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Programa de comemoração do Centenário do nascimento de Nelson Mandela 14 a 18 de julho de 2018 organização apoio

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Programa de comemoração do Centenário do nascimento de Nelson Mandela

14 a 18 de julho de 2018

organização apoio

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Programa de celebraçãodo Centenário do nascimento de Nelson Mandela

A 18 de julho de 2018 comemora-se o centenário do nascimento de Nelson Mandela.

A Assembleia-Geral da ONU decidiu assinalar o 100.º aniversário do nascimento de Nelson Mandela com uma cimeira de alto nível focada na paz mundial antes da reunião anual de líderes em setembro de 2018. A resolução diz que a “Cimeira da Paz Nelson Mandela” vai incluir discursos de altos responsáveis da ONU, da Comissão da União Africana e de Estados-membros.

A resolução evoca a dedicação do líder anti-apartheid na promoção da resolução do conflito, nas relações inter-raciais, direitos humanos, reconciliação e igualdade de género.

A Fundação Nelson Mandela sugere como lema para o centenário: “Be the legacy”.

Em 2009, a Assembleia-Geral da ONU estabeleceu 18 de julho como “Dia Internacional de Nelson Mandela”, data de nascimento do histórico líder sul-africano, instando o Mundo a assinalar a efeméride fazendo a diferença nas comunidades em que se inserem. 

Nelson Mandela foi dos principais líderes mundiais cujo legado continua a inspirar-nos. A sua luta contra a injustiça do apartheid e de qualquer forma de discriminação, a que se somou a sua capacidade de fazer a paz e promover a reconciliação, são exemplos para os nossos dias.

Celebrar Mandela é sobretudo tornarmos viva a sua herança. É isso que faz a Academia de Líderes Ubuntu, desde 2010, inspirando jovens para liderarem como Mandela.

O mundo precisa, em tempos complexos, de se inspirar em exemplos de liderança de construção de pontes para a paz.

A Academia de Líderes Ubuntu, projeto do Instituto Padre António Vieira, que tem em Nelson Mandela um dos seus grandes inspiradores, não podia deixar de comemorar esta data e, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e da Associação Mutualista Montepio, organizou um programa de atividades e iniciativas que irão celebrar Nelson Mandela.

Enquadramento

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A Academia de Líderes Ubuntu é um projeto de capacitação de jovens com elevado potencial de liderança, provenientes de contextos de exclusão social ou com aptidão para aí trabalharem, com o objetivo de desenvolverem as suas capacidades pessoais, de modo a melhor poderem vir a intervir nesses contextos, desenvolvendo ou integrando projetos de inovação e empreendedorismo social ao serviço da comunidade. Esta 5ª edição beneficia da experiência e aprendizagem alcançadas com as edições anteriores.

Para este seminário especial da Academia de Líderes Ubuntu estão convidados os Ubuntus de todas as anteriores edições, assim como os principais parceiros da Academia.

14 e 15 de julhoAcademia de Líderes Ubuntu

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Encontro da 5ª edição da Academia de Líderes Ubuntu, com a participação de cerca de 100 jovens portugueses que participam nesta formação ao longo do ano de 2018. Convite a anteriores participantes da Academia.

Tema: “Liderar como Mandela”

A partir do filme “Invictus” e do livro que lhe dá suporte, refletir sobre o modelo de liderança de Mandela e a sua inspiração baseada no Ubuntu.

Participação de convidados especiais que intervirão sobre a vida e a obra de Nelson Mandela enquanto líder servidor.

África do Sul John Volmink Willie Esterhuyse Reino Unido John Carlin

ProgramaSEMINÁRIO ESPECIAL · Turcifal · Torres Vedras

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Seminário à porta fechada para convidados nacionais e internacionais sobre experiências de pós-conflito baseadas em justiça transicional, partilhando aprendizagens e desafios a enfrentar, bem como limitações e potencialidades do modelo, fatores críticos de sucesso e riscos de fracasso.

Pretende-se juntar neste seminário participantes de países que estão a iniciar processos de reconciliação (Colômbia, Guiné-Bissau, Tunísia), com representantes de países que já viveram a experiência de justiça transicional (África do Sul, Timor-Leste, Costa do Marfim, Irlanda e Reino Unido) e promover uma partilha de experiências e uma discussão aberta, com reserva total dos conteúdos abordados.

Línguas de trabalho: Português e Inglês.Acesso só por convite.

16 de julhoProcessos de Paz e Reconciliação: a inspiração de Nelson Mandela

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09h30 Abertura oficial Catarina Vaz Pinto – Câmara Municipal de Lisboa (Portugal) Rui Marques – IPAV / Academia de Líderes Ubuntu (Portugal)

10h00 Desafios dos processos de construção de paz e justiça transicional

John Volmink – Ubuntu Global Network (África do Sul)

10h30 Aprendizagens em processos de paz e diálogo para a resolução de conflitos

Willie Esterhuyse (África do Sul) D. Carlos Filipe Ximenes Belo (Timor-Leste) Geoffrey Corry (Irlanda) Yabah Bognini (Costa do Marfim) Moderador Jeremy Sarkin (África do Sul)

11h30 Intervalo

12h00 Desafios do início de um processo de paz e reconciliação em situações pós-conflito

Sihem Bensedrine (Tunísia) P. Domingos Fonseca e Osíris Ferreira (Guiné-Bissau) Julian Marin e Melissa Gómez Mesa (Colômbia) Ricardo Alexandre (Balcãs) Moderadora Mónica Dias (Portugal)

13h15 Almoço ligeiro

14h30 Fatores críticos de sucesso e risco de fracasso em processos de paz e reconciliação – Debate aberto entre os participantes

16h00 Encerramento

16h30 Passeio (Estoril/Cascais)

20h00 Jantar com convidados e parceiros

09h30 · Sala do Arquivo · Câmara Municipal de Lisboa · Paços do Concelho

PROGRAMA

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Com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, da Associação Mutualista Montepio e da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e seguindo um modelo TEDTalk, esta conferência contará com intervenções de convidados nacionais e internacionais sobre o impacto que o exemplo de Nelson Mandela teve nas suas vidas, quer através de um contacto pessoal, quer através da inspiração intergeracional junto dos mais jovens.

Entrada livre. Tradução simultânea inglês / português.

17 de julhoMandela e Eu

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09h00 Visita dos convidados internacionais por Lisboa, organizada pela Câmara Municipal de Lisboa

14h30 Receção dos convidados e participantes

15h00 Abertura Rui Marques – Presidente do IPAV / Academia de Líderes Ubuntu Mmamokwena Gaoretelelwe – Embaixadora África do Sul em Portugal Fernando Medina – Presidente da Câmara Municipal de Lisboa Fernanda Rollo – Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior 15h30 Intervenções D. Carlos Filipe Ximenes Belo – Prémio Nobel da Paz 1996 (Timor-Leste) John Carlin – Jornalista, autor do livro “Invictus – Playing with the enemy” (UK) Willie Esterhuyse – Stenllenbosh University (África do Sul) António Mateus – Jornalista da RTP (Portugal) Julian Marin – Centro Fé y Culturas (Colômbia) Eugénia Quaresma – Academia de Líderes Ubuntu (Portugal) Nuno Delgado – Presidente da Escola de Judo Nuno Delgado (Portugal) Martin Kalangu-Banda – Autor do livro “Leading like Mandela” (Zâmbia) John Volmink – Presidente da Ubuntu Global Network (África do Sul)

18h30 Lançamento do livro “As Cartas da Prisão de Nelson Mandela”, uma edição da Porto Editora

Representante da Porto Editora Francisco Seixas da Costa – Embaixador António Mateus – Jornalista da RTP e autor

14h30 · CONFERÊNCIA · Teatro Thalia · Estrada das Laranjeiras, 205

09h00 · Visita turística · Lisboa

21h15 · Largo do Município

Programa

21h15 Gospel Collective, apresenta uma formação com 20 vozes, 3 músicos e a participação especial de Khalaf

22h00 Exibição do filme “Invictus”

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Ação de sensibilização nas Pontes de Lisboa, com distribuição de postais que inspirem para a construção de pontes, em torno da memória de Nelson Mandela. Ação dinamizada pelos membros da Academia de Líderes Ubuntu.

Evento público para celebrar a inspiração e a herança da memória de Mandela para a construção de processos de paz e reconciliação no mundo. Partilha de aprendizagens e de desafios para processos emergentes.

Entrada livre. Tradução simultânea inglês / português.

18 de julhoMandela Inspiração para os construtores de Pontes

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07h00 Pontes Mandela Local: Portagens da Ponte 25 abril e Ponte Vasco da Gama; Estações

ferroviárias Apoio: Câmara Municipal de Lisboa e Infraestruturas de Portugal

14h00 Abertura Tomás Correia (Portugal) Rui Marques (Portugal) Representante da Câmara Municipal de Lisboa Martin Kalungu-Banda (Zâmbia)

14h45 Mandela: o homem com uma notável imaginação moral inclusiva

Willie Esterhuyse (África do Sul)

15h15 Painel I Construir pontes para a reconciliação e paz – caminhos percorridos e lições aprendidas

John Volmink (África do Sul) D. Carlos Filipe Ximenes Belo (Timor-Leste) Geoffrey Corry (Irlanda) Yabah Bognini (Costa do Marfim) Moderador António Mateus (Portugal)

16h30 Intervalo

17h00 Painel II Construir pontes para a reconciliação e paz – os desafios de quem começa

Sihem Bensedrine (Tunísia) P. Domingos Fonseca e Osíris Ferreira (Guiné-Bissau) Julian Marin e Melissa Gómez Mesa (Colômbia) Moderador Ricardo Alexandre (Portugal)

18h30 Encerramento John Carlin (Reino Unido)

07h00 · Pontes e estações ferroviárias

14h00 · CONFERÊNCIA · Auditório Montepio · Rua do Ouro 219

PROGRAMA

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António Mateus (Portugal)

António Mateus é licenciado pela Universi-dade Técnica de Lisboa e é jornalista pro-fi ssional desde 1983, contando com cinco livros publicados. Chefi ou delegações da agência Lusa em Maputo e Joanesburgo e acompanhou no terreno, durante dezas-seis anos, os esforços de paz para Angola

e Moçambique, a transformação política de toda a África Aus-tral, o fi m do apartheid, a eleição de Nelson Mandela como presidente da África do Sul e a refundação da Organização da Unidade Africana em União Africana. Após a libertação de Nelson Mandela em 1990 foi destacado para a África do Sul, onde permaneceu doze anos. Entrevistou inúmeras personalidades mundiais, como Nelson Mandela, Desmond Tutu, Chester Croker, Joaquim Chissano ou Frederik de Klerk. Foi o diretor-fundador da revista Focus e editor de Política Internacional da RTP. Foi o primeiro con-selheiro de informação da CPLP. É autor dos livros “Homens Vestidos de Peles Diferentes”, “Selva Urbana”, “Mandela - A Construção de um Homem”, “Mandela - O Rebelde Exemplar” e “Olhar o Mundo” e coautor de três outros livros coletivos. Apresenta e coordena atualmente o programa de Relações Internacionais da RTP “Olhar o Mundo.”

Carlos Filipe Ximenes Belo (Timor-Leste)

D. Carlos Filipe Ximenes Belo, nascido a 3 de fevereiro de 1948, é um bispo timoren-se católico romano. Reconhecido pelo seu trabalho na procura de “uma solução justa e pacífi ca do confl ito em Timor-Leste” foi distinguido em 1996, juntamente com José Ramos-Horta, com o Prémio Nobel

da Paz. Na sequência deste reconhecimento, D. Ximenes Belo teve oportunidade de se reunir com Nelson Mandela da África do Sul e também com Bill Clinton, dos Estados Unidos da Amé-rica. Também em 1995 ganhou o Prémio John Humphrey Freedom Award do grupo canadiano para os Direitos Humanos Rights & Democracy. Foi ainda distinguido com inúmeros outros prémios e doutora-mentos honoris causa.

P. Domingos Fonseca (Guiné-Bissau)

O P. Domingos Fonseca nasceu em Bola-ma, Guiné-Bissau, a 27 de novembro de 1955. Estudou Filosofi a e Teologia no Senegal, tornando-se anos mais tarde Doutor em Teologia Dogmática, em Roma. Completou recentemente outra licenciatura em Sociologia. É atualmente

presidente da Comissão Organizadora da Conferência Nacio-nal para a consolidação da Paz e do Desenvolvimento (COCN) nomeada pela Assembleia Nacional Popular com o mandato de preparar o processo de reconciliação nacional. É ainda coautor do relatório “Em nome da Paz” no âmbito do mandato da COCN, documento onde estão contidos todos os problemas da Guiné-Bissau e pistas para a sua solução. O

relatório analisa questões como a identidade nacional, funcio-namento do Estado e soberania, a evolução política do país, o setor da justiça, as forças de defesa e segurança, a igualdade de género e pretende contribuir para uma reconciliação na-cional.

Eugénia Quaresma (Portugal)

Eugénia Costa Quaresma é fi lha de pais São Tomenses e tem nacionalidade portu-guesa. Nasceu em Lisboa em 1975, cinco dias após a independência de São Tomé e Príncipe. É casada e mãe de duas meninas. Licenciou-se em Psicopedagogia Curativa, com especialização em teorias e técnicas

psicopedagógicas e grupos operativos. Iniciou funções na Obra Católica Portuguesa de Migrações em 2001 como coor-denadora do Serviço Psicossocial tornando-se em 2007 direto-ra adjunta. Foi nomeada em 2014 diretora do Secretariado Nacional da Mobilidade Humana e da Obra Católica Portugue-sa de Migrações.Participou na 1ª Edição da Academia de Líderes Ubuntu em 2010/11, tornando-se formadora da Academia e do projeto Vidas Ubuntu, ambas as iniciativas promovidas pelo Instituto Padre António Vieira. Em 2018 integrou a equipa que levou a Academia a São Tomé e Príncipe e foi formadora no Módulo Vidas Ubuntu da Pós--graduação “Ubuntu para Educadores”. O seu percurso de vida fá-la afi rmar que: uma vez Ubuntu para sempre Ubuntu e é através dos outros e com os outros que vai aprendendo a afi rmar a sua identidade ponte!  

Geoff rey Corry (Irlanda)

Geoff rey Corry é mediador, instrutor e especialista em resolução de confl itos há mais de trinta anos, tendo sido Presidente do Centro de Reconciliação Glencree. Durante os anos difíceis do confl ito da Irlanda do Norte, a sua busca por aborda-gens interativas levou-o a facilitar e a me-

diar os diálogos. Após o cessar-fogo em 1994, Corry facilitou mais de cinquenta Workshops de Diálogo Político entre políti-cos da Irlanda do Norte, da Grã-Bretanha e da República da Irlanda.O principal jornal dos profi ssionais de mediação, Confl ict Re-solution Quarterly, vol. 30/1 (2012) pp. 53-80, publicou o seu artigo “Workshops de Diálogo Político: Aprofundar o Processo de Paz na Irlanda do Norte”. Corry treinou pacifi cadores na Colômbia, facilitou workshops entre israelenses e palestinianos e visitou o Haiti duas vezes para treinar líderes de gangues locais e a polícia na resolução de confl itos. Visitou ainda a África Ocidental para examinar a situação da construção da paz pós-confl ito na Serra Leoa e na Libéria. Geoff rey coordena e ensina o módulo de pacifi cação no Mes-trado de Intervenção em Confl itos no Instituto Kennedy, Uni-versidade Maynooth.

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Jeremy Sarkin (África do Sul)

O Professor Doutor Jeremy Sarkin é um professor de Direito e advogado sul-afri-cano fortemente envolvido em questões de paz e justiça em todo o mundo. Atual-mente é professor honorário visitante de Direito na Faculdade de Direito da Univer-sidade Nova de Lisboa, onde ensina sobre

Direitos Humanos e justiça de transição.Na África do Sul, Sarkin foi professor de Direito em várias universidades; esteve muito envolvido no processo de elabo-ração da Constituição; foi membro da Comissão da Verdade e Reconciliação; serviu como Presidente Nacional do Comité de Direitos Humanos (1994-1998; e foi ainda nomeado juiz interino em 2002 e 2003. O Professor trabalhou em questões de justiça de transição em muitos países, incluindo Uganda, Zimbábue, Maldivas, Nepal, Burundi, Marrocos, Bósnia e Herzegovina, Timor-Leste, República Democrática do Congo, Líbia, Tunísia, Indonésia, Filipinas, Bangladesh, Síria e Líbano. Faz ainda parte dos conselhos de várias ONGs, incluindo o Instituto de Justiça e Reconciliação (IJR).Jeremy Sarkin publicou muitos livros e artigos, incluindo os livros “Reparações por Genocídios Coloniais”; “Direitos Huma-nos nas Prisões Africanas”; “Reconciliação em Sociedades Divi-didas: Encontrando um Terreno Comum”; e “Carrots and Sticks: o TRC e o processo de amnistia sul-africano”.

John Carlin (Reino Unido)

John Carlin (nascido a 12 de maio de 1956) é um jornalista e autor que trabalha com o desporto e a política. Durante gran-de parte da sua carreira lidou com a políti-ca de África do Sul. Em 1998 numa entre-vista, Mandela disse a Carlin acerca do seu jornalismo: “Aquilo que escreveu e a for-

ma como desempenhou a sua função neste país foram absolu-tamente magnífi cos… foi absolutamente inspirador. Tem sido muito corajoso, dizendo coisas que muitos jornalistas nunca diriam”. Mandela escreveu ainda o prefácio do livro de Carlin “Heroica Terra Cruel” (2004), sobre África do Sul.Em agosto de 2008, Carlin publicou o livro “Jogar com o Ini-migo: Nelson Mandela e o Jogo que fez uma Nação”, sobre a forma como Mandela usou o Campeonato Mundial de Rugby 1995 para reconciliar uma nação conduzida por racismo du-rante séculos. Foi este livro que deu origem ao fi lme de Clint Eastwood “Invictus” (2009) que contou com Morgan Freeman a representar Nelson Mandela. Carlin já escreveu, entre outros, para The Times, Financial Times, New York Times, Wall Street Journal, The Observer, The Guardian, The New Statesman, Wired and New Republic.

John Volmink (África do Sul)

John Volmink nasceu e foi criado na Cida-de do Cabo, na África do Sul. Começou a sua carreira académica na Universidade do Cabo Ocidental e completou um Doutora-mento em Educação Matemática na Uni-versidade de Cornell nos EUA em 1988.

John foi ocupando depois vários outros cargos de ensino nou-tras instituições.Após vinte e cinco anos nos Estados Unidos da América retor-nou à África do Sul, em 1991. John tem estado centralmente envolvido na reforma curricular na África do Sul pós-apartheid, tendo sido solicitado por todos os quatro Ministros da Educa-ção para desempenhar um papel de liderança na transforma-ção da educação na nova África do Sul. Serviu como Presiden-te do Conselho Umalusi por quatro anos. Mais recentemente, atuou como CEO da Unidade Nacional de Avaliação e Desen-volvimento da Educação (NEEDU). Esteve ainda envolvido num Programa de Desenvolvimento de Liderança para membros do parlamento e ocupa o cargo de Professor Extraordinário na Universidade de North West.John continua a liderar nos conselhos de várias outras organiza-ções não-governamentais de desenvolvimento da África do Sul envolvidas em educação, saúde e no elevar das comunidades.

Julian Marin (Colômbia)

Julian é um trabalhador social e um apai-xonado pela Comuna 13 de Medellín. Desde muito jovem tem feito parte de processos comunitários e desde então que tem trabalhado temas de Memória, Direitos Humanos e Culturas de Paz. Os problemas sociais que viveu na Comuna

13 motivaram-no a transformar a sua comuna e a semear nela o “amor revolucionário”. Julian tem formação em Serviço Social. É coordenador da área de Memória e Convivência da Associação da Juventude Cristã, do Projeto Memórias em Diálogo e é membro do Comité de Promoção das Ações de Memória da Comuna 13. É antimilita-rista e contra a violência, tem a esperança viva de habitar num mundo onde a solidariedade, a dignidade e a justiça prevale-çam. É principalmente um devoto da força transformadora da juventude.Hoje trabalha no Centro Fé y Cultura e é assessor do P. Francis-co de Roux, Presidente da Comissão da Verdade, Convivência e Não-repetição.

Martin Kalungu-Banda (Zâmbia)

Martin possui qualifi cações profi ssionais em Desenvolvimento Organizacional e Coaching e qualifi cações académicas em Relações Públicas, Filosofi a, Estudos de Desenvolvimento e Antropologia. Martin Kalungu-Banda trabalha como consultor da Iniciativa de Governação

de África; é consultor em organização e desenvolvimento de liderança; designer e facilitador de processos de inovação e mudança de organizações; um formador, coach e autor. Atua como membro do núcleo da faculdade do Presencing Institute, do Programa de Desenvolvimento da Próxima Geração do HSBC e do Programa de Líderes da Conferência de Estudo da Commonwealth do Duque de Edinburgh. Mar-tin foi professor convidado no Instituto de Liderança em Sustentabilidade da Universidade de Cambridge, na Escola de Negócios de Copenhaga e no Instituto de Tecnologia Blekinge.

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Entre março de 2005 e maio de 2008 foi Consultor Especial do Presidente da Zâmbia. É o autor do best-seller “Liderar como Mandela: Lições de Liderança de Nelson Mandela” (2006) e de outros livros como “O que importa é como terminamos: Lições de Liderança de um Presidente Africano” (2009) e “Sobre as asas dos outros: como alcançar as maiores oportunidades da vida” (2015).

Melissa Gómez Mesa (Colômbia)

Melissa Gómez Mesa é coordenadora de programas de formação e execução de projetos no Centro de Fé y Cultura, onde acompanha processos de ensino de Espiri-tualidade, Ética, Equidade, Paz e Reconci-liação na região de Antioquia na Colômbia e noutras partes do país afetadas pelo

confl ito interno. Formou-se em espiritualidade inaciana por quase quinze anos e por isso acompanha e orienta exercícios espirituais segundo este método. Estudou também Pedagogia, Teologia e Psicologia. É cofunda-dora da iniciativa PROAS (Programa de Ação Solidária), direcio-nada para crianças com grandes índices de vulnerabilidade na cidade de Armênia, departamento de Quindio, Colômbia.

Mmamokwena Gaoretelelwe (África do Sul)

Mmamokwena Gaoretelelwe é a Embaixa-dora da África do Sul em Portugal. Antes de ser Embaixadora, foi Directora Geral no Governo Provincial de North West. Ocupou ainda outros cargos neste Governo Provincial, nomeadamente o de Secretária para a Educação, Desporto,

Arte e Cultura. Foi ainda Deputada e Vice-Directora Geral no mesmo Governo. A Embaixadora Gaoretelelwe estudou Pedagogia, tendo-se licenciado em Planeamento e Gestão da Educação e obteve um Mestrado em Linguística Aplicada. Foi professora universitária e consultora na área da formação. Fundou e iniciou um Centro para a Aprendizagem Precoce no bairro de Pudimoe, África do Sul, e liderou um projeto para o desenvolvimento de mulheres do meio rural. Integrou a delegação sul-africana na IV Conferência Mundial sobre a Mulher, organizada pelas Nações Unidas na China e ocupou o cargo de Presidente Regional da Liga das Mulheres do ANC.

Mónica DiasPortugal

Mónica Dias é Coordenadora do Programa de Doutoramento no Instituto de Estudos Políticos (IEP) da Universidade Católica Portuguesa, onde leciona desde 1992. É doutorada em Ciência Política e Rela-ções Internacionais neste Instituto, onde apresentou uma Tese sobre o conceito

de Paz de Woodrow Wilson e desenvolve investigação na área dos Estudos de Confl itos e de Paz, bem como na área de Es-tudos da Democracia e dos Direitos Humanos. Concluiu o seu

Mestrado na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com uma Tese sobre o signifi cado do paradigma utópico na Cultura Ocidental.Para além do seu percurso académico, que inclui lecionação na Universidade de Colónia, República Federal Alemã, e formação no Curso de Verão da United States Information Agency (hoje Fulbright), traduziu vários livros e foi assessora da Comissão de Educação, Ciência e Cultura na Assembleia da República (1996-2000). Foi ainda formadora em seminários internacionais orga-nizados pela Comissão Europeia e pelo Parlamento Europeu nas áreas da educação multicultural, liderança e gestão de confl itos. Promove anualmente a Cimeira das Democracias do IEP que promove entre alunos da Escolas Secundárias de todo o país a refl exão e o debate sobre a Democracia.

Nuno Delgado (Portugal)

Distinguido com Grau de Comendador da Ordem de Infante D. Henrique pelo Presi-dente da República em 2015, Nuno Delga-do é licenciado em Ciências do Desporto pela Faculdade de Motricidade Humana e detém uma pós-graduação pela Universi-dade de Bath, em Inglaterra. Conquistou a

1ª Medalha Olímpica de Judo em Portugal, trabalhou na Co-missão de Educação da União Europeia de Judo e foi respon-sável por todos os escalões Nacionais terminando como Chefe da Equipa Técnica que conquistou a 2ª Medalha Olímpica do Judo Nacional em Rio Janeiro 2016. Mentor e Presidente da Escola de Judo, Nuno Delgado, pio-neiro no apoio de cariz desportivo pela Fundação Gulbenkian, organizou a “Maior aula de Judo do Mundo” com ligação à Fundação Nelson Mandela. É um dos maiores divulgadores do legado de Mandela em Portugal.

Osíris da Silva Ferreira (Guiné-Bissau)

Osíris da Silva Ferreira, guineense, é Juiz do Supremo Tribunal da Guiné-Bissau. É também secretário da Comissão Organi-zadora da Conferência Nacional (COCN) nomeada pela Assembleia Nacional Popu-lar com o mandato de preparar o proces-so de reconciliação nacional. É coautor, tal

como P. Domingos Fonseca, do relatório “Em nome da Paz” no âmbito do mandato da COCN, documento elaborado depois de um longo processo de consultas nacionais que envolveram mais de três mil pessoas na diáspora guineense e no país, de todos os quadrantes sociais.

Ricardo Alexandre (Portugal)

Ricardo Alexandre é jornalista e diretor adjunto da rádio TSF desde maio de 2018, onde apresenta o programa “O Estado do Sítio”. Jornalista profi ssional desde 1989, traba-lhou vinte e cinco anos no canal televisivo RDP/RTP, tendo sido Director Adjunto de

Informação Rádio e mais recentemente Editor de Política In-ternacional. Esteve também na rádio Antena 1 onde apresen-

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Biografias de ConvidadosPrograma de celebração do Centenário do nascimento de Nelson Mandela

tou o programa semanal de informação internacional “Visão Global” e coordenou e apresentou o “Programa da Manhã”. Fez ainda coberturas em guerras e situações de pós-conflito, bem como eleições, em várias partes do mundo.É investigador integrado do Centro de Estudos Internacionais do Instituto Universitário de Lisboa e investigador colaborador do Observare - Observatório de Relações Exteriores da Uni-versidade Autónoma de Lisboa.Ricardo Alexandre é doutorado em Ciência Política, com espe-cialização em Relações Internacionais; mestre em Sociedades e Políticas Europeias e licenciado em Sociologia.Foi Professor Convidado da Universidade Lusófona de Lisboa e Professor Assistente convidado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.É fellow do German Marshall Fund of the United States (GMF), com quem mantém ocasional colaboração.Publicou reportagens em diversos jornais e revistas, nacionais e internacionais, e foi reconhecido com o Prémio Reportagem Rádio do Clube Português de Imprensa e Prémio Repórter Rádio da Casa da Imprensa/Prémio Maria Leonor.É coautor do livro “Visão Global – Conversas para Entender o Mundo” com José Cutileiro. É autor dos livros “João Aguardela – Esta Vida de Marinheiro”; “Irão: o país nuclear” (com prefácio de Jorge Sampaio); “Palestina, Viver na Intifada” e “Por Uma Vida Normal - Guerra e Paz na Jugoslávia”.

Sihem Bensedrine (Tunísia)

Sihem nasceu em La Marsa na Tunísia e foi para França para estudar na Universidade de Toulouse, onde se formou em Filoso-fia.A partir de 1980 tornou-se repórter, editora-chefe e chefe-literária de diferen-tes revistas e jornais. Em 1998, fundou o

Conselho Nacional pela Liberdade na Tunísia (CNLT), do qual se tornou a principal porta-voz. A partir de 1999 ela e as suas empresas foram sujeitas a inú-meras ações policiais e judiciais, incluindo confisco e destrui-ção de propriedade e uma campanha de difamação pessoal na qual ela foi retratada como prostituta, por causa da sua liber-dade de imprensa e atividades em prol dos Direitos Humanos.Em 26 de junho de 2001, Sihem foi presa no aeroporto de Túnis-Cartago após uma entrevista na televisão em que de-nunciou os abusos dos Direitos Humanos, incluindo o uso sistemático de tortura e a ampla corrupção judicial. Foi acu-sada de espalhar “falsas notícias com o objetivo de perturbar a ordem pública”, “difamação” e “minar a instituição judicial”. Em 10 de julho de 2001, Bensedrine recebeu o “Prémio Espe-cial por Jornalismo sobre Direitos Humanos sob Ameaça” da Amnistia Internacional UK Media Awards. Em 12 de agosto, Sihem foi libertada por causa do amplo apoio, tanto na Tunísia quanto no exterior, particularmente em França. Desde então que tem sido homenageada com inúmeros pré-mios, como reconhecimento da sua coragem em defender e promover a liberdade da imprensa, do seu compromisso inabalável com a causa da democracia e pelos seus esforços em organizar redes entre ativistas de Direitos Humanos no mundo árabe. Desde 2014, Bensedrine chefia a Comissão de Verdade e Dig-nidade na Tunísia, uma comissão constitucional encarregada

de ouvir testemunhos de vítimas de tortura e corrupção san-cionadas pelo Estado entre 1955 e 2011.

Willie Esterhuyse (África do Sul)

O Professor Willem Petrus Esterhuyse (Willie Esterhuyse) nasceu em 1936, em Laingsburg, África do Sul, na fazenda do seu pai. De origens humildes, o Professor Esterhuyse tornou-se um importante escritor, filósofo e intelectual.Estudou filosofia e teologia na Universi-

dade de Stellenbosch, na África do Sul, e obteve um doutora-mento na Holanda, a partir do qual iniciou a sua carreira como professor universitário. O Professor Esterhuyse é uma figura de destaque na comuni-dade africânder (um grupo étnico da África do Sul) desde que, movido por um profundo amor ao seu país, começou a lutar pela abolição do apartheid. Numa tentativa de prevenir um banho de sangue e arriscando fortemente a sua reputação e credibilidade, foi perseverante em convencer outros líderes da sua comunidade a abrir negociações com o Congresso Nacional Africano (ANC). As conversas que foram tidas neste seguimento permitiram que tanto o ANC como o Governo do Partido Nacional aprofundassem a compreensão um do outro.Quando mais tarde estagnaram as negociações, a cabeça fria do professor Esterhuyse e o profundo sentido de fair-play e justiça prevaleceram para levar os negociadores de volta à mesa. O professor Esterhuyse fez então uma contribuição fundamental para o sucesso final das negociações, que final-mente levaram à constituição provisória que estabeleceu as bases para a plena democracia na África do Sul. Desde então tem sido honrado por diversos prémios e distin-ções pelo seu papel central na promoção das negociações que puseram um fim ao apartheid.

Yabah Bognini (Costa do Marfim)

Yabah Berthe Bognini tem mais de sete anos de experiência a trabalhar com estru-turas governamentais de reconciliação e coesão social. Atualmente é Assessora Jurídica e Assistente da Comissão da Ver-dade e Reconciliação da Costa do Marfim, onde trabalha na coordenação de onze

comissões locais e na implementação dos objetivos e ativida-des da comissão. Yabah atuou anteriormente como consultora de uma ONG local e trabalhou na harmonização da legislação criminal, civil e social da Costa do Marfim com instrumentos internacionais relacionados a Direitos Humanos. Yabah possui mestrado em Direito e Resolução de Conflitos pela Universidade de Abidjan e mestrado em Estudos Avança-dos pela Universidade de Genebra. Após a conclusão da Washington Fellowship, Yabah planeia tra-balhar num programa de monitorização da justiça de transição com foco na resiliência da comunidade e capacitação.

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