orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva
histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos
Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute
portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a
vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas
proacuteprias palavras
As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em
sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees
que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos
documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um
indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas
pesquisas que realizamos
6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-
uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012
As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)
A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e
consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo
relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica
ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie
de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees
convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das
sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito
porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida
por um grupo
O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de
argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da
informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria
de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase
ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na
percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos
As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que
propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode
estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria
oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos
orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e
por isso mesmo parcial e interessada
Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa
histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave
incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem
como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia
das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e
teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas
interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o
diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando
finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de
julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7
Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as
seguintes questotildees
1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela
atraiu mais pessoas mais emprego
2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois
3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no
municiacutepio
4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece
ser destacado
5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo
esquece
6 ndash O que vinha pelo trem
7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio
8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio
9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra
7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-
debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012
10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia
privilegiado por ser ferroviaacuterio
11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio
12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio
13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio
14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como
funcionaacuterio
15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como
ferroviaacuterio
16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo
17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio
18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio
19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca
Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da
proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso
que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar
ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos
ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS
Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s
seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32
horas durante o primeiro semestre de 2013
Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe
pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e
posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para
apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em
equipes
A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema
produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e
como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes
documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as
diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como
problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com
as diferentes fontes problematizadas
Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma
seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e
outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes
documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre
outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem
versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados
Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para
analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto
Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos
Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem
histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria
individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros
sujeitos
As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida
pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida
dentro e fora de seu local de trabalho
8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de
totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse
A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute
registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma
Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada
pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o
entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas
Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem
sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem
como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de
divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da
presente produccedilatildeo
No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios
avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e
reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo
nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos
dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural
Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e
possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na
cidade de Porto Amazonas
REFEREcircNCIAS
BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008
BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola
Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004
BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994
HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
algo em processo em crescimento que satildeo etapas de formulaccedilatildeo de conhecimento
Entatildeo despertar o interesse eacute fundamental e mostrar que conhecer a sociedade eacute
entender o mundo em que se vive
Dicas para as entrevistas
Trabalhar com histoacuteria oral eacute partir de conteuacutedos elaborados de
algumas bibliografias existentes alguns fatos que marcaram a cidade e buscando
outros testemunhos para legitimar confrontar ou contestar a visatildeo existente Eacute
importante observar alguns procedimentos
Materiais caneta e bloco para anotaccedilotildees
Procedimentos Contatar pessoas que participaram direta ou
indiretamente que conhecem sobre a cidade e que estejam dispostas a falar de
suas experiecircncias sobre este assunto (Sugere-se que este trabalho seja feito em
equipes de no maacuteximo trecircs alunos)
Para isso seraacute necessaacuterio
bull Informar-se sobre a histoacuteria da cidade atraveacutes de livros apostilas fotografias
documentos etc e o que jaacute existe de produccedilatildeo historiograacutefica sobre o assunto
bull Cada equipe deveraacute escolher 1 a 2 pessoas para entrevistar Contatando com
antecedecircncia e marcando a entrevista
bull Preencher a ficha do entrevistado com alguns dados como nome profissatildeo do
presente e do passado o que fazia na eacutepoca (manter o respeito a eacutetica o sigilo
para natildeo causar constrangimento ao entrevistado)
bull Ter presente o questionaacuterio com perguntas a serem realizadas ndash sugestatildeo ver
abaixo
bull Anotar no diaacuterio de campo impressotildees dicas informaccedilotildees sobre os dados da
pesquisa atitudes paralelas que ajudem a compreender os testemunhos
bull Coletado as entrevistas transferir para a escrita com todas as caracteriacutesticas da
linguagem cacoetes intervalos etc
bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas
informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o
sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser
identificada)
Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral
e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo
histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar
em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se
de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6
P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais
antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes
para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da
documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes
orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva
histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos
Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute
portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a
vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas
proacuteprias palavras
As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em
sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees
que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos
documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um
indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas
pesquisas que realizamos
6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-
uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012
As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)
A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e
consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo
relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica
ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie
de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees
convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das
sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito
porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida
por um grupo
O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de
argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da
informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria
de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase
ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na
percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos
As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que
propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode
estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria
oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos
orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e
por isso mesmo parcial e interessada
Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa
histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave
incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem
como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia
das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e
teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas
interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o
diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando
finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de
julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7
Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as
seguintes questotildees
1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela
atraiu mais pessoas mais emprego
2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois
3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no
municiacutepio
4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece
ser destacado
5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo
esquece
6 ndash O que vinha pelo trem
7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio
8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio
9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra
7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-
debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012
10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia
privilegiado por ser ferroviaacuterio
11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio
12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio
13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio
14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como
funcionaacuterio
15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como
ferroviaacuterio
16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo
17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio
18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio
19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca
Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da
proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso
que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar
ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos
ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS
Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s
seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32
horas durante o primeiro semestre de 2013
Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe
pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e
posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para
apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em
equipes
A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema
produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e
como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes
documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as
diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como
problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com
as diferentes fontes problematizadas
Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma
seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e
outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes
documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre
outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem
versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados
Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para
analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto
Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos
Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem
histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria
individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros
sujeitos
As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida
pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida
dentro e fora de seu local de trabalho
8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de
totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse
A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute
registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma
Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada
pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o
entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas
Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem
sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem
como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de
divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da
presente produccedilatildeo
No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios
avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e
reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo
nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos
dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural
Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e
possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na
cidade de Porto Amazonas
REFEREcircNCIAS
BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008
BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola
Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004
BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994
HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
bull Observaccedilatildeo Eacute muito importante a autorizaccedilatildeo da pessoa para publicar estas
informaccedilotildees mesmo que seja em pequenos grupos (sala de aula) bem como o
sigilo das informaccedilotildees (respeito agrave memoacuteria da pessoa se ela quer ou natildeo ser
identificada)
Segundo Jean Garrido fica claro que podemos falar de histoacuteria oral
e fontes orais na pesquisa histoacuterica Ele defende a ideia de fontes orais e natildeo
histoacuteria oral ele relata que refere a fontes orais porque natildeo parece procedente falar
em histoacuteria oral mas o importante eacute utilizar fontes orais para fazer histoacuteria trata-se
de incorporar tais fontes orais como uma fonte documental a mais 6
P Thompson lembra que as fontes orais estatildeo na base da mais
antiga e da mais recente forma de fazer histoacuteria As fontes orais satildeo importantes
para a pesquisa histoacuterica pois eacute um estudo dos grupos que satildeo excluiacutedos da
documentaccedilatildeo mantida nos arquivos Para Ronald Fraser a utilizaccedilatildeo das fontes
orais permite articular a experiecircncia daqueles que a partir de uma perspectiva
histoacuterica estatildeo desarticulados isto eacute pela experiecircncia vivida por pessoas e povos
Paul Thompson afirma que o sentindo humano das fontes orais eacute
portador de dois elementos essenciais a democratizaccedilatildeo da proacutepria histoacuteria e a
vitalidade e uma histoacuteria que devolve agraves pessoas seu proacuteprio passado com suas
proacuteprias palavras
As fontes orais permitem uma relaccedilatildeo de incorporar indiviacuteduos em
sua individualidade ou coletividade mas tambeacutem facilita o estudo atos e situaccedilotildees
que racionaliza um momento histoacuterico concreto impedindo que apareccedila nos
documentos escritos os historiadores caracterizam as fontes orais como um
indispensaacutevel elemento de trabalho Uma ferramenta que natildeo se deixa de lado nas
pesquisas que realizamos
6 Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-
uma-contribuicao-para-o-debate21880 acessado em 18092012
As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)
A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e
consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo
relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica
ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie
de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees
convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das
sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito
porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida
por um grupo
O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de
argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da
informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria
de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase
ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na
percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos
As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que
propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode
estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria
oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos
orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e
por isso mesmo parcial e interessada
Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa
histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave
incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem
como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia
das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e
teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas
interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o
diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando
finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de
julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7
Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as
seguintes questotildees
1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela
atraiu mais pessoas mais emprego
2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois
3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no
municiacutepio
4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece
ser destacado
5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo
esquece
6 ndash O que vinha pelo trem
7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio
8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio
9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra
7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-
debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012
10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia
privilegiado por ser ferroviaacuterio
11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio
12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio
13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio
14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como
funcionaacuterio
15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como
ferroviaacuterio
16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo
17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio
18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio
19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca
Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da
proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso
que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar
ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos
ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS
Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s
seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32
horas durante o primeiro semestre de 2013
Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe
pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e
posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para
apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em
equipes
A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema
produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e
como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes
documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as
diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como
problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com
as diferentes fontes problematizadas
Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma
seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e
outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes
documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre
outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem
versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados
Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para
analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto
Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos
Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem
histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria
individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros
sujeitos
As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida
pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida
dentro e fora de seu local de trabalho
8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de
totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse
A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute
registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma
Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada
pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o
entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas
Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem
sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem
como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de
divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da
presente produccedilatildeo
No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios
avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e
reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo
nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos
dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural
Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e
possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na
cidade de Porto Amazonas
REFEREcircNCIAS
BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008
BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola
Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004
BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994
HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
As fontes orais satildeo uacutenicas e significativas por causa do seu enredo ou seja do caminho nos quais os materiais da histoacuteria satildeo organizados pelos narradores para contaacute-la Por meio dessa organizaccedilatildeo cada narrador daacute uma interpretaccedilatildeo da realidade e situa a si mesmo e aos outros e satildeo nesse sentido que as fontes orais se tornam significativas para noacutes (KHOURY 2001 p 79ndash104)
A utilizaccedilatildeo de fontes orais natildeo se limita a uma simples questatildeo e
consciecircncia e vontade o uso sistemaacutetico e fontes orais na pesquisa histoacuterica satildeo
relativamente recentes portanto seus aspectos teacutecnicos e de ordem metodoloacutegica
ainda eacute bastante polecircmica Trabalhar com fontes orais implica o respeito a uma seacuterie
de regras metodoloacutegicas que o historiador utiliza para produzir informaccedilotildees
convenientes contrastadas sobre estrutura funcionamento e transformaccedilatildeo das
sociedades humanas Pois o registro oral eacute uma forma mais direta do que o escrito
porque as fontes escritas natildeo falam do clima do ambiente nem da realidade vivida
por um grupo
O pesquisador que utiliza fontes orais tem de estar em condiccedilotildees de
argumentar a todo o momento sobre o caraacuteter representativo da origem da
informaccedilatildeo obtida O uso de fontes orais nos permite um aprofundamento na histoacuteria
de grupos sociais que por razotildees diversas estiveram marginalizados ou quase
ausentes das fontes documentais escritas de outro lado nos permite penetrar na
percepccedilatildeo do processo histoacuterico feito por indiviacuteduos ou grupos concretos
As ideias baacutesicas que devem ficar claras para o pesquisador que
propotildee trabalhar com fontes orais satildeo principalmente a relaccedilatildeo dialeacutetica que se pode
estabelecer entre fontes orais e documentos Natildeo podemos esquecer que histoacuteria
oral natildeo satildeo uma soma e entrevista independentes entre si mas conjuntos
orgacircnicos e coerentes de entrevistas Poreacutem a memoacuteria eacute essencialmente seletiva e
por isso mesmo parcial e interessada
Portanto a conflitos da histoacuteria oral ou fontes orais para a pesquisa
histoacuterica mostra a conexatildeo entre a valorizaccedilatildeo dessa base documental agrave
incorporaccedilatildeo no discurso histoacuterico de indiviacuteduos e coletividades marginalizados bem
como de uma nova dimensatildeo dada pelos protagonistas Salientando a importacircncia
das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e
teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas
interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o
diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando
finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de
julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7
Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as
seguintes questotildees
1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela
atraiu mais pessoas mais emprego
2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois
3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no
municiacutepio
4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece
ser destacado
5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo
esquece
6 ndash O que vinha pelo trem
7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio
8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio
9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra
7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-
debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012
10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia
privilegiado por ser ferroviaacuterio
11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio
12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio
13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio
14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como
funcionaacuterio
15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como
ferroviaacuterio
16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo
17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio
18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio
19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca
Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da
proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso
que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar
ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos
ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS
Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s
seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32
horas durante o primeiro semestre de 2013
Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe
pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e
posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para
apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em
equipes
A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema
produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e
como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes
documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as
diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como
problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com
as diferentes fontes problematizadas
Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma
seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e
outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes
documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre
outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem
versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados
Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para
analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto
Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos
Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem
histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria
individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros
sujeitos
As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida
pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida
dentro e fora de seu local de trabalho
8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de
totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse
A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute
registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma
Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada
pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o
entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas
Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem
sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem
como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de
divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da
presente produccedilatildeo
No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios
avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e
reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo
nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos
dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural
Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e
possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na
cidade de Porto Amazonas
REFEREcircNCIAS
BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008
BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola
Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004
BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994
HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
das fontes orais na historiografia contemporacircnea no entanto problemas teoacutericos e
teacutecnicos de sua utilizaccedilatildeo satildeo discutidos em meio as suas caracteriacutesticas
interdisciplinares como questotildees epistemoloacutegicas estabelecer elementos para o
diaacutelogo indispensaacuteveis entre os depoimentos orais e a histoacuteria local abordando
finalmente as exigecircncias os chamados arquivos das palavras (Publicado em 24 de
julho de 2009 ndash Histoacuteria) 7
Para o projeto de intervenccedilatildeo na escola satildeo sugeridas as
seguintes questotildees
1 - O (a) senhor (a) acha que a ferrovia foi boa para a cidade Se ela
atraiu mais pessoas mais emprego
2 - Como era o municiacutepio antes da ferrovia E depois
3 - E como o (a) senhor (a) viu a cidade com o fim da ferrovia no
municiacutepio
4 ndash O (a) senhor (a) se lembra de algum acontecimento que merece
ser destacado
5 - O que mais marcou sua memoacuteria daquele periacuteodo O que natildeo
esquece
6 ndash O que vinha pelo trem
7 ndash Algum parente trabalhou como ferroviaacuterio
8 ndash E o pai do senhor jaacute era ferroviaacuterio
9 ndash Que eacutepoca foi isso o senhor lembra
7 httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-
debate21880ixzz26rqXRWJC Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012 Leia mais em httpwwwwebartigoscomartigosas-fontes-orais-na-pesquisa-historica-uma-contribuicao-para-o-debate21880ixzz26rqNdZ7y acessado em 18092012
10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia
privilegiado por ser ferroviaacuterio
11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio
12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio
13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio
14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como
funcionaacuterio
15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como
ferroviaacuterio
16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo
17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio
18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio
19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca
Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da
proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso
que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar
ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos
ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS
Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s
seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32
horas durante o primeiro semestre de 2013
Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe
pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e
posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para
apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em
equipes
A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema
produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e
como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes
documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as
diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como
problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com
as diferentes fontes problematizadas
Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma
seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e
outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes
documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre
outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem
versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados
Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para
analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto
Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos
Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem
histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria
individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros
sujeitos
As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida
pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida
dentro e fora de seu local de trabalho
8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de
totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse
A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute
registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma
Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada
pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o
entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas
Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem
sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem
como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de
divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da
presente produccedilatildeo
No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios
avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e
reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo
nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos
dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural
Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e
possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na
cidade de Porto Amazonas
REFEREcircNCIAS
BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008
BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola
Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004
BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994
HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
10 ndash Na eacutepoca que o senhor trabalhou na Rede o senhor se sentia
privilegiado por ser ferroviaacuterio
11 ndash Qual o cargo que o senhor tinha quando ferroviaacuterio
12 ndash O seu pai tambeacutem foi ferroviaacuterio
13 ndash O que levou o senhor a ser ferroviaacuterio
14 ndash E como foi que o senhor entrou na estrada de ferro como
funcionaacuterio
15 ndash Com quantos anos o senhor comeccedilou a trabalhar como
ferroviaacuterio
16 ndash Qual era a sua funccedilatildeo
17 ndash Quais eram as vantagens e desvantagens de ser ferroviaacuterio
18 ndash Quanto tempo trabalhou como ferroviaacuterio
19 ndash E como era a vida de vocecircs naquela eacutepoca
Toda pesquisa deve ter retorno ao grupo social Os resultados da
proposta poderatildeo ser reunidos e apresentados em sala de aula Poreacutem eacute preciso
que o professor esteja habilitado atento pois uma praacutetica descuidada pode causar
ressentimento prejudicar ou difamar pessoas e ou comportamentos
ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS
Para a efetivaccedilatildeo da produccedilatildeo didaacutetico-pedagoacutegica ocorreratildeo s
seguintes etapas equivalendo a oito encontros de 4 horas perfazendo um total de 32
horas durante o primeiro semestre de 2013
Primeiramente seraacute realizada reuniatildeo com a direccedilatildeo equipe
pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e
posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para
apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em
equipes
A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema
produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e
como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes
documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as
diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como
problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com
as diferentes fontes problematizadas
Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma
seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e
outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes
documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre
outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem
versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados
Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para
analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto
Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos
Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem
histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria
individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros
sujeitos
As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida
pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida
dentro e fora de seu local de trabalho
8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de
totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse
A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute
registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma
Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada
pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o
entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas
Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem
sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem
como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de
divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da
presente produccedilatildeo
No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios
avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e
reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo
nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos
dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural
Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e
possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na
cidade de Porto Amazonas
REFEREcircNCIAS
BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008
BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola
Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004
BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994
HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
pedagoacutegica e professores do coleacutegio para expor a intervenccedilatildeo pedagoacutegica e
posteriormente reuniatildeo com os alunos do terceiro ano do ensino meacutedio para
apresentaccedilatildeo discussatildeo e reflexatildeo sobre a intervenccedilatildeo onde seratildeo divididos em
equipes
A Unidade 01 seraacute composta por um texto tratando sobre o tema
produccedilatildeo de conhecimento histoacuterico fontes histoacutericas tipos de fontes histoacutericas e
como trabalhar com as fontes e a pesquisa qualitativa buscando diversas fontes
documentais realizando leitura e discussatildeo O objetivo eacute de que o aluno conheccedila as
diferentes fontes histoacutericas sua importacircncia saiba onde encontraacute-las e como
problematizaacute-las Poderaacute realizar produccedilatildeo de texto acerca do que foi analisado com
as diferentes fontes problematizadas
Na Unidade 2 o texto foi elaborado como suporte de discussatildeo a ser
realizada entre o professor e os alunos Apoacutes discussatildeo e leitura do texto a turma
seraacute dividida em grupos uns trabalharatildeo com as entrevistas semi estruturadas e
outros com a pesquisa do cotidiano da eacutepoca e discussatildeo de demais fontes
Realizar-se-aacute pesquisa qualitativa8 buscando diversas fontes
documentais (fotos documentos puacuteblicos eou privados jornais revistas entre
outros) onde a fonte escrita deveraacute ser analisada com cuidado pois contem
versotildees e juiacutezos de valores que devem ser considerados
Em seguida a equipe entrevistaraacute os alunos (eou famiacutelias) para
analisar que memoacuterias eles elaboram sobre os impactos da ferrovia em Porto
Amazonas (1950-1970) questionando sua proacutepria existecircncia de sujeitos histoacutericos
Levar os alunos a produzir por escrito uma nova abordagem
histoacuterica considerando as experiecircncias particulares sobre o passado a trajetoacuteria
individual ampliando o conhecimento da Histoacuteria com base na experiecircncia de outros
sujeitos
As fontes orais seratildeo utilizadas para recuperar a experiecircncia vivida
pelos trabalhadores ferroviaacuterios a partir de seus relatos sobre o seu modo de vida
dentro e fora de seu local de trabalho
8 Ocorre quando o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma perspectiva de
totalidade sem se desviar demasiado de seus focos de interesse
A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute
registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma
Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada
pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o
entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas
Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem
sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem
como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de
divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da
presente produccedilatildeo
No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios
avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e
reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo
nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos
dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural
Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e
possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na
cidade de Porto Amazonas
REFEREcircNCIAS
BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008
BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola
Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004
BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994
HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
A intenccedilatildeo eacute a de recuperar na fala dos sujeitos o que natildeo estaacute
registrado em nenhum documento escrito ou que estaacute registrado de outra forma
Apoacutes realizar as entrevistas eacute preciso analisaacute-las procurando observar como cada
pessoa narra um fato atribui significados e reaccedilotildees no ato da interlocuccedilatildeo pois o
entrevistador procura ver nas entrevistas suas hipoacuteteses confirmadas
Seraacute realizada a produccedilatildeo de textos para os alunos registrarem
sobre Outras (As muitas) Histoacuterias da Ferrovia na cidade de Porto Amazonas bem
como exposiccedilatildeo atraveacutes de mural para toda a comunidade com o objetivo de
divulgaccedilatildeo e socializaccedilatildeo dos materiais didaacuteticos e resultados obtidos atraveacutes da
presente produccedilatildeo
No decorrer das atividades propostas sugerimos alguns criteacuterios
avaliativos a serem observados tais como participaccedilatildeo efetiva nas discussotildees e
reflexotildees acerca dos textos colaboraccedilatildeo durante o trabalho em grupo participaccedilatildeo
nas atividades de pesquisa entrevistas produccedilotildees de fontes orais organizaccedilatildeo dos
dados produccedilatildeo de textos e exposiccedilatildeo atraveacutes de mural
Espera-se com isso que os alunos apropriem-se dos conhecimentos e
possam a partir daiacute refletir sobre Outras (As muitas) histoacuterias sobre a ferrovia na
cidade de Porto Amazonas
REFEREcircNCIAS
BACH Arnoldo Monteiro Trens Ponta Grossa Ed Do Autor 2008
BATISTA M I Matildeos e Mentes na Arte de Aprender a Memoacuteria da Escola
Profissional Cel Tibuacutercio Cavalcanti de Ponta Grossa (1940-1973) Ponta Grossa 2002 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo) 125 p BITTENCOURT M C Ensino de histoacuteria Fundamentos e meacutetodos Satildeo Paulo Cortez 2004
BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994
HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
BORBA A 7000 ferroviaacuterios em Greve Curitiba Graacutefica Paranaense 1941 DELELIS R A Era do Trem Satildeo Paulo Luz Fernandes amp Nastari Editores 1999 GIFFONI J M S Trilhos Arrancados Histoacuteria da Estrada de Ferro Bahia e Minas (1878-1966) Belo Horizonte UFMG 2006 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) HARDMAN F F Trem fantasma A Ferrovia Madeira-Mamoreacute e a Modernidade na Selva Satildeo Paulo Cia das Letras 2005 HARRES M M Ferroviaacuterios disciplinarizaccedilatildeo e trabalho na VFRGS (1920-1942) Porto Alegre UFRGS 1992 (Dissertaccedilatildeo Mestrado em Histoacuteria) HARVEY D O trabalho o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construiacutedo nas cidades capitalistas avanccediladas In Espaccedilo e Debates Satildeo Paulo Cortez n 6 1982 HERTEL R C Aspectos populacionais de Ponta Grossa 1921ndash1945 Ponta Grossa UEPGCNPq 1994
HOBSBAWM E J A Era do Capital Satildeo Paulo Paz e Terra 1988 INAacuteCIO P C Trabalho Ferrovia e Memoacuteria A experiecircncia de Turmeiro no Trabalho Ferroviaacuterio Uberlacircndia UFU 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOcircMICO E SOCIAL - IPARDES - O Paranaacute Reinventado poliacutetica e governo 2 Ed Curitiba IPARDES 2006 330 p KHOURY Y A Narrativas Orais na Investigaccedilatildeo da Histoacuteria Social In Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo n 22 jun 2001 KROETZ L R As Estradas de Ferro do Paranaacute (1880-1940) Satildeo Paulo USP 1985 (Tese de Doutoramento) KROETZ L R As Estradas de Ferro em Santa Catarina (1910-1960) Curitiba
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
1976 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LIMA R M L Uma Categoria Fora dos Trilhos Causas e Consequecircncias da Crise entre os Ferroviaacuterios Rio de Janeiro UFRJ 1998 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) LOPES C R Patrimocircnio Histoacuterico Ferroviaacuterio em Ponta Grossa o ontem como ldquoofiacuteciordquo o hoje como memoacuteria Ponta Grossa UEPG 2006 (Monografia de Especializaccedilatildeo) LORENZETTI F L FERREIRA B T S ldquoOs trilhos do progresso intenccedilotildees de comunicaccedilatildeo viam estrada de ferro entre Paranaacute e Mato Grosso na passagem do seacuteculo XIX ao XXrdquo Revista de Histoacuteria Regional Ponta Grossa v 13 n 2 2008 p13 LUDKE Menga ANDREacute Marli E D A Pesquisa em Educaccedilatildeo Abordagens Qualitativas Temas baacutesicos de Educaccedilatildeo e Ensino Satildeo Paulo EPU 1986 LUZ C E Da Patrimocircnio Ferroviaacuterio e Turismo na Regiatildeo dos Campos GeraisPR Ponta Grossa UEPG 2003 (Monografia de Conclusatildeo de Graduaccedilatildeo) MACIEL L A ALMEIDA P R de KHOURY Y A (Orgs) Outras Histoacuterias Memoacuterias e Linguagens Satildeo Paulo Olho DrsquoAacutegua 2006 MAGALHAtildeES FILHO F B B Agentes Sociais no Paranaacute Revista Paranaense de Desenvolvimento Curitiba IPARDES n 86 p 3-33 set dez 1995 MAGALHAtildeES M B de Paranaacute Poliacutetica e Governo Curitiba SEED 2001 122 p (Coleccedilatildeo Histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios) p 57 MAIA A C N Encontros e despedidas ndash trabalho e resistecircncia ferroviaacuteria em Minas Gerais Satildeo Paulo Revista Histoacuteria n 21 2002 p 129-161 MELLO S G de B O Gigante e a Locomotiva Projetos de Modernidade e Estrateacutegias de Territorializaccedilatildeo no Paranaacute (Guarapuava 1919-1954) Florianoacutepolis UFSC 2003 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) MONASTIRSKY L B Cidade e Ferrovia a mitificaccedilatildeo do paacutetio central da RFFSA em Ponta Grossa Florianoacutepolis UFSC 1997 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado)
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
MONASTIRSKY L B A mitificaccedilatildeo da ferrovia em Ponta Grossa In DITZEL C de H M SAHR C L Espaccedilo e Cultura Ponta Grossa e os Campos Gerais Ponta Grossa UEPG 2001 MONTEIRO C ldquoFerroviaacuterios em Greve relaccedilotildees de Dominaccedilatildeo e Resistecircncia na ldquoRVPSCrdquo Ponta Grossa Revista de Histoacuteria Regional v12 n1 p09-24 2005 MOREIRA Maria de F S Ferroviaacuterios trabalho e poder Sorocaba (Satildeo Paulo) UNESP 2008 MOREIRA M de F S Cultura e imaginaacuterio social a experiecircncia ferroviaacuteria Revista Histoacuteria Satildeo Paulo v11 1992 p 137-150 MUumlLLER Jucilda Boscardin Histoacuteria de Porto Amazonas Curitiba Do Autor 1997 NASCIMENTO D do ldquoEcos da Modernidade ferrovia e cidade no Sul de Santa Catarinardquo LOCUS Revista de Histoacuteria Juiz de Fora v09 2003 p117-129 NASCIMENTO D do As Curvas do Trem A presenccedila da Estrada de Ferro no Sul de Santa Catarina (1880-1975) cidade modernidade e vida urbana Criciuacutema UNESC 2004 184 p NUNES I Douradense a agonia de uma ferrovia Satildeo Paulo Annablume FAPESP 2005 OLIVEIRA Dennison de UFPR Urbanizaccedilatildeo e industrializaccedilatildeo no Paranaacute Coleccedilatildeo histoacuteria do Paranaacute textos introdutoacuterios Curitiba SEED 2001 PAULA J C M de Populaccedilatildeo poder local e qualidade de vida no contexto urbano de Ponta Grossa ndash Paranaacute Rio Claro UNESP 1993 (Dissertaccedilatildeo de Mestrado) PELEGRINA G R Memoacuterias de um ferroviaacuterio Bauru Satildeo Paulo EDUSC 2000 PELEGRINA G R R ZANLOCHI T S Ferrovia e Urbanizaccedilatildeo o Caso de Bauru Satildeo Paulo EDUSC 1991 PEREIRA D M M A Proacutexima Estaccedilatildeo Trabalho Memoacuteria e Percurso dos Trabalhadores Aposentados da Ferrovia Fortaleza UFC 2004 (Dissertaccedilatildeo de
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007
Mestrado em Histoacuteria) PETUBA R M P ldquoSer Trabalhador Ferroviaacuterio em Ponta Grossa escutando outras falas desvendando outras memoacuterias (1940-2000)rdquo FENIX ndash Revista de Histoacuteria e Estudos Culturais Vol 02 Ano II n 2 Abr Mai Jun 2005 Disponiacutevel em http wwwrevistafenix PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO AMAZONAS A ferrovia em Porto Amazonas Disponiacutevel em Httpwwwportoamazonasprgovbr SANTOS C A P dos Entre o Porto e a Estaccedilatildeo Cotidiano e Cultura dos Trabalhadores Urbanos de Camocim - CE 1920-1970 Recife UFPE 2008 (Tese de Doutorado em Histoacuteria) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACcedilAtildeO DO PARANAacute Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica Diretrizes curriculares da educaccedilatildeo baacutesica histoacuteria Curitiba Paranaacute 2008 SEGNINI L R P Ferrovia e ferroviaacuterios uma contribuiccedilatildeo para a anaacutelise do poder disciplinar na empresa Satildeo Paulo Autores Associados 1982 SILGRE R F de B Experiecircncia dos Trabalhadores Ferroviaacuterios na Rede viaccedilatildeo Paranaacute Santa Catarina da cidade de Ponta Grossa nas deacutecadas de 1940-1960 Ponta Grossa UEPG 2005 (Monografia de Conclusatildeo de Curso) SOUZA J C de ldquoO progresso contra a natureza vapor fios e trilhos em Corumbaacute (1904 -1919)rdquo Revista Projeto Histoacuteria Satildeo Paulo (23) Nov 2001 p 217-241 p226 VIEIRA Maria do Pilar de Arauacutejo PEIXOTO Maria do Rosaacuterio da Cunha KHOURY Yara Maria Aun A pesquisa em Histoacuteria 5 Ed Satildeo Paulo Aacutetica 2007