Programa de Pós-Graduação Ciências da Saúde Aplicadas ao...

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação Ciências da Saúde Aplicadas ao Aparelho Locomotor MAYSA DE SOUZA CAMPOS Consolidação óssea após fratura diafisária do fêmur em ratas diabéticas tratadas com terapia por vibração Ribeirão Preto 2016

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

Programa de Pós-Graduação Ciências da Saúde Aplicadas ao Aparelho Locomotor

MAYSA DE SOUZA CAMPOS

Consolidação óssea após fratura diafisária do fêmur em ratas diabéticas tratadas

com terapia por vibração

Ribeirão Preto

2016

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MAYSA DE SOUZA CAMPOS

Consolidação óssea após fratura diafisária do fêmur em ratas diabéticas tratadas

com terapia por vibração

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação Ciências da Saúde Aplicadas ao Aparelho

Locomotor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da

Universidade de São Paulo para obtenção do título de

Mestre em Ciências Médicas.

Área de concentração: Reabilitação do Aparelho Locomotor

Orientadora: Dra. Ariane Zamarioli

Ribeirão Preto

2016

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AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE

TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO,

PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

FICHA CATALOGRÁFICA

Campos, Maysa de Souza

Consolidação óssea após fratura diafisária do fêmur em

ratas diabéticas tratadas com terapia por vibração, 2016.

107 f.: Il. ; 30 cm

Dissertação de Mestrado, apresentada à Faculdade de

Medicina de Ribeirão Preto/USP. Área de concentração:

Reabilitação.

Orientadora: Zamarioli, Ariane.

1. Diabetes mellitus. 2. Fratura óssea. 3. Calo ósseo. 4.

Terapia por vibração.

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FOLHA DE APROVAÇÃO

Maysa de Souza Campos

Consolidação óssea após fratura diafisária do fêmur em ratas diabéticas tratadas com

terapia por vibração

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

Ciências da Saúde Aplicadas ao Aparelho Locomotor da

Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade

de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Ciências

Médicas.

Área de concentração: Reabilitação do Aparelho Locomotor

Aprovado em:

Banca Examinadora

Prof. Dr. _______________________________________________________________

Instituição: _____________________________________________________________

Assinatura: _____________________________________________________________

Prof. Dr. _______________________________________________________________

Instituição: _____________________________________________________________

Assinatura: _____________________________________________________________

Prof. Dr. _______________________________________________________________

Instituição: _____________________________________________________________

Assinatura: _____________________________________________________________

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Dedicatória

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A Deus,

A Deus, por ter guiado nesta trajetória e possibilitou chegar até

aqui. Agradeço pela sua misericórdia, compaixão, graça e amor

que estão sempre presentes, sustentando-me nos momentos mais

difíceis.

Aos meus pais,

Joaquim e Maria José, presentes em todos os momentos de

minha vida, meu porto seguro, minha fonte inesgotável de

fortaleza, a quem devo tudo que sou.

Ao meu irmão,

Mateus, pelo amor e amizade que nos une.

Aos meus avós,

Hamilton e Alzira, que com amor, carinho e dedicação, sempre

me apoiaram em todas as etapas da minha vida.

Dedico este trabalho

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Agradecimentos

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À Dra. Ariane Zamarioli, pela orientação que me propiciou o conhecimento necessário para o

desenvolvimento deste estudo, além da contribuição para meu crescimento pessoal, acadêmico e

científico. Muito obrigada pela receptividade, pela paciência, as acuradas leituras, os acertados

comentários e inúmeras sugestões feitas durante o desenvolvimento da pesquisa e a escrita da

dissertação e do artigo.

Ao Prof. Dr. José Batista Volpon, chefe do Laboratório de Bioengenharia da FMRP-USP e co-

orientador desta Tese de Mestrado, pela disponibilidade do laboratório, pela contribuição direta

e indireta no enriquecimento deste estudo e por todo o conhecimento oferecido, tanto no âmbito

pessoal, como profissional, durante o período de convivência no laboratório. Muito obrigada por

transmitir parte de seu conhecimento e experiência, além da confiança depositada em mim

durante todos esses anos.

Ao Prof. Dr. Manoel Damião de Sousa Neto, pela disponibilidade do Laboratório de

Morfologia do Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de

Ribeirão Preto (FORP-USP) para realização das análises microtomográficas e à Pós-Graduanda

Graziela Bianchi Leoni pelo auxílio durante as análises.

Ao Prof. Dr. José Francisco Albuquerque de Paula do Laboratório de Metabolismo e

Endocrinologia da FMRP-USP, pelo auxílio na execução e escolha dos kits ELISA de

marcadores bioquímicos de formação e reabsorção óssea e à técnica Marta Nakao pelo auxílio

na execução das dosagens e análises dos kits.

À Prof. Raquel Assed Bezerra Segato pela disponibilidade do Laboratório de Histologia do

Departamento de Clínica Infantil da FORP e aos técnicos Marco Antônio, Nilza Letícia e

Fátima Aparecida, pelo auxílio na confecção das lâminas histológicas, que não mediram

esforços e sempre tão solícitos desde o início até o fim das análises histológicas. Muito

obrigada!

Aos funcionários do Laboratório de Bioengenharia: Carlos Alberto Moro, Ismar Ribeiro,

Luiz Henrique Alves Pereira, Maria Teresinha de Morais, Reginaldo Trevilatto Silva pelo

auxílio e disponibilidade para a conclusão desta dissertação de mestrado.

À secretária do Programa de Pós-Graduação Ciências da Saúde Aplicadas ao Aparelho

Locomotor da FMRP-USP Rita de Cássia S. Cossalter, pela atenção e orientação prestadas

desde o início até a conclusão do mestrado. Obrigada pelo zelo e preocupação em informar

todas as etapas da defesa e entrega de documentos.

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À amiga Ana Paula Franttini, que me auxiliou durante a execução dos meus experimentos,

pela paciência, zelo e companheirismo, serei sempre grata pela sua ajuda.

Às alunas de pós-graduação e amigas de laboratório Ana Paula Franttini, Larissa Azevedo,

Mariana Butezloff, Patrícia Sena, Iara Botega, Patrícia San Gregório, Beatriz Trani e, ao

técnico do Laboratório de Bioengenharia responsável pelo Biotério Francisco Carlos

Mazzocato, pelo auxílio na realização dos experimentos e pelo constante apoio. Sem vocês este

trabalho jamais teria sido concluído.

Ao amigo Felipe D'Aloia, pelo auxílio gráfico para a confecção da capa desta dissertação e para

a formatação das figuras.

Às minhas amigas Bruna Soares, Marina Devicaro e Rafaela Andrião pelo companheirismo,

apoio e incentivo durante toda fase do mestrado.

À FAPESP e à CAPES, pelo apoio financeiro e concessão de bolsa de mestrado.

E a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho.

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Resumo

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RESUMO

CAMPOS, M.S. Consolidação óssea após fratura diafisária do fêmur em ratas

diabéticas tratadas com terapia por vibração. 2016. 107 f. Dissertação (Mestrado) –

Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto,

2016

A diabetes mellitus é uma doença sistêmica que afeta o metabolismo como um todo e

pode interferir de maneira significativa na saúde do indivíduo. Sabe-se que a diabetes

pode causar atraso na consolidação óssea e alterar a qualidade do tecido ósseo. A terapia

por vibração é um método terapêutico com potencial para acelerar e melhorar a

consolidação óssea pós-fratura. Neste estudo, a qualidade do tecido e do calo ósseo dos

fêmures foi analisada em ratas normais e diabéticas, tratadas pela terapia por vibração.

Foram utilizadas 150 ratas Wistar, aleatoriamente divididas em 5 grupos experimentais:

(1) CON+FRAT: ratas normais submetidas à fratura óssea; (2) DM: ratas diabéticas; (3)

DM+FRAT: ratas diabéticas submetidas à fratura óssea; (4) CON+FRAT+TV: ratas

normais submetidas à fratura óssea e tratadas com terapia por vibração; (5)

DM+FRAT+TV: ratas diabéticas submetidas à fratura óssea e tratadas com terapia por

vibração. Para avaliação do calo ósseo todos os grupos foram divididos em 2 subgrupos

(n=15/subgrupo), de acordo com o período de acompanhamento pós-fratura: 14 e 28

dias, correspondente às fases de calo mole e calo duro, respectivamente. A diabetes foi

induzida por meio de aplicação única de estreptozotocina. A fratura foi causada na

diáfise do fêmur pelo método fechado e fixada por implante ortopédico intramedular. A

terapia por vibração foi iniciada 3 dias após a realização da fratura experimental, com

frequência de 50 Hz, três vezes por semana, por 20 minutos. Ao término do período

experimental, os ossos foram submetidos às análises macroscópia, microtomografia

computadorizada (avaliação qualitativa e quantitativa da microestrutura óssea),

densitometria óssea (DXA), microscopia óptica (caracterização dos tecidos) e

bioquímica para avaliar os níveis de formação e reabsorção óssea. O nível de

significância estatística foi de 5%. Com base nos resultados obtidos foi possível

observar que a diabetes resulta em deterioração significativa da microarquitetura óssea,

com redução expressiva na densidade óssea e remodelação. Além disso, foi possível

constatar que esses efeitos estão diretamente relacionados e dependentes do tempo de

exposição à diabetes e ao controle glicêmico, ou seja, quanto maior o nível glicêmico,

pior será a qualidade do tecido e do calo ósseo. Concluiu-se que a diabetes causou

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efeitos prejudiciais na qualidade do tecido ósseo intacto e na consolidação óssea após

fratura. No entanto, a terapia por vibração mostrou-se eficaz em amenizar

significativamente as deteriorações causadas tanto no osso intacto como no calo ósseo,

mas não melhorou a cicatrização da fratura em ratos do grupo controle. O estímulo

mecânico não apenas melhorou a qualidade do calo ósseo, mas também restaurou

parcialmente os níveis séricos de IGF-1 e RANK, induzindo a formação e mineralização

óssea, criando condições para o adequado reparo da fratura.

Palavras-chave: Diabetes mellitus, fratura óssea, calo ósseo, terapia por vibração.

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Abstract

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ABSTRACT

CAMPOS, M.S. Vibration therapy as an effective approach to improve and

accelerate bone healing in diabetic rats. 2016. 107 s. Dissertation (Master) – School

of Medicine of Ribeirão Preto - University of São Paulo, Brazil, 2016.

A total of 150 female Wistar rats were assigned to five groups: (1) CON+FRAT: control

rats submitted to bone fracture; (2) DM: diabetic rats; (3) DM+FRAT: diabetic rats

submitted to bone fracture; (4) CON+FRAT+TV: control rats submitted to bone fracture

and treated with vibration therapy; (5) DM+FRAT+TV: diabetic rats submitted to bone

fracture and treated with vibration therapy. Diabetes was induced with a single

intravenous injection of streptozotocin. Thirty days after diabetes induction, animals

underwent bone fracture at the right mid-femur, followed by surgical stabilization of

bone fragments. Three days after bone fracture, rats began vibration therapy (VT). On

days 14 and 28 post-fracture, the rats were euthanized, blood was collected for serum

bone marker analysis, and the femurs were collected for macroscopic analysis, dual-

energy X-ray absorptiometry (DXA), micro-computed tomography (μCT), histological

analysis and biochemistry to evaluate levels of bone formation and resorption. The level

of statistical significance was 5%. Based on the results obtained, it was possible to

observe that diabetes results in significant deterioration of the bone microarchitecture,

with significant reduction in bone density and remodeling. In addition, it was possible to

verify that these effects are directly related and dependent on the time of exposure to

diabetes and glycemic control, that is, the higher the glycemic level, the worse the

quality of the tissue and the callus. It was concluded that diabetes caused detrimental

effects on the quality of intact bone tissue and on bone healing after fracture. However,

vibration therapy proved to be effective in significantly alleviating deteriorations in both

intact bone and bone callus, but did not improve fracture healing in rats in the control

group. The mechanical stimulus not only improved bone callus quality, but also

partially restored serum IGF-1 and RANK levels, inducing bone formation and

mineralization, creating conditions for adequate fracture repair.

Key words: Diabetes mellitus, fracture healing, vibration, bony callus.

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Lista de Figuras

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Acompanhamento dos animais: Dia -3 (chegada e alojamento dos animais);

Dia 0 (indução de diabetes por meio da administração de estreptozotocina ou placebo

por meio da aplicação de solução de citrato); Dia 30 (fratura óssea); Dia 33 (início da

terapia por vibração); Dia 44 ou 58 (eutanásia de acordo com o subgrupo experimental

em análise).......................................................................................................................41

Figura 2. Figura esquemática da alavanca inter-resistente confeccionada no laboratório

que foi utilizada para produzir a fratura fechada do terço médio dos fêmures direitos dos

animais.............................................................................................................................43

Figura 3. Aspectos cirúrgicos da exposição e fixação da fratura. (A) Incisão lateral na

coxa direita com visualização da fratura. (B) Aspecto da fratura após fixação

intramedular. (C) Radiografia em perfil do membro posterior direito realizada após

fratura mostrando o alinhamento adequado dos fragmentos e a fixação intramedular

com fio de Kirschner.......................................................................................................44

Figura 4. Figura da plataforma vibratória confeccionada no laboratório de

Bioengenharia da FMRP utilizada na terapia por vibração.............................................45

Figura 5. Imagem radiográfica obtida imediatamente após a fratura e sua redução com

fio de Kirschner intramedular para confirmar a adequação e redução da fratura (A:

perfil; B: ântero-posterior)...............................................................................................45

Figura 6. Posicionamento dos ossos na plataforma do densitômetro..............................47

Figura 7. Análise densitométrica dos fêmures para avaliação da DMO, CMO e área do

calo...................................................................................................................................47

Figura 8. Ilustração de cegueira causada pela diabetes...................................................53

Figura 9. Gráfico representando a evolução da massa corpórea dos animais durante o

período experimental. Não foi observada diferença estatística entre a massa corpórea

dos animais no início dos experimentos, dia 0 (A). Embora todos os animais tenham

apresentado ganho de massa corpórea durante o seguimento longitudinal do estudo (B=

30 dias; C= 44; D= 58 dias após indução de diabetes/placebo), esse ganho foi superior

(e tempo-dependente) nos animais do grupo controle que nos animais

diabéticos.........................................................................................................................54

Figura 10. Gráfico de dispersão correlacionando massa corpórea e nível de glicemia nos

dias 30 (A), 44 (B) e 58 (C) após indução de diabetes ou placebo. É possível observar

que quanto maior o nível de glicemia, menor a massa corpórea do

animal..............................................................................................................................55

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Figura 11. Comparação da densidade mineral óssea (DMO) e do conteúdo mineral óssea

(CMO) entre os grupos. O período de 58 dias de diabetes resultou valores

significativamente inferiores de DMO e CMO em comparação aos animais controle. A

presença de asterisco indica diferença estatística (p<0,05).............................................58

Figura 12. Comparação da DMO, CMO e área do calo ósseo entre os grupos. A diabetes

reduziu tanto a densidade (DMO e CMO) como a área do calo ósseo neoformado no

período de 14 das após a fratura óssea. No período de 28 dias após a fratura a DMO e o

CMO persistiram reduzidos nos animais diabéticos em comparação aos controles. A

terapia por vibração foi eficaz em aumentar o CMO e a área do calo ósseo dos animais

diabéticos tratados. A presença de asterisco indica diferença estatística (p<0,05).........58

Figura 13. Microarquitetura trabecular da metáfise femoral mostrando redução

expressiva de tecido trabecular nos ratos diabéticos não tratados (DM+FRAT) em

comparação com animais controle (CON+FRAT), tanto no período de 44 como 58 dias

pós-indução. No período de 58 dias após indução de diabetes, a terapia por vibração foi

eficaz em minimizar as alterações deletérias decorrentes da hiperglicemia. No entanto, a

terapia por vibração exerceu efeito negativo na microarquitetura trabecular dos ossos

dos animais controle........................................................................................................60

Figura 14. Análise quantitativa da microarquitetura óssea trabecular. A diabetes resultou

em deterioração dos parâmetros quantitativos referentes à microestrutura trabecular,

sendo mais expressiva no período de 58 dias (tempo-dependente). Embora a terapia por

vibração tenha exercido efeito positivo na microarquitetura trabecular dos animais

diabéticos, ela resultou em efeito negativo nos ossos de ratos controle tratados. Os

asteriscos indicam diferença estatística significativa (p<0,05).......................................60

Figura 15. Microarquitetura cortical da diáfise femoral mostrando redução de tecido

cortical nos ratos diabéticos não tratados (DM+FRAT) em comparação com animais

controle (CON+FRAT). Diferente do tecido trabecular, as alterações na microestrutura

do osso cortical não foram amenizadas pela terapia por vibração (DM+FRAT+TV)....60

Figura 16. Análise quantitativa da microestrutura do osso cortical. Diferente do

observado no tecido trabecular, a diabetes não alterou a microarquitetura cortical na

mesma magnitude que afetou as rabéculas ósseas. Além disso, a terapia por vibração

exerceu efeito negativo no córtex de ratos diabéticos e controle. Os asteriscos indicam

diferença estatística significativa (p<0,05)......................................................................60

Figura 17. Imagens do calo ósseo obtidas pelo µCT, tanto no plano sagital, como

transversal. No período de 14 dias após a fratura, a diabetes (DMO) induziu redução da

neoformação óssea, com calo ósseo de menor volume e mineralização que nos grupos

controle. Embora a terapia por vibração tenha se mostrado parcialmente eficaz em

aumentar o volume do calo ósseo nos animais diabéticos, ela reduziu o volume do calo

nos animais controle........................................................................................................61

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Figura 18. Análise quantitativa da microestrutura do calo ósseo. A diabetes reduziu o

volume e a mineralização do calo ósseo. A terapia por vibração parece ter exercido

efeito positivo em aumentar o volume e mineralização do calo ósseo de animais

diabéticos, mas não nos animais controle. Os asteriscos indicam diferença estatística

significativa (p<0,05).......................................................................................................61

Figura 19. Lâminas histológicas de fêmures fraturados corados com HE em ampliações

de 12,5; 50 e 200x. A diabetes induziu atraso na proliferação e diferenciação celular

durante a cicatrização da fratura. Aos 14 dias pós-fratura, os ratos controle apresentaram

calo ósseo formado por trabéculas, enquanto os ratos diabéticos apenas apresentavam

tecido conjuntivo. O atraso persistiu na fase posterior da cicatrização (28 dias pós-

fratura), em que os ratos controle apresentavam trabéculas compactadas formando calo

ósseo maduro, e os ratos diabéticos apenas apresentavam trabéculas finas e espaçadas.

A terapia por vibração acelerou a diferenciação celular durante a cicatrização de fraturas

em ratos diabéticos em ambos os estágios, mas não provocou alterações na cicatrização

óssea normal....................................................................................................................62

Figura 20. Lâminas histológicas de fêmures fraturados coradas com solução Picro-

Sirius, com ampliação de 12,5x. A deposição de colágeno nos calos ósseos de ratos

diabéticos foi significativamente menor que nos ratos controle. A terapia por vibração

aumentou a deposição de colágeno em calos ósseos de ratos diabéticos, mas não em

ratos não diabéticos.........................................................................................................63

Figura 21. Lâminas histológicas de fêmures fraturados coradas com solução TRAP, com

ampliação de 12,5x. A diabetes induziu aumento na atividade osteoclástica 14 dias após

a fratura e a reduziu no período de 28 dias. A terapia de vibração aumentou a atividade

osteoclástica nos calos ósseos de ratos diabéticos 28 dias pós-fratura...........................63

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Lista de Tabelas

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Medidas macroscópicas dos fêmures esquerdos (intactos): massa,

comprimento e perímetros (diáfise e metáfise distal). As letras indicam diferenças

significativas (p<0,05).....................................................................................................57

Tabela 2. Medidas macroscópicas dos fêmures direitos (com fratura óssea): massa,

comprimento e perímetros (diáfise e metáfise distal)......................................................57

Tabela 3. Níveis séricos de IGF-1, RANK e CTX-I. A diabetes induziu redução

expressiva no nível sérico de IGF-1 (formação óssea), mas foi parcialmente revertida

pela terapia por vibração. Quanto aos marcadores de reabsorção óssea), a debates

induziu aumento expressivo nos níveis de CTX-I. As letras indicam diferenças

significativas (p <0,05)....................................................................................................64

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Lista de Quadro

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LISTA DE QUADRO

Quadro 1. Grupos experimentais.....................................................................................40

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Lista de Abreviaturas e

Siglas

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

TGF-β Fator de transformação do crescimento beta

IL-1 Interleucinas 1

IL-6 Interleucinas 6

TNF-α Fator de necrose tumoral

BMP-2 Proteína morfogenética óssea

RANK-L Ligante do receptor ativador do fator nuclear kappa B

CON Grupo controle

FRAT Fratura óssea

DM Diabetes mellitus

TV Terapia por vibração

NaCl Cloreto de sódio

FMRP-USP Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

DXA Densitometria óssea com dupla emissão de raios X

DMO Densidade mineral óssea

CMO Conteúdo mineral ósseo

μCT Microtomografia computadorizada

ASBMR American Society for Bone and Mineral Research

BV Volume ósseo total

BV/TV Volume ocupado pela medula e trabéculas ósseas

TbN Número de trabéculas ósseas por milímetro de tecido

TbTh Espessuras das trabéculas ósseas

TbSp Espaçamento entre as trabéculas ósseas

ConnD Densidade de conexão entre múltiplas trabéculas ósseas

DTT Densidade tecidual trabecular

Ct.V Volume cortical total

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Ct.BV/TV Volume ocupado pela cortical

Ct.Th Espessura cortical

FORP Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto

EDTA Ácido etilenodiamino tetra-acético

HE Hematoxilina-Eosina

TRAP Tetrade Resistant Acid Phosphatase

RPM Rotação por minuto

IGF-1 Fator de Crescimento Similar à Insulina Tipo 1

CTX-I C-terminal telopeptide of type I collagen

ELISA Enzyme-Linked Immunoabsorbent Assay

DP Desvio-padrão

PDGF Fator de crescimento derivado de plaquetas

VEGF Fator de crescimento endotelial vascular

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Lista de Símbolos e

Unidades

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LISTA DE SÍMBOLOS E UNIDADES

% Porcentagem

mm Milímetro

mg Miligrama

g Grama

cm Centímetro

cm² Centímetro quadrado

ms Milissegundo

g/cm³ Grama por centímetro cúbico

Hz Hertz

°C Graus Celsius

µL Microlitro

Mp Megapixel

mg/kg Miligrama por quilograma

pH Potencial hidrogeniônico

mg/dl Miligrama por decilitro

mA Miliampere

kV Kilovolt

n°/mm Número por mililitro

mm³ Milímetro cúbico

µm Micrômetro

ml Mililitro

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Sumário

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................32

1.1 Reparo ósseo normal.................................................................................32

1.2 Reparo ósseo na diabetes..........................................................................34

1.3 Indução diabética em animais experimentais.........................................36

1.4 Efeitos osteogênicos da terapia por vibração na consolidação óssea....36

2 OBJETIVOS ............................................................................................................38

3 MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................40

3.1 Animais experimentais..............................................................................40

3.2 Grupos experimentais...............................................................................40

3.3 Procedimento experimental – indução farmacológica à diabetes.........41

3.4 Procedimento experimental – fratura óssea............................................42

3.5 Procedimento experimental – tratamento com terapia por vibração...44

3.6 Análise radiográfica ..................................................................................45

3.7 Análise da estrutura óssea ........................................................................46

3.7.1 Análise macroscópica...................................................................46

3.7.2 Densitometria óssea (DXA)..........................................................46

3.7.3 Microtomografia computadorizada (µ-CT).................................47

3.7.3.1 Análise da microarquitetura trabécular....................................48

3.7.3.1.1 Análise da densidade tecidual trabecular (DTT).....49

3.7.3.2 Análise da microarquitetura cortical........................................49

3.7.3.3 Análise da microarquitetura do calo ósseo...............................49

3.7.3.4 Análise da densidade tecidual óssea........................................49

3.7.4 Microscopia óptica.......................................................................49

3.7.5 Análise bioquímica dos marcadores de formação e reabsorção

óssea (ELISA)........................................................................................50

3.8 Análise dos resultados...............................................................................50

4 RESULTADOS........................... .............................................................................53

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4.1 Massa corpórea..........................................................................................53

4.2 Relação entre massa corpórea e glicemia................................................54

4.3 Análise macroscópica................................................................................55

4.4 Análise densitométrica..............................................................................57

4.5 Análise da microarquitetura óssea µCT..................................................58

4.5.1 Análise da microarquitetura trabecular...................................58

4.5.2 Análise da microarquitetura do osso cortical..........................59

4.5.3 Microarquitetura do calo ósseo................................................60

4.6 Microscopia ótica.......................................................................................61

4.7 Análise dos marcadores de formação e reabsorção óssea (ELISA)......64

5 DISCUSSÃO..........................................................................................................67

5.1 Relação entre diabetes, qualidade óssea e terapia por vibração...........67

5.2 Relação entre diabetes, consolidação óssea e terapia por vibração......68

6 CONCLUSÕES ........................................................................................................72

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................74

ANEXOS......................................................................................................................79

Parecer da Comissão de Ética no Uso de Animais FMRP-USP..................80

MANUSCRITO............................................................................................................82

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Introdução

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Introdução - 32

1 INTRODUÇÃO

Apesar dos avanços ortopédicos para obtenção da consolidação óssea normal

após fratura, aproximadamente 10% delas ainda apresentam atraso na consolidação ou

se desenvolvem em pseudoartroses que podem causar incapacidade funcional (Azad et

al., 2009). Considerando os Estados Unidos isoladamente, em que o número anual de

fraturas ósseas chega a 8 milhões, o impacto clínico e financeiro das alterações da

consolidação óssea no sistema de saúde é significante (Assiotis et al., 2012). Múltiplos

fatores podem ser considerados como de risco para interferências no reparo ósseo, como

idade, tabagismo, doenças osteometabólicas, agentes farmacológicos e algumas

condições sistêmicas como a diabetes (Urabe et al., 2003; Diniz et al., 2008; Ogasawara

et al., 2008; Azad et al., 2009).

Estima-se que cerca de 16 milhões de pessoas, aproximadamente 4% da

população, sejam portadoras de diabetes nos Estados Unidos; aproximadamente 1,4

milhões de americanos são diagnosticados por ano (Association, 2005), sendo

responsável por mais de 40.000 mortes e 20.000 amputações anualmente (Diniz et al.,

2008). De acordo com estatísticas da World Health Organization, em 2014 o número de

pessoas com diabetes foi de 422 milhões. Em 2040, estima-se um aumento de 52%, ou

seja, cerca de 642 milhões de indivíduos com diabetes. Além disso, cerca de 1,5

milhões de mortes foram causadas diretamente pela diabetes em 2012 (Federation,

2006; Organization, 2016b). No Brasil, há previsão de que haverá 12 milhões de

indivíduos diabéticos no ano de 2025 (Diniz et al., 2008).

A relação entre distúrbio da consolidação óssea e diabetes tem sido referida em

humanos (Montagnani et al., 2011a; Kim et al., 2012a) e investigada em animais de

laboratório desde a década de 60 (Herbsman et al., 1968). Embora o assunto tenha sido

abordado em diversos estudos (Herbsman et al., 1968; Macey et al., 1989; Beam et al.,

2002; Urabe et al., 2003; Follak et al., 2004; Diniz et al., 2008; Ogasawara et al., 2008;

Al-Zube et al., 2009; Azad et al., 2009; Kidder et al., 2009; Wang et al., 2012), os

mecanismos e em que grau a qualidade óssea é afetada pela diabetes ainda não estão

completamente elucidados na literatura científica.

1.1 Reparo ósseo normal

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Introdução - 33

A fratura de um osso longo apresenta duas principais consequências: perda da

integridade mecânica e da continuidade do tecido ósseo (Merloz, 2011), que deverão ser

recuperados pela consolidação óssea, um processo complexo e multifásico, envolvendo

a atividade coordenada de diversos tipos de células (Diniz et al., 2008; Kayal et al.,

2009; Fazzalari, 2011).

O processo tem início por um hematoma formado em resposta à lesão dos

tecidos. Células progenitoras são recrutadas e chegam ao local da lesão, onde se

proliferam e diferenciam-se em condrócitos e osteoblastos. Esse sistema de cascata que

é desencadeado após a fratura contribui para o remodelamento das extremidades dos

ossos fraturados, que ocorre pela combinação da ossificação endocondral e

intramembranosa (Fazzalari, 2011), garantindo a formação do calo ósseo, que consiste

em tecido regenerado de preenchimento do espaço entre dois fragmentos ósseos e

recupera a integridade mecânica desfeita pela fratura.

Na cascata de eventos que ocorre após a fratura, no hematoma, há liberação de

fatores de crescimento da matriz extracelular, incluindo a regulação de citocinas e

migração de células inflamatórias e endoteliais para a região da fratura, que estão

envolvidas na consolidação óssea, e que podem ser classificadas em três grupos;

citocinas pró-inflamatórias, fatores de crescimento (TGF-β) e fatores angiogênicos. A

fase inflamatória está associada à formação do hematoma, recrutamento de células

tronco mesenquimais, proliferação celular e início da condrogênese. Interleucinas 1 e 6

(IL-1 e IL-6) e fator de necrose tumoral (TNF-α) iniciam a cascata de eventos da

cicatrização óssea. A expressão dos fatores de crescimento derivados de tumor (TGF-β),

das plaquetas e da proteína morfogenética óssea (BMP-2) aumenta para prosseguir a

formação do calo ósseo. A contínua expressão de BMP-5, BMP-6 e TGF-β sugerem

efeitos reguladores, tanto na ossificação endocondral, como na intramembranosa.

A fase primária de formação óssea está relacionada com a rápida osteogênese,

envolvendo o recrutamento de células ósseas, apoptose de condrócitos, recrutamento de

osteoclastos, absorção de cartilagem mineralizada e contínua neoangiogênese. Estas

ocorrências estão associadas ao aumento do TNF-α, do ligante do receptor ativador do

fator nuclear kappa B (RANK-L) e do fator estimulante de colônias de macrófagos

(MCSF). Os níveis de BMP-3, BMP-4, BMP-7 e BMP-8 aumentam com a absorção de

cartilagem calcificada e promovem o recrutamento de células osteoblásticas.

Os condrócitos produzem cartilagem, formando o calo ósseo mole, e em seguida

sofre calcificação, tornando-se mais resistente e protegendo o local fraturado. Segue-se

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Introdução - 34

a apoptose dos condrócitos e, simultaneamente, os osteoclastos começam a absorver

tecido cartilaginoso mineralizado, caracterizando a fase de formação óssea endocondral

executada pelos osteoblastos. A formação óssea secundária e remodelagem estão

relacionadas com a atividade normal da medula óssea, em que a expressão de IL-1 e de

IL-6 aumenta com a remodelagem óssea, enquanto que RANK-L, MCSF e TGF-β

apresentam níveis reduzidos de expressão, nesta fase do reparo ósseo (Fazzalari, 2011).

Por último, o tecido ósseo sofre remodelação cujo objetivo é recuperar a

anatomia e a função original do osso antes da fratura. A remodelação óssea é o

resultado de um processo dinâmico de formação e reabsorção do tecido ósseo, em que a

reabsorção causa a deterioração desse tecido enquanto a formação do mesmo é

responsável pela reconstrução e fortalecimento do tecido deteriorado (Kayal et al.,

2009; Fazzalari, 2011).

1.2 Reparo ósseo na diabetes

Sabe-se que a diabetes afeta a qualidade do tecido ósseo, causando osteopenia e

déficit no processo de reparo ósseo. Alguns fatores são considerados responsáveis pelo

elevado risco de fratura óssea no diabético, dentre eles se destacam a perda global de

massa óssea e a redução na capacidade de absorver energia (Korres et al., 2013). A

maioria dos estudos concentra-se na relação entre a diabetes e a reduzida taxa de

formação óssea, que está alterada, com redução da densidade mineral óssea e dos níveis

de osteocalcina e fosfatase alcalina. Diversos mecanismos são sugeridos como causas

da alteração óssea na diabetes, como modificações nas sinalizações celulares causadas

pela hiperglicemia, exacerbação da fase inflamatória, alterações circulatórias dos fatores

de crescimento e hormônios endócrinos, além do aumento do estresse oxidativo e morte

celular (Kayal et al., 2009). Krakauer et al. relataram que pacientes com diabetes

apresentam redução na taxa de formação óssea durante o crescimento, enquanto que a

longo prazo, devido à hiperglicemia, há aumento da reabsorção óssea e osteopenia

(Krakauer et al., 1995).

Evidências recentes sugerem que a diabetes esteja relacionada com a perda de

massa óssea devido ao aumento da atividade osteoclástica. Em animais experimentais,

os resultados mostram que a diabetes acarreta desenvolvimento de calos ósseos

pequenos e com formações óssea e cartilaginosa reduzidas, redução da proliferação e

diferenciação de células osteoblásticas e condrócitos, além da redução expressiva na

resistência mecânica do osso durante o processo de reparo ósseo (Kayal et al., 2009).

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Introdução - 35

O conteúdo genético responsável pela formação óssea do osso diabético em

processo de reparo pós-fratura óssea apresenta-se reduzido em 40%, quando comparado

com o osso normal, indicando baixa celularidade do calo ósseo diabético devido à

redução da proliferação celular associada à baixa produção de fatores de crescimento

(Kayal et al., 2009). Além disso, o calo ósseo na diabetes apresenta conteúdo

cartilaginoso reduzido, devido à redução nas taxas de diferenciação e proliferação dos

condrócitos (Diniz et al., 2008; Ogasawara et al., 2008; Kayal et al., 2009).

Apesar da relação entre diabetes e distúrbios osteometabólicos, como perda de

massa óssea, aumento da fragilidade óssea e alterações na consolidação do osso

fraturado ser conhecida na literatura científica, a fisiopatologia dos eventos envolvidos e

a resposta a tratamentos ainda não estão completamente elucidadas (Follak et al., 2004).

Neste contexto, vários mecanismos têm sido usados para explicar a maior incidência de

atraso, ou não consolidação óssea em indivíduos diabéticos, incluindo redução da

circulação sanguínea e angiogênese, resposta inflamatória exagerada, redução da síntese

de colágeno e desequilíbrio osteometabólico entre as atividades entre osteoblastos e

osteoclastos (Diniz et al., 2008). Estudos experimentais com animais de laboratório têm

sido muito utilizados com a finalidade de executar procedimentos que permitam

identificar mecanismos responsáveis pela relação entre diabetes e alterações de

consolidação óssea.

1.3 Indução diabética em animais experimentais

Diversos métodos podem ser utilizados para indução da diabetes em ratos, como

criação de variedades com pré-disposição genética para desenvolver a doença (Beam et

al., 2002; Follak et al., 2004; Al-Zube et al., 2009) ou indução farmacológica por meio

de estreptozotocina (Macey et al., 1989; Ogasawara et al., 2008; Kidder et al., 2009;

Johansen et al., 2013) e aloxana (Herbsman et al., 1968; Diniz et al., 2008).

A indução diabética por meio da estreptozocina atualmente é considerada um

dos melhores modelos para o estudo dos efeitos da diabetes no tecido ósseo de animais

experimentais (Ogasawara et al., 2008), sendo o mais utilizado na literatura científica

(Follak et al., 2004). A estreptozotocina causa destruição de células β pancreáticas,

hipoinsulinismo e hiperglicemia, características clínicas comuns no indivíduo com

diabetes tipo 1. Estudos mostraram redução da densidade mineral óssea e dos níveis

séricos de osteocalcina em ratos induzidos à diabetes por meio da estreptozotocina

(Ogasawara et al., 2008).

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Introdução - 36

Conscientes da perda de massa óssea decorrente da diabetes, diversos estudos

têm sido desenvolvidos com o objetivo de identificar recursos profiláticos e terapêuticos

para amenizar e até reverter os danos ósseos causados pela hiperglicemia (Follak et al.,

2004; Al-Zube et al., 2009). O uso recente da plataforma vibratória, com efeito

osteogênico, tem se mostrado promissor na melhora da qualidade óssea e,

possivelmente, na melhora da consolidação do calo ósseo (Leung et al., 2009; Shi et al.,

2010).

1.4 Efeitos osteogênicos da terapia por vibração na consolidação óssea

A terapia por vibração é um recurso que vem sendo estudado e mostra que a

baixa magnitude da vibração de alta frequência proporciona estímulos mecânicos não

invasivos utilizados como recurso para acelerar o processo de consolidação óssea,

formação de calo ósseo, remodelação, mineralização e restauração mecânica (Rubin et

al., 2004; Gilsanz et al., 2006; Leung et al., 2009; Shi et al., 2010). A vibração exerce

efeito osteogênico sobre a qualidade óssea, melhorando a densidade mineral óssea

(Rubin et al., 2004; Gilsanz et al., 2006). Efeitos positivos e benéficos também foram

observados decorrentes do aumento na circulação sanguínea dos membros e na área

transversa da fibra muscular (Murfee et al., 2005; Xie et al., 2008). Atualmente, é

reconhecida a importância da mecanotransdução, fenômeno que consiste em

transformar estímulos mecânicos em respostas biológicas positivas que contribuem para

o trofismo dos tecidos (Xie et al., 2008). Alguns estudos observaram que a terapia por

vibração apresentou melhora na consolidação de fraturas em ossos de ratos (Stuermer et

al., 2010; Komrakova et al., 2013). No entanto, os autores utilizaram o modelo de

perfuração óssea, em que não há formação de calo ósseo por ossificações endocondral e

intramembranosa. A terapia por vibração acelera o processo de consolidação óssea

(Leung et al., 2009; Shi et al., 2010). Por outro lado, outros autores não observaram

resultados positivos da terapia por vibração na consolidação do defeito ósseo (Wolf et

al., 2001).

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Objetivos

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Objetivos - 38

2 OBJETIVOS

Avaliar as alterações do tecido e calo ósseos de fêmures de ratas diabéticas

submetidas à terapia por vibração.

Analisar a influência da diabetes e terapia por vibração na consolidação óssea

em diferentes fases da cicatrização tecidual.

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Materiais e Métodos

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Materiais e Métodos - 40

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Animais experimentais

Foram utilizadas cento e cinquenta ratas da raça Rattus Norvegicus albinus,

variedade Wistar, com massa corpórea inicial de 190 a 200 gramas.

Os animais foram fornecidos pelo Biotério Central da Prefeitura do Campus de

Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo e alojados no Biotério do Laboratório de

Bioengenharia. Antes do período de experimentação as ratas passaram por ambientação

durante três dias, sem qualquer intervenção. Durante todo o período experimental foram

mantidas sem restrição de acesso à água e ração, em temperatura ambiente de 20 a

24°C, com controle de luminosidade (claro/escuro: alternância de 12 horas) e controle

da umidade relativa de 45 a 55%, podendo aumentar de 3 a 5°C no interior da gaiola.

Todos os procedimentos experimentais envolvidos nesse estudo foram

aprovados Comissão de Ética em Experimentação Animal da Faculdade de Medicina de

Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (processo nº 201/2014) e seguem as

recomendações do Colégio Brasileiro de Experimentação Animal - COBEA (Andersen

et al., 2004).

3.2 Grupos experimentais

Os animais foram aleatoriamente divididos em cinco grupos experimentais, com

dois subgrupos cada (Quadro 1).

Quadro 1 – Grupos experimentais

Grupos Subgrupos

CON+FRAT

Grupo controle com fratura óssea

CON+FRAT1 (n=25) – ratas não diabéticas observadas por 30

dias sem qualquer intervenção experimental, realização de

fratura óssea e seguidas por 14 dias pós-fratura (total de 44 dias)

CON+FRAT2 (n=20) – ratas não diabéticas observadas por 30

dias sem qualquer intervenção experimental, realização de

fratura óssea e seguidas por 28 dias pós-fratura (total de 28 dias)

DM DM1 (n=31) – ratas diabéticas em seguimento de 44 dias

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Materiais e Métodos - 41

Grupo com diabetes mellitus DM2 (n=30) – ratas diabéticas em seguimento de 58 dias

DM+FRAT

Grupo com diabetes e fratura

óssea

DM+FRAT1 (n=18) – ratas diabéticas observadas por 30 dias,

realização de fratura óssea e seguidas por 14 dias pós-fratura

(total de 44 dias)

DM+FRAT2 (n=18) – ratas diabéticas observadas por 30 dias,

realização de fratura óssea e seguidas por 28 dias pós-fratura

(total de 58 dias)

CON+FRAT+TV

Grupo controle com fratura óssea

e terapia por vibração

CON+FRAT+TV1 (n=17) – ratas não diabéticas observadas por

30 dias, realização de fratura óssea e terapia por vibração por 14

dias pós-fratura (total de 44 dias)

CON+FRAT+TV2 (n=20) – ratas não diabéticas observadas por

30 dias, realização de fratura óssea e terapia por vibração por 28

dias pós-fratura (total de 58 dias)

DM+FRAT+TV

Grupo com diabetes, fratura

óssea e terapia por vibração

DM+FRAT+TV1 (n=38) – ratas diabéticas observadas por 30

dias, realização de fratura óssea e terapia por vibração por 14

dias pós-fratura (total de 44 dias)

DM+FRAT+TV2 (n=30) – ratas diabéticas observadas por 30

dias, realização de fratura óssea e terapia por vibração por 28

dias pós-fratura (total de 28 dias)

Todos os procedimentos experimentais envolvidos no estudo serão abordados

individualmente neste capítulo e a Figura 1 esquematiza resumidamente o desenho do

estudo.

Figura 1. Acompanhamento dos animais: Dia -3 (chegada e alojamento dos animais); Dia 0 (indução de

diabetes por meio da administração de estreptozotocina ou placebo por meio da aplicação de solução de

citrato); Dia 30 (fratura óssea); Dia 33 (início da terapia por vibração); Dia 44 ou 58 (eutanásia de acordo

com o subgrupo experimental em análise).

3.3 Procedimento experimental – indução farmacológica à diabetes

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Materiais e Métodos - 42

A indução da diabetes foi realizada por meio de única aplicação intravenosa de

40 mg/kg de estreptozotocina (dissolvida em solução tampão de citrato 0.1M, pH 4.9).

Nos animais controle foi realizada aplicação de solução de citrato, com mesma dosagem

e seguindo os mesmos procedimentos para injeção de estreptozotocina.

Os animais com taxa glicêmica superior a 250 mg/dl, avaliados uma semana

após a aplicação da estreptozotocina, foram diagnosticados como diabéticos e incluídos

no estudo. Durante o período experimental, a taxa glicêmica foi avaliada, três vezes por

semana por meio de coleta de sangue obtida por punção venosa da cauda. Valores

inferiores a 250 mg/dl, obtidos por meio de tiras teste e medidor para glicemia, em duas

medidas consecutivas determinaram a exclusão do animal do estudo, segundo critérios

usados por Follak et al., 2004 (Follak et al., 2004). A taxa glicêmica também foi

mensurada nos animais não diabéticos seguindo o mesmo protocolo.

3.4 Procedimento experimental – fratura óssea

A fratura óssea pelo método fechado foi provocada 30 dias após a indução de

diabetes (ou injeção placebo) na região diafisária do fêmur direito.

Os animais foram anestesiados por meio da combinação (1:1; 0,1 mg/100g) de

xilazina (6 mg/kg) e quetamina (60 mg/kg), aplicada por via intramuscular na região

glútea. Todo o membro pélvico direito foi tricotomizado e recebeu antissepsia com

solução alcoólica de clorexedina a 10%. A fratura foi realizada de forma fechada por

meio de alavanca inter-resistente (Figura 2) confeccionada para este propósito e ocorreu

no terço médio do fêmur direito. A coxa do animal foi apoiada nas extremidades de

suporte da alavanca inter-resistente e por acionamento manual, o seu terço médio

recebeu carga pela parte romba da alavanca, até sentir a queda da resistência do osso,

geralmente acompanhada de um ruído típico do osso quebrando. Este modelo de fratura

(Urabe et al., 2003; Ogasawara et al., 2008) tem a vantagem de mimetizar as fraturas

ósseas clinicamente.

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Materiais e Métodos - 43

Figura 2. Figura esquemática da alavanca inter-resistente confeccionada no laboratório que foi utilizada

para produzir a fratura fechada do terço médio dos fêmures direitos dos animais.

Em seguida, o animal foi retirado da alavanca inter-resistente e colocado em

mesa cirúrgica, onde foi feita a antissepsia de todo o membro pélvico direito com

solução alcoólica polivinil-pirrolidona-iodo. Com técnica de assepsia foi feito um mini

acesso lateral na coxa, pelo septo intermuscular, na região da fratura, que foi exposta

(Figura 3A). Este passo tem a finalidade de confirmar a adequação da fratura

(localização diafisária, completa e transversal). O deslocamento das partes moles foi

mínimo. Em seguida, fio de Kirschner de 1 mm de espessura, previamente esterilizado,

foi introduzido pelo canal medular do fragmento proximal até sair pela raiz da coxa

(Figura 3B). A fratura foi reduzida por observação direta e o fio de Kirschner avançado

pelo canal medular do fragmento distal até ser sentido pela palpação da pele entre os

côndilos do joelho. Houve um pequeno recuo. Depois foi conferida a redução e

estabilização da fratura e o excesso do fio de Kirschner que saiu pela coxa foi retirado.

As incisões na região pélvica e lateral da coxa foram suturadas com fios absorvíveis e

aplicado iodo para impedir autofagia. Logo após, foi realizada radiografia digital do

fêmur com o objetivo de comprovar as adequações da fratura e da fixação (Figura 3C).

Os animais se recuperaram da anestesia em cama térmica para evitar a perda de

temperatura corpórea e receberam dipirona (80µL de uma diluição 1:5 em solução

estéril de 0,9% de NaCl), por via subcutânea. Uma vez recuperados, os animais foram

mantidos em gaiolas individuais, de acordo com as normas técnicas do biotério e foi

aplicado iodo e substância antimutilante para impedir a autofagia.

Foram excluídos os animais que apresentaram fraturas altamente cominutivas

(fragmentadas), mal localizadas (não-diafisárias), incompletas ou fixadas

inadequadamente observadas por via direta durante o procedimento cirúrgico ou pela

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Materiais e Métodos - 44

radiografia. Da mesma forma, foram excluídos animais que apresentaram perda da

redução da fratura, migração (soltura) do fio de Kirschner, alterações expressivas na

saúde geral (incompatível com a vida) e autofagias.

Os animais dos subgrupos 1 foram acompanhados por 14 dias pós-fratura,

totalizando 44 dias de seguimento experimental (somados aos 30 dias pós-indução

diabética). E, os animais dos subgrupos 2 acompanhados por 28 dias pós-fratura,

totalizando 58 dias.

Figura 3. Aspectos cirúrgicos da exposição e fixação da fratura. (A) Incisão lateral na coxa direita com

visualização da fratura. (B) Aspecto da fratura após fixação intramedular. (C) Radiografia em perfil do

membro posterior direito realizada após fratura mostrando o alinhamento adequado dos fragmentos e a

fixação intramedular com fio de Kirschner.

3.5 Procedimento experimental – tratamento com terapia por vibração

Os animais do grupo CON+FRAT+TV e DM+FRAT+TV foram submetidos à

terapia por vibração por meio da plataforma vibratória confeccionada com apoio da

Oficina de Precisão do Campus de Ribeirão Preto – USP, Brasil para o Laboratório de

Bioengenharia da FMRP-USP (Zamarioli, 2012). A plataforma vibratória é composta

por um compartimento de acrílico com abertura superior (base de 20 cm x 25 cm e 10

cm de altura) com o fundo formado por uma plataforma que vibrava verticalmente na

frequência de 50 Hz e amplitude de 1 mm. Duas divisórias em acrílico no interior da

caixa permitiam o treinamento simultâneo de quatro animais.

A terapia por vibração foi iniciada três dias após a fratura óssea. Os animais

ficaram em compartimentos individuais na plataforma vibratória (Figura 4) e foram

submetidos aos efeitos mecânicos da vibração associada à descarga mecânica três vezes

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Materiais e Métodos - 45

por semana, por vinte minutos. A reabilitação foi realizada durante 14 ou 28 dias, de

acordo com o subgrupo.

Figura 4. Figura da plataforma vibratória confeccionada no laboratório de Bioengenharia da FMRP

utilizada na terapia por vibração.

3.6 Análise radiográfica

Para seguimento in vivo da consolidação óssea os animais foram submetidos à

avaliação radiológica do calo ósseo semanalmente por meio do equipamento Simens-

Unimax 2B (Rio de Janeiro, Brasil) e chassi digital Kodak View (24x30cm). Os animais

foram submetidos à anestesia superficial por meio da combinação das drogas xilasina e

quetamina (1:1; 0,05ml/100g) e posicionados em decúbito ventral com membros

posteriores em abdução e flexão de quadril e joelhos (90°) sobre o chassi (Figura 5) a

uma distância de 115 cm do foco. Os parâmetros utilizados foram de 5 mA, 44 kVp e 1

segundo de exposição.

Figura 5. Imagem radiográfica obtida imediatamente após a fratura e sua redução com fio de Kirschner

intramedular para confirmar a adequação e redução da fratura (A: perfil; B: ântero-posterior).

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Materiais e Métodos - 46

3.7 Análise da estrutura óssea

Após o período experimental os animais foram submetidos à eutanásia com dose

excessiva do anestésico Tiopental. O sangue foi coletado para análise bioquímica de

marcadores de formação e reabsorção óssea e os fêmures foram dissecados e

armazenados para realização das análises macroscópica, densitométrica,

microtomográfica e histológica.

3.7.1 Análise macroscópica

Após a dissecção foi retirado o fio de Kirschner e realizada avaliação

morfométrica dos ossos. Os ossos foram pesados em balança de precisão da marca

Marte, modelo AC-2000 com precisão de 0,01 g. Em seguida, foram avaliados o

comprimento e o diâmetro das metáfises distais e região central das diáfises dos

fêmures. Todas as medidas foram realizadas por meio de paquímetro digital da marca

Mitutoyo, com precisão de 0,01 mm.

3.7.2 Densitometria óssea (DXA)

A densitometria óssea com dupla emissão de raios X foi realizada no

Laboratório de Bioengenharia da FMRP-USP, no densitômetro Lunar DPX-IQ (Lunar;

software version 4.7e, GE Healthcare, Chalfont St. Giles, United Kingdom), através do

método por absorciometria bitofônica de raio-X (DXA, abreviação em inglês: Dual-

energy X-ray absorptiometry). Os ossos foram posicionados em um recipiente (Figura

6) imersos em etanol 70% com 2,0 cm de profundidade. A densidade global foi

analisada por meio de software específico para análise densitométrica do esqueleto

apendicular de animais de pequeno porte (Figura 7).

A análise foi realizada na metáfise distal dos fêmures direito e esquerdo e no

calo ósseo. Para isso, foram utilizados como região de interesse quadrados de 0,90 cm²

nas metáfises distais, posicionados imediatamente proximal à cartilagem de crescimento

distal. Na região diafisária dos fêmures fraturados foram utilizados como região de

interesse figuras geométricas de tamanhos e formas variáveis que pudessem conter todo

o calo ósseo. Os valores de DMO (densidade mineral óssea), CMO (conteúdo mineral

ósseo) e área do calo ósseo foram analisados com base nas regiões de interesse

avaliadas. O coeficiente de variância foi de 4,5%.

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Materiais e Métodos - 47

Figura 6: Posicionamento dos ossos na plataforma do densitômetro.

Figura 7: Análise densitométrica dos fêmures para avaliação da DMO, CMO e área do calo.

3.7.3 Microtomografia computadorizada (μCT)

O Microtomógrafo é composto por um tubo de raios-X de microfoco com fonte

de alta tensão (100kV), um porta amostras onde um osso foi posicionado e um detector

baseado em uma câmera CCD de 11Mp conectados a um computador para controle a

aquisição de dados com software para reconstrução, visualização e análise quantitativa

de imagens em 2D e em 3D.

Este método tridimensional permite a caracterização da microgeometria e

densidade tecidual óssea. Além disso, analisa a microarquitetura trabecular e cortical

independentemente (Burghardt et al., 2011) e permite a análise quantitativa do calo

ósseo formado pós-fratura.

Após a análise densitométrica, os fêmures conservados em etanol a 70% foram

utilizados na análise por microtomografia computadorizada (μCT) utilizando

microtomógrafo SkyScan 1174v2 (Bruker-microCT, Bélgica) do Laboratório de

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Materiais e Métodos - 48

Endodontia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto-USP, Brasil. Os espécimens

foram escaneados utilizando os parâmetros 50 kV e 800 mA, com filtro de alumínio

com espessura de 0,5 mm para otimizar o contraste. Foi adotada rotação de 1º com

média de três quadros e resolução isotrópica de 26,7 µm. As imagens de cada

espécimen foram reconstruídas por meio de software específico (NRecon versão 1.6.3;

Bruker-microCT) que permite a visualização e análise das estruturas internas das

amostras.

As análises microtomográficas foram realizadas no osso fraturado (fêmur

direito) para avaliação do calo ósseo e no osso contralateral (fêmur esquerdo) para

avaliação dos tecidos trabecular (na metáfise distal) e cortical (na região diafisária).

Inicialmente, foi utilizado o software Data Viewer (Bruker-microCT, versão

1.5.1.2) para adequação do posicionamento do osso analisado. Em seguida, a análise

morfométrica foi realizada por meio do software CTAn (Bruker-microCT, versão

2.2.1).

Todas as medidas morfométricas dos ossos e as nomenclaturas utilizadas

seguiram as recomendações da American Society for Bone and Mineral Research

(ASBMR) (Bouxsein et al., 2010).

3.7.3.1 Análise da microarquitetura trabecular

A região metafisária foi selecionada manualmente por uma extensão de 3,0 mm,

iniciando imediatamente proximal à cartilagem de crescimento distal do fêmur

esquerdo. O osso trabecular foi isolado manualmente do osso cortical através do

software CTAn. Por meio deste software foi possível determinar o melhor treshold, a

fim de excluir tecido mole e incluir tecido mineralizado. O mesmo treshold foi utilizado

para todas as amostras, mas diferentes tresholds foram utilizados na avaliação do osso

trabecular, cortical e calo ósseo. Para o osso trabecular foi utilizado treshold de 255-60.

A microarquitetura trabecular da metáfise distal do fêmur foi caracterizada pela

determinação do volume ósseo total (BV), em mm3; volume ocupado pelo osso

trabecular, expresso como porcentagem do volume ocupado pela medula e trabéculas

ósseas (BV/TV), em %; número de trabéculas ósseas por milímetro de tecido (TbN), em

n°/mm; espessuras das trabéculas ósseas (TbTh), em µm; espaçamento entre as

trabéculas ósseas (TbSp), em µm e; densidade de conexão entre múltiplas trabéculas

ósseas (ConnD), em mm3.

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Materiais e Métodos - 49

Quanto maior os valores de BV, BV/TV, TbN, TbTh e ConnD, melhor a

qualidade da estrutura do tecido ósseo. Por outro lado, quanto maior o volume de TbSp,

pior a qualidade óssea.

3.7.3.1.1 Análise da densidade tecidual trabecular (DTT)

A densidade tecidual das trabéculas ósseas foi avaliada por meio da

microtomografia computadorizada. Para cálculo preciso da DTT foi necessário calibrar

o analisador Skyscan com moldes (phantoms) de hidroxiapatita de densidades

conhecidas (0,25 e 0,75 g/cm3).

3.7.3.2 Análise da microarquitetura cortical

A microarquitetura cortical foi analisada na diáfise do fêmur esquerdo; 8mm

proximal à cartilagem de crescimento distal, por uma extensão de 2mm. Para o osso

cortical foi utilizado treshold de 255-120. Os parâmetros avaliados foram volume

cortical (Ct.V, em mm³, Ct.BV/TV, em %) e espessura cortical (Ct.Th, em m).

3.7.3.3 Análise da microarquitetura do calo ósseo

A análise tridimensional do calo ósseo foi obtida por meio da avaliação do

volume total do calo ósseo. Para isso, o calo ósseo foi selecionado em sua totalidade

como região de interesse e o volume e a mineralização do calo do calo foram

mensurado, em mm³ e em % respectivamente. Para o calo ósseo trabecular foi utilizado

treshold de 255-50.

3.7.4 Microscopia ótica

Os fêmures destinados ao estudo histológico foram processados no Laboratório

de Histologia do Departamento de Clínica Infantil da FORP, Ribeirão Preto, Brasil.

Imediatamente após a dissecção, os ossos foram fixados em paraformaldeído 4%,

descalcificados com ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA – ethylenediamine

tetraacetic acid) 10% e submetidos a diferentes concentrações alcoólicas para fixação e

subsequente secção histológica. Toda a região do fêmur direito ocupada pelo calo ósseo

foi isolada e utilizada para montagem das lâminas.

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Materiais e Métodos - 50

Os cortes foram realizados no plano coronal com espessura aproximada de 5 μm.

Após preparo dos blocos, as lâminas foram coradas com Hematoxilina-Eosina (HE), o

que permite observar as trabéculas e a medula óssea; com Tetrade Resistant Acid

Phosphatase (TRAP), corante específico para marcar osteoclastos, que ficam

avermelhados após a coloração; e com solução Picro-Sirius, que permite a identificação

das fibras colágenas. As secções foram analisadas sob microscopia de campo brilhante

(Axiovert, Carl Zeiss, Alemanha), e as imagens foram capturadas com uma câmara

CCD (AxioCam MRc, Carl Zeiss, Alemanha) na região do calo ósseo, com ampliações

de 12,5; 50 e 200x.

3.7.5 Análise bioquímica dos marcadores de formação e reabsorção

óssea (ELISA)

Para a realização da análise bioquímica, foi realizada coleta de sangue através de

punção cardíaca imediatamente após a eutanásia, sendo retirado cerca de 5-6 ml de

sangue por animal.

O sangue foi centrifugado para isolar o soro na Microcentrífuga Hettich®

Universal 320R do Laboratório de Bioengenharia da FMRP-USP, a 3500 RPM com

aceleração 4g por 10 minutos. O soro foi armazenado em freezer a -80°C para análise

futura dos marcadores ósseos com a finalidade de avaliar a osteogênese e a reabsorção

óssea (Pereira et al., 2009). Foram dosadas as concentrações séricas dos marcadores

ósseos de formação [Fator de Crescimento Similar à Insulina Tipo 1 (IGF-1)] e de

reabsorção [receptor activator of nuclear factor-kappa B (RANK) e C-terminal

telopeptide of type I collagen (CTX)], pelo método Enzyme-Linked Immunoabsorbent

Assay (ELISA) em duplicata utilizando os kits comerciais da Boster Immuno Leader e

MyBioSource, USA. O erro calculado intra-ensaios de IGF-1 a partir de seis amostras

de pool controle, com média de foi 5.3% e entre ensaios, <15% para o CTX-I e 5.5%

para RANK-L. As análises foram realizadas no Laboratório de Bioengenharia da

Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

3.8 Análise dos resultados

As variáveis contínuas foram expressas como médias e desvios-padrão (DP). Os

resultados obtidos nos cincos grupos foram comparados utilizando a análise de

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Materiais e Métodos - 51

variância unidirecional de Kruskal-Wallis, seguida do teste post hoc de Dunn. Os

valores de p inferiores a 0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Todas

as análises estatísticas foram realizadas com RStudio 0,99.902 (RStudio, Inc., USA).

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Resultados

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Resultados - 53

4 RESULTADOS

Os resultados apresentados neste capítulo foram obtidos do total de 150 ratas

que concluíram os experimentos envolvidos neste estudo. No entanto, as taxas de

mortalidade e exclusão foram de 39% e as principais causas foram: falha na indução de

diabetes, morte durante indução anestésica, eutanásia devido à cominuição óssea,

eutanásia no pós-operatório devido à migração do fio de Kirschner e complicações de

saúde.

Dos 165 animais submetidos à indução de diabetes por estreptozotocina, 33

(20%) não foram diagnosticados como diabéticos e foram descartados do estudo. 5%

dos animais diabéticos morreram ou foram descartados por complicações associadas à

diabetes, como perda acentuada de peso, cegueira (Figura 8) ou má saúde em geral.

Figura 8. Ilustração de cegueira causada pela diabetes.

Dos animais que foram submetidos à fratura óssea, 28% morreram ou foram

mortos em decorrência do procedimento cirúrgico; 6% morreram durante a anestesia,

14% foram descartados por cominuição excessiva dos fragmentos da fratura, e 8%

sofreram eutanásia no período pós-operatório devido migração do fio de Kirschner.

4.1 Massa corpórea

Os valores médios da massa corpórea dos grupos experimentais estão

apresentados na Figura 8, semanalmente. No início dos experimentos (dia 0) não foi

observada diferença na massa corpórea entre os grupos (homegeneidade amostral

inicial; p>0,05) (Marcação A; Figura 8). Em todos os grupos foi observado aumento da

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Resultados - 54

massa corpórea durante o seguimento dos animais. No entanto, esse ganho foi diferente

para cada grupo analisado sendo que, os animais diabéticos não ganharam massa na

mesma proporção que os animais controle (p<0,05). No trigésimo dia (Marcação B;

Figura 8) após administração de estreptozotocina ou solução de citrato os animais

diabéticos apresentaram massa corpórea inferior a dos animais controle (p<0,05). Ao

término dos experimentos, nos dias 44 (Marcação C; Figura 8) e 58 (Marcação D;

Figura 8) a diferença de massa corpórea entre os animais diabéticos e não diabéticos foi

ainda mais expressiva, mostrando a relação tempo-dependente entre diabetes e ganho de

massa corpórea [o ganho de massa corpórea dos animais não diabéticos foi muito maior

que dos animais diabéticos (82% versus 77%, respectivamente, p<0,05)]. Embora sem

diferença estatística, a terapia por vibração parece ter exercido influência no ganho de

massa corpórea nos animais diabéticos tratados, mas não nos animais do grupo controle.

A massa corpórea final do grupo DM+FRAT+TV apresentou um aumento de 7% (dia

44) e 16% (dia 58) quando comparado ao grupo DM sem tratamento.

Figura 9. Gráfico representando a evolução da massa corpórea dos animais durante o período

experimental. Não foi observada diferença estatística entre a massa corpórea dos animais no início dos

experimentos, dia 0 (A). Embora todos os animais tenham apresentado ganho de massa corpórea durante

o seguimento longitudinal do estudo (B= 30 dias; C= 44; D= 58 dias após indução de diabetes/placebo),

esse ganho foi superior (e tempo-dependente) nos animais do grupo controle que nos animais diabéticos.

4.2 Relação entre massa corpórea e glicemia

A Figura 10 apresenta gráficos de dispersão demonstrando a relação entre

glicemia e massa corpórea nos dias 30 (A), 44 (B) e 58 (C) após indução da diabetes ou

placebo. É possível observar que quanto maior o nível de glicemia, menor a massa

corpórea do animal.

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Resultados - 55

Figura 10: Gráfico de dispersão correlacionando massa corpórea e nível de glicemia nos dias 30 (A), 44

(B) e 58 (C) após indução de diabetes ou placebo. É possível observar que quanto maior o nível de

glicemia, menor a massa corpórea do animal.

4.3 Análise macroscópica

As tabelas 2 e 3 apresentam medidas morfométricas de massa, comprimento e

perímetros (metáfise distal e diáfise) dos fêmures esquerdo (sem fratura óssea) e direito

(com fratura), respectivamente. É possível observar que a diabetes causou alterações

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Resultados - 56

macroscópicas em fêmures com e sem fratura óssea, tanto no período de 44 como 58

dias.

Nos fêmures intactos (Tabela 1), a diabetes induziu redução dos parâmetros

massa, comprimento (apenas dia 44) e perímetro das metáfises e diáfises (p<0,05),

evidenciando possível perda de conteúdo mineral com alterações estruturais. A terapia

por vibração foi eficaz em aumentar a perimetria na metáfise distal dos fêmures de

animais diabéticos no dia 58 (p<0.05).

Tabela 1 – Medidas macroscópicas dos fêmures esquerdos (intactos): massa, comprimento e perímetros

(diáfise e metáfise distal). As letras indicam diferenças significativas (p<0,05).

Medidas macroscópicas dos fêmures esquerdos (média ± DP)

CON+FRAT DM DM+FRAT CON+FRAT+TV DM+FRAT+TV

44 dias

Massa óssea (g)

Comprimento (mm)

P. diáfise (mm)

P. metáfise (mm)

1,2±0,1

35,9±0,7

14,6±0,9

17,7±1,2

0,9±0,1a

33±1,5a

13±0,7a

17,1±1,8a

1±0,2a

33,8±1,7a

13,5±0,7a

17,2±1,9a

1,3±0,1

35,5±1,3

14,7±0,6

19,1±0,8

1,0±0,2

34,1±1,7

13,9±1,2

18,2±1,6

58 dias

Massa óssea (g)

Comprimento (mm)

P. diáfise (mm)

P. metáfise (mm)

1,4±0,18

36,4±2,37

15,1±1,05

18,2±2,10

1,0±0,17a

34,5±1,8

13,1±0,8a

15,2±1,4a

1,0±0,1a

34,4±2,1

13,4±0,1a

15,7±1,1a

1,4±0,35

36,4±1,33

15,5±2,15

17,6±2,30

1,3±0,3

35,1±2,0

14,1±1,2

17,9±1,9b

ap<0.05 vs CON+FRAT bp<0.05 vs DM+FRAT

Nos fêmures com fratura (Tabela 2), a diabetes parece ter induzido à formação

de calos ósseos com menor massa e perímetro embora sem diferença estatística

(p>0,05).

Tabela 2 – Medidas macroscópicas dos fêmures direitos (com fratura óssea): massa, comprimento e

perímetros (diáfise e metáfise distal).

Medidas macroscópicas dos fêmures direitos (média ± DP)

CON+FRAT DM DM+FRAT CON+FRAT+TV DM+FRAT+TV

44 dias

Massa óssea (g)

Comprimento (mm)

P. diáfise (mm)

1,8±0,2

34,8±1,3

23,9±2,0

1,0±0,3

32,9±1,4

12,8±0,9

1,3±0,1

34,1±2,4

20±0,5

1,6±0,3

33,5±2,4

25,1±3,6

1,3±0,3

32,9±2,7

23,4±4,2

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Resultados - 57

P. metáfise (mm) 19,4±2,9 16,2±1,7 18,7±1,7 20,2±1,5 20,0±2,2

58 dias

Massa óssea (g)

Comprimento (mm)

P. diáfise (mm)

P. metáfise (mm)

1,8±0,4

35,2±2,1

25,1±4,7

18,7±2,4

1,1±0,2

34,5±1,7

13±1,0

15±1,6

1,4±0,4

33,6±1,9

23,5±4,9

17,9±2,1

1,7±0,4

33,5±3,4

25,2±3,2

21,1±3,0

1,5±0,4

34,6±2,5

22,6±4,3

19,3±2,2

4.4 Análise densitométrica

A figura 11 mostra a comparação da densidade mineral óssea (DMO) e conteúdo

mineral ósseo (CMO) nas metáfises distais dos fêmures esquerdo (intactos, sem fratura).

É possível observar que os animais diabéticos (58 dias) sem tratamento (DM e

DM+FRAT) apresentaram menores valores de DMO e CMO que os animais controle

(CON+FRAT) (p<0,05). Não houve diferença entre os grupos DM e DM+FRAT

(p>0,05). Embora a terapia por vibração não tenha exercido efeito na massa óssea dos

animais diabéticos, ela exerceu efeito negativo na densidade óssea (DMO) dos animais

controle observados por 58 dias (p<0,05).

Figura 11: Comparação da densidade mineral óssea (DMO) e do conteúdo mineral óssea (CMO) entre os

grupos. O período de 58 dias de diabetes resultou valores significativamente inferiores de DMO e CMO

em comparação aos animais controle. A presença de asterisco indica diferença estatística (p<0,05).

A figura 12 mostra a comparação da DMO, CMO e área do calo ósseo em cada

grupo, nos dois períodos de segmento pós-operatório de estabilização dos fragmentos

ósseos. Aos 14 dias de pós-operatório, o CMO e a área dos calos ósseos dos animais

diabéticos foram significativamente inferiores aos valores observados nos animais do

grupo controle (p<0,05). Por outro lado, a terapia por vibração aumentou

significativamente o CMO e a área nos ratos diabéticos (p<0,05), mas não no grupo

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Resultados - 58

controle tratado. No período de 28 dias pós-fratura, a DMO e o CMO diminuíram

significativamente nos animais diabéticos em relação ao grupo controle (p<0,05).

Figura 12: Comparação da DMO, CMO e área do calo ósseo entre os grupos. A diabetes reduziu tanto a

densidade (DMO e CMO) como a área do calo ósseo neoformado no período de 14 das após a fratura

óssea. No período de 28 dias após a fratura a DMO e o CMO persistiram reduzidos nos animais

diabéticos em comparação aos controles. A terapia por vibração foi eficaz em aumentar o CMO e a área

do calo ósseo dos animais diabéticos tratados. A presença de asterisco indica diferença estatística

(p<0,05).

4.5 Análise da microarquitetura óssea µCT

4.5.1 Análise da microarquitetura trabecular

As figuras 13 e 14 mostram que, no período de 44 dias de diabetes sem

tratamento foi observada deterioração importante da microarquitetura trabecular

(p>0,05), com redução de 67% em BV, 71% em BV/TV, 49% em Tb.N, 20% em Tb.Th

e 65% em Conn.D, além do aumento de 35% em Tb.Sp. A terapia por vibração não

exerceu efeito sobre a microarquitetura trabecular dos ossos dos animais diabéticos. No

entanto, a terapia apresentou resultado negativo (p<0,05) nos animais controle (redução

de 84% em BV, 85% em BV/TV e de 25% em TbTh, além do aumento de 51% em

TbSp). No período de 58 dias de diabetes sem tratamento foi observada redução de 23%

na DTT, 70% em BV, 69% em BV/TV, 49% em Tb.N, 9% em Tb.Th e 59% em

Conn.D, além de aumento de 49% em Tb.Sp (p<0,05). A terapia por vibração exerceu

efeito positivo nos ossos de animais diabéticos tratados por 28 dias (p<0,05), com

aumento de 625% em BV, 1016% em BV/TV e 171% em Conn.D, além de diminuição

de 38% em TbSp. Por outro lado, os efeitos negativos da terapia por vibração em ratos

controle persistiram no período de 58 dias de acompanhamento dos animais, com

redução de 70% em BV e de 69% em BV/TV (p<0,05).

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Resultados - 59

Figura 13: Microarquitetura trabecular da metáfise femoral mostrando redução expressiva de tecido

trabecular nos ratos diabéticos não tratados (DM+FRAT) em comparação com animais controle

(CON+FRAT), tanto no período de 44 como 58 dias pós-indução. No período de 58 dias após indução de

diabetes, a terapia por vibração foi eficaz em minimizar as alterações deletérias decorrentes da

hiperglicemia. No entanto, a terapia por vibração exerceu efeito negativo na microarquitetura trabecular

dos ossos dos animais controle.

Figura 14: Análise quantitativa da microarquitetura óssea trabecular. A diabetes resultou em deterioração

dos parâmetros quantitativos referentes à microestrutura trabecular, sendo mais expressiva no período de

58 dias (tempo-dependente). Embora a terapia por vibração tenha exercido efeito positivo na

microarquitetura trabecular dos animais diabéticos, ela resultou em efeito negativo nos ossos de ratos

controle tratados. Os asteriscos indicam diferença estatística significativa (p<0,05).

4.5.2 Análise da microarquitetura do osso cortical

As figuras 15 e 16 mostram que a diabetes não exerceu efeito significativo na

microarquitetura cortical durante os seguimento de 44 e 58 dias. No entanto, a terapia

por vibração resultou em redução do volume cortical (Ct.V e Ct.BV/TV) tanto nos

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Resultados - 60

animais controle como nos animais diabéticos (p<0,05) seguidos por 44 dias. No

período de 58 dias não houve diferença estatística entre os grupos experimentais.

Figura 15: Microarquitetura cortical da diáfise femoral mostrando redução de tecido cortical nos ratos

diabéticos não tratados (DM+FRAT) em comparação com animais controle (CON+FRAT). Diferente do

tecido trabecular, as alterações na microestrutura do osso cortical não foram amenizadas pela terapia por

vibração (DM+FRAT+TV).

Figura 16: Análise quantitativa da microestrutura do osso cortical. Diferente do observado no tecido

trabecular, a diabetes não alterou a microarquitetura cortical na mesma magnitude que afetou as rabéculas

ósseas. Além disso, a terapia por vibração exerceu efeito negativo no córtex de ratos diabéticos e controle.

Os asteriscos indicam diferença estatística significativa (p<0,05).

4.5.3 Microarquitetura do calo ósseo

A diabetes afetou negativamente a formação do calo ósseo reduzindo o volume

do calo em 81% (p<0,05) quando comparado ao grupo controle no período de 14 dias

pós-fratura (Figuras 17 e 18). Além disso, não só o CV foi menor nos ratos diabéticos,

como também a mineralização (69%, p<0,05). Contudo, a terapia por vibração parece

ter sido eficaz em minimizar os efeitos deletérios da diabetes na formação do calo

ósseo, aumentando o volume em 52% (p>0,05). Quanto aos animais controle, a terapia

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Resultados - 61

por vibração reduziu o volume do calo ósseo em 50% (p<0,05). No período de 28 dias

pós-fratura não foi observada diferença estatística entre os grupos.

Figura 17: Imagens do calo ósseo obtidas pelo µCT, tanto no plano sagital, como transversal. No período

de 14 dias após a fratura, a diabetes (DMO) induziu redução da neoformação óssea, com calo ósseo de

menor volume e mineralização que nos grupos controle. Embora a terapia por vibração tenha se mostrado

parcialmente eficaz em aumentar o volume do calo ósseo nos animais diabéticos, ela reduziu o volume do

calo nos animais controle.

Figura 18: Análise quantitativa da microestrutura do calo ósseo. A diabetes reduziu o volume e a

mineralização do calo ósseo. A terapia por vibração parece ter exercido efeito positivo em aumentar o

volume e mineralização do calo ósseo de animais diabéticos, mas não nos animais controle. Os asteriscos

indicam diferença estatística significativa (p<0,05).

4.6 Microscopia ótica

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Resultados - 62

Após 14 dias da fratura óssea, os ratos controle apresentaram calo ósseo formado

por tecido cartilaginoso e trabéculas recém-formadas (Figura 19), abundante deposição

de colágeno (Figura 20), e baixa atividade osteoclástica (Figura 21). Os ratos diabéticos,

no entanto, mostraram apenas tecido conjuntivo com fibroblastos (Figura 19), pouca

deposição de colágeno (Figura 20), e intensa atividade osteoclástica (Figura 21). Esse

atraso no processo de consolidação óssea persistiu até o período de 28 dias pós-fratura.

Os animais do grupo controle apresentaram calo ósseo composto de trabéculas muito

organizadas, espessas e compactadas (Figura 19), associadas à atividade osteoclástica

durante fase de remodelação da consolidação óssea (Figura 21). Nos ratos diabéticos foi

possível observar apenas trabéculas finas, desorganizadas e dispersas (Figura 19), com

pouca atividade osteoclástica (Figura 21).

A terapia por vibração foi um meio importante para acelerar a consolidação

óssea nos ratos diabéticos. No período de 14 dias pós-fratura, os ratos diabéticos

treinados apresentaram calo ósseo com tecido cartilaginoso, trabéculas recém-formadas

e deposição de colágeno ao invés de apenas tecido conjuntivo, como nos animais

diabéticos sem tratamento. Esse efeito osteogênico persistiu até o período de 28 dias

após a fratura. As trabéculas dos ratos diabéticos tratados são mais espessas,

organizadas e compactadas que nos ratos diabéticos sem tratamento. Além disso, foi

observada maior deposição de colágeno e atividade osteoclástica nesses animais. No

entanto, o efeito osteogênico da terapia por vibração não foi observado nos animais

treinados do grupo controle. Ao contrário, a terapia por vibração nos animais controle

induziu aumento na atividade osteoclástica no período de 14 dias pós-fratura, o que é

uma característica indesejada e corrobora os achados microtomográficos.

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Resultados - 63

Figura 19: Lâminas histológicas de fêmures fraturados corados com HE em ampliações de 12,5; 50 e

200x. A diabetes induziu atraso na proliferação e diferenciação celular durante a cicatrização da fratura.

Aos 14 dias pós-fratura, os ratos controle apresentaram calo ósseo formado por trabéculas, enquanto os

ratos diabéticos apenas apresentavam tecido conjuntivo. O atraso persistiu na fase posterior da

cicatrização (28 dias pós-fratura), em que os ratos controle apresentavam trabéculas compactadas

formando calo ósseo maduro, e os ratos diabéticos apenas apresentavam trabéculas finas e espaçadas. A

terapia por vibração acelerou a diferenciação celular durante a cicatrização de fraturas em ratos diabéticos

em ambos os estágios, mas não provocou alterações na cicatrização óssea normal.

Figura 20: Lâminas histológicas de fêmures fraturados coradas com solução Picro-Sirius, com ampliação

de 12,5x. A deposição de colágeno nos calos ósseos de ratos diabéticos foi significativamente menor que

nos ratos controle. A terapia por vibração aumentou a deposição de colágeno em calos ósseos de ratos

diabéticos, mas não em ratos não diabéticos.

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Resultados - 64

Figura 21: Lâminas histológicas de fêmures fraturados coradas com solução TRAP, com ampliação de

12,5x. A diabetes induziu aumento na atividade osteoclástica 14 dias após a fratura e a reduziu no período

de 28 dias. A terapia de vibração aumentou a atividade osteoclástica nos calos ósseos de ratos diabéticos

28 dias pós-fratura.

4.7 Análise dos marcadores de formação e reabsorção óssea (ELISA)

A Tabela 3 mostra a comparação dos níveis séricos sistêmicos dos marcadores

de formação (IGF-1) e reabsorção óssea (RANK e CTX-I). O nível sérico de IGF-I

circulante foi significativamente inferior nos ratos diabéticos (-93%, p<0,05) quando

comparado ao controle. No entanto, a terapia por vibração foi eficaz em elevá-lo em

839% (p<0,05). O nível sérico de CTX-I aumentou em 1385% nos animais diabéticos

(p<0,05). A terapia por vibração diminuiu o nível de RANK em 19% nos animais

diabéticos e em 20% nos animais do grupo controle (p>0,05).

Tabela 3 – Níveis séricos de IGF-1, RANK e CTX-I. A diabetes induziu redução expressiva no nível

sérico de IGF-1 (formação óssea), mas foi parcialmente revertida pela terapia por vibração. Quanto aos

marcadores de reabsorção óssea, a diebates induziu aumento expressivo nos níveis de CTX-I. As letras

indicam diferenças significativas (p<0,05).

Nível circulante de IGF-1, RANK and CTX-I (pg/ml) (média ± DP)

CON+FRAT DM+FRAT CON+FRAT+TV DM+FRAT+TV

IGF-1 3014.35±826.48 246.04±181.38a 1822.56±962.34 1889.54±652.13b

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Resultados - 65

RANK

CTX-I

445.35±126.89

149.19±49.12

453.01±98.37

623.29±170.71a

346.46±48.86a

419.56±91.49a

366.43±79.73b

692.89±158.73

ap<0.0001 vs CON+FRAT bp<0.03 vs DM+FRAT

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Discussão

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Discussão - 67

5 DISCUSSÃO

Diabetes e osteoporose são duas condições de grande interesse mundial que se

inter-relacionam. Além disso, a incidência de ambas condições tem aumentado

significativamente em todo o mundo nas últimas décadas. Em 2015, 442 milhões de

pessoas foram diagnosticadas com diabetes. Além disso, 1,5 milhões de indivíduos

diabéticos morrem a cada ano diretamente devido às complicações da diabetes

(Organization, 2016a).

Nosso estudo abordou os efeitos da diabetes na qualidade óssea de fêmures

intactos, sem fratura e também na qualidade da consolidação de fêmures fraturados.

Além disso, a terapia por vibração foi utilizada como recurso terapêutico para

minimizar e até reverter as perdas tanto na qualidade do tecido ósseo intacto como na

qualidade do processo de consolidação após fratura.

5.1 Relação entre diabetes, qualidade óssea e terapia por vibração

A relação entre diabetes e deterioração da qualidade óssea tem sido largamente

estudada na literatura científica mundial (Herbsman et al., 1968; Macey et al., 1989;

Beam et al., 2002; Urabe et al., 2003; Follak et al., 2004; Diniz et al., 2008; Ogasawara

et al., 2008; Al-Zube et al., 2009; Azad et al., 2009; Kidder et al., 2009; Wang et al.,

2012). Diversos autores observaram redução da massa óssea (Korres et al., 2013),

resistência mecânica (Kayal et al., 2009; Korres et al., 2013), além de alterações

celulares e genéticas (Diniz et al., 2008; Kayal et al., 2009; (Krakauer et al., 1995) em

ossos de indivíduos e animais diabéticos.

No presente estudo verificamos o efeito da diabetes nas medidas macroscópicas

do fêmur, na densidade óssea e na microarquitetura trabecular e cortical. Por meio das

análises experimentais desenvolvidas observamos que a diabetes resultou em redução

significativa tanto na densidade como no conteúdo mineral óssea, além de deterioração

óssea macroscópica (massa, comprimento e perimetria) e microscópica tanto do osso

trabecular (volume, espessura, espaçamento trabecular, conectividade intertrabecular e

densidade tecidual trabecular). O osso cortical, por outro lado, não foi afetado pela

diabetes na mesma intensidade em que o osso trabecular. Além disso, observamos que

essas alterações são tempo e glicemia-dependentes. Ou seja, quanto maior o tempo de

diabetes pior será a qualidade do tecido ósseo. Da mesma forma, quanto menor o

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Discussão - 68

controle glicêmico, ou seja, quanto maior o valor de glicemia, maior será a deterioração

óssea.

Por outro lado, há diversos recursos para minimizar as alterações ósseas

decorrentes da diabetes, desde controle glicêmico com insulina, até medicamentos

estimuladores da formação óssea e recursos físicos e mecânicos com o objetivo de

reduzir a perda de massa óssea e estimular o trofismo ósseo (Follak et al., 2004; Al-

Zube et al., 2009).

Atualmente, é reconhecida a importância da mecanotransdução como

coadjuvante na prevenção de perda de massa óssea (Xie et al., 2008). Stuermer et al.

observaram que a terapia por vibração resultou em melhoras expressivas na qualidade

de ossos osteopênicos de ratas ovariectomizadas (Stuermer et al., 2010). No entanto,

resultados semelhantes não foram observados nos ossos dos animais do grupo controle.

Ou seja, a ação osteogênica da terapia por vibração parece ser dependente da qualidade

óssea, ou seja, ela ocorre em situações onde a perda de massa óssea está instalada. Neste

estudo utilizamos a terapia por vibração como recurso terapêutico para contra-atacar os

efeitos da diabetes na qualidade óssea. Estudos prévios observaram resultados positivos

com relação à prevenção e tratamento da perda de massa (Rubin et al., 2004) em

diferentes condições osteometabólicas, como osteopenia após ovariectomia bilateral

(Shi et al., 2010), osteoporose por desuso devido lesão completa da medular espinhal

(Zamarioli et al., 2013; Zamarioli et al., 2014) e suspensão do rato pela cauda (Falcai et

al., 2015). No entanto, nenhum estudo foi encontrado no qual a terapia por vibração foi

utilizada como método preventivo e terapêutico da perda de massa óssea pós-diabetes.

Em nosso estudo observamos que a terapia por vibração foi eficaz em aumentar

a massa óssea e parâmetros microestruturais, como volume trabecular e

interconectividade entre as trabéculas, além de reduzir o espaçamento entre as

trabéculas. Por outro lado, a terapia por vibração não apresentou o mesmo potencial

osteogênico nos ossos de animais controle, corroborando os achados de outros autores.

(Stuermer et al., 2010). Em algumas análises o tratamento com terapia por vibração teve

efeito contrário ao desejado e piorou a qualidade óssea, reduzindo a densidade mineral

óssea, o volume e a espessura trabecular, além de ter aumentado o espaçamento entre as

trabéculas.

5.2 Relação entre diabetes, consolidação óssea e terapia por vibração

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Discussão - 69

Vários estudos em humanos (Montagnani et al., 2011b; Kim et al., 2012a) e

investigações experimentais (Herbsman et al., 1968; Macey et al., 1989; Follak et al.,

2004; Diniz et al., 2008; Ogasawara et al., 2008; Al-Zube et al., 2009; Azad et al.,

2009; Wang et al., 2012) têm documentado a associação entre diabetes e o atraso na

consolidação óssea. Na consolidação óssea normal, quatro fases distintas são

imprescindíveis para que o reparo do tecido ósseo seja concluído: inflamação, formação

calo ósseo mole, formação calo ósseo duro e remodelação (Fazzalari, 2011; Junqueira e

Carneiro, 2013; Sathyendra e Darowish, 2013) (Elias, 2013). Durante a fase

inflamatória, há a formação de hematoma entre os fragmentos ósseos, que libera

múltiplos fatores de crescimento, incluindo fator de crescimento derivado de plaquetas

(PDGF) e fator de transformação do crescimento beta (TGF-b) (Al-Zube et al., 2009;

Sathyendra e Darowish, 2013).

Embora o mecanismo exato responsável pelo atraso da consolidação ou pela não

união de fraturas em animais e humanos diabéticos ainda não esteja completamente

elucidado, a diabetes está associada à redução na proliferação celular, deposição de

colágeno, e propriedades mecânicas (Diniz et al., 2008; Ogasawara et al., 2008; Kayal

et al., 2009; Chen e Wang, 2014). Estudos recentes em ratos diabéticos mostraram

respostas biológicas inadequadas na fase inicial da consolidação óssea, com diminuição

dos níveis de PDGF, TGF-b, IGF-1 e fator de crescimento endotelial vascular (VEGF)

no local da fratura (Al-Zube et al., 2009). Tais distúrbios na cascata de sinalização dos

fatores de crescimento resultam em proliferação e diferenciação prejudicada das células

mesenquimais em osteoblastos, bem como diminuiu a angiogênese (Diniz et al., 2008).

Em nosso estudo, observamos que os ratos diabéticos apresentaram diminuição dos

níveis de IGF-1 associado a aumento dos níveis de CTX-I circulante, o que pode ter

resultado em diminuição na deposição de colágeno e atraso na diferenciação de células

ósseas que formam o calo ósseo 14 dias após a fratura. Nessa fase era esperado que o

calo ósseo fosse formado por tecido cartilaginoso e osso trabecular imaturo. No entanto,

o calo ósseo nos animais diabéticos foi formado principalmente por tecido conjuntivo.

Esse atraso na diferenciação celular também foi observado 28 dias após a fratura. Na

consolidação normal, o calo ósseo deveria ser formado principalmente por trabéculas

espessas e compactadas. Em nosso estudo observamos que a diabetes resultou em

formação de calos ósseos como menor densidade óssea, além de menor volume e

mineralização. Consequentemente, o calo ósseo dos animais diabéticos são menos

densos e mais fracos. Deste modo, a busca por modalidades terapêuticas com

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Discussão - 70

capacidade de reverter o comprometimento na consolidação óssea tem sido muito

almejada por pesquisadores do mundo todo.

Estudos recentes avaliaram os efeitos da terapia por vibração na melhora da

consolidação óssea em ratos com severos distúrbios osteometabólicos (Shi et al., 2010;

Stuermer et al., 2010; Chow et al., 2011; Komrakova et al., 2013; Chung et al., 2014;

Chow et al., 2016; Komrakova et al., 2016; Wei et al., 2016). Alguns estudos

observaram que a terapia por vibração apresentou melhora na consolidação de fraturas

em ossos de ratos (Stuermer et al., 2010; Komrakova et al., 2013). No entanto, os

autores utilizaram o modelo de perfuração óssea, em que não há formação de calo ósseo

por ossificações endocondral e intramembranosa. Até agora nenhum estudo foi

realizado investigando os efeitos da terapia por vibração na consolidação de ratos

diabéticos. Weinheimer et al. observou um importante efeito angiogênico da terapia por

vibração na cicatrização de feridas em camundongos com diabetes (Weinheimer-Haus

et al., 2014). Com isso, nós hipotetizamos que esse estímulo mecânico associado aos

distúrbios sensório-motor devido às ondas de vibração pode não apenas acelerar a

consolidação óssea em ratos controle, mas também melhorar e até mesmo normalizar a

consolidação óssea em ratos diabéticos.

No presente estudo, observamos que as células proliferativas no calo ósseo

foram significativamente superiores nos ratos diabéticos tratados com terapia por

vibração do que nos animais diabéticos sem tratamento. A terapia por vibração

aumentou o nível de IGF-1 circulante; associado à redução nos níveis de RANK, o que

pode explicar o aumento de células proliferativas na condrogênese, formação trabecular,

e deposição de colágeno no calo ósseo dos ratos diabéticos, que estão associados com

aumento da mineralização e volume. Ao contrário, a terapia por vibração parece não ter

acelerado e pode até ter prejudicado a consolidação óssea em ratos controle.

É do nosso conhecimento que esse estudo é o primeiro a investigar os efeitos da

terapia por vibração tanto na qualidade de ossos intactos como na consolidação óssea de

ossos fraturados de ratos diabéticos. Nossos resultados indicaram que a terapia por

vibração amenizou significativamente os efeitos deletérios da diabetes na qualidade do

tecido ósseo e na consolidação óssea. No entanto, efeitos osteogênicos não foram

observados nos ossos e calos ósseos de ratos controle.

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Conclusões

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Conclusões - 72

6 CONCLUSÕES

Todas as análises realizadas neste estudo demonstraram redução significativa da

qualidade óssea dos fêmures intactos (sem fratura) de ratas diabéticas. Da mesma forma,

a consolidação óssea também foi negativamente afetada pela diabetes, com atraso na

formação de calo ósseo pós-fratura.

A terapia por vibração foi parcialmente eficaz em minimizar os efeitos deletérios

da diabetes tanto no osso intacto como na formação do calo ósseo. Resultado

semelhante não foi observado nos ossos de animais controle submetidos ao mesmo

tratamento.

Conclui-se que a diabetes em ratas causou intensa deterioração da estrutura e do

metabolismo ósseo, que foram minimizados e até revertidos por meio da terapia por

vibração.

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Referências

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Referências - 74

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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beta-tricalcium phosphate/collagen matrix enhance fracture healing in a diabetic rat model. J

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Anexo

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Anexo - 80

Parecer da Comissão de Ética no Uso de Animais FMRP-USP

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Manuscrito

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Manuscrito - 82

Vibration therapy as an effective approach to improve and accelerate bone healing

in diabetic rats

Maysa de Souza Campos¹, PT; José Batista Volpon¹, PhD; Ana Paula Franttini¹, PE;

João Paulo Bianchi Ximenez2, MSc; Manoel Damião Sousa-Neto², PhD; Raquel

Assed Silva², PhD; Ariane Zamarioli¹, PhD.

¹ School of Medicine of Ribeirão Preto - University of São Paulo, Brazil.

² School of Pharmaceutical Sciences of Ribeirão Preto - University of São Paulo,

Brazil.

3 School of Dentistry of Ribeirão Preto of Ribeirão Preto - University of São Paulo,

Brazil.

Short title: Vibration improves bone calluses in diabetic rats

Correspondence: Ariane Zamarioli, School of Medicine of Ribeirão Preto

Av. Bandeirantes, 3900. Ribeirão Preto, SP, Brazil. 14049-900.

Telephone: +55 16 33153272, Fax: +55 16 33153272.

E-mail: [email protected]

Keywords: Diabetes Mellitus, Vibration, Fracture healing, Bony callus.

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Manuscrito - 83

Abstract: Objective: to investigate the effects of vibration therapy on fracture healing

in diabetic and control rats.

Design: Experimental study.

Methods: A total of 112 female Wistar rats were assigned to four groups: (1) SHAM,

(2) sham with vibration therapy (SHAM+VT), (3) diabetes mellitus (DM), and (4)

DM+VT. Diabetes was induced with a single intravenous injection of streptozotocin.

Thirty days after diabetes induction, animals underwent bone fracture at the right mid-

femur, followed by surgical stabilization of bone fragments. Three days after bone

fracture, rats began vibration therapy (VT). On days 14 and 28 post-fracture, the rats

were euthanized, blood was collected for serum bone marker analysis, and the femurs

were collected for dual-energy X-ray absorptiometry (DXA), micro-computed

tomography (μCT) and histological analysis.

Results: Diabetes led to a dramatic impairment of bone healing, causing a delay in cell

proliferation; reductions of 17% in bone mineral density (BMD), 81% in callus volume

(CV), 69% in the mineralization of the bone callus, and 93% in insulin-like growth

factor I (IGF-1); and a 1385% increase in serum C terminal telopeptide of type 1

collagen (CTX-I) levels. VT augmented osteogenic and chondrogenic cell proliferation

at the fracture callus; increased circulating IGF-1 by 839%, receptor activator of nuclear

factor kappa beta (RANK)-L by 19%, CV by 52%, bone mineral content (BMC) by

90%, and callus area by 72%; and was associated with a 19% reduction in circulating

RANK-L.

Conclusions: Diabetes had detrimental effects on bone healing. Vibration therapy was

very effective at counteracting the significant disruption in bone repair induced by

diabetes but did not improve fracture healing in control rats. The mechanical stimulus

not only improved bone callus quality but also partially restored the serum levels of

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Manuscrito - 84

IGF-1 and RANK, inducing bone formation and mineralization, thus creating conditions

for adequate fracture repair.

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Manuscrito - 85

1. Introduction

Diabetes is a chronic metabolic disease, with a high prevalence worldwide, that

leads to several systemic complications (Kayal et al., 2009). Recently, strong

relationships between diabetes and poor bone quality have been reported in

experimental animals (Korres et al., 2013). Diabetes decreases bone formation due to

reductions in the expression and differentiation of genes and proteins, such as

osteocalcin, alkaline phosphatase, and osteoprotegerin (OPG) (Motyl e Mccabe, 2009).

Moreover, diabetes has also been associated with increased bone resorption by

augmenting tartrate-resistant acid phosphatase (TRAP), receptor activator of nuclear

factor kappa beta (RANK), serum C terminal telopeptide of type 1 collagen (CTX),

sclerostin, and cathepsin K levels (Motyl e Mccabe, 2009; Fazzalari, 2011).

Diabetic individuals have a high risk of bone fracture due to imbalanced bone

metabolism (Krakauer et al., 1995). Bone fracture is an event that heals physiologically

but requires a normal bone microenvironment. Thus, it is not surprising that diabetes

leads to disruption in bone healing (Diniz et al., 2008; Ogasawara et al., 2008). Several

authors have reported delayed bone healing in diabetic humans (Montagnani et al.,

2011b; Kim et al., 2012b) and animals (Al-Zube et al., 2009; Azad et al., 2009; Wang

et al., 2012). The main mechanism is yet to be determined; however, several pathways

have been proposed to explain the higher incidence of delayed or non-healing in

diabetic individuals, including reduced blood flow and angiogenesis, an exaggerated

inflammatory response, reduced collagen synthesis, and metabolic imbalance between

the activity of osteoblasts and osteoclasts in bone (Diniz et al., 2008).

Several strategies are used to treat bone healing disorders. Non-invasive

techniques based on mechanotransduction principles may be of great importance in

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Manuscrito - 86

improving bone cell activity. The recent description of the osteogenic effect of vibration

therapy has shown it to be a promising avenue for improving bone callus formation in

osteoporotic rats (Leung et al., 2009; Shi et al., 2010). Some authors have studied the

effects of vibration therapy on bone loss (Rubin et al., 2004; Gilsanz et al., 2006; Leung

et al., 2009; Shi et al., 2010), but to our knowledge, the present study is the first

conducted in diabetic rats with bone fracture. The purpose of this study was to

investigate the effects of vibration therapy on the bone healing of experimental fractures

in control and diabetic rats. We hypothesize that vibration therapy can not only

accelerate bone healing in control rats but also improve and even normalize the union in

diabetic rats.

2. Methods

2.1 Animals and experimental groups

The experimental protocol was approved by the Institutional Animal Care and

Use Committee of the School of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo

(protocol 201/2014).

All animals were obtained from the central animal facility of the institution.

Female Wistar rats weighting approximately 200 g were housed in cages in a room with

controlled conditions of humidity, temperature (23±1°C) and an artificial light/dark

cycle of 12 hours. The experimental procedures were started after a three-day-interval to

allow adaptation to the laboratory environment. Animals had free access to tap water

and pellet chow.

A total of 112 rats were assigned to four groups (n=28/group): (1) SHAM:

weight-matched control rats, (2) SHAM+VT: control rats treated with vibration therapy,

(3) DM: type 1 diabetic rats, and (4) DM+VT: diabetic rats treated with vibration

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Manuscrito - 87

therapy. Each group was subdivided into two subgroups according to the post-operative

follow-up (14 and 28 days), which represented two distinct phases of normal bone

healing, soft and hard bone callus formation, respectively (Kayal et al., 2009; Fazzalari,

2011).

2.2 Diabetes induction

DM and DM+VT rats received a single intravenous injection of streptozotocin to

induce diabetes. Control rats were injected with citrate buffer alone. Diabetes was

diagnosed based on blood glucose concentrations (≥250 mg/dL on two consecutive

days) (Follak et al., 2004).

2.3 Closed femoral fracture

Thirty days after diabetes induction (or buffer injection), the animals were

anesthetized, and a closed bone fracture was produced in the right mid-femur. Then, a

surgical procedure with a 1-mm-diameter Kirschner wire introduced in the

intramedullary space was conducted to stabilize the bone fragments. The status of the

fracture fixation was radiographically confirmed immediately after surgery and then

followed-up weekly (Urabe et al., 2003; Ogasawara et al., 2008).

2.4 Whole-body vibration therapy

Three days after bone fracture, DM+VT rats and their age-matched controls

(SHAM+VT) were subjected to whole-body vibration therapy. For this therapy, rats

were placed in a single, special cage on a vibrating platform with a peak-to-peak

vertical displacement of 1 mm at a frequency of 50 Hz. Therapy was performed three

days per week for 20 minutes for 14 and 28 days, depending on the experimental

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Manuscrito - 88

follow-up period.

On days 14 or 28 post-fracture, the rats were euthanized, blood was collected for

serum bone marker analysis, and the fractured femurs were harvested in preparation for

dual-energy X-ray absorptiometry (DXA) assessment, micro-computed tomography

(μCT), and histological analysis.

2.5 Serum marker assessment (enzyme linked immunosorbent assay, ELISA)

Serum samples stored at -80°C were used for the determination of insulin-like

growth factor I (IGF-1), RANK and CTX-I levels by ELISA as indicated by the

manufacturer (Boster Immuno Leader and MyBioSource, USA). The intra-assay

variation coefficients were 5.3% for IGF-1, 5.5% for RANK, and <15% for CTX-I.

2.6 DXA

Analysis was performed immediately following sacrifice using DXA with a

Lunar DPX-IQ densitometer (Lunar; software version 4.7e, GE Healthcare, United

Kingdom). The entire femur was scanned, but the bone mineral density (BMD), bone

mineral content (BMC), and area were only assessed over the full extent of the callus.

The scanning reproducibility (4%) was assessed by the root mean square coefficient of

variation.

2.7 μCT

After DXA assessment, femurs were scanned using a μCT device (SkyScan

1174v2; Bruker-microCT, Belgium) at 50 kV using a 0.5-mm-thick aluminum filter to

optimize the contrast, a 360° rotation step of 1°, three-frame averaging, and an isotropic

resolution of 26.7 μm. Images of each specimen were reconstructed with specific

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Manuscrito - 89

software (NRecon v.1.6.3). The fracture callus was analyzed using CT scan software

(CTAn v.1.15.4) to determine the total callus volume (CV, in mm3), and the woven

bone fraction, which was expressed as a percentage of the callus volume and interpreted

as the callus mineralization.

2.8 Histological analysis

Seven femurs from each group were casually selected for histological analysis.

The entire fractured femur with a small quantity of adherent soft tissue was fixed in cold

4% paraformaldehyde, decalcified in cold 10% EDTA, embedded in paraffin, sectioned

at 5 μm, and placed on charged slides (Manco Inc., USA). Coronal sections were

stained with hematoxylin and eosin (HE). Adjacent sections were stained with TRAP to

identify mature osteoclasts and with Sirius red solution for collagen identification.

Sections were analyzed under bright field microscopy (Axiovert; Carl Zeiss, Germany),

and images were captured with a CCD camera (AxioCam MRc; Carl Zeiss, Germany)

in the region of the bone callus, with magnifications of 12.5, 50, and 200x.

2.9 Statistical analysis

Continuous variables were expressed as the means and standard deviations (SD).

The results obtained in the four groups were compared using Kruskal-Wallis one-way

analysis of variance, followed by Dunn’s post hoc test, and the results are shown as the

geometric mean and 95% confidence interval. p values less than 0.05 were considered

statistically significant. All statistical analyses were performed with RStudio 0.99.902

(RStudio, Inc., USA).

3. Results

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Manuscrito - 90

3.1 Complications and mortality

After the streptozotocin injection, 18% of the animals were not diagnosed with

diabetes and were discarded. Seven percent of diabetic animals died or were euthanized

due to complications from diabetes (i.e., accentuated weight loss, vision deterioration,

and poor general health). Of the total number of animals subjected to bone fracture,

40% died or had to be euthanized due to the surgical procedure; 8% were euthanized

during anesthesia, 16% were euthanized due to the excessive comminution of fracture

fragments, and 16% were euthanized in the post-operative period due to K-wire

loosening.

3.2 Reduction in body mass after diabetes

Upon study entry (day 0), the body mass was similar among all groups (p>0.05).

All rats gained weight during the observation period. However, diabetic rats gained less

weight than sham rats. Thus, the final body weight of the diabetic rats was significantly

lower than sham rats (p<0.05). Vibration seemed to influence body mass gain in

diabetic trained rats, but not in sham animals; the final body masses of the diabetic

trained rats were 7% and 16% higher than in non-trained diabetic rats at 14 or 28 days

after fracture, respectively (p<0.05) (Figure 1).

3.3 Serum marker assessment

The level of circulating IGF-1 was significantly reduced in diabetic rats (-93%,

p<0.05). However, vibration therapy significantly increased the IGF-1 level by 839%

(p<0.05). The CTX-I level was increased by 1385% in diabetic rats. Vibration therapy

significantly decreased the RANK-L level by 19% in diabetic rats. Vibration therapy

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Manuscrito - 91

also decreased the RANK-L level by 20% in the sham rats, but without statistical

significance (Table 1).

3.4 Diabetes decreased bone callus density, content and area (DXA assessment)

Figure 2 shows a comparison of BMD (2A), BMC (2B), and area (2C) of the

bone callus for each group in both post-operative follow-ups. At 14 days post-fracture,

diabetic animals had significantly lower BMC and area than sham animals (p<0.05).

Vibration therapy significantly increased the BMC and area in diabetic rats (p<0.05),

but not in controls. At 28 days post-fracture, diabetic animals had significantly lower

BMD and BMC than sham animals (p<0.05).

3.5 Bone callus microarchitecture is severely impaired by diabetes (μCT assessment)

Diabetes negatively affected bone callus formation by reducing its volume by

81% compared to the callus in control rats at 14 days after fracture (Figure 3).

Furthermore, not only was the CV smaller in diabetic rats, but it was also less

mineralized (69%) (although p=0.2). However, vibration therapy seemed to be effective

in mitigating the deleterious effects of diabetes on bone callus formation by increasing

its volume by 52% (p>0.05). Such osteogenic effects of vibration therapy were not

observed in the trained control rats.

3.6 Bone callus formation is delayed by diabetes (histology)

At 14 days after bone fracture, control rats showed a bone callus formed by

cartilaginous tissue and newly formed trabeculae (Figure 4), abundant collagen

deposition (Figure 5A), and low osteoclastic activity (Figure 5B). Diabetic rats,

however, exhibited only connective tissue with fibroblasts (Figure 4), little collagen

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Manuscrito - 92

deposition (Figure 5A), and intense osteoclastic activity (Figure 5B). This delay in the

healing process persisted at 28 days after bone fracture. Control rats displayed a bone

callus composed of very organized, thick, and dense trabeculae (Figure 4), which are

associated with high osteoclastic activity and represent the remodeling phase of bone

healing (Figure 5B). Diabetic rats only showed thin, unorganized, and disperse

trabeculae (Figure 4), with little osteoclastic activity (Figure 5B).

Vibration therapy was an important path to accelerate bone healing in diabetic

rats. Within 14 days of bone fracture, trained diabetic rats exhibited a bone callus with

cartilaginous tissue, newly formed trabeculae, and collagen deposition (Figures 4 and

5A) instead of only connective tissue (diabetic rats with no treatment). This osteogenic

effect persisted at 28 days after fracture. Trabeculae in the trained diabetic rats were

thicker, more organized, and denser than in the non-trained diabetic rats (Figure 4).

Furthermore, higher collagen deposition and osteoclastic activity were observed in these

animals (Figure 5). However, the osteogenic effects of vibration therapy were not

observed in the trained control rats; although vibration therapy increased osteoclastic

activity 14 days after bone fracture (Figure 5B), which is an undesirable feature.

4. Discussion

Diabetes and osteoporosis are two related conditions of great interest, and their

incidence is currently increasing worldwide. In 2015, 422 million people across the

world were diagnosed with diabetes. Additionally, 1.5 million diabetic individuals die

every year directly due to diabetes (Organization, 2016a).

Several human studies (Montagnani et al., 2011b; Kim et al., 2012b) and

experimental investigations (Herbsman et al., 1968; Macey et al., 1989; Follak et al.,

2004; Diniz et al., 2008; Ogasawara et al., 2008; Al-Zube et al., 2009; Azad et al.,

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Manuscrito - 93

2009; Wang et al., 2012) have documented the association between diabetes and

disruption in bone healing. In normal bone healing, four distinct phases are required to

heal bone tissue: inflammation, soft callus formation, hard callus formation, and

remodeling (Fazzalari, 2011; Junqueira e Carneiro, 2013; Sathyendra e Darowish, 2013)

(Elias, 2013). During the inflammatory stage, a hematoma forms between bone

fragments, which releases multiple growth factors, including platelet-derived growth

factor (PDGF) and transforming growth factor b (TGF-b), into the fracture site (Al-

Zube et al., 2009; Sathyendra e Darowish, 2013).

Although the exact mechanism leading to delayed bone healing or non-union in

diabetic humans and animals is yet to be determined, diabetes is associated with a

reduction in cellular proliferation, collagen deposition, and mechanical properties (Diniz

et al., 2008; Ogasawara et al., 2008; Kayal et al., 2009; Chen e Wang, 2014). Previous

studies in diabetic rats have demonstrated inadequate biological signals in an early

phase of bone healing (2, 4, and 7 days), with decreased levels of PDGF, TGF-b, IGF-1

and vascular endothelial growth factor (VEGF) at the fracture site (Al-Zube et al.,

2009). Such disturbances in the growth factor signaling cascade result in the impaired

proliferation and differentiation of mesenchymal cells into osteoblasts as well as

decreased angiogenesis (Diniz et al., 2008). In our study, we observed that diabetic rats

showed decreased IGF-1 levels associated with increased circulating CTX-I levels,

which may have resulted in decreased collagen deposition and a delay in the

differentiation of bone cells to form a bone callus at 14 days after fracture. At this stage,

the bone callus was expected to be formed by cartilaginous tissue and immature

trabecular bone. However, the bone callus of diabetic rats was mainly formed by

connective tissue. Such a delay in cell differentiation was also observed at 24 days after

bone fracture. In normal healing, the bone callus should be mainly formed by thick and

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Manuscrito - 94

dense trabeculae. However, diabetic rats showed a bone callus composed of thin and

disperse trabeculae. Consequently, the bone callus of diabetic rats was less dense and

weaker. Therefore, therapeutic modalities with the ability to reverse compromised

fracture healing should be determined and used as coadjutants in the treatment of

diabetics.

Previous studies have examined the effects of vibration therapy on improving

bone healing in rats with several osteometabolic disturbances (Shi et al., 2010; Stuermer

et al., 2010; Chow et al., 2011; Komrakova et al., 2013; Chung et al., 2014; Chow et

al., 2016; Komrakova et al., 2016; Wei et al., 2016). Although no studies have

investigated the effects of such therapy on bone healing in diabetic rats, Weinheimer et

al. determined an important angiogenic effect of vibration therapy on wound healing in

diabetic mice (Weinheimer-Haus et al., 2014). Thus, we hypothesized that such

mechanical stimuli associated with sensory-motor disturbances due to wave vibration

might not only accelerate bone healing in control rats but also improve and even

normalize the consolidation in diabetic rats.

In the present study, we found that cell proliferation at the bone callus was

significantly higher in diabetic rats treated with vibration therapy than in non-treated

diabetic rats. Vibration therapy increased the level of circulating IGF-1; this was

associated with a reduction in RANK, which may explain the increased cell

proliferation in chondrogenesis, trabecular formation, and collagen deposition in the

bone callus of diabetic rats, which are associated with increased mineralization and

volume. Conversely, vibration therapy does not seem to accelerate bone healing in

control rats.

To the best of our knowledge, this study is the first to investigate the effects of

vibration therapy on bone healing in diabetic rats. Taken together, our results indicate

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Manuscrito - 95

that vibration therapy significantly counteracted the deleterious effects of diabetes on

bone healing.

5. Declaration of interest

The authors have no relevant conflicts of interest to disclose.

6. Funding statements

This study was funded by the São Paulo Research Foundation (FAPESP) and

Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES).

7. Author contributions

Maysa Campos, José Volpon, and Ariane Zamarioli designed the experiments.

Maysa Campos and Ana Franttini performed the experiments.

Maysa Campos, José Volpon, Manoel Sousa-Neto, Raquel Silva, João Ximenez, and Ariane

Zamarioli analyzed the data and revised the manuscript.

Ariane Zamarioli composed the research proposal, conceived and designed the experiments,

discussed all of the results, and wrote the manuscript.

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Manuscrito - 102

Tables

Table 1. The levels of circulating IGF-1, RANK, and CTX-I. IGF-1 was significantly decreased in

diabetic rats and was increased by vibration therapy. CTX-I levels were significantly increased by

diabetes. Letters indicate significant differences (p<0.05).

Circulating levels of IGF-1, RANK and CTX-I (pg/ml) mean ± SD

SHAM SHAM+VT DM DM+VT

IGF-1 3014.35±826.48 1822.56±962.34 246.04±181.38a 1889.54±652.13b

RANK

CTX-I

445.35±126.89

149.19±49.12

346.46±48.86a

419.56±91.49a

453.01±98.37

623.29±170.71a

366.43±79.73b

692.89±158.73

ap<0.0001 vs SHAM

bp<0.03 vs DM

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Manuscrito - 103

Figure legends

Figure 1. Comparison of body mass (in grams) among groups. A: Upon study entry (day 0,

diabetes/sham induction), body mass was similar among all groups (p>0.05). B: Closed femoral fracture

procedure. C: Final observation period of 14 days post-fracture. Body mass was lower in diabetic rats

than in sham rats (p<0.05). D: Final observation period of 28 days post-fracture. Diabetic rats exhibited

lower body mass than sham rats (p<0.05). Trained diabetic rats displayed higher body mass than non-

trained diabetic rats.

Figure 2. Comparison of BMD, BMC, and the area of the bone callus between each group at both 14 and

28 days post-fracture (DXA assessment). Asterisks indicate significant differences (p<0.05).

Figure 3. Coronal and axial tridimensional μCT images of fractured femurs. Diabetes impaired bone

healing, and bone calluses were smaller and less mineralized than in sham rats during both follow-up

periods. Vibration therapy significantly increased bone callus volume and mineralization on both follow-

ups, but only in diabetic rats.

Figure 4. Histological slides of fractured femurs stained with HE at magnifications of 12.5, 50, and 200x.

Diabetes induced a delay in cell proliferation and differentiation during fracture healing. At 14 days after

fracture, sham rats exhibited a bone callus formed by trabeculae, while diabetic rats only showed

connective tissue. The delay persisted in the later stage of healing, where sham rats had dense trabeculae

forming a bone callus, and diabetic rats only showed thin and well-spaced trabeculae. Vibration therapy

accelerated cell differentiation during fracture healing in diabetic rats in both stages but did not cause

changes in normal bone healing.

Figure 5. Histological slides of fractured femurs stained with Sirius red solution (A) and TRAP (B), with

a magnification of 12.5x. A: Collagen deposition in the bone calluses of diabetic rats was significantly

lower than in sham rats. Vibration therapy increased collagen deposition in bone calluses of diabetic rats

but not in sham rats. B: Osteoclastic activity in diabetic rats was higher than in sham animals on day 14

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Manuscrito - 104

after fracture but lower on day 28. Vibration therapy increased osteoclastic activity in bone calluses of

diabetic rats on day 28 post-fracture.

Figures

Figure 1.

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Manuscrito - 105

Figure 2.

Figure 3.

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Manuscrito - 106

Figure 4.

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Manuscrito - 107

Figure 5.