Prof. Me. Victor de Barros Deantoni · 2 - Objetivos Propiciar que as edificações sejam...
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Prof. Me. Victor de Barros Deantoni
Sistemas prediais de combate à incêndio
Como todo projeto em engenharia civil deve seguir a Norma Técnica do assunto:
Instruções técnicas do corpo de bombeiros do estado de São Paulo:
IT 14, 21, 22...
1 - Projeto 1 – Concepção Arquitetônica
2 – Compatibilização estrutural
3 – Compatibilização com Instalações
4 – Projeto Executivo
5 – Aprovação no Corpo de Bombeiros
6 – Liberação para obra
2 - Objetivos Propiciar que as edificações sejam construídas permitindo
que seus ocupantes possam evacuar o local em situações de incêndio.
Permitir o acesso dos bombeiros em caso de sinistro
Permitir a utilização de extintores e hidrantes no local correto a fim de evitar a proliferação do incêndio.
Principalmente evitar perdas (humanas)
Questões estruturais Compartimentação
Tempo de resistência da estrutura (colapso)
O que acontece com o concreto em situação de incêndio
Concreto Armado = Aço + Concreto
Como eles se comportam em um incêndio
Partes constituintes Extintores
Hidrantes
Sprinklers
Rotas de fuga (sinalização)
Sistema de alarme e comunicação
Definições (Fonte: Ilha,2014)
Calor Elemento que da início ao incêndio que incentiva a sua
propagação
Método de extinção: Controle da reação e combustão ou resfriamento (água)
Combustível Elemento que reage com o oxigênio produzindo a
combustão
Método de extinção: Retirada do material combustível.
Oxigênio Elemento responsável pela manutenção das chamas e
intensificação da combustão
Método de extinção: Abafamento (pano ou gás carbônico)
Reação em cadeia Reação química da combustão que acaba por
retroalimentar o processo
Método de extinção: Inibição da reação em cadeia (compartimentação)
Sistema de Hidrantes
Sistema de Mangotinhos
Extintores
Dimensionamento de extintores
Em edifícios cada pavimento deve ser considerado separadamente, em galpões a separação deve ser feitas por áreas de atividade semelhante.
CLASSES DE INCENDIOO
Classe A. Fogo em materiais comuns de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, deixando resíduos. E o caso da madeira, tecidos, lixo comum, papel, fibras, ferragem etc. A estes poderíamos acrescentar alguns outros mencionados no Federal Fire Council, tais como o carvão, coque, filmes e material fotográfico.
Classe B. Fogo em inflamáveis que queimam somente em sua superfície, não deixando resíduos, como óleos, graxas, vernizes, tintas, gasolina, querosene, solventes, borracha, óleos vegetais e animais.
Classe C. Fogo em equipamentos elétricos energizados (motores, geradores, transformadores, reatores, aparelhos de ar condicionado, televisores, rádios, quadros de distribuição etc.).
Classe D. Fogo em metais piroforos e suas ligas (magnésio, sódio, potássio, alumínio, zircônio, titânio e outros). Inflamam-se em contato com o ar ou produzem centelhas e ate explosões, quando pulverizados e atritados.
Sprinkler
Sistemas de Hidrantes Pressão Máxima de trabalho 100 mca ou 1000 kPa
Mangueiras devem preferencialmente serem de 15 (cada lance)
Diâmetro mínimo de 2 1/2”, em casos especiais pode-se utilizar 2”.
Dimensionamento para os dois hidrantes mais desfavoráveis.
Referências para o dimensionamento:
Decreto Estadual 56819/2011
Intruções Técnicas
Normas da ABNT
Classificar a edificação
Definir as medidas contra incêndio necessárias
Verificar o TIPO de sistema adotados
Proceder ao dimensionamento hidráulico
Parte 1 – Classificar a edificação
A classificação é feita com base na carga de incêndio específica por ocupação (IT14/2011) Anexo A
Tabela para todas edificações.
Com a tabela 3 é possível definir o risco.
Com isso pode-se selecionar os extintores a ser utilizados e também sua localização.
Os extintores devem ser distribuídos de tal forma que o operador não percorra mais que:
• Risco baixo – 25 m;
• Risco medio – 20 m;
• Risco alto – 15 m.
Cada pavimento deve possuir no mínimo 2 unidades extintoras 1 para incêndio classe A e 1 para incêndio classe B/C
Rota de Fuga Caminho que deve ser percorrido pelos ocupantes de
uma edificação para chegar a um ponto de segurança, fora da edificação.
Deve receber sinalização e iluminação de emergência.
Hidrantes - Definições Os sistemas de hidrantes e de mangotinhos são
normalizados pela NBR 13714 da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. No Estado de São Paulo pela Instrução Técnica nº 22 do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar Estadual.
Abrigo Compartimento, embutido ou aparente, dotado de porta,
destinado a armazenar mangueiras, esguichos, carretéis e outros equipamentos de combate a incêndio, capaz de proteger contra intempéries e danos diversos.
Altura da edificação Medida, em metros, entre o ponto que caracteriza a saída
ao nível de descarga (de pessoas), sob a projeção externa da parede do prédio, ao ponto mais alto do piso do último pavimento. [IT22-CB-SP complementa: “…,excluindo-se áticos, casas de máquinas, barrilete, reservatórios de água e assemelhados. Nos casos onde os subsolos tenham ocupação distinta de estacionamento de veículos, vestiários e instalações sanitárias ou respectivas dependências sem aproveitamento para quaisquer atividades ou permanência humana, a mensuração da altura será a partir do piso mais baixo do subsolo ocupado”].
Bomba principal de incêndio Bomba hidráulica centrífuga destinada a recalcar água para os
sistemas.
BOMBA PARA COMBATE A INCENDIO: Para o calculo da capacidade da bomba, devem ser previstos
funcionando simultaneamente no sistema sob comando: dois hidrantes com a descarga indicada na e sob pressão mínima de 10 m de coluna d’agua.
A velocidade na linha de aspiracao da bomba nao deve exceder a 1,5 m/s, para as bombas acima do nivel d’agua do reservatorio de suprimento, e 2m/s, para as bombas afogadas.
A fim de poder calcular a altura manométrica a que a bomba devera atender, necessitamos calcular a perda de carga no encanamento e também na mangueira, desde o hidrante ate o esguicho. Costuma-se adotar os seguintes valores para as perdas de carga
A característica principal desta bomba é permitir que a pressão não seja demasiada alta no caso da abertura de um único hidrante, e também não seja demasiada baixa na abertura de vários hidrantes
A alimentação elétrica tem que ser independente. Utilizar disjuntor magnético e não térmico
Bomba jockey: Pressurização e vazão baixa (não necessária em caso de abastecimento por gravidade (pressão elevada)).
O uso de um fluxostato e pressostato pode ligar a bomba automaticamente
Só pode ser desligada no painel
Válvulas abertas sempre.
Iluminação de emergência.
Bombas de combustão devem ter o tanque protegido e exaustão externa.
Sistemas de chuveiros automáticos devem ter automação obrigatoriamente.
Exemplo – Dimensionamento de extintores e hidrantes
Dados Edifício de 10 pavimentos: tipo; Térreo: Garagem e
cobertura: Casa de máquinas.
Pé direito (+laje): 3,0m para os pav. tipo.
4,0m para o térreo
Cobertura conforme figura.
Todos os pavimentos tem 16m x 14m
Caixa de escada e elevadores centralizados
14m
16m
Seleção de Extintores: Área construída:
Carga de incêndio:
Classificação da edificação:
Número de extintores: Térreo:
Tipo:
Cobertura:
Localização dos extintores:
Hidrantes: Classificação da edificação:
Reservatório:
Reserva de incêndio:
Nível do reservatório (altura):
Tipo de sistema:
Diâmetro mínimo:
Comprimento real =13,14m
Cotas:
Garagem: 0,0m
1pav: 4,0m
10 pav: 30,0m
Nível do reservatório de incêndio: 38,62m
Cota do hidrante do 10 pav = 30 + 1,2 = 31,2m
Considerando sempre o hidrante a 1,20m de altura
Vazão mínima:
Pressão mínima:
Quais os hidrantes mais desfavoráveis:
Pressão máxima:
Requinte de 16mm
Q=51,4 𝑃
Esguicho com orifício de saída de 10 mm = 18,3 Esguicho com orifício de saída de 13 mm = 32,5 Esguicho com orifício de saída de 16 mm = 51,4 Esguicho com orifício de saída de 19 mm = 73,8 Esguicho com orifício de saída de 25 mm = 132,3
Todos necessitam da bomba? Verificando o pav. mais favorável.
Desnível entre a bomba e o hidrante.
Velocidades Sucção:
Ponto de maior vazão:
Referências MACINTYRE, Archibald Joseph. Instalações Hidráulicas
Prediais e Industriais, 4ª edição. LTC, 01/2010.
Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.