PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO SUPERIOR...

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA CATARINENSE CAMPUS SÃO BENTO DO SUL PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO SUPERIOR BACHARELADO EM ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO SÃO BENTO DO SUL/SC JUNHO/2017 1

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    PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO SUPERIORBACHARELADO EM ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

    SÃO BENTO DO SUL/SCJUNHO/2017

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    INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA CATARINENSECAMPUS SÃO BENTO DO SUL

    SONIA REGINA DE SOUZA FERNANDESREITORA

    JOSEFA SUREK DE SOUZAPRÓ-REITORA DE ENSINO

    SAMUEL HENRIQUE WERLICHDIRETOR-GERAL DO CAMPUS SÃO BENTO DO SUL

    ALESSANDRO IAVORSKIDIRETOR DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

    FELIPE PEREIRA CANEVERDIRETORA DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO

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    São Bento do Sul, 06 de junho de 2017.

    SUMÁRIO

    1. APRESENTAÇÃO..................................................................................................................................5

    2. IDENTIFICAÇÃO GERAL DO CURSO......................................................................................................6

    3. HISTÓRICO DO IFC – CAMPUS SÃO BENTO DO SUL...........................................................................10

    4. JUSTIFICATIVA DA CRIAÇÃO DO CURSO............................................................................................11

    5. OBJETIVOS DO CURSO......................................................................................................................15

    5.1. OBJETIVO GERAL........................................................................................................................15

    5.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................................................................15

    6. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS E PEDAGÓGICOS DO CURSO.....................................................................17

    7. RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA.............................................................................................................21

    7.1. INTERDISCIPLINARIDADE...........................................................................................................24

    7.1.1. Educação Ambiental...........................................................................................................25

    7.1.2. Questões étnico – raciais....................................................................................................25

    8. PERFIL DO EGRESSO..........................................................................................................................27

    9. CAMPO DE ATUAÇÃO........................................................................................................................28

    10. FORMA DE ACESSO AO CURSO.......................................................................................................29

    10.1. AÇÕES AFIRMATIVAS................................................................................................................29

    11. MATRIZ CURRICULAR......................................................................................................................31

    11.1. NÚCLEOS DO CURSO................................................................................................................36

    11.2. COMPONENTES CURRICULARES EXPERIMENTAIS....................................................................40

    11.3. FLEXIBILIDADE CURRICULAR....................................................................................................40

    11.3.1. Componentes curriculares optativos................................................................................40

    11.3.2. Conhecimentos básicos.....................................................................................................40

    11.3.3. Oferta de componentes curriculares em horários extras..................................................41

    11.4. MOBILIDADE ACADÊMICA.......................................................................................................41

    11.5. EQUIVALÊNCIA DE COMPONENTES CURRICULARES................................................................44

    12. EMENTÁRIO....................................................................................................................................45

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    13. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM.........................................93

    14. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO CURSO...............................................................................................95

    14.1. AVALIAÇÃO EXTERNA...............................................................................................................95

    14.2. AVALIAÇÃO INTERNA...............................................................................................................95

    15. TRABALHO DE CURSO (TC)..............................................................................................................98

    16. ESTÁGIO CURRICULAR.....................................................................................................................99

    16.1. ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO..........................................................................................99

    16.2. ESTÁGIO CURRICULAR NÃO-OBRIGATÓRIO..................................................................................99

    16.3. ORIENTAÇÃO DO ESTÁGIO.......................................................................................................99

    16.4. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO....................................................................................100

    17. LINHAS DE PESQUISA....................................................................................................................101

    18. AÇÕES DE EXTENSÃO....................................................................................................................102

    19. ATIVIDADES DO CURSO.................................................................................................................103

    19.1. ATIVIDADES COMPLEMENTARES............................................................................................103

    19.2. ATIVIDADES DE MONITORIA...................................................................................................103

    20. DESCRIÇÃO DO CORPO DOCENTE DISPONÍVEL.............................................................................104

    21. DESCRIÇÃO DO CORPO TÉCNICO ADMINISTRATIVO DISPONÍVEL.................................................106

    22. DESCRIÇÃO DA INFRAESTRUTURA DISPONÍVEL............................................................................107

    22.1. BIBLIOTECA............................................................................................................................109

    22.2. ACESSIBILIDADE.....................................................................................................................110

    23. CERTIFICAÇÃO E DIPLOMA............................................................................................................111

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................................112

    ANEXOS..............................................................................................................................................113

    APÊNDICES..........................................................................................................................................122

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    1. APRESENTAÇÃO

    Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, criados por meio da Lei nº11.892/2008, constituem um novo modelo de instituição de educação profissional e tecnológica quevisa responder de forma eficaz, às demandas crescentes por formação profissional, por difusão deconhecimentos científicos e tecnológicos e de suporte aos arranjos produtivos locais.

    Presente em todos os estados, os Institutos Federais contêm a reorganização da rede federalde educação profissional, oferecendo formação inicial e continuada, ensino médio integrado, cursossuperiores de tecnologia, bacharelado em engenharias, licenciaturas e pós-graduação.

    O Instituto Federal Catarinense (IFC) resultou da integração das antigas Escolas AgrotécnicasFederais de Concórdia, Rio do Sul e Sombrio juntamente com os Colégios Agrícolas de Araquari eCampus Camboriú, até então vinculados à Universidade Federal de Santa Catarina. A esse conjuntode instituições somaram-se a recém-criada unidade de Videira e as unidades avançadas de Blumenau,Luzerna, Ibirama e Fraiburgo.O IFC possui atualmente 15 Campi, distribuídos nas cidades de Abelardo Luz, Araquari, Blumenau,Brusque, Concórdia, Fraiburgo, Ibirama, Luzerna, Rio do Sul, Santa Rosa do Sul, São Bento do Sul, SãoFrancisco do Sul, Sombrio e Videira, além de uma Unidade Urbana em Rio do Sul e da Reitoriainstalada na cidade de Blumenau.

    O IFC oferece cursos em sintonia com a consolidação e o fortalecimento dos arranjosprodutivos locais, estimulando a pesquisa e apoiando processos educativos que levem à geração detrabalho e renda, especialmente a partir de processos de autogestão.

    Para que os objetivos estabelecidos pela Lei nº 11.892/2008 sejam alcançados faz-senecessário a elaboração de documentos que norteiem todas as funções e atividades no exercício dadocência, os quais devem ser construídos em sintonia e/ou articulação com o Plano deDesenvolvimento Institucional - PDI e o Projeto Político Pedagógico Institucional - PPI, com asPolíticas Públicas de Educação e com as Diretrizes Curriculares Nacionais.

    Nessa perspectiva, o presente documento tem o objetivo de apresentar o Projeto Pedagógicodo Curso Superior Bacharelado em Engenharia de Controle e Automação, com o intuito de justificara necessidade institucional e demanda social, considerando o Projeto Político PedagógicoInstitucional (PPI) e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do Instituto Federal de Educação,Ciência e Tecnologia Catarinense.

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    2. IDENTIFICAÇÃO GERAL DO CURSO

    DENOMINAÇÃO DOCURSO

    Curso de Bacharelado em Engenharia de Controle e Automação

    COORDENADORMarcos Eduardo Treter: Professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico.Titulação: Mestrado. CPF 024.488.970-85. Regime de Trabalho: DedicaçãoExclusiva. Telefone: (47) 3626-7332. E-mail: [email protected];

    NÚCLEO DOCENTEESTRUTURANTE*

    * O Núcleo DocenteEstruturante segue as

    orientações definidas naresolução CONAES nº 1de 17 de junho de 2010e no seu Art. 3º incisoIII, sendo que todos os

    membros do NDEpossuem regime detrabalho em tempo

    integral.

    Andreia Marini: Professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico.Titulação: Doutorado. CPF 033.585.199-10. Regime de Trabalho: DedicaçãoExclusiva. Telefone: (47) 3626-7332. E-mail: [email protected];Fábio Muchenski: Professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico.Titulação: Mestrado. CPF 034.428.089-60. Regime de Trabalho: DedicaçãoExclusiva. Telefone: (47) 3626-7332. E-mail: [email protected];Fernando José Muchalski: Professor de Ensino Básico, Técnico eTecnológico. Titulação: Mestrado. CPF 025.656.579-19. Regime deTrabalho: Dedicação Exclusiva. Telefone: (47) 3626-7332. E-mail:[email protected];Jean Carlo Bortoli Dalcin: Professor de Ensino Básico, Técnico eTecnológico. Titulação: Graduação. CPF 023.565.830-84. Regime deTrabalho: Dedicação Exclusiva. Telefone: (47) 3626-7332. E-mail:[email protected];Marcos Eduardo Treter: Professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico.Titulação: Mestrado. CPF 024.488.970-85. Regime de Trabalho: DedicaçãoExclusiva. Telefone: (47) 3626-7332. E-mail: [email protected];Ranúzy Borges Neves: Professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico.Titulação: Especialização. CPF 051.116.469-65. Regime de Trabalho:Dedicação Exclusiva. Telefone: (47) 3626-7332. E-mail:[email protected];Samuel Henrique Werlich: Professor de Ensino Básico, Técnico eTecnológico. Titulação: Mestrado. CPF 006.201.039-57. Regime deTrabalho: Dedicação Exclusiva. Telefone: (47) 3626-7332. E-mail:[email protected];Tiago Andrade Chimenez: Professor de Ensino Básico, Técnico eTecnológico. Titulação: Mestrado. CPF 016.589.751-11. Regime deTrabalho: Dedicação Exclusiva. Telefone: (47) 3626-7332. E-mail:[email protected]. edu.br.

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    MODALIDADE Presencial

    GRAU Bacharelado

    TITULAÇÃO Bacharel em Engenharia de Controle e Automação

    LOCAL DE OFERTA

    Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense – CampusSão Bento do SulRua Paulo Chapiewsky, nº 931. Bairro Centenário, São Bento do Sul. SantaCatarina. CEP 89283-063.Telefone/Fax: (47) 3626–7332E-mail: [email protected]: http://saobentodosul.ifc.edu.br

    TURNOVespertino e noturno de 2ª à 6ª feira, e matutino aos sábados.Eventualmente, quando forem considerados casos especiais, poderão aindahaver aulas durante a semana no período matutino.

    NÚMERO DE VAGAS 40 vagas

    CARGA HORÁRIA DOCURSO

    Carga horária Núcleo Básico: 1.350 horasCarga horária Formação Profissional 735 horasCarga horária Núcleo Específico 1.095 horasCarga horária Estágio Curricular Obrigatório: 360 horasCarga horária Trabalho de Conclusão: 60 horasCarga horária Atividades Complementares: 40 horasCarga horária Total: 3.640 horas

    PERIODICIDADE Oferta de vagas anual

    PERÍODOSO curso será ofertado em regime semestral, sendo que sua estruturacurricular compreende 10 semestres com tempo mínimo de integralizaçãode 5 anos conforme prevê o Parecer CNE/CES nº 8/2007.

    LEGISLAÇÃOLegislações vigentes para o curso:a) Lei nº 9.394/1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação

    nacional;b) Lei nº 11.892/2008, que institui a Rede Federal de Educação

    Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais deEducação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências;

    c) Projeto Político Pedagógico Institucional (PPI) e o Plano deDesenvolvimento Institucional (PDI) do Instituto Federal de Educação,

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    Ciência e Tecnologia Catarinense;d) Resolução nº 057/2012/IFC/CONSUPER, que trata da Organização

    Didática dos Cursos Superiores;e) Lei nº 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;f) Lei nº 10.870/2004, que institui a Taxa de Avaliação in loco das

    instituições de educação superior e dos cursos de graduação e dáoutras providências;

    g) Decreto nº 5.296/2004, que dispõe sobre as condições de acesso parapessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida;

    h) Resolução CONFEA/CREA nº 1.010, de 22 de agosto de 2005, quedispõe sobre a regulamentação da atribuição de títulos profissionais,atividades, competências e caracterização do âmbito de atuaçãodos profissionais inseridos no Sistema CONFEA/CREA, para efeitode fiscalização do exercício profissional;

    i) Decreto nº 5.773/2006, que dispõe sobre o exercício das funções deregulação, supervisão e avaliação de instituições de educaçãosuperior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistemafederal de ensino;

    j) Resolução CNE/CES nº 02/2007, que dispõe sobre carga horáriamínima e procedimentos relativos à integralização e duração doscursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial;

    k) Resolução CONAES n° 01/2010, que dispõe sobre a formação doNúcleo Docente Estruturante (NDE);

    l) Resolução CNE/CP nº 01/2012; que estabelece diretrizes nacionaispara a educação em direitos humanos;

    m) Portaria/MEC nº 1694/94 normatiza a habilitação Engenharia deControle e Automação, nos limites da Resolução 48/76/CFE,estabelecendo, no seu Art. 1º, que: “A Engenharia de Controle eAutomação é uma habilitação específica que tem sua origem nas áreasElétrica e Mecânica do Curso de Engenharia”;

    n) Resolução nº 427/CONFEA/99 dispõe sobre as atividades dosEngenheiros de Controle e Automação e estabelece, no seu Art. 1º.,que: “Compete ao Engenheiro de Controle e Automação, odesempenho das atividades 1 a 18 do Art. 1º da Resolução nº.218, de29 de junho de 1973 do CONFEA, no que se refere ao controle eautomação de equipamentos, processos, unidades e sistemas deprodução, seus serviços afins e correlatos”;

    o) Projeto de Referenciais Nacionais para as Graduações (SESu/MEC –junho de 2009);

    p) Resolução CNE/CES nº 11/ 2002 que institui as Diretrizes CurricularesNacionais dos Cursos de Engenharia;

    q) Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado eLicenciatura - Secretaria de Educação Superior/Ministério da Educação,

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    2010;r) Resolução CNE 01/2012: Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para

    inclusão de conteúdos que tratam da educação em direitos humanos;s) Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista,

    conforme disposto na Lei N° 12.764, de 27 de dezembro de 2012;t) Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-

    raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Indígena:Lei n° 11.645/2008; Resolução CNE/CP n° 01/2004; Parecer CNE/CP003/2004;

    u) Política Nacional de Educação Ambiental: Lei n° 9.795/1999; Decreto n°4.281/2002.

    v) Decreto n° 5.626/2005, que regulamenta a Lei nº 10.436/2002,dispondo sobre a inclusão do componente curricular optativo deLibras, para ensino da Língua Brasileira de Sinais.

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    3. HISTÓRICO DO IFC – CAMPUS SÃO BENTO DO SUL

    O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense – Campus São Bento doSul, surgiu da união dos esforços entre o poder público e a iniciativa privada que ofereceram oambiente propício, para que o anseio da comunidade por mais conhecimento, informação ecrescimento profissional pudessem ser concretizados.

    A partir de 2012 a Prefeitura Municipal de São Bento do Sul articulou junto a IncubadoraTecnológica de São Bento do Sul (ITFETEP), a doação de uma área de 42.547,18m² dentro do ParqueCientífico e Tecnológico de São Bento do Sul, no bairro Centenário, onde já se encontravam a própriaITFETEP; e outras instituições de ensino como a UDESC; o SENAI; e a SOCIESC.

    Os trabalhos de terraplanagem iniciaram em janeiro de 2014 e o lançamento da pedrafundamental foi em 25 de abril daquele mesmo ano. A obra teve um custo total que ultrapassou 15milhões de reais, valor este, gasto com a área construída que possui 5.814 m² e com outros gastosrelativos a aditivos de melhorias; o projeto conta com Guarita, Ginásio de Esportes,Cantina/Refeitório, Laboratórios Especiais, Biblioteca, Auditório e dois Prédios com dois pavimentosque abrigam as salas de aula, os laboratórios de informática, as salas de professores e osdepartamentos onde são desenvolvidas as atividades técnico administrativas e pedagógicasrelacionadas ao ensino, pesquisa e extensão.

    O início das atividades pedagógicas foi marcado pela oferta de 03 (três) cursos técnicos no 2ºsemestre letivo de 2016, na modalidade subsequente, período noturno, momento em que ainstituição ofereceu a comunidade os cursos: Técnico em Qualidade, Técnico em Logística e Técnicoem Defesa Civil.

    Para o Ensino Médio Integrado (EMI) três cursos técnicos iniciaram suas atividades noprimeiro semestre letivo de 2017, sendo estes: Técnico em Automação Industrial, Técnico emInformática e Técnico em Segurança do Trabalho. No que se refere a cursos superiores, o curso deEngenharia de Computação iniciará suas atividades no segundo semestre de 2017.

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    4. JUSTIFICATIVA DA CRIAÇÃO DO CURSO

    A área de Automação Industrial se caracteriza pelo papel estratégico, pois através daaplicação de técnicas, softwares e/ou equipamentos em uma determinada máquina ou processoindustrial, é possível: aumentar a sua eficiência; maximizar a produção com o menor consumo deenergia e/ou matérias prima; diminuir a emissão de resíduos; promover melhores condições desegurança, seja material, humana ou das informações referentes a esse processo.

    Até a década de 1980, a automação era praticamente inexistente no Brasil. Foi a partir dosanos 1990, mais tarde do que em outros países, que a abertura de mercado proporcionou a comprade máquinas automatizadas, principalmente da China. A automação da indústria brasileira começou,então, a dar passos mais firmes, principalmente, nos setores químico e automotivo. (CNI, 2013).

    Segundo a CNI (2013), investir em automação pode ajudar a reverter a curva decrescente departicipação da indústria no PIB. Segundo o IBGE, em 2004, esse índice foi de 30,1%, passou para26,8% em 2009 e chegou ao menor patamar nos últimos 12 anos em 2012, com 26,3%.

    De acordo com a expectativa da CNI, no intervalo de 5 a 10 anos, num possível cenáriofavorável ao setor, deve ocorrer a difusão de um grande número de tecnologias complexas queimpactarão fortemente os perfis profissionais, tornando-os mais abrangentes.

    Apesar de ser a sétima economia do mundo, o Brasil investe apenas 1,16% do PIB eminovação, segundo o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Está atrás da França(2,26%), da Alemanha (2,82%), dos Estados Unidos (2,90%) e da Coreia do Sul (3,74%). De acordocom a Pesquisa de Inovação 2008 (PINTEC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE), dentro do universo de 106 mil empresas investigadas, 38,3% inovam. (CNI, 2013).

    O Estado de Santa Catarina está localizado na região sul do Brasil, possui uma superfície de95.318,301 km² e cerda de 6,1 milhões de habitantes. O PIB catarinense é o sétimo do Brasil,registrando, em 2010, R$ 152,482 bilhões. O setor secundário participa com 32,8%, o terciário com59,0% e o primário com 8,2%. Dentro do setor secundário, a participação da indústria detransformação é de 22,3% e a da construção civil é de 5,2% (IBGE, 2010). Santa Catarina é o segundoestado com maior participação da indústria no PIB a participação do setor secundário e terciário naformação do PIB mostra a importância do diversificado parque fabril para o estado, que emprega de594 mil trabalhadores, e contribui para que o estado seja o 6º maior exportador do país.

    A economia industrial de Santa Catarina é caracterizada pela concentração em diversos APLs,o que confere ao estado padrões de desenvolvimento equilibrado entre suas regiões: cerâmico,carvão, vestuário e descartáveis plásticos no Sul; alimentar e móveis no Oeste; têxtil, vestuário, navale cristal no Vale do Itajaí; metalurgia, máquinas e equipamentos, material elétrico, autopeças,plástico, confecções e mobiliário no Norte; madeireiro na região Serrana e tecnológico na Capital.Embora haja essa concentração por região, muitos municípios estão desenvolvendo vocaçõesdiferenciadas, fortalecendo vários segmentos de atividade. A indústria de base tecnológica, além deestar presente na Grande Florianópolis, também se destaca em Blumenau, Chapecó, Criciúma eJoinville.

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    A região norte do estado, que é formada por 26 municípios, possui o 3º maior polo industrialda região sul, o qual responde por quantia significativa das exportações catarinenses. Para atender aesse complexo instalou-se na região um grande número de empresas do setor metalmecânico,madeira/móveis, têxtil, cerâmico, etc. e que se pode dizer que são carentes do suporte técnico deautomação industrial.

    Atualmente o primeiro setor no movimento econômico do município de São Bento do Sul é osetor metalmecânico (metalurgia, máquinas e equipamentos, produtos de metal) com 20,52% departicipação, seguido pelo o setor moveleiro (madeira e móveis), que tradicionalmente sempre foi oprimeiro no movimento econômico, mantém a segunda posição com 14,71% de participação. Aindústria representa 66,03% do movimento econômico conforme o valor adicionado, o comércio12,74% e o setor de serviços 7,35%. (ACISBS, 2014).

    O APL madeira/móveis da região do Planalto Norte de Santa Catarina, já foi considerado omaior polo exportador de móveis do Brasil. A região do Alto Vale do Rio Negro compreendida pelosmunicípios de Campo Alegre, Rio Negrinho e São Bento do Sul, somavam, em 2008,aproximadamente 40% das exportações nacionais de móveis acabados. (BRASIL, 2008).

    Tradicionalmente os contratos das empresas do setor moveleiro com o mercado externo daregião são fixados em dólar e com a crise e a desvalorização da moeda americana, o dólar passou avaler em real, cada vez mais abaixo do que as indústrias necessitariam para ter lucro, ou pelo menos,não ter prejuízo com suas exportações. Para muitos empresários a crise foi acentuada e rápida, nãohavendo muito tempo para se buscar novas alternativas. Mais caro no exterior, o produto catarinensenão foi páreo para o baixo custo daqueles fabricados na China, o que derrubou as exportações ecomprometeu a sobrevivência das indústrias do APL.

    Em março de 2007 iniciou-se construção e elaboração do projeto do APL Madeira/Móveisenvolvendo várias instituições de ensino, 59 indústrias moveleiras na sua elaboração direta e tendosua aprovação por todas as indústrias moveleiras, em agosto de 2007, no Fórum do APLMadeira/Móveis do Alto Vale do Rio Negro. Este projeto teve como objetivo: “desenvolver acompetitividade dos empreendimentos que atuam no APL da Região do Alto Vale do Rio Negro,fortalecendo a atuação nos mercados interno e externo de forma integrada, inovadora e sustentável”.

    A Tabela 4.1 apresenta algumas estratégias e metas que foram apresentadas paradesenvolvimento do APL Madeira/Móveis de São Bento do Sul, sendo que o profissional Bacharel emEngenharia de Controle e Automação pode apoiar na sua execução.

    Tabela 4.1 – Estratégias e metas para desenvolvimento do APL Madeira/Móveis de São Bento do Sul

    Estratégias Metas

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    Investir na renovação e melhoria demáquinas e equipamentos para aprodução melhorar a rentabilidade dasindústrias moveleiras do APL

    Realizar estudo para identificar o nível tecnologia dasmáquinas e equipamentos que são utilizadosatualmente nas indústrias moveleiras;

    Realizar um estudo de análise de viabilidade e empregode máquinas adequadas no processo de produção demóveis por linha para a indústria moveleira;

    Desenvolver e adaptar sistemas de segurança parautilização de máquinas e equipamentos;

    Desenvolver programa de incentivo para a produção demáquinas e equipamentos para a indústria moveleira daregião;

    Desenvolver novas tecnologias queagreguem valor e tornem as indústriamoveleiras mais competitivas(inovação)

    Desenvolver novas tecnologias no processo produtivonas etapas de acabamento, lustração, embalagem emontagem de produtos moveleiros;

    Realizar estudos para viabilização de novas tecnologiasde automação buscando inovação em processo deprodução;

    Implantar tecnologia de eletrônica e inteligência nosmóveis.

    Realizar estudos para implantação de tecnologias dainformação nas empresas do APL

    Fonte: (MDIC/BRASIL, 2008).

    Segundo Garbe (2012), a produtividade de indústrias da região de São Bento do Sul estáabaixo dos níveis internacionais, o que em parte tem sido ocasionada devido ao baixo grau deautomação identificado. Garbe (2012) descreve que as indústrias do APL possuem um bom grau demecanização, porém com baixa automação, indicando a necessidade de aumento do grau tecnológicoem termos de automação.

    Para operação de equipamentos com alto grau tecnológico, há a necessidade de mão de obraqualificada, com elevado grau de escolaridade. Na realidade o grau de escolaridade dos operários daindústria moveleira do polo de São Bento do Sul é baixo, sendo que 65% dos operários não possuemEnsino Médio (GARBE, 2012).

    No dia 15/4/2015, ocorreu a Audiência Pública para definição dos eixos tecnológicos doCampus São Bento do Sul. De acordo com levantamento técnico foram destacados dois eixosprincipais: 1) Segurança e 2) Controle de Processos Industriais, cujo resultado encontra-se no ANEXO3. A comunidade apresentou para a equipe do IFC sugestões de cursos e eixos tecnológicos paraserem trabalhados no Campus de forma a subsidiar os trabalhos futuros. Onde o curso de Engenhariade Controle e Automação foi proposto para oferecer à comunidade cursos de acordo com os seusArranjos Produtivos Locais (APLs), além de promover a possibilidade de verticalização do cursoTécnico em Automação Industrial conforme previsto no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (ANEXO

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    1), segundo levantamentos realizados, não existe o curso Bacharelado em Engenharia de Controle eAutomação público, gratuito e de qualidade na região.

    Este profissional formado pelo IFC – Campus São Bento do Sul pode vir a suprir as carênciasidentificadas, aplicando os seus conhecimentos em diversos ramos empresariais, desenvolvendoatividades técnicas de controle automatizado de processos industriais, de forma a garantir aprodutividade, qualidade e segurança.

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    5. OBJETIVOS DO CURSO

    5.1. OBJETIVO GERAL

    O objetivo geral do Curso Bacharelado em Engenharia de Controle e Automação é:

    “Formar profissionais de nível superior, de perfil generalista, com visão ética ehumanística, preparando-os para atuar de forma crítica e criativa na resolução deproblemas ligados à área de Engenharia de Controle e Automação considerando,além dos seus aspectos técnicos, também as implicações políticas, econômicas,sociais e ambientais atendendo assim os preceitos das Diretrizes CurricularesNacionais”.

    5.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

    De acordo com o artigo 4º da Resolução CNE/CES 11, de 11 de março de 2002, a formação doEngenheiro tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exercício dasseguintes competências e habilidades gerais:

    Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à engenharia;

    Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados; Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos; Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia; Identificar, formular e resolver problemas de engenharia; Desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas; Supervisionar a operação e a manutenção de sistemas; Avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas; Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica; Atuar em equipes multidisciplinares; Compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais; Avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental; Avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia; Assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.

    De acordo com os referenciais curriculares nacionais dos cursos de bacharelado e licenciatura(ANEXO 2), são objetivos específicos do Curso Bacharelado em Engenharia de Controle e Automaçãoformar um profissional capaz de:

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    Atuar no desenvolvimento e integração de processos, sistemas, equipamentos e dispositivosde controle e automação;

    Otimizar, projetar, instalar, manter e operar sistemas de controle e automação de processos,de manufatura e acionamento de máquinas, de medição e instrumentação eletroeletrônica,de redes industriais e de aquisição de dados;

    Integrar recursos físicos e lógicos, especificando e aplicando programas, materiais,componentes, dispositivos, equipamentos eletroeletrônicos e eletromecânicos utilizados naautomação industrial, comercial e predial;

    Coordenar e supervisionar equipes de trabalho; Realizar pesquisa científica e tecnológica e estudos de viabilidade técnico-econômica; Executar e fiscalizar obras e serviços técnicos; Efetuar vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres; Considerar a ética, a segurança e os impactos socioambientais em sua atuação.

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    6. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS E PEDAGÓGICOS DO CURSO

    A educação é compreendida como um processo contínuo, amplo, complexo e que extrapolaos espaços formais de educação, dando destaque ao papel da pesquisa e da extensão na formaçãoacadêmica. Salienta-se a função social da educação, como intencionalmente organizada, quecompreende dimensões políticas, ideológicas, bioéticas e como espaço de disputa de poder (SILVA,2010). Ela é essencialmente política e, portanto, transformadora (FREIRE, 2002). Ela produz ereproduz a sociedade, constrói e reconstrói o conhecimento, consiste em um processo permanente,amplo e interativo de ensino e de aprendizagem, que norteia a ação do sujeito no mundo do trabalho(KUENZER, 1994; FRIGOTTO, 1998).

    Neste sentido, a escola é definida como um espaço privilegiado de produção e disseminaçãode conhecimentos. Espaço que visa proporcionar e estimular o processo de ensino e deaprendizagem, de modo que os sujeitos envolvidos neste processo possam desenvolver-se crítica ereflexivamente, repensando a sua ação no mundo, suas possibilidades de transformação.

    Assim, a educação Profissional, superior ou básica, consiste em uma ação política dos seusintegrantes que, a partir de uma outra perspectiva, cria um espaço de reflexão e crítica. A educação éuma ação política e a escola um dos espaços sociais que refletem tais relações, é por isso que seconstitui como um dos lugares sociais, onde se almejam ações que questionem e transformem ostatus quo (SACRISTAN, 1998; FRIGOTTO, 1998). A partir disto, propõe-se a construção de uma escolafundamentada no desenvolvimento de seres humanos e profissionais reflexivos e críticos,capacitados tecnicamente para o desenvolvimento de suas funções.

    Deste cenário surgem algumas reflexões e questionamentos: Como o IFC se organizará paraque os conhecimentos científicos, tecnológicos e humanísticos se inter-relacionem na formação doProfissional Engenheiro de Controle e Automação? Qual concepção de ciência e tecnologia nortearánosso processo educativo? Estamos formando Engenheiros para atuar em quais espaços?

    Tendo em vista as reflexões anteriores, dentre outras, o curso de Engenharia de Controle eAutomação é orientado em uma perspectiva interdisciplinar e transdisciplinar, superando afragmentação entre os saberes, oportunizando a socialização de conhecimentos científicos etecnológicos, buscando formar profissionais éticos e construindo saberes voltados para os valores eas relações humanas.

    Ao assumir tais posições em relação ao papel da formação profissional, entende-se sernecessário definir a concepção epistemológica e pedagógica a ser adotada pelo IFC no em um cursode Engenharia. Assim, optou-se pelo referencial epistemológico e pedagógico interacionista comosendo aquele que mais se aproxima das finalidades do IFC e do curso.

    O documento elaborado pelo MEC/SETEC, intitulado “Princípios norteadores das engenhariasdos IFs” (BRASIL/MEC/SETEC, 2009) estabelece uma série de princípios a serem seguidos pelasEngenharias nos Institutos Federais, o qual foi tomado como ponto de partida para a construçãodeste currículo do curso de Engenharia de Controle e Automação.

    São princípios filosóficos norteadores, especificamente para o Curso Bacharelado emEngenharia de Controle e Automação, essencialmente, aqueles enunciados e transcritos abaixo pelo

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    Artigo 4º da LDB. Onde o dever do estado com educação escolar pública será efetivado mediante agarantia de:

    a) Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso naidade própria;

    b) Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;c) Atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com mobilidade reduzida,

    preferencialmente na rede regular de ensino;d) Atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade;e) Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a

    capacidade de cada um;f) Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;g) Oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades

    adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que foremtrabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;

    h) Atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de programassuplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;

    i) Padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas,por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.

    Dentre as diversas abordagens acerca da Educação, existem algumas concepções do processode ensino e aprendizagem, como o inatismo, o ambientalismo e o sócio-histórico. Cada uma delas, embora não estanques, implicam grandes diferenças no processo de ensino e aprendizagem.

    De acordo Rego (2005) a abordagem inatista (apriorista ou nativista) se baseia na crença deque as capacidades básicas de cada ser humano já se encontram praticamente prontas no momentodo nascimento ou potencialmente determinadas e na dependência do amadurecimento para semanifestar. Nesta concepção, a educação está relacionada com a fase do desenvolvimento individual,dependendo das habilidades inatas. As práticas pedagógicas são espontaneístas, pouco desafiadorase a aprendizagem depende basicamente do aluno. Desta forma, a escola exime-se daresponsabilidade da aprendizagem e a avaliação ocorre como instrumento de controle. Além disso,não existe uma contextualização social com o cotidiano, pelo contrário, o professor detém a palavra eo aluno apenas recebe a informação.

    Ainda conforme a autora, outra abordagem, a ambientalista (associacionista,comportamentalista ou behaviorista), que é baseada na filosofia empirista e positivista, odesenvolvimento e a aprendizagem se confundem e ocorrem simultaneamente, isto é, se baseia naexperiência como fonte de conhecimento. Nesta concepção, a escola tem não somente o poder deformar e transformar o indivíduo, como também o papel de corrigir problemas sociais. Entretanto,assim como na concepção anterior, os conteúdos e procedimentos didáticos não precisam ter relaçãocom o cotidiano do aluno e muito menos com as realidades sociais, assim como as práticaspedagógicas são espontaneístas. A aprendizagem nesta concepção está centrada na competência doprofessor, que detém o conhecimento. Valoriza-se o trabalho individual e suas implicações (atenção,

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    concentração, esforço, disciplina) e a repetição. As avaliações nesta concepção pedagógica sãoperiódicas, predominando a memorização.

    A abordagem sócio-histórica para Rego (2005) baseia-se no materialismo dialético,considerando o desenvolvimento da complexidade da estrutura humana como um processo deapropriação, pelo homem, da experiência histórica e cultural. Nesta concepção, as práticaspedagógicas partem daquilo que o indivíduo já conhece e, mediado pelo professor, possibilita aampliação e a construção de novos conhecimentos. Assim, a adoção do método e a avaliação daaprendizagem, devem considerar que o organismo e o meio exercem influência recíproca, e destaforma, o biológico e o social não podem ser dissociados.

    Considerando as especificidades do curso e a premissa de que o homem se constitui comoser social a partir das interações sociais, culturais e históricas e, portanto, como alguém quetransforma e é transformado nas relações produzidas pela cultura, abre-se rico espaço de interaçõesentre sujeitos. Assim, o outro tem papel fundamental, mas para que exista apropriação do novoconhecimento, também é necessário que exista a internalização, ou seja, a transformação dosprocessos externos, onde há a reconstrução da atividade. O desenvolvimento humano se processa nadireção do social para o individual; implica na ação partilhada, pois é através dos outros que sãoestabelecidas as relações entre sujeito e objeto de conhecimento.

    A proposta dos Institutos Federais é agregar à formação acadêmica a formação para otrabalho. Entende-se que a formação humana, cidadã, precede a qualificação para a laborabilidade epauta-se no compromisso de assegurar aos profissionais formados a capacidade de manter-se emdesenvolvimento. Assim, a concepção de educação profissional e tecnológica que deve subsidiar asações de ensino, pesquisa e extensão nos Institutos Federais baseia-se na integração entre ciência,tecnologia e cultura como dimensões indissociáveis da vida humana e, ao mesmo tempo, nodesenvolvimento da capacidade de investigação científica, essencial à construção da autonomiaintelectual. Neste sentido, o exercício pedagógico propõe-se a encontrar o equilíbrio entre aformação humana e a formação profissional, orientado pelo diálogo, pela integração dos saberes,pelos princípios da democracia, da autonomia e da participação crítica, visando a autonomiaintelectual do educando.

    Para proporcionar essa educação, busca-se uma concepção teórica fundamentada naabordagem filosófica do materialismo histórico e dialético. Chauí (1995, p.414) assim explica essaabordagem:

    [...] materialismo, porque somos o que as condições materiais (...)nos determinam a ser e a pensar. Histórico porque a sociedade e apolítica não surgem de decretos divinos nem nascem da ordemnatural, mas dependem da ação concreta dos seres humanos notempo.

    Nesta perspectiva os seres humanos fazem sua história, ao mesmo tempo em que sãodeterminados por ela. Sendo assim, para o processo metodológico, buscamos a opção por umenfoque histórico-cultural de aprendizagem, que tem como um de seus principais precursoresVygotsky. Esse autor (1993; 2001), defende a ideia de que as funções mentais superiores são oproduto da história socialmente construída e reflexo das relações dialéticas sujeito e mundo, sendo

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    que a mente é uma construção social e cultural. A teoria histórico-cultural evidencia também que osujeito, da mesma forma que sofre a ação dos fatores sociais, culturais e históricos, também podeagir de forma consciente sobre estas forças, isto sem o rompimento entre a dimensão biológica esimbólica que o constitui.

    Diante dessa perspectiva de educação, o processo de ensino-aprendizagem considera que ossujeitos estão inseridos em um contexto histórico, capazes de agir e refletir sobre o mundo,objetivando transformá-lo. Assim, os princípios metodológicos devem estar pautados na interaçãodas relações entre os sujeitos envolvidos, propiciando uma formação humana que integre todas asdimensões da vida no processo educativo.

    Em consonância com esta concepção se encontram as Políticas de Ensino do IFC, que visamatender tanto a educação básica quanto o ensino superior

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    7. RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA

    A matriz curricular do curso de Engenharia e a concepção pedagógica do mesmo buscamarticular os conteúdos básicos, específicos e profissionalizantes do currículo através de vinculaçãoentre teoria e prática. Esta relação tem a finalidade de fortalecer o conjunto de elementosnorteadores da aquisição de conhecimentos e habilidades, necessários à concepção e a prática daprofissão, tornando o profissional eclético, crítico e criativo para a solução das diversas situaçõesrequeridas em seu campo de atuação.

    Considerando a formação do profissional de Engenharia de Controle e Automação e anecessidade de saber fazer para melhor atender os objetivos que o perfil profissional requer, faz-senecessário o planejamento de atividades práticas, para cada componente curricular segundo suascaracterísticas. A dinâmica de oferta de aulas práticas para cada componente curricular da matrizcurricular deverá estar contemplada em cada plano das mesmas, sendo estas de responsabilidade doprofessor da mesma e com o acompanhamento do setor pedagógico. Os conteúdos teóricos epráticos deverão constar do plano pedagógico de ensino elaborado pelos docentes de cadacomponente curricular com seu respectivo cronograma de execução, os quais serão avaliados eaprovados pelo Núcleo Docente Estruturante.

    A relação teoria prática é considerado um ponto fundamental do curso, devendo contribuirpara a sedimentação do aprendizado teórico, bem como proporcionar um conhecimento aplicado aocampo de atuação. Para tal, as atividades laboratoriais, as visitas técnicas e o estágio curricular sãopensados de forma sistematizada e articulada, visando a construção de um conhecimento integrado.

    Para atender a interação entre teoria e prática, os núcleos de conteúdos básicos, profissionaisessenciais e profissionais específicos, serão dispostos, segundo a orientação da Resolução CNE/CESnº. 11, de 11 de março de 2002. Dessa forma, desde que respeitada a carga horária e conste no planode ensino, poderão ser adotadas participações em aulas práticas, teóricas, conferências e palestras;experimentação em condições de campo ou laboratório; utilização de sistemas computacionais;consultas à biblioteca; viagens de estudo; visitas técnicas; pesquisas temáticas e bibliográficas;projetos de pesquisa e extensão; estágios profissionalizantes em instituições credenciadas pelas IES;encontros, congressos, exposições, concursos, seminários, simpósios, fóruns de discussões, etc.

    A matriz curricular do curso dispõe de componentes curriculares experimentais,componentes estas que por concepção, são específicas para o exercício prático dos conteúdosestudados. Além disso, nos componentes curriculares profissionalizantes e nas específicas, adota-se apolítica de incentivar os docentes a elaborar atividades práticas. O quadro 7.1 abaixo apresenta acarga horária dos componentes curriculares com atividades práticas.

    Quadro 7.1 – Carga horária dos componentes curriculares com atividades práticas

    Componente Curricular Código Pré-requisitosCarga Horária (horas) Créditos

    Teórica Prática Total

    Física experimental I FSC 1E - 0 30 30 2

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    Informática paraEngenharia

    INF 01 - 30 30 60 4

    Desenho Técnico DET 01 - 30 30 60 4

    Física experimental II FSC 2E - 0 30 30 2

    Química TecnológicaGeral Experimental

    QMC 1E - 0 30 30 2

    Sistemas DigitaisExperimental

    ELT 1E - 0 30 30 2

    Física experimental III FSC 3E - 0 30 30 2

    MicrocontroladorExperimental

    ELT 2EELT01,INF 01

    0 30 30 2

    Circuitos ElétricosExperimental

    FSC 03 ELT 3E 0 30 30 2

    Metrologia MET 01 - 45 15 60 4

    Cálculo Numérico INF 03INF 01, MTM02, MTM 05

    45 15 60 4

    Eletrônica BásicaExperimental

    ELT 4E FSC 03 0 30 30 2

    Conversão de EnergiaExperimental

    ELT 5E ELT 03 0 30 30 2

    Gestão de Projetos ADM 01 LET 01 45 15 60 4

    Modelagem eControladores Lógicos

    ProgramáveisINF 04 - 45 15 60 4

    Instalações ElétricasIndustriais

    ELT 08 ELT 03 60 15 75 5

    Processo de FabricaçãoMecânica

    MEC 04 - 45 15 60 4

    Hidráulica e Pneumática MEC 05 - 60 15 75 5

    Redes Industriais eSistemas Supervisórios

    INF 05 INF 04 45 15 60 4

    Projeto Integrador I ECA 05INF 04,ELT 04,

    ADM 0115 45 60 4

    Controle Multivariável ECA 06 ECA 04 45 15 60 4

    Instrumentação paraControle

    ECA 07 ELT 03, MEC 03 45 15 60 4

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    Acionamentos Elétricos ELT 09 ELT 05 45 15 60 4

    Controle Discreto ECA 10 ECA 04 45 15 60 4

    Introdução à RobóticaIndustrial

    ECA 08 MTM 05 45 15 60 4

    Projeto Integrador II ECA 12 ECA 05, ECA 07 15 45 60 4

    Estágio em Controle eAutomação

    ECA 13 - 0 360 360 24

    Trabalho de Curso emControle e Automação

    ECA 14 - 30 30 60 4

    Ainda com o objetivo de favorecer o estudo prático que relaciona os assuntos estudados emmais de um componente curricular, foram criados, além dos componentes experimentais, os ProjetosIntegradores I e II, bem como o Trabalho de Curso em Controle e Automação.

    Existe o incentivo por meio das Atividades Complementares que, por iniciativa dos alunos,sejam desenvolvidas ações que proporcionem a relação entre teoria e prática.

    Compete ao núcleo docente estruturante do curso, encorajar os docentes e discentes etambém a comunidade externa para a realização e participação de visitas técnicas, palestras,minicursos entre outras atividades que favoreçam a aproximação dos assuntos teóricos da atividadeprofissional do Engenheiro de Controle e Automação.

    7.1. INTERDISCIPLINARIDADE

    Entre os princípios para o ensino estabelecidos pelo IFC, encontra-se o incentivo àinterdisciplinaridade e à transdisciplinaridade, levando o acadêmico a compreender o papel dasdiferentes ciências nas soluções para os problemas. A interdisciplinaridade cumpre funçãointegradora entre os diferentes componentes curriculares dentro do curso.

    Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais de cursos de engenharia, a formação doengenheiro tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exercício dediversas competências e habilidades. Neste sentido, e atendendo as diretrizes, a matriz curricular docurso de Engenharia de Controle e Automação do IFC – Campus São Bento do Sul é estruturada emtrês núcleos: núcleo de conteúdos básicos, núcleo de conteúdos profissionalizantes e núcleo deconteúdos específicos.

    Durante o curso, os conteúdos referentes aos três núcleos são trabalhados de formainterdependente. O núcleo de conteúdos específicos, por exemplo, se constitui em extensões eaprofundamentos dos conteúdos do núcleo de conteúdos profissionalizantes, bem como de outrosconteúdos destinados a caracterizar a atuação do Engenheiro de Controle e Automação.

    Os componentes curriculares Projeto Integrador I, Projeto Integrador II e Trabalho de Cursoem Controle e Automação têm o objetivo de integrar os conteúdos dos demais componentes

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    curriculares e proporcionar ao aluno uma situação real de trabalho do profissional Engenheiro deControle e Automação. Além dos componentes curriculares que envolvem projetos, a distribuiçãodos conteúdos na matriz curricular, permite uma sequência lógica para o desenvolvimento doconhecimento exigindo os conceitos trabalhados nos componentes curriculares já cursados ou queestão sendo cursados paralelamente. Também cabe ao Núcleo Docente Estruturante, sob liderançado Coordenador de Curso, colocar em pauta o debate e a articulação da disposição dos conteúdosque estão sendo trabalhados pelos docentes com o objetivo de promover a interdisciplinaridade.

    Os conceitos explorados durante os conteúdos são aplicados no desenvolvimento de projetosem diferentes componentes curriculares, no estágio curricular obrigatório, na elaboração derelatórios das atividades didáticas e no trabalho de curso. Para avançar na direção dainterdisciplinaridade, os componentes curriculares de cada semestre deverão ser programadas emconjunto pelos professores, buscando planejamento coletivo de atividades de ensino, pesquisa eextensão; melhor utilização dos laboratórios; evitar sobreposição de conteúdos; estabelecer acomplementaridade entre os componentes curriculares; uniformizar critérios de avaliação; maioreficiência no aproveitamento de aulas práticas e visitas técnicas que envolvem o trabalho emestabelecimentos externos à instituição; contemplar a contextualização, programando conteúdos queenfoquem áreas específicas de interesse do curso como as questões ambientais, sociais,sustentabilidade, empreendedorismo, dentre outras; discutir e implementar ações integradas naviabilização da realização do trabalho de curso (TC) quando os projetos estiverem relacionados comos componentes curriculares; integração dos componentes curriculares na articulação com asatividades complementares dos acadêmicos.

    7.1.1. Educação Ambiental

    Para a construção de valores e competências voltadas para a conservação do meio ambientee as questões ambientais, bem como o seu uso comum no processo produtivo, serão utilizadosprocessos de ensino de forma interdisciplinar e de forma transversal à matriz curricular. Os docentesdevem conduzir os temas dos componentes curriculares de modo a desenvolverem e envolverem osacadêmicos em atividades que supram os conhecimentos específicos do componente curricular,entremeados às habilidades, valores e atitudes que representam sustentabilidade, preservação eresponsabilidade individual e coletiva quanto ao ambiente em que se está inserido.

    Dentre os componentes curriculares do curso de Engenharia de Controle e Automação, asquais, no geral, promovem a integração explícita da educação ambiental de modo contínuo epermanente, destaca-se o componente curricular de Conservação de Recursos Naturais. Os demaiscomponentes curriculares também desenvolvem facilmente os temas ambientais, pois a formação doegresso para uma futura atividade precisa ser fundamentada dessa forma.

    Além disso, os estudantes tem a oportunidade de participarem de diversos eventos realizadosno Campus que tratam desta temática, bem como, participarem de projetos de pesquisa e extensãodesenvolvendo trabalhos de educação ambiental. Como evento periódico, realizado anualmente,destaca-se a Semana de Meio Ambiente.

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    Além das atividades nos componentes curriculares, a Resolução nº 006/ CONSUPER/2014, de19 de março de 2014, dispõe sobre o Regulamento das Atividades do Núcleo de Gestão Ambiental.Esse Núcleo tem a atribuição de discutir, formular e implantar a política ambiental no IFC.

    7.1.2. Questões étnico – raciais

    No curso de Engenharia de Controle e Automação o atendimento ao disposto na ResoluçãoCNE/CP nº 01/2004 ocorre de três formas: a) por meio de componente curricular optativo, b)por meio da abordagem transversal do tema das relações étnico-raciais junto aos conteúdos dediversos componentes curriculares que compõem a matriz curricular do curso, b) em projetos deensino, pesquisa e extensão, c) eventos periódicos na instituição.

    A abordagem transversal do tema das relações étnico-raciais, a história e cultura afro-brasileira, indígena e africana são trabalhadas no componente curricular obrigatório Legislação, Éticae Sociedade (60 horas).

    Neste componente curricular o aluno é levado a conhecer um pouco da história, costumes etradições africanas e refletir sobre a contribuição da cultura afro-brasileira, indígena e africana naformação artística, religiosa e social do povo brasileiro, tendo como foco a valorização dadiversidade e a ruptura das desigualdades raciais.

    A temática da história e cultura afro-brasileira, indígena e africana também esta inclusa nasatividades desenvolvidas anualmente e previstas no calendário acadêmico da instituição,compreendendo a MICTI, o IFCultura, Semana da Consciência Negra, Semana Nacional de Ciênciae Tecnologia (SECITEC), entre outras.

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    8. PERFIL DO EGRESSO

    De acordo com o Art. 3º da Resolução do CNE/CES nº 11/2002 o egresso de um curso deEngenharia deve possuir uma formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, estando capacitadoa desenvolver novas tecnologias, atuar de forma crítica na resolução de problemas, considerandoaspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, ematendimento às demandas da sociedade.

    De acordo com o Parágrafo 4º da mesma resolução, a formação do engenheiro deve serdotada de conhecimentos suficientes para o exercício das seguintes competências e habilidadesgerais:

    Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à engenharia; Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados; Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos; Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia; Identificar, formular e resolver problemas de engenharia e propor soluções; Desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas; Supervisionar a operação e a manutenção de sistemas; Avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas; Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica; Atuar em equipes multidisciplinares; Compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais; Avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental; Avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia; Assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.

    O profissional terá uma visão generalista dos processos industriais com conhecimentos naárea elétrica e mecânica, com sólidos conhecimentos em controle de processos dinâmicos, contínuose discretos, e uma visão integradora dos sistemas de automação ao sistema corporativo da empresa.Uma base conceitual sobre gestão de projetos (implantação e manutenção) também é fornecida,assim como componentes curriculares relativos aos aspectos políticos, econômicos, sociais eambientais.

    Espera-se que ao final do curso o egresso tenha desenvolvido sua capacidade de trabalho emgrupo, de rápida adaptação às novas tecnologias e desenvolvido o comportamento ético ehumanístico, estando de acordo com o Parecer CNE/CES nº 1.362/2001 e a Resolução CNE/CES nº 11,de 11 de março de 2002.

    9. CAMPO DE ATUAÇÃO

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    De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado eLicenciatura (ANEXO 2) os ambientes de atuação do Engenheiro de Controle e Automaçãocompreendem:

    […] empresas e indústrias que utilizam sistemas automatizados;indústrias de máquinas, equipamentos e dispositivos de controle eautomação industrial, comercial e predial; em concessionárias deenergia, automatizando os setores de geração, transmissão edistribuição de energia; em empresas e laboratórios de pesquisacientífica e tecnológica. Também pode atuar de forma autônoma, eempresa própria ou prestando consultoria.

    A definição do campo de atuação do Engenheiro de Controle e Automação está amparada eminstrumentos formais em vigor que regulamentam o exercício profissional dos Engenheiros.

    O parágrafo seguinte, transcrito da Resolução nº 218, de 29 junho de 1973 do CONFEA (Art.1º), especifica as atividades inerentes ao exercício profissional dos Engenheiros.

    “Para efeito de fiscalização do exercício profissional correspondente às diferentesmodalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior e em nível médio, ficamdesignadas as seguintes atividades:

    1. Supervisão, coordenação e orientação técnica;2. Estudo, planejamento, projeto, e especificação;3. Estudo de viabilidade técnico-econômica;4. Assistência, assessoria e consultoria;5. Direção de obra e serviço técnico;6. Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico;7. Desempenho de cargo e função técnica;8. Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica, extensão;9. Elaboração de orçamento;10. Padronização, mensuração e controle de qualidade;11. Execução de obra e serviço técnico;12. Fiscalização de obra ou serviço técnico;13. Produção técnica e especializada;14. Condução de trabalho técnico;15. Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;16. Execução de instalação, montagem e reparo;17. Operação e manutenção de equipamento e instalação;18. Execução de desenho técnico.

    10. FORMA DE ACESSO AO CURSO

    Para ter acesso, o estudante deverá ter concluído o ensino médio até o momento damatrícula no Curso de Engenharia de Computação, mediante documento de comprovação.

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    O ingresso as vagas se dará 100% por meio do SISU. Adicionalmente, o IFC poderá definir oingresso dos estudantes por edital próprio.

    Há ainda a possibilidade do ingresso de candidatos aprovados em processo de transferência.O preenchimento de vagas através de transferência se dará a partir de edital divulgado pelo IFCobservando a regulamentação própria.

    10.1. AÇÕES AFIRMATIVAS

    O IFC adota ações afirmativas (cotas) para o ingresso aos cursos superiores. Nos cursos debacharelado, tecnologia e licenciatura, 50% das vagas são destinadas para candidatos que tenhamestudado todo o ensino médio em escolas públicas, abrangendo ainda candidatos de baixa renda,autodeclarados pretos, pardos e índios.

    Cinquenta por cento (50%) do total de vagas serão destinadas a Ampla Concorrência e osoutros Cinquenta por cento 50% do total das vagas serão destinadas ao Sistema de Ações Afirmativas(cotas), para candidatos que tenham cursado e concluído o Ensino Médio integralmente em escolaspúblicas, nos termos da Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012, do Decreto nº 7.824, de 11 deoutubro de 2012 e da Portaria Normativa nº 18, de 11 de outubro de 2012. Não poderão concorrer àsvagas reservadas às ações afirmativas (cotas) os candidatos que tenham cursado o Ensino Médiointegralmente ou em parte em escolas particulares, mesmo com bolsa de estudos integral ou parcial.

    As vagas destinadas ao Sistema de Ações Afirmativas (cotas) nos cursos de Bacharelado eTecnologia são distribuídas da seguinte forma, sendo verificada também no Quadro 10.1:

    a) Baixa Renda: 50% das vagas reservadas para candidatos que comprovarem renda familiarbruta igual ou inferior a um inteiro e cinco décimos salário-mínimo per capita (1,5 salários-mínimos). O total destas vagas será subdividido em dois grupos:I. Não pretos, pardos ou indígenas (L1): 84,39% dessas, reservadas para candidatos

    que não se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas; II. Pretos, pardos ou indígenas (L2): 15,61% dessas, reservadas para candidatos

    autodeclarados pretos, pardos ou indígenas - percentual este resultante dosomatório das proporções de pretos, pardos e indígenas da população catarinense.

    b) Qualquer Renda: 50% das vagas reservadas para candidatos, independentemente da rendafamiliar bruta. O total destas vagas será subdividido em dois grupos:I. Não pretos, pardos ou indígenas (L3): 84,39% dessas, reservadas para candidatos

    que não se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas; II. Pretos, pardos ou indígenas (L4): 15,61% dessas, reservadas para candidatos

    autodeclarados pretos, pardos ou indígenas - percentual este resultante dosomatório das proporções de pretos, pardos e indígenas da população catarinense.

    Quadro 10.1 – Relação de Vagas por Ação Afirmativa

    Curso Turno Vagas Seleção pelo SISUAC L1 L2 L3 L4Engenharia de Controle e Automação I 40 20 8 2 8 2

    Legenda:

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    M = Matutino, V = Vespertino, N = Noturno, I = IntegralAC = Ampla Concorrência.L1 = Candidatos com renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo que tenham cursadointegralmente o ensino médio em escolas públicas (Lei nº 12.711/2012).L2 = Candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas (PPI), com renda familiar bruta per capita igual ouinferior a 1,5 salário mínimo que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas (Lei nº12.711/2012).L3 = Candidatos que, independentemente da renda (art. 14, II, Portaria Normativa nº 18/2012), tenham cursadointegralmente o ensino médio em escolas públicas (Lei nº 12.711/2012). L4 = Candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas (PPI) que, independentemente da renda (art. 14,II, Portaria Normativa nº 18/2012), tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas (Lei nº12.711/2012).

    Todos os candidatos optantes pelo Sistema de Ações Afirmativas (cotas) concorrerãoprimeiramente na Ampla Concorrência e, se não classificados, concorrerão em seu respectivo grupode Ações Afirmativas (cotas).

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    11. MATRIZ CURRICULAR

    O Curso de Bacharelado em Engenharia de Controle e Automação segue os princípios efinalidades da educação superior contidos na Lei nº 9.394/1996. Para a composição e integralizaçãoda matriz, os componentes curriculares previstos para o curso foram divididos em três núcleos:núcleo básico, núcleo profissionalizante e núcleo específico, conforme as Diretrizes CurricularesNacionais do Curso de Graduação em Engenharia (Resolução CNE/CES nº 11, de 11 de março de2002).

    O Curso de Engenharia de Controle e Automação é um ramo da engenharia cuja formaçãoprofissional divide-se em quatro grandes áreas: Mecânica, Eletroeletrônica, Informática Industrial eControle. Sendo um curso de engenharia, tem sua fundamentação científica na Matemática, Física eCiência da Computação e sua formação profissional de engenharia em controle dinâmico deprocessos, informática industrial e automação da manufatura. É, portanto, um curso multidisciplinare interdisciplinar por natureza. No Quadro 11.1. verifica-se a matriz curricular do curso.

    QUADRO 11.1 – Matriz Curricular do Curso de Engenharia de Controle e Automação

    PRIMEIRO SEMESTRE

    CódigoComponente

    curricularCarga horária (h) Créditos

    Pré -requisitos

    Teórica Prática Total

    ECA 01Introdução à Engenharia de Controle e Automação

    15 - 15 1 -

    LET 01 Metodologia Científica 30 - 30 2 -

    FSC 01 Física Geral I 60 - 60 4 -

    FSC 1E Física Experimental I - 30 30 2 -

    MTM 01 Cálculo I 90 - 90 6 -

    MTM 04 Geometria Analítica 60 - 60 4 -

    INF 01 Informática para a Engenharia 30 30 60 4 -

    DET 01 Desenho Técnico 30 30 60 4 -

    TOTAL SEMESTRE => 315 90 405 27 -

    SEGUNDO SEMESTRE

    30

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    Código Componente curricularCarga horária (h)

    CréditosPré -

    requisitosTeórica Prática Total

    FSC 02 Física Geral II 60 - 60 4 -

    FSC 2E Física Experimental II - 30 30 2 -

    MTM 02 Cálculo II 60 - 60 4 MTM 01

    MTM 05 Álgebra Linear 60 - 60 4 MTM 04

    QMC 01 Química Tecnológica Geral 60 - 60 4 -

    QMC 1EQuímica Tecnológica Geral Experimental

    - 30 30 2 -

    ELT 01 Sistemas Digitais 60 - 60 4 -

    ELT 1E Sistemas Digitais Experimental - 30 30 2 -

    TOTAL SEMESTRE => 300 90 390 26

    TERCEIRO SEMESTRE

    CódigoComponente

    curricularCarga horária (h) Créditos

    Pré -requisitos

    Teórica Prática Total

    FSC 03 Física Geral III 60 - 60 4 MTM 02

    FSC 3E Física Experimental III - 30 30 2 -

    MTM 03 Cálculo III 90 - 90 6 MTM 02

    ELT 02 Microcontroladores 60 - 60 4ELT 01INF 01

    ELT 2EMicrocontroladores Experimental

    - 30 30 2ELT 01INF 01

    INF 02 Probabilidade e Estatística 45 - 45 3 -

    MEC 02 Mecânica dos Sólidos 60 - 60 4 FSC 01

    TOTAL SEMESTRE => 315 60 375 25

    QUARTO SEMESTRE

    31

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    CódigoComponente

    curricularCarga horária (h) Créditos

    Pré -requisitos

    Teórica Prática Total

    ELT 03 Circuitos elétricos 60 - 60 4 FSC 03

    ELT 3ECircuitos Elétricos Experimental

    - 30 30 2 FSC 03

    MET 01 Metrologia 45 15 60 4 -

    INF 03 Cálculo Numérico 45 15 60 4INF 01

    MTM 02MTM 05

    MEC 03 Fenômenos de Transporte 60 - 60 4FSC 02FSC 03

    ECA 02 Sinais e Sistemas Lineares I 90 - 90 6MTM 03MTM 05

    TOTAL SEMESTRE => 300 60 360 24

    QUINTO SEMESTRE

    CódigoComponente

    curricularCarga horária (h) Créditos

    Pré -requisitos

    Teórica Prática Total

    ELT 04 Eletrônica Básica 60 - 60 4 FSC 03

    ELT 4E Eletrônica Básica Experimental - 30 30 2 FSC 03

    ELT 05 Conversão de Energia 60 - 60 4 ELT 03

    ELT 5EConversão de Energia Experimental

    - 30 30 2 ELT 03

    ADM 01 Gestão de Projetos 45 15 60 4 -

    INF 04Modelagem e Controladores Lógicos Programáveis

    45 15 60 4 -

    ECA 03 Sinais e Sistemas Lineares II 90 - 90 6 ECA 02

    TOTAL SEMESTRE => 300 90 390 26

    SEXTO SEMESTRE

    32

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    CódigoComponente

    curricularCarga horária (h) Créditos

    Pré -requisitos

    Teórica Prática Total

    ELT 08 Instalações Elétricas Industriais 60 15 75 5 ELT 03

    MEC 04Processo de Fabricação Metal-Mecânica

    45 15 60 4 -

    DRT 01 Legislação, Ética e Sociedade 60 - 60 4 -

    ECA 04 Sistemas Realimentados 90 - 90 6 ECA 03

    MEC 05 Hidráulica e Pneumática 60 15 75 5 -

    TOTAL SEMESTRE => 315 45 360 24

    SÉTIMO SEMESTRE

    CódigoComponente

    curricularCarga horária (h) Créditos

    Pré -requisitos

    Teórica Prática Total

    AGR 04Conservação dos Recursos Naturais

    30 - 30 2 -

    INF 05Redes Industriais e Sistemas Supervisórios

    45 15 60 4 INF 04

    Optativa 01 60 - 60 4

    ECA 05 Projeto Integrador I 15 45 60 4INF 04ELT 04

    ADM 01

    ECA 06 Controle Multivariável 45 15 60 4 ECA 04

    ECA 07 Instrumentação para Controle 45 15 60 4ELT 03

    MEC 03

    TOTAL SEMESTRE => 240 90 330 26

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    OITAVO SEMESTRE

    CódigoComponente

    curricularCarga horária (h) Créditos

    Pré -requisitos

    Teórica Prática Total

    GQP 01Gestão da Produção e da Qualidade

    90 - 90 6 -

    ELT 09 Acionamentos Elétricos 45 15 60 4 ELT 05

    Optativa 02 60 - 60 4

    ECA 09 Sistemas Não-Lineares 60 - 60 4 ECA 04

    ECA 10 Controle Discreto 45 15 60 4 ECA 04

    TOTAL SEMESTRE => 300 30 330 22

    NONO SEMESTRE

    CódigoComponente

    curricularCarga horária (h) Créditos

    Pré -requisitos

    Teórica Prática Total

    ECA 08Introdução à Robótica Industrial

    45 15 60 4 MTM 05

    Optativa 03 30 - 30 2

    SEG 01 Segurança do Trabalho 30 - 30 2 -

    ADM 02Engenharia Econômica e Empreendedorismo

    60 - 60 4 -

    ECA 12 Projeto Integrador II 15 45 60 4ECA 05

    ECA 07

    TOTAL SEMESTRE => 180 60 240 16

    DÉCIMO SEMESTRE

    CódigoComponente

    curricularCarga horária (h) Créditos

    Pré -requisitos

    Teórica Prática Total

    ECA 13Estágio em Controle e Automação

    0 360 360 24ELT 09ECA 10ECA 12

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    ECA 14Trabalho de Curso em Controlee Automação

    30 30 60 4ELT 09ECA 10ECA 12

    TOTAL SEMESTRE => 30 390 420 28

    CódigoComponente

    curricularCarga horária (h)

    ECA 15 Atividades complementares 40

    CARGA HORÁRIA TOTAL CURSO => 3.640

    11.1. NÚCLEOS DO CURSO

    Segundo a Resolução CNE/CES nº 11, de 11 de março de 2002 que institui as DiretrizesCurriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia, todo o curso de Engenharia,independente de sua modalidade, deve possuir em seu currículo um núcleo de conteúdos básicos,um núcleo de conteúdos profissionalizantes e um núcleo de conteúdos específicos que caracterizem amodalidade.

    Ainda na mesma Resolução, em seu Art. 7, a formação do engenheiro incluirá como etapaintegrante da graduação, estágios curriculares obrigatórios sob supervisão direta da instituição deensino, e que também é obrigatório o trabalho final de curso como atividade de síntese e integraçãode conhecimento.

    O Quadro 11.2 contém uma síntese da carga horária disposta por núcleo de conteúdoincluindo o Estágio Curricular Obrigatório e o trabalho final de curso que neste documento échamado de Projeto de Fim de Curso.

    Quadro 11.2. – Carga horária dos núcleos de conhecimento.

    Núcleo de Conhecimento N0 de horasTotal da carga

    horária (%)

    Núcleo Básico 1.350 h 37,1

    Núcleo Profissionalizante 735 h 20,2

    Núcleo Específico 1.095 h 30,1

    Estágio Curricular Obrigatório em Controle eAutomação, Trabalho de Curso e AtividadesComplementares

    460 h 12,6

    Total 3.640 h 100,0

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    Para a integralização do curso, o aluno deverá cursar os conteúdos dos Núcleos Básico,Profissionalizante e Específico e realizar o Trabalho de Curso e o Estágio Curricular Obrigatório. NoQuadro 11.3. verifica-se a distribuição dos componentes curriculares dos núcleos Básico eProfissionalizante é apresentada por áreas com a respectiva carga horária. Devido ao núcleoespecífico ser um aprofundamento dos conteúdos trabalhados no núcleo profissionalizante, sãoapresentados os componentes curriculares com as respectivas cargas horárias sem a distribuição porárea.

    Quadro 11.3. – Distribuição dos componentes curriculares nos núcleosNÚCLEO BÁSICO – 1.350 h (37,1 %)

    CONTEÚDOS COMPONENTE CURRICULAR HORASI – Metodologia Científica eTecnológica

    Metodologia Científica 15*

    II – Comunicação e Expressão Metodologia Científica 15*

    III – InformáticaInformática para a Engenharia

    120Cálculo Numérico

    IV – Expressão Gráfica Desenho Técnico 60

    V – Matemática

    Cálculo I

    405

    Geometria AnalíticaCálculo IIÁlgebra LinearCálculo IIIProbabilidade e estatística

    VI – Física

    Física Geral I

    270

    Física Experimental IFísica Geral IIFísica Experimental II

    Física Geral IIIFísica Experimental III

    VII – Fenômenos de Transporte Fenômenos de Transporte 60

    VIII – Mecânica dos Sólidos Mecânica dos Sólidos 40**

    IX – Eletricidade Aplicada Circuitos Elétricos Experimental 30

    X – QuímicaQuímica Tecnológica Geral

    90Química Tecnológica Geral Experimental

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    XI – Ciência e Tecnologia dosMateriais

    Mecânica dos Sólidos 20**

    XII – Administração Engenharia Econômica e Empreendedorismo 30***

    XIII – EconomiaEngenharia Econômica e Empreendedorismo 30***

    Gestão de Projetos 60

    XIV – Ciências do Ambiente Conservação dos Recursos Naturais 30

    XV – Humanidades, CiênciasSociais e Cidadania

    Introdução à Engenharia de Controle e Automação75

    Legislação, Ética e Sociedade

    * Os conteúdos Metodologia Científica e Tecnológica (15 horas) e Comunicação e Expressão (15 horas) sãodesenvolvidos no componente curricular Metodologia Científica.** Os conteúdos Ciência e Tecnologia dos Materiais (20 horas) e Mecânica dos Sólidos (40 horas) sãotrabalhados dentro do componente curricular Mecânica dos Sólidos.*** Os conteúdos Economia (30 horas) e Administração (30 horas), são desenvolvidos no componentecurricular Engenharia Econômica e Empreendedorismo.

    NÚCLEO PROFISSIONALIZANTE – 735 h (20,2 %)

    CONTEÚDOS COMPONENTE CURRICULAR HORAS

    IX e V – Eletrônica Analógica eDigital e Circuitos Lógicos

    Sistemas Digitais

    180Sistemas Digitais ExperimentalEletrônica básicaEletrônica básica Experimental

    IV – Circuitos Elétricos Circuitos elétricos 60

    XXXIII – Modelagem, Análise eSimulação de Sistemas

    Sinais e Sistemas Lineares I 90

    IX – Conversão de EnergiaConversão de Energia

    90Conversão de Energia Experimental

    XXXVIII – Processos deFabricação

    Processo de Fabricação Metal-Mecânica 60

    XXIX – Mecânica Aplicada Hidráulica e Pneumática 75

    XLVI – Sistemas Mecânicos Metrologia 60

    XVIII – Gerência de ProduçãoGestão da produção e da qualidade

    45*

    XL – Qualidade 45*

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    XIII – Ergonomia e Segurança doTrabalho

    Segurança do Trabalho 30

    * Os conteúdos Gerência de Produção (45 horas) e Qualidade (45 horas), são desenvolvidos no componentecurricular Gestão da Produção e da Qualidade.

    NÚCLEO ESPECÍFICO – 1.095 h (30,1 %)COMPONENTE CURRICULAR HORAS

    Microcontroladores 60Microcontroladores Experimental 30Modelagem e Controladores Lógicos Programáveis 60Sinais e Sistemas Lineares II 90Redes Industriais e Sistemas Supervisórios 60Instalações Elétricas Industriais 75Acionamentos Elétricos 60Instrumentação Para Controle 60Sistemas Realimentados 90Controle Multivariável 60Introdução à Robótica Industrial 60Sistemas Não-Lineares 60Controle Discreto 60Optativa 01 60

    Optativa 02 60

    Optativa 03 30Projeto Integrador I 60Projeto Integrador II 60

    ESTÁGIO, TC e AC – 460 h (12,6 %)COMPONENTE CURRICULAR HORAS

    Estágio em Controle e Automação 360Trabalho de Curso em Controle e Automação 60Atividades Complementares 40

    11.2. COMPONENTES CURRICULARES EXPERIMENTAIS

    38

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    Para o desenvolvimento satisfatório das atividades experimentais, sempre que foremofertados estes componentes curriculares, será levado em consideração o número de alunos que irãocursar os mesmos. Dessa forma, quando o número de alunos matriculados no componente curricularfor maior do que a capacidade máxima suportada por cada laboratório, a turma deverá ser divididaem mais horários, para que se possa acolher a demanda total de inscritos. Pretende-se, destamaneira, alcançar o melhor atendimento aos alunos, a melhor utilização dos equipamentos e doespaço físico.

    11.3. FLEXIBILIDADE CURRICULAR

    Em relação à anterior matriz curricular vigente no curso de Engenharia de Controle eAutomação, efetuou-se um debate em torno dos pré-requisitos dos componentes curricularesofertados, a fim de flexibilizá-los ao máximo, com o objetivo de permitir alternativas pessoais epercursos acadêmicos diferenciados, que comportem diferentes itinerários formativos construídospelo discente.

    11.3.1. Componentes curriculares optativos

    Os componentes curriculares optativos serão ofertados a partir do sétimo semestre, quandoos alunos já terão cursado grande parte do núcleo básico da Matriz Curricular e estarão cursando oscomponentes curriculares do núcleo profissionalizante. O Núcleo Docente Estruturante (NDE) iráavaliar a oferta dos componentes curriculares optativos, de acordo com a conveniência da gradecurricular, de modo que o conhecimento seja desenvolvido seguindo uma ordem lógica e crescente. Aoferta dos componentes curriculares optativos também levará em consideração a disponibilidade doquadro docente, sendo preliminarmente definidas as optativas descritas no APÊNDICE A –COMPONENTES CURRICULARES OPTATIVOS.

    11.3.2. Conhecimentos básicos

    Com o objetivo de revisar e reforçar os conteúdos de matemática básica, constantes noensino médio, já vistos pelos alunos que ingressam na primeira fase do curso, o componentecurricular de Cálculo I conta com uma