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OBSERVAÇÃO EM ENFERMAGEM Professora: Janine Fernandes

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Observar não é um “simples ver”, mas um “ver prestando atenção,controlando, vigiando”.

“é o ato ou prática de notar e registrar os fenômenos (fatos e eventos) (....) habilidade essencial usada para auxiliar na identificação de problemas físicos e emocionais,melhorada com treino e experiência (....) base do levantamento de dados”.

OBSERVAR

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No dia-a-dia, ouvimos que, pelo fato do enfermeiro ser o

profissional que maior tempo permanece ao lado dos

pacientes, apresenta melhores condições para “observá-

los” e documentar estas observações.

Não há entretanto, uma maneira única de fazê-lo. O

termo “observação” tem conotação ambígua, sendo

utilizado às vezes, de maneira errônea pela subjetividade

que a palavra impõe.

OBSERVAR

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A enfermagem, a partir de Florence Nightingale, em

1959, começou a ter um cunho científico. A observação

foi então valorizada, pois tornava a prática profissional

mais que um simples cumprimento de tarefas. Este procedimento consiste no primeiro passo para

execução de todos os cuidados de enfermagem.

OBSERVAR

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A observação foi assim também considerada por

HORTA, como instrumento básico da enfermagem,

juntamente com outros que são - comunicação,

avaliação, destreza manual, aplicação de

princípios científicos, planejamento, criatividade,

trabalho em equipe, método científico e

encaminhamento aos recursos da comunidade.”.

OBSERVAR

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observação é a ação ou efeito de observar, isto é,

olhar com atenção para examinar com minúcia,

mas pode ser influenciada pelas experiências,

expectativas, motivações e emoções, podendo

alterar o resultado das observações.

OBSERVAR

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Olhar com atenção implica o uso da percepção visual.

Observamos o mundo através de todos os órgãos dos

sentidos: OLFATO, AUDIÇÃO,VISÃO,GUSTAÇÃO E

TATO.

Observar é perceber com todos os órgãos dos sentidos

o mundo que nos rodeia.

OBSERVAR

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O uso dos sentidos deve ser feito de forma

consciente, intencional, guiada por um

conhecimento científico do profissional, num

trabalho equilibrado de todos os sentidos e da

razão.

 

OBSERVAR

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A observação para o enfermeiro constitui em uma capacidade

e habilidade, para que ele possa compreender a real situação

e possa ter subsídios para agir no campo das ações de

enfermagem.

Dependendo do fenômeno a ser observado, pode-se

empregar uma técnica de observação específica

TIPOS DE OBSERVAÇÃO

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A observação é classificada como:

Meios utilizados: Sistemática e Assistemática;

Participação do observador: Participante e Não –

Participante;

Número de observadores: Individual e Equipe

Lugar onde se realiza: Vida real e Laboratório

TIPOS DE OBSERVAÇÃO

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Observação Assistemática

É aquela realizada espontaneamente, através de uma

experiência casual, sem técnicas determinadas para

realizá-la.

Essa técnica de observação pode ser mais apropriada

quando queremos compreender de maneira mais

profunda a conduta e as situações sociais humanas,

pois esse tipo de observação é mais flexível.

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Observação Sistemática

É realizada com propósitos preestabelecidos, utilizando-

se roteiros para coletar dados específicos. A grande

vantagem é que os dados já são colhidos de forma

organizada, porém deve-se dar atenção a significados e

interpretações diferentes dadas a palavras.

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Observação Não Participante

É aquela em que o observador é um expectador. Ele toma contato com a realidade, porém não se entrega a ela.

Observação Participante

Acontece quando o observador integra-se ao grupo ou

contexto que está observando, de modo a vivenciar o

que estes vivenciam. Nessa observação podem-se obter

respostas sem ter que fazer perguntas, pois o

observador convive com o observado.

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Observação Individual Ocorre quando a observação é feita por uma única pessoa.

Neste caso, os dados são colhidos de acordo com a

subjetividade e personalidade do observador que se projeta

sobre o observado.

Observação em Equipe

É realizada por diversas pessoas, onde cada uma observa

um aspecto da situação. Nesse sentido, pode-se adotar

técnicas específicas para cada observador, observando-se

aspectos diferentes ou a mesma situação para posterior

consenso.

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Observação na Vida Real

Caracteriza-se pela observação feita e registrada no

momento em que ela ocorre, evitando o esquecimento

de alguns dados. Necessita-se de rapidez e destreza

para realizá-lo, além de delimitar o tempo e a

possibilidade de estar presente no momento da

situação.

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Observação em Laboratório É aquela realizada dentro de condições estabelecidas,

onde os fatores que podem interferir na ocorrência de

um fato ou fenômeno são controlados.

Ex: respirador artificial pois podemos estabelecer limites

de padrões respiratórios que farão soar alarmes.

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Para que uma observação tenha a mínima margem de

erro possível, o observador deve se tornar um bom

"instrumento" para coleta de dados.

O observado deve ser capaz de manter a atenção

concentrada em estado de alerta para perceber ( com

todos os órgãos do sentido) a situação observada.

HABILIDADE DE OBSERVAR

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A observação é necessária à supervisão, fornecendo

informações sobre o paciente, ambiente, equipe e

atendimento prestado.

Desta forma permite determinar a eficácia da

assistência de enfermagem proporcionada, na medida

em que permite atentar para o desempenho da equipe e

para o próprio paciente, durante e após o atendimento

de enfermagem. Pode ser usada para guiar, ajudar e

estimular a equipe.

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A habilidade para observar também depende do

conhecimento do observador. QUEM NADA APRENDEU

NADA PODE OBSERVAR.

Outro fator importante que vem a assegurar a qualidade

e precisão da observação é a presença da

imparcialidade do observador. Este deve, antes de

iniciar qualquer estudo, desprover-se de idéias

preconcebidas que possam vir a interferir nos resultados

de seu trabalho.

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Durante a rotina no trabalho de enfermagem, indivíduos

podem deparar-se com sensações - ditas como

estranhas ou inexplicáveis – que muitas vezes são

precedidas por fenômenos que a confirmem. Para

muitos, este "sexto sentido" é designado como um

"aviso sobrenatural", mas existem explicações

científicas físicas para esses acontecimentos.

SEXTO SENTIDO

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Teorias como a da Gestalt e a Ciência do ser humano

unitário, de Marta E. Rogers defendem a ocorrência

desses fatos como sendo: aquilo que se destoa da

harmonia do todo (da cena observada) gera no

observador uma sensação de incômodo.

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A observação é uma forma de trazer uma grande variedade e profundidade de

informações. O ser humano - o observador se constitui num meio sensível e

inteligente, porém passível de falhas.

Dessa forma, pode-se enfrentar problemas éticos, reações

indesejadas ou falta de consentimento do ser observado.

VANTAGENS E DESVANTAGENS DA OBSERVAÇÃO EM ENFERMAGEM

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Sendo a observação um ato humano, certos fatores

relativos ao observador, tais como, estado emocional,

valores pessoais, envolvimento, prejulgamentos, podem

interferir, positiva ou negativamente, no resultado da

observação.

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A observação será um dos instrumentos básicos para a

realização da assistência especializada de enfermagem;

Será a partir dela que o profissional colherá os dados

que possibilitarão chegar a um diagnóstico e, assim,

escolher o método mais adequado para realizar a ação

assistencial;

A OBSERVÇÃO NA ASSITÊNCIA DE ENFERMAGEM

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Assim,o fazer da enfermagem depende de um

observar constante;

A observação também se constitui num meio de

avaliação valioso, já que detecta a relação entre

os cuidados prestados e as modificações dos

padrões das necessidades ou respostas do

paciente.

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O enfermeiro deverá se manter como um sistema

aberto a receber informações através da

observação para que possa identificar a natureza

ou causa do problema do paciente.

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A observação na enfermagem, como a habilidade de

entender de forma consciente as informações buscadas

através dos sentidos (visão, tato, olfato, audição, gustação),

desenvolvidas com treino e experiência, a partir da

capacidade (potencial para ação) humana inata de observar e

da existência de conhecimentos e competência nas ciências

sociais, biológicas, naturais e do comportamento humano.

Deve ser formulada, planejada e registrada de forma

sistemática, com linguagem clara, objetiva, desprovida de

opiniões,interpretações e preconceitos pessoais.