Projeto ler e escrever compromisso de todas as áreas EDUCAÇÃO FÍSICA

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Página 1 de 20 2014 Carlos Souza/Adriana Melo Coordenação Pedagógica PROJETO LER E ESCREVER UM GRANDE PRAZER (COMPROMISSO DE TODAS AS ÁREAS_E.FIS)

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2014

Carlos Souza/Adriana Melo

Coordenação Pedagógica

PROJETO LER E ESCREVER UM GRANDE PRAZER

(COMPROMISSO DE TODAS AS ÁREAS_E.FIS)

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“É preciso que a educação seja mais significativa, mais prazerosa e o que se aborda faça algum sentido para o educando, seja do seu interesse, satisfaça suas necessidades biopsicossoc iais e que o prepare para o mundo de hoje.”

(Maria Augusta Sanches Rossini)

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Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas

Secretaria Municipal de Educação Unidade de Ensino: Escola Municipal Vida Nova

Coordenação Pedagógica: Carlos Souza/Adriana Melo

APRESENTAÇÃO

O presente projeto de aprendizagem intitulado “Ler e Escrever um Grande Prazer” tem a

pretensão de contribuir para a formação dos alunos da Escola Municipal Vida Nova como

sujeitos, leitores, críticos e participativos, capazes de interagirem em sua realidade na condição

de cidadãos consciente de sua atuação na sociedade, entendida como pré-condição do

exercício pleno da cidadania.

A nossa escola sempre se preocupou em desenvolver uma educação verdadeiramente

comprometida com o ensino de qualidade para todos. No entanto, nem todos os educandos

estão conseguindo concluir o ano letivo desenvolvendo uma leitura fluente e compreendendo

aquilo que estão lendo com segurança e autonomia.

Creditamos, assim, que a implementação deste projeto vem favorecer significativamente

o processo ensino e aprendizagem, visto que, se propõe a colaboração para o estímulo da

leitura e escrita no interior do espaço escolar e, consequentemente, melhorar o desempenho

(rendimento) dos alunos em outras disciplinas, já que a leitura está inserida em todo o

processo de ensino e no dia a dia dos educandos.

Envolver os alunos cada vez mais no universo que é a leitura de uma forma prazerosa

requer muita disposição e compromisso por parte daqueles que desejam construir uma

sociedade mais justa e humana. Entretanto, isso exigirá engajamento profundo de muitos:

Professores, alunos, pais e comunidade de modo geral, parceiros nessa luta por uma

educação de qualidade para todos segurando assim o que dispõe a lei em vigor (LDB nº

9394/96 art. 32 que visa “O desenvolvimento da capacidade de aprender tendo como meio

básico o pleno desenvolvimento da leitura, da escrita e do cálculo”).

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SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 3

1. JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 5

1.1. Leitura significativa em todas as áreas ........................................................................ 6

1.2. Como trabalhar com alunos que não sabem ler e escrever ou que têm pouco domínio da leitura e escrita? .................................................................................................. 8

1.3. Tabela de sugestões de atividades lectoescritoras ...................................................... 9

2. ESTRATÉGIAS DE LEITURA ....................................................................................... 10

3. ESTRATÉGIAS PARA ÁREAS ESPECÍFICAS ............................................................. 12

3.1 Ler e escrever em Educação Física ........................................................................... 12

3.2 Educação Física: possibilidades com o ler e escrever ............................................... 13

3.3 Interdisciplinaridade – Educação Física, Matemática e Música. ................................ 15

4. OBJETIVO GERAL ....................................................................................................... 17

4.1 Específicos ................................................................................................................. 17

5. PÚBLICO ALVO ............................................................................................................ 17

6. META ............................................................................................................................ 18

7. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ...................................................................... 18

8. RECURSOS HUMANOS ............................................................................................... 19

9. AVALIAÇÃO .................................................................................................................. 19

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 20

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1. JUSTIFICATIVA

Sabe-se que a leitura é algo imprescindível para todos. No entanto, muitos ainda a

encaram como um “bicho de sete cabeças”, visto que não conseguem entender, compreender

e interpretar o que leem.

Aprender a ler é antes de tudo aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto, não numa manipulação mecânica de palavras, mas numa relação dinâmica que vincula linguagem e realidade. Ademais, a aprendizagem da leitura é um ato de educação e educação é um ato profundamente político.”

(Antônio Joaquim Severino).

Ao observar à afirmação do referido autor, fica claro que não é possível pensar a

educação desvinculada da leitura, pois é esta uma ferramenta de suma importância/

indispensável pois compreendemos que através da leitura os educandos terão várias

possibilidades de adquirir conhecimento, informação, lazer, cultura e integração social,

possibilitando transformações tanto individuais como coletivas. Ademais, a leitura e a escrita

são valores importantes para o homem tornar-se cidadão consciente de seu discurso e do

poder que tem. Sem esses valores tão indispensáveis nos tornamos seres incapazes de

exercer plenamente nossa cidadania.

Ao olharmos para o interior de nossa escola, podemos observar que muitos de nossos

alunos, leem pouco ou quase nada. Ora, tão importante quanto ler, é compreender o

significado do texto lido.

Há grande queixa por parte dos Professores dos Anos Finais sobre o desinteresse que

muitos alunos expressam quando a atividade envolve a leitura, pois muitos decodificam

palavras sem a preocupação de entender realmente o que se está lendo. E isso reflete

negativamente no baixo rendimento do aluno e, consequentemente, na qualidade do ensino.

O projeto “Ler e Escrever um Grande Prazer” vem com a intenção de proporcionar aos

nossos educando condições reais de interação ao mundo letrado, aonde estes venham a

descobrir que a leitura traz prazer e emoção aquele que ler. No entanto, não basta apenas se

ter a consciência de que a leitura é indispensável à formação do homem, é necessário criar

meios para que o ato de ler venha se tornar uma realidade concreta na vida desse indivíduo.

Sabemos, assim, que não será uma tarefa fácil. Mas uma luta constante que exigirá

esforço e empenho coletivo por parte dos nossos alunos, professores e, pais de nossa

instituição os quais, juntamente conosco, estimularão os educandos a se envolver cada vez

mais a fim de assegurar, a estes, as condições essenciais para o desenvolvimento e exercício

da sua cidadania.

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Então, para que isso ocorra de fato, é de fundamental importância que a escola se veja

como instituição responsável por despertar no aluno o interesse e o prazer pela leitura e mais,

que ela seja um exemplo de leitor, isto é, que todos os sujeitos envolvidos no espaço escolar

tenham comportamento leitor, para que possam estimular aqueles que ainda não têm tal

hábito. É necessário também buscar formas de conscientizar as famílias dos educandos para

a importância do ato de ler e quem sabe até, tornar aqueles pais que são indiferentes à

leitura, em pais leitores. Portanto estimular alguém a ler exige esforço, requer parcerias e

compromisso sério por parte de todos os envolvidos no processo educacional.

Para tanto, partiremos de interrogações básicas, tais como: “O que é ler?”, “O que é

escrever?”, “O que é um professor (não de Português ou de Matemática, mas no sentido,

lato)?”, entre outras. Também pretendemos desmistificar alguns (pré) conceitos utilizados

justificar a falta de compromisso com o ensino de leitura e escrita.

O professor deve operar na lógica de ajudar o aluno a compreender o que se está

trabalhando, independente da área que atua. Por isso, sugerimos algumas sequências

didáticas com estratégias de leitura, certamente, já conhecidas por muitos, em todas as áreas,

pois na maioria das escolas, o trabalho com leitura, compreensão e interpretação é deixado

apenas a cargo dos professores de Língua Portuguesa, por isso, percebeu-se a necessidade

de envolver-se nesse contexto, no intuito de propor metodologias de acordo com as

necessidades dos professores de todas as disciplinas, objetivando o processo de ensino-

aprendizagem significativo por meio da leitura.

1.1. Leitura significativa em todas as áreas

É preciso esclarecer que para a leitura ser significativa, as informações que o aluno

encontra no texto precisam contribuir para ampliar seus conhecimentos, seus interesses e

atingir seus objetivos. Além disso, os alunos precisam perceber que os textos são uma forma

de comunicação e de interação social, torna-se “[...] primordial no ensino da leitura o

desenvolvimento da consciência crítica de como a linguagem reflete as relações de poder na

sociedade por meio das quais se defrontam leitores e escritores.” (MOITA LOPES, 2002, p.

143).

Também, é responsabilidade dos professores incentivar os alunos a criarem o hábito

de ler, pois, por meio dessa atividade, os alunos tornam-se capazes de buscar novos

conhecimentos, aprimorar os já possuídos, fazer uso desses para compreender a sociedade e

interagir nela.

Outro ponto importante a ser ressaltado é que a formação de leitores não pode ficar

somente a cargo do professor de Língua Portuguesa, mas abranger a todas as disciplinas,

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uma vez que todos os professores fazem uso da leitura em suas aulas. Além disso, deve-se

envolver os bibliotecários, pois precisam tornar o ambiente da biblioteca atrativo e

interessante para proporcionar o gosto e o hábito pela leitura.

Quanto à questão de como tornar a leitura significativa é importante lembrar que não é

uma questão exclusivamente de métodos, é necessário que os professores criem condições

para que os alunos desenvolvam o aprendizado, analisando as conexões entre textos e

realidade, entre textos e conhecimento de mundo, conhecimento prévio, intertextualidade,

ideologias. A leitura significativa requer análise do discurso.

Outro ponto que se ressalta é a importância de partir do estudo da realidade no intuito

de buscar soluções para que a leitura seja significativa, pois “[...] não podemos esperar que

‘especialistas’ distantes tomem decisões pelos professores” (SMITH, 1997, p. 136), dizendo o

que fazer, e o que não fazer. As teorias existem para contribuir e são importantes, no entanto,

a análise da realidade é indispensável para que os professores saibam como agir em relação

à leitura.

Todos os professores, de todas as disciplinas, precisam saber como acontece o

processo da leitura significativa, e partir desse conhecimento e da análise de seus alunos

para optar por atividades a serem trabalhadas em sala de aula, pois não há um método único

a ser desenvolvido para tornar a leitura significativa.

A partir do momento em que os professores pensarem em elaborar metodologias de

leitura que promovam o crescimento pessoal, possibilitem melhor organização social dos

estudantes, e mais elevado nível intelectual, em todas as disciplinas, a leitura será

significativa e os conhecimentos relevantes para os alunos.

Os alunos precisam saber “[...] localizar a nova informação pela leitura de mundo, e

expressá-la, escrevendo para o mundo” (NEVES, 1999, p. 11); sendo assim, uma leitura

significativa gera escrita significativa e somente sabemos que um aluno realmente entendeu o

que leu quando é capaz de expressar as ideias com suas próprias palavras, seja oral, seja por

escrito.

Outro ponto a se ressaltar quanto à leitura é que:

[...] uma leitura chama o uso de outras fontes de informação, de outras leituras, possibilitando a articulação de outras áreas da escola. Uma leitura remete a diferentes fontes de conhecimentos, da história à matemática. Nesse sentido, leitura e escrita são tarefas fundamentais da escola e, portanto, de todas as áreas. Estudar é ler e escrever. (NEVES, 1999, p. 117)

Desse modo, é um compromisso que precisa ser assumido por todos os professores e,

também, por todos os alunos diante de todas as disciplinas. Muitas vezes, além dos

professores das diversas disciplinas pensarem que as tarefas de leitura, interpretação,

compreensão e produção são ligadas à disciplina de Língua Portuguesa, essa ideia também

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já está internalizada nos alunos, que reclamam quando um professor de outra disciplina se

propõe a fazer um trabalho de interpretação.

É por isso que os trabalhos com a leitura significativa em todas as disciplinas terão de

iniciar com uma conscientização dos professores e dos alunos quanto à importância da

leitura, para um trabalho de formação de leitores. Todavia, essa formação de leitores não

ocorrerá em curto espaço de tempo, irá se construir ao longo do período em que os alunos

permanecerem na escola.

Parafraseando Smith (1997), o significado está além das palavras, ou seja, não são as

palavras impressas ou oralizadas que dão sentido a um texto, mas sim, o leitor, a partir de

seus conhecimentos prévios, de suas informações não visuais, que atribui sentido ao texto ou

às palavras que lê.

Sendo assim, para tornar a leitura significativa, o professor precisa mostrar aos alunos

como ocorre essa formação de sentidos, mediar as interpretações, mostrando as entrelinhas,

os subentendidos, as ideologias, contextualizando os textos, e, com o passar do tempo,

reduzir a mediação, a fim de que os alunos desenvolvam essa capacidade e interpretem cada

vez de forma mais autônoma.

Eis a grande questão...

1.2. Como trabalhar com alunos que não sabem ler e escrever ou que têm pouco

domínio da leitura e escrita?

Há em nossas turmas alunos que, embora conheçam o sistema alfabético, apresentam

pouco domínio da leitura e escrita: produzem escritas sem segmentação, têm baixo

desempenho na ortografia das palavras de uso constante, elaboram textos sem coesão e

coerência, lêem sem fluência, não conseguem recuperar informações durante a leitura

de um texto etc.

A coordenação pedagógica planejou algumas ações voltadas para o desenvolvimento das

aprendizagens necessárias para o avanço desses alunos. No entanto, é fundamental que

todos os professores contribuam para que esses sejam incluídos nas atividades que propõem

para suas turmas. Para que isso ocorra, é preciso:

• Favorecer o acesso ao assunto ou tema tratado nos textos, permitindo que os alunos

arrisquem e façam antecipações bastante aproximadas sobre as informações que

trazem.

• Centrar a leitura na construção de significado, e não na pura decodificação.

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• Envolver os alunos em atividades em que a leitura seja significativa, despertando-lhes

o desejo de aprender a ler.

• Organizar trabalhos em grupo para que os alunos participem dos momentos de leitura

com colegas mais experientes.

• Envolver os alunos em debates orais para que expressem sua opinião sobre os

• temas tratados.

Deve-se levar em conta que esses alunos precisam ter sucesso em suas

aprendizagens para que se desenvolvam pessoalmente e tenham uma imagem positiva de si

mesmos. Isso só será alcançado se o professor tornar possível sua inclusão e acreditar que

todos podem aprender, mesmo que tenham tempos e ritmos de aprendizagem diferentes.

E, como o professor do ciclo II atua com diversas turmas, sugere-se o registro dessas

rotinas para cada uma delas, de modo que a organização do trabalho a ser realizado se torne

mais visível. No quadro a seguir, por exemplo, o professor pode fazer os registros à medida

que for realizando o trabalho com leitura com suas turmas, sem abandonar a diversidade de

propósitos de leitura e de abordagem dos textos.

1.3. Tabela de sugestões de atividades lectoescrito ras

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2. ESTRATÉGIAS DE LEITURA

O que o professor deve fazer para que os alunos tenham autonomia como leitor em

todas as áreas? Em primeiro lugar, o professor não deve sucumbir à tentação de querer

contornar as dificuldades de leitura dos alunos fazendo uma espécie de tradução do texto

escrito. O aluno tem que aprender a ler sozinho (autonomamente), porque, caso contrário,

dependerá sempre do professor ou de outrem para interpretar o que está escrito.

Seja no Ensino Fundamental ou no Ensino Médio, as estratégias para ensinar os

alunos a serem leitores proficientes são simples e, certamente, já conhecidas pela maioria

dos docentes (porém, pouco postas em prática). Elas estão divididas em três períodos: antes,

durante e depois da leitura.

ANTES

• Encaminhe os objetivos da leitura: faça um levantamento do que os alunos já sabem

sobre o conteúdo a ser ministrado, isto é, do material que deve ser lido.

• Examine o texto como um todo: título, subtítulo, ilustrações, tabelas etc. A partir disso,

os alunos depreenderão o tema do texto e construirão expectativas sobre o que será

lido.

• Antecipe informações que o autor do texto pressupõe que os leitores conheçam, porém

que seus alunos talvez ignorem.

DURANTE

• Encoraje os alunos a inferir o sentido de termos ou expressões cujo sentido ele

desconheçam. Porém, atenção: não lhes peça que assinalem as palavras difíceis,

porque isso pode lhes tirar a concentração no conteúdo.

Simulado:

“Madame Natasha confunde Daslu com Telemar e adora CPI. No combate ao caixa

dois do idioma, concedeu uma de suas bolsas de estudo ao deputado Osmar Serraglio, pelo

seguinte trecho do seu relatório:

Como é de sabença, não incide, aqui, responsabilidade objetiva do chefe maior da nação, simplesmente, por ocupar a cúspide da estrutura do Poder Executivo, o que significaria ser responsabilizado independentemente de ciência ou não. Em sede de responsabilidade subjetiva, não parece que havia dificuldade par que pudesse lobrigar a anormalidade com que a maioria parlamentar se forjava.

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À medida que a leitura for avançando, ajude os alunos na compreensão global do texto:

a idéia principal e as secundárias. Ajude-os a sanar a dificuldade muito comum de estabelecer

relações entre as partes do texto.

• Chame atenção para os trechos que revelam posição pessoal do autor do texto.

• A cada novo texto lido, use truques que ajudam a melhorar a compreensão

(sublinhado, anotações etc.). Posteriormente, cada aluno será capaz de escolher o

método que mais lhe agrada.

• Procure relacionar sempre o conteúdo lido ao conhecimento prévio dos alunos. Com

isso, os alunos poderão confirmar informações, ampliar conhecimentos ou reformular

conceitos equivocados.

Comumente, quando tomam conhecimento de que estudamos línguas indígenas, as

pessoas costumam nos perguntar como é tal palavra ou tal expressão na língua Tupi-Guarani.

Esse tipo de curiosidade não é problema, aliás, é até previsível. O problema é que nessa

pergunta há uma impropriedade de conteúdo que pode ser sanada pela leitura atenta de um

texto de História ou Lingüística. É que, na realidade, o nome “Tupi-Guarani” não é adequado,

porque nunca existiu uma língua chamada “Tupi-Guarani”, mas sim a língua Tupinambá, a

qual foi falada na costa do Brasil do sul ao nordeste.

Então, a expressão Tupi-Guarani não existe? Na verdade, existe sim, mas como o

nome da família lingüística à qual pertencia a língua Tupinambá. Fazendo uma analogia,

assim como não podemos falar em uma língua Português-Espanhol, mas, sim, em línguas

Português e Espanhol da família lingüística Latina, também não podemos falar em língua

Tupi-Guarani. Falamos, então, na língua Tupinambá que, infelizmente não é mais falada,

embora tenha sido usada por três dentre quatro habitantes do Brasil até que o Marquês de

Pombal a tornou proibida em todo o Brasil em meados do século XVIII. A propósito, se não

fosse a atitude autoritária de Pombal, talvez hoje o Tupinambá fosse uma das línguas

nacionais, tal como o é o Guarani (uma outra língua da família Tupi-Guarani) no Paraguai,

onde reparte com o Espanhol o papel de língua oficial.

DEPOIS

• Ajude os alunos a fazer uma síntese do material trabalhado. Use diferentes técnicas de

assimilar o conteúdo lido por meio da escrita: fichamento, resumos, etc.

• Faça avaliações do que foi lido com os alunos. Procure identificar valores e crenças

que possam inspirar uma reflexão sobre o assunto. Com isso os alunos começarão a

formar uma opinião própria sobre o assunto lido e a organizar críticas e comentários.

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• Estabeleça conexões com outros textos, livros ou mesmo filmes. Isto é, estimule os

alunos a lerem mais sobre o assunto fora da sala de aula.

3. ESTRATÉGIAS PARA ÁREAS ESPECÍFICAS

3.1 Ler e escrever em Educação Física

Cada um de nós aprende primeiramente a se movimentar, a situar-se no ambiente e a

explorá-lo. Esta exploração se inscreve num processo de leitura do mundo, isto é, de

reconhecimento e identificação com o entorno imediato. Em seguida, tomamos consciência de

um corpo que existe – o nosso –, que se expressa (escreve) pelos gestos e pela oralidade,

que tem limites e potencialidades.

Cabe assinalar que a fala (bem como a escrita) não é fruto de um mero acúmulo de

informações que, como produtos armazenados, retornem ao meio através de sons

reconhecíveis. O que nos diferencia de grande parte dos restantes dos seres vivos é a

capacidade de processamento transformacional das informações (Pinker:1997).

Quando se aprende a falar, não se aprende a linguagem através da memorização de

frases padronizadas, mas pela compreensão das regras para a criação de uma declaração

com significado. Toda vez que se fala, literalmente cria-se significados. Ao poder comunicar e

partilhar suas experiências com outro, podemos tomar um distanciamento desta realidade

para melhor observá-la, compreendê-la e enriquecer-se com a diferença perceptiva do outro.

No momento em que, através da fala, o ser humano estabeleceu um processo comunicativo,

ele começou a reconhecer diferenças entre ele mesmo e o outro. Estas representam um salto

qualitativo em sua leitura de mundo e de si próprio. Quando os professores percebem as

relações possíveis e necessárias com a leitura e a escrita conseguem avançar na

reorganização da área e da escola.

Na Educação Física, é comum que o professor oriente seu trabalho considerando o

aluno como máquina, capaz de rendimentos cada vez mais altos. O aluno responde e até

produz alguns resultados esperados, mas ele é muito mais do que isto. Se o professor de

Educação Física trabalhar apenas com o componente de saúde do corpo e desconsiderar os

aspectos cognitivos e subjetivos na construção do movimento – a principal linguagem em

nossa área –, estará desconsiderando a capacidade de aprender de seus alunos e construir

abstrações. E, afinal, se a leitura e a escrita também fazem parte de um processo de

comunicação que acontece entre sujeitos que interagem mediante a inter-relação de seus

corpos, a Educação Física tem muito a ver com tudo isto. Nenhuma mensagem de um

indivíduo chega a outro senão através da concretização mediada pelo seu corpo

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(Humphrey:1995). Tome-se, por exemplo, o fato de que, hoje, qualquer indivíduo pode enviar

mensagens para qualquer parte do mundo, utilizando-se de um computador.

Entretanto, para que a idéia seja repassada, ela precisa ser mediada pelo corpo, seja

através dos dedos que tocam o teclado, seja através da voz. Como no passado, e mesmo

que atualmente possamos dispor de recursos muito variados de comunicação, é clara a

importância do corpo e de seus movimentos para que a comunicação se estabeleça. A escrita

permite multiplicar as experiências que se deseja ver vivenciadas por outros.

À medida que o professor consegue resgatar a expressão dos alunos sobre sua

relação com o corpo e o corpo em movimento, incentivando-os a ler sobre este tema, a (re)-

escrever os movimentos, experimentando novas possibilidades de agir, ele estará incluindo

sua área no contexto de um currículo que pensa o aluno em sua totalidade.

Se na aula de Educação Física o aluno é estimulado a produzir textos sobre as suas

experiências nesta área, a realizar saídas de campo para observar diferentes situações de

movimento, a analisar a importância da rotina do exercício físico, a redigir relatórios, a criar

murais, painéis, a produzir filmes, a fazer estatísticas sobre o próprio grupo, a construir

tabelas e gráficos, dando espaço e significado a conteúdos e linguagens de outras áreas,

seguramente os conteúdos da área estarão sendo trabalhados através de estratégias mais

significativas e que consolidarão aprendizagens mais duradouras.

Dessas aulas, não restará a memória exclusiva de movimento desconectado da

realidade, de um professor que entrega uma bola ao aluno e que toma para si um apito com o

qual controla o grupo.

3.2 Educação Física: possibilidades com o ler e esc rever

Quando pensamos na prática pedagógica da Educação Física, logo temos a visão de

crianças e jovens brincando ou praticando esportes. Essas cenas, comuns no currículo da

área, também são visíveis fora da escola; afinal, o aprendizado das práticas corporais ocorre

na rua, no parque, na praia etc. Então, para que a Educação Física? A Educação Física,

como componente curricular, tem de proporcionar algo aos alunos que lhes possibilite superar

o saber construído e vivido além dos muros escolares.

O que significa “ler e escrever” em Educação Física? Para tanto, precisamos, primeiro,

debater a função social da Educação Física escolar nestes novos tempos de “cruzamento de

culturas”. Caso contrário, incidiremos no erro e no reducionismo de acreditar que basta aos

alunos ler e escrever as regras das modalidades esportivas para que se dê a contribuição

desse componente curricular. Ler e escrever é mais do que entender as palavras.

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Então, quando as pessoas ouvem falar em Educação Física, geralmente, lembram da

prática de esportes. Para muitos, o estudo de Educação Física se reduz a conhecer as regras

e praticar as modalidades esportivas, o que afasta de muitos o gosto pela disciplina, já que as

habilidades de praticar determinado esporte não são as mesmas para todas as pessoas,

assim, alguns se destacam e outros são excluídos.

Essa visão da disciplina precisa ser ampliada, pois precisa envolver tudo o que se

refere ao movimento, primeira linguagem do indivíduo, sendo assim, os professores de

Educação Física precisam ir além da prática de esportes e do estudo do corpo e da saúde,

dando atenção ao movimento, às expressões, como construção de uma linguagem que

precisa de leitura e interpretação, mesmo que:

Realizar uma reflexão sobre os processos de leitura e escrita buscando relacioná-la com o universo da educação física parece uma tarefa delicada. Pode-se constatar que tais relações são frágeis, quase inviáveis, em razão dos elementos que o senso comum oferece para avaliar a tarefa de ler e escrever. (NEVES, 1999, p. 45).

As aulas de Educação Física também podem contribuir para que os alunos

desenvolvam competências que ultrapassem a teoria e a prática esportiva, atingindo também

a competência social, de saber conviver, linguística, criando modos de expressar-se, usando

também o corpo e o movimento, percebendo tudo isso de forma crítica. Vale ressaltar que a

Educação Física:

a) desenvolve habilidades motoras, como agilidade, coordenação e equilíbrio;

b) leva ao conhecimento do próprio corpo e de seu desenvolvimento;

c) facilita o ensino de valores como respeito, tolerância e cooperação;

d) incentiva a adoção de hábitos saudáveis;

e) alivia a tensão e garante um momento de lazer;

f) possibilita o conhecimento – e, consequentemente, a valorização e o respeito – de

diversas manifestações de cultura corporal do Brasil e do mundo;

g) estimula a expressão corporal;

h) introduz a noção de respeito às regras e ensina a reformulá-la. (FERRARI, 2005, p.

62).

Para isso, os professores podem utilizar várias ferramentas, como a leitura, discussão

e reformulação das regras esportivas, a competição e a necessidade do trabalho em grupo, a

valorização dos membros de um grupo, saber vencer e saber perder, e também dicas sobre

cuidados com a saúde, postura, alimentação e higiene nas salas de aula, para,

posteriormente, aplicar esses conhecimentos mediante atividades físicas e esportivas.

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3.3 Interdisciplinaridade – Educação Física, Matem ática e Música.

Para um olhar desavisado, estas áreas disciplinares não parecem ter muito em comum

para discutir a respeito da leitura e da escrita, a não ser no interior de sua própria área de

conhecimento, ficando cada uma delas envolvida especificamente com seu universo

conceitual. Entretanto, uma análise mais atenta evidencia as relações que elas constroem

com diferentes textos, diferentes códigos, na medida em que a leitura e a escrita apresentam-

se sob múltiplas formas. A observação de atividades pedagógicas desenvolvidas nestas áreas

indica, ainda, as conexões que podem estabelecer entre si e com outras áreas do currículo

escolar através da produção de conhecimento. Isto é possível quando o professor é capaz de

mediar situações novas de aprendizagem, isto é, situações que fujam das práticas tradicionais

e compartimentadas de ação na escola.

Quem está fora da escola vê, em geral, estas três áreas como tendo fazeres

pedagógicos muito afastados, reconhecendo meramente que uma área trabalha com o corpo,

outra com a mente e a terceira com as notas que elevam o espírito. É uma forma muito

simplista e generalizadora de conceber o trabalho que nelas se realiza. Talvez esta errônea

compreensão, freqüente mesmo entre colegas, decorra do escasso diálogo entre as áreas do

currículo, o que ainda é tão comum na prática escolar, em que pesem os esforços de

transformação que partem de diferentes lugares: dos centros de pesquisa, dos órgãos de

governo ou, especialmente, do desejo das próprias comunidades escolares em rever e

transformar seu trabalho.

É uma forma de pensar que também está atrelada a uma concepção de currículo

marcada pela indesejada hierarquia entre as áreas, pela idéia de “matérias” mais importantes,

capazes de orientar ou mesmo liderar a trajetória de ensino ao qual o aluno se submete. Não

se vê, assim, o processo de construção do conhecimento como decorrente do conjunto das

ações e oportunidades de aprender promovidas na escola, no qual todos se envolvem e

participam.

Este entendimento que reparte o aluno em corpo -Educação Física; mente -

Matemática e espírito - Arte/Música, entregando cada pedaço a um professor para que, num

passe de mágica, ao término de um período letivo, ele se recomponha e se apresente como

um todo dotado dos conhecimentos estabelecidos segundo objetivos de um utópico plano

pedagógico, tem a ver ainda com a forma como o professor compreende seu papel na escola

e como articula sua proposta de trabalho ao projeto da escola.

Quando tantos que estão fora da escola percebem estas três áreas como pouco

comprometidas com a leitura e com a escrita – e de resto, também o trabalho das demais –

razão deve existir para que isto ocorra. Muito provavelmente nestas salas de aula

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encontraremos professores que vêem seus alunos como aprendizes de ginastas, de

matemáticos ou de cantores, preocupados em performances especiais e desconsiderando

suas particularidades e expectativas. Via de regra, são também professores que pouco

promovem a leitura e a escrita em suas áreas, que as vêem como compromisso do professor

de Português e que, trabalhando com seus próprios códigos de leitura e de escrita, com seus

textos específicos, não os estão compreendendo como textos. Relegam, assim, a

possibilidade de, através da exploração de seus próprios materiais – de suas linguagens

particulares -, ampliar e aprofundar os conteúdos selecionados e sistematizados na escola,

bem como aqueles que, autonomamente, o aluno irá construindo fora da escola.

Compreender que a leitura e a escrita são tarefas comuns a todas as áreas, portanto

tarefa a ser realizada nas aulas de Educação Física, Matemática e Música, é o passo inicial

para que o pleno domínio da leitura e da escrita, como meios para o desenvolvimento da

capacidade de aprender se concretize, conforme objetivo explícito no artigo 32 da Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional. No entanto, não basta esta compreensão. É

importante e necessário que o professor, para trabalhar com a leitura e a escrita, conheça

minimamente as suas leituras e as suas escritas, isto é, o que é particular como linguagem na

sua área, e, sobretudo, que se assuma como alguém que lê e que escreve em Educação

Física, em Matemática e em Música.

Importante também é o professor ao se aproximar mais dos colegas das outras áreas

buscar um caminho interdiciplinar de abordagem temática, passando a conhecer e a dialogar

com o que se passa na aula anterior ou na seguinte, serão possíveis resultados mais amplos,

mais significativos. Seria interessante, por exemplo, um trabalho conjunto entre os

professores de literatura, história e geografia. Vários textos literários podem ajudar os

professores de todas essas áreas à prática de leitura e apreensão de conteúdos.

Exemplos:

• No Rio Grande do Sul, o romance Os ratos, de Dyonélio Machado.

• Em Minas Gerais, o romance Ilda Furacão, de Roberto Drummond.

• No Nordeste, os Sertões, de Euclides da Cunha.

• No Norte, Maíra, de Darci Ribeiro.

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4. OBJETIVO GERAL

Desenvolver habilidades relacionadas à leitura, interpretação e produção de texto

estimulando no educando o gosto pela leitura e escrita, ampliando o conhecimento linguístico

e cultural dos mesmos, contribuindo dessa forma, na formação de valores e para a construção

da cidadania.

4.1 Específicos

1. Despertar no aluno do 6º ao 9º ano o interesse e o gosto pela leitura e escrita

estimulando o hábito diário da leitura.

2. Ampliar o repertório literário dos alunos por meio da leitura diária.

3. Conhecer e identificar textos diversos (literários e não literários)

4. Identificar e relacionar os diversos gêneros literários.

5. Possibilitar um maior contato entre os alunos e o livro.

6. Desenvolver atividades interdisciplinares, dialogando com as mais diversas áreas do

conhecimento, levando a percepção de que o desenvolvimento de habilidades de leitura e

escrita é uma atribuição de todos.

7. Possibilitar momentos de integração e interação entre os alunos e professores.

8. Divulgar e criar campanhas para estimular os empréstimos de livros para outros alunos.

9. Elaborar junto com o educando projetos ligados as Matrizes Curriculares da Escola,

visando à discussão dos mesmos e a culminância em eventos da Unidade de Ensino:

Atividade Cultural e outras apresentações.

10. Direcionar os textos lidos com a vida diária relacionando teoria e prática.

11. Promover momentos de socialização levando o educando a expressar seus sentimentos,

experiências, ideias e opções individuais.

12. Proporcionar aos educandos uma diversidade de opção de leitura que possa contribuir

para o desenvolvimento da oralidade e da produção textual.

13. Desenvolver o senso crítico a partir dos livros lidos, relidos e da produção textual.

5. PÚBLICO ALVO

Alunos do 6º ao 9º ano.

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6. META

O projeto tem como meta alcançar pelo menos 90% dos alunos do Ensino

Fundamental Anos Finais, estimulando-os a desenvolver o gosto e o prazer pela leitura

através do interesse revelado nos empréstimos, nas frequências e participações das

atividades propostas pela sala de leitura.

7. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS1

As propostas metodológicas do projeto serão desenvolvidas durante o segundo

semestre do ano letivo e envolverão as seguintes atividades:

• Apresentação e esclarecimento de dúvidas para os alunos sobre o projeto;

• Reconhecimento do espaço da biblioteca e dos acervos existentes;

• Divisão das turmas em sete ou seis grupos;

• Sorteio para apresentação dos grupos;

• Cada grupo escolhe um ou vários livros na biblioteca;

• O Professor durante as suas aulas na semana viabilizará a apresentação do grupo;

• Cada grupo apresenta um livro por semana, de forma oral e escrita (entrega do

resumo crítico ou outro gênero selecionado pelo professor2);

• Após a apresentação do grupo, automaticamente, o mesmo deve escolher outro livro

para da mesma forma apresentar cinco ou seis semas depois, de forma continua;

• O professor vai avaliar os grupos através de uma ficha, observando a oralidade, a

importância da entonação e pontuação para a compreensão do mesmo;

Toda a produção escrita deverá ser entregue ao professor tendo como finalidade servir

de material de estudos para análise lingüística.

OBS: Tais atividades poderão ser programadas para terem sua efetivação nos eventos

promovidos pela escola, como o dia do livro, a festa do dia das mães, atividade cultural ou em

sala de aula com apresentação para os demais alunos da escola.

1 Será anexado ao projeto material complementar para desenvolvimento das atividades;

2 É importante salientar que estamos em período preparatório para as Olimpíadas de Língua Portuguesa e os gêneros

trabalhados serão: poesia, para alunos do 6° ano; memórias literárias para alunos do 7° e 8° ano; crônicas para alunos do 9° ano.

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8. RECURSOS HUMANOS

Professores de todas as disciplinas;

Alunos e Funcionários;

Parcerias com a comunidade de Vida Nova.

9. AVALIAÇÃO

Será processual e continuada e ocorrerá ao longo do semestre letivo. Em cada etapa

do projeto haverá a avaliação formativa e interacional de todas as atividades realizadas e do

nível de envolvimento e interesse dos alunos e professores nas atividades propostas. Serão

registrados e discutidos coletivamente os avanços e as dificuldades durante o processo

ensino-aprendizagem.

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REFERÊNCIAS

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