PROJETO DE FUNDAÇÕES
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PROJETO DE FUNDAÇÕES
APRESENTAr.ÃO
Esta publicação tem o objetivo único de servir
de material de apoio às aulas de exercícios da disciplina de
graduação SGS-105 - FUNDAÇÕES, ministrada na Escola de Engenha
ria de São Carlos-USP.
O texto está dividido em três capítulos distintos
-sapatas, estacas e tubulões - contendo exercícios no final de
cada capítulo .
-Neste volume, sao enfocados apenas os aspectos r~
ferentes ao dimensionamento geomé trico dos elementos de funda
ção, abrindo-se a possibilidade para a publicação do cálculo
estrutural de fundações em um 29 volume.
Agradecemos ao Prof. Mounir Khalil El Debs pela
revisão e sugestões, a Maristela Aparecida Zotesso e ·Thereza Gi~
como Crnkowics pela datilografia e a Antonio ClaLet Carriel pe
los desenhos.
são Carlos, março de 1984
Os Autores
UNIDADES
Estamos vivendo uma época de transição, ao pas-
sarmos do MKS Prático para o Sistema Internacional de Unidades.
Enquanto os profissionais ainda continuam utilizando o MKS Prá
tico, os trabalhos e publicações mais recentes na área de Mecâ
nica dos Solos e Fundações já trazem as unidades no SI.
Por isso, abaixo citamos as unidades usuais em
Fundações nos dois sistemas e, aproximando o valor da acelera
ção da gravidade para g =lO m;s 2 , mostramos algumas relações
úteis.
UNIDADES USUAIS EM FUNDAÇOES
Grandeza MKS Prático SI
massa kg e t kg e t força kgf e tf N
tensão kgf/cm 2 e tf/m 2 N/m2
massa específica t/m 3 t/m 3
peso específico tf/m3 N/m3
Obs 1 N/m 2 = 1 Po (pascal)
RELAÇÕES , UTEIS
força
1 kgf = 10 N
tf = 10 kN
tensão
i tf /m 2 = tO kN/m2 "'
1 kgf/cm 2 =O, 1 MN/m2
peso específico
onde k e o prefixo kilo (i03 )
e M , e o prefixo mega (10 6
)
- 1 -
I. PROJETO DE FUNDACÕES POR SAPATAS
1. Introdução
Neste capítulo vamos tratar apenás de como estabe
lecer as dimensões em planta dos vários tipos de sapatas de fun
dação. Para isso, vamos considerar que sejam conhecidas: a ta
xa de trabalho do solo (cr) , as cargas da estrutura, as seçoes e
a locação dos pilares.
Lembramos que a determinação da taxa de trabalho,
em cada projeto, envolve o conhecimento do perfil do subsolo,
dos parâmetros de resistência e deformabilidade das camadas,
dos recalques admissíveis para a estrutura e, inclusive, da pr~
fundidade e das próprias dimensões das sapatas. Esta determina
ção pode ser feita através de fórmulas teóricas, provas de car-
ga sobre placa e correlações emníricas. "No caso de-· não haver
dúvida sobre as propriedades do solo, conhecidas com segurança,
como resultado da experiência ou fruto de sondage:ns", a NB-51/
1978 (Projeto e Execução de Fundações) apresenta uma tabela de
pressoes admissíveis para vários tipos de solo.
2. Pilares Centrais Isolados
Consideremos inicialmente o caso mais simples: um
pilar retangular (de dimensões b x ~) que transmite uma carga
vertical P à fundação. Quanto a locação em planta, é intuitivo
que o centro de gravidade da sapata deve coincidir com o centro
de carga do pilar.
A área A da sapata sera P/Õ, majorada de um coe
ficiente que leve em conta o peso próprio da sapata. Este coe
ficiente deve ser 1,05 no caso de sapatas flexíveis ou 1,10 se
a sapata for rígida. Então, no caso de uma sapata rígida, por
exemplo, temos:
A = 1 I 10 p
0
p
~--8-!
Fig.1 :·Sapata de pilar central
- 2 -
As dimensões B e L da sapata
sao escolhidas de modo a resul-
tar um dimensionamento econômi-
co. Isso geralmente ocorre
quando os balanços em relação
às faces do pilar são iguais
(Fig. l), pois desta forma a
seçao de armadura resulta apro-
ximadamente a mesma nos
sentidos~
Então:
B = b + 2x
L = t + 2x
Portanto:
L - B = t - b
dois
Assim, obtemos um sistema de e
quaçoes:
B L = A
L-B=t-b
cuja solução pode ser encontrada facilmente por tentativas, pr~
curando-se dois lados L e B cujo produto é A e cuja diferença é
igual à diferença dos lados do pilar.
Finalmente, realizados os cálculos, devemos dese
nhar a sapata na planta dos pilares, na devida escala, contando
todas as dimensões.
Observações:
1~) Se o pilar for quadrado, logicamente será um caso particu
lar do que foi tratado. Teremos, simplismente, uma sapata
quadrada com dimensões B = L = -F 2~) As dimensões B e L da sapata deverão ser consideradas como
múltiplas de 5 em.
3~) Deve-se respeitar uma dimensão mínima; geralmente da ordem
de 0,60 m em pequenas construções e de 0,80 a 1,00 m em
\'
- 3 -
edifícios.
4~) Muitos profissionais nao levam em conta o peso próprio no
cálculo da área da sapata, alegando que isto está dentro
das imprecisõesda estimativa do valor de o. Entretanto, a
NB-51/1978 prescreve a inclusão do peso próprio dos elemen
tos estrutura1s de fundação.
5~) No caso de fundações adjacentes apoiadas em cotas diferen
tes, a NB-51/1978 estabelece que uma reta passando pelos
bordos deve fazer, com a vertical, um ângulo a que deoende
rá da natureza do terreno, variando entre 60° para solos e
30° para rochas (Fig. 2). A fundação situada em cota mais
baixa deve ser executada e~ nrimeiro lugar.
Figuro 2 Sapatos em cotos diferentes
6~) Em alguns casos, é interessante uniformizar os recalques di
mensionando-se as sapatas com tensões diferentes.
3. Pilares Próximos
Quando a proximidade de pilares adjacentes invia
biliza a adoção de sapatas isoladas, devido a superposição das
áreas, deve-se projetar uma única sapata, chamada de sapata as
sociada, sendo necessária a introdução de uma viga central de
interligação dos pilares (viga de rigidez) para que a sapat.a
trabalhe com tensão constante.
- 4 -
Sejam, então, P 1 e P 2 as cargas de dois
res próximos (Fig. 3): pila-
r--e--1
L
l
Figuro 3
----- T I s
--- T I 'icG I
X -+iM-:%1-1--X- - f j_
X
P I L. A R
VIGA
Sapato associado
A área da sapata sera:
A = 0
sendo necessário que o centro
de carga coincida com o cen-
tro de gravidade da
Portanto,
s
sapata.
Na escolha das dimens6es B e
L da sapata é diftcil a fixa
çao de um critério econômico.
Uma recomendação seria a ten
tativa de se obter três balan
ços iguais, restando um deles
menor do que os outros.
O lado L da sapata associada
deve ser paralelo ao eixo da
viga de rigidez, enquanto que o lado B, sempre que possível, de
ve ser perpendicular, evitando-se a torção .na viga.
4. Pilares de Divisa
Quando o pilar se situa junto à divisa do terre-
no, na o se pode avançar com a sapata no terreno vizinho, o que "' relação pilar. Então,
~
torna a sapata excentrica em ao e neces-
sário o emprego de uma viga alavanca (ou de equilíbrio) ligada
a outro pilar para absorver o momento proveniente da excentrici
dade e (Fig. 4).
LI~--+-~-.---· k
-> o
f-- e --1
! -·-- 81 -------l
- 5 -
I !
1---8 2 ----~
Figura 4 Sapata de divisa com viga alavanca
1
Tomando-se os momentos em relação ao ponto-de apl~
caçao da carga P 2 , obtemos a reaçao na sapata de divisa
s
s - e
onde s é a distância entre os centros de gravidade dos pilares.
Entretanto, o valor da excentricidade e
do lado B1 que é uma das dimensões procuradas:
2
depende
- 6 -
onde i é uma folga necessária para acomodar a tábua de
geralmente da ordem de 2,5 em.
fôrma,
Então, como o número de incógnitas é maior que o
número de equaçoes, o problema deve ser resolvido por tentati
vas, adotando-se um valor para uma das incógnitas. Como neces
sariamente teremos R1 > P1
, é mais fácil prever a ordem de
grandeza de R1 que nos casos correntes se situa em torno de 20%
maior que P 1 . Assim, adotamos como primeira tentativa
R' = 1
e daí,
1,10 Ri (j
Na escolha dos lados, recomendamos o critério de
L = 1,5 B, embora alguns profissionais adotem L = 2,0 a 2,5 B. Portanto,
Finalmente, encontramos a excentricidade
B' bl e' 1 f = --
2 2
o que permite calcular a reaçao
R" pl s
1 = s - e'
Se a reaçao calculada Ri for aproximadamente i
gual à reação estimada Ri (aceita-se uma diferença de até 10%:
Ri = Ri ± 10% Ri), podemos considerar o ciclo como encerrado.
Assim, teremos os valores reais:
- 7 -
e = e'
B = B' 1 1
restando apenas encontrar a outra dimensão da sapata. Para is-
so,
1,10 Rl Al = e
0
Ll = Al
Bl
Caso contr~rio, e necess~rio repetir o ciclo ite
rativo do dimensionamento.
Na maioria dos casos, a viga alavanca é ligada a
um pilar central conforme mostra a Fig. 4. Então a carga P 2 so
fre um alívio de
D.P = Rl - pl
Porém, no dimensionamento da sapata central, va
mos considerar, a favor da segurança, apenas a met.ade desse ali
vio, o que se justifica pelq parcela de carga acidental que po
de não estar atuando. Então:
e
1
2 D.P
Utilizando o critério de balanços iguais, obtemos
as dimensões B2 e L2 .
Mas, se não· houvé::t um pilar. central disponível p~
ra ligar a viga alavanca, é necess~rio o emprego de um bloco de
contrapeso ou até mesmo de estacas de tração para absorver o
- 8 -
alívio. Neste caso, devemos considerar o alívio integral,obvia
. mente.
Observações:
1~) t comum acontecer que o eixo da viga a~avanca nao seja nor
mal à divisa do terreno. Neste caso, o dimensionamento é
semelhante ao anterior devendo-se tomar os seguintes cuida
dos adicionais (Fig. 5):
a. o centro de gravidade da sapata de divisa deve estar so
bre o eixo da viga alavanca.
b. as faces laterais (no sentido da menor dimensão) da sapa
ta da divisa devem ser paralelas ao eixo da viga alavan
ca para evitar a introdução de momento de torção signif~
cativo na viga.
Além disso, nos cálculos é conveniente tomar as cotas
projeções na direção normal à divisa.
Figura 5 : Sapata de divisa esconsa
como
- 9 -
2~) Também nao é raro ocorrer qu~ mais de.uma viga alavanca es
tejam ligadas a um mesmo pilar central (Fig .. 6). Neste ca
so, o dimensionamento de ,cada sapata de divisa é feito inde
pendentemente, obtendo-se. um alívio para cada uma de_las. No
pilar central~ considera-se a metade da soma dos alívios.
Figura 6 O uas sapatas de divisas a I ava nca das
em um mesmo pilar central
4.1 - Sapata Associada na Divisa
Se o pilar da divisá, entretanto, ~-s-tiver próxi
mo do pilar central, pode ser mais interessante a adoção de uma
sapata associada do que a utilização de viga alavanca.
casos a analisar:
Há dois
- 10 -
19) Se o pilar da divisa tem carga menor, a coincidência do cen
tro de gravidade da sapata com o centro de carga é obtida
impondo-se o valor de L igual ao dobro da distância x
do centro de carga à divisa, como mostra a Fig. 7 .
Portanto, . conhecido
L, teremos:
l B A = L
B 1,10
J (Pl +P2}
onde A = cr
;~ > ã .,._ __ _
I ~------L=2x-----------~
Fiouro 7 - Sapato associado no diviso
29) Se o pilar da di visa tém carga ma·ior, a imposição de coinci
dir o centro de gravidade da sapata com o centro de carga
implica a adoção de uma forma trapezoidal (Fig. 8).
> c
~-------~L~------~
Fioura 8 - ~opoto associado tropezoidol
Obs. : Este dimensionamento é válido para
Fixando-se o va
lor L, por exemplo
a distância da divisa
até 2,5 em além da
face do pilar P 2 , de
·monstra-se que:
= 2A ( 3x _ l)
L L
e daí, vem que:
L
3
= 2A _ B
L
< X < L
2
2
- ll -
5. Pilar no Alinhamento
Figuro 9
Estando o pilar situado junto ao alinhamento da
oi ;:I
~I : ...J <
Sapato no alinhamento
calçada permite-se g~
ralmente um avanço de
até l, 00 m para .exec~
ção da sapata (Fig.9).
Este avanço, toda-
via, nao deve ser
maior do que 2/3 da
largura de calçada.
Recomendamos, entre
tanto, que se consul
te o código de obras
do munícipio.
A sapata deve ser
dimensionada com ba-
lanços iguais mas,
se necessário, po
de-se.alterar ligeir~
mente este critério.
6. Pilares "EsPeciais"
L T p
L
Consideramos como "especiais'' os pilares que nao
apresentam a forma retangular.
Por exemplo, um caso comum e
o de pilar em L (Fig. lO).
Figuro 10 : Pilar "especial"
NO dimensionamento da sapa
ta, devemos inicialmente consi
derar um pilar retangular "equi_
valente", de tal modo que: te
nha o mesmo centro de gravida
de e o pilar real fique "ins
eri to" no retângulo. A par
tir daí, utilizamos o crité
rio de balanços iguais.
- 12 -
7. Cargas Excêntricas
Este ítem nao será desenvolvido nesta publicação.
Entretanto, citaremos as prescrições na NB-51/1978 para funda
ção solicitada por carga excêntrica:
- "a resultante das cargas permanentes deve passar pelo núcleo
central da base da fundação";
- ''a excentricidade da resultante das cargas totais é limitada
a um valor tal que o centro de gravidade da base da fundação
fique na zona comprimida, dete·rminada na suposição de que en
tre o solo e a fundação não possa haver tensões de tração";
-11 na falta de um processo mais rigoroso, uniformizar a
sao adotando-se o maior dos seguintes valores: dois
do valor máximo ou a média dos valores extremos".
8. Sapatas Corridas
pres
terços
Devido a simplicidade deste caso, julgamos despe~
sável qualquer comentário. .Apenas lembraremos que deve-se res
peitar uma· ~argura mínima para a sapata (de 0,60 m em pequenas
construções e de 0,80 a 1,00 m em edifícios).
9. Fundação em "radier"
Quando a área total de todas as sapatas atinge
cerca de 70% da área de construção, geralmente é mais econômico
o emprego de um único elemento de fundação denominado de "ra
dier".
o o .,
g .,
-- 13 -
10. Dimensionamento de Fundações por Sapatas
Dimensionar as sapatas dos pilares abaixo esquem~ 2 tizados, dada a taxa de trabalho do solo 0 = 0,2 MN/m .
< ., > õ
1------~- 360
i
~ P7 t30 x 50)
1 t 70 kN
Psl25x 60) 1250 kN
~
--------~~----240
:t f-"l l ~ I
____L
~ PHl
1100 kN
P1s { 25 x 50) 870 kN
P1o (35 X 45) 130 kN
ALINHAMENTO
escola - t: 50
medi dos em em
- 15 -
II. PROJETO DE FUNDAÇÕES POR ESTACAS
1. Introdução
t\feste capítulo, trataremos exclusivamente da de
terminação do número necessário de estacas para transferir a
carga vertical P de um pilar para o solo e a respectiva config~
raçao do bloco de capeamento.
Não será discutida a escolha do tipo de estaca,que
é baseada em fatores técnicos e econômicos, e nem a determinação
do comprimento das estacas, que depende principalmente do per
fil do subsolo e suas respectivas características geotécnicas.
2. Carga de Trabalho de Projeto
Para cada estaca, temos uma carga .nominal refe
rente ao elemento estrutural, isto é, levando em conta apenas
a seçao transversal e a resistência à compressao do material da
estaca. Assim, o Quadro 1 da página 24 mostra que para uma
mesma "marca" de estaca esta carga nominal varia com o
tro; enquanto que para um mesmo diâmetro cada "marca" ou
de estaca apresenta uma carga nominal diferente.
diâme
tipo
Na prática, considera-se geralmente esta carga no
minal como sendo a própria carga de trabalho do conjunto esta
ca-solo e emprega-se um comprimento adequado para a estaca, ob
tendo-se assim uma resistência compatível para a ligação esta
ca-solo. Então, após a escolha do tipo da estaca, o passo se
guinte é adotar a carga de trabalho, dentre as várias disponí
veis, a ser utilizada no projeto.
Para isso, calcula-se a carga média de todos os
pilares (PMED) e divide-se por 3 para que boa parte dos blocos
tenham 3 estacas, pois estes blocos tem boa estabilidade e rig!
dez e são econômicos. Portanto:
p e =
PMED
3
- 16 -
3. Número de Estacas por Pilar
Determinada a carga de trabalho P de projeto, o e
número n de estacas, necessário para transferir a carga verti-
cal P de um pilar para o solo, será:
!. = 1,10 p
p e
onde 1,10 é um coeficiente que leva em conta o peso
do bloco.
próprio
Obviamente, o numero de estacas será aproximadop~
ra o numero inteiro maior mais próximo do valor acima calculado,
Observações:
1~) Em princípio o número de estacas deverá ser n ~ 3, para que
o bloco tenha rigidez apreciável em relação a dois eixos
ortogonais.
2~) Poderá ser empregado um número de estacas n < 3 (duas ou
uma estaca) desde que exista algum elemento estrutural que
confira uma rigidez adicional na direção mais fraca, como
por exemplo, uma viga baldrame ou uma viga alavanca (Fig.
11) .
3~) Quanto maior o número de estacas, maior será o custo do blo
co. Então, e conveniente evitar blocos com mais de 5 ou 6
estacas com a adoção de duas cargas de trabalho: uma para
as cargas leves e a outra para as cargas pesadas. Isto ocor
re quando o projeto apresenta uma variação muito ampla nas
cargas dos pilares.
4~) Num mesmo bloco, todavia, utilizam-se estacas com mesma car
ga de trabalho.
- 17 -
o + - o
=igura 11: BPoco com uma ou duas estacas
4. Dimensões do Bloco
Calculado o numero de estacas, deve-se fazer a
distribuição em planta. A situação ideal é sempre aquela em
que o centro de gravidade das estacas coincide com o centro de
carga.
///"' /'-'' ///
f p e
8 G -G 8
Figura 12 : Dimensões do bloco
Quanto ao espaçamento d entre
os eixos das estacas, recomen
da-se que seja igual a 2,5 ve
zes o diâmetro no caso de esta
cas pré-moldadas, e igual a 3
vezes o diâmetro no caso de
estacas moldadas "in loco",re~
peitada sempre uma distância
mínima de ·60 em. Assim:
_ < 2, 5 D se estaca pré-moldada
d - 3,0 D se estaca moldada
e
"in loco"
d . = 60 em rnln
A distância c entre o eixo
estaca e a face do bloco
da
de
capearnento é tomada corno a me
tade do diâmetro mais l5cm, p~
ra acomodar eventuais erros de
locação e melhorar as condi
- 18 -
çoes de ancoragem da armadura. Então:
c = D
2 + 15 em
Na Figura 13 mostramos as configurações mais usu
ais de bloco de capeamento para pilares centrais isolados.
1\
~ o o o o
L(o?'0~ e ou e o o o o o
o o o + ou
o o o
Figura 13 Blocos de pilares centrais isolados
5. Pilares de Divisa
l' ç ·1 d t d l c 1
jo ~ oj=J OI VISA
Figura 14: Distância .Q da divisa
ao eixo da estaca
~
No caso de pilares situa
dos junto à divisa do ter-
reno, mais uma condição
deve ser respeitada: devi
do às· dimensões do equipa
mento de execuçao ou de
cravaçao (bate-estacas) ,as
estacas só podem ser inst~
ladas a uma distância mini
ma a da divisa (Fig. 14) ,a
qual depende das caracte~
rísticas do equipamento e
do diâmetro da estaca (Qua
dro I) .
- 19 -
Na divisa, até um numero de quatro, as estacas
sao colocadas alinhadas para que se tenha uma excentricidade a
menor possível. Na Figura 15 são mostradas as configurações
usuais de blocos situados junto a divisas.
lo e oi lo O+O oi
Figura 15 8 I ocos de pilares de divisa
Também no projeto de fundações por estacas, qua~
do se tem pilar situado junto à divisa do terreno, ~ excentri
cidade resultante exige o emprego de viga-alavanca ou de equi
líbrio (Fig. 16).
o processo de cálculo é semelhante ao caso de sa
patas, com a simplicidade de que a excentricidade é conhecida
e, portanto, o problema nã exige solução por tentativas.
Para a determinação do número de estacas para a
fundação de um pilar de divisa, calcula-se inicialmente a rea
ção R1 no bloco, que é igual a:
1
s - e
sendo a excentricidade e calculada por
rã:
e = a - b
2 - f (para a > c)
Então, o número de estacas do bloco da divisa se
n = 1
- 20 -
1,10 Rl
p e
f; importante lembrar que o centro de gravidade das
estacas deve estar sobre o eixo da viga alavanca.
O alívio no pilar central continua sendo
A metade dele deve ser considerada no cálculo do
bloco do pilar interno
< ., > Q
1
2
a c
6P n = 2
1,10 R2
p e
L-----------, _______________ _j
Fic;~ura 16 1 Fundação por estacas de um
pilar de divisa
Observação:
Na prática, este processo de cálculo é geralmente
utilizado apenas quando se tem mais de 4 estacas na divisa, re
sultante uma excentricidade significativa.
- 21 -
No caso de até 4 estacas, em que elas sao coloca
das alinhadas, a excentricidade é pequena, o que faz com que o
alívio seja desprezível e, portanto, pode-se simplificar o cál
culo do número de estacas:
1,10 pl
p e
1,10 p 2
p e
e
sem eliminar, porem, a viga-alavanca.
6. Pilares Próximos
No projeto de fundações por estacas é raro acont~
cer a associação de dois ou mais pilares em um único bloco de
capeamento, pois a escolha de seção de estaca economicamentemais
conveniente geralmente exclui os blocos com grande número de es
tacas.
Mas se houver a necessidade de uma associação,por
exemplo no caso dos elevadores de um edifício, a recomendação é a de que o centro de gravidade das estacas deve coincidir corr:
o centro de carga dos pilares (Fig. 17). Então:
~--5---IJ
Figura 17 Associação de pilares
v = -'-cG
onde s é a distância entre os
centros de gravidade dos pila-
res.
- 22 -
7. Pilar de Alinhamento
No caso de pilar no alinhamento, a recomendação e
a mesma vista no projeto de sapatas.
Portanto, pode-se avançar o bloco até 1,00 m pa
ra execuçao de fundação por estacas.
8. Reformulação de Blocos*
Quando uma das estacas de um bloco nao pode ser
aproveitada, o bloco tem que ser reformulado. A reformulaçãod~
ve atender às seguintes condições:
a. manter o centro de gravidade ou, no caso de nao ser manti
do, verificar a carga na estaca mais carregada;
b. manter o espaçamento mínimo entre estacas aproveitadas de
2,5 D (pré-moldada), porém sempre acima de 60 em no blo
co reformulado;
c. manter a distância mínima de 1,5 D entre qualquer estaca
nao aproveitada e uma nova que a substituirá, porém sem
pre acima de 30 em;
d. na reformulação nao devem ser mistura~as seçoes diferen
tes de estacas, salvo em casos especiais que necessitarão
de estudos mais minuciosos.
8.1 - Exemplos de Reformulação de Blocos de 3 Estacas
CONVENÇÕES
'®' ESTACA QUEBRADA
ESTACA .JÁ CRAVADA
Ü ESTACA A SER CRAVADA
* Gentileza de ESTACAS BENATON LTDA.
HIP6TESE I. Que
bra a 1~ estaca
a ser cravada.
Solução: Inverter
a posição do blo
co mantendo o C.G.
- 23 -
HIPCTESE II. A l~ Estaca já está cravada e quebra a a
2 •.
Soluções: Cravar 3 novas estacas, desprezando a já
abandonar
\ o I \ I \_ _ _;
cravada e mantendo o C.G. do bloco; ou
manter a cravada e substituir as 2
tantes por duas novas.
I I
I
I
/o I
(
:@ o
7 I
I
+
\ \ \
\ \
\ o:
res-
HIPÔTESE III. Duas estacas já estão cravadas, quebra a a 3 ..
Soluções:
o
( I
I I
I I
I
Substituir a quebrada por duas novas; ou
substituir a quebrada por l nova com des
locamento do C.G. e verificar as cargas.
+
\ o \
\ \
~
9. Elementos para Projeto
No Quadro l, estão apresentadas as característi
cas de algumas marcas comerciais de estacas pré-moldadas fabri
cadas no Brasil, e das estacas moldadas "in loco" dos tipos
Strauss e Franki.
- 24 -
QUADRO 1 Efementos para projeto em estocas de concreto
SEÇÃO I CARGA COMPRIMEN-
TIPO DE ESTACA NOMiNAL TO MÁXIt.IO d ( em ) a ( em l c (em l ( em) I ( ( m)
15 ){ 15 150 8 50 30
t8xl8 200 , 2 60 30
23 ){ 23 300 15 65 30 PROTENDIT
28 )( 28 400 14 75 30
91 40 700-800 13
0 50 900-1000 i i - ---· ~-r-~--~-~- -~
0 20 250 11 70 50
0 23 300 11,5 70 60
9J 26 400 11,5 70 60
0 33 600 12 85 60 SCAC
0 42 900 12 105 60
0 50 1300-1400 12 130 60
0 60 i700-t800 12 150 J 10 <( 0 70 2300-2500 12 i75 80 o <( -- ~--------
o 0 15 1!50 10 60 30 25 ...J o 0 20 200 12 60 30 25 :::E I PAULISTA 0 25 300 14 65 30 30
'UJ Q:: 0 30 400 14 75 35 30 a..
0 40 12 40 700 tO O 40 - - ~~~-- ~------------------
0 20 220 10 60 40 0 25 300-350 16 65 40
CPM 0 30 400-450 16 75 40
95 35 500- 550 '6 ·90 40
0 40 700-750 16 100 40
0 50 900 1200 16 125 50 ----- -
0 25 200 20 75 20 30
0 32 300 20 95 20 30 : 0 38 400 20 115 25 35 o o STRAUSS
95 45 600 20 135 30 40 o ...J 0 55 800 20 165 35 45 z 0 70 1200 20 210 45 50 -:
----- ----- .. - - ~- ----- --~~ --- ---- ~- . ------------- . - ~ ------------- ------ ---<( a 95 35 550 16 120 70- 75 27,5 <( o 0 40 750 22 130 70- 75 30,0 ..J o FRANKI 0 45 950 25 140 70- 75 32,5 :::E
0 52 35,0 1300 - 150 80- 85
0 60 1700 - 170 80- 85 40,0
- 25 -
10. Dimensionamento de Fundações por Estacas
Dimensionar a fundação por pilares abaixo esquema
tizados, utilizando estacas pré-moldadas de concreto armado, c~
nhecidos os diversos diâmetros disponíveis e as respectivas car
gas de trabalho.
r ~(25 x301 600 kN
o ..,
o
"'
o .., "'
o
"' ...
-> o
P3 \30 x 60).
1350 kN
I P2 ( 25 x 80)
1500 kN
~ P1 {30 x 40)
930 kN
~ 400
P11 {40 x 50).
1300 kN
~ P1o (40 x 40)
1040 kN
P9(25x50)
970 kN
m
D Pe lcm) {kN)
15 150
20 200
25 300
30 400
40 700
~ p 16 { 50 )( 50 )
1630 kN
ALINHAMENTO
~ 300
escol o - ':50 medidos em em
- 27 -
III. PROJETO DE FUNDAÇÕES POR TUBULÕES
1. Introdução
Considerando conhecida a cota de apoio dos tubu
lÕes e a correspondente taxa de trabalho do solo (oH), vamos
tratar, neste capítulo, do cálculo das dimensões de tubulÕes
submetidos a cargas verticais.
2. Tubulão Isolado Sem Revestimento
Primeiramente, seja o caso de um pilar isolado
que transmite uma carga vertical P a um tubulão escavado a céu
aberto sem revestimento (Fig. 18).
p
/// ,,, "// ,,, / ' '
T h
l
Fi9ura 18 Tubulõo isolado
O fuste deve ser dimensiona
do como uma peça estrutural
de concreto simples submet~
da à compressão. Então, s~
gundo prescreve a NB-51/78,
adotamos um coeficiente de
majoração da carga y f = 1, 4
e um coeficiente de minora
ção da resistência caracte
rística do concreto y = 1,6 c tendo-se em vista as condi
ções de concretagem de um
tubulão; além disso multi
plicamos a resistência ca-
racterística do concreto
fck pelo coeficiente 0,85
para levar em conta a dife
rença entre resultados de
ensaios rãoidos de laborató ~ -
rio e a resistência sob a
açao de carga de longa dura
çao.
- 28 -
Então, o diâmetro do fuste é dado por:
A base alargada do tubulão é calculada em função
da taxa de trabalho do solo à cota de apoio. Assim, o diâme
tro da base é igual a:
Devemos adotar um alargamento da base que dê ori
gem a uma inclinação a (Fig. 16) de tal modo que nã~ haja neces
sidade de introdução de armadura na base:
tga = + 1
onde crt é a tensão admissível de tração no concreto.
Finalmente, a altura da base (altura do tronco de
cone) é expressa por:
h = tg a
Observações:
1~) O centro de gravidade da área do fuste e da área da base
do tubulão devem coincidir com o centro de carga do pilar.
2~) Nos tubulões escavados manualmente a céu aberto, o diâmetro
mínimo do fuste é de 70 a 80 em.
3~) No caso de tubulões executados com revestimento, o coe fi
ciente de mineração do concreto y deve ser reduzido para c
- 29 -
1,5 mesmo que a camisa seja recuperada. Portanto, nas ~
pa-
ginas seguintes, o valor de y será ou 1,6 ou 1,5 para tubu c lÕes sem ou com revestimento respectivamente.
4~) De acordo com a NB-51/78, desde que a base esteja embutida
em material idêntico ao de apoio num mínimo de 20 centíme
tros, o ângulo a pode ser adotado igual a 60° independente
da taxa de trabalho do solo, sem necessidade de armadura.
5~) Ainda segundo a NB-51/78, os tubulões devem ser dimensiona
dos de maneira a evitar alturas de base superiores a 2 me
tros. Em casos excepcionais, devidamente justificados, ad
mitem-se alturas superiores a 2 metros.
6~) O peso próprio do tubulão não e considerado nos cálculos do
dimensionamento, pois na determinação da taxa de trabalho
do solo à cota de apoio, supõe-se que a resistência late
ral ao longo do fuste seja igual ao peso própri9 do tubu
lão.
3. Pilar de Divisa
No caso de um pilar situado junto à divisa do te~
reno, nao se executa o tubulão com base circular pois a excen
tricidade seria muito grande. Então, o alargamento da base é
feito na forma de falsa elipse composta por um retângulo e dois
semi-círculos (Fig. 19). Evidentemente, há necessidade da in
trodução de uma viga alavanca.
O dimensionamento do pilar de divisa e feito cal
culando-se a reaçao
s
s - e
sendo a excentricidade e obtida por
b - f e = r -
2
- 30 -
p, ~-- ---- T ~ · 1x· _e:oco ~v-- --. ~-~---.
l J <I)
~I
t
. - s --· ···- ... ··----·-----1
VIGA ALAVANCA
Figura 19 ' Tubulão de divisa com viga alavanca
Então é necessário que se adote um valor para r
(um critério seria o de se tomar um valor um pouco menor do que
o raio correspondente ao tubulão de base circular).
Em seguida, determina-se a área da base
~=
- 31 -
Por Último, acha-se o comprimento x do retângulo
2 Tir +2rx=~ X =
2 TI r
2 r
Agora, e necessário comparar as dimensões r e ~'
pois nao e interessante que se tenha um valor alto para ~' o
que provocaria uma excentricidade grande e, nem um valor eleva
do para x, o que resultaria numa base demasiadamente alongada.
Na prática, uma faixa recomendável de trabalho seria r < x < 3 r,
sendo x = 2 r o valor ideal.
Quanto ao diâmetro do fuste e a altura, sao res-
pectivamente:
h
0 , 85 TI (f k/Y ) c c
(x + 2 r) - Df
2 tg a
No dimensionamento do tubulão do pilar central,
novamente, descontamos a metade do alivio. Então:
Portanto,
0 1 85 TI (f k/y ) c c
Observações:
- 6P
2
D - D h = b f tg c
2
1~) o valor de r pode depender das dimensões do equipamento uti
- 32 -
lizado na execuçao do tubulão, por exemplo, da campânula no
caso de tubulões pneumáticos, ou do equipamento de perfura
ção mecânica, se for o caso. AI
2~) O centro de gravidade das áreas do fuste e da base
estar sobre o eixo da viga alavanca.
4. Pilares Próximos
deve
Não se deve de forma alguma associar a fundaçãode
dois ou mais pilares com um Único tubulão. Então se dois pil~
res estão muito próximos, de tal forma que impossibilita a exe
cução de bases circulares por causa da superposição de áreas, o
alargamento da base de um ou de ambos os tubulões é feito na
forma de f.alsa elipse, .também.
Entretanto, é obvio que nesse caso nao há excen
tricidade e que os tubulÕes trabalham independentemente.
Primeiramente, consideramos a poss'ibilidade de
que seja necessária apenas uma falsa elipse (Fig. 20).
Após o dimensionamento do tubulão do pilar P 1 (b~
se circular), adotamos o valor r 2 em função da distância entr.e
os pilares, de tal forma que
I X
_l
Figura 20 Pi I ores próximos (uma falsa elipse)
- 33 -
Em seguida: - X =
Então, verificamos apenas se x < 3 r2
(lembre
que x nao tem limite mínimo pois não há excentricidade).
Caso a desigualdade não seja satisfeita, optamos
pelo emprego de duas falsas elipses, o que passamos a abordar
em seguida (Fig. 21).
i ' j__
-- __ ............... ___ _
I r---- -- -···
Figura 2 1 Pilares prÓximos (duas falsas elipes)
tal forma que
Inicialmente, adotamos os valores de r1
e r2
de
Depois calculamos
X = 1
2 ~1 - 1T rl
2 r1
<
- 34 -
p2 ~2 2 - 'TT r2
Ab2 = x2 = x2 < 3 r2 a H 2 r2
Tanto no caso de uma como duas falsas elipses, os
cálculos do diâmetro do fuste e da altura da base são semelhan
tes aos vistos anteriormente.
Observações:
1~) Caso os pilares estiverem tão próximos que nao seja possi_
vel a solução anterior, então afasta-se o centro de gravid~
de dos tubulÕes e introduz-se uma viga de intérligação,como
mostra a Figura 22.
Figuro 2 2 c P H a r e s mui to prox i mos
2~) Pode-se usar, se necessário, 2 tubulões sob 3 pilares ali
nhados, com uma viga de interligação.
5. Pilar no Alinhamento
Permite-se um avanço máximo de 1,00 m do fuste e
do bloco coroamento, se houver. Quanto à base do tubulão, nao
tem limitação por estar·a grande profundidade.
- 35 -
6. Dimensionamento de Fundações por Tubulões
Dimensionar as fun~ações por tubulÕes a céu aber
to sem revestimento, para os pilares abaixo, sendo a taxa de
trabalho do solo na cota de apoio a = 0,4 MN/m2, e a resistên H - 2 ~
cia característica do concreto do fuste fck - 10 MN/m •
r o o ..
f-1------ 300 ----------- 150 ~
I :li
-Pd50x50) -1900 kN
~u\~!:h§OI ~~00 kN
_ .AL.INHAMENTO rm Ps l50 x 60)
2.500 kN
P41 l40lií40) I ~50 kN
~§§@I@ ';~o
Mê~ld~:Ji 1m em
- 37 -
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