Projeto Ponte Rolante
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1
Lista de Figuras
Figura 1 – Rolos de moenda já instalados................................................................................ 4
Figura 2 – Modelo de Moitão selecionado............................................................................... 7
Figura 3 – Valor de H2 para o sistema de polias adotado. ..................................................... 10
Figura 4 – Diagrama de esforço cortante e momento fletor para o eixo do tambor. ............. 17
Figura 5 – Esquema da estrutura do carro. ............................................................................. 21
Figura 6 – Diagramas de esforço cortante e momento fletor para a viga 1 do carro. ............ 22
Figura 7 – Perfil para a estrutura do carro. ............................................................................ 22
Figura 8 – Esquema de esforços na viga da ponte. ................................................................ 24
2
Lista de Tabelas
Tabela 1 – Especificações do projeto. ...................................................................................... 5
Tabela 2 – Classe de funcionamento do mecanismo. .............................................................. 5
Tabela 3 – Estado de solicitação do mecanismo. ..................................................................... 5
Tabela 4 – Grupo de classificação do mecanismo. .................................................................. 6
Tabela 5 – Catálogo do moitão. ............................................................................................... 7
Tabela 6 – Valores do parâmetro Q. ........................................................................................ 8
Tabela 7 – Catálogo do cabo de aço. ....................................................................................... 9
Tabela 8 – Valores de H1. ...................................................................................................... 10
Tabela 9 – Catálogo de chapas. .............................................................................................. 12
Tabela 10 – Catálogo motor elétrico. ..................................................................................... 14
Tabela 11 – Catálogo de redutores da AUBERT. .................................................................. 15
Tabela 12 – Catálogo do freio. ............................................................................................... 16
Tabela 13 – Tempo de aceleração. ......................................................................................... 20
Tabela 14 – Catálogo de redutor para ponte. ......................................................................... 26
Tabela 15 – Catálogo de freio para ponte. ............................................................................. 27
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Sumário
1 Introdução .......................................................................................................................... 4
2 Memorial de Cálculo e Seleção de Materiais .................................................................... 5
2.1 Especificações do Projeto ........................................................................................... 5
2.2 Classificação do Mecanismo ...................................................................................... 5
2.3 Dimensionamento do mecanismo de elevação ........................................................... 7
2.3.1 Seleção do Moitão ................................................................................................ 7
2.3.2 Cabo de Aço ......................................................................................................... 8
2.3.3 Polias .................................................................................................................. 10
2.3.4 Tambor ............................................................................................................... 11
2.3.5 Motor de Levantamento ..................................................................................... 14
2.3.6 Escolha do Redutor de Levantamento ................................................................ 15
2.3.7 Escolha do Freio do Motor de Levantamento .................................................... 16
2.3.8 Eixo do Tambor .................................................................................................. 17
2.3.9 Rolamento do Tambor ........................................................................................ 18
2.3.10 Acoplamento .................................................................................................... 18
2.4 Sistema de Translação do Carro ............................................................................... 19
2.4.1 Escolha do Motor-Redutor de Translação do Carro ........................................... 19
2.4.2 Viga para Ponte de Translação ........................................................................... 21
2.5 Sistema de Translação da Ponte ............................................................................... 24
2.5.1 Viga da Ponte ..................................................................................................... 24
2.5.2 Motor de Translação da Ponte ............................................................................ 25
2.5.3 Redutor da Translação da Ponte ......................................................................... 26
2.5.4 Escolha do Freio do Carro de Translação .......................................................... 27
3 Anexos .............................................................................. Erro! Indicador não definido.
4
1 Introdução
O projeto aqui desenvolvido tem como objetivo propor uma melhoria a um sistema de
elevação de rolos de moenda utilizado na usina Jalles Machado S/A. Para realizar a desmontagem e
a montagem da moenda para que seja feita a devida manutenção é necessário que se utilize uma
ponte rolante de grande capacidade, uma vez que um rolo de moenda pode chegar a um peso de 37
toneladas. A figura abaixo mostra alguns ternos de moenda com os rolos já instalados.
Figura 1 – Rolos de moenda já instalados.
Atualmente a usina utiliza duas pontes simultaneamente, ambas de capacidade de 20 ton.
Visando oferecer uma movimentação mais segura dessas peças, esse projeto apresenta uma ponte
rolante de capacidade de 40 ton e atendendo as dimensões do galpão onde seria instalada. Como a
estrutura do galpão já foi projetada para suportar essa carga, o projeto consiste em determinar
somente o carro do ponte bem como suas vigas principais.
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2 Memorial de Cálculo e Seleção de Materiais
2.1 Especificações do Projeto
Tabela 1 – Especificações do projeto.
Parâmetro Valor
Capacidade de Carga 40 ton.
Vão da Ponte Rolante 21,2 m.
Curso útil do gancho 12 m.
Velocidade de levantamento 5,5 m/min.
Velocidade de translação do carro 15 m/min.
Velocidade de translação da Ponte 60 m/min.
O projeto desenvolvido é baseado na norma NBR 8400 – Cálculo de equipamentos para
levantamento e movimentação de cargas.
2.2 Classificação do Mecanismo
A classificação do mecanismo é definido com base em dois parâmetros: classe de
funcionamento e estado de solicitação. Com relação a classe de funcionamento a norma estabelece
o seguinte.
Tabela 2 – Classe de funcionamento do mecanismo.
Como o tempo de funcionamento diária da ponte é esperado que seja por volta de uma hora
e meia, a classe de funcionamento do mecanismo será V1. No que diz respeito ao estado de
solicitação, a norma designa o seguinte.
Tabela 3 – Estado de solicitação do mecanismo.
6
A ponte terá por finalidade transportar rolos de moenda de aproximadamente 37 toneladas,
sendo assim o estado de solicitação que melhor a representa é o estado 3. Após definidos a classe de
funcionamento e o estado de solicitação, a classificação do mecanismo pode ser realizada com base
na seguinte tabela.
Tabela 4 – Grupo de classificação do mecanismo.
Com base na tabela anterior, pode-se concluir que o grupo do mecanismo é 2 m.
7
2.3 Dimensionamento do mecanismo de elevação
2.3.1 Seleção do Moitão
Para a seleção do moitão a carga e o diâmetro da polia devem ser avaliados. Quanto a carga
ele deve suportar no mínimo 40 toneladas, já o cálculo do diâmetro mínimo da polia é um processo
interativo pois o diâmetro do cabo deve ser determinado primeiramente, e este é função da massa do
moitão. Após a primeira interação foi possível concluir que o moitão a ser utilizado é o MTL –
5060314 com capacidade para 60 toneladas e diâmetro de polia de 740 mm. O catálogo utilizado
não apresentava o peso do moitão, então foi adotado o valor de 1500 kg. O modelo e tabela do
catálogo do moitão selecionado são apresentados abaixo.
Figura 2 – Modelo de Moitão selecionado.
Tabela 5 – Catálogo do moitão.
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2.3.2 Cabo de Aço
O rendimento de cada polia do moitão é adotado como sendo 99%, sendo assim o
rendimento do moitão composto por 3 polias é calculado a seguir:
𝜂𝑚𝑜𝑖𝑡ã𝑜 = 𝜂𝑝𝑜𝑙𝑖𝑎𝑁° 𝑝𝑜𝑙𝑖𝑎𝑠
= 0,993 = 0,97
Definido o rendimento do moitão é possível calcular a tração que cada cabo será submetida
com base na seguinte equação.
𝑇 =𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 + 𝑀𝑜𝑖𝑡ã𝑜
𝑁° 𝑐𝑎𝑏𝑜𝑠 × 𝜂𝑚𝑜𝑖𝑡ã𝑜
=40000(𝑘𝑔) + 1500(𝑘𝑔)
4 × 0,97= 10695,88 𝑘𝑔𝑓
Da norma NBR 8400 o diâmetro mínimo pode ser determinado pela seguinte formula:
𝑑𝑐 = 𝑄√𝑇
O parâmetro Q é determinado com base no grupo do mecanismo e no tipo de cabo segundo
a tabela a seguir.
Tabela 6 – Valores do parâmetro Q.
Como o cabo a ser utilizado é um cabo normal e o grupo do mecanismo é 2 m, o valor
mínimo de Q é 0,3.
𝑑𝑐 = 0,30√10695,88 = 31,02 𝑚𝑚
O cabo padrão a ser adotado será o cabo de aço 6x25 EIPS da CIMAF de 1.1/4” (32 mm)
com alma de aço e carga de ruptura igual à 72600 kgf e peso de 4,192 kg/m como mostra a tabela a
seguir.
9
Tabela 7 – Catálogo do cabo de aço.
Verificação do diâmetro com adição do peso do cabo:
𝑃𝑐𝑎𝑏 = N° do Cabo·(Altura de Elevação)·dlinear = 4·12·4,192 = 201,216 kg
𝑇 =𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 + 𝑀𝑜𝑖𝑡ã𝑜 + 𝐶𝑎𝑏𝑜
𝑁° 𝑐𝑎𝑏𝑜𝑠 × 𝜂𝑚𝑜𝑖𝑡ã𝑜
=40000(𝑘𝑔) + 1500(𝑘𝑔) + 201,216 (𝑘𝑔)
4 × 0,97= 10747,74 𝑘𝑔𝑓
𝑑𝑐 = 0,30√10747,74 = 31,1 𝑚𝑚
Como o novo diâmetro calculado é menor do que o diâmetro do cabo selecionado, então o
cabo escolhido satisfaz os requisitos. Verificado o diâmetro do cabo de aço considerando o peso do
cabo, o coeficiente de segurança do cabo de aço pode ser calculado como segue.
𝐶𝑠 =𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑑𝑒 𝑅𝑢𝑝𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝐶𝑎𝑏𝑜 𝑑𝑒 𝐴ç𝑜
𝑇=
72600 (𝑘𝑔𝑓)
10747,74(𝑘𝑔𝑓)= 6,75
Este coeficiente é aceitável, já que está no intervalo de 6 a 8 sugerido pelo fabricante para
aplicação de pontes rolantes.
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2.3.3 Polias
A escolha das polias é feita a partir da determinação do diâmetro mínimo de enrolamento de
um cabo, que é dado pela fórmula
𝐷𝑒 ≥ 𝐻1 × 𝐻2 × 𝑑𝑐
O valor de H1 é fornecido pela seguinte tabela:
Tabela 8 – Valores de H1.
Para os tambores e polias de compensação, H2 = 1. Considerando o sistema de polias
adotado, H2 = 1,12 para as polias móveis como mostra a imagem a seguir.
Figura 3 – Valor de H2 para o sistema de polias adotado.
Como o cabo selecionado é um cabo normal, os diâmetros podem ser calculados como
segue.
Diâmetro da Polia Compensadora
𝐷𝑒 ≥ 𝐻1 × 𝐻2 × 𝑑𝑐 ≥ 14 × 1 × 32 = 448 𝑚𝑚
O diâmetro escolhido para a polia compensadora é de 450 mm.
Diâmetro das Polias Móveis
𝐷𝑒 ≥ 𝐻1 × 𝐻2 × 𝑑𝑐 ≥ 20 × 1,12 × 32 = 716,8 𝑚𝑚
Conforme descrito anteriormente o diâmetro mínimo das polias móveis da moitão, 716,8
mm, é menor que o diâmetro selecionado anteriormente de 740 mm.
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2.3.4 Tambor
Diâmetro do Tambor
𝐷𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟 ≥ 𝐻1 × 𝐻2 × 𝑑𝑐 ≥ 18 × 1 × 32 = 576 𝑚𝑚
Como o diâmetro mínimo é de 576 mm, então é escolhido um diâmetro de 600 mm.
Comprimento do Tambor
Após o diâmetro, o número de ranhuras e o comprimento do tambor podem ser
determinados com as seguintes considerações.
Pca: Passo do cabo de aço = 35 mm;
F1: Folga lateral para preencher cabos = 150 mm;
Fr: Folga entre lados ranhurados = 100 mm;
Dt: Diâmetro do tambor = 600 mm;
O número de ranhuras pode ser calculado como segue.
𝑛 =𝐻𝑓
π𝐷+ 4 =
12000 × 4
π × 600+ 4 = 30 𝑟𝑎𝑛ℎ𝑢𝑟𝑎𝑠
Onde:
H, altura de elevação;
f, número de cabos de sustentação da carga;
Após determinar o número de ranhuras, o comprimento pode ser calculado como segue.
𝐿𝑡 = 2𝐹1 + 𝐹𝑟 + 𝑛𝑃𝑐𝑎 = 2 ∙ 150 + 100 + 30 × 35 = 1450 𝑚𝑚
Espessura do Tambor
Para determinar a espessura apropriada para o tambor primeiramente é definido o material,
um aço ASTM A-36 com resistência de 400 MPa. Com base no catálogo de chapas da GERDAU
apresentado a seguir, uma primeira espessura de 1.1/4” (31,5 mm) é selecionada, de peso 247,27
kg/m2.
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Tabela 9 – Catálogo de chapas.
Abaixo são apresentados os cálculos para verificar se a primeira estimativa de chapa é
apropriada.
De acordo com a norma NBR 8400 a tensão admissível para uma chapa é obtida pela
seguinte equação (adotando Frs = 2,8 e q = 1,12 para mecanismo de classificação 2M).
𝜎𝑎𝑑𝑚 =𝜎𝑟
𝐹𝑟𝑠 ∙ 𝑞=
400
2,8 ∙ 1,12= 127,55 𝑀𝑃𝑎
Definido a tensão admissível, a tensão aplicada deve ser calculada e verificada se atende ao
limite acima.
Tensão devido ao efeito da carga:
𝜎𝑣 =𝑁° 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑏𝑜𝑠 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 ∙ 𝑇𝑐𝑎𝑏𝑜 ∙ 𝐿𝑡
𝜋𝐷𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟2 ∙ ℎ
=2 ∙ 104926,6 ∙ 1450
𝜋6002 ∙ 15,5= 17,08 𝑀𝑃𝑎
Onde h é a espessura efetiva do tambor (desconsiderando a parte usinada para acomodar o
cabo de aço).
13
Tensão de flexão local:
𝜎𝑓 = 0,96𝑇𝑐𝑎𝑏𝑜 ∙ √1
𝐷𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟2ℎ6
4
= 0,96 ∙ 104926,6 ∙ √1
600215,56
4
= 65,79 𝑀𝑃𝑎
Tensão de esmagamento
𝜎𝑒 =0,5𝑇𝑐𝑎𝑏𝑜
𝑡ℎ + 0,112𝑡2=
0,5 ∙ 104926,6
31,5 ∙ 15,5 + 0,112 ∙ 31,52= 85,59 𝑀𝑃𝑎
Onde t é a espessura da chapa selecionada.
Tensão resultante
𝜎𝑓 = √(𝜎𝑣 + 𝜎𝑓)2
+ 𝜎𝑒2 = √(17,08 + 65,79)2 + 85,592 = 119,14 𝑀𝑃𝑎
Como a tensão resultante (119,14 MPa) é menor do que a tensão admissível pela chapa
(127,55 MPa) o material selecionado está adequado. Com isso o peso do tambor será 215,12 kg.
14
2.3.5 Motor de Levantamento
A potência requerida ao motor para realizar o levantamento da carga na velocidade de
levantamento especificada é obtida da seguinte forma, considerando os rendimentos abaixo.
ηengrenagem = 0,973
= 0,91(3 pares de engrenagem);
ηrolamentos = 0,98;
ηpolias = 0,97;
𝑃𝑀𝐿 =(𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 + 𝑀𝑜𝑖𝑡ã𝑜 + 𝐶𝑎𝑏𝑜)𝑔 × 𝑉𝑙𝑒𝑣𝑎𝑛𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
1000𝜂𝑒𝑛𝑔𝑟𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑚𝜂𝑟𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠𝜂𝑝𝑜𝑙𝑖𝑎𝑠
𝑃𝑀𝐿 =
(40000 + 1500 + 201,2)[𝑘𝑔]9,81[𝑚 𝑠2⁄ ] × (5,560⁄ ) [𝑚 𝑠⁄ ]
1000 × 0.91 × 0.98 × 0.97
𝑃𝑀𝐿 = 43,35 𝑘𝑊
Com base nos calculos realizados o motor deverá ser de pelo menos 51,23 kW para levantar
a carga a uma velocidade de 6,5 m/s. A tabela a seguir é um catálogo de motores elétricos trifásicos
da Siemens.
Tabela 10 – Catálogo motor elétrico.
Como a potência requerida é de 43,35 kW o modelo escolhido é o 1LG4 223-4EA-9 de
potência 45 kW, de 4 pólos, rotação nominal de 1780 rpm, carcaça 225S e peso de 300 kg.
15
2.3.6 Escolha do Redutor de Levantamento
Primeiramente deve ser calculada a rotação do tambor, para isso primeiramente é calculado
a velocidade dos cabos, ou seja a velocidade tangencial do tambor e então o rotação do tambor pode
ser determinada como segue.
𝑉𝑐𝑎𝑏𝑜𝑠 =𝑁° 𝑐𝑎𝑏𝑜𝑠 × 𝑉𝑙𝑒𝑣𝑎𝑛𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
2=
4 ∙ 5,5
2= 11 𝑚/𝑚𝑖𝑛
𝜔𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟 =𝑉𝑐𝑎𝑏𝑜𝑠
𝜋 × 𝐷𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟
=11
𝜋 ∙ 0,6= 6,037 𝑟𝑝𝑚
Sendo assim, a redução necessária será
𝑖𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜 =𝜔𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟
𝜔𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟=
1780
6,037= 294,9
O cálculo da potência efetiva do redutor tem como base o fator de serviço, que é função do
tempo de serviço e os choques submetidos, e da potência absorvida pelo motor. Considerando o
tempo de trabalho intermitente de uma hora e meia e choques moderados: FS = 1. Sendo assim a
potência efetiva será a própria potência absorvida de 45 kW.
Para os parâmetros de fator de redução e potência requerida, o redutor escolhido será o
modelo 1600 ARP 4 da empresa AUBERT com as seguintes características: entrada de 1750 rpm,
relação de redução de 291,9, rotação de saída de 6 rpm (pois é o mais próximo da rotação
requerida), potência nominal de 62 kW e massa de 2398 kg conforme apresentado na tabela a
seguir.
Tabela 11 – Catálogo de redutores da AUBERT.
16
2.3.7 Escolha do Freio do Motor de Levantamento
Para selecionar o freio do motor é necessário calcular o torque requerido com base na
seguinte equação.
𝑇𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 =71620 ∙ 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 (𝑐𝑣)
𝜔(𝑟𝑝𝑚)
𝑇𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 =71620 ∙ 60
1780
𝑇𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = 2414,2 𝑘𝑔𝑓 ∙ 𝑐𝑚
𝑇𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = 236,8 𝑁𝑚
𝑇𝑓𝑟𝑒𝑖𝑜 = 1,75 ∙ 𝑇𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟
𝑇𝑓𝑟𝑒𝑖𝑜 = 1,75 ∙ 236,8
𝑇𝑓𝑟𝑒𝑖𝑜 = 414,45 𝑁𝑚
Com base no torque calculado será escolhido o modelo FNN 4050 de duas sapatas da
empresa EMH, que suporta um torque de 300 a 670 Nm e de massa 100 kg como mostrado na
tabela seguinte.
Tabela 12 – Catálogo do freio.
17
2.3.8 Eixo do Tambor
Para dimensionar o eixo primeiro é necessário definir o máximo momento fletor que o eixo
está submetido. Para isso é calculado o diagrama de esforço cortante e então o diagrama de
momento fletor em função do peso do tambor e da forço nos dois cabos. O resultado é apresentado
na figura seguinte.
Figura 4 – Diagrama de esforço cortante e momento fletor para o eixo do tambor.
Com base no diagrama o máximo momento fletor é de 39,86 kNm. Além disso é necessário
calcular o torque que o eixo é submetido com base no torque de saída do motor, 236,8 Nm, e o fator
de redução do redutor. Sendo assim, o torque pode ser determinado como segue.
𝑇𝑒𝑖𝑥𝑜 = 𝑇𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 ∙ 𝑖𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜 = 236,8 ∙ 291,9 = 69130 𝑁𝑚 = 69,13 𝑘𝑁𝑚
Com esses dois esforços determinados e desprezando o efeito de fadiga, o momento ideal de
Von Misses pode ser determinado.
𝑀𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙 = √𝑀𝑚𝑎𝑥2 + 0,75𝑇𝑒𝑖𝑥𝑜
2 = √39,862 + 0,75 ∙ 69,132 = 71,92 𝑘𝑁𝑚
Para determinar o diâmetro é necessário calcular a tensão admissível do material, que será o
mesmo da chapa utilizada para fabricar o tambor. Logo o diâmetro pode ser calculado como segue.
𝑑 = 2,17√𝑀𝑖
𝜎𝑎𝑑𝑚
3
= 2,17√71,92 ∙ 103
127,55 ∙ 106
3
= 0,1793 𝑚 = 179,3 𝑚𝑚
Por conveniência, o diâmetro escolhido será de 180 mm.
18
2.3.9 Rolamento do Tambor
Para determinar o rolamento do tambor é necessário primeiramente calcular o esforço
atuante no mesmo. Para isso basta somar o peso do tambor, o peso do moitão, o peso do cabo
dividir essa soma pela metade pois o rolamento irá suportar metade da carga enquanto a outra
metade é transmitida ao redutor e adicionar a tração no cabo.
𝐹𝑟 = 𝑃𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟 + 𝑃𝑚𝑜𝑖𝑡ã𝑜 + 𝑃𝑐𝑎𝑏𝑜
2+ 𝑇𝑐𝑎𝑏𝑜 =
2110,3 + 14715 + 1973,8
2+ 104926,6 = 114,3 𝑘𝑁
Para determinar a carga estática requerida pelo rolamento é necessário realizar as correções
com base nos fatores q e Fsr da norma NBR 8400. Sendo assim a carga estática requerida será:
𝐶𝑂 > 𝐹𝑅𝑞𝐹𝑠𝑟 > 114,3 ∙ 1,12 ∙ 2,8 = 358,45 𝑘𝑁
Para essa carga o rolamento selecionado é o de rolos modelo NU 1036 da NSK que resiste a
uma carga estática de 510 kN. Para o rolamento também é selecionada uma caixa modelo 3040S.
2.3.10 Acoplamento
É necessário que se escolha um acoplamento para ligar o motor ao redutor. Para determinar
o acoplamento adequado será utilizado o torque de saída multiplicado por um fator de segurança
sugerido pelo fabricante ANTARES, que para essa aplicação é de 2,5. Sendo assim o torque
requerido será:
𝑇𝑎𝑐𝑜𝑝𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 2,5𝑇𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = 2,5 ∙ 236,8 = 592 𝑁𝑚
Para esse torque o acoplamento adequado será o AT 70, de massa 7 kg, que tem capacidade
para suportar até 940 Nm.
19
2.4 Sistema de Translação do Carro
2.4.1 Escolha do Motor-Redutor de Translação do Carro
Estimativa do peso do carro:
Elementos Massa (kg) Elementos Massa (kg)
Cabo de aço 201,2 Acoplamento 7
Moitão 1500 Motor de Levantamento 300
Tambor 215,1 Freio do Motor 100
Redutor 2398 Peso Total (P1) 4746,3
Polia Compensadora 25
Estimativa do peso da estrutura
𝑃2 = 0,26118 ∙ 𝑄0,26126 ∙ 𝐿−0,14295 ∙ 𝑅0,75459 ∙ 𝑊1,13894 = 1,78 𝑡𝑜𝑛
Onde:
Q, Carga máxima (40 ton).
L, Altura de elevação (12 m).
R, Vão do carro (2 m).
W, Distância entre rodas (2 m).
Peso do mecanismo de translação:
𝑃3 = 0,1 ∙ (𝑃1 + 𝑃2) = 0,1 ∙ (4,75 + 1,78) = 0,653 𝑡𝑜𝑛
Peso total:
𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑃1 + 𝑃2 + 𝑃3 = 4,75 + 1,78 + 0,653 = 7,183 𝑡𝑜𝑛
Com o peso do carro determinado, a potência pode ser calculada com segue.
Potência de Regime:
𝑁𝑟 =(𝑄 + 𝑄0)𝑊𝑡𝑉
75 ∙ 60 ∙ 𝜂𝑠𝑖𝑠𝑡
=(40 + 7,183) ∙ 9,5 ∙ 15
75 ∙ 60 ∙ 0,97= 1,54 𝑐𝑣
20
Onde:
Nr, Potência no regime;
V, velocidade de translação do carro (15 m/min);
Qo, peso do próprio carro (7,546 ton);
Wt, resistência ao rolamento (9,5kg/ton);
ηsist, rendimento do sistema (0,97).
Potência de Aceleração:
𝑁𝑎 =(𝑄 + 𝑄0)𝑉2𝛽
75 ∙ 602 ∙ 𝑔 ∙ 𝑡𝑎 ∙ 𝜂𝑠𝑖𝑠𝑡
=(40000 + 7183) ∙ 152 ∙ 1,15
75 ∙ 602 ∙ 3,2 ∙ 0,97= 1,485 𝑐𝑣
↔
Onde
Na, Potência na aceleração;
β, fator da inércia das massas rolantes (1,15).
g, aceleração gravitacional (9,81 m/s2).
ta, tempo de aceleração (3,2 s, obtido da tabela abaixo).
Tabela 13 – Tempo de aceleração.
Potência do Sistema:
𝑁𝑠𝑖𝑠𝑡 =𝑁𝑎 + 𝑁𝑟
1,7=
1,54 + 1,485
1,7= 1,78 𝑐𝑣
Após determinar a potência requerida, é necessário calcular a rotação requerida pela roda
pela seguinte equação.
21
Rotação da roda:
𝑅𝑟𝑜𝑑𝑎 =𝑉𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙
𝜋𝐷𝑟𝑜𝑑𝑎=
15
𝜋 ∙ 0,25= 19 𝑟𝑝𝑚
Com esses requisitos o moto-redutor escolhido é o FAF 67 DZ 90L4 da SEW-EURODRIVE
de potência 1,5 kW (2 cv), rotação de 25 rpm e massa de 51 kg.
2.4.2 Viga para Ponte de Translação
O mecanismo de translação será suportado por 3 vigas conforme esboçado na figura abaixo.
Figura 5 – Esquema da estrutura do carro.
A viga 1 apoiará o redutor, enquanto a viga 2 é usada para apoiar o rolamento do tambor, já
na viga 3 são fixados o motor e a polia compensadora. A fim de garantir uma simetria a viga 1 será
idêntica a viga 2.
VIGA 1 e 2
Para verificar as dimensões para a viga 1 é calculado os diagramas de momento fletor e
esforço cortante como mostrado na figura abaixo.
22
Figura 6 – Diagramas de esforço cortante e momento fletor para a viga 1 do carro.
Onde:
FMR= Força peso do motor-redutor
FS= Força do rolamento do tambor no redutor
FR= Força peso do redutor
FES= Força estrutural (P2 dividido igualmente entre as três vigas)
FAF= Força peso do acoplamento e do freio
Com base no diagrama do esforço cortante o momento fletor máximo é de 32,44 kNm. A
viga utilizada é apresentada abaixo.
Figura 7 – Perfil para a estrutura do carro.
23
Onde:
H = 280 mm
Hw = 260 mm
d = 260 mm
bf = 340 mm
tf = tw = 6,35 mm.
Com essas medidas o momento de inércia do perfil é de 1∙10-4
m4. Sendo assim, a tensão
resultante será.
𝜎𝑟𝑒𝑠 =𝑀𝑚𝑎𝑥𝑦
𝐼=
32,44 ∙ 103 ∙ 0,1
1 ∙ 10−4= 32,44 𝑀𝑃𝑎
Como a viga é de aço ASTM A-36 que têm tensão de ruptura igual a 400 MPa, sua tensão
admissível será.
𝜎𝑎𝑑𝑚 =𝜎𝑟𝑢𝑝
1,5=
400
1,5= 166,67 𝑀𝑃𝑎
Como a tensão resultante é menor que a tensão admissível a viga selecionada é adequada.
Pelo cálculos apresentados, a viga está com uma resistência consideravelmente acima do necessário,
porém devido ao tamanho da roda (diâmetro de 250 mm e largura de 120 mm) a viga deverá ter
essas dimensões.
VIGA 3
A viga 3 além de suportar o seu peso da estrutura, FES, e o peso do motor ela também é
carregada pela polia. A polia sofre o esforço do cabo e devido ao fato de ser uma carga excêntrica
(200 mm do centro da viga) gera um momento torsor na viga. Como tanto o motor como a polia
estão localizados no meio da viga a distribuição de momento por flexão e torção é simétrico e assim
pode ser calculado com maior facilidade da seguinte maneira.
𝑀𝑚𝑎𝑥 =𝐹𝐸𝑆 + 𝐹𝑀
2∙
𝐿𝑣𝑖𝑔𝑎
2=
5,82 + 2,94
2∙
2
2= 4,38 𝑘𝑁𝑚
𝑇𝑚𝑎𝑥 =2𝑇𝑐𝑎𝑏𝑜 ∙ 𝑎𝑒𝑥𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
2=
2 ∙ 104,9 ∙ 0,2
2= 10,49 𝑘𝑁𝑚
A partir deles as tensões resultantes desses esforços podem ser calculadas e com elas então a
tensão resultante, utilizando o mesmo perfil das vigas 1 e 2.
𝜎𝑓 =𝑀𝑚𝑎𝑥𝑦
𝐼=
4,38 ∙ 103 ∙ 0,1
1 ∙ 10−4= 4,38 𝑀𝑃𝑎
𝜏 =𝑇𝑚𝑎𝑥𝑦
𝐽=
10,49 ∙ 103 ∙ 0,1
1 ∙ 10−410,49 𝑀𝑃𝑎
𝜎𝑟𝑒𝑠 = √𝑀𝑚𝑎𝑥2 + 0,75𝑇𝑚𝑎𝑥
2 = 10,09 𝑀𝑃𝑎
Como a tensão admissível é maior que a resultante, logo a viga também está bem
dimensionada para a viga 3.
24
2.5 Sistema de Translação da Ponte
2.5.1 Viga da Ponte
Como serão utilizadas vigas gêmeas, os cálculos serão baseados na região mais solicitada,
ou seja a viga próxima ao tambor. Para isso será somado o peso da própria viga com os esforços
transmitidos pelas duas rodas. O esforço da roda vinculada a viga 1 do carro já foi calculado
anteriormente como sendo 119,26 kN (Rbc). O mesmo procedimento foi repetido e para a outra
roda foi encontrado o valor de 120,12 kN (Rac). O esforço devido ao peso da viga é de 4093 N/m e
com essas cargas as reações são: em A 163,2 kN e em B 163,0 kN. O esquema abaixo representa a
atuação das forcas transmitidas pelas rodas (Fac e Fcb) e o peso da viga.
Figura 8 – Esquema de esforços na viga da ponte.
Para determinar a flexa máxima e verificar se a viga escolhida atende o requisito, é
necessário determinar a equação para o momento e a integrando duas vezes como a seguir.
𝐸𝐼𝑀(𝑥) = 𝑅𝐴(𝑥 − 0) − 𝑅𝑎𝑐(𝑥 − 𝑎) − 𝑅𝑏𝑐(𝑥 − 𝑏) +𝑞0
2(𝑥 − 0)2 + 𝑅𝐵(𝑥 − 0)
𝐸𝐼𝑄(𝑥) =𝑅𝐴
2(𝑥 − 0)2 −
𝑅𝑎𝑐
2(𝑥 − 𝑎)2 −
𝑅𝑏𝑐
2(𝑥 − 𝑏)2 +
𝑞0
6(𝑥 − 0)3 +
𝑅𝐵
2(𝑥 − 0)2 + 𝐶1
𝐸𝐼𝑉(𝑥) =𝑅𝐴
6(𝑥 − 0)3 −
𝑅𝑎𝑐
6(𝑥 − 𝑎)3 −
𝑅𝑏𝑐
6(𝑥 − 𝑏)3 +
𝑞0
24(𝑥 − 0)4 +
𝑅𝐵
6(𝑥 − 0)3 + 𝐶1𝑥 + 𝐶2
Substituindo os esforços e usando as seguintes condições de contorno:
X=0, v(x)=0
X=20,6 v(x)=0
Tem-se que:
C1=1,63∙ 106
C2=0
25
Para obter a maior flexa, basta substituir a posição x por 10,6 m (meio da viga) e incluir o
modo de elasticidade do material (para a viga é o aço ASTM A-36 E=200 GPa) e o momento de
inercia da viga que é de 1,85∙10-2 m para a viga com as seguintes características.
Onde:
H = 1000 mm
Hw = 960 mm
d = 850 mm
bf = 710 mm
tf = tw = 20 mm.
V(x)=
163,26
(10,6-0)3-120,12
6(10,6-9,6)3-
119,266
(10,6-11,6)3+4093
24(10,6-0)4+
1636
(10,6-0)3+1,63∙106(10,6)
200∙109×1,85∙10-2
𝑉(𝑥) = 0,00468𝑚 = 4,68 𝑚𝑚
Para verificar se a viga está bem dimensionada é necessário calcular a flexa limite com base
na seguinte equação.
𝑉𝑚𝑎𝑥 =𝐿
800=
21200
800= 26,5 𝑚𝑚
Logo a viga está bem dimensionada.
2.5.2 Motor de Translação da Ponte
Potência de regime:
𝑁𝑟 =(𝑄 + 𝑄0)𝑊𝑡𝑉
75 ∙ 60 ∙ 𝜂𝑠𝑖𝑠𝑡
=(40 + 7,183 + 17,69) ∙ 7 ∙ 60
75 ∙ 60 ∙ 0,96= 6,31 𝑐𝑣
Onde a velocidade é de 60 m/min, e a resistência de rolamento (Wt) pra 700 mm é 7 e o
rendimento do sistema é 0,96.
Potência de aceleração:
𝑁𝑎 =(𝑄 + 𝑄0)𝑉2𝛽
75 ∙ 602 ∙ 𝑔 ∙ 𝑡𝑎 ∙ 𝜂𝑠𝑖𝑠𝑡
=(40000 + 7183 + 17690) ∙ 602 ∙ 1,15
75 ∙ 602 ∙ 9,81 ∙ 6,6 ∙ 0,97= 13,92 𝑐𝑣
Pela tabela 13 para uma velocidade de 60 m/min o tempo de aceleração é de 6,6 s.
Potência do sistema:
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𝑁𝑠𝑖𝑠𝑡 =𝑁𝑎 + 𝑁𝑟
1,7=
13,92 + 6,31
1,7= 16,37 𝑐𝑣
Como a potência requerida é de 16,37 cv o modelo escolhido é o 1LE1 071 1DB4, presente
da tabela 10,de potência 20 cv (15 kW), de 4 pólos, rotação nominal de 1740 rpm, carcaça 160M e
peso de 86 kg.
2.5.3 Redutor da Translação da Ponte
Primeiramente deve ser calculada a rotação da roda em função da velocidade de translação
da ponte rolante como indicado na equação abaixo.
𝜔𝑟𝑜𝑑𝑎 =𝑉𝑝𝑜𝑛𝑡𝑒
𝜋 × 𝐷𝑟𝑜𝑑𝑎=
60
𝜋 ∙ 0,7= 27,28 𝑟𝑝𝑚
Sendo assim, a redução necessária será
𝑖𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜 =𝜔𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟
𝜔𝑟𝑜𝑑𝑎=
1770
27,28= 64,87
O cálculo da potência efetiva do redutor tem como base o fator de serviço, que é função do
tempo de serviço e os choques submetidos, e da potência absorvida pelo motor. Considerando o
tempo de trabalho intermitente de uma hora e meia e choques moderados: FS = 1. Sendo assim a
potência efetiva será a própria potência absorvida de 15 kW.
Para os parâmetros de fator de redução e potência requerida, o redutor escolhido com base
na tabela abaixo será o modelo 85 ARP 3 da empresa AUBERT com as seguintes características:
entrada de 1750 rpm, relação de redução de 70,62, rotação de saída de 25 rpm (pois é o mais
próximo da rotação requerida), potência nominal de 18 kW e massa de 265 kg conforme
apresentado na tabela a seguir.
Tabela 14 – Catálogo de redutor para ponte.
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2.5.4 Escolha do Freio do Carro de Translação
Para selecionar o freio do motor é necessário calcular o torque requerido com base na
seguinte equação.
𝑇𝑓𝑟𝑒𝑖𝑜 = 1,75 ∙ 𝑇𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟
𝑇𝑓𝑟𝑒𝑖𝑜 =71620 ∙ 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 (𝑐𝑣)
𝜔(𝑟𝑝𝑚)
𝑇𝑓𝑟𝑒𝑖𝑜 = 1,75 ∙71620 ∙ 20
1770
𝑇𝑓𝑟𝑒𝑖𝑜 = 1416 𝑘𝑔𝑓 ∙ 𝑐𝑚
𝑇𝑓𝑟𝑒𝑖𝑜 = 141,6 𝑁𝑚
Com base no torque calculado será escolhido o modelo FNN 2020 de duas sapatas da
empresa EMH, que suporta um torque de 60 a 150 Nm e de massa 30 kg como mostrado na tabela
seguinte.
Tabela 15 – Catálogo de freio para ponte.