PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS · 2018-05-19 · 1 Centro Estadual de...

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1 Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Valdir Fernandes Ensino Fundamental e Médio PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS VALDIR FERNANDES ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO GUAÍRA 2018

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Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos

Valdir Fernandes

Ensino Fundamental e Médio

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS

VALDIR FERNANDES

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

GUAÍRA

2018

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INDICE

*****

Sumário

I – INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4

II- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ............................................ 5

Denominação da instituição........................................................................................................ 5

III – Histórico da Instituição ....................................................................................................... 5

IV – NÍVEIS E MODALIDADE DE ENSINO OFERTADO ................................................... 7

V – A CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR ............................................. 10

PERFIL DOS EDUCANDOS .................................................................................................. 11

PERFIL DOS EDUCADORES ................................................................................................ 12

PERFIL DOS FUNCIONÁRIOS..............................................................................................13

VI – CRITÉRIOS DE FORMAÇÃO DE TURMA.................................................................. 13

Quadro de Pessoal .................................................................................................................... 13

Modalidade de Ensino: Educação de Jovens e Adultos ........................................................... 13

Turno de Funcionamento: ......................................................................................................... 13

Ambientes pedagógicos: ........................................................................................................... 14

VII – RELAÇÃO DOS RECURSOS FÍSICOS, HUMANOS E MATERIAIS ....................... 14

VIII – OBJETIVOS, FUNDAMENTOS, PRINCÍPIOS E CONCEPÇÕES

ORIENTADORAS DA AÇÃO DA ESCOLA ......................................................................... 16

CONCEPÇÕES: HOMEM / SOCIEDADE / ESCOLA / MUNDO /

CONHECIMENTO / CURRÍCULO.... .................................................................................... 19

IX – CURRÍCULO .................................................................................................................23

Base Nacional Comum: ............................................................................................................ 25

Parte diversificada composta por:............................................................................................. 25

Ensino Religioso (conforme o artigo 33 da Lei nº 9394/96) .................................................... 25

Estudos sobre o Estado do Paraná: ........................................................................................... 26

Fase II (6º ao 9º ano)..................................................................................................................27

Médo (1º ao 3º ano)...................................................................................................................28

X – CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS / TEMAS CONTEMPORÂNEOS ............................. 29

3

HISTÓRIA E CULTURA AFROBRASILEIRA, AFRICANOS E INDÍGENA (LEI

10.639/2003 E 11.645/2008) .................................................................................................... 29

XI – AVALIAÇÃO (CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS) ...................................................... 32

Formas de registro: ................................................................................................................... 34

Periodicidade da Avaliação: .................................................................................................... 34

Intervenções Pedagógicas ......................................................................................................... 34

Aproveitamento de Estudos ...................................................................................................... 35

XII – ATUAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS........................................................37

XIII – PROPOSTA DE ARTICULAÇAO DE TRANSIÇÃO.................................................38

XIV – PROPOSTA DA ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE: ............................ ......38

XV – PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO COM A FAMÍLIA E

COMUNIDADE ....................................................................................................................... 38

XVI – PROPOSTA DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ................................................... 39

XVII – PROPOSTA DE INCLUSÃO EDUCACIONAL ........................................................ 39

XVIII – PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA ...................................................... 39

XIX – PROPOSTA DE AVALIÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ............... 40

XX – PROPOSTA PEDAGOGICA DA COMPLEMENTAÇÃO DE CARGA HORÁRIA .. 40

XXI – ESTÁGIO NÃO OBRIGATORIO ................................................................................ 42

XXII – PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA .............................................................................. 42

XXIII – PROGRAMAS / PROJETOS / ATIVIDADES .......................................................... 47

XXIV – ATA DE APROVAÇÃO DO PPP PELO CONSELHO ESCOLAR ......................... 48

XXV – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 49

XXVI – PROJETOS EM ANEXO ........................................................................................... 50

III Semana do Conhecimento ...................................................................................................50

III Jogos Escolares Internos do CEEBJA - Guaíra ................................................................... 51

PROGRAMA BRIGADA ESCOLAR .................................................................................... .52

Plano de Abandono...................................................................................................................55

PROJETO LIBRAS NA ESCOLA .......................................................................................... 55

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR ............................................................................................. 56

XXVII – ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO CEEBJA ............................................................... 67

REFERENCIAS........................................................................................................................68

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I – INTRODUÇÃO

O projeto político pedagógico (PPP) vem em cumprimento da lei de diretrizes e

bases da educação (LDB), Lei 9394/96, prevê em seu art 12, inciso I, que os

estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as de seus sistemas de

ensino, terão a incumbência de elaborar e executar seu projeto político pedagógico, com

amplo processo de discussão e debates para se chegar a um resultado que defina as ações

educativas, bem como as condições necessárias para que as escolas cumpram seus

propósitos e sua intencionalidade.

É no PPP que a escola se identifica, rompendo com a padronização. Assim, o

coletivo da escola deixa visível a identidade da instituição educacional, suas diferenças

em relação ao todo, sua originalidade e singularidade. A construção do projeto exige uma

metodologia participativa que envolve todos os sujeitos e órgãos colegiados da escola,

trazendo os diferentes, os contraditórios e gerando um processo de critica e tomada de

consciência das fragilidades, limites e possibilidades. A prática do planejamento traz

consigo um processo avaliativo que permeia o construir, o inovar e o transformar.

O processo de construção do projeto político pedagógico é dinâmico e exige

esforço coletivo e comprometimento; não se resume, portanto, à elaboração de um

documento escrito por um grupo de pessoas para que se cumpra uma formalidade. É

concebido solidariamente com possibilidade de sustentação e legitimação.

Construir um projeto político pedagógico significa enfrentar o desafio da

mudança e da transformação, tanto na forma como a escola organiza seu processo de

trabalho pedagógico como na gestão que é exercida pelos interessados, o que implica o

repensar da estrutura de poder da escola.

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II- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Denominação da Instituição

Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos“Valdir Fernandes” –Ensino

Fundamental e Médio

Código:47773

Município: Guaíra – Código: 0890

Dependência Administrativa: Estadual – Código: 089047773

NRE: Toledo– Código: 27

Entidade Mantenedora: Governo do Estado

Ato de Autorização do Colégio: Resolução nº921 de 03/03/1986

Ato de reconhecimento do Colégio: Resolução nº 3210 de 15/09/1998

Parecer do NRE de aprovação do Regimento Escolar:nº126/2012 de 01/02/2012

Distância do Colégio do NRE: 130 KILOMETROS

Local: Urbana x Rural

Turno de Funcionamento: Vespertino e Noturno

III – HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

Através da Resolução 921/86, Diário Oficial 2.234 de 12/03/86, foi

autorizado a implantação do Núcleo Avançado de Estudos Supletivos de Guaíra – NAES

– Ensino de 1º Grau Função Suplência, vinculado ao Centro de Estudos Supletivos de

Cascavel – CESVEL, para fins de expedição de documentação escolar e regulamentação

regional. Para efeitos administrativos, o NAES vincula-se ao Departamento de Ensino

Supletivo – DESU/SEED.

O NAES começou seu funcionamento em 10 de junho de 1986 com 60 alunos,

sendo cedida a Escola Estadual Mendes Gonçalves; 03 salas de aula, 01 sala para

secretaria, 01 para coordenação, para que o mesmo tivesse suas atividades iniciadas.

O NAES iniciou seus trabalhos com material do telecurso cedido pelo DESU,

o qual a escola fazia empréstimos dos mesmos aos alunos. As avaliações eram feitas

através de Banco de Questões, montadas na hora que o aluno solicitava sua avaliação,

eram montadas pela secretária e coordenadora.

A escola iniciou com os seguintes profissionais, os quais foram treinados

durante uma semana em Curitiba pela equipe do DESU, que tinha como chefe a

professora Maria Celeste Dias; Professora Rosângela Fernandes Cleveston

(Coordenadora), Prof.ª Wilma Chamorro (ministrava Matemática e Ciências F.

Biológicas); Prof.ª Maria Brisk Bellio (Geografia, História, OSPB/EMC); Juana Alice

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Rolon Jorge (Português); Epifânia Centurião (Ed. Artística e Orientação Ocupacional); e

Lilian Francisco (Secretária).

Em 1988 a coordenadora Rosângela Fernandes Cleveston, passa a ter a função

de diretora do NAES.

No ano de 1989, aumentam os alunos, o NAES loca o prédio do antigo Colégio

São Francisco junto com a Inspetoria Estadual de Educação, situado na Praça Castelo

Branco n.º 338. Em 1990 com o término das I.E.E. o NAES aumenta o número de salas

a serem utilizadas.

Em 22/05/95 foi encaminhado o Projeto de Implantação do Centro de Estudos

Supletivos de Guaíra – CES. Pela Resolução 309/96 de 18/01/96 o NAES de Guaíra é

transformado em Centro de Estudos Supletivos “Valdir Fernandes” e fica vinculado ao

CESTOL e N.R.E. de Toledo. Fica reconhecido o curso de 1º Grau através da Resolução

3210/98 de 15/09/98, Diário Oficial 05/10/98.

Em 22/05/95 foi encaminhado o Projeto de Implantação do Centro de Estudos

Supletivos de Guaíra – CES. Pela Resolução 309/96 de 18/01/96 o NAES de Guaíra é

transformado em Centro de Estudos Supletivos “Valdir Fernandes” e fica vinculado ao

CESTOL e N.R.E. de Toledo. Fica reconhecido o curso de 1º Grau através da Resolução

3210/98 de 15/09/98, Diário Oficial 05/10/98.

Em 17/12/96 foi elaborado o Projeto de Implantação de 2º Grau, que foi

autorizado através da Resolução 971/97, Diário Oficial 08/04/97. O Ensino Médio foi

reconhecido pela Resolução 4814/99, Diário Oficial 12/01/2000

Em 11/09/98 pela Resolução 3120/98 o CES muda novamente sua

nomenclatura e passa a denominar Centro de Educação Aberta, Continuada, À Distância

– CEAD Valdir Fernandes. O Departamento de Ensino Supletivo – DESU – em 1998

também muda sua nomenclatura para DEJA – Departamento de Educação de Adultos.

Em 1998, a escola é autorizada a realizar o Exame de Suplência de 1º e 2º

Grau.

Em 1996, CES faz parceria com a Prefeitura Municipal de Guaíra e tem a

autorização do DESU para implantar o Projeto de Descentralização (1ª/4ª).

Em 1999, a escola passa a ter a denominação de Centro Estadual de Educação

Básica para Jovens e Adultos – CEEBJA – Resolução nº 4.561/99.

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A partir de julho de 2002, a escola mudou-se para o anexo do Colégio

Presidente Roosevelt, na rua Mato Grosso nº 111, ocupando as salas ociosas no período

vespertino e noturno, tendo como diretora a Professora Lenira Giroldo Assunção.

Em 2006 a proposta pedagógica implantada é presencial, devendo ser

organizada de forma coletiva e individual na sede, já nas APEDS – Ações Pedagógicas

Descentralizadas são organizadas apenas na forma coletiva.

Em 2009, após reforma e ampliação do CEEBJA, no comando da diretora

Lenira Giroldo Assunção ganha sede própria, compartilhando com o Colégio Estadual

Presidente Roosevelt apenas quadra de esportes, refeitório e laboratórios de: Ciências,

Química e Física. Também neste ano a EJA passa a fazer parte do DET (Departamento

de Educação e Trabalho) e o aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados

com êxito, amparado pela legislação vigente.

Em 2011 passa a fazer parte do DEB (Departamento de Educação Básica).

Assumiu a direção do CEEBJA Valdir Fernandes em 04/03/2016 o Professor Viro

Miguel Altenhofen, com resolução nº 741/2016.

IV – NÍVEIS E MODALIDADE DE ENSINO OFERTADO

A EJA é uma modalidade de ensino que oferta a escolarização aos jovens, adultos

e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos no Ensino Fundamental ou Médio,

assegurando-lhes oportunidades apropriadas, consideradas suas características,

interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-pedagógicas

coletivas e/ou individuais. Portanto, este Estabelecimento Escolar faz a opção pela oferta

de Educação de Jovens e Adultos – Presencial, que contempla o total de carga horária

estabelecida na legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com

avaliação no processo. Os cursos são caracterizados por estudos presenciais

desenvolvidos de modo a viabilizar processos pedagógicos, tais como: pesquisa e

problematização na produção do conhecimento; desenvolvimento da capacidade de ouvir,

refletir e argumentar; registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações,

fotografias, ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e

socialização dos conhecimentos; vivências culturais diversificadas que expressem a

cultura dos educandos, bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.

Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos planos de estudos e

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atividades e tanto no atendimento individual como no coletivo, os educandos são

orientados quanto o funcionamento desta modalidade de ensino. Nesse sentido, a

escolarização, em todas as disciplinas, será organizada de forma coletiva e individual,

ficando a critério do educando escolher a maneira que melhor se adapte às suas condições

e necessidades, ou mesmo mesclar essas formas, ou seja, cursar algumas disciplinas

organizadas coletivamente e outras individualmente.

ORGANIZAÇÃO COLETIVA

Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um

cronograma que estipula o período, dias e horários das aulas, com previsão de início e

término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo. A

mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma

coletiva, na relação professor educando e considerando os saberes adquiridos na história

de vida de cada educando. A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles

que têm possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma

preestabelecido.

ORGANIZAÇÃO INDIVIDUAL

A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que não têm

possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, devido às condições de horários

alternados de trabalho e para os que oram matriculados mediante classificação ou que

foram reclassificados ou desistentes quando não há, no momento, turma organizada

coletivamente ara a sua inserção. Será programada pela escola e oferecida aos educandos

por meio de um cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas,

contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas condições de vinculação à

escolarização e nos saberes já apropriado.

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE I

A oferta de Ensino Fundamental – Fase I atende jovens, adultos e idosos não

Alfabetizados e/ou aqueles que não concluíram as séries iniciais do ensino fundamental,

com o objetivo de continuidade dos estudos e conclusão da educação básica. Ocorrerá

somente em situações específicas que sejam de competência exclusiva do Estado, como

para educandos em privação de liberdade, ou na forma de APED'S Especiais. A mediação

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pedagógica ocorrerá de maneira interdisciplinar, não havendo nenhuma separação entre

alfabetização e outras possibilidades de intermediação.

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este

estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e

Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meio, ora como fim do processo de

formação humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e ressignificar

bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem. Visa, ainda, o encaminhamento

para a conclusão do Ensino Fundamental e possibilita a continuidade dos estudos para o

Ensino Médio.

ENSINO MÉDIO

O Ensino Médio no estabelecimento escolar terá como referência em sua oferta,

os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes Curriculares

Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução nº 02 de 07 de abril de

1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos e nas

Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica.

EDUCAÇÃO ESPECIAL

A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades

educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização coletiva

ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito dos

mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se encontram individualmente

estes educandos Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de

educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por

razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação

assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos educandos que

apresentam necessidades educacionais especiais decorrentes de:

Deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;

Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos; e

Superdotação / altas habilidades.

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É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as

estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a

aprendizagem e participação de todos os alunos. (CARVALHO, 2001.)

Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque

do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem características

diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também, de condições

socioculturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios

diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.

Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o

direito à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de

educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que

cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.

AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS

Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas descentralizadas,

efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com perfis e

necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização para jovens, adultos e

idosos respeitando a proposta pedagógica e o regimento escolar, desde que autorizado

pela SEED/PR, segundo critérios estabelecidos pela mesma Secretaria em instrução

própria.

V – A CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

O CEEBJA Valdir Fernandes localiza-se em Guaíra na Rua Mato Grosso,

111 – Centro e oferece Ensino Fundamental – Fase I (1.º ao 5.º ano), Fase II (6.º ao 9.º

ano), Ensino Médio, Educação Inclusiva, Exames de Suplência - EJA e Turmas de

APED’S – Ações Pedagógicas Descentralizadas, que funcionam no município de

Guaíra. Esta Instituição busca superar a relação direta da educação com a demanda de

trabalho e compreender o sentido desse processo na vida dos educandos, bem como o

compromisso com a formação humana e acesso à cultura geral. Sendo assim, para

concretização de uma prática administrativa e pedagógica verdadeiramente voltada à

formação humana, é necessário que o processo de ensino aprendizagem, na educação de

jovens e adultos seja coerente com:

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O seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os

levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;

O exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,

crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade

e justiça;

Os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e idosos

– cultura, trabalho e tempo.

Também ofertamos educação aos alunos surdos, Síndrome de Down, Deficiência

Intelectual, baixa visão, cadeirante, déficit de aprendizagem e de múltiplas deficiências

através de uma metodologia motivacional, com atendimento personalizado, dispondo de

professora intérprete de Libras e de apoio pedagógico permanente, priorizando ações

educacionais especificas que oportunizem a inclusão, a permanência e o êxito destes em

qualquer forma de atendimento, garantindo assim, que a inclusão educacional realize-se,

assegurando o direito à igualdade com equidade. Isso não significa o modo igual de

educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que

cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades. Atendendo comunidades

distantes e também Aldeia Indígena do município de Guaíra, ainda atende na Sede

diversos segmentos da sociedade, tais como educandos agricultores, ribeirinhos,

pescadores, alunos cumprindo medidas socioeducativas, Brasileiros oriundos do

Paraguai e do Mato Grosso do Sul.

PERFIL DOS EDUCANDOS

Para compreender o perfil do Educando da EJA, requer conhecer sua história,

cultura e costumes; entendendo-o como um sujeito com diferentes experiências de vida

e que em um determinado tempo afastou-se da escola devido a vários fatores sociais,

econômicos, políticos e/ou culturais. Entre esses fatores, destacam-se o ingresso

prematuro no mundo do trabalho, a evasão ou repetência escolar e ainda os que por

morarem no País vizinho, deixaram o estudo para mais tarde.

Nessa perspectiva, a EJA deve contemplar ações pedagógicas específicas que

levam em consideração o perfil do Educando jovem, adulto e idoso que não obteve

escolarização ou não deu continuidade aos seus estudos por fatores, muitas vezes, alheios

à sua vontade.A grande maioria é oriunda de um processo educacional fragmentado,

marcado por frequente evasão e reprovação no Ensino Fundamental e Médio

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convencional. Os jovens, adultos e idosos que procuram a EJA tem a necessidade de

escolarização formal; seja pelas necessidades pessoais, seja pelas exigências do mundo

do trabalho, portanto a dinâmica desenvolvida nesta modalidade de ensino deve

possibilitar a flexibilização de horários e organização do tempo escolar desses

educandos, viabilizando a conclusão de estudos. Os que vêm para a EJA trazem uma

bagagem cultural marcada por escolas com características tradicionais; ora de

conhecimentos adquiridos em outras instâncias sociais e devem ser considerados na

elaboração do currículo escolar. Uma outra demanda a ser atendida pela EJA é a de

pessoas idosas que buscam a escola para o desenvolvimento ou ampliação de seus

conhecimentos bem como outras oportunidades de convivência. Inclui-se aqui o

convívio social e a realização pessoal.

Os educandos da EJA, tanto da Sede como das APED'S, apresentam as seguintes

características: A maioria tem baixo poder aquisitivo, trabalhadores informais e formais,

desempregados, donas de casas, agricultores, empresários, funcionários públicos,

autônomos, estagiários, indígenas e quilombolas, muitos trabalham no Paraguai na

cidade Salto Del Guairá e outros na zona rural. Há ainda um trabalho de inclusão

atendendo educandos com Síndrome de Down, baixa visão, cadeirante, deficiente físico

(motor), surdo e déficit de aprendizagem. A maioria com maturidade em relação aos seus

projetos de vida e aprendizagem, são interessados, críticos e participativos. Muitos não

conseguem conciliar família/trabalho/escola, por isso abandonam seus estudos com

muita facilidade. Também é preciso dizer que o material ofertado para a EJA, nem

sempre atende à realidade desses educandos, uma vez que é o mesmo do aluno do regular.

PERFIL DOS EDUCADORES

Os professores que trabalham neste estabelecimento são pessoas de diferentes

idades, formações, experiência de vida, bagagens culturais, mas que tem vivências e

expectativas iguais. Todos acolhem os alunos, respeitando a sua diversidade e cultura,

no seu tempo, e procuram compreender a sua realidade para que se sintam inclusos no

processo educativo. Também são preocupados com essa demanda de alunos, no

desenvolvimento de suas aulas cujas ações são prioridades para que atenda às

necessidades dos seus educandos, acreditando na possibilidade do ser Humano, o seu

crescimento pessoal e profissional. Ainda, é preciso percorrer a caminhada para

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construção deste perfil, uma vez que há uma demanda de educadores que são flutuantes,

não são efetivos na escola.

PERFIL DOS FUNCIONÁRIOS

Quanto à formação dos funcionários da EJA, a grande maioria, tem curso superior

completo. Atualmente a secretaria do CEEBJA é servida por secretária titular e mais três

funcionários, pessoal de apoio administrativo os quais desempenham uma função a

contento, acolhendo os que buscam a escola de forma respeitosa e amigável. Os Agentes

Educacionais I que trabalham na limpeza são comprometidos com o trabalho e também

são acolhedores em relação aos frequentadores da escola, os Agentes Educacionais I

responsáveis pela merenda escolar, são amigas de todos e pelo que fazem são bastante

elogiados. Cabe ainda dizer que todos trabalham em equipe, não tendo fronteiras entre

um e outro, há mútua ajuda naquilo que precisa ser feito, portanto a escola conta com

apoio total desses funcionários.

VI – CRITÉRIOS DE FORMAÇÃO DE TURMA

Na EJA as turmas são organizadas dentro da demanda de matriculas, respeitando

as individualidades dos educandos em organização individual e coletivo. É importante

afirmar que o CEEBJA oferta também programas de atividades complementares

contraturno periódica, sendo eles: Promoção da Saúde e Tecnologia da Informação e uso

de Mídias.

Quadro de Pessoal

Número de professores: 13 QPM 22 REPR 02 SC02 03 S100

Número de Pedagogos: 01 QPM 02 REPR

Número de Funcionários: 06 QFEB 04 READ

Número de Diretor: 01 QPM

Modalidade de Ensino: Educação de Jovens e Adultos

Número de turmas: 33 (Coletivo da sede e APED’S)

Número de alunos: 884 (Coletivo, individual e APED’S)

Turno de Funcionamento:

Vespertino: 13:20 às 17:40

Noturno: 19:00 às 23:05

Observação: Ambos os turnos com 10 minutos de intervalo.

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Ambientes pedagógicos:

Salas de Aula

Quadras

Administração

Laboratório de ciências e Química

Laboratórios de Informática

Biblioteca

Pátio e dependências

VII – RELAÇÃO DOS RECURSOS FÍSICOS, HUMANOS E

MATERIAIS

Nome Vínculos

Funcionais

Funções Formações

Alexandro Cleiton dos

Reis

REPR Equipe

Pedagógica

Pedagogia/Matemática

Angelica Adriana

Vignoto dos Reis

REPR Professor Pedagogia/Matemática

Angela Maria Andreola REPR Professor Língua Portuguesa/Língua

Estrangeira

Angela Carla Magnani S100 Professor Ed. Especial

Antônia Mendes READ Tec.

Administrativo

Pedagogia

Aparecida Jangarelli QFEB Aux. Serviços

Gerais

Médio

Arlene Oliveira dos

Santos

REPR Professor Matemática/Física

Cybelle Weirich

Gomes dos Santos

QPM Professor Letras

Camila Estremone de

Jesus

REPR Professor Interprete de libras

Carmem Lúcia Nuhues QFEB Secretário/Escola Tecnólogo Em Gestão

Pública

Claudia Dias de castro REPR Professor Pedagogia

Claudia Cristina

Friedrich de Carvalho

S100 Professor Ed. Especial

Cristiane Ickert de

Araujo Perez

REPR Professor Geografia

Daiane Neves de Souza SC02 Professor Ed. Fisica

Daiela Andreguetti REPR Professor Língua Portuguesa

Daniele Bacchi Rocha QPM Professor Geografia

Ernesto Antony Durcks QFEB Aux. Serviços

Gerais

Tecnólogo em Gestão

Pública

15

Everton Rafael tavares

Centurião

REPR Professor Filosofia

Evita Mariano Rasteiro REPR Professor História

Fernanda Mequita

Santiago

QFEB Agente Ed. II

Fernando Alvacir

Rodrigues

REPR Professor Química

Francisco Damião

Cardoso

QPM Professor Letras

Helena Diniz Meira

Batista

QPM Professor Ciências/Matemática

Isabel Fátima Ferreira

Vieira

QFEB Aux. Serviços

Gerais

Médio

Jackson Rodrigo

Morais de Souza

S100 Professor Ed. Especial

Jair Aparecido Neves

Gomes

QPM Professor Química

João Maria de Assis READ Aux. Serviços

Gerais

Pedagogia

Laura Maria da Silva QFEB Aux. Serviços

Gerais

Médio

Lenira Giroldo QPM Professor Matemática

Lindinalva Fernandes

de Souza

REPR Professor Biologia

Luciana Mitiko

Hayashida Masuzaki

REPR Professor Física

Marcia da Silva Pereira REPR Professor Pedagogia

Marcelo Cláudio Maia QPM Professor História

Márcia de Souza

Jardim

QPM Professor História

Marciana Aguero

Santana

REPR Professor Biologia

Marcos Opercio

Pereira Campos

QPM Professor Ciências/Biologia

Maria Alves Ferreira REPR Professor Língua Portuguesa

Maria Socorro de

Araújo Ramos

REPR Professor Artes Plásticas

Maria José de Rezende

Rodrigues

QPM Professor Geografia

Maria Mafalda Moreira READ Aux. Serviços

Gerais

Magistério

16

Mariana Beffa Bueno

Dionisio

REPR Professor Língua Portuguesa

Maricler de Souza

Garcia

QPM Professor Quimíca

Nilva Elaine dos Reis

Ribeiro

REPR Professor Pedagogia/Matematica

Rogero de Olivera REPR Professor Lem Inglês

Rosemeiry Aparecida

dos Santos Rodrigues

REPR Equipe

Pedagógica

Pedagogia/

História/Geografia

Rosiclei Veridiano QPM Equipe

Pedagógica

Pedagogia

Silvio Borges REPR Professor Matemática

Simone Aparecida de

Souza

REPR Professor Pedagogia

Sirlei Dahm QPM Professor Ciências/Ciências

Contábeis

Tatiane Rosa Magolin

Daros

REPR Professor Pedagogia

Vanilza Alves dos Reis SC02 Professor Matematica

Viro Miguel

Altenhofen

QPM Diretor Matemática

Vilma Fiorotti Lima QPM Licença Médica História

Ziza Ferreira Lopes de

Freitas

READ Aux. Serviços

Gerais

Médio

VIII – OBJETIVOS, FUNDAMENTOS, PRINCÍPIOS E

CONCEPÇÕES ORIENTADORAS DA AÇÃO DA ESCOLA

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional

que atende a educandos trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso

com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos

venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento

ético e compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e

moral.

Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na

qual os educandos trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir

criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da

17

vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças

sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e

rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos científicos,

tecnológicos e sócios históricos. (KUENZER, 2000, p. 40)

Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica

verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino-

aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com:

a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os

levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;

b) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,

crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e

justiça;

c) os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e idosos

– cultura, trabalho e tempo.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN nº 9394/96, em

seu artigo 37, prescreve que “A Educação de Jovens e Adultos será destinada àqueles

que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na

idade própria”. É característica desta modalidade de ensino a diversidade do perfil dos

educandos, com relação à idade, ao nível de escolarização em que se encontram, à

situação socioeconômica e cultural, às ocupações e a motivação pela qual procuram a

escola. Portanto, é necessário que a EJA proporcione seu atendimento aproveitando

outras formas de socialização como expressão de cultura própria, bem como adequá-la a

estruturas de ensino já existentes, levando-se em conta suas especificidades;

contemplando com inovações que tenham conteúdos significativos.

Também à EJA, cabe atender às necessidades individuais do educando,

construindo propostas viáveis para que o acesso, a permanência e o sucesso nos estudos

estejam assegurados, na perspectiva de políticas públicas que garantam esse

atendimento, destinando recursos próprios para a manutenção e a melhoria da qualidade

de ensino.

Na função social da EJA, a educação se apresenta como demanda

fundamental, que possibilita o envolvimento dos educandos jovens, adultos e idosos nas

práticas escolares, garantindo-lhes o acesso aos saberes em suas diferentes linguagens,

18

intimamente articulado com suas necessidades, expectativas e trajetórias de vida,

despertando-lhes a oportunidade de continuidade de escolarização.

Desta forma, a Lei 9394/96 incorpora uma concepção de formação mais ampla e

abre outras perspectivas para a educação de jovens e adultos, desenvolvida na pluralidade

de vivências humanas, conforme aponta o artigo 1º da lei vigente:

A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida

familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos

movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. A

educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.

O Educando da EJA torna-se sujeito na construção do conhecimento

mediante a compreensão dos processos de trabalho, de criação, de produção e de cultura.

Passam a reconhecer que são sujeitos do processo e que, portanto venham obter melhor

atendimento de sua relação com o mundo do trabalho e com as demais relações sociais

que permeiam o mundo atual.

A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade

de pensar, ler, interpretar, e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva.

Cabe ao educador, incentivar esta busca constante pelo conhecimento historicamente

produzido pela humanidade, presente em outras fontes de estudos ou de pesquisa.

O tempo que este educando permanecerá no processo educativo da EJA terá

valor próprio e significativo e, portanto a escola deve centrar nos conteúdos específicos

de cada disciplina articulados à realidade.

A busca da autonomia intelectual e moral devem ser constante exercício com

os educandos da EJA. A emancipação humana será decorrência da construção desta

autonomia com a qual contribui a educação escolar. O exercício de uma cidadania

democrática, pelos educandos da EJA, será o reflexo de um processo cognitivo, crítico e

emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça.

CONCEPÇÕES: HOMEM / SOCIEDADE / ESCOLA / MUNDO /

CONHECIMENTO / CURRÍCULO...

19

A concepção de homem passa por diversas fases durante a história do

desenvolvimento do pensamento filosófico, e vem imbuída de forte conotação cultural,

influenciada pelos fatores sociais da época em que se desenvolve.

Na obra de Paulo Freire os homens são seres concretos, situados no tempo e no

espaço, inseridos num contexto sócio econômico político e cultural historicamente

construído. Assim como o sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em

que está inserido, também o é, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como

o compreende e como dele lhe é possível participar.

O homem se humaniza (ou se desumaniza) pelo trabalho na medida em que são

por esta prática que ele transforma a realidade (natureza) adaptando-a as suas

necessidades. Ao transformá-la, ele mesmo se transforma mediado pelas relações que

estabelece no processo de produção. Desse modo, pelo trabalho o homem se auto produz,

alterando sua visão de mundo. Segundo SAVIANI (1991, p.19);

Diferentemente dos outros animais, que se adaptam a realidade natural tendo sua

existência garantida naturalmente, o homem necessita produzir continuamente sua

própria existência. Para tanto, em lugar de se adaptar à natureza, ele tem que adaptar a

natureza a si, isto é, transformá-la. E isto é feito pelo trabalho.

Pode-se afirmar, desta forma que, o que diferencia o homem dos outros animais

é o processo de trabalho. O trabalho não é qualquer tipo de atividade, mas, uma ação em

que seu agente antecipa mentalmente e de forma intencional visando atingir, por este

meio, um fim. Conforme Antunes (1998, p. 121)

“O trabalho desenvolve-se pelos laços de cooperação social existentes no

processo de produção material. O ato de produção e reprodução da vida humana realiza-

se pelo trabalho. É a partir do trabalho, em sua cotidianidade, que o homem se torna um

ser social, distinguindo-se de todas as formas não humanas”.

Saviani (1991, p. 19) afirma que “para sobreviver o homem necessita extrair

da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele

inicia o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano (o mundo

da cultura)”. Reafirmando a centralidade do trabalho demonstra que também a cultura e,

portanto, a educação tem aí sua origem. Decorre desta relação que “a educação é um

fenômeno próprio dos seres humanos. Assim sendo, a compreensão da natureza da

educação passa pela compreensão da natureza humana”. Saviani (1991, p. 19). Sendo

assim, a educação é uma exigência do e para o processo de trabalho no qual é, ela própria,

um processo de trabalho e este é tido como princípio educativo. Nas palavras de Saviani

20

(1991, p. 15), “o homem não se faz homem naturalmente, ele não nasce sabendo ser

homem, vale dizer, ele não nasce sabendo sentir, pensar, avaliar, agir. Para saber pensar

e sentir, para saber querer, agir ou avaliar é preciso aprender, o que implica o trabalho

educativo”. Portanto, a educação – como processo de trabalho não-material - se torna

parte do e para o processo de trabalho material (a luta pela sobrevivência diária).

O que significa dizer que a educação é um processo de trabalho não material?

Todo trabalho material corresponde ao modo como a humanidade se organiza

para produzir sua subsistência material, ou seja, sua existência. Obviamente que, neste

processo de produção da vida material, o homem precisa antecipar em ideias os objetivos

da ação. Esta mentalização dos objetivos reais denominamos de trabalho não material. A

educação se situa nesta categoria de trabalho não material. O que implica afirmar que a

educação – em vez de estar relacionada à modalidade em que o produto se separa do ato

de produção (livros, materiais artísticos, revistas, etc.), ocorrendo neste um intervalo entre

produção e consumo - está ligada a modalidade de trabalho não material, em que o

produto não se separa do ato de produzir. Portanto, o ato de produção e de consumo,

segundo Saviani imbricam-se. (SAVIANI, 2005, p.12).

Eis a natureza da educação. Porém é importante exemplificar a partir de

Saviani (2005, p. 12-13):

(...) se a educação não se reduz ao ensino, é certo, entretanto, que ensino é educação e,

como tal, participa da natureza própria do fenômeno educativo. Assim, a atividade de

ensino, a aula, por exemplo, é alguma coisa que supõe, ao mesmo tempo, a presença do

professor e a presença do aluno. Ou seja, o ato de dar aula é inseparável da produção

desse ato e de seu consumo. A aula é, pois, produzida e consumida ao mesmo tempo

(produzida pelo professor e consumida pelos alunos).

Com relação à especificidade da educação parte-se do pressuposto de que,

“(...) o que não é garantido pela natureza tem que ser produzido historicamente pelos

homens, e ai se incluem os próprios homens” (SAVIANI, 2005, p.13). Este pressuposto

torna evidente que é o trabalho educativo é “(...) o ato de produzir, direta e

intencionalmente, em cada individuo singular, a humanidade que é produzida

historicamente e coletivamente pelo conjunto dos homens” (SAVIANI, 2005, p.13).

Nesta perspectiva pode-se considerar que o objeto da educação está

relacionado de um lado, “à identificação dos elementos culturais que precisam ser

assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanos”

21

(SAVIANI, 2005, p. 13) e; por outro lado, “à descoberta das formas mais adequadas

para atingir este objetivo” (SAVIANI, 2005, p.13).

Escola é o lugar, ou melhor, uma instituição que tem como papel fundamental

a socialização do saber sistematizado. SAVIANI (2005, p.15) afirma que a escola existe

para “(...) propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso ao saber

elaborado (ciência), bem como o próprio acesso aos rudimentos desse saber”. Nesta

perspectiva, é preciso a sistematização de um currículo a partir do saber sistematizado,

do conhecimento elaborado (ciência), e ainda, da cultura erudita e letrada. É preciso

resgatar a noção de clássico entendido aqui como o que resistiu aos embates do tempo.

Isso tendo em vista que na escola o clássico é, na verdade, a transmissão assimilação do

saber sistematizado. Por isso é que o currículo deve ser entendido como a “organização

do conjunto das atividades nucleares distribuídas no espaço e tempo escolares”

(SAVIANI, 2005, p. 18). Ou seja, o currículo nada mais é que, a escola funcionando e

desempenhando a função que lhe é própria. Na efetivação prática do currículo é

importante que a criança assimile de modo sequenciado e dosado no espaço escolar e, ao

longo de um tempo determinado, o saber sistematizado. Isto consiste o saber escolar.

O processo de aquisição do saber escolar exige que o aprendiz adquira um

hábito. Isto não se dá da noite para o dia. Ninguém nasceu sabendo ler e escrever. É

preciso ter persistência e insistência. É necessário, “(...) repetir muitas vezes

determinados atos até que eles se fixem” (SAVIANI, 2005, p. 21). Para se passar da

condição de analfabeto para a condição de alfabetizado o currículo deve proporcionar

condições, como por exemplo, o tempo, os mestres e os instrumentos necessários para

que o alfabetizando tenha êxito em seus esforços. Desta forma, “a criança passará a

estudar ciências naturais, história, geografia, aritmética através da linguagem escrita,

isto é, lendo e escrevendo de modo sistemático. Dá-se assim o seu ingresso no universo

letrado” (SAVIANI, 2005, p. 21).

Em tese, a educação escolar constitui-se na prática que possibilita a passagem

do conhecimento de senso comum (conhecimento sincrético) ao conhecimento elaborado,

sistematizado (conhecimento sintético).

Nas palavras de SAVIANI (2005, p. 22) pode-se concluir esclarecendo, em

resumo, a especificidade da educação:

(...) a compreensão da natureza da educação enquanto um trabalho não material, cujo

produto não se separa do ato de produção, permite-nos situar a especificidade de

22

educação como referida aos conhecimentos, ideias, conceitos, valores, atitudes, hábitos,

símbolos sob o aspecto de elementos necessários à formação da humanidade em cada

individuo singular, na forma de uma segunda natureza, que se produz, deliberada e

intencionalmente, através de relações pedagógicas historicamente determinadas que se

travam entre os homens.

Saviani vê na educação um importante meio de contribuição para se atingir um

fim. Historicamente a educação se apresenta como condicionada pelos determinantes

materiais. Ela faz parte da superestrutura que tem por base uma infraestrutura que

corresponde ao modo de produção vigente num determinado momento histórico.

E sabido que a sociedade capitalista se caracteriza pela divisão em classes:

burguesia e proletariado. Desta divisão decorre a divisão social do trabalho e do

conhecimento. A escola não escapa a estes determinantes sociais. Por isso ela pode servir

para a reprodução ou para a transformação. Nesta perspectiva é imprescindível que a

classe do proletariado assimile “(...) os instrumentos pelos quais ele possa se organizar

para se libertar dessa exploração” (SAVIANI, 2003, p. 56).

A classe dominada precisa dispor do saber/conhecimento historicamente

produzido no qual, a classe dominante já dispõe e pelo qual o usa a fim de perpetuar a

dominação e, fazer deste um instrumento de emancipação. Obviamente então que, “(...)

dominar o que os dominantes dominam é condição de libertação” (SAVIANI, 2003,

p.55).

É importante frisar que, a educação não transforma direta e imediatamente a

sociedade. Ela vai agindo sobre os sujeitos da prática de modo indireto e mediato

(SAVIANI, 2003).

Saviani parte de cinco passos (no qual constitui o método) – Prática Social

Inicial [desigualdade real e igualdade possível], Problematização, Instrumentalização,

Catarse e Prática Social Final [igualdade real], (Saviani, 2003, p.79) e, a partir destes

cinco passos explicita a importante contribuição da pedagogia tradicional com relação a

transmissão dos conteúdos historicamente produzidos. Porém é importante romper com

o abismo da igualdade formal (todos são iguais perante a lei, fruto da sociedade contratual

instaurada pela revolução burguesa) e da igualdade real (igualdade de acesso ao saber e

distribuição igualitária dos conhecimentos disponíveis). Se no método tradicional eram

enfatizados conteúdos formais, fixos e abstratos o método revolucionário dá ênfase aos

conteúdos reais, dinâmicos e concretos (SAVIANI, 2003, p.64).

23

Assumindo uma postura pedagógica revolucionária - a educação, como processo

de trabalho não material, é um instrumento precioso que vai agindo, de modo indireto e

mediato, sobre os sujeitos da prática na busca real e concreta de emancipação humana.

Quer dizer, a Pedagogia Histórica-Crítica concebe o homem como um ser social que ao

mesmo tempo é determinado e determinante da sociedade, podendo, efetivamente

transformá-la; assim como a sociedade é concebida como sendo resultado de um processo

dialético de transformação, por parte dos homens, no percurso da história, e que,

sobretudo, não é imutável.

A educação, portanto, é vista como um meio para alcançar a hegemonia, que de

acordo com SAVIANI (2005) significa a apropriação pela classe trabalhadora dos

conhecimentos acumulados pela classe dominante, mas que, no entanto, não são inerentes

a ela. Isso significa dizer que a conquista da hegemonia por parte da classe proletária é a

conquista de determinados elementos e conhecimentos que também lhe são de direito,

sendo eles: consciência política, social e econômica, coerência e concepção de mundo

elaborada, através da socialização da educação, da saúde, da dignidade da moradia,

vestuário etc. de forma igualitária, de qualidade e para todos.

IX – CURRÍCULO

A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do jovem

adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela

compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual

quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos

descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação

de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como

perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida

como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004)

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre

cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e

estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima

da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao

conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função

antropológica – que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.

24

A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do

trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens

produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as reflexões

sobre a função do trabalho na vida humana.

É inerente a organização pedagógica curricular da EJA, a valorização dos

diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando os

saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à

diversidade de suas características.

E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens

e Adultos no Estado do Paraná:

I. A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo diferenciado de

aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos, bem como os mesmos

possuem diferentes possibilidades e condições de reinserção nos processos educativos

formais;

II. O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo educativo

tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar um ensino de caráter

enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do que na relação qualitativa

com o conhecimento;

III. Os conteúdos específicos de cada disciplina deverão estar articulados à realidade,

considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do trabalho, à ciência,

às novas tecnologias, dentre outros;

IV. A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de pensar,

ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A ação da escola

será de mediação entre o educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile estes

conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade social;

V. O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional, que

fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias escolares, mas sim,

como uma forma de organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes,

estão articulados à realidade na qual o educando se encontra, viabilizando um processo

integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas

do conhecimento.

Por isso, a filosofia da EJA contempla:

25

I. Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu processo de

formação, mas são sujeitos sócios históricos culturais, com conhecimentos e experiências

acumuladas, com tempo próprio de formação e aprendizagem;

II. Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios educandos;

III. O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a objetividade das

relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes linguagens desenvolvam o

raciocínio lógico e a capacidade de utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e

sócio-históricos;

IV. Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos

interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da cidadania e do

trabalho;

V. Fornecer subsídios para que os educandos se tornem ativos, criativos, críticos e

democráticos;

Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não se

refere exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade com

a diversidade sociocultural de seu público, composta, dentre outros, por populações do

campo, com necessidades educativas especiais, indígenas, que demandam uma proposta

pedagógico curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos.

Base Nacional Comum:

Acima de 85%

Parte diversificada composta por:

Inglês e Espanhol, sendo esta última disciplina de oferta obrigatória pelo Estabelecimento

de Ensino e de matrícula facultativa para o educando.

Ensino Religioso (conforme o artigo 33 da Lei nº 9394/96)

Sendo parte integrante da Educação Básica, visando a educação da consciência

religiosa com direito de todos.

A LDB valoriza o fortalecimento dos vínculos familiares, dos laços de

solidariedade e do respeito à diversidade cultural e religiosa em que se assenta a vida

social, nessa perspectiva o conhecimento religioso é entendido como patrimônio da

26

humanidade. Legalmente, é instituído na escola, a fim de promover uma oportunidade

para que os educandos se tornem capazes de entender os movimentos específicos das

diversas culturas e para que a religiosidade represente um elemento de colaboração no

desenvolvimento humano. Vale ressaltar que esta disciplina é de oferta obrigatória pelo

Estabelecimento de Ensino e de matrícula facultativa para o educando.

Estudos sobre o Estado do Paraná:

Inseridas na disciplina de História e/ou Geografia

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE I

ESTABELECIMENTO: CEEBJA Valdir Fernandes

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: Guaíra NRE:Toledo

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009 FORMA:Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO:1440 H/Aou1200 HORAS

ÁREAS DO CONHECIMENTO Total de Horas

Total de

horas/aula

LÍNGUA PORTUGUESA

1200 1440 MATEMÁTICA

ESTUDOS da SOCIEDADE e da

NATUREZA

TOTAL

1200 1440

27

Ensino Fundamental – Fase II

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO FUNDAMENTAL– FASE II

ESTABELECIMENTO: CEEBJA Valdir Fernandes

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: Guaíra – NRE:Toledo

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem / 2011 – FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1600/1610 H/A ou 1920/1932 HORAS

DISCIPLINAS Total de

Horas

Total de

Horas / aula

LÍNGUA PORTUGUESA 280 336

ARTE 94 112

LEM–INGLÊS 213 256

EDUCAÇÃOFÍSICA 94 112

MATEMÁTICA 280 336

CIÊNCIAS NATURAIS 213 256

HISTÓRIA 213 256

GEOGRAFIA 213 256

ENSINORELIGIOSO* 10 12

TOTAL

1600/1610 1920/1932

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE

ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

28

Ensino Médio

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

– ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: CEEBJA Valdir Fernandes

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO:Guaíra – NRE: Toledo

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem / 2010 – FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS

DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula

Língua Portuguesa 174 208

LEM– Inglês 106 128

Arte 54 64

Filosofia 54 64

Sociologia 54 64

Educação Física 54 64

Matemática 174 208

Química 106 128

Física 106 128

Biologia 106 128

História 106 128

Geografia 106 128

Língua Espanhola* 106 128

TOTAL 1200/1306 1440/1568

*LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE

MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

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X – CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS / TEMAS

CONTEMPORÂNEOS

HISTÓRIA DO PARANÁ

História do Paraná (Lei n. 13381/01) – inseridas nas disciplinas de História e / ou

Geografia História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena (Lei N. 10.639/03 e

11645/08)

HISTÓRIA E CULTURA AFROBRASILEIRA, AFRICANOS E

INDÍGENAS (LEI 10.639/2003 E 11.645/2008)

É obrigatório na Educação Básica como princípios constitucionais na Educação

tanto quanto a dignidade da pessoa, garantindo a promoção do bem de todos, sem

preconceito.

Cumprir a lei é, pois, responsabilidade de todos e não apenas do professor em

sala de aula. Exige-se, assim, um comprometimento dos vários elos do sistema de ensino

brasileiro para concretizar a participação dos afro-brasileiros descendentes e indígenas,

do período escravista aos nossos dias, nos mais variados segmentos da sociedade.

Especificamente em relação à educação indígena, os anos de 1990 assistiram a grandes

avanços o maior deles, foi a previsão por parte do Estado Brasileiro da Estruturação de

um sistema educacional específico, respeitoso quanto aos modos de vida, aos valores e as

reais necessidades e aos interesses dos povos indígenas.

MÚSICA (LEI N. 11769/08)

O conteúdo de música está ligado ao componente curricular de Arte e, mesmo

diante de todos os esforços possíveis, não há condições de atribuir o mesmo direito a

todos no país. É fácil discutir isso nas grandes cidades. Temos um grande número de

músicos e educadores musicais nos grandes centros.

PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS

A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador, que requer

tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa, desprovido

de valores e crenças pessoais. Por meio da busca do conhecimento, educadores e

30

educandos são instigados a conhecer a legislação que reporta direta ou indiretamente a

esse desafio educacional contemporâneo, bem como a debater assuntos presentes em

nosso cotidiano como: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao

usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros.

SEXUALIDADE HUMANA

É por meio do conhecimento que nos damos conta de que as questões afetas à

sexualidade são tratadas de forma diferenciada, de acordo com o momento histórico em

que se manifestam.

Podemos afirmar que a sexualidade e suas formas de expressão são produções

humanas e, como tais, estão sujeitas a uma série de determinantes socioeconômicos.

Assim, as desigualdades de direito e de fato que observamos quando falamos de

mulheres e homens são produções históricas, e, portanto, passíveis de mudanças. Da

mesma forma, é possível a superação de outros tipos de preconceito sexual.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL (L.F. N. 9795/99. DEC. 4201/02).

“A Educação Ambiental é uma dimensão da educação, é atividade intencional da

prática social, que deve imprimir ao desenvolvimento individual um caráter social em sua

relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando potencializar essa

atividade humana com a finalidade de torná-la plena de prática social e de ética

ambiental.”

EDUCAÇÃO FISCAL

A Educação Fiscal é um processo que visa a construção de uma consciência

voltada ao exercício da cidadania. O objetivo é propiciar a participação do cidadão no

funcionamento e aperfeiçoamento dos instrumentos de controles social e fiscal do Estado.

O tributo é um instrumento que pode e deve ser utilizado para promover as

mudanças e reduzir as desigualdades sociais. O cidadão, consciente da função social do

tributo como forma de redistribuição da Renda Nacional e elemento de justiça social, é

capaz de participar do processo de arrecadação, aplicação e fiscalização do dinheiro

público.

31

ENFRENTANDO A VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇA E

ADOLESCENTE

A escola é um espaço privilegiado para a construção da cidadania, onde um

convívio harmonioso deve ser capaz de garantir o respeito aos Direitos Humanos e educar

a todos no sentido de evitar as manifestações da violência cometidas contra crianças e

adolescentes. Combater a teia de violência que muitas vezes começa dentro de casa e em

locais que deveriam abrigar, proteger e socializar as pessoas é uma tarefa que somente

poderá ser cumprida pela mobilização de uma rede de proteção integral em que a escola

se destaca como possuidora de responsabilidade social ampliada, que tem como

finalidade promover ações educativas e preventivas para reverter a violência contra

crianças e adolescentes.

DIREITO DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTE (L.F. N. 11525/07)

As crianças e adolescentes brasileiros são protegidos por uma série de regras e leis

estabelecidas pelo país. Após anos de debates e mobilizações, chegou-se ao consenso de

que a infância e a adolescência devem ser protegidas por toda a sociedade das diferentes

formas de violência. No ECA estão determinadas questões, como os direitos

fundamentais das crianças e dos adolescentes; as sanções, quando há o cometimento de

ato infracional; quais órgãos devem prestar assistência; e a tipificação de crimes contra

criança.

EDUCAÇÃO TRIBUTÁRIA (DEC. N. 1143/99, PORTARIA N. 413/02)

Vide educação Fiscal.

ENVELHECIMENTO DIGNO E SAUDÁVEL (LEI ESTADUAL N.

11863/97)

O envelhecimento não é um fato social isolado. É um fato biológico com suas

decorrências e especificidades, que se estabelece nas sociedades, requerendo o

entendimento adequado e a preparação de todos para tal.

Assim, as escolas colocam à disposição de seu Sistema de Educação alguns subsídios

capazes de dar base às disciplinas que precisam disponibilizar os saberes que dão conta

da preparação de nossos estudantes para sua vida – entendida como valor máximo de uma

32

sociedade e que tem ciclos que se completam com o envelhecimento, de igual importância

dos demais.

ESTATUTO DO IDOSO (N. 10741/2003)

O estatuto do idoso é um estatuto no qual são ditos os direitos dos idosos e também prevê

punições a quem os violarem, dando aos idosos uma maior qualidade de vida.

EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: Resolução nº 01/2012 – CNE e

Deliberação nº 02/2015 - CEE

A Educação em Direitos Humanos, um dos eixos fundamentais do direito à educação,

refere-se ao uso de concepções e práticas educativas fundadas nos Direitos Humanos e

em seus processos de promoção, proteção, defesa e aplicação na vida cotidiana e cidadã

de sujeitos de direitos e de responsabilidades individuais e coletivas.

XI – AVALIAÇÃO (CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS)

Avaliação:

A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a

intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda

e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o

processo ensino-aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes

notas. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta

pedagógica.

Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão

dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como

processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico reflexiva

frente a realidade. A avaliação processual utilizara técnicas e instrumentos diversificados,

tais como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e

pesquisas, trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares propostas

pelo professor, que possam elevar o grau do aprendizado do educando e avaliar os

conteúdos desenvolvidos. Vale ressaltar que alguns alunos de inclusão necessitam serem

trabalhados com currículos adaptados, inclusive com avaliação especifica.

A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações

contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:

33

Investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias

para propor atividades e gerar novos conhecimentos;

Contínua: permite a observação permanente do processo ensino-aprendizagem e

possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;

Sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando

instrumentos diversos para o registro do processo;

Abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo escola do

educando;

Permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo educando

no decorrer do seu tempo escola, bem como do trabalho pedagógico da escola.

Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao

longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz

curricular, sendo avaliados presencialmente ao longo do processo ensino-aprendizagem.

Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados

como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará,

necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu

trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante o atual

processo de escolarização.

A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais

como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas,

participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares

propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado do educando e avaliar

os conteúdos desenvolvidos. Vale ressaltar que alguns alunos de inclusão necessitam

serem trabalhados com currículos adaptados, inclusive com avaliação específica.

É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única

oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas será analisado pelo

educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e

necessidades, e as consequentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.

A promoção é o resultado do aproveitamento escolar do aluno, aliada à

apuração da sua frequência.

34

Formas de registro:

Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas:

a) As avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade

educativa;

b) A avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os

resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);

c) Para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula

zero), de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED;

d) Para prosseguimento dos estudos, o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0

(seis vírgula zero) em cada registro da avaliação processual, caso contrário e também por

acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos, o educando terá direito à

recuperação de estudos, conforme explicitada na sequência.

e) Para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a média

final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os

mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);

f) Os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em

documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e

autenticidade da vida escolar do educando;

g) O educando com necessidades educacionais especiais, será avaliado não por

seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver.

Periodicidade da Avaliação:

Para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06

(seis) notas dependendo da disciplina, que corresponderão às provas individuais

escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo

de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do

professor, conforme descrito no regimento escolar.

35

Intervenções Pedagógicas

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de

construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da construção da

aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente

ao processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos

básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação

dos mesmos.

A recuperação será também individualizada, organizada com atividades

significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o

nível de aprendizagem de cada educando.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos

conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição

dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de

avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.

Aproveitamento de Estudos

O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito

amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar, por

meio de cursos ou de exames supletivos - EJA, nos casos de matrícula inicial,

transferência e prosseguimento de estudos.

Conselho de Avaliação

O Conselho de Avaliação é um órgão colegiado de natureza consultiva em

assuntos didático-pedagógicos, com atuação dirigida a cada educando da instituição de

ensino, tendo por objetivo avaliar o processo de ensino e de aprendizagem, tendo por

finalidade analisar os dados resultantes do processo de ensino e de aprendizagem,

constantes nesta proposta, propondo o aperfeiçoamento do mesmo, de tal forma que vise

assegurar a apropriação dos conteúdos estabelecidos.

O Conselho de Avaliação dos alunos será constituído por todos os professores que

ministram aulas nas disciplinas constantes na matriz curricular, por educandos (pelo

menos dois de cada nível de ensino), pela equipe de professores pedagogos.

36

O Conselho de Avaliação reunir-se-á sempre que um fato o exigir, e deverá ser

lavrada ata, em livro próprio, para registro, divulgação ou comunicação aos interessados.

A convocação para as reuniões será feita com antecedência de 48 (quarenta e oito) horas,

sendo obrigatório o comparecimento de todos os membros convocados.

Processo de Classificação

A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que a

instituição de ensino adota para posicionar o aluno na carga horária da disciplina ou área

de conhecimento compatível com o grau de experiência e desenvolvimento adquiridos

por meios formais ou informais, podendo ser realizada:

Por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento suficiente cada

disciplina, do Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio e conclusão do

Ensino Fundamental – Fase I, nesta instituição;

Por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do

exterior, considerando a classificação da escola de origem;

Independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para

posicionar o aluno na disciplina ou área(s) de conhecimento compatível ao seu

grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou

informais.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as seguintes

ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais:

Organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para

efetivar o processo;

Proceder à avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

Comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para

obter o respectivo consentimento;

Arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

Registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.

37

Processo de Reclassificação

A reclassificação é um processo pedagógico que se concretiza através da avaliação

do aluno matriculado e com frequência na disciplina(s) ou área de conhecimento sob a

responsabilidade da instituição de ensino que, considerando as normas curriculares,

encaminha o aluno à carga horária da(s) disciplina(s) compatível com a experiência e

desempenho escolar demonstrados, independentemente do que registre o seu Histórico

Escolar.

O processo de reclassificação poderá ser aplicado como verificação da

possibilidade de avanço de carga horária da(s) disciplina(s) ou área de conhecimento do

nível da Educação Básica, quando devidamente demonstrado pelo aluno, sendo vedada a

reclassificação para conclusão do Ensino Médio.

Esta instituição de ensino, quando constatar possibilidade de avanço de

aprendizagem, apresentado por aluno devidamente matriculado e com frequência na(s)

disciplina(s) ou área de conhecimento , deverá notificar o setor competente do NRE, via

ofício, para que este proceda a orientação e acompanhamento quanto aos preceitos legais,

éticos e das normas que o fundamentam.

Cabe à Comissão elaborar relatório, referente ao processo de reclassificação,

anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para que

sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.

O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica até a

conclusão do curso ou permanência deste nesta instituição.

XII – ATUAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

APAF

Conselho Escolar

Conselho de Avaliação

38

XIII – PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO DE TRANSIÇÃO – ENSINO

FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS E DO ENSINO FUNDAMENTAL

ANOS FINAIS.

A transição dos anos iniciais do Ensino Fundamental (Fase I) acontece com alunos

das APED'S do interior do município e com os alunos da EJA municipal quando os

mesmos estão preparados para o ingresso no sexto ano, isso, após o fechamento de

relatório. Também quando o aluno procura o CEEBJA e não tendo nenhum documento

que comprove sua escolarização é ofertado a ele uma avaliação que, atendendo aos

requisitos básicos para o ingresso no sexto ano, ele é aceito, caso contrário é aconselhado

a frequentar a EJA municipal.

Para o aluno que concluiu todas as disciplinas do Ensino Fundamental (Fase II)

tanto na organização individual como coletiva neste estabelecimento de ensino, primeiro

é necessário fechar o relatório final constando o nome dele e após inseri-lo no Ensino

Médio.

Caso o aluno de outro estabelecimento de ensino queira ingressar no CEEBJA é

analisado o histórico escolar do mesmo, fazendo valer a série cursada.

XIV – PROPOSTA DA ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE: O cumprimento da hora atividade é feita por disciplina, concentrada no horário

de funcionamento do Estabelecimento de Ensino (vespertino e noturno), de acordo com

o cronograma das aulas a serem dadas, organizadas pela direção da Escola.

XV – PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO COM A

FAMÍLIA E COMUNIDADE

Programa de Combate a Evasão Escolar

O combate à evasão escolar é feito corpo a corpo com os alunos, na conversa, na

orientação direta, merenda escolar, acolhimento, motivando-o, via telefone quando se

ausentam da escola. Na medida do possível é feito trabalhos com o aluno para que ele

possa recuperar os conteúdos e dar continuidade aos estudos.

39

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Os objetivos e os conteúdos propostos e trabalhados pela equipe multidisciplinar

são voltados para dar visibilidade aos povos negros, indígenas, ciganos, fazendo resgate

da cultura, da identidade, da religião, costumes, etc. desses povos. Trazendo à tona todo

o resgate histórico da contribuição dos negros e indígenas na alimentação, vestuário,

moradia, plantações, exploração dos minerais, irrigações para formação da sociedade

brasileira e do espaço territorial do Brasil. Assim desmistificar o passado eurocêntrico de

inferiorização dos povos citados.

XVI – PROPOSTA DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

No decorrer do ano letivo a Avaliação Institucional dar-se-á a partir de

instrumentos elaborados pela SEED os quais permitem a manifestação das escolas como

um todo, considerando a interferência de Órgãos Colegiados de Gestão , Profissionais da

Educação, Condições Físicas e Materiais , Prática Pedagógica, Ambiente Educativo,

Acompanhamento e Avaliação do Desenvolvimento Educacional.

Este instrumento de Avaliação Institucional é feito por etapas e tem como

objetivo avançar cada vez mais na construção da qualidade de ensino público paranaense.

XVII – PROPOSTA DE INCLUSÃO EDUCACIONAL

A Educação Especial tem como finalidade assegurar educação de qualidade a

todos os alunos com necessidades educacionais especiais, em todas as etapas da Educação

Básica, oferecendo apoio, complementação, suplementação e/ou substituição dos

serviços educacionais regulares.

XVIII – PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA A Formação Continuada dos Profissionais da Rede Estadual da Educação

Básica do Estado do Paraná será proporcionada mediante a realização do Programa de

Desenvolvimento Educacional (PDE, GTR, Proinfo, Pro funcionário, Disseminadores em

Educação Fiscal, Manipulação de alimentos, Conectados 2.0, Seminário e Simpósio) e do

Programa de Capacitação/Formação em Ação, visando contribuir com o desenvolvimento

da autonomia intelectual dos profissionais da Educação e melhoria da qualidade de

Ensino, no princípio da ação –reflexão – ação e compreende aperfeiçoamento e

atualização, sendo também utilizado para tanto a hora atividade.

40

O programa de capacitação será proporcionado aos profissionais da Educação

que estiverem em efetivo exercício, sendo-lhe facultada a participação, podendo ser

desenvolvido na forma presencial e ou à distância, visando uma educação de qualidade.

Está ao dispor do professor paranaense as tecnologias educacionais que permitem

produzir acessar e compartilhar conteúdos em diferentes mídias, sendo de grande valia a

TV Paulo Freire, o portal Dia a Dia Educação, a TV Multimídia, e outros tantos meios.

Os grupos de Estudos obedecerão a um cronograma pré-definido contendo

carga horária e temas a serem trabalhados.

Espera-se que o profissional de educação engajado na formação continuada,

possa obter conforme já prevista, o plano de carreira como valorização da profissão.

XIX – PROPOSTA DE AVALIÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO O projeto político pedagógico precisa ser atualizado constantemente, e para isso,

no ano letivo escolar, durante as capacitações pedagógicas tanto no primeiro como no

segundo semestre, o PPP é lido, analisado e modificado (quando necessário) com o

coletivo dos profissionais da educação.

Vale ressaltar, que ele é um documento importantíssimo, pois nele é especificado

todo o caminhar da escola durante o ano letivo.

XX – PROPOSTA PEDAGOGICA DA COMPLEMENTAÇÃO DE

CARGA HORÁRIA Durante o ano letivo acontecem alguns eventos nos quais os alunos podem

participar a exemplo dos Jogos Escolares Internos, Festa Junina interna que a Escola

promove com a participação de todos. Em alguns casos, há também a necessidade de

complementação de carga horária em forma de módulos. O CEEBJA – Valdir Fernandes

de Guaíra, além da educação ofertada para Jovens e Adultos prima por desenvolver com

seus educandos a cidadania, a autonomia, o espírito crítico e participativo, bem como suas

potencialidades. Para tanto, aliado ao currículo, faz uso de vários projetos no decorrer do

ano letivo, dentre eles: Semana do Conhecimento, Alimentação Saudável, Saúde Aberta,

Mostra Cultural; Libras na Escola, Qualidade de Vida, Meio Ambiente; Palestras

Temáticas; Olimpíadas de Matemática, Atividades extracurriculares, Consciência Negra

e Brigada Escolar.

Além destes projetos, a escola investe na valorização da comunidade escolar, usando das

datas comemorativas para promover a integração entre todos.

41

É de suma importância ressaltar que o CEEBJA possui em localidades distantes as

APED’S (Ações Pedagógicas Descentralizadas) garantindo assim, aos lugares de difícil

acesso, o direito à educação. Faz-se ainda parceria com outros seguimentos da sociedade.

Segue clendário escolar abaixo:

42

XXI – ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

Este estabelecimento escolar, em consonância com as orientações da SEED,

oportunizará o estágio não obrigatório como atividade opcional, desenvolvido no

ambiente de trabalho conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008.

Para o estágio não obrigatório é exigida a idade mínima de 16 anos.

O estágio não obrigatório não interfere na aprovação ou na reprovação do aluno e

não é computado como componente curricular.

A duração do estágio não obrigatório, contratado com a mesma instituição

concedente, não poderá exceder 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário com

deficiência.

O estágio será desenvolvido com a mediação de professor especificamente

designado para essa função, o qual será responsável pelo acompanhamento e avaliação

das atividades.

A jornada de estágio não ultrapassará 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas

semanais para alunos do Ensino Fundamental – Fase II e 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta)

horas semanais, para alunos do Ensino Médio.

XXII – PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

DIMENSÃO: FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA (PROFESSORES E AGENTES I E II)

REFLEXÂO DESAFIOS PÚBLICO

ALVO

AÇÕES

(O QUE

FAZER)

CRONOGRAMA

-(QUANDO

FAZER)

RESPONSÁVEL

Todos os

profissionais da

escola

participam da

Semana

Pedagógica?

Professores e

agentes I e II

Todos Incentivar a

participação

de todos

Duas vezes ao

ano: 1º e 2º

semestre

Direção e equipe

pedagógica

Todos os

profissionais da

escola

participam da

Formação em

Ação?

Professores e

agentes I e II Todos

Promover

mais

encontros para

reflexão com

especialistas

Estabelecidos pela

Seed Seed e Nre

A hora atividade

é utilizada para

cumprir seus

objetivos,

segundo a

legislação?

Organização de

horários e

disponibilidade

de tempo

Professores

Definir

momentos

para troca de

experiências

Ano letivo

Direção,

professores e

equipe

pedagógica

Há equipe

multidisciplinar

é atuante na

escola?

Disponibilidade

de horários dos

envolvidos

Toda a

comunidade

escolar

Promover

oficinas e

exposição dos

trabalhos

durante o ano

Ano letivo

Professores,

equipe

multidisciplinar e

agentes I e II

43

Os estudos de

Formação do

professor PDE

revertem em

ações relevantes

para a escola?

Número

reduzido de

professores com

formação

Professores

Continuidade

nos estudos

dos docentes e

discentes

Ano letivo Comunidade

escolar

Os materiais

disponíveis no

portal da SEED

são utilizados na

formação dos

professores?

Ter autonomia

de decisão dos

conteúdos a

serem

trabalhados

Professores

Encontros

para decidir os

conteúdos a

serem

trabalhados

Ano letivo

Direção, equipe

pedagógica e

professores

A formação do

professor

especialista em

Educação

Especial ocorre

de forma

colaborativa

com os

professores das

disciplinas?

Disponibilidade

de tempo entre

professor da

disciplina e

professor

especialista

Professor

especialista e

professor da

disciplina

Promover

maior número

de encontros

entre

professores da

disciplina e

professor

especialista

Ano letivo

Professor da

disciplina e

professor

especialista

Outros

DIMENSÃO: AVALIAÇÃO

Reflexão DESAFIOS PÚBLICO

ALVO

Ações a serem

realizadas CRONOGRAMA RESPONSÁVEL

É realizado o

acompanhamento

periódico e

contínuo do

processo de

aprendizagem dos

alunos e

promovida a

recuperação

concomitante, se

necessária, pelos

docentes?

Atividades

motivadoras Alunos

Palestras e

dinâmicas em

sala

Durante o ano

letivo

Direção, equipe

pedagógica,

professores e

funcionários

diversificação

dos instrumentos

de avaliação dos

alunos,

considerando as

especificidades e

metodologias

utilizadas pelos

docentes?

Tempo

reduzido do

aluno para se

dedicar aos

estudos

Alunos

Considerar todas

as atividades

desenvolvidas

no ambiente da

escola

Durante o período

de duração da

disciplina

Professor e

equipe

pedagógica

São utilizados os

indicadores

oficiais de

avaliação das

escolas e redes

de ensino para

(re)planejamento

da prática

pedagógica?

Superar as

dificuldades

de

aprendizagem

do aluno

Alunos do

ensino

fundamental

e médio

Trabalhar no

período da

disciplina

conteúdos

contextualizados

Durante o ano

letivo

Direção, equipe

pedagógica e

professores

Há formas de

avaliação da

atuação dos

profissionais da

escola?

A rotatividade

dos

profissionais

da educação

Direção e

equipe

pedagógica e

professores

Observar a

aprendizagem e

satisfação do

aluno

Durante o ano

letivo

Equipe

pedagógica e

direção

44

Há inserção dos

alunos no mundo

do trabalho? (para

os colégios com

Educação

profissional)

Incentivar a

permanência e

a conclusão

dos estudos

Todos

A importância

da qualificação

profissional

Durante o ano

letivo Todos

DIMENSÃO: AMBIENTE EDUCATIVO

REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO

ALVO

AÇÕES A

SEREM

REALIZADAS

CRONOGRA

MA

RESPONSÁV

EL

O ambiente da

escola é

cooperativo e

solidário?

Participação e

envolvimento da

comunidade

escolar

Comunida

de escolar

Desenvolvimen

to dos projetos

e campanhas,

palestras, rádio

escola e

trabalhar

envolvendo as

disciplinas

Ano letivo

Direção, equipe

pedagógica e

professores

comprometimen

to entre

professores,

alunos e pais?

Pouco

envolvimento dos

pais dos alunos

menores.

Permanência do

aluno na escola e

incompatibilidade

de horário

Toda

comunidad

e escolar

Diálogo entre

as partes e

eventos

significativos

com a

participação da

comunidade

Sempre que

necessário e

datas

importantes

Toda

comunidade

escolar

Há respeito

entre todos na

escola?

Falta de ética por

alguns

professores;

Conflito entre

faixa

etária/conhecime

nto

Toda

comunidad

e escolar

Diálogo,

informação e

orientação

Quando houver

necessidade

Toda

comunidade

escolar

discriminação

ou preconceito

evidenciado na

escola?

Relacionamento

Conflito

Toda

comunidad

e escolar

Orientação,

diálogo e

equipe

multidisciplinar

Quando houver

necessidade

Toda

comunidade

escolar

A disciplina

existente no

espaço escolar

permite a

atenção

necessária aos

processo de

ensino e

aprendizagem?

Adaptação dos

alunos que vêm

do regular;

Crianças: filhos

dos alunos

Alunos

Trabalho de

conscientização

e aceitação;

remanejamento

para o

individual dos

alunos com

dificuldade de

aprendizagem

ou disciplina

Durante o ano

Professor e

equipe

pedagógica

DIMENSÃO: ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA

Reflexão Desafios Público Alvo Ações a Serem

Realizadas

Cronograma Responsável

Há abandono da

escola pelos

alunos? O

documento

Caderno do

Programa

Combate ao

Abandono

Escolar é

conhecido suas

Manter alunos

motivados a

virem à escola

Todos os

alunos

Dinâmicas em

sala de aula;

resgatar o aluno

desistente

Levantamentos

constantes

Professores e

equipe

pedagógica

45

orientações e

são efetivadas?

Há formas de

acolhimento e de

recuperação de

conteúdos para

os alunos que

retornam do

abandono?

Manter os

alunos

Alunos que

retornaram

Elevar a

autoestima e

valorizar o ato

do retorno

Durante o tempo

da disciplina Professores

A escola tem

formas de

atender aos

alunos com

defasagem de

aprendizagem?

Adaptar a

metodologia de

acordo com a

necessidade de

cada aluno

Aluno Atendimento no

individual Ano letivo

Professores e

equipe

pedagógica

A escola com

educação

profissional

possui parcerias

para estágios?

A escola propõe

formas de

melhorar a

qualidade de

ensino e a taxa

de aprovação?

Evitar a evasão

e desmotivação Alunos

Relacionar

teorias e práticas

reconhecendo os

conhecimentos

prévios dos

alunos

Ano letivo Professores

Outros

DIMENSÃO: PRÁTICA PEDAGÓGICA

Reflexão Desafios Público Alvo Ações a serem

realizadas Cronograma Responsável

A Proposta

pedagógica

curricular (PPC) é

definida e

conhecida por

todos?

Fazer com que

todos tenham

conhecimento

Funcionários

da educação Estudo do PPC Ano letivo

Funcionários

da educação

Os docentes

elaboram e

cumprem o que

está previsto no

PTD?

Falta de

material

didático

específico para

o Ensino

Médio- EJA

(coletivo -

individual)

Seed X

professores

para a análise

do material

Entregar material

didático a cada 3

anos, os quais

foram analisados

anteriormente

Início do ano

letivo Seed

contextualização

dos conteúdos

disciplinares?

Material para o

ensino médio

precisa ser

selecionado

para a EJA(

coletivo e

individual)

Seed X

professores

para a análise

do material

Reivindicar para a

Seed um material

de qualidade

específico para a

EJA( Ensino

Médio)

Início do ano

letivo Seed

Há variedades de

estratégias e

recursos de ensino-

aprendizagem

utilizados pelos

docentes?

Atendimento do

aluno de forma

diferenciada e

uso de

tecnologias

digitais.

Equipe

pedagógica,

professores e

alunos com

suas

diversidades.

Realizar avaliação

diagnóstica e

entrevista prévia

com o aluno com

a equipe

pedagógica e

sondagem pelo

professor. Utilizar

pedagogicamente

aparelhos

celulares e

laboratório móvel,

Durante o ano

letivo

Equipe

pedagógica e

professores

46

visando

aprendizagem

significativa.

Há atendimento

Educacional

Especializado/AEE

Há falta de

formação

específica do

professor para

trabalhar essas

diferenças

Professores

interpretes e

alunos

Promover cursos

preparatórios

específicos para

as diversas

dificuldades

especiais

Ano letivo

Seed X

funcionários

da educação

As questões socio-

educacionais são

consideradas nas

práticas

pedagógicas?

Ter um material

didático

pedagógico

adequado para

atender as

necessidades

especiais dos

educandos

Alunos e

professores

Buscar

informação:

Avaliação

diagnóstica e

aquisição de

material

específico

Ano letivo

Seed e

profissionais

da educação

Há um

planejamento da

equipe pedagógica

acerca da conclusão

do nível de ensino

para o estudante da

EJA?

Conscientizar o

educando de

que a carga

horária da

disciplina e

conteúdo são

concomitantes

para a

conclusão.

Alunos Diálogos

constantes.

Quando

houver

necessidade

Professor e

equipe

pedagógica

Como a escola

trabalha o processo

de envelhecimento?

Cumprir a lei

federal n.0:

10.741/2003

Comunidade

escolar

Trabalhar o tema

proposto na lei em

todas as

disciplinas

curriculares.

Ano letivo

com ênfase no

dia 1.0 de

outubro.

Comunidade

escolar

Outros

DIMENSÃO: GESTÃO DEMOCRÁTICA

Reflexão Desafios Público Alvo Ações a serem

realizadas

Cronograma Responsável

As informações

pertinentes à

escola são

disponibilizadas

a toda a

comunidade

escolar?

Atingir todos

integrantes da

escola

Comunidade

escolar

Expor

documentações

em mural;

página da

escola.

Ano letivo Direção,

equipe

pedagógica e

agentes II

Há participação

atuante das

Instâncias

Colegiadas na

escola?

Fazer com que

tenham mais

envolvimento

Gestores e

conselheiros

Repassar

informações dos

recursos

financeiros

Durante o ano

letivo

Equipe

pedagógica,

conselheiros e

comunidade

escolar

Estudantes, pais,

mães ou

responsáveis

legais participam

ativamente da

escola?

Fazer com que

participem

ativamente da

escola

Comunidade

escolar

Promover

atividades

diferenciadas e

atrativas

Ano letivo

Direção, equipe

pedagógica e

professores

A comunidade

escolar participa

da definição da

utilização dos

recursos

financeiros

destinados á

escola?

Atingir a

comunidade no

envolvimento

na destinação

dos recursos

financeiros

Comunidade

escolar

Promover

reuniões para

discutir a

aplicação dos

recursos

recebidos.

Exposição das

decisões tomadas

Ano letivo

Direção, e toda

a comunidade

escolar.

Outros

47

XXIII – PROGRAMAS / PROJETOS / ATIVIDADES

BRIGADA ESCOLAR

Devido a vários acontecimentos envolvendo tragédias relacionadas a incêndios

em lugares públicos, o governo do Estado do Paraná em parceria com as Escolas

Estaduais e o Corpo de Bombeiros resolveu implantar nas Escolas as Brigadas Escolares,

visando controlar princípios de incêndios, intempéries da natureza e primeiros socorros

em casos de acidentes com alunos e funcionários. Os brigadistas escolares são pessoas

que trabalham nas instituições de ensino. Um dos principais requisitos para que tudo

funcione dentro da normalidade é o treinamento que deve ser feito semestralmente com

os alunos e profissionais da educação para a prevenção. Durante o treinamento os alunos

deverão abandonar seus ambientes em fila indiana orientados pelos brigadistas escolares

e seguirão para um ponto de encontro onde ficarão seguros, esse procedimento é

realizado como uma prévia pela Brigada Escolar simulando o que deve ser feito

aguardando a chegada dos Bombeiros em caso de pane real.

CONECTADOS 2.0

É um projeto de formação continuada no qual a escola é participante, tem por objetivo

favorecer e ampliar a discussão e o uso de tecnologias educacionais, bem como debate e

reflexão com ênfase à temática de “Educação na Cultura Digital”, abordando o conceito

de cultura digital e suas relações com a escola, o currículo e a sociedade.

As tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) estão cada vez mais

presentes no dia a dia, influenciando nossos hábitos e modificando as formas como

obtemos informações, aprendemos, trabalhamos, nos divertimos, comunicamos e nos

relacionamos nos mais diferentes contextos e atividades. Portanto a escola deve estar

inserida neste meio e o projeto sendo utilizado em todas as disciplinas curriculares.

48

XXIV – ATA DE APROVAÇÃO DO PPP PELO CONSELHO

ESCOLAR

49

XXV – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96.

http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/leis/L9394.htm em 14/09/2015

Bobbio, Norberto. Igualdade e Liberdade. Rio de Janeiro.

http://www.ambito-

juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10672 em

14/09/2015

Proposta Curricular para o II segmento (EJA)

http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/eja_livro_01.pdf em 14/09/2015

Saviani, 2005 – Pedagogia Histórico Crítica.

https://books.google.com.br/books?id=xyBVM4Zz3rYC&printsec=frontcover&dq=Sav

iani,+2005+Pedagogia+Hist%C3%B3rico+Cr%C3%ADtica&hl=pt-

BR&sa=X&ved=0CBwQ6AEwAGoVChMIqpXw05P3xwIVg36QCh1tnwQn em

14/09/2015

Gasparin – Uma didática para a pedagogia Histórico Crítica.

https://books.google.com.br/books?id=Me1Kwam0spYC&printsec=frontcover&dq=Ga

sparin+%E2%80%93+Uma+did%C3%A1tica+para+a+pedagogia+Hist%C3%B3rico+

Cr%C3%ADtica&hl=pt-

BR&sa=X&ved=0CBwQ6AEwAGoVChMI7pmt3JT3xwIVwhyQCh1YUQtG em

14/09/2015

ECA – Lei Nº 8.069, de 13 de de julho de 1990.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm em 14/09/2015

História do Paraná (Lei n. 13381/01)

http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes%202012%20sued%20seed/inst

rucao0132012.pdf em 14/09/2015

História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena (Lei n. 11645/08)

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm em

14/09/2015

Música (Lei n. 11769/2008)

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11769.htm em

14/09/2015

Educação Ambiental (L.F. n. 9795/99, Dec. 4201/02)

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9795.htm em 14/09/2015

Educação Tributária (Dec. 1143/99, Portaria 413/02)

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=2

7597 em 14/09/2015

Revista Gestão em Rede nº 51, março de 2004.

CARVALHO, 2001

http://periodicoscientificos.ufmt.br/index.php/educacaopublica/issue/view/91 em

14/09/2015

50

XXVI – PROJETOS EM ANEXO

PROJETO: III SEMANA DO CONHECIMENTO

JUSTIFICATIVA:

Na semana pedagógica realizada no início do ano letivo 2018, verificou-se a necessidade

de trazer informações atuais e de interesse geral à atenção dos alunos e da comunidade.

Numa tentativa de envolvê-los, propõe-se que nesta “Semana” especial, além de os

professores e funcionários criarem as denominadas “Oficinas do Conhecimento”, os

alunos serão convidados a dividirem suas experiências extraescolares conosco. Também

será realizada uma feira, onde profissionais da educação deste Estabelecimento de Ensino

e comunidade farão doações “desapego” as quais serão vendidas e o dinheiro arrecadado

será revertido em benefícios dos próprios alunos. A semana será finalizada com uma festa

junina e jogos de vôlei e futsal.

META: Interação e socialização de equipe escolar, alunos e comunidade.

ESTRATEGIA:

Realizar a “III Semana do Conhecimento” nas dependências da escola, a fim de envolver

e valorizar os alunos numa troca de experiências, conhecimentos diversos e

confraternização entre profissionais da educação, alunos e familiares.

METODOLOGIA:

A equipe escolar, alunos e comunidade ofertarão “ Oficinas do Conhecimento” Sobre

assuntos diversos dentro das mais variadas disciplinas, cada pessoa ou grupo de pessoas

serão responsáveis por produzir e executar suas oficinas. A escola poderá fornecer (ou

não) os materiais solicitados. No último dia acontecerá a final dos jogos e a festa junina,

cuja comilança será totalmente gratuita para os alunos professores e funcionários pois, os

mesmos contribuíram antecipadamente com os produtos e a própria escola se

responsabiliza com os doces, salgados e refrigerantes. Quanto aos familiares, pagarão

somente R$ 5,00 na entrada, festejarão tanto quanto os demais.

51

Coordenação e Organização:

Professora Maria Domingas Nunes Pereira (Ed. Física)

Professora Daiane Neves de Souza ( Ed. Física)

Jair Aparecido Gomes Neves (Coordenador APEDs)

Rosiclei Veridiano de Oliveira (Pedagoga)

Marcia Valeria A. dos Santos ( Pedagoga)

Viro Miguel Altenhofen (Diretor)

Professora Sirlei Dahn

Professores e Funcionários

PROJETO: III Jogos Escolares Internos do CEEBJA - Guaíra

JUSTIFICATIVA:

O esporte busca desenvolver as capacidades técnicas e táticas, e o participante

desenvolve suas capacidades cognitivas de percepção, antecipação e tomada de decisões.

A aprendizagem psicomotora é a base do processo de formação e através de

movimentos básicos como correr, saltar e rolar vai desenvolver-se de modo que aprenda

a fazer os gestos técnicos. O equilíbrio, o ritmo, coordenação e noções de espaço e tempo

são primordiais para o aprendizado técnico individual do atleta.

OBJETIVOS:

Propiciar momento de lazer e entretenimento à comunidade escolar;

Promover a interação e socialização dos alunos da SEDE e das APED’s, professores,

funcionários e familiares;

Estimular a prática esportiva, bem como valores positivos como o “fair play”;

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Serão realizados jogos de futsal e voleibol em estilo torneio, com equipes

previamente formadas exclusivamente com alunos da SEDE e APEDs, professores e

funcionários do CEEBJA de Guaíra- PR. Serão organizadas torcidas para as equipes com

a participação também de familiares tanto dos educandos como dos profissionais de

educação. A torcida mais organizada e animada será premiada.

Nos torneios de futsal e voleibol haverá premiação para os 1º e 2º lugares.

52

RECURSOS:

Bolas;

Redes;

Medalhas;

Quadra poliesportiva (Compartilhada com o Colégio Estadual Presidente Roosevelt).

Coordenação e Organização:

Professora Maria Domingas Nunes Pereira (Ed. Física)

Professor Daiane Neves de Souza ( Ed. Física)

Jair Aparecido Gomes Neves (Coordenador APEDs)

Rosiclei Veridiano de Oliveira (Pedagoga)

Marcia Valeria A. dos Santos ( Pedagoga)

Viro Miguel Altenhofen (Diretor)

Professores e Funcionários

PROGRAMA BRIGADA ESCOLAR

JUSTIFICATIVA:

A partir do decreto 4837 de 04 de junho de 2012, que prevê que todo

estabelecimento de ensino do estado do Paraná deverá contar com o Programa de Brigada

Escolar, faz-se necessário a implantação do mesmo.

O programa irá capacitar alunos e servidores para desenvolverem ações de

enfrentamento a emergências e desastres, naturais ou provocados pelo homem, que

comprometam a segurança da comunidade escolar.

Percebe-se que o ser humano somente se preocupa com a prevenção após ter

vivenciado uma situação de risco ou crise. Com a implantação da Brigada Escolar

esperamos poder antever situações perigosas, e preparar toda comunidade escolar para

lidar com elas, evitando assim danos maiores.

53

OBJETIVO GERAL

Promover a conscientização da comunidade escolar do CEEBJA sobre o enfrentamento

a eventos danosos, situações emergenciais no interior da escola, garantindo a segurança

de todos e que todos saibam como agir nessas situações.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Construção de uma cultura de prevenção dentro do ambiente escolar.

- Proporcionar aos alunos da escola condições para o enfrentamento de situações

emergenciais na escola.

- promover adequações necessárias do ambiente escolar, para atender as recomendações

legais nas vistorias do corpo de Bombeiros.

- Preparar profissionais da escola para a execução de ações de defesa civil, prevenção de

riscos e desastres e preparação para o socorro, combate a princípios de incêndio.

- Articular os trabalhos entre os integrantes da defesa civil estadual, do corpo de

bombeiros, da polícia militar e dos núcleos de educação.

- Adequar as edificações escolares estaduais às normas mais recentes de prevenção contra

incêndio e pânico, do corpo de bombeiros para a prevenção da vida dos ocupantes desses

locais.

ESTRATÉGIAS

Através da elaboração do Plano de Abandono e sua execução em forma de treinamentos

que serão dois ao longo do ano letivo, estaremos preparando toda a comunidade escolar

a reagir com mais segurança em situações de pânico, preservando a integridade física dos

mesmos.

54

ATIVIDADES PERMANENTES

- Encontros mensais dos brigadistas para discutir as problemáticas sobre o plano de

abandono.

- Execução do plano de abandono nos dias.

07/06/2018 1º Semestre

18/08/2018 2º Semestre

Nomes de alguns Brigadistas do Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e

Adultos – CEEBJA Valdir Fernandes.

Daniele Bachi Rocha – Professora

Carmem Lucia Nuhues – Agente II

Aparecida Jangarelli – Agente I

Ernesto Antony Durcks – Agente I

Lenira Giroldo Assunção – Professora

Viro Miguel Altenhofen - Diretor

Rosiclei Veridiano de Oliveira – Pedagoga

Vilma Fiorotti – Professora

Alexandro Cleiton dos Reis – Pedagogo

Marcos Opércio Pereira Campos

Arlene oliveira dos Santos L. de Carvalho

Isabel de Fátima Ferreira Vieira

55

PROJETO LIBRAS NA ESCOLA

JUSTIFICATIVA: Este projeto de Libras proporciona o aprendizado desta língua a fim

de melhorar a comunicação entre professores, alunos e comunidade.

A inclusão é um desafio e ao ser enfrentado provoca melhorias, pois faz com que a

escola aprimore suas práticas e neste Estabelecimento de Ensino há alunos surdos

inseridos e para tanto a escola conta com professoras intérpretes de Libras/Língua

Brasileira de sinais).

OBJETIVOS:

Possibilitar aos participantes o conhecimento da Libras (Língua Brasileira de Sinais) e

fazer uso da Libras para se comunicarem com os alunos surdos inseridos na escola.

Valorizar a importância de um convívio harmonioso entre todos.

Integrar escola e comunidade.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS O projeto Libras na Escola fundamenta-se na articulação das áreas de conhecimento

e prática. Visa conhecer a Libras; isto é, o básico: alfabeto, números, saudações,

identificação pessoal, meses, dias da semana, material escolar, alguns adjetivos e realizar

56

atividades simples. Pretende-se assistir vídeos relacionados aos conteúdos para melhor

fixação.

Importante destacar que este projeto será realizado durante o ano letivo.

Recursos:

Xerox;

Notebook;

Data show;

Internet;

Vídeos;

COORDENAÇÃO E ORGANIZAÇÃO

- Direção e equipe pedagógica da escola;

Execução: Professora de Libras do CEEBJA- Valdir Fernandes.

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR - 2018

IDENTIFICAÇÃO

Estabelecimento de Ensino: CEEBJA- Valdir Fernandes

Município: Guaíra.

NRE: Toledo

Equipe Multidisciplinar: Rosiclei Veridiano de Oliveira, Carmem Lucia Nuhues, Maria

José de Rezende, Daiane Neves de Souza, Viro Miguel Altenhofen, Helena Diniz Meira

Batista, Aparecida Jiangarelli, Antonia Mendes, Ernesto Antony Durcks, Fernanda

Mesquita Santiago, Isabel de Fátima Ferreira Vieira, Jacson Rodrigo Morais de Souza,

Laura Maria da Silva, Luciana Mitiko Hayashida, Maria Luiza Boveda Alongo dos Santo,

Marinete Anselmo, Rogerio de Oliveira, Rosemeire Aparecida dos Santos Rodrigues,

Sirlei Dahm, Vanilza Alves dos Reis de Oliveira.

INTRODUÇÃO

O terceiro milênio acena para as minorias com uma possibilidade de serem

ouvidas nos seus anseios de transformações sociais. Para a formalização desses desejos

há necessidade de políticas públicas pautadas no respeito e resgate da história dos

excluídos e marginalizados desse processo de formação cultural, territorial e social do

Brasil.

57

Este estudo subsidia-nos teórico-metodologicamente sobre o ensino a respeito de

conteúdos programáticos previstos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -

que torna obrigatório o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Indígena - e que

também, a partir do ano de 2007 em todas as disciplinas do currículo, nos

estabelecimentos de ensino Fundamental e Médio, oficiais e particulares , bem como

contribuir para a implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação

das Relações Étnico Raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana e indígena.

Para tanto, é necessário à reflexão coletiva da direção, equipe pedagógica,

professores, alunos, pais e funcionários para que a escola seja um espaço integrador, onde

as diferenças não sejam apagadas ou solapadas, mas reconhecidas. Dessa forma, trabalhar

com a Educação das Relações étnico-raciais significa romper com um modelo de

conhecimento eurocêntrico. Significa valorizar o conhecimento dos povos africanos e

indígenas. O processo de luta dos africanos e indígenas pela liberdade deve propagar-se

no espaço escolar, como uma forma de ressignificar a representação do negro e indígena

dentro da sociedade brasileira.

JUSTIFICATIVA

A questão racial impõe certo temor para os professores, pois o que aprendeu

durante sua formação escolar “é o negro e indígena como sendo povos inferiores”. Nesse

momento é a oportunidade de desvendar o outro lado da história, trabalhar a

desconstrução desses estereótipos e preconceitos atribuídos a eles e reconhecer, valorizar

a contribuição desses povos na formação da sociedade brasileira.

Falar o menos possível sobre o assunto faz com que se acredite que nas salas de

aula exista uma população homogênea. Porém, esta não é a solução, pois o (a) jovem,

adulto e o idoso, negro/a e indígena está ali presente e sofre com a indiferença. Para

reverter à dívida histórica evidenciada nas situações de exclusão e invisibilidade às quais

as pessoas negras e indígenas foram remetidas, os jovens, adultos e idosos negros

precisam perceber que todos os reconhecem como negros e negras e indígenas, para que

as mesmas possam se projetar numa imagem positiva e perceber suas possibilidades de

ascensão social bem como a trajetória bem sucedida desses povos.

Ao interpretar as desigualdades raciais em prejuízo para a população negra e

indígena estudantil brasileira, percebe-se a importância da Lei 10.639/03 de 09 de

58

fevereiro de 2003 e a Lei 11.645/08 que inclui no Currículo oficial da Rede de ensino a

obrigatoriedade da temática: Relações Étnico- raciais e História e Cultura Afro-brasileira

e Africana e indígena.

Assim, faz-se necessário e relevante o estudo de temas decorrentes da história e

cultura afro-brasileira-brasileira, não se restringindo apenas à população negra e indígena,

mas também a todos os brasileiros, pois todos devem ser educados como cidadãos

atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma

nação democrática.

Ao planejarmos o trabalho das relações étnico-raciais, propomos ao nosso

educando, estudos e debates sobre preconceito, discriminação social, cultural, religiosa e

racial que ainda assola a sociedade mundial bem como a sociedade brasileira. Uma

releitura (novo olhar) da contribuição dos povos negros e indígenas na construção do

espaço territorial, social e cultural brasileiro; o fortalecimento e disseminação das leis

10.639/03 e 11.645/08 numa visão crítica sobre a temática do ensino de história e cultura

afro-brasileira, africana e indígena. Educando estes que pertencem às classes operárias,

que são da zona rural, trabalhadores: rurais temporários, da pesca, da indústria, informais,

da comunidade quilombola, das aldeias indígenas, do trabalho na Cidade Del Guairá no

Paraguai como vendedores, das donas de casa, jovens de 15 anos ou mais, jovens com

medidas sócio educativas, populações bilíngues fronteiriças, aposentados, idosos.

Assim, ao levarmos para salas de aula questões pontuais sobre a contribuição dos

povos negros e indígenas para a formação da sociedade e construção do espaço territorial

brasileiro, consigamos uma motivação dos nossos educandos em termos de permanência

no estabelecimento de ensino público, este constituído de jovens, adultos e idosos com

diferentes históricos de discriminação e exclusão. As abordagens devem perpassar por

todas as áreas do conhecimento, pela importância de reparar as desigualdades e distorções

históricas registradas nos livros didáticos, jornais, revistas, televisão, no ambiente escolar,

etc. que resultaram na criação de estereótipos que perduram até os tempos atuais.

A identidade e, logo, o sentimento de pertença está relacionado às memórias de

nosso passado. Sendo assim, o estudo da Educação das Relações Étnico- Raciais cumpre

um papel de fundamental importância na memória coletiva e individual de nossos alunos,

sobretudo, alunos afrodescendentes e indígenas cujo objetivo é o reconhecimento como

sujeitos da história, e com base nesse contexto sejam capazes de se auto afirmarem

cultural e etnicamente e de viver numa sociedade plural.

59

CONTEÚDOS: Relações étnico raciais, discriminação, preconceito, sociedade, leis.

Este trabalho pretende mostrar como a prática docente pode ser instrumento

mediador diante da problemática de incluir o negro, indígena, ciganos e outros grupos

excluídos no processo sócio político cultural, resgatando sua história e, por conseguinte,

sua valorização humana. O papel da Escola e do nosso projeto é o de compreender e

interpretar: os modos pelos quais homens, mulheres e crianças se educam na totalidade

da vivência que os constituem: nos espaços do instituído e não instituído, da ordem e da

desordem da cultura material e do imaterial, ou seja, da sua totalidade, valorizando

sempre a cultura local.

METODOLOGIA E ESTRATÉGIAS

A cada educador, em sua área de conhecimento, caberá pensar sempre a sala de

aula, nos quais desenvolverá trabalhos relacionados às questões étnico-raciais.

Poderá ser desenvolvido em etapas, o conteúdo a seguir:

Bonecas negras/personalidades negras/anciãos;

Contos e lendas africanas, indígenas, estrangeiras que versem a cultura brasileira e os

povos que nela constituíram-se.

Leitura e análise de textos infantis, percebendo os estereótipos ou a ausência do negro

e/ou indígena na literatura brasileira: Monteiro Lobato, Lendas e Contos Infantis; obras

estrangeiras relacionadas a outras culturas (alemão/japonês/árabes...), para que se

percebam os aspectos da miscigenação/preconceito/discriminação raciais entre os povos.

Os saberes da comunidade: tecnologia, religião, festas, danças, artesanato, culinária,

geografia, história...

PENSANDO NA SALA DE AULA

LÍNGUA PORTUGUESA

Ler e analisar textos, localizando visões estereotipadas sobre os diferentes grupos

étnico-raciais;

60

Estudar peculiaridades das línguas, identificando a influência de diferentes

matrizes linguísticas africanas, indígenas, francesa, americana, árabe, na língua

portuguesa escrita e falada no Brasil;

Redigir textos a partir da análise de dados sobre relações raciais e desigualdades,

preferencialmente após debate; Trabalhar com diferentes gêneros de texto que abordem

o tema das relações raciais ou do escravismo africano e indígena. Comparar textos

literários com textos históricos. A partir da discussão produzir textos como: histórias em

quadrinhos, charges.

Pesquisar as personalidades negras nas mais diversas áreas, criando cartazes de

André Rebouças, Aleijadinho, Abdias do Nascimento, Chica da Silva, Cruz e Souza,

Dandara, João Cândido, Lélia Gonzales, Luiza Mahin, Luiz Gama, Mário de Andrade,

Mestre Bimba, Mestre Didi, Mestre Pastinha, Milton Santos, Rainha Nzinga, Zumbi.

Pesquisar a história da comunidade procurando entrevistar os idosos,

reconhecendo a ancestralidade, dando significado e importância à oralidade, tão presente

na cultura africana, indígena, árabe, japonesa, e outras que se fizerem presentes na região.

Criar um gibi a partir das histórias coletadas (trabalhar em conjunto com Artes).

Apresentar à comunidade.

ARTE

Pesquisar e confeccionar objetos de ornamentos corporais, artesanato e

instrumentos musicais de origem africana e presentes na comunidade.

Pesquisar e organizar a confecção de instrumentos musicais utilizados no Brasil e

que têm origem africana: abê, adjá, adufe, caxixi, chocalho, cuíca, curimbó, ganzá, Ijexá,

maracá, rabeca, rumpi, zabumba. Pesquisar os instrumentos musicais e seus significados

para os indígenas brasileiros.

Pode-se organizar um festival de danças.

LÍNGUA ESTRANGEIRA

Identificar a imposição da língua estrangeira no processo histórico de colonização

e nos dias atuais, porém que a língua estrangeira também favorece a interação, o

entendimento e a compreensão entre os povos. Traduzir para a língua estudada textos

sobre a cultura, a religião ou sobre as questões sociais.

61

CIÊNCIAS E BIOLOGIA

Focar o olhar para a espécie humana e a riqueza da sua diversidade. No estudo do

corpo pode-se enfatizar a condição humana, os sentimentos, os interesses que favorecem

a ideia equivocada de grupos humanos “inferiores e superiores”. Poderão assistir ao

documentário “A origem do Homem”.

Estudar os conhecimentos medicinais dos povos indígenas e africanos, conhecer

a discussão de direitos de patente, reivindicação;

Poderá também, ser trabalhado os diferentes tipos de cabelo, a melanina que

influencia na cor da pele; as doenças típicas de determinadas etnias; as ervas medicinais

utilizadas pela comunidade. O solo, as precipitações pluviométricas.

QUÍMICA

Corantes naturais que eram utilizados tanto para a pintura corporal quanto para o

artesanato. A energia dos alimentos (termoquímica). Plantas medicinais. Solos, água

utilizada pela comunidade.

GEOGRAFIA

Trabalhar a diversidade geográfica do continente africano, asiático, levando o

aluno a descobrir a variedade de climas, de vegetação, relevo, idiomas, culturas.

A territorialidade para os africanos, indígenas e estrangeiros.

Quilombos como espaço de resistência e produção de cultura.

Trabalhar os diferentes povos africanos e indígenas brasileiros e principalmente,

paranaenses. Além dos meios de orientação; economia de subsistência; projetos de

desenvolvimento econômico; Astronomia; áreas demarcadas; Terras indígenas

(territorialidade). Territorialidade para os africanos. Quilombos como espaço de

resistência e produção de cultura, de construção de identidades; mapas comunidades

quilombolas/rios da região utilizados pelas comunidades.

HISTÓRIA

Trabalhar a história do Brasil a partir do negro e do indígena, destacando sua

importante participação nos vários momentos da nossa história; depois elevar o

62

conhecimento aos estrangeiros que aqui chegaram à segunda leva pós guerra com a

promessa de vida farta.

Enfatizar os quilombos como território criador de identidades;

Trabalhar a história da comunidade. A história do Paraná, do Brasil e da presença

de contribuição do negro na formação da sociedade brasileira.

Poderão assistir aos filmes: Kiriku; Vista minha pele; A origem do homem.

Trabalhar a história dos grandes reinos africanos anteriores ao período das grandes

navegações (Mali, Songai,etc.); a história da civilização egípcia, enfatizando o fato de ser

um povo negro; a história do Brasil anterior à ocupação europeia. E a história do Brasil

a partir do negro e do indígena, destacando sua importante participação nos vários

momentos da nossa história;

MATEMÁTICA

Abordar na Matemática, no âmbito de certas informações representadas – dados

estatísticos e gráficos – os conteúdos acerca dos grupos étnicos e as relações de racismo

no Brasil; trabalhar a geometria apresentada nas esculturas e artesanato em geral

produzido pela sociedade;

FILOSOFIA

Explorar a influência da filosofia africana sobre o pensamento grego; Trabalhar

alguns filósofos africanos, o mito e verdade para os africanos e para os indígenas.

O Etnocídio. Assistir ao documentário: Darci Ribeiro: O Povo Brasileiro.

SOCIOLOGIA

Trabalhar as questões sociais, ressaltando situações da sociedade brasileira como

renda, educação, empregabilidade, questões de gênero e racismo, entre outros.

ENSINO RELIGIOSO

Pensar a influência das religiões de matriz africana na religiosidade brasileira e da

comunidade; Trabalhar os textos sagrados das diversas religiões; o sagrado...

CRONOGRAMA

63

Deverá ser desenvolvido durante o ano letivo, os conteúdos apresentados, para

cada área do conhecimento interligando-as.

OBJETIVOS

Possibilitar uma releitura sobre a história do povo africano e indígena, seus

descendentes bem como sua participação enquanto trabalhadores e construtores de

riqueza material, imaterial, cultural como base da própria identidade brasileira;

Mobilizar o coletivo da escola na realização de ações educativas que favoreçam o

reconhecimento, a valorização e o respeito aos negros e indígenas;

Aprofundar-se nas causas e consequências da dispersão dos africanos pelo mundo e

abordar a história do continente africano;

Enfocar as contribuições dos africanos e indígenas para o desenvolvimento da

humanidade e as figuras ilustres que se destacaram nas lutas em favor do povo

Conduzir, por meio de debates, a reeducação das relações étnico-raciais.

Organizar e discutir a realidade e o conhecimento sobre as populações negras e indígenas

brasileiras.

Reconhecer a existência do racismo e da discriminação no Brasil e a necessidade de

valorização e respeito aos negros e à cultura africana e indígena.

CRONOGRAMA/AÇÕES

A equipe multidisciplinar atuou e atua juntos aos professores da seguinte forma:

Nas semanas pedagógicas do ano letivo, no dia da formação continuada, tem um momento

para estudo e debate sobre as Leis 10.639/03 e 11.645/08 explicando a função e as formas

de aplicabilidade no dia a dia da sala de aula citando exemplos de conteúdos e como estes

devem ser trabalhados. A escola tem um local com materiais disponíveis que servem de

embasamento teórico metodológico para os professores pesquisarem o ensino

aprendizagem sobre a ERER, indicamos sítios, vídeos para auxiliar na realização de ações

educativas. Quando teve os simpósios, seminários e outros eventos que tratavam das

ERER eram indicados um professor ou professora que ainda não tinha participado. Para

estudo no interior da escola, ou seja, o grupo de estudos da EM os professores são

64

convidados, mas devido indisponibilidade de horário, as exigências determinadas pela

SEED não participam.

A EM fica atenta a tudo e a todos os acontecimentos que abordam as questões do

negro e do indígena neste estabelecimento de ensino e intervêm junto ao professor (a)

quando necessário.

A escola desenvolverá no decorrer do ano letivo com base nas orientações, nas

leis e nos textos de aprofundamento teórico de acordo com os objetivos, propostos às

seguintes ações divididas em quatro grandes etapas a seguir:

Primeira etapa: Pesquisa

- Literatura indígena e africana;

- De textos para perceber os estereótipos ou a ausência do negro/a ou do indígena na

literatura brasileira para que se percebam os aspectos da

miscigenação/preconceito/discriminação raciais entre os povos;

- Influência da língua de diferentes matrizes linguísticas africanas, indígenas na língua

portuguesa escrita e falada no Brasil;

- De personalidades negras e indígenas (André Rebouças, Aleijadinho, Abdias do

Nascimento, Chica da Silva, Cruz e Souza, Dandara, João Cândido, Lélia Gonzales, Luiza

Mahin, Luiz Gama, Mário de Andrade, Mestre Bimba, Mestre Didi, Mestre Pastinha,

Milton Santos;

- De objetos ornamentais, instrumentos musicais, artesanato de origem africana e

indígena e seus significados para os negros/as e indígenas (abê, adjá, adufe, caxixi,

chocalho, cuíca, curimbó, ganzá, Ijexá, maracá, rabeca, rumpi, zabumba, arco, fecha,

rede, cestos e outros);

Santos, Rainha Nzinga, Zumbi e outros);

- A história dos grandes reinos africanos anteriores ao período das grandes navegações

(Mali, ioruba, Gana, Songai, Benin, Congo, etc.);

- Dados estatísticos e gráficos de grupos étnicos e as relações de racismo no Brasil;

- Influência das religiões de matriz africana e indígena na religiosidade brasileira;

- Entrevista com pessoas idosas da comunidade reconhecendo a ancestralidade, dando

significado e importância à oralidade, tão presente na cultura africana, indígena

Segunda Etapa: Leitura, compreensão e discussão.

- Desconstrução da ideia equivocada de grupos humanos “inferiores e superiores”

65

- O processo de desterritorialização e reterritorialização dos negros e indígenas, no

continente africano e no Brasil;

- Os Quilombos como espaço de resistência, produção cultural e identidade;

- As terras indígenas e as terras quilombolas demarcadas;

- O negro e o índio no estado do Paraná no contexto atual;

- Visita a uma comunidade Quilombola e a comunidade indígena;

- Exibição de filmes, documentários: (a missão, invictus, as filhas do vento, Kiriku; Vista

minha pele; a origem do homem, um sonho possível, Besouro,Kirikú,Tainá , A negação

do Brasil,Orixás,Negociação e conflito, Domingos Sodré: um sacerdote africano João

José Reis, Visões da liberdade. Sidnei Chalhoub, Documentário de Sérgio Bianch. Mato

eles ; Darci Ribeiro: O Povo Brasileiro e outros);

- A medicina dos povos indígenas e africanos;

- Biótipo do negro e indígena e seus adornos;

- Doenças típicas dessas etnias;

- A história da comunidade local índios e negros (Guaíra).

- Artesanato,

Terceira etapa: Produção

- Textos (relatos orais e escritos), resumos, poesias, parodias;

- Confecção de cartazes, banner, mapas, desenhos, pinturas;

- Elaboração de um dicionário com as principais palavras das línguas: indígena e

afrodescendente;

- Atividades de audição, interpretação e debate de músicas que abordem o tema;

- Representar através de danças a cultura africana e indígena;

- Oficina de vídeos e jogos;

- Leitura e releitura sobre os temas estudados.

Quarta etapa:- Seminário

-A proposta é convidar os componentes da comunidade quilombola para vir a escola para

que todos possam conhecê-los fazer uma roda de conversa com questões pré estabelecidas

e expor todo material produzido;

66

- Proporcionar encontros para reflexão para que o aluno negro e indígena conheça

positivamente, a história de seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a

humanidade;

- Promover eventos/momentos com a participação de entidades e personalidades com

conhecimento em relação à História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena, para

somar informações, dinâmicas, depoimentos e mecanismo de ações afirmativas que

possibilitem o processo de compensação/reparação dos sujeitos segregados ao longo do

processo histórico;

- Explicitar, conhecer e divulgar a importância das Cotas/reserva de vagas para negros e

indígenas para democratizar o acesso ao Ensino Superior público e em instituições de

ensino superior privadas pelo PROUNI, assim como outras ações afirmativas existentes

na sociedade;

AVALIAÇÃO

As ações constantes do presente plano, serão orientadas pelas leis vigentes,

possibilitarão a reflexão, a conscientização e a desconstrução de ideias cujo resultado,

seja uma mudança de comportamento de modo a reverter, de maneira positiva, na leitura

de quaisquer questões referentes a esses povos, começando pelo fato de repensarmos as

relações étnicas raciais, os direitos e a posição ocupada pelos negros e indígenas na

sociedade. A avaliação será um processo continuo por observação, relato de alunos e no

dia a dia da escola envolvendo todos os profissionais de educação, para que todos fiquem

atentos aos fatos que caracterizam racismo, preconceito e discriminação em todos os

ambientes da escola. Com relação ao trabalho com os alunos será avaliado o engajamento

nas atividades propostas. O envolvimento de profissionais de todas as áreas facilitará o

desenvolvimento do trabalho, pois, a interdisciplinaridade facilita o diálogo e a

organização, tendo o plano de ação como norte para pautar o trabalho que será realizado.

67

XXVII - ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO DO CEEBJA.

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REFERÊNCIAS

Cadernos Temáticos da Diversidade (sexualidade)/Paraná. Secretaria de Estado da

Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. -

Curitiba: SEED-PR, 2005.

Cadernos Temáticos História e Cultura Afro-Brasileira e Africana/Paraná. Secretaria de

Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino

Fundamental. - Curitiba: SEED-PR, 2005. - 72vp.

CUNHA, Jr. Henrique, Tecnologias africanas.CEAP: Rio de Janeiro,2010.

Lei nº 10.639/03

Lei 11.645/08

Cadernos de Atividades (Gênero e Diversidade na Escola) Paraná. Secretaria de

Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino

Fundamental. - Curitiba: SEED-PR

BACHELARD, G. A epistemologia. Rio de Janeiro: Edições 70, 1971.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e

Diversidade. Educação antirracista: caminhos abertos pela Lei Federal nº 10.639/03.

Brasília: MEC/ SECAD, 2005.

BRASIL. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Subsecretaria de

Políticas para Comunidades Tradicionais. Programa Brasil Quilombola. Brasília:

SEPPIR, 2005.

BRASIL. Ministério da Educação/Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e

Diversidade. Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais.

Brasília: SECAD, 2006.

BRASIL. Ministério da Educação/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e

Diversidade. Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo.

Brasília: MEC/ SECAD, 2003.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prático educativa, São Paulo:

Paz e Terra. (coleção leitura) 1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006.

FREIRE, José Ribamar Bessa. Cinco ideias equivocadas sobre os índios. In. Revista do

Centro de Estudos do Comportamento Humano (CENESCH).Nº 01 setembro 2000.P. 17-

33.

ARROIO, Miguel G. Ações Coletivas e conhecimento: Outras Pedagogias?