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COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO PROFESSORA MARIA DE JESUS PACHECO GUIMARÃES ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO GUARÁ 2016

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COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO PROFESSORA MARIA DE JESUS PACHECO GUIMARÃES – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

GUARÁ 2016

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AGRADECIMENTOS

Aos Pais, Alunos, Professores e Funcionários do Colégio Estadual Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães, que colaboraram para a construção deste Projeto Político Pedagógico.

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“O que é necessário não é a vontade de acreditar, mas o desejo de descobrir; que é justamente o oposto”.

Bertrande Russel

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 7

2. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA ....................................................................................... 7

2.1 Histórico Da Escola. .................................................................................................. 7

2.2 Modalidades De Ensino ............................................................................................ 9

3. DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO .................................................................................. 9

3.1 Organização Escolar ................................................................................................. 9

4. QUADRO FUNCIONAL ................................................................................................. 10

4.1 Espaço Físico .......................................................................................................... 12

4.2 Bens Materiais ......................................................................................................... 13

4.3 Condições Físicas E Pedagógicas ......................................................................... 14

4.4 Resultados Educacionais ....................................................................................... 15

4.5 Formação Continuada ............................................................................................. 16

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 16

5.1 Concepção De Homem ........................................................................................... 18

5.2 Concepção De Sociedade ....................................................................................... 19

5.3 Concepção De Escola ............................................................................................. 19

5.4concepção De Infância E Adolescência ................................................................. 20

5.5 Concepção De Educação E Educação Do Campo ................................................ 20

5.6 Concepção De Cultura E Tecnologia ..................................................................... 21

5.7 Concepção De Currículo ......................................................................................... 23

5.8 Concepção De Avaliação ........................................................................................ 23

5.9 Gestão Escolar ........................................................................................................ 24

6 PROPOSIÇÃO DE AÇÕES ............................................................................................. 24

6.1 Avaliação .................................................................................................................. 26

6.2 Recuperação Concomitante ................................................................................... 27

6.3 Conselho De Classe ................................................................................................ 27

6.4 Hora Atividade ......................................................................................................... 28

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6.5 Equipe Multidisciplinar ........................................................................................... 29

6.6 Sala De Recursos .................................................................................................... 29

6.7 Sala De Apoio A Aprendizagem .............................................................................. 30

6.8 Atividades Complementares Curriculares De Contra Turno ....................................

6.9 Núcles Setoriais....................................................................................................... 31

6.10 Estágio Obrigatório E Não Obrigatório ............................................................... 35

6.11 Calendário Escolar ................................................................................................ 35

6.11.1 Torneio De Integração Colégios Do Campo ................................................. 35

6.12 Ficha Fica ............................................................................................................... 36

6.13 Plano De Trabalho Docente .................................................................................. 36

6.14 Conselho Escolar .................................................................................................. 36

6.15 A.P.M.F. .................................................................................................................. 37

6.16 TEMAS SOCIOEDUCACIONAIS ............................................................................ 37

6.16.1 Cultura Afro-Brasileira, Afreicana E Indígena .............................................. 38

6.16.2 Educação Ambiental ...................................................................................... 38

6.16.3 Enfrentamento A Violência ............................................................................ 39

6.16.4 Prevenção Ao Uso Indevido De Drogas ....................................................... 39

6.16.5 Gênero, Diversidade Sexual E Sexualidade ................................................. 39

6.16.6 Educação Do Campo ...................................................................................... 39

6.16.7 Programa De Brigadas Escolares ................................................................. 40

6.16.8 Educação Para O Idoso ................................................................................. 41

6.16.9 Educação Para O Trânsito ............................................................................. 42

7 PLANO DE AÇÃO .......................................................................................................... 43

7.1 Plano De Ação Direção ........................................................................................... 44

7.2 Plano De Ação Da Esquipe Pedagógica ................................................................ 49

8. MATRIZ CURRICULAR ................................................................................................. 51

9. REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 53

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1. INTRODUÇÃO

O Projeto Político Pedagógico norteia o trabalho da escola, se articula e se

concretiza com a participação de todos os sujeitos envolvidos no processo educativo,

visando a formação de cidadãos participativos conscientes de seus direitos e

responsabilidades. Constitui – se num instrumento pedagógico de mudança, com ações

voltadas para a melhoria de qualidade do ensino, e consequentemente a transformação

social.

2. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

O Colégio Estadual do Campo Prof.ª Maria de Jesus Pacheco Guimarães - Ensino

Fundamental e Médio, está situado na sede do Distrito de Guará, Município de

Guarapuava, no Estado do Paraná, à Rua Anadir Paulina Tonon, nº 01, CEP 85.110-000.

Fone: (42) 3649 1164; e-mail: [email protected] Esta instituição faz parte do

Núcleo Regional de Educação de Guarapuava tendo como mantenedora o Governo do

Estado do Paraná.

2.1. Histórico da Escola

O Colégio iniciou suas atividades no ano de 1951, com o nome de Escola Isolada de

Guará. Era uma sala de aula com 40 alunos em um terreno de 3.564,0 m², doado pela

Sra. Sofia Horst.

No ano de 1970, foi denominada Escola Rural de Guará; em 1980 passou a

funcionar pelo regime da Lei 5692/71, de 1ª a 4ª série, com a denominação de Escola

Rural Martins Pena, através do decreto nº 033/80. Em 1981, funciona através do Decreto

nº 098/81, com a denominação de Escola Martins Pena – Ensino de 1º Grau.

A Resolução nº 3951/83, muda a denominação de escola Rural Martins Pena para

Escola Municipal Martins Pena.

Em 27 de janeiro de 1989, pelo Decreto 010/89, o nome da Escola é novamente

alterado, passando a denominar Escola Municipal Sofia Horst.

A Resolução nº 878/91, de 08 de março de 1991, autoriza o funcionamento das

turmas de 5ª a 8ª série.

Em 19 de outubro de 1992, pela resolução 3440/92, é autorizado o funcionamento do

Ensino Pré – Escolar, passando a denominar Escola Municipal Sofia Horst, Ensino Pré

Escolar e de 1º Grau.

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Pela Resolução nº 1702/96, de 22 de abril de 1996, foram cessadas, em caráter

definitivo, as atividades escolares, relativas ao ensino de 5ª a 8ª séries do 1º grau. Pelo

parecer 234/96 de 23 de janeiro de 1996 e a resolução 531/96 de 05 de fevereiro de 1996,

foram criados e autorizados a funcionar o ensino de 5º a 8º série do 1º grau, passando a

denominar - se Escola Estadual Prof.ª Maria de Jesus Pacheco Guimarães – Ensino de 1º

Grau.

Pelo parecer nº 3106/02 de 10 de outubro de 2002, a coordenação da estrutura e

funcionamento da SEED, reconhece o Curso de Ensino Fundamental e a Escola passa a

denominar Escola Estadual Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães – Ensino

Fundamental.

O parecer 1072/02 do Conselho Estadual de Educação ratifica a decisão da

Coordenação de estrutura e funcionamento da SEED, concedendo o reconhecimento do

Ensino Fundamental.

Através do requerimento datado de 26 de setembro de 2002, o Diretor da Escola

solicita a autorização para o funcionamento do Ensino Médio e, pelo parecer 37987/2002,

a coordenação de Estrutura e funcionamento da SEED, propõe a resolução de

autorização para funcionamento do Ensino Médio.

Em 29 de novembro de 2002, o Diretor Geral da SEED, pela resolução 4724/2002,

autoriza o funcionamento do Ensino Médio iniciando no ano de 2003.

Pela mesma resolução, a Escola Estadual Professora Maria de Jesus Pacheco

Guimarães – Ensino Fundamental, passa a denominar - se Colégio Estadual Professora

Maria de Jesus Pacheco Guimarães - Ensino Fundamental e Médio. Esta unidade de

ensino leva o nome da Prof.ª Maria de Jesus Pacheco Guimarães, primeira professora a

lecionar no Distrito do Guará.

Natural de Guarapuava, "Dona Mariquinha" , como era chamada, chegou no Distrito

de Guará, no ano de 1950, precedendo a preparação para a implantação da sede distrital

do Guará.

Por já estar exercendo a sua profissão na localidade de Marrecas de Cima, começou

a trabalhar, naquele mesmo ano e fixaram a sua residência neste Distrito, juntamente com

seu marido Samuel Amaral Guimarães primeiro cartorário, e suas três filhas: Maria da

Conceição, Maria José e Circéia Terezinha.

Trabalhou até o ano de 1965, quando se aposentou, mulher de fibra, austera e

caracterizada por uma personalidade forte. Comandou a educação de muitos educandos

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no Distrito de Guará e no ano de 1986, no dia 26 de maio, já cansada e doente a "dona

Mariquinha", deixa de existir.

O dia da patronesse é comemorado no dia 22 de outubro.

2.2. Modalidades De Ensino

O Colégio oferece Ensino fundamental do 6º ao 9º ano, e Ensino Médio.

3. DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO

O Colégio Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães está localizado a 25 Km

de Guarapuava. Atende 25% dos educandos residentes na sede do Distrito de Guará e

75% dos educandos dispersos por 643 km². A comunidade escolar atendida pelo Colégio

na sua grande maioria de baixo poder aquisitivo, com renda mensal familiar de até um sa-

lário mínimo, ou tem como principal fonte de renda a Bolsa Família; Grande parte do alu-

nado é composta por filhos de agricultores assentados, proprietários de pequenas e mé-

dias propriedades rurais, agricultores de acampamentos do MST, alguns filhos de comer-

ciantes e funcionários públicos moradores do Distrito. A maioria dos educandos são pro-

venientes de cinco assentamentos (13 de Novembro, Maria Inês Ribas, Europa, José Dias

e Bananas), e três acampamentos (20 Novembro, Papuã, Aroeira), além de povoados lo-

calizados, em média, 12km de distância da sede (Alto da Serra,Boa Esperança, Rio das

Pedras, Rio das Mortes, Monte Alvão, Faxinal dos Elias, Colônia dos Vitos e Chimarrão

81).

Estes dependem exclusivamente do transporte escolar para o deslocamento até o

Colégio.

As faltas dos educandos são constantes, devido ao transporte escolar, pois a situa-

ção das estradas é precária, os transportadores não cumprem os contratos assumidos

com a Prefeitura Municipal. Estes problemas dificultam a aprendizagem dos mesmos.

Os educandos trazem expectativas de que o Colégio ofereça condições que viabili-

zem o acesso ao mundo do trabalho, bem como acesso às tecnologias práticas esportivas

variadas, e conhecimentos em diversas áreas para atuarem como cidadãos.

3.1. Organização Escolar

O Colégio oferece Ensino fundamental do 6º ao 9º ano, nos períodos: matutino

vespertino e noturno, e Ensino Médio nos períodos matutino e noturno. Atende

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aproximadamente 520 educandos, distribuídos em 19 turmas regulares, 1 turma do

Programa de Complementação Curricular Empreendedorismo que atende 25 educandos

do ensino médio no contra turno, Sala de Apoio (português e matemática) para o 6º e 7º

no período da manhã e tarde para atender os alunos em contra turno, 1 Sala de Recurso

no período da tarde.

A organização curricular do estabelecimento tanto no Ensino Fundamental quanto no

Ensino Médio segue a Base Nacional Comum constituída por disciplinas.

4. QUADRO FUNCIONAL

O quadro de funcionários neste ano letivo é composto por 36 professores, 01 secretária e 04 Agentes Educacionais II, 08 Agentes Educacionais I, 01 diretor, 01 diretora auxiliar e 03 pedagogas.

PROFESSORES GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO

LUIZ ALBERTO OGIBOWSKI

História

Desenvolvimento e Integração Da América Latina; Gestão e Supervisão Educaci-onal.

JOANA ADRIANE DALZOTO

Pedagogia

Administração, Supervisão e Orientação Educacio-nal/Psicopedagogia Institucio-nal e Clínica

MÁRCIA STRUZ ARAÚJO Pedagogia

Administração, Supervisão e Orientação Educacional/ Psi-copedagogia Institucional e Clínica

KAMILE DE OLIVEIRA SILVA

Pedagogia Gestão Escolar

ELISÂNGÊLA PAULINO BONA

Pedagogia Educação do Campo

ADEMIR REMPEL

Geografia e Pedagogia Educação Ambiental.

ANDRESSA NAVARRO Química Educação do Campo e Mestre em Química Aplicada

CARLA KLEIN PEREZ Letras/Anglo

Leitura e Produção Escrita, Alfabetização e Letramento,Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa e Estrangeira, Educação Especial e Inclusiva

CRISTIANO JOSÉ CORRÊA

Letras/Inglês

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DAIANE NUNES VIEIRA Matemática

EDINÉIA MOREIRA DE SOUZA

Matemática Educação do Campo e Edu-cação Especial

ELIZABETE ODILA SIMÃO PORTELA

Biologia Gestão Escolar e Gestão Ambiental

ELOÁ VIEIRA DOS SANTOS

Letras/Literatura Educação do Campo e Edu-cação Especial

EZINEIDE DE LIMA SANTOS

Matemática Educação do Campo, Educa-ção Especial e neuro pedago-gia

FLORIANO M. DAMARADZKI

Letras/Anglo Língua Portuguesa

GERSON HUCHAK Geografia

GISELLE SCHEIFFER MUNHOZ

Letras/ Espanhol Educação do Campo e Edu-cação Especial

GUIOMAR DUBIELA LUY Matemática Ensino da Matemática

HELOISE DE ALMEIDA LIMA

Arte educação -Interdisciplinaridade; -Educação Especial.

JOÃO PAULO ALMEIDA DA SILVA

Filosofia

JOSÉ RENATO BATISTA

Matemática

JUVENAL BENTO MORÃO Letras/ Espanhol

LEONARDO ERTHAL CHAGAS

Geografia Manejo e Conservação Ambiental

LETÍCIA BRUNO ASSUNÇÃO

Ciências Biológicas Educação do Campo Educa-ção Ambiental,EJA

LETÍCIA CASTILHO Letras/Inglês Ensino da Língua Inglesa

LUCAS DARIEL GUIMARÃES RIBEIRO

Filosofia Educação do Campo

LUIZ GUSTAVO CEZAR História Geografia

LUIZA CEZAR Ed. Física Dança Educacional

MARA Apª BRAZ Matemática Educação do Campo, Educa-ção Especial e Diversidade Escolar

MÁRCIA LÍGIA MAIER FARIAS

Matemática Ensino de Matemática/Gestão Escolar

MARIA ROSELI K. AMÂNCIO

História -Ensino De História: Economia América Latina.

MARIANA GOMES BENTO DE MELLO

Português/ Inglês Literatura e Contemporaneidade, Estudos de Linguagem

MARTA ROSELI WOLF MATOSO

Ciências Experiência em Ciências

MAURÍCIO STRAPAÇÃO Arte - Educação Educação do Campo, Educa-ção Especial

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PABLO AUDA Química Educação do Campo, Educa-çãoAmbiental,Educação Ma-temática, Gestão Escolar

RAQUEL CORDEIRO PAZ Letras/Anglo Metodologia do Ensino da Língua Inglesa

RENAN ANTUNES SANTOS

Ed. Física

ROBSON PRESTES Ed. Física Ensino de Matemática

VALMIR JOSÉ JOCOSKI Ciências Sociais

VIVIANE DE LARA Ciências Sociais Ensino Sociologia,Ensino Re-ligioso,Famílias e Práticas Profissionais

ZENEIDE GORNASKI RIBEIRO

Matemática Física Ensino - CEFET

FUNCIONÁRIOS GRADUAÇÃO PÓS – GRADUAÇÃO

VIVIANE Mª BRUSNICKI LUCANTÔNIO

Letras- Português/Espanhol

Gestão, Supervisão e Orienta-ção Educacional.

DANIELI Apª FERREIRA HARDT

Ensino Médio

ADRIANA CORPOLATO Matemática

CRISTINA DE BELEM LACOSKI

Administração

MARIA EMILIA PIMPÃO Pedagogia Atendimento às necessidades especiais

ANA CLAUDIA CORPOLATO

Ensino Médio

CLEUSA Apª PEDROSO Ensino Médio

EDNA HEINE CARLI B. LEINECHER MACHADO

Ensino Médio

EDICLANE APª MACHADO Ensino Médio

ELIANE APª CORPOLATO Ensino Médio

GLACI DE FÁTIMA PILAR DE SOUZA

Ensino Médio

JOCERLI SCHWEIGERT NEVES

Ensino Médio

ROSELI PEREIRA DA SILVA

Ensino Médio

4.1 Espaço Físico

O estabelecimento possui 3200 m² de área construída dividido em 4 blocos, 1 quadra

de esporte e uma casa permissionário.

Bloco A

Composto de: secretaria, salas dos professores; da equipe pedagógica; da direção

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auxiliar; direção, sala de reuniões com cômodo para despejo, sala de apoio, laboratório de

informática com cômodo para despejo, sala de arquivos e 2 banheiros.

Bloco B

Bloco formado por biblioteca com cômodo para despejo e laboratório de ciências

com cômodo para despejo.

Bloco C

Dispõe de cozinha, depósito de merenda, míni lavanderia, depósito para material de

limpeza, almoxarifado, refeitório, 1 banheiro com chuveiro, 1 banheiro feminino com 4

sanitários e 1 masculino com 4 sanitários e 4 mictórios e 1 banheiro adaptado.

Bloco D

Composto por 8 salas de aulas divididas em 2 pisos, 1 banheiro masculino com 2

sanitários e 2 mictórios, 1 banheiro feminino com 4 sanitários, 2 banheiros adaptados,

elevador e 1 cômodo para despejo.

Quadra Poliesportiva coberta com arquibancadas e casa para permissionário com

4 dependências; este espaço é utilizado para sala de recursos.

4.2 Bens Materiais

Secretaria: 2 mesas para microcomputador 5 cadeiras giratórias, 2 escrivaninhas

com gavetas, 2 armários de aço, 2arquivos, 6 computadores, 1 multifuncional,2

impressoras, 1 telefone com fax.

Sala dos professores: mesas, sofá, escaninho e armários individuais, TV .

Laboratório de informática: 18 mesas, 20 cadeiras giratórias e 20

microcomputadores (Paraná Digital) e 15 microcomputadores (Proinfo)

Sala de reuniões: 31 cadeiras, 1 mesa, 38 carteiras, 2 estantes, 2 armários de

aço, 1 mesa som com 2 caixas acústica, 2 microfone sem fio,2 rádios, 4 DVDs, 2

mimeógrafos, 1 vídeo cassete, 1 retroprojetor, 3 data show,1 filmadora, 1 câmera

fotográfica, 1 impressora .

Salas da direção e equipe pedagógica: escrivaninhas, armários e arquivos,

microcomputador e notbook

Sala de arquivos: armários, prateleiras, materiais de arte, de matemática e

esportivos, fantoches, jogos didáticos,

Biblioteca: 13 mesas, 12 estantes, 1 computador, 1 escrivaninha, armários, porta

mapas, aproximadamente 4.100 livros, mapas e 2 globos terrestres.

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Laboratório de Ciências: 1 TV, 1 microscópio eletrônico,1 microscópio

estereoscópio, 2 armários e 1 prateleira de aço, 37 banquetas, materiais de Química,

Física e Biologia ( mapas , reagentes, vidraria, balança eletrônica, estadiômetro, torso

humano, etc...), estufa, terrário.

Salas de Aula: 40 carteiras, 1 mesa para o professor, 1 TV LCD, e ventilador em

cada sala.

Cozinha: 2 geladeiras, 2 freezers, fogão industrial, exaustor, 1 armário de aço, 6

armários com 3 cubas, 2 liquidificadores, 1 batedeira, 1 centrifuga de frutas e utensílios

domésticos, 1 forno elétrico, 1 forno a gás, 1 micro- ondas, 1cilindro para massas.

Lavanderia: 1 máquina de lavar, 1 centrifuga,1Wap.

Almoxarifado: 4 botijões cilíndricos, depósito para lixos.

Refeitório: 5 bebedouros, 13 mesas, 26 bancos, 2 mesas de tênis de mesa, 1

mesa de pebolim.

Outros: suporte para bandeiras, lixeiras recicláveis, 7 bebedouros, instrumentos

para fanfarra, antena parabólica.

Sala de Recurso: mesas, cadeiras, armário, microcomputador e impressora, jogos

didáticos.

4.3 Condições Físicas E Pedagógicas

Um obstáculo comum que provoca entraves físicos e pedagógicos: o tratamento

padrão, padronizado à todas as escolas feito pela mantenedora. Esse é um problema

tanto pedagógico quanto físico, pois as escolas são diferentes, possuem características

diferentes, profissionais, público, estrutura física, pedagógica e geográfica diferentes,

portanto não podem ser tratadas de forma padrão.

Como entraves físicos podemos citar o caso dos recursos financeiros, cujo cálculo é

o mesmo para as escolas urbanas, no entanto uma escola do campo gasta muito mais em

material de limpeza devido às estradas sem pavimentação. Também o mau funcionamento

do transporte escolar, que compromete o aprendizado pois o educando falta

demasiadamente, e como única justificativa usam a situação das estradas. Nesse caso

não se observa nenhuma ação por parte do poder público para solucionar a negligência do

transporte escolar e a situação das estradas. Outro entrave físico é o tempo que o

educando permanece no transporte escolar todos os dias. Isso faz com que seu

rendimento seja comprometido pois, em qualquer turno que estude, precisam sair muito

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cedo de sua casa causando – lhe cansaço e falta de atenção.

Quanto aos entraves pedagógicos, podemos citar a falta de pessoal para trabalhar

com biblioteca e laboratório de informática, o que acaba comprometendo a possibilidade

de um aprendizado atualizado, visto que, o educando precisa ter acesso a multimeios para

complementar e incrementar as informações que recebem em sala de aula, nesse caso a

pesquisa não pode ser feita por não ter alguém para orienta- los. Também é importante

evidenciar a falta de um sistema de internet que funcione pois, o nosso sistema é precário

e ineficiente, temos 39 computadores mas não conseguimos usar pois a internet não

funciona se ligar mais de uma máquina, obstruindo o trabalho da secretaria. A falta de

vontade de alguns professores e a falta de perspectiva dos educandos é um fator que

compromete o pedagógico da escola.

4.4 Resultados Educacionais

O Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) sintetiza dois conceitos

igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de

desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é calculado

a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de

desempenho nas avaliações do Saep, o Saeb e a Prova Brasil. O índice é medido a cada

dois anos desde 2005.

Este estabelecimento de ensino iniciou sua participação na prova Brasil em 2009,

com os seguintes resultados:

2009:

Matemática – 247,87

Português – 248,65

IDEB – 4,0

2011:

Matemática – 258,00

Português – 246,1

IDEB – 4,2

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METAS PROJETADAS:

2011 2013 2015 2017 2019 2021

4,2 4,5 4,8 5 5,3 5,5

4.5 Formação Continuada

A SEED oferta cursos para formação dos professores em todas as disciplinas:

simpósios, DEB Itinerante, GTR (Grupo de Trabalho em Rede), Jornada Pedagógica,

PDE, Cursos Educação Fiscal, oficinas CRTE, entre outros. A escola colabora para a saí-

da do professor para os cursos de capacitação, onde sempre se aprende algo novo que

pode ser utilizado em sala de aula. É importante que a formação continuada se estenda a

todos os profissionais envolvidos no processo educativo. Nas reuniões pedagógicas reali-

zadas no âmbito escolar procura -se reunir o número máximo de profissionais que traba-

lham no Colégio, a troca de experiências e busca de soluções de problemas que ocorrem

no dia a dia são amplamente discutidas sempre buscando a aprendizagem com qualidade.

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Pensando na função social da escola e do trabalho educativo, enquanto docentes,

precisamos entender a sociedade em que estamos inseridos, pois está configurada pelas

experiências individuais do homem as quais dependem das relações interpessoais,

estruturais e institucionais. “A sociedade configura todas as experiências individuais do

homem, transmite resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do

grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada individuo engendra e que oferece a

sua comunidade” (Pinto, 1994).

Uma sociedade democrática pressupõe a possibilidade de participação do conjunto

de membros da mesma em todos os processos decisórios, que dizem respeito a sua vida

(casa, escola, bairro, cidade, etc.). Segundo Boff (2000, p.77). Faz-se necessário

desenvolver uma educação que abra para uma democracia integral, capaz de produzir um

tipo de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentado.

Cabe à educação proporcionar ao educando e a comunidade, instrumentos

adequados para pensar a sua prática individual e social e atingir uma visão global da

realidade que possa orientá- lo em sua vida; bem como a apropriação do conhecimento

cientifico, político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para garantir

a satisfação de suas necessidades, seja no campo ou na cidade, e realizar suas

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aspirações, através do conhecimento acumulado, e acrescentar novos conhecimentos.

Uma escola de qualidade é um direito do educando, e para tanto é fundamental que

os professores estejam atualizados buscando qualificação; que resulta em melhoria do

trabalho pedagógico, ampliando seu saber fazer; repensando a prática pedagógica para

combater a discriminação, a exclusão e consequentemente a evasão escolar.

Segundo a LDB 9394/96 Art.2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada

nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o

pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho. Os significados dessas palavras precisam ser compreendidos

na sua amplitude.

A palavra trabalho, por exemplo, não pode ser limitada a ideia de emprego, serviço

para garantir a sobrevivência. Acima de tudo o trabalho deve ser destinado ao

desenvolvimento das potencialidades do ser humano, para proporcionar prazer, melhorar

sua vida e a vida de toda a sociedade. Os conceitos utilizados no Projeto Político

Pedagógico são baseados na LDB a qual prevê que o ensino deve ser ministrado com

base nos seguintes princípios:

Igualdade de condições para acesso e permanência na escola;

Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o

saber;

Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

Respeito à liberdade e apreço a tolerância;

Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

Gratuidade de ensino público em estabelecimentos oficiais;

Valorização do profissional da educação escolar;

Gestão democrática do ensino público, na forma de lei e da legislação dos sistemas de

ensino;

Garantia do padrão de qualidade;

Valorização da experiência extraescolar;

Vinculação entre educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;

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Garantir estágio não obrigatório, para os profissionais quando necessário.

A escola como espaço de educação formal fundamenta - se em princípios que ofe-

reçam ao educando a formação necessária para a transformação da realidade social,

econômica e política de seu tempo. Temos o compromisso de oferecer ao educando opor-

tunidades de desenvolver a autonomia, a criatividade, e a criticidade vivenciando o respei-

to, a cooperação, a afetividade e a responsabilidade como valores essenciais para si e pa-

ra o grupo a qual pertence.

Nesta perspectiva objetivamos promover o desenvolvimento global dos alunos

considerando a realidade do educando (do campo) como ponto de partida do trabalho

pedagógico: construir conceitos, que levem o educando a ler cientificamente a realidade,

pesquisar, tomar posição diante de diferentes ideias; formar identidades de camponês,

trabalhador, membro da comunidade, cultura, povo; desenvolver a confiança e o

comprometimento da comunidade escolar; proporcionar um ambiente favorável à

formação integral do educando para a construção do conhecimento; desenvolver e

incentivar a disciplina em sala de aula, através de trabalhos significativos para os

educandos; estimular a criatividade, o espírito inventivo, à curiosidade pelo inusitado,

valorizando a qualidade, o bem estar coletivo, a sutileza, as formas lúdicas e alegóricas de

conhecer o mundo; oportunizar a formação de um cidadão crítico, que se identifique com

as grandes questões da humanidade, visando a transformação social; analisar os diversos

valores presentes na sociedade, bem como as situações conflituosas existentes nas

relações humanas que envolvem a moral e princípios que regem as condutas dos sujeitos

sociais(desafios contemporâneos, ética e cidadania).

Realizar uma gestão democrática com um trabalho efetuado em parceria, visando o

beneficio coletivo; somar esforços pela melhoria de qualidade do ensino ofertado pelo

estabelecimento; reforçar os laços de relacionamento entre a comunidade escolar e a

comunidade, rumo a uma gestão participativa e democrática que leve a construção da

cidadania, promovendo contínua interação entre os membros.

5.1 Concepção de Homem

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a segundo

suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele envolve

múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula experiências e em

decorrência destas, produz conhecimentos. Sua ação é intencional e planejada, mediada

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pelo trabalho, produzindo bens materiais e não -materiais que são apropriados de

diferentes formas pelo homem. Dessa forma, Saviani (1992) afirma, “O homem necessita

produzir continuamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de se adaptar a

natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá -la pelo trabalho”.

Partindo do pressuposto que o homem constitui -se um ser histórico, é necessário

compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O homem é, antes de

tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a realidade.

5.2 Concepção de Sociedade

A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto dos

homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir social a partir das

contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica. O

entendimento do modo como funciona a sociedade não pode se limitar às aparências. É

necessário compreender as leis que regem o desenvolvimento da sociedade; cabe à

escola desenvolver o ser social em todas as dimensões, no econômico, no cultural, no

político, inserindo – o no mundo do trabalho e da produção de bens e serviços ; para que

cumpra seu papel social,vista a uma sociedade mais justa, humana e solidária.

5.3 Concepção de Escola

Local de apropriação de conhecimentos científicos construídos historicamente pela huma-

nidade e local de produção de conhecimentos em relações que se dão entre o mundo da

ciência e o mundo da vida cotidiana. Os povos do campo querem que a escola seja o local

que possibilite a ampliação dos conhecimentos; portanto, os aspectos da realidade podem

ser pontos de partida do processo pedagógico, mas nunca o ponto de chegada. O desafio

é lançado ao professor, a quem compete definir os conhecimentos locais e aqueles histo-

ricamente acumulados que devem ser trabalhados nos diferentes momentos pedagógicos.

Os povos do campo estão inseridos nas relações sociais do mundo capitalista e elas pre-

cisam ser desveladas na escola.

5.4 Concepção de Infância e Adolescência

O conceito de infância e adolescência historicamente sofreu transformações, que

se evidenciam tanto na literatura pedagógica, como na legislação.

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Algumas singularidades que marcam esta fase da vida explicitam as formas que as

crianças desenvolvem, na interação social, para aprender e relacionar -se com o mundo: a

grande capacidade de aprender; a dependência em relação ao adulto, o que exige prote-

ção e cuidados; o desenvolvimento da autonomia e auto cuidados; o intenso desenvolvi-

mento físico motor; a ação simbólica sobre o mundo o desenvolvimento de múltiplas lin-

guagens; o brincar como forma privilegiada de apropriar-se da cultura; a construção da

identidade, por meio do estabelecimento de laços sociais afetivos (FARIA & SAL-

LES,2007). A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção histó-

rica foi uma das grandes contribuições dos estudos de Vygotsky(2007) que, ao analisar o

desenvolvimento humano privilegia a interação social na formação da inteligência e das

características essencialmente humanas. Em outras palavras, nos tornamos humanos a

partir da interação com outras pessoas. Portanto é “a partir de sua inserção num dado

contexto cultural, de sua interação com membros de seu grupo e de sua participação em

práticas sociais historicamente construídas, que a criança incorpora ativamente as formas

de comportamento já consolidadas na experiência humana”(REGO,1995,p.55) . A criança

apresenta um pensamento sincrético, ou seja, não separa os conhecimentos em campos

específicos e se apropria do mundo por meio de diferentes linguagens, expressando -se

através do movimento, da oralidade, do desenho e da escrita. Esta forma de apreensão da

cultura pelas crianças exige atividades encadeadas e que possibilitem a ampliação do co-

nhecimento, garantindo que a ludicidade, eixo integrador na educação infantil, se efetive

também nos anos finais do ensino fundamental.

5.5 Concepção de Educação e Educação do Campo

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens situando-

os dentro da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado, pela sua

ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. Segundo Saviani (1989), a educação

é própria dos seres humanos, é exigência do e para o processo de trabalho, sendo ela

própria um processo de trabalho.

O processo educacional tem dimensão histórica por representar a própria história

individual do ser humano e da sociedade em sua evolução. É um processo constitutivo do

ser humano. É um fato social pelas relações e pelos valores que movem a sociedade,

num movimento de reprodução do presente e da expectativa de transformação do futuro.

É intencional ao pretender formar um homem com um conceito prévio de homem.

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A finalidade da educação é formar o cidadão capaz de analisar, compreender e in-

tervir na realidade, visando o bem estar do homem nos planos pessoal e coletivo. Vista

como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação tem suas finalida-

des voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita para constituir -se e

transformar a realidade.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.9394/96, estabelece orienta-

ções para atender a realidade do campo. Em seu artigo 28, a LDB estabelece as seguin-

tes normas para a educação do campo: Na oferta da educação básica para população ru-

ral, os sistemas de ensino proverão as adaptações necessárias à sua adequação, às pe-

culiaridades da vida rural e de cada região, especialmente:

I – conteúdos curriculares e metodologia apropriadas às reais necessidades e interesses

dos alunos da zona rural;

II – organização escolar própria, incluindo a adequação do calendário escolar às fases do

ciclo agrícola e as condições climáticas;

III – adequação à natureza do trabalho na zona rural.

A educação do campo tem sido historicamente marginalizada. Suas demandas e

sua especificidade raramente têm sido objeto de pesquisa no espaço da academia e na

formulação de currículos nos diferentes níveis e modalidades de ensino. A educação para

os povos do campo é trabalhada a partir de um currículo essencialmente urbano e, quase

sempre, deslocado das necessidades e da realidade do campo.

A cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do cotidiano dos povos do campo

raramente são tomados como referência para o trabalho pedagógico, bem como para or-

ganizar o sistema de ensino, a formação de professores e a produção de materiais didáti-

cos. Cabe aos docentes que trabalham nas escolas do campo tomar para si e transmitir

estes saberes para que as escolas do campo tenham suas reais necessidades atendidas

sem exclusão ou discriminação.

5.6 Concepção de Cultura e Tecnologia

As transformações que ocorrem na sociedade produz mudanças nos sistemas de

produção,nas relações sociais e, por conseguinte podem provocar conflitos e o surgimento

de novos modelos culturais. Essas mudanças culturais representam muitas vezes as pró-

prias adaptações dos indivíduos ao seu meio.

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Para (Ferreira,1999) entende -se por cultura o complexo dos padrões de compor-

tamento, crenças valores e hábitos transmitidos coletivamente e características de uma

sociedade. A tecnologia é um dos principais fatores desencadeadores dos processos

adaptativos. Não é necessário muito esforço para percebermos a rapidez com que as mu-

danças de cunho tecnológico vêm ocorrendo em nossa sociedade nas últimas décadas.

“sociedade” do conhecimento, sociedade da informação entre outras expressões são utili-

zados para características a sociedade pós industrial. Uma sociedade que exige de seus

indivíduos uma nova maneira de ser, de pensar de produzir onde todos estão reaprenden-

do a se comunicar, a interagir o humano o tecnológico, o grupal e o social. Neste con-

texto a cultura passa por significativas mudanças em que novas formas de comportamento

e de relacionamento entre os indivíduos são necessárias para que atuem na realidade que

está em constante mudanças.

A cultura tecnológica traz novos comportamentos que mudam os aspectos sociais,

e em função dessa evolução tecnológica, também os valores e concepções passam por

mudanças. No Século XX surgiu a concepção de diversidade cultural, e a cultura passou a

ser vista como dimensão social, um conjunto de regras comuns a um grupo (GONH,

2001).

O estudo da cultura de massa, cultura nacional, política, cultura regional; nas últi-

mas. décadas com a vinda das novas tecnologias da informação, ou tecnologias digitais

surgiram novas expressões como cultura da mídia, cultura virtual etc.

O conceito de cultura também é associado ao nível de escolaridade; as artes (ci-

nema pintura) às tradições, folclore, mitos etapas históricas, formas de vestir -se etc, ca-

racterizando o modo de vida de um grupo, ou de uma sociedade.

Estas demandas culturais e tecnológicas impõem à escola demandas que possibili-

tem emancipação humana para além das contradições sociais e diversidade cultural, com

conteúdos fundamentados em diferentes metodologias que permitam dos professores e

estudantes conscientizarem- se a necessidade de uma transformação emancipadora in-

dependente do pertencimento cultural promovendo a aprendizagem dos conhecimentos

que cabe à escola ensinar para todos.

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5.7 Concepção de Currículo

É na representação gráfica do currículo definido pela escola, que são estabelecidas

as disciplinas da Base Nacional Comum e da Parte Diversificada, com suas respectivas

cargas horárias, turnos e séries. A matriz curricular é utilizada com instrumento gerencial

para o sistema e dela decorre o registro da vida escolar do aluno.

Cada escola é responsável pela elaboração de sua matriz curricular, cumprindo as

exigências legais. A carga horária total do ensino fundamental deve, obrigatoriamente, ser

de 3.200 horas, enquanto do ensino médio é de 2.400 horas, conforme a Deliberação

014/99 do Conselho Estadual de Educação. A matriz elaborada pela escola é analisada

pelo NRE, que atesta sua legalidade.

O Colégio propõe a flexibilidade do currículo, o que abrange uma proposta de con-

teúdos a partir da realidade da Instituição e da comunidade; nesse aspecto, a escola deve

realizar uma interpretação da realidade que considere as relações mediadas pelo trabalho

no campo, como produção material e cultural da existência humana. A partir desta pers-

pectiva, deve construir conhecimentos que promovam novas relações de trabalho e de vi-

da para os povos no e do campo. Os conteúdos escolares são selecionados a partir do

significado que têm para comunidade escolar. Tal seleção requer procedimentos de inves-

tigação por parte do professor, de forma que possa determinar quais conteúdos contribu-

em nos diversos momentos pedagógicos para a ampliação dos conhecimentos dos edu-

candos. Estratégias metodológicas dialógicas, nas quais a indagação seja frequente, exi-

gem do professor muito estudo, preparo das aulas e possibilitam relacionar os conteúdos

científicos aos do mundo da vida que os educandos trazem para a sala de aula.

5.8 Concepção de Avaliação

Processo contínuo e realizado em função dos objetivos propostos para cada mo-

mento pedagógico, seja bimestral, semestral ou anual. Pode ser feita de diversas manei-

ras: trabalhos individuais, atividades em grupos, trabalhos de campo, elaboração de tex-

tos, criação de atividades que possam ser um “diagnóstico” do processo pedagógico em

desenvolvimento. Muito mais do que uma verificação para fins de notas, a avaliação é um

diagnóstico do processo pedagógico, do ponto de vista dos conteúdos trabalhados, dos

objetivos, e da apropriação e produção de conhecimentos. É um diagnóstico que faz

emergir os aspectos que precisam ser modificados na prática pedagógica.

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5.9 Gestão Escolar

O trabalho escolar é de caráter coletivo, realizado a partir da participação conjunta e

integrada dos momentos de todos os segmentos da comunidade escolar. Assim, Luck

(2002) afirma que:

O envolvimento de todos os que fazem parte direta ou indiretamente, do processo educacional, no estabelecimento de objetivos, na solução de problemas, na tomada de decisões, na proposição, implementação, monitoramento e avaliação de planos de ação, visando os melhores resultados do processo educacional é imprescindível para o sucesso da gestão escolar participativa. (LUCK 2002, p.15)

Essa modalidade de gestão se assenta no entendimento de que o alcance dos

objetivos educacionais, em seu sentido amplo, depende da canalização e emprego

adequados da energia dinâmica das relações interpessoais que ocorrem no contexto da

organização escolar, em torno de objetivos educacionais, entendidos e assumidos por

seus membros, com empenho coletivo em torno da sua realização.

Segundo Marques (1987, p. 69), "à participação de todos, nos diferentes níveis de

decisão e nas sucessivas fases de atividades, é essencial para assegurar o eficiente

desempenho da organização”. É processo dinâmico e interativo que vai muita além da

tomada de decisão, a participação é caracterizada pelo inter apoio na convivência do

cotidiano da escola, na busca, pelos seus agentes, da superação das dificuldades e

limitações e do cumprimento de sua finalidade social.

Isso pressupõe que todos os envolvidos no processo pedagógico, discutam e

analisem os problemas que vivenciam em interação com a organização escolar e que, a

partir dessa análise, determinem um caminho para superar as dificuldades que julgarem

mais carentes de atenção. A ação participativa depende de que sua prática seja realizada

a partir do respeito a certos valores substanciais, como ética, solidariedade, equidade e

compromisso.

Propiciar educação de qualidade significa percorrer vários caminhos e atalhos, dentre

as quais: envolvimento da comunidade e dos pais; participação dos educandos e

professores comprometidos com seu trabalho, transparência na administração.

6. PROPOSIÇÃO DE AÇÕES

A concepção de escola verdadeiramente voltada para a cidadania precisa gerar um

espaço de busca, construção, diálogo e confrontando prazer, conquista de espaço, possi-

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bilidades, perspectivas sem esquecer a dimensão ética e política de todo processo educa-

tivo. Pois todos os segmentos da escola são responsáveis pela aprendizagem e pela

transformação do educando em verdadeiro cidadão.

Nessa perspectiva a avaliação institucional e de desempenho do pessoal, (a qual

pensamos precisa ser revista) como instrumento didático - pedagógico é fator elementar

no processo ensino-aprendizagem, pois é por meio dela que se sustenta a qualidade do

ensino, carregando as condições para o real exercício da cidadania, levando em conta

critérios dinâmicos de competência técnica que devem incorporar valores culturais, éticos,

filosóficos, sociais, psicológicos, valores humanos. É uma ação que ocorre durante o todo

o processo educativo incidindo sobre aspecto relativo ao desempenho dos educandos e

as práticas pedagógicas utilizadas pelos professores.

A proposta pedagógica é a identidade da escola: estabelece as diretrizes básicas e

a linha de ensino e de atuação na comunidade. Ela formaliza um compromisso assumido

por professores, funcionários, representantes de pais e educandos e líderes comunitários

em torno do mesmo projeto educacional.

O papel da escola é gerar conhecimento pressupondo as concepções de homem,

de mundo e das condições sociais com as quais convivemos, configurando as dinâmicas

históricas, implicando necessariamente nova forma de ver a realidade, novo modo de atu-

ação para obtenção do conhecimento, mudando assim a forma de intervir na realidade.

A organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa contemplar vá-

rias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura, a pluralidade de es-

paços, tempo, linguagens e também contemplar os Programas sócios educacionais, os

quais devem não somente serem reconhecidos, mas também promovidos.

A educação é energia da vida de crescimento humano e de construção social no

sentido de formar pessoas capazes de serem sujeitos de suas vidas, conscientes de suas

opções, valores, projetos de referência e atores sociais comprometidos com um projeto de

sociedade e humanidade.

A escola é e deve ser cada vez mais um lugar de valorização das necessidades de

diferentes contextos, entre eles a consciência ambiental ética, valores e atitudes, técnicas

e comportamentos, visando a construção de uma nova realidade, incorporando uma visão

critica que leve a questionar a quem beneficia determinada visão dos fatos e a quem mar-

ginaliza. As ações seguem descritas nos itens abaixo citados:

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6.1 Avaliação

A verificação do Rendimento Escolar compreende a avaliação e a apuração da

assiduidade, atendendo as diretrizes e as normas contidas na Lei 9.394/96, Deliberação

Nº 007/99 do Conselho Estadual da Educação; Deliberação 005/98 do Conselho Estadual

de Educação e Instrução Normativa 008/98-SEED.

A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino, através dela qual

o professor estuda, interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a

finalidade de acompanhar a aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, em

procedimentos que permitam verificar em que medida os mesmos se apropriaram dos

conteúdos específicos.

A avaliação deve ser um processo sistemático, contínuo, permanente, concomitante

e cumulativo, e, por ser diagnóstico, deve ser consequente, com direcionamento

específico, buscando identificar os conhecimentos construídos e as dificuldades de uma

forma dialógica. É necessário que venha a incorporar todos os resultados obtidos durante

o período letivo e possa expressar uma totalidade, tomada na sua melhor forma.

Os critérios adotados deverão vir ao encontro das dificuldades de aprendizagem,

onde os aspectos qualitativos preponderarão sobre os quantitativos, devendo ser

oportunizados ao aluno diferentes experiências de aprendizagem.

O educando deve ser avaliado em todo os aspectos de sua aprendizagem, visando

sua formação integral e respeitando as diferenças individuais, priorizando o raciocínio e

interpretação sobre a memorização, a avaliação não pode ser simplesmente um

instrumento classificatório.

A avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor tomar decisões,

no trabalho realizado até então, para identificar lacunas no processo pedagógico, planejar

e propor encaminhamentos que superem as dificuldades constatadas, proporcionando

dados que permitam aos professores promover a reformulação do plano de trabalho

docente, adequação dos conteúdos e métodos de ensino, possibilitando novas alternativas

de aprendizagem.

Em consonância com o corpo docente foram estabelecidos os seguintes instrumentos

de avaliação: provas escritas, trabalhos, debates, seminários, produções de textos,

pesquisas, avaliação oral, jogos didáticos, totalizando 10,00 no bimestre. Será aprovado o

aluno com Média Anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), sendo a fórmula da

Média Anual;

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MA = 1º bimestre +2º bimestre + 3º bimestre + 4º bimestre = 6,0

4

A média mínima para aprovação definida pela mantenedora é 6,0 (seis vírgula zero).

6.2 Recuperação Concomitante

A Recuperação de Estudos, de acordo com o Regimento deste estabelecimento,

visa estabelecer mecanismos de recuperação concomitante ao processo de aprendizagem

que atendam as reais necessidades dos educandos, em consonância com a Proposta

Curricular do Colégio, com a Deliberação 007/99, aprovada em 09/04/99, que normatiza a

recuperação de estudos.

a)O educando cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter recuperação de

estudos, proporcionados obrigatoriamente pelo Estabelecimento;

b)A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo,

pelo qual o educando, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe

possibilitem a apreensão de conteúdos não assimilados;

c)A recuperação de estudos deverá constituir um conjunto integrado ao processo de

ensino, além de se adequar às dificuldades dos educandos;

d)Os resultados da recuperação deverão incorporar aos das avaliações efetuadas durante

o período letivo, constituindo - se em mais um componente do aproveitamento escolar.

Tendo em vista estes aspectos, os professores trabalham a recuperação de estudos

utilizando instrumentos diversificados e observando o desempenho dos educandos dia

após dia; pois o erro deve ser visto como um passo para que a aprendizagem se efetive e

não como um entrave no processo, que não é linear, não acontece da mesma forma e ao

mesmo tempo para todos os educandos. Quando as intervenções não são suficientes, ou

não deram certo, os professores, pedagogos e direção, reúnem -se para buscarem novas

alternativas de ensino para recuperar a aprendizagem desses alunos.

Diante de todas as dificuldades de aprendizagem e de problemas sociais e

econômicos que se enfrenta, é importante estar em busca cada vez mais de melhorias,

garantindo assim, o direito de todos os educandos a uma educação de qualidade.

6.3 Conselho De Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado presente na organização da escola,

em que a Direção, equipe pedagógica e professores das diversas disciplinas, reúnem – se

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para refletir, analisar e debater todos os componentes da aprendizagem dos alunos. O

Conselho tem a responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando alternati-

vas que busquem garantir o processo ensino e aprendizagem para intervir em tempo hábil

na aprendizagem, oportunizando aos alunos formas diferenciadas de apropriar -se dos

conteúdos. Como instrumento democrático na instituição escolar, garante o aperfeiçoa-

mento do processo da avaliação. Para que a aprendizagem com qualidade se efetive o

Conselho de Classe é dividido em três momentos: Pré – Conselho realizado durante as

horas – atividades dos professores e registrado em ficha própria, são relatados casos de

dificuldade de aprendizagem, educandos faltosos, casos de indisciplina entre outros fatos

relevantes; este é o ponto de partida para análise de vários fatores que influenciam positi-

va ou negativamente na aprendizagem dos educandos, como o seu cotidiano, a metodo-

logia utilizada pelo professor, os instrumentos de avaliação,etc.

Conselho de Classe realizado ao final de cada trimestre com todos os professores

presentes, é o momento de discussão e de sugestões de ações coletivas concretas para

sanar os problemas detectados no pré conselho, entre elas: acompanhamento individual

para o educando com dificuldade de aprendizagem nas horas – atividade dos professores

no contra turno; mudança da metodologia utilizada com a turma; a avaliação do desem-

penho do aluno durante o conselho de classe é um instrumento de acompanhamento de

construção da aprendizagem, bem como de revisão do trabalho do professor objetivando

a aprendizagem com qualidade, as decisões tomadas durante o conselho de classe são

registradas em ata; e repassadas aos pais.

Pós - Conselho momento de retorno para os alunos, das decisões tomadas, por

meio dos professores representantes de turma e equipe pedagógica; e para os pais em

reunião específica, das sugestões e possíveis soluções para que os objetivos da aprendi-

zagem sejam atingidos.

6.4 Hora Atividade

É o momento reservado aos professores para preparar suas aulas, fazer leitura de

textos e livros didáticos, realizar correção de atividades e avaliações, realizar pré conse-

lho, entre outros. Através de estudos, reflexões e trocas de experiências com as pedago-

gas durante a hora - atividade é que se procura enriquecer e fortalecer a prática de nossos

professores, permitindo pensar mais sobre os conteúdos, objetivos e procedimentos, pro-

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movendo momentos de auto- avaliação permanente. Sempre que possível a hora ativida-

de é organizada por disciplina. As atividades mais frequentes dos nossos docentes são:

Leitura e estudo de textos educativos; preparação de aulas; correção das atividades

produzidas pelos educandos; confecção de material didático; planejamento de atividades

extracurriculares; atender pais ou com informações sobre a vida escolar; atender educan-

dos no contra turno para tirar duvidas sobre conteúdo. preenchimento de documentos per-

tinentes à função docente.

6.5 Equipe Multidisciplinar

Na perspectiva da construção de uma educação de qualidade, da consolidação da

política educacional e da construção de uma cultura escolar que conhece, reconhece,

valoriza e respeita a diversidade étnico -racial; as Equipes Multidisciplinares tem como

prerrogativa articular os segmentos profissionais da educação, instâncias colegiadas e

comunidade escolar.

Estas são instâncias do trabalho escolar oficialmente legitimadas pelo Artigo 26A da

LDB, Lei n.º 9394/96, pela Deliberação n.º 04/06 CEE/PR, pela Instrução nº. 017/06 SU-

ED/SEED, pela Resolução n.º 3399/10 SUED/SEED e a Instrução n.º 010/10 SU-

ED/SEED.

Seguindo a legislação vigente busca -se o desenvolvimento de ações de formação

continuada e práticas pedagógicas que fundamentam os avanços e aprofundamento dos

compromissos educacionais e sociais com a educação das relações étnico – raciais, bus-

cando ampliar o diálogo para que professores, gestores, pedagogos agentes educacio-

nais, estudantes e comunidade estejam envolvidos nessa construção, garantindo um tra-

balho efetivo e transformador nos seus respectivos segmentos e espaços de atuação.

6.6 Sala De Recursos

Para que a aprendizagem dos educandos com deficiência intelectual seja eficiente,

é imprescindível um planejamento pedagógico individualizado e adequado. A observação

do comportamento do educando abrange diversos aspectos: formas de explorar o meio,

maneira de relacionar -se com pessoas e com objetos, nível de interação em situação não

estruturada, alterações motoras entre outras. O trabalho desenvolvido na sala de recurso,

ajuda a sanar algumas dificuldades de aprendizagem dos alunos encaminhados através

de laudo para a referida sala. Os educandos que necessitam deste atendimento são

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matriculados no ensino regular no período da manhã, para serem atendidos no contra

turno; com horário específico conforme a necessidade de aprendizagem de cada

educando.

O planejamento do número de educandos matriculados no ensino regular, nas salas

que possuem educandos com dificuldade intelectual, é definido pelo coletivo escolar

sendo o máximo de 25 educando em cada sala, visando os objetivos de cada etapa de

ensino, aumentando as possibilidades e oportunidades de uma aprendizagem com

qualidade a todos educandos.

6.7 Sala de Apoio a Aprendizagem

Nas últimas décadas a escola pública, passou a atender um número maior de es-

tudantes oriundos das classes populares, o que significa dar ênfase a escola como lugar

de socialização do conhecimento. Um projeto educativo, nessa direção, precisa atender

igualmente aos sujeitos, seja qual for sua condição social e econômica, seu pertencimento

étnico e cultural e às possíveis necessidades especiais para aprendizagem. Nesse sentido

a sala de apoio à aprendizagem implementa a ação pedagógica para enfrentamento das

dificuldades relacionadas ao ensino de Língua Portuguesa e Matemática identificadas nos

educandos matriculados no 6º ano e 9º ano do Ensino Fundamental, no que se refere aos

conteúdos de oralidade leitura, escrita, bem como às formas espaciais e as operações bá-

sicas elementares.

A Sala de Apoio é organizada em grupo de 20 educandos, em contra- turno com 04

horas -aulas semanais ofertadas em aulas geminadas, em dias não subsequentes. Por ter

um número reduzido de educandos permite um atendimento individualizado ao educando

superando as dificuldades apresentadas em determinados conteúdos. Na sala de apoio

não há avaliação para obtenção de notas, mas na sua forma diagnóstica e contínua é in-

dicativa dos avanços e das necessidades diferenciadas de aprendizagem dos educandos.

6.8 Atividades Complementares Curriculares De Contra Turno

De acordo com a LDBEN Nº 9394/96, são finalidades do ensino médio:

A formação da pessoa de maneira a desenvolver valores e competências

necessários à integração do seu projeto individual ao projeto da sociedade em

que se situa.

O aprimoramento do educando como pessoa, incluindo a formação ética e o

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desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.

A preparação e orientação básica para a sua integração ao mundo do trabalho

com as competências que garantam seu aprimoramento profissional e permitam

acompanhar as mudanças características do nosso tempo.

O Programa empreendedorismo, amparado pela instrução nº 004/2011 –

SUED/SEED, faz parte das atividades complementares curriculares de contra turno, no

macro campo: Mundo do Trabalho e Geração de Rendas. Tendo como princípio

educativo, a metodologia da problematização como instrumento de incentivo à pesquisa, à

curiosidade pelo inusitado e ao desenvolvimento do espírito inventivo, nas práticas

didáticas; articulando teoria e prática, vinculando o trabalho intelectual com atividades

práticas experimentais.

Nesse contexto, a proposta de inserção do empreendedorismo, como atividade

complementar, é compreendida como tema integrador, pois o conteúdo abordado

potencializa o desenvolvimento humano e favorece a construção de novos

conhecimentos, estimula a criatividade, tornando o jovem mais autônomo e protagonista

de seus sonhos e futuro.

O (a) professor(a) da atividade é contratado pela SEED, respeitando sua formação

acadêmica, para área de atuação. A atividade é desenvolvida em contra turno, em um dia

da semana (quinta –feira), em 4 horas aula, participam 25 educandos do ensino médio,

(manhã e noite) conforme disponibilidade de transporte escolar.

6.9 Núcleos Setoriais

A implementação dos Núcleos Setoriais inicia em meados de 2014, após um perío-

do de estudo e pesquisa sobre o tema, com um grupo de alunos do ensino fundamental

e médio, orientados por professores, os quais foram precursores dessa concepção no Co-

légio. Este estudo foi fundamentado na obra de Pistrak, que defendia a auto- organização

dos educandos como uma grande transformação a ser feita na escola através da consti-

tuição de coletivos infantis e juvenis partindo da necessidade de realizar determinadas

ações práticas, que podem começar com a preocupação de garantir a higiene da escola, e

chegar à participação efetiva no Conselho Escolar, ajudando a elaborar os planos de vida

da escola; objetivando educar para a participação social igualmente consciente e ativa.

Ensinar os alunos trabalhar a partir de coletivos é um mecanismo significativo de

formação e aproximação das funções que a escola pode vir a ter nos processos de trans-

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formação social. Além de contribuir significativamente na construção da autonomia dos

educandos formando outra postura politica e pedagógica no coletivo escolar, em que

educandos e professores são sujeitos do processo.

A transformação histórica a ser feita na escola depende da participação autônoma,

coletiva, ativa e criativa dos educandos, de acordo com as condições de desenvolvimento

de cada idade, nos processos de estudo, de trabalho e de gestão da escola. Através das

atividades desenvolvidas nos núcleos setoriais, vão aprendendo habilidades, comporta-

mentos e posturas necessárias ao seu desenvolvimento humano e a sua inserção social.

Não se trata de ignorar a institucionalidade vigente, suas leis e dispositivos; mas

sim criar mecanismos participativos que exercitem a capacidade de organização e de de-

cisão dos estudantes.

A auto- organização dos estudantes é pensada como fio condutor da formação e gestão da escola do campo. É assumir na concretude o que se defende sobre “ser sujeito do processo”. Ninguém se faz sujeito se não “põe a mão na massa”. E ja-mais alguém se torna sujeito esperando ou aceitando que os outros façam por ele. Tornamo -nos sujeitos na ação. A estrutura orgânica da escola está apoiando nos núcleos de base e na formação de coletivos ou equipes disso, é possível levar nossos estudantes e professores a compreenderem que há momentos de coorde-nar e outros de serem coordenados, entendendo a importância de propor, avaliar e tomar decisões coletivas sobre o processo (CAMINI, 2009, p. 227).

Alguns passos são necessários, para implantação dos Núcleos Setoriais: estabelecer cri-

térios para formação dos mesmos; elo entre os turnos; número de alunos por turma; ob-

servar igualdade de gênero; manter os conteúdos das disciplinas em dia, quando houver

reunião, etc.

ASPECTOS ORGANIZACIONAIS DOS NÚCLEOS SETORIAIS

A Primeira instância é a Assembleia Escolar composta por todos os membros da

escola.

A segunda instância é a Comissão executiva da Assembleia, composta pelos estu-

dantes- líderes dos Núcleos Setoriais que se encarregam de aspectos específicos da vida

escolar.

Terceira instância – Núcleos Setoriais- a escola deve identificar que aspectos da

vida necessitam da intervenção real dos estudantes e organizar o numero necessário de

núcleos encarregados destes aspectos. O Núcleo Setorial adquire funções específicas, e

também adquire a qualidade de discutir o todo da escola; com momento previsto, para que

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as questões discutidas nos núcleos sejam pautadas na comissão executiva, e perpassem

pelo todo da escola.

A comissão executiva deve deliberar /pautar as discussões de questões nos nú-

cleos. Este processo deve ser intencionalizado e com objetivos definidos.

Os lideres dos N. S. não são permanentes e devem ser trocados semestralmente

ou anualmente, para que tenham a experiência de liderar e ser liderados, garantindo a

participação política efetiva dos estudantes tornando o processo mais democrático.

A assembleia geral da escola se reúne obrigatoriamente no começo e no final dos

semestres, podendo ser convocada pela Comissão Executiva em outras oportunidades

consideradas importantes.

Nas assembleias de final de semestre, a Comissão Executiva presta contas do que

foi realizado. A assembleia deve ser entendida como o acontecimento mais importante da

gestão da escola, com participação de todos os envolvidos, incluindo a comunidade.

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6.10 Estágio Obrigatório E Não Obrigatório

De acordo com a Lei 11,788/08, o Colégio deve garantir o acompanhamento de es-

tágio não remunerado aos educandos quando necessário. O estágio é ato educativo esco-

lar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa a preparação para o

trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular nesta institui-

ção. O estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à

carga horária regular e obrigatória no histórico escolar. Ambos os estágios não criarão

vínculos empregatícios, bastando que se cumpram os termos de compromissos assinados

pelos alunos, a empresas ou entidades que ofereçam os estágios e os estabelecimentos

de ensino.

6.11 Calendário Escolar

O Calendário Escolar para rede pública estadual de Educação Básica, define o início

e término do ano letivo, férias escolares, recessos escolares, feriados oficiais, semana de

planejamento, de capacitação e semana cultural.

O calendário do Colégio é dividido por bimestre atendendo as normas dispostas pela

LDB 9394/96, considerando os duzentos dias letivos, com a carga horária mínima de

oitocentas horas, respeitando o calendário da Escola Municipal, pois dependemos do

transporte da mesma.

O controle de frequência segue a LDB nº 9394/96, exigida a frequência mínima de

setenta e cinco por cento do total de horas letivas para a aprovação.

6.11.1 Torneio De Integração Colégios Do Campo

O esporte é um dos meios interativos que mais fornecem subsídios para

compreensão e adequação ao meio. Estes vão desde a contribuição para o bem-estar

individual e coletivo, a comunicação e interação entre os seus participantes incluindo

outras vantagens; como aprender a trabalhar em equipe, ter disciplina e aumentar o

convívio social.

Nesse sentido o Torneio de Integração (Jogos da Primavera) é uma excelente

oportunidade de intercâmbio esportivo, reunindo atletas de futsal masculino e feminino do

Colégio, e de instituições de ensino do Campo; favorecendo a troca de experiências entre

algumas instituições de ensino, que mesmo sendo intituladas “do campo”, possuem

realidades diferentes, as quais são peculiares da comunidade em que estão inseridas.

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O Torneio acontece desde 2014, em meados de outubro, e consta no calendário

escolar.

6.12 Ficha Fica

Tendo em vista a permanência do educando na escola encaminhamos a ficha FI-

CA, sempre que necessário, mas a maior parte dos casos resolvemos via escola, pois o

Conselho Tutelar demora para resolver os casos comprometendo muitas vezes o ano leti-

vo do aluno.

6.13 Plano De Trabalho Docente

O PTD é desenvolvido com o propósito de oportunizar a ampliação dos

conhecimentos de forma crítica e consciente para que o educando possa intervir no seu

meio social, promovendo mudança positiva no mesmo. Os conteúdos são adequados a

cada série, de forma sequencial, sendo importante que haja uniformidade dos mesmos

aplicados em todas as escolas estaduais, pois se um aluno for transferido, não terá

dificuldades quanto ao conteúdo.

O PTD apresenta todos os itens a serem trabalhados pelo professor, conteúdos,

objetivos, metodologia, recursos, avaliação e referências. O mesmo é flexível e poderá so-

frer alterações no seu desenvolvimento; conforme a especificidade de cada turma traba-

lhada pelo professor. Ele precisa estar adequado com o contexto em que o aluno está in-

serido. Determinados temas educacionais se revelam no ambiente escolar conforme a

realidade local; os Temas sócio - educacionais: (Sexualidade, Enfrentamento à violência

na escola, Educação Ambiental, Educação Fiscal, Prevenção ao uso indevido de drogas,

História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena, Direitos Humanos) devem integrar

as disciplinas curriculares para uma melhor compreensão das múltiplas determinações

que produzem e explicam os fatos sociais.

6.14 Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, formado por todos os segmentos da

comunidade escolar, tornando - se canal de participação e instrumento de gestão da

própria escola. Por meio da função deliberativa o conselho obtêm maior força de atuação

e de poder na escola. A função financeira diz respeito aos procedimentos para estabelecer

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prioridades na aplicação de verbas escolares. A função do conselho é revestida de grande

relevância, pois garante que as ações que contribuem para a solução dos problemas de

natureza pedagógica, administrativa ou financeira da escola sejam apreciadas de forma

democrática.

6.15 A.P.M.F.

A APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) é um órgão de

representação, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e sem fins lucrativos,

não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros.

A APMF com a participação de toda a comunidade escolar, onde aqueles envolvidos

no processo são igualmente responsáveis pelo sucesso da Educação da Escola Pública

que objetiva dar apoio à Direção de escolas, primando pelo entrosamento entre pais,

educandos, professores, funcionários e toda a comunidade, com atividades sócio -

educativas, culturais e desportivas.

Entende - se que a gestão escolar deve ser participativa, centrada no desenvolvimento

do trabalho coletivo e na dinâmica das relações entre comunidade escolar interna e

externa. É nessa linha de trabalho que se atribui nossas conquistas.

6.16 Temas Socioeducacionais

Os desafios educacionais se revelam no contexto escolar conforme a especificida-

de local e embora não sejam especificados no currículo, esses temas são abordados em

vários momentos, impostos pelo cotidiano escolar. Representam necessidades sociais e

reais dos sujeitos que se relacionam na escola e fora dela.

Estes temas dizem respeito ao momento histórico presente, exigindo que os

mesmos sejam inseridos nas disciplinas do currículo. Ao se abordar o conteúdo da disci-

plina é preciso analisá - lo em suas múltiplas determinações para que haja compreensão

do conhecimento nas questões sociais, ambientais, econômicas, políticas e culturais que

podem e devem ser tratadas. Neste contexto os Temas Sócio educacionais( Educação

Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência nas Escolas, História e Cultura

Afro - Brasileira, Africana e Indígena, Prevenção ao uso Indevido de Drogas , Sexualidade

e direitos humanos),viabilizam condições de compreensão do conhecimento em suas múl-

tiplas manifestações, dando ênfase à memória da sociedade, resgatando a vital importân-

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cia que o representa no ambiente escolar, conhecendo a especificidade de cada uma das

demandas citadas.

6.16.1 Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena

As leis 10.639/03 e 11.645/08 alteraram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Brasileira ao acrescentarem os artigos 26-A e 79-B. Assim, a inclusão no currículo escolar

das temáticas Afro-brasileira e Indígena é para ser cumprida pelos e nos sistemas de en-

sino, sob a responsabilidade de todas as instâncias administrativas, técnicas e pedagógi-

cas, tendo os professores papel fundamental a desempenhar. A lei define que os estabe-

lecimentos de ensino trabalhem os conteúdos: História da Àfrica e dos africanos, a luta

dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira, o negro na formação da sociedade brasi-

leira, a contribuição do povo negro nas áreas sociais, econômica e política pertinente à

História do Brasil. A lei 11.645/08 ratifica a obrigatoriedade de História e Cultura Afro -

Brasileira, e determina a inclusão de História e Cultura Indígena,e acrescenta como con-

teúdos: a luta dos povos indígenas brasileiros, o índio na formação da sociedade nacional

e respectivas contribuições em diferentes áreas. A abordagem destes temas deve formar

sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto

social e histórico de que são frutos, e sejam capaz inserção cidadã e transformadora na

sociedade.

Cabe a escola propor aprendizagens entre brancos negros e indígenas, troca de

conhecimentos, combate ao racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e racial, é

necessário que a escola se constitua em espaço democrático de produção e divulgação

de conhecimentos e de posturas que visam a uma sociedade justa.

6.16.2 Educação Ambiental

A questão ambiental, visa implementar a Lei 9795/99 e promover o desenvolvimento

da Educação Ambiental em um processo permanente de formação e de busca de infor-

mação voltada para a preservação do equilíbrio ambiental, para a qualidade de vida e pa-

ra a compreensão das relações entre o homem e o meio, e problemas relacionados a es-

tes fatores. Esta instituição de ensino desenvolve projetos em parceria com a UNICEN-

TRO.

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6.16.3 Enfrentamento a Violência

Ao trabalhar esse desafio, buscar -se- á a ampliação da compreensão e formar uma

consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola em espaço onde o co-

nhecimento toma o lugar da força.

6.16.4 Prevenção ao uso indevido de Drogas

A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador, que requer trata-

mento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa, desprovido de

valores e crenças pessoais. Por meio da busca do conhecimento, educadores e educan-

dos são instigados a conhecer a legislação que reporta direta ou indiretamente a esse de-

safio, bem como a debater assuntos presentes em nosso cotidiano como: drogas, vulne-

rabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico, violência, in-

fluência da mídia, entre outros.

6.16.5 Gênero, diversidade sexual e sexualidade

Ao se pensar no ambiente escolar e na convivência de diferentes grupos sociais,

fica evidente o surgimento de conflitos e ideias contrastantes a respeito de assuntos liga-

dos aos variados grupos. Muitas vezes estas ideias baseiam -se em conceitos dogmáti-

cos, especulativos, preconceituosos, limitados e conservadores.

LOURO,(1997) aponta que é preciso, também, problematizar as teorias que orien-

tam nosso trabalho. Temos que estar atentos, sobretudo, para nossa linguagem, procu-

rando perceber o sexismo, o racismo e o etnocentrismo que ela frequentemente carrega e

institui.(p.64)

Assim, o trabalho com sexualidade, gênero e diversidade pode ser pensado em

primeiro lugar como uma disposição política por parte dos professores; desenvolvendo o

trabalho educativo por meio dos conteúdos elencados nas Diretrizes Curriculares da Rede

Pública de Educação Básica do Estado do Paraná, considerando os referenciais dos ca-

dernos temáticos da diversidade.

6.16.6 Educação do Campo

Historicamente, a educação esteve presente em todas as constituições brasileiras.

Mas somente com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, há o re-

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conhecimento da diversidade do campo, em vários artigos que estabelecem orientações

para atender a essa realidade, como a organização escolar e questões pedagógicas.

No Estado do Paraná, durante muitos anos, a educação dos povos do campo foi

precária, repetindo todos os problemas encontrados no restante do país.

Em 2002, foi criada na SEED a Coordenação da Educação do Campo que passou

a ser um espaço de articulação entre o poder público e a sociedade civil organizada; tendo

como desafio considerar a cultura dos povos do campo em sua dimensão empírica e forta-

lecer a educação escolar como processo de apropriação e elaboração de novos conheci-

mentos.

O conceito de cultura como práxis guarda relação com a compreensão da história

como processo coletivo de auto criação do homem, sob a possibilidade de criar uma or-

dem social de maior liberdade e justiça. (SCHELLING, 1991, p. 37-38).

A produção cultural no campo deve se fazer presente na escola. Estes conhecimen-

tos precisam ser levados em consideração, constituindo ponto de partida das práticas pe-

dagógicas na escola do campo.

Nesta perspectiva, a escola deve realizar uma interpretação da realidade que con-

sidere as relações mediadas pelo trabalho no campo, como produção material e cultural

da existência humana. Portanto, deve construir conhecimentos que promovam novas rela-

ções de trabalho e de vida para os povos no e do campo.

6.16.7 Programa de Brigadas Escolares

Algumas ações do homem sobre o ambiente têm acarretado sérias consequências

para a população. Nos últimos tempos nosso país têm sofrido as consequências de mu-

danças climáticas, e tem registrado ocorrências como enchentes de grandes proporções,

que provocam deslizamentos de encostas, inundações de cidades; incêndios provocados

pela seca, entre outras que causam perdas materiais e mortes.

Estes eventos se potencializam quando não há uma cultura preventiva que mante-

nha as pessoas preparadas para agir diante de uma ocorrência desastrosa. Não se pode

evitar a ação da natureza, mas sim minimizar seus efeitos danosos, sejam humanos, ma-

teriais ou ambientais, quando se enfrentam as ocorrências de uma forma mais organizada.

A prevenção e preparação são fundamentais para que a resposta e a recuperação sejam

eficientes e eficazes para redução de danos e possibilidade de novos eventos. Assim, nos

períodos de normalidade se faz necessário diagnosticar e adequar os ambientes ocupa-

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dos ou não pelo ser humano para melhor planejar ações a fim de evitar ou minimizar a

possibilidade de eventos danosos e particularmente da ocorrência de vítimas humanas.

O programa visa promover a conscientização e capacitação da Comunidade Esco-

lar do Estado do Paraná para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos,

naturais ou antropogênicos, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no in-

terior das escolas para garantir a segurança dessa população, proporcionando aos alunos

da Rede Estadual de Ensino condições mínimas para enfrentamento de situações emer-

genciais no interior das escolas, assim como conhecimentos para se conduzirem frente a

desastres.

Cabe aos integrantes Brigada Escolar desenvolverem ações no sentido de: Identifi-

car riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar; Garantir a im-

plementação do Plano de Abandono por meio da execução de exercícios simulados, no

mínimo semestralmente; Promover revisões periódicas do Plano de Abandono.

Apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na

conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;

Promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para discus-

são de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com registro em

livro ata específico ao Programa;

Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de si-

tuações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências necessá-

rias.

6.16.8 Estatuto do Idoso

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem

prejuízo da proteção integral, assegurando -se -lhe, por lei ou por outros meios, todas as

oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfei-

çoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.

É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar

ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à

educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à

dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência,

crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será

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punido na forma da lei. É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do

idoso. Direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral,

abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, de valores, ideias e

crenças, dos espaços e dos objetos pessoais. Todos devem zelar pela dignidade do idoso,

colocando -o a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório

ou constrangedor.

6.16.9 Educação para o Trânsito

A Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro foi instituída objetivando me-

didas e ações que visem a redução das mortes e lesões no trânsito das cidades e rodovi-

as brasileiras e para a definição de uma Política Nacional de Trânsito com os seguintes

princípios:

Efetivar e ampliar a educação de trânsito;

Apoiar e incentivar a participação da sociedade organizada em movimentos volta-

dos à segurança e à cidadania no trânsito;

Divulgar o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e promover debates, estudos e pro-

jetos para o seu aperfeiçoamento;

Intensificar a fiscalização relativa à regularidade de condutores e veículos;

Realizar obras nas vias urbanas e rodovias que favoreçam à segurança dos condu-

tores e a redução das mortes e lesões no trânsito;

Aprimorar a sinalização de trânsito;

Efetivar a punição correta dos infratores;

Aprimorar a qualidade das informações e os estudos científicos sobre mortes e le-

sões de trânsito;

Implantar ações de proteção aos pedestres e aos portadores de necessidades es-

peciais;

Implantar ações de proteção aos ciclistas e para a construção de ciclovias;

Promover agilidade e eficiência no atendimento às vítimas de trânsito;

Garantir boas condições de fluidez de tráfego e de acessibilidade ao cidadão;

Desenvolver ações de apoio ao sistema de transporte coletivo urbano;

Promover a atuação integrada dos órgãos e entidades executivos de trânsito e ro-

doviários com os órgãos municipais de planejamento e desenvolvimento urbano e

territorial, bem como com os órgãos gestores do transporte público urbano;

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Fortalecer e Desenvolver as Organizações do Sistema Nacional de Trânsito;

Efetivar a aplicação do prêmio do seguro obrigatório de danos pessoais causados

por veículos automotores de via terrestre – DPVAT;

Intensificar a fiscalização das infrações que mais afetam a segurança de trânsito: o

excesso de velocidade;

as ultrapassagens indevidas nas rodovias;

o não uso do cinto de segurança nos bancos dianteiro e traseiro;

o não uso do capacete pelos condutores e passageiros de motocicletas;

o avanço do sinal vermelho do semáforo;

o desrespeito ao pedestre nas áreas a ele destinadas;

a ingestão de bebidas alcoólicas e uso de outras substâncias entorpecentes ou que

determinem dependência física ou psíquica do condutor.

As ações para educação no transito acontecerão nas disciplinas sempre que o con-

teúdo disponibilizar que a ação seja implementada.

7 PLANO DE AÇÃO

É o processo de reflexão de tomada de decisão sobre a ação visando a

concretização de objetivos em prazos determinados e etapas definidas. É preciso ter os

pés no chão, o olhar nas estrelas, para atingir o ideal, para diminuir a distância entre a

realidade existente e o que se deseja, estabelecendo a concepção de sociedade,

educação e homem a ser formado. É o plano de ação que vai levar a escola a atingir as

metas desejadas, sendo o processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre

recursos e objetivos. Buscando sempre o melhor para os educandos. Para construir uma

escola baseada nos princípios da democracia e da participação, necessita - se abrir a

escola para a comunidade e seus problemas; debatendo as questões sociais que a

envolvem , fazendo do ambiente escolar um lugar de encontro de todos os segmentos que

constroem a Comunidade. O ambiente Escolar deve estar à disposição dos educandos.

Dispor esse ambiente para a prática esportiva e intelectiva fará com que o aluno

desenvolva o orgulho e o respeito pelo lugar em que estuda.

A escola que se preocupa somente com suas causas internas é omissa aos

problemas que determinam o seu insucesso. Essa escola então terá que abdicar dos seus

princípios de cobrança rigorosa do aprendizado, pois quando a escola não estende o seu

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raio de ação para as causas comunitárias, se fechando em si mesma, deixa de considerar

que grande parte do insucesso do educando vem de causas sociais, externas à escola.

Sendo assim o ambiente escolar bem como seu direcionamento pedagógico e

administrativo devem considerar um aprofundamento no conhecimento das causas que

levam o educando a engrossar os índices de repetência e evasão. Fornecendo a ele todas

as condições necessárias para que tenha uma formação completa.

Tornando o Colégio Maria de Jesus um centro de debates da realidade do Distrito

onde está inserido, o corpo docente ao chegar no estabelecimento toma conhecimento da

realidade dos seus educandos, podendo assim direcionar suas práticas pedagógicas. Nas

semanas pedagógicas são discutidas questões pertinentes ao projeto político pedagógico.

A realização de qualquer projeto de melhoria de qualidade do ensino passará

necessariamente pela provisão de condições físicas e pedagógicas. Não se faz uma

escola forte pedagogicamente sem a estrutura física que permita desenvolver as

potencialidades de pesquisa e extensão.

7.1 Plano de Ação da Direção

Identificação da instituição de ensino

O Colégio Estadual do Campo Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães -

Ensino Fundamental e Médio, está situado na sede do Distrito de Guará, Município de

Guarapuava, no Estado do Paraná, à Rua Anadir Paulina Tonon, nº 01, CEP 85.110-000.

Fone: (42) 3649 1164; e-mail: [email protected] Esta instituição faz parte do

Núcleo Regional de Educação de Guarapuava tendo como mantenedora o Governo do

Estado do Paraná.

Caracterização da instituição de ensino

O Colégio Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães está localizado a 25 Km

de Guarapuava. Atende 25% dos educandos residentes na sede do Distrito de Guará e

75% dos educandos dispersos por 643 km². A comunidade escolar atendida pelo Colégio

na sua grande maioria de baixo poder aquisitivo, com renda mensal familiar de até um

salário-mínimo, ou tem como principal fonte de renda a Bolsa Família; Grande parte dos

educandos é composta por filhos de agricultores assentados, proprietários de pequenas e

médias propriedades rurais, agricultores de acampamentos do MST, alguns filhos de

comerciantes e funcionários públicos moradores do Distrito. A maioria dos educandos são

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provenientes de cinco assentamentos (13 de Novembro, Maria Inês Ribas, Europa, José

Dias e Bananas), e três acampamentos (20 Novembro, Papuã, Aroeira), além de

povoados localizados, em média, 12 km de distância da sede (Alto da Serra, Boa

Esperança, Rio das Pedras, Rio das Mortes, Monte Alvão, Faxinal dos Elias, Colônia dos

Vitos e Chimarrão 81).

Estes dependem exclusivamente do transporte escolar para o deslocamento até o

Colégio. São 30 rotas que percorrem aproximadamente 2500 Km diariamente, por

estradas mal conservadas. Em períodos de chuva as faltas dos transportes são

constantes e consequentemente dos alunos também.

Justificativa

A educação é um dos fatores mais significativos para a promoção do ser humano. A

qualidade do ensino e do aprendizado são as principais metas deste plano ação, e o ca-

minho para que se efetive na prática, deve contemplar o envolvimento da comunidade

escolar como um todo. Para isso é importante contar com os órgãos colegiados participa-

tivos, sendo indispensável que todos os que integram a escola permaneçam atentos,

contribuindo para que esta cumpra seu papel de apropriação e elaboração do conheci-

mento, de uma forma que seja compatível com nossos objetivos de democracia, igualda-

de e justiça social.

Objetivos

Investir os recursos recebidos em consonância com APMF e Conselho Escolar prio-

rizando o que é realmente necessário contemplando a conservação do patrimônio público,

tornando os espaços mais acolhedores agradáveis para o tempo de permanência do aluno

na Escola, bem como o ambiente mais propício à aprendizagem.

-Implantar uma cultura de responsabilização dos educadores, educandos e suas famílias

pelos resultados, especialmente os de aprendizagem, assumindo a tarefa de analisá -los e

compará -los com os índices externos (IDEB, Prova Brasil, SAEB, ENEM) para promover

adequação de práticas e processos em busca de melhoria permanente dos mesmos.

- Garantir que a equipe de educadores esteja afinada e comprometida com o Projeto Polí-

tico Pedagógico.

Metas

- A cada uma das prioridades estão associadas metas específicas, ações, cronograma e

distribuições de responsabilidades, que serão cuidadosamente acompanhadas durante a

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vigência deste plano. Ao final de cada ano as metas serão medidas e reavaliadas forne-

cendo subsídios para readequação se necessário.

- Buscar parcerias com as universidades locais, visando a capacitação de professores e

funcionários e a interação dos alunos com metodologias diferencias e alinhadas à concep-

ção de educação presente no Projeto Político Pedagógico.

Ações/estratégias

Gestão democrática

O trabalho escolar é de caráter coletivo, realizado a partir da participação conjunta e

integrada dos momentos de todos os segmentos da comunidade escolar. Assim, Luck,

afirma que: O envolvimento de todos os que fazem parte direta ou indiretamente, do

processo educacional, no estabelecimento de objetivos, na solução de problemas, na

tomada de decisões, na proposição, implementação, monitoramento e avaliação de planos

de ação, visando os melhores resultados do processo educacional é imprescindível para o

sucesso da gestão escolar participativa.

Essa modalidade de gestão se assenta no entendimento de que o alcance dos

objetivos educacionais, em seu sentido amplo, depende da canalização e emprego

adequados da energia dinâmica das relações interpessoais que ocorrem no contexto da

organização escolar, em torno de objetivos educacionais, entendidos e assumidos por

seus membros, com empenho coletivo em torno da sua realização.

Isso pressupõe que todos os envolvidos no processo pedagógico, discutam e

analisem os problemas que vivenciam em interação com a organização escolar e que, a

partir dessa análise, determinem um caminho para superar as dificuldades que julgarem

mais carentes de atenção. A ação participativa depende de que sua prática seja realizada

a partir do respeito a certos valores substanciais, como ética, solidariedade, disciplina,

equidade e compromisso.

Propiciar educação de qualidade significa percorrer vários caminhos e atalhos,

dentre as quais: envolvimento da comunidade e dos pais; participação dos educandos, e

professores comprometidos com seu trabalho, transparência na administração.

Avaliação

A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do Ensino, através da qual

o professor estuda, interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a

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finalidade de acompanhar a aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, em

procedimentos que permitam verificar em que medida os mesmos se apropriaram dos

conteúdos específicos.

Os critérios adotados deverão vir ao encontro das dificuldades de aprendizagem,

onde os aspectos qualitativos preponderarão sobre os quantitativos, devendo ser

oportunizados ao aluno diferentes experiências de aprendizagem. O educando deve ser

avaliado em todo os aspectos de sua aprendizagem, visando sua formação integral e

respeitando as diferenças individuais, priorizando o raciocínio e interpretação sobre a

memorização, a avaliação não pode ser simplesmente um instrumento classificatório. Para

alcançar esse objetivo é necessário trabalhar a mudança de postura do professor com

relação a avaliação: Na hora atividade, nas reuniões pedagógicas e sempre que for

pertinente; levar o professor a entender que a responsabilidade de ensinar é sua; investir

na construção dos resultados que se pretende alcançar. Chegar a meta de 90% aprovação

ao final do segundo ano de mandato, melhorando ou mantendo esse índice pelos

próximos.

Práticas pedagógicas

A prática pedagógica e uma prática social especifica, de caráter histórico e cultural

que vai além da prática docente, relacionando as atividades didáticas dentro da sala de

aula, abrangendo os diferentes aspectos do PPP da escola e as relações desta com a

comunidade e a sociedade. Pressupõe uma análise e tomada de decisões em processos,

beneficiando -se do trabalho coletivo e da gestão democrática. Busca -se assim a

totalidade do conhecimento que consiste em respeitar a especificidade na síntese dialética

das disciplinas ou seja a interdisciplinaridade instaurando novo nível de linguagem uma

nova forma de pensar e agir, caracterizado por relações de conceitos e metodologias.

Para que se efetive na prática a parceria com a universidade é imprescindível tanto na

formação do professor quanto na restruturação do Planejamento, trabalho que já está

sendo desenvolvido junto ao laboratório de Educação do Campo da Unicentro.

Acesso permanência e sucesso na escola

Segundo a LDBEN nº9394/96, em seu artigo 1º, “A educação abrange os processos

formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas

instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade

civil e nas manifestações culturais”. Considerando dessa forma a dimensão abrangente do

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fenômeno educativo. A garantia de acesso é essencial, mais é necessário também que

todos os educandos que ingressam na escola tenham condições de permanecer com su-

cesso, que ele possa aprender de forma significativa os conhecimentos indispensáveis a

vida em sociedade.

Reconhecer que os educandos têm capacidades individuais e criativas é uma im-

portante iniciativa para fazer com que permaneçam na escola. É necessário ouvi -lo, co-

nhecer sua história; sua realidade; desmistificando e desconstruindo ideias que rotulem

esses alunos como fracassados. Os problemas relacionados à evasão escolar muitas ve-

zes são tratados pelos órgãos governamentais como sendo responsabilidade do aluno,

atribuindo a eles e a escola a culpa por suas dificuldades de aprendizagem e fracasso es-

colar.

Segundo ARROYO (2003), fala -se de aluno evadido, não de aluno excluído, do

fracasso do aluno, não do fracasso da escola. Nessa perspectiva quando o estado res-

ponsabiliza o educando pelo seu fracasso, considerando somente as questões individuais

esquecem que estas são ocasionadas por fatores de ordem sócio econômica que eviden-

ciam ainda mais as desigualdades, e estas sim, são determinantes para evasão ou fra-

casso escolar.

Ambiente físico e educativo

A gestão do ambiente físico e a formação de um ambiente favorável a convivência,

corresponde desafios para os gestores escolares, um deles é a utilização dos recursos

disponíveis para a criação e manutenção de um espaço escolar que favoreça a aprendi-

zagem e a interação da comunidade escolar. Nesta tarefa, todos devem ser envolvidos

especialmente os professores que nem sempre estão atentos na importância que a orga-

nização espacial da sala de aula tem para a aprendizagem escolar. É importante entender

que o espaço de aprendizagem vai além da sala de aula incluindo espaço que podem ofe-

recerem experiências significativas de aprendizagem para os educandos saída de campo

entre outros.

Cabe, então a equipe gestora enfrentar o desafio de utilizar da melhor maneira possível,

os recursos existentes para constituir a escola como espaço agradável receptível e aco-

lhedor para comunidade escolar.

Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola

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Sempre que necessário a escola colabora com a saída do professor para os cursos

de capacitação, onde sempre se aprende algo novo que pode ser utilizado em sala de

aula. É importante que a formação continuada se estenda a todos os profissionais

envolvidos no processo educativo. Nas reuniões pedagógicas realizadas no âmbito

escolar procura -se reunir o número máximo de profissionais que trabalham no Colégio,

sempre buscando parceria com as Universidades, levando -os a refletir sobre a prática

docente para a tomada de decisão, a fim de reconstruir suas ações oportunizando ao

professor desenvolver- se como profissional, consolidando valores, princípios e atitudes

na construção do conhecimento.

Avaliação do plano de ação

A avaliação do Plano de ação será continua, onde as ações serão discutidas nas

reuniões do Colegiado visando prioridades para que os objetivos sejam alcançados.

7.2 Plano de Ação da Equipe Pedagógica

A educação é um dos fatores mais significativos para a promoção do ser humano.

Ao educar de forma organizada e sistemática, articulando e intervindo, auxiliando e com-

plementando, motivando e promovendo estaremos mediando pedagogicamente o trabalho

educacional na busca de qualidade do ensino.

Objetivos:

Apoiar a Direção no desenvolvimento do plano de ação do Colégio.

Promover, colaborar e propiciar mecanismos para promoção e desenvolvimento in-

tegral do educando.

Mediar junto aos professores, pais e educandos, a busca de soluções, superando

dificuldades e facilitando a participação de todos na vida escolar.

Realizar um trabalho preventivo para evitar a evasão e repetência junto aos pro-

fessores, pais e alunos.

Desenvolver temas emergentes extra -curriculares que venham informar, esclare-

cer, prevenir e preparar os educandos para o exercício consciente da cidadania.

Participar dos programas de formação continuada para Pedagogos

Contribuir para um bom relacionamento humano e na comunidade escolar.

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Integrar uma ação conjunta dando suporte a todos os elementos participantes da

ação educativa: Escola, Família e Comunidade.

Sensibilizar a comunidade escolar na importância da “inclusão”, objetivando o de-

senvolvimento sócio -cultural -afetivo dos educandos.

Acompanhar normas de conduta dos alunos – direitos/ deveres e/ ou procedimen-

tos disciplinares do Colégio Estadual Maria de Jesus Pacheco Guimarães de acordo com

o Regimento e Regulamento Interno;

Encaminhamento da ficha FICA (Ficha de Comunicação de Aluno Ausente);

Controle, atendimento e orientações aos educandos, quanto às ausências e chega-

das atrasadas;

Atendimento individual de educandos encaminhados pelos professores;

Atendimento, informação e orientações aos pais sobre aspectos disciplinares e ren-

dimento escolar;

Encaminhamento de educandos que necessitam de atendimento especial (sala de

recursos, psicóloga, ou psicopedagogo quando possível);

Encaminhamento de educandos que apresentam conduta insatisfatória,a Patrulha

Escolar, Conselho Tutelar;etc.

Acompanhamento da prática pedagógica dos professores, e dos livros de Registros

de Classe visando a melhoria do processo de ensino-aprendizagem;

Acompanhamento das atividades dos laboratórios de Química, Física, Biologia e

Informática;

Promover ações pedagógicas para superação de todas as formas de preconceito,

discriminação racial e exclusão social.

Participação da organização pedagógica da biblioteca;

Acompanhamento do trabalho docente, quanto a reposição de aula;

Controle e acompanhamento dos professores na Hora -atividade;

Elaboração de gráficos do rendimento escolar procedendo análise dos mesmos de

forma a desencadear um processo de reflexão sobre eles junto a comunidade escolar;

Organização, elaboração e acompanhamento dos Exercícios Domiciliares, coorde-

nação e acompanhamento durante o desenvolvimento;

Projetos Internos e externos do Colégio;

Organização, preparação e coordenação das Reuniões Pedagógicas;

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Organização e acompanhamento dos Conselhos de Classe, efetivando as propos-

tas de intervenções decorrentes do mesmo;

Organização e acompanhamento dos Grupos de Estudos/ debates, oficinas peda-

gógicas, troca de experiências, etc;

Organização e acompanhamento das Adaptações Curriculares;

Organização e coordenação na elaboração do Projeto Político Pedagógico da Esco-

la, bem como sua efetivação na prática;

Orientação Profissional aos alunos do Ensino Médio;

Participação do conselho escolar subsidiando teórica e metodologicamente as dis-

cussões do mesmo quanto ao trabalho pedagógico escolar.

Desenvolver palestras e atividades referentes aos temas:

Sexualidade e DSTs(doenças sexualmente transmissíveis);Gravidez na Adolescên-

cia; Primeiros Socorros; Drogas; Auto -estima; Hábitos de Estudos;

Valores; Meio Ambiente.

7.MATRIZ CURRICULAR

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 14 Guarapuava MUNICÍPIO: 0950 Guarapuava

ESTABELECIMENTO: 03540 Colégio Estadual do Campo Profª Maria de Jesus Pacheco Guimarães

ENDEREÇO: Rua Anadir Paulina Tonon, nº 01 Guará - Guarapuava/PR

TELEFONE: (42) 3649-1164

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º Ano

TURNO: Noite MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 3 4

Educação Física 3 3 3 2

Ensino Religioso * 1 1 0 0

Geografia 3 3 4 3

História 4 4 3 4

Língua Portuguesa 4 4 4 4

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Matemática 4 4 4 4

Subtotal 24 24 23 23

PARTE DIVERSIFICADA

L.E.M. - Inglês 2 2 2 2

Subtotal 26 26 25 25

Total Geral 26 26 25 25 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

NRE: 14 Guarapuava MUNICÍPIO: 0950 Guarapuava

ESTABELECIMENTO: 03540 Colégio Estadual do Campo Profª Maria de Jesus Pacheco Guimarães

ENDEREÇO: Rua Anadir Paulina Tonon, nº 01 Guará - Guarapuava/PR

TELEFONE: (42) 3649-1164

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 ENSINO MÉDIO

TURNO: NOITE MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / SÉRIE 1ª 2ª 3ª

Arte 0 2 0

Biologia 2 2 2

Educação Física 2 2 2

Filosofia 2 2 2

Física 2 2 2

Geografia 2 2 2

História 2 2 2

Língua Portuguesa 3 3 4

Matemática 4 2 3

Química 2 2 2

Sociologia 2 2 2

Subtotal 23 23 23

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PARTE DIVERSIFICAD

A

L.E.M.Espanhol 4 4 4

L.E.M. Inglês 2 2 2

Subtotal 6 6 6

Total Geral 29 29 29 NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *DISCIPLINA DE MATRÍCULA FACULTATIVA OFERTADA NO TURNO CONTRARIO, NO CELEM. OBS.: SERÃO MINISTRADAS 03 AULAS DE 50 MINUTOS E 02 AULAS DE 45 MINU-TOS.

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