PROGRAMA DE CONTROLE DE QUALIDADE EM MEDICINA NUCLEAR

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  • 8/12/2019 PROGRAMA DE CONTROLE DE QUALIDADE EM MEDICINA NUCLEAR

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    FACULDADE NOVAUNESC

    TECNLOGO EM RADIOLOGIA

    ISANNARA FERNANDES

    PROGRAMA DE CONTROLE DE QUALIDADE EM MEDICINA NUCLEAR

    TERESINA

    2013

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    ISANNARA FERNANDES

    PROGRAMA DE CONTROLE DE QUALIDADE EM MEDICINA NUCLEAR

    Trabalho apresentado no Curso de

    Tecnologia em Radiologia da FaculdadeNovaUnesc, como requisito para obteno deaprovao na disciplina de PraticaInterdisciplinares em Medicina Nuclear.

    Orientador Esp.: Leonardo Almeida.

    .

    TERESINA

    2013

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    RESUMO

    O objetivo deste trabalho o levantamento bibliogrfico, para desenvolver reviso literria,buscando desenvolver um conhecimento especifico sobre o controle de qualidade no serviode Medicina Nuclear. O levantamento bibliogrfico foi feito atravs da leitura de livros,

    publicaes e artigos cientficos. A medicina nuclear uma especialidade mdica que utilizamateriais radioativos, com a finalidade de obter imagens que forneam informaesfisiolgicas, atravs da concentrao do material radioativo no rgo do paciente. Devido grande quantidade de procedimentos realizados na medicina com a utilizao de radiaesionizantes faz-se necessrio utilizao de um nmero significativo de equipamentosmedidores de atividade suficiente para atender todos os servios de medicina nuclear,sendo inevitvel a preocupao com o desenvolvimento de programas de controle dequalidade e proteo radiolgica. . A principal razo para se realizar os testes de controlede qualidade de equipamentos que utilizam radiao ionizante garantir ao paciente omelhor diagnstico possvel com a menor exposio radiao.

    Palavras-chave: controle de qualidade, medicina nuclear, monitorao.

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    ABSTRACT

    The objective of this work is the literature review to develop literature review, seeking todevelop a specific knowledge about quality control in nuclear medicine service. The literature

    survey was done by reading books, articles and scientific publications. Nuclear medicine is amedical specialty that uses radioactive materials, in order to obtain images that providephysiological information , through the concentration of radioactive material in the body of thepatient. Due to the large number of procedures performed in medicine with the use ofionizing radiation it is necessary to use a significant number of measuring equipmentsufficient to meet all nuclear medicine , is inescapable concern for the development ofactivity programs quality control and radiation protection . . The main reason to perform thetests for quality control of equipment using ionizing radiation to the patient is to ensure thebest possible diagnosis with less radiation exposure.

    Keywords:quality control, nuclear medicine, monitoring.

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    LISTA DE FIGURAS

    FIGURA 1:ESQUEMA DA TCNICA UTILIZADA EM MEDICINA NUCLEAR. ......................................... 10

    FIGURA 2:FONTES RADIOATIVAS USADAS EM MEDICINA NUCLEAR. ............................................. 11FIGURA 3:SINALIZAO DAS REAS DA INSTALAO................................................................. 14

    FIGURA 4:IMAGEM ILUSTRATIVA DE UM CONSULTRIO MDICO DE MEDICINA NUCLEAR. .............. 14

    FIGURA 5:ILUSTRAO DA SALA DE ESPERA DE INJETADOS. ..................................................... 15

    FIGURA 6BANHEIROS EXCLUSIVOS PARA PACIENTES INJETADOS. .............................................. 16

    FIGURA 7:COMPONENTES DA BANCADA DA SALA QUENTE. ........................................................ 17

    FIGURA 8:EQUIPAMENTOS EXISTENTES EM UMA SALA QUENTE. ................................................ 18

    FIGURA 9:AVISO PARA TCNICOS NA SALA QUENTE. ................................................................. 18

    FIGURA 10:MANIPULAO DE MATERIAL RADIOATIVO EM MEDICINA NUCLEAR. ............................ 18FIGURA 11:ADMINISTRAO DE RADIOFARMACO. ..................................................................... 19

    FIGURA 12:DEPSITO PARA REJEITOS RADIOATIVOS. ............................................................... 20

    FIGURA 13:DESENHO DE UMA SALA DE EXAME DE MEDICINA NUCLEAR. ..................................... 21

    FIGURA 14:QUARTO TERAPUTICO DO SERVIO DE MEDICINA NUCLEAR. ................................... 21

    FIGURA 15:BIOMBO. .............................................................................................................. 21

    FIGURA 16:MONITORAO DO QUARTO TERAPUTICO. ............................................................ 22

    FIGURA 17EQUIPAMENTOS DE RADIOPROTEO ...................................................................... 25

    FIGURA 18:CURIOMETRO. ...................................................................................................... 26FIGURA 19:RESULTADO DO TESTE DE REPRODUTIBILIDADE. ..................................................... 29

    FIGURA 20:RESULTADO DO TESTE DE LINEARIDADE. ................................................................ 30

    FIGURA 21:SPECT COM DOIS DETECTORES. ............................................................................ 31

    FIGURA 22:RESULTADOS DE TESTE DE UNIFORMIDADE DE CAMPO............................................ 32

    FIGURA 23:RESULTADO DO TESTE DE RESOLUO ESPACIAL E LINEARIDADE DA CMARA DE

    CINTILAO. .................................................................................................................. 33

    FIGURA 24:RESULTADOS DO TESTE DE CENTRO DE ROTAO. ................................................. 35

    FIGURA 25:MONITOR DE EXPOSIO E DE SUPERFCIE. ............................................................ 35

    FIGURA 26:EMBALAGENS DE MATERIAL RADIOATIVO. ............................................................... 37

    FIGURA 27:CINTILOGRAFIA SSEA. ......................................................................................... 38

    FIGURA 28:CINTILOGRAFIA RENAL DINMICA COM DIURTICO. .................................................. 38

    FIGURA 29:CINTILOGRAFIA RENAL ESTTICA........................................................................... 39

    FIGURA 30:CINTILOGRAFIA DE PERFUSO CEREBRAL. .............................................................. 39

    FIGURA 31:CINTILOGRAFIA PARA PESQUISA DE REFLUXO GASTRO-ESOFGICO. ......................... 40

    FIGURA 32:EXAME SPECT CARDACO (CINTILOGRAFIA DE PERFUSO DO MIOCRDIO),MOSTRANDO

    CORTES BIDIMENSIONAIS E A RESPECTIVA RECONSTRUO TRIDIMENSIONAL. .................... 40

    FIGURA 33:CINTILOGRAFIA PULMONAR (INALAO/PERFUSO). ................................................ 41

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    FIGURA 34:CINTILOGRAFIA DA TIREOIDE. ................................................................................ 41

    FIGURA 35:FLUXOGRAMA BSICO DE GERNCIA DE REJEITOS RADIOATIVOS. ............................. 44

    FIGURA 36CLASSIFICAO DOS RESIDUOS .............................................................................. 44

    FIGURA 37:CAIXA BLINDADA PARA REJEITOS. .......................................................................... 47FIGURA 38ETIQUETA DE IDENTIFICAO DE REJEITOS. ............................................................. 48

    FIGURA 39SUGESTO DE ETIQUETA DE IDENTIFICAO DE REJEITOS RADIOATIVOS.................... 49

    FIGURA 40CONTROLE DE VARIAES DO INVENTRIO DE RADIONUCLDEOS.............................. 52

    FIGURA 41:ADMINISTRAO DE IODO. ..................................................................................... 54

    LISTA DE TABELAS

    TABELA 1:CLASSIFICAO E DESCRIO DAS REAS DA INSTALAO. ....................................... 13

    TABELA 2:TESTES DE CONTROLE DE QUALIDADE DE UM CURIOMETRO. ...................................... 26

    TABELA 3:RESULTADO DOS TESTES DE PRECISO E EXATIDO. ................................................ 28

    TABELA 4:BA-133NO CANAL DE TC-99M. ................................................................................ 29

    TABELA 5:RESULTADO DO TESTE DE LINEARIDADE. .................................................................. 30

    TABELA 6LIMITES PARA DESCARTE DE REJEITOS RADIOATIVOS. ................................................ 50

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    SUMRIO

    1. INTRODUO ................................................................................................................. 9

    1. MEDICINA NUCLEAR ................................................................................................... 10

    1.1 FONTES RADIOATIVAS USADAS EM MEDICINA NUCLEAR ................................... 10

    1.2 ORGANIZAO PESSOAL DO SERVIO DE MEDICINA NUCLEAR ....................... 11

    2. INSTALAES DO SERVIO DE MEDICINA NUCLEAR ............................................ 13

    2.1 CONSULTRIO MDICO ........................................................................................... 14

    2.2 SALA DE ESPERA DE PACIENTES ........................................................................... 15

    2.3 SALA DE ESPERA INJETADOS ................................................................................. 15

    2.4 BANHEIRO EXCLUSIVO DE PACIENTES INJETADOS ............................................. 16

    2.5 LABORATRIO DE MANIPULAO E ARMAZENAMENTO DE FONTES EM USO . 17

    2.6 SALA DE ADMINISTRAO DE RADIOFRMACOS ................................................. 19

    2.7 LOCAL PARA ARMAZENAMENTO DE REJEITOS RADIOATIVOS ........................... 19

    2.8 SALA(S) DE EXAME(S) .............................................................................................. 20

    2.9 QUARTO PARA INTERNAO DE PACIENTE COM DOSE TERAPUTICA ............ 21

    2.10 PROCEDIMENTOS EM SITUAES DE EMERGNCIAS ........................................ 23

    2.10.1 Relatrio do evento ................................................................................................... 23

    3. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS DE RADIOPROTEO ............................................ 25

    3.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL ........................................................ 253.2 CONTROLE DE QUALIDADE ..................................................................................... 25

    3.2.1 Medidor de atividadeCuriometro ........................................................................... 26

    3.2.2 Teste de preciso e exatido .................................................................................... 26

    3.2.3 Teste de reprodutibilidade ......................................................................................... 28

    3.2.4 Teste de linearidade ................................................................................................. 29

    3.3 CMARA CINTILAO ............................................................................................... 31

    3.3.1 Teste de uniformidade de campo .............................................................................. 31

    3.3.2 Teste de resoluo espacial e linearidade ................................................................ 323.3.3 Teste de sensibilidade .............................................................................................. 33

    3.3.4 Teste de resoluo energtica .................................................................................. 34

    3.3.5 Teste de centro de rotao ....................................................................................... 35

    3.4 MONITORES DE TAXA DE EXPOSIO E SUPERFCIE ......................................... 35

    4. REGISTRO DE ELUENTES ........................................................................................... 36

    4.1 RECEBIMENTO DO MATERIAL RADIOATIVO: .......................................................... 37

    4.2 APLICAES CLNICAS ............................................................................................ 37

    4.2.1 Cintilografia ssea .................................................................................................... 384.2.2 Estudos geniturinrios .............................................................................................. 38

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    4.2.3 Cintilografia do encfalo............................................................................................ 39

    4.2.4 Estudos gastrointestinais .......................................................................................... 39

    4.2.5 Estudos do corao (cardacos) ................................................................................ 40

    4.2.6 Exames pulmonares ................................................................................................. 414.2.7 Exame de captao da tireide ................................................................................. 41

    5. REGISTRO DOS CONTROLES DE QUALIDADE ......................................................... 42

    6. REJEITOS DO SERVICO DE MEDICINA NUCLEAR .................................................... 44

    6.1 ETAPAS DO GERENCIAMENTO ................................................................................ 45

    6.1.1 Classificao por categoria ....................................................................................... 45

    6.1.2 Cuidados no manuseio ............................................................................................. 46

    6.1.3 Minimizao da gerao ........................................................................................... 46

    6.1.4 Segregao .............................................................................................................. 46

    6.1.5 Acondicionamento .................................................................................................... 47

    6.1.6 Caracterizao primria e identificao dos rejeitos ................................................. 48

    6.1.7 Armazenamento temporrio para decaimento .......................................................... 49

    6.1.8 Descarte ou eliminao de rejeitos radioativos por via convencional ........................ 50

    6.1.9 Registro e manuteno de inventrio ........................................................................ 51

    6.1.10 Transporte ................................................................................................................ 52

    6.1.11 Entrega aos institutos da CNEN ou a empresas autorizadas .................................... 52

    6.1.12 Disposio final ......................................................................................................... 53

    7. PROCEDIMENTOS DE ROTINA EM IODOTERAPIA ................................................... 54

    8. CONCLUSO ................................................................................................................ 56

    REFERNCIAS ................................................................................................................... 57

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    1. INTRODUO

    A medicina nuclear uma especialidade mdica que utiliza materiais

    radioativos, com a finalidade de obter imagens que forneam informaesfisiolgicas, atravs da concentrao do material radioativo no rgo do paciente.

    Utiliza tcnicas extraordinariamente sensveis, possibilitando a aplicao de um

    tratamento adequado ao paciente, antes que a patologia seja irreversvel. Devido a

    essa eficincia no diagnstico precoce essa especialidade tem tido uma contribuio

    considervel na rea da medicina.

    Devido grande quantidade de procedimentos realizados na medicina com a

    utilizao de radiaes ionizantes faz-se necessrio a utilizao de um nmero

    significativo de equipamentos medidores de atividade suficiente para atender todos

    os servios de medicina nuclear, sendo inevitvel a preocupao com o

    desenvolvimento de programas de controle de qualidade e proteo radiolgica.

    A metodologia adotada em um programa de controle de qualidade deve ter

    como objetivo contribuir com a obteno de uma imagem de boa qualidade, isto ,

    com nitidez suficiente para a visualizao dos detalhes das estruturas anatmicas de

    interesse, assim como, assegurar o nvel de radioatividade administrada ao paciente

    principalmente pela necessidade de otimizar a dose de radiao empregada.

    De acordo com os regulamentos brasileiros definidos pela CNEN-NN-3.05

    (CNEN, 1996) e as publicaes da Agncia Internacional de Energia Atmica, IAEA,

    do ingls International Atomic Energy Agency (IAEA, 1991; 2009), faz-se necessrio

    realizao de controle de qualidade dos equipamentos e do s protocolos de

    aquisio de imagem empregados em Medicina Nuclear. A principal razo para se

    realizar os testes de controle de qualidade de equipamentos que utilizam radiao

    ionizante garantir ao paciente o melhor diagnstico possvel com a menor

    exposio radiao (MATUSIAK et al., 2008).

    O objetivo deste trabalho o levantamento bibliogrfico, para desenvolver

    reviso literria, buscando desenvolver um conhecimento especifico sobre o controle

    de qualidade no Servio de Medicina Nuclear. O levantamento bibliogrfico foi feito

    atravs da leitura de livros, publicaes e artigos cientficos.

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    1. MEDICINA NUCLEAR

    A medicina nuclear uma modalidade mdica que usa tcnicas seguras,

    indolores para diagnstico e tratamento de doenas. Utiliza pequenas quantidades

    de substncias radioativas ou "traadores" para o diagnstico ou tratamento de

    doenas. Demostra a causa da doena e a funo dos rgos e tecidos.

    A tcnica aplicada consiste na introduo de certa quantidade de material

    radioativo associado qumicos, os frmacos (LOPES FILHO, 2007), onde essas

    substncias so atradas pelos rgos ou tecidos especficos. Esta associada a

    computadores que so capazes de fornecer informao sobre a rea do corpo

    humano que est sujeita ao exame, ou seja, da biodistribuio do materialradioativo.

    Figura 1: Esquema da tcnica utilizada em medicina nuclear.

    1.1 FONTES RADIOATIVAS USADAS EM MEDICINA NUCLEAR

    Em medicina nuclear, a dose resultado da exposio de fontes radioativas

    presentes no servio. Podemos destacar:

    Fontes seladas: So as fontes padro usadas para aferio dosequipamentos (Co-57, Ba-133, Cs-137 e Ge-68). Apresentam apenas o

    risco de exposio, uma vez que o material radioativo contido no

    recipiente no pode ser extrado. Devem ser armazenadas em local

    especfico com as blindagens necessrias.

    Fontes no seladas: Para uso em pacientes e controle de qualidade.

    Apresentam tambm o risco de contaminao, visto que podem ser

    manipuladas pelo trabalhador. As principais fontes utilizadas no serviode Medicina Nuclear so:

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    Figura 2: Fontes radioativas usadas em medicina nuclear.

    1.2 ORGANIZAO PESSOAL DO SERVIO DE MEDICINA NUCLEAR

    O servio de medicina nuclear deve ser constitudo, no mnimo, por:

    Um mdico qualificado em Medicina Nuclear: ele responsvel pelo

    diagnstico e terapia com radiofrmacos;

    Um supervisor de radioproteo com qualificao certificada pela

    CNEN: possui treinamento avanado em fsica nuclear, computadores

    e segurana de radiao. Suas responsabilidades incluem a calibrao

    e a manuteno do equipamento de obteno de imagens;

    Um ou mais tcnicos de nvel superior e/ou mdio qualificados: possui

    uma boa formao em fsica da radiao, anatomia e fisiologia,

    segurana de radiao, computadores e procedimentos de obteno

    de imagens. Suas responsabilidades incluem o manuseio, a avaliao

    e a administrao de radionucldeos. Uma vez que as imagens tenham

    sido produzidas, o tcnico em medicina nuclear tem que realizar

    anlise estatstica dos dados e processar digitalmente as imagens. No

    caso de extravasamento de radionucldeos, o tcnico precisar

    determinar a localizao dos vazamentos, descontaminar a rea e

    descartar apropriadamente materiais contaminados.

    A equipe deve ser treinada para exercer suas funes. O treinamento

    executado com base no levantamento das necessidades e atendimento s

    exigncias legais. realizado anualmente ou sempre que requerido, junto aos

    diversos Centros da Instituio.

    O programa de treinamento peridico e atualizao de toda a equipe devem

    contemplar:

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    Operao segura dos equipamentos;

    Procedimentos em caso de acidente;

    Uso de EPIs para funcionrios e pacientes;

    Procedimentos de biossegurana para minimizar as exposies

    ocupacionais e dispositivas legais.

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    2. INSTALAES DO SERVIO DE MEDICINA NUCLEAR

    Tendo em vista o risco de exposio desnecessria, a arquitetura das

    instalaes tem o seu papel fundamental na organizao dos espaos.

    Para fins de gerenciamento da proteo radiolgica as reas do Servio de

    Medicina Nuclear so classificadas em reas controladas, reas supervisionadas ou

    reas livres como pode ser visto na tabela 1:

    Tabela 1: CLASSIFICAO E DESCRIO DAS REAS DA INSTALAO.

    Na rea livre, o risco de exposio deve ser baixo o suficiente para assegurar

    que o nvel de proteo dessa rea seja comparado ao nvel de proteo de

    indivduos do pblico.

    A rea controlada est sujeita a regras especiais de proteo e segurana,

    com a finalidade de controlar as exposies normais, prevenir a disseminao de

    contaminao radioativa e prevenir ou limitar a amplitude das exposies potenciais. a rea onde o risco maior, ento devem preferencialmente ficar juntas e o mais

    afastado possvel das demais reas do hospital.

    Na rea supervisionada as condies de exposio ocupacional so mantidas

    sob superviso, mesmo que medidas de proteo e segurana especfica no sejam

    normalmente necessrias.

    As reas controladas devem estar sinalizadas com o smbolo internacional de

    radiao ionizante, acompanhando um texto descrevendo o tipo de material,equipamento ou uso relacionado radiao ionizante.

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    Todas as salas de tratamento devem ter sinalizao contendo:

    O smbolo internacional da radiao ionizante;

    O aviso radiao ionizante, entrada restrita ou radiao ionizante,

    entrada proibida a pessoas no autorizadas;

    O aviso Quando a luz vermelha estiver acessa, a entrada proibida.

    Figura 3: Sinalizao das reas da instalao.

    O acesso unidade de Medicina Nuclear deve ser independente de outros

    setores e deve estar localizada de forma a no servir de passagem para outras

    unidades. Deve estar localizada de forma que pessoas de outras unidades no

    circulem por estes ambientes desnecessariamente.

    Para um melhor controle das reas prefervel que as instalaes do Serviode Medicina Nuclear possuam clara sequncia das instalaes indo da menos para

    a mais controlada, isso contribui para que as pessoas da clinica se exponham

    menos a radiao. Por exemplo, o mdico que emite os laudos ou faz as consultas

    no passa, a menos que queira, na frente das reas controladas.

    2.1 CONSULTRIO MDICO

    uma sala utilizada para consulta pacientes que iniciam o tratamento e

    tambm para acompanhamento do tratamento.

    Figura 4: Imagem ilustrativa de um consultrio mdico de Medicina nuclear.

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    classificada como rea livre, pois o risco de exposio baixo o

    suficiente para assegurar que o nvel de proteo dessa rea seja comparado ao

    nvel de proteo de indivduos do pblico.

    2.2 SALA DE ESPERA DE PACIENTES

    uma sala que normalmente fica na entrada da clinica e distante das reas

    controladas, utilizada para acomodar os pacientes que iro consultar-se com o

    medico ou que iro fazer exames ou tratamentos.

    Possui grande fluxo de pessoas (funcionrios, pacientes e publico em geral)

    transitando por essa rea, por isso o risco de exposio deve baixo. Devido a issoessa rea classificada como uma rea livre.

    Nestas reas no podem circular pacientes com radiofarmaco ou funcionrios

    com material radioativo sem blindagem.

    2.3 SALA DE ESPERA INJETADOS

    Essa sala serve para manter o paciente em repouso aps a aplicao do

    radiofarmaco. Ela classificada como uma controlada, pois, embora neste ambiente

    no acontea a manipulao de elementos radioativos, os pacientes injetados

    emitem radiao. Devido a isso necessrio proteo radiolgica com blindagem

    adequada, nas paredes e portas, e sinalizao.

    Como o paciente ira permanecer por algum tempo nesta sala, para esperar

    que o radiofarmaco circule no organismo, ela composta por cadeiras e objetos que

    o entretenha, como televiso e bebedouro. Tambm tem espao para maca, que

    serve tambm para eventual uso de paciente que necessite de um repouso por

    tempo maior, com um biombo separando-o das cadeiras.

    Figura 5: Ilustrao da sala de espera de injetados.

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    Neste servio existem trs esperas: a fria, a quente e outra destinada

    pacientes em tratamento que foram injetados no dia anterior e voltam para continuar

    o tratamento, como eles ainda emitem radiao no devem estar na fria e para que

    eles no recebam radiao dos que foram injetados no dia que foi criada esta

    espera.

    2.4 BANHEIRO EXCLUSIVO DE PACIENTES INJETADOS

    rea destinada ao uso exclusivo de pacientes injetados, por isso

    classificada como rea controlada. A monitorao dessa rea deve ser constante,

    pois um ambiente passvel de contaminao, ento deve ser sinalizada eidentificada.

    As portas devem abrir para fora do ambiente, a fim de que sejam abertas sem

    necessidade de empurrar o paciente, se ele estiver eventualmente cado atrs da

    porta, e deve permitir acesso de pessoas com necessidades especiais. A sua

    fechadura deve ser de fcil manuseio e deve haver uma barra horizontal a 90 cm do

    piso e um chuveiro para em caso de contaminao acidental seja possvel tomar

    uma ducha.

    Figura 6 Banheiros exclusivos para pacientes injetados.

    A excreta dos pacientes internados com doses teraputicas poder ser

    lanada na rede de esgoto sanitrio, desde que obedecidos os princpios bsicos de

    radioproteo estabelecidos na Norma CNENNE3.01 Diretrizes Bsicas de

    Radioproteo. As instalaes que no estejam conectadas rede de esgoto

    sanitrio devero submeter avaliao da CNEN o sistema de eliminao de

    excretas a ser empregado. A aprovao desse sistema levar em considerao o

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    atendimento aos requisitos de radioproteo estabelecidos na norma CNENNE3.01

    Diretrizes Bsicas de Radioproteo.

    2.5 LABORATRIO DE MANIPULAO E ARMAZENAMENTO DE FONTES EM

    USO

    Tambm conhecido como sala quente, o local onde ser preparado

    radiofrmaco a ser administrado no paciente. tambm o local de guardar as fontes

    em uso, ou seja, aquelas que sero fracionadas para a realizao dos exames. As

    fontes devem ser armazenadas preferencialmente em cima da bancada para facilitar

    e agilizar o trabalho do tcnico.Deve ser construdo com material impermevel que permita

    descontaminao, ter pisos e paredes com cantos arredondados, bancadas, tanque

    com no mnimo 40cm de profundidade e torneiras sem controle manual. Nos casos

    de fontes volteis (Iodo131) ou de servios que realizem estudos de ventilao

    pulmonar, necessrio um sistema de extrao de ar. A existncia destes itens

    proporciona um ambiente de trabalho mais seguro uma vez que facilita os processos

    de descontaminao e evita a contaminao dos funcionrios.

    Figura 7: Componentes da bancada da Sala Quente.

    Nesta sala deve conter visor plumbfero, fogo para preparo de medicao,

    medidor de dose, frigobar, caixa para descarte de perfurocortante, caixas blindadas

    para descarte separadas por elemento radioativo, medidor de radioatividade no

    ambiente. Possuir equipamentos e instrumentos adequados a suas atividades

    constitui um ganho para o servio podendo com isso executar as atividades com

    mais segurana.

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    Figura 8: Equipamentos existentes em uma sala quente.

    As paredes e porta deste ambiente devem ser blindadas, isso contribui para a

    segurana das pessoas que transitam pela unidade principalmente porque este

    ambiente normalmente localiza-se em uma circulao comum a outros servios do

    hospital. Neste caso o profissional deve sair com o radiofrmaco protegido em

    recipiente blindado para levar a sala de administrao do radiofarmaco.

    Figura 9: Aviso para tcnicos na Sala Quente.

    A manipulao dos radiofrmacos deve ser feita em bancada lisa, de fcil

    descontaminao, recoberta com plstico e papel absorvente. Ao trmino da jornada

    de trabalho, deve ser realizada uma monitorao das superfcies utilizando monitor

    de contaminao. O mesmo procedimento deve ser feito nas luvas e nas mos dos

    trabalhadores responsveis pela manipulao.

    Figura 10: Manipulao de material radioativo em Medicina Nuclear.

    As embalagens contendo material radiativo que cheguem ao servio de

    medicina nuclear devem ser monitoradas externamente e os resultados confrontadoscom os valores registrados na guia de monitorao que acompanha o material.

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    2.6 SALA DE ADMINISTRAO DE RADIOFRMACOS

    Esta sala destinada a aplicao de radioistopos no paciente pelos meios

    injetvel, oral ou inalvel.

    Esta sala possui equipamentos de apoio ao tcnico que ira aplicar o material

    radioativo no paciente, como: lixeiro com pedal, braadeira de injeo, poltrona para

    paciente, mesa auxiliar com materiais necessrios para puno do paciente.

    Figura 11: Administrao de radiofarmaco.

    Essa sala classificada como rea controlada, ento deve haver todos os

    cuidados de radioproteo e monitorao. Deve ser identificada e controlada o

    acesso.

    2.7 LOCAL PARA ARMAZENAMENTO DE REJEITOS RADIOATIVOS

    Este local destinado a armazenar os rejeitos gerados no servio de

    Medicina Nuclear para aguardar o tempo do decaimento. Deve ser constitudo de

    compartimentos que possibilitem a segregao deste por grupo de radionucldeos

    com meias-vidas fsicas e por estado fsico.

    classificado como rea controlada e por isso deve possuir blindagem

    adequada, ser sinalizado e localizado em rea de acesso controlado.

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    Figura 12: Depsito para rejeitos radioativos.

    2.8 SALA(S) DE EXAME(S)

    So salas destinadas a realizar exames nos pacientes injetados. O tamanho

    desta rea depende do equipamento que ser instalado e das especificaes do

    fabricante, mas devera ser uma sala continua blindada, onde ficara o computador de

    controle e o tcnico durante a realizao do exame. obrigatrio a existncia de um

    vidro plimbifero para que o tcnico possa monitorar permanentemente o paciente.

    As portas de acesso tm de possuir painis removveis, com largura

    compatvel com o tamanho do equipamento, permitindo assim sua sada e tambm

    para a passagem de camas ou macas.

    Deve existir armrio para guarda os acessrios do equipamento, pertences do

    paciente, suporte de soro que serve aos pacientes acamados, lcool gel.

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    Figura 13: Desenho de uma sala de exame de Medicina Nuclear.

    2.9 QUARTO PARA INTERNAO DE PACIENTE COM DOSE TERAPUTICA

    Utilizado quando a dose teraputica administrada ao paciente for acima de

    1,11 Gbq (30 mCi), para que o paciente fique em repouso enquanto espera o

    decaimento radiativo do radionuclideo.

    Figura 14: Quarto teraputico do servio de Medicina Nuclear.

    De uma forma geral ele no difere visualmente de um quarto comum. O

    quarto destinado internao de paciente, com dose teraputica, deve possuir

    paredes e pisos construdos com materiais impermeveis que

    permitam descontaminao, cantos arredondados, sanitrio privativo,

    biombo blindado junto ao leito, sinalizado e com acesso controlado.

    O quarto deve ser utilizado por apenas um paciente, caso seja

    necessrio, so admitidos ate dois pacientes, desde que haja uma

    barreira protetora entre os leitos (biombo blindado).

    As visitas sero determinadas a critrio medico desde que obedea aos

    procedimentos de radioproteo, inclusive a monitorao das vestes do visitanteaps a visita.

    Figura 15: Biombo.

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    Deve ser localizado preferencialmente no final do corredor, para reduzir o

    numero de paredes blindadas e permitir um melhor controle de acesso. As portas

    devem ser blindadas. O acesso s pode ser permitido a enfermeiros ou tcnicos,

    medico e supervisor de radioproteo.

    Na porta do quarto deve ser colocada uma identificao com as seguintes

    informaes:

    Smbolo internacional de radiao e de rea restrita;

    Nome e atividade do radionucldeo administrado;

    Data, hora da administrao;

    Nome, endereo e telefone do responsvel pela radioproteo;

    Registro dirio da taxa de exposio a 1 metro do paciente;

    Objetos passveis de contaminao devem ser preparados, por exemplo:

    A cama deve ter colcho revestido com material impermevel;

    A televiso deve ser colocada em suporte na parede e o controle remoto

    revestido com plstico impermevel;

    Telefones devem ser colocados em uma mesa de superfcie lisa e revestida

    com plstico;

    Devem existir duas lixeiras blindadas, uma para o quarto e outra para o

    banheiro;

    O deposito de roupas deve ser constituda de material no poroso;

    Os utenslios utilizados pelo paciente devem ser de material descartvel.

    Paciente

    Aps a sada do paciente, o quarto deve ser monitorado, utilizando-se monitor

    de contaminao de superfcie.

    Figura 16: Monitorao do quarto teraputico.

    O quarto s deve ser liberado para uso geral quando as doses para indivduosdo pblico forem inferiores aos limites estabelecidos na Norma CNENNE3.01

    Diretrizes Bsicas de Radioproteo

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    2.10 PROCEDIMENTOS EM SITUAES DE EMERGNCIAS

    Sempre que for constatado nvel de radiao acima do normal para

    determinada rea (ou dose em trabalhador, quando for o caso), deve ser feita uma

    investigao para saber o que originou este evento e adotar medidas para evitar que

    nveis acima do aceito sejam encontrados. Em caso de acidentes, deve-se avisar

    imediatamente o responsvel e em caso de contaminao de pessoas devem-se

    monitorar todas as pessoas suspeitas.

    Em caso de contaminao da:

    Pele: deve-se lavar com sabo ou detergente neutro e gua em

    abundncia (cuidado para no espalhar a contaminao); monitorarcom detector (mximo: 0,1 mrem/h a 2 cm); repetir o procedimento com

    escova macia, se necessrio usar sabo mais abrasivo (cuidados para

    no arranhar, descamar ou lesionar a pele); cortar as unhas; aplicar

    creme para as mos (para evitar rachaduras);

    Canal auricular: deve-se usar cotonetes;

    Nariz e boca: deve-se lavar com gua em abundncia;

    Olhos: deve-se lavar com soluo salina (NaCl 0,9% (p/v));Em caso de contaminao de vestimentas necessrio Identificar o material

    radiativo, o nvel de exposio e a data que ocorreu depois guardar em sacos

    plsticos at decair para 200 dpm/100 cm2 (ou dose medida a 2 cm, menor que 0,1

    mrem/h);

    Em caso de contaminao de superfcie deve-se delimitar a rea e impedir o

    trfego de pessoas no local, cobrir a rea contaminada com papel absorvente. Para

    promover a descontaminao lava-se com detergentes (da periferia p/ rea central)at que o nvel de contaminao seja inferior a 0,1 mrem/h, medido a 2 cm e depois

    recolher o material contaminado e usado na descontaminao em sacos plsticos

    devidamente etiquetados para que o material radioativo decaia.

    2.10.1 Relatrio do evento

    Qualquer evento que possa expor o pblico ou o trabalhador a nveis de

    radiao que acarretem doses superiores aos respectivos limites primrios

    estabelecidos pela CNEN deve ser notificado quela Autoridade Competente, em

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    carter de urgncia, e registrado em livro prprio, no mesmo dia da ocorrncia,

    devendo ser mantido em arquivo todas as comunicaes e relatrios, juntamente

    com os resultados das investigaes realizadas.

    O relatrio detalhado das situaes deve conter no que for aplicvel, pelo

    menos as seguintes informaes:

    Descrio do evento, incluindo local, data e hora;

    Identificao de cada equipamento gerador de radiao ionizante e de

    cada radionucldeo envolvido, com respectiva atividade;

    Identificao de pessoas envolvidas e/ou reas

    irradiadas/contaminadas;

    Causas do evento e reconstituio do acidente, incluindo, se possvel,

    documentao fotogrfica ou croqui;

    Estimativa das doses recebidas pelas pessoas envolvidas e

    providncias tomadas com respeito a indivduos expostos radiao;

    Resultados de exames clnicos e laboratoriais realizados e de

    medidores individuais solicitados em carter de urgncia;

    Planejamento feito para retorno situao normal;

    Medidas a serem tomadas para evitar reincidncia; e.

    Declaraes sobre o evento assinadas pelas pessoas envolvidas.

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    3. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS DE RADIOPROTEO

    O servio de medicina nuclear deve estar equipado com, no mnimo, os

    seguintes equipamentos e materiais:

    a) Monitor de Taxa de Exposio;

    b) Monitor de Contaminao de Superfcie;

    c) Medidor de Atividade (Curimetro);

    d) Equipamentos e materiais de proteo individual (luvas, aventais,

    pinas, etc).

    e) Fontes padres de referncia de Co57 e Ba133.

    3.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL

    O uso de EPI (equipamento de proteo individual) fundamental para

    minimizar os riscos de exposio (avental de chumbo, transportador de seringas,

    protetor de seringas, castelo para eluio dos geradores Mo/Tc, luvas, guarda-p e

    pinas).

    Figura 17 Equipamentos de radioproteo

    3.2 CONTROLE DE QUALIDADE

    A metodologia adotada em um programa de controle de qualidade deve ter

    como objetivo contribuir com a obteno de uma imagem de boa qualidade, isto ,

    com nitidez suficiente para a visualizao dos detalhes das estruturas anatmicas de

    interesse, assim como, assegurarem o nvel de radioatividade administrada ao

    paciente principalmente pela necessidade de aperfeioar a dose de radiao

    empregada. Isso feito atravs de testes de controle de qualidade peridicos nos

    equipamentos utilizados no servio de Medicina Nuclear.

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    Abaixo so apresentados os testes de controle de qualidade feitos nos

    equipamentos de medicina Nuclear.

    3.2.1 Medidor de atividadeCuriometro

    Um dos mtodos de aferio da atividade de um radiofrmaco atravs de

    um calibrador de dose ou curimetro. composto por duas partes: uma cmara de

    ionizao com um furo na regio central (comumente denominada poo) e um

    eletrmetro com um conjunto de teclas que permitem selecionar o radioistopo

    desejado para a calibrao do equipamento

    Figura 18: Curiometro.

    A garantia do desempenho satisfatrio de um curiometro obtida por

    meio dos testes operacionais listados na tabela abaixo:

    Tabela 2: TESTES DE CONTROLE DE QUALIDADE DE UM CURIOMETRO.

    3.2.2 Teste de preciso e exatido

    O teste de precisoverifica se as medidas de atividade de uma mesma fonte

    radioativa padro, tomadas em sequncia, sofrem uma grande disperso. A preciso

    (P) definida como o erro percentual de cada medio em relao sua mdia.

    P = ((_))/ .100%

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    A norma CNEN NN 3.05 considera aceitveis valores de preciso de at 5%.

    Valores de preciso maiores que este patamar implica o envio do equipamento para

    manuteno.

    O teste de exatidoverifica se as medidas de atividade de uma mesma fonte

    radioativa padro, tomadas em sequncia, diferem significativamente do valor

    nominal (convencional) da mesma. Isto , se o medidor de atividade mede a

    atividade da fonte corretamente, dentro do erro percentual permitido.

    A exatido (E) definida como o erro percentual de cada medio em relao

    ao seu valor convencional (valor calculado da atividade da fonte no dia da aquisio

    dos dados, ou seja, corrigindo seu valor pelo decaimento esperado at a data do

    teste).E = ((_ _))/_. 100%

    A norma CNEN NN 3.05 considera aceitveis valores de exatido de at 10%.

    Valores de exatido maiores que este patamar implica o envio do equipamento para

    manuteno.

    Devem-se realizar dez medidas consecutivas da atividade de uma fonte

    radioativa calibrada, mantendo todas as demais condies fixas.Como mais prtico realizar os testes de preciso e exatido com o mesmo

    conjunto de dados, devemos usar as fontes seladas padro nos canais de energia

    do instrumento adequados s energias de suas emisses gama principais.

    Exemplo:

    Fonte padro utilizada: Co-57;

    Atividade inicial e data de calibrao: 186 MBq em 01/11/2006 (5,027 mCi);

    T1/2 = 271,7 dias;Atividade na data do teste: 8,7 MBq (0,235 mCi).

    O resultado dos testes podem ser visualizados na tabela abaixo:

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    Tabela 3: RESULTADO DOS TESTES DE PRECISO E EXATIDO.

    3.2.3 Teste de reprodutibilidade

    Esse teste verifica a reprodutibilidade do desempenho dirio do calibrador

    atravs de medidas de um radionucldeo de meia-vida longa. Para a realizao

    deste teste necessria uma fonte selada emissora gama de mdia energia com

    atividade em torno de 100Ci.

    O teste deve ser realizado nas mesmas condies utilizadas para o

    radionucldeo mais comum no servio, 99mTc, por exemplo. Nestas condies deve

    ser medida a atividade da fonte de referncia e registrar, j subtraindo a radiao de

    fundo, a atividade da fonte, radiao de fundo e o dia da medida. Se mais de um

    radionucldeo for comum no servio deve-se repetir o teste nas condies de cada

    um dos radionucldeos.

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    TABELA 4: Ba-133 NO CANAL DE Tc-99m.

    Ao comparar curva de decaimento (experimental) obtida com a curva

    esperada, os limites de aceitabilidade dos dados so as duas linhas paralelas, acimae abaixo da curva, com distncia correspondente preciso do instrumento (em

    geral 5% da atividade esperada).

    Figura 19: Resultado do teste de reprodutibilidade.

    3.2.4 Teste de linearidade

    Este teste verifica se o medidor de atividade consegue medir adequadamente

    tanto atividades baixas como altas, apresentando uma resposta linear s diferentes

    faixas de leitura.

    Deve-se toma medidas de atividade de uma amostra de tecnci-99m com

    atividade no valor em que usualmente utilizada nos exames em intervalos de cerca

    de duas em duas horas, at que se passe algumas meias-vidas do radionucldeo.

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    3.3 CMARA CINTILAO

    A execuo dos testes de controle de qualidade nas cmaras de cintilao

    devido a diversos fatores, tais como obteno de imagens cintilogrficas precisas e

    fidedignas, correo de problemas nas imagens antes que as mesmas alterem as

    imagens clnicas, comparao de parmetros obtidos com as especificaes do

    fabricante atravs da normatizao NEMA (National Electrical Manufacturer s

    Association) e determinao da frequncia e a necessidade de recalibrao ou de

    uma manuteno preventiva.

    Os principais testes so descritos abaixo:

    Teste de uniformidade de campo, diariamente. Teste de resoluo espacial (intrnseca/ sistema), semanalmente, com

    simuladores de barra ou ortogonais.

    Teste de sensibilidade, semestralmente.

    Teste de resoluo energtica, semestralmente.

    Teste de linearidade, semanalmente, com simuladores de barra ou

    ortogonais.

    Teste de centro de rotao, mensalmente (para cmara tomogrfica).

    Figura 21: SPECT com dois detectores.

    3.3.1 Teste de uniformidade de campo

    Este teste verifica o grau de homogeneidade da densidade de contagens

    registradas pela cmara quando sobre seu detector incide um campo uniforme de

    radiao gama.

    Uma fonte puntiforme de pequena atividade colocada a uma distncia

    superior a 5 vezes o dimetro do detector. Nestas condies, teremos sobre o

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    mesmo a incidncia de um campo de radiao praticamente uniforme. Fonte

    pontual: uma seringa com 0,5 a 1 mCi de 99mTc. Janela de 20%.

    O teste deve ser realizado diariamente pelo tcnico que iniciar os exames do

    dia antes que os radiofrmacos sejam administrados aos pacientes.

    Em alguns equipamentos, a cabea do detector virada, apontando para uma

    parede localizada a uma distncia igual ou maior que a distncia sugerida no

    protocolo, onde, ento, colocada a fonte.

    Um programa disponvel no sistema operacional do equipamento indicar se

    o desempenho do mesmo est adequado. Tambm possvel, pela visualizao da

    imagem formada pelo equipamento, perceber a presena de no uniformidades ou

    artefatos, o que implica na suspenso imediata dos exames e solicitao de reparospela assistncia tcnica.

    Figura 22: Resultados de teste de uniformidade de campo

    3.3.2 Teste de resoluo espacial e linearidade

    Resoluo espacial: mede a capacidade do sistema em distinguir duas fontes

    colocadas muito prximas, ou seja, qual a menor distncia entre duas fontes

    pontuais que permite que estas sejam vistas pelo sistema como objetos separados.

    Aceitabilidade por inspeo visual, verificar que quadrantes so vistos com nitidez

    em todas as imagens coletadas. Medir a largura das menores barras que a cmara

    pode distinguir.

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    Linearidade: verifica se o sistema enxerga uma fonte retilnea como uma reta,

    ou seja, a capacidade do sistema em no distorcer a imagem de um objeto (curvas

    ou ondulaes). Aceitabilidade por inspeo visual verificar se as barras do

    simulador parecem retas.

    Uma vez que ambos podem ser realizados usando o simulador de barras

    ortogonais, mais fcil realiz-los simultaneamente. O simulador de barras

    ortogonais, posicionado em frente ao detector, irradiado por uma fonte puntiforme.

    O simulador colocado em diferentes posies (por rotao), e as imagens obtidas

    so armazenadas no sistema para posterior anlise. Janela de 20%.

    Figura 23: Resultado do teste de resoluo espacial e linearidade da cmara de cintilao.

    3.3.3 Teste de sensibilidade

    Analisa a capacidade do sistema em converter a atividade em taxa de

    contagens. Medida pela razo entre a taxa de desintegrao detectada pela cmara

    de cintilao e a atividade da amostra. Unidade: cps /MBq.

    Uma placa de petri contendo de 1 a 2 mCi de 99mTc (dimetro de cerca de

    10 cm) posicionada a cerca de 10 cm do colimador de baixa energia e alta

    resoluo, em um certo tempo de aquisio.

    Exemplo: Tempo de aquisio das contagens em 100 s ou 1 min. Para

    colimadores de alta resoluo, so considerados aceitveis valores entre 50 e 145

    cps/MBq.

    Atividade: A = 1,91 mCi = 70,67MBq

    Total de contagens: N = 522316 contagens

    Tempo de aquisio: Dt = 100sSensibilidade = N/(A. Dt) = 73,9 cps/MBq.

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    3.3.5 Teste de centro de rotao

    O teste de centro de rotao especfico para cmara de cintilao do tipo

    SPECT.

    O eixo de rotao da cmara (gantry) deve coincidir com o eixo de rotao da

    reconstruo da imagem. Quando h alinhamento, a imagem da fonte pontual

    reconstruda ter a forma de ponto. Caso contrrio, se no houver alinhamento, a

    imagem reconstruda da fonte ter forma de um crculo.

    Figura 24: Resultados do teste de centro de rotao.

    3.4 MONITORES DE TAXA DE EXPOSIO E SUPERFCIE

    Os monitores de taxa de exposio e os de contaminao de superfcie

    devem ser calibrados, bienalmente, por laboratrio credenciado pela CNEN e

    sempre que os instrumentos sofrerem reparos.

    Teste de reprodutibilidade, mensalmente, com, no mnimo, 25% de incerteza.

    Figura 25: Monitor de exposio e de superfcie.

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    4. REGISTRO DE ELUENTES

    A RDC 64 a resoluo que trata do registro de eluentes. Ele diz que

    radiofrmacos no consagrados, que sejam comercializados eventualmente no pas,

    devero passar por testes que comprovem eficcia e segurana para uso. ( Ensaios

    pr-clnicos e clnicos).

    As preparaes extemporneas realizadas por pessoa qualificada para sua

    aplicao em um centro ou instituio legalmente autorizado para isso se forem

    realizados exclusivamente a partir de geradores, componentes no radioativos e

    radionuclideos (18FDG) registrados na ANVISA e de acordo com as instrues do

    fabricante no necessitam de registro (kits marcados).

    Radiofrmacos contendo produtos biolgicos (ex.MAA) tambm devem ser

    registrados na ANVISA. O produto de origem biolgica deve conter registro no rgo

    regulador juntamente com o radiofrmaco, caso isto no acontea, o fabricante do

    radifrmaco deve registrar o produto biolgico conforme legislao especifica.

    Radiofrmacos novos, que queiram ser registrados no pas devem comprovar

    ensaios de segurana e eficcia (estudos clnicos Fase I II e III).Todos os radiofrmacos serem registrados no pas devem comprovar

    estabilidade e eficincia de marcao para ANVISA.

    Eluatos de geradores de radionuclideos devem ser definidas e justificadas as

    meiavida e as condies recomendadas de armazenamento dos diferentes

    materiais que permitem a eluio.

    Todos os registros publicados no Dirio Oficial da Unio tero durao de 05

    anos.As bulas devem conter:

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    Todas as informaes caracterizadas para medicamentos conforme

    legislao vigente:

    Posologia, precaues, armazenamento, instruo de preparo, alertas

    de radioproteo, atividade/indicao;

    Farmacologia e toxicologia;

    Meia-vida fsica do radiofrmaco preparado;

    Incluir o alerta: USO RESTRITO HOSPITAIS E CLNICAS

    ESPECIALIZADAS

    4.1 RECEBIMENTO DO MATERIAL RADIOATIVO:

    As embalagens contendo material radioativo que cheguem ao servio de

    medicina Nuclear devem ser monitoradas externamente e os resultados

    confrontados com os valores registrados na guia de monitorao que acompanha o

    material.

    Figura 26: Embalagens de material radioativo.

    4.2 APLICAES CLNICAS

    Pelo fato de que radionucldeos selecionados se concentraro em rgos ou

    tecidos especficos, diferentes tipos de traadores de radionucldeos podem ser

    utilizados para avaliar esses rgos, sistemas orgnicos e vrias funes

    fisiolgicas. Um dos radionucldeos mais comumente utilizados o tecncio 99m

    (99mTc). Diferentes formas de tecncio so utilizadas para estudos do encfalo,

    corao, rim, fgado e sistema esqueltico.

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    4.2.1 Cintilografia ssea

    A cintilografia ssea um estudo do sistema esqueltico que utiliza uma

    forma de Tc99m injetada por via intravenosa. O tecncio absorvido pelo osso e

    fornece um estudo do sistema musculoesqueltico para condies anormais, tais

    como metstase, fraturas por estresse ou outras leses sseas.

    Os radiologistas podem precisar realizar radiografias estreitamente colimadas

    de "pontos quentes" esquelticos, conforme determinado pelas cintilografias sseas.

    Figura 27: CINTILOGRAFIA SSEA.

    4.2.2 Estudos geniturinrios

    Os estudos nucleares geniturinrios fornecem uma avaliao tanto anatmica

    quanto funcional dos rins. Essa modalidade excelente para a avaliao de um

    transplante renal.

    Figura 28: CINTILOGRAFIA RENAL DINMICA COM DIURTICO.

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    Figura 29: CINTILOGRAFIA RENAL ESTTICA

    4.2.3 Cintilografia do encfalo

    Os estudos de SPECT-perfuso cerebral avaliaro o encfalo quanto a vrias

    condies neurolgicas, incluindo AVC, doena de Alzheimer e doena de

    Parkinson.

    Figura 30: CINTILOGRAFIA DE PERFUSO CEREBRAL.

    4.2.4 Estudos gastrointestinais

    Os estudos gastrintestinais que utilizam radiofrmacos so numerosos.

    Atravs da administrao oral ou de injees intravenosas, procedimentos tais comoesvaziamento gstrico, varreduras hepatobiliares, estudos de refluxo gastresofgico

    e varreduras do fgado e do bao podem ser realizados. Em muitos casos, tanto a

    aparncia anatmica quanto funo do rgo podem ser avaliadas.

    Um exame gastrintestinal comum realizado com o uso da medicina nuclear

    a avaliao do divertculo de Meckel. O divertculo de Meckel um defeito ou bolsa

    congnito na parede do neo. Embora a maioria dos divertculos de Meckel seja

    assintomtica, eles podem sangrar ou infectar. A medicina nuclear considerado o

    padro ouro na localizao precisa dessa alterao.

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    Figura 31: CINTILOGRAFIA PARA PESQUISA DE REFLUXO GASTRO-ESOFGICO.

    4.2.5 Estudos do corao (cardacos)

    Um dos procedimentos de SPECT mais comuns o estudo de perfuso

    miocrdica com tlio, no qual tlio ou cardiolito radioativo injetado por viaintravenosa e perfundido atravs do corao. O paciente ento levado a se

    exercitar em uma esteira ou lhe administrado um vasodilatador, que um agente

    que causa dilatao dos vasos sanguneos, resultando em fluxo sanguneo

    aumentado. A ao do exerccio, ou do vasodilatador, ir demonstrar o grau de

    perfuso do tlio ou do cardiolito atravs de todo o msculo cardaco.

    Esse procedimento, combinado com uma segunda varredura de repouso,

    pode mostrar defeitos da perfuso miocrdica na parede ventricular, ou sinais de um

    infarto do miocrdio, um "ataque cardaco" resultante de fluxo sanguneo

    subitamente diminudo, causando morte de msculo cardaco (miocrdio).

    FIGURA 32: EXAME SPECT CARDACO (CINTILOGRAFIA DE PERFUSO DO MIOCRDIO),

    MOSTRANDO CORTES BIDIMENSIONAIS E A RESPECTIVA RECONSTRUO

    TRIDIMENSIONAL.

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    4.2.6 Exames pulmonares

    O exame de ventilao perfuso pulmonar um procedimento de medicina

    nuclear comum utilizado para afastar embolia pulmonar, DPOC e cncer de pulmo.

    Durante a fase de ventilao da varredura pulmonar, o paciente inala gs xennio-

    133 durante o incio do procedimento. Imagens so obtidas rapidamente para

    determinar se existem alteraes no pulmo.

    Figura 33: CINTILOGRAFIA PULMONAR (INALAO/PERFUSO).

    4.2.7 Exame de captao da tireide

    Exames de captao da tireide so obtidos para avaliar as funes da

    glndula tireide. O radiofrmaco iodeto de sdio (1311) administrado oralmente,com uma leitura de seguimento da tireide realizada a intervalos predeterminados,

    tais como 6 horas e 24 horas. O hipertireoidismo (tireoide imperativa) resultar em

    uma leitura de absoro mais alta, que pode indicar doena de Graves (bcio txico

    nodular mltiplo, tambm conhecido como doena de Plummer). Uma leitura da

    tireoide mais baixa indica hipotireoidismo (atividade reduzida). Essa condio

    muito mais comum em mulheres do que em homens.

    Figura 34: CINTILOGRAFIA DA TIREOIDE.

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    5. REGISTRO DOS CONTROLES DE QUALIDADE

    Os resultados obtidos devem constar em um sistema de registro. Nos testes

    da instrumentao devem constar: a data de sua realizao, o nome profissional que

    realizou o teste e o visto do supervisor de radioproteo.

    Os resultados e as condies dos testes de instrumentos, datas,

    responsveis, bem como toda e qualquer informao til sobre a avaliao de

    equipamentos, de rejeitos e dos programas de radioproteo devem estar

    devidamente registrados.

    Devem ser analisados e registrados os seguintes incidentes:

    Qualquer tratamento teraputico administrado tanto ao paciente errado

    quanto ao rgo e/ou tecido errado, ou o uso do radiofrmaco errado,

    ou uma dose diferindo dos limites prescritos pelo mdico ou que possa

    originar efeitos secundrios, indevidos ou agudos.

    Qualquer exposio diagnstica maior do que a pretendida;

    Qualquer falha de equipamento ou de procedimento que possa causar

    exposio excessiva ao paciente ou qualquer ocorrncia no usual.

    O responsvel pela radioproteo, com qualificao obrigatoriamente

    qualificada e certificada pela CNEN, deve proceder anlise anual dos resultados

    dos programas constantes do Plano de Radioproteo e, baseado nesta anlise,

    executar um programa de otimizao, devidamente registrado.

    Devem constar dos sistemas de registro do Servio de Radioproteo:

    Data.

    Nome da pessoa que realizou o teste.

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    Critrios de aceitao dos testes.

    Assinados pelo Supervisor de radioproteo.

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    6. REJEITOS DO SERVICO DE MEDICINA NUCLEAR

    O gerenciamento correto dos resduos importante para garantir a qualidade

    da sade coletiva e a preservao do meio ambiente, compreende um conjunto de

    atividades administrativas e tcnicas envolvidas na coleta, segregao, manuseio,

    tratamento, acondicionamento, transporte, armazenamento, controle e deposio de

    rejeitos radioativos. A figura abaixo apresenta um esquema resumido de algumas

    dessas etapas.

    Figura 35: FLUXOGRAMA BSICO DE GERNCIA DE REJEITOS RADIOATIVOS.

    Os rejeitos gerados no servio de Medicina Nuclear esto classificados no

    grupo C- rejeito radioativos, mas como os rejeitos radioativos gerados aguardam o

    tempo necessrio para alcanarem os limites de eliminao previstos em norma da

    Comisso Nacional de Energia Nuclear CNEN, eles podem ser destinadosconforme a segunda classificao do resduo (grupo A, B, D ou E).

    Figura 36 CLASSIFICAO DOS RESIDUOS

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    As clinicas de Medicina Nuclear devem:

    Designar um profissional de radioproteo (supervisor de radioproteo

    credenciado pela CNEN) devidamente qualificado para o exerccio de

    suas funes, que ser responsvel pelo uso seguro das substncias

    radioativas, pelo gerenciamento dos rejeitos radioativos gerados e pormanter os registros;

    Fornecer instrumentao adequadamente calibrada para a

    monitorao das taxas de dose e de contaminao;

    Estabelecer um sistema de registro apropriado para assegurar o

    rastreamento dos rejeitos radioativos transferidos ou eliminados

    localmente e manter atualizado.

    Os rejeitos radioativos gerados devem ser segregados e, de acordo com a

    natureza fsica do material e do radionucldeo presente, colocados em recipientes

    adequados, etiquetados, datados e mantidos no local da instalao destinado ao

    armazenamento provisrio de rejeitos radioativos para futura liberao, em

    conformidade com a Norma CNENNE6.05 Gerncia de Rejeitos Radioativos em

    Instalaes Radiativas.

    6.1 ETAPAS DO GERENCIAMENTO

    6.1.1 Classificao por categoria

    Estado fsico: slido, lquido e gasoso.

    Natureza da radiao que emite: puro, / ou .

    Concentrao de atividade e taxa de exposio na superfcie dos

    rejeitos: baixo, mdio ou alto nvel de radiao.

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    6.1.2 Cuidados no manuseio

    Quando a dose da radiao ionizante est acima de um determinado limiar a

    gravidade aumenta rapidamente dependendo da dose equivalente efetiva

    (baixa/alta) e da forma da exposio (crnica/aguda). Portanto, em linhas gerais, o

    supervisor de radioproteo da instalao deve exigir da equipe:

    Execuo das tarefas conhecendo os riscos e procedimentos de

    emergncia, em caso de acidentes ou derramamentos;

    Boas prticas de trabalho para evitar a contaminao e irradiao

    desnecessria;

    Utilizao dos equipamentos de proteo individual e dosmetro; Monitoramento e descontaminao das reas, sempre que necessrio;

    Atendimento aos fatores de reduo de doses: tempo de exposio,

    distncia, blindagem.

    6.1.3 Minimizao da gerao

    Devem-se adotar prticas de trabalho adequadas e procedimentos

    operacionais apropriados, tais como:

    Manter a gerao em nveis mnimos

    praticveis em termos de atividade e

    volume;

    Evitar o uso de radioistopos de meia-vida (T1/2) longa;

    Ter cuidado para evitar acidentes e derramamentos;

    Descontaminao criteriosa, tendo o cuidado de no espalhar a

    contaminao;

    6.1.4 Segregao

    Segregar os rejeitos radioativos no momento de sua gerao, conforme

    classificao constante no Plano de Radioproteo do estabelecimento. Deve ser

    feita sempre que a concentrao de atividade estiver acima dos limites deeliminao estabelecidos:

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    De acordo com a forma qumica, biolgica e fsica;

    Na origem;

    Por radionucldeo;

    De acordo com a meia-vida (T1/2)

    Os rejeitos de meia-vida curta devem ser coletados separados dos rejeitos de

    meia-vida longa. Para os rejeitos de meia-vida curta, devem-se ainda anotar a data

    de gerao e a concentrao de atividade no momento da gerao, que so dados

    necessrios para o clculo do tempo de decaimento, visando ao descarte seguro

    sob o ponto de vista radiolgico.

    6.1.5 Acondicionamento

    Deve-se utilizar as embalagens originais ou outras (sacos plsticos, caixas e

    frascos) com caractersticas apropriadas a cada tipo de rejeito,

    conforme estabelecido no Plano de RadioproteoPR aprovado

    para o estabelecimento.

    Figura 37: CAIXA BLINDADA PARA REJEITOS.

    Os rejeitos biolgicos devem ser embrulhados um a um em papel absorvente,

    ser enrolados em plstico e firmemente presos com fita forte e resistente umidade,

    colocados dentro de caixas de papelo e conservados em freezer, at a data do

    descarte.

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    6.1.6 Caracterizao primria e identificao dos rejeitos

    A caracterizao primria consiste na determinao qualitativa e quantitativa

    das propriedades fsicas, qumicas, biolgicas e radiolgicas dos rejeitos gerados e a

    sua quantificao (volume e peso).

    Para a caracterizao primria e identificao dos rejeitos devem-se:

    Identificar todos os constituintes do rejeito de cada recipiente, inclusive

    os radionucldeos presentes;

    Determinar, as concentraes de atividade dos radionucldeos

    presentes nos rejeitos lquidos e a atividade especfica dos rejeitos

    slidos. Determinar ou estimar os perodos de armazenamento temporrio, at

    que sejam alcanados os limites de eliminao;

    Identificar devidamente os rejeitos por meio de etiqueta contendo o

    smbolo internacional de presena de radiao e outras informaes

    relevantes;

    Figura 38 ETIQUETA DE IDENTIFICAO DE REJEITOS. Preencher o formulrio "Controle de Rejeitos Radioativos", com todas

    as informaes disponveis sobre o rejeito. O formulrio deve ser

    prprio e individual para cada recipiente e deve ser preenchido logo

    aps a caracterizao do rejeito e antes da transferncia para o local

    de armazenamento.

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    Figura 39 SUGESTO DE ETIQUETA DE IDENTIFICAO DE REJEITOS RADIOATIVOS

    6.1.7 Armazenamento temporrio para decaimento

    O local de armazenamento deve ser exclusivo e longe de materiais no

    radioativos, especialmente materiais explosivos, inflamveis ou txicos.

    Dependendo da quantidade de rejeito a ser armazenado, pode-se usar uma caixa

    blindada no prprio laboratrio ou ter uma sala exclusiva (depsito) para o

    armazenamento de rejeitos radioativos. O local deve estar sinalizado com o smbolo internacional de presena

    de radiao, identificado como rea restrita e situado longe das reas

    de trabalho, mas em local de acesso fcil para a transferncia dos

    rejeitos;

    O rejeito radioativo dever estar devidamente acondicionado e

    identificado quanto ao radionucldeo, atividade, taxa de exposio e

    data da monitorao. Caso o rejeito seja armazenado para decaimento,dever constar, na etiqueta, a data prevista em que ocorrer a iseno

    ou eliminao controlada;

    A taxa de exposio em qualquer ponto acessvel fora do depsito no

    deve exceder os limites de dose para indivduos do pblico

    estabelecidos na norma CNEN-NN-3.01. Caso necessrio, deve-se

    providenciar blindagem do depsito de rejeitos;

    Os resduos de fcil putrefao devem ser mantidos sob refrigerao.

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    No se deve autoclavar material radioativo, pois poder contaminar a

    autoclave e o ambiente do entorno.

    6.1.8 Descarte ou eliminao de rejeitos radioativos por via convencional

    Os limites de eliminao so valores que determinada corrente de rejeito

    pode ser liberada pelas vias convencionais (atmosfera, esgotos sanitrios e sistema

    de coleta de lixo urbano), sob os aspectos de segurana radiolgica.

    Tabela 6 LIMITES PARA DESCARTE DE REJEITOS RADIOATIVOS.

    Em linhas gerais se tm:

    O limite de eliminao para rejeitos slidos em sistema de coleta de

    lixo urbano de 75 Bq/g (2nCi/g), para qualquer radionucldeo;

    Os limites de eliminao, dirio e mensal, de rejeitos lquidos na rede

    de esgotos sanitrios dependem do radionucldeo devem atender aos

    critrios estabelecidos na Norma CNEN-NE-6.05, que deve ser

    consultada;

    A eliminao de excretas de pacientes submetidos terapia

    radioisotpica deve ser feita de acordo com instrues especficas

    estabelecidas pela norma CNEN-NN-3.05.

    Antes da liberao do material como resduo comum, os rtulos, etiquetas e

    smbolos que indiquem a presena de radiao devem ser removidos do recipiente e

    os rejeitos devem ser gerenciados como resduos no radioativos de servios de

    sade, atendendo s restries impostas pelos rgos regulamentadores da sade

    e ambiental.

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    6.1.9 Registro e manuteno de inventrio

    O sistema de registros deve assegurar o rastreamento dos rejeitos radioativos

    e garantir a manuteno do inventrio de rejeitos atualizado. Devem conter as

    seguintes informaes:

    Identificao do rejeito e localizao do recipiente que o contm;

    Procedncia e destino;

    Transferncias internas e externas;

    Eliminaes realizadas, particularizando as atividades dirias liberadas;

    Outras informaes pertinentes segurana.

    Devem-se ainda observar:

    Informaes sobre a aquisio/utilizao de radionucldeos e gerao

    de rejeitos radioativos devem ser registradas em formulrio prprio;

    Os rejeitos armazenados e a sua destinao, incluindo eliminaes,

    devem ser registrados tambm em formulrio exclusivo;

    Os registros, bem como os documentos relativos a correes, devem

    ser mantidos na instalao;

    O controle de variaes de inventrio de todo material radioativo,

    inclusive dos rejeitos radioativos, devem, periodicamente, ser enviados

    CNEN, conforme as determinaes contidas na Autorizao para

    Operao.

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    Figura 40 CONTROLE DE VARIAES DO INVENTRIO DE RADIONUCLDEOS

    6.1.10 Transporte

    Os veculos utilizados em transporte interno de rejeitos devem possuir meiosde fixao adequados para os recipientes de modo a evitar danos aos mesmos.

    Os veculos, aps cada servio de transporte interno, devem ser monitorados

    e, caso necessrio, descontaminados.

    Os critrios de escolha da embalagem para o transporte externo, bem como o

    seu transporte, esto definidos na norma CNEN-NE-5.01. O expedidor responsvel

    pela segurana do transporte.

    6.1.11 Entrega aos institutos da CNEN ou a empresas autorizadas

    O contato dever ser anterior gerao, o que garantir o cumprimento de

    critrios de aceitao no que tange, principalmente, aos requisitos de segregao,

    acondicionamento, caracterizao, entre outros.

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    6.1.12 Disposio final

    Aps alcanarem os nveis de liberao para resduos slidos, os mesmos

    devem ser recondicionados de acordo com a segunda classificao (A, B, D OU E) e

    encaminhados para sua disposio final.

    Os resduos lquidos que atenderem aos critrios estabelecidos na Norma

    CNEN-NE-6.05 podem ser liberados em rede coletora de esgoto. Os que tm

    caractersticas de periculosidade, de acordo com a NBR 10004 da ABNT, no

    podem ser descartados na rede de esgoto, mas devem ser tratados.

    Anexo c

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    7. PROCEDIMENTOS DE ROTINA EM IODOTERAPIA

    Esse procedimento realizado com a administrao de iodeto131. O iodeto

    deve estar contido em recipiente descartvel adequadamente blindado.

    Figura 41: ADMINISTRAO DE IODO.

    Os pacientes com doses administradas cuja atividade seja superior a 1,11

    Gbq (30 mCi) de iodeto131 devem ser internados em quartos com sanitrio privativo,

    destinados para esta finalidade. Havendo 2 (dois) pacientes no quarto teraputico

    obrigatrio o uso de barreira protetora entre os leitos (biombo blindado).

    Na porta do quarto, alm do smbolo internacional de radiao e da

    classificao da rea, deve ser colocada uma tabuleta contendo o nome e atividade

    do radionucldeo administrado; a data, hora da administrao e registro dirio dataxa de exposio a 1 metro do paciente e Nome, endereo e telefone do

    responsvel pela radioproteo.

    Objetos passveis de contaminao (por exemplo, telefones, maanetas,

    interruptores, tampas de vaso sanitrio, torneiras etc...) devem ser recobertos com

    plstico impermevel e aps a sada do paciente devem ser monitorados e os

    plsticos segregados.

    O paciente liberado quando a atividade presente de iodeto131 for igual ou

    inferior a 1,11 Gbq (30 mCi). Vestimentas pessoais, roupas de cama e roupas de

    banho do paciente devem ser monitoradas. No caso de contaminao das referidas

    roupas, elas devem ser armazenadas em local apropriado, at atingir nveis

    aceitveis.

    O quarto s deve ser liberado para uso geral quando as doses para indivduos

    do pblico forem inferiores aos limites estabelecidos na Norma CNENNE3.01

    Diretrizes Bsicas de Radioproteo.

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    Em caso de bito, o cadver deve ser envolto em plstico e colocado em

    caixo que ser lacrado adequadamente. Caso a taxa de dose a 1 metro do caixo

    seja superior a 50 mSv/h no deve haver velrio e nem cremao.

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    8. CONCLUSO

    Conclui-se com esse trabalho que o controle de qualidade de extrema

    importncia no servio de Medicina Nuclear, para garantir imagens de boa

    qualidade, assim como, assegurar proteo radiolgica ao paciente, aos

    funcionrios e ao publico em geral.

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    REFERNCIAS

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    Resumo das normas nucleares, encontrado no site:

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