PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE ... - uniritter.edu.br · 1 INTRODUÇÃO ... 10.2 EXTENSÃO...
Transcript of PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE ... - uniritter.edu.br · 1 INTRODUÇÃO ... 10.2 EXTENSÃO...
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ...................................... .............................................................................................4
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 11
2 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CURSO ................. ...................................................................... 13
3 OBJETIVOS DO CURSO .............................. .................................................................................... 15
3.1 OBJETIVO GERAL ................................ ......................................................................................... 15
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.......................... ................................................................................. 15
4 PERFIL DO EGRESSO ..................................................................................................................... 17
4.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES .................... .......................................................................... 19
5 JUSTIFICATIVA DO CURSO .......................... .................................................................................. 23
5.1 A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO NO BRASIL ............ ................................................................ 23
5.2 CONTEXTUALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVAS ............. ................................................................... 34
5.3 JUSTIFICATIVA QUANTO A BASE ECONÔMICA DA REGIÃO ................................................. 36
6 ESTRUTURA CURRICULAR ............................ ................................................................................ 40
6.1 CONCEPÇÃO DO CURSO ............................................................................................................. 40
6.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ........................ ............................................................................ 41
6.3 FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR...................... ............................................................................ 44
6.4 MATRIZ CURRICULAR ............................. ............................................ Erro! Indicador não definido.
7 FORMAS DE ASSEGURAR INTERDISCIPLINARIDADE ....... ........................................................ 47
8 MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA ...... ........................................................ 49
9 METODOLOGIAS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ........... .............................................................. 50
10 MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXT ENSÃO ................................... 55
10.1 POLÍTICAS DE PESQUISA......................... ................................................................................. 59
10.1.1 INCENTIVO À PESQUISA........................ ................................................................................. 64
10.2 EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA........................ .............................................................................. 66
11 MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUA ÇÃO ................................. 71
12 INTERNACIONALIZAÇÃO ............................ .................................................................................. 74
13 CONCEPÇÃO E COMPOSIÇÃO DO ESTÁGIO CURRICULAR ... ................................................. 79
14 ATIVIDADES COMPLEMENTARES ...................... ......................................................................... 81
15 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) ........... ............................................................. 83
16 REQUISITOS LEGAIS E NORMATIVOS ................. ....................................................................... 85
16.1 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS ............ .................................................................. 85
16.2 LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL ...................... ............................................................................. 85
16.3 EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS, ENSINO D E HISTÓRIA E CULTURA AFRO-
BRASILEIRA E INDÍGENA ............................. ..................................................................................... 85
16.4 EDUCAÇÃO NA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBR AS .................................................. 86
16.5 POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL .............. ................................................................... 86
16.6 DIREITOS HUMANOS .................................................................................................................. 87
17 CORPO DOCENTE .......................................................................................................................... 88
17.1 PERFIL DO CORPO DOCENTE DO CURSO .............................................................................. 88
17.2 COORDENAÇÃO DO CURSO ......................... ............................................................................ 89
18 COLEGIADO DO CURSO ............................. .................................................................................. 92
19 NDE – NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE .............. ............................................................... 94
20 NÚCLEO DE APOIO AOS PROFESSORES ................ .................................................................. 96
21 NÚCLEO DE APOIO AOS DISCENTES .................. ....................................................................... 99
22 AVALIAÇÃO DO PROCESSO ACADÊMICO ................ ............................................................... 102
23 COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA DO CURSO ......... ....................................................... 106
24 RESPONSABILIDADE SOCIAL DO CURSO ............... ................................................................ 107
25 EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS ........................ ............................................................................. 108
26 INFRAESTRUTURA ................................. ..................................................................................... 108
4
APRESENTAÇÃO
O Centro Universitário Ritter dos Reis é portador, ainda hoje, de traços que marcaram
sua origem, há mais de 40 anos. Seu fundador, Prof. Dr. Romeu Ritter dos Reis, tendo uma
aprimorada formação acadêmica e sendo profundamente envolvido com a educação,
idealizou e fundou as faculdades que formam o embrião do Centro Universitário hoje existente.
Na época, final da década de 60 e início dos anos 70, a Educação Superior brasileira passava
por modificações decorrentes das pressões sociais em demanda de maior número de vagas
nesse nível de ensino, permitindo a visualização de um futuro que exigiria um maior preparo
do número crescente de jovens.
Alicerçado em sua formação pessoal e profissional, no exercício da advocacia e do
magistério, o Prof. Dr. Romeu Ritter dos Reis começou a trajetória da Instituição em 18 de
outubro de 1971, fundando a Faculdade de Direito no município de Canoas, situado na região
metropolitana do Rio Grande do Sul.
Em 1976, considerando o surgimento de outra instituição de educação superior no
município de Canoas e a crescente necessidade de formação superior em Porto Alegre, criou
na capital do Estado a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Em nove de novembro desse
mesmo ano, através da adaptação de seu Regimento Unificado, aprovado pela SESu/MEC,
as Faculdades de Direito e de Arquitetura e Urbanismo, passaram à tipologia de Faculdades
Integradas.
Em 1992, foi fundada, ainda sob a orientação do Prof. Dr. Romeu Ritter dos Reis, a
Faculdade de Educação, Ciências e Letras, instalada na sede de Porto Alegre, composta pelo
Curso de Pedagogia - com as habilitações de Administração Escolar, Orientação Educacional
ou Supervisão Escolar – e pelo Curso de Letras – com a habilitação de Língua Portuguesa e
Literaturas de Língua Portuguesa.
Às habilitações do Curso de Pedagogia acima referidas, três anos depois, veio
agregar-se a habilitação de Magistério Séries Iniciais do Ensino Fundamental, desenvolvida
em conjunto com as anteriores.
A habilitação de Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa oferecida pelo
Curso de Letras, também, três anos depois, deu origem a duas habilitações: Português/Inglês
e respectivas literaturas e Português/Espanhol e respectivas literaturas. Essas duas últimas
habilitações, em 2001, foram transformadas, respectivamente, nas habilitações de Língua
Inglesa e respectivas literaturas e Língua Espanhola e respectivas literaturas, de forma a
aprofundar a formação profissional na docência dos dois idiomas estrangeiros,
5
desenvolvendo-a isoladamente da formação no idioma vernáculo. Nessa mesma ocasião,
esse Curso voltaria a oferecer a habilitação de Língua Portuguesa e Literaturas de Língua
Portuguesa, ficando, assim, com três habilitações.
Muitos anos antes da promulgação da Lei nº 10.861/2004 que definiu o Sistema de
Avaliação da Educação Superior (SINAES), já era tradição nos cursos de graduação da Ritter
dos Reis, a permanente análise e avaliação do processo acadêmico dos cursos como um
todo, visando a sua permanente realimentação, num contínuo aperfeiçoamento do
desempenho dos professores e dos alunos.
A ação educativa das Faculdades Integradas do Instituto Ritter dos Reis, tipologia
adotada à época, sempre esteve alicerçada numa missão claramente definida e voltada para
uma concepção de Educação Superior avançada para seu tempo. Essa ação desenvolveu-se
na compreensão de que na origem da problemática organizacional estão as concepções de
conhecimento, de perfil de cidadão-profissional a formar para o contexto histórico, social,
econômico, político e cultural de sua época.
Num momento de embates de ideias e reavaliação de posições no interior das
Instituições de Educação Superior, a comunidade acadêmica em formação respondeu com
um avanço nas inter-relações institucionais. A qualidade das instalações próprias, em ambos
os campi, adequadas a conceitos de organização do espaço, confortáveis e estimulantes,
contribuiu para que a comunidade acadêmica percebesse o diferencial qualitativo imprimido
desde a idealização e se sentisse motivada a investir num ensino de qualidade. O esmero na
formação das bibliotecas, o avanço tecnológico dos laboratórios de informática e demais
laboratórios específicos de cursos e a concepção dos espaços e ambientes destinados ao
ensino, à pesquisa e à extensão visivelmente ofereciam condições altamente favoráveis.
As duas faculdades originárias, Faculdade de Direito e Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo, desde a sua criação, e a Faculdade de Educação, Ciências e Letras, em seus
momentos iniciais, tiveram a condução e a participação intensa de seu fundador, no cotidiano
do ensino e da administração, sempre tendo como seu braço direito o filho, Prof. Flávio Romeu
D’Almeida Reis, com formação nas áreas contábil e de Direito.
Em 1993, com o falecimento do fundador, seu filho, Prof. Flávio D’Almeida Reis,
assumiu a condução das Faculdades, na qualidade de Diretor Geral. Em decorrência, e até
em consonância com os tempos em que eclodiam novas ideias e discussões no contexto
acadêmico, uma reorganização com caráter eminentemente participativo foi se instalando sob
a condução do Prof. Flávio Romeu D’Almeida Reis. Sua gestão privilegiou a instalação de um
6
clima de diálogo e de responsabilidades compartilhadas em que as diferenças de posições
serviram ao aprimoramento de todos os envolvidos e ao enriquecimento educacional.
Dessa forma, já num contexto de crescimento acelerado do ensino superior, as
Faculdades Integradas do Instituto Ritter dos Reis (FAIR) começaram a se destacar tornando
visível sua face de empreendimento educacional sério, comprometido com a participação
coletiva e que se organizava e se desenvolvia em bases sólidas.
Em 1999, foi criada a Faculdade de Administração, responsável pelo Curso de
Bacharelado em Administração ampliando a esfera de ação da Instituição. Com uma
coordenação e um corpo docente qualificado, obteve o conceito máximo na avaliação das
condições de ensino com vistas à autorização e, posteriormente, repetiu o conceito mais alto
nas dimensões avaliadas, por ocasião do seu reconhecimento.
Em 2001, igualmente com conceito máximo nas dimensões avaliadas por ocasião da
avaliação in loco, entrou em funcionamento o Curso de Bacharelado em Sistemas de
Informação, da mais nova das Faculdades Integradas, a Faculdade de Informática. Esse
curso, assim como os que o haviam antecedido, repetiria esse desempenho por ocasião de
seu reconhecimento.
As Faculdades Integradas do Instituto Ritter dos Reis, já com seis cursos de
graduação, estavam em um estágio de desenvolvimento que lhes assegurava condições para
avançar em direção à constituição de um Centro Universitário. A solicitação de
credenciamento na nova tipologia educacional foi feita em fevereiro do ano 2001, através de
um processo organizado como fruto de uma verdadeira ação coletiva, viabilizada pelo
consenso da comunidade acadêmica em torno dessa aspiração.
Em dezembro de 2001, as Faculdades Integradas Ritter dos Reis foram avaliadas pela
comissão composta pelos Professores Roberto Fernando de Souza Freitas, da UFMG, e
Renato Carlson, da UFSC. Essa comissão encaminhou um relatório positivo à SESu/MEC
sobre a Instituição.
As Faculdades Integradas do Instituto Ritter dos Reis permaneceram aguardando a
visita do Conselho Nacional de Educação até outubro de 2002, quando foram avaliadas pela
Conselheira Profª Marília Ancona Lopez e pelo Conselheiro Prof. Edson Nunes, ambos da
Câmara de Educação Superior desse egrégio Conselho.
O credenciamento do Centro Universitário Ritter dos Reis foi aprovado através do
Parecer CES/CNE nº 379/2002, de 21 de novembro de 2002. Nesse Parecer, a relatora, Profª
7
Marilia Ancona Lopez, afirmou: “trata-se de uma Instituição de inequívoca qualidade, com
história construída ao longo de 30 anos”.
A formalização do credenciamento do Centro Universitário Ritter dos Reis ocorreu
através da Portaria SESu/MEC nº 3.357, de 5 de dezembro de 2002, publicada no Diário
Oficial da União nº 236, de 6 de dezembro de 2002.
Já dentro das ações previstas no seu primeiro Plano de Desenvolvimento Institucional
(PDI), o Curso de Pedagogia passou a desenvolver-se também no turno da noite, iniciando o
funcionamento noturno de cursos de graduação da Instituição. Esse curso também inaugurou
na Instituição uma proposta pedagógica arrojada, sem a compartimentalização dos
departamentos e alicerçada no desenvolvimento de eixos temáticos semestrais, articuladores,
no currículo, da interdisciplinaridade e da integração teoria/prática construída através da
existência, em todos os eixos, das disciplinas de pesquisa em educação, previstas do início
ao fim do curso. A exemplo do Curso de Pedagogia, outros cursos de graduação adotaram
eixos temáticos interdisciplinares como forma de organização curricular, além de estenderem
seu funcionamento para o noturno, indo ao encontro da necessidade dos alunos que precisam
trabalhar durante o dia.
No segundo semestre de 2002, foi a vez da criação do Curso de Bacharelado em
Design, da unidade universitária do mesmo nome, entrar em funcionamento no
vespertino/noturno, com uma proposta pedagógica arrojada, envolvendo duas habilitações:
Design Gráfico e Design de Produto.
Os Cursos de Letras, de Administração e de Sistemas de Informação sucessivamente
em 2002, 2003 e 2004, passaram a desenvolver-se também no noturno. O Curso de
Arquitetura e Urbanismo, por sua vez, a exemplo do Curso de Design, passou a funcionar
também no vespertino/noturno.
Na unidade de Canoas, o Curso de Direito também ampliou seu funcionamento,
estendendo-o para os turnos da tarde e da noite. Conforme a previsão feita no PDI, no
segundo semestre de 2003, iniciou, na sede do UniRitter, o funcionamento do Curso de Direito
de Porto Alegre, pela manhã e à noite. Até então esse curso existia somente na unidade de
Canoas.
Em 2007/1, com respaldo no PDI 2000/2006, foi aberto o Curso Superior de Tecnologia
em Processos Gerenciais, na Faculdade de Administração, e o Curso Superior de Tecnologia
em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, na Faculdade de Informática, ambos
funcionando pela manhã e rigorosamente adequados ao Catálogo Nacional de Cursos
8
Superiores de Tecnologia do MEC/SETEC. Entretanto, em razão da demanda, apenas o
Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas segue sendo
ofertado.
Nesse mesmo semestre, houve a implantação de nova habilitação na Faculdade de
Design: Design de Moda, que também recebeu a aceitação da comunidade em que se insere
o campus de Porto Alegre. O Curso foi devidamente reconhecido em novembro de 2010,
tendo obtido nota 4 na avaliação in loco. Diante da demanda, os três Cursos (e a partir de
2010, não mais habilitações) da Faculdade de Design passaram a ser ofertados nos turnos
manhã e noite.
Neste ano, foi concluído o processo de Recredenciamento do Centro Universitário
Ritter dos Reis, conforme consta na Portaria n. 809/2010, publicada no diário oficial em 21 de
junho de 2010.
Além das conquistas mencionadas, o ano de 2010 foi muito importante para o UniRitter
em razão do anúncio, no mês de novembro, da celebração de uma aliança estratégica com a
Laureate International Universities, maior rede de instituições de ensino superior no mundo,
com o objetivo de manter o alto nível de ensino e dos serviços já oferecidos, além de criar
ambiente sustentável para a transformação do Centro Universitário em Universidade, sonho
acalentado pela comunidade acadêmica. A referida aliança foi pactuada com a rede Laureate
em razão da semelhança entre suas filosofias em um aspecto fundamental: a qualidade da
educação que oferece aos seus estudantes.
Outra característica importante da atuação da rede Laureate que culminou na aliança
foi o respeito à cultura de cada IES a ela pertencente, o que fica caracterizado com a
manutenção do corpo de dirigentes acadêmicos já atuantes, bem como da proposta
pedagógica da instituição como um todo e de seus cursos de graduação e de pós-graduação.
No ano comemorativo de seus 40 anos de atuação, o UniRitter passou a ofertar à
comunidade acadêmica importantes diferenciais, que estão na essência da rede Laureate
como, por exemplo, a possibilidade de seus estudantes e professores realizarem atividades
de intercâmbio nos 25 países em que está presente. A internacionalização passa a ser parte
do cotidiano do UniRitter, essencial para o mercado de trabalho globalizado atual.
Nesse interim, mais dois novos cursos foram aprovados pelo Conselho Superior do
UniRitter. Em outubro de 2010, foi aprovada a abertura do Curso de Engenharia Civil. Tal
decisão foi tomada diante da necessidade social diuturnamente constatada pela falta de
profissionais da área e da expertise do UniRitter em seu Curso de Arquitetura e Urbanismo,
9
fundado em 1976. O outro Curso aprovado, no ano de 2010, por nosso Conselho Superior, foi
o de Relações Internacionais, que se iniciou no ano de 2011, nos turnos manhã e noite.
No ano de 2011, o Conselho Superior do UniRitter aprovou a criação de mais 6 Cursos
de Graduação, que iniciaram seu funcionamento em 2012, no campus de Porto Alegre:
Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção ; Jornalismo e Publicidade e Propaganda
e Fisioterapia e Biomedicina.
O segundo semestre de 2012 foi marcado pela oferta dos cursos de Design de Games,
Superior de Tecnologia em Jogos Digitais, em Porto Alegre. O campus de Canoas iniciou a
oferta dos Cursos Superiores de Tecnologia em Marketing e Gestão de Recursos Humanos.
Assim como em 2012, visando a consolidar as áreas de Ciências da Saúde e
Engenharias, o ano de 2013 ofertou sete cursos novos. Na área da saúde, destaca-se a oferta
dos Cursos de Farmácia, Nutrição, Enfermagem, Psicologia e Medicina Veterinária. Em se
tratando da Engenharia, a Faculdade contou com a oferta dos cursos de Engenharia Química,
Engenharia Elétrica e Engenharia Ambiental e Sanitária. Cabe salientar que o Curso de
Engenharia Civil, a partir do primeiro semestre de 2013, passou a ser ofertado também no
turno da tarde.
Ainda em 2013, destaca-se a oferta do Curso de Administração no campus de Canoas.
Em Porto Alegre, os Cursos de Ciências Contábeis e Ciência da Computação iniciaram seu
funcionamento. No final deste ano, a Instituição aprovou, em reunião de Conselho Superior,
a oferta de uma nova modalidade de cursos no UniRitter. Trata-se da proposta de implantação
dos cursos técnicos vinculados ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego (Pronatec), ofertados a partir de 2014. Todos os cursos ofertados possuem áreas
correlatas existentes na graduação, a exemplo dos cursos pertencentes à Faculdade de
Administração, Design, Arquitetura e Informática.
Em 2014, a instituição agregou mais um Curso à Faculdade de Comunicação, por meio
da oferta de Relações Públicas, e mais um Curso à Faculdade de Engenharia, o Curso de
Engenharia de Controle e Automação.
Também no ano de 2014, o UniRitter ampliou suas atividades, ao fundar um novo
campus, Campus Fapa, o qual pretendeu atender à demanda por educação superior de
qualidade na Zona Norte de Porto Alegre. Neste campus, situado na Av. Manoel Elias, 2001,
bairro Passo das Pedras, encontra-se uma infraestrutura compatível com o nível dos demais
campi da instituição. Embora tenha começado suas atividades em 2014, atualmente oferece
os cursos de Arquitetura e Urbanismo, vinculado à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo;
10
Design de Moda, vinculado à Faculdade de Design, Jornalismo e Publicidade e Propaganda,
vinculados à Faculdade de Comunicação Social; História, Letras Português e Pedagogia,
vinculados à Faculdade de Educação, Ciências e Letras; Engenharia Civil e Engenharia de
Produção, vinculados à Faculdade de Engenharia; Análise e Desenvolvimento de Sistema e
Ciências da Computação, vinculado à Faculdade de Informática, Administração, Ciências
Contábeis, Gestão de Recursos Humanos, Marketing e Relações Internacionais, vinculados
à Faculdade de Negócios, Biomedicina, Enfermagem, Fisioterapia e Medicina Veterinária,
vinculados à Faculdade de Ciências da Saúde.
A partir das considerações anteriores, entende-se que o compromisso que assume,
em sua missão, com o desenvolvimento humano sustentável, entendido como
desenvolvimento social, cultural, tecnológico, ambiental e humano, é motivo de
implementação de programas, de projetos e de atividades constante e crescentemente
voltados para esse fim.
A ação educativa do UniRitter sempre esteve alicerçada numa missão claramente
definida e voltada para uma concepção de Educação Superior avançada para seu tempo.
Ao longo de seus mais de 40 anos de existência, o UniRitter investiu fortemente na formação
das bibliotecas, no avanço tecnológico dos laboratórios de informática e nos demais
laboratórios específicos de cursos. Dessa forma, constata-se que o seu crescimento
quantitativo em relação ao número de cursos ofertados foi acompanhado, qualitativamente,
pela construção de espaços e ambientes destinados ao ensino, à pesquisa, à extensão e à
pós-graduação.
Ainda, em todas as suas épocas de funcionamento, a Instituição pautou a abertura de
seus cursos por estudos acerca do mercado de trabalho e das necessidades educacionais de
Porto Alegre, Canoas e Região M etropolitana, de forma a assegurar a adequada inserção
regional do UniRitter, cumprindo, assim, com seu compromisso para com as comunidades
onde atua.
11
1 INTRODUÇÃO
O presente documento trata do Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de
Produção do UniRitter - Centro Universitário Ritter dos Reis. Nele constam as orientações
acadêmicas adotadas ao pleno funcionamento do curso de modo a promover a tríade da
educação superior: ensino, pesquisa e extensão.
O projeto está alicerçado na Visão, na Missão e nos Valores do UniRitter, evidenciando
o compromisso com o ensino e o processo de formação dos futuros profissionais da
Engenharia de Produção. Tal proposta pode ser verificada a partir da estruturação do
Currículo, que visa direcionar as ações de educação e formação profissional dos discentes
envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, como forma de capacitá-los para o
exercício da cidadania, bem como sujeitos de transformação da realidade, com respostas para
os problemas contemporâneos, considerando os aspectos sociais, políticos, econômicos,
culturais e de sustentabilidade em suas atividades profissionais.
Neste contexto, a formação dos futuros engenheiros constitui-se um grande desafio.
Para além da solidez da formação científica, ainda é necessária uma mudança de paradigma
no tocante à função social da profissão: a preocupação com o meio ambiente, o respeito aos
valores e direitos humanos e às relações étnico-raciais, aos diferenciais de cultura, que
precisam ser incorporados aos saberes clássicos e técnicos para garantirmos a formação
integral deste profissional.
Com esta concepção, inicia o Curso de Engenharia de Produção do UniRitter, no ano
de 2012, com uma postura de incentivo ao desenvolvimento de conhecimento, de produção
de métodos e metodologias, de técnicas capazes de tornar processos mais eficazes e
eficientes.
Este projeto pedagógico descreve os principais parâmetros para a ação educativa do
curso de Engenharia de Produção, que foi planejado a partir dos documentos institucionais
que regem o funcionamento do UniRitter. Está alinhado ao estabelecido no Plano de
Desenvolvimento Institucional (PDI 2012-2016) e no Projeto Pedagógico Institucional (PPI),
além de atender à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394, de dezembro de 1996)
e às Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia (Resolução
CNE/CES Nº 11, de 11 de março de 2002). Ademais, o curso atende à Legislação do
CONFEA,- Conselho Federal de Engenharia e Agronomia que regulamenta a profissão do
Engenheiro.
12
A autorização para abertura de Curso de Engenharia de Produção do UniRitter ocorreu
na 135º Sessão do Conselho Superior - CONSUPE, realizada em 21 de setembro de 2011,
na sede de Porto Alegre.
13
2 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CURSO
NOME DO CURSO:
Curso de Engenharia de Produção.
GRAU CONFERIDO:
Bacharel.
TÍTULO PROFISSIONAL:
Engenheiro de Produção.
MODALIDADE DE ENSINO:
Ensino presencial.
ATO DE CRIAÇÃO DO CURSO:
Portaria do Conselho Superior do UniRitter.
DATA DE PUBLICAÇÃO DO ATO DE CRIAÇÃO DO CURSO:
Aprovado na 135º Sessão do Conselho Superior, reali zada em 21 de setembro
de 2011.
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO:
O Curso possui 3.667 horas relógio.
CARGA HORÁRIA DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES:
O curso contempla 95 horas relógio de Atividades Co mplementares.
DURAÇÃO DO CURSO:
Mínimo: 10 semestres – cinco anos
Máximo: Conforme critério definido no Regimento Institucion al.
NÚMERO DE VAGAS AUTORIZADAS:
Cem vagas anuais
14
NÚMERO DE VAGAS OFERTADAS
O número de vagas ofertadas será definido, a cada semestre, levando em conta a
necessidade de oferta por ocasião do processo seletivo, respeitando o número de vagas
anuais autorizadas.
TURNO DE FUNCIONAMENTO DO CURSO
O curso funcionará nos turnos da manhã e da noite com possibilidade no vespertino e
aos sábados conforme oferta semestral.
15
3 OBJETIVOS DO CURSO
3.1 OBJETIVO GERAL
Formar Engenheiros de Produção capazes de identificar, analisar e avaliar problemas,
oportunidades e demandas do mercado para projetar, desenvolver e otimizar sistemas
produtivos, produtos e processos, comprometidos com a sustentabilidade e com o uso de
boas práticas de Engenharia de Produção, para promover a melhoria da competitividade das
organizações e da qualidade de vida das pessoas.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Os objetivos específicos do Curso de Engenharia de Produção atendem às Diretrizes
Curriculares Nacionais em seu artigo 4º na busca da formação do engenheiro com os
conhecimentos requeridos atender aos seguintes propósitos:
a) atuar nas organizações para desenvolver e implantar métodos, ferramentas e técnicas
da Engenharia de Produção para a solução de problemas que envolvam aspectos
como produtividade, recursos financeiros, materiais, humanos, processos e
tecnologias, e considerando os aspectos ambientais;
b) atender às necessidades regionais e nacionais em termos de formação de recursos
humanos na área da Engenharia de Produção;
c) formar profissionais conscientes de seu papel na sociedade e empreendedores, aptos
para a inserção no mercado de trabalho da Engenharia da Produção, com ênfase nas
indústrias;
d) favorecer ao discente o desenvolvimento de seu potencial criativo, do raciocínio e de
sua visão crítica, cientes da importância da busca do aprendizado contínuo;
e) possibilitar ao discente compreender as exigências e tendências das atividades
econômicas produtoras de bens e serviços atuais, para gerar ações que atendam a
tais exigências em seu contexto de atuação;
f) promover de forma permanente o desenvolvimento da capacidade de integração entre
a organização, sistemas produtivos e o meio ambiente, através do desenvolvimento
sustentável;
16
g) promover a melhoria contínua através da aplicação dos métodos e técnicas da
Engenharia de Produção, visando alternativas que consideram uso racional de
recursos humanos, naturais, tecnológicos, materiais e financeiros.
17
4 PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO
Os princípios norteadores para a formação do perfil desejado do profissional em
Engenharia de Produção a ser formado no UniRitter apoiou-se nos conceitos e concepções
dos seguintes referenciais: i) o perfil do Engenheiro de Produção definido pela ABEPRO
(2013); ii) o campo de atuação do Engenheiro de Produção conforme Anexo II da Resolução
nº 1.010/2005 do CONFEA; iii) no Projeto Pedagógico Institucional e no Plano de
Desenvolvimento Institucional do UniRitter; iv) no contexto produtivo de Porto Alegre e região;
v) na Resolução CNE/CES 11/2002 que determina um conjunto de competências e
habilidades gerais requeridos para o exercício da profissão de Engenheiro.
A Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO, 2013), por exemplo,
estabelece o seguinte perfil para o Engenheiro de Produção: “Um profissional com sólida
formação científica e profissional geral que o capacite a identificar, formular e solucionar
problemas ligados às atividades de projeto, operação e gerenciamento do trabalho e de
sistemas de produção de bens e/ou serviços, considerando seus aspectos humanos,
econômicos, sociais e ambientais, com visão ética e humanística em atendimento às
demandas da sociedade”. O perfil do egresso está também baseado nas atribuições
constantes no Anexo II da Resolução nº 1.010/2005 que prevê que o Engenheiro de Produção
esteja capacitado a realizar as seguintes atividades:
a) gestão, supervisão, coordenação e orientação técnica;
b) coleta de dados, estudo, planejamento, projeto, especificação;
c) estudo de viabilidade (técnica, econômica, ambiental);
d) assistência, assessoria, consultoria;
e) direção de obras e de serviço técnico;
f) vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria, arbitragem;
g) desempenho de cargo ou de função técnica;
h) treinamento, ensino, pesquisa, desenvolvimento, análise, experimentação, ensaio, divulgação técnica, extensão;
i) orçamentação;
j) padronização, mensuração, controle de qualidade;
k) execução de obra técnica ou de serviço técnico;
l) fiscalização de obra técnica ou de serviço técnico;
18
m) produção técnica especializada;
n) condução de serviço técnico;
o) condução de equipes de instalação, montagem, operação, reparação ou manutenção;
p) execução de instalação, montagem, operação, reparação ou manutenção;
q) operação ou manutenção de equipamento ou instalação;
r) execução de desenho técnico.
Por fim, o perfil do egresso contempla os pressupostos da resolução CNE/CES
11/2002 que determinou um conjunto de competências e habilidades gerais requeridos para
o exercício da Engenharia no Brasil, que são:
I- aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à
Engenharia;
II - projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados;
III - conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;
IV - planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de Engenharia;
V - identificar, formular e resolver problemas de engenharia;
VI - desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas;
VI - supervisionar a operação e a manutenção de sistemas;
VII - avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas;
VIII - comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica;
IX - atuar em equipes multidisciplinares;
X - compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais;
XI - avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental;
XII - avaliar a viabilidade econômica de projetos de Engenharia;
XIII - assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.
19
Assim sendo, o perfil do aluno egresso do Curso de Engenharia de Produção do
UniRitter contempla uma sólida formação técnica científica e profissional, de carácter
generalista atendendo as atribuições da profissão, que o capacite a uma atuação crítica,
reflexiva e inovadora, de forma interdisciplinar, com habilidades de absorver e desenvolver
novas tecnologias, capaz de interpretar as condições que se apresentem de maneira precisa,
em uma realidade cada vez mais complexa, dinâmica e globalizada, em condições de
participar e coordenar equipes multidisciplinares de trabalho.
O egresso deverá estar apto a se engajar nos processos de modernização da indústria
e de serviços, considerando a sustentabilidade, a segurança e a economia. Deverá ser
consciente de sua responsabilidade no desenvolvimento da sociedade e da importância de
sua atuação, aprimorando sistemas produtivos, gerando inovação de produtos e processos,
implementando novas tecnologias, e produtos que sejam adequados ao desenvolvimento
competitivo das organizações brasileiras.
O Engenheiro de Produção do UniRitter possuirá formação acadêmica para embasar
seus julgamentos e tomadas de decisões em critérios de rigor técnico-científico, em
referenciais éticos e legais, bem como em compromisso com a cidadania. Deverá estar
preparado para assumir uma postura de permanente busca de atualização profissional, aplicar
conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e novas metodologias e ferramentas
aplicadas à Engenharia de Produção.
Além disso, a capacitação deve incluir o desenvolvimento de habilidades de
relacionamento interpessoal, comunicação e trabalho em equipe, na medida em que são
características cada vez mais importantes na atuação profissional. Assim, o profissional do
Curso de Engenharia de Produção do UniRitter deve dispor ainda de uma sólida formação
conceitual aliada a uma capacidade de aplicação destes conhecimentos científicos em sua
área de atuação de forma a agregar valor econômico às organizações onde atuará e valor
social aos indivíduos. O Curso busca incentivar e valorizar a autonomia intelectual do aluno,
o desenvolvimento de suas habilidades, a realização de atividades de pesquisa, de projetos
multidisciplinares, o trabalho em equipe e a aproximação com a prática profissional.
4.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
O Curso de Engenharia de Produção do UniRitter buscará formar um profissional com
competências em consonância com o perfil do egresso definido, acrescido das
especificidades listadas a seguir:
20
a) projetar, implementar e aperfeiçoar sistemas, produtos e processos, levando em
consideração os limites e as características das comunidades envolvidas;
b) incorporar conceitos e técnicas da qualidade em todo o sistema produtivo, tanto nos
seus aspectos tecnológicos quanto organizacionais, aprimorando produtos e
processos, e produzindo normas e procedimentos de controle e auditoria;
c) dimensionar e integrar recursos físicos, humanos e financeiros a fim de produzir, com
eficiência e ao menor custo, considerando a possibilidade de melhorias contínuas;
d) prever a evolução dos cenários produtivos, percebendo a interação entre as
organizações e os seus impactos sobre a competitividade;
e) acompanhar os avanços tecnológicos, organizando-os e colocando-os a serviço da
demanda das empresas e da sociedade;
f) compreender a inter-relação dos sistemas de produção com o meio ambiente, tanto
no que se refere à utilização de recursos escassos quanto à disposição final de
resíduos e rejeitos, atentando para a exigência de sustentabilidade;
g) utilizar indicadores de desempenho, sistemas de custeio, bem como avaliar a
viabilidade econômica e financeira de projetos;
h) projetar, implantar, operar, analisar, manter, gerir e melhorar produtos, processos e
sistemas de produção de bens e serviços, envolvendo a gestão do conhecimento, do
tempo e dos demais recursos produtivos (humanos, financeiros, materiais e naturais).
A partir do perfil do egresso e das competências são propostas as seguintes
habilidades que deverão ser desenvolvidas durante o período do processo de ensino-
aprendizagem no Curso de Engenharia de Produção:
a) identificar as relações básicas que compõem a essência de um problema de
engenharia, estabelecendo raciocínio sobre os elementos mais importantes do
mesmo, de modo resumido;
b) enquadrar um objeto ou situação inerente a um problema de engenharia em uma
determinada categoria, resgatando o conhecimento inerente à sua solução;
c) estabelecer relações de estimação e quantificação de grandezas relativas a objetos e
fenômenos de interesse em engenharia;
d) perceber padrões de configuração e comportamento entre objetos e fenômenos de
interesse em engenharia;
e) perceber relações causais entre objetos e fenômenos de interesse;
21
f) perceber relações sequenciais e temporais entre eventos;
g) perceber relações funcionais de objetos e em fenômenos de interesse em engenharia;
h) estabelecer relações quantitativas-qualitativas (funcionalidade, dependência,
hierarquia, etc.) entre objetos e em fenômenos de interesse em Engenharia;
i) estabelecer raciocínio indutivo e dedutivo acerca de fenômenos inerentes à
engenharia;
j) generalizar acerca da natureza, do enquadramento e das conclusões sobre a solução
de problemas, de modo a aplicar as conclusões à solução de novos problemas sem a
necessidade da repetição da situação-problema;
k) ter rapidez e uma livre reconstrução do processo mental (reversibilidade dos processos
mentais) no raciocínio lógico;
l) trabalhar com a simbologia, com os operadores e com os mecanismos da
representação e solução de problemas matemáticos;
m) reter memória dos princípios básicos de comportamento acerca de objetos e de
fenômenos de engenharia (tipos característicos, princípios funcionais, aplicação de
métodos de solução de problemas inerentes e de modos de caracterização de
situações de interesse);
n) perceber e lidar com múltiplos pontos de vista e caracterizações de objetos e
fenômenos de interesse em engenharia;
o) fazer analogias entre objetos e fenômenos de interesse em engenharia;
p) relacionar e correlacionar situações referentes a objetos e fenômenos de interesse em
engenharia operando sobre conceitos acerca dos mesmos, sem e com a utilização de
ferramental matemático;
q) combinar e recombinar fragmentos ou decompor o todo referente a objetos,
fenômenos e abordagens de solução de problemas de engenharia;
r) conduzir o raciocínio com economicidade, concentrando-se nos elementos essenciais
para a caracterização e para a solução dos problemas de engenharia; e, ler, interpretar
e produzir textos técnicos e científicos.
Na sequência são apresentadas as atitudes desejadas ao discente e que a proposta
didático-pedagógica do curso se propõe auxiliar a desenvolver nos acadêmicos de
Engenharia de Produção, as quais estão em consonância com as políticas e projetos
institucionais do UniRitter:
22
a) postura ética;
b) atitudes para a permanente busca de atualização profissional;
c) postura inovadora, com aptidão para desenvolver soluções originais e criativas
para os problemas de engenharia do cotidiano profissional;
d) atitude proativa;
e) postura de busca permanente da eficiência e da eficácia;
f) atitude na busca de melhorias contínuas no desempenho de sistemas produtivos,
produtos e processos;
g) postura de busca persistente e continuada da solução de problemas;
h) senso empreendedor, de iniciativa e de busca autônoma de soluções;
i) senso do comprometimento para com os colegas e para com a instituição em que
venha a trabalhar.
23
5 JUSTIFICATIVA DO CURSO
5.1 A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO NO BRASIL
De acordo com o estudo “Projeto Memória” realizado pela Associação Brasileira de
Engenharia de Produção (ABREPRO) e com o Volume VII do relatório “Trajetória e estado da
arte da formação em Engenharia, Arquitetura e Agronomia” organizado pelo Ministério da
Educação em parceria com o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (CONFEA), a
Engenharia de Produção no Brasil teve como marco histórico o ano de 1955 no mês de abril.
Por outro lado, a origem mais remota da Engenharia de Produção pode ser considerada
quando, na história, o homem, além de produzir, também se preocupou em organizar,
mecanizar e aprimorar a forma de produzir. Segundo Lemos (1978), “[...] no início da produção
de mercadorias, o artesão desenvolvia todas as fases produtivas, desde a concepção e a
criação do produto, até a sua execução final. Em uma só pessoa estavam concentradas as
funções hoje separadas na indústria moderna.”
Pode-se ainda considerar como marco significativo da área, a Revolução Industrial no
século XVII, na Inglaterra, com o aparecimento da manufatura introduzindo a máquina-
ferramenta, e a mecanização, elevando a produtividade. Embora tal período tenha focado
melhorias tecnológicas, com a busca da mecanização da produção, foram oportunizadas
também melhorias de processos organizacionais e de operações. Segundo afirma Leme
(1983), ao final do século XVII, na Inglaterra, alguns empresários e administradores aplicaram
nas suas fábricas métodos avançados de Engenharia de Produção como: sistemas de
custeio, planejamento de instalações, programação da produção, estudos de arranjo físico de
máquinas e pesquisa de mercado. Destacaram-se nesse período R. Arkwight, M.R. Boulton e
J. Watt Jr.
As mudanças ocorridas nos sistemas produtivos após a Revolução Industrial até o final
do século XIX, embora possam ser consideradas como embriões da Engenharia de Produção,
não chegaram a ensejar atividades consideradas como de sistemas integrados de produção,
tais como as exercidas efetivamente nos dias de hoje, sobretudo nas indústrias. Foi somente
no final do século XIX, com os princípios da Administração Científica que surgiram atividades
de sistemas integrados tal como ocorre nos dias de hoje. Assim sendo, para Leme (1983) o
nascimento da Engenharia de Produção se deu nos Estados Unidos entre 1882 e 1912, a
partir do desenvolvimento da Administração Científica de F. W. Taylor, Frank e Lilian Gilbreth,
H. L. Gantt, H. Emerson, entre outros. Leme (1983) afirma ainda que apesar das críticas ao
24
Scientific Management, suas técnicas foram disseminadas em empresas por consultores que
se intitulavam “industrial engineers”, originando o termo Industrial Engineering, termo pelo
qual é conhecida a Engenharia de Produção nos Estados Unidos.
Fleury (2008) afirma que, historicamente, a origem da Engenharia de Produção ocorre
nos Estados Unidos, na virada do século XIX para o século XX, inserida em um processo de
avanço da industrialização e crescimento econômico. Neste período, em decorrência do
desenvolvimento tecnológico e expansão da rede ferroviária de transportes, surgiram as
primeiras grandes corporações norte-americanas, impulsionando a produção em larga escala
e o surgimento de um forte mercado interno de consumo. O aumento do porte das empresas
impõe desafios de natureza tecnológica e administrativa, exigindo uma capacitação maior
para gestão da produção e dos negócios.
No período de 1880 a 1920, vários estudos abordam a temática da busca da eficiência
na produção. Dentre os diversos trabalhos, destacam-se os estudos de Frederick W. Taylor
(1856-1915). Em particular, a publicação da sua obra Princípios da Administração Científica
constitui um marco no surgimento da área de conhecimento denominada Industrial
Engineering. Em seus estudos, Taylor analisa em detalhe o trabalho dos operários nas
fábricas, buscando identificar formas de aumentar a eficiência do trabalho humano e da
própria organização da produção. Na mesma época (1913), o engenheiro Henry Ford cria e
introduz o conceito da Linha de Montagem na fabricação do veículo Ford - Modelo T, na
fábrica da Ford Motors em Detroit. A introdução da linha de montagem revolucionou o modelo
de produção existente, em virtude do grande aumento de produtividade que proporcionou.
Paralelamente aos estudos sobre organização industrial, desenvolvem-se também as
técnicas de contabilidade e administração de custos. Dentre as técnicas criadas, destaca-se
a análise econômica de investimentos, dando origem à Engenharia Econômica, e difusão do
uso de indicadores de custos, giro de estoques etc. Estas técnicas viabilizam a gestão eficaz
de grandes corporações. É também na virada do século que surgem, nos Estados Unidos, os
primeiros cursos de administração (business school) e engenharia industrial, com o objetivo
de formar profissionais para gestão da produção, na graduação e pós-graduação. Nos
currículos de Engenharia Industrial, notava-se uma formação mais tecnológica, quando
comparados aos de Administração, mais orientada para a gestão de negócios (marketing e
finanças, além da administração de pessoal).
Uma terceira influência no campo da Engenharia Industrial se deu na segunda metade
do século XX, com o nascimento da Pesquisa Operacional (Operations Research), área de
conhecimento caracterizada pela aplicação do método científico na modelagem e otimização
25
de problemas logísticos durante a Segunda Guerra Mundial. Ao término da guerra, os métodos
de otimização desenvolvidos foram incorporados aos currículos de Engenharia Industrial e
Transportes. Paralelamente e realimentando o desenvolvimento dos modelos e teoria da
decisão, verifica-se o crescimento da informática que, gradualmente, é introduzida nas
universidades e na administração de empresas.
Por fim, este conjunto de conhecimentos relativos à Organização da Produção,
Economia e Administração de Empresas, Controle da Qualidade, Planejamento e Controle da
Produção, Pesquisa Operacional e Processamento de Dados forma o núcleo básico da
Engenharia Industrial clássica da década de 70. Nos anos 80, os países industrializados
observaram o fenômeno da recuperação e desenvolvimento econômico no Japão, país
arrasado ao término da Segunda Guerra Mundial. Em particular, a indústria automobilística e
de produtos eletroeletrônicos superam em desempenho suas concorrentes norte-americanas,
oferecendo produtos de melhor qualidade e menor custo dentro do próprio EUA. Esta
revolução baseou-se na revisão de paradigmas ocidentais de gestão da produção. Dois
conceitos fundamentais nortearam o modelo japonês de produção: i) Gestão da Qualidade
Total (Total Quality Management - TQM) e ii) produção Just-in-time (JIT). O primeiro
representa uma forte mudança cultural na forma de administrar a qualidade na produção e o
segundo, um esforço no sentido aumentar a flexibilidade dos sistemas de produção de forma
a viabilizar a produção em pequenos lotes com baixos custos e alta produtividade.
Evidentemente, estes conceitos foram incorporados ao campo da Engenharia de Produção.
No Brasil, a formação em Engenharia de Produção foi iniciada na segunda metade do
século XX, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), por iniciativa do
Professor Ruy Aguiar da Silva Leme, com a criação das seguintes disciplinas: Engenharia de
Produção e Complemento de Organização Industrial. Tais disciplinas foram criadas como
curso de extensão para engenheiros mecânicos formados que já atuavam na indústria
(FLEURY, 2008). No documento História da Engenharia de Produção no Brasil (1983), o
professor Ruy Leme, considerado criador da Engenharia de Produção no país, cita que a
entrada de empresas multinacionais, a expansão das empresas nacionais e de estatais, na
segunda metade do século XX, geraram demanda de administradores profissionais. Assim
como nos Estados Unidos, também no Brasil a Engenharia de Produção nasce com o
incremento da industrialização. Na década de 50, especialmente no período JK (Governo
Juscelino Kubitschek 1956/1960), a industrialização teve significativo impulso, embora
concentrada em estados da região Sudeste, notadamente em São Paulo.
Visando acelerar a industrialização do Brasil, como resultado de um convênio entre a
Fundação Getúlio Vargas e Escritório Ponto IV (órgão antecessor da USAID - Agência de
26
Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos), criou-se em 1954 em São Paulo a
Escola de Administração de Empresas. Os professores americanos da missão sugeriram não
ser suficiente para o cenário brasileiro à época os administradores, se não houvesse os
Industrial Engineers no mercado, pois os dois profissionais têm funções complementares. Em
1958, foi então criado o primeiro curso de graduação de Engenharia de Produção do país, na
Poli/USP, desenvolvido por Ruy Leme e o americano Herbert G. Ludwig da Michigan State
University. Inicialmente, o curso era uma opção do curso de Engenharia Mecânica que tinha
duas ênfases: Projeto e Produção, tendo a primeira turma de formandos em 1960 (FLEURY,
2008). Essa iniciativa foi seguida em 1959, pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA),
que foi descontinuado em 1963, e na Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), em São
Bernardo do Campo, um dos primeiros polos industriais de São Paulo. Foi em 27 de novembro
de 1970, que a Congregação da Escola Politécnica da USP aprovou a criação de uma
graduação autônoma em Engenharia de Produção, originando assim o primeiro curso de
Engenharia de Produção “plena” do país.
A escolha do termo Engenharia de Produção ao invés de Engenharia Industrial (como
a Industrial Engineering dos Estados Unidos e da Europa) ocorreu porque na época o Sistema
Confea/Crea já havia definido o termo Engenheiro Industrial como um misto de Engenheiro
Químico, Mecânico e Metalúrgico, tendo ainda uma especialização em uma dessas áreas. O
termo Engenharia de Produção não pretendia se diferenciar da Industrial Engineering dos
EUA, da qual se originou, mas sim firmar posição como um novo campo da Engenharia
alinhado às necessidades das indústrias e com os novos tempos da economia à época
(FLEURY, 2008).
Um marco no desenvolvimento da Engenharia de Produção brasileira foi a realização
do I Encontro de Ensino de Graduação de Engenharia de Produção, em 1980, na
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Desde então, esse evento se tornou o
Encontro Nacional de Engenharia de Produção – ENEGEP, que é realizado anualmente e se
constitui no evento mais importante da Engenharia de Produção no país. Com a evolução do
ENEGEP, os encontros passaram a não mais focar somente o ensino de graduação, mas
também a produção científica da comunidade. Desde 1995, o evento passou a ser
internacional com a realização simultânea do International Congress of Industrial Engineering
and Operations Management (ICIEOM). Até 1977, os cursos de graduação em Engenharia de
Produção tinham a possibilidade de formar engenheiros de uma dada habilitação específica
com opção para produção. Entretanto, por meio da resolução 10/77, o Conselho Federal de
Educação determinou que a produção passasse a ser uma habilitação das cinco grandes
áreas da engenharia: mecânica, química, elétrica, metalúrgica e civil.
27
Em agosto de 2005, o CONFEA aprovou a Resolução nº 1.010 onde foi reconhecida
na modalidade Industrial a categoria profissional do Engenheiro de Produção. O Anexo II da
Resolução nº 1.010/2005 do CONFEA estabelece como campo de atuação do Engenheiro de
Produção:
(i) Engenharia dos Processos Físicos de Produção, consistindo em: Gestão de
Sistemas de Produção; Processos de Fabricação e Construção; Planejamento e Controle da
Produção e do Produto Industrial; Logística da Cadeia de Suprimentos; Organização e
Disposição de Máquinas e Equipamentos em Instalações Industriais; Procedimentos, Métodos
e Sequencias de Fabricação e Construção nas Instalações Industriais; Sistemas de
Manutenção e Sistemas de Gestão de Recursos Naturais;
(ii) Engenharia da Qualidade, consistindo em: Controle Estatístico e Metrológico de
Produtos e Processos de Fabricação e Construção; Normalização e Certificação da
Qualidade; Confiabilidade de Produtos e Processos de Fabricação e Construção;
(iii) Ergonomia, consistindo em: Ergonomia do Produto e do Processo; Biomecânica
Ocupacional; Psicologia e Organização do Trabalho; Análise e Prevenção de Riscos de
Acidentes;
(iv) Pesquisa Operacional, consistindo em: Modelagem, Análise e Simulação de
Sistemas no âmbito dos Campos de Atuação da Engenharia, em geral; Processos
Estocásticos; Processos Decisórios; Análise de Demandas por Bens e Serviços;
(v) Engenharia Organizacional, consistindo em: Métodos de Desenvolvimento e
Otimização de Produtos; Gestão da Tecnologia, da Inovação Tecnológica, da Informação de
Produção e do Conhecimento; Planejamento Estratégico e Operacional; Estratégias de
Produção; Organização Industrial; Avaliação de Mercado; Estratégia de Mercado; Redes de
Empresas e Cadeia Produtiva; Gestão de Projetos;
(vi) Engenharia Econômica, consistindo em: Gestão Financeira de Projetos e
Empreendimentos; Gestão de Custos; Gestão de Investimentos; Análise de Risco em Projetos
e Empreendimentos, e Propriedade Industrial.
Com base nas atribuições constantes para a Modalidade Produção, o CONFEA prevê
que o Engenheiro de Produção esteja capacitado a realizar as seguintes atividades:
a) gestão, supervisão, coordenação e orientação técnica;
b) coleta de dados, estudo, planejamento, projeto, especificação;
c) estudo de viabilidade (técnica, econômica, ambiental);
28
d) assistência, assessoria, consultoria;
e) direção de obras e de serviço técnico;
f) vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria,
arbitragem;
g) desempenho de cargo ou de função técnica;
h) treinamento, ensino, pesquisa, desenvolvimento, análise, experimentação, ensaio,
divulgação técnica, extensão;
i) orçamentação;
j) padronização, mensuração, controle de qualidade;
k) execução de obra técnica ou de serviço técnico;
l) fiscalização de obra técnica ou de serviço técnico;
m) produção técnica especializada;
n) condução de serviço técnico;
o) condução de equipes de instalação, montagem, operação, reparação ou
manutenção;
p) execução de instalação, montagem, operação, reparação ou manutenção;
q) operação ou manutenção de equipamento ou instalação;
r) execução de desenho técnico.
Ressalta-se que esses campos de atuação do Engenheiro de Produção definidos na
Resolução nº 1.010 de 2005 do CONFEA mantêm forte similaridade com as áreas da
Engenharia de Produção propostas pela ABEPRO que, no contexto brasileiro, é a
instituição representativa de docentes, discentes e profissionais de Engenharia de Produção.
A ABEPRO como associação atua há mais de 20 anos assumindo as funções de:
i) esclarecer o papel do Engenheiro de Produção na sociedade e em seu mercado
de atuação; ii) ser interlocutora junto às instituições governamentais relacionadas à
organização e avaliação de cursos (MEC e INEP) e de fomento (CAPES, CNPq , FINEP e
órgãos de apoio à pesquisa estaduais), assim como em organizações privadas, junto ao
CREA, CONFEA, SBPC, ABENGE e outras organizações não governamentais que tratam a
pesquisa, o ensino e a extensão da engenharia (ABEPRO, 2013). As dez áreas da
Engenharia de Produção propostas pela ABEPRO atualmente são:
29
1. Engenharia de Operações e Processos da Produção
Refere-se aos projetos, operação e melhorias dos sistemas que criam e entregam os
produtos e serviços primários da empresa.
1.1. Gestão de Sistemas de Produção e Operações
1.2. Planejamento, Programação e Controle da Produção
1.3. Gestão da Manutenção
1.4. Projeto de Fábrica e de Instalações Industriais: organização industrial,
layout/arranjo físico
1.5. Processos Produtivos Discretos e Contínuos: procedimentos, métodos e
sequências
1.6. Engenharia de Métodos
2. Logística
Refere-se às técnicas apropriadas para o tratamento das principais questões
envolvendo o transporte, a movimentação, o estoque e o armazenamento de insumos e
produtos, visando a redução de custos, a garantia da disponibilidade do produto, bem como
o atendimento dos níveis de exigências dos clientes.
2.1. Gestão da Cadeia de Suprimentos
2.2. Gestão de Estoques
2.3. Projeto e Análise de Sistemas Logísticos
2.4. Logística Empresarial
2.5. Transporte e Distribuição Física
2.6. Logística Reversa
3. Pesquisa Operacional
Refere-se à resolução de problemas reais envolvendo situações de tomada de
decisão, através de modelos matemáticos habitualmente processados computacionalmente.
Esta subárea aplica conceitos e métodos de outras disciplinas científicas na concepção, no
30
planejamento ou na operação de sistemas para atingir seus objetivos. Procura, assim,
introduzir elementos de objetividade e racionalidade nos processos de tomada de decisão,
sem descuidar dos elementos subjetivos e de enquadramento organizacional que
caracterizam os problemas.
3.1. Modelagem, Simulação e Otimização
3.2. Programação Matemática
3.3. Processos Decisórios
3.4. Processos Estocásticos
3.5. Teoria dos Jogos
3.6. Análise de Demanda
3.7. Inteligência Computacional
4. Engenharia da Qualidade
Área da engenharia de produção responsável pelo planejamento, projeto e controle de
sistemas de gestão da qualidade que considere o gerenciamento por processos, a abordagem
factual para a tomada de decisão e a utilização de ferramentas da qualidade.
4.1. Gestão de Sistemas da Qualidade
4.2. Planejamento e Controle da Qualidade
4.3. Normalização, Auditoria e Certificação para a Qualidade
4.4. Organização Metrológica da Qualidade
4.5. Confiabilidade de Processos e Produtos
5. Engenharia do Produto
Esta área refere-se ao conjunto de ferramentas e processos de projeto, planejamento,
organização, decisão e execução envolvidos nas atividades estratégicas e operacionais de
31
desenvolvimento de novos produtos, compreendendo desde a fase de geração de ideias até
o lançamento do produto e sua retirada do mercado com a participação das diversas áreas
funcionais da empresa.
5.1. Gestão do Desenvolvimento de Produto
5.2. Processo de Desenvolvimento do Produto
5.3. Planejamento e Projeto do Produto
6. Engenharia Organizacional
Refere-se ao conjunto de conhecimentos relacionados com a gestão das
organizações, englobando em seus tópicos o planejamento estratégico e operacional, as
estratégias de produção, a gestão empreendedora, a propriedade intelectual, a avaliação de
desempenho organizacional, os sistemas de informação e sua gestão, e os arranjos
produtivos.
6.1. Gestão Estratégica e Organizacional
6.2. Gestão de Projetos
6.3. Gestão do Desempenho Organizacional
6.4. Gestão da Informação
6.5. Redes de Empresas
6.6. Gestão da Inovação
6.7. Gestão da Tecnologia
6.8. Gestão do Conhecimento
7. Engenharia Econômica
32
Esta área envolve a formulação, estimação e avaliação de resultados econômicos para
avaliar alternativas para a tomada de decisão, consistindo em um conjunto de técnicas
matemáticas que simplificam a comparação econômica.
7.1. Gestão Econômica
7.2. Gestão de Custos
7.3. Gestão de Investimentos
7.4. Gestão de Riscos
8. Engenharia do Trabalho
É a área da Engenharia de Produção que se ocupa com o projeto, aperfeiçoamento,
implantação e avaliação de tarefas, sistemas de trabalho, produtos, ambientes e sistemas
para fazê-los compatíveis com as necessidades, habilidades e capacidades das pessoas
visando a melhor qualidade e produtividade, preservando a saúde e integridade física. Seus
conhecimentos são usados na compreensão das interações entre os humanos e outros
elementos de um sistema. Pode-se também afirmar que esta área trata da tecnologia da
interface máquina – ambiente – homem – organização.
8.1. Projeto e Organização do Trabalho
8.2. Ergonomia
8.3. Sistemas de Gestão de Higiene e Segurança do Trabalho
8.4. Gestão de Riscos de Acidentes do Trabalho
9. Engenharia da Sustentabilidade
Refere-se ao planejamento da utilização eficiente dos recursos naturais nos sistemas
produtivos diversos, da destinação e tratamento dos resíduos e efluentes destes sistemas,
bem como da implantação de sistema de gestão ambiental e responsabilidade social.
9.1. Gestão Ambiental
9.2. Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação
33
9.3. Gestão de Recursos Naturais e Energéticos
9.4. Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais
9.5. Produção mais Limpa e Ecoeficiência
9.6. Responsabilidade Social
9.7. Desenvolvimento Sustentável
10. Educação em Engenharia de Produção
Refere-se ao universo de inserção da educação superior em engenharia (graduação,
pós-graduação, pesquisa e extensão) e suas áreas afins, a partir de uma abordagem
sistêmica englobando a gestão dos sistemas educacionais em todos os seus aspectos: a
formação de pessoas (corpo docente e técnico administrativo); a organização didático
pedagógica, especialmente o projeto pedagógico de curso; as metodologias e os meios de
ensino/aprendizagem. Pode-se considerar, pelas características encerradas nesta
especialidade como uma “Engenharia Pedagógica”, que busca consolidar estas questões,
assim como, visa apresentar como resultados concretos das atividades desenvolvidas,
alternativas viáveis de organização de cursos para o aprimoramento da atividade docente,
campo em que o professor já se envolve intensamente sem encontrar estrutura adequada
para o aprofundamento de suas reflexões e investigações.
10.1. Estudo da Formação do Engenheiro de Produção
10.2. Estudo do Desenvolvimento e Aplicação da Pesquisa e da Extensão em
Engenharia de Produção
10.3. Estudo da Ética e da Prática Profissional em Engenharia de Produção
10.4. Práticas Pedagógicas e Avaliação do Processo de Ensino-Aprendizagem em
Engenharia de Produção
10.5. Gestão e Avaliação de Sistemas Educacionais de Cursos de Engenharia de
Produção.
34
5.2 CONTEXTUALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVAS
Em pesquisa inédita sobre a Engenharia de Produção na Região Metropolitana de
Porto Alegre (RMPA), Borchardt et al. (2009) afirmam que cabe à comunidade acadêmica
posicionar-se diante de um cenário de competitividade acirrada, priorizando as reais
necessidades de seus clientes, beneficiários da pesquisa e da prestação de serviço. No
contexto particular do Rio Grande do Sul, observa-se que, até o ano de 2000, apenas uma
IES graduava Engenheiros de Produção na modalidade plena e todas as demais
implementaram seus cursos após esse ano.
Tal fato sugere que o número de egressos de Engenharia de Produção dessas
instituições atuando no mercado em suas funções é inferior ao número de postos oferecidos,
havendo, portanto, demanda por profissionais. Além disso, pode-se afirmar que a história da
Engenharia de Produção no Rio Grande do Sul é recente, necessitando ser consolidada e
ampliada em todo o estado. Como consequência, o parque industrial gaúcho e da RMPA
conta com profissionais oriundos de outras formações e principalmente outras engenharias,
para atenderem demandas de funções tipicamente associadas ao perfil do engenheiro de
produção (BORCHARDT et al., 2009).
Além disso, espera-se dos profissionais das mais diversas formações que possam ter
atuações competentes, próximas do estado da arte do conhecimento existente e que possam
enfrentar problemas atuais e futuros de seu ambiente de trabalho, assim como da sociedade
(CASTELLS, 1999). Por conseguinte, tais fatores se destacam como relevantes justificativas
iniciais para a oferta do curso.
Dados do Observatório da Inovação e Competitividade da Poli/USP sobre o Cenário
das Engenharias no Brasil aponta que o número de engenheiros graduados por 10.000
habitantes do Brasil em 2012 é de 2,79 engenheiros. Tal indicador é de extrema relevância
global, sendo utilizado pela Organisation for Economic Co-Operation and Development
(OECD) para avaliar a competitividade das nações. Número este extremamente baixo diante
da importância do Brasil, considerado a sexta economia global segundo o FMI (2014). Nesse
ranking de número de engenheiros graduados por 10.000 habitantes, o Brasil está atrás de
países como Eslováquia (17,33), República Tcheca (12,7), Nova Zelândia (7,61), Hungria
(6,55), Grécia (4,95) e Turquia (3,84). No caso do Rio Grande do Sul, os dados do último
censo realizado em 2012 apontam que o total de concluintes nos cursos de Engenharia foi de
2.672 para uma população de 10.788.181 habitantes, o que representa 2,5 engenheiros
graduados por 10.000 habitantes, ficando abaixo da média nacional. Melhorar tal indicador
35
contribuindo para a competitividade do RS e do país é, portanto, uma das principais
justificativas da oferta do Curso de Engenharia de Produção do UniRitter.
Em outro prisma de análise, segundo dados do Observatório da Inovação e
Competitividade da Poli/USP o país vive um cenário de aumento da oferta de cursos de nível
superior em tecnologia como a Engenharia em decorrência, não apenas do crescimento da
população, mas, principalmente, da busca pela competitividade perante o mundo,
consequência essa do acirramento da competitividade globalizada. Por outro lado, é inegável,
também, que empresas industriais, comerciais e de serviços estão carentes de profissionais
qualificados para otimizar seus processos visando maior produtividade e rentabilidade. Tais
fatores têm aumentado a procura de profissionais formados em Engenharia de Produção
conforme dados da ABEBRO.
O recente estudo organizado por Salerno et al. (2013) que utilizou dados oficiais do
aparelho estatístico brasileiro, tais como RAIS/MTE, Censo Escolar/Inep-MEC, Censo/IBGE
e de resultados de pesquisas pertinentes como o Enade, apontou que, embora não haja risco
iminente de um apagão de mão-de-obra de engenharia no Brasil, deve-se ampliar a oferta de
cursos de Engenharia de alta qualidade e que contemplem a formação de habilidades
específicas de gestão aliada à formação humana:
[...] não há um risco de “apagão” generalizado de mão-de-obra de engenharia
no Brasil, ainda que se reconheçam alguns sinais de pressões de curto prazo
no mercado de trabalho. Em termos quantitativos, estas pressões tendem a
ser resolvidas com a ampliação da oferta dos novos engenheiros, uma vez
que os cursos de engenharia voltaram a atrair os alunos. O estudo também
apontou quatro dimensões que podem explicar a percepção de alguns
agentes econômicos sobre escassez de mão-de-obra em engenharia: (i)
qualidade dos engenheiros formados, uma vez que a evolução na quantidade
não foi acompanhada pela mesma evolução na qualidade; (ii) hiato
geracional, o que dificulta a contratação de profissionais experientes para
liderar projetos e obras; (iii) déficits em competências específicas; (iv) déficits
em regiões localizadas (SALERNO et al., 2013).
Considerando, portanto, o cenário de competitividade atual, e a necessidade de
ampliar a oferta de cursos de Engenharia de elevado padrão de qualidade e que contemplem
a formação de habilidades específicas de gestão de sistemas produtivos e inovação se
estabelece como relevante justificativa inicial do presente curso de Engenharia de Produção
na cidade de Porto Alegre, de forma a contribuir com o desenvolvimento econômico e social
gaúcho e brasileiro. A contextualização regional e social de Porto Alegre e cidades vizinhas a
36
seguir aprofundam as justificativas de implantação do curso, sobretudo, tendo em vista o perfil
industrial da região. Outro aspecto a destacar desde já como justificativa é o cenário de
globalização que exige profissionais com visão global de atuação. Nesse contexto, o UniRitter
possui forte inserção internacional e oferece aos alunos durante a graduação a possibilidade
de intercâmbios de estudos em dezenas de Universidades da rede Laureate em todo o mundo.
A oferta de bolsas de intercâmbio ocorre anualmente pela publicação de editais.
5.3 JUSTIFICATIVA QUANTO A BASE ECONÔMICA DA REGIÃO
Porto Alegre, gentílico porto-alegrense, capital do Rio Grande do Sul, segundo dados
do IBGE (2014), possui população estimada em 1.472.482 habitantes, área territorial de
496,682 km² e densidade demográfica 2.837,53 hab/km². A área da cidade representa 0,18%
da área do território rio-grandense e sua população representa 13,14% da população gaúcha.
Em Porto Alegre, o total de pessoal ocupado assalariado é de 757.989 pessoas e o salário
médio mensal é de 4,0 salários mínimos. Logo, pode-se evidenciar que aproximadamente
50% da população é economicamente ativa, e que o salário médio do porto-alegrense é
superior à média nacional de R$ 1.166,84 (IBGE, 2014). Dados da Federação das Indústrias
do RS (FIERGS, 2014) apontam que 49% da atividade industrial do estado estão
concentradas na Região Metropolitana de Porto Alegre. Nesse interim, faz-se necessário
compreender a matriz da atividade econômica de Porto Alegre para perceber as necessidades
e contextualizar a justificativas e importância do curso de Engenharia de Produção do
UniRitter para Porto Alegre e na Região Metropolitana de Porto Alegre (Tabela 1).
37
Tabela 1: Atividade econômica de Porto Alegre. Fonte: SMIC (2014).
A partir da análise da Tabela 1, verifica-se que a maioria dos subsetores de atividade
econômica possui aderência com a maioria das dez áreas de atuação da Engenharia de
Produção definidas pela ABEPRO e sobretudo estão relacionadas com atividades industriais
e serviços. Tal aspecto reforça o impacto positivo na economia que os egressos da
Engenharia de Produção podem realizar no exercício das suas atividades em Porto Alegre e
na RMPA.
Comparando com o cenário brasileiro, quanto ao número de estabelecimentos
industriais, o Rio Grande do Sul ocupa a terceira posição no país contribuindo com 9,9% de
participação. São Paulo lidera com 25,1% e Minas Gerais participa com 13,4%. A Região
Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) concentra mais de 44% dos estabelecimentos da
indústria de transformação do Estado (FIERGS, 2014). Dentre esses estabelecimentos, os
seguintes subsetores se destacam na participação na indústria da RMPA:
38
a) Indústria têxtil: aproximadamente 49% das indústrias têxteis estão na RMPA e
possuem as seguintes características:
Tabela 2: Cenário da indústria têxtil no RS. Fonte: (FIERGS, 2014).
b) Indústria calçadista: aproximadamente 83% das indústrias calçadistas estão na RMPA
e possuem as seguintes características:
Tabela 3: Cenário da indústria calçadista no RS. Fonte: (FIERGS, 2014).
c) Indústria de celulose: em torno de 51,3% das indústrias de celulose estão na RMPA e
possuem as seguintes características:
Tabela 4: Cenário da indústria de celulose no RS. Fonte: (FIERGS, 2014).
d) Indústrias do setor gráfico: a RMPA ainda concentra 50% das indústrias do setor
gráfico:
Tabela 5: Cenário da indústria gráfica
e) Indústria química: 57% das indústrias do setor químico (Tabela 6) estão na RMPA e possuem as seguintes características
39
Tabela 6: Cenário da indústria química
A partir da análise dos dados fica evidente o potencial de atuação do Engenheiro de
Produção do UniRitter para contribuir com o desenvolvimento econômico de Porto Alegre e
região, encontrando amplo mercado de atuação profissional. Tal aspecto é corroborado com
os indicadores de inserção dos alunos no mercado de trabalho.
40
6 ESTRUTURA CURRICULAR
6.1 CONCEPÇÃO DO CURSO
A Engenharia é a ciência e a profissão voltada a produzir e aplicar os conhecimentos
matemáticos, técnicos e científicos na geração, aperfeiçoamento e implementação de
utilidades, tais como materiais, estruturas, máquinas, aparelhos, sistemas ou processos, que
realizem uma determinada função ou objetivo. Neste contexto, a área da Engenharia de
Produção, devido a seu caráter multidisciplinar e sistêmico, proporciona ao Engenheiro de
Produção um amplo mercado de trabalho, sendo possível atuar nas diferentes áreas de uma
organização.
O curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário Ritter dos Reis tem sua
estrutura organizada de acordo com os núcleos de conteúdos básicos, profissionalizantes e
específicos estabelecidos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, e articulados e em sintonia
com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e o Projeto Pedagógico Institucional (PPI)
do UniRitter.
Os núcleos de conteúdos profissionais e específicos estabelecidos pelas Diretrizes
Curriculares Nacionais acolhem a diversidade de possíveis atuações nas diferentes subáreas
da Engenharia, permitindo ao Engenheiro de Produção conhecimentos voltados para os
atuação em atividades de gestão e melhoria de sistemas produtivos, análise, controle e
implantação de sistemas de produção, de consultoria, planejamento e projetos de sistemas,
e, ainda, estudos e pesquisas, tomando como referência a realidade do mercado profissional
regional e nacional.
A concepção da presente proposta pedagógica levou em conta a necessidade de
formar para a região Engenheiros de Produção qualificados a fim de contribuir para a solução
de problemas de Engenharia, através da gestão e otimização de produtos e processos
vinculados às atividades industriais e de serviços, gerenciando ações e recursos humanos
com vistas ao desenvolvimento empresarial e ao manejo de atividades produtivas,
contribuindo para a sustentabilidade. A proposta também visa, através da pesquisa, ensino e
extensão, proporcionar ao acadêmico de Engenharia de Produção sua formação
contextualizada no ambiente empresarial, para criar uma sólida base teórico-prática para o
desenvolvimento de novas formas de utilizar economicamente os recursos materiais,
humanos e energéticos com vistas aos benefícios da comunidade.
41
Portanto, mais do que aprender conteúdos de Engenharia, é necessário que o
profissional de Engenharia de Produção desenvolva sua capacidade de interagir com recursos
humanos em suas mais diferentes dimensões, funções e atribuições profissionais. O Projeto
Pedagógico do Curso de Engenharia de Produção tem por princípio que: compete à
Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de
sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolvendo homens, materiais, tecnologia,
informação e energia. Compete ainda especificar, prever e avaliar os resultados obtidos
destes sistemas para a sociedade e o meio ambiente, recorrendo a conhecimentos
especializados da matemática, física, ciências humanas e sociais, conjuntamente com os
princípios e métodos de análise e projeto da Engenharia (Associação Brasileira de Engenharia
de Produção – ABEPRO, 2011).
A proposta visa a contribuir para a formação de Engenheiros de Produção que tenham
uma visão holística do empreendimento e, portanto, aptos a visualizar grande parte, senão
todo, do produto final desejado. Assim sendo, esses profissionais deverão estar capacitados
a atuar no planejamento, controle e melhoria dos processos, na redução dos custos ao longo
dos processos produtivos, na busca pela qualidade total ao longo da execução dos processos,
na busca do desenvolvimento de uma cultura organizacional que esteja alinhada à estratégia
da empresa, dentre outros.
O conjunto das disciplinas, por seus temas de conhecimento responde plenamente a
regulamentação do sistema CREA/CONFEA, bem como às diretrizes com destaque para a
responsabilidade na preparação dos cenários de mudança e desenvolvimento do país nos
próximos anos, integrando a academia ao mercado de trabalho. O Curso está estruturado por
áreas de conhecimento que se constituem em sequências de disciplinas ao longo do curso
que culminam na realização de um projeto de pesquisa de conclusão de curso, com o objetivo
de propiciar uma postura ativa do aluno em relação à solução de um problema real de
Engenharia de Produção.
6.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
O Curso está estruturado em 54 componentes curriculares, contemplando 230
créditos, com uma carga horária de 3.786 horas relógio. Atende às Diretrizes Curriculares
Nacionais dos Cursos de Engenharia: perfil do egresso, competências e habilidades,
conteúdos curriculares compatíveis com os núcleos de conteúdos básicos (mínimo de 30%
da carga horária); conteúdos profissionalizantes (mínimo de 15% da carga horária) e
conteúdos específicos de conformidade com o perfil pretendido pela IES (que complementam
a carga horária total).
42
As duas principais áreas de concentração do curso, evidenciadas nos conteúdos
específicos, em conformidade as justificativas de oferta do curso e com o perfil do egresso
são os temas relacionados à Logística, Qualidade e Gestão de Produção.
Além das áreas supracitadas, o curso contempla temas tradicionais da Engenharia de
Produção destacados nas dez grandes áreas da Engenharia de Produção categorizadas pela
ABEPRO e legislação vigente do sistema CREA/CONFEA e relacionados com os objetivos
do curso e perfil do egresso. O tema da Logística, por exemplo, é desenvolvido nas disciplinas:
Estocagem e Distribuição, Gestão da Cadeia de Suprimentos e Programação e Controle da
Produção. Essas disciplinas têm o objetivo de proporcionar ao Engenheiro de Produção a
compreensão sobre a dinâmica dos processos logístico internos e externos dos sistemas
produtivos. O tema da Qualidade é abordado nas disciplinas: Gestão da Qualidade, Metrologia
e Projetos de Experimentos. Ademais, a organização do currículo contempla os conteúdos
chaves e característicos da Engenharia de Produção, tais como: Pesquisa Operacional,
Ergonomia, Gestão de Projetos, Gestão Ambiental, Pensamento Sistêmico, Análise Gerencial
de Custos e Segurança do Trabalho.
Para atender a formação científica necessária para o exercício profissional, o curso
conta com uma sólida formação de conteúdos básicos tais como: Matemática, Geometria
Descritiva, Cálculo I, II e III, Probabilidade e Estatística, Comunicação, Química Geral,
Expressão Gráfica, Física Eletricidade, Física Ondas e Calor, Física Mecânica, Ciência dos
Materiais, Fenômenos de Transporte, Mecânica dos Sólidos, Algoritmos e Programação e
Introdução à Engenharia.
Na concepção do curso, os conteúdos profissionais e específicos se articulam
fortemente, como pode se observar nas seguintes ações:
a) realização de Atividades Complementares, onde os alunos ampliam a sua capacidade
de interação acadêmica, buscando atividades internas e externas ao centro
universitário que contribuam para a sua formação humana e profissional;
b) interligação entre disciplinas com conteúdo das áreas relativas ao meio ambiente:
Ciências do Ambiente e Gestão Ambiental;
c) oferta aos alunos da possibilidade de participarem de projetos de iniciação científica
orientados por professores das diversas linhas e grupos de pesquisa do UniRitter;
d) oferta aos alunos da possibilidade de participarem de atividades de extensão como
bolsistas;
43
e) incentivo à realização de Estágio Supervisionado não obrigatório;
f) oferta do Estágio Supervisionado Curricular obrigatório a partir do oitavo semestre;
g) oferta do trabalho de Conclusão de Curso (TCC), dividido em duas etapas e orientado
por professores das diversas áreas específicas, a partir do nono semestre.
Considerando-se que a profissão do Engenheiro de Produção é, por natureza, a
relação do conhecimento teórico com o domínio da técnica e do conhecimento científico com
o modo de construir, é fundamental que no processo de ensino aprendizagem do curso isso
se verifique como metodologias de ensino em sala de aula. Esta relação é uma de suas
características fundamentais. A integração entre teoria e prática se dá ao longo de todo o
curso, tendo como formas de implementação as seguintes ações:
a) oferta de disciplinas que tratam da integração dos conhecimentos de uma área
da Engenharia de Produção, culminando com o desenvolvimento de um projeto
aplicado, tais como: Gestão de Produto, Gestão de Projetos, Projeto de
Experimentos e Projeto de Fábrica e Layout;
b) oferta de disciplinas teórico-práticas, que tenham o compromisso de relacionar
a teoria e a prática em campos do conhecimento de forma específica da
Engenharia de Produção, ficando responsáveis também pela utilização dos
laboratórios na realização de práticas, como exemplos as disciplinas:
Introdução à Engenharia de Produção, Química Aplicada, Gestão Ambiental,
Algoritmos e Programação, Mapeamento de Fluxo de Valor, Sistemas de
Produção I e II, Análise de Processos, Tempos e Métodos, Gestão de Produto
e Projeto de Fábrica e Layout.
c) oferta de disciplinas teórico-práticas que realizem visitas técnicas em empresas
da região consideradas benchmarking na aplicação dos conceitos de sistemas
de produção enxuta: Introdução à Engenharia de Produção, Análise de
Processos, Tempos e Métodos, Sistemas de Produção I e II.
A Educação das Relações Étnico raciais e o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira
e Indígena, previstas pela Lei nº 11.645 de 10/03/2008 e pela Resolução CNE/CP N° 01 de
17 de junho de 2004, que trata da Educação das Relações Étnico raciais, bem como o
tratamento de questões e temáticas que dizem respeito aos afrodescendentes, estão
previstas nas disciplinas do curso denominadas Filosofia, Ética e Cidadania ofertada de forma
obrigatória na estrutura curricular. A estrutura curricular também conta com a disciplina
44
denominada Identidades e Diversidade Étnico-Raciais, ofertada de forma eletiva no 9º
semestre do curso e contempla o ensino.
Em relação às Políticas de Educação Ambiental de que trata a Lei nº 9.795, de 27 de
abril de 1999 e Decreto Nº 4.281 de 25 de junho de 2002, atenta-se para o tratamento da
integração da educação ambiental às disciplinas do curso de modo transversal e permanente,
sendo que as disciplinas que mais evidenciam estas situações são as seguintes: Ciências do
Ambiente e Gestão Ambiental.
Tem-se ainda a disciplina de Língua Brasileira de Sinais - Libras, com dois créditos e
carga horária de trinta e oito horas aula, oferecida como eletiva, conforme Decreto nº 5.626
de 22/12/05. Em relação às Políticas de Educação Ambiental de que trata a Lei nº 9.795, de
27 de abril de 1999 e Decreto Nº 4.281 de 25 de junho de 2002, atenta-se para o tratamento
da integração da educação ambiental às disciplinas do curso de modo transversal e
permanente, sendo que as disciplinas que mais evidenciam estas situações são: Ciências do
Ambiente e Gestão Ambiental.
O UniRitter, em seu projeto pedagógico, considera a indissociabilidade entre ensino,
pesquisa e extensão como premissa pedagógica fundamental no ensino da graduação. O
Curso promove e incentiva as práticas das atividades complementares, atividades de
extensão e projetos de pesquisa, incentivando a participação dos alunos nos salões de
iniciação científica e da Semana de Pesquisa (SEPesq) do UniRitter.
O curso de Engenharia de Produção do UniRitter tem a sua organização curricular
definida em semestres cuja sequência das disciplinas envolve uma lógica que integra e faz
convergir os diversos conhecimentos. As disciplinas do curso estão divididas em três núcleos
de Formação Básica, de Formação Profissional Geral e de Formação Profissional Específica,
em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais conforme resolução CNE/CES nº
11.
6.3 FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR
A flexibilização do currículo é característica do projeto que busca responder às
demandas sociais contemporâneas, possibilitando a eliminação da rigidez estrutural do curso,
45
facultando ao acadêmico a valorização de formação e de estudos anteriores ao ingresso no
curso, bem como a validação de atividades acadêmicas realizadas fora da IES.
O incentivo às diversas atividades extracurriculares como: atividades
Complementares, as disciplinas eletivas são sistemáticas que vão ao encontro da flexibilidade
curricular. Além da disciplina de Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e Identidades e
Diversidade Étnico - Raciais previstas no Projeto Pedagógico, são indicadas outras
disciplinas específicas, como disciplinas eletivas, e que agregam conhecimento à formação
do educando, bem como apresentam relação com os campos de atuação de trabalho deste
profissional.
Assim, fazem parte do rol das disciplinas eletivas ofertadas pelo curso de Engenharia
de Produção, como por exemplo: Processos de fabricação: Técnicas Conexas e Soldagem,
CAE, Acionamentos – CHP, Projeto Mecânico I, Inovação Tecnológica, Fundamentos de
Marketing, Marketing Estratégico, Gestão de Recursos Humanos, Gestão do Conhecimento
e Aprendizagem.
Tabela 1- Estrutura Curricular e disciplinas eletivas
Disciplinas CH Créditos
Fundamentos de Ciências Exatas (Matemática + Física Mecânica) 66 4
Expressão Gráfica 99 6
Introdução a Engenharia 33 2
Química Geral 66 4
Algoritmos e Programação 66 4
Comunicação 88 5
Cálculo I 66 4
Física Eletricidade 66 4
Geometria Analítica e Álgebra Linear 66 4
Segurança e Saúde do Trabalho 33 2
CAD 3D para Engenharia 66 4
Gestão das Organizações 88 5
Cálculo II 66 4
Ciência dos Materiais 66 4
Mecânica Clássica 33 2
Física Ondas e Calor 33 2
Projeto e Desenvolvimento do Produto 66 4
Antropologia e Cultura 88 5
46
Cálculo III 66 4
Cálculo Numérico 33 2
Ergonomia do Trabalho 33 2
Mecânica dos Sólidos 66 4
Tempos e Métodos 66 4
Probabilidade e Estatística 88 5
Desafios Contemporâneos 88 5
Fenômenos de Transporte 33 2
Resistência dos Materiais 66 4
Processos de Fabricação 66 4
Controle Estatistico de Processos 66 4
Sistema de Informação e Gestão 66 4
Pesquisa Operacional 66 4
Gestão da Qualidade 66 4
Gestão da Produção 66 4
Metrologia 66 4
Desenvolvimento Humano e Social 88 5
Pesquisa Operacional Aplicada 66 4
Engenharia da Qualidade 66 4
Gestão de Operações 66 4
Gestão da Logistica integrada 66 4
Simulação e Modelos 66 4
Planejamento e Gestão Estratégica 66 4
Gestão de Projetos 66 4
Metodologia de Custos e Formação de Preços 66 4
Gestão da cadeia de suprimentos 66 4
Gestão de Serviços 33 2
Manutenção e Inspeção 66 4
Optativa I - EAD 66 4
Trabalho de Conclusão de Curso I 66 4
Estágio 180 10
Engenharia Econômica 33 2
Avaliação Estratégica de Mercados 33 2
Projeto de Fábrica 33 2
Optativa II - EAD 66 4
Trabalho de Conclusão de Curso II 132 8
Atividades Complementares 255
255
3786 212
47
7 FORMAS DE ASSEGURAR INTERDISCIPLINARIDADE
A interdisciplinaridade passou a ser foco de atenção na produção do conhecimento
científico, no início do século XXI, pela necessidade de superar a fragmentação causada pela
epistemologia positivista, que dividiu as ciências em muitas disciplinas, dificultando a
compreensão da complexidade das experiências humanas e dos fenômenos da natureza.
A separação entre as ciências e as necessidades da vida cotidiana, determinadas pela
hiperespecialização dos saberes científicos, apresentam na interdisciplinaridade a
possibilidade de construção de um novo paradigma, que indaga continuamente o
conhecimento existente, ao problematizar a realidade e busca, através do intercâmbio e da
cooperação, a construção de novas respostas e intervenções que religam e superam os
saberes existentes.
A interdisciplinaridade, no UniRitter, é encarada como uma nova postura frente ao
conhecimento, ao processo ensino-aprendizagem e à própria organização curricular. Pode
ser analisada como definidora de princípios e como indicadora de procedimentos e práticas
no projeto pedagógico institucional.
O movimento da interdisciplinaridade permite uma evolução na ideia de integração
curricular, visto que exige um novo olhar sobre essa integração. Professores e alunos adotam
uma postura de aprendentes, daqueles que aprendem, pesquisando. A interdisciplinaridade,
pois, é um modelo dinâmico que suscita uma nova ordem no projeto curricular.
Entende-se que, para se adotar uma atitude interdisciplinar na Educação Superior, é
necessário conhecer o contexto da política educacional em seu desenvolvimento, possuir uma
acurada leitura disciplinar e ter comprometimento com o ensino contextualizado às
necessidades e às demandas da realidade - isso envolve um ensino ligado à pesquisa e à
extensão.
Pautando-se em uma ação em movimento, a interdisciplinaridade exige um
enfrentamento das contradições, o exercício do questionamento, uma postura dotada de
humildade, desapego, espera, respeito, cooperação e busca de coerência. Ela leva os cursos
e seus docentes às parcerias e às trocas intersubjetivas.
No contexto da internacionalização da Educação Superior, a interdisciplinaridade
assume um papel importante nas trocas que são feitas entre professores-pesquisadores e a
Instituição.
48
Em quaisquer das dimensões que se enfoque, porém, é necessário que se tenha, a
seu respeito, bastante clareza conceitual, adquirida graças a um sólido processo de reflexão.
Tanto a pesquisa como as didáticas interdisciplinares implicam a necessidade de um
novo movimento que não pode negar o antigo, do qual se gerou, mas que precisa explicitar-
se adequadamente. Ao revisitar as rotinas antigas, somente disciplinares, abre-se a
possibilidade para superá-las. O trabalho com conceitos, tanto na pesquisa como na didática
interdisciplinar, permite ao docente que questione as suas proposições paradigmáticas e as
suas próprias matrizes pedagógicas em sua consistência.
Com a nova postura dialética, no diálogo com as produções e nas parcerias
estabelecidas, surgem novas sínteses, em que um pensar é complementado por outros.
Busca-se a totalidade do conhecimento, sempre em construção, através da não-fragmentação
de saberes, respeitando-se, contudo, a especificidade das disciplinas, que é preservada. O
todo, no entanto, sempre será maior do que apenas a soma das partes, e a realidade, mais
complexa do que qualquer teoria.
Cabe destacar que a interdisciplinaridade exige rigor acadêmico, intencionalidade,
vontade de integrar-se e projetos curriculares que a viabilizem - projetos esses que tenham
um conteúdo, um processo de elaboração, uma execução e uma avaliação. Para tanto, deve-
se cultivar a postura de ação coletiva, com base no princípio de que várias ciências têm algo
a contribuir no estudo de um determinado tema ou eixo temático, que orienta todo o trabalho
de um grupo de professores, em um determinado espaço de tempo. Neste sentido, uma forma
cooperativa e solidária de trabalho substitui procedimentos individualistas. Essa proposta
relaciona-se com a linha de ação participativa adotada pelo UniRitter.
49
8 MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA
No Curso de Engenharia de Produção do UniRitter a relação teoria e prática são
atitudes permanentes da docência, utilizando referenciais da profissão e que mantenham um
nível elevado de interesse do aluno. Os docentes utilizam, sempre que possível, a
infraestrutura de laboratórios, para articular a teoria com a prática no seu processo de ensino
aprendizagem. Um dos diferenciais do curso de Engenharia de Produção, que permite integrar
teoria e prática, são os professores, sobretudo no que tange às disciplinas específicas da
área, as quais possuem perfil que combina conhecimento técnico e forte experiência prática
por atuarem no mercado de trabalho em atividades profissionais relacionadas diretamente
com uma das dez áreas da Engenharia de Produção.
Diversas são as disciplinas do curso que evidenciam nos respectivos planos de ensino
as práticas desenvolvidas nos laboratórios, práticas em sala de aula ou realizadas pelos
alunos em aplicações em empresas ou ainda visitas de aprendizagem em empresas. Pode-
se, por exemplo, mencionar práticas constantes de laboratório nas disciplinas básicas de
Física, Química , Introdução à Engenharia, Fenômenos de Transporte, Tempos e Métodos,
Projeto de Fábrica dentre outras.
No que diz respeito à atividade profissional e ao convívio com o ambiente de trabalho
do Engenheiro de Produção, o curso promove e incentiva dois tipos de estágio: estágio
curricular supervisionado obrigatório e o estágio supervisionado não obrigatório, os quais têm
como finalidade aproximar o aluno das demandas reais do campo de atuação do Engenheiro
de Produção, fortalecendo a relação da instituição com a comunidade. As disciplinas do curso,
alinhadas com o PDI do UniRitter, propõem-se a aproximar os conhecimentos estudados e
desenvolvidos em aula com a prática profissional.
Outra atividade de destaque, desenvolvida pelos alunos é a Competição de
Resistência de Pontes, confeccionadas em modelo reduzido com a utilização de macarrão. A
competição ocorre anualmente com a participação de alunos de todos os semestres da
Engenharia, onde o desafio é construir a ponte que resiste à maior carga aplicada. Por fim,
pode-se ressaltar as constantes visitas técnica realizadas semestralmente pelos professores
nas mais diversas disciplinas do curso, com a finalidade de relacionar a teoria com a prática,
através de observação de processos produtivos típicos da Engenharia de Produção.
50
9 METODOLOGIAS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
No que se refere à avaliação dos alunos , consideram-se as prescrições legais, desde
a LDB ao Regimento Geral do UniRitter que dedica um capítulo inteiro ao seu regramento
(artigos 82 a 91). A aprovação dos alunos, em um componente curricular em curso, implica a
avaliação do seu rendimento escolar, que envolve dois aspectos fundamentais: o
aproveitamento e a frequência. Para avaliar o aproveitamento, o PPC considera as previsões
regimentais para os momentos avaliativos previstos na Instituição (Graus A, B e C) e para a
sua operacionalização.
Pedagogicamente, entende-se fundamental a observância dos princípios do
processo de avaliação , definidos institucionalmente no Regimento Geral do UniRitter em seu
artigo 82 e seguintes, a seguir transcritos:
Art.82 −−−− O processo de avaliação do rendimento escolar, com os seus princípios e
detalhamento, se refere aos resultados semestrais de cada disciplina e compreende a
avaliação do aproveitamento e a apuração da assiduidade dos alunos.
Art. 83 - A avaliação do rendimento escolar tem como base os seguintes princípios:
I - a definição de procedimentos, de instrumentos e do tempo dedicados à avaliação
da aprendizagem são partes fundamentais integrantes do processo de ensinar e aprender;
II - a avaliação da aprendizagem é concebida como processo continuado, cumulativo
e gradativo que envolve, de forma ascensional, situações de complexidade crescente que se
refiram aos conteúdos, às habilidades cognitivas de observação, descrição, comparação,
análise, síntese, expressão, elaboração, aplicação e, suplementarmente, memorização;
III - é fundamental a explicitação de critérios e indicadores de aplicação dos mesmos
na identificação, no acompanhamento e no julgamento do desempenho dos alunos;
IV - a utilização de atividades, de instrumentos e de formas de aferição da
aprendizagem deve ser adequada às características, funções e especificidade de cada
disciplina;
V - o sistema de avaliação prevê a manutenção da simplicidade e da transparência da
fórmula, através da qual são apurados os níveis de desempenho atingidos pelos alunos, como
51
predicados da mensuração e expressão dos resultados inerentes ao processo de ensino-
aprendizagem;
VI - o desempenho dos alunos é base para a orientação, para a retroalimentação e
para o ajuste da prática docente e consiste em um auxílio para a reorientação discente no
processo de aprendizagem;
VII - o processo de avaliação é visto como incentivo para os alunos, no sentido de
superar os requisitos mínimos exigidos para a aprovação, e também como orientação para o
desenvolvimento de suas potencialidades, buscando um desempenho que prime sempre pela
qualidade.
Art. 84 −−−− Em se tratando de cursos presenciais (de graduação e técnicos), o
rendimento escolar do aluno deve ser avaliado no decurso do período letivo, em cada
disciplina teórica e teórico-prática, através de exercícios, trabalhos teóricos, trabalhos
práticos, testes, provas ou outras modalidades de avaliação de aprendizagem, com vistas a
apurar três situações de formalização de resultados obtidos:
I – Grau A
II – Grau B
III – Grau C
§ 1º −−−− Os resultados obtidos são formalizados através de símbolos numéricos
compreendidos entre 0 (zero) e 10 (dez) e expressos até o décimo.
§ 2º Nos componentes curriculares que não possuem terminalidade em si e não são
avaliados da forma descrita no caput do artigo, tais como: oficinas de prática, estágios
obrigatórios, atividades complementares de integralização curricular e 1ª etapa do trabalho de
conclusão de curso (quando esse é desenvolvido em 2 (duas) disciplinas que ocorrem em 2
(dois) semestres letivos), o resultado será formalizado através da indicação de cumprido ou
não cumprido, devendo, também, ser registrada a carga horária desenvolvida.
§ 3º −−−− O aluno que obtiver, nos Graus A e B, média aritmética ponderada de, no
mínimo, 6,0 (seis) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco) das aulas dadas é
considerado aprovado.
§ 4º −−−− Deve submeter-se à avaliação prevista para o Grau C somente o aluno que não
lograr obter a média prevista no artigo anterior, uma vez que tenha a frequência mínima de
52
75%, (setenta e cinco), sendo considerado aprovado, neste caso, o aluno que obtiver média
aritmética ponderada de, no mínimo, 6,0 (seis).
Art. 84 - A - A avaliação do rendimento escolar obedece aos seguintes aspectos:
I – o Grau A formaliza os resultados obtidos em procedimentos de avaliação que
envolvam o conteúdo desenvolvido até a sua apuração e tem peso 1 (um);
II – o Grau B formaliza os resultados obtidos através de, no mínimo, dois
procedimentos de avaliação diferentes que envolvam a integralidade dos conteúdos
abordados no semestre e tem peso 2 (dois). No caso de a disciplina exigir trabalho(s)
prático(s), a apresentação deste(s) é condição obrigatória para se submeter aos
procedimentos de avaliação que integram o Grau C, se este for necessário;
III – o Grau C formaliza os resultados decorrentes de procedimentos de avaliação que
envolvam os conteúdos abordados no semestre e possibilita a substituição de um dos graus
anteriores ou a recuperação de um dos graus, quando inexistente;
IV – no caso de substituição ou recuperação do Grau A, o Grau C tem peso 1 (um) e,
no caso de substituição ou recuperação do Grau B, tem peso 2 (dois);
V – a aplicação dos diferentes procedimentos e instrumentos de avaliação destinados
a constituir os graus em cada disciplina é definida em cronograma estabelecido pelo professor,
constante no seu plano de ensino e divulgado previamente aos alunos, observadas as
determinações constantes no Calendário Acadêmico Institucional;
VI – o prazo limite para a realização dos procedimentos de avaliação destinados a
constituir os Graus B e C, estabelecidos no Calendário Acadêmico Institucional, não isenta o
professor do cumprimento efetivo do período letivo, do programa e das atividades previstas
para a disciplina;
VII – a análise com os alunos dos resultados obtidos com base nos referenciais que
orientaram o processo de avaliação, integra os procedimentos didáticos referentes à avaliação
da aprendizagem;
VIII – a revisão dos resultados obtidos nos Graus A e B é feita diretamente com o
professor da disciplina após a análise e a divulgação;
IX – a revisão dos resultados obtidos no Grau C é feita com o professor da respectiva
disciplina, após a análise e a divulgação, nos termos do calendário acadêmico.
53
Parágrafo Único - Nas disciplinas de 2 (dois) créditos acadêmicos, o Grau B, de que
trata inciso II, pode ser obtido pelo resultado de apenas um procedimento de avaliação.
Art. 85 - Quanto às disciplinas ofertadas na modalidade a distância, o processo
avaliativo será realizado em duas etapas:
I – O Grau A (GA) consiste em atividades virtuais avaliativas desenvolvidas ao longo
do semestre que possibilitam avaliar o aluno continuamente;
II – O Grau B (GB) consiste em prova presencial, individual e sem consulta.
Art. 86 - A nota final do aluno em disciplinas a distância será a obtida por meio da
média do Grau A e do Grau B, considerando que a nota do Grau A terá peso quatro (4) e a
nota do Grau B terá peso seis (6): (0,4GA +0,6GB).
Parágrafo Único - Caso o aluno não alcance a nota mínima de seis (6,0) pontos,
deverá realizar o Grau C, que consiste em uma prova presencial, individual e sem consulta,
substitutiva somente ao Grau B, desde que tenha participado de, no mínimo, 75% das
atividades virtuais obrigatórias da disciplina.
Art. 87 - Nas disciplinas a distância, a frequência será apurada a partir da completude
das atividades obrigatórias propostas no ambiente de aprendizagem, seguindo o mesmo
critério para aprovação previsto neste regimento.
Art. 88 – Em caso de necessidade de arredondamento para expressar a média final
até o décimo, são adotados os seguintes procedimentos:
I – se o algarismo dos centésimos for menor que 5 (cinco), permanece o valor do
décimo;
II – se o algarismo dos centésimos for igual ou maior que 5 (cinco), o valor do décimo
fica acrescido de 1(uma) unidade.
Art. 89 −−−− Nas disciplinas de caráter eminentemente prático, que não as teóricas e
teórico-práticas, de acordo com o PPC de cada curso, dada a sua especificidade, serão
mantidos, somente, os Graus A e B.
§ 1º −−−− O grau A expressa a avaliação de processo referente à prática desenvolvida na
disciplina e deve receber a sinalização definida no seu plano de ensino, previamente aprovado
na forma de organização curricular em que o componente curricular se insere e homologado
pelo Colegiado de Curso.
54
§ 2º −−−− O grau B expressa a avaliação final da disciplina, englobando a recuperação do
grau A, quando necessária. Sendo a avaliação da atividade prática contínua, gradativa e
cumulativa, o seu resultado final contém a retroalimentação e a recuperação das etapas
intermediárias avaliadas pelo grau A.
§ 3º −−−− É considerado aprovado na disciplina o aluno que obtiver, no grau B, nota igual
ou superior a 6 (seis).
§ 4º −−−− O grau C fica suprimido, considerando-se que a retroalimentação e a
recuperação da atividade prática acontecem simultaneamente ao longo do semestre e estão
expressas no grau B.
§ 5º −−−− Cada curso, através de seu Colegiado de Curso, identifica as disciplinas que se
enquadram como sendo de caráter eminentemente prático, regulamentando os seus padrões
de desempenho, encaminha para a Pró-Reitoria de Graduação que as submeterá à aprovação
do CONSEPE.
Art. 90 −−−− O aluno reprovado, por não ter atingido, seja a frequência mínima, seja as
notas mínimas exigidas nos graus, deve repetir a disciplina, sujeito, na repetência, aos
mesmos requisitos de frequência e de aproveitamento estabelecidos neste Regimento Geral.
Parágrafo Único −−−− O aluno repetente é obrigado a fazer novos trabalhos de prática
ou de pesquisa, não sendo válidos os do semestre anterior.
Art. 91 −−−− Não será atribuído crédito:
I −−−− às horas dedicadas à realização de estudos individuais, atividades co-curriculares
e outras similares, a critério do Colegiado de Curso;
II −−−− às disciplinas em que houver reprovação.
Alicerçada nestes princípios e nas determinações da L.D.B. no 9394/96, a
operacionalização da avaliação do rendimento escolar define que as aprovações ou
reprovações são feitas nas disciplinas. As disciplinas são formadas por créditos acadêmicos.
Cada crédito tem 19 (dezenove) horas-aula de trabalho acadêmico, a fim de atender aos
Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura de abril de
2010, em 3600 horas relógio. O cumprimento dos créditos em termos de horas-aula não exime
o Curso do cumprimento do número mínimo de 100 dias letivos semestrais.
55
10 MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
Esse princípio vincula-se ao desenvolvimento das atividades-fim das IES: ensino,
pesquisa e extensão e à sua indissociabilidade, buscada, historicamente, na Educação
Superior universitária.
A indissociabilidade entre as atividades-fim da Universidade é condição sine qua non
para a tipologia de Universidade e, consequentemente, para um Centro que pretenda ser
universitário. Sua exigência parte do artigo 207 da Constituição Federal de 1988 e deve ser
vista sob dois enfoques:
1º) como princípio pedagógico de desenvolvimento do ensino na Graduação e na Pós-
Graduação;
2º) em termos mais amplos, quando assume um âmbito institucional e envolve a
pesquisa docente institucionalizada e a extensão de cunho universitário propriamente dito.
O primeiro enfoque, quando a adoção da indissociabilidade das atividades-fim é vista
como princípio pedagógico fundamental da Graduação e da Pós-Graduação, refere-se
especificamente aos processos de ensino e de aprendizagem nesse nível da Educação
Superior. A aprendizagem que resulta desse processo implica a apropriação crítica dos
saberes pelos alunos. Isso está associado a métodos nos quais a construção dos saberes
envolve uma dimensão política, que diz respeito aos interesses da sociedade ou de um grupo
da mesma, que venha a se beneficiar desse saber.
Ao estabelecer que o ensino e a pesquisa estão unidos, não significa apenas que a
pesquisa dá suporte ao ensino. Tal união representa, também, o fato de que o método
investigativo praticado ao longo de todo o curso é condição essencial para a formação dos
alunos. O Curso de Engenharia de Produção do UniRitter considera esta premissa um aspecto
fundamental para o seu processo permanente de aprendizagem e condição para uma
formação continuada requerida pela globalização e pelo caráter vertiginoso das mudanças
sociais, tecnológicas e científicas da atualidade.
Para a ocorrência de um ensino com pesquisa, é necessário o envolvimento do
professor e do aluno na construção de conhecimento e atuando como parceiros no contexto
de suas atividades curriculares. Isso passa a estabelecer outra dimensão no processo de
ensino aprendizagem de modo a não ficar limitado apenas ao ensinar determinados saberes,
uma vez que instiga o aluno ao processo de aprender a aprender, propicia a aquisição de
56
autonomia intelectual e, por consequência, o aprender de forma permanente. Desta maneira,
o ensino pode nutrir-se de inúmeras formas de pesquisa.
Ensino e extensão unidos, por sua vez, asseguram uma dimensão política à formação
acadêmica, inserindo o aluno na realidade social pela ótica da sua área de formação. Através
dessa relação, o aluno passa a identificar através das necessidades da sociedade os
interesses gerais e particulares existentes no âmbito de sua profissão. Pelo ensino com
extensão, em função de seus aspectos comunitários, o aluno compreende que um saber
nunca é neutro.
A extensão, como princípio pedagógico, implica a sua prática como componente
curricular e se desenvolve ao longo do curso. Esta ocorre pela produção contextualizada do
conhecimento e se concretiza através de diferentes formas de atividades práticas vinculadas
a teoria (ação/reflexão/ação), estágios curriculares, atuação em projetos extensionistas ou em
núcleos comunitários institucionais e outras atividades. Esses projetos e núcleos possuem
função pedagógica, nutrindo o processo de ensino aprendizagem com o contexto social,
propiciando um convívio com a realidade do exercício profissional e envolvendo os discentes
com a responsabilidade social da Educação Superior.
O ensino vinculado à extensão também oportuniza a flexibilização curricular. Esta
possibilidade surge para a Educação Superior quando da determinação do Ministério da
Educação pela exigência da utilização das “diretrizes curriculares nacionais” em substituição
aos “currículos mínimos”. Esta nova referência, com a flexibilização dos currículos, permitiu o
desenvolvimento de atividades complementares de integralização curricular que podem ser
oportunizadas por atividades de ensino, de pesquisa e de extensão.
Há, pois, uma correspondência biunívoca: o ensino é flexibilizado e apresenta a sua
dimensão teórico-prática garantida via pesquisa e extensão e, por outro lado, o ensino nutre
ambas atividades no curso de graduação. A adoção do princípio pedagógico da
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão em cada curso de Graduação e de Pós-
Graduação das unidades que integram o Centro Universitário requer uma gestão pedagógica
em que cada docente se reconheça como parte de um todo maior de curso. A estrutura
curricular de um curso é um todo, que é muito maior do que a soma das partes.
57
Quanto ao segundo enfoque da indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a
extensão, vistas no seu âmbito institucional 1, aplica-se o mesmo raciocínio acerca do todo.
Cada uma dessas atividades-fim precisa ter o entendimento de que faz parte de um todo, que
é a IES, com a sua missão, a sua visão, a sua ação educativa desenvolvida sobre referências
e políticas, enfim, com a sua identidade. Essa identidade institucional é construída e
desenvolvida através de uma ação coletiva, que exige corresponsabilidade e participação.
Vale ratificar que, no âmbito institucional do ensino, da pesquisa e da extensão,
enquanto atividades-fim exige:
a) políticas institucionais que regulamentem o ensino, a pesquisa e a extensão e que
se articulem entre si;
b) ação educativa desenvolvida sob o paradigma conceitual da Instituição,
comprometida com a ação coletiva, coerente com os princípios de participação ativa;
c) estrutura interna articulada e integradora.
Atendidos os aspectos acima citados, a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa
e a extensão, no âmbito institucional, concretiza-se na forma como são estabelecidas as suas
interfaces.
O ensino é desenvolvido com base na vocação de cada curso. Assim como ela dá
origem à sua estrutura curricular, ela gera as suas linhas de pesquisa que, por sua vez, dão
origem aos grupos que as desenvolvem. Pesquisa e ensino estão, pois, intimamente
imbricados um ao outro não só no interior dos cursos como no âmbito institucional.
A extensão, por sua vez, com seus programas de educação continuada, de relações
comunitárias e de parcerias interinstitucionais, é alimentada pelo desenvolvimento da vocação
dos cursos, pelo conhecimento construído e disseminado e possui reforçada a articulação das
duas outras atividades-fim com a comunidade regional, nacional e internacional. É a extensão
que impede a construção de barreiras entre a formação inicial e a continuada dos alunos (uma
vez aluno, aluno sempre, sem a dimensão de ex), estabelecendo as pontes necessárias que
permitirão a permanência de sua formação.
1 A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, vista sob enfoque institucional, é um princípio constitucional (artigo 207), exigido para todas as universidades, como tipologia mais completa de IES.
58
O Curso de Engenharia de Produção do UniRitter, como forma de garantir a
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, vem realizando ações, atividades e
propicia espaços para que este princípio se estabeleça. Alguns exemplos:
a) Atividade interdisciplinar, que ocorre a cada semestre, com integração das
disciplinas em torno de um tema comum, onde é proporcionado ao discente um espaço de
experiência com a pesquisa;
b) Atividades de monitoria com o intuito de despertar o aluno para a docência e
ampliação do conhecimento, visando à formação de pessoal comprometido com a qualidade
acadêmica e intensificar e assegurar a cooperação entre estudantes e professores nas
atividades relativas ao ensino;
c) atividades de pesquisa docente possibilitando que novos conhecimentos se
disseminem no curso de graduação, contribuindo para que o UniRitter se envolva
integralmente com o desenvolvimento das atividades científicas aos seus alunos; e que
culmina com a Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação do UniRitter, evento que é
realizado anualmente e promovido pela Pró-Reitoria Acadêmica, e conta com a participação
de estudantes, docentes do UniRitter e público externo;
d) através do oferecimento de bolsas de iniciação cientifica que permite introduzir, na
pesquisa científica, os estudantes de graduação, e cujas modalidades são:
(i) Bolsa de Iniciação Científica (BIC / UniRitter) para o aluno de graduação do UniRitter
selecionado por professor pesquisador, o aluno recebe horas complementares sujeitas ao
regulamento de cada curso ou faculdade e desconto equivalente a três créditos. O tempo de
dedicação mínimo exigido para a atividade corresponde a dez (10) horas semanais;
(ii) Bolsa de Iniciação Científica (BIC / UniRitter-FAPERGS) para o aluno de graduação
do UniRitter que passa a receber apoio financeiro da FAPERGS, quando disponibilizado
institucionalmente ao UniRitter. O Bolsista deve dedicar vinte (20) horas semanais para o
desenvolvimento das atividades;
(iii) Bolsa de Iniciação Científica (BIC / UniRitter-CNPq) para o aluno de Graduação do
UniRitter que recebe apoio financeiro do CNPq, quando disponibilizado institucionalmente ao
UniRitter. O Bolsista deve dedicar vinte (20) horas semanais para o desenvolvimento das
atividades e;
(iv) Estudante Voluntário de Pesquisa (EVP), aluno de graduação do UniRitter que
atua em uma Equipe de Pesquisa voluntariamente, sem receber Bolsa de Iniciação Científica.
59
Os Bolsistas Voluntários recebem horas complementares. O tempo mínimo de dedicação
característico para esta modalidade corresponde a cinco (5) horas semanais para o
desenvolvimento das atividades;
e) estágio supervisionado obrigatório e não obrigatório, que tem como uma das
finalidades fortalecer a relação entre formação acadêmica com o mercado de trabalho;
f) diversas atividades desenvolvidas pelas disciplinas: trabalhos de campo, visitas e
palestras técnicas;
g) projetos de extensão;
Conforme planejamento do Curso, outras ações serão implementadas no futuro, tais
como:
a) o projeto de empresa Junior que terá por objetivo apoiar o processo acadêmico,
constituindo-se em Laboratório de Ensino, dedicado a estimular e desenvolver a produção
teórica e prática dos estudantes, prestando apoio instrumental às atividades de ensino,
pesquisa e extensão;
b) a ampliação da participação dos discentes e docentes em projetos e atividades de
extensão;
c) a definição de linhas de pesquisa e extensão, em função das exigências da
realidade;
d) a implantação de novos cursos e projetos de extensão voltados às demandas
decorrentes do mercado, que favorecerão, desta forma, à Educação Continuada.
10.1 POLÍTICAS DE PESQUISA
A LDB nº 9.394/96, ao definir as finalidades do Ensino Superior no seu artigo 43,
aponta como primeira finalidade “estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito
científico e do pensamento reflexivo” (Inciso I); e incentiva “o trabalho de pesquisa e
investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, e da criação e
difusão da cultura” (Inciso II). Percebe-se, pois, que atividades de pesquisa são de certa
maneira compulsórias, uma vez que, independentemente do tipo de IES, fundamentam o
progresso da academia como um todo. A prática da pesquisa, todavia, dependerá, sim, da
natureza da IES, de seus objetivos institucionais e de sua missão educacional, constantes no
Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e no Projeto Pedagógico Institucional (PPI).
60
O Centro Universitário Ritter dos Reis orienta, apoia e fomenta projetos para atividades
de Pesquisa Institucional. A Pró-Reitoria Acadêmica garante o compromisso da Pesquisa com
a investigação de fatos socioculturais e de fenômenos artísticos e tecnológicos ocorrentes no
Rio Grande do Sul e, em especial, nos municípios partícipes da Grande Porto Alegre.
Necessário é, antes de ressaltar o princípio da indissociabilidade entre a Pesquisa, o Ensino
e a Extensão, destacarem-se três embasamentos para a Política da Pesquisa Institucional, a
saber:
(1) Pesquisa Aplicada – atividades e/ou projetos de pesquisa científica, desde o
momento de sua concepção, devem dedicar-se à investigação de temas socioculturais,
artístico-tecnológicos, considerando (pelo lado da agregação com o Ensino) a organização
curricular dos cursos ao qual pesquisador(es) e estudante(s) estão vinculados; e (pelo lado
da associação com a Extensão), formulando projetos de pesquisa que tomem como referência
as necessidades e as experimentações práticas de um dado grupo social.
(2) Pesquisa Interessada – atividades e/ou projetos de pesquisa científica devem ser
concebidos e desenvolvidos deixando claramente demonstrado que na investigação
imperaram interesses em intervir em dada realidade sociocultural, sempre convergindo,
compartilhando os valores humanos da comunidade.
(3) Pesquisa Legitimada – atividades e/ou projetos de pesquisa devem ser conduzidos
por pesquisadores-orientadores, equipes e grupos de investigação que utilizem
procedimentos técnicos e comportamentos éticos concebidos e desenvolvidos de acordo com
o rigor científico, a fim de que os pares da mesma e de outras IES confiem e legitimem as
abordagens e as metodologias utilizadas.
O Centro Universitário Ritter dos Reis para sua Pesquisa Institucional, além de
doutrinar o princípio da indissociabilidade das atividades de Pesquisa com o Ensino e a
Extensão – atividades-fim que, no âmbito desta IES, devem servir de guia ao pensamento
científico –, destaca três outros princípios para a Pesquisa, a saber:
(1) Princípio da Nucleação Recursiva – fomenta-se para as atividades e/ou projetos de
Pesquisa Institucional a formação de núcleos de pesquisa iterativos, uma vez que estes
possam determinar temas recorrentes que: (1) estejam integrados às atividades de
graduação; (2) sejam substanciados junto às linhas de pesquisa definidoras dos cursos de
pós-graduação de sentido amplo (lato sensu) – atualização, especialização – ou de sentido
restrito (stricto sensu) – mestrado, doutorado; (3) possam ser também inspirados e articulados
com as atividades de extensão.
61
(2) Princípio da Equalização Investigativa – promovem-se aos núcleos as condições
para que se busque motivação, meios e recursos para se equipararem aos núcleos mais
desenvolvidos e, desta feita, toda a atividade de Pesquisa Institucional se igualar, equiparar-
se àquela de maior progresso. Isto possibilitará o reconhecimento da Pesquisa Institucional
com forte conceito – no interior da IES e, principalmente, no mundo externo ao UniRitter.
(3) Princípio da Realimentação Extensionista – promovem-se aos núcleos as
condições para que identifiquem (definam e delimitem) novos temas de pesquisa com base
nos resultados das atividades de extensão que, nos cursos tradicionalmente estabelecidos,
se encontram em pleno desenvolvimento. As atividades de extensão, por sua vez, devem ser
realimentadas com novos parâmetros e pontos de observação, extraídos dos resultados e
dados levantados, por meio das atividades de Pesquisa Institucional.
A Pró-Reitoria Acadêmica, considerando a realidade institucional, a legislação atual,
bem como o debate nacional sobre a função da educação superior na sociedade, entende
que a Pesquisa Institucional é uma atividade que contribui para a indissociabilidade entre
ensino, pesquisa e extensão; para a constituição de propostas de programas de pós-
graduação stricto sensu; para a geração de novos conhecimentos interligados a atividades
extensionistas; para a realização de ações de responsabilidade social; e para o
desenvolvimento local/regional.
De acordo com o PDI, o UniRitter, como Centro Universitário, tem na construção do
conhecimento uma de suas finalidades, buscando imprimir na atividade de pesquisa a mesma
qualidade que tem garantido ao ensino. Assim, como elemento gerador de conhecimento, a
Pesquisa no UniRitter busca sistematizar os esforços através de dois programas específicos
de Pesquisa, fomentados pela Instituição: o Programa Institucional de Pesquisa Docente e o
Programa Institucional de Iniciação Científica (Pró-Inicie).
O Programa Institucional de Pesquisa Docente intensificou suas atividades a partir do
ano de 2003, com a aprovação do ingresso dos grupos de pesquisa no Diretório de Grupos
do CNPq, o que revela o reconhecimento da pesquisa desenvolvida pela instituição desde a
segunda metade da década de 1990. Embora a pesquisa já date de época mais remota, a
história da gerência da pesquisa, com seus grupos e linhas, é mais recente. A política de
pesquisa na Instituição tem os seguintes objetivos:
(1) Desenvolver a pesquisa institucional de forma sistemática e integrada às demandas
das comunidades interna e, principalmente, externa (poderes públicos, empresas e terceiro
setor);
62
(2) Obter o reconhecimento e legitimidade externa da atividade de Pesquisa
Institucional do UniRitter;
(3) Organizar mecanismos que contribuam para a sustentabilidade das atividades de
Pesquisa; e
(4) Apoiar organicamente a atividade de pesquisa que serve de base para cursos de
Pós-Graduação Stricto Sensu e/ou que evidencie essa potencialidade.
O Programa Institucional de Pesquisa Docente prevê apoio na forma de remuneração
em carga horária dedicada para a pesquisa e de infraestrutura, para o desenvolvimento das
pesquisas – sejam projetos individuais, sejam coletivos. Os tipos de Projetos de Pesquisa são:
(1) projetos de investigação acadêmica: são os projetos preferencialmente vinculados
a linhas e a grupos de pesquisa que visam gerar conhecimento acadêmico sobre temas e/ou
metodologias tornados objetos de investigação;
(2) projetos para a resolução de problemas: são projetos que geram conhecimentos a
serem aplicados, contribuindo para a solução de problemas e podendo atender a
necessidades de instituições, de organizações, de grupos sociais, entre outros;
(3) projetos de investigação acadêmica de pós-graduandos: são projetos oriundos de
cursos stricto sensu e farão parte desse Programa, quando vinculados à pesquisa de
professor orientador, podendo receber apoio institucional para o seu desenvolvimento.
A Educação Superior tem na geração e disseminação do conhecimento a sua principal
especificidade. A geração do conhecimento é uma condição inalienável que impõe a pesquisa
como uma atividade essencial e constitutiva de seu caráter e referência de sua identidade. É
a pesquisa que qualifica o ensino, juntamente com a extensão, tornando-o Educação
Superior. Tem-se o comprometimento com a construção do conhecimento, especialmente
através do estímulo a um pensamento crítico e criativo, que visa garantir a excelência
acadêmica sem que haja, apenas, a reprodução inerente a uma formação técnico-profissional
limitada.
A atividade de pesquisa desperta um dos principais elementos que compõem a
condição humana: a curiosidade relativa às origens de institutos ou práticas que, no caso da
área jurídica, resgatam o sentido e significado de conceitos milenares que ainda são aplicados
na atuação profissional. A atribuição de sentidos ao tempo e ao espaço do objeto de estudo
63
torna-se base para a ampliação de uma efetiva reflexão e posterior análise de resultados da
pesquisa realizada. Deve-se enfatizar o olhar social das atividades desenvolvidas, na medida
em que a união entre teoria e prática são características importantes da nossa Instituição.
Com base neste panorama, as ações de Pesquisa possuem os seguintes princípios
norteadores :
(a) liberdade na escolha do objeto de estudo, tendo apenas mecanismos de incentivo
aos interesses que contribuam para o fortalecimento das áreas temáticas que o conjunto da
Instituição decida privilegiar, tanto sob a forma organizacional de "grupos" e de “linhas de
pesquisa”;
(b) liberdade na escolha do método que seja capaz de ordenar e propiciar o
desenvolvimento da pesquisa como decorrência da multidiversidade de abordagens
epistemológicas, condição para um ambiente acadêmico fértil e criativo;
(c) utilização de conhecimentos, vindos de diferentes áreas do saber, livre das
restrições inerentes ao corporativismo profissional, em abordagem multidisciplinar.
A pesquisa, entendida como princípio científico e educativo, isto é, concebida não só
como um modus operandi da ciência, mas, também, como um meio de educação e
qualificação profissional, comprometido com a construção do conhecimento, é condição
necessária para a qualificação da graduação e da pós-graduação, organicamente articuladas
na Instituição. Esta articulação expressa através de linhas de pesquisa tem origem no foco
dos diferentes cursos de graduação, garantindo-lhes qualificação e identidade.
Em virtude desta concepção política, docentes e discentes orientam seus interesses
de pesquisa para a convergência com os focos dos cursos de graduação, os quais orientam,
também, as propostas de cursos de pós-graduação.
Para tanto, os cursos de pós-graduação deverão explicitar a relação com os focos dos
cursos de graduação, sugerindo as temáticas que melhor contribuem para a sua implantação
e consolidação. Tais temáticas, articuladas em linhas de pesquisa, devem ser, também,
inspiradoras das atividades de extensão, estimulando-as e integrando-as.
Com o objetivo de estimular e aprimorar os projetos de pesquisa vinculados ao
interesse institucional e às áreas de concentração dos cursos de Graduação e de Pós-
Graduação do UniRitter, a Pró-Reitoria Acadêmica (ProAcad) realiza anualmente uma
chamada para apresentação de Projetos de Pesquisa.
64
No ano de 2013, foi lançado o Edital de Modalidade 1, destinado ao desenvolvimento
de projetos de pesquisas para o ano de 2014 e concentradas nas seguintes linhas de apoio
relacionadas à área da Engenharia de Produção e à inovação: Engenharia e Arquitetura:
Estudos de sustentabilidade, compreensão socioeconômica e meio ambiente; Saneamento:
sistema de esgoto sanitários, sistema de esgoto pluviais e drenagem urbana, sistemas de
abastecimento de água, sistema de limpeza urbana; Obras especiais: obras hidráulicas, obras
de terra, sistemas de irrigação; Construção Civil: fundações, estruturas, sistemas, matérias e
técnicas de construção; Mobilidade: transporte, vias, trânsito, veículos; Energia e meio
ambiente; Projeto, Novas Tecnologias e Inovação.
No ano de 2015, por exemplo, foi lançado novo edital, destinado a incentivar e
fomentar a pesquisa. A Faculdade de Engenharia aprovou 5 projetos dos quais pelo menos 3
tem ligação direta com a Engenharia de Produção, nas áreas de robótica, soldagem e
caracterização de materiais. No ano de 2016, além do tradicional edital de projeto de pesquisa,
também foi lançado de forma inédita o edital de apoio à pesquisa discente. Esse edital foi um
proposta de trabalho de iniciativa discente junto ao Núcleo de Estudos das Faculdades de
Engenharia, Arquitetura e Urbanismo e Informática. O objetivo desse edital é apoiar projetos
de iniciativa discente (individual ou em grupos de até 3 alunos), que estejam alinhados as
áreas estratégicas (sistemas de produção e gestão de operações, gestão e tecnologias
ambientais, sistemas estruturais, energia, computação e desenvolvimento e aplicação de
materiais) definidas pelas Faculdades, possibilitando a interatividade acadêmica, o interesse
pela pesquisa e o desenvolvimento de atividades e soluções tecnológicas inovadoras. Sete
projetos foram selecionados.
10.1.1 INCENTIVO À PESQUISA
O Centro Universitário Ritter dos Reis, nos últimos quinze anos, empreendeu um
esforço muito significativo de desenvolvimento de sua capacidade científica e tecnológica,
com vistas tanto ao aprimoramento da atividade de pesquisa - como necessário
prolongamento da atividade de ensino e como instrumento para a iniciação científica e à
inserção profissional. Investiu esforços, também, para o enfrentamento dos problemas sociais
e à melhoria da qualidade de vida da comunidade envolvida em seus diversos projetos.
O direcionamento indicado pela nossa política institucional de pesquisa aponta à clara
necessidade de se construir e desenvolver atividades voltadas para um equacionamento novo
e adequadas para os desafiadores problemas de um mundo cada vez mais globalizado, que
exige a atuação crítica de todos os agentes sociais.
65
O Centro Universitário Ritter dos Reis entende que a educação precisa ser ampliada
em todos os níveis e a pesquisa e a iniciação científica exercem um papel fundamental e
estratégico neste contexto. As atividades de pesquisa obedecem ao princípio pedagógico da
indissociabilidade entre ensino pesquisa e extensão, previsto no Projeto Pedagógico
Institucional.
Esse documento norteador das atividades pedagógicas do Centro Universitário Ritter
dos Reis nos indica que a fusão entre ensino e pesquisa tem dois significados: primeiro que
a pesquisa oferece suporte ao ensino e, segundo, que o método investigativo praticado ao
longo de todo o curso é condição essencial para todos os alunos (e não apenas para aqueles
que desenvolvem atividades de Iniciação Científica ou Tutoria), por ser fundamental ao seu
processo de aprendizagem permanente, condição da formação continuada requerida pela
globalização. Um ensino com pesquisa envolve o professor e o aluno na construção de
conhecimentos, como parceiros no contexto de suas atividades curriculares.
Para tanto, a Política Institucional de Pesquisa da nossa Instituição não é concebida
de forma centralizada, nem embasada em políticas e/ou convenções tradicionais de
desenvolvimento científico, tecnológico e educacional, pois com isso correríamos o risco de
expandir burocracias ineficientes e sufocar a iniciativa e a criatividade dos pesquisadores e
bolsistas.
Entendemos que a pesquisa existe para interpretar e intervir; a interpretação, por sua
vez, é a antevisão transformadora e, através da intervenção, o processo educacional
completa-se e o próprio pesquisador nele se reconhece. Em cada projeto da nossa Instituição,
constata-se a permanente busca do conhecimento por meio da pesquisa, nas reflexões de
autores e textos selecionados, nas experiências e atividades de coleta externa de informações
e, por fim, nas apresentações públicas em vários eventos científicos, tanto internos quanto
externos.
A busca do aprimoramento acadêmico encontra na pesquisa e na iniciação científica
o seu ambiente privilegiado, já que o UniRitter assumiu a tarefa de construir e aprimorar a
cultura da pesquisa, apoiando-a nos mais diversos aspectos, tais como a bolsa de iniciação
científica, a escolha de professores – pesquisadores e orientadores – egressos da pós-
graduação stricto sensu, a política remuneratória e o incentivo às publicações.
Em todos os seus cursos de graduação, pós-graduação lato sensu e pós-graduação
stricto sensu, o UniRitter renova cotidianamente o seu compromisso de trilhar o caminho da
construção de um conhecimento mais solidário e humano.
66
10.2 EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
A atividade de extensão, desenvolvida historicamente nas universidades brasileiras,
registra diversidade de concepções e práticas, bem como demonstra características de uma
atividade colocada à margem de outras que seriam mais nobres: pesquisa e ensino. A
elaboração da Política Institucional de Extensão do UniRitter, em consonância com as análise
e proposições de Pró-Reitores de Extensão de Universidades Públicas Brasileiras, que desde
os anos 1980 vinham elaborando documentos sobre o tema, optou pela afirmação de que a
extensão necessita desenvolver-se e colaborar para a vida acadêmica de maneira similar as
outras atividades fins do Centro Universitário.
O UniRitter delimitou duas dimensões interdependentes como fundamentos para as
atividades extensionistas: a acadêmica e a social. Além disso, considerou-se que a extensão
envolve comunicação de conhecimentos e de práticas entre o meio universitário e a vida social
e comunitária, em uma ação duplamente transformadora e integradora.
A dimensão social das atividades de extensão afirma-se por meio da ação
comprometida com o respeito à diversidade cultural, à dignidade humana, com vistas ao
desenvolvimento local e regional. A dimensão acadêmica efetiva-se pelo aprimoramento dos
conhecimentos produzidos na pesquisa e no ensino, mediante a reflexão acerca das
experiências e dos saberes oriundos da relação entre comunidades e universidade.
As atividades de extensão comunitária têm condição especial, para uma perspectiva
institucional de atuação interdisciplinar. Diante disso, foram eleitos três elementos básicos
integrantes das atividades extensionistas: integração, hibridismo e mediação. A integração
efetiva-se na transposição de barreiras tanto internas à Instituição quanto na relação com o
meio externo. Internamente, rompem-se fronteiras entre suas áreas de conhecimento, cursos
e disciplinas. Na relação com o meio externo, superam-se obstáculos entre a Instituição e as
comunidades e, ainda, entre os saberes cotidianos e o conhecimento acadêmico.
O hibridismo sustenta-se na necessidade de construção de espaços, conhecimentos
e práticas que mesclam as culturas comunitária e acadêmica, produzindo resultados efetivos
para os meios sociais de origem. Os espaços expressam a intencionalidade de constituírem-
se em centros de mediação de experiências que possibilitem atuações para o
desenvolvimento social e humano.
A mediação consolida-se com a presença de agentes mediadores, oriundos da
universidade e da comunidade, que fomentam e estabelecem vínculos entre âmbitos da vida
social. Os mediadores e as atividades de extensão articulam, por um lado, áreas, disciplinas,
67
cursos e, por outro, as dinâmicas universitária e comunitária. Tais agentes são responsáveis
pela criação dos espaços híbridos e pela comunicação entre os meios em interação.
Os resultados ficam registrados, por um lado, nas práticas e linguagens voltadas para
o desenvolvimento local e regional. Estes devem evidenciar a capacidade de comunicação e
de construção de saberes, não limitados à lógica da reprodução de conhecimentos
acadêmicos, tão pouco reduzidos a sínteses do conhecimento comunitário. De outra parte,
deve haver a produção de registros que resultem em publicações para o aprimoramento do
debate acadêmico com pares sobre questões de inserção social e possibilidades de melhorias
e de transformações das realidades envolvidas, incluindo o aprimoramento da extensão
universitária. Portanto, trabalha-se com perspectivas de ganhos comunitários e acadêmicos,
em termos de construção de novos conhecimentos de desenvolvimento social e humano.
A localização geográfica dos campi do UniRitter coloca o desafio de atuação
extensionista comunitária no entorno e, assim, toma-se a noção de Comunidades Urbanas
para elaboração de um Programa Institucional de Extensão. Ela é compreendida a partir de
sua marca de dupla identificação: um vínculo construído a partir do reconhecimento e do
pertencimento comunitário, outro constituído mediante a posição em relação ao meio externo.
Entende-se que é sob essa dupla vinculação que deve ser estabelecida a atividade
extensionista.
A atuação extensionista deve considerar que as Comunidades Urbanas são
portadoras de singularidades. Deve trabalhar a partir dos elementos que promovem a auto
identificação das Comunidades Urbanas e deve ser capaz de identificar os mecanismos de
organização e significação do espaço, da cultura, da história, da economia, do conhecimento,
das normas e das relações nas comunidades em que atua.
De outra parte, é necessário considerar que a noção de Comunidades Urbanas remete
à ambivalência que possui internamente e à possibilidade de transformação que lhe é
inerente. Trata-se de espaços sociais contraditórios, que combinam autoafirmação com
expectativas de soluções e respostas, oriundas, muitas vezes, do meio externo, para seus
problemas concretos. A atividade extensionista não pode ter a pretensão da resolução das
questões de modo imediatista, assistencial ou completo.
A extensão universitária pode desenvolver um trabalho de integração ou intermediação
sem imposição, permitindo o acesso das comunidades a saberes e tecnologias, e contribuindo
efetivamente para a resolução de questões concretas e para novos conhecimentos com vistas
68
à auto-organização e ações. Desta maneira, a extensão universitária, igualmente, valoriza e
transforma a dinâmica cotidiana de forma compartilhada.
O Programa Institucional Comunidades Urbanas dá suporte a projetos extensionistas
que visem:
(1) interdisciplinaridade ou integração disciplinar;
(2) valorização de alternativas criadas localmente;
(3) formação de multiplicadores;
(4) melhoria e/ou à transformação de realidades adversas e desafiadoras do ponto de
vista da resolução de problemas com base nas áreas de conhecimento da Instituição.
Esse Programa promove atuação extensionista universitária planejada, coordenada e
avaliada, desde o ponto de vista da integração entre áreas do conhecimento acadêmico, entre
culturas comunitárias e a academia.
A Política Institucional de Extensão adota a compreensão das duas dimensões básicas
também no que se refere à Educação Continuada. Nesse caso estimula, apoia e articula ações
voltadas à oferta de atividades de extensão curricular, cursos e eventos acadêmicos à
comunidade interna e externa, com variadas modalidades de complementação e atualização
profissional e cultural. As atividades do Programa Institucional de Educação Continuada são
oriundas do ensino, da pesquisa e da extensão em atuação sociocomunitária e elas visam
atender necessidades de ênfase na formação de estudantes, na especialização e na
atualização para egressos e para profissionais atuantes. A dinamicidade da formatação de
cursos e eventos obedece à interface com outras atividades acadêmicas, podendo ser
complementar a currículos de cursos de graduação, de estudantes, de egressos ou mesmo
de segmentos comunitários específicos.
Como pode ser percebido, a Extensão Universitária no Centro Universitário Ritter dos
Reis é concebida como o processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a
pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre Universidade e
Sociedade. Envolve atividades que venham a contribuir para a excelência do ensino de
graduação. A excelência é construída através do estímulo ao conhecimento científico
sistematizado, como estratégia interativa e complementar ao processo formativo. Para tanto,
traz para o interior da instituição as vertentes culturais, técnicas, conceituais e operativas, para
a produção do pensamento profissional engajado ao contexto e à realidade sociais
69
contemporâneos. A extensão é também o caminho pelo qual esta produção científica
produzida disponibiliza-se ao conjunto da sociedade civil e profissional.
Tendo em vista a concepção de Extensão, resumidamente aqui indicada, destacam-
se alguns de seus princípios norteadores conforme o Regulamento Institucional da Extensão
Universitária aprovado na Câmara de Extensão em 11 de agosto de 2006 e homologado na
106ª Reunião do CONSUPE em 23 de agosto de 2006:
(a) democratização do conhecimento produzido e acumulado, disponibilizando-o à
sociedade organizada, através da interação contínua;
(b) interpretação da extensão como um espaço para a instrumentalização da
integração entre teoria e prática em uma perspectiva interdisciplinar e como processo
educativo, cultural e ou científico, o que denota toda a gama de possibilidades de ações
extensionistas;
(c) promoção de ações acadêmicas junto à sociedade;
(d) disseminação do conhecimento, além da pesquisa e da formação profissional de
nível superior desenvolvida pelo ensino. Isto é uma função da extensão, por intermédio de
seus cursos que, contribuindo para a superação da seletividade, estendem os benefícios do
conhecimento a toda comunidade;
(e) compromisso com o princípio de “formação continuada” como indispensável à
rapidez das mudanças do nosso tempo;
(f) ênfase no papel de vital importância da extensão na flexibilização dos currículos de
graduação já que interage com o ensino no oferecimento de “Atividades Complementares de
integralização curricular” (ACIC), indispensáveis para solidificar ainda mais a formação inicial.
Para articular projetos e ações vinculadas às diferentes políticas institucionais
constantes no Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e desenvolvidas no âmbito dos Cursos,
a Extensão Universitária no UniRitter criou a figura dos Programas Institucionais de Extensão,
afetos à Pró-Reitoria Acadêmica (ProAcad).
Na perspectiva acadêmica, os projetos têm permitido o aprofundamento e o
aprimoramento dos conhecimentos produzidos na pesquisa e no ensino.
Diante das atividades e projetos desenvolvidos no curso ao longo dos anos, pode-se
perceber que, conforme idealizado no PPI, o curso promove a articulação do UniRitter com a
70
comunidade local, fortalecendo a ideia de pertencimento comunitário. Além disso, a extensão
permite o empoderamento da comunidade na resolução de seus problemas e, sobretudo,
contribui para a transformação social almejada.
O Curso de Engenharia de Produção do UniRitter vê a atividade de extensão como
possibilidade de flexibilização do curso de graduação, de tratar conteúdos não contemplados
no currículo de graduação e oportunizar ao discente o convívio com o exercício da profissão,
pois as mudanças no modo de vida e o avanço tecnológico são extremamente dinâmicas. A
extensão, também, oportuniza uma atualização permanente do curso, pois assuntos
relacionados às questões de engenharia e que são de interesse da sociedade em um dado
momento, são viabilizados pedagogicamente através de: inclusão de novos conteúdos em
disciplinas existentes ou gerando novas disciplinas; cursos; palestras e outras atividades
relativas ao setor. O convívio do discente com o exercício profissional é outro importante papel
da extensão sendo esse viabilizado através de diferentes formas de atividades práticas, como:
estágio curricular não obrigatório, atuação em projetos extensionistas ou em núcleos
comunitários institucionais.
71
11 MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO
As competências no aprender a conhecer, no ser, no fazer e no conviver, encontram
na Pós-Graduação do UniRitter um expressivo momento para o seu desenvolvimento. Nesse
enfoque, impõe-se uma dimensão crítico-reflexiva que ganha força nos Cursos de
Especialização e Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em nível de Mestrado e
Doutorado, fugindo de uma ótica puramente tecnicista e mercadológica. Há um olhar
comprometido, ao mesmo tempo, com o pessoal e com o social, com o sujeito e com o
cidadão.
Em uma sociedade contemporânea, formada por pessoas com demandas tão
diferentes entre si, a educação torna-se mais complexa e exige um redimensionamento
constante de estruturas. A Pós-Graduação no UniRitter presta-se a essa necessidade, ao
mesmo tempo em que atende à imperativa exigência de formação continuada e de
especialização/qualificação não só viabilizando a aquisição de conhecimentos de
competências e habilidades, mas preocupando-se, também, com a construção de novos
conhecimentos.
Tendo em vista essa concepção de Pós-Graduação, destacam-se alguns de seus
princípios norteadores:
(1) ênfase na necessidade de formação continuada em função da importância de um
preparo profissional sólido, com uma constante qualificação, adequada às necessidades
contemporâneas;
(2) desenvolvimento de cursos e programas de Pós-Graduação, em sintonia com a
vocação dos cursos de Graduação e linhas de pesquisa e com as necessidades da
comunidade;
(3) elaboração de um Projeto Pedagógico de Curso (PPC) para cada curso ou
programa de Pós-Graduação com estruturação curricular pedagógica clara; adoção de formas
interdisciplinares de organização curricular; adoção do princípio pedagógico da
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; valorização do enfoque teórico-prático,
em uma dimensão crítico-reflexiva e bibliografia atualizada;
(4) comprometimento com uma postura de estímulo à pesquisa, tendo em vista a
construção do conhecimento;
(5) adequação aos avanços da ciência e da tecnologia;
72
(6) designação de um corpo docente qualificado, com produção científica e com
titulação mínima de Mestre para atuar na Pós-Graduação;
(7) estabelecimento de uma adequada relação orientando/orientador para a orientação
de monografias na Pós-Graduação lato sensu e dissertações ou teses, na Pós-Graduação
stricto sensu, de forma a garantir o acompanhamento sistemático da elaboração dos trabalhos
finais de cursos e programas;
(8) integração permanente entre a Graduação e a Pós-Graduação;
(9) manutenção do sistema de acompanhamento e avaliação dos cursos e programas
de Pós-Graduação;
(10) consideração do desempenho acadêmico anterior do candidato e de sua
produção na área, nos processos seletivos para os cursos e programas;
(11) estabelecimento de convênios interinstitucionais, quando se fizerem oportunos,
para o desenvolvimento da Pós-Graduação;
(12) atendimento constante às exigências legais e políticas do MEC para esse nível
de ensino.
No que se refere especialmente à Pós-Graduação stricto sensu, no UniRitter tem-se a
compreensão de que ela tem por base a pesquisa (mesmo formando profissionais não-
acadêmicos), de que deve trabalhar com currículos flexíveis e de que precisa se expandir na
atualidade por meio das quatro vertentes acima citadas.
Entre os principais aspectos da política de ensino de Pós-Graduação stricto sensu ,
como atividade acadêmica orgânica na Instituição, salienta-se:
(1) bases para o planejamento da Pós-Graduação stricto sensu em áreas do
conhecimento que se destaquem na atividade de pesquisa, por meio da articulação entre
linhas e grupos de pesquisa, bem como da necessária produção intelectual que lhe dá
suporte;
(2) promoção à formação de cultura acadêmica institucional, compatível com o nível
de formação de stricto sensu;
(3) suporte para a implantação e à consolidação dos Programas de Pós-Graduação já
recomendados pela CAPES: Mestrados em Arquitetura e Urbanismo, Letras, Design e Direito
e Doutorado em Letras;
73
(4) estabelecimento de condições para a elaboração de novas propostas de programas
de Pós-Graduação stricto sensu.
A oferta de cursos de Pós-Graduação "lato sensu" é uma realidade de longa data no
UniRitter, os quais são dirigidos à formação continuada de profissionais de todas as áreas.
Tais cursos obedecem a demandas identificadas na sociedade e permitem a participação dos
professores mestres e doutores em atuação na Graduação. O envolvimento de todo, ou
grande parte, do corpo docente em atividades de pós-graduação é considerado de grande
valia para a constante qualificação e atualização dos docentes.
No âmbito da Pós-Graduação lato sensu, o curso de Graduação e os cursos de Pós-
Graduação desenvolvem de forma integrada Ciclos de Palestras para proporcionar a
exposição dos temas investigados pelos pós-graduandos e o debate dos mesmos junto aos
alunos de graduação. O ciclo de palestras foi concebido para oportunizar que os acadêmicos
do UniRitter possam se relacionar durante a formação dos seus conhecimentos. De um lado,
o aluno da Graduação se aproxima de temas e abordagens peculiares aos programas de Pós-
Graduação da Instituição. De outro lado, os alunos Pós-Graduação desenvolvem suas
habilidades expositivas e argumentativas em exposição oral. Com esta simbiose entre,
pretende-se promover uma maior reflexão sobre os temas investigados, além de estimular os
participantes na busca de uma formação continuada, de acordo com as habilidades exigidas,
seja na Pós-Graduação lato sensu (para os alunos de graduação), seja na Pós-Graduação
stricto sensu (para os alunos já participantes do Pós-Graduação).
74
12 INTERNACIONALIZAÇÃO
A internacionalização constitui um estimulante desafio que se impõe às IES
atualmente. Para o UniRitter – Rede Laureate Universities, a internacionalização é um
indicador que vem ao encontro de um dos pilares da instituição. O UniRitter tornou-se uma
IES genuinamente internacional ao tornar-se parte da maior rede de universidades de todo o
mundo, a Laureate International Universitites, que congrega mais de oitenta IES, em trinta
países. Possibilitar aos docentes e discentes a experiência da internacionalização constitui
um dos objetivos principais do UniRitter.
Em novembro de 2010, quando se consolidou a participação do UniRitter na Rede
Laureate Universities, o International Office (Gabinete/Escritório Internacional) foi um dos
primeiros órgãos estabelecidos no novo organograma institucional, com o objetivo de propiciar
a internacionalização. O International Office está vinculado diretamente à Reitoria, possui um
local próprio para trabalho e atendimento, um coordenador e funcionários capacitados para
fomentar a internacionalização do UniRitter.
Dentre as atividades desenvolvidas pelo International Office destacam-se:
a) possibilitar o intercâmbio de alunos e professores - em 2014, por exemplo, 71
alunos e 14 professores participaram de diversos programas de mobilidade acadêmica -;
b) desenvolver a cooperação com IES estrangeiras e buscar múltiplos programas
de internacionalização para alunos, professores e colaboradores;
c) participar de diversas competições internacionais nas diversas áreas do ensino
e da pesquisa;
d) estimular o acesso dos alunos e professores a importantes conferências
internacionais, promovendo-as e apoiando-as financeiramente;
e) Internacionalizar a educação oferecida no UniRitter, possibilitando o acesso
universal aos conteúdos e eventos realizados pela própria IES, por meio de transmissões ao
vivo ou streaming.
O UniRitter coopera, sobretudo, com as IES localizadas nos trinta países em que a
Rede Laureate atua. A internacionalização no UniRitter já ultrapassou em muito a noção do
intercâmbio, pois a internacionalização precisa compor, fazer parte, estar inserida no dia a dia
da IES. Para além do intercâmbio, é o sentimento e a experiência da pertença internacional,
sem fronteiras, que o UniRitter possibilita, por meio da cooperação com IES estrangeiras aos
75
alunos, professores e funcionários. Dentre as inúmeras iniciativas da cooperação que
buscam, além do intercâmbio, aportar a internacionalização para o contexto acadêmico diário
do UniRitter, destacam-se as seguintes:
- Laureate Live. O Laureate Live é um programa que divulga grandes nomes da
academia, eventos e conteúdos, disponibilizados ao vivo e on line, para o corpo discente,
docente e colaboradores. Quando uma IES da Rede Laureate promove, em qualquer local do
mundo, um evento que o UniRitter considera importante transmitir e compartilhar com os
nossos alunos, possibilita-se o acesso a esse evento por uma plataforma própria da Rede –
o Global Portal. Muitas Faculdades do UniRitter já adeririam ao Laureate Live, como a
Faculdade de Saúde, a Faculdade de Engenharia e a Faculdade de Negócios. Desde 2013,
além de receptor de conteúdo e dos grandes eventos internacionais promovidos pelo Laureate
Live, o UniRitter capacitou-se também como transmissor de eventos para toda a Rede. Com
o apoio da estrutura de tecnologia da informação da Rede Laureate, cada Faculdade do
UniRitter é estimulada a promover pelo menos um evento internacional por ano, transmitindo
para as IES estrangeiras. Destaca-se, dentre os eventos promovidos e transmitidos
internacionalmente pelo UniRitter, a palestra proferida pelo Ex Primeiro-Ministro do Reino
Unido, Tony Blair, em 2013, tendo sido a primeira vez que o Ex Primeiro-Ministro esteve no
estado do Rio Grande do Sul. Além disso, o UniRitter promove um evento mensal, com no
mínimo oito encontros anuais, em que dois professores entrevistam um renomado professor
visitante. Essas entrevistas são transmitidas ao vivo e também ficam disponíveis no Global
Portal para que os alunos e professores de outras IES da Rede Laureate possam acessar seu
conteúdo e fazer uso livremente da produção do conhecimento do UniRitter.
- Dupla Titulação. Em 2013, o UniRitter firmou seu primeiro acordo de cooperação para
dupla titulação com uma IES estrangeira. A dupla titulação dá a oportunidade para o aluno,
após graduado pelo UniRitter, ter parte de seus créditos validados pela IES estrangeira e,
cumprindo os requisitos legais do outro país, receber um segundo diploma/título para trabalhar
no exterior. Esse primeiro acordo foi alcançado pela Faculdade de Tecnologia do UniRitter
com a CIBERTEC do Peru. Em 2014, o UniRitter, na busca da internacionalização constante
e na defesa do acesso de toda a academia à internacionalização, desenvolveu a primeira
dupla titulação online, na Faculdade de Negócios, possibilitando a todos os alunos que
vivenciem a internacionalização sem deslocar-se fisicamente do campus, com uma disciplina
por semestre ministrada por professores da Walden University. Ao término do curso de
graduação do UniRitter, os créditos são validados pela IES estrangeira, conforme as agências
reguladoras locais, e os discentes viajam para o Estados Unidos e conhecem os professores
que ministraram as disciplinas online durante os quatro anos da graduação no UniRitter.
76
- Concursos Internacionais. São inúmeros as concursos internacionais promovidas
pela Rede Laureate que os alunos e docentes do UniRitter participam. Anualmente, destacam-
se os seguintes:
(i) Photo Contest: concurso internacional de fotografia desenvolvido para as
Faculdades de Comunicação Social;
(ii) Robotic Awards: concurso que estimula a construção de um robô apto a
desempenhar diferentes desafios, sendo que em 2013 desenvolveu-se um robô apto a
apresentar o campus do UniRitter a um visitante portador de deficiência ou mobilidade
reduzida, e em 2014, o desafio foi desenvolver um drone capaz de medir a qualidade do ar
no UniRitter e agir para melhorá-la em condições críticas;
(iii) Clinton Global Initiative: concurso que possibilita aos alunos do UniRitter participar,
em diferentes funções – organizador, repórter, fotógrafo – em um dos maiores eventos do
mundo, promovido pelo ex-Presidente dos Estados Unidos Bill Clinton;
(iv) Willian Dennis Scholarship: concurso internacional da Rede Laureate que fornece
três bolsas de estudos integrais para qualquer IES, em qualquer país, que o aluno escolher.
O UniRitter destaca-se por ser uma das IES da Rede Laureate que possui um dos maiores
índices de participação, obtendo resultados altamente positivos nas competições, pelo
estímulo à internacionalização promovido pelo International Office local. Cabe destacar que o
estímulo ao contato internacional por meio das competições gera impactantes efeitos positivos
na área da pesquisa, ao propiciar o contato de alunos e docentes de áreas afins, com desafios
comuns e que se encontram para compartilhar o conhecimento.
A internacionalização do UniRitter constitui um dos principais objetivos colocados pela
Rede Laureate para a instituição. Com a finalidade de averiguar o incremento da
internacionalização, a Rede Laureate desenvolveu o Índice de Desenvolvimento Internacional
Laureate (LIDI). Pelo LIDI, o UniRitter submete à Rede Laureate, trimestralmente, todos dos
dados referentes aos números de alunos brasileiros enviados ao exterior e de alunos
estrangeiros recebidos pelo UniRitter, eventos internacionais promovidos e seu respectivo
impacto na comunidade acadêmica, disciplinas com compartilhamento de docentes nacionais
e estrangeiros, dentre outras dimensões que compõe o Índice de Internacionalidade. Nesse
sentido, a internacionalização é um indicador de qualidade inserido no contexto do UniRitter,
cuja evolução é acompanhada de forma criteriosa e submetida à avalição periódica. Por isso,
a inclusão desse indicador no novo instrumento de avaliação institucional do MEC possibilita
ao UniRitter demonstrar um de seus pilares fundamentais.
77
Pelo volume crescente dos alunos em intercâmbio, optou-se por redigir e validar com
todos os órgãos envolvidos nesse processo (International Office, Secretaria Acadêmica,
Reitoria, Pró-Reitoria de Graduação, Gestão Financeira e Mantenedora) uma Política de
Intercâmbio, finalizada em novembro de 2013. Nesse documento, tem-se acesso aos critérios
gerais, os procedimentos iniciais, concomitantes e finais do intercâmbio, os objetivos, o
registro da documentação e as diversas modalidades de intercâmbio ofertadas. Esse
documento institucional rege todos os procedimentos internos para organizar o processo de
intercâmbio de alunos e professores, torná-lo transparente e conhecido, com o objetivo de dar
segurança e estimular que mais alunos, professores e colaboradores se engajem na
internacionalização.
As ações internacionais do UniRitter não se resumem à Rede Laureate. O UniRitter
participa dos programas do Ministério da Educação (MEC) e de outras instituições
financiadoras para promover a internacionalização. Nesse sentido, o UniRitter foi uma das
IES pioneiras a aderir ao Programa Ciências Sem Fronteiras (CsF), fomentado pelo CNPq e
pelas CAPES, participando desde os primeiros editais, abertos ainda em 2012. Participaram
do CsF alunos vinculados às Faculdades de Tecnologia, Engenharia, Design e Arquitetura. O
incremento do número de alunos participantes do CsF exigiu a Coordenação Institucional do
Programa CsF se vinculasse à Pró-Reitoria Acadêmica, compartilhando, com isso, as funções
de internacionalização com o International Office.
Outro programa fomentado pelo MEC, ao qual o UniRitter aderiu já em seu primeiro
edital, sendo financiado pela Capes, é o Programa de Mobilidade Acadêmica Regional para
Cursos Acreditados do MERCOSUL (MARCA). Inicialmente, a Faculdade da Arquitetura do
UniRitter foi acreditada no MERCOSUL, sendo que o envio e recepção de alunos entre os
países iniciou em 2013, com oito alunos. Essas ações demonstram os estreitos laços que o
UniRitter busca estabelecer com os programas do Governo Federal de fomento à
internacionalização.
Destaca-se ainda a cooperação mantida pelo UniRitter com o programa Santander
Universidades. O UniRitter aderiu a três programas de internacionalização vinculados ao
Santander: o programa Top China, o programa Ibero-americano e o programa Fórmula
Santander. Em todos os programas a UniRitter possui alunos e/ou professores em intercâmbio
de forma intermitente. O programa Top China possibilita tanto a alunos e professores diversas
possibilidades de intercâmbio para a China. No programa Ibero-Americano, mais antigo, o
UniRitter vem aumentando sua participação consideravelmente, tendo em vista que o grande
número de alunos do UniRitter que se inscrevem nesse programa específico, e o concluem
com sucesso, implica positivamente que mais bolsas sejam concedidas a cada ano,
78
ampliando os intercâmbios e a internacionalização. O programa Fórmula, lançado em 2014,
já teve a participação do UniRitter, com um aluno estudando na Espanha.
Tendo em vista o número expressivo de oportunidades e programas de
internacionalização que o UniRitter oferece, sentiu-se a necessidade de criar um espaço e um
momento específico para apresentá-los à comunidade acadêmica. Desde 2011, o UniRitter
promove uma Feira Internacional (conhecida pela comunidade como International Fair), da
qual participam expositores de IES estrangeiras que, por meio de acordos de cooperação
firmados com o UniRitter, promovem seus programas. Atualmente, o UniRitter possui acordos
de cooperação firmados com mais de 20 IES estrangeiras. Durante a Feira, uma série de
eventos voltados à temática internacional ocorre paralelamente, visando atingir todas as
Faculdades e Cursos do UniRitter. O International Fair tornou-se um evento aguardado pelos
docentes e discentes do UniRitter, constituindo um forte estímulo à internacionalização da
instituição.
79
13 CONCEPÇÃO E COMPOSIÇÃO DO ESTÁGIO CURRICULAR
A Engenharia de Produção contempla, na maioria das vezes, a interação entre
diversos fatores de produção: recursos humanos, equipamentos, matérias primas, tempo de
execução e prazos de entrega, que por vezes não podem ser reproduzidos integralmente em
uma sala de aula ou laboratório. Na melhor das hipóteses podem ser simulados alguns
aspectos ou técnicas, que são descritas e mostradas por meio de recursos audiovisuais ou
usando kits de aprendizagem práticas voltados à simulação. No entanto, o funcionamento de
todo o sistema produtivo da Engenharia de Produção, que envolve tecnologia, recursos
humanos e de capital, equipamentos, insumos, qualidade, produtividade, custos, segurança,
relacionamento humano e funcional, são de difícil simulação em sala de aula ou laboratório.
A estas dificuldades somam-se a multiplicidade de especialidades de sistemas produtivos,
produtos e empresas, e, ainda, os interesses dos alunos.
Nesse contexto, dentre as funções do estágio pode-se destacar: (i) a função de
socialização, onde o aluno toma contato com o ambiente de trabalho, proporcionando
conhecer aspectos organizacionais, hierarquia, relações humanas, horários, regime de
trabalho, verificação de resultados e produtividade, remuneração, controle de custos, relações
com os clientes, mercado e a sociedade; (ii) a função pedagógica, em que o aluno confronta
o conhecimento adquirido na academia com a prática profissional e, ainda, para ampliar os
conhecimentos adquiridos em aula; (iii) a função de inserção no mercado de trabalho, uma
vez que serve de um lado para o aluno buscar a aproximação das áreas de seu interesse e
de outro para as empresas selecionarem e treinarem profissionais para os seus quadros,
sendo muito frequente a contratação destes como profissionais.
Neste sentido, a importância dos estágios na formação profissional é reconhecida
pelas universidades, professores e alunos. Hoje, mais que uma obrigação regulamentar, os
estágios são aceitos como um instrumento pedagógico muito rico, essencial na formação
profissional e, principalmente, estratégico na inserção do futuro engenheiro no mercado de
trabalho. No Curso de Engenharia de Produção do UniRitter o estágio curricular obrigatório é
oferecido como uma disciplina dentro do currículo do Curso, e designado como Estágio
Supervisionado.
O Estágio Supervisionado compõem-se de 202,67 horas-relógio assim distribuídas: 38
horas de aula presenciais e 171 horas relógio de atividades não presenciais, e está de acordo
com as Diretrizes Curriculares Nacionais em seu artigo 7º.
80
O Estágio Supervisionado do curso de Engenharia de Produção do UniRitter possui
um regulamento que fixa os procedimentos a serem adotados; define as obrigações das
partes intervenientes; esclarece os alunos e instituições, indica os documentos de
formalização, acompanhamento e avaliação, conforme a Lei 11.788, de 25 de setembro de
2008, que trata dos estágios no território brasileiro.
Além do estágio supervisionado obrigatório, desenvolvido de acordo com a estrutura
curricular do curso, incentivam-se os alunos a engajarem-se em estágios não obrigatórios,
estes também compreendidos como ato educativo e, portanto, devidamente supervisionados
por esta instituição, conforme a Lei 11.788, de 25 de setembro de 2008.
O Curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário Ritter dos Reis – UniRitter
atende a todos os dispositivos legais, referente ao estágio não obrigatório, da seguinte forma:
a) a indicação de professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio,
como responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do
estagiário. Tal indicação se dá por meio da Coordenação do Curso;
b) o relatório de atividades previsto no dispositivo legal é realizado através de
documento próprio, onde são verificadas as atividades desenvolvidas no
estágio e, se estas estão em sintonia com a estrutura curricular do Curso, com
as áreas de atuação do Engenheiro de Produção da ABEPRO e com a
legislação vigente.
c) o aluno do Curso de Engenharia de Produção poderá acompanhar um
profissional da área em todas as atividades relacionadas na Resolução no 218
de 1973 do Sistema CONFEA/CREA, na modalidade de Engenharia de
Produção. No entanto, não poderá exercer nenhuma atividade profissional da
engenharia, podendo apenas apoiar o setor técnico e administrativo, sempre
de forma assistida sem a responsabilidade técnica.
O Curso de Engenharia de Produção do UniRitter segue a norma regimental do
UniRitter especifica o caráter das atividades que podem ser desenvolvidas pelo aluno no seu
estágio supervisionado não obrigatório.
81
14 ATIVIDADES COMPLEMENTARES
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96) estabelece diretrizes
gerais para elaboração de currículos, das quais se destacam: (i) estimular o desenvolvimento
do espírito científico, (ii) o pensamento reflexivo e (iii) o conhecimento dos problemas, em
particular dos nacionais e regionais, prestando serviços especializados à comunidade e
estabelecendo com esta uma relação de reciprocidade.
Levando-se em consideração o disposto pela própria LDB em seu artigo 43, destaca-
se a importância de se ir além dos “currículos mínimos”, tornando imperativo oferecer
elementos que desenvolvam a busca autônoma do conhecimento, a autonomia intelectual
para que, ao final do curso, o egresso seja o autor da sua educação continuada. A
flexibilização curricular, que viabiliza a absorção das transformações nas fronteiras das
ciências, constitui-se numa exigência neste Projeto Pedagógico de Curso. Também a
Resolução que institui as DCN orienta para o perfil desejado de um profissional da Engenharia
que evidencie “formação generalista, humanista, crítica e reflexiva”, explorando
potencialidades e disponibilidades reveladas pelos alunos. (Resolução CNE/CES 11, de 11
de março de 2002, art.5,§2).
O documento que regula no UniRitter a proposição desse componente curricular é o
Regulamento Institucional para as Atividades Complementares de Integralização Curricular
nos Cursos de Graduação elaborado pelas Câmaras de Ensino e de Extensão. As atividades
complementares são uma área de intersecção nessa tríade universitária, pela maneira como
foram regulamentadas na Instituição e pelas modalidades com que podem ser desenvolvidas.
O Curso de Engenharia de Produção segue o regulamento da Faculdade de
Engenharia para as Atividades Complementares, construído a partir do Regulamento
Institucional e atende ao que preconiza as Diretrizes Curriculares Nacionais. Estas Atividades
são componentes curriculares obrigatórias que integram 95 horas do currículo do Curso de
Engenharia de Produção e oferecem uma possibilidade ímpar de flexibilização e de
articulação do Ensino com a Pesquisa e a Extensão.
As atividades complementares são ofertadas por iniciativa da Instituição ou de livre
escolha do aluno, caracterizando-se por possibilitar vivências e experimentos acadêmicos,
internos ou externos ao Curso. Além disso, buscam estimular a prática de estudos
independentes, transversais, interdisciplinares, com permanente e contextualizada
atualização profissional específica, sobretudo nas relações com o mundo do trabalho,
integrando-se às diversas peculiaridades regionais e culturais.
82
Também permitem a introdução, durante o desenvolvimento do currículo, de novos
conteúdos gerados por avanços nas diferentes áreas de conhecimento, possibilitando, com
isso, sua atualização permanente. As atividades complementares oferecem, assim, espaço
na dinâmica curricular, a conteúdos e temas emergentes do cotidiano sociocultural, ligados à
atualidade renovada e não contemplados previamente na estrutura curricular do curso.
Todas as atividades implicam na participação ativa do aluno, com comprovação
através da apresentação de certificado e sujeitas a avaliação de acordo com o Regulamento
da Faculdade de Engenharia, de forma a desenvolver a desejada autonomia intelectual e
profissional. O aluno do curso poderá desenvolver atividades complementares nas áreas do
ensino, da pesquisa e da extensão, cumpridas na instituição ou fora dela, conforme o
regulamento.
Diversas são as Atividades Complementares já oferecidas pelo curso e pela instituição,
dentre elas, podemos mencionar: oficinas de matemática, física e informática, monitorias,
participação nas instancias acadêmicas da Instituição (FORES e CONSEPE), cursos,
intercâmbio através da Rede Laureate, palestras, aulas magnas, participação em projetos de
pesquisa e extensão.
Ainda, os acadêmicos podem cumprir suas horas de atividade complementar para
modalidades externas, respeitando um limite máximo de 50% (cinquenta por cento). Para
colar grau, além da aprovação em todos os componentes curriculares do Curso, o estudante
deve cumprir o total de 95 horas-relógio de atividades complementares.
83
15 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)
O trabalho de conclusão do Curso de Engenharia de Produção do UniRitter atente o
preconizado nas Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Engenharia, no seu artigo
7°, parágrafo único que diz: “É obrigatório o trabalho final de curso como atividade de síntese
e integração de conhecimento.”
O curso de Engenharia de Produção define que seus Trabalhos de Conclusão de
Curso (TCC) serão de caráter técnico-científico sendo apresentado sob a forma de artigo. O
artigo deverá expressar o desenvolvimento de um estudo sobre problemas de engenharia ou
o desenvolvimento de projetos de engenharia.
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) será constituído de duas etapas: Trabalho
de Conclusão de Curso I (TCC I), de 2 créditos (38 horas aula), e Trabalho de Conclusão de
Curso II (TCC II), com 4 créditos (76 horas aula). O TCC I caracteriza-se pelo desenvolvimento
do Projeto de Pesquisa, pelo aluno, sob orientação do Professor da disciplina do TCC I. No
TCC I o aluno aprofundará os fundamentos do método científico, as técnicas de pesquisa,
bem como as orientações metodológicas necessárias para o desenvolvimento do referido
projeto de pesquisa. Ao final da disciplina de TCC I, o aluno apresentará o projeto de pesquisa
segundo o modelo indicado pelos cursos de Engenharia, de modo a preservar o caráter
científico do trabalho. Ainda durante a disciplina de TCC I o aluno faz a escolha do seu
orientador de acordo com o tema do projeto de pesquisa.
O TCC II caracteriza-se pela implementação do projeto de pesquisa desenvolvido na
disciplina de TCC I. A realização do TCC II terá o acompanhamento de um Professor
Orientador e o trabalho resultante deverá ser submetido a uma banca examinadora
constituída pelo Professor Orientador do Trabalho de Conclusão II e por outros professores
pertencentes ao corpo docente do Centro Universitário Ritter dos Reis que lecionas em de
áreas afins ao tema de pesquisa.
Entende-se por:
• Professor do TCC I, o docente do Centro Universitário Ritter dos Reis que
ministra a disciplina de TCC I e orienta os alunos no desenvolvimento do projeto
de pesquisa da disciplina.
• Professor Coordenador do TCC II, o docente do Centro Universitário Ritter dos
Reis que atua na gestão das atividades decorrentes do TCC II.
84
• Professor Orientador, o docente do Centro Universitário Ritter dos Reis que
atua na orientação de aluno nas atividades referentes ao TCC II.
O TCC II exige uma apresentação pública por parte do aluno do seu trabalho de
conclusão, através de exposição para a banca examinadora em data estipulada pelo
Professor Coordenador. Após a apresentação do trabalho de conclusão de curso, a banca
examinadora se reúne e delibera a nota do trabalho, comunicando, a seguir, ao aluno o
resultado final da avaliação. A versão final dos trabalhos de conclusão de curso, após ajustes
solicitados pela banca, será encaminhada à biblioteca da UniRitter na forma digital.
Quanto à avaliação, a avaliação do TCC I ficará a cargo do Professor do TCC I e
seguirá as normas do UniRitter para as disciplinas de caráter prático. Os estudantes
matriculados no TCC II são continua e sistematicamente avaliados pelo Professor Orientador
a partir de indicadores de assiduidade, participação, cumprimento do plano de trabalho e
empenho na busca de qualidade da solução, com sinalização formal aos membros da banca
examinadora.
A avaliação final do TCC II ficará a cargo da banca examinadora, composta por 3 (três)
membros, todos tendo pesos idênticos na avaliação. Será considerado aprovado no TCC I ou
TCC II o aluno que obtiver nota final de no mínimo 06 (seis) de um total de 10 (dez) pontos.
O curso de Engenharia de Produção do UniRitter segue o regulamento da Faculdade de
Engenharia que que fixa os procedimentos a serem adotados para realização do Trabalho de
Conclusão de Curso.
85
16 REQUISITOS LEGAIS E NORMATIVOS
16.1 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS
O Curso de Engenharia de Produção do UniRitter atende a Resolução nº 11, de 11 de
março de 2002 do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior, que
define as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos superiores de graduação em
Engenharia. O Curso de Engenharia de Produção também atende plenamente à Resolução
nº 2 do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior de 18 de junho de
2007, que dispõe sobre carga horária mínima e procedimentos relativos à integralização e
duração dos cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial.
Essas diretrizes estão em perfeita sintonia com a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional. E também norteia-se pelas Referenciais Curriculares Nacionais
dos Cursos de Bacharelado e Licenciaturas de abril de 2010, elaboradas pela Secretaria de
Educação Superior.
16.2 LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
No que se refere à legislação profissional de Engenharia, suas bases legais estão
contidas na Lei Federal 5.194 de 1966 e na resolução nº 218 de 1973, que definiram a
profissão, as áreas, as atividades e as atribuições dos profissionais do Sistema CONFEA /
CREA. Cabe informar que no inicio do projeto do Curso sua organização atendeu a Resolução
nº 1.010 de 2005.
16.3 EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS, ENSINO
DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
O presente Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Produção leva em conta
as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, previstas pela Lei nº 11.645 de
10/03/2008 e pela Resolução CNE/CP N° 01 de 17 de junho de 2004, que trata da Educação
das Relações Étnico-raciais, bem como o tratamento de questões e temáticas que dizem
respeito aos afrodescendentes. Estas ações estão previstas na disciplina do curso
86
denominada Antropologia e Cultura Brasileira, e Desenvolvimento Humano e Social, disciplinas
com seis créditos.
16.4 EDUCAÇÃO NA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS
A estrutura curricular contempla a disciplina de “LIBRAS” – Língua Brasileira de Sinais
como componente curricular, com seis créditos, como disciplina eletiva. Desta forma, o Curso
atende ao disposto no Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005.
Essa disciplina está registrada e pode ser cursada pelo aluno, preferencialmente, no
nono ou no décimo semestre, em que se disponibiliza, na estrutura curricular, oito créditos
para Disciplinas Eletivas I e Disciplinas Eletivas II.
16.5 POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
"Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade." Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9795/1999, Art 1
É indiscutível o papel da universidade como um dos agentes promotores de processos
de manutenção e melhoria da qualidade ambiental. A atuação da Instituição de Ensino
Superior deve estar na discussão, formulação, implementação e multiplicação de políticas,
programas e projetos ambientais integrados e articulados com as demandas da sociedade.
A Faculdade de Engenharia do UniRitter trata as questões relacionadas à Educação
Ambiental conforme a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 e o Decreto Nº 4.281 de 25 de
junho de 2002, onde, de modo transversal, processual e permanente tem orientado sua prática
educativa, de forma integrada, com princípios éticos e de responsabilidade ambiental,
incentivando a promoção e a transformação da comunidade acadêmica, tendo como eixo
tranversal a Educação Ambiental, sustentada pelos Projetos Pedagógicos dos Cursos.
No Curso de Engenharia de Produção, esta discussão possibilita a análise do
tema meio ambiente em diferentes ações, atividades, projetos e espaços. Implica a adoção
de uma visão ao mesmo tempo sistêmica e holística, possibilitando discussões e práticas que
congreguem diferentes saberes, transcendendo as noções de disciplina e área, e que, através
de práticas e estudos, desenvolvam nos alunos uma consciência crítica acerca dos atores e
fatores ambientais, tendo como objetivo o despertar do interesse para a resolução de
problemas relacionados a área de atuação do Engenheiro de Produção.
87
A Educação Ambiental é vista como um agente de transformação e, para tanto, exige
uma apropriação de conhecimentos, capazes de gerar ações que provoquem mudanças de
valores e atitudes relacionadas ao padrão de vida das comunidades.
Mesmo o tema sendo tratado de forma transversal, ao longo da formação do aluno,
em suas várias formas, algumas disciplinas do Curso enfatizam a discussão, são elas:
Desafios Contemporâneos.
16.6 DIREITOS HUMANOS
Tomando como referência o Parecer CNE/CP nº 8/2012 e a Resolução CP/CNE nº 1,
de 30/05/2012, embasada pelo Parecer CP/CNE nº 8, de 06/03/2012, o Curso de Engenharia
de Produção do UniRitter contempla em seu PPC as orientações e referências pedagógicas
e acadêmicas para a educação em Direitos Humanos, as quais são contempladas na
disciplina de Fundamentos Jurídicos. A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948,
a Declaração das Nações Unidas sobre a Educação e Formação em Direitos Humanos e a
própria Constituição Federal de 1988 constituem-se em referências para o tema.
Converge ainda a visão do Centro Universitário UniRitter, ao buscar consolidar-se
como instituição de excelência nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, aliando
inovação ao compromisso com transformação social reiterando dessa forma o disposto no
artigo 5º do parecer citado anterioremnte que estabelece com finalidade da Educação em
Direitos Humanos a formação para a vida e a convivência, no exercício cotidiano dos Direitos
Humanos como forma de vida e de organização social, política, econômica e cultural nos
níveis regionais, nacionais e planetário. Pode-se observar a presença desta temática nas
seguintes disciplinas do Curso de Engenharia de Produção: Identidades e Diversidades
Étnico-raciais, e Fundamentos Jurídicos.
88
17 CORPO DOCENTE
17.1 PERFIL DO CORPO DOCENTE DO CURSO
O corpo docente do Curso é formado por professores com sólida formação acadêmica
e experiência profissional. A consistência do Curso é garantida pela participação significativa
dos referidos docentes nas diferentes instâncias decisórias: Congregação, Colegiado, NDE,
Conselho de Unidade/CONSUN e Conselho Superior/CONSUPE2.
O Decreto nº 5.786, de 24 de maio de 2006, bem como a Resolução nº 1, de 20 de
janeiro de 2010, do CNE, exigem que os Centros Universitários tenham um corpo docente
que contemple o percentual de 33% de professores detentores do título de Mestre ou Doutor.
O Curso de Engenharia de Produção está bem acima do mínimo legal exigido para a tipologia
de Centro Universitário, uma vez que mais de 90% dos professores possuem titulação obtida
em Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu.
No que diz respeito ao regime de trabalho do corpo docente tem-se a seguinte
distribuição: vinte (20) professores em regime de trabalho de tempo parcial ou integral,
representando 41,67 % do corpo docente do curso e vinte e oito (28) professores em regime
de trabalho horista representando 58,33 % do corpo docente do curso.
Em relação à produção acadêmica e técnica dos professores nos últimos três anos
tem-se a seguinte estatística: 66,67% dos professores possuem pelo menos uma publicação
ou produção técnica no período; 41,67% dos professores possuem pelo menos quatro
publicações ou produção técnica no período e 20,83% dos professores possuem pelo menos
sete publicações ou produção técnica no período.
Finalizando constata-se que 83,33% do corpo docente possui pelo menos 3 anos de
experiência de magistério superior do corpo docente e 85,42% do corpo docente possui pelo
menos 2 anos de experiência profissional.
2 A participação dos docentes no CONSUN e no CONSUPE ocorre mediante representação e
a participação nas Sessões de Congregação é integral.
89
17.2 COORDENAÇÃO DO CURSO
As coordenações de curso têm suas funções na IES definidas e regulamentadas.
Responsáveis pelas funções de planejamento, organização, coordenação, controle e
avaliação em relação ao Curso em questão, onde, a sua atuação é regulamentada pelos
artigos 29 e 30 do Regimento Geral vigente. A atualização desses dois documentos – Estatuto
e Regimento Geral – proposta como parte do processo de recredenciamento do Centro
Universitário, renovam as atribuições das coordenações de curso, trazendo-as para o novo
momento vivido pela educação superior, após aprovação da Lei 10.861/2004 (SINAES) e do
Decreto 5.733/2006 (para os Cursos de Graduação - Educação Superior).
A coordenação de curso tem mandato de um (1) ano, sendo a recondução permitida.
Dela é esperado o desenvolvimento das atribuições definidas no Regimento Geral vigente e
no proposto, entre outras, a responsabilidade de coordenar a elaboração do Projeto
Pedagógico do Curso, viabilizar a avaliação institucional, supervisionar o cumprimento do
regime didático para ele previsto e a ação docente, discente e técnico-administrativa
desenvolvidas, fazendo isso num clima de trabalho alimentado por excelentes relações
interpessoais. A atenção aos discentes recebe um olhar especial, advindo do Programa
Institucional de Apoio aos Discentes, e a atenção aos docentes recebe o apoio do Programa
Institucional de Apoio à Formação e Qualificação Pedagógica Docente. Ambos os programas
são vinculados à Política Institucional de Ensino.
O Coordenador do Curso, além de sua atuação nos colegiados do curso, tem sua
participação efetiva nos órgãos superiores da Instituição que tratam de assuntos relacionados
aos Cursos, como é o caso do colegiado institucional, Conselhos Superiores – CONSEPE e
CONSUPE.
Todas as decisões são discutidas em suas instâncias, de forma que emergem sempre
do coletivo. Dessa forma, o coletivo está sempre representado pelos integrantes que escolhe
para representá-lo atuando nas diversas subcomissões de cada curso (de pesquisa, de pós-
graduação, de ensino, de extensão e de avaliação institucional). A Coordenação do Curso de
Engenharia de Produção do UniRitter é realizada pelo Eng. Diego Pacheco.
O Coordenador do curso de Engenharia de Produção é Engenheiro com Graduação
em Engenharia de Produção pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Cursou
Mestrado em Engenharia de Produção e Sistemas pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos
(UNISINOS) e é Doutor em Engenharia de Produção na Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (UFRGS).
90
É pesquisador na área de Engenharia de Produção possuindo em torno de 150
publicações científicas nacionais e internacionais. É revisor de importantes periódicos
nacionais e internacionais relacionados à Engenharia de Produção e da área Engenharias III
do Qualis Capes.
Quanto à experiência acadêmica atua desde 2010 como docente na graduação e pós-
graduação em Engenharia de Produção. Atuou como coordenador de curso de Engenharia
de Produção em duas IES. Também já exerceu a função de coordenador de Curso Superior
de Tecnologia em Gestão da Produção Industrial. O Coordenador Eng. Diego Pacheco possui
experiência anterior atuando em outras IES no desenvolvimento de projetos pedagógicos de
curso Bacharel em Engenharia de Produção e de Superior de Tecnologia em Gestão da
Produção Industrial, bem como na estruturação dos laboratórios, nos processos de
reconhecimento e implantação de curso.
Quanto às experiências profissionais, o Coordenador do Curso de Engenharia de
Produção possui 15 anos de experiência na iniciativa privada atuando em empresas do
segmento metal-mecânico atuando nas áreas de Gestão da Qualidade, Gestão da Produção,
Engenharia de Processos, Desenvolvimento de Produtos e Logística. Possui formação em
Lean Manufacturing e Seis Sigma Green e Black Belt pela American Society of Quality. Na
vivência profissional teve a oportunidade de atuar na coordenação de projetos de pequeno,
médio e grande porte, sendo responsável pela gestão direta e indireta de pessoas.
Na sua atuação como gestor e coordenador do curso no UniRitter mantém uma relação
próxima com os docentes do curso, realizando reuniões periódicas, coletivas, em grupo ou
individuais. Nestas reuniões são debatidos aspectos de caráter pedagógico e administrativo
do curso. Quanto à atuação junto aos discentes, mantém visitas periódicas em salas de aula,
disponibiliza horários específicos de atendimento aos alunos na sala de coordenação do curso
e incentiva os alunos a participar das diversas atividades e oportunidades oferecidas pelo
UniRitter. Dentre essas se destacam: a participação e engajamento dos alunos no FORES
(Fórum de Representação Estudantil), a realização de intercâmbios em universidades da
Rede Laureate, os editais de pesquisa, na empresa júnior do UniRitter, nas visitas técnicas e
assim por diante. O Coordenador mantém uma comunicação frequente com os alunos lhes
encaminhando oportunidades de vagas de estágio e vagas efetivas que chegam ao
coordenador através de sua rede de contatos.
O coordenador também atua como docente do curso de Engenharia de Produção, em
disciplinas como Introdução à Engenharia, Trabalho de conclusão de Curso I e II e Estágio
Obrigatório, dentre outras. A atuação docente do coordenador é de fundamental importância,
91
pois permite outra possibilidade de contato direto e continuado ao longo do semestre com os
discentes gerando oportunidades de aperfeiçoar o processo acadêmico.
Quanto à atuação acadêmica, o Coordenador também atuou como supervisor de
atividades de iniciação científica de discentes. Quanto à pesquisa, o coordenador mantém
constante atividade de pesquisa. Quanto aos reconhecimentos acadêmicos, conquistou em
2014 o segundo lugar no Prêmio Estadual SETCERGS de Logística como Professor
Orientador de melhor Trabalho de Conclusão de Curso. Também foi vencedor por 3 edições
do Prêmio Mérito de Produção Científica Docente na IES Faccat. No UniRitter, o coordenador
do curso participa de atividades de extensão organizando visitas técnicas com os alunos em
grandes empresas da região, visando aproximar discentes das práticas e ferramentas da
Engenharia de Produção.
92
18 COLEGIADO DO CURSO
A colegialidade, extremamente consistente no âmbito institucional e de Curso, como
se pode ver no Estatuto do UniRitter, tem consciência de compartilhar os objetivos e os
significados da identidade com todos os seus atores. A forma colegiada das reuniões
oportuniza a discussão da proposta pedagógica do curso e dos meios de sua concretização.
Dessa forma, fica assegurada a ativa colaboração dos professores na definição dos
conteúdos programáticos e objetivos das disciplinas, bem como das estratégias pedagógicas
que serão utilizadas, as quais devem privilegiar a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa
e a extensão, a interdisciplinaridade e a integração entre teoria e prática.
São colegiados do Curso de Engenharia de Produção:
(a) Colegiado de Curso: É um órgão consultivo e deliberativo em matéria didático-
pedagógica, disciplinar e administrativa, constituído na forma do artigo 33 do Estatuto do
UniRitter.
(b) Congregação: Conforme artigo 37 do Estatuto do UniRitter, é o órgão colegiado da
Instituição de caráter deliberativo e consultivo sobre assuntos referentes ao Curso.
São colegiados institucionais que contam com a participação de docentes do Curso de
Graduação em Engenharia de Produção:
(a) Câmara de Ensino (CamEn): A Câmara de Ensino de Graduação é um órgão
colegiado, vinculado à Pró-Reitoria Acadêmica, que possui função consultiva, na formulação
e no aperfeiçoamento da política de ensino de Graduação e deliberativa, na operacionalização
da referida política, tendo sua composição prevista no artigo 25, parágrafo 3º, do Estatuto do
Centro Universitário Ritter dos Reis.
(b) Câmara de Pesquisa e Pós-Graduação (CamPesP): A Câmara de Pesquisa e Pós-
Graduação é um órgão colegiado, vinculado à Pró-Reitoria Acadêmica, que possui função
consultiva na formulação e no aperfeiçoamento da política de pesquisa e de Pós-Graduação
lato sensu e stricto sensu e deliberativa, na operacionalização das referidas políticas, tendo
sua composição prevista no artigo 25, parágrafo 4º, do Estatuto do UniRitter.
(c) Câmara de Extensão (CamEx): A Câmara de Extensão é um órgão colegiado,
vinculado à Pró-Reitoria Acadêmica, que possui função consultiva na formulação e no
aperfeiçoamento da política de extensão e deliberativa, na operacionalização da referida
política, tendo sua composição prevista no artigo 25, parágrafo 5º, do Estatuto do UniRitter.
93
(d) Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (CONSEPE): o CONSEPE está previsto
como órgão da administração superior com funções deliberativa, normativa e consultiva sobre
o ensino, a pesquisa e a extensão, sendo integrado pelos membros descritos no artigo 15 do
Estatuto do UniRitter.
(e) Conselho Superior / CONSUPE: O CONSUPE é o órgão colegiado de deliberação
superior, de natureza normativa, deliberativa, jurisdicional, consultiva e disciplinar, sendo
instância máxima de deliberação e final de recurso. Tendo representação ampla, sua estrutura
está prevista no artigo 13 do Estatuto do UniRitter.
94
19 NDE – NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE
Destaca-se que o NDE cumpre todas as condições para integrar o mesmo, conforme
a resolução do CONAES no 1 de 17 de julho de 2010 que são:
a) 60 % dos membros com titulação mínima obtida em programa stricto sensu
(mestrado e/ou doutorado);
b) Regime de trabalho de tempo contínuo (parcial ou integral), sendo pelo menos 20%
dos membros com tempo integral;
c) Experiência profissional fora do magistério, na área do Curso;
d) Domínio acerca do PPC do Curso;
e) Desempenho docente adequado às políticas institucionais expressas no Projeto
Pedagógico Institucional (PPI).
O NDE está de acordo com o que estabelece a Resolução CONAES nº 1, de
17/06/2010, a qual estabelece que o Núcleo deve ser composto por no mínimo 5 docentes do
curso, de elevada formação e titulação, contratados em tempo integral ou parcial,
respondendo mais diretamente pela concepção, implementação e consolidação do projeto
pedagógico do curso.
As reuniões do grupo de professores que compõe o NDE são realizadas com o objetivo
de qualificar as ações educativas, melhorar a estrutura curricular e qualificar o PPC do Curso.
Três foram às revisões da estrutura curricular indicadas pelo NDE, que foram desenvolvidas,
avaliadas e aprovadas nas instâncias do Curso, revisões estas efetivadas.
Seguindo a política institucional do UniRitter, a gestão é exercida de forma democrática
e participativa. Assim, os processos de gestão envolvem não apenas a Coordenação do
Curso, exercida por docente de regime de trabalho de tempo integral, os coordenadores
setoriais, mas envolve o Núcleo Docente Estruturante, complementando a ideia de
coordenação ampliada, em que o Núcleo Docente Estruturante é mais uma instância.
O Núcleo Docente Estruturante do Curso, segundo o Instrumento de Avaliação de
Cursos de Graduação elaborado pelo MEC/INEP, consiste no “Conjunto de professores, de
elevada formação e titulação, contratados em tempo integral e parcial, que respondem mais
diretamente pela criação, implantação e consolidação do Projeto Pedagógico do Curso”. Esse
Núcleo reúne-se sempre que necessário para articular os assuntos relativos à gestão do curso
95
e operacionalização deste PPC. A partir destas análises, são propostos ajustes de
implementação tendo como objetivo a consolidação do PPC, de forma a mantê-lo atualizado
e assim contribuindo para a consolidação do perfil profissional do egresso. Vem também
zelando pela integração curricular interdisciplinar e incentivando o desenvolvimento de
pesquisa e extensão.
A Prof. Ursula Bohlke Vansconcelos desempenha papel relevante no NDE, pois
também atua como coordenadora setorial de pesquisa e de extensão do curso. O NDE realiza
reuniões periódicas com o intuito de avaliar o processo de implantação do curso, os resultado
das avaliações institucionais semestrais, a legislação profissional e as condições
instituicionais internas. O Prof. Rosalvo Mário Nunes Miranda desempenha papel relevante
no NDE, pois também atua como coordenador do Laboratório de Aprendizagem (LAP). Tendo
assim uma contribuição nas questões de aprendizagem das disciplinas básicas. Todos os
docentes que compõem o NDE do Curso de Engenharia de Produção são Mestres ou
Doutores. Com relação ao regime de trabalho, dois professores possuem regime de tempo
integral e três professores possuem regime de tempo parcial.
96
20 NÚCLEO DE APOIO AOS PROFESSORES DO UNIRITTER
A política de qualificação docente prevê mais de uma forma de desenvolvimento.
O desempenho do corpo docente tem na avaliação do processo acadêmico, realizada
anualmente pela Comissão Própria de Avaliação (CPA), sua principal forma de
acompanhamento. Essa avaliação é realizada pelos principais atores: professores e alunos e
inclui a avaliação dos respectivos desempenhos nas disciplinas, no semestre do curso como
um todo, na turma, além das próprias autoavaliações. Além da avaliação do processo
acadêmico, existe a avaliação especial realizada pelos alunos formandos de cada curso que
avaliam o curso como um todo, seu currículo, o desempenho de seus docentes, de suas
coordenações e da IES como um todo. A CPA conta, para ambas as avaliações, com a
articulação no âmbito do curso. A análise dos resultados junto a todos os envolvidos tem se
revelado forma eficaz de correção de fragilidades em termos de docência e de investimento
nas potencialidades do corpo docente e consiste na base principal para a política de
qualificação dos docentes.
A primeira forma direta de qualificação ocorre, portanto, por conta da ação institucional
que assegura a presença de atores fundamentais no processo de qualificação da pedagogia
universitária no UniRitter. Esses atores são docentes do curso que exercem funções de gestão
acadêmica nos mesmos e que se envolvem diretamente com a superação das fragilidades
apontadas nos relatórios de avaliação institucional dos cursos.
Também com base nos resultados da avaliação, enquanto forma principal de
acompanhamento da ação educativa, o curso conta com a ação de seu coordenador próximo
aos docentes na busca de formas de assegurar a interdisciplinaridade, de trabalhar com a
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão como princípio pedagógico de
desenvolvimento do curso, viabilizador da articulação entre a teoria e prática e da inserção
regional do curso. Através de reuniões, são oportunizadas, a análise das dificuldades
encontradas e o planejamento de estratégias comuns de ensino, tendo por base os
referenciais definidos institucionalmente no PPI e no PPC do curso.
Também contribui, de forma indireta, para a qualificação dos docentes a atuação do
coordenador setorial de pesquisa e iniciação científica e do coordenador setorial de extensão
e atividades complementares, existentes no âmbito da Faculdade de Engenharia e que,
respectivamente, dinamizam o desenvolvimento dos grupos e linhas de pesquisa dos cursos
e suas ações de educação continuada e de relações comunitárias. Como Centro Universitário,
apoiado pelo Decreto nº 5.786/2006, que dispõe sobre essa tipologia de instituição de
97
educação superior, o UniRitter não precisaria levar a efeito especial investimento em pesquisa
ou extensão, já que, como consagra esse decreto, deve caracterizar-se pela excelência do
ensino oferecido, pela qualificação de seu corpo docente e pelas condições de trabalho
oferecidas à comunidade escolar. Ocorre, porém, que a Instituição entende que o
investimento em pesquisa e em extensão, de forma indissociada do ensino, torna o Centro
realmente universitário, e contribui sobremaneira para a qualificação do ensino e obtenção de
seu nível de excelência, uma vez que qualifica seus docentes. A pesquisa do UniRitter,
interessada principalmente na qualificação do ensino superior oferecido, e a extensão,
interessada na formação continuada dos profissionais das comunidades em que se insere e
nas relações que com elas estabelece no cumprimento de sua responsabilidade social, pela
forma como se desenvolvem consistem, sem dúvida, em políticas de qualificação do corpo
docente da Instituição.
Além dessas formas de desenvolvimento da política de qualificação docente, aponta-
se como muito importante a ação decorrente do Programa Institucional de Apoio à Formação
e Qualificação Pedagógica Docente, vinculado à Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad). Esse
programa é desenvolvido através de 3 formas especiais de apoio aos professores, quais
sejam:
(1) apoio à formação dos professores em nível de pós-graduação stricto sensu
(Doutorado);
(2) apoio à qualificação didático-pedagógica, em termos de pedagogia universitária;
(3) apoio à participação em eventos técnico-científicos para a atualização na docência
ou na área de formação.
O apoio à formação em nível de pós-graduação stricto sensu primeira forma de
capacitação do programa é encontrado nos artigos 19 e seguintes do plano de carreira. De
acordo com o referido documento, é compromisso permanente do UniRitter prover
mecanismos de acompanhamento e avaliação do desempenho docente que permitam
direcionar os professores para a sua própria qualificação pedagógica e para o atendimento
das necessidades e objetivos institucionais. Cumpre destacar que o apoio à formação e à
qualificação docente leva em conta a disponibilidade financeira destinada para este fim.
A segunda forma de apoio à capacitação dos docentes dentro do referido programa é
realizada tanto através de cursos e outras atividades desenvolvidas extensivamente durante
os semestres letivos como através de eventos de caráter intensivo realizado nos períodos de
recesso (julho e janeiro). Essa parte geral é comum a todos os docentes, mas agrega-se a
98
ela uma parte específica, a cargo dos cursos, de acordo com os resultados dos relatórios de
avaliação do processo acadêmico e com os interesses do grupo.
A terceira forma de qualificação, referente à participação em eventos, demanda o
preenchimento de formulário específico para afastamento temporário do professor. Esse
formulário solicita breve descrição do evento, justificativa para sua participação, previsão de
substituição para aulas que devesse desenvolver no período do evento, além dos custos
solicitados. Deferida pela coordenação do curso de lotação do docente, é por ele
encaminhada à ProGrad que procede às interfaces necessárias junto à Direção Administrativa
do Centro Universitário.
Ressalta-se, ainda, a realização, a partir de 2012, do Programa de Desenvolvimento
de Lideranças, promovido pela Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad) para a qualificação dos
Coordenadores de Curso e Coordenadores Adjuntos. O propósito desta atividade é capacitar
técnica e pedagogicamente docentes que atuem na gestão de cursos de graduação do Centro
Universitário Ritter dos Reis.
99
21 APOIO AOS DISCENTES
O Curso de Engenharia de Produção, em sintonia com a Missão do UniRitter,
compromete-se com a formação de cidadãos éticos e profissionais competentes para o
contexto atual, propondo ações que garantam acesso e permanência dos egressos da
educação básica no Curso. O UniRitter entende que o Ensino Superior possa ser ofertado a
pessoas que tenham concluído o Ensino Médio. A igualdade de acesso não admite qualquer
discriminação em termos de raça, sexo, idioma, religião ou de condições sociais e de
portadores de necessidades educacionais especiais advindas de deficiências físicas, visuais
e auditivas.
Além do acesso, também é pensada a permanência dos alunos no Curso, evitando a
possível evasão. Neste sentido, o desenvolvimento de soluções educacionais, que minimizem
as variáveis que interferem nas condições de permanência são ações realizadas
Institucionalmente e no âmbito do Curso de Engenharia de Produção. A atenção ao acesso e
permanência implica a superação dos obstáculos enfrentados pelos alunos. O PPC do Curso
prevê o apoio aos discentes nos moldes praticados no UniRitter. Exemplos de ações
implantadas são o Laboratório de Aprendizagem (LAP) e o Núcleo de Apoio aos Discentes
(NAD).
O LAP é responsável por promover ações de qualificação do processo de ensino-
aprendizagem discente e docente, visando a redução do índice de evasão das Engenharias
que ocorrem nos primeiros semestres. É coordenado por dois professores com 10 horas
específicas de carga horária cada. São esses os objetivos do LAP alinhados com o objetivo
de apoio ao discente:
(i) Construir atividades para a superação de lacunas e/ou dificuldades, fornecendo um
embasamento para a construção do conhecimento de forma crítica e reflexiva; (ii) Criar
dinâmicas de investigação matemática para aprofundamento do saber matemático;
(iii) Desenvolver a curiosidade e o gosto de aprender cálculo diferencial e integral;
(iv) Ampliar e evidenciar as aplicações do cálculo diferencial nas disciplinas do curso de
engenharia;
(v) Construir de forma colaborativa, pelos docentes, atividades para que estudantes com
habilidades possam aprofundar seu saber;
(vi) Aprofundar as discussões sobre alternativas metodológicas de ensino-aprendizagem com
os professores.
100
O apoio aos alunos do Curso de Engenharia de Produção é dado através do Núcleo
de Apoio aos Discentes (NAD) que se ancora em alguns conceitos dos quais se destaca:
Postula-se uma teoria que leve à educação transformadora, emancipatória em todas as dimensões da vida humana e que colabore para uma sociedade mais justa. Para tanto, pretende-se atingir, em todos os cursos, uma ação pedagógica que busque o essencial, que é o aprimoramento do próprio existir humano social
O Núcleo de Apoio aos Discentes (NAD) – é o setor institucional do UniRitter
destinado à construção de espaços onde os acadêmicos de todos os cursos encontram
permanentemente disponíveis aos discentes as seguintes atividades de apoio :
(a) Integração dos alunos novos, ingressantes por processo seletivo ou transferência,
na Instituição através do Programa Temático Abraço ;
(b) Apoio pedagógico aos alunos através de mecanismos de nivelamento (oficinas
pedagógicas e monitorias de ensino) – Programa Temático Progredir ;
(c) Acompanhamento psicológico e psicopedagógico aos alunos (ações de
aconselhamento, grupos operativos, espaços para reflexão e debate, encaminhamento para
clínicas conveniadas, se for o caso) - Programa Temático de Acompanhamento
Psicológico e Psicopedagógico aos Discentes (Psicop ed);
(d) Disponibilização de serviços de orientação profissional e vocacional (visitas,
palestras, aplicação e análise de testes vocacionais) para os alunos do UniRitter e para a
comunidade escolar de ensino médio de Porto Alegre e Região Metropolitana – Programa
Temático de Orientação Profissional ;
(e) Apoio à participação dos discentes em eventos (seminários, congressos,
encontros, palestras e outros) internos e externos - Programa Temático de Apoio à
Participação Discente em Eventos ;
(f) Atendimento especializado e personalizado aos alunos portadores de necessidades
educacionais especiais (deficientes físicos, visuais e auditivos) - Programa Temático Pró-
Inclusão ;
(g) Apoio aos alunos concluintes de cursos de graduação na elaboração do seu
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) (Oficinas de Metodologia de Pesquisa, Revisão de
Textos, Normas da ABNT, Normalização do Trabalho Acadêmico) - Programa Pró-Egresso ;
101
(h) Preparação para a conclusão do curso e a inserção no mercado de trabalho
(Oficinas sobre Planejamento de Carreira, de Elaboração do Curriculum Vitae, de Entrevista
para Emprego e outras; auxílio nos preparativos das solenidades de colação de grau) dos
formandos em termos de - Programa Temático Pró-Egresso ;
(i) Apoio aos egressos dos cursos do UniRitter em suas ações de qualificação
profissional, através do Programa Institucional de Educação Continuada e da Política de
Ensino de Pós-graduação praticada na Instituição.
(j) Assistência financeira aos alunos através da concessão de bolsas de estudo
parciais, e bolsas acadêmicas (de ensino, pesquisa e extensão), conforme disposições do
Regimento Geral do UniRitter, de estágios remunerados na área de formação dos cursos de
graduação, na própria Instituição ou externos, via posto do CIEE, e de encaminhamento para
financiamento estudantil pelo Fundo de Financiamento ao Estudante Superior - FIES, -
Programa de Assistência Financeira (PROAF) ;
As Bolsas Acadêmicas encontram-se normatizadas no Regimento Geral do UniRitter,
em seus artigos 120 a 132. As Bolsas Parciais de Estudo encontram-se normatizadas no
Regimento Geral do UniRitter, em seus artigos 133 a 140.
102
22 AVALIAÇÃO DO PROCESSO ACADÊMICO
Sobre a avaliação do curso em seu processo acadêmico total, pondera-se que este
PPC atende às disposições da Política de Avaliação Institucional, parte integrante do PDI, do
UniRitter, que se adéqua por inteiro tanto às determinações da Lei nº 10.841/2004 que instituiu
o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) como à Portaria/MEC nº
2.051/2004 que regulamentou a referida Lei.
A autoavaliação do Centro Universitário, entendida como um processo coletivo e
emancipatório de reflexão sobre sua prática e seu compromisso para com a sociedade,
encontra respaldo institucional para a sua ação no PDI. Para tanto, o Centro Universitário
conta com o Plano de Avaliação Institucional (PAI), que prevê a avaliação da ação acadêmica
de Ensino, de Pesquisa e de Extensão e a avaliação da ação administrativa, envolvendo o
planejamento, a gestão, o apoio a infraestrutura acadêmica e administrativa disponível.
A Comissão Própria de Avaliação (CPA) é o órgão que a Instituição conta para a
execução do Plano de Avaliação Institucional (PAI), em consonância com a Lei do Sistema
Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). A CPA, na sua composição, é
formada por um coordenador, dois docentes, dois discentes, dois funcionários técnico-
administrativos e dois representantes da sociedade civil.
A sistemática de avaliação do Curso obedece às diretrizes do Plano de Avaliação
Institucional/PAI do UniRitter em seus direcionamentos e será realizada de forma participativa.
O processo acadêmico do curso se desenvolve em torno das previsões de seu PPC que será
avaliado a cada semestre pelos alunos, professores e coordenação do curso. Essa avaliação
da ação educativa do Curso, tendo por pano de fundo o seu PPC compreende: (1) as
disciplinas; (2) o desempenho docente; (3) a turma de alunos; (4) a autoavaliação dos alunos;
(5) o trabalho de conclusão de curso; (6) as formas de organização curricular; (7) as atividades
complementares.
Compete à CPA aplicar os instrumentos de coleta de dados, bem como proceder à
categorização, ao tratamento e à análise dos mesmos. As ações avaliativas geram vários
tipos de relatórios de avaliação institucional, conforme o tipo de avaliação realizada. A
divulgação e análise dos resultados constantes nesses relatórios contemplam todos os
envolvidos no processo, através de seminários, reuniões, distribuição e exposição de material
informativo. Os resultados são consolidados em relatórios específicos do curso, entregues à
sua coordenação e divulgados em reuniões dos diferentes colegiados institucionais.
103
O Relatório de Avaliação do Processo Acadêmico envolve os tipos de avaliação
realizados com todos os resultados expressos numericamente, em gráficos, contendo todas
as observações feitas de ordem descritiva. Os Relatórios de Avaliação por Disciplina são
desmembrados do Relatório de Avaliação do Processo Acadêmico e envolvem os mesmos
elementos, mas referentes apenas à disciplina. Esses relatórios particularizados são
entregues aos docentes de cada disciplina.
A comunicação dos resultados do processo de avaliação do curso também é feita aos
alunos, através de um Painel de Avaliação Institucional do Curso de Engenharia de Produção
em que são expostos num saguão de acesso às salas do mesmo, todos os gráficos referentes
à avaliação do semestre anterior, para divulgação e análise pelos acadêmicos.
O importante nesse processo de avaliação institucional é a utilização desses dados na
realimentação do processo acadêmico como um todo, em todos os seus ângulos. Estimula-
se uma análise ampla dos resultados da avaliação da ação acadêmica em torno do PPC.
Podemos exemplificar com a avaliação do processo acadêmico do curso. Inicialmente a
análise dos resultados dessa avaliação é feita sob a forma de reflexão individual - pelo próprio
ator envolvido, de posse somente de seus próprios resultados - depois sob a forma de reflexão
coletiva - em diferentes grupos:
(a) professores de um mesmo semestre analisando o seu desenvolvimento;
(b) professores por área de estudo, analisando o seu desempenho com o coordenador
do curso;
(c) professores integrantes do grupo de coordenação ampliada do Curso, analisando
os resultados gerais do curso com a coordenação de curso;
(d) os colegiados do curso (Colegiado de Curso e CONGREGAÇÃO)
(e) o Fórum de Representação Estudantil - FORES, analisa os resultados gerais e
combinam uma forma de atingir aos demais alunos;
(f) a Reitoria analisa os resultados gerais do Curso com a Direção Administrativa e as
Pró-Reitorias;
(g) a Pró-Reitoria analisa os relatórios do Curso no seu âmbito de ação, junto às
Câmaras de Ensino, de Pesquisa e Extensão;
104
(h) o Núcleo de Apoio aos Discentes os analisam tendo em vista o desencadeamento
de necessárias ações de apoio aos alunos do Curso;
(i) o Núcleo de Apoio à Educação a Distância (NE@D) dá suporte às atividades
desenvolvidas de forma presencial por meio do uso da Plataforma Blackboard;
(j) o Núcleo de Apoio aos Professores (NAP) analisa os resultados do desempenho
docente em geral e do rendimento escolar dos alunos/turmas.
A Coordenação do Curso realizará tantas entrevistas individuais quantas se fizerem
necessárias com os integrantes do curso, a fim de equacionar as observações feitas pelos
acadêmicos. São, nesses momentos, realizados os reforços positivos aos aspectos favoráveis
mencionados e pensadas formas de correção dos desvios apresentados pelos alunos ou por
eles interpretados como tal.
Os instrumentos próprios de avaliação do Curso, as estratégias de aplicação, o
cronograma de aplicação são previstos em acordo com o Calendário Acadêmico Institucional.
Além da autoavaliação, há previsão dos momentos de Avaliação Externa do Curso, prevista
no SINAES e realizada pelo INEP/MEC.
Claro está que é da mais fundamental importância que os resultados de ambos os
âmbitos de avaliação apontados - a dos alunos e a de curso – sejam amplamente analisados
pelos sujeitos envolvidos, subsidiando a tomada de decisões, pela coordenação ampliada
(coordenação de curso, coordenações setoriais, de formas de organização curricular), no
sentido de corrigir os desvios, sanar as dificuldades e aproveitar as potencialidades
vislumbradas.
O PPC sinaliza que é importante o compromisso com o ensino, porém é fundamental
o compromisso com a aprendizagem - isso também é educação inclusiva. Sem saneamento
de lacunas, não pode haver autonomia intelectual. Esse exemplo aplica-se às dificuldades
com interpretação de textos, com produção textual e com outras que são basilares para todas
as disciplinas da graduação.
O mesmo modus operandi é articulado em relação aos resultados da avaliação do
processo acadêmico do curso, quando são apontadas as defasagens em termos de
desempenho docente. Parte-se do princípio de que encontrar o erro é possibilitar o
aperfeiçoamento. Vale lembrar que, também para isso, a Instituição mantém o Programa
Institucional de Apoio à Formação e à Qualificação Pedagógica Docente que utiliza o Núcleo
de Apoio Pedagógico (NAP) para apoiar os docentes em termos de pedagogia universitária.
105
Outra relevante atividade institucional desenvolvida no âmbito do curso de Engenharia
de Produção são as Monitorias de Ensino, que têm como finalidade auxiliar os docentes e
discentes na construção das disciplinas e Núcleos. As monitorias se dividem em voluntárias,
nas quais os monitores recebem horas complementares, de acordo com sua duração, e
monitorias com contrapartida financeira, nas quais além das horas complementares, os
monitores recebem desconto na mensalidade. As Monitorias de Ensino para Discente ajudam
alunos com deficiência e/ou mobilidade reduzida. Esses monitores são supervisionados pelas
Psicopedagogas do Núcleo de Apoio aos Discentes. As Monitorias de Ensino para Laboratório
ou Núcleo auxiliam os professores responsáveis pelo mesmo, nas ações desenvolvidas, com
supervisão do professor responsável. As Monitorias de Ensino para Docentes auxiliam no
desenvolvimento da disciplina mais complexa, onde o professor responsável acredita ser
necessária a ajuda de um monitor.
Outro programa desenvolvido pelo NAD é o Psicoped, Programa Temático de
Atendimento Psicopedagógico e Pedagógico. Nele são oferecidos atendimentos
individualizados para ajudar os alunos nas questões de aprendizagem. Quando necessário, é
feito encaminhamento para profissionais da área, como psicólogos, psiquiatras,
psicopedagogos, fonoaudiólogos conveniados com a Instituição.
O NAD conduz, também, o Fórum de Representação Estudantil – FORES, previsto no
artigo 32 do Regimento Geral do UniRitter. O Fórum de Representação Estudantil é um órgão
colegiado do curso que tem como função servir de ligação sistemática entre a coordenação
do curso e o seu corpo discente, buscando a integração entre professores, alunos e os demais
setores da Instituição. O FORES reúne-se pelo uma vez por semestre e é convocado pelo
NAD e acompanhado pelo Coordenador do Curso, que o preside. Também participam do
FORES: uma Pedagoga Institucional atuante no NAD, o presidente do Diretório Acadêmico
do Curso (D.A.) ou seu representante e um ou mais alunos representantes de cada turma do
curso, eleito por seus pares.
106
COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA DO CURSO
O processo de comunicação é vital no Curso de Engenharia de Produção e diz respeito
ao diálogo com seus diversos públicos, quer seja externo, quando se volta para a comunidade
em que se insere o campus institucional e o mundo organizacional local e regional, quer seja
interno, com sua própria comunidade acadêmica (professores, funcionários e alunos).
O site na internet do UniRitter é um canal importante de comunicação interna e externa
e a intranet também tem um papel fundamental na comunicação interna do Curso de
Engenharia de Produção. A comunicação interna do Curso é feita através de ações da
coordenação e dos professores diretamente com os alunos, por meio de cartazes, visitas as
salas de aula, envio de e-mails e atendimento aos alunos na sala da coordenação.
Têm-se constituído uma forma importante de comunicação interna, os seminários de
qualificação docente específicos do curso, na medida em que passaram a constituir-se num
espaço de compartilhamento para as mais diversas finalidades.
A comunicação com as outras instâncias da Instituição acontece, num primeiro
momento, via reuniões de congregação e colegiados de curso e, por outro lado, os
representantes do curso nas Câmaras de Pesquisa, Ensino e Extensão disseminam as
informações, deliberações e discussões aos demais professores do curso.
As turmas de cada semestre terão seu representante, eleito por seus pares e,
sistematicamente, acontecerão reuniões ordinárias e extraordinárias. Estas últimas, para
tratar, por exemplo, da organização da Semana de Integração do Curso de Engenharia de
Produção, envolvimento em Atividades de Extensão, entre outros. Além disto, existe o Fórum
de Representação Estudantil (FORES), regimentalmente previsto nos artigos 114 e 115, para
discutir as mais variadas questões e que aproxima substancialmente os alunos do Curso de
Engenharia de Produção.
A comunicação externa dá-se pela presença constante de representantes do Curso
nas Feiras de Profissões promovidas pela Instituição ou não e em visitas às escolas que
oferecem esta oportunidade, cuja programação é viabilizada pelo Núcleo de Apoio ao
Discente. A participação de professores em seminários e congressos locais e nacionais
também é uma prática fomentada e diversos professores do curso já participaram de eventos
nacionais e internacionais.
107
23 RESPONSABILIDADE SOCIAL DO CURSO
O curso de Engenharia de Produção tem um papel específico de preparar futuros
profissionais da área capazes de transformar conhecimentos e teoria em práticas eficazes
que venham a contribuir para o desenvolvimento de seus alunos e da sociedade como um
todo. Dentro do curso ocorrem quatro componentes curriculares que relacionam-se
diretamente com a dimensão da responsabilidade social em sua busca pela formação de
profissionais comprometidos com a evolução da cidadania, do conhecimento e das boas
práticas profissionais: Introdução à Engenharia de Produção, Filosofia, Ética e Cidadania,
Fundamentos Jurídicos e o Estágio Supervisionado.
O curso de Engenharia de Produção desenvolve projetos relacionadas à
responsabilidade social do curso, implementando práticas que permitam o apoio a sociedade
na solução dos problemas sociais da região. Como exemplo pode-se mencionar a atividade
de extensão da empresa Júnior onde alunos do curso ajudam microempresas da região a
melhorar seus processos produtivos.
Além disso, o curso de Engenharia de Produção disponibiliza bolsas de estudo dos
Programas de responsabilidade social UniPoa e ProUni, além de seu programa próprio de
bolsas vinculado a Rede Laureate. Assim, contribui com o acesso ao ensino superior no curso
de Engenharia de Produção a egressos do ensino médio de baixa renda.
108
24 NFRAESTRUTURA
Sala de Reuniões
Os docentes possuem a sua disposição uma sala de reuniões para pequenos grupos
de professores e para recepcionar alunos e visitantes. Trata-se da sala do Núcleo Docente
Estruturante, disponível para agendamento por parte dos docentes em regime de tempo
contínuo. A sala fica disponível no segundo andar do prédio A, localizada próximo a sala de
Coordenação. O espaço dispõe de uma mesa redonda de reuniões e duas mesas com dois
computadores com acesso à internet e impressora. Por fim, destaca-se que o ambiente
mencionado fica disponível nos três turnos de funcionamento do campus.
Espaço de Trabalho para a Coordenação do Curso e Se rviços Acadêmicos
O coordenador do Curso de Engenharia de Produção possui um gabinete específico
para a realização de suas atividades. Esse gabinete atende plenamente aos requisitos de
dimensão, limpeza, iluminação, acústica, ventilação, conservação e comodidade. Os
mobiliários são apropriados e a sala possui seis (6) computadores com acesso à internet e
impressora rápida a sua disposição.
Salas dos Professores
O Campus de Porto Alegre possui duas salas de professores, localizadas nos prédios
A e C, que atendem plenamente aos requisitos de dimensão, limpeza, iluminação, acústica,
ventilação, conservação e comodidade.
As salas são climatizadas e equipadas com computadores dotados de acesso à
internet e possibilidade de impressão de materiais, via Setor de Apoio aos Docentes,
conjugado à sala dos professores. Possuem um espaço de convivência com poltronas e sofás,
com revistas e jornais disponíveis. Há escaninhos e armários para guarda de material. Nessa
sala os docentes encontram, permanentemente, à sua disposição, cafezinho, chá e água
filtrada e gelada, de fácil acesso.
Salas de Aula
Todas as salas de aula do Curso de Engenharia de Produção atendem de maneira
excelente aos requisitos de dimensão, limpeza, iluminação, acústica, ventilação, conservação
e comodidade.
109
As salas de aula são dotadas de: mesas, cadeiras estofadas, computador, projetor
multimídia, acesso à Internet, quadro branco ou verde, ar condicionado ou ventilador.
O campus de Porto Alegre do UniRitter dispõe de 186 ambientes de ensino (salas com
capacidade máxima entre 25 e 50 alunos, auditórios, laboratórios e ateliês), além de um
auditório denominado Auditório Master com capacidade para 450 pessoas.
Para disciplinas especificas de Desenho Básico, Desenho Técnico I e II, Algoritmos e
Programação são utilizadas ateliês para desenho, laboratórios de informática e específicos.
As salas específicas para as aulas de Desenho Básico são dotadas de mesas adequadas
para a atividade e podem ser evidenciadas em loco.
Acesso dos Alunos a Equipamentos de Informática
A infraestrutura do Curso de Engenharia de Produção do UniRitter atende de maneira
excelente a disponibilização de equipamentos de acesso a informática no que tange a
quantidade de equipamentos, acessibilidade, velocidade de acesso à internet, política de
atualização de equipamentos e softwares e adequação do espaço físico.
O campus de Porto Alegre possui vinte e dois (22) laboratórios de sala de aula com o
total de 686 microcomputadores e onze (12) laboratórios livres com 118 computadores cada,
localizado nos prédios A, C e D. Os laboratórios ficam abertos nos três turnos de
funcionamento da Instituição. Para o Curso de Engenharia de Produção, os alunos possuem
a sua disposição todos os laboratórios de uso livre (12) e dois (2) laboratórios para uso
específico, salas 304 e 305 localizados no prédio A, onde estão instalados 26 computadores
em cada uma.
Os alunos também podem utilizar computadores na biblioteca, nas áreas comuns dos
prédios (ilhas com computadores e acesso à internet espalhados por diversos locais do
campus, nos corredores dos prédios e no lobby de entrada), além de acesso livre a rede wi-
fi, de alta velocidade, em todo o campus para computadores e dispositivos portáteis
individuais. Sendo assim, os estudantes do Curso de Engenharia de Produção podem acessar
livremente a internet, de forma gratuita, em todo o campus, nos laboratórios, nas ilhas de
computadores, na biblioteca e em seus próprios dispositivos pela rede que cobre todo o
espaço do campus.
Bibliografia Básica
A Biblioteca do UniRitter é compreendida como um complemento pedagógico de vital
importância pelo seu apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão e pela divulgação da
110
informação, atendendo às expectativas e necessidades dos seus usuários, e participando
ativamente do processo educativo nele desenvolvido.
A seleção do acervo é norteada pela priorização dos assuntos das áreas relacionadas
ao currículo acadêmico, às linhas de pesquisa institucionais, às atividades desenvolvidas, e
pelas crescentes e dinâmicas necessidades dos usuários.
O acervo da Biblioteca é composto por diversos tipos de materiais informacionais que
servem de apoio às atividades acadêmicas de diversos cursos e dos quais há a contemplação
de títulos específicos para o Curso de Engenharia de Produção, tais como: livros, periódicos,
folhetos, bases de dados, multimídia, mapas, trabalhos acadêmicos e documentos online.
A atualização do acervo para os livros da bibliografia básica é processada nos
recessos semestrais, a partir de:
- bibliografias constantes nos planos de ensino das disciplinas, com a indicação
mínima de três (3) obras;
- análise de catálogos e índices especializados;
- livros e periódicos sugeridos pessoalmente ou por intermédio do website da
biblioteca, de acordo com a política de complementação do acervo, que se baseia na análise
da comunidade alvo e nas diretrizes de seleção, aquisição, descarte e avaliação da Biblioteca.
Para o Curso de Engenharia de Produção, o acervo contempla todos os 10 semestres
do curso, contendo livros, periódicos, vídeos e DVDs. Esse acervo vem sendo
constantemente enriquecido em cada semestre. A relação da bibliografia básica por disciplina
consta no PPC do Curso, assim como no relatório completo e atualizado do acervo estarão
disponibilizados para análise da comissão no momento da visita in loco, em razão da
impossibilidade de sua inserção nesse documento. O acervo da bibliografia básica atende a
proporção média de um (1) exemplar para a faixa de dez (10) a menos de quinze (15) vagas
anuais pretendidas.
Bibliografia Complementar
No UniRitter, os planos de ensino contemplam cinco livros referentes à bibliografia
complementar, que são adquiridos na quantidade de dois (2) exemplares.
A biblioteca, com a periodicidade semestral, faz a atualização do acervo dos livros
constantes na bibliografia complementar. Além disso, o corpo docente e o discente do Curso
111
podem – e são estimulados a isso – a qualquer momento, solicitar a compra de livros,
periódicos e demais materiais que complementem a formação do conhecimento dos alunos.
Periódicos Especializados
O acervo de periódicos é atualizado e possui continuidade nas assinaturas. Os artigos
dos periódicos são indexados e disponíveis, para consulta, via Internet.
A política de aquisição de periódicos é similar a dos livros, ou seja, atende às
solicitações de coordenadores, professores e alunos, contemplando títulos indispensáveis e
complementares à área.
A coleção é composta tanto de periódicos nacionais, como de títulos estrangeiros. Os
periódicos são adquiridos por compra, doação e permuta. A modalidade de permuta de
periódicos da biblioteca é mantida pela relação de intercâmbio com outras instituições de
ensino superior. Ainda no que tange aos periódicos, a Biblioteca possui várias assinaturas de
jornais locais e nacionais, bem como de revistas nacionais e estrangeiras de cultura geral.
Os alunos do Curso de Engenharia de Produção contam com títulos importantes de
periódicos para a área, além do acesso franqueado a base de dados, sendo algumas de
acesso restrito via computadores do UniRitter, como: Scopus; Science Direct; e base de dados
de acesso livre, como Scielo, ICAP, Periódicos Capes Acesso Livre.
Laboratórios Didáticos Especializados
O Curso de Engenharia de Produção do UniRitter utiliza diversos laboratórios
tecnológicos no ensino, na pesquisa e na extensão, localizados nos prédios A e C do Campus
de Porto Alegre. Estes laboratórios atendem à diversas atividades acadêmicas do Curso de
Engenharia de Produção, cuja relação de infraestrutura segue:
Laboratório de Física: Este laboratório está localizado no 1º Pavimento do Prédio A
(com 129,08 m² em dois espaços);
Laboratório de Química: Este laboratório é composto de prédio próprio e de um
Container de Apoio que estão localizados próximo do Prédio A (com 81,84 m²);
Laboratório de Metalografia: Este laboratório está localizado no 1º Pavimento do
Prédio A (com 39,35 m²);
Laboratório de Matemática: Este laboratório está localizado no terceiro andar do prédio
D, na sala 301 (com 60 m²);
112
Laboratório de Metrologia: Este laboratório está localizado no subsolo do Prédio A
(com 42,00 m²);
Maquetaria: Está localizada no 1º Pavimento do Edifício Garagem (com 164,11 m² em
dois espaços).
Laboratório de CAD/CAM/CAE: Este laboratório está localizado no 1º Pavimento do
Prédio A (com 39,35 m²), possuindo 30 computadores de configuração avançada e softwares
específicos para a realização de Projetos e Simulações de manufatura.
Laboratório de Prototipagem Rápida: Este laboratório está localizado no 1º Pavimento
do Prédio A (com 30 m²) possuindo impressora 3D, computadores e softwares específicos.
Laboratório de Fabricação Mecânica: Está localizado no 1º Pavimento do Prédio A
possui (com 110 m²) possuindo máquinas como: tornos, centro de usinagem, etc.
Finalidades e equipamentos disponíveis nos laborató rios:
(a) Laboratório de Física: Este laboratório tem a finalidade de realizar experimentos
com os quais se espera desenvolver no aluno o comportamento crítico diante dos fenômenos
físicos, como apoio as disciplinas de Física, Eletricidade Aplicada e Sistemas Estruturais, e
apoiar pesquisas experimentais acadêmicas. Nele estão localizados os seguintes
equipamentos: 1 Conjunto de experimentos mecânicos para obter Medidas e Unidades, Lei
de Hooke, Sistemas de decomposição de forças - 3 forças e 4 forças aplicadas, Plano
inclinado – Estática, Cálculo e determinação de massas em estruturas bi apoiadas, Centro de
Massa: Cálculo Experimental e Determinação Teórica, Plano Inclinado – Dinâmica, Sistemas
de conservação de energia I, Sistemas de conservação de energia II – Pêndulo, Aplicação de
conceitos de física para engenharia I: mecânica em um estabilizador de máquinas fotográficas
ou filmadoras de pequeno porte (até 3kg); 1 Conjunto de experimentos em Fluidos,
Termodinâmica e ondas para obter Experimento de Fluidos I – Empuxo, Experimento de
Fluidos I - Cálculo de massa específica de líquidos através das força peso e empuxo,
Experimento de Fluidos II - Cálculo de massa específica de líquidos a partir do teorema de
Stevin, Termodinâmica - Conjunto Termodinâmica com sensor e software, Termodinâmica -
Conjunto para termodinâmica (termologia), Termodinâmica - Troca de calor e expansão
térmica dos líquidos, Termodinâmica - Conjunto para termodinâmica, calorimetria (seco), para
computador com sensores e software, Movimento Harmônico - Pendulo, com sistema
associado ao pendulo de Foulcault e 1 Conjunto de experimentos em Eletricidade e
Magnetismo para obter Eletricidade Estática I- Propriedade elétrica das cargas, Eletricidade
Estática II - Gerador de Van De Graaf, Eletricidade - Resistores em série e paralelo,
113
Eletricidade - Capacitores em série e paralelo, Eletricidade - Circuitos elétricos, Princípios de
Magnetismo - Efeitos do campo magnético, Painel Fotovoltaíco;
(b) Laboratório de Química: Este laboratório tem a finalidade de apoiar as disciplinas
de Química Básica e Química Aplicada, e as pesquisa acadêmicas. Nele estão instalados os
seguintes equipamentos: 1 agitador magnético com aquecimento, 1 balança analítica, 1
balança semianalítica (resolução 0,001 g), 1 balança semianalítica (resolução 0,01 g), 1 banho
maria, 1 deionizador de água, 1 destilador de água, 1 estufa para 250 ºC, 1 teste de jarros (jar
test), 1 máquina de gelo, 1 manta aquecedora e 1 medidor de ph (phmetro);
(c) Laboratório de Metalografia: A finalidade deste laboratório é apoiar as disciplina de
Ciência dos Materiais e Materiais e Técnicas de Construção, e também pesquisas
experimentais acadêmicas. Nele estão instalados os seguintes equipamentos: 1 durômetro
marca Digimess, 7 microscópios óticos, 1 policort modelo CMR-60 marca Risitec, 2
embutidoras modelo RS 30 marca Risitec, 1 politriz modelo PLR II e 1 câmara digital;
(d) Laboratório de Matemática: Este laboratório tem a finalidade de apoias as
disciplinas de Matemática Básica, Cálculo e Desenho;
(e) Laboratório de Metrologia: Este laboratório tem a finalidade de apoiar diversas
disciplinas do Curso no que tange à aferição e realização de medidas;
(f) Maquetaria: Espaço destinado a elaboração de modelos/protótipos e que conta
com uma marcenaria de apoio.
Atividades Realizadas nos Laboratórios :
(a) Laboratório de Física: As atividades no laboratório de física consistem em um
conjunto de experimentos têm a finalidade de ilustrar os assuntos abordados nas aulas
teóricas, ensinando as técnicas de observação dos fenômenos físicos. Isto é possível através
do desenvolvimento de experimentos de apoio a disciplinas do curso de engenharia, oficinas
e outras atividades que possam ser desenvolvidas pelo laboratório de física. Podemos
mencionar as atividades de extensão realizadas em horários extraclasse com a participação
maciça dos alunos;
(b) Laboratório de Química: Está equipado para realizar a caracterização das principais
propriedades químicas de materiais nos estados sólido, líquido e gasoso, através de um grupo
de experimentos desenvolvidos pelos alunos;
114
(c) Laboratório de Metalografia: Neste laboratório é possível preparar amostras de
materiais para análise da microestrutura em microscópios óticos. Analisar falhas e trincas na
estrutura interna de materiais de engenharia. E obter a dureza do material no durômetro;
(d) Laboratório de Matemática (LAM): O principal objetivo do LAM é atuar no Ensino
de novas tecnologias de aprendizagem ligadas a informática e aplicadas ao desenvolvimento
de conhecimentos matemáticos. O LAM possui equipamentos destinado ao estudo de
matemática ligado diretamente a Engenharia.
(e) Laboratório de Metrologia: Este laboratório está equipado com ferramental de
precisão que permite a obtenção do modelo dimensional em 3D;
(f) Maquetaria: Permite ao aluno a elaboração de maquetes e modelos com o auxílio
de um técnico de marcenaria.
O curso de Engenharia de Produção segue o regulamento da Faculdade de
Engenharia que fixa os procedimentos a serem adotados para utilização dos laboratórios
tecnológicos, que atende a todos os Cursos da Faculdade de Engenharia.
115
27 TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICs) N O PROCESSO
DE ENSINO-APRENDIZAGEM
A implementação do projeto pedagógico do curso de Engenharia de Produção utiliza
as tecnologias de informação e comunicação como forma de aprimoramento do processo de
ensino e aprendizagem. Em termos de concepção, entende-se que as TICs configuram uma
forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem com a mediação de recursos didáticos
sistematicamente organizados, apresentado em diferentes suportes de informação, utilizados
isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação.
Os diferentes modos de aprendizagem acenam com os ganhos educacionais que
podem ser obtidos com um processo de aprendizagem mais dinâmico, mais flexível, variável
e disponível.
Para o alcance dos objetivos do programa, a Pró-Reitoria de Graduação conta com
uma equipe de profissionais da área da Pedagogia e da Informática sob a coordenação de
uma docente com formação e titulação pertinentes. Essa equipe desenvolve, dentre outras,
as seguintes atividades permanentes:
(i) realização de capacitação extensiva (durante o semestre) e intensiva (durante os
recessos) para os professores de uma maneira geral de todos os cursos;
(ii) realização de capacitação extensiva (durante o semestre) e intensiva (durante os
recessos) para os alunos, principalmente dos primeiros semestres que inclua não só a
apropriação do ambiente virtual de aprendizagem do UniRitter mas também noções de
informática, com apoio, supervisão e acompanhamento do Programa Progredir, desenvolvido
pelo Núcleo de Apoio aos Discentes;
(iii) realização de ações de acompanhamento e apoio a docentes e discentes para
esclarecimentos técnicos e pedagógicos da Plataforma Moodle, utilizada no apoio às
disciplinas presenciais;
(iv) manutenção do Núcleo de Educação a Distância (NEaD) para apoio pedagógico
aos professores e aos alunos, através do desenvolvimento de ações específicas de monitoria
e tutoria de conteúdo e auxílio na elaboração dos materiais didático-pedagógicos e na
formatação técnica das disciplinas que utilizam o ambiente virtual como apoio as aulas
presenciais;
116
(v) realização de palestras/oficinas/seminários e/ou outros eventos temáticos pontuais
sobre temas ligados à educação à distância e plataformas de apoio aos ambientes virtuais,
pelo menos uma vez por semestre;
(vi) utilização dos Manuais de Uso da EaD para docentes e para discentes, como
forma de orientação das ações no ambiente virtual e em sala de aula nas disciplinas que
utilizam a EaD como apoio;
(vii) desenvolvimento de projetos de pesquisa e/ou projetos inovadores de ensino
nesta área como forma de qualificação da prestação de serviços aos usuários
(professores/alunos);
(viii) desenvolvimento de ações, em conjunto com a Comissão Própria de Avaliação
(CPA), tendo em vista avaliar o nível de satisfação do usuário e propor ações de melhoria da
EaD;
(ix) estudo permanente das disposições legais acerca da EaD e adoção de medidas
para as adequações que se fizerem necessárias;
(x) elaboração semestral/anual de Relatório do Programa Institucional de Educação a
Distância e encaminhamento à Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad).
As TICs são usadas no processo de ensino-aprendizagem permitindo executar o
projeto pedagógico do curso. Uma evidência de uso das TICs no âmbito do curso de
Engenharia de Produção são os laboratórios de prática dotados de diversos softwares das
áreas básicas de Engenharia, como os softwares de projeto, eos laboratórios de prática
específicos da Engenharia de Produção com softwares específicos do curso, como software
de Simulação de Processos, Software de Controle Estatístico de Processos, Software de
Pesquisa Operacional, dentre outros.