Projeto de Pesquisa - Motivação rascunho

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A INFLUÊNCIA DE IMAGENS ILUSTRATIVAS COMO FATOR MOTIVACIONAL À PREFERÊNCIA DE LEITURA EM UNIVERSITÁRIOS PROBLEMA Estímulos visuais, ilustrativos, inseridos nos textos, motivam mais a leitura e consequente compreensão dos textos em universitários? HIPÓTESE Se for utilizada uma estratégia visual de leitura, complementando o texto, a motivação desta leitura aumentará? JUSTIFICATIVA A universidade, nos tempos atuais, se preocupa com o processo ensino-aprendizagem e com a perspectiva da autonomia dos estudantes. Desta forma, a motivação passa a ser um elemento importante da representação desta aprendizagem dos alunos em suas relações com os conteúdos teóricos apresentados. No entanto, esta motivação vem sendo constantemente questionada pelos docentes, principalmente no que se refere ao hábito da leitura e aquisição de conhecimentos teóricos (IBICT, 1999). Várias tentativas de adequação do conteúdo textual já foram descritas pela pedagogia, com o objetivo de despertar um interesse maior dos estudantes pela leitura (KRIEGL, 1999),

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A INFLUÊNCIA DE IMAGENS ILUSTRATIVAS COMO FATOR MOTIVACIONAL

À PREFERÊNCIA DE LEITURA EM UNIVERSITÁRIOS

PROBLEMA

Estímulos visuais, ilustrativos, inseridos nos textos, motivam mais a leitura e

consequente compreensão dos textos em universitários?

HIPÓTESE

Se for utilizada uma estratégia visual de leitura, complementando o texto, a motivação

desta leitura aumentará?

JUSTIFICATIVA

A universidade, nos tempos atuais, se preocupa com o processo ensino-aprendizagem

e com a perspectiva da autonomia dos estudantes. Desta forma, a motivação passa a ser um

elemento importante da representação desta aprendizagem dos alunos em suas relações com

os conteúdos teóricos apresentados. No entanto, esta motivação vem sendo constantemente

questionada pelos docentes, principalmente no que se refere ao hábito da leitura e aquisição

de conhecimentos teóricos (IBICT, 1999).

Várias tentativas de adequação do conteúdo textual já foram descritas pela pedagogia,

com o objetivo de despertar um interesse maior dos estudantes pela leitura (KRIEGL, 1999),

partindo desse pressuposto, pesquisaremos o nível motivacional dos estudantes universitários

diante de estratégias visuais (imagens ilustrativas) e apenas o texto escrito sem os recursos de

imagens, no interesse pela leitura, justificando assim a relevância desta pesquisa para tentar

desenvolver melhores estratégias e recursos para estimular o interesse pela leitura e

compreensão do conteúdo implícito dos textos, melhorando assim, não só aspectos cognitivos

como também, biopsicossociais dos estudantes.

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OBJETIVOS

- Analisar se a presença de ilustrações interfere diretamente na motivação para leitura

dos universitários;

- Analisar a porcentagem de universitários que conseguem compreender o assunto

abordado no texto com e sem as imagens.

-Contribuir para o desenvolvimento de novas estratégias visuais para aumentar o

interesse pela leitura e em consequência melhorar a aprendizagem em si.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Em nossa sociedade, a busca pela informação, pelo conhecimento tem sido um

processo contínuo, seja pela percepção de que sem eles o indivíduo ficaria excluído

socialmente, de que com estes não permaneceria no estado de ignorância neste novo contexto

informacional, marcado visivelmente pelo uso intensivo das tecnologias de informação e de

comunicação (MEDEL, 2009).

O conhecimento pode ser encontrado através da leitura e esta, por sua vez, possibilita

formar uma sociedade consciente de seus direitos e de seus deveres; possibilita que estes

tenham uma visão melhor de mundo e de si mesmos (MEDEL, 2009).

Medel (2009) ainda afirma que a aprendizagem acontece por um processo cognitivo

imbuído de afetividade, relação e motivação. Assim, para aprender é imprescindível “poder”

fazê-lo, o que faz referência às capacidades, aos conhecimentos, às estratégias e às destrezas

necessárias, para isso é necessário “querer” fazê-lo, ter a disposição, a intenção e a motivação

suficientes.

  Para ter bons resultados acadêmicos, os alunos necessitam de colocar tanta

voluntariedade como habilidade, o que conduz à necessidade de integrar tanto os aspectos

cognitivos como os motivacionais.

A motivação é um processo que se dá no interior do sujeito, estando, entretanto,

intimamente ligado às relações de troca que o mesmo estabelece com o meio, principalmente,

seus professores e colegas. Nas situações escolares, o interesse é indispensável para que o

aluno tenha motivos de ação no sentido de apropriar-se do conhecimento (LIMA, 2008). 

A autora Bock (1999, p. 120) destaca que a motivação continua sendo um complexo

tema para a Psicologia e, particularmente, para as teorias de aprendizagem e ensino.

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Ainda segundo a autora:

A motivação é um fator que deve ser equacionado no contexto da educação, ciência e tecnologia, tendo grande importância na análise do processo educativo. A motivação apresenta-se como o aspecto dinâmico da ação: é o que leva o sujeito a agir, ou seja, o que o leva a iniciar uma ação, a orientá-la em função de certos objetivos, a decidir a sua prossecução e o seu termo. A motivação é, portanto, o processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir de uma relação estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação. Isso significa que, na base da motivação, está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse, uma vontade ou uma predisposição para agir. A motivação está também incluída o ambiente que estimula o organismo e que oferece o objeto de satisfação. E, por fim, na motivação está incluído o objeto que aparece como a possibilidade de satisfação da necessidade.

Uma das grandes virtudes da motivação é melhorar a atenção e a concentração, nessa

perspectiva pode-se dizer que a motivação é a força que move o sujeito a realizar atividades.

Ao sentir-se motivado o individuo tem vontade de fazer alguma coisa e se torna capaz

de manter o esforço necessário durante o tempo necessário para atingir o objetivo proposto. 

Bock (1999, p. 121) também afirma que a preocupação do ensino tem sido a de criar

condições tais, que o aluno “fique a fim” de aprender. 

Diante desse contexto percebe-se que a motivação deve ser considerada pelos

professores de forma cuidadosa, procurando mobilizar as capacidades e potencialidades dos

alunos a este nível.

Torna-se tarefa primordial do professor identificar e aproveitar aquilo que atrai o

aluno, aquilo do que ele gosta como modo de privilegiar seus interesses.

  Motivar passa a ser, também, um trabalho de atrair, encantar, prender a atenção,

seduzir o aluno, utilizando o que ele gosta de fazer como forma de engajá-lo no ensino.

No nível social podemos considerar a aprendizagem como um dos pólos do par

ensino-aprendizagem, cuja síntese constitui o processo educativo. Tal processo compreende

todos os comportamentos dedicados à transmissão da cultura, inclusive os objetivados como

instituições que, específica (escola) ou secundariamente (família), promovem a educação.

Através dela o sujeito histórico exercita, usa utensílios, fabrica e reza segundo a modalidade

própria de seu grupo de pertencimento. (PAÍN, 1985, p. 16)

Assim, na concepção vygotskyana, o pensamento verbal não é uma forma de

comportamento natural e inata, mas é determinado por um processo histórico-cultural e tem

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propriedades e leis específicas que não podem ser encontradas nas formas naturais de

pensamento e fala. 

Segundo Vygotsky (1993 p.44), uma vez admitido o caráter histórico do pensamento

verbal, devemos considerá-lo sujeito a todas as premissas do materialismo histórico, que são

válidas para qualquer fenômeno histórico na sociedade humana.

Vygotsky (1991 p. 101) diz ainda que o pensamento propriamente dito é gerado pela

motivação, isto é, por nossos desejos e necessidades, nossos interesses e emoções. Por trás de

cada pensamento há uma tendência afetivo-volitiva. Uma compreensão plena e verdadeira do

pensamento de outrem só é possível quando entendemos sua base afetivo-volutiva.

Para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre as pessoas. A relação do

individuo com o mundo está sempre medida pelo outro. Não há como aprender e apreender o

mundo se não tivermos o ouro, aquele que nos fornece os significados que permitem pensar o

mundo a nossa volta. Veja bem, Vygotsky defende a idéia de que não há um desenvolvimento

pronto e previsto dentro de nós que vai se atualizando conforme o tempo passa ou recebemos

influência externa. (BOCK, 1999, p. 124).

Com isso entende-se que o desenvolvimento do individuo é um processo que se dá de

fora para dentro, sendo que o meio influencia o processo de ensino-aprendizagem.

Segundo a concepção de Vygotsky se a aprendizagem está em função não só da

comunicação, mas também do nível de desenvolvimento alcançado, adquire então relevo

especial – além da análise do processo de comunicação – análise do modo como o sujeito

constrói os conceitos comunicados e, portanto, a análise qualitativa das “estratégias”, dos

erros, do processo de generalização. Trata-se de compreender como funcionam esses

mecanismos mentais que permitem a construção dos conceitos e que se modificam em função

do desenvolvimento. (VYGOSTSKY, 1991, p. 2).

O professor deve descobrir estratégias, recursos para fazer com que o aluno queira

aprender, deve fornecer estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender. Ao

estimular o aluno, o educador desafia-o sempre, para ele, aprendizagem é também motivação,

onde os motivos provocam o interesse para aquilo que vai ser aprendido.

  É fundamental que o aluno queira dominar alguma competência. O desejo de

realização é a própria motivação, assim o professor deve fornecer sempre ao aluno o

conhecimento de seus avanços, captando a atenção do aluno (KRIEGL, 2002). 

A leitura, portanto, abre as portas para um aprendizado formal mais concreto.

Aprendizagem da leitura e da escrita está condicionada a diversos fatores, que poderão

contribuir para um bom ou ruim desempenho da aprendizagem leitora e para o

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desenvolvimento eficaz da linguagem escrita. A escrita apresenta em qualquer língua aspectos

da fala (VYGOSTSKY, 1991).

A leitura deve ultrapassar a simples representação gráfica e decodificação de símbolos,

é antes de tudo, uma compreensão e entendimento da expressão escrita.

Fatos significativos, na sociedade, podem ser observadas já no século XVIII e

apontam claramente um novo olhar sobre as práticas de leitura/Educação nos diversos

espaços:

[...] o aparecimento e difusão da leitura silenciosa, redução do controle da Igreja, aparecimento do ensino laico, reconhecimento da importância da alfabetização, invenção da imprensa, tipo móvel, mercado editorial, aumento do interesse pela ficção, aparecimento da Literatura Infanto Juvenil, no século XVIII, bem como a expansão do ensino público, além do aparecimento do novo modelo econômico (MANGUEL (1987) apud BARRETO, 2006).

Deste modo, pensar, conhecer, saber, intuir e ousar são as mais recentes palavras que

devem dominar o vocabulário dos indivíduos que compõem a sociedade. Como obter um

senso crítico senão mediante a leitura dos textos que atuam sobre:

[...] os esquemas cognitivos do leitor. Quando alguém lê algo, aplica determinado esquema alterando-o ou confirmando-o, mas principalmente entendendo mensagens diferentes de seus esquemas cognitivos, ou seja, as capacidades já internalizadas e o conhecimento de mundo de cada um são diferentes. (KRIEGL, 2002).

O leitor usa, simultaneamente, seu conhecimento de mundo e seu conhecimento de

texto para construir uma interpretação sobre o que se lê.

Vale ressaltar que não basta apenas ler mais é importante analisar, interpretar,

conhecer para agregar valor à atividade ou necessidade que se tem. Na seleção de

determinado livro, revista ou jornal, existe uma intenção para justificar a escolha. É

fundamental a interação dos elementos textuais com os conhecimentos do eleitor. Quanto

maior for a concordância entre eles, maior a probabilidade de êxito na leitura.

O senso crítico é melhor percebido com a escrita, pois ao “virtualizar” a memória

permitiu o desenvolvimento de uma tradição crítica, refinou as práticas de interpretação

(IBICT, 1999).

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Além disso, um bom leitor é aquele que:

Por outro lado, se percebe uma realidade quanto ao leitor que não tem o hábito da

leitura na escola, como afirmam Santoro e Confuorto (2006):

[...] outro indicador lamentável que extrapola o universo escolar e assenta-se na sociedade: mais de 70% da população no Brasil não lê jornais nem revistas e o restante, 30% varia muito no grau de compreensão de texto, de acordo com notícias na mídia, em geral.

É nítido que a população, dentre as várias iniciativas para a leitura, precisa

compreender a importância de se manter atualizada. Para tanto é necessário que esteja

motivada a buscar informação de qualidade para acompanhamento das mudanças que estão

Percepção e análise criticado texto.

A leitura é um processo de

interação entre leitor e o texto

2.Procura a priori conhecer a biografia do

autor para entender a forma como este

escreve.

1.Lê o texto duas ou três vezes

para fixá-lo e compreendê-lo

melhor.

3.Separa palavras que não

conhece; recorre a um dicionário.4.Tenta discutir com alguém

sobre o texto; faz críticas e

uma análise deste.

5.Anota as partes que lhe interessam, com as

referências de autores e páginas para consulta.

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acontecendo mundialmente e que têm uma interferência significativa na conjuntura social,

político, econômico e cultural do país.

Para tanto deve-se observar também a forma, o comportamento do professor no

processo de motivação:

[...] não consiste em que o professor diga: Fantástico! Vamos ler! Mas que elas mesmas o digam ou pensem. Isso se consegue planejando bem a tarefa de leitura e selecionando com critério os materiais que nela serão trabalhados, tomando decisões sobre as ajudas prévias de que alguns alunos possam necessitar evitando situações de concorrência [...] e promovendo, sempre que possível aquelas situações que abordem contextos de uso real, incentivem o gosto pela leitura e façam o leitor avançar em seu próprio ritmo para ir elaborando sua própria interpretação – situações de leitura silenciosa [...] (KRIEGL, 2002).

A presente pesquisa visa uma análise da preferência de estratégias visuais ilustrativas

nos textos pelos alunos da Universidade Estácio de Sá – Campus Nova Iguaçu/RJ e também a

influência dos mesmos no aspecto motivacional. O estudo é breve e conciso, no qual

participam 60 estudantes universitários de diversos cursos e períodos, revelando através da

análise dos questionários e entrevistas, uma reflexão acerca de estratégias visuais como

coadjuvantes no processo motivacional dos universitários à leitura de textos.

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MÉTODO

Pesquisa experimental, em relação à motivação para a leitura frente à estímulos

ilustrativos.

Tempo de Duração: de Março a Junho de 2012. Local: Universidade Estácio de Sá – Campus: Nova Iguaçu-RJ. Sujeitos: Alunos universitários de diversos cursos e períodos

Procedimentos: Estudo de campo onde primeiro será feita uma breve entrevista pessoal, após esta, serão ofertados aos participantes dois (2) textos de igual conteúdo escrito (O mito da caverna de Platão), sendo que um deles terá algumas ilustrações complementares ao conteúdo do texto. O participante deverá optar pela leitura de apenas um dos textos. Após a leitura, será aplicado o questionário e após este, será assinado o termo de o consentimento livre e esclarecido. A análise de dados será feita de maneira qualitativa e quantitativa, sendo a proporcionalidade dos indivíduos que optaram pelo texto 1, pelo texto 2, destes, quantos são homens e quanto são mulheres, além de grau de compreensão do conteúdo lido, divididos por gênero.

Cada pesquisador do grupo só poderá realizar a pesquisa com 10 indivíduos aptos; O pesquisador não poderá intervir nas respostas, nem interromper o indivíduo durante a

leitura, esta deverá ocorrer em sala fechada, livre de interferências externas, onde o pesquisado permanecerá sozinho até o final da leitura;

O indivíduo pesquisado não poderá ser informado sobre o objetivo da pesquisa antes da leitura e resposta ao questionário.

CRONOGRAMA

ETAPA/MÊS MAR

ABR

MAI JUN

Delimitação do tema/título XLevantamento de bibliografia X XElaboração das hipóteses/objetivos/Problema XJustificativa/Metodologia X XElaboração do questionários/ Aplicação X XFundamentação teórica X XTratamento estatístico dos dados XRelato de evidência XFinalização após correção. X X

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RESULTADOS

1. GRÁFICO 1:

Total de indivíduos que participaram da pesquisa:

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

1 1

40

20 20

TOTAL DE PARTICIPANTESHOMENSMULHERES

2. GRÁFICO 2:

Participantes que optaram por cada um dos dois tipos de texto* divididos por gênero:

Homens Mulheres0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20 19

13

1

7

texto com figurasTexto sem figuras

*Percentual de indivíduos que optaram pelo texto com figuras foi de 80%.

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3. GRÁFICO 3:

Acertos em relação ao título do texto lido:

HOMENS MULHERES TOTAL0

5

10

15

20

25

30

35

15

18

33

5

2

7

ACERTOSERROS

4. GRÁFICO 4

Porcentagem de acerto DO TÍTULO dos participantes que escolheram o texto com figuras*:

HOMENS MULHERES0.0%

5.0%

10.0%

15.0%

20.0%

25.0%

30.0%

35.0%

40.0%

45.0%

50.0% 46.9%

37.5%

ACERTOS

*total de indivíduos que escolheram o texto com figuras foi de 32.

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5. GRÁFICO 5:

Porcentagem de acerto DO TÍTULO dos participantes que escolheram o texto sem figuras:

HOMENS MULHERES0.0%

10.0%

20.0%

30.0%

40.0%

50.0%

60.0%

70.0%

80.0%

90.0%

100.0%

12.5%

87.5%

ACERTOS

6. GRÁFICO 6:

Quantidade de indivíduos que acertaram o dilema abordado pelo texto dividido por gênero:

Acertos Erros0

5

10

15

20

25

30

35

11

3

19

5

32

8

HomensMulheresTotal

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7. GRÁFICO 7:

Gráfico do percentual de indivíduos que escolheram o texto com figuras e compreenderam o tema abordado, baseado no acerto da pergunta B3*:

Texto com figuras0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

1.2

57.9%

100.0%

HomensMulheres

*Total de indivíduos que acertaram a questão e escolheram o texto com figuras foi de 32, sendo 19 homens e 13 mulheres.

8. GRÁFICO 8:

Gráfico do número de participantes que responderam a questão “Qual foi o principal motivo de ter escolhido este texto?” divididos por gênero :

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Tamanho do texto Ilustrações Aleatória Total0

5

10

15

20

25

3

14

3

20

7

10

3

20

HomensMulheres

RELATO DE EVIDÊNCIA

De acordo com os resultados obtidos, conseguimos chegar a algumas conclusões, onde a maioria dos indivíduos preferiu o texto ilustrado (32), destes em sua maioria homens, porém as mulheres obtiveram mais acertos na questão do título do texto (18 de 20) e 37,5% destas mulheres, preferiram o texto com as ilustrações, revelando uma preferência feminina para o texto puro, sem figuras. As mulheres também obtiveram desempenho melhor na compreensão do tema abordado pelo texto (19 de 32 acertos foram femininos), destas 19 mulheres, 13 escolheram o texto com figuras e todas acertaram a questão sobre a compreensão do texto, enquanto os homens que escolheram o texto com figuras erraram mais na questão sobre compreensão, evidenciando assim que as ilustrações ajudaram mais as mulheres que aos homens a compreenderem o tema central do texto.

Em relação ao que levou cada indivíduo a escolher o seu tipo de texto, as mulheres revelaram escolher mais pelas ilustrações, os homens revelaram escolher mais pelo tamanho do texto (quanto menor melhor?), de 20 homens 14 revelaram que escolheram pelas ilustrações (19 homens leram o texto ilustrado), enquanto de 20 mulheres, 10 revelaram que escolheram pelas ilustrações (apesar de 13 terem lido o texto ilustrado), concluindo então que as ilustrações na verdade, influenciaram mais aos homens que as mulheres na escolha dos textos, com isso, conseguimos afirmar a hipótese de que as ilustrações são um fator motivacional para a leitura e facilitam a compreensão do tema pelo leitor, visto que 80% dos indivíduos pesquisados optaram pelo texto ilustrado, mesmo não intencionalmente.

O desenvolvimento de novas estratégias visuais é um caminho para aumentar o interesse pela leitura e em consequência, melhorar a aprendizagem.

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ANEXO I

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA A: ANTES DA ESCOLHA DO TEXTO.

A1) NOME:________________________________________________A2) IDADE:________________A3) SEXO:_________________A4) CURSO:__________________A5) PERÍODO:________________A6) Possui algum transtorno de aprendizagem da leitura ou escrita? Sim ( ) Não ( )

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA B: APÓS A ESCOLHA DO TEXTO.

B1) Qual o texto escolhido: Com ilustrações ( ) Sem ilustrações ( )

B2) Qual o título do texto?

( ) O homem da caverna.( ) O mito da caverna.( ) O dilema da caverna.

B3) Em sua opinião, o texto lido aborda quais destes dilemas?

( ) O estado, é superior ao indivíduo, porquanto a coletividade é superior ao indivíduo, o bem comum superior ao bem particular. Unicamente no estado efetua-se a satisfação de todas as necessidades, pois o homem, sendo naturalmente animal social, político, não pode realizar a sua perfeição sem a sociedade do estado.

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( ) O mito da caverna é uma metáfora da condição humana perante o mundo, no que diz respeito à importância do conhecimento filosófico e à educação como forma de superação da ignorância, isto é, a passagem gradativa do senso comum enquanto visão de mundo e explicação da realidade para o conhecimento filosófico, que é racional, sistemático e organizado, que busca as respostas não no acaso, mas na causalidade

( ) De acordo com Platão, os alunos deveriam descobrir as coisas superando os problemas impostos pela vida. A educação deveria funcionar como forma de desenvolver o homem moral. A educação deveria dedicar esforços para o desenvolvimento intelectual e físico dos alunos.

B4) Qual foi o principal motivo de ter escolhido este texto?

( ) O tamanho do texto.( ) As ilustrações são mais interessantes.( ) Foi uma escolha aleatória (não considerando nenhum dos aspectos acima citados).

REFERÊNCIAS

BARRETO, Ângela Maria. Leitura: Suas categorias de produção de sentidos nas novas e antigas formas de acesso à informação. O ideal de disseminar: novas perspectivas, outras percepções. Salvador: EDUFBA, 2006. p. 55-76.

BOCK, Ana M. Bahia (org.). Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. 13ª ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA. A informação: tendências para o novo milênio. Brasília, 1999.

LIMA, Sandra Vaz. A Importância da motivação no Processo da aprendizagem. . Artigonal-diretórios de Artigos Gratuitos. Acesso em: 11 março 2012. Disponível em : < http://www.artigonal.com/educacao-artigos/a-importancia-da-motivacao-no-processo-de-aprendizagem-341600.html>.

LURIA; LEONTIEV; VYGOTSKY e outros. Psicologia e Pedagogia: Bases Psicológicas da Aprendizagem e do Desenvolvimento. São Paulo: Moraes, 1991.

PAÍN, Sara. Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de Aprendizagem. 3ª edição. Porto Alegre, Artes Médicas, 1989.

KRIEGL, Maria de Lourdes de Souza. Leitura: um desafio sempre atual. Revista PEC, Curitiba, v. 2, n.1, p. 1-12, jul. 2001-jul. 2002.

MEDEL, C.R.M.A. Motivação na aprendizagem. Revista Iberoamericana de Educación, v.49, n.7, 25 jun.2009. Disponível em: <http://www.rieoei.org/jano/2141RavenaJANO.pdf>. Acesso em: 08 ago. 2011.

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VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo, Martins Fontes, 1991.

___________. Pensamento e Linguagem. São Paulo, Martins Fontes, 1993.