Programas de Educação Física · 2019. 9. 2. · o bock com pernas: • Entre as mãos •...

1º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO

Programasde Educação

Física7ª, 8ª e 9ª Classes

Título

Programas de Educação Física 7ª, 8ª e 9ª Classes

Autor

INIDE/MED

Coordenação Geral

Manuel Afonso | José Amândio Francisco Gomes | João Adão Manuel

Coordenação Técnica

Pedro Fernandes

Coordenação do Iº Ciclo

Maria António Joaquim | Rita Francisco Manuel Neto

Equipa de Trabalho

Grupo Multidisciplinar do INIDE

Editora

Editora Moderna

Pré-impressão, Impressão e Acabamento

GestGráfica, S.A.

Ano / Edição / Tiragem

2019 / 1.ª Edição / 4000 exemplares

Ficha Técnica

E-mail: [email protected]

© 2019 EDITORA MODERNAReservados todos os direitos. É proibida a reprodução desta obra por qualquer meio (fotocópia, offset, fotografia, etc.) sem o consentimento escrito da editora, abrangendo esta proibição o texto, as ilustrações e o arranjo gráfico. A violação destas regras será passível de procedimento judicial, de acordo com o estipulado no código dos direitos de autor.

Índice

Apresentação 05

Introdução à Disciplina no 1º Ciclo do Ensino Secundário 07

Objectivos Gerais da Educação Física no 1º Ciclo do Ensino Secundário 08

Programa de Educação Física | 7ª Classe

Objectivos Gerais da Educação Física na 7ª Classe 10

Plano Temático 11



Plano Temático 25



Plano Temático 39

Estratégias Gerais de Organização e de Gestão de Processos de Ensino e de Aprendizagem 53

Avaliação ao Serviço da Aprendizagem 57

Avaliação na Educação Física 61

Bibliografia 64

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Apresentação

A disciplina de Educação Física no 1º Ciclo do Ensino Secundário tem por principal finalidade contribuir de forma própria e determinante para a formação integral e harmoniosa do ser humano.

Hoje, reconhecemos a importância da relação entre “um corpo são” e “uma mente sã”, e a necessidade desta relação ser desde cedo trabalhada educativamente, de forma contínua e cientificamente sustentada.

O desenvolvimento e aperfeiçoamento das qualidades e habilidades físicas, como parte da formação intelectual e integral da personalidade, não abarca só as influências biológicas, mas também as externas e sociais. Quer dizer, a prática sistemática das diferentes formas de actividades físicas e desportivas é indissociável do desenvolvimento de outras competências (capacidade intelectual, política, ideológica, moral e colectiva, político-laboral e político-militar do Homem).

Neste contexto, tem especial relevo às regras e normas desportivas através das quais cada aluno pode, de forma vivencial, perceber o sentido e valor das normas sociais e comunitárias, assim como desenvolver hábitos de forma decisiva para a saúde individual e moral e para a formação da cidadania.

A importância da Educação Física tem estado a atingir os seus melhores níveis no processo educativo em Angola.

O presente programa, material pedagógico de orientação de trabalho e de consulta permanente do professor de Educação Física integra conteúdos para a 7ª, 8ª e 9ª classes.

Assim sendo, os seus conteúdos constituem um conjunto de informações sobre a Educação Física e inclui exercícios diversificados destinados ao desenvolvimento dos conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos do 1º Ciclo do Ensino Secundário. Estas actividades físicas educativas foram criteriosamente seleccionadas para o desenvolvimento multifacetado dos jovens.

Os programas de Educação Física no Ensino Secundário têm vindo a enquadrar e orientar a disciplina como uma área fundamental, para um correcto desenvolvimento físico e mental dos alunos.

Com este programa pretende-se também criar instrumentos que forneçam aos alunos bases teóricas fundamentais para uma melhor compreensão do mundo do movimento.

6

Os conteúdos estruturantes das disciplinas contemplam os fundamentos das modalidades desportivas cuja abordagem é feita em articulação com aspectos políticos, históricos, sociais, económicos, culturais, bem como elementos da subjectividade representados na valorização do trabalho colectivo, na convivência com as diferenças, na formação social crítica e autónoma.

Os conteúdos propostos para a Educação Física no I Ciclo do Ensino Secundário são os seguintes temas: Atletismo, Ginástica, Andebol, Basquetebol, Futebol e Voleibol.

7

Introdução à Disciplina no 1º Ciclo do Ensino Secundário

A Educação Física é fundamentada nas reflexões sobre as necessidades actuais de ensino perante os alunos, na superação de contradições e na valorização da educação. Por isso, é de fundamental importância considerar os contextos e experiências de diferentes regiões, escolas, professores, alunos e da comunidade.

Compreender a Educação Física sob um contexto mais amplo significa entender que ela é composta por interacções que se estabelecem nas relações sociais, políticas, económicas e culturais dos povos.

A acção pedagógica da Educação Física estimula a reflexão sobre o acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizados pela expressão corporal em forma jogos, brincadeiras e desporto. Estas expressões podem ser identificadas como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem.

Tendo a Educação Física o seu objecto estudo da Cultura Corporal, a sua prática proporciona a ampliação da dimensão psicomotora do homem. Para isso, podem-se enriquecer os conteúdos com experiências corporais de mais diferentes culturas, priorizando as particularidades de cada comunidade.

Assim sendo, a Educação Física é uma disciplina que, em conjunto com as outras, ajuda o aluno a preparar o futuro, bem como transforma o seu corpo tornando-o mais ágil e mais saudável e aprende ainda a viver em grupo e a participar com criatividade.

8

Objectivos Gerais da Educação Física no 1º Ciclo do Ensino Secundário

› Conhecer os componentes da educação desportiva indispensáveis para prática da Educação Física;

› Conhecer os fundamentos técnicos das modalidades desportivas;

› Aplicar os fundamentos técnicos das modalidades desportivas em diferentes situações de jogo;

› Analisar os fundamentos técnicos das modalidades desportivas em diferentes situações de jogo;

› Conhecer os fundamentos tácticos das modalidades desportivas tendo em conta as regras de jogo;

› Aplicar os fundamentos tácticos das modalidades desportivas em cooperação com os colegas da equipa;

› Aplicar os fundamentos técnico-tácticos das modalidades desportivas em cooperação com os colegas da equipa;

› Analisar os fundamentos técnico-tácticos das modalidades desportivas em diferentes situações de jogo;

› Compreender os benefícios da prática da Educação Física para a saúde (bem-estar físico, psíquico e socio-afectivo);

› Compreender a importância do espírito desportivo na prática da Educação Física;

› Aplicar os valores olímpicos na prática da Educação Física demonstrando-os no quotidiano.

Programade Educação

Física

7ª Classe

Programas de Educação Física | 7ª, 8ª e 9ª Classes10

Objectivos Gerais da Educação Física na 7ª Classe



› Aplicar os fundamentos técnicos das modalidades em diferentes situações da prática desportivas;



› Compreender os benefícios da prática da Educação Física no bem-estar físico, psíquico e socio-afectivo;



1º Ciclo do Ensino Secundário 11

Plano Temático

Tema TrimestreHoras Lectivas

Aula Avaliação Reserva Total

1 Atletismo I 11 1 1 13

2 Ginástica I 11 1 1 13

3 Andebol II 10 1 1 12

4 Basquetebol II 10 1 1 12

5 Futebol III 10 1 1 12

6 Voleibol III 12 1 1 24


Objectivos Específicos Subtemas ConteúdosCarga Horária

Teórica Teórico-prática Prática

› Distinguir os diferentes tipos de corrida de velocidade;

› Realizar as técnicas de partidas da corrida de velocidade de forma coordenada:

• Partida alta;

• Partida baixa,

• Passos transitórios;

• Passos normais da corrida.

› Executar técnicas de corrida de velocidade de 50 – 60 metros com chegadas:

• Normal;

• Com ombro.

› Distinguir os diferentes tipos de corrida de resistência;

› Executar técnicas de corrida de resistência até 150 e 200 metros;

› Distinguir os diferentes tipos de:

• Corrida de estafeta;

• Transmissão de testemunho.

› Realizar corrida de estafeta simples de 4 X 50 m.

1.1. A corrida › Corrida de velocidade - tipos de corridas: 100 m, 200 m e 400 m

• Com partidas altas;

• Com partidas baixas;


• Com passos normais;

• Com chegadas: normal e com ombro;

• Corrida de velocidade até 50-60 metros.

› Corrida de resistência - tipos de corridas: 800 m, 1000 m, 1500 m, 3000 m, 5000 m e 10000 m

• Corrida de rendimento;

• Corrida progressiva até 150-200 metros.

› Corrida de estafeta - tipos de corrida de estafeta: medley.

› Transmissão de testemunho:

• De cima para baixo (visual);

• De baixo para cima

› Estafeta simples 4x50.

4

Tema 1

AtletismoObjectivos Gerais:

› Conhecer os princípios da educação desportiva indispensáveis para a prática da Educação Física; › Conhecer os fundamentos técnicos da modalidade de atletismo; › Aplicar os fundamentos técnicos das diferentes disciplinas da modalidade de atletismo; › Compreender os benefícios da prática da Educação Física para a saúde (bem-estar físico, psíquico e socio-afectivo);

› Compreender a importância do espírito desportivo na prática do atletismo; › Aplicar os valores olímpicos na prática do atletismo demonstrando-os no quotidiano.


› Distinguir diferentes tipos de saltos.

› Realizar salto em comprimento com todas as fases;

› Executar salto em altura com a técnica tesoura.

1.2. Saltos › Tipos de Saltos:

• Em comprimento

• Altura

› Salto em comprimento (coordenação: corrida de balanço, chamada, voo e queda)

› Salto em altura com estilo tesoura (coordenação: corrida de balanço, chamada, voo e queda).

5

› Distinguir diferentes tipos de lançamentos;

› Lançar objectos com precisão.

1.3. Lançamentos › Tipos de lançamentos:

• Dardo;

• Martelo;

• Disco.

Lançamento de objectos (bolas, massas, garrafinhas com areia, bolas de meia, entre outros)

2




› Diferenciar diferentes tipos de:

• Formações;

• Alinhamentos.

› Realizar de forma diversificada:

• Formações;

• Alinhamentos.

2.1. Formações e alinhamentos › Formações:

• Xadrez

• Círculo

• Quadrado

• Rectangular

› Alinhamentos:

• Coluna

• Fileira

1

› Distinguir diferentes:

• Evoluções;

• Deslocamentos.

› Realizar de forma coordenada as diferentes:

• Evoluções;

• Deslocamentos

2.2. Evoluções e deslocamentos › Evoluções e deslocamentos.

› Evoluções e deslocamentos com movimentos coordenados

1

Tema 2

GinásticaObjectivos Gerais:

› Conhecer os princípios da educação desportiva indispensáveis para a prática da Educação Física; › Conhecer os fundamentos técnicos da modalidade da ginástica; › Aplicar os fundamentos técnicos da modalidade da Ginástica nos exercícios organizados de forma coordenada;


› Compreender a importância do espírito desportivo na prática da Educação Física; › Aplicar os valores olímpicos na prática da Educação Física demonstrando-os no quotidiano.


› Diferenciar diferentes tipos de cambalhotas;

› Executar cambalhotas com diversas entradas e saídas;

2.3. Cambalhotas para frente e para trás

› Cambalhota para frente com corpo engrupado, com pernas afastadas e com pernas em extensão.

› Cambalhota para trás com corpo engrupado, com pernas em extensão e com pernas afastadas.

› Entrada de pé, com as pernas estendidas depois em posição de engrupado.

› Saída, levantando-se com salto.

4

› Distinguir diferentes apoios invertidos;

› Realizar com equilíbrio estático os pinos de:

• Cabeça;

• Braço.

2.4. Apoios invertidos › Pinos de cabeça, de braço, roda e rondada.

› Pinos de cabeça e de braço.

3

› Diferenciar os tipos de salto sobre o bock;

› Executar de acordo com as fases os saltos sobre o bock com pernas:

• Entre as mãos

• Afastadas

2.5. Salto sobre Bock › Saltos sobre o bock: com pernas entre as mãos e pernas afastadas (corrida de balanço, chamada, 1º voo, impulsão sobre o bock 2º voo e queda).

2




› Executar posições básicas defensivas com deslocamentos em várias direcções (em frente, à retaguarda e às laterais);

› Aplicar os fundamentos técnicos defensivos em situações de jogo;

› Realizar posições básicas ofensivas com deslocamentos em várias direcções (em frente e às laterais);

› Pegar a bola com segurança:

• Com duas mãos;

• Com uma das mãos.

› Realizar o passe direccionado ao colega:

• De ombro;

• Picado;

• De pulso.

› Executar a recepção com segurança:

• Com duas mãos;

• De bolas altas.

3.1. Fundamentos técnicos › Técnicas defensiva e ofensiva:

• Técnica defensiva:

Posições básicas: deslocamentos;

bloco (individual e colectivo).

• Técnica ofensiva:

Posições básicas: baixa, média e alta;

› Deslocamentos (frontais e laterais);

› Pega da bola (com as duas mãos e com uma mão);

› Passe (de ombro, picado e de pulso);

› Recepção (com as duas mãos e recepção de bolas altas);

5

Tema 3

AndebolObjectivos Gerais:

› Conhecer os princípios da educação desportiva indispensáveis para a prática da Educação Física; › Conhecer os fundamentos técnicos da modalidade do andebol; › Aplicar os fundamentos técnicos de andebol em diferentes situações de jogo; › Conhecer os fundamentos tácticos de andebol tendo em conta as regras de jogo; › Aplicar os fundamentos tácticos de andebol em cooperação com os colegas da equipa; › Compreender a importância do espírito desportivo na prática da Educação Física; › Aplicar os valores olímpicos em diferentes situações de jogo de andebol demonstrando-os no quotidiano.


› Driblar:

• Em progressão com segurança com visão periférica;

• Com protecção da bola procurando linha de passe.

› Rematar na passada respeitando os passos rítmicos;

› Realizar remate em suspensão na posição mais alta possível;

› Executar finta de entrada simples com a bola;

› Aplicar os fundamentos técnicos ofensivos em situações de jogo.

› Drible (de progressão e de protecção).

› Remate (na passada e em suspensão).

› Finta (de entrada simples com a bola).

› Executar os fundamentos técnicos básicos do jogo;

› Interpretar o sistema defensivo táctico:

• HxH a partir do meio campo;

• 6:0.

Aplicar os fundamentos tácticos defensivos em situações de jogo com segurança:


• 6:0.

› Interpretar o sistema ofensivo táctico 5:1;

› Aplicar o sistema táctico 5:1 no jogo com segurança.

3.2. Fundamentos tácticos › Fundamentos tácticos:


Sistemas tácticos defensivos HxH e 6:0.

• Técnica ofensiva

Sistema táctico ofensivo 5:1.

3

› Interpretar as regras de jogo de andebol tendo em conta a sinalética do árbitro (professor ou colega).

3.3. Jogos e regras › Jogos e regras 2




› Realizar a movimentação no terreno alternando espaços livres e com obstáculos;

› Executar contacto com a bola:

• Com a parte interna do pé;

• Com a parte externa do pé;

• Com o peito do pé;

• Com a cabeça.

› Recepcionar a bola em segurança com:

• O pé direito;

• O pé esquerdo;

• Com o peito .

› Passar a bola com segurança para o colega com:

• O peito do pé;

• A parte interna do pé;

• A parte externa do pé.

› Rematar com a bola no solo em direcção a um espaço estreito entre dois objectos;

› Executar remate de cabeça de cima para baixo;

4.1. Fundamentos técnicos › Fundamentos técnicos:

• Movimentação básica

• Contacto com a bola: parte interna do pé; parte externa do pé; peito do pé; cabeça.

• Recepção: recepção com os pés; recepção com o peito.

• Passe: com o peito do pé; com a parte interna do pé; com a parte externa do pé.

• Remate:

- com a bola no solo (entre dois postes linhas ou dois objectos).

- de cabeça.

5

Tema 4

FutebolObjectivos Gerais:

› Conhecer os princípios da educação desportiva indispensáveis para a prática da Educação Física; › Conhecer os fundamentos técnicos da modalidade do futebol; › Aplicar os fundamentos técnicos de futebol em diferentes situações de jogo; › Conhecer os fundamentos tácticos de futebol tendo em conta as regras de jogo; › Aplicar os fundamentos tácticos de futebol em cooperação com os colegas da equipa; › Compreender a importância do espírito desportivo na prática da Educação Física; › Aplicar os valores olímpicos em diferentes situações de jogo de futebol.


› Conduzir a bola:

• De forma curta

• Com mudança de direcção

› Aplicar os fundamentos técnicos em situações de jogo.

› Condução da bola:

• Curto;

• Com mudança de direcção.

› Interpretar as acções tácticas defensivas:

• Marcação contínua ao adversário com bola;

• Dobra.

› Aplicar os fundamentos tácticos defensivos em diferentes situações de jogo;

› Interpretar as acções tácticas ofensivas:

• Protecção da bola;

• Desmarcação.

› Aplicar os fundamentos tácticos ofensivos em diferentes situações de jogo.

4.2. Fundamentos tácticos › Tipos de fundamentos tácticos:

• Acções defensivas: marcação contínua ao adversário, com bola; dobra.

• Acções ofensivas: protecção de bola;

desmarcação.

3

› Interpretar as regras de jogo de futebol tendo em conta a sinalética do árbitro (professor ou colega).

4.3. Jogos e regras › Jogos e regras. 2




› Executar posições básicas defensivas com deslocamentos em várias direcções (em frente, à retaguarda e às laterais.)

› Executar passes com duas mãos:

• Parado

• Em movimento

› Recepcionar bolas com duas mãos:

• Parado

• Em movimento

› Executar passes por cima da cabeça com duas mãos;

› Recepcionar bolas altas com duas mãos;

› Executar drible com segurança alternando as mãos:

• De protecção

• Em progressão

› Realizar lançamentos na passada em ambos lados (direito e esquerdo);

› Executar lançamentos parado com duas mãos em diversos pontos.


• Posição Básica;

• Deslocamentos: lateral; retaguarda;

à frente;

• Passe e recepção: parado e em movimento;

• Por cima da cabeça;

• Recepção de bolas altas.

• Drible: de protecção; em progressão.

• Lançamentos:

- na passada com a mão direita ou esquerda;

- de peito;

- parado com as duas mãos.

5

Tema 5

BasquetebolObjectivos Gerais:

› Conhecer os princípios da educação desportiva indispensáveis para a prática da Educação Física; › Conhecer os fundamentos técnicos da modalidade do basquetebol; › Aplicar os fundamentos técnicos de basquetebol em diferentes situações de jogo; › Conhecer os fundamentos tácticos de basquetebol tendo em conta as regras de jogo; › Aplicar os fundamentos tácticos de basquetebol em cooperação com os colegas da equipa; › Compreender a importância do espírito desportivo na prática da Educação Física; › Aplicar os valores olímpicos em diferentes situações de jogo de basquetebol.


› Interpretar os fundamentos tácticos em diferentes situações de jogo

› Aplicar os fundamentos tácticos em situações de jogo:

• Defesa: H x H, 1/2 campo;

• Ataque: passe e corte.

5.2. Fundamentos tácticos › Tipos de Fundamentos:

• Defesa: H x H, 1/2 campo


3

› Interpretar as regras de jogo de basquetebol tendo em conta a sinalética do árbitro (professor ou colega).

5.3. Jogos e regras Jogos e regras 2

22



› Realizar posições básicas com deslocamentos em várias direcções (em frente e às laterais);

› Executar os fundamentos técnicos básicos do jogo:

• Passe básico;

• Passes por cima com duas mãos.

› Executar a recepção com os braços em extensão (manchete);

› Realizar serviço por baixo, o braço em extensão com postes: sem rede; com rede.

› Executar remate frontal sobre a rede.


• Posição básica;

• Deslocamentos;

• Passes;

• Passe básico;

• Por cima com duas mãos;

• Recepção (manchete);

• Serviço por baixo;

• Remate frontal.

6

› Interpretar o sistema táctico 3 X 3: ofensivo; defensivo;

› Aplicar os fundamentos tácticos no jogo com passador na zona “3”: defensivo; ofensivo.

6.2 Fundamentos tácticos › Tipos de Fundamentos tácticos:

• Ofensivo: 3 X 3;

• Defensivo: 3 X 3.

› Com passador na zona “3” nos dois sistemas

› Jogo

4

› Interpretar as regras de jogo de voleibol tendo em conta a sinalética do árbitro (professor ou colega).


Tema 6

VoleibolObjectivos Gerais:

› Conhecer os princípios da educação desportiva indispensáveis para a prática da Educação Física; › Conhecer os fundamentos técnicos da modalidade do voleibol; › Aplicar os fundamentos técnicos de voleibol em diferentes situações de jogo; › Conhecer os fundamentos tácticos de voleibol tendo em conta as regras de jogo; › Aplicar os fundamentos tácticos de voleibol em cooperação com os colegas da equipa; › Compreender a importância do espírito desportivo na prática da Educação Física; › Aplicar os valores olímpicos em diferentes situações de jogo de voleibol.


Física

8ª Classe









› Analisar os fundamentos tácticos das modalidades desportivas em diferentes situações de jogo;





Plano Temático














• Partida alta;

• Partida baixa,


• Passos normais da corrida.


• Normal;

• Com ombro.


› Executar técnicas de corrida de resistência até 200 e 250 metros;






• Com partidas altas;



• Com passos normais;





• Corrida progressiva até 200-250 metros.

› Corrida de estafeta - tipos de corrida de estafeta: medley (400, 300, 200, 100);





4

Tema 1









• Em comprimento

• Altura



› Aumentar gradualmente a altura do elástico ou fasquia.

5


› Lançar objectos com precisão;

› Arremesso de peso;

› Arremessar o engenho descrevendo a trajectória em linha parabólica a partir da posição de parado.


• Dardo;

• Martelo;

• Disco.

› Lançamento de objectos (bolas, massas, garrafinhas com areia, bolas de meia, entre outros).

› Aumentar gradualmente o peso dos objectos.

› Arremesso de peso.

2





• Formações;

• Alinhamentos.


• Formações;

• Alinhamentos.


• Xadrez

• Círculo

• Quadrado

• Rectangular

› Alinhamentos:

• Coluna

• Fileira

1


• Evoluções;

• Deslocamentos.


• Evoluções;

• Deslocamentos



1

Tema 2













4


› Realizar com equilíbrio estático os pinos de:

• Cabeça;

• Braço.

2.4. Apoios invertidos › Pinos de cabeça, de braço, roda e rondada.

› Pinos de cabeça e de braço.

3



• Entre as mãos

• Afastadas


2





› Aplicar os fundamentos técnicos defensivos em situações de jogo;


› Pegar a bola com segurança:

• Com duas mãos;

• Com uma das mãos.


• De ombro;

• Picado;

• De pulso.

› Executar a recepção com segurança:

• Com duas mãos;

• De bolas altas.










› Recepção (com as duas mãos e recepção de bolas altas);

5

Tema 3


› Conhecer os princípios da educação desportiva indispensáveis para a prática da Educação Física; › Conhecer os fundamentos técnicos da modalidade do andebol; › Aplicar os fundamentos técnicos de andebol em diferentes situações de jogo; › Conhecer os fundamentos tácticos de andebol tendo em conta as regras de jogo; › Aplicar os fundamentos tácticos de andebol em cooperação com os colegas da equipa; › Compreender a importância do espírito desportivo na prática da Educação Física; › Aplicar os valores olímpicos em diferentes situações de jogo de andebol demonstrando-os no quotidiano.


› Driblar:

• Em progressão com segurança com visão periférica;

• Com protecção da bola procurando linha de passe.





› Drible (de progressão e de protecção).






• 6:0.



• 6:0.








3











• Com a cabeça.


• O pé direito;

• O pé esquerdo;

• Com o peito .

› Passar a bola com segurança para o colega com:

• O peito do pé;

• A parte interna do pé;

• A parte externa do pé.

› Rematar com a bola no solo em direcção a um espaço estreito entre dois objectos;

› Executar remate de cabeça de cima para baixo;




• Recepção: recepção com os pés; recepção com o peito.

• Passe: com o peito do pé; com a parte interna do pé; com a parte externa do pé.

• Remate:

- com a bola no solo (entre dois postes linhas ou dois objectos).

- de cabeça.

5

Tema 4


› Conhecer os princípios da educação desportiva indispensáveis para a prática da Educação Física; › Conhecer os fundamentos técnicos da modalidade do futebol; › Aplicar os fundamentos técnicos de futebol em diferentes situações de jogo; › Conhecer os fundamentos tácticos de futebol tendo em conta as regras de jogo; › Aplicar os fundamentos tácticos de futebol em cooperação com os colegas da equipa; › Compreender a importância do espírito desportivo na prática da Educação Física; › Aplicar os valores olímpicos em diferentes situações de jogo de futebol.


› Conduzir a bola:

• De forma curta




• Curto;


› Interpretar as acções tácticas defensivas:

• Marcação contínua ao adversário com bola;

• Dobra.



• Protecção da bola;

• Desmarcação.




• Acções ofensivas: protecção de bola;

desmarcação.

3








• Parado

• Em movimento

› Recepcionar bolas com duas mãos:

• Parado

• Em movimento

› Executar passes por cima da cabeça com duas mãos;

› Recepcionar bolas altas com duas mãos;


• De protecção

• Em progressão


› Executar lançamentos parado com duas mãos em diversos pontos.




à frente;



• Recepção de bolas altas.

• Drible: de protecção; em progressão.

• Lançamentos:

- na passada com a mão direta e esquerda;

- de peito;

- parado com as duas mãos.

5

Tema 5


› Conhecer os princípios da educação desportiva indispensáveis para a prática da Educação Física; › Conhecer os fundamentos técnicos da modalidade do basquetebol; › Aplicar os fundamentos técnicos de basquetebol em diferentes situações de jogo; › Conhecer os fundamentos tácticos de basquetebol tendo em conta as regras de jogo; › Aplicar os fundamentos tácticos de basquetebol em cooperação com os colegas da equipa; › Compreender a importância do espírito desportivo na prática da Educação Física; › Aplicar os valores olímpicos em diferentes situações de jogo de basquetebol.


› Interpretar os fundamentos tácticos em diferentes situações de jogo





• Defesa: H x H, 1/2 campo


3



36





• Passe básico;



› Realizar serviço por baixo, o braço em extensão com postes: sem rede; com rede.



• Posição básica;

• Deslocamentos;

• Passes;

• Passe básico;

• Por cima com duas mãos;

• Recepção (manchete);

• Serviço por baixo;

• Remate frontal.

6







› Jogo

4



Tema 6


› Conhecer os princípios da educação desportiva indispensáveis para a prática da Educação Física; › Conhecer os fundamentos técnicos da modalidade do voleibol; › Aplicar os fundamentos técnicos de voleibol em diferentes situações de jogo; › Conhecer os fundamentos tácticos de voleibol tendo em conta as regras de jogo; › Aplicar os fundamentos tácticos de voleibol em cooperação com os colegas da equipa; › Compreender a importância do espírito desportivo na prática da Educação Física; › Aplicar os valores olímpicos em diferentes situações de jogo de voleibol.


Física

9ª Classe









› Aplicar os fundamentos técnico-tácticos das modalidades desportivas em cooperação com os colegas da equipa;






Plano Temático














• Partida baixa,


› Correr com passadas longas na fase da velocidade máxima


• Normal;

• Com ombro.


› Executar técnicas de corrida de resistência até 400 metros;








• Fase da velocidade máxima;





• Corrida progressiva até 400 metros.

› Corrida de estafeta - tipos de corrida de estafeta: medley.





4

Tema 1









• Em comprimento

• Altura



› Aumentar gradualmente a altura do elástico ou fasquia.

5


› Lançar objectos com precisão;

› Arremesso de peso;

› Arremessar o engenho descrevendo a trajectória em linha parabólica a partir da posição de parado


• Dardo;

• Martelo;

• Disco.

› Lançamento de objectos (bolas, massas, garrafinhas com areia, bolas de meia, entre outros).

› Aumentar gradualmente o peso dos objectos.

› Arremesso de peso.

2





• Formações;

• Alinhamentos.


• Formações;

• Alinhamentos.


• Xadrez

• Círculo

• Quadrado

• Rectangular

› Alinhamentos:

• Coluna

• Fileira

1


• Evoluções;

• Deslocamentos.


• Evoluções;

• Deslocamentos



1

Tema 2













4


› Realizar com equilíbrio estático o pino de braço.

› Realizar sem paragem (curta e comprida):

• A roda;

• A rondada.

2.4. Apoios invertidos › Pinos de cabeça, de braço, roda e rondada (curta e comprida).

› Pinos de braço.

› Roda e rondada (curta e comprida).

3



• Entre as mãos;

• Afastadas.

› Executar os diferentes tipos de salto sobre o plinto:

• De eixo;

• Entre as mãos transversal.


› Salto:

- Transversal sobre plinto;

- De eixo e entre as mãos.

2







• De ombro;

• Picado;

• De pulso.

› Executar o drible com segurança:

• Em progressão com segurança com visão periférica

• Com protecção da bola procurando linha de passe











› Drible (de progressão e de protecção);

› Drible com mudança de direcção.

5

Tema 3


› Conhecer os princípios da educação desportiva indispensáveis para a prática da Educação Física; › Conhecer os fundamentos técnicos da modalidade do andebol; › Aplicar os fundamentos técnicos de andebol em diferentes situações de jogo; › Conhecer os fundamentos tácticos de andebol tendo em conta as regras de jogo; › Aplicar os fundamentos tácticos de andebol em cooperação com os colegas da equipa; › Aplicar os fundamentos técnico-tácticos das modalidades desportivas em cooperação com os colegas da equipa;


› Compreender a importância do espírito desportivo na prática da Educação Física; › Aplicar os valores olímpicos em diferentes situações de jogo de andebol demonstrando-os no quotidiano.











• 6:0.



• 6:0.








3











• Com a cabeça.

› Dominar a bola com o peito do pé mantendo-a em segurança


• O pé direito;

• O pé esquerdo;

• Com o peito;

• Com a planta do pé;

• Com a coxa.




› Domino de bola com peito do pé (de cinco a dez contactos).

› Recepcionar a bola com:

• O pé direito;

• O pé esquerdo;

• Com o peito;

• Com a planta do pé;

• Com a coxa.

5

Tema 4


› Conhecer os princípios da educação desportiva indispensáveis para a prática da Educação Física; › Conhecer os fundamentos técnicos da modalidade do futebol; › Aplicar os fundamentos técnicos de futebol em diferentes situações de jogo; › Conhecer os fundamentos tácticos de futebol tendo em conta as regras de jogo; › Aplicar os fundamentos tácticos de futebol em cooperação com os colegas da equipa; › Aplicar os fundamentos técnico-tácticos das modalidades desportivas em cooperação com os colegas da equipa;


› Compreender a importância do espírito desportivo na prática da Educação Física; › Aplicar os valores olímpicos em diferentes situações de jogo de futebol.


› Passar a bola com segurança para o colega com:• O peito do pé;• A parte interna do pé;• A parte externa do pé;• Com a cabeça.

› Rematar com a bola no solo em direcção a um espaço estreito entre dois objectos (baliza improvisada)

› Executar remate de cabeça de cima para baixo

› Conduzir a bola: • De forma curta• Com mudança de direcção


› Passe:




• Com a cabeça.

› Remate:

• Com a bola no solo (entre dois postes linhas ou dois objectos);

• De cabeça


• Curto;


› Interpretar as acções tácticas defensivas:• Marcação contínua ao adversário com bola;• Dobra.


› Interpretar as acções tácticas ofensivas:• Protecção da bola;• Desmarcação.


• Protecção de bola;• Desmarcação.


• W e 4 x 3 x 3

› Aplicar as acções tácticas ofensivas em diferentes situações de jogo:• W e 4 x 3 x 3



• Dobra.

› Acções ofensivas:

• Protecção de bola;

• Desmarcação.

› Acções tácticas:

• W

• 4 x 3 x 3

3









• Em movimento;

• Picado.

› Recepcionar bolas altas com duas mãos em movimento.

› Realizar os vários tipos de paragens com bola:

• Em um tempo;

• Em dois tempos.


• De protecção;

• Em progressão com mudança de direcção.




à frente;



• Recepção de bolas altas com duas mãos.

• Paragens e giros

› Drible:

• De protecção;

• Em progressão com mudança de direcção.

5

Tema 5


› Conhecer os princípios da educação desportiva indispensáveis para a prática da Educação Física; › Conhecer os fundamentos técnicos da modalidade do basquetebol; › Aplicar os fundamentos técnicos de basquetebol em diferentes situações de jogo; › Conhecer os fundamentos tácticos de basquetebol tendo em conta as regras de jogo; › Aplicar os fundamentos tácticos de basquetebol em cooperação com os colegas da equipa; › Aplicar os fundamentos técnico-tácticos das modalidades desportivas em cooperação com os colegas da equipa;


› Compreender a importância do espírito desportivo na prática da Educação Física; › Aplicar os valores olímpicos em diferentes situações de jogo de basquetebol.



› Executar lançamentos parado com duas mãos em diversos pontos;

› Lançar em suspensão nas três distâncias (curta, média e longa).

› Lançamentos na passada com a mão direita e esquerda.

› Lançamentos parado de curta, média e longa distância.

› Lançamento em suspensão.

› Interpretar as acções tácticas defensivas;



• Defesa: H x H, todo o campo;


• Passe e corte;

• Contra ataque.

› Aplicar as acções tácticas ofensivas em situações concretas de jogo:

• Passe e corte;

• Contra ataque.


• Defesa: H x H, 1/2 campo.

• Defesa: H x H, todo o campo.


• Ataque: contra-ataque.

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› Realizar posições básicas com deslocamentos em várias direcções (em frente e às laterais);


• Passe básico;



› Realizar serviço por baixo, o braço em extensão.

› Realizar serviço por cima com o corpo em extensão;


› Realizar o bloco sobre a rede:

• Individual

• Duplo


• Posição básica.

• Deslocamentos.

• Passe básico.

• Passe por cima com duas mãos.

• Recepção em manchete.

• Serviço por baixo com postes: sem rede e com rede.

• Serviço por cima com rede.

• Remate frontal.

• Bloco individual e duplo.

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Tema 6


› Conhecer os princípios da educação desportiva indispensáveis para a prática da Educação Física; › Conhecer os fundamentos técnicos da modalidade do voleibol; › Aplicar os fundamentos técnicos de voleibol em diferentes situações de jogo; › Conhecer os fundamentos tácticos de voleibol tendo em conta as regras de jogo; › Aplicar os fundamentos tácticos de voleibol em cooperação com os colegas da equipa; › Aplicar os fundamentos técnico-tácticos das modalidades desportivas em cooperação com os colegas da equipa;


› Compreender a importância do espírito desportivo na prática da Educação Física; › Aplicar os valores olímpicos em diferentes situações de jogo de voleibol.








› Jogo

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Estratégias Gerais de Organização e de Gestão de Processos de Ensino e de Aprendizagem

A organização e a gestão dos processos de ensino e de aprendizagem, no geral, consubstanciam na preparação da aula, aqui entendida como todo o momento que propicie aprendizagem. É o grande trunfo para que os alunos possam aproveitá-la ao máximo, mantendo uma relação eficaz com os conteúdos para poderem apreender aquilo que o professor propôs como objectivos de ensino. Neste sentido, a aula é uma das formas organizativas do processo educativo que tem como objectivo a aquisição de conhecimentos, o desenvolvimento de habilidades e a formação de valores e interesses cognitivos e profissionais nos alunos, mediante a realização de actividades de carácter essencialmente académico, a aplicação dos princípios didácticos e a utilização dos métodos e meios de ensino. Partindo deste princípio epistemológico existem dois grupos de aulas e cada grupo tem o seu tipo de aula com o tratamento da nova matéria, seguindo: a) consolidação dos conhecimentos; b) verificação dos conhecimentos; c) aulas combinadas. (YAKOLIEV, 2007).

Na visão de Inforsato, e. C.; Robson, A. S. (2011), a planificação é uma componente fundamental e muitas vezes decisiva para uma boa gestão da sala de aula. Na planificação do ensino, o propósito diz respeito àquilo que deve formar o aprendiz da maneira mais completa possível, afinal estamos a falar de educação. Assim como toda planificação, o ensino pensa-se em etapas, que a seguir explicitaremos.

1. Diagnóstico

A primeira etapa refere-se ao conhecimento da realidade na qual se vai actuar, que será objecto das acções a serem planificadas. Nesta perspectiva, Vasconcellos (1995) afirma que se deve saber, tão bem quanto possível, as características principais dessa realidade. Esse diagnóstico é executado pelo aproveitamento das várias ocasiões e oportunidades para se manter contactos com a realidade. Essa visão de diagnóstico em processo é fundamental para a vitalidade da planificação, pois por ele se obtém os dados necessários para que se tenha a retroalimentação daquilo que foi planificado de início. A título de exemplo, à medida que um professor de um ano de escolaridade obtém dados dos seus alunos quanto às facilidades ou dificuldades de aprendizagem, ele pode reordenar as suas acções, seus métodos, adequando-os ao ritmo e às necessidades dos seus alunos.


2. Objectivos

Objectivos são metas estabelecidas, ou então os resultados previamente estabelecidos, que se almeje alcançar e se espera que o aluno alcance em actividades de ensino. Representam as expectativas de modificações nos alunos após a intervenção do ensino – habilidades, conhecimentos, atitudes e valores.

A partir da escolha dos objectivos, o professor é capaz de seleccionar conteúdos, aplicar estratégias de ensino-aprendizagem e elaborar o processo de avaliação para a verificação da efectividade daquele método, utilizando diversos instrumentos de avaliação como: perguntas orais, perguntas escritas, observação, trabalhos em grupos e individuais, debates, demostrações, relatórios, chuva de ideias, jogos de papéis, etc., as quais favorecem a identificação das fortalezas e fracassos das aprendizagens e suas possíveis causas. Sendo assim, os objectivos constituem o ponto de partida da planificação, pelo que é necessário que observemos a existência de dois tipos de objectivos: (i) Objectivos gerais – são mais amplos e complexos. Espera-se alcançá-los a longo prazo, como, por exemplo, no final do ciclo de ensino, incluindo o crescimento desejado nas diversas áreas de aprendizagem. A sua elaboração deve ser directa e sucinta para que não haja confusão na sua interpretação ou acabem transformando-se em objectivos específicos; (ii) Objectivos específicos – estão relacionados com aspectos mais simples e concretos que podem ser alcançados em menos tempo. Os objectivos específicos são aqueles que esperamos alcançar no final de um tema ou assunto, que pode ocupar uma aula ou várias.

Para dar resposta aos objectivos é importante que o professor considere três categorias de objectivos: (i) Objectivos de conhecimento – consistem nos conhecimentos que o aluno adquirirá ao longo do processo ensino-aprendizagem (informações, factos, conceitos, princípios etc.); (ii) Objectivos de habilidades – referem-se a tudo que o aluno aprenderá a fazer com o uso das suas capacidades intelectuais, afectivas, psicomotoras, sociais e culturais; (iii) Objectivos de atitudes – são aqueles relacionados com os comportamentos esperados por parte dos alunos, ligados a valores e que podem variar de acordo com a realidade sociocultural.

Essa estratificação não precisa ser explicitada ao nível do plano de aula, mas é importante não se perder de vista que quando se trata de educação, de crianças ou de jovens, todas essas ordens de objectivos devem ser colocadas no mesmo plano de importância.


3. Conteúdos

Os conteúdos são as matérias do ensino-aprendizagem. Eles são os meios com os quais se pretende atingir os objectivos.

No contexto de uma visão mais promissora sobre os conteúdos, Coll (1997) propõe que os conteúdos sejam classificados em três tipos de acordo com aquilo que os alunos devem Saber, Fazer e Ser. Ele definiu-os como conteúdos “conceituais, procedimentais e atitudinais”. A maneira de ensiná-los e a maneira de aprendê-los partilham muitas semelhanças, pois quando aprendemos fazemo-lo de uma maneira total, utilizando a cognição, os movimentos do corpo e as emoções. Por isso, essa forma de abordar os conteúdos tira a carga da associação dos conteúdos com as disciplinas e enfatiza mais a natureza deles: (i) os conteúdos conceituais estão relacionados com factos, conceitos e princípios. Os primeiros exigem o uso de esquemas de conhecimento mais simples e geralmente ligados a actividades que induzem à reprodução da informação tal como ela foi transmitida; (ii) os conteúdos procedimentais referem-se ao conjunto de acções ordenadas destinadas à obtenção de um fim, para que se atinja um objectivo. Eles são a leitura, o desenho, a observação, o cálculo, a classificação, a tradução, enfim, acções ou conjunto de acções que demonstrem o domínio de habilidades do fazer; (iii) os conteúdos atitudinais envolvem os valores, atitudes e normas que influem nas relações e nas interacções do ambiente ou do contexto escolar. Valores são conteúdos que se expressam pelos princípios e pelas ideias éticas que temos a respeito da conduta humana. Nestes encontra-se a solidariedade, o respeito ao outro, a responsabilidade, a liberdade, a igualdade, etc. Atitudes são expressões sólidas de conduta fundamentadas em valores. Nas atitudes temos a cooperação, o coleguismo, o civismo, a participação, a firmeza de propósitos, etc.

4. Técnicas e Procedimentos Didácticos

Partindo-se da concepção de que as actividades que devem ser planificadas no processo de ensino-aprendizagem referem-se àquilo que o aluno precisa fazer para apreender determinado conteúdo e que a natureza dessas actividades, de preferência, deve ser aquela que faz o aluno permanecer activo durante todo o processo, cabe ao professor escolher, desse modo, as técnicas e os procedimentos que estejam orientados por esses pressupostos. Se a limitação do professor é grande na escolha dos conteúdos a ensinar, a sua liberdade quanto aos métodos a aplicar é significativa. Decidir por um método ou outro, portanto, é quase que exclusivamente da alçada do professor.

A caracterização da didáctica como mediação do processo de ensino-aprendizagem não abandona a clássica metáfora do triângulo didáctico, mas amplia-a, já que a relação de mediação faz explicitar o papel do professor na orientação da


actividade de aprendizagem do aluno, considerado o contexto e as condições do ensino e da aprendizagem. Com isso, a relação dinâmica entre três elementos constitutivos do acto didáctico – o professor, o aluno, o conteúdo – formam as categorias da didáctica tanto de ordem epistemológica como metodológica: (I) O quê? (II) Como? (III) Quando? (IV) Onde? (V) Porquê? (VI) Com quê? (VII) Para quê? (VIII) Sob que condições se ensina e se aprende? (LIBÂNEO, 1994). Tais categorias formam, por sua vez, o conteúdo da didáctica.

O “para quê ensinar” põe o problema dos objectivos da educação geral: o que se espera da escola e do ensino em relação à formação da nova geração, que objectivos definir numa sociedade marcada por desigualdades sociais, económicas, culturais, em que os grupos sociais dominantes exercem influência determinante sobre objectivos e conteúdos da educação escolar? “O que ensinar” remete para a selecção e organização dos conteúdos, decorrentes de exigências sociais, culturais, políticas, éticas, acção essa intimamente ligada aos objectivos, os quais expressam a dimensão de intencionalidade da acção do professor, ou seja, as intenções sociais e políticas do ensino. A selecção dos conteúdos implica, ao menos, os conceitos básicos das matérias e respectivos métodos de investigação, a adequação às idades e ao nível de desenvolvimento mental dos alunos, aos processos internos de interiorização, aos processos comunicativos na sala de aula, aos significados sociais dos conhecimentos e das coisas. “Quem ensina” remete aos agentes educativos presentes na família, no trabalho, nos média. Na escola, o professor põe-se como mediador entre o aluno e os objectos de estudo, enquanto os alunos estabelecem com o conhecimento uma relação de estudo. “Como ensinar” corresponde aos métodos, procedimentos e formas de organização do ensino, em estreita relação com objectivos e conteúdos, estando presentes, também, no processo de constituição dos objectos de conhecimento.

Auxiliar práticas pedagógicas com novas teorias acerca da avaliação pode constituir-se numa ferramenta valiosa, pois é na escola onde os processos de ensino e da aprendizagem devem ocorrer de forma sistemática, racional, intencional, crítica, colectiva e mediada pela avaliação. Assim as pedagogias progressistas devem entender o conjunto de correntes teóricas que não destacam o papel do professor ou do aluno isoladamente, mas buscam compreender como se dá a relação entre ambos e se centre na acção problematizadora no sentido de facilitar o desenvolvimento da consciência social, crítica e liberdade de superar a educação rígida e formal. Considerando que o aluno, como sujeito em construção social, tem faculdades mentais com conceitos emergentes sobre a sua realidade e o seu meio, ele necessita apenas de meios com carácter científico que lhe permitam ampliá-los no sentido da construção de novas relações e novas visões acerca do mundo. Segundo Libâneo (2014), um dos factores sustentadores da aprendizagem revela ser a educação problematizadora, pois esta decorre em ambientes socializadores e humanizadores no quadro da acção pedagógica.


A inclusão da avaliação como processo de intermediação entre o ensino e a aprendizagem e determinadas práticas educativas é vista como actividade cooperativa, baseada no diálogo, em que professores e alunos interagem no processo permanente de construção de conhecimentos. O que implica que a prática da avaliação pressupõe a relação entre professor, conhecimento e sujeito do conhecimento. Por outras palavras, a avaliação deve estar vinculada ao que o professor considera conhecimento válido, útil, desejável ao processo de construção do mesmo. A perspectiva actual (Silva, J. F. da; Hoffmann, J.; Esteban., M. T.2003) é a de perceber o educando como construtor dos seus saberes enquanto o professor assume o papel de mediador e orientador desse processo, também aprendendo. Essa modalidade, tendencialmente, produz aulas mais favoráveis à aprendizagem. Também imprime um novo desenho ao processo de ensino exigindo uma redefinição das acções relacionadas com o ensinar e o aprender. Com esta abordagem procura-se legitimar pedagogias e didácticas inclusivas gerando, deste modo, não só novas práticas de ensino, mas também da avaliação. Isto pressupõe a organização e realização de actividades escolares mais dinâmicas, interactivas, criativas, inovadoras e motivacionais, envolvendo todos os alunos na potenciação de resultados satisfatórios da relação entre o ensino e a aprendizagem.


Avaliação ao Serviço da Aprendizagem

A avaliação ao serviço da aprendizagem é espaço de mediação, aproximação, diálogo entre formas de ensino dos professores e percursos de aprendizagens dos alunos, servindo para orientar o docente a ajustar seu fazer didáctico. Mas o fazer avaliativo e a maneira de vivenciá-lo não dependem exclusivamente da atitude do professor, pois são condicionados pela cultura institucional (SILVA, HOFFMANN, ESTEBAN, 2003, p. 13). Desenvolver uma nova postura avaliativa exige constantes mudanças na prática da avaliação e rompimento com a cultura da memorização, classificação, selecção e exclusão tão presente no sistema de ensino. Isto leva-nos a reflectir sobre algumas questões do fazer da avaliação. São elas: para que avaliar? O que é avaliar? O que avaliar? Quando avaliar? Como avaliar e o que fazer com os resultados da avaliação? Estas questões representam as dúvidas dos professores no momento do seu trabalho pedagógico. A reflexão sobre essas perguntas colabora para a autonomia didáctica dos professores, levando a uma sólida fundamentação teórica (SILVA, HOFFMANN, ESTEBAN, 2003, p. 16). Neste sentido, a avaliação é definida, segundo Lukesi (2005, p42), como um acto que implica dois processos articulados e indissociáveis: diagnosticar e decidir. O acto de avaliar parte do presente, da investigação, da pesquisa, do diagnóstico para posteriormente propor soluções – decidir o que fazer.

Objectivos da avaliação

Na visão de Miras e Solé (1996, p. 375), os objectivos da avaliação são traçados em torno de duas possibilidades: emissão de “um juízo sobre uma pessoa, um fenómeno, uma situação ou um objecto, em função de distintos critérios” e “obtenção de informações úteis para tomar alguma decisão”.

Para Nérici (1977), a avaliação é uma etapa de um procedimento maior que incluiria uma verificação prévia. A avaliação, para este autor, é o processo de ajuizamento, apreciação, julgamento ou valorização do que o educando revelou ter aprendido durante um período de estudo ou de desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem.

Segundo Bloom, Hastings e Madaus (1974), a avaliação pode ser considerada como um método de adquirir e processar evidências necessárias para melhorar o ensino e a aprendizagem, incluindo uma grande variedade de evidências que vão além do exame usual de ‘papel e lápis’.

É ainda um auxílio para classificar os objectivos significativos e as metas educacionais, um processo para determinar em que medida os alunos estão corresponder da forma esperada e desejada. É, assim, um sistema de controlo da


qualidade, a qual pode ser determinada etapa a etapa do processo ensino-aprendizagem, verificando a efectividade ou não do processo e, em caso negativo, que mudanças devem ser feitas para garantir o seu cumprimento.

Na avaliação como acto educativo, o aluno tem um papel activo no processo da aprendizagem e a ajuda que o professor pode dar é planificar a sua intervenção pedagógica visando facilitar a aprendizagem. “Essa planificação leva em conta quatro factores principais: as suas qualidades pessoais, as características dos seus alunos, as especificidades da disciplina que lecciona e os recursos disponíveis na escola” (MORETO, 2008, p. 68). O aluno é um elemento activo no processo ensino-aprendizagem, como é também o professor. Portanto, a relação entre ambos deve ser de constante interacção para a produção do conhecimento.

Tipificação de actos avaliativos

Daniel Stufflebeam, na década de 1960, tipificou os actos avaliativos em educação como: avaliação de contexto, avaliação de entrada, avaliação de processo e avaliação de produto. Contexto, entrada, processo e produto são quatro momentos de qualquer projecto de acção, nos quais ou durante os quais poder-se-á praticar actos avaliativos.

No caso, avalia-se o “contexto” de uma acção tendo em vista estabelecer o seu diagnóstico, factor que subsidia decisões de como agir para modificar essa circunstância, se esse for o desejo, certamente para melhor.

Avalia-se as “entradas” para a execução do projecto, tendo em vista configurar insumos suficientemente significativos para atingir os resultados desejados.

Avalia-se o “processo”, tendo em vista verificar se os resultados sucessivos, obtidos no percurso da acção, respondem às expectativas dos propositores e gestores do projecto, ou não; em caso negativo, a depender da decisão do gestor da acção, há a possibilidade de tomar novas decisões e, desse modo, corrigir os rumos da acção.

Por fim, avalia-se o “produto”, tendo em vista verificar o grau de qualidade do resultado final do projecto frente aos objectivos propostos para sua execução. Os resultados obtidos pela acção respondem positivamente ao desejado.

Os actos avaliativos, nesse caso, tornar-se-iam configurados de modo mais significativo e justo, caso utilizássemos o conectivo “do” (definido), indicando a incidência do acto avaliativo sobre determinado objecto de investigação. Então, as denominações, no contexto desse autor, passariam a ser: avaliação “do” contexto, “das” entradas do projecto de acção, “dos” resultados parciais e sucessivos da acção em execução (processo), “do” resultado final, ao invés de “avaliação ‘de’ contexto”, “avaliação ‘de’ entrada”, “avaliação ‘de’ processo”, “avaliação ‘de’ produto”.


Dessa forma, permaneceria preservado o conceito epistemológico do acto de avaliar, que é universal e válido para todos e quaisquer actos avaliativos e, no caso, a especificação dar-se-ia pela indicação definida do objecto sobre o qual se estaria praticando a avaliação.

Noutra perspectiva, Luckesi considera que existe um outro foco de tipificação da avaliação ao serviço da aprendizagem que está vinculado ao sujeito que pratica a avaliação, caracterizando as denominações de: hetero-avaliação, auto-avaliação, avaliação, através da opinião dos participantes de uma actividade.

A “hetero-avaliação”, como o termo bem diz, é praticada por outro, que não pelo próprio executor da acção. No caso do ensino-aprendizagem, pelo professor em relação ao estudante. No caso de outras actividades, que não o ensino, por um avaliador específico que actua sobre o modo de alguém ou de uma instituição agir e produzir.

A “auto-avaliação”, como também a expressão linguística revela, é praticada pelo próprio sujeito da acção sobre os resultados do seu investimento pessoal em alguma coisa ou num projecto.

A “avaliação com base na opinião dos participantes de uma actividade” também se tipifica com base no sujeito que pratica a avaliação. Os participantes opinam com base nas suas percepções da realidade e produzem a sua opinião, ambos com características subjectivas.

Aqui também se pode observar que essa tipificação em hetero-avaliação, auto-avaliação e a avaliação por opinião não está comprometida, em si, com o conceito do acto de avaliar, mas sim com o sujeito que pratica a avaliação.

Na avaliação dos alunos deve ser tomada em consideração o desenvolvimento do processo de aprendizagem, o seu contexto, bem como a socialização e instrução obtida, sem esquecer a função de estímulo da avaliação.

A avaliação é um elemento integrante e regulador da prática educativa, permitindo uma recolha sistemática de informações que, uma vez analisadas, apoiam a tomada de decisões adequadas à promoção da qualidade das aprendizagens. Assim, a avaliação deve informar, valorizar e intervir de modo a realizar reajustamentos contínuos.

Nos três tipos de avaliação propostos por Bloom (1956), a diagnóstica, a formativa e a sumativa, encontramos três funções específicas para cada uma, que poderiam se utilizados devidamente para conduzir o processo de ensino-aprendizagem e a utilização da avaliação da aprendizagem de maneira mais racional e útil.

Para a avaliação diagnóstica, a função é de diagnosticar o que se sabe e o que se precisa saber. Importante ressaltar que deve ser efectuada antes de qualquer introdução a uma unidade ou tema de estudo e não somente no início do ano.


Para a avaliação formativa, a função é de controlo – controlar o processo de ensino e de aprendizagem e controlo da evolução do aluno e, principalmente, a função de informação aos sujeitos de como anda esse processo.

Na visão de Scriven (1967), a avaliação sumativa é considerada a somatória do estudo, o resultado do que foi útil dentro do currículo, o que poderia ser utilizado ou descartado. Já para Bloom, seria o momento de classificação do aluno, já que vivenciamos um modelo de sistema educacional baseado em níveis e que promove o avanço ou a retenção do aluno mediante o alcance ou não dos objectivos propostos. Assim, a avaliação ao serviço da aprendizagem deve prosseguir as seguintes finalidades: estimular o sucesso educativo dos alunos; certificar os saberes adquiridos; promover a qualidade do sistema educativo, sempre na concepção da interacção social para permitir a aprendizagem significativa.

Instrumentos de Avaliação

Instrumento de avaliação é entendido como os recursos utilizados para recolha e análise de dados no processo ensino-aprendizagem, visando promover a aprendizagem dos alunos.

Segundo Méndez (2002, p.98), “mais que o instrumento, importa o tipo de conhecimento que põe à prova, o tipo de perguntas que se formula, o tipo de qualidade (mental ou prática) que se exige e as respostas que se espera obter conforme o conteúdo das perguntas ou problemas que são formulados”.

Neste sentido, se tomamos a prática de avaliação como um processo, não é possível conceber e valorizar a adopção de um único instrumento avaliativo priorizando uma só oportunidade em que o aluno revela a sua aprendizagem. Oferecer aos alunos diversas possibilidades para serem avaliados implica assegurar a aprendizagem de uma maneira mais consistente e fidedigna. Implica também encarar a avaliação, teórica e prática, como um verdadeiro processo. Assim, o professor na sua prática pedagógica deve diversificar as actividades avaliativas como: tarefa para casa, perguntas orais, perguntas escritas, observação, trabalhos em grupos e individuais, debates, demonstrações, relatórios, chuva de ideias, jogos de papéis, situação–problema. Estas actividades permitem a tomada de decisões pontuais que favoreçam a relação destes processos, procurando que todos os alunos aprendam significativamente durante a aula. De lembrar que o valor da avaliação não está no instrumento em si, mas no uso que se faça dele.


O processo de ensino-aprendizagem consiste em facilitar mudanças de comportamento, constituindo estas objectivos educacionais.

A avaliação consiste em determinar em que medida cada um dos objectivos foi atingido, comparando os objectivos e resultados.

Para poder organizar um plano de avaliação é necessário:

› Saber exactamente o que se vai avaliar;

› Determinar de uma forma clara os objectivos que se pretendem atingir (descrevendo os objectivos comportamentais e tornando-os observáveis, pois é a única maneira de se poder avaliá-los eficazmente);

› Seleccionar os instrumentos de avaliação;

› Determinar os indicadores e critérios de avaliação (áreas onde se vão observar os comportamentos e respectiva classificação);

1. Avaliar o quê?

1. O nível da condição física observado nos alunos no início da realização das actividades;

2. As alterações do rendimento físico observadas após um dado número de sessões de actividades físicas;

3. A participação revelada durante a realização das actividades teóricas e práticas:

a) Avaliação do desempenho: (i) técnico e (ii) táctico;

b) Avaliação da participação às aulas;

c) Conhecimentos básicos sobre a prática de Educação Física.

Avaliação na Educação Física


2. Parâmetros de avaliação

Porque o indivíduo é uma unidade intelectual, motora e emotiva, ele expressa- se nessa tonalidade. No entanto, para facilitar a observação, podemos equacionar três aspectos/parâmetros que estão directamente relacionados com os seus objectivos:

› Domínio cognitivo | área do saber (conhecimentos);

› Domínio psico-motor | área do saber fazer (habilidades);

› Domínio socio-afectivo | área do saber ser (atitudes).

No domínio cognitivo observam-se os comportamentos indicadores referentes aos objectivos desta área (aprendizagem no âmbito da informação técnica e táctica).

No domínio psico-motor observam-se os comportamentos indicadores da aprendizagem motora (aquisição e / ou melhoria das habilidades motoras gerais e específicas tendo em consideração o factor da condição física individual).

No domínio socio-afectivo observam-se a forma, a qualidade e o nível de participação nas actividades, relação aluno-actividade, relação aluno-professor, relação aluno-meio e relação aluno-instituição.

3. Avaliar quando?

1. No início do ano lectivo e no início de uma actividade didáctica (avaliação diagnóstica);

2. Durante o desenvolver da actividade (avaliação contínua/formativa);

3. No fim de um tema didáctico, no fim de um trimestre e no fim de um ano lectivo (avaliação sumativa).

4. Avaliação do desempenho técnico

Ao avaliar o desempenho técnico do aluno é importante ter em conta o seguinte:

› Seleccionar as técnicas fundamentais da actividade a avaliar;

› Valorizar a eficácia prática da técnica a avaliar;


› Observar o executante pelo menos em duas tentativas;

› A observação e as perguntas orais são as técnicas privilegiadas para a avaliação do desempenho do aluno;

› A avaliação contínua é realizada em todas as aulas permitindo assim uma observação sistemática e reflexiva sobre o desempenho dos actores do processo de ensino-aprendizagem. Assim, o professor terá a possibilidade, no caso de necessidade, de utilizar outras estratégias de ensino-aprendizagem que proporcione um melhor trabalho pedagógico na aula.

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Bibliografia

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› LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez. 1990.

› LIBÂNEO, J. C. A didáctica e a aprendizagem do pensar e do aprender: a teoria histórico-cultural da atividade e a contribuição de Vasily Davídov. In: Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro. 2014.

› LIBÂNEO. J. C. Didáctica. 6. Reimpr. São Paulo: Cortez. 1994.

› LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez. 2002.

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