PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · 2013. 9. 11. · Adenise Stringari Pedagoga QPM...

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1 ESCOLA ESTADUAL DR. RUBEM FLEURY DA ROCHA ENSINO FUNDAMENTAL PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2013

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    ESCOLA ESTADUAL DR. RUBEM FLEURY DA ROCHA ENSINO FUNDAMENTAL

    PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

    2013

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    IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO A Escola Estadual Dr. Rubem Fleury da Rocha – Ensino Fundamental, situa-

    se à Rua Francisco Pires da Rocha, n.º 574, no Bairro Bonsucesso, na cidade de

    Guarapuava, Estado do Paraná, o telefone para contato é 3624-3928, endereço eletrônico

    [email protected] ou [email protected] e a página na internet é

    www.grprubem.seed.pr.gov.br.

    É mantido pelo Governo do Estado do Paraná e segue as normas

    administrativas e pedagógicas emanadas pela Secretaria de Estado da Educação.

    A autorização de funcionamento do estabelecimento de ensino sob

    resolução de nº 4986/1992 publicado no diário oficial em 12/01/1993 e Renovação de

    Reconhecimento Resolução nº 3504 de 02/07/2007 com validade até 10/08/2012, sendo

    necessário sua renovação a cada cinco anos.

    Histórico da Instituição

    Fundada em 1965, com nome de GRUPO ESCOLAR BONSUCESSO,

    localizava-se na Avenida Nereu Ramos, Bairro Bonsucesso. Em 1º de abril de 1968 foi

    criada oficialmente pelo DECRETO n.º 9.569, com nome de GRUPO ESCOLAR Dr.

    RUBEM FLEURY DA ROCHA. Em 1972 passou a fazer parte do complexo “Tupy

    Pinheiro” unidade do Complexo de Guarapuava, sendo o plano de implantação do Ensino

    de 1º grau aprovado pelo parecer 132/73. No ano de 1976 passou a fazer parte do

    Complexo Guarapuava com a designação de escola Dr. Rubem Fleury da Rocha – Ensino

    de 1º grau.

    O prédio que se localizava na Avenida Nereu Ramos foi totalmente destruído

    por um incêndio no dia 29 de setembro de 1975, assim como toda a sua documentação.

    Consequentemente, os alunos passaram a terminar o ano letivo em escolas próximas

    (Escola do 5º DR e Escola Municipal Abílio Fabriciano de Oliveira). Após o ocorrido, o

    ensino de 1ª à 4ª séries passou a funcionar num prédio construído em convênio com a

    Prefeitura e FUNDEPAR sito à rua Professora Leonídia s/n esquina com o Coronel

    Lustosa.

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    No ano letivo de 1977, a FUNDEPAR construiu um novo prédio que foi

    entregue à comunidade neste mesmo ano, funcionando com turmas de 1ª à 4ª séries,

    situado à Rua Francisco Pires da Rocha, n.º 574.

    Em 1988, a escola participou da implantação (em regime experimental) do

    Ciclo Básico de Alfabetização – Continuum 02 anos, e em maio de 1995, pelo Parecer

    26/95 foi implantado o Ciclo Básico de Alfabetização – Continuum 04 anos.

    Em 1993 foi autorizado o funcionamento de 5ª a 8ª séries do 1º grau no

    período diurno, de forma gradativa, e, pelo Parecer 399/93 foi aprovado o Plano

    Curricular. Logo após, em 1995, foi autorizado o ensino de 5ª a 8ª séries do período

    noturno, com implantação simultânea. Desta forma em 28/12/96 de acordo com a

    RESOLUÇÃO 4.515/96, fica reconhecido o curso de 1° Grau Regular.

    Também em 1996, com a municipalização do ensino, as atividades

    referentes a 1ª à 4ª séries foram cessadas através da Resolução 4.600/96, publicado em

    Diário Oficial do Estado do Paraná n.º 4915 de 03/01/97. Estas atividades foram

    absorvidas pela Escola Municipal Professora Benedita do Santos – Ensino de 1º Grau,

    criada pelo Decreto 142/96 e que compartilha as mesmas instalações do Colégio Estadual

    Dr. Rubem Fleury da Rocha – Ensino Fundamental e Médio. A partir de 1997 é que se

    iniciam as atividades acima descritas.

    A partir do 1º semestre de 1999, e através da Resolução 951/99, foi

    autorizado o funcionamento do Ensino Médio – Educação de Jovens e Adultos, com

    implantação gradativa. Em decorrência desta resolução, a escola passou a denominar-se

    Colégio Estadual Dr. Rubem Fleury da Rocha – Ensino Fundamental e Médio. A

    Resolução acima foi publicada no Diário Oficial n.º 5453 de 12/03/99. O Parecer 0146/98

    do NRE de Guarapuava aprovou o Plano Curricular do Curso Supletivo Função Suplência

    – Educação Geral – Fase III.

    No ano de 2005, no segundo semestre, ocorreu a cessação gradativa de

    oferta do Ensino Médio – EJA, por motivos de Política Pública Estadual. Portanto, no ano

    de 2007 não houve oferta para essa modalidade de ensino.

    Já foi efetuado o processo para renovação da autorização de funcionamento

    do instituição, conforme resolução 3504/07 DOE 02/10/07 e a alteração da nomenclatura,

    tendo em vista apenas a oferta do ensino fundamental, segue norma da resolução

    3939/07 DOE 06/11/07, passando a denominar-se ESCOLA ESTADUAL DR. RUBEM

    FLEURY DA ROCHA – ENSINO FUNDAMENTAL.

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    Histórico Do Patrono

    Dr. Rubem Fleury da Rocha nasceu em Ouro Preto, Estado de Minas

    Gerais, a 15 de julho de 1896. Era filho do Dr. Domingos José Rocha e de D. Maria

    Augusta Fleury da Rocha. Iniciou seus estudos primário e secundário na cidade de seu

    nascimento. Em 1917 matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde

    concluiu o curso médico no ano de 1922.

    No ano de 1919 foi nomeado, pelo diretor de Saúde Pública do Rio de

    Janeiro, auxiliar acadêmico do Inspetor Sanitário do Porto da Capital Federal, havendo

    permanecido no cargo, até a conclusão do curso médico.

    Mais tarde passou a integrar o quadro dos internos da Santa Casa de

    Misericórdia da Capital Federal, com serviço clínico na equipe do Professor Miguel Couto.

    Em 1923 foi nomeado pelo Ministro do Interior e Justiça Médico Sanitário

    Marítimo.

    Em 1928 transferiu sua residência para o Estado do Paraná, iniciando clínica

    médica na cidade de Prudentópolis, em cujo cargo permaneceu por sete anos.

    A seguir, convidado pela diretoria do Hospital São Vicente de Paulo da

    cidade de Guarapuava, assumiu as funções de diretor clínico daquela Casa de Caridade.

    Por decreto do Sr. Interventor Manoel Ribas foi nomeado diretor do Posto de

    Higiene, cujo cargo pediu exoneração em fins do ano de 1941.

    Em 1947 desempenhou o mandato de vereador à Câmara Municipal de

    Guarapuava e no Pleito Eleitoral de 03 de outubro de 1950, foi eleito deputado à

    Assembleia Legislativa Estadual.

    Em Guarapuava o Dr. Rubem Fleury da Rocha formou círculo enorme de

    amigos e admiradores de todas as camadas sociais, mercê de seu elevado espírito de

    dedicação e altruísmo para com todos os que dependeram de seus serviços profissionais,

    não olhando para o lado financeiro.

    O cargo de Diretor Clínico do Hospital São Vicente de Paulo ele exerceu

    com abnegação e carinho, por muitos anos, o qual muito prosperou em sua

    administração.

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    Transferindo residência por motivos de saúde para Curitiba, aonde veio a

    falecer em 02 de julho de 1963.

    Era casado com D. Vitalina Maria Fleury da Rocha com quem teve uma filha,

    D. Maria Lúcia Fleury da Rocha.

    NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS

    A Escola Estadual Dr. Rubem Fleury da Rocha – Ensino Fundamental, oferta

    o Ensino Fundamental, (6º ao 9º ano) Regular nos períodos manhã e tarde deste o ano de

    2012, em atendimento à Deliberação 03/2006 – CEE/CEB e Instrução 008/2011 –

    SUED/SEED, a implantação simultânea do Ensino Fundamental de nove anos, do 6º ao

    9º ano, tornando extintas as séries.

    No período da manhã são ofertados 7º, 8º e 9º anos, a faixa etária destes

    alunos está entre 12 a 16 anos. O horário de entrada das aulas é às 7:30 h e a saída se

    dá às 11:55 h. As aulas têm duração de 50 minutos, intercaladas com recreio de 15

    minutos após a 3ª aula.

    No período da tarde, onde são ofertados 6º e 7º anos, a entrada das aulas é

    às 13 h e a saída às 17:25 h, também com intervalo de 15 minutos após a 3ª aula e as

    aulas também são de 50 minutos. Para os alunos de 6º e 7º anos a faixa etária varia dos

    10 aos 15 anos. Nos turnos da manhã e da tarde são ministradas cinco aulas diárias.

    A escola conta com 12 turmas, sendo 07 no período da manhã e 05 no

    período da tarde. Estão matriculados na escola 442 alunos. São 27 professores, 3

    pedagogas, 10 funcionários sendo 4 Agente Educacional II e 6 Agente Educacional I e 1

    diretora.

    DIAGNÓSTICO Na comunidade escolar da Escola Estadual Dr. Rubem Fleury das Rocha

    71% dos alunos são brancos; 27% são pardos e menos de 1% são negros e índios.

    Do total de alunos, 84% moram nas proximidades da escola, e por isso, não

    necessitam de transporte.

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    Em relação à moradia constatou-se que 72% possuem moradia própria.

    Sobre o saneamento básico, 77% possuem rede de esgoto e 98% possuem água

    encanada.

    A renda familiar mensal varia entre um salário (30%), e de um a três salários

    (40%). Também constatou-se que 7% dependem apenas de benefícios do Governo. E em

    média 28% dos alunos recebem Bolsa Família.

    Sobre o nível de escolaridade, 38% dos responsáveis pelos alunos não

    concluíram o Ensino Fundamental. E que, a porcentagem de pais/responsáveis se

    equipara à porcentagem de pais/responsáveis com ensino superior, cerca de 2% a 3,5%.

    As profissões que mais se destacam na comunidade escolar são: motorista,

    pedreiro, mecânico, serviços gerais, vendedor autônomo, empregada doméstica e auxiliar

    de produção.

    Do total de alunos 81% moram com os pais, 7% moram com os avós e 11%

    moram com outros responsáveis ou sozinhos.

    A maioria dos alunos possui apenas um irmão (36%), os números se

    equiparam entre os que não tem irmãos e os que possuem mais de quatro, cerca de 7%

    Em relação ao trabalho infanto-juvenil constatou-se que 94% dos alunos não

    trabalham fora e não contribuem com a renda familiar.

    A televisão e o rádio são os principais meios de comunicação utilizados pela

    comunidade. Também gostam de ir ao cinema, parques e ler livros.

    Quanto à repetência, 66% nunca reprovou, 20% reprovou um ano, 3%

    reprovou três anos ou mais.

    Um total de 78% dos alunos frequentam a escola porque gostam, porém

    12% disseram que frequentam as aulas porque seus pais os obrigam.

    A religião católica é predominante entre 76% dos entrevistados e em

    segundo lugar temos a religião evangélica, com 16% de praticante. Sendo que 8% não

    responderam.

    Na área educacional, o bairro Bonsucesso, onde se situa a escola, conta

    com centros de educação infantil, escolas municipais e estaduais, possibilitando à

    população o acesso ao ensino fundamental e médio. Os alunos da escola que desejam

    frequentar o Ensino Médio, precisam se deslocar a outros bairros, ou até mesmo para o

    centro da cidade, por ser insuficiente a oferta no bairro. A escola (Fleury) não oferta o

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    Ensino Médio devido à dualidade administrativa com a Escola Municipal Benedita dos

    Santos.

    A instituição escolar tem um importante papel na sociedade, desde o seu

    surgimento como instituição responsável pela transmissão do saber. Ela é a responsável

    por possibilitar aos alunos o acesso a esse conhecimento. Sabemos que muitos alunos

    ainda não perceberam a sua importância e não dão a ela o devido valor, pensam em

    desistir dos estudos ou até mesmo não aproveitam adequadamente a oportunidade que

    lhes é ofertada. Infelizmente ainda não compreenderam a força de mudança que o estudo

    pode realizar em suas vidas.

    A Escola atende alunos do Bairro Bonsucesso e imediações.

    Direção e Equipe Pedagógica

    NOME FUNÇÃO VÍNCULO

    Gislene Aparecida Góes Direção QPM

    Adenise Stringari Pedagoga QPM

    Juliani Sueke de Oliveira Pedagoga QPM

    Francisca Andrade da Silva Manfio Pedagoga QPM

    Corpo docente

    NOME DO PROFESSOR DISCIPLINA VÍNCULO

    Alessandra Sanches Lacerda

    Arte REPR

    Antonio Eduardo Bignardi Ed. Física QPM/SC02

    Andréia Bessa Gonzaga Português QPM (licença médica)

    Claudia Mara Oliveira Português QPM

    Cleusi Apª Antunes Ensino Religioso/História SC02

    Daniela Monzillo Gonçalves Português REPR

    Daniele Boava Português QPM/SC02

    Dionizia Hneda Munhoz Ensino Religioso SC02

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    Denise APª Sampietro Apoio Português REPR

    Elenita Rosa Seretuki Sala de Recursos Multifuncional

    QPM

    Elis Cristina Galvão Paes Matemática QPM

    Elisangela Schinemann Apoio Português REPR

    Izalene Klipe Apoio Matemática REPR

    Janete K Montani Arte SC02

    Jussimara Aparecida Cicielski

    Matemática QPM

    Márcia Regina Furtado História QPM

    Maria Aparecida Morgado Português SC02

    Pliscila Cleve. Lacerda Ciências QPM/SC02

    Simone Brignoni Português REPR

    Tatiane M. Pacheco Ciências QPM

    Tereza Romanichen Inglês SC02

    Valdelaine Ap Busmaier Matemática QPM

    Vanderlia M Nascimento Arte SC02

    Valter José Quadros Geografia QPM

    Vanessa Chistine Kogut Inglês SC02

    Vera Maria Jonson

    Inglês QPM

    Wilma Cristina Pacheco dos Santos

    Geografia QPM

    Funcionários e Técnicos-Administrativos

    NOME

    CARGO FORMAÇÃO

    TURNO DE TRABALHO

    Ângela Maria de Oliveira

    Agente Educacional II

    Ensino Médio Manhã e Tarde

    Grasielli Gomes Scramossin

    Agente Educacional II

    Serviço Social Manhã e Tarde

    Jocelia Boiko dos Santos

    Agente Educacional II

    Matemática Manhã e Tarde

    Ivone B. Andrade Agente Educacional I Ensino Médio Manhã e Tarde Marli Bernadete de

    Oliveira Agente Educacional I Ensino Médio Manhã e Tarde

    Dalila Pedroso Agente Educacional I Ensino Médio Manhã e Tarde

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    Paulo S. de Souza Agente Educacional I Ensino Médio Manhã e Tarde Zelita de Campos Agente Educacional I Ensino Médio Manhã e Tarde Eliane de Lara Agente Educacional I Ensino Médio Manhã e Tarde

    Formação dos educadores

    “Nossa presença no mundo não é a de quem a ele se adapta, mas de quem nele se insere. É a posição de quem luta para não ser apenas objeto, mas sujeito também da história” (Paulo Freire)

    A LDB, no Artigo 13 trata das incumbências dos docentes:

    Os docentes incumbir-se-ão:

    III - zelar pela aprendizagem dos alunos;

    IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor

    rendimento;

    V – ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar

    integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao

    desenvolvimento profissional;

    VI – colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e

    a comunidade

    Tendo em vista o disposto no inciso V do artigo citado acima, a Secretaria de

    Estado da Educação oferece momentos de capacitação aos docentes que acontecem em

    fevereiro e julho na própria instituição e Formação em Ação (por disciplina).

    Distribuição e ocupação do tempo e dos espaços pedagógicos

    O espaço físico foi adaptado em muitos ambientes para atender toda a

    demanda. A escola conta com:

    - 1 pavilhão com 05 salas de aula e 1 sala com laboratório de informática

    (PR Digital e PROINFO), que também é utilizada para guardar materiais esportivos e

    livros didáticos.

    - neste pavilhão ainda tem secretaria, cozinha de pequeno porte adaptada,

    no depósito da merenda funcionam as salas de direção e da Equipe Pedagógica;

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    - ainda neste pavilhão tem o saguão que foi dividido para atender a Sala dos

    Professores (adaptada), a Sala de Apoio (adaptada), a cantina (adaptada);

    - 1 pavilhão de salas de pré-moldado, sendo compartilhado com a Escola

    Municipal Professora Benedita dos Santos nos períodos da manhã e da tarde, onde a

    Escola Fleury utiliza apenas duas salas de aulas no período da manhã;

    - 02 banheiros para funcionários e professores, sendo que o banheiro

    masculino funciona como banheiro e depósito;

    - 02 banheiros para alunos, localizados em frente à cozinha, que são usados

    também pelos alunos da Escola Municipal Professora Benedita dos Santos;

    - 01 ginásio de esportes, sem banheiro e sem arquibancada.

    Não possui laboratório de Ciências para guardar adequadamente os

    materiais recebidos pela SEED e nem biblioteca, sendo que os livros estão guardados em

    estantes distribuídas em vários espaços como Sala de Apoio, cantina, Sala da Equipe

    Pedagógica e Laboratório de Informática, onde também encontram-se a documentação

    escolar (arquivo morto), pois não tem espaço suficiente para arquivar na Secretaria.

    Atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais

    A escola contempla o Atendimento Educacional Especializado – AEE através

    da modalidade Sala de Recursos desde 2012. Ela funciona em uma sala pequena, onde

    antes era a Sala da Equipe Pedagógica. Seu atendimento é feito na segunda, terça,

    quinta e sexta-feira no período da manhã. A Sala de Recursos conta com 19 alunos

    frequentando e atende alunos de 6º e 7º anos em regime e contra-turno.

    Quanto ao funcionamento, objetivos e outros aspectos funcionais, segue a

    instrução nº 016/2011 – SEED/SUED.

    Evolução das taxas de aprovação

    Séries 2010 2011 2012

    5ª/ 6º 83% 83% 72%

    6ª/ 7º 76% 74% 68%

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    7ª/ 8º 81% 76% 71%

    8ª/ 9º 85% 80% 84%

    Evolução das taxas de reprovação

    Séries 2010 2011 2012

    5ª/ 6º 6,5% 9% 14%

    6ª/ 7º 14,5% 11% 22%

    7ª/ 8º 10% 15% 19%

    8ª/ 9º 4% 6% 6%

    Evolução das taxas de abandono

    Séries 2010 2011 2012

    5ª/ 6º 0% 0% 0%

    6ª/ 7º 0% 0% 0%

    7ª/ 8º 0% 0% 0%

    8ª/ 9º 0% 0% 0%

    Evolução das taxas de transferidos

    Séries 2010 2011 2012

    5ª/ 6º 10,5% 8% 13%

    6ª/ 7º 9,5% 13% 9%

    7ª/ 8º 9% 8% 9%

    8ª/ 9º 11% 13% 8%

    Resultado do IDEB

    2007 2009 2011

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    4,4 4,7 5,3

    Relação entre idade e série

    Ano

    Matrícula Ativa (com frequência)

    (A)

    Até 12 anos

    13 anos

    14 anos

    15 anos

    16 anos

    + de 16 anos

    Total de alunos

    com idade superior à série res-pectiva (B)

    Taxa de Distorção (B/A) x 100

    6º 92 84 7 1 0 0 0 8 9%

    7º 113 68 18 9 3 0 0 12 11%

    8º 104 52 42 9 0 1 0 1 1%

    9º 92 0 41 35 8 5 2 7 8%

    TOTAL 401 204 108 54 11 6 2 28 7%

    FUNDAMENTAÇÃO

    Concepção de Homem

    Durante o processo de desenvolvimento da natureza, a espécie animal que

    deu origem ao homem, alcançou um nível que possibilitou a ele reagir sobre as condições

    naturais. É comum o pensamento de considerar o homem enfim, a humanidade, em

    perspectivas dicotômicas: ou como ser social, ou como ser natural.

    Porém a concepção de homem de Paulo Freire, diz que a autonomia deste

    não se dá apenas pelo progresso da razão teórica. Logo, o homem não se torna

    exclusivamente fruto da natureza, e nem exclusivamente social: o homem é um ser que

    possui relações de interdependência na sociedade onde vive, cujos indivíduos buscam

    melhores condições para sua existência. Ou seja, por mais importante que seja a

    racionalidade para o desenvolvimento e interação do homem com a sociedade e meio

    onde ele vive, ela, por si só, não torna o homem auto-suficiente e com autonomia

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    absoluta. A racionalidade admite o “não saber socrático”, colocando-se na condição de,

    apesar de saber, existir sempre o que aprender.

    Pelo fato de a estrutura biológica e psicológica do homem não serem

    obstáculos permanentes que interromperiam o seu progresso e crescimento, os

    acontecimentos diários, exigem que ultrapassemos os limites dessa estrutura,

    readequando-a a realidade contemporânea.

    Sociedade

    A sociedade primitiva se baseava no modo de produção em comum, não

    haviam classes sociais. Os povos da antiguidade eram divididos em duas classes sociais

    distintas: os senhores e os servos. Na Idade Média ainda se manteve nos mesmos

    moldes da sociedade antiga. Ainda na sociedade pré-moderna o trabalho não constituía

    uma esfera separada, existia inferioridade social e dependência. Por fim, a sociedade

    moderna, para ganhar dinheiro, as pessoas passaram a vender sua força de trabalho,

    rompendo as relações naturais com base em laços de sangue onde a nobreza e a

    servidão eram passadas de pai para filho.

    A sociedade em que vivemos é uma sociedade capitalista, em que o

    fundamento reside na produção do valor, a valorização do dinheiro. O homem moderno

    não consegue imaginar uma vida além do trabalho, não passa de mercadoria, vendendo

    sua própria mercadoria.

    Na sociedade moderna surge a ideia de educação para formar cidadãos,

    escolarização universal gratuita e leiga, e deve ser estendida a todos. A escola passa a

    ser a forma predominante de educação.

    Diante de tudo isso o papel da escola é fundamental na formação e

    transformação de sujeitos de uma sociedade mais humana, participativa, igualitária nas

    esferas sociais, política, cultural e econômica, ou seja, capaz de construir uma nova

    sociedade que vá além do valor, do dinheiro, da mercadoria, do trabalho, do estado e da

    política.

    Escola

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    A Educação como processo de criação, inovação e apropriação de cultura,

    historicamente produzida pelo homem. Dessa forma, a escola torna-se espaço

    privilegiado de produção e de transformação do saber sistematizado. As práticas e ações

    que a organizam devem ser eminentemente educativas, de forma a atingir os objetivos da

    instituição: formam sujeitos participativos, críticos e criativos.

    Assim, a escola, no desempenho de sua função social de formadora de

    sujeitos históricos, constitui-se em um espaço de sociabilidade, possibilitando a

    construção e a socialização do conhecimento vivo, que se caracteriza enquanto processo

    em construção permanente e espaço de inserção dos indivíduos nas relações sociais.

    Numa perspectiva transformadora e inovadora, onde os fazeres e práticas

    não estejam centrados nas questões individuais, mas sim nas questões coletivas. Isso

    quer dizer, para a escola avançar, é fundamental considerar os espaços de formação de

    todos os que trabalham, criam, brincam, sonham e estudam, enfim, de todos aqueles que

    dela fazem parte. Também é fundamental não perdermos de vista que a escola faz parte

    das reações sociais mais amplas e que as possibilidades históricas de sua organização

    passam pela sociedade politica e civil. Nesse cenário, os processos de mudança

    vivenciados pelo Estado são os indicadores dos limites e das possibilidades da gestão

    escolar.

    A escola objetiva o cumprimento de sua função de socialização do

    conhecimento historicamente produzido e acumulado pela humanidade, ao passo que a

    empresa visa a expropriação desse saber na produção de mais valia para reprodução do

    capital, para manter a hegemonia do modo de produção capitalista.

    A escola, enquanto organização social, é parte constituinte e constitutiva da

    sociedade na qual está inserido. Assim, estando a sociedade organizada sob o modo de

    produção capitalista, a escola enquanto instância dessa sociedade , contribui tanto para a

    manutenção desse modo de produção, como também para a superação, tendo em vista

    que é constituída por relações contraditórias e conflituosas estabelecidas entre grupos

    antagônicos.

    Educação

    Segundo Klein (2008), a educação deve ter um caráter transformador

    intencional, em que o individuo é objeto de um cuidado especial – o trabalho educativo

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    que visa produzir, nele, os elementos e recurso necessários a uma existência profícua em

    uma dada sociedade humana, historicamente situada.

    A produção desses recursos supõe um certo tipo de trabalho humano: a

    ação educativa intencional e sistemática que objetiva dotar o sujeito de um conjunto de

    recursos teóricos e práticos requeridos pela sua condição humana, conforme dada

    sociedade concreta.

    Sendo a educação uma prática das mais relevantes para a sociedade, é

    importante que ela seja algo de uma reflexão metódica, cientifica e critica que busque

    tornar claro o seu objeto, os seus fundamentos, o método, estratégias, procedimentos e

    meios mais adequados e possíveis em determinado contexto histórico, coerentemente

    com o fim proposto, a fim de que nossa ação não seja irrefletiva e pouco adequada dos

    nossos objetivos.

    Pensamento e Cultura Cultura é a presença do humano na natureza, isto é, as transformações que

    homens e mulheres produzem em si mesmos ao construírem o mundo humano.

    Assim, no primeiro caso, você pensa em cultura no singular, como aquilo

    que diferencia o homem de outros seres. Cultura é conjunto de conhecimentos, de

    valores, de crenças, de ideias e de práticas de um grupo social, ou de um povo, ou de

    uma época. E tem a ver, também, com as transformações na forma de viver, que

    contribuem com a transformação das condições biológicas (naturais) de existência. Isso

    se dá quando, por exemplo, máquinas para trabalhar e pensar por nós.

    Portanto, ao mesmo tempo que homens e mulheres produzem cultura, são

    produzidos por ela como humano. Isso acontece pelas práticas de linguagem, de trabalho

    e de valorização, com as quais são criadas regras que orientam relações sociais.

    Assim homens e mulheres constroem mundo humano e fazem-se presentes

    na natureza. Cultura é a forma de viver dos humanos em geral, ao mesmo tempo, o jeito

    de viver de grupos sociais específicos. Assim, falamos em cultura no singular, como aquilo

    que diferencia os homens de tudo o mais que existe no mundo.

    Culturas no plural, é o que diferencia os homens em si.

    Os primeiros artesanatos surgiram no período neolítico, quando o homem

    aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica e a tecer as fibras.

  • 16

    Os índios são os mais antigos artesãos, desde que foi descoberto o Brasil. O

    artesanato faz parte do folclore e revela usos e costumes, tradições e características de

    cada região.

    O Brasil é rico em diversidade da natureza, onde a cultura é usada até para

    o sustento de vários brasileiros em várias regiões.

    Cultura é um conceito para significar as práticas que constituem o jeito de

    viver e de pensar das pessoas e de grupos sociais. A Cultura muda, portanto quando as

    práticas sociais mudam.

    Trabalho

    Da segunda metade do século XX ao início do século XXI, o marxismo tem

    testemunhado um vasto debate entre os seus teóricos acerca da categoria trabalho, da

    sua centralidade e importância na filosofia de Marx como categoria ontológica

    fundamental da existência humana. Para alguns desses teóricos, o trabalho possui um

    grande valor no conjunto dos escritos marxianos, por ser a atividade afirmadora da vida,

    que forma a existência dos indivíduos e instaura-lhe um caráter social. É no trabalho que

    se manifesta a superioridade humana ante os demais seres vivos. Ele seria a realização

    do próprio homem, a fonte de toda riqueza e bem material.

    Tecnologia

    Em todos os setores da sociedade se observam mudanças em função do

    uso das novas tecnologias. A educação também tem experimentado mudanças na sua

    forma de organização e produção, fazendo surgir novas formas de ensino-aprendizagem,

    subsidiadas pela inserção de novas tecnologias nas escolas.

    O uso das tecnologias enriquece o processo de ensino-aprendizagem desde

    que utilizados de forma adequada, de modo contextualizado, para que tenha incidência

    sobre a aprendizagem dos alunos. A utilização de recursos digitais no espaço escolar é

    recente e gera desafios aos professores. De acordo com NEVADO (2006) “o papel do

    professor no contexto educacional é proporcionar, mediar e intermediar o crescimento

    cognitivo e afetivo de seus educandos, explorando através de experiências em sala de

    aula situações que os façam interagir, trocar informações, indagar, debater e raciocinar

  • 17

    sobre os conteúdos que fazem parte do currículo". Dessa forma o conhecimento é gerado

    numa relação dialógica entre alunos e professores.

    Contudo, mesmo com tecnologias de ponta, conforme José Moran ( ), ainda

    temos grandes dificuldades no gerenciamento emocional, tanto no pessoal como no

    organizacional, o que dificulta o aprendizado rápido. As mudanças na educação

    dependem, mais do que das novas tecnologias, de termos educadores, gestores e alunos

    maduros intelectual, emocional e eticamente; pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas,

    que saibam motivar e dialogar; pessoas com as quais valha a pena entrar em contato,

    porque dele saímos enriquecidos.

    Cidadania A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a

    possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem

    cidadania está marginalizado ou excluído da vida e da tomada de decisões, ficando numa

    posição de inferioridade dentro do grupo social.

    Analisar a maneira como as pessoas internalizam normas, crenças e valores

    políticos é fundamental para compreender aspectos da cidadania e da participação

    política.

    A formação cidadã deveria ser uma das preocupações primordiais da escola.

    Gadotti (2001) define cidadania como a consciência de direitos e deveres da democracia

    e defende uma escola cidadã como a realização de uma escola pública e popular, cada

    vez mais comprometida com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Para

    isso, a escola deve propiciar um ensino de qualidade, buscando a formação de cidadãos

    livres, conscientes, democráticos e participativos.

    Verifica-se que o alcance da cidadania depende da transformação das

    relações de poder, que tem produzido concentração de renda, de informação e de saber a

    custa da pobreza, da ignorância e da exclusão social de milhares de pessoas. Da mesma

    forma, essa transformação deve acontecer nas relações sociais, com o fortalecimento de

    organizações sociais e comunitárias e com o surgimento de novos estilos de gestão

    pública e de ação coletiva possibilitando a inclusão da população nos processos políticos

    decisórios.

  • 18

    Participação é um dos cinco princípios da democracia. Segundo o sociólogo

    Herbert de Souza (2005) sem ela, não é possível transformar em realidade, em parte da

    história humana, nenhum dos outros princípios: igualdade, liberdade, diversidade e

    solidariedade. Nesse sentido, a participação não pode ser uma possibilidade aberta

    apenas a alguns privilegiados. Ela deve ser uma oportunidade efetiva, acessível a todas

    as pessoas. Além disto, é preciso que ela assuma formas diversas participação na vida da

    família, da rua, do bairro, da cidade, na escola e no próprio país. Participação é, ainda,

    um direito estendido a todos sem critérios de gênero, idade, cor, credo ou condição social.

    Segundo Galvão (2003, p, 01) a educação para a cidadania pretende fazer

    de cada pessoa um agente de transformação. A educação escolar além de ensinar o

    conhecimento científico, deve assumir a incumbência de preparar as pessoas para a

    cidadania. Isso exige uma reflexão que possibilite compreender as raízes históricas da

    situação de miséria e exclusão que vive boa parte da população.

    Conhecimento O tema "Conhecimento" inclui, mas não está limitado, às descrições,

    hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos que são ou úteis ou verdadeiros.

    O ser humano pode utilizar diversas formas de conhecimento para tentar compreender e

    interagir com o mundo. Dentre essas formas podemos destacar duas que sempre estão

    presentes na prática pedagógica: o conhecimento empírico e o conhecimento científico,

    sistematizado.

    Conhecimento empírico é uma forma de conhecimento adquirida através de

    experiências cotidianas, tentativas, erros e acertos. Já o conhecimento científico é aquele

    que foi construído através do pensamento e da experimentação atestando aquilo que

    pode ser considerado como verdadeiro ou não. É sistemático, já que se trata de um saber

    ordenado logicamente, formando um sistema de ideias (teoria) e não conhecimentos

    dispersos e desconexos.

    Mas qual é a forma de conhecimento pretendemos que seja apropriado

    pelos nossos educandos? O conhecimento científico e sistematizado somado as

    experiências vivenciadas pelos educandos ou sistematicamente ignorar o conhecimento

    empírico para dar ênfase somente ao conhecimento científico?

    Segundo SFORNI, “Um conhecimento significativo é aquele que se

    transforma em instrumento cognitivo do aluno, ampliando tanto o conteúdo quanto a

  • 19

    forma do seu pensamento. Essa concepção nos aproxima das contribuições teóricas

    histórico-culturais... O ensino formal faz parte dessa cultura, portanto, também contribui

    para a formação dos sujeitos.” (SFORNI). Nessa perspectiva o conhecimento formal é

    indispensável nas práticas escolares, porém, devemos levar em consideração o valor do

    conhecimento empírico trazido pelos educandos e o seu interesse em tomar consciência

    da importância do conhecimento formal, científico, sistematizado. Também segundo Paulo

    Freire “O importante não é transmitir o conhecimento e sim trocar, juntar e formar

    conhecimentos.” (FREIRE). Freire defende que ato de educar é um ato de recriação, de

    significados e ressignificações, por isso devemos valorizar, “além do saber científico

    elaborado, também o saber primeiro, o saber cotidiano. Ele sustentava que o aluno não

    registra em separado as significações instrutivas das significações educativas e

    cotidianas.”(FREIRE). Portanto, temos consciência que devemos construir o

    conhecimento respeitando as experiências trazidas pelos educandos.

    Ensino Aprendizagem O ensino-aprendizagem deve ocorrer através de uma metodologia participa-

    tiva e reflexiva que valorize o educando em sua experiência social como indivíduo; que

    busque a globalização dos saberes propostos no currículo, pela abordagem multidimensi-

    onal do conhecimento, priorizando a pesquisa como o eixo desencadeador do processo

    de construção/criação/reelaboração; considera a individualidade e o ritmo de crescimento

    de cada um priorizando a construção coletiva do conhecimento oportuniza situações con-

    cretas para o crescimento integral da pessoa humana, desenvolvendo sua capacidade de

    pensar, criar, produzir, criticar, ser agente de transformação social.

    A relação ensino-aprendizagem se expressa como relação entre sujeitos.

    Com efeito, o processo pedagógico constitui uma relação entre dois sujeitos, com caracte-

    rísticas específicas - o professor e o aluno, e a relação que se estabelece entre eles é de

    ensino-aprendizagem. Assim, tal como não se pode negar ao aluno o caráter de sujeito do

    processo, da mesma forma não se nega igual caráter ao professor. Ou seja, ambos são

    sujeitos do mesmo processo, entretanto, com participações diferenciadas. Ao professor,

    enquanto detentor dos fundamentos do conhecimento científico, cabe o papel de media-

    dor, ou seja, de desenvolver procedimentos adequados para viabilizar a apropriação des-

    se conhecimento pelos alunos. A estes cabe o esforço teórico-prático dessa apropriação.

  • 20

    É preciso que o professor domine consistentemente os fundamentos explica-

    tivos dos objetos de conhecimento, inclusive os fundamentos da própria prática pedagógi-

    ca, e apoiado neste domínio consiga viabilizar o método e as estratégias mais pertinentes

    para o processo de ensino-aprendizagem e que melhor promovam a participação ativa

    dos alunos.

    Defende-se a ideia de que o ensino deverá se desenvolver em uma pers-

    pectiva de totalidade, enquanto a aprendizagem assume um caráter progressivo. Ou seja,

    no ensino, determinado objeto do conhecimento deverá ser abordado na sua totalidade, o

    que implica sua não fragmentação, bem como a não disposição etapista dos conteúdos

    que lhe dizem respeito. Abordar um conteúdo em uma perspectiva de totalidade significa

    desenvolve-lo a partir de seus fundamentos, explicitando as relações e mecanismos que

    articulam seus elementos particulares. Não se trata, pois, de “ir da parte ao todo”, nem

    tampouco de “ir do todo à parte”, mas de explicitar, no todo, como é que as partes se arti-

    culam de modo a constituir aquela totalidade e não outra.

    Por outro lado, a aprendizagem dessa totalidade e dos conteúdos que a

    compõem vai se dando progressivamente, em sucessivos graus de apropriação que vão

    desde a simples constatação e tentativa aleatória de aplicação, até o domínio dos funda-

    mentos dessa totalidade e de aplicação adequada pelo aluno.

    Avaliação e Recuperação

    A tarefa de avaliar é muito complexa, constantemente busca-se novos rumos

    e caminhos; é um tema provocativo e desafiador.

    A avaliação nunca será uma atividade neutra, pois o modo como se efetiva,

    a necessidade da tomada de decisões e juízos que nos é exigida constantemente, sejam

    mais transformadoras ou conservadoras, correspondem às concepções que construímos

    e também colocamos em prática.

    Avaliar impõe um enfrentamento com o real, um julgamento, mas não pode

    ficar somente nesta perspectiva; pois, avaliar é também analisar, compreender, desvelar,

    descobrir, pesquisar, estabelecer correlações, ampliar a visão, aprofundar questões,

    dialogar, construir significados para os sujeitos e para a coletividade.

  • 21

    Não podemos deixar de citar os aspectos legais, os quais norteiam e

    validam as nossas ações, por isso descrevemos abaixo o que afirma a Lei de Diretrizes e

    Bases da Educação com relação à avaliação.

    “Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional n.º 9394/96, CAPITULO II – Da Educação Básica, Seção I – Das Disposições Gerais, Art. 24, incisos V e VI: V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos; VI – o controle de frequencia fica a cargo da escola, conforme o disposto nos seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a frequencia mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação.”

    A concepção de avaliação que fundamenta o nosso trabalho tem sua base

    no materialismo histórico dialético, de modo que a concepção de homem é a de ser

    histórico, produtor de sua existência, transcendência da natureza e por tanto, livre no

    sentido de agir intencionalmente de modo a construir possibilidades não previstas, não

    naturais, optar por uma coisa ou outra, decidir entre o que é bom e o que não é. Desse

    modo educa e educa-se, avalia e avalia-se também e assim transforma e se transforma,

    faz-se humano.

    A avaliação dentro do Plano de Trabalho Docente deve estar em

    consonância com o sistema de avaliação definido pelo coletivo da escola, sistematizado

    nos documentos que compõem a organização do trabalho escolar, expressos na Proposta

    Pedagógica Curricular.

  • 22

    O professor, portanto, ao elaborar o seu Plano de Trabalho Docente deve

    considerar a avaliação como parte do processo de ensino e aprendizagem. A mesma

    deve ser realizada em função dos conteúdos e ser coerente com os pressupostos e

    metodologias da disciplina.

    Nesse sentido, no Livro de Registro de Classe deverão ser contempladas e

    registradas todas as atividades avaliativas e de recuperação de estudos asseguradas ao

    aluno pela legislação, em acordo com os documentos produzidos coletivamente pela

    escola.

    Não poderíamos também deixar de citar a Deliberação n.º 007/99 do CEE,

    que trata também da avaliação e nos traz normas gerais para sua regulamentação.

    Currículo da escola pública

    A questão do poder é que vai separar as teorias tradicionais das teorias

    críticas e pós críticas do currículo. AS teorias tradicionais pretendem ser apenas neutras,

    científicas, desinteressadas. As teorias críticas e pós críticas argumentam que nenhuma

    teoria é neutra, estão ocupadas com as conexões entre saber, identidade e poder, nos

    permitindo ver a educação de uma nova perspectiva.

    Sendo o currículo espaço de poder e conhecimento corporificado no

    currículo, carrega as marcas e reproduz culturalmente as estruturas sociais, transmite a

    ideologia dominante. Com as teorias críticas aprendemos também que o currículo é uma

    construção social, resultado de um processo histórico. Com essa noção de currículo

    aprendemos que a pergunta importante é: quais conhecimentos são considerados

    válidos? Se a ideologia cedesse lugar ao verdadeiro conhecimento, o currículo e a

    sociedade seriam emancipados e libertados.

    Se pudéssemos nos livrar das relações de poder inerentes ao capitalismo, o

    conhecimento corporificado no currículo já não seria distorcido. Em suma, o currículo é

    documento de identidade, configura a relação de poder, trajetória, viagem e controle.

    Currículo da Escola Básica

  • 23

    O Ensino Fundamental constitui uma das etapas da Educação Básica, deve

    ser gratuito e obrigatório na escola pública, inclusive para os que não tiveram o acesso na

    idade própria, conforme o artigo 32 da LDBEN/96 deve garantir o desenvolvimento

    integral do educando mediante:

    I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno

    domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

    II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das

    artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

    III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de

    conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

    IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de

    tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

    Como desdobramento da LDBEN/96 são instituídas em 1998, as diretrizes

    curriculares nacionais, “conjunto de definições doutrinárias” sobre princípios, fundamentos

    e procedimentos da Educação Básica que orientarão as escolas brasileiras dos sistemas

    de ensino na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas ações

    pedagógicas (DCNEF, 1998). O documento define uma Base Nacional Comum para todo

    o território nacional, a partir das áreas do conhecimento: Língua portuguesa, língua

    materna para as populações indígenas e migrantes, matemática, ciências, geografia,

    história, língua estrangeira, arte, educação física e ensino religioso. Define também que

    as escolas utilizarão a parte diversificada de suas propostas para complementar a Base

    Nacional Comum, estabelecendo relação entre educação fundamental e a vida cidadã

    através da articulação com: a saúde, a sexualidade, vida familiar e social, meio ambiente,

    trabalho, ciência e tecnologia, a cultura e as linguagens. Além disso, a lei define para a

    Parte diversificada a inserção de temáticas de interesse da comunidade no currículo

    escolar.

    Existem novos preceitos legais, que dizem respeito ao ensino básico

    destacando-se:

    � Lei Estadual nº 13.381/2001, que torna obrigatória a inserção dos conteúdos da

    história do Paraná;

    � A aprovação das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do

    Campo ( Resolução CNE/CEB nº 01/2002);

  • 24

    � Aprovação das Diretrizes Nacionais para o Funcionamento das Escolas Indígenas (

    Resolução CNE/CEB nº 03/1999);

    � Lei Federal nº 10639/2003 que torna obrigatória a inserção dos conteúdos de História

    e Cultura Afro Brasileira e Indígena nos Currículos Escolares;

    � Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino

    de História e Cultura Afro Brasileira e Africano;

    � Lei Federal nº 11.114/05, que determina a oferta do Ensino Fundamental de nove

    anos, seguida do Parecer CNE/CEB nº 06/2005 que visa o instituição de normas para

    ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de duração.

    � Lei 11733/97 autoriza o Poder executivo a implantar campanhas sobre Educação

    Sexual, a serem veiculadas nos instituiçãos de ensino estadual primeiro e segundo

    graus do estado do Paraná.

    � Lei 11734/97 torna obrigatório a veiculação de programas de informação e prevenção

    da AIDS para os alunos de primeiro e segundo graus no Estado do Paraná.

    � ECA – Capítulo ll

    Do direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade

    Art.15 A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao Respeito e à dignidade[...].

    Art.16 O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

    V – participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

    VII – buscar refúgio, auxílio e orientação.

    Art. 17 O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e

    moral da criança e do adolescente, abrangendo a conservação da imagem, da identidade,

    [...].

    Art. 18 É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a

    salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou

    constrangedor.

    O Estado do Paraná propõe para o Ensino Básico os Programas Sócio

    Educacionais os quais são: Enfrentamento à Violência, Educação Ambiental, Prevenção

    ao Uso Indevido de Drogas, Educação Fiscal, Educando para as Relações Étnico-Raciais

    e Gênero e Diversidade Sexual.

    Nesta perspectiva de currículo, devem pressupor ser parte da totalidade,

    eles não podem se impor à disciplina, devem ser chamados pelo conteúdo no seu

    contexto, fazendo parte da intencionalidade do recorte do conhecimento; isto significa

  • 25

    compreendê-los como parte da realidade concreta e explicitá-la nas múltiplas

    determinações que produzem e explicam os fatos sociais.

    O trabalho de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas na Rede Estadual de

    Ensino, requer um tratamento adequado, cuidadoso e fundamentado teoricamente, por

    meio de conhecimentos científicos desprovidos de preconceitos e discriminações.

    Para dar suporte aos professores, a Secretaria de Estado da Educação –

    Superintendência da Educação – Diretoria de Políticas e Programas Educacionais

    propõem cadernos temáticos para direcionar o estudo dos Programas Sócio Educacionais

    A publicação do caderno temático “A Prevenção ao Uso Indevido de

    Drogas”, está organizada em três partes: Cenário das Drogas na Sociedade

    Contemporânea, onde prevê a situação das drogas na atualidade e suas relações com a

    juventude, a violência e a vulnerabilidade. Na segunda parte, uma abordagem sobre as

    drogas destacam-se os conteúdos como as ações e os efeitos das drogas, legislação,

    narcotráficos, influência da mídia, preconceitos e discriminações dos usuários, trazendo

    ao debate as relações de poder e os aspectos sociais, políticos e econômicos, culturais,

    étnicos-raciais, históricos, religiosos e éticos envolvidos nessas circunstâncias. A terceira

    parte, Escola e a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, discorre sobre o papel da escola

    no processo de prevenção. Finalmente trata sobre os serviços prestados pelo

    CAPE/DINARC – PR e sugestões de filmes, livros e sítios, recursos a serem utilizados

    nas práticas pedagógicas.

    Alfabetização e Letramento

    O sistema de escrita e as convenções para seu uso constituem uma

    tecnologia inventada e aperfeiçoada pela humanidade ao longo de milênios: desde os

    desenhos e símbolos usados inicialmente até a extraordinária descoberta de que, em vez

    de desenhar ou simbolizar aquilo de que se fala, podiam ser representados os sons da

    fala por sinais gráficos, criando-se assim o sistema alfabético; desde a escrita em tabletes

    de barro, em pedra, em papiro, em pergaminho, até a também extraordinária invenção do

    papel; desde o uso de estiletes e pincéis como instrumentos de escrita até a invenção do

    lápis, da caneta. E convenções foram sendo criadas: convenções sobre o uso do sistema

    alfabético, resultando no sistema ortográfico; a convenção de que as palavras devem ser

  • 26

    separadas, na escrita, por um pequeno espaço em branco; no mundo ocidental, a

    convenção de que se escreve de cima para baixo e da esquerda para a direita.

    Assim, um dos passaportes para a entrada no mundo da escrita é a

    aquisição de uma tecnologia – a aprendizagem de um processo de representação:

    codificação de sons em letras ou grafemas e decodificação de letras ou grafemas em

    sons; a aprendizagem do uso adequado de instrumentos e equipamentos: lápis, caneta,

    borracha, régua...; a aprendizagem da manipulação de suportes ou espaços de escrita:

    papel sob diferentes formas e tamanhos, caderno, livro, jornal...; a aprendizagem das

    convenções para o uso correto do suporte: a direção da escrita de cima para baixo, da

    esquerda para a direita.

    A essa aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de escrita e das

    técnicas para seu uso é que se chama ALFABETIZAÇÃO.

    Apenas com a aquisição da tecnologia da escrita – um dos “passaportes” –

    não se tem entrada no mundo da escrita, um outro “passaporte” é necessário: o

    desenvolvimento de competências para o uso da leitura e da escrita nas práticas sociais

    que as envolvem. Ou seja, não basta apropriar-se da tecnologia – saber ler e escrever

    apenas como um processo de codificação e decodificação, como quando dizemos: esta

    criança já sabe ler, já sabe escrever; é necessário também saber usar a tecnologia –

    apropriar-se das habilidades que possibilitam ler e escrever de forma adequada e

    eficiente, nas diversas situações em que precisamos ou queremos ler ou escrever: ler e

    escrever diferentes gêneros e tipos de textos, em diferentes suportes, para diferentes

    objetivos, em interação com diferentes interlocutores, para diferentes funções: para

    informar ou informar-se, para interagir, para imergir no imaginário, no estético, para

    ampliar conhecimento, para seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para

    apoio à memória, para catarse...

    A esse desenvolvimento de competências para o uso da tecnologia da

    escrita é que se chama LETRAMENTO.

    Infância e Adolescência

    Hoje, a criança é vista como um sujeito de direitos, situado historicamente e

    que precisa ter as suas necessidades físicas, cognitivas, psicológicas, emocionais e

    sociais supridas, caracterizando um atendimento integral e integrado da criança. Ela deve

  • 27

    ter todas as suas dimensões respeitadas. Segundo Zabalza ao citar Fraboni: “a etapa

    histórica que estamos vivendo, fortemente marcada pela "transformação"

    tecnológico-científica e pela mudança ético-social, cumpre todos os requisitos para

    tornar efetiva a conquista do salto na educação da criança, legitimando-a

    finalmente como figura social, como sujeito de direitos enquanto sujeito social”

    (1998:68).

    A palavra “adolescência” vem da palavra latina “adolesco”, que significa

    crescer. É uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se caracteriza por uma

    intensa busca de “si mesmo” e da própria identidade, os padrões estabelecidos são

    questionados, bem como criticadas todas as escolhas de vida feita pelos pais, buscando

    assim a liberdade e auto-afirmação.

    Os teóricos da adolescência há muito tem concordado que a transição da

    segunda infância para a idade adulta é acompanhada pelo desenvolvimento de uma nova

    qualidade de mente, caracterizada pela forma de pensar sistemática, lógica e hipotética.

    Gestão escolar

    A legislação brasileira prevê que o ensino público seja ministrado com base

    em alguns princípios, e um deles é a gestão democrática.

    A Constituição Federal, no artigo 206(VI) estabelece que seja feita a “gestão

    democrática do ensino público, na forma da lei”

    A LDB, seguindo as diretrizes da lei maior, no artigo 3º (VIII) também prevê

    a gestão democrática do ensino público, na forma da lei e da legislação dos sistemas de

    ensino. O artigo 14 esclarece que os sistemas de ensino definirão as normas de gestão

    democrática, estabelece a participação dos profissionais da educação, na elaboração da

    proposta pedagógica e a participação das comunidades escolar e local em conselhos

    escolares e equivalentes.

    A Deliberação 16/99 do CEE/PR, nos artigos 4o, 5o, esclarece sobre a

    participação da comunidade escolar nos órgãos de gestão. O artigo 6o afirma que “a

    gestão escolar, da escola pública, como decorrência do princípio constitucional de

    democracia e colegialidade, terá como órgão máximo de direção um colegiado”.

  • 28

    Inclusão

    “Na escola que estamos construindo as diferenças individuais estão sempre presentes e a atenção à diversidade é o eixo norteador da inclusão educacional” ( Departamento de Educacional da SEED)

    Inclusão e diversidade são temas que povoam as discussões na área

    educacional na última década. Embora haja uma estreita relação entre as duas temáticas

    não significa que, ao se discutir a inclusão na educação, sejam realizados na sociedade,

    debates sobre a diversidade de grupos que se encontram à margem do processo social,

    expropriados dos direitos que são garantidos por lei, a todos os cidadãos, independente

    de suas diferenças individuais. As políticas e práticas de inclusão não têm um

    significado único e consensual, já que são determinadas por múltiplos fatores. Esses

    fatores incluem uma ampla rede de significações no entrecruzamento de diferentes

    olhares e formas de se efetivar esse processo; é na inter-relação de como eu, os outros e

    as instituições sociais definem e praticam a inclusão é que ela pode, ou não, tornar-se

    realidade.

    Com a mudança de concepção sinalizada na Lei de Diretrizes e Bases de

    Educação Nacional n.º 9394/96, reflexo dos movimentos internacionais pela inclusão

    social, aponta-se uma re-significação da Educação Especial, ampliando-se não apenas a

    sua abrangência – desde a Educação Infantil até o Ensino Superior – bem como o

    público-alvo a que se destina : alunos com necessidades educacionais especiais.

    Educação Especial é uma modalidade da educação escolar definida em

    proposta pedagógica e assegura um conjunto de recursos, apoios e serviços

    educacionais especiais, organizados para apoiar, complementar, suplementar e, em

    alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação

    escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que

    apresentam necessidades educacionais especiais, em todos os níveis, etapas e

    modalidades da educação.

    No Paraná, a Educação Especial é oferecida tanto na rede regular de ensino

    quanto nas instituições especializadas.

  • 29

    As políticas da SEED têm como alvo, todos os grupos que sofreram

    exclusão física ou simbólica, ao longo da história, reconhecendo seus direitos sociais

    como é o caso dos moradores do campo e das regiões ribeirinhas, de pescadores e

    ilhéus, das populações indígenas, dos jovens e adultos que não tiveram acesso à

    escolarização em idade própria, dos grupos afrodescendentes, dos jovens e adultos

    impedidos de frequentar a escola em virtude de tratamento ou internamento médico-

    hospitalar, às crianças e jovens que, por inúmeros motivos, se evadem da escola, das

    pessoas que apresentam necessidades especiais, oriundas ou não de deficiências.

    Assim constitui verdade inquestionável o fato de que, a todo momento, as

    diferenças entre os homens fazem-se presentes, mostrando e demonstrando que existem

    grupos humanos dotados de especificidades naturalmente irredutíveis. As pessoas são

    diferentes de fato, em relação à cor da pele e dos olhos, quanto ao gênero e à sua

    orientação sexual, com referência às origens familiares e regionais, nos hábitos e gostos,

    no tocante ao estilo. Em resumo, os seres humanos são diferentes, pertencem a grupos

    variados, convivem e desenvolvem-se em culturas distintas. São então diferentes de

    direito. É o chamado direito à diferença; o direito de ser, sendo diferente (FERREIRA e

    GUIMARÃES, 2003, p. 37).

    No que se refere à educação, a tradução desse direito compreende a

    construção de um espaço dialógico no qual as diferenças se complementem, e não sejam

    fatores de exclusão, e os currículos tornem-se abertos e flexíveis, oportunizando a

    reflexão crítica sobre a história das minorias, dos estigmatizados, dos colonizados, dos

    dominados.

    As necessidades educacionais especiais são definidas pelos problemas de

    desenvolvimento da aprendizagem apresentada pelo aluno, em caráter temporário ou

    permanente, bem como pelos recursos e apoios que a escola deverá proporcionar,

    objetivando a remoção das barreiras para a aprendizagem, e compreendem:

    − dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de

    desenvolvimento;

    − dificuldades de comunicação e sinalização;

    − condutas típicas;

    − superdotação / altas habilidades.

    No Paraná, o Departamento de Educação Especial é o órgão responsável

    pela orientação da política de atendimento às pessoas com necessidades educacionais

  • 30

    especiais, em cumprimento aos dispositivos legais e filosóficos estabelecidos na esfera

    federal e em consonância com os princípios da Secretaria de Estado da Educação –

    SEED.

    A oferta de atendimento aos educandos com necessidades educacionais

    especiais no Estado vem sendo orientada de acordo com a legislação vigente, com

    destaque aos documentos:

    − Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n.º 9394/96 – Capítulo

    V – art. 58, 59 e 60.

    − Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica –

    Parecer n.º 17/01 CNE e Resolução CNE nº 02/01.

    − Deliberação nº 02/03 – CNE.

    A oferta de serviços e apoios especializados na rede regular de ensino visa

    ao atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais nas áreas das

    deficiências mentais, física, surdez, condutas típicas de quadros neurológicos e

    psiquiátricos e psicológicos graves e altos habilidades/superdotação, compreendendo:

    − Sala de recursos;

    − Centro de atendimento especializado;

    − Professor de apoio permanente;

    − Profissional intérprete;

    − Instrutor surdo;

    − Classe especial;

    − Escola especial.

    A garantia da escola pública para todos significa dar acesso àqueles que a

    ela se reportam. Apenas a matrícula não garante a permanência do aluno na escola. A

    cultura escolar deve permitir que os educandos tenham um transcurso contínuo e

    progressivo no instituição de ensino, com a apresentação de resultados efetivos de

    aprendizagem.

    O Paraná está fazendo uma inclusão educacional responsável. Mas a

    inclusão, antes de ser educacional é social, portanto, é uma conquista de toda a

    sociedade. A educação, aliada à vasta legislação que hoje dispomos para a área e o

    essencial envolvimento da sociedade é que fortalecerão os sentimentos éticos e de

    cidadania da população paranaense.

  • 31

    Blanco coloca que “a inclusão educacional não é uma ação da Educação

    especial. É da escola comum. Implica em transformar a Educação Comum no seu

    conjunto e, assim, deveremos transformar a Educação Especial para que contribua de

    maneira significativa ao desenvolvimento de escolas de qualidade para todos. Não

    poderemos impulsionar a inclusão a partir da Educação Especial; esse é um desfio da

    escola comum”. (1998).

    PROPOSIÇÃO DE AÇÕES

    Práticas Avaliativas e Recuperação Paralela/ Concomitante

    A avaliação tem a ver com acompanhamento do processo e dos resultados

    sucessivos que o educando vai obtendo em seus percursos de aprender. A nota é o

    registro é o testemunho do desempenho final deste percurso

    A avaliação deve ser emancipadora o que implica em garantir o acesso ao

    conhecimento por parte do aluno e avaliá-lo durante todo esse processo de apropriação

    do saber. É democrático avaliar para garantir essa apropriação e não para promovê-los

    em nome da exclusão. É preciso portanto, ter em vista os instrumentos e os

    encaminhamentos metodológicos utilizados no processo avaliativo e que ações

    semelhantes ainda serão necessárias recuperação - para que “o pleno desenvolvimento

    do educando” seja realmente efetivo, um direito assegurado, e não apenas parte do

    discurso presente em todos os referenciais teóricos e legais, incluindo-se aí o Projeto

    Politico Pedagógico e o Regimento Escolar dos instituiçãos de ensino. Sobre isso o

    respaldo legal e suficiente de acordo com o Parecer nº 12/97 do CNE – CEB, com a

    deliberação 007/99 do CEE – PR e com o Caderno de Orientações para Elaboração no

    Regimento Escolar.

    Os critérios de avaliação devem revelar na sua prática a relação coerente

    com as Diretrizes Curriculares e o instituição no Plano de Trabalho Docente.

    Os critérios de avaliação devem ser previamente elaborados pelo professor

    a partir dos conteúdos estruturantes básicos e específicos, propostos no Plano de

    Trabalho Docente, apresentados aos discentes e, se necessário adequá-los ás

    necessidades educativas no contexto do processo.

  • 32

    É preciso esclarecer, também, que aquilo que denomina-se comumente nas

    escolas como “trabalho” é um instrumento de avaliação e /ou recuperação tão importante

    quanto a prova e, portanto, deve (ou pelo menos deveria) se constituir em mais um

    elemento que permite ao professor analisar de que forma os alunos estão se apropriando

    dos conteúdos. Além disso, quando bem elaborados, com roteiros e critérios claros, os

    trabalhos permitem, e isto é o mais importante, analisar a “atividade critica, a capacidade

    de síntese e a elaboração pessoal” dos alunos.

    A recuperação de estudos, portanto concomitante ao processo letivo, tem

    por lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos de

    avaliação. Ou seja, os diferentes instrumentos de avaliação serão vias para perceber os

    conteúdos que não foram apreendidos e que deverão ser retomados no processo de

    recuperação de estudos. Como ocorre esse processo?

    Ele é concomitante e ocorre de duas formas:

    � A retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos da

    avaliação.

    � A reavaliação do conteúdo já “re-explicado” em sala.“Um não nega o outro”.

    É preciso desvincular a ideia de reavaliação, que integra o processo de recuperação de

    estudos, através apenas das provas formais.

    Não precisam ser provas necessariamente. Pode ser uma pesquisa,

    seminário de apresentação para grupo de alunos diferentes, conforme a dimensão do

    conteúdo que não foi apropriada, entre outros. Não é correto realizar a recuperação

    somente das provas mesmo porque o que se visa recuperar são os conteúdos que o

    aluno ainda não aprendeu e não somente a nota. A nota deve ser a expressão da

    qualidade do que o aluno aprendeu e não um resultado com um fim em si mesmo. A

    recuperação, não recupera os instrumentos e sim os conteúdos, cujos instrumentos foram

    utilizados como via para aprender e como diagnóstico para auto regular o processo.

    A recuperação não precisa preceder cada instrumento, uma vez que, todos

    os instrumentos serão usados metodologicamente como via de ensino e aprendizagem

    portanto, de diagnóstico dos mesmos e não como fins de aferir valores. Cabe ao

    professor perceber, através destes, em que dimensões os conteúdos devem ser

    retomados e reavaliados. A escola prevê que no mínimo sejam utilizados três

    instrumentos avaliativos diferentes em cada bimestre.

  • 33

    O peso da recuperação de estudos deve ser proporcional ao da avaliação,

    ou seja, se o processo vai de 0 a 100% de apresentação, diagnóstico e retomada dos

    conteúdos, a recuperação será ofertada com peso 100%, podendo ser dividido em

    momentos distintos e sempre prevalecendo a maior nota obtida pelo aluno.

    Plano de Ação dos Pedagogos

    IDENTIFICAÇÃO:

    Nome da Escola: Escola Estadual Dr Rubem Fleury da Rocha – EF

    Pedagogos (as) responsáveis:

    � Adenise Stringari

    � Juliani Sueke de Oliveira

    � Francisca Andrade da Silva Manfio

    Justificativa:

    A aprendizagem do homem é um processo de interação e inter-relação de

    processos humanos, biológicos, intelectuais, emocionais e sociais. Como pedagogos, ao

    organizar o processo educacional, articulando e intervindo, motivando e promovendo

    estaremos mediando pedagogicamente o trabalho educacional na busca da qualidade do

    processo de ensino aprendizagem, buscando alternativas que visem proporcionar o bom

    andamento pedagógico intervindo na organização do planejamento. Currículo e avaliação.

    Objetivo:

    Coordenar a organização do trabalho pedagógico nas dimensões do

    planejamento, currículo e avaliação, atuando cotidianamente em prol da promoção de

    uma educação de qualidade, de forma integrada e articuladora entre todos os segmentos

    da escola.

    AÇÕES PEDAGÓGICAS:

    a) Junto à Direção:

    � Desenvolvimento do Plano de Ação da Escola;

    � Cronograma de Reuniões Pedagógicas e Conselhos de Classe;

  • 34

    � Organização do trabalho pedagógico, participando e intervindo de maneira

    autônoma;

    � Integração entre os envolvidos na ação educativa: alunos, professores, direção,

    funcionários, pais e comunidade;

    � Reorganização coletiva do Projeto Político Pedagógico;

    � Organização e intervenção bimestral do rendimento escolar através das

    estatísticas;

    � Organização do Calendário Escolar;

    � instituição de propostas e medidas coletivas de acompanhamento disciplinar,

    avaliativo e pedagógico;

    � Analisar as propostas de natureza pedagógica a serem implantadas na escola,

    observando a legislação em vigor e o Estatuto da Criança e do Adolescente, como

    fundamento da prática educativa;

    � Dinamizar as relações interpessoais no âmbito institucional;

    � Reuniões e encontros com funcionários;

    � Zelar pelo cumprimento do Regimento Escolar e do Projeto Político Pedagógico;

    b) Junto aos Professores:

    � Coordenação das Reuniões pedagógicas, capacitações e grupos de estudo;

    � Organização e poio aos conselheiros e líderes de turma;

    � Orientação no processo de elaboração do plano docente;

    � Acompanhamento da recuperação de estudos;

    � Acompanhamento da Hora-Atividade, verificando e acompanhando o rendimento

    escolar, aspectos comportamentais dos alunos e se interando do cumprimento da

    proposta e do plano docente bimestral;

    � Organização e direcionamento dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe

    bimestrais e pós-conselho;

    � Acompanhamento da Sala de Apoio de Recursos nos horários de contra-turno;

    � Vistar periodicamente os livros de chamada que devem estar em consonância com

    o plano docente bimestral;

    � Organização e agendamento das reposições de aulas;

    � Discussão do rendimento das turmas através dos gráficos bimestrais;

    � Promover estudos e trocas de experiências na Hora-Atividade;

  • 35

    � Participação na sala de aula, subsidiando o trabalho do professor;

    � montar planilha de atendimento por professor.

    c) Junto aos Alunos:

    � Promover reuniões com os representantes das turmas;

    � Desenvolver ações para evitar a evasão escolar (FICA – Ficha de Comunicação do

    Aluno Ausente);

    � Intervenção nas situações comportamentais que transcendem o ambiente de sala

    de aula, pautados nas normas legais e Regulamento Interno;

    � Atendimento e orientações cotidianas (requerimentos, atestados, exercício

    domiciliar, licenças e atividades militares, etc);

    � Atendimento especial aos alunos que apresentam rendimento inferior a 30% no

    bimestre.

    � Reflexões individuais e coletivas acerca do rendimento bimestral através dos

    gráficos;

    � Encaminhamento dos alunos que necessitam de atendimento especial;

    � Promoção do Conselho de Classe Participativo ( Equipe Pedagógica e alunos);

    � Organização de pastas por turmas com fichas de acompanhamento da vida

    escolar, individuais que deverá ser levada ao conhecimento dos pais nas reuniões, dos

    alunos no Conselho Participativo e dos professores no Conselho de Classe.

    d) Junto aos Funcionários:

    � Contato constante para organização do trabalho escolar;

    � Promoção de encontros de reflexão, avaliação e auto-estima dos funcionários.

    e) Junto às Famílias:

    � Orientação às famílias na busca de intervenção de outros profissionais

    especializados (psicólogos, fonoaudiólogos, oftalmologista, etc), quando se fizer

    necessário;

    � Convocação de atendimento, informações e orientações aos pais sobre o

    rendimento escolar e aspectos disciplinares, tendo em vista proposta de avaliação do

    colégio;

    � Promover e coordenar reuniões de pais bimestrais;

  • 36

    � Encaminhamento de autorizações, bilhetes, comunicados, solicitações, etc;

    � Orientar a comunidade escolar na proposição e construção de um projeto

    pedagógico na perspectiva transformadora.

    f) Junto ao Núcleo Regional de Educação:

    � Participar de reuniões, jornadas pedagógicas, seminários, palestras e demais

    eventos promovidos pela mantenedora;

    � Cumprir com os prazos de entrega dos documentos solicitados;

    � Contratos para sanar dúvidas ou solicitar orientações;

    � Solicitação de visitas dos diversos setores (CRTE, Pedagógico, etc) para melhor

    conduzir o trabalho dentro da escola.

    Avaliação:

    Os trabalhos serão desenvolvidos com toda a equipe escolar, tendo como

    foco as relações que envolvem o processo educativo, intervindo entre os diferentes

    segmentos. Assim, a avaliação acontecerá no decorrer do ano letivo, verificando os

    pontos positivos e negativos, aprimorando o trabalho.

    Bibliografia:

    Texto das atribuições dos Pedagogos fornecido pelo Núcleo Regional de

    Educação.

    Plano de Ação da Direção 2012/2014

    DIRETOR(A): GISLENE APARECIDA GOES

    GESTÃO PARTICIPATIVA E DEMOCRÁTICA

    A legislação brasileira prevê que o ensino público seja ministrado com base em

    alguns princípios, e um deles é a gestão democrática. Assim, a Constituição Federal, no

    artigo 206(VI) estabelece que seja feita a “gestão democrática do ensino público, na forma

    da lei” .

  • 37

    A gestão democrática visa promover a gestão da participação e intensifica o

    envolvimento de todos os integrantes da escola no processo de tomada de decisões e no

    funcionamento da organização escolar. Na E.E. Dr Rubem Fleury da Rocha esse

    envolvimento está relacionado aos órgãos deliberativos, aos pais, aos professores, aos

    alunos, aos conselhos de classe, aos colegiados e a comunidade que se faz presente no

    espaço escolar, o que resulta na formação de uma comunidade educativa que interage

    com a sociedade civil e assegura a qualidade do processo de ensino e de aprendizagem.

    Sobre a participação na construção do Projeto Político Pedagógico, os pais e a

    comunidade escolar sempre colaboraram com ideias e ações que expressam

    compromisso com as políticas públicas e Diretrizes Educacionais e que vêm ao encontro

    das expectativas do grupo.

    Dessa forma, a gestão vindoura deve aprimorar ainda mais essas discussões com

    todos os segmentos da instituição entre eles Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil

    e as famílias afim de que possam acompanhar o processo de ensino aprendizagem e

    participar dos processos decisórios da escola.

    O Regimento Escolar é um documento que deve estar em consonância com o

    Projeto Político Pedagógico. É este documento que legalmente sistematiza as ações

    pedagógicas, administrativas, políticas, sociais e disciplinares da instituição de ensino

    bem como as relações entre o público interno e externo que fazem parte da escola. De

    existência obrigatória na escola, o Regimento Escolar é construído coletivamente pela

    comunidade escolar.

    Uma das formas de proporcionar essa articulação entre as famílias é convidá-las

    para a elaboração do Regimento Escolar e realizar a divulgação para os demais sobre as

    normas legais e de convivência, que orienta, os direitos e deveres dos professores,

    funcionários, pais e alunos.

    O conhecimento sobre este documento deverá ser realizado com os pais, nas

    reuniões ou na rematrícula/matrícula do aluno. Com os professores na capacitação inicial

    e com os alunos nas salas de aula, no início do ano letivo.

    O gestor da escola deverá atentar para o repasse das informações recebidas em

    reuniões, orientações técnicas, ou ocorrências dos diferentes períodos, com a finalidade

    de redirecionar os rumos do cotidiano escolar. Sempre atentando para o total

    entendimento por parte dos usuários.

  • 38

    A participação das Associações de Pais, Mestres e Funcionários, do Conselho

    Escolar e do Grêmio Estudantil, não somente indica as possibilidades de consolidação do

    fortalecimento da comunidade, como também a garantia de espaços de discussão e de

    tomada de decisões no âmbito pedagógico, estrutural e financeiro.

    GESTÃO PEDAGÓGICA

    Todas as ações pedagógicas desenvolvidas pelo coletivo escolar devem estar

    documentadas no Projeto Político Pedagógico, na Proposta Pedagógica e o Plano de

    Trabalho Docente.

    A legislação que rege o Currículo da escola Básica prevê conforme o artigo 32 da

    LDBEN/96 que deve-se garantir o desenvolvimento integral do educando mediante:

    I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno

    domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

    II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das

    artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

    III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de

    conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

    IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de

    tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

    Sendo o currículo espaço de poder e conhecimento corporificado carrega as

    marcas e reproduz culturalmente as estruturas sociais e transmite a ideologia dominante.

    Nesse contexto, a avaliação também nunca será uma atividade neutra, pois o

    modo como se efetiva, a necessidade da tomada de decisões e juízos que nos é exigida

    constantemente, sejam mais transformadoras ou conservadoras, correspondem às

    concepções que construímos e também colocamos em prática.

    Avaliar impõe um enfrentamento com o real, um julgamento, mas não pode ficar

    somente nesta perspectiva; pois, avaliar é também analisar, compreender, desvelar,

    descobrir, pesquisar, estabelecer correlações, ampliar a visão, aprofundar questões,

    dialogar, construir significados para os sujeitos e para a coletividade.

    Não podemos deixar de citar os aspectos legais, os quais norteiam e validam as

    nossas ações, por isso descrevemos abaixo o que afirma a Lei de Diretrizes e Bases da

    Educação com relação à avaliação.

  • 39

    “Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional n.o 9394/96, CAPITULO II – Da

    Educação Básica, Seção I – Das Disposições Gerais, Art. 24, incisos V e VI:

    V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:

    a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos

    aspectos qualitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas

    finais;

    b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;

    c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado;

    d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;

    e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo,

    para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de

    ensino em seus regimentos;

    VI – o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto nos seu

    regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a frequência mínima de

    setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação.”

    Assim, o Plano de Trabalho Docente deve estar em consonância com o sistema de

    avaliação definido pelo coletivo da escola, sistematizado nos documentos que compõem a

    organização do trabalho escolar e expresso na Proposta Pedagógica Curricular.

    O professor, portanto, ao elaborar o seu Plano de Trabalho Docente deve

    considerar a avaliação como parte do processo de ensino e aprendizagem. A mesma

    deve ser realizada em função dos conteúdos e ser coerente com os pressupostos e

    metodologias da disciplina .

    Nesse sentido, no Livro de Registro de Classe deverão ser contempladas e

    registradas todas as atividades avaliativas e de recuperação de estudos asseguradas ao

    aluno pela legislação, em acordo com os documentos produzidos coletivamente pela

    escola.

    Dessa forma, o gestor junto com a equipe pedagógica deve

    buscar alternativas que visem proporcionar o bom andamento pedagógico intervindo na

    organização do planejamento, currículo e avaliação; organizando o processo educacional,

    articulando, motivando e promovendo pedagogicamente o trabalho na busca da qualidade

    do processo de ensino aprendizagem.

    Ao diagnosticar dificuldades de ensino aprendizagem cabe aos professores

    informar a Equipe Pedagógica que encaminhará os alunos para a sala de apoio, que

  • 40

    conforme instrução nº 07/11 -SUED/SEED, oferecerá apoio à aprendizagem nas

    disciplinas de Matemática e Português no contra turno para as 5ª e 8ª séries.

    Salas de Apoio à Aprendizagem

    Ao fim de cada bimestre cabe à direção organizar com a Equipe Pedagógica a

    verificação do ensino aprendizagem dos alunos por meio do Conselho de Classe

    participativo, ou seja com a presença de representantes dos pais e alunos.

    Após a reflexão do Conselho de Classe deverá ocorrer a participação dos

    resultados bimestrais para os pais/responsáveis por meio de reuniões específicas para o

    devido fim. Nessas ocasiões deverão ser colhidas sugestões que fortaleçam o

    compromisso e o vínculo entre alunos, professores, família e comunidade.

    GESTÃO DE INCLUSÃO/SÓCIOEDUCAÇÃO

    Inclusão e diversidade são temas que povoam as discussões na área educacional

    na última década. Embora haja uma estreita relação entre as duas temáticas não significa

    que, ao se discutir a inclusão na educação, sejam realizados na sociedade, debates sobre

    a diversidade de grupos que se encontram à margem do processo social, expropriados

    dos direitos que são garantidos por lei, a todos os cidadãos, independente de suas

    diferenças individuais. As políticas e práticas de inclusão não têm um significado único e

    consensual, já que são determinadas por múltiplos fatores. Esses fatores incluem uma

    ampla rede de significações no entrecruzamento de diferentes olhares e formas de se

    efetivar esse processo; é na inter-relação de como eu, os outros e as instituições sociais

    definem e praticam a inclusão é que ela pode, ou não, tornar-se realidade.

    GESTÃO DE PESSOAS

    Os recursos humanos, em especial os profissionais da educação são uma das

    dimensões fundamentais de qualquer processo de melhoria da qualidade do ensino.

    Além de contar com direção e professores, a escola configura-se como um microuniverso

    no qual diversas personagens atuam em apoio, prestando serviços pedagógicos,

    administrativos ou gerais. Por isso é fundamental que o Gestor da escola esteja bem

    informado sobre a legislação que rege a vida funcional de todas as pessoas que prestam

    serviços na/para a escola.

  • 41

    Na gestão democrática é importante a construção de regras e normas que regulem

    as relações e suas ações estabelecendo limites, direitos e deveres. É fundamental que a

    direção crie ações para a integração entre os profissionais da escola, pais, alunos e

    comunidade.

    Assim, mais uma vez destacamos a importância da participação de todos os

    funcionários e professores junto com a comunidade da escola na construção do PPP, pois

    essa participação estimula as pessoas que sentem-se motivadas a assumir

    compromissos para a melhoria da qualidade de ensino.

    Dessa forma, faz-se imprescindível que o gestor apoie as capacitações propostas

    pela SEED em prol do desenvolvimento humano de todos.

    GESTÃO DE SERVIÇOS DE APOIO, RECURSOS FÍSICOS E FINANCEIROS

    Tão importante quanto o projeto pedagógico, temos a administração econômico-

    financeira que se apresenta como um dos pilares da instituição de ensino.

    Assim, exige-se do gestor uma prática essencialmente democrática que conjugue as

    decisões coletivas e a unidade de ação do projeto de escola, na perspectiva de conciliar

    as exigências burocrático-administrativas da função com a finalidade educativa da escola.

    Embora o diretor possa delegar responsabilidades, nas várias etapas da

    organização da escola, cabe a ele fazer cumprir a legislação escolar e estabelecer

    diretrizes gerais e definir objetivos e metas que compatibilizem a política e as diretrizes do

    sistema escolar com as intenções, expectativas e decis�