Projetinho PEIb

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Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo Fundação Florestal Parque Estadual de Ilhabela Projeto Cultura, Consciência e Natureza Autora Camila Mikie Nakaharada Coordenadoras Luisa Candançan Silva Joana Fava Alves Ilhabela, fevereiro de 2011

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Projeto Cultura, Consciência e Natureza, desenvolvido pelo programa Estágio voluntário no Parque Estadual de Ilhabela, administrado pela Fundação Florestal,órgão vinculado à Secretaria do Meio Ambiente do Estado de Sao Paulo, com o objetivo de promover a educação ambiental contínua junto à sociedade e, em especial, os estudantes.

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Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo

Fundação Florestal

Parque Estadual de Ilhabela

Projeto

Cultura, Consciência e Natureza

Autora

Camila Mikie Nakaharada

Coordenadoras

Luisa Candançan Silva

Joana Fava Alves

Ilhabela, fevereiro de 2011

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Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo

Fundação Florestal

Parque Estadual de Ilhabela

Projeto

Cultura, Consciência e Natureza

Projeto Cultura, Consciência e Natureza, desenvolvido pelo programa

Estágio voluntário no Parque Estadual de Ilhabela,

administrado pela Fundação Florestal,

órgão vinculado à Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo,

com o objetivo de promover a educação ambiental contínua

junto à sociedade e, em especial, os estudantes de Ilhabela.

Ilhabela, fevereiro de 2011

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Eu creio na imagem...

Na imagem todo-poderosa.

Que constrói o movimento.

Que cria ritmo.

Que revela a alma.

Vinicius de Moraes. Revista O Fan, setembro de 1929.

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Sumário

Apresentação

1. Objetivos

1.1. Objetivo geral

1.2. Objetivo específico

2. Público-alvo

3. Metodologia 3.1. Primeiro passo: divulgação

3.2. Segundo passo: encontro

3.2.1. Primeiro momento

3.2.2. Segundo momento

3.2.3. Terceiro momento

4. Materiais 4.1. Da divulgação

4.2. Do encontro

5. Parcerias

6. Resultados esperados

7. Cronograma

Referências

Anexos Anexo 1 Lista de filmes

Anexo 2 Sugestão de temas

Anexo 3 Sugestão de temas e filmes/documentários por encontro

Anexo 4 Exemplo de folder

Anexo 5 Exemplo de material complementar

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Apresentação

Este projeto integra a segunda etapa do Programa de Estágio Voluntário

do verão de 2011, no Parque Estadual de Ilhabela (PEIb). Após duas semanas

vivenciando a rotina de gestão do PEIb, nas áreas de administração, uso público,

educação ambiental e interação sócio-ambiental, esta atividade foi proposta com

o objetivo de elaborarmos um produto norteado por temas advindos de

demandas reais do PEIb.

A idéia foi motivada pela oportunidade de criar um espaço que traga o

debate da questão ambiental para a população local, ao mesmo tempo em que se

cria um espaço alternativo de entretenimento e enriquecimento cultural. Dois

fatores primordiais foram considerados: o público-alvo e a possibilidade de

execução.

Resume-se em promover encontros quinzenais entre professores,

trabalhadores, militantes de movimentos ambientalistas (associações e

organizações não-governamentais) ou simpatizantes, coletivos jovens e

principalmente estudantes, onde serão discutidos temas ligados ao meio

ambiente. Dessa forma, o objetivo é firmar mais um espaço para troca de

conhecimentos e idéias, para sensibilização perante a importância da

preservação e conservação dos recursos naturais. Após as sessões, poderá haver

sorteio de materiais produzidos pela Secretaria de Meio Ambiente, tais como os

Cadernos de Educação Ambiental, cartilhas educativas e cartazes das Unidades

de Conservação.

O elemento gerador da discussão seria a exibição de filmes e

documentários, lembrando os cineclubes ou clubes de cinema que adquiriram

um caráter especial nas pequenas cidades latino-americanas. Esse “cinema-

engajado” era fruto da ação educativa desses clubes por ultrapassarem o papel de

simples difusor intelectual e artístico para transformaram-se num dos núcleos

mais intensos da vida social, num órgão sensível de receptividade à inovação de

idéias ou costumes, de troca de saberes e informações. Era um cinema engajado

na construção de um mundo mais justo tecido no interior de uma rede composta

por instituições e indivíduos, perpassadas por compromissos específicos diante

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da vida, nos quais prevaleciam a compreensão humanística da realidade

(Gusmão, 2008).

As atividades a seguir também almejam ser instrumento transformador

capaz de introduzir reflexões e mudança de hábitos, adotando como principais

assuntos a cultura e a natureza. São dois opostos que se complementam, sendo o

primeiro a expressão da ação dos homens e o segundo, independente da

existência dos homens. Ambos interagem na medida em que a existência de um

se reproduz no outro e desta forma se complementam: um influencia o outro,

originando a diversidade cultural e estabelecendo diferentes relações com a

natureza, cada qual com determinado tipo de pressão e impacto sobre a mesma.

O projeto não tem fins lucrativos e conta com o financiamento e

patrocínio de órgão e entidades públicas, bem como o apoio da sociedade civil.

1. Objetivos

1.1. Objetivo geral

Despertar ou fortalecer a consciência sócio-ambiental da população.

1.2. Objetivos específicos

Trabalhar com a consciência pública sobre a importância da preservação

e conservação do meio-ambiente;

Aproximar os jovens dos movimentos sócio-ambientais e fóruns

participativos do município;

Propiciar mais um espaço para despertar a consciência sócio-ambiental

nos jovens;

Fomentar a discussão sobre a complexidade (problemas, contradições e

conflitos) dos temas relativos ao meio ambiente, enfatizando-se a relação

para compreender o cenário atual conforme o histórico das ações sociais

integradas ao meio ambiente;

Socialização de materiais com conteúdo educativo-reflexivo que não

circula na grande mídia por serem alternativos;

Realizar um trabalho contínuo de Educação Ambiental.

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2. Público-alvo

Este projeto foi pensado para contemplar os estudantes de ensino médio

das escolas da região, considerando que esta faixa etária é receptiva a novos

conceitos, aberta a novos conhecimentos e experiências. Vale lembrar que não

há restrições quanto idade dos participantes, desde que haja interesse. A troca de

idéias será entre estudantes do ensino médio, professores, trabalhadores,

coletivos jovens, militantes de movimentos ambientalistas (associações e

organizações não governamentais) e simpatizantes.

3. Metodologia

A realização do projeto está estruturada em etapas que antecedem a

exibição dos filmes e o encontro em si.

3.1. Primeiro passo: divulgação

A divulgação é o primeiro passo, sendo essencial para despertar o

interesse e agregar pessoas. Considerando o público-alvo, o convite para as

sessões poderão ser feitos de várias maneiras:

Via e-mail, pela lista disponível dos componentes do Conselho

Consultivo do PEIb;

Prospectos com a serem distribuídos em pontos comerciais e

estratégicos;

Cartazes dentro dos ônibus, considerando que grande parte da população

de Ilhabela utiliza meio de transporte coletivo, principalmente os jovens;

Cartazes fixados nos murais de departamentos públicos ou particulares,

priorizando as escolas;

Via “boca a boca”, contando com o apoio e incentivo dos professores;

Anúncios na mídia local (jornais, em sites e rádio comunitária).

Os cartazes fixados em ônibus, departamentos e escolas e os prospectos

apresentarão informações gerais (data, horário, local, resumo do projeto e atividades)

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sobre o projeto, pois será somente um lote de impressão a cada edição. Já os convites

pela internet podem ser mais específicos, com o mesmo conteúdo dos folhetos a serem

entregues no local do encontro.

3.2. Segundo passo: encontro

O local pensado para a realização dos encontros é na própria sede do PEIb, na

Vila, por vários motivos: bem servido de linhas de ônibus; proximidade da Escola

Estadual Gabriel Ribeiro dos Santos que possui ensino Fundamental, Médio e Educação

para Jovens e Adultos (lembrando que as sessões provavelmente coincidirão com o

período do EJA, mas haverá textos e folders para quem se interessar pelos filmes); o

prédio é histórico e abriga a sede administrativa do proponente deste projeto, o que

contribuirá para aproximar a população desse espaço importante de gestão ambiental em

Ilhabela; possui uma boa sala com 40 lugares, estruturada com equipamento de som e

projetor já instalados.

O encontro será dividido em três momentos:

Primeiro momento: Exibição de filmes ou documentários (lista com sugestões de

títulos e breve sipnose no anexo 1) que abordem temas sócio-ambientais (alguns

temas listados no anexo 2). Sugere-se que seja seguida uma linha temática ao longo

do ano, sempre que possível relacionar um filme com o outro (sugestão de

calendário com roteiro no anexo 3), exercitando a análise crítica dos conteúdos.

Na chegada ao local de exibição, cada pessoa receberá um folder impresso em

folha A4, contendo:

uma breve resenha e ficha técnica do filme;

algumas perguntas para reflexão relacionadas àquela sessão;

um resumo do projeto, destacando o objetivo e a motivação para realizá-

lo;

chamada para o próximo encontro.

Este material poderá ser lido enquanto a pessoa aguarda o início do filme e,

desta forma, preparando o expectador. Este folheto será uma memória que cada um

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levará para casa, podendo repensar o encontro e mostrar para amigos e familiares,

sendo, portanto, mais um material de divulgação.

Juntamente com os folhetos poderão ser entregues textos na forma de música,

poesia, crônica, conto que dialoguem com o conteúdo do filme ou documentário,

sendo complementos para explorar o tema e fomentar a discussão. É recomendável

reforçar que a preocupação sócio-ambiental é um tema transversal e transdisciplinar

e continua sendo motivo de inquietação ou inspiração de grandes nomes das

manifestações artísticas brasileiras e mundiais.

Vale lembrar que a presença de pessoas coordenando a atividade, tirando

dúvidas sobre o projeto e introduzindo a sessão sem muito atraso demonstra para o

público a organização, o planejamento, o comprometimento e a seriedade das

atividades.

Segundo momento: Reflexão e aprofundamento dos conceitos abordados pelo

filme. Um facilitador conduzirá a discussão entre os participantes com perguntas

geradoras, sempre buscando trazer o que foi mostrado na tela, para o contexto local.

Seguindo a escala do macro para o micro, irá problematizar o que foi assistido com:

contradições existentes no município que tem como slogan Preservação

e desenvolvimento (por exemplo, aterro do Mangue onde aconteceu o

projeto de Educação Ambiental Toca do Guaiamu; somente 4% do

esgoto do município é coletado e passa somente por pré-

condicionamento, retirando apenas a parte sólida grosseira e recebendo

cloração para matar patogênicos. Em seguida é lançado ao mar por

emissário submarino, segundo dados da Sabesp de 2011);

situações conflitantes que ocorrem no PEIb (por isso seria interessante a

presença da equipe do PEIb para apresentar relatos sobre lixo,

cosméticos, fogo, depredação de placas, assinaturas em árvores e pedras,

caça etc., dentro do Parque);

hábitos e atitudes individuais do cotidiano de cada um (valores,

consumo, alimentação, saúde, vícios, etc. ).

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É importante destacar o papel do facilitador durante esta roda de conversa, pois a

participação de todos dependerá de sua familiarização com o assunto,

estudo/preparo e habilidade para promover um momento rico em troca de

experiências e percepções, não somente da afinidade do grupo. Para que esse

momento seja enriquecedor, este facilitador deverá ter a percepção e a sensibilidade

para instigar a reflexão e a participação na discussão, evitando possíveis

polarizações, personalismos ou fuga do tema.

Também é responsabilidade dos organizadores distribuírem o tempo para melhor

aproveitamento das atividades. Considerando que os filmes e documentários

possuem duração distintas, talvez seja interessante editar filmes longos ou escolher

determinados trechos a serem exibidos. Da mesma forma, é importante estabelecer

um teto para que a discussão não fique sem conclusão.

Terceiro momento: Para encerrar a atividade, propõe-se um sorteio de livros

relacionados às ciências biológicas, temas afins e materiais produzidos pelo

Ministério do Meio Ambiente e pela Secretaria de Meio Ambiente, tais como o

Passaporte de trilhas do Estado de São Paulo, Roteiro de mergulho, Cadernos de

Educação Ambiental, cartilhas educativas e cartazes das Unidades de Conservação.

A distribuição destes materiais agrega basicamente três estratégias: incentiva a

participação pela expectativa de ser sorteado; dissemina o conteúdo destes materiais

às vezes de difícil acesso ou desconhecidos pelos participantes, podendo ser o

primeiro contato dos participantes para o despertar de estudos posteriores, ao

mesmo tempo em que divulga a pesquisa e o trabalho destas instituições.

No começo ou ao final das sessões, abre-se um espaço para informes gerais que

possam ser de interesse do público como projetos e ações da sociedade civil

organizada, cursos, eventos culturais, exposições e principalmente convite para

reuniões abertas sobre os fóruns participativos de Ilhabela e região. É mais um

momento para as pessoas se aproximarem dos processos de tomadas de decisão do

município, ou ao menos estarem informados sobre sua existência.

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4. Materiais

Os materiais necessários para a execução do projeto são básicos e, com

exceção dos materiais a serem distribuídos e dos filmes a serem alugados ou

baixados, já fazem parte da própria estrutura do PEIb.

4.1. Da divulgação

Prospectos de tamanho 10x10 cm a serem deixados em pontos

comerciais, bibliotecas, livrarias, centros culturais, escolas, sede das

Secretarias do Município e demais pontos estratégicos apoiadores;

Cartazes de tamanho 32x46 cm a serem fixados nos murais ou espaços

permitidos dos locais de apoio, além da divulgação dentro do transporte

coletivo (ônibus e balsa);

Banners de tamanho 64x92 a serem colocados na entrada da sede

administrativa do PEIb, na guarita da trilha da Água Branca, na entrada

da trilha da Pancada d´Água, Veloso e Baepi, uma vez que grande parte

dos visitantes das trilhas reside em Ilhabela.

4.2. Do encontro

Blocos de papel reciclado em tamanho A4 (210x297mm) para a

impressão dos folders e dos textos complementares;

Computador com leitor de DVD;

Impressora a laser por ser mais econômica;

Um projetor e um aparelho de som para a exibição dos filmes;

Livros ou materiais para o sorteio ao final de cada sessão.

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5. Parcerias

A execução do projeto será fortalecida com o apoio dos órgão e

entidades do município, convergindo ações para o êxito da ação. Contaremos com o

apoio e parceria das:

Secretaria do Meio Ambiente pela sua missão de trabalhar pelo meio

ambiente;

Secretaria de Turismo, pois a exibição de filme pode ser mais uma opção de

lazer para os turistas, apesar de não ser o público-alvo principal. Além disso,

a secretaria pode ser parceira na divulgação;

Secretaria de Educação para obter apoio das escolas e dos professores, sendo

estes muitas vezes responsáveis pela formação de opinião e pelo incentivo

dos alunos;

Secretaria de Cultura por se tratar de órgão promotor das manifestações

artísticas;

Secretaria de Transportes pela relação com a empresa de transporte público,

como meio de divulgação;

Organizações não-governamentais, associações e coletivos que se

preocupam com a temática sócio-ambiental. Os encontros podem promover

interações entre a sociedade civil organizada, enriquecendo suas idéias e

potencializando ações em conjunto favoráveis ao município, além de agregar

novas pessoas;

Editoras ou livrarias que apóiem a iniciativa e disponibilizem livros para

doação para o sorteio;

Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo para aquisição dos

materiais a serem sorteados.

Como contrapartida, será feita a inserção dos créditos institucionais das

entidades que apóiam o projeto.

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6. Resultados esperados

Este projeto é parte de um processo de educação para ser desenvolvido a médio-

longo prazo, com o intuito de formar uma nova consciência sobre a relação do

homem com o meio ambiente, fortalecendo valores e conceitos sobre a cultura e a

natureza.

Como um projeto educativo, os resultados não serão imediatos e tudo dependerá

do esforço continuado, da capacidade de articulação e de convencimento dos seus

coordenadores e principalmente do diálogo sincero com os participantes e entre os

responsáveis pela sua execução.

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7. Cronograma

O cronograma esquematiza as atividades necessárias para realização do projeto.

Foi pensando no tempo necessário para articulação com as Secretarias e a sociedade

civil organizada, para a preparação dos materiais de divulgação e para os encontros,

previsto para um ano.

AT

IVID

AD

E

S

mar

ço

abri

l

mai

o

junho

julh

o

agost

o

Set

embr

o

outu

bro

no

vem

bro

dez

emb

ro

janei

ro

fever

eiro

Estabeleciment

o das parcerias

e apoios

X X

Preparação dos

cartazes X X

Preparação dos

prospectos X X

Preparação dos

banners X X

Divulgação X X X X X X X X X X X X

Convites via e-

mail X X X X X X X X X X X X

Preparação dos

folders X X X X X X X X X X X

Preparação de

material

complementar

X X X X X X X X X X X

Exibição dos

filmes X X X X X X X X X X X

Discussões X X X X X X X X X X X

Sorteio X X X X X X X X X X X

Relatório e

avaliação X

Legendas:

Pré-encontro Encontro Pós-encontro

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Referências

GUSMÃO, M. S. O desenvolvimento do cinema: algumas considerações

sobre o papel dos cineclubes para formação cultural. In: ENCONTRO

NACIONAL DE ESTUDOS MULTIDISCIPLINARES EM CULTURA, 6,

2008. Salvador, 15p. Disponível em <

www.cult.ufba.br/enecult2008/14469.pdf> . Acesso em: 24 fev. 2011.

SILVA, D. R. P. Cineclube Lanterninha Aurélio: propostas, práticas e

sentidos relativos ao cineclubismo e às mostras itinerantes de cinema. In:

CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL, 11,

2010, Novo Hamburgo, 13p. Disponível em <

www.intercom.org.br/papers/regionais/sul2010/resumos/R20-0812-1.pdf >.

Acesso em: 24 fev. 2011

PAGOTTI, A. W. Informações culturais: refletindo sobra a formação de

estudantes de cinco cursos universitários. Educação e Filosofia, v.15, n. 29, p.

11-25, jan./jun. 2001. Disponível em <

http://www.seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/viewArticle/711 > .

Acesso em: 24 fev. 2011

A Sabesp em Ilhabela. Disponível em

<http://site.sabesp.com.br/site/interna/Municipio.aspx?secaoId=18&id=157>.

Acesso em 27/02/2011.

Docverdade, Documentários por um mundo mais justo. Disponível em

<http://docverdade.blogspot.com>. Acesso em: 24 fev. 2011.

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Anexos

Os anexos seguir foram incluídos com a finalidade de esclarecer as idéias

contidas no projeto, podendo ser utilizada como sugestões ou proposta a serem seguidas,

ficando a critério da equipe executiva.

Anexo 1 – Lista de filmes

Esta lista de filmes e documentários sugeridos para gerar as discussões foi

retirada do blog Doc Verdade, Documentários por um mundo mais justo

(http://docverdade.blogspot.com), que segundo os criadores é “especializado em

documentários ativistas voltados principalmente para as questões sociais e ambientais,

bem como direitos humanos e democratização dos meios de comunicação.” Não há

postagens de filmes sem a autorização dos produtores. Outros filmes também fazem

parte de uma lista recebida do grupo de e-mails do Movimento Estudantil da

Universidade Estadual Paulista e Faculdade de Tecnologia de São Paulo. A autoria dos

textos sobre os filmes pertence a estas fontes. Alguns trechos foram adaptados.

1. Criança - A alma do negócio

Documentário dirigido por Estela Renner. Produzido pela produtora Maria

Farinha, de Marcos Nisti. Aborda a polêmica do consumismo infantil causado pelo

apelo publicitário e discute a distorção de valores no universo da criança. Criança, a

alma do negócio foi exibido durante o 2° Fórum Internacional Criança e Consumo,

promovido pelo Projeto Criança e Consumo de 23 a 25 de setembro no Itaú Cultural,

em São Paulo. Agora, o documentário foi finalizado e está sendo oficialmente lançado.

2. Good Copy, Bad Copy

Boa Cópia, Má Cópia, é um documentário sobre Cultura e Copyright, no

contexto da internet e do compartilhamento de arquivo. O Ponto central do

documentário é mostrar como a propriedade intelectual tem inibido a criatividade e

como isso afetará as próximas gerações.

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3. Sociedade do Automóvel

11 milhões de pessoas, quase 6 milhões de automóveis; um acidente a cada 3

minutos; uma pessoa morta a cada 6 horas; 8 vítimas fatais da poluição por dia. No

lugar da praça, o shopping center; no lugar da calçada, a avenida; no lugar do parque, o

estacionamento; em vez de vozes, motores e buzinas. Trabalhar para dirigir, dirigir para

trabalhar: compre um carro, liberte-se do transporte público ruim. Aquilo que é público

é de ninguém, ou daqueles que não podem pagar. Vidros escuros e fechados evitam o

contato humano. Tédio, raiva angústia e solidão na cidade que não pode parar, mas não

consegue sair do lugar.

4. A Vida Conectada

Um pequeno e excelente documentário educativo que apresenta importantes

informações sobre questões éticas, ambientais, sustentabilidade e sociais dentro da

temática do vegetarianismo e do consumo de produtos, que representa um assunto

urgente e de vital importância para a sobrevivência de todo o planeta e da espécie

humana, para o presente e o futuro.

5. Nós Alimentamos o Mundo

Documentário sobre os disparates da produção de alimentos no mundo. Começa

com o desperdício de pães, toneladas deles são jogadas no lixo diariamente por terem

apenas dois dias de fabricação. Alimentos ainda bons para o consumo vão para o lixo

para satisfazer leis de consumo. Depois, vemos a pesca artesanal, a qualidade dos peixes

que são trazidos diariamente ainda frescos e faz a comparação com a pesca industrial,

em que navios ficam de quinze a trinta dias no mar e trazem toneladas de pescado, mas

sem a mesma qualidade e já com um certo grau de putrefação.

6. The Story o Stuff/ A História das Coisas

A História das Coisas é um documentário de 20 minutos, que vai direto ao

ponto: como colaboramos diariamente pra destruir o planeta. Mostra passo a passo a

cadeia de eventos que vai da exploração dos recursos naturais, passando pelo produto

manufaturado, a compra e o descarte, até chegar ao lixão. De linguagem simples (sem

ser simplista) que se torna interessante e compreensível.

7. The Story of Electronics / A História dos Eletrônicos

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Mais um vídeo pedagógico e divertido de Annie Leonard em sua campanha para

fazer um mundo mais justo, habitável e despoluido. Story of Elctronics mostra que os

nossos computadores, celulares e outros eletrônicos são projetados para durarem pouco.

Peças de substituição para algo simples não são vendidas separadamente e quando sim,

são vendidas a um preço abusivo. Qual a implicação para o meio-ambiente, para os

trabalhadores, para os países em desenvolvimento, para os lucros das corporações?

8. The Story of Cosmetics/ A história dos cosméticos

Mais uma produção dos produtores do famoso The Story of Stuff, mostra que

nossos xampus, protetores solares, bem como batons, etc. estão contaminados com

produtos químicos que se acumulam em nosso corpo, nos envenenando, causando-nos

várias doenças, desde infertilidade até câncer. O filme nos chama para exigirmos dos

governos os produtos "verdes".

9. The Story of Bottled Water/ A história da água engarrafada

Da mesma série, problematizando as questões levantadas pela água engarrafada:

consumo, saúde, apropriação de recursos naturais, etc.

10. Surplus

Documentário que aborda a produção em massa com a destruição do meio

ambiente. Um documentário diferente sobre o consumo exagerado. Nesta bonita e curta

jornada do mundo, os diretores de cinema exploram o assunto através de muita música,

cinemas e de um jeito alegre. O famoso presidente Bush "no discurso encorajando as

compras" e uma garota de Cuba que sonha com um Big Mac: "Excesso" literalmente

penetra e visualiza o consumo exagerado.

11. A Terra em 100 Anos

No verão de 2005, observadores sobrevoaram o olho do furação Katrina, a

tempestade mais destrutiva e mortífera já ocorrida nos EUA. Duzentas e noventa e

quatro km/h, sob uma parede de nuvens de quase 18 quilômetros de altura, ondas de

tempestade, chuva e ventos,dizimaram New Orleans e a costa do golfo. O furacão

Katrina, foi um sinal do que está por vir? Muitos afirmam que condições climáticas

violentas como esta assolarão o planeta com muito mais freqüência no futuro. Nosso

planeta está sendo devastado. Terras antes férteis estão secando, áreas litorâneas estão

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erodindo, florestas tropicais estão desaparecendo e ondas de calor estão debilitando

pessoas idosos e vulneráveis.

12. Zeitgeist

Zeitgeist fala de várias coisas; desde os profundos medos humanos até a

exploração destes medos por outros homens. É um filme soberbo, na medida em que

nos leva à reflexão do que somos, porquê assim somos, quais as „amarras‟ emocionais

ou mentais à que estamos sujeitos, quem nos impõe tais amarras,etc.

13. Zeitgeist Moving Forward

Numa abordagem muito mais filosófica, o pessoal do Zietgeist volta com

questionamentos que destroem muitos mitos. Os desenganos humanos e as armadilhas

criadas em função do lucro e do desejo de poder de alguns, levando a mente humana a

se viciar em padrões danosos para ela e para o planeta. O documentário junta-se aos

movimentos que clamam por uma mudança nos paradigmas que regem a nossa

sociedade, para um modelo baseado em recursos, sustentável.

14. A Última Hora - The 11th Hour

O documentário, narrado e produzido por Leonardo DiCaprio, aborda os

desastres naturais causados pela própria humanidade. Mostra como o ecossistema tem

sido destruído e o que é possível fazer para reverter esse quadro. Entrevistas com mais

de 50 renomados cientistas e líderes, como Stephen Hawking e o ex-presidente

soviético Mikhail Gorbachev, ajudam a esclarecer essas importantes questões, assim

como indicar alternativas possíveis à sustentabilidade.

15. Tucuruí, a saga de um povo

(Brasil, 2010, 17min - Produção: Setor de Comunicação do MAB). O vídeo

Tucuruí, a saga de um povo mostra que os mais de 25 anos de funcionamento da

barragem de Tucuruí não significaram desenvolvimento para a região. Centenas de

atingidos continuam sem indenização e as famílias que moram perto do lago não têm

luz elétrica e condições dignas de vida. Enquanto isso, a indústria do alumínio, maior

beneficiada com a energia gerada pela barragem, vai lucrando… Além da denúncia, este

vídeo se preocupa em mostrar a luta e a esperança do povo de Tucuruí por seus direitos

e por uma sociedade menos desigual. (comentário dos Produtores)

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16. Ser da Terra

(Brasil, 2010, 27 min.- Direção: Cecília Lang). A reforma agrária é essencial

para qualquer país que queira se tornar socialmente desenvolvido. Ela fixa o trabalhador

no campo, diminui a exclusão social e a violência urbana, protege o meio-ambiente da

monocultura multinacional viciada e pesticidas, gera alimentos de qualidade e saúde

para o povo e sustentabilidade para o planeta. Conheça o grupo de produtores

SerOrgânico, que se juntaram numa maravilhosa empreitada que traz alimentos

orgânicos para consumidores urbanos. Dentre as muitas reflexões interessantes

apresentadas pelo vídeo, destaca-se a importância social do MST e como o comércio

justo, mesmo que em pequena escala como é o caso da Rede, pode impactar de maneira

positiva a vida de consumidores e produtores.

17. Era das Utopias - Série de Silvio Tendler (2009)

"O que nós queremos de fato é que as idéias voltem a ser perigosas" - Escrito

num muro de Paris, 1964. Comentários TV Brasil: Utopia. O substantivo vem das

palavras gregas ou e topos, que significam sem lugar. Refere-se a um lugar ou posição

ideal, ainda não atingido. Sonho impossível de realizar. Ideal inatingível. "Eu sempre

trabalhei muito na questão das ideologias. São vinte anos de pesquisa em torno destas

questões ideológicas que pautaram minha geração" - Silvio Tendler. A utopia pela

igualdade entre os homens inspirou gerações. O mundo soviético inspirou os

sonhadores. Com o fim da II Guerra Mundial, os Estados Unidos são a potência

emergente. O american way of life passa a ser o modelo de civilização, quase uma

norma. O mundo assiste a um confronto cultural, social, religioso, político e ideológico.

Os primeiros capítulos tratam do surgimento da utopia socialista e todas as suas

conseqüências durante o século XX. Já os capítulos referentes à utopia capitalista

mostrarão a derrocada do Socialismo com a queda do muro de Berlim, em 1989; os

desdobramentos gerados e, tantos outros fatos que nos levaram às novas utopias,

derivadas do conflito entre novas tecnologias e velhas mazelas. Para Tendler, a luta das

atuais gerações é a preservação do planeta. “Salvar o planeta dos danos causados pela

utopia capitalista e pela utopia comunista é a nova utopia”, afirma o diretor.

18. A Enseada - The Cove

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Documentário imperdível premiado no Festival de Sundance. Rick O' Barry, um

dos maiores ativistas defensores de golfinhos do mundo se arrepende de uma coisa: de

ser um dos responsáveis pelo sucesso da série Flipper dos anos 60. A série foi

responsável por uma caçada infindável a esses mamíferos que movimentam bilhões de

dólares na indústria do entretenimento. Logo após a morte de uma das fêmeas que fazia

Flipper, O'Barry, cativado pela inteligência e carinho dos golfinhos, abandona o

treinamento e tenta corrigir o erro que cometeu lutando pela liberdade deles.

Preso inúmeras vezes em 35 anos de luta, agora ele e outros ativistas vão para Taiji uma

cidadezinha do Japão, que é a maior fornecedora de golfinhos para parques de shows

aquáticos do mundo. O documentário é uma excelente oportunidade de se conhecer a

natureza dos golfinhos, da caça baleeira e de todo negócio sujo envolvendo o massacre

desses animais. É também uma excelente oportunidade de aprendermos como ter êxito

na rebeldia e desobediência!

19. A Era da Estupidez

“Poderíamos ter evitado o fim do Mundo...” pode ser este o pensamento futuro

dos que restarão à devastação humana, produto de nossas próprias atividades. Apesar de

se focar mais na questão das emissões de CO2, esse filme-documentário mostra de

forma lúdica e dinâmica, através de testemunhos e ótimas animações, a agressão do

homem à natureza, a despreocupação em extrair todos os recursos possíveis, em

contaminar o meio-ambiente, em querer o infindável crescimento econômico nunca

saciado pelos poderosos resultando na miséria dos menos favorecidos, a vocação dos

grandes impérios pela história em saquear, assassinar e devastar lugares e povos em

nome do lucro. Nessa jornada embriagada do capitalismo, não nos demos conta, apesar

de todos os sinais da natureza, que estamos acabando com o planeta, e que o tempo para

evitar essa catástrofe estará se esgotando em alguns anos.

20. Mataram a irmã Dorothy

Dorothy Stang, missionária norte-americana, amou tanto o povo do Brasil, que

quis defendê-lo com todo o coração. Foi covardemente morta a mando de latifundiários

no Pará. Ela defendia não somente a floresta e sua biodiversidade, mas também os

trabalhadores oprimidos. O que ela buscava era um panorama sustentável, digno e justo.

Esse documentário é uma grande oportunidade para se entender o conflito de terras no

Brasil, uma versão dos fatos que a mídia tradicional brasileira jamais mostrará. Quem

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realmente são os bandidos e quem são as vítimas na questão agrária? Acabe com os

estereótipos, abra os horizontes.

21. Home

Maravilhoso documentário com belíssimas imagens e linda música de Armand

Amar. Excelente para ser passado em uma sala de aula, certamente irá conscientizar

muitas pessoas. Home mostra as origens da vida no planeta e o equilíbrio existente entre

as espécies. Revela a atuação do homo sapiens, que em apenas 50 anos, dos seus 200

mil anos de existência, está mudando completamente as características da vida no

planeta, que existe há 4 bilhões de anos. O Filme clama pela atitude do indivíduo e da

união de força dos povos para que ainda possamos salvar o que restou dele. Este filme é

um alerta e uma declaração de amor ao nosso lar: a Terra.

21. The corporation

Esclarecedor e elegante, The Corporation é um dos documentários de maior

sucesso no Mundo. O documentário mostra que quem controla o mundo hoje não são os

governos, mas sim as corporações, através de instrumentos como a mídia, as instituições

e os políticos, facilmente comprados. Mostra até que ponto pode chegar uma instituição

para obter grandes lucros, destacando seus pontos psicológicos como a ganância, a falta

de ética, a mentira e a frieza, dentre outros.

22. Da servidão moderna

Comentário do site oficial: “A servidão moderna é uma escravidão voluntária,

consentida pela multidão de escravos que se arrastam pela face da terra. Eles mesmos

compram as mercadorias que os escravizam cada vez mais. Eles mesmos procuram um

trabalho cada vez mais alienante que lhes é dado, se demonstram estar suficientemente

domados. Eles mesmos escolhem os mestres a quem deverão servir. Para que esta

tragédia absurda possa ter lugar, foi necessário tirar desta classe a consciência de sua

exploração e de sua alienação. Aí está a estranha modernidade da nossa época.

Contrariamente aos escravos da antiguidade, aos servos da Idade média e aos operários

das primeiras revoluções industriais, estamos hoje em dia frente a uma classe totalmente

escravizada, só que não sabe, ou melhor, não quer saber. Eles ignoram o que deveria ser

a única e legítima reação dos explorados. Aceitam sem discutir a vida lamentável que se

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planejou para eles. A renúncia e a resignação são a fonte de sua desgraça.” Disponível

em <http://www.delaservitudemoderne.org/>.

23. Criança a alma do negócio

Este documentário reflete sobre estas questões e mostra como no Brasil a criança

se tornou a alma do negócio para a publicidade. A indústria descobriu que é mais fácil

convencer uma criança do que um adulto, então, as crianças são bombardeadas por

propagandas que estimulam o consumo e que falam diretamente com elas. O resultado

disso é devastador: crianças que, aos cinco anos, já vão à escola totalmente maquiadas e

deixaram de brincar de correr por causa de seus saltos altos; que sabem as marcas de

todos os celulares mas não sabem o que é uma minhoca; que reconhecem as marcas de

todos os salgadinhos mas não sabem os nomes de frutas e legumes. Num jogo desigual

e desumano, os anunciantes ficam com o lucro enquanto as crianças arcam com o

prejuízo de sua infância encurtada. Contundente, ousado e real este documentário

escancara a perplexidade deste cenário, convidando você a refletir sobre seu papel

dentro dele e sobre o futuro da infância.

24. Consuming kids

"Consuming Kids, a Comercialização da Infância", trata de como as grandes

corporações utilizam-se da infância para gerar lucros gigantescos, vendendo todo o tipo

de produtos, muitas vezes, de forma desonesta, desumana e pouco ética, tornando-as

vulneráveis na idade mais delicada de suas vidas. Cada vez mais os brinquedos

representam personagens de TV, reduzindo o poder de imaginação, deixando as

crianças menos criativas. Cada vez mais substitui-se a brincadeira de rua pela tela de

TV ou computador. Com isso as crianças estão tornando-se mais obesas e menos atentas.

O número de casos de disfunção bipolar infantil é 4 vezes maior que há 30 anos atrás,

sem falar em outras doenças crescendo assustadoramente nessa faixa etária como

diabetes, depressão, hipertensão. Os comerciais de Fast-food, brinquedos, roupas, até

mesmo automóveis para os pais são feitos utilizando-se de profissionais como

psicólogos e antropólogos, desviando a ciência para uma única direção: o lucro.

25. Ilha das Flores

Considerado pela crítica européia como um dos 100 mais importantes curtas-

metragens do século. Divertido, irônico e ácido, Ilha das Flores trata de uma forma

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simples e didática a maneira que funciona o ciclo de consumo dos bens numa sociedade

desigual. Mostra toda a trajetória de um tomate, saindo do supermercado até chegar ao

lixo. Apesar de apresentar o slogan “Deus não existe”, o filme recebeu da Confederação

Nacional dos Bispos do Brasil o prêmio de melhor filme brasileiro em 1990. Ganhou

também um “urso de prata” em Berlim e também foi premiado e Hamburgo e Nova

Iorque.

26. Foodmatters

Altamente indicado para os pacientes de câncer, depressão e outras doenças

crônicas, assim como para qualquer pessoa que queira ter uma vida saudável. O filme

confronta a medicinal tradicional com a ortomolecular, a medicina baseada na nutrição.

Mostra quão equivocada está a nossa maneira de tratar as doenças. O filme também

mostra o ciclo vicioso da agricultura extensiva, que acaba com os nutrientes do solo,

formando plantas mais frágeis aos ataques de pestes, que acaba levando a aplicação de

pesticidas, que as contaminam, que acabam envenenando quem as come, que se tornará

mais fraco e buscará medicamentos. A perda de nutrientes pelo envelhecimento da

comida através do transporte e pela própria carência de minerais do solo e o processo de

cozimento dessa comida, que acaba com os elementos essenciais para a vida, contribui

ainda mais para esse terrível quadro nutricional. Nessa história, os únicos que ganham

são as indústrias químicas e farmacêuticas, que contam com a desinformação da

sociedade.

27. Levante sua voz

O curta Levante Sua Voz, de Pedro Ekman, foi realizado pelo Coletivo

Intervozes. Com uma dinâmica semelhante ao premiado Ilha das Flores, de Jorge

Furtado, o filme mostra que a formação de oligopólios midiáticos atenta contra o direito

fundamental à comunicação, as intrincadas relações de poder que são responsáveis pela

formação e manutenção desses oligopólios, como que os meios de comunicação

interferem na formação de identidades e valores, bem como a criminalização de grupos

sociais que tentam exercer o seu direito de comunicar.

28. Flow

Estamos contaminando de forma violenta quase todas as nossas reservas de água

potável. Dejetos humanos ou de criações, hormônios, produtos farmacêuticos, pesticidas

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e uma infinidade de produtos químicos são lançados em nossos mananciais, rios e

córregos. A ciência ainda não sabe tudo o que essa contaminação causa ao nosso

organismo. A produção de alimentos associada aos insumos químicos consome 5 vezes

mais água para poder dissolvê-los. Essa combinação água e químicos é desastrosa. No

mundo todo cresce o número de nascimentos de fetos com má-formação, problemas de

fertilidade, câncer, etc. Toxinas do mundo civilizado são encontradas até nos animais e

esquimós do ártico. 40% dos vírus e bactérias estomacais vem da água tratada. Mas

talvez os descaso de muitos governos em relação à água não seja incompetência: a

escassez define o valor de um bem, sendo assim, há muitos grupos interessados em

lucrar com o fornecimento de algo precioso. No mundo começa a luta popular a favor

da água e contra as corporações que querem se apropriar dela. Bolívia, Índia, Tailândia,

África, México Argentina, Equador e EUA: em muitos lugares do mundo nascem forças

capazes de salvar o destino na humanidade. O Documentário também apresenta

belíssimas formas inovadoras de se conseguir água potável a baixo custo.

29. Alimentação sustentável-multimistura.

Disponível no site: <http://www.multimistura.org.br> Documentário essencial

para quem trabalha com creches, centros comunitários, organizações que lutam contra a

desnutrição e as doenças; e também para qualquer pessoa de qualquer faixa etária e de

qualquer lugar do planeta, que queira se alimentar melhor. A dra. Clara Brandão,

nutróloga e pediatra, pesquisou anos a fio até descobrir componentes hiper-nutritivos,

baratos e eficientes. Se tornou o pesadelo das farmacêuticas e planos de saúde, tanto é

que há um Lobby imenso das mesmas para tentar proibir sua ação no Brasil. Veja o

maravilhoso caso do Centro Comunitário da Criança, que vivia com o problema da

desnutrição, e que depois da multimistura, além de ter suas crianças extremamente

saudáveis, gera renda com a venda da mesma. O programa Multimistura está sendo

aplicado em estados do Brasil, em dezenas e dezenas de países da África, Ásia e

América Latina, acabando com casos extremos de quase morte por desnutrição à vida

saudável e sem cáries. Clara Brandão recebeu vários prêmios internacionais, inclusive

da Unesco. O documentário é dividido em 5 partes:

1- Saúde na Alimentação

2- A Multimistura

3- Como fazer a Multimistura

4- Aproveitamento Alimentar

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5- Hortas Perenes

30. A Carne é Fraca

"A Carne é Fraca", melhor documentário já realizado no Brasil sobre o consumo

da carne e suas conseqüências, é essencial para aqueles que buscam informações sobre o

assunto e uma arma para os defensores dos animais. O Instituto Nina Rosa - Projetos

por Amor à Vida - lançou no último dia 12 de novembro, durante o 36º Congresso

Vegetariano Mundial - que aconteceu entre os dias 8 e 14 daquele mês o documentário

“A Carne é Fraca”.

31. Na Natureza Selvagem

Início da década de 90. Christopher McCandless é um jovem recém-formado,

que decide viajar sem rumo pelos Estados Unidos em busca da liberdade. Durante sua

jornada pela Dakota do Sul, Arizona e Califórnia ele conhece pessoas que mudam sua

vida, assim como sua presença também modifica as delas. Até que, após 2 anos na

estrada, Christopher decide fazer a maior das viagens e partir rumo ao Alasca e viver

como o escritor Thoreau no livro Walden ou a Vida nos bosques, perto da natureza

selvagem.

32. Chico Mendes – O preço da floresta

Chico Mendes era visto pelos poderosos no Brasil como um estorvo, como um

terrorista, como um guerrilheiro, mesmo sem nunca ter pegado numa arma e sempre ter

pregado a paz. Foi morto por representar um empecilho ao pensamento atrasado dos

latifundiários pecuaristas e dos madeireiros, ou seja, por proteger a floresta. Muitas de

suas idéias à frente de seu tempo, hoje são realidade, como o desenvolvimento e manejo

sustentável de madeira da Amazônia, as cooperativas que agregam valor a produtos da

floresta. Hoje graças a ele, inúmeras reservas extrativistas foram criadas no Brasil e tem

o tamanho maior que Portugal. Chico Mendes conseguiu junto ao Banco

Interamericamo de desenvolvimento, na condição de seringueiro, o cancelamento do

investimento da Transamazônica, projeto dos militares que acabaria de vez com a

floresta. Apesar de não ser conhecido no Brasil, ele era figura renomada na Europa e

América do Norte, inclusive recebendo o maior prêmio da ONU em proteção ambiental.

A sua morte só foi passada aqui por ter sido noticiada antes no mundo inteiro.

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33. A rebelião dos tubarões

O documentário tem duração aproximada de 50 minutos e trata da série histórica

de ataques de tubarões que se abateu sobre a Região Metropolitana de Recife a partir de

1992 e discute as possíveis causas bem como os avanços realizados pela comunidade

local para enfrentar o problema.

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Ser humano

Meio ambiente

Biodiversidade

Caça e captura de animais

Consumismo

Mídia

Pressão sobre os recursos naturais

Impactos ambientais

Resíduos

Anexo 2 – Sugestão de temas

A organização se encarregará de selecionar os temas específicos a serem

trabalhados. Para isso, sugere-se que cada membro da organização faça a

metodologia da “chuva de idéias” que consiste na listagem de todos os temas

específicos. Em seguida, cada um apresenta e explica a sua lista para que seja

discutida e agrupada. É interessante procurar seguir uma ordem, tal como um

raciocínio temático ao decorrer dos encontros e sempre que possível, relacionando

um filme com o outro. Todo esse procedimento visa exercitar o senso crítico e

analítico tanto dos participantes quanto dos próprios organizadores.

Abaixo segue um exemplo da “chuva de idéias” que abrange uma lista com os

temas que se pretenda abordar:

Indústria

Sustentabilidade

Saúde

Produção de alimentos

Poluição

Povos tradicionais

Movimentos sociais

Ética

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Anexo 3 – Sugestão de temas e filmes/documentários por encontro

Em seguida, essa lista poderia ser agrupada por temas gerais, de acordo com a

relação de especificidade de cada um e serem distribuídos ao longo de 12 meses e 24

encontros. Na última coluna, um filme ou documentário que abrange a temática é

sugerida, baseada na lista do anexo 1.

Mês tema geral temas específicos Filme/Documentário

1 A relação do ser humano

e meio ambiente

pressão sobre os

recursos naturais

Home

Surplus

2 Os impactos no meio

ambiente impactos ambientais

A era da estupidez

A última hora

3 Um ciclo vicioso de

produção e consumo

consumismo,

indústria

Nós que aqui estamos por vós

esperamos

Da servidão moderna

4 A história de como

funcionam as coisas

ética; impactos

ambientais; resíduos;

poluição

Série - A história das coisas/ dos

cosméticos/ dos eletrônicos

The corporation

5 Consumismo infantil mídia; consumismo Criança, a alma do negócio

Consuming kids

6 Dois opostos ser humano, meio

ambiente

Sociedade do automóvel

Na natureza selvagem

7 Impacto na biodiversidade

caça e captura de

animais;

biodiversidade

A enseada

A rebelião de tubarões

8 Produção de alimentos e

meio ambiente

saúde; produção de

alimentos; meio amb.

A vida conectada

Flow

9 Produção de alimentos e a

saúde humana e ambiental

produção de

alimentos

Foodmatters

Alimentação sustentável

10 O desperdício em uma

sociedade desigual

resíduos; produção

de alimentos

Ilha das flores

Nós alimentamos o mundo

11 Lutas e resistências

mov. sócio-

ambientais; povos

tradicionais

Mataram a irmã Dorothy

Chico Mendes - o preço da

floresta

12 Outros caminhos sustentabilidade Ser da terra

Zeitgeist moving forward

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Anexo 4 – Folder

Chico Mendes – O preço da floresta

lançamento: 2008 diretor: Rodrigo Astiz país: Brasil duração: 43 min. sipnose:

Esse documentário mostra a trajetória do menino

Chico até seu despertar como líder seringueiro,

comunitário e ambientalista através de imagens de

reconstituição e depoimentos de familiares, amigos e

pessoas que compartilharam sua causa. Um homem à

frente de seu tempo que nos anos 80 já alertava para a

ameaça da exploração e desmatamento da floresta

amazônica. Uniu povos tradicionais como seringueiros

e castanheiros em um embate pacífico pela proteção

da floresta e sustento da população local.

Projeto Cultura, Consciência e Natureza Sessão do dia 7 de dezembro de 2011

Participe!

Toda primeira e terceira quarta-feira do mês

Sessões de filmes e documentários

Roda de conversas, debates, troca de idéias e sementes...

Sorteio de livros

O projeto Cultura, Consciência e Natureza é um chamado para reunir em Ilhabela professores,

estudantes, trabalhadores, militantes de movimentos ambientalistas, associações e ONGs, coletivos jovens e

simpatizantes para germinar as sementes das questões sócio-ambientais.

Local: Sede Administrativa do Parque Estadual de Ilhabela

(Antiga Cadeia e Fórum). Praça Julião Moura Negrão. Vila.

Entrada franca.

Para refletir... Por que Chico Mendes era considerado um homem a frente de seu tempo?

Você acha que a influência de ideais comunistas na infância de Chico Mendes foi decisiva para ele se tornar em um dos grandes

nomes defensores da floresta e dos povos que ali vivem?

De um lado, latifundiários pecuaristas e madeireiros, de outro, castanheiros e seringueiros. Qual o significado do título deste

documentário?

Qual foi o legado deixado por Chico Mendes?

No filme, seringueiros e castanheiros dependem da floresta. E em Ilhabela? Qual a relação da natureza com o sustento da

população tradicional caiçara?

poema

Filho da floresta, água e madeira

Thiago de Mello, poeta amazonense

Filho da floresta,

água e madeira

vão na luz dos meus olhos,

e explicam este jeito meu de amar as estrelas

e de carregar nos ombros a esperança.

(...)

Me fiz gente no meio de madeira,

as achas encharcadas, lenha verde,

minha mãe reclamava da fumaça.

(...)

Filho da floresta, água e madeira,

voltei para ajudar na construção

do morada futura. Raça de âmagos,

um dia chegarão as proas claras

para os verdes livrar da servidão

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Anexo 5 – Material complementar

Biografia de Chico Mendes

Pobre e iletrado, o pai de Chico Mendes ganhava a vida extraindo látex das seringueiras na floresta amazônica. Aos nove anos, o garoto Francisco Alves Mendes Filho também entrou para a profissão de seringueiro: era sua única opção, já que lhe foi negada a oportunidade de estudar. Até 1970, os donos da terra nos seringais não permitiam a existência de escolas. Chico só foi aprender a ler aos 20 anos de idade. Indignado com as condições de vida dos trabalhadores e dos moradores da região amazônica, tornou-se um líder do movimento de resistência pacífica. Defensor da floresta e dos direitos dos seringueiros, ele organizou os trabalhadores para protegerem o ambiente, suas casas e famílias contra a violência e a destruição dos fazendeiros, ganhando apoio internacional. Participando ativamente pelo sindicato das lutas dos seringueiros para impedir desmatamentos, montou o Conselho Nacional de Seringueiros, uma organização não-governamental criada para defender as condições de vida e trabalho das comunidades que dependem da floresta. Chico Mendes também atuou na luta contra os grandes proprietários, algo impossível de se pensar na região amazônica até os dias de hoje. Dessa forma, entrou em conflito com os donos de madeireiras, de seringais e de fazendas de gado. Participou da fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, em 1977, e foi eleito vereador para a Câmara Municipal local, pelo MDB, único partido de oposição permitido pela ditadura militar que governava o país (1964-1985). Nessa época, Chico sofreu as primeiras ameaças de morte por parte dos fazendeiros. Ao mesmo tempo, começou a enfrentar vários problemas com seu próprio partido: o MDB não era solidário às suas lutas. Em 1979, o vereador Chico Mendes lotou a Câmara Municipal com debates entre lideranças sindicais, populares e religiosas.Em tempos de ditadura militar, foi acusado de subversão. Foi torturado secretamente e, como estava sozinho nessa luta, não podia denunciar o fato, ou seria morto. Foi assim, em busca de sustentação política, que decidiu ajudar a criar o Partido dos Trabalhadores (PT), tornando-se seu dirigente no Acre. Em 1982, tornou-se presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Xapuri e foi acusado de incitar posseiros à violência, mas foi absolvido por falta de provas. Quando liderou o Encontro Nacional dos Seringueiros, em 1985, a luta dos seringueiros começou a ganhar repercussão nacional e internacional. Sua proposta de "União dos Povos da Floresta", apresentada na ocasião, pretendia unir os interesses de índios e seringueiros em defesa da floresta amazônica. Seu projeto incluía a criação de reservas extrativistas para preservar as áreas indígenas e a floresta, e a garantia de reforma agrária para beneficiar os seringueiros. Transformado em símbolo da luta para defender a Amazônia e os povos da floresta, Chico Mendes recebeu a visita de membros da Unep (órgão do meio ambiente ligado à "Organização das Nações Unidas), em Xapuri, em 1987. Lá, os inspetores viram a devastação da floresta e a expulsão dos seringueiros, tudo feito com dinheiro de projetos financiados por bancos internacionais. Logo em seguida, o ambientalista e líder sindical foi convidado a fazer essas denúncias no Congresso norte-americano. O resultado dessa viagem a Washington foi imediato: em um mês, os financiamentos aos projetos de destruição da floresta foram suspensos. Chico foi acusado na imprensa por fazendeiros e políticos de prejudicar o "progresso do Estado do Acre". Em contrapartida, recebeu vários prêmios e homenagens no Brasil e no mundo, como uma das pessoas de mais destaque na defesa da ecologia. Assistiu à criação das primeiras reservas extrativistas no Acre. Também conseguiu a desapropriação do Seringal Cachoeira, de Darly Alves da Silva, em Xapuri. Foi quando as ameaças de morte se tornaram mais frequentes: Chico denunciou o fato às autoridades, deu nomes e pediu proteção policial. Nada conseguiu. Pouco mais de um ano após sua ida ao Senado dos Estados Unidos, o ativista acabava de completar 44 anos quando foi assassinado na porta de sua casa. Em 1990, o fazendeiro Darly Alves da Silva e seu filho, Derli, foram julgados e condenados a 19 anos de prisão, pela morte de Chico Mendes. Em dezembro de 2008, vinte anos depois de sua morte, por decisão do Ministério da Justiça, publicada no Diário Oficial da União de 11 de fevereiro de 2009, Chico Mendes foi anistiado em todos os processos de subversão que corriam contra ele, e sua viúva Ilzamar Mendes teve direito a indenização. Na ocasião, o ministro da Justiça, Tarso Genro, declarou: "Chico Mendes era um homem à frente de seu tempo, um homem que construiu um amplo processo civilizatório. Hoje, o estado está pedindo desculpas pelo que fez com ele. Chico Mendes foi importante para o Acre e para o Brasil."

Texto adaptado de http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u633.jhtm

Projeto Cultura, Consciência e Natureza Sessão do dia 7 de dezembro de 2011