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Este Caderno contém 40 questões de múltipla escolha, sendo 30 questões de Conhecimentos Específicos e 10 questões do Sistema Único de Saúde - SUS. Confira se este Caderno de Questões corresponde ao curso para o qual você se inscreveu; em caso contrário comunique, imediatamente, ao fiscal de sala. Além deste Caderno de Questões, você recebeu um Cartão-Resposta, onde deverá registrar as suas respostas utilizando caneta esferográfica azul ou preta. A duração desta prova é de 3 (três) horas. Não será permitido portar, durante a prova, qualquer tipo de aparelho que permita a intercomunicação de mensagens e nenhuma espécie de consulta ou comunicação entre os candidatos, nem a utilização de livros, códigos, manuais, impressos ou quaisquer anotações. O gabarito será divulgado a partir de 14 horas do dia 29 de novembro de 2010, através do site do www.inca.gov.br . Para recursos, você deverá seguir as orientações contidas no item 7 do Edital. Você deverá permanecer no local de realização da prova por, no mínimo, sessenta minutos. Os três últimos candidatos serão retidos em sala até que o último deles entregue a prova ou o tempo esteja esgotado, o que acontecer primeiro. Você só poderá levar o próprio Caderno de Questões caso permaneça na sala até 1 (uma) hora antes do término da prova. Certifique-se de ter assinado a lista de presença. AGUARDE O AVISO PARA INICIAR SUA PROVA INSTITUTO NAC IONAL DO CÂNCER 2011 Área: Farmácia Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia

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Este Caderno contém 40 questões de múltipla escolha, sendo 30 questões de Conhecimentos Específicos e 10 questões do Sistema Único de Saúde - SUS.

♦ Confira se este Caderno de Questões corresponde ao curso para o qual você se inscreveu; em caso contrário comunique, imediatamente, ao fiscal de sala.

♦ Além deste Caderno de Questões, você recebeu um Cartão-Resposta, onde deverá registrar as suas respostas utilizando caneta esferográfica azul ou preta.

♦ A duração desta prova é de 3 (três) horas .

♦ Não será permitido portar, durante a prova, qualquer tipo de aparelho que permita a intercomunicação de mensagens e nenhuma espécie de consulta ou comunicação entre os candidatos, nem a utilização de livros, códigos, manuais, impressos ou quaisquer anotações.

♦ O gabarito será divulgado a partir de 14 horas do dia 29 de novembro de 2010, através do site do www.inca.gov.br.

♦ Para recursos, você deverá seguir as orientações contidas no item 7 do Edital.

♦ Você deverá permanecer no local de realização da prova por, no mínimo, sessenta minutos. Os três últimos candidatos serão retidos em sala até que o último deles entregue a prova ou o tempo esteja esgotado, o que acontecer primeiro.

♦ Você só poderá levar o próprio Caderno de Questões caso permaneça na sala até 1 (uma) hora antes do término da prova.

♦ Certifique-se de ter assinado a lista de presença.

AGUARDE O AVISO PARA INICIAR SUA PROVA

INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER

2011 Área: Farmácia

Programa de

Residência

Multiprofissional

em Oncologia

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 01 A morfina tem o potencial de precipitar ou exacerbar ataques asmáticos e deve ser evitada em pacientes com história de asma. Essa característica da morfina se deve à: (A) liberação de histamina. (B) liberação de dopamina. (C) broncoconstricção mediada por receptore κ (kappa). (D) sedação mediada por receptores µ (mu) e

κ(kappa). 02 O adesivo transdérmico de fentanila é apropriado para o tratamento da dor associada ao câncer, por causa da facilidade do seu uso, da prolongada duração da ação e da estabilidade dos níveis sanguíneos. Comparando a fentanila com a morfina, ambos sendo administrados por via intravenosa, pode-se afirmar que: (A) a fentanila é 100 vezes menos potente que a

morfina. (B) a depressão respiratória induzida pela fentanila é

mais intensa do que a da morfina. (C) a fentanila é mais lipossolúvel que a morfina. (D) a morfina tem seu pico de efeito analgésico

produzido mais rapidamente do que a fentanila. 03 No tratamento da dor leve à moderada, o tramadol é tão eficaz quanto a morfina e a meperidina. O tramadol é um análogo sintético da codeína e possui dois mecanismos de ação para seu efeito analgésico, a saber: (A) fraca ação agonista opioide em receptor µ (mu) e

inibe a recaptação de norepinefrina em vias descendentes inibitórias.

(B) forte ação agonista em receptores opiodes µ (mu) e inibe a recaptação de serotonina em vias descendentes inibitórias.

(C) inibe recaptação de dopamina nas vias ascendentes inibitórias da dor e ação agonista em receptores opioides.

(D) fraca ação agonista opioide em receptor µ (mu) e inibe a ciclooxigenase, diminuindo a formação de prostaglandinas.

04 Método para detecção e notificação de RAM (reações adversas a medicamentos), em que os profissionais de saúde são incentivados a relatar todas as reações suspeitas, tanto com preparações antigas quanto com medicamentos novos: (A) ensaios clínicos randomizados. (B) monitoramento de medicamentos. (C) monitoramento intensivo de RAM. (D) sistema de notificação espontânea.

05 Estudo epidemiológico que possibilita a comparação entre dois grupos de pessoas. Um dos grupos é composto por pessoas com uma determinada doença/evento. O outro grupo é composto por pessoas com características semelhantes ao primeiro grupo, exceto pelo fato de que não sofrem a doença/evento: (A) coorte. (B) caso-controle. (C) transversal. (D) ecológico.

06 Para que um ensaio clínico de um novo medicamento seja inicializado, o projeto deve: (A) ser aprovado pelo comitê de ética em pesquisa de

seres humanos. (B) ter patrocinador. (C) ser multicêntrico. (D) conter uma equipe multiprofissional.

07 Tanto o tumor quanto o tratamento antineoplásico podem ser os responsáveis pelo desencadeamento da dor do paciente com câncer. O controle da dor, desde dor leve à severa, é de extrema importância nessa situação. Para o controle da dor moderada em pacientes com câncer, a organização mundial de saúde preconiza a utilização de: (A) morfina. (B) paracetamol + codeína. (C) fentanil. (D) paracetamol. 08 As complicações com a terapia parenteral total em pacientes com câncer podem ser divididas em mecânica, metabólica, infecciosa e trombótica. Dentre as complicações metabólicas, pode ocorrer a: (A) embolia. (B) hiperglicemia. (C) secreção de cortisol. (D) diminuição da secreção de hormônio tireoidiano. 09 De acordo com o Regulamento Técnico para a Terapia de Nutrição Parenteral (Portaria 272/1998), a Equipe de Terapia Nutricional deve ser constituída por uma Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN), formal e obrigatoriamente constituída de, pelo menos, um profissional de cada categoria, que cumpra efetivamente com treinamento específico para essa atividade, a saber: médico, farmacêutico, enfermeiro e nutricionista. Dentre as alternativas abaixo, qual é a atribuição do farmacêutico nessa equipe: (A) Avaliar a formulação da prescrição médica quanto a

sua adequação, concentração e compatibilidade físico-química dos seus componentes e dosagem de administração.

(B) Orientar o paciente, os familiares ou o responsável legal, quanto aos riscos e benefícios do procedimento.

(C) Preparar o paciente, o material e o local para a inserção do cateter intravenoso.

(D) Avaliar qualitativa e quantitativamente as necessidades de nutrientes baseadas na avaliação do estado nutricional do paciente.

10 Um número significativo de internações hospitalares de portadores de doenças crônicas ocorre devido à falta de cumprimento dos esquemas terapêuticos. As atividades de orientação farmacêutica propiciam: (A) redução do tempo de tratamento. (B) mudança da prescrição. (C) aumento de custo. (D) maior adesão ao tratamento.

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11 De acordo com a Portaria no 2.616, de 12 de maio de 1998, consideram-se infecções hospitalares:

(A) aquelas em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada e se tornou evidente logo após o nascimento (exemplo: herpes simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS).

(B) aquelas manifestadas antes de 72 (setenta e duas) horas da internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados durante esse período.

(C) aquelas das quais se desconhece o período de incubação do microrganismo e, se não houver evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se apresentar antes de 72 (setenta e duas) horas da admissão.

(D) aquelas do recém-nascido transmitidas de forma transplacentária e aquelas associadas à bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro) horas.

12 A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) deverá escolher o método de Vigilância Epidemiológica mais adequado às características do hospital, à estrutura de pessoal e à natureza do risco da assistência, com base em critérios de magnitude, gravidade e redutibilidade das taxas ou custo. O cálculo da Taxa de Infecção Hospitalar, segundo a Portaria no

2.616, de 12 de maio de 1998, considera como numerador:

(A) o número de episódios de infecção hospitalar no período considerado e, como denominador, o total de saídas (altas, óbitos e transferências) ou entradas no mesmo período.

(B) o número de doentes que apresentam infecção hospitalar no período considerado, e, como denominador, o total de saídas (altas, óbitos e transferências) ou entradas no período.

(C) o número de episódios de infecção hospitalar em cada topografia, no período considerado e, como denominador, o número total de episódios de infecção hospitalar ocorridos no período.

(D) o número de pacientes submetidos a um procedimento de risco que desenvolveram infecção hospitalar e, como denominador, o total de pacientes submetidos a esse tipo de procedimento.

13 A RDC 306/2004 dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Segundo a Resolução, as excretas de pacientes tratados com quimioterápicos antineoplásicos:

(A) devem ser encaminhadas a Aterro de Resíduos Perigosos - Classe I - ou serem submetidos a tratamento de acordo com as orientações do órgão local de meio ambiente, em instalações licenciadas para esse fim.

(B) podem ser acondicionadas, identificadas e recolhidas por agentes de atendimento ou por pessoa treinada para a atividade e encaminhadas a empresas especializadas.

(C) podem ser acondicionadas em recipientes constituídos de material compatível com o líquido armazenado, resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada e vedante, e encaminhadas para empresa especializada.

(D) podem ser eliminadas no esgoto, desde que haja Sistema de Tratamento de Esgotos na região onde

se encontra o serviço e, caso não exista tratamento de esgoto, devem ser submetidas a tratamento prévio no próprio estabelecimento.

14 O gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) deve abranger todas as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos recursos materiais e da capacitação dos recursos humanos envolvidos no manejo dos RSS. A etapa de identificação consiste no conjunto de medidas que permitem o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS. Especificamente, a identificação “representada pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão REJEITO RADIOATIVO”, pertence ao: (A) Grupo A. (B) Grupo B. (C) Grupo C. (D) Grupo E. 15 Segundo a Portaria no 485/2005, nas áreas de preparação, armazenamento e administração, bem como para o transporte de quimioterápicos antineoplásicos, deve ser mantido um "Kit" de derramamento identificado e disponível, que deve conter, no mínimo: (A) luvas de procedimento, avental semipermeável,

compressas absorventes, proteção respiratória, proteção ocular, recipiente identificado para recolhimento de resíduos e descrição do procedimento.

(B) luvas de procedimento, avental impermeável, compressas absorventes, proteção respiratória, proteção ocular, sabão, recipiente identificado para recolhimento de resíduos e descrição do procedimento.

(C) luvas de procedimento, avental semipermeável, compressas absorventes, proteção respiratória, proteção ocular, sabão e descrição do procedimento.

(D) luvas de procedimento, avental semipermeável, proteção respiratória, proteção ocular, recipiente identificado para recolhimento de resíduos e descrição do procedimento.

16 O Serviço de Terapia Antineoplásica (STA) deve contar com Farmácia para a preparação de medicamentos para Terapia Antineoplásica (TA), que atenda às Boas Práticas de Preparação da TA. Quando o STA contar com Farmácia própria, em relação à sala para preparação de medicamentos para TA, esta deve: (A) ser exclusiva para preparação de medicamentos

para TA, com área mínima de 4 (quatro) metros quadrados por cabine de segurança biológica.

(B) ser exclusiva para preparação de medicamentos para TA, com área mínima de 2,5 (dois e meio) metros quadrados por cabine de segurança biológica.

(C) ser exclusiva para preparação de medicamentos para TA, com área mínima de 3 (três) metros quadrados por cabine de segurança biológica.

(D) ser exclusiva para preparação de medicamentos para TA, com área mínima de 5 (cinco) m2 por cabine de segurança biológica.

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17 As normas de Boas Práticas de Preparação da Terapia Antineoplásica (BPPTA) estabelecem as orientações gerais para aplicação nas operações de análise da prescrição médica, preparação, transporte e descarte da Terapia Antineoplásica (TA). Com relação aos itens “Conservação e Transporte”, pode-se afirmar que: (A) a TA deve ser conservada e transportada em

temperatura que garanta estabilidade biológica. (B) o transporte da TA deve ser feito em recipientes

não-isotérmicos e protegido da incidência direta da luz solar.

(C) para casos de contaminação acidental no transporte da TA, é compulsória a notificação do ocorrido ao responsável pela preparação, assim como as providências de descontaminação e limpeza, adotadas de acordo com protocolos estabelecidos.

(D) para casos de contaminação acidental no transporte da TA, é indicada a notificação do ocorrido ao responsável pela administração, assim como as providências de descontaminação e limpeza, adotadas de acordo com protocolos estabelecidos.

18 Na década de 1970, Bonadonna e colaboradores do Instituto Nazionale di Tumori, em Milão, iniciaram ensaios clínicos com uma combinação de antineoplásicos, denominada ABVD, para o tratamento da Doença de Hodgkin. Os resultados desse estudo foram semelhantes àqueles observados com o tratamento da doença com o esquema MOPP, ou seja, aumento do efeito antitumoral, sem aumento de toxicidade. Em 1990, ensaios clínicos randomizados e multicêntricos compararam os principais esquemas de tratamento de estágios avançados da Doença de Hodgkin e demonstraram a superioridade do esquema ABVD sobre o esquema MOPP, em termos de resposta, sobrevida livre de doença e sobrevida global. A sigla ABVD refere-se aos seguintes fármacos, respectivamente: (A) doxorrubicina, bleomicina, vimblastina e dacarbazina. (B) dactinomicina, bleomicina, vincristina e doxorrubicina. (C) doxorrubicina, bleomicina, vimblastina e dactinomicina. (D) dacarbazina, bussulfano, vincristina e doxorrubicina.

19 A manipulação magistral hospitalar é uma atividade específica no âmbito das ciências farmacêuticas, envolvendo atividades que não são comuns nas farmácias de manipulação de atendimento ao público. Nesse sentido, a manipulação de medicamentos em hospitais é plenamente justificada, EXCETO: (A) pela existência de pacientes e patologias de várias

etiologias e características pessoais bastante diferentes como faixa etária, sexo, debilidade e incapacidade física.

(B) por evitar o desperdício de medicamentos e de recursos financeiros ao individualizar o tratamento.

(C) por reduzir os custos hospitalares manipulando medicamentos similares aos industrializados.

(D) por permitir o controle preciso dos medicamentos preparados exclusivamente para um paciente.

20 As formas farmacêuticas sólidas são importantes para permitir a adequação da dose e a individualização do tratamento em função das diferentes características dos pacientes e da impossibilidade de a indústria farmacêutica atender às necessidades individuais de cada um. Dentre essas formas, as mais significativas para a manipulação de medicamentos no ambiente hospitalar são as cápsulas gelatinosas duras e os papéis. Quando manipuladas de acordo com a técnica, as cápsulas podem oferecer uma dose suficientemente precisa, EXCETO quando:

(A) o cálculo do volume da mistura de pós que se pretende encapsular é feito de modo correto, levando-se em conta a verificação da densidade destes pós.

(B) sejam utilizados os diluentes e adjuvantes farmacotécnicos adequados quando necessário.

(C) o cálculo do volume da mistura de pós que se pretende encapsular é feito a partir da informação sobre as densidades contidas nos rótulos e laudos de análise remetidos pelo fornecedor dos insumos.

(D) ao final da manipulação seja executado um teste de pesagem individual das cápsulas manipuladas.

21 A garantia da qualidade pode ser considerada como o conjunto de ações necessárias para atender aos requisitos de qualidade e prover a confiabilidade esperada a um produto ou serviço. Em relação à garantia da qualidade na manipulação magistral hospitalar, NÃO está correto afirmar que:

(A) a garantia da qualidade é de responsabilidade do farmacêutico e requer o controle sobre todas as etapas do processo de manipulação até a dispensação do medicamento ao paciente.

(B) o cumprimento das diretrizes constantes nas Boas Práticas de Manipulação permite estabelecer um padrão de qualidade aceitável.

(C) é de responsabilidade do Farmacêutico a avaliação da prescrição quanto à compatibilidade dos componentes, concentrações e doses máximas recomendadas.

(D) a manipulação de cada medicamento deve ser feita a partir de sua prescrição, cabendo ao operador executá-la de acordo com os seus conhecimentos técnicos.

22 A legislação sanitária que regula a manipulação magistral em unidades hospitalares define área de manipulação como aquela destinada ao preparo dos medicamentos. Em relação aos requisitos necessários para a instalação de uma área de manipulação de produtos não estéreis em uma unidade hospitalar, NÃO é correto afirmar que:

(A) em função da exposição de matérias-primas e medicamentos ao ambiente, esses locais devem ser segregados dos demais e com acesso restrito de pessoal.

(B) deve existir um ambiente destinado à paramentação e higienização antes do acesso a estes locais.

(C) o piso deve ser lavável, as paredes lisas, com iluminação adequada e sistemas de exaustão sem necessidade de filtros, em função do baixo risco de contaminação.

(D) nos laboratórios de manipulação de produtos sólidos, deve haver sistema de exaustão, para diminuir a contaminação cruzada, devido à possibilidade de existência de grande número de partículas em suspensão.

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23 Segundo a RDC 67/07, a estrutura dos laboratórios que manipulem produtos estéreis deve ser projetada segundo padrões técnicos que assegurem a garantia da qualidade dos medicamentos manipulados, contando com uma infraestrutura adequada às operações desenvolvidas, que envolvem diversos requisitos, EXCETO:

(A) as áreas de manipulação e envase devem ser segregadas das demais.

(B) para garantir que todas as possibilidades de acumulação e geração de partículas sejam eliminadas, é necessário que as paredes e pisos sejam laváveis e que todos os cantos sejam arredondados.

(C) as áreas de manipulação e envase devem ser equipadas com fluxo laminar.

(D) deve existir uma área específica para paramentação e higiene, contígua às áreas de manipulação, nos mesmos moldes das áreas de manipulação de produtos não estéreis.

24 Todo produto estéril, obtido por reconstituição, transferência, incorporação ou fracionamento de especialidades farmacêuticas estéreis destinados à utilização em serviços de saúde, deve conter rótulo com as seguintes informações:

(A) Nome do prescritor, sua inscrição no conselho profissional, data da prescrição, nome e patologia do paciente.

(B) Nome completo do paciente, quarto/leito e registro hospitalar (se for o caso), nome e CRF do farmacêutico responsável e identificação de quem preparou a manipulação.

(C) Velocidade da infusão, via de acesso, data e hora da manipulação, número sequencial de controle e condições de temperatura para conservação e transporte.

(D) nome completo do paciente, quarto/leito e registro hospitalar (se for o caso), composição qualitativa e quantitativa dos produtos e/ou nomes das especialidades farmacêuticas que compõem a manipulação, volume total, velocidade da infusão, via de acesso, data e hora da manipulação, número sequencial de controle e condições de temperatura para conservação e transporte, nome e CRF do farmacêutico responsável e identificação de quem preparou a manipulação.

25 A RDC 220/04 estabelece as seguintes diretrizes em relação à Garantia da Qualidade na preparação de medicamentos destinados à terapia antineoplásica, EXCETO: (A) O Sistema de Garantia da Qualidade deve estar

documentado num manual da qualidade com todos os procedimentos descritos de forma a assegurar, deste modo, um efetivo controle sobre a qualidade da preparação da TA.

(B) O Sistema de Garantia da Qualidade para a preparação da TA deve assegurar que os controles de qualidade necessários para avaliar os produtos e o processo de preparação sejam realizados de acordo com procedimentos escritos.

(C) O Sistema de Garantia da Qualidade para a preparação da TA deve assegurar que os pontos críticos do processo sejam periodicamente avaliados e registrados.

(D) O Sistema de Garantia da Qualidade para a preparação da TA deve assegurar que as ações corretivas e processos de melhoria contínua sejam implementados.

26 Adotando-se o princípio do desenvolvimento escalonado de uma farmácia hospitalar, são ações da fase 1: (A) Estruturar e/ou dinamizar a comissão de padronização;

participar de ensaios clínicos de medicamentos. (B) Participar de auditoria de antimicrobianos; estruturar a

unidade de centralização e preparo de citostáticos. (C) Distribuir medicamentos pelo sistema mais viável;

implantar farmacotécnica básica e adaptativa. (D) Aprimorar ou implantar o gerenciamento de estoque de

medicamentos; realizar estudo biofarmacotécnico de formulações de uso hospitalar.

27 Considerando-se a definição de alternativas e tipos de substituição de medicamentos, a “alternativa farmacêutica” consiste em: (A) fornecer uma alternativa no lugar do medicamento

prescrito. (B) medicamentos que contêm o mesmo fármaco, a

mesma dosagem e diferem em relação ao sal, éster, forma farmacêutica ou via de administração.

(C) medicamentos que contêm diferentes fármacos, mas que pertencem à mesma classe farmacológica. Apresentam os mesmos efeitos terapêuticos quando administrados em doses terapeuticamente equivalentes.

(D) medicamentos equivalentes farmacêuticos. 28 São fatores que podem colaborar para a redução de erros na distribuição e administração de medicamentos: (A) a dose do medicamento embalada, identificada e

distribuída pronta para ser administrada ao paciente, de acordo com a prescrição médica, não requerendo manipulação prévia por parte da equipe de enfermagem.

(B) estarem disponíveis nas enfermarias apenas os medicamentos de uso emergencial ou para os casos chamados SOS.

(C) a triagem da prescrição por farmacêuticos dispensando a conferência na liberação das doses unitárias.

(D) transcrições das prescrições de medicamentos para sistemas informatizados que facilitam a conferência farmacêutica e agilizam a impressão de etiquetas.

29 No gerenciamento de medicamentos e materiais, utilizando-se a análise ABC, os itens classe A são aqueles:

(A) cuja falta pode comprometer totalmente a assistência a ser prestada.

(B) que representam quantidade significativa de itens com pequeno comprometimento financeiro.

(C) cujo desabastecimento não interfere na assistência. (D) que devem ser priorizados administrativamente, porque

correspondem à maior parte do investimento. 30 O inventário é um instrumento administrativo utilizado para:

(A) realizar o balanço periódico da movimentação de medicamentos, através do qual se confere o montante físico movimentado naquele período.

(B) realizar o balanço periódico da movimentação de medicamentos, através do qual se confere o montante financeiro movimentado naquele período.

(C) confrontar o estoque registrado em sistema de controle com o estoque real disponível.

(D) confrontar o volume financeiro registrado em sistema de controle com o estoque físico.

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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS 31 O Conselho de Saúde é uma das instâncias colegiadas do Sistema Único de Saúde (SUS) que deve existir em cada esfera do governo – federal, estadual e municipal. Sobre os Conselhos de Saúde, assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) São órgãos colegiados compostos por representantes do governo, prestadores de serviços, profissionais de saúde e usuários.

( ) Atuam na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente.

( ) O chefe do poder executivo, em cada instância, homologa as decisões dos Conselhos de Saúde.

( ) Os Conselhos de Saúde devem se reunir de 4 em 4 anos, com a representação dos vários segmentos.

Assinale a opção cuja sequência está correta:

(A) F, F, V, V. (B) V, F, V, F. (C) V, V, V, F. (D) V, V, F, F. 32 Junto ao Artigo 10º da Lei no 8.080, de 1990, os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto as ações e os serviços de saúde do que lhes correspondam. No seu parágrafo primeiro, aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais um certo princípio, e os respectivos atos constitutivos disporão sobre sua observância. Esse princípio mencionado nesse parágrafo é o:

(A) da direção única. (B) da livre concorrência. (C) da executividade. (D) da corroboração intermunicipal 33 Quanto à Lei no 8.080/90, assinale a alternativa INCORRETA.

(A) Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.

(B) Entende-se por saúde do trabalhador, para fins dessa lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.

(C) As comissões intersetoriais de âmbito nacional terão a finalidade de articular políticas e programas de interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas compreendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.

(D) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão em seu âmbito administrativo acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das condições ambientais.

34 Segundo a Norma Operacional da Assistência à Saúde 01/2002, a base territorial de planejamento da atenção à saúde, definida pela secretaria estadual de saúde, considerando as características demográficas, socioeconômicas, geográficas, sanitárias, epidemiológicas e oferta de serviços, entre outras, corresponde ao conceito de: (A) município – polo. (B) região de saúde. (C) módulo assistencial de saúde. (D) município – sede. 35 De acordo com a NOB – SUS 01/96, a atenção à saúde compreende três grandes campos a saber: (A) regionalização, intervenções ambientais, cálculo de

indicadores de saúde. (B) intervenção ambiental, regionalização da saúde e

formação de profissionais. (C) assistência, intervenções ambientais, políticas

externas. (D) assistência, atenção básica e medicação. 36 O conjunto de propostas regulamentado na Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS SUS/2001 assume a regionalização como macroestratégia fundamental para o aprimoramento do processo de descentralização na implantação do SUS. Acerca da NOAS-SUS/2001, é correto afirmar que: I em cada estado, as Secretarias Estaduais de Saúde

devem promover um processo de planejamento integrado entre as Secretarias Municipais de Saúde que resulte em um Plano Diretor de Regionalização.

II a estratégia de ampliação da Atenção Básica parte da identificação de um conjunto de ações necessárias para uma atenção adequada aos problemas de saúde, mais frequentes na maior parte do território brasileiro, bem como da necessidade de garantir que essas ações sejam ofertadas com qualidade e efetividade no âmbito municipal, o mais próximo possível do local de residência dos usuários.

III do ponto de vista do modelo assistencial, um eixo importante para a ampliação e qualificação da Atenção Básica é a estratégia de Saúde da Família.

IV o conceito de Atenção Básica Ampliada se relaciona ao conjunto de ações do primeiro nível de atenção em saúde, que deve ser ofertado por todos os municípios do País, em seu próprio território, com qualidade e suficiência para sua população.

Assinale a opção cuja sequência está correta: (A) I e III, somente. (B) I, III e IV, somente. (C) II e IV, somente. (D) I, II, III e IV.

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37 Segundo a Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil 2010 (INCA), indique a ordem correta de incidência de câncer estimado para 2010, em ordem decrescente:

(A) Pele do tipo não-melanoma – próstata – mama – cólon e reto – pulmão

(B) Pulmão – próstata – mama - pele do tipo não- melanoma – colo do útero

(C) Pulmão – próstata - Pele do tipo não-melanoma – mama – colo do útero

(D) Pele do tipo não-melanoma – próstata – pulmão – mama – cólon e reto

38 Sobre o câncer de mama, assinale a alternativa INCORRETA: (A) A amamentação, a prática de atividade física e a

alimentação saudável com a manutenção do peso corporal estão associadas a um menor risco de desenvolver esse tipo de câncer.

(B) Mulheres que apresentam mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 têm 85% de chance de desenvolver câncer de mama antes dos 70 anos de idade.

(C) Para as mulheres de grupos populacionais considerados de risco elevado para câncer de mama (com história familiar de câncer de mama em parentes de primeiro grau), recomendam-se o exame clínico da mama e a mamografia, anualmente, a partir de 35 anos.

(D) As recomendações do Ministério da Saúde para detecção precoce e diagnóstico desse câncer são baseadas no Documento de Consenso para Controle do Câncer de Mama, de 2004, que considera como principais estratégias de rastreamento um exame mamográfico, pelo menos a cada ano, para mulheres de 50 a 69 anos, e o exame clínico anual das mamas, para mulheres de 40 a 49 anos.

39 Segundo a Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil 2010 (INCA), o uso de drogas anti-inflamatórias não esteroidais, como o AAS (ácido acetil salicílico) e a TRH (terapia de reposição hormonal), tem mostrado ser: (A) fator protetor contra o câncer de cólon e reto e de

mama. (B) fator protetor contra o câncer de mama e associado

ao aumento do câncer de cólon e reto. (C) fator protetor contra o câncer de cólon e reto e fator

associado ao aumento do câncer de mama. (D) fator associado ao aumento do câncer de cólon e

reto e do câncer de mama. 40 Em relação às diferenças dos tumores pediátricos e dos tumores de adulto, assinale a afirmativa correta: (A) Os tumores pediátricos apresentam menores

períodos de latência, se comparados aos tumores do adulto.

(B) Os tumores pediátricos, em geral, crescem mais devagar e são menos invasivos do que os tumores do adulto.

(C) Os tumores pediátricos respondem ao tratamento da mesma maneira que os tumores do adulto.

(D) Os tumores pediátricos são mais comuns no sexo feminino, assim como os tumores do adulto.

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