Proj. integrador (1)

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INSTITUTO FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Licenciatura em Ciências da Natureza – Biologia e Química Projeto Integrador VÍRUS E BACTÉRIAS Componentes: Bruna Gomes, Evani Schell, Ione Kempka, Julio Sotelo Orientadores: Cassiano Pamplona Lisboa e Maria Cristina Schawhn

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Projeto Integrador, detalhado

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INSTITUTO FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Licenciatura em Ciências da Natureza – Biologia e Química

Projeto Integrador

VÍRUS E BACTÉRIAS

Componentes: Bruna Gomes, Evani Schell, Ione Kempka, Julio Sotelo

Orientadores: Cassiano Pamplona Lisboa e Maria Cristina Schawhn

Porto Alegre, Maio de 2013.

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RESUMO

É fundamental que as concepções espontâneas dos alunos sejam analisadas, já

que servem de base para melhoria da prática docente, especialmente na microbiologia.

Nessas concepções, considera-se que os alunos trazem para a sala de aula teorias e

explicações sobre o seu cotidiano (Carretero, 1993), oriundas de várias fontes, tais como

conversas com amigos, familiares, mídia, contextos social e cultural, entre outras. Estas

apresentam um caráter espontâneo (Carretero, 1993; Pozo & Gómez Crespo, 1998) e

referenciam explicações do mundo embasadas basicamente na experiência e nas

percepções sensoriais. Portanto, são de nível conceitual menos complexo e estão

relacionadas com o que se convencionou chamar de conhecimento cotidiano, um

conhecimento experiencial e muito contextualizado (Garcia, 1998, 1999).

Tendo em mente essas ideias, buscou-se identificar as concepções espontâneas

de alunos do ensino médio sobre vírus e bactérias por meio de respostas a algumas

questões e da elaboração de desenhos. Averiguou-se que o cotidiano e a mídia são

capazes de influenciar de forma marcante as concepções e que os discentes que não

estudaram o assunto apresentaram maior diversidade de concepções não científicas.

Esse trabalho serve de referência para futuros estudos na tentativa de contribuir para

uma aprendizagem mais significativa dos conteúdos de microbiologia.

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INTRODUÇÃO

Os conhecimentos prévios dos alunos constituem uma ferramenta importante no

processo de ensino-aprendizagem, tendo em vista que eles fazem parte da vida de todos

e que nenhum indivíduo é uma “tábula rasa”. Como Ausubel (1968) aponta, a

importância de conhecer o que o aluno já sabe e ensinar de acordo com esses saberes é o

ponto inicial na aprendizagem, reafirmando o valor dos conhecimentos prévios. No

ensino de ciências, dentre outras áreas, as concepções servem para a construção da

estrutura cognitiva, e devem nortear a abordagem em sala de aula permitindo uma

melhoria na aprendizagem.

Tendo isso em mente, o presente trabalho teve por objetivo conhecer as

concepções prévias de alunos do ensino médio de uma escola estadual sobre vírus e

bactérias e criar uma proposta didática interessante, que chamasse a atenção deles e que

respondesse suas dúvidas sobre o assunto. Além disso, a proposta didática desenvolvida

poderá ser adaptada a outras técnicas de ensino.

O trabalho foi produzido durante a componente curricular “Laboratório de

Pesquisa no Ensino de Ciências” do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. A

interdisciplinaridade, ou seja, comunicação entre componentes curriculares facilita a

compreensão e a associação da teoria a prática e ao cotidiano. Esta é a proposta que o

curso oferece e a que buscamos ao desenvolver tal projeto.

Encontra-se organizado da seguinte maneira:

Discussão sobre concepções prévias;

Apresentação dos objetivos do trabalho, buscando desenvolver o conhecimento

cognitivo do discente;

Reflexão acerca da interdisciplinaridade;

Detalhamento da metodologia, descrevendo como foi elaborado esse trabalho em suas

etapas;

Descrição do espaço físico da escola visitada pelo grupo, do comportamento dos alunos

em sala de aula, das interações com o professor, etc;

Apresentação dos resultados da investigação sob a forma de, gráficos, baseados em um

questionário (APENDICE A) construído em aula sobre vírus e bactérias;

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Exposição da proposta didática desenvolvida a partir dos resultados do questionário

respondidos pelos alunos.

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METODOLOGIA

Baseando-se em textos sobre concepções prévias e discussões em sala de aula,

montamos uma “Ficha de Observação” com questões sobre espaço físico escolar,

comportamento dos alunos, do professor e interações entre eles. Juntamente com uma

série de perguntas que deveriam ser direcionadas ao professor como, por exemplo,

formação, recursos utilizados durante as aulas e a questão “por que aprender e ensinar

ciências?”.

A observação da aula foi feita em uma escola estadual de ensino médio, em uma

turma de 3ª série do turno da noite. A ficha preenchida foi compartilhada com os

colegas de curso, possibilitando a troca de experiências (mais detalhado a seguir).

Pensou-se em um assunto que fizesse parte da grade curricular do curso, assim,

escolhendo vírus e bactérias. Além disso, pareceu-nos pertinente a discussão sobre o

fato de um vírus ser vivo ou não.

A partir da definição do tema, foi elaborado um questionário com seis questões.

Destas, quatro eram abertas e solicitavam aos alunos respostas sob a forma de textos e

de desenhos. As outras duas eram questões fechadas, com a opção de respostas de

múltipla escolha. As questões encontravam-se relacionadas à saúde, à morfologia e à

representação dos seres. Com o questionário final em mãos, e a escola estadual de

ensino médio escolhida, aplicamos o instrumento a uma turma com 17 alunos presentes.

Destes resultados, foram feitos gráficos separando as respostas em categorias e

valores porcentuais (mais detalhado a seguir).

Com base nos resultados obtidos, na análise do comportamento da turma e nas

respostas do professor da escola, criamos uma proposta didática.

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CONTEXTUALIZAÇÃO

A escola escolhida para desenvolver o projeto integrador nesse segundo semestre

de curso foi a mesma em que fizemos o primeiro, uma escola estadual de Gravataí, onde

um dos integrantes do grupo cursou seu ensino fundamental. O professor que ajudou

nessa segunda etapa também foi o mesmo.

Conversamos com o professor, explicamos como seria essa nova etapa do

projeto e pedimos que respondesse a um questionário (APENDICE A). O professor

usou um período vago que tinha para respondê-lo.

Em função do grande número de perguntas, as respostas do professor foram

bastante objetivas. Ele é formado em Licenciatura em Ciências Biológicas pela

URCAMP, leciona há 15 anos e, atualmente, em duas escolas, tendo uma carga horária

de 60h/aula. Tem, em média, 30 alunos por turma. Não tem preferência por aulas

teóricas ou práticas, acha que ambas são importantes para o aprendizado do aluno.

Descreve suas aulas como dinâmicas e considera o aprendizado dos alunos, ao longo do

ano, aceitável. Os recursos que utiliza com mais frequência nas aulas são o quadro-giz,

livros e pesquisas. Diz que o relacionamento com os alunos é “empolgante” e que, em

geral, são participativos. Respondeu que o conteúdo que mais gosta de trabalhar é

genética, pois envolve cálculos e o que menos gosta é citologia, por ser “abstrato”.

Ainda diz que os alunos apresentam maior dificuldade quando o assunto é citoplasma e

que o contrário acontece quando trabalham ecologia e sistema ABO/RH (tipos

sanguíneos).

Sobre a turma o professor disse que, em geral, são bem interessados na matéria.

Existe pouca variação de idade entre as turmas e que alguns deles precisam de atenção

especial pela dificuldade de compreensão. “Dentro das possibilidades”, relata o

professor, desenvolveria atividades com alunos especiais. Quando questionado sobre

“por que ensinar ciências na escola” o professor respondeu: “Desenvolve o raciocínio

lógico e aplicação das normas científicas no cotidiano, afim de entender os fenômenos

naturais”.

Logo após a entrevista com o professor, observamos uma das aulas. Nela, eram

poucos os que interagiam com o professor, a maioria conversava com o colega ao lado

ou ficava quieto.

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Na sala de aula há um mural, onde são colocadas datas de provas, de trabalhos e

lembretes importantes. Quem o produz e atualiza é o representante da turma, eleito por

votação.

Sobre espaço físico, podemos notar que as salas, em geral, têm tamanhos

regulares, no entanto, pela quantidade de alunos, não é suficiente. São entregues limpas

e o professor pede para que permaneçam. O quadro negro está em boas condições na

maioria das salas. No entanto, as classes, cadeiras e parte das paredes estão riscadas. O

refeitório é pequeno e não acomoda todos os alunos do turno da noite, quando

aconteceu a visita à escola. Nos turnos da manhã e da tarde acontece rodízio de turmas,

segundo o professor. A escola conta com um laboratório de ciências e sala de

áudio/vídeo integrados, onde há uma bancada grande, livros, televisão, aparelho de

DVD, estante com insetos conservados em álcool e um laboratório de informática pouco

usado. A direção alega que o pouco uso do laboratório decorre da falta de um técnico na

escola.

O ambiente fora das salas de aula é um tanto desconfortável, pois não há área

verde considerável. No estacionamento há pouquíssimas árvores, de 8 a 12 no máximo,

todas de pequeno porte.

Em outro momento, visitamos a escola com o objetivo de aplicar o questionário

de concepções prévias sobre vírus e bactérias na turma da aula observada. O

questionário teve boa aceitação. Apesar dos alunos da 3ª série do ensino médio já terem

visto o conteúdo no ano anterior, houve muitos equívocos nas respostas, o que pode ser

verificado nos resultados da pesquisa. Alguns perguntavam as respostas, com a desculpa

de que não se lembravam.

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RESULTADOS

Tendo em mente o questionário respondido pelos alunos, selecionamos duas perguntas para expor, as quais têm semelhança de respostas.

Analisando as respostas, um dos pontos que ficou evidente foi a confusão entre vírus e bactérias (gráfico 1), em especial no que se refere a sua morfologia.

Outro ponto relevante, é a associação a doenças e a confusão entre os agentes causadores. 100% da turma considera tais microrganismos patogênicos (gráfico 2).

Gráfico 1 - Marque com “x” as imagens abaixo que você considera sendo bactérias

Gráfico 2 - Quais doenças você acha que são causadas por bactérias?

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PROPOSTA DIDÁTICA

De acordo com os resultados, que resaltam as dificuldades encontradas pelos alunos, principalmente na relação em diferenciar bactérias de vírus, procuramos montar um esquema de aulas, que suprisse estas necessidades, monstrando o quão diferentes bactérias e vírus são, suas especificidades, seus usos, funções ecológicas, etc.

Na tabela 1, encontra-se a distribuição básica dos períodos de aula, os quais serão usados para a exposição e didática do assunto.

Atividade Número de períodos

Aula 1 Prática: inoculação de bactérias em meio de cultura 1

Aula 2Teoria: Apresentação dos tipos e formas de bactériasPrática: Análise das culturas de bactéria. 2

Aula 3Teoria: Bactérias, diversidade, onde são encontradas, doenças causadas por elas, etc. 1

Aula 4Prática: Preparação para debate: “Vírus seres vivos ou não?”. 2

Aula 5Informática: espaço para os alunos pesquisarem, procurarem mais materiais para o debate. 1

Aula 6 Debate: “Vírus ser vivo ou não?”. 2

Aula 7Teoria: Vírus, sua diversidade, formas e seus métodos de ação.

1

Total 10Tabela 1 – Divisão de aulas, seus tópicos e quantidade de períodos utilizados para a proposta didática

Detalhamento das aulas

Aula 1:

Prática – Inoculação de bactérias:

Nesta aula iremos entregar placas de Petry, já preparadas com meio de cultura aos alunos. Pediremo que os mesmos dividam as placas em quatro quadrantes, e explicaremos como fazer o processo de inoculação (figuras 1 e 2). Logo após essa etapa, solicitaremos que eles coletem amostras dos lugares onde julgam haver maior número de báctérias, exemplos: nariz, classes, bocas, banheiro, ouvido, etc. Após o final do procedimento as amostras ficarão em crescimento para analise na aula subsequente.

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Figura 1 – Placas de Petry sendo inoculadas

Figura 2 – Forma de como proceder uma inoculação

Aula 2: Analise dos meios de culturas e formas bacterianas

Primeiro período:

Este período, iremos utiliza-lo para uma aula prática, onde seão analisadas as culturas preparadas na aula anterior, (figura 3). Realizaremos, uma análise superficial, apenas, para monstrarmos que estas podem ser encontradas em todos os lugares e não são só associadas a doenças, mas como dependemos delas no dia a dia.

Segundo período:

Apartir da análise feita, teremos uma aula expositiva e dialogada, utilizando apresentações em Power Point, ou se a escola possuir laboratórios, utilizando de microscópios, para mostrar aos alunos as diversas formas que as bactérias possuem. Exemplo: cocos, diplococos, estafilococos, tétrade, bacilos, etc.

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Figura 3 – Exemplo de meio de cultura com crescimento bacteriano

Aula 3: A diversidade bacteriana e seus usos

Utilizaremos esta aula para apresentar aos alunos a diversidade bacteriana, onde as encontramos, que doenças elas causam, quais são aquelas com as quais convivemos diariamente sem causar prejuízos a nossa saúde, seus usos na industria, suas funções ecológicas, etc.

Aula 4: Preparação para debate: “Vírus seres vivos ou não?”

Esta parte do trabalho procura buscar um dinamismo, e uma forma de envolver o aluno a buscar o seu conhecimento, o texto a seguir nos inspirou na realização desta atividade.

“Apresentação da situação: momento em que é descrita de maneira detalhada a tarefa de expressão oral ou escrita que os alunos deverão realizar, isto é, a primeira produção, na qual a turma constrói uma representação da situação e da atividade de linguagem a ser executada. A atividade deve ser proposta aos alunos de maneira bastante explícita para que eles compreendam o melhor possível a situação comunicativa na qual devem agir. É necessário expor aos alunos a quem se dirige a produção, que forma assumirá e quem participará; eles devem perceber, imediatamente, a importância desses conteúdos e saber como trabalhar.” (SCHUMINSKI, et al, s/d. p. 4)

Apartir deste principio, iniciaremos dividindo a turma em 4 grupos (usando uma turma de 20 alunos como exemplo), após a divisão dos grupos iniciaremos a explicação do que irá tratar a atividade.

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A atividade consiste em um debate moderado e atuado, como uma espécie de juri simulado, sendo que o tema em questão será: “Vírus um ser vivo ou não?”. Dois grupos serão encarregados em defender que os vírus são seres vivos enquando os outros irão defender que estes não são vivos. Irá ser ressaltado que tanto um tema quanto o outro possuem embasamento teorico para defesa, com isso, será entregue inicialmente a cada grupo um material de apoio (APÊNDICE B), que possue ideias com relação as duas teorias. Caberá aos grupos, portanto, utilizarem deste material e de outros que consigam organizar até o dia do debate. Também será pedido que cada grupo produza um trabalho escrito, descrevendo suas descobertas a respeito dos respectivos temas como uma forma de garantir que todos se dediquem ao prejeto, pois no dia do debate será sorteado um aluno de cada grupo para defender o seu lado, assim todos deverão estar preparados.

Aula 5: Informática

Para fazer uma boa utilização dos recursos da escola, utilizaremos desta para auxiliar os alunos na produção de seu material para o debate, aproveitando o recurso para aprofundar as suas pesquisas acerca do assunto.

Aula 6:

O debate

Esta aula será totalmente didicada para o debate.

Procedimentos para o debate:

A sala de aula será organizada de uma forma que aparente ser um tribunal (Figura 4), para que os alunos se interessem mais pela atividade de forma que estejam atuando no papel de advogados.

Figura 1 – Disposição de uma sala jurídica

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Inspirados no trabalho de (SOARES, s/d), organizaremos as ações da seguinte maneira:

• Abertura: (etapa cumprida pelo mediador, professor). Cumprimento ao público. Exposição do tema (“Vírus um ser vivo ou não?”). Explicitação das normas (como serão os procedimentos do debate, quanto tempo cada “advogado” terá para apresentar o seu caso). Apresentação dos debatedores (a escolha dos “advogados” de cada grupo)• 1ª Fase: Mediador passa a palavra a um dos debatedores (neste primeiro momento, os debatedores somente devem expressar seus devidos pontos de vista sobre seu assunto, ambos terão apenas cinco minutos para fazer seu apontamento) • 2ª Fase: Mediador retoma a palavra e a repassa novamente para o primeiro debatedor para que ele comente a exposição do oponente; Nesse momento pode ocorrer a réplica; Mediador inverte as posições entre os debatedores: o 2º faz comentário e o 1º a réplica.• Participação da Platéia: Momento da interferência da platéia aos debatedores (10min). Estes terão 1 minuto para responder a cada questionamento.• Recapitulação: Breve comentário de cada debatedor (2min); Síntese do debate pelo mediador.• Conclusão: Mensagem final (momento que o professor explica os objetivos de desenvolver esse trabalho, sua importância, e considerações finais a cerca do trabalho)• Agradecimentos: Do mediador para os participantes (debatedores e platéia).

Ao final do debate será solicitado aos alunos que desenvolvam um trabalho escrito, individual, para ser entregue na aula seguinte onde deverá constar:

O que ele aprendeu com este trabalho; Qual erá o tema selecionado para seu grupo; E o mais importante, se ele manteve o ponto de vista inicial ou se este, ao

longo do debate, mudou de opinião acerca de se vírus são ou não vivos;

Avaliação:

Os alunos serão avaliados aos longo da construção do conhecimento. Frequência, participação, envolvimento, entre outros apsectos, serão considerados. O trabalho escrito sobre cada assunto (em grupo) e o trabalho final (individual) também comporão o corpus para a construção dos conceitos finais.

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Aula 7: Vírus e sua diversidade

Aula teórica, expositiva, via Power Point, relatando a diversidade dos vírus, suas devidas funções, suas formas, e diversidade.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Projeto integrador do segundo semestre visou um interatividade extremamente importante, a iniciação dentro do espaço escolar a sala de aula. Nesta etapa podemos ter um contato direto com os alunos, dinâmica que começou a nos preparar para o que virá no nosso futuro como professores. Com relação ao projeto anterior do primeiro semestre, tivemos a impressão que ele foi mais pessoal, em contra partida neste tivemos um desenvolvimento coligação maior com o grupo e os alunos. Ao longo da construção do projeto tivemos bastante ajuda com os professores e colegas, dando suas criticas de forma que fomos podendo melhorar cada vez mais a nossa proposta didática. Esta dinâmica, junto com as criticas, trabalhos e discussões desenvolvidos em aula nos ajudaram a enriquecer o nosso conhecimento.

Com relação a nossa proposta didática, todo o envolvimento do grupo, das orientações dada por nossos professores e as ideias colocadas por nossos colegas, levaram-nos a apresentar um projeto que, a nosso ver, teve uma repercussão extremamente positiva. Escutar os colegas de outros semestres elogiarem-nos foi muito gratificante, bem como o professor comentando que gostaria de ver o projeto sendo executado também.

Em conclusão o projeto nos ajudou a perceber que, o quanto mais inovamos na hora de ensinar, e observando a aceitação deste debate proposto no planejamento de aula, com o intuito de despertar o interesse pela ciência e contribuindo a formar pensadores, tornando a vida do professor mais prazerosa.

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REFERÊNCIAS

CARRETERO, Mario.Constructivismo y Educación. Zaragoza: Editorial Luis Vives,

1993.

GIL, Robledo Lima; KRUGER, Verno. A didática como referência das práticas de

ensino: Uma hipótese curricular a formação inicial de professores. Universidade

Federal de Pelotas. IV Encontro ibero-americano de coletivos escolares e redes de

professores que fazem investigação na sua escola, 2003

POZO, Juan Ignacio; GÓMEZ CRESPO, Miguel Ángel. Aprender y enseñar ciência.

Madrid: EdicionesMorata, 1998.

LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje: os seres vivos. v. 2. 11. ed. São Paulo: Ática, 2003.

WOLINSKI, Alan Eduardo, et al.. Por que é que a gente foi lá mesmo?Uma

Investigação sobre os Objetivos dos Professores ao Visitar o Parque da Ciência Newton

Freire-Maia. Química Nova na Escola. Vol. 3, nº 33. Agosto 2011.

SOARES, Rosália de Oliveira. O Debate como Técnica de Ensino Disponível em:< http://coordenacaopedagogicaparatinga.blogspot.com.br/2013/04/o-debate-como-tecnica-de-ensino.html>. Acesso em: 1 de Julho de 2013

VÍRUS também pode ser infectado por vírus. Portal Bioinfo. São Paulo, 08 ago. 2008. Disponível em <http://www.bioinfo.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=291>. Acesso em: 1 de julho de 2013

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APÊNDICES

Apêndice A:

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Questionário

Licenciatura em Ciências da Natureza: Habilitação em Biologia e Química

Componente Curricular: UAI 21 – Laboratório de PesquisaProjeto Integrador

Alunas: Bruna Gomes, Evani Mota, Ione Kempka, Julio S. KohlrauschQuestionário sobre vírus e bactérias:

1) Em sua opinião, qual a diferença entre vírus e bactérias?

_______________________________________________________________________2) Quais doenças, citadas abaixo, você acha que são causadas por bactérias?

( ) Cólera ( ) Meningite ( ) Micose ( ) Gripe( ) Rubéola ( ) Dengue ( ) Sarampo

3) Marque com “x” as imagens abaixo que você considera sendo bactérias.

( ) ( ) ( )

( ) ( )4) Que doenças você conhece causadas por vírus?

_______________________________________________________________________5) Como você acha que são curadas doenças causadas por vírus?

_______________________________________________________________________

6) Desenhe:Um vírus Uma bactéria

APÊNDICE B

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Material de apoio para o debate:

De todas as características dos seres vivos, os vírus apresentam somente duas: a capacidade de se reproduzir e de sofrer mutações. Por essa razão, os cientistas ainda não chegaram a um acordo se devem ou não classificar esses seres como organismos vivos (VASCONCELLOS, LUIZ – Ciências para professores de ensino fundamental; Módulo: Seres vivos; pag. 17).

Existem muitas controvérsias na comunidade científica a respeito do vírus ser ou não um ser vivo. (...) Uma das hipóteses da origem do vírus, denominada. Teoria dos Elementos Subcelulares, é de que o vírus seria proveniente de uma molécula de RNA. Uma outra hipótese defende que o vírus teria se originado de seres unicelulares de vida livre que, por uma perda progressiva de propriedades celulares, criou uma dependência, tornando-o um parasita intracelular obrigatório.

Os que defendem que o vírus não é um ser vivo partem do princípio de que ele não tem vida livre, pois sua replicação só é possível dentro de uma célula viva. Além disso, alguns desses agentes possuem a capacidade de se cristalizar quando submetido a situações adversas. Entretanto, os que o classificam como ser vivo se apoiam em duas características. A primeira se refere à sua capacidade de replicação que os diferem de outros agentes, tais como as toxinas bacterianas; e a segunda, à presença de uma estrutura protetora de seu material genético, ausente nos plasmídeos (molécula de DNA circular) (STEPHENS, PAULO et al. Capítulo 2 Virologia; pag. 1 – 2).

Se a célula é a unidade básica da vida, consequentemente, os vírus não seriam vivos, já que não são células. É exatamente por isso que não estão enquadrados em quaisquer reinos. Porém, não é apenas o fato de serem acelulares que determina se eles são ou não vivos.

Os vírus possuem estrutura bem simples; são formados basicamente por uma cápsula de proteína (capsídeo), com uma molécula de RNA, DNA, ou ambos em seu interior. Eles não possuem organização celular, podem se reproduzir e são incapazes de produzir e utilizar energia química para a síntese de macromoléculas, ou seja, não tem metabolismo próprio. Contudo sofrem mutação (LINHARES; GEWANDSZNAJDER, 2003).

Para sua reprodução precisam infectar uma célula, daí serem chamados de parasitas intracelulares obrigatórios. Fora das células, os vírus tomam características de moléculas inertes, sendo capazes de até mesmo cristalizarem-se, como os minerais (LINHARES; GEWANDSZNAJDER, 2003).

Todas essas características, excluindo a reprodução e a mutação, corroboram a idéia de que tais seres não são vivos. Entretanto, há muito mais que isso para provar que os vírus são vivos. Pesquisas recentes indicaram que um vírus (mamavírus) parasita de ameba pode ser infectado por

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outro vírus pequeno que toma a informação genética do seu hospedeiro e enfraquece a capacidade dele de infectar outras células (VÍRUS, 2008).

REFERÊNCIAS

LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje: os seres vivos. v. 2. 11. Ed. São Paulo: Ática, 2003.

VÍRUS também pode ser infectado por vírus. Portal Bioinfo. São Paulo, 08 ago. 2008. Disponível em <http://www.bioinfo.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=291>.